Antonio Vivaldi (1678-1741): Cantate, Concerti & Magnificat (Kirkby / Tafelmusik / Lamon)

Antonio Vivaldi (1678-1741): Cantate, Concerti & Magnificat (Kirkby / Tafelmusik / Lamon)

Prezados, como estarei viajando no final de semana, minha contribuição para o blog está sendo postada h0je, quinta feira. E começarei com Vivaldi. Mas não se trata de qualquer Vivaldi, e sim de um Vivaldi interpretado por nossa musa inspiradora, com sua voz angelical, Emma Kirkby. Já postei duas outras obras com esta maravilhosa soprano inglesa, especialista no repertório renascentista e barroco. Neste CD Kirkby interpreta Motetos e a Magnificat do padre ruivo. Peças maravilhosas, sensíveis e que mostram o domínio que a sardenta Kirby tem de sua voz. Falar de Vivaldi é chover no molhado. Nunca conheci alguém que dissesse não gostar de sua música. Espero que gostem tanto quanto eu gostei.

Antonio Vivaldi (1678-1741): Cantate, Concerti & Magnificat (Kirkby / Tafelmusik / Lamon)

01 – Motet, RV627 – 1. In turbata mare irato
02 – 2. Splende serena, o lux amata
03 – 3. Resplende, bella divina stella
04 – 4. Alleluia

05 – Concerto madrigalesco in d, RV129 – 1. Adagio – Allegro
06 – 2. Adagio
07 – 3. Allegro

08 – Concerto in g, RV157 – 1. Allegro
09 – 2. Largo
10 – 3. Allegro

11 – Concerto alla rustica in G, RV151 – 1. Presto
12 – 2. Adagio
13 – 3. Allegro

14 – Motet, RV680 – 1. Lungi dal vago volto
15 – 2. Augelletti, voi col canto
16 – 3. Allegrezza, mio core
17 – 4. Mi stringerai si, si

18 – 1. Magnificat anima mea Dominum
19 – 2. Et exsultavit spiritus meus in Deo
20 – 3. Et misericordia eius a progenie
21 – 4. Fecit potentiam in brachio suo
22 – 5. Esurientes implevit bonis
23 – 6. Suscepit Israel puerum suum
24 – 7. Sicut locutus est ad patres
25 – 8. Gloria Patri, et Filio, et Spiritui Sancto

Tafelmusik Baroque Orchestra Conducted by Jeanne Lamon
Emma Kirkby – soprano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Emma jovem, na época desta gravação.

PQP

Dvořák: Sinfonia Nº 9, Novo Mundo / Beethoven: Grosse Fuge, Op. 133 (versão para orquestra) (Kubelik/ Bavarian Radio SO)

Dvořák: Sinfonia Nº 9, Novo Mundo / Beethoven: Grosse Fuge, Op. 133 (versão para orquestra) (Kubelik/ Bavarian Radio SO)

O nome de Rafael Kubelik é garantia de qualidade e durabilidade. Ele não deforma, não tem cheiro e não solta as tiras. E quando ele pega um boêmio a coisa se torna realmente linda. É uma gravação de referência para a Nona de Dvořák. A Nona Sinfonia foi escrita em 1892 no período em que o compositor estava nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo que estava encantado com o novo lugar sentia saudades de sua terra. Essa confusão pra lá de fingida aparece neste Op. 95 quando temas norte-americanos dialogam com eslavos e a obra ganha um tom trágico. A obra estreou em 1893 no Carnegie Hall de Nova York em comemoração ao aniversário da conquista do novo mundo, fato que deu nome à obra. Já a transcrição de quarteto de cordas para orquestra do Fugão de Beethoven é desnecessária. Ouça a versão original e estamos conversados.

Dvořák: Sinfonia Nº 9, Novo Mundo / Beethoven: Grosse Fuge, Op. 133 (versão para orquestra) (Kubelik/ Bavarian Radio SO)

Antonín Dvorák (1841-1904) –
Symphony No. 9 in E minor, op. 95 “From the New World”
01. Adagio – Allegro molto
02. Largo
03. Scherzo (Molto vivace)
04. Allegro con fuoco

Ludwig van Beethoven (1770-1827) –
Grande Fuga em Si maior, Op. 133
05. Grande Fuga em Si maior, Op. 133

Bavarian Radio Symphony Orchestra
Rafael Kubelik, regente

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Kubelik era um boêmio e não tinha o hábito de pentear-se pela manhã.

PQP

Richard Strauss (1864-1949): Vier letzte Lieder & Orchesterlieder (Norman, Gewandhausorchester, Masur)

Richard Strauss (1864-1949): Vier letzte Lieder & Orchesterlieder (Norman, Gewandhausorchester, Masur)

Quando certa manhã PQP Bach acordou de sonhos intranquilos, encontrou-se em sua cama tomado por uma monstruosa vontade de ouvir as “Quatro Últimas Canções” de Strauss com a Jessye Norman e o Kurt Masur. Estava deitado sobre suas costas duras de torcedor colorado e, ao levantar um pouco a cabeça, olhou para a estante e não encontrou esse disco. Procurou na caixinha de busca do site e ele tampouco estava ali. Suas duas pernas, torneadas pelos quilômetros corridos nas calçadas da capital gaúcha, repousavam desamparadas diante de seus olhos.

“Eu é que não vou ouvir esse disco no YouTube”, pensou.

Não era um sonho. E foi assim que, como o bater de asas da famosa borboleta e seu efeito, nasceu a cadeia de acontecimentos que fez esse disco vir parar aqui no blog. Lacuna braba, que agora a gente vem mui humildemente preencher. O próprio PQP diria: Im-per-dí-vel! Incontornável, basilar, seminal, referência, enfim, dê o nome que quiser, esse disco é tudo isso e mais um pouco. João Gilberto dizia que não sabia se a perfeição existe, mas que a perfeição o incomodava pra caramba. Pois bem, existe sim, e é esse disco aqui.

Jessye Norman clicada por Irving Penn, 1983

Um repertório transcendental, uma cantora estupenda e uma orquestra em estado de graça, sob o comando de um de seus Kapellmeister mais marcantes. Ruim, não teria como ser, mas putz, que encontro, que milagre, que grande feito humano que é esse disquinho. Se Deus está morto, como querem alguns (entre os que acreditam que Ele(a)/ele(a) existe), esse disco bem que poderia ter sido tocado em seu funeral — que, segundo os relatos, foi um senhor rolê, com o trio final de Der Rosenkavalier regido por Sir Georg Solti, nas vozes de Marianne Schech, Maud Cunitz e Gerda Sommerschuh. Mas essa é outra história, para outro dia.

Compostas quando Strauss tinha 84 anos e já vislumbrava o doce suspiro da morte, as Vier letzte Lieder são algumas das mais belas canções de todo o repertório de concerto. O sublime como poucas vezes foi atingido na história dessa nossa combalida espécie. Quem as reuniu como um ciclo de quatro pontas não foi o compositor, mas seu amigo e editor Ernest Roth, da Boosey & Hawkes. As três primeiras canções são a partir de poemas de Hermann Hesse, e a última, Im Abendrot, de Joseph von Eichendorff. Aliás, um poemaço:

Im Abendrot
Wir sind durch Not und Freude

gegangen Hand in Hand;
vom Wandern ruhen wir
nun überm stillen Land.
Rings sich die Täler neigen,
es dunkelt schon die Luft.
Zwei Lerchen nur noch steigen
nachträumend in den Duft.
Tritt her und laß sie schwirren,
bald ist es Schlafenszeit.
Daß wir uns nicht verirren
in dieser Einsamkeit.
O weiter, stiller Friede!
So tief im Abendrot.
Wie sind wir wandermüde—
Ist dies etwa der Tod?

A tradução da Wikipedia, não creditada, vai assim:

No crespúsculo
Através de dores e alegrias,

nós caminhamos de mãos dadas;
agora descansamos da nossa errância
sobre uma terra silenciosa.
Em torno de nós se inclinam os vales
e já escurece o céu.
Apenas duas cotovias alçam voo,
sonhando no ar perfumado.
Aproxime-se, e deixe-as voejar.
Logo será hora de dormir.
Venha, que não nos percamos
nesta grande solidão.
Ó paz imensa e tranquila
tão profunda no crepúsculo!
Como nós estamos cansados dessa jornada —
Seria talvez isso já a morte?

Strauss infelizmente não viveu para ouvir a obra; a estreia foi em maio de 1950, com Kirsten Flagstad cantando e ninguém mais, ninguém menos que Wilhelm Furtwängler regendo a Philharmonia Orchestra. O lado B do disco é um apanhado de seis outras canções orquestrais de Strauss, de diferentes opuses e poetas. Uma mais linda que a outra. Você, caro leitor, cara leitora, tem alguma preferida?

O velho Strauss sorrindo para você que, além de nos ler, comenta nas postagens do blog

BAIXE AQUI / DOWNLOAD HERE

Richard Strauss (1864-1949)

Vier Letzte Lieder
1 – Frühling (Hesse)
2 – September (Hesse)
3 – Beim Schlafengehen (Hesse)
4 – Im Abendrot (Eichendorff)

Orchesterlieder
5 – Cäcilie, op. 72, nº 2 (Hart)
6 – Morgen, op. 27, nº 4 (Mackay)
7 – Wiegenlied, op. 41 nº 1 (Dehmel)
8 – Ruhe, meine Seele, op. 27 nº 1 (Henckell)
9 – Meinem Kinde, op. 37 nº 3 (Falke)
10 – Zueignung, op. 10 nº 1 (Von Gilm, orch. Robert Hegel)

Jessye Norman, soprano
Gewandhausorchester Leipzig
Kurt Masur, regência

“E o salário, ó”

Karlheinz

Antônio Gênio Meneses (1957-2024)

“Minha meta era tocar bem o violoncelo. Então as dificuldades não eram importantes” – Antonio Meneses sobre sua trajetória entre Pernambuco, Rio, Alemanha e Suíça. Mais detalhes aqui e aqui.

