Discaço da Hyperion. Robert King e seu King`s Consort estão perfeitamente à vontade com neste repertório bem inglês. Ouvir apenas esta versão do Minueto da Suite No.3 da Música Aquática de Händel, já equivale a várias sessões de análise.
A Música Aquática (Water Music) é uma coleção de movimentos orquestrais, frequentemente divididos em três suítes, compostas por George Frideric Händel. Sua estreia se deu em 17 de julho de 1717, após o rei Jorge I encomendar um concerto para ser execudado sobre o rio Tâmisa. O concerto foi executado originalmente por cerca de 50 músicos, situados sobre uma barca nas proximidades da barca real, a partir da qual o monarca escutava a peça com seus amigos mais próximos. As barcas se dirigiam a Chelsea ou Lambeth. O rei Jorge gostou tanto da música que pediu a seus músicos, já esgotados, que tocassem-na por três vezes durante o tempo do percurso.
Ao contrário de suítes de Handel, a obra de Telemann é um exemplo claro de música de programa no qual o autor tenta descrever a água através de cenas e personagens mitológicos associados a esse elemento.
G. F. Händel (1685-1759) / G. P. Telemann (1681-1767): Water Music
Händel
Water Music Suite No.1 for orchestra in F major, HWV 348
1 – Ouverture (Largo – Allegro) 3:18
2 – Adagio E Staccato 2:06
3 – (Allegro) – Andante – (Allegro) 7:20
4 – (Menuet) 2:55
5 – Air 2:31
6 – Menuet 2:30
7 – Bourrée 1:02
8 – Hornpipe 1:17
9 – Andante 4:19
Water Music Suite No.2 for orchestra in D major, HWV 349
10 – (Ouverture) 2:00
11 – Alla Hornpipe 2:58
Water Music Suite No.3 for orchestra in G major, HWV 350
12 – (Menuet) 3:03
13 – Rigaudon 2:42
Water Music Suite No.2 for orchestra in D major, HWV 349
14 – Lentement 2:03
15 – Bourrée 0:51
Water Music Suite No.3 for orchestra in G major, HWV 350
16 – Menuet (I) 1:00
17 – Menuet (II) 2:10
18 – (Country Dance I & II) 1:29
Water Music Suite No.2 for orchestra in D major, HWV 349
19 – (Trumpet Menuet) 1:22
Telemann
Wasser Overture, for 2 recorders, flute, 2 oboes, bassoon, strings & continuo in C major (“Hamburger Ebb und Fluth”), TWV 55:C3
20 – Ouverture 7:27
21 – Sarabande: Die Schlafende Thetis 2:08
22 – Bourrée: Die Erwachende Thetis 1:51
23 – Loure: Der Verliebte Neptunus 1:44
24 – Gavotte: Spielende Najaden 0:41
25 – Harlequinade: Der Schertzende Tritonus 1:05
26 – Der Stürmende Aeolus 2:09
27 – Menuet: Der Angenehme Zephir 2:45
28 – Gigue: Ebb’ Und Fluth 1:08
29 – Canarie: Die Lustigen Bots Leute 1:33
Georg Friedrich Händel Laudate Pueri Dominum (Salmo 112)
Há dois dias o Avicenna e eu postamos a primeira gravação da mais antiga obra brasileira preservada: o Recitativo e Ária de 1759 que vem sendo atribuído ao Padre Caetano de Melo Jesus, de Salvador – e hoje queríamos postar a primeira gravação da que é provavelmente a segunda mais antiga: o Te Deum do recifense Luís Álvares Pinto, talvez composto no ano seguinte (1760).
Acontece que ainda não conseguimos a primeira gravação, que é a da reestréia moderna da obra em 1968, regida pelo também pernambucano Padre Jaime Cavalcanti Diniz (biografia aqui), que a havia encontrado e restaurado pouco antes, à frente do Coro Polifônico do IV Curso Internacional de Música de Curitiba com acompanhamento de uma organista estadunidense chamada (juro!) Marilyn Mason.
Por que queremos a 1.ª gravação? Entre outras coisas, porque este blog já tem uma de 1994 realizada na Suíça (Ensemble Turicum) e outra de 2000 na França (Jean-Christophe Frisch). Ou seja: mais uma obra brasileira que goza de reconhecimento e admiração no exterior antes que a maior parte dos brasileiros sequer saibam que ela existe… e isso apesar de serem brasileiras as 4 outras gravações que conheço.
Uma é parte do notável panorama da nossa produção mais antiga gravado pelo ‘Armonico Tributo’ de Campinas dirigido pelo baiano Edmundo Hora, no CD duplo ‘América Portuguesa’, disponível em alguns outros blogs – o qual contém também uma nova realização do Recitativo e Ária de 1759 (inseri retroativamente umas palavras sobre ela no post de 24/05).
Quanto às outras três, parece que Curitiba quis retribuir a honra de ter sido palco da reestréia desse Te Deum: são todas da Camerata Antiqua, com regência do carioca Roberto de Regina, em diferentes momentos: 1981, 1995, 2000. A terceira ainda não ouvi. Gosto bastante da segunda, com a parte orquestral reconstruída pelo nosso amigo Harry Crowl, a mais encorpada e clássica das 5 que ouvi, e com a Camerata num nível de precisão técnica ainda nem sonhado em 1981. Apesar disso, eu e o Avicenna encontramos um encanto especial justamente na singeleza da primeira, de sonoridade excepcionalmente transparente e ‘tridimensional’, e foi essa que resolvemos postar.
E a música em si? Quem leu a postagem de 24/05 deve lembrar que as sugestões de observação da transição barroco-clássico terminavam falando de Gluck e de Carl Philipp Emmanuel Bach, nascidos os dois em 1714. Pois bem: o mulato pernambucano era 5 anos mais novo, de 1719. Gluck morreu em 87. CPE em 88. Álvares Pinto em 89.
Disse ainda que C.P.E. ‘barroqueava’ em alguns momentos, em outros ‘classicava’ (ou ‘mozarteava’). Esse é precisamente o caso também de Álvares Pinto. E aí vocês dirão “Mas com certo atraso em relação à Europa, como de costume, não?” – Pois desta vez absolutamente não! Há diferenças de escola composicional, não do estágio de transformação estilística (para não usar o discutível ‘evolução’). Ouçam mais uma vez a ‘Ressurreição e Ascenção’ de CPE, e ouçam este Te Deum – mas sem esquecer que aquela é 14 anos posterior à data estimada deste: 1760, só 10 anos após a morte de Bach Pai e um após a de Händel.
Acontece que, se foi em 1760, Álvares Pinto compôs o Te Deum em Lisboa, onde ficou muito tempo como aluno do organista da Catedral, Henrique da Silva Negrão, e foi violoncelista da Capela Real, e isso em plena época do Marquês de Pombal, quando Lisboa havia voltado a ser uma metrópole de importância. Luís teria aí 41 anos.