O violoncelista era uma das unanimidades entre a equipe do PQPBach. Usando a função de pesquisa do blog vocês podem conferir uma ampla fração do repertório gravado por Meneses: Haydn, Beethoven, Mendelssohn, R. Strauss… além dos brasileiros Ronaldo Miranda, Almeida Prado, Edino Krieger, Marisa Resende e Clóvis Pereira. Villa-Lobos, uma das suas maiores especialidades, é proibido aqui mas pode ser conferido no mundo lá fora. E daqui a poucos dias faremos mais uma homenagem muito merecida.

Mendelssohn / Scarlatti / Messiaen / Ravel – Wataru Hisasue: The Recital

Mendelssohn / Scarlatti / Messiaen / Ravel – Wataru Hisasue: The Recital

O post de hoje traz um disquinho para você mandar para aquele bonitão, aquela bonitona que diz que hoje em dia nada mais presta, que as coisas não são mais como eram, que não se fazem mais grandes músicos como antigamente e pipipi popopó. Nascido em Kyoto, no Japão, em 1994, Wataru Hisasue começou a tocar piano aos 5 anos de idade — e que bom que começou, porque olha, como toca esse rapaz… Wataru estudou na Alemanha — ele atualmente reside em Berlim — e na França e desde então vem colecionando prêmios: Aoyama (Japão), Massarosa (Itália), Lyon (França) e o da emissora ARD, na Alemanha. Os mais recentes dessa lista foram o Prêmio Liszt-Bartok e o Prêmio Beethoven da editora G. Henle Verlag, durante o 16º Concurso Géza Anda, em Zurique, na Suíça. Vem se apresentando, como solista e recitalista, pelo Japão e pela Europa. A participação dele, no primeiro dia de competição, pode ser vista a partir de +- 1h13m:

E num recital no Bechstein Centrum, na capital alemã, em 2022:

Esse disco, lançado em 2021, foi a estreia discográfica de Wataru (outros títulos devem aparecer aqui pelo blog no futuro). Eu particularmente gosto muito do arco formado pelo repertório, que passa por Domenico Scarlatti (1685-1757), Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847), Maurice Ravel (1875-1937) e Olivier Messiaen (1908-1992). Um disco para se ouvir alto, de janelas abertas, num cair da tarde de sol preguiçoso, e se maravilhar com essa proeza da aventura humana no planeta que é a existência deste maravilhoso instrumento chamado piano.

A felicidade de quem consegue tocar o “Gaspard de la nuit”

Enfim, nem vou ficar aqui gastando muito o verbo, recomendo é que baixem o disco e se deliciem com o toque refinado e cálido, com o volume de som, com o olhar para o detalhe sem perder a pulsação do todo. Apesar de joven, Wataru toca com a maturidade e a verdade de alguém que viu os séculos e os milênios, profundamente humano. Meu xodó nesse disco é o Gaspard de la nuit, uma das coisas mais belas, incandescentes e geniais escritas para essa floresta de lã e aço.  Wataru é um tremendo pianista, e que bom é saber que sua carreira está apenas em seus primeiros raios de sol.

Boa audição!

BAIXE AQUI  / DOWNLOAD HERE

Wataru Hisasue: The Recital

Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847)
Fantasie in F-Sharp Minor, Op. 28, MWV u 92 “Sonate écossaise”
1- I. Con moto agitato
2 – II. Allegro con moto
3 – III. Presto

Domenico Scarlatti (1685-1757)
4 – Sonata in A-Flat Major, Kk. 172
5 – Sonata in G Major, Kk. 169
6 – Sonata in F Minor, Kk. 481

Olivier Messiaen (1908-1992)
20 regards sur l’enfant-Jésus, I/27 (excerpts)
7 – No. 5, Regard du Fils sur le Fils
8 – No. 8, Regard des hauteurs

Maurice Ravel (1875-1937)
Gaspard de la Nuit, M. 55
9 – I. Ondine
10 – II. Le gibet
11 – III. Scarbo

Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847)
Lieder ohne Worte, Book 4, Op. 53
12 – No. 1 in A-Flat Major, MWV U 154

Lieder ohne Worte, Book 5, Op. 62
13 – No. 6 in A Major, MWV U 161 “Frühlingslied”

René Magritte: “Gaspard de la nuit”, 1965

Karlheinz

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas 51, 56 e 82 (Rilling)

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas 51, 56 e 82 (Rilling)

Meus astutos e ínclitos pequepianos, esta é uma gravação mezzo antiquada, com vibratões e instrumentos modernos, mas há algo de especial nela. Além do repertório LINDO, VERDADEIMENTE EXTRAORDINÁRIO, além do talento de Rilling, há Dietrich Fischer-Dieskau cantando. Só esta versão da Cantata BWV 82 é superior a todas as gravações de Karl Richter somadas, apenas para citar um contemporâneo de Rilling. Pois Rilling não é um romântico de Bach. E acreditem, ele está vivo até hoje. Ele é bem conhecido por suas performances da música de Bach e seus contemporâneos. Foi o primeiro a ter gravado duas vezes (em instrumentos modernos) as obras vocais completas de Bach, uma tarefa monumental envolvendo mais de 1.000 peças musicais — abrangendo 170 CDs. Ele também gravou muitas obras corais e orquestrais românticas e clássicas, incluindo as obras de Johannes Brahms.

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas 51, 56 e 82 (Rilling)

Cantata No. 51, “Jauchzet Gott In Allen Landen,” BWV 51 (BC A134)
1 Aria 4:37
2 Recitativo 2:36
3 Aria 4:35
4 Choral 3:42
5 Aria 2:23

Cantata No. 56, “Ich Will Den Kreuzstab Gerne Tragen,” BWV 56 (BC A146)
6 Ich Will Denn Kreuzstab Gerne Tragen 8:08
7 Mein Wandel Auf Der Welt 2:22
8 Endlich, Endlich Wird Mein Joch 6:27
9 Ich Stehe Fertig Und Bereit 2:07
10 Komm, O Tod, Du Schlafes Bruder 1:42

Cantata No. 82, “Ich Habe Genug,” BWV 82 (BC A169)
11 Aria 7:39
12 Recitativo 1:34
13 Aria 9:17
14 Recitativo 54:03
15 Aria 4:02

Bass Vocals – Dietrich Fischer-Dieskau (tracks: 6 to 15)
Chorus – Gächinger Kantorei Stuttgart (tracks: 6 to 10)
Conductor – Helmuth Rilling
Orchestra – Bachcollegium Stuttgart (tracks: 6 to 15), Württembergisches Kammerorchester (tracks: 1 to 5)
Soprano Vocals – Arleen Auger (tracks: 1 to 5)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Em 1967, uma foto de Helmuth e Martina Rilling em Nova York com Leonard Bernstein

PQP

J. S. Bach (1685-1750): A Arte da Fuga (Glenn Gould)

J. S. Bach (1685-1750): A Arte da Fuga (Glenn Gould)

Glenn Gould era um original. No auge da carreira, abandonou os concertos pelas gravações, cantava durante as mesmas, era um mago no estúdio e corrigia seu som quando isto era “roubar no jogo”, fazia entrevistas consigo mesmo, produzia notáveis programas radiofônicos. Era um gênio e um gênio do piano, mas… preferiu tocar A Arte da Fuga, ou metade dela, ao órgão. Claro, vocês sabem que Glenn Gould era dado a estranhas opções de andamentos e brigava com muita gente boa, como Lenny Bernstein. Mas eu aprovo este CD, apesar de alguns críticos atacarem a digitação muito pouco “organística” de GG. Se o CD é estranho pela utilização de órgão por parte de Gould, ele é absolutamente sensacional a partir da faixa 10, onde retorna definitivamente o piano. Ele acentua tudo de forma demasiada no órgão — não sei explicar — é também muito bonito.

Tudo bem, sei que A Arte da Fuga pode ser interpretada em qualquer instrumento ou grupo deles, não ignoro que alguns pensam tratar-se de obra para leitura, mas ouçam a faixa 10, quando Gould entra tocando (e cantando, como sempre) o Contrapunctus I… É muito bom, né? Apenas acho um pouco discutível a forma como ele finalizou a fuga inacabada. Ficou um pouco romântica, com intenção pouco clara, sei lá.

(ALÔ, PRÍNCIPE SALINAS! Ao ouvir Andras Schiff, senti falta de… Gould cantando. Como pode meu ouvido ter se acostumado desta forma à cantoria de Gould?)

J. S. Bach (1685-1750): A Arte da Fuga (Glenn Gould)

1. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 1
2. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 2
3. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 3
4. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 4
5. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 5
6. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 6 (a 4, im Stile francese)
7. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 7 (a 4, per Augmentationem et Diminutionem)
8. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 8 (a 3)
9. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 9 (a 4, alla Duodecima)
10. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 1
11. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 2
12. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 4
13. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 9 (a 4, alla Duodecima)
14. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 11 (a 4)
15. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 13 (a 3)
16. Die Kunst der Fuge (The Art of the Fugue), for keyboard (or other instruments), BWV 1080 Contrapunctus 14 (Fuga a 3 Soggetti) unfinished
17. Prelude and Fugue on the name of “B-A-C-H,” for keyboard in B flat major (doubtful; perhaps by J.C. Kittel), BWV 898

Glenn Gould, órgão, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Gould no Café da PQP Bach Corp. de Toronto

PQP

Franz Schubert (1797-1828): As Últimas Sonatas (Pollini)

Franz Schubert (1797-1828): As Últimas Sonatas (Pollini)

O grande René Denon postou estes CDs em 2019 com muito mais categoria. Bem aqui, ó. Reposto-os aqui neste cantinho só para não perder os muitos comentários.

Sei que não somente “aqueles comentaristas habituais” hostilizarão esta gravação colocada entre as melhores da DG (obrigado pela lembrança dos Originals, Lais; minha gravação é pré-Originals), como nossa comparsa Clara Schumann deverá apresentar chiliques em defesa de seu amado Alfred Brendel que, segundo ela, acarinha melhor o compositor que ela mais ama.

(Nunca entendi esta senhora que casa com um, tem Brahms por amante, mas gosta mesmo é de Schubert. A mente masculina é mais simples e burra, graças a Deus, e interessa-se por todas, prova de seu amor à humanidade.)