Abandonou sua gente? Não é bem assim. Um ano depois Luís estava de volta ao Recife, onde passou o resto vida se desdobrando como capitão, mestre de capela, poeta (diz-se que em várias línguas), comediógrafo, autor de obras didáticas e, ao que parece, até precursor de Paulo Freire: alfabetizador! Cadê a estátua desse homem?!
Tentando finalizar, vejo que restam 3 pensamentos na mesa: um, o da antigüidade e perenidade da importância do Nordeste, e de Pernambuco em particular, como um dos principais pólos de produção e inovação em todas as áreas da cultura deste país.
Outro: e o salmo de Händel do outro lado do disco? Ah, sim: muito bonito; e a realização também mostra em muitos pontos que poderia ser arrebatadora, não fosse o mesmo problema da postagem de 23/05 (o LP de 1965 da Orquestra de Câmara de São Paulo): solista vocal não suficientemente madura para a obra na época da gravação.
Finalmente, este post marca também a estréia no blog de um dos mais importantes – e insuficientemente reconhecidos – músicos brasileiros dos últimos 50 anos: o hoje octogenário Roberto de Regina. Não considero a regência do barroco e pós-barroco o seu melhor, e mesmo assim seu trabalho nessa área é indispensável. Foi ‘nosso Wanda Landowska’, o reintrodutor do cravo no Brasil, como virtuose e como construtor. Mas coloco acima de tudo seus 3 discos dos anos 60, ‘Cantos e Danças da Renascença’, pioneiros no mundo na abordagem viva a esse repertório, e ainda hoje poucas vezes igualados.
Isso tudo enquanto ainda se sustentava como médico anestesista! – o que costumava tratar com humor: “tenho só dois medos: o paciente acordar na operação, e o público dormir no concerto”. Quero apostar que não será o caso desta e de nenhuma postagem de suas gravações!
Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789) 01. Te Deum – 1. Te Dominum
02. Te Deum – 2. Tibi Angeli
03. Te Deum – 3. Sanctus
04. Te Deum – 4. Te Gloriosus
05. Te Deum – 5. Te martyrum
06. Te Deum – 6. Patrem imensae majestatis
07. Te Deum – 7. Sanctum Quoque
08. Te Deum – 8. Tu Patris Sempiternus
09. Te Deum – 9. Tu Devicto
10. Te Deum – 10. Judex crederis
11. Te Deum – 11. Salvum fac
12. Te Deum – 12. Per singulos dies
13. Te Deum – 13. Dignare Domine
14. Te Deum – 14. Fiat, Fiat
15. Te Deum – 15. In te Domine Speravi
Georg Friedrich Händel (1685 – 1759) 16. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 01. Laudate Pueri
17. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 02. Licut nomem Domini
18. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 03. A solis ortu
19. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 04. Excelsus super omnes
20. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 05. Quis sicut Dominus
21. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 06. Suscitans a terra
22. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 07. Qui habitare facit
23. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 08. Gloria Patri
Camerata Antiqua de Curitiba
Fátima Alegria, soprano – Roberto de Regina, maestro
Gravado na Igreja da Ordem Terceira de S.Francisco das Chagas, Curitiba, 1981
Capa do gravurista curitibano Poty Lazzarotto
PQP acha Scott Ross (1951–1989) um mão pesada. Suas interpretações têm poucas nuances e expressão. PQP pensa que estas Suítes ainda aguardam por mais carinho. Algumas são muito belas.
Porém, vejam só o que escreveu em 2010 o postador original, Gabriel Clarinet: compostas por Handel por volta de 1720, essas Suites para Cravo são interessantes e ao mesmo tempo intrigantes. Dentro delas você pode encontrar desde fugas até 3 ou 4 variações dentro de uma mesma suite. É claro que esse é o estilo da época. Mas para mim, tão acostumado com Allegri, Scherzi, Presti, de repente dar de cara com uma construção dessas é meio difícil de aceitar. Todo esse dilema acaba quando você começa a ouvir. Daí tudo se torna céu. O interessante é que Handel explora ao máximo toda a sonoridade e combinações de sons do cravo, principalmente nas fugas. É claro que não se compara as fugas de Bach, mas ainda assim é muito bom.
Georg Friedrich Händel (1685-1759): 8 Suites para Cravo
Disco 1
01 – Série de 1720. Suíte I em lá maior – I. Prélude
02 – Série de 1720. Suíte I em lá maior – II. Allemande
03 – Série de 1720. Suíte I em lá maior – III. Courante
04 – Série de 1720. Suíte I em lá maior – IV. Gigue
05 – Série de 1720. Suíte II em fá maior – I. Adagio
06 – Série de 1720. Suíte II em fá maior – II. Allegro
07 – Série de 1720. Suíte II em fá maior – III. Adagio
08 – Série de 1720. Suíte II em fá maior – IV. Fugue
09 – Série de 1720. Suíte III em ré menor – I. Prélude
10 – Série de 1720. Suíte III em ré menor – II. Fugue
11 – Série de 1720. Suíte III em ré menor – III. Allemande
12 – Série de 1720. Suíte III em ré menor – IV. Courante
13 – Série de 1720. Suíte III em ré menor – V. Air
14 – Série de 1720. Suíte III em ré menor – VI. Variation 1
15 – Série de 1720. Suíte III em ré menor – VII. Variation 2
16 – Série de 1720. Suíte III em ré menor – VIII. Variation 3
17 – Série de 1720. Suíte III em ré menor – IX. Variation 4
18 – Série de 1720. Suíte III em ré menor – X. Variation 5
19 – Série de 1720. Suíte III em ré menor – XI. Presto
20 – Série de 1720. Suíte IV em mi menor – I. Fugue
21 – Série de 1720. Suíte IV em mi menor – II. Allemande
22 – Série de 1720. Suíte IV em mi menor – III. Courante
23 – Série de 1720. Suíte IV em mi menor – IV. Sarabande
24 – Série de 1720. Suíte IV em mi menor – V. Gigue
Disco 2
01 – Série de 1720. Suíte V em mi maior – I. Prélude
02 – Série de 1720. Suíte V em mi maior – II. Allemande
03 – Série de 1720. Suíte V em mi maior – III. Courante
04 – Série de 1720. Suíte V em mi maior – IV. Air con variazioni
05 – Série de 1720. Suíte V em mi maior – V. Variation 1
06 – Série de 1720. Suíte V em mi maior – VI. Variation 2
07 – Série de 1720. Suíte V em mi maior – VII. Variation 3
08 – Série de 1720. Suíte V em mi maior – VIII. Variation 4
09 – Série de 1720. Suíte V em mi maior – IX. Variation 5
10 – Série de 1720. Suíte VI em fá sustenido maior – I. Prélude
11 – Série de 1720. Suíte VI em fá sustenido maior – II. Lárgo – Fugue
12 – Série de 1720. Suíte VI em fá sustenido maior – III. Gigue
13 – Série de 1720. Suíte VII em sol menor – I. Ouverture
14 – Série de 1720. Suíte VII em sol menor – II. Andante
15 – Série de 1720. Suíte VII em sol menor – III. Allegro
16 – Série de 1720. Suíte VII em sol menor – IV. Sarabande
17 – Série de 1720. Suíte VII em sol menor – V. Gigue
18 – Série de 1720. Suíte VII em sol menor – VI. Passacaglia
19 – Série de 1720. Suíte VIII em fá menor – I. Prélude
20 – Série de 1720. Suíte VIII em fá menor – II. Fuga
21 – Série de 1720. Suíte VIII em fá menor – III. Allemande
22 – Série de 1720. Suíte VIII em fá menor – IV. Courante
23 – Série de 1720. Suíte VIII em fá menor – V. Gigue
A austríaca Christina Pluhar tem um longo histórico na música antiga. Toca alaúde e tiorba, ganhou prêmios por suas interpretações de música antiga, etc. Em 2000, fundou o grupo L’Arpeggiata e a liberdade que passou a sentir foi, literalmente, impressionante. Após o excelente CD que postamos ontem e que é de 2014, ela reaparece com uma bordagem respeitosa e originalíssima de Händel. Na companhia do soprano Nuria Rial, do contratenor Valer Sabadus e do saxofonista e clarinetista de jazz Gianluigi Trovesi, ela aborda Händel. Não curti tanto quando o Purcell de 2014, mas é um CD que não deve passar em branco. Tem de tudo nele, inclusive e principalmente bom gosto. O wild é só para causar.
Händel Goes Wild
1 Handel / Arr Pluhar: Alcina, HWV 34, Act 3: Sinfonia (Arr. Pluhar) – Christina Pluhar
2 Handel / Arr Pluhar: Rinaldo, HWV 7b, Act 1: “Venti, turbini” (Rinaldo) [Arr. Pluhar] – Christina Pluhar
3 Handel / Arr Pluhar: Semele, HWV 58, Act 2: “O sleep, why dost thou leave me” (Semele) [Arr. Pluhar] – Christina Pluhar
4 Vivaldi / Arr Pluhar: Improvisation on Concerto for Strings in G Minor, RV 157: I. Allegro (Arr. Pluhar) – Christina Pluhar
5 Handel: Rinaldo, HWV 7b, Act 1: “Cara sposa” (Rinaldo) – Christina Pluhar
6 Handel / Arr Pluhar: Semele, HWV 58, Act 2: “Where’er you walk” (Semele) [Arr. Pluhar] – Christina Pluhar
7 Handel / Arr Pluhar: Solomon, HWV 67, Act 3: The Arrival of the Queen of Sheba (Arr. Pluhar) – Christina Pluhar
8 Handel / Arr Pluhar: Amadigi di Gaula, HWV 11, Act 2: “Pena tiranna” (Dardano) [Arr. Pluhar] – Christina Pluhar
9 Handel / Arr Pluhar: Giulio Cesare in Egitto, HWV 17, Act 3: “Piangerò la sorte mia” (Cleopatra) [Arr. Pluhar] – Christina Pluhar
10 Kapsberger: Canario (Arr. Pluhar) – Christina Pluhar
11 Handel / Arr Pluhar: Alcina, HWV 34, Act 2: “Verdi prati” (Ruggiero) [Arr. Pluhar] – Christina Pluhar
12 Handel / Arr Pluhar: Il trionfo del Tempo e della Verità, HWV 46b, Part 2: “Tu del Ciel ministro eletto” (Belezza) [Arr. Pluhar] – Christina Pluhar
13 Handel: Alcina, HWV 34, Act 2: “Mi lusinga il dolce affetto” (Ruggiero) [Arr. Pluhar] – Christina Pluhar
14 Handel: Rinaldo, HWV 7, Act 2: “Lascia ch’io pianga” (Improvisations by Josep Maria Martí Duran and Turrisi) – Christina Pluhar
15 Handel: Serse, HWV 40, Act 1: “Ombra mai fu” (Serse) – Christina Pluhar
The Lord’s Prayer Mormon Tabernacle Choir The Philadelphia Orchestra Dir. Eugene Ormandy 1957
Esta é uma gravação de 1957, digitalizada de uma fita mini K-7 que comprei em 1970, portanto sejam generosos ao avaliar a qualidade do som.
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Palhinha: ouça 02. Come, come ye saints
01. The Lord’s Prayer (from the “Oratorio from the Book of Mormon”
02. Come, come ye saints
03. Blessed are they that mourn (Brahms, from “A German Requiem”)
04. O, my Father
05. How great the wisdom and the love
06. Messe solennelle en l’honneur de Sainte-Cécile: Holy, Holy, Holy (Gounod)
07. 148th Psalm
08. David’s lamentation (II Samuel 18:33)
09. Londonderry air
10. Battle hymn of the Republic
11. Messiah, HWV 56: Halellujah (Händel)
12. Messiah, HWV 56: For unto us a child is born (Isaiah 9:6-7) (Händel)
The Lord’s Prayer – 1957
Mormon Tabernacle Choir & The Philadelphia Orchestra
Dir. Eugene Ormandy
Em 19 de dezembro de 2011, no Théâtre des Champs-Élysées de Paris, o Le Concert d’ Astrée, sob a direção de sua fundadora e maestrina Emmanuelle Haïm, deu um concerto intitulado “Fetes Baroques” para comemorar seu 10º aniversário de fundação.Juntaram-se a Haïm e à orquestra nada menos que 24 dos mais famosos cantores do repertório barroco do mundo.
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Palhinha: 30. Giulio Cesare – Act III : E pur così in un giorno… Piangerò – avec Sandrine Piau/Olivier Bénichou (UMA DELICADEZA!)