Schubert é o compositor que mais lamento. Apenas 31 anos! Onde ele chegaria se tivesse vivido, por exemplo, os 57 anos de Beethoven? É difícil de responder, ainda mais ouvindo suas últimas obras, amadurecidas a fórceps pelo sofrimento causado pela doença. Este criador de melodias irresistíveis trabalhava (muito) pela manhã, caminhava à tarde e bebia à noite. O bafômetro o pegaria na volta, certamente. Seria um recordista de multas. Não morreu da sífilis e sim de tifo, após ingerir um vulgar peixe contaminado. Ou seja, uma droga de um peixe podre nos tirou anos de muitas obras, certamente. Espero que, se o inferno existir, este peixe esteja lá queimando. Desgraçado, bicho ruim!

A interpretação de Pollini é completamente despida de exageros ou de virtuosismo. Ele respeita inteiramente Schubert, compositor melodista e destituído de virtuosismo pessoal ao piano, pero… nada de sentimentalismos, meus amigos. Pollini é um realista. E, com efeito, as sonatas finais desfazem o mito do Schubert fofinho, mundano e feliz. Era um indivíduo profundo e o trágico não lhe era estranho.

Minha sonata preferida é a D. 960, com seu imenso e emocionante primeiro movimento. Quando o ouço de surpresa, penso que virão o que não me vêm há anos: lágrimas. O que segue é-lhe digno, com destaque especial para o zombeteiro movimento final. O D. 959 também é extraordinário, principalmente o lindíssimo e nobre Andantino e o lied do Rondó. Também tenho indesmentível amor pela contrastante primeira peça das Drei Klavierstucke.

A Fundação Maurizio Pollini, desta vez patrocinada por PQP Bach, agradece todos os apoios recebidos e declara-se ofendida pela nefasta ironia perpetrada pelo provocador Kaissor (ou foi o Exigente?) ao querer estigmatizar nosso ídalo por ser mais divulgado em razão do perfil marcadamente “comercial” de sua gravadora. Com todo o respeito, respondemos a ele que Pollini é a Verdade e o Absoluto. Dou a Schnabel um lugar no pódio e ele que fique quieto. “O homem que inventou Beethoven”??? Arrã. Acho que foi reinventado… :¬)))

Franz Schubert (1797-1828): As Últimas Sonatas (Pollini)

CD 1

1. Piano Sonata No. 19, D.958 – Allegro
2. Piano Sonata No. 19, D.958 – Adagio
3. Piano Sonata No. 19, D.958 – Menuetto: Allegro
4. Piano Sonata No. 19, D.958 – Allegro

5. Piano Sonata No. 20 In A D.959 – Allegro
6. Piano Sonata No. 20, D.959 – Andantino
7. Piano Sonata No. 20, D.959 – Scherzo: Allegro
8. Piano Sonata No. 20, D.959 – Rondo: Allegretto

CD 2

1. Piano Sonata No. 21, D.960 – Molto Moderato
2. Piano Sonata No. 21, D.960 – Andante Sostenuto
3. Piano Sonata No. 21, D.960 – Scherzo: Allegro
4. Piano Sonata No. 21, D.960 – Allegro Ma Non Troppo

5. Allegretto In C Minor D.915

6. 3 Klavierstucke, D.946 – No. 1 In E Flat Minor – Allegro Assai
7. 3 Klavierstucke, D.946 – No.2 In E Flat – Allegretto
8. 3 Klavierstucke, D.946 – No. 3 In C – Allegro

Maurizio Pollini (Piano)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Um Schubert engomadinho pra vocês.

PQP

BRUCKNER 200 ANOS! Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 9 – Columbia Symphony Orchestra – Bruno Walter ֍

BRUCKNER 200 ANOS! Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 9 – Columbia Symphony Orchestra – Bruno Walter ֍

The Best of Jurassic World!

 

Anton Bruckner

Columbia Symphony Orchestra

Bruno Walter

 

Este disco certamente se qualifica tanto para o projeto BRUCKNER 200 ANOS! quanto para a série The Best of Jurassic World!

capa da primeira edição em CD

A Sinfonia No. 9 de Bruckner é uma das mais lindas e aqui temos uma gravação antológica. Ademais, Bruno Walter nasceu em 1876, em Berlim e foi amigo de Gustav Mahler. Ele ficou famoso por suas interpretações das obras de compositores austro-germânicos como Mozart, Beethoven, Schubert, Brahms, Wagner, Bruckner e seu amigo Mahler. Foi o maestro que regeu a primeira apresentação da Canção da Terra, em 1911.

Em 1939 Bruno Walter mudou-se para os Estados Unidos, escapando dos horrores da guerra e do nazismo. No novo mundo passou a gravar seu repertório para a Columbia, regendo a Orquestra Filarmônica de Nova Iorque. Em fevereiro de 1957, teve um ataque cardíaco enquanto gravava a Segunda Sinfonia de Mahler. No entanto, em 1958 ele terminou a gravação da apropriadamente chamada Sinfonia da Ressurreição. Depois disso, Bruno Walter passou a gravar novamente seu repertório, mas em Los Angeles, onde morava, em Beverly Hills, com uma orquestra de estúdio, formada por músicos da Filarmônica de Los Angeles e de músicos dos estúdios de Hollywood, nomeada Columbia Symphony Orchestra. Essas gravações tiveram a extra motivação da nova tecnologia – estéreo – e ficaram conhecidas por terem sido feitas durante seu ‘Indian Summer’. A gravação desta postagem é um ótimo exemplo do sucesso da empreitada.

Anton Bruckner (1824 – 1896)

Sinfonia No. 9 em ré menor

  1. Feierlich, misterioso
  2. Bewegt, lebhaft
  3. Langsam, feierlich

Columbia Symphony Orchestra

Bruno Walter

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 135 MB

Trechos de críticas dispostas no site da Amazon: Bruno Walter once described his experience of understanding Bruckner. He said that for many years he didn’t especially like the music. Then one day he heard a Bruckner work while ill in bed. Disarmed, receptive and uninhibited by prejudice, the music overpowered him. Suddenly he understood.

That must have been an astounding epiphany, because this 9th could not be more subtle, more beautiful, exquisite, loving, serene, plumbing … I don’t have the words.

 

Identifique esses autênticos jurássicos…

While Walter underplays the emotional weight of the music compared to a conductor like Karajan, Bruckner’s message of end of life resignation and fulfillment — especially in the closing pages of the finale — is more truthful and compelling than in more dramatic versions. It is as if Walter, at the end of his illustrious career, was perfectly suited to conduct this music, which was composed at the end of Bruckner’s life.

Aproveite!

René Denon

tecno-jurássico

Brahms (1833 – 1897): As Quatro Sinfonias – Wiener Philharmoniker – James Levine ֎

Brahms (1833 – 1897): As Quatro Sinfonias – Wiener Philharmoniker – James Levine ֎

BRAHMS

4 Sinfonias

Abertura Trágica

Rapsódia para Contralto

Wiener Philharmoniker

James Levine

 

Capa de um dos CDs lançado avulso

Esta coleção de obras de Brahms contendo principalmente as quatro sinfonias é excelente! A orquestra não poderia ser mais qualificada, a produção é impecável, com exceção da Abertura, tudo foi gravado ao vivo, a capa é sensacional – Art Noveau.

A Rapsódia para Contralto, interpretada pela ótima Anne Soffie von Otter, com acompanhamento do Arnold Schoenberg Chor é muito tocante.

O regente é James Levine, um tipo Dr. Jekyll e Mr. Hyde da batuta. Ele foi um maestro americano que chegou muito cedo a posições de destaque e dirigiu as melhores orquestras – Philadelphia, Chicago, Boston, Berlin e Wiener Philharmoniker. Sua mais longa ligação foi a frente do Metropolitan Opera de Nova York. Foi nomeado maestro em 1976 e viveu um rico período de realizações. No entanto, essa relação terminou de maneira tumultuada. Ele foi afastado em 2017, acusado de abuso sexual de vários músicos. Essas denúncias vieram à tona na ocasião do movimento #Me Too.

J Levine e sua toalhinha…

No que tange a música, Levine foi músico completo – regente de obras sinfônicas, grandes obras corais e ópera. Foi excelente acompanhante de solistas, tanto como regente (Kissin, Volodos, Mutter) quanto como pianista (Kathleen Battle, Christa Ludwig, Jessie Norman). Também atuou como músico de câmara junto a ótimos conjuntos. Seu legado de gravações é imenso e de muito bom nível. Esse ciclo de Brahms, gravado ao vivo, é o seu segundo. Há um ciclo gravado para RCA, com a Chicago Symphony Orchestra, que é também excelente. Você perceberá, desde as primeiras notas da Primeira Sinfonia, passando pelo seu exuberante último movimento. Não deixe de ouvir. Não é por nada que ele foi estagiário de George Szell.

Johannes Brahms (1833 – 1897)

Symphony No. 1 In C Minor, Op. 68

  1. Un poco sostenuto – allegro
  2. Andante sostenuto
  3. Un poco allegretto e grazioso
  4. Adagio – più andante – allegro non troppo, ma con brio

Alto-Rapsody op.53

  1. Adagio- poco andante- adagio

Symphony No. 2 In D Major, Op. 73

  1. Allegro non troppo
  2. Adagio non troppo
  3. Allegretto grazioso (quasi andantino) – presto ma non assai
  4. Allegro con spirito

Tragische Ouvertüre Op. 81

  1. Allegro non troppo

Symphony No. 3 In F Major, Op. 90

  1. Allegro con brio
  2. Andante
  3. Poco allegretto
  4. Allegro

Symphony No. 4 In E Minor, Op. 98

  1. Allegro non troppo
  2. Andante moderato
  3. Allegro giocoso
  4. Allegro energico e passionato

Anne Sofie von Otter, contralto

Arnold Schoenberg Chor

Wiener Philharmoniker

James Levine

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 184 MB

 

Onde está o Pateta?