Une Fête Baroque Jean-Philippe Rameau (France, 1683-1764)
01. Les Indes galantes : Les Sauvages – Danse du Calumet de la Paix et duo Forêts Paisibles – avec Natalie Dessay/Stéphane Degout
02. Hippolyte et Aricie – Acte IV : Quelle plainte en ces lieux m’appelle? – avec Anne Sofie von Otter
03. Dardanus : Acte IV: Ritournelle (gracieusement, un peu gai)
04. Dardanus : Calme des sens
05. Dardanus : Tambourins
06. Hippolyte et Aricie – Acte V : Rossignols amoureux (La bergère) – avec Jaël Azzaretti/David Plantier/Alexis Kossenko
07. Hippolyte et Aricie – Acte IV : A la chasse, à la chasse – avec Aurélia Legay/Jeroen Billiet/Yannick Maillet
08. Dardanus – Acte IV : Voici les tristes lieux… Monstre affreux, monstre redoutable – avec Stéphane Degout
09. Platée – Acte II : Formons les plus brillants concerts…Aux langueurs d’Apollon (La folie) – avec Patricia Petibon
10. Hippolyte et Aricie : Bruit de tonnerre
11. Castor et Pollux – Acte I : Tristes apprêts (Télaïre) – avec Karine Deshayes
12. Dardanus : Chaconne – avec Karine Deshayes
13. Les Indes galantes: Les Sauvages: Régnez, plaisirs et jeux (Zima) – avec Sonya Yoncheva
14. Dardanus – Acte IV : Lieux funestes (Dardanus) – avec Topi Lehtipuu
15. Dardanus – Acte III : Paix favorable, paix adorable – avec Francoise Masset/Stéphane Degout
Jean-Baptiste Lully (Italy, 1632-France, 1687)
16. Thésée: Acte I: Marche
17. Thésée – Acte V : Vivez contents dans ces aimables lieux – avec Jaël Azzaretti/Francoise Masset/Topi Lehtipuu/Stéphane Degout
Henry Purcell (England, 1659-1695)
18. King Arthur or the British Worthy – Act III : What Power art thou (Cold Genius) – avec Christopher Purves
19. Come, ye Sons of Art : Sound the Trumpet – avec Philippe Jaroussky/Pascal Bertin
Georg Friedrich Händel (Germany,1685-England,1759)
20. Rinaldo – Act III : In quel bosco di strali… Al trionfo del nostro furore – avec Laura Claycomb/Lorenzo Regazzo
21. Rinaldo – Act II : Lascia ch’io pianga avec – Ann Hallenberg
22. Agrippina – Act III : Come nube che fugge dal vento – avec Renata Pokupic
23. Dixit Dominus : De torrente via bibet
24. Orlando – Act I : T’ubbidiro, crudele….Fammi combattere – avec Marijana Mijanovic
25. Il Delirio Amoroso : Un pensiero voli in ciel – avec Magali Léger/Stéphanie-Marie Degand
26. La Resurezzione : Piangete, si, piangete – avec Sara Mingardo
27. Tamerlano – Act I : Ciel e terra armi di sdegno – avec Rolando Villazon
28. Giulio Cesare – Act I : Son nata a lagrimar – avec Philippe Jaroussky/Anne Sofie von Otter
29. Il trionfo del tempo e del disinganno : Voglio tempo per risolvere – avec Jaël Azzaretti/Ann Hallenberg/Marijana Mijanovic/Topi Lehtipuu
30. Giulio Cesare – Act III : E pur così in un giorno… Piangerò – avec Sandrine Piau/Olivier Bénichou
31. Rinaldo – Act I : Venti turbini – avec Philippe Jaroussky/David Plantier/Philippe Miqueu
32. Aci, Galatea e Polifemo : Benchè tuoni e l’etra avvampi – avec Delphine Haidan
33. Giulio Cesare – Act II : Che sento… Se pietà – avec Natalie Dessay
34. Theodora – Act III : How strange their ends
35. Messiah : Hallelujah – Le Concert d’Astrée avec solistes invités
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Une Fête Baroque – Baroque Festival of Voice – 2011
Mais uma série finalizada. Agora, é voltar ao Bach 2000 e a tantas otras cositas.
CD 19:
Johann Kuhnau
Musicalische Vorstellung Einiger Biblischer Historien
Musical Depiction Of Certain Biblical Stories
Representation Musicale De Quelques Histoires Bibliques
01-04. Sonata No. 4: Der Todtkrancke Und Wieder Gesunde Hiskias
Hezekiah is Mortally ill And Restored To Health
Ezechias Moribond Et Recouvrant La Sante
05-12. Sonata No. 5: Der Heylanb Israelis, Gideon
Gideon, The Saviour Of Israel – Gedeon, Le Sauveur D’Israel
13-18. Sonata No. 6: Jacobs Tod Und Begraebniss
The Death And Burial Of Jacob – La Mort Et Les Funerailles De Jacob
Girolamo Frescobaldi
01. Toccata Settima
02. Toccata Undecima In C Major
03. Canzona Terza
04. Toccata In G Major
05. Fantasia Sesta Sopra Doi Soggetti
06-10. 5 Galliards
Francesco Turini
11. Sonata In A Minor
Giulio Caccini arr. Peter Philips
12. Amarilli Mia Bella
Biagio Marini
13. Balletto Secondo A Tre & A Quattro
Domenico Scarlatti
14. Sonata in A minor, Kk 3 (Presto)
15. Sonata in D minor, Kk 52 (Andante moderato)
16. Sonata in E major, Kk 215 (Andante)
17. Sonata in E major, Kk 216 (Allegro)
Apoie os bons artistas, compre suas músicas.
Apesar de raramente respondidos, os comentários dos leitores e ouvintes são apreciadíssimos. São nosso combustível.
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Recentemente eu escrevi que o Brasil tem uma rica tradição pianística, apesar dos pesares. Sobre o órgão de tubos, não se pode dizer o mesmo. São instrumentos caros, imensos, precisam de manutenção com mão de obra especializada… Tirando as honrosas exceções aqui e ali, muitas igrejas em nosso país deixaram seus órgãos definhar com os cupins e a maresia.
Pretendo trazer para o PQPBach um pouco desse instrumento. O CD de hoje tem algumas obras essenciais do repertório para órgão como os corais de Bach e a toccata de Widor.
Seis curiosidades sobre o órgão de tubos:
1. O órgão é um dos instrumentos mais antigos de que se tem notícia, segundo a tradição foi inventado no século III a.C. em Alexandria, muitos séculos antes do cravo ou do piano. O que não significa que ele só serve para tocar música antiga: compositores como os franceses Litaize, Duruflé e Messiaen escreveram muita música de vanguarda para órgão no século XX, sem falar nos mais recentes Xenakis (1922–2001), Ligeti (1923—2006), Terry Riley (1935–) e Philip Glass (1937–). 2. Antes da eletricidade, um assistente ficava atrás do órgão o tempo todo. Isso mesmo, nos tempos de Bach o som só saía continuamente enquanto alguém estivesse bombeando ar para os foles… 3. Órgãos fazem muito eco. Principalmente em igrejas amplas e altas, com grande reverberação, o som continua ecoando vários segundos depois do órgão parar de tocar. Ao vivo esse efeito é incrível e no disco de Olivier Latry também é possível ouvir o eco que fica no ambiente sonoro da Catedral Notre Dame de Paris. 4. Cada órgão é único: eles não são feitos em série, ao contrário de carros ou pianos. Por exemplo o órgão barroco Arp Schnitger de Mariana/MG tem semelhanças com seus irmãos que vivem na Alemanha e na Holanda, mas também tem muitas diferenças. 5. Órgãos têm teclados manuais – que podem ser dois, três, quatro… cada um com um registro, ou seja, tipo de som – e ainda uma pedaleira para os sons mais graves. Assim, com duas mãos e os pés, o organista pode tocar obras a três vozes como as Triosonatas de Bach. 6. Händel, W.F. Bach, C.P.E. Bach, Haydn, Mozart e Beethoven escreveram obras para órgãos mecânicos, ou “relógios musicais”, que eram instrumentos autômatos, sem um músico tocando, e deviam causar um grande espanto no século 18. As obras de Händel e Mozart aqui presentes fazem parte desse grupo, mas a gravação aqui tem um músico tocando, porque soa melhor, né?
Olivier Latry – 12 des plus belles pages de sa discographie
01 – Pieces for a Musical Clock, Georg Friedrich Händel (A voluntary on a flight of angels; Allegro; Menuet; Gigue)
02 – Choral ”Wachet auf, ruft uns die Stimme” (BWV 645), J.S. Bach
03 – Prélude & Fugue en fa mineur (BWV 534), J.S. Bach
04 – Choral ”Wir glauben all an einen Gott” (BWV 740), J.S. Bach
05 – Trio Sonata No. 2 (BWV 526), J.S. Bach
06 – Fantasia for mechanical organ in F minor, K. 608, Wolfgang Amadeus Mozart
07 – Symphonie No. 5 pour orgue: I. Adagio, Charles-Marie Widor
08 – Symphonie No. 5 pour orgue: II. Toccata, Charles-Marie Widor
09 – Naïades (24 Pièces de Fantaisie), Louis Vierne
10 – Carillon de Westminster (24 Pièces de Fantaisie), Louis Vierne
11 – Scherzo, Gaston Litaize
12 – Toccata, Maurice Duruflé
Olivier Latry – Órgão
Órgãos utilizados:
Händel, Mozart – órgão Stumm em Kirchheimbolanden, Alemanha (1745)
Bach (Coral BWV 645) – órgão Giroud em Le Grand Bornand, França (1988, ‘estilo século XVII’)
Bach (BWV 534) – órgão Aubertin em Vichy, França (1991)
Bach (Coral BWV 740) – órgão Aubertin em Viry-Chatillon, França (1991)
Bach (Trio Sonata) – órgão Giroud em Grenoble, França (1982)
Duruflé – órgão Cliquot/Cavaillé-Coll/Beuchet-Debierre em St Étienne du Mont, Paris, França (1777/1863/1956)
Widor, Vierne, Litaize: órgão Cavaillé-Coll (modificado) em Notre Dame de Paris, França (1868)
Postagem especial pelos 8 anos do PQPBach e dedicado a todos que nos têm prestigiado nesta viagem! (original postado em 15.11.14)
Orquestra Brasileira de Câmara Coro de Belo Horizonte Maestro Michel Corboz (Suíça)
REPOSTAGEM
Helle Hinz (Dinamarca) – soprano Brigitte Balleys (Suíça) – contralto Marcus Tadeu (Brasil) – tenor Jaques Bona (França) – baixo François Chapelet (França) – órgão Maria Vischna (Brasil) – violino Manfred Clement (Alemanha) – oboé
No início do século XVIII, nos primórdios da mineração do ouro, a pequena capela erguida na Vila do Ribeirão do Carmo, em Minas Gerais, deu lugar à nova igreja maior e matriz, elevada a Sé Episcopal, em 1745. A vila, por sua vez, havia sido transformada na Cidade de Mariana, em homenagem à Mariana de Austria, rainha de Portugal, esposa de D. João V.
Surgiu, pois, a Catedral de Mariana que, em novembro de 1752, por vontade do soberano D. José 1, sucessor de D. João V, recebeu seu majestoso órgão, construído por volta de 1700 na Alemanha, fruto provável do génio criativo do mestre organeiro Arp Schnitger (1648 – 1719) ou de sua escola. Semelhanças inconfundíveis com certas características técnicas e artísticas de um órgão construído por Schnitger na mesma época, instalado na cidade de Faro, em Portugal, fazem supor que o instrumento de Mariana tenha a mesma origem.
Definitivamente instalado na nova catedral em 1753, abrilhantou, pela primeira vez, a festa da Assunção da Nossa Senhora, padroeira da diocese, pelas mãos – ao que tudo leva a crer – do organista Padre Manoel da Costa Dantas.
Obra prima do barroco alemão, o órgão da Catedral de Mariana, um dos poucos ainda existentes no mundo, é de importância histórica imensa, pois sua sonoridade incomparável acompanhou, durante quase dois séculos, a evolução da música sacra no Brasil, que tem nas terras alterosas das “Gerais” seu berço e nos artistas e compositores mineiros seus cultores por excelência. Até que, desgastado pelo tempo e pelo descaso que tanto penaliza os maiores monumentos da cultura nacional, aquele instrumento precioso foi ouvido, pela última vez, em 8 de dezembro de 1937.
47 anos depois, no dia 8 de dezembro de 1984, dia glorioso da Conceição de Nossa Senhora, ergueu-se novamente a voz jubilante do órgão de Mariana, sob os acordes da Missa em Fá Maior, de José Emerico Lobo de Mesquita – um dos mestres do barroco mineiro – e do Concerto Nº 4 em Fá para Órgão e Orquestra de Haendel, executadas por um grande intérprete da França, François Chapelet.
Este memorável acontecimento teve sua origem em 1978, quando por iniciativa da Câmara de Comércio e Indústria Brasil – Alemanha, de São Paulo, um grupo de empresas alemãs estabelecidas no Brasil assumiu a responsabilidade pela completa restauração do órgão. Ainda no mesmo ano voltou para a Alemanha toda a máquina do instrumento, que dali saíra quase 300 anos antes, onde foi restaurado, em Hamburgo, pela Casa “Rudolph von Beckerath Orgelbau GmbH”, um dos mais renomados e tradicionais estabelecimentos do gênero em todo o mundo.
A organização Siemens, que além do seu engajamento econômico, sempre compreendeu sua existência no Brasil igualmente como um compromisso do estreitamento das relações culturais e artísticas entre os países, orgulha-se de ter contribuído decisivamente para a recuperação desta raridade histórica e, assim, para o fortalecimento dos laços humanísticos entre o Brasil e a Alemanha. (extraído da contra-capa do LP)
Disco # 1
José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, hoje Serro, MG, 1746- Rio de Janeiro, 1805) 01 Missa em Fá Maior – 1. Kyrie 02 Missa em Fá Maior – 2. Gloria – Gloria 03 Missa em Fá Maior – 3. Gloria – Cum Sancto Spiritu 04 Missa em Fá Maior – 4. Credo – Credo 05 Missa em Fá Maior – 5. Credo – Et incarnatus 06 Missa em Fá Maior – 6. Credo – Crucifixus 07 Missa em Fá Maior – 7. Credo – Et ressurrexit 08 Missa em Fá Maior – 8. Credo – Et expecto 09 Missa em Fá Maior – 9. Credo – Et vitam 10 Missa em Fá Maior – 10. Sanctus – Sanctus 11 Missa em Fá Maior – 11. Sanctus – Benedictus 12 Missa em Fá Maior – 12. Aguns Dei
Georg Friedrich Haendel (1685 – 1759) 13 Concerto nº 4 em Fá Maior – 1. Allegro 14 Concerto nº 4 em Fá Maior – 2. Andante 15 Concerto nº 4 em Fá Maior – 3. Adagio 16 Concerto nº 4 em Fá Maior – 4. Allegro
José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, hoje Serro, MG, 1746- Rio de Janeiro, 1805) 17 Ladainha in Honorem Beatae Mariae Virginis – 1. Ladainha 18 Ladainha in Honorem Beatae Mariae Virginis – 2. Agnus Dei
Disco # 2
Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741) 19 Beatus vir (Salmo 111/112) 1. Beatus vir 20 Beatus vir (Salmo 111/112) 2. Potens in terra 21 Beatus vir (Salmo 111/112) 3. Beatus vir 22 Beatus vir (Salmo 111/112) 4. Gloria et divitiae 23 Beatus vir (Salmo 111/112) 5. Beatus vir 24 Beatus vir (Salmo 111/112) 6. Exortum est in tenebris 25 Beatus vir (Salmo 111/112) 7. Jucundus homo 26 Beatus vir (Salmo 111/112) 8. Beatus vir 27 Beatus vir (Salmo 111/112) 9. In memoria aeterna 28 Beatus vir (Salmo 111/112) 10. Beatus vir 29 Beatus vir (Salmo 111/112) 11. Paratum cor eius 30 Beatus vir (Salmo 111/112) 12. Peccator videbit 31 Beatus vir (Salmo 111/112) 13. Beatus vir 32 Beatus vir (Salmo 111/112) 14. Gloria Patri, et Filio
Johann Sebastian Bach (Alemanha 1685-1750) 33 Concerto Duplo em Ré Menor para violino, oboé e orquestra- 1. Allegro 34 Concerto Duplo em Ré Menor para violino, oboé e orquestra- 2. Adagio 35 Concerto Duplo em Ré Menor para violino, oboé e orquestra- 3. Allegro
Esta é uma notável seleção de árias esplendidamente interpretadas pelo soprano espanhol María Bayo. Tais seleções montadas por cantores podem ser lamentáveis ou excelentes. Emma Kirkby, por exemplo, montou duas coletâneas de árias de Handel cheias de raridades sem graça. Aqui, Bayo equilibra peças conhecidas com outras desconhecidas e atira-se a elas com grande musicalidade e compreensão do autor. A turma que a acompanha — Skip Sempe e seu Capriccio Stravagante — leva a coisa com grande categoria. Se alguém ainda acha as óperas de Handel algo de segunda linha, melhor rever seus conceitos.