Alguns críticos diziam que faltava ao seu trabalho uma marca distintiva, lembra o principal crítico de música clássica do New York Times, mas, quando dirigia, as suas apresentações eram “lúcidas, ritmicamente incisivas sem serem obstinadas, e estruturadas de forma convincente, dando ainda às linhas melódicas espaço para respirarem”.

Acima de tudo, acrescenta Anthony Tommasini, Levine “valorizava a naturalidade, sem que nada soasse forçado, fosse uma explosão tempestuosa de uma ópera de Wagner ou uma passagem reflexiva de uma sinfonia de Mahler”.

[…] faltava ao seu trabalho uma marca distintiva […] Rigorosos, não acham? Eu sou bem mais fácil de agradar e gostei muito de ouvir essas gravações. Depois você me conta.

Aproveite!

René Denon

Brahms (1833 – 1897): Ballades & Fantasies – Denis Kozhukhin (piano) ֍

Brahms (1833 – 1897): Ballades & Fantasies – Denis Kozhukhin (piano) ֍

Johannes Brahms

Baladas e Fantasias

Denis Kozhukhin, piano

 

O jovem pianista de olhos azuis e cabelos louros se deu conta que o piano estava afinado um bemol abaixo assim que, com o violinista cigano que acompanhava, atacaram a sonata de Beethoven…  Mas, não perdeu a pose, transpôs tranquilamente, de memória, a parte correspondente para um semitom acima. Estamos falando dos dias de juventude de um dos três ‘B’s da música. Hannes, como era chamado pelos íntimos, além de compositor aspirante, um pianista exímio e extremamente experiente.

A dupla Eduard Reményi e Johannes Brahms não poderia ser mais contrastante, mas como geralmente acontece nessa sorte de associação, complementavam-se de certa forma. Eles não permaneceram juntos por muito tempo, mas o gosto pelas melodias ciganas ficou. Em breve Hannes conheceria outro violinista húngaro, travando uma amizade longa com Joseph Joachim.

O disco da postagem traz uma linda coleção de peças da obra para piano de Brahms, interpretada pelo jovem pianista Denis Kozhukhin. O Tema e Variações é uma transcrição do segundo movimento do Sexteto de Cordas, op. 18, e tem uma dessas melodias ‘chiclete’, que gruda na memória da gente… Em seguida as 4 Baladas, pois que o compositor da postagem, mesmo acusado de ‘clássico’, quando isso era démodé, tinha alma romântica. Para finalizar, uma das coleções de peças curtas, produzidas no final da vida, as Fantasias op. 116. Veja como as perspectivas podem elevar ou detrair, dependendo do caso. (Por isso, devemos ter cuidado com as palavras.) Sobre essas peças, Eduard Hanslick, que era da turma do Wagner, as descreveu como um ‘breviário do pessimismo’ (ele talvez preferisse as valsas), enquanto Rüger menciona ‘gentil melancolia’. Eu sempre gostei dessas peças, desde o filme ‘Chuvas de Verão’. Espero que o disco sirva de estímulo para maiores explorações pelas diferentes interpretações dessas peças e do resto da obra para piano de Brahms.

Johannes Brahms (1833 – 1897)

Theme & Variations in D Minor, Op. 18b

  1. Tema e Variações

4 Ballades, Op. 10

  1. 1 in D Minor “Edward”
  2. 2 in D Major
  3. 3 in B Minor
  4. 4 in B Major

Fantasies (7 piano pieces), Op. 116

  1. 1, Capriccio in D Minor
  2. 2, Intermezzo in A Minor
  3. 3, Capriccio in G Minor
  4. 4 in E Major, Intermezzo
  5. 5, Intermezzo in E Minor
  6. 6, Intermezzo in E Major
  7. 7, Capriccio in D Minor

Denis Kozhukhin, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 154 MB

Denis Kozhukhin

Seção ‘The book is on the table’:  “These works by Brahms reflect the many aspects of the life of a great man; the intellect of an exceptional mind and the emotions of a profoundly sensitive human being. From the Ballades with their resonance of a young man wondering about an uncertain future, to the Phantasies, with their sickening contrasts, which move from the despair of a man who suffered great loss to the powerful resilient strength of a human being who refuses to accept the approaching end.”  –  D. Kozhukhin

Russian pianist Denis Kozhukhin studied in Spain, Italy, and Germany. This fine recital of Brahms piano music consists of short pieces drawn from the beginning and end of the composer’s career. […] This is an immensely satisfying disc, raising a thirst for more Brahms from Kozhukhin. Bring on the Handel variations and the Third Piano Sonata!   –   Richard Kraus

The Ballades confirm his mastery of sonority, balance and deportment. Kozhukhin takes care to articulate each note, where the majority of pianists phrase by the bar…this is worth pursuing.  –  Diapason April 2017

Aproveite!

René Denon

Talvez você queira visitar essa postagem aqui:

Johannes Brahms (1833-1897): Piano Pieces – Arcadi Volodos

Ağa / Giray / Gluck / Kraus / Mozart / Süssmayr: Dream Of The Orient (ou A Chegada dos Turcos à Europa)

Ağa / Giray / Gluck / Kraus / Mozart / Süssmayr: Dream Of The Orient (ou A Chegada dos Turcos à Europa)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um lindo CD cheio de obras desconhecidas! Depois de 1683, quando as tropas polonesas salvaram Viena da invasão turca, esta, a Turquia, já não era uma ameaça para a Europa Ocidental e se tornou um símbolo do Oriente misterioso. Para os músicos europeus, no entanto, a Turquia era menos nebulosa. Alguns instrumentos turcos (incluindo tambores, pratos e triângulos) entraram nas orquestras europeias, com compositores emulando o som das bandas militares turcos. A introdução deste orientalismo musical na Europa é mostrada neste sensacional álbum com excelentes performances do Concerto Köln e da Sarband, um conjunto tradicional turco.

Dream Of The Orient, peças de compositores ou inspiradas pelo Oriente

1 –Concerto Köln & Sarband Introduction 1:18
2 –Concerto Köln & Sarband Overture To “Die Entführung Aus Dem Serail” 4:39
Composed By – Wolfgang Amadeus Mozart

3 –Sarband Introduction 1:22
4 –Concerto Köln & Sarband Concerto Turco Nominate “Izia Semaisi” 4:16
5 –Sarband Son Yürük Sema’i 0:55
Composed By – Traditional

6 –Concerto Köln & Sarband Overture To “La Rencontre Imprévue”
Composed By – C. W. Gluck*
2:28
7 –Sarband Introduction 0:59
8 –Sarband Uşşak Peşrevi
Composed By – Zurnazen Ibrahim Ağa 2:31

9 –Sarband & Concerto Köln Mahur Peşrevi 3:02
Composed By – Tatar Han Gazi Giray*

10 –Concerto Köln & Sarband Ballet From “Soliman II, Eller De Tre Sultaninnorna” – Allegro 3:40
Composed By – Joseph Martin Kraus

11 –Sarband Introduction 2:16
12 –Sarband Hünkar Peşrevi 2:31
Composed By – Anon.*

– Ballet From “Soliman II”
Composed By – Joseph Martin Kraus
13 –Concerto Köln & Sarband Marcia Del Sultano 0:58
14 –Concerto Köln Marcia Degli Schiavi 1:32
15 –Concerto Köln & Sarband Danza Di Elmira 1:07
16 –Concerto Köln & Sarband Marcia Dei Giannizzari 1:25
17 –Sarband Neva Ilahi – Improvisation – Neva Ilahi 5:58
Composed By – Traditional

18 –Concerto Köln Ballet from “Soliman II” – Marcia Di Roxelana 1:09
Composed By – Joseph Martin Kraus

19 –Sarband Introduction 1:15
20 –Concerto Köln Ballet from “Soliman II” – La Coronazione 1:34
Composed By – Joseph Martin Kraus

21 –Sarband Hüseyni Ilahi 1:34
Composed By – Traditional

22 –Concerto Köln Ballet from “Soliman II” – Marcia Dei Dervisci 1:12
Composed By – Joseph Martin Kraus

“Sinfonia Turchesca” In C Major
Composed By – Franz Xaver Süssmayr
23 –Concerto Köln & Sarband 1. Allegro 6:58
24 –Concerto Köln & Sarband 2. Adagio 4:08
25 –Concerto Köln & Sarband 3. [Minuetto] – Trio 3:12
26 –Concerto Köln & Sarband 4. Finale 3:51

Concerto Köln & Sarband
Vladimir Ivanoff, Werner Ehrhardt – direção

Maiores detalhes aqui.

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

A gente não ganha porra nenhuma fazendo o PQP
A gente não ganha porra nenhuma fazendo o PQP

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Suítes Inglesas BWV 806-811 (Glenn Gould)

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Suítes Inglesas BWV 806-811 (Glenn Gould)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Meu irmão PQP Bach já postou uma bela versão destas mesmas Suítes Inglesas, com o grande Gustav Leonhardt, com certeza um dos maiores intérpretes que nosso pai já teve. Mas os gouldmaníacos logo se manifestaram, e começaram a pedir mais gravações do canadense. Fucei, então, meus cds de mp3, e logo encontrei essas gravações. Somos todos gouldmaníacos, com certeza. Essa sua versão das Suítes Inglesas é magnífica, e não canso de ouvi-la. Ainda tenho meu LP com essa gravação, aliás, e fiquei muito feliz quando consegui a versão em mp3. Mas vamos ao que interessa.