Handel (1685-1759): Opera Arias & Cantatas
1. Giulio Cesare: Da Tempeste
2. Giulio Cesare: V’adoro, Pupille
3. Rinaldo: Lascia Ch’io Pianga
4. Cantate HWV 170: Aria & Recitativo: ‘Tra Le Fiamme…’
5. Cantate HWV 170: Aria & Recitativo: ‘Pien Di Nuovo…’
6. Cantate HWV 170: Aria & Recitativo: ‘Voli Per L’aria…’
7. Giulio Cesare: Che Sento? Oh Dio!
8. Giulio Cesare: Se Pieta
9. Cantate HWV 140: Aria & Recitativo: ‘No Se Emendara Jamas…’
10. Cantate HWV 140: Aria: ‘Dicente Mis Ojos…’
11. Alcina: Torna Mi A Vagheggiar
12. Alcina: Si, Son Quella!
13. Alcina: Mi Restano Le Lagrime
María Bayo, soprano
Capriccio Stravagante
Skip Sempe
Este álbum duplo que me caiu nas mãos é algo bastante original. In Memory Of… Classics for Funerals é uma série de highlights lentos, tristes e pouco barulhentos. A respeitada gravadora Chandos resolver perder o pudor e chamou a coletânea de Clássicos para Funerais, ou seja, se algum familiar seu morrer e você quiser colocar uma música culta e digna em honra a seu morto, aí está! Lembrem do PQP quando ouvirem a trilha no velório, por favor. É o mínimo.
A primeira faixa do disco, a Marcha Fúnebre de Chopin é tocada com orquestra e isso me incomodou. Depois, o nível da coisa sobe muito e o morto pode seguir de forma decorosa para o vazio. Há belas lembranças de obras que não relaciono com a morte — como se fizéssemos alguma coisa neste mundo que não tivesse relação com a morte! –, mas que agora, sei lá, talvez passe a relacionar. Apesar de ser uma incrível colcha de retalhos, misturando, épocas e gêneros, gostei de ouvir o disco de mais de 150 minutos.
Boa morte a todos! Coloquem música no lugar do padre! Basta de recaídas religiosas na hora da morte! É de péssimo gosto!
In Memory Of… Classics for Funerals (Sugestões de Repertório para seu Velório)
1.Frédéric Chopin Piano Sonata No. 2 in B flat minor, Op. 35, CT. 202 : Funeral March 7:05
2.Giuseppe Verdi Requiem Mass, for soloists, chorus & orchestra (Manzoni Requiem) : Agnus Dei 5:23
3.Johann Sebastian Bach Komm, süsser Tod, for voice & continuo (Schemelli Gesangbuch No. 868), BWV 478 (BC F227) 5:07
4.Gabriel Fauré Requiem, for 2 solo voices, chorus, organ & orchestra, Op. 48 : Pie Jesu 3:24
5.Edward Elgar Enigma Variations, for orchestra, Op. 36 : Nimrod 3:31
6.George Frederick Handel Messiah, oratorio, HWV 56 : I know that my redeemer liveth 6:01
7.Johann Sebastian Bach Concerto for 2 violins, strings & continuo in D minor (“Double”), BWV 1043 : Largo 6:56
8.Gabriel Fauré Pavane, for orchestra & chorus ad lib in F sharp minor, Op. 50 6:24
9.Sergey Rachmaninov Vocalise, transcription for orchestra, Op. 34/14 4:29
10.Henry Purcell Dido and Aeneas, opera, Z. 626 : When I am laid in earth 3:26
11.Jules Massenet Thaïs, opera in 3 acts : Méditation 4:51
12.Maurice Ravel Pavane pour une infante défunte, for piano (or orchestra) 6:25
13.Percy Grainger Irish Tune from County Derry (Londonderry Air), folk song for string orchestra with 2 horns ad lib. (BFMS 15) 4:22
14.Samuel Barber Adagio for strings (or string quartet; arr. from 2nd mvt. of String Quartet), Op. 11 8:25
15.Wolfgang Amadeus Mozart Requiem for soloists, chorus, and orchestra, K. 626 : Introitus 5:20
16.Jules Massenet La Vierge, sacred legend in 4 acts : Le dernier sommeil de la Vierge 3:31
17.César Franck Panis angelicus for tenor, organ, harp, cello & bass 3:47
18.Gustav Mahler Adagietto, for orchestra (from the Symphony No. 5) 10:51
19.George Frederick Handel Saul, oratorio, HWV 53 : Dead March 5:20
20.Johann Sebastian Bach St. John Passion (Johannespassion), BWV 245 (BC D2) : Ruht wohl, ihr heiligen Gebeine 6:56
21.Arvo Pärt Cantus in Memory of Benjamin Britten, for string orchestra & bell 6:18
22.Gabriel Fauré Requiem, for 2 solo voices, chorus, organ & orchestra, Op. 48 : Agnus Dei 5:49
23.William Walton Henry V, film score : Touch her soft lips and part 1:37
24.Edvard Grieg Peer Gynt Suite for orchestra (or piano or piano, 4 hands) No. 1, Op. 46 : Death of Åse 4:11
25.Johann Sebastian Bach Cantata No. 147, “Herz und Mund und Tat und Leben,” BWV 147 (BC A174) : Jesu, Joy of Man’s Desiring 3:02
26.Edward Elgar Sursum Corda, elévation for brass, organ, strings & 2 timpani in B flat major, Op. 11 7:11
27.Ludwig van Beethoven Symphony No. 3 in E flat major (“Eroica”), Op. 55 : Marcia funebre 15:05
A relação com os artistas envolvidos:
Disc: 1
1. Funeral March From Op.35 – BBC Philharmonic
2. Agnus Dei – Richard Hickox
3. Komm Susse Tod – BBC Philharmonic
4. Pie Jesu – Libby Crabtree
5. ‘Nimrod’ – Alexander Gibson
6. ‘I Know That My Redeemer Liveth’ – Joan Rodgers
7. Largo – Simon Standage
8. Pavane – BBC Philharmonic
9. Vocalise – Detroit Symphony Orchestra
10. ‘When I Am Laid In Earth’ – Emma Kirby
11. ‘Meditation’ – Yuri Torchinsky
12. Pavane Pour Une Infante Defunte – Louis Lortie
13. Irish Tune – BBC Philharmonic
14. Adagio For Strings, Op.11 – Neeme Jarvi
Disc: 2
1. Introitus – Choir Of Saint John’s College
2. ‘Le Dernier Sommeil De La Vierge – BBC Philharmonic
3. Panis Angelicus – BBC Philharmonic
4. Adagietto – Neeme Jarvi
5. ‘Dead March’ – BBC Philharmonic
6. ‘Ruht Wohl, Ihr Heiligen Gebeine’ – Harry Christophers
7. Cantus-In Memory Of Benjamin Britten – Neeme Jarvi
8. Agnus Dei – City Of Birmingham Symphony Chorus
9. ‘Touch Her Soft Lips And Part’ – Richard Hickox
10. ‘Death Of Ase’ – Vernon Handley
11. ‘Jesu, Joy Of Man’s Desiring’ – Michael Austin
12. Sursum Corda, Op.11 – Bournemouth Sinfonietta
13. Marcia Funebre – Walter Weller
Recado de PQP: Grande música! Mas temos estas duas gravações… Bem melhores! Aqui e aqui.