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Suítes Inglesas BWV 806-811 (Glenn Gould)

Suite No. 1 In A Major, BWV 806 = A-dur = En La Majeur = In La Maggiore
1-1 I. Prélude 2:45
1-2 II. Allemande 2:10
1-3 III. Courante I 1:47
1-4 IV. Courante II 2:11
1-5 V. Double I 2:06
1-6 VI. Double II 1:59
1-7 VII. Sarabande 4:07
1-8 VIII. Bourrée I 1:16
1-9 IX. Bourrée II – Bourrée I Da Capo 2:14
1-10 X. Gigue 2:00

Suite No. 2 In A Minor, BWV 807 = A-moll = En La Mineur = In La Mineur
1-11 I. Prélude 4:31
1-12 II. Allemande 1:34
1-13 III. Courante 1:11
1-14 IV. Sarabande – Les Agréments De La Même Sarabande 3:03
1-15 V. Bourrée I 1:26
1-16 VI. Bourrée II – Bourrée I Da Capo 2:00
1-17 VII. Gigue 2:17

Suite No. 3 In G Minor, BWV 808 = G-moll = En Sol Mineur = In Sol Mineur
1-18 I. Prélude 2:53
1-19 II. Allemande 1:44
1-20 III. Courante 1:20
1-21 IV. Sarabande – Les Agréments De La Même Sarabande 3:19
1-22 V. Gavotte I (Ou La Musette) 0:50
1-23 VI. Gavotte II – Gavotte I Da Capo 1:10
1-24 VII. Gigue 1:52

Suite No. 4 In F Major, BWV 809 = F-dur = En Fa Majeur = In Fa Maggiore
2-1 I. Prélude 4:25
2-2 II. Allemande 2:46
2-3 III. Courante 0:54
2-4 IV. Sarabande 3:01
2-5 V. Menuett I 1:20
2-6 VI. Menuett II – Menuett I Da Capo 1:57
2-7 VII. Gigue 2:15

Suite No. 5 In E Minor, BWV 810 = E-moll = En Mi Mineur = In Mi Mineur
2-8 I. Prélude 4:43
2-9 II. Allemande 2:58
2-10 III. Courante 1:51
2-11 IV. Sarabande 1:59
2-12 V. Passepied I (En Rondeau) 1:06
2-13 VI. Passepied II – Passepied I Da Capo 1:37
2-14 VII. Gigue 2:04

Suite No. 6 In D Minor, BWV 811 = D-moll = En Ré Mineur = In Re Mineur
2-15 I. Prélude 8:25
2-16 II. Allemande 3:11
2-17 III. Courante 2:46
2-18 IV. Sarabande 3:07
2-19 V. Double 2:15
2-20 VI. Gavotte I 1:34
2-21 VI. Gavotte II – Gavotte I Da Capo 2:19
2-22 VIII. Gigue 2:56

Glenn Gould – Piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Cantata BWV 80, Magnificat (Herreweghe, Collegium Vocale Gent)

Duas das obras vocais mais conhecidas de Bach: não só pelas incomparáveis melodias em coros e árias belíssimas, mas também por serem obras grandiosas, celebratórias, com grandes efetivos orquestrais – para o período – incluindo três trompetes (referência bíblica). Ao contrário das Paixões de Cristo e outras várias obras compostas para momentos de seriedade, tristeza, fé e resignação – pois na Leipzig e Weimar de Bach havia forte respeito à quaresma e ao luto após a morte de duques e reis – estas duas obras se destinam a festas, comemorações: a gravidez de Maria (2 de julho no calendário luterano) e o dia da reforma protestante (31 de outubro).

Nessa gravação lançada em 1990 dificilmente algo poderia dar errado: o grupo belga Collegium Vocale Gent e seu maestro Philippe Herreweghe já tinham alguns anos de estrada, desde os tempos em que Gustav Leonhardt os convidara para participar da pioneira gravação integral das cantatas. Os solistas também são de altíssimo nível: especialmente o baixo Peter Kooy é um especialista em Bach, com uma ampla discografia com Herreweghe, Suzuki e outros (em certos lugares ele assina Peter Kooij: como vocês sabem, os holandeses e flamencos adoram vogais dobradas). Mais recentemente, Herreweghe e o Collegium Vocale abandonaram o selo Harmonia Mundi e seguiram gravando cantatas, inclusive com uma 2ª gravação da BWV 80 que eu ouvi mas sigo preferindo esta primeira gravação.

Johann Sebastian Bach (1685-1750):
Magnificat em ré maior, BWV 243
1. “Magnificat anima mea Dominum” [Coral] 2:58
2. “Et exultavit spiritus meus” [Aria – Soprano 2] 2:27
3. “Quia respexit humilitatem” [Aria – Soprano 1] 2:42
4. “Omnes generationes” [Coral] 1:18
5. “Quia fecit mihi magna” [Aria – Baixo] 2:01
6. “Et misericordia eius” [Duo – Alto, Tenor] 3:38
7. “Fecit potentiam” [Coral] 1:48
8. “Deposuit potentes” [Aria – Tenor] 1:57
9. “Esurientes” [Aria – Alto] 3:12
10. “Suscepit israel” [Trio – Sopranos 1 e 2, Alto] 1:48
11. “Sicut locutus est” [Coral] 1:36
12. “Gloria” [Coral] 2:09

Cantata “Ein Feste Burg Ist Unser Gott”, BWV 80
13. “Ein feste Burg ist unser Gott” [Coral] 4:54
14. “Alles, was von Gott geboren” [Aria – Baixo + Coral] 3:53
15. “Erwäge doch” [Recitativo – Baixo] 1:56
16. “Komm in mein Herzenshaus” [Aria – Soprano] 3:07
17. “Und wenn die Welt voll Teufel wär” [Coral] 3:30
18. “So stehe dann” [Recitativo – Tenor] 1:29
19. “Wie selig sind doch die” [Duetto – Alto, Tenor] 4:04
20. “Das Wort sie sollen lassen stahn” [Coral] 1:25

Collegium Vocale Gent (coro), La Chapelle Royale (orquestra)
Solistas: Agnès Mellon, Barbara Schlick (soprano), Gérard Lesne (alto), Howard Crook (tenor), Peter Kooy (baixo)
Regente: Philippe Herreweghe

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Pleyel

.: interlúdio :. The Art of Three (2001) + The Art of Three Live in Japan (2003) – com Billy Cobham – bateria, Ron Carter – baixo, Kenny Barron, piano

Este ano tenho postado vários álbuns gravados pelos veteranos Billy Cobham (bateria) e Ron Carter (baixo): com sax, vibrafone e piano elétrico (aqui), com sax e flauta (aqui)… Aqui eles atacam novamente em formação de trio com o pianista Kenny Barron. Ao vivo na Europa (2001) e no Japão (2003), fazem um repertório sem grandes surpresas: baladas como Autumn Leaves (Kosma/Mercer) e Someday my prince will come (do filme A Branca de Neve), composições novas de Barron e de Carter…

E o destaque maior talvez seja o passeio do trio por ‘Round Midnight e I mean you, composições de Thelonious Monk que aparecem com as sonoridades elegantes e redondas dos três músicos, dando novos significados ao que, nas interpretações com Monk ao piano, sempre soava mais torto e dissonante. As progressões harmônicas de Monk mudaram consideravelmente o pianismo jazzístico, com desdobramentos diretos nos famosos grupos liderados por Miles Davis e John Coltrane (anos 50-60), no trio americano e no quarteto europeu de Keith Jarrett (anos 70-90), etc.  Temos aqui grandes releituras das inovações de Monk por três instrumentistas de longo currículo, nenhum deles se apagando em prol dos outros.


The Art of Three (2001)
1. Stella by Starlight
Written by N. Washington, V. Young

2. Autumn Leaves
Written by Prevert, Mercer, Kosma

3. New Waltz
Written by Ron Carter

4. Bouncing With Bud
Written by Bud Powell

5. ‘Round Midnight
Written by C. Williams, Thelonious Monk

6. And Then Again
Written by Kenny Barron

7. I Thought About You
Written by J. Van Heusen, J. Mercer

8. Someday my Prince will come
Written by Frank Churchill, Larry Morey

Billy Cobhan – drums, Ron Carter – bass, Kenny Barron – piano
Recorded jan 2001 in Odense, Denmark & Oslo, Norway

The Art of Three (2001) – BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE


The Art of Three – Live in Japan 2003
1. I Mean You
Written by T. Monk

2. Bouncin’ with Bud
Written by B. Powell

3. Autumn Leaves
Written by J. Kosma

4. Out of Nowhere
Written by J. Green

5. Body and Soul
Written by J. Green

6. Stella by Starlight
Written by V. Young

7. ‘Round Midnight
Written by C. Williams, T. Monk

8. Tour de Force
Written by D. Gillespie

Billy Cobhan – drums, Ron Carter – bass, Kenny Barron – piano
Recorded at Hyatt Regency, Osaka, Japan, 18 jul 2003

The Art of Three (2003) – BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Ron Carter e Kenny Barron

Pleyel

.: interlúdio :. Miles Davis: Porgy and Bess

.: interlúdio :. Miles Davis: Porgy and Bess

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este interlúdio continua de onde o anterior parou (ou, na verdade, um passo antes): numa colaboração entre Miles Davis e Gil Evans. Gravado em quatro sessões no verão de 1958, a adaptação de Porgy and Bess, ópera de Gerswhin, veio com a publicidade em torno do filme de Otto Preminger. A película não deu certo e desagradou os criadores. Já a versão jazz, que diferença: não apenas um dos maiores best-sellers da história do gênero, também foi aclamado por toda crítica como um marco do jazz orquestral.

Sensível e melódico, Porgy and Bess é um álbum que tem Miles Davis vivendo um momento de redescoberta das harmonias, no já pós-bop:

I think a movement in jazz is beginning, away from the conventional string of chords and a return to emphasis on melodic rather than harmonic variations….When Gil wrote the arrangement of ‘I Loves You, Porgy’, he only wrote a scale for me to play. No chords. And that other passage with just two chords gives you a lot more freedom and space to hear things.

E espaço é o que se ouve. Apesar da formação com muitos músicos, a produção delicada permite a todos seu espaço – seja na orquestração do acompanhamento, seja nos solos de Davis e do genial Cannonball Adderley. Além disso, há um aspecto lúdico – porque não é nada menos do que divertido ver os tons por onde Miles e Evans enxergaram canções populares como Summertime e It Ain’t Necessarily So.

Se aqui temos uma leitura fantástica da obra de Gershwin, ela já havia rendido outra obra-prima: a gravação de Ella Fitzgerald e Louis Armstrong, mais orquestra, um ano antes. Disco este que deve pintar por aqui em breve, prometido por FDP Bach.

Miles Davis – Porgy and Bess (320)

01 The Buzzard Song 4’12
02 Bess, You Is My Woman Now 5’15
03 Gone (Evans) 3’41
04 Gone, Gone, Gone 2’06
05 Summertime 3’22
06 Prayer (Oh Doctor Jesus) 4’44
07 Fisherman, Strawberry and Devil Crab 4’10
08 My Man’s Gone Now 6’14
09 It Ain’t Necessarily So 4’29
10 Here Come de Honey Man 1’26
11 I Wants to Stay Here (a.k.a. I Loves You, Porgy) 3’41
12 There’s a Boat That’s Leaving Soon for New York 3’29
13 I Loves You, Porgy [tk1 2nd version] 4’16
14 Gone [tk 4] 3’41

Composto por George Gershwin, Ira Gershwin e DuBose Heyward
Conduzido e arranjado por Gil Evans
Produzido por Cal Lampley e Teo Macero para a Columbia

Miles Davis (trumpet, flugelhorn); Cannonball Adderley (alto saxophone); Gil Evans (arranger, conductor); Paul Chambers (bass); Jimmy Cobb (drums); Ernie Royal, Bernie Glow, Johnny Coles, Louis Mucci (trumpet), Dick Hixon, Frank Rehak, Jimmy Cleveland, Joe Bennett (trombone), Willie Ruff, Julius Watkins, Gunther Schuller (horn), Bill Barber (tuba), Phil Bodner, Jerome Richardson, Romeo Penque (flute, alto flute, clarinet); Danny Bank (alto flute & bass clarinet); Philly Joe Jones (drums on tracks 3, 4, 15).

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

miles davis

Boa audição!
Bluedog, revalidado por PQP Bach

Johann Joseph Fucks, digo, Fux (1660-1741): Serenada a 8, Rondeau a 7, Sonata a 4 (Harnoncourt)

Johann Joseph Fucks, digo, Fux (1660-1741): Serenada a 8, Rondeau a 7, Sonata a 4 (Harnoncourt)

A música barroca é algo realmente sem fim e, cada vez que posto mais um bom compositor, fico impressionado com uma proporção que antes não via em minha cedeteca. O troço não acaba nunca e pasmo para a época em que meu pai nos concebeu — falo de mim, FDP e CDF. Este CD foi gravado em 1970 e relançado em 2003 pela providencial gravadora APEX, que está nos trazendo de volta coisas antológicas. Aqui, temos o grande Nikolaus Harnoncourt e seu Concentus musicus de Viena cuidando de outro austríaco, Fucks, digo, Fux. Já notaram como esses compositores barrocos viviam bastante? Fucks, digo, Fux viveu 81 anos e sei de uns vinte que ultrapassaram a idade vivida por meu pai (65 anos). Johann Joseph Fucks, digo, Fux nasceu em Hirtenfeld na Áustria. Foi filho de camponeses e autodidata em música. Foi Kappelmeister e compositor da corte. É autor do Gradus ad Parnassum, o mais importante tratado de contraponto já escrito. Fucks, digo, Fux morreu em Viena. Deixou 405 obras além do Gradus ad Parnassum que é um diálogo, em latim, entre professor e aluno, seguido de exercícios de composição.

Johann Joseph Fucks, digo, Fux (1660-1741): Serenada a 8, Rondeau a 7, Sonata a 4 (Harnoncourt)

SERENADA A 8
for 2 clarinos, 2 oboes, bassoon, 2 violins, viola and basso continuo
(from Concentus musico-instrumentalis in septem partittas, Nuremberg 1701)

1 Marche: Allegro 2’ll
2 Guigue: Prestissimo 1’27
3 Menuet 2’16
4 Aria: Più allegro 3’26
5 Ouverture 3’44
6 Menuet I, Trio II 3’20
7 Guigue: Prestissimo 1’09
8 Aria: Andante 3’23
9 Aria 0’50
10 Bourée I, II 2’ll
11 Intrada 3’22
12 Rigadon 0’51
13 Ciacona 2’59
14 Guigue: Prestissimo 0’57
15 Menuet 2’12
16 Final: Poco allegro 0’37

17 RONDEAU A 7 4’17
for violino piccolo, bassoon (fagotto conc.), violin, 3 violas and basso continuo

SONATA A QUATTRO
for violin, cornet, trombone, dulcian and organ

18 Allegro 3’26
19 Adagio 2’02
20 Allegro 3’03

TOTAL TIMING 48’12

Concentus musicus Wien
on original instruments
avec instruments originaux
mit Originalinstrumenten

Nikolaus Harnoncourt, conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Sou feio mas não sou pilantra.
“My name is Fux, Johann Joseph Fux”.

PQP

William Byrd (1543-1623): Consort and Keyboard Music / Songs and Anthems (Rose Consort of Viols / Red Byrd)

William Byrd (1543-1623): Consort and Keyboard Music / Songs and Anthems (Rose Consort of Viols / Red Byrd)

William Byrd foi um compositor inglês da Renascença. Considerado um dos maiores compositores britânicos, teve grande influência, tanto da sua Inglaterra natal como do continente. Ele escreveu em muitas das formas correntes na Inglaterra na época, incluindo vários tipos de polifonia sagrada e secular, teclado (a chamada escola virginalista) e música para grupos. Embora tenha produzido música sacra para serviços religiosos anglicanos, em algum momento durante a década de 1570 ele se tornou católico e passou a  escrever música sacra católica. Byrd foi o compositor mais importante da época de William Shakespeare. Seus salmos e motetos, bem como seus madrigais, estão entre as composições mais aclamadas do século XVI. Ele também escreveu obras para órgão e piano.

William Byrd (1543-1623): Consort and Keyboard Music / Songs and Anthems (Rose Consort of Viols / Red Byrd)

1 Pavan 03:04
2 Galliard 01:59
Byrd, William
Gueroult, Guillaume – Lyricist
3 Susanna fair 03:29
Byrd, William
4 Rejoice unto the Lord 03:24
5 John come kiss me now (from The Fitzwilliam Virginal Book) 05:18
6 Fantasia No. 2 05:21
7 Have mercy upon me, O God 03:15
8 In Nomine No. 2 03:15
9 In angel’s weed 02:56
10 Fair Britain isle 05:57
11 Fantasia 02:46
12 Triumph with pleasant melody 03:39
13 Pavan in A Minor 04:01
14 Qui passe (for my Lady Nevell) 03:07
15 Fantasia No. 3 04:11
16 In Nomine No. 5 02:33
17 Christ rising again 05:14

Total Playing Time: 01:03:29

Ensemble(s): Rose Consort of Viols, The
Choir(s): Red Byrd
Artist(s): Bonner, Tessa; Roberts, Timothy

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Byrd viveu 80 anos tendo nascido em 1543. Vá ter saúde assim no PQP

PQP

Mozart (1756 – 1791): Sinfonias Nos. 35 & 36 – Haffner & Linz – The Academy of Ancient Music & Christopher Hogwood ֎

Mozart (1756 – 1791): Sinfonias Nos. 35 & 36 – Haffner & Linz – The Academy of Ancient Music & Christopher Hogwood ֎

Mozart

Sinfonias Nos. 35 & 36

AAM

Christopher Hogwood

 

Esse incrível disco foi gravado em 1979, no formato analógico, e é parte do projeto de gravar todas as sinfonias de Mozart usando instrumentos e práticas de época. Este pioneiro projeto lançado pelo selo L’Oiseau-Lyre, a versão ‘Archive Produktion’ da companhia inglesa Decca, foi completado e a caça pelas caixinhas com os discos nas lojas daqui, naqueles dias, era uma verdadeira caça ao tesouro. O projeto Haydn, bem mais extenso, não teve a mesma sorte, as agruras das gravadoras o atingiram ainda em pleno voo. O disco da postagem terminou como o terceiro do Volume 5, cuja capa ilustra a abertura da postagem.

Era maravilhosamente surpreendente ouvir essa música interpretada nessa forma autêntica. A música de Mozart surgia sob uma nova luz, como as pinturas de Rembrandt após a limpeza da sujeira e das camadas de verniz. Os grandes intérpretes de Mozart naqueles dias eram regentessáuros tais como Bohm, Karajan, Szell, Kubelik, Jochum, Solti… Entre os mais antigos venerados por muitos, mas que já estavam no caminho da fossilização, tínhamos Bruno Walter, Josef Krips, Otto Klemperer.

Detalhe de “A Ronda Noturna”, feita em 1642, por Rembrandt – antes e depois da restauração

Havia os mais moderninhos, que tocavam com bandas menores, como Marriner e a ASMF, Jeffrey Tate e a ECO, Sir Charles Mackerras e a Orquestra de Câmara de Praga, mas o som da L’Oiseau-Lyre era libertador.

Escolhi esse disco para postar por gostar da música e por achá-lo sempre atual e destacando-o assim da coleção com todas as outras sinfonias. Integralidade nem sempre a maneira mais interessante de ouvir a música de Mozart, na minha opinião.

A Sinfonia No. 35 nasceu como mais uma possível Serenata a ser composta por Mozart para o pessoal da família Haffner, de Salzburgo. A encomenda havia chegado a Viena, onde Mozart morava em 1782, enviada pelo seu pai, Leopold Mozart. Wolfgang havia composto uma ‘Serenata Haffner’ enquanto ainda morava em Salzburgo e que fizera muito sucesso, tanto que ganhou o apelido.

Mas Mozart agora estava ocupadíssimo, trabalhando na ópera ‘O Rapto do Serralho’, às voltas com sua noiva e futura esposa, além de aulas muitas. Mesmo assim, foi compondo partes da Serenata e enviando para Salzburgo. O prazo da encomenda venceu e Mozart pediu de volta o que já havia mandado. Gostou tanto do que estava pronto (imagine a pressa com que foi compondo…) que rearranjou o material, acrescentou instrumentos na orquestração e assim surgiu a que agora conhecemos como ‘Sinfonia Haffner’.