Com certeza, esta é uma das peças que mais ouvi em minha vida. Resolvi postar esta versão de 1964, porque gosto muito de Otto Klemperer e a sua interpretação deveria figurar por aqui. Certa vez, pude gravar uma seleção das músicas desse oratório no programa Clássicos de Todos os Tempos (meu primeiro contato com a peça), que passa aqui em Brasília todas as noites. São duas horas dedicadas à música clássica. Como não tinha muito material para apreciar, quase todos os dias – e sempre que podia -, eu ouvia o programa. Foi numa dessas ocasiões que gravei duas fitas cassetes. Como ouvi o conteúdo daquelas duas fitas cassetes! Ainda as tenho comigo. A qualidade do som foi afetada pelo tempo. Não sei muito bem de quem é a gravação. Logo em seguida, eu ganhei uma gravação não muito boa produzida pelas Paulinas. A gravação foi realizada pela Orquestra de Câmara da Lituânia. Isso se deu em 2003. O CD duplo ainda está comigo. Guardado. Bem acondicionado. O que me atrai em O Messias é a musicalidade celsa. A peça de abertura é docemente triste e pressaga. Uma gaita de foles é tocada e faz surgir uma reflexão preparatória para aquilo que virá. Em seguida surge a voz tristemente profética e consoladora dizendo: “Consolai! Consolai o meu povo, diz o vosso Deus. Falai ao coração de Jerusalém e dizei-lhe em alta voz que a sua servidão está cumprida, que a sua iniquidade está perdoada. Uma voz clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, aplanai na estepe uma vereda para o nosso Deus”, texto este extraído de Isaías 40.1-3. Em seguida é dito: “Todo vale será elevado, toda montanha e colina serão aplainadas, o que estiver torto se endireite e os terrenos acidentados fiquem planos”, mais uma vez o profeta Isaías (40.5). Ao todo são mais de 53 canções em quase 3 horas de música celeste. O Messias segue didaticamente três períodos, englobando a vida de Cristo: (1) Profecia e narrativas da natividade; (2) Paixão e Ressurreição; e (3) A esperança do ser humano em sua própria ressurreição. Boa apreciação!
Como disse certa vez Stäel: “Miguel Ângelo foi o pintor da Bíblia. Handel foi o seu compositor”. Have Joy!
George F. Handel (1685 – 1759) – O Messias DISCO 1
01 – Sinfony
02 – Accompagnato_ Comfort ye my people (Tenor)
03 – Air_ Ev’ry valley shall be exalted (Tenor)
04 – Chorus_ And the glory of the Lord
05 – Accompagnato_ Thus saith the Lord (Bass)
06 – Air_ But who may abide the day of his coming (Bass)
07 – Chorus_ And he shall purify
08 – Recitative_ Behold, a virgin shall conceive (Alto)
09 – Air_ O thou that tellest good tidings to Zion (Alto)
10 – Chorus_ O thou that tellest good tidings to Zion
11 – Accompagnato_ For behold, darkness shall cover the earth (Bass)
12 – Air_ The people that walked in darkness (Bass)
13 – Chorus_ FOr unto us a child is born
14 – Pifa (Pastoral Symphony)
15 – Recitative_ There were shepherds abiding in the fields (Soprano)
16 – Chorus_ Glory to God
17 – Air_ Rejoice greatly, o daughter to Zion (Soprano)
18 – Recitative_Then shall the eyes of the blind be open’d (Soprano)
19 – Air_ He shall feed his flock like a shepherd (Soprano)
20 – Chorus_ His yoke is easy, His burthen is light
DISCO 2
01 – Chorus_ Behold the Lamb of God
02 – Air_ He was despised and rejected of men (alto)
03 – Chorus_ Surely, He hath borne our griefs
04 – Chorus_ And with His stripes we are healed
05 – Chorus_ All we like sheep have gone astray
06 – Recitative_ All they that see Him, laugh Him to scorn (tenor)
07 – Chorus_ He trusted in God
08 – Recitative_ Thy rebuke hath broken His heart (tenor)
09 – Arioso_ Behold and see if there be any sorrow (tenor)
10 – Recitative_ He was cut off of the land of the living (tenor)
11 – Air_ But thou didst not leave His soul in hell (tenor)
12 – Chorus_ Lift up your heads, O ye gates
13 – Chorus_ The Lord gave the word
14 – Air_ How beautiful are the feet (soprano)
15 – Chorus_ Their sound is gone out into all lands
16 – Air_ Why do the nations so furiously rage together (bass)
17 – Chorus_ Let us break their bonds asunder
18 – Recitative_ He that dwelleth in heaven (tenor)
19 – Air_ Thos shalt break them with a rod of iron (tenor)
20 – Chorus_ Hallelujah, for the Lord God Omnipotent reigneth
21 – Air_ I know that my redeemer liveth (soprano)
22 – Chorus_ Since by man came death
23 – Recitative_ Behold, I tell you a mystery (bass)
24 – Air_ The trumpet shall sound (bass)
25 – Chorus_ Worthy is the lamb
26 – Chorus_ Amen
Gravado em 1964
The Philharmonia Orchestra & Chorus
Otto Klemperer, regente
Trevor Pinnock tem cada gravação… O Messias dele… O que é aquilo? E as 6 Partitas de Bach? Aqui, ele resolveu fazer um disco-ostentação explorando 200 anos da história do cravo, entre 1550 e 1750, mais ou menos. O resultado é esplêndido de cabo a rabo, dando um pouquinho mais de espaço para meu pai, além de Handel e Scarlatti, o filho. Eu quase não consegui chegar ao Frescobaldi, tão boa achei sua interpretação da Suíte Francesa Nº 6. Longa vida para Pinnock que, de Pinóquio, só tem o narigão!