A outra sinfonia (pela qual tenho uma especial afeição) é a Sinfonia No. 36, escrita em 1783: A Sinfonia “Linz” foi escrita em três dias! Em 1783, Mozart e sua mulher, Constanza, fazem uma viagem a Salzburgo, para verem o pai e a irmã do compositor. No regresso a Viena, o casal detém-se em Linz, em visita ao velho conde de Thun, grande amigo da família. O conde queria muito que Wolfgang se apresentasse com a orquestra local, mas Mozart não tinha nenhuma de suas partituras à mão. Desejoso de agradecer a boa acolhida, começa uma nova sinfonia e consegue estreá-la no dia programado. [Veja o texto completo aqui]. Essa seria a ‘Sinfonia Linz’.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)

Symphony No. 35 In D Major “Haffner” K.385

  1. March K. 408 No. 2 [K.385a]
  2. Allegro Con Spirito
  3. Andante
  4. Menuetto & Trio
  5. Presto

Symphony In C Major “Linz” K.425

  1. Adagio – Allegro Spiritoso
  2. Andante
  3. Menuetto & Trio
  4. Presto

The Academy of Ancient Music [on period instruments]

Christopher Hogwood – conductor

Recording locations: St. Jude’s, Hampstead Garden Suburb & St. Paul’s, Arnos Grove,
June & October 1979

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FLAC | 299 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 154 MB

O disco foi relançado individualmente numa série com preços modestos, como se dizia então…

Nesta gravação eles mantiveram a marcha que havia sido composta para a versão original na forma de uma serenata, mas que foi descartada por Mozart na versão final como Sinfonia. Acho que eles fizeram isso para exibir os tímpanos…

You cannot get any better than this set. It is outstanding. All of the Mozart Symphonies in one package is impressive enough on its own. But this is a very special package. The Academy of Ancient music under Christopher Hogwood have always been a quality act and their work on this set is no exception.

Não posso deixar de concordar…

Aproveite!

René Denon

PS: Não deixe de visitar essa outra postagem com os mesmos artistas…

F. J. Haydn (1732-1809): 4 Sinfonias – The Academy of Ancient Music – Hogwood

D. Scarlatti (1685-1757): 13 Sonatas (Nicolosi, piano) / A. Soler (1729-1783): 7 Sonatas (Chernychko, piano)

Real Biblioteca d’El Escorial, Monastério e Palácio onde tanto Scarlatti quanto Soler passaram boa parte de suas vidas
Aqui, trata-se da Biblioteca de St. Florian (Áusria) e não do Escorial, como explicou o comentário mais abaixo

Se quisermos usar uma metáfora familiar, as sonatas para teclado de Antonio Soler podem ser consideradas primas, sobrinhas ou mesmo irmãs mais novas das sonatas de Domenico Scarlatti, embora não sejam irmãs gêmeas. Ambos os compositores viveram na Espanha em um período de coexistência do cravo com o pianoforte. Ao contrário de J.S. Bach, que certamente preferia o cravo, Scarlatti e Soler – assim como seus patrões, alunos, amigos – estavam em um contexto de maior ambiguidade entre o velho instrumento e o novo “cravo com martelos”.

É razoável, então, tocar a música de Scarlatti e a de Soler tanto em um instrumento como no outro. No século XX, Alicia de Larrocha (aqui) reinava solitária como a grande intérprete de Soler ao piano, enquanto Scarlatti tinha dois ou três pianistas famosos (aqui, aqui…) que interpretavam sua música com dedos elegantes e suaves, mas também havia pianistas que carregavam nos temperos românticos: longe de mim citar nomes e gerar fofoca, mas o fato é que alguns faziam um Scarlatti horrorosowitz…

Hoje em dia temos um monte de jovens pianistas fazendo boas gravações das sonatas desses dois, sobretudo pela Naxos, que tem um longo projeto de lançar as sonatas completas de Scarlatti sem pressa e com pianistas diferentes. Pelo jeito a gravadora iniciou, mais recentemente, um projeto semelhante dedicado a Soler: há uns 3 ou 4 CDs já lançados, dos quais por enquanto só ouvi o da jovem ucraniana Regina Chernychko, convidada para essa gravação após vencer concursos de piano em Barcelona, Milão e Zurich. Ela faz um belíssimo trabalho aqui, assim como o italiano Francesco Nicolosi.


Domenico Scarlatti (1685-1757): Sonatas K. 52, 77, 79, 111, 139, 170, 176, 277, 344, 340, 388, 398, 456
Francesco Nicolosi, piano
Recorded: Potton Hall, Westleton, Suffolk, UK, 2007

Scarlatti: 13 Sonatas – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – mp3 320 kbps


Padre Antonio Soler (1729-1783): Sonatas nº 67 a 74
Regina Chernychko, piano
Recorded: Palau de Congressos, Girona, España, 2016

Soler: Sonatas R. 67-74 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – mp3 320 kbps

Regina Chernychko em 2022

Pleyel

Robert Schumann (1810-1856): Sinfonia Nº 2 / Abertura “Manfredo” / Abertura, Scherzo e Final (Sinopoli)

Robert Schumann (1810-1856): Sinfonia Nº 2 / Abertura “Manfredo” / Abertura, Scherzo e Final (Sinopoli)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Giuseppe Sinopoli (1946-2001) foi em regente genial, morto infelizmente aos 54 anos, de ataque cardíaco, enquanto dirigia uma Aida em Berlim. A Segunda Sinfonia de Schumann é minha obra favorita do compositor e a gravação de Sinopoli com a Filarmônica de Viena é a que sempre escolho ouvir. Sinopoli foi um mestre em alcançar o máximo equilíbrio orquestral e definitivamente consegue tudo nesta gravação de 1984. A acústica do Musikverein e os engenheiros da DGG colocam os instrumentos de sopro um pouco atrás das cordas, mas isso não diminui o impacto desta performance. A importância da escrita dos metais é claramente manifesta e as páginas finais da obra têm uma majestade incomparável a qualquer outra gravação da sinfonia com a qual estou familiarizado. Sinopoli prova que a escrita orquestral de Schumann pode ser traduzida com sucesso para uma grande orquestra contemporânea. E este desempenho é muito superior à sua gravação posterior com a Staatskapelle Dresden. A execução da Abertura Manfred também é definitiva. Altamente recomendado.

Robert Schumann (1810-1856): Sinfonia Nº 2 / Abertura “Manfredo” / Abertura, Scherzo e Final (Sinopoli)

01 – Symphony No. 2 in C major – I. Sostenuto assai – Allegro, ma non troppo
02 – Symphony No. 2 in C major – II. Scherzo Allegro vivace
03 – Symphony No. 2 in C major – III. Adagio espressivo
04 – Symphony No. 2 in C major – IV. Allegro molto vivace

05 – “Manfred” Overture Op. 115

06 – Overture, Scherzo & Finale, Op. 52 – I. Overture. Andante con moto – Allegro
07 – Overture, Scherzo & Finale, Op. 52 – II. Scherzo. Vivo – trio. L’istesso tempo
08 – Overture, Scherzo & Finale, Op. 52 – III. Finale. Allegro molto vivace

Wiener Philharmoniker
Staatskapelle Dresden (faixas 6 a 8)
Giuseppe Sinopoli, regente

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Uma imagem monstruosa de Robert e Clara Schumann encontrada na web alemã.

PQP

 

Leonard Bernstein (1918-1990): West Side Story (Schermerhorn)

Leonard Bernstein (1918-1990): West Side Story (Schermerhorn)

Kenneth Schermerhorn (1929-2005) estava estudando com Bernstein durante a criação de West Side Story e foi até considerado um possível maestro para a estreia. Finalmente tendo sua chance quase 50 anos depois, Schermerhorn conduz a partitura com uma autoridade e entusiasmo que revela seu conhecimento íntimo e convicções pessoais, mesmo que às vezes seus andamentos se arrastem (como em I Feel Pretty). Esta gravação utiliza a partitura de Bernstein em sua forma original, antes de passar pelas revisões necessárias para torná-la mais adequada às necessidades do teatro musical da época. Na verdade, tudo soa praticamente o mesmo, as distinções mais óbvias são alguns compassos faltando perto do final do Prólogo e o arranjo vocal diferente para America. A Sinfônica de Nashville toca com uma mistura ideal de elegância sinfônica e jazzística que mostra por que esta obra é um clássico tão maravilhoso. Apenas a gravação multimicrofonada e obviamente destinada ao estúdio, com suas vozes artificialmente próximas, decepciona um pouco. No entanto, este CD recria fielmente o mundo mágico e fascinante que é West Side Story, e qualquer pessoa que venha a esta peça novamente terá uma experiência rara e especial. (Neste link, a última versão de Bernstein).

Bernstein, Leonard
Sondheim, Stephen – Lyricist
West Side Story
1 Act I: Prologue 04:18
2 Act I: Jet Song 02:30
3 Act I: Something’s Coming 02:49
4 Act I: Blues 01:54
5 Act I: Promenade 00:22
6 Act I: Mambo 02:39
7 Act I: Maria 03:07
8 Act I: Balcony Scene / Tonight 07:21
9 Act I: America 04:59
10 Act I: Cool 04:35
11 Act I: One Hand, One Heart 04:58
12 Act I: Tonight 03:56
13 Act I: The Rumble 03:08
14 Act II: I Feel Pretty 03:57
15 Act II: Ballet Sequence 01:32
16 Act II: Transition to Scherzo 00:41
17 Act II: Scherzo 01:40
18 Act II: Somewhere 02:38
19 Act II: Procession and Nightmare 03:37
20 Act II: Gee, Officer Krupke 04:20
21 Act II: A Boy Like That / I Have a Love 06:05
22 Act II: Taunting Scene 01:07
23 Act II: Finale 02:52

Total Playing Time: 01:15:05

Composer(s): Bernstein, Leonard
Lyricist(s): Sondheim, Stephen
Conductor(s): Schermerhorn, Kenneth
Orchestra(s): Nashville Symphony Orchestra
Artist(s): Chozen, Joanna / Cooke, Marianne / Dean, Robert / Ditty, Billy / Eldred, Mike / Gabriel, Winter / Lee, Neal Richard / Lewis, Jeff / Morrison, Betsi / Prentice, Michelle / San Giovanni, Michael / Schanuel, Greg / Shenoy, Nandita / Whiting, Jeff

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Cena de Cantando na Chuva

PQP

Peter Tchaikovsky (1840 – 1893) & Sergei Rachmaninov (1873 – 1943): Concertos para Piano No. 1 & No. 2 – Werner Haas (piano) – Orchestre National De L’opera De Monte Carlo & Radio-Sinfonie-Orchester Frankfurt – Eliahu Inbal ֎

Peter Tchaikovsky (1840 – 1893) & Sergei Rachmaninov (1873 – 1943): Concertos para Piano No. 1 & No. 2 – Werner Haas (piano) – Orchestre National De L’opera De Monte Carlo & Radio-Sinfonie-Orchester Frankfurt – Eliahu Inbal ֎

WARHORSES

Cavalos de Guerra! Eu sempre gostei dessa expressão, talvez por minha vadia juventude repleta de livros com histórias cheias de aventuras e de pouca televisão. Quando muito, uma seção na matiné do único cinema da cidade. Em música ela significa ‘algo (como uma obra de arte ou composição musical) que se tornou excessivamente familiar ou banal devido a muitas repetições no repertório usual’. E poucos concertos para piano se classificam tanto como esses dois, do disco da postagem, para a tal expressão. Ambos estão enumerados na curta lista (ah, que seria da nós sem as listas?) de melhores concertos para piano da Gramophone. Despertei sua curiosidade? Verifique quais são os outros concertos da tal lista aqui….

O Concerto No 1 de Tchaikovsky teve um início de carreira um pouco hesitante. Tchaikovsky o revisou três vezes, especialmente o início do concerto. Os acordes iniciais tocados pelo pianista, seguidos pela orquestra tocando o tema principal, eram originalmente arpeggios. Como já mencionei em outras postagens, agarrar a atenção do ouvinte logo de cara é muito importante para o sucesso da peça. O compositor também tinha a expectativa que a obra fosse interpretada pelo pianista e compositor Nikolai Rubinstein, mas este não recebeu muito bem a obra. De qualquer forma, o concerto tornou-se um exemplo de concerto romântico, quase encabeçando a lista (sim, temos uma segunda lista nesta postagem, agora a dos concertos românticos para piano).

O líder dessa lista é o segundo concerto do disco, o Concerto para Piano No. 2, de Rachmaninov. Você deve saber tudo a respeito dessa obra, especialmente de como foi composta após um período no qual o compositor amargou uma enorme depressão, da qual saiu com a ajuda de um psiquiatra que fazia uso da hipnose… Não perca tempo, leia tudo aqui.

A capa da fita cassette

O disco é um primor e faz parte de uma coleção lançada pela Philips em torno do período de surgimento dos CDs, e se chamava Concert Classics. A capa deste disco é típica da série, com a ilustração de Erik Kessels que usa uma colagem com recorte de uma foto.

Os dois concertos reunidos no disco (para a série) têm a interpretação do mesmo pianista – Werner Haas – e o mesmo regente – Eliahu Inbal – mas, foram gravados em momentos diferentes e fazem parte de específicos projetos.

O concerto de Tchaikovsky foi gravado em Monaco, em 1970, juntamente com seus outros dois irmãos menos famosos, os Concertos Nos. 2 e 3. Veja este projeto completo na postagem do FDP Bach, aqui. O concerto de Rachmaninov é de 1974, em Frankfurt, e lançado em um disco com a Rapsódia sobre um tema de Paganini. Esta gravação foi feita em som ‘quadrifônico’. Na verdade, o som do disco é mais uma evidência de como a Philips era uma grande gravadora, especialmente quando piano tomava parte do projeto.

Werner Haas

O pianista é famoso por suas interpretações das obras de Debussy e Ravel, gravadas pela Philips. Foi aluno de Walter Gieseking, mas infelizmente morreu cedo, aos 45 anos, em um acidente automobilístico. O regente Eliahu Inbal tem 88 anos e foi regente de diversas orquestras, incluindo a Orquestra da Rádio de Frankfurt, que aparece neste disco. Sua última atuação foi como regente da Taipei Symphony Orchestra. Após sua aposentadoria, Inbal foi nomeado maestro laureado desta orquestra, em 2023.

Peter Tchaikovsky (1840 – 1893)

Piano Concerto No.1 In B Flat Minor, Op. 23

  1. Allegro Non Troppo E Molto Maestoso – Allegro Con Spirito
  2. Andantino Simplice – Prestissiomo – Tempo I
  3. Allegro Con Fuoco

Sergei Rachmaninov (1873 – 1943)

Piano Concerto No.2 In C Minor, Op. 18

  1. Moderato
  2. Adagio Sostenuto
  3. Allegro Scherzando

Werner Haas, piano

Orchestre National De L’opera De Monte Carlo (Tchaikovsky)

Radio-Sinfonie-Orchester Frankfurt (Rachmaninov)

Eliahu Inbal

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 155 MB

PQP Bach Banho & Tosa em ação…
Eliahu Inbal

Sobre o RACH#2: Eliahu Inbal is one of the most underrated conductors around. It’s good to have so many old recordings of his again available and in this glorious sound as well. This one has definitely aged gracefully and survived the test of time. […] This is highly charged reading, truly emotional and never overblown. Haas is a true virtuoso, but has expressive power most of today’s Kissins and Lang Langs are missing. The piano sound is captured in its full glory

Franz Ignaz Beck (1734-1809): Sinfonias (Ward / Northern Chamber Orchestra)

Franz Ignaz Beck (1734-1809): Sinfonias (Ward / Northern  Chamber Orchestra)

Não adianta. Nem todos são Beethoven, Mozart ou meu pai. Mas alguns podem chegar a um bom patamar como este Beck. Suas obras são muito boas, muito agradáveis, mas sem aquela faísca que um gênio colocaria em determinado momento para virar o jogo. Ele representa a Escola de Mannheim e foi, em vida, um equivocado. Imaginem que ele fugiu da Alemanha, chegou a Veneza e Nápoles, terminando por fixar-se em Marselha por ter participado de um duelo em que pensou ter matado seu oponente. Mas não matou. Seu inimigo talvez esteja vivo até hoje… A vida é assim mesmo. Ele compôs um apreciado Stabat Mater (não Matar, como eu tinha escrito em ato falho), muitas sinfonias e aberturas. O CD é bom, muito bom até. Mas não é Mozart, nem Haydn, nem… vocês sabem.

Franz Ignaz Beck (1734-1809): Sinfonias (Ward / Northern Chamber Orchestra)

Sinfonia in B flat major
I. Allegro 03:59
II. Largo 07:28
III. Allegro 01:57

Sinfonia in D major
I. Allegro 04:25
II. Andante 03:49
III. Minuetto 02:34
IV. Presto 02:24

Sinfonia in G major
I. Allegro molto 03:34
II. Andante moderato 05:54
III. Presto 05:52

Sinfonia in D major, Op. 10. No. 2
I. Allegro 02:17
II. Andante 02:12
III. Presto 02:55

Sinfonia in E major, Op. 13, No. 1
I. Allegro 02:39
II. Andante 02:36
III. Allegro 04:08

Performed by: Northern Chamber Orchestra
Conducted by: Nicholas Ward

Total Playing Time: 49:43

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Beck tomando um ventinho Minuano em visita ao RS.

PQP

Karol Szymanowski (1882-1937): Violin Concertos Nos. 1 & 2 / Nocturne and Tarantella (Kulka / Lasocki / Stryja)

Karol Szymanowski (1882-1937): Violin Concertos Nos. 1 & 2 / Nocturne and Tarantella (Kulka / Lasocki / Stryja)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Karol Szymanowski nasceu na Ucrânia em uma rica família cheia de artistas. Após a Revolução Russa, a família regressou à sua Polônia natal, onde Szymanowski encontrou inspiração na música folclórica. Seu lírico Concerto para Violino Nº 1 foi dedicado ao seu grande amigo, o violinista Pavel Kochański, e é notável por sua clareza de textura. Inspirado na visita de Kochański à Polônia em 1932, o Concerto para Violino Nº 2 foi escrito no final da vida criativa de Szymanowski. Os dois músicos trabalharam juntos na partitura, que mostra influências da música do povo montanhês da Polônia. O intenso e virtuoso Nocturne & Tarantella baseia-se no impressionismo de Debussy e do início de Stravinsky, mas também na cultura e no folclore do Oriente.

São gravações excepcionalmente claras destas três obras concertantes de Szymanowski, não apenas os dois Concertos para Violino, mas uma versão orquestrada do Noturno & Tarantela. A turma 100% polaca dá um show, oferecendo leituras puras e claras com entonação impecável e uso cuidadoso do vibrato. Ter um maestro e uma orquestra polonesas como acompanhantes contribui para o sentimento idiomático de cada um, com os sons orquestrais mágicos lindamente evocados, particularmente no Nº 1, a mais radical das duas obras. Kulka toca o relativamente breve Noturno e Tarantela com a mesma empatia. A Tarantella é virtuosística e extravagante, trazendo um clímax concertístico para um disco excelente.

Karol Szymanowski (1882-1937): Violin Concertos Nos. 1 & 2 / Nocturne and Tarantella (Kulka / Lasocki / Stryja)

Violin Concerto No. 1, Op. 35
1 Vivace assai – 06:12
2 Tempo comodo – Andantino – 05:59
3 Vivace scherzando – 01:29
4 Poco meno – Allegretto – 06:53
5 Vivace (Tempo I) 05:36

Violin Concerto No. 2, Op. 61 (*)
6 Moderato – Molto tranquillo – 06:12
7 Andantino sostenuto – 06:34
8 Allegramente – Molto energico – 04:01
9 Andantino – Molto tranquillo 05:25

Nocturne and Tarantella, Op. 28
10 Nocturne: Lento assai 05:49
11 Tarantella: Presto appassionato 06:02
(Fitelberg, Grzegorz – Arranger)

Conductor(s): Stryja, Karol
Orchestra(s): Polish State Philharmonic Orchestra, Katowice
Violins(s): Kulka, Konstanty Andrzej; Lasocki, Roman (*)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Szyma declarou-se estarrecido com PL do Aborto

PQP