Cabezón / Byrd / Tallis / Bull / Sweelinck / Bach / Frescobaldi / Handel: Journey – 200 anos de música para cravo
1. Cabezón Diferencias sobre ‘El canto del caballero’
2. Byrd The Carman’s Whistle
3. Tallis O ye tender babes
4. Bull The King’s Hunt
5. Sweelinck Variations on ‘Mein junges Leben hat ein End’, SwWV 324
J.S. Bach French Suite No. 6 in E major, BWV 817
6. Prélude
7. Allemande
8. Courante
9. Sarabande
10. Gavotte
11. Polonaise
12. Bourée
13. Menuet
14. Gigue
15. Frescobaldi Toccata Nona
16. Frescobaldi Balletto primo e secondo
17. Handel Chaconne in G major, HWV 435
Scarlatti Three Sonatas in D major, K. 490-492
18. Sonata, K. 490: Cantabile
19. Sonata, K. 491: Allegro
20. Sonata, K. 492: Presto
Um bom disco dos excelentes Steven Isserlis e Richard Egarr. Nenhuma dessas peças foi escrita para violoncelo e cravo, mas isso pouco importa. As sonatas de Bach para viola da gamba e cravo podem não ter sido concebidas para essa combinação, mas são criações tão sublimes que a identidade dos instrumentos… deixa pra lá. O que conta é a musicalidade dos artistas. Steven Isserlis não faz nenhuma tentativa de fazer seu violoncelo imitar a ressonância da gamba. Reivindica a música para seu instrumento com linhas vigorosamente articuladas, técnica robusta e episódios cantabili de primeira linha. De fato, é esta maravilhosa qualidade de canto que se destaca nessas performances. Sua presença é sentida sobretudo nos movimentos lentos, é claro, mas também nos rápidos.
J. S. Bach / Handel / Scarlatti: Sonatas para Viola da Gamba
Sonata in G major BWV1027 for viola da gamba and harpsichord
J.S. Bach
1 Adagio 3:35
2 Allegro ma non tanto 3:22
3 Andante 2:32
4 Allegro moderato 3:03
Sonata in D minor KK90
Domenico Scarlatti
5 Grave 2:58
6 Allegro 4:28
7 Largo – Allegro 3:19
Sonata in G minor BWV1029 for viola da gamba and harpsichord
8 Vivace 4:57
9 Adagio 5:00
10 Allegro 3:48
Violin Sonata in G minor HWV364b
George Frederick Handel
11 Andante larghetto 1:57
12 Allegro 1:40
13 Adagio 0:42
14 Allegro 2:10
Sonata in D major BWV1028 for viola da gamba and harpsichord
J.S. Bach
15 [Adagio] 1:40
16 [Allegro] 3:33
17 Andante 4:06
18 Allegro 3:53
19 Ich ruf’ zu dir, Herr Jesu Christ BWV639, de J. S. Bach 2:54
O Messias é o oratório mais popular de Handel. É grande número dos corais que atacam, confiantes e sorridentes, o coral Hallelujah. Eles estão certos, não serei eu que irei criticá-los. Só que esta peça está longe de figurar entre o que há de melhor neste oratório cheio de lirismo e de um melodismo raro, riquíssimo. É difícil de se encontrar árias mais inspiradas do que He shall feed His flock, Ev`ry valley shall be exalted, Why do the nations?, corais como For unto us a child is born, And the glory of the Lord, And He shall purify, além da ária-coral O thou thet tellest good tidings to Zion. Handel era genial e aqui tem seu ponto mais alto. A popularidade de O Messias é merecida.
O Messias normalmente ouvido por nós, principalmente no célebre Hallelujah, está bem longe daquilo que foi planejado originalmente por Handel. Pode parecer surpreendente a muitos o fato de que Handel, enquanto compunha o Oratório, lutava contra problemas administrativos que o levaram a utilizar um grupo pequeno de músicos, pela simples razão de que não os havia na Dublin de 1742 e de que era oneroso buscá-los em outras cidades. Handel dispunha apenas de 16 cantores-solistas e uma orquestra mínima e a estreia foi assim mesmo como Butt faz aqui. No curso destes mais de 270 anos, o popular Messias foi executado de todas as formas imagináveis. Nas antigas gravações da obra e até hoje, são ouvidos enormes corais, oboés dobrando as vozes – não há oboés na versão original -, fagotes no baixo contínuo – fagotes, que fagotes? – etc.
Nos anos 70, quando ouvi esta obra prima pela primeira vez, foi na mastodôntica versão de Karl Richter. Achei uma maravilha o que hoje acho estranho. Richter usou enorme coral e um potente conjunto instrumental, tudo muito pouco barroco. Só que os anos seguintes nos trouxeram as gravações em instrumentos originais, com as obras sendo executadas dentro de formações mais próximas do prescrito pelos compositores e muitas obras foram definhando em potência sonora para ganhar outros coloridos. A partir da década de 80, fomos nos acostumando a deixar o volume sonoro para compositores mais modernos e a fruir da delicadeza barroca. Não, não é proibido ouvir as velhas gravações que utilizam exércitos fortemente armados na interpretação deste oratório – e nem as novas que ainda fazem o mesmo! -, mas alguém com tendências puristas como eu, teve de acostumar-se ao uso de forças menores na interpretação do powerful Messiah. Hoje, parece a mim uma desonestidade ouvir uma obra interpretada dentro de uma concepção tão longínqua das intenções do compositor, ou seja, tão longe daquilo que Handel ouvia. Sei que estou em terreno perigoso e que há fóruns que estão discutindo isto há anos. Tudo começa com alguém perguntando “Mas, e se Handel dispusesse de um coral de 96 elementos e pudesse quadruplicar a orquestra, a música seria diferente?”. Tenho posições nestas questões, porém aqui a intenção é a de modestamente descrever e louvar um pouco de O Messias, esta delicada e poderosa obra de câmara…
É lendária velocidade com que Handel escrevia suas obras. Imaginem que os mais de 140 minutos deste oratório foram escritos em apenas 21 dias. Seus doze concerti grossi, opus 6, foram escritos em 24 dias, quando há pessoas que não conseguiriam sequer copiá-los neste período! Quando inspirado, o homem era rápido mesmo.
Mais curiosidades? Quando houve a elogiada e aplaudidíssima estréia em Dublin (em 13 de abril de 1742), Londres recebeu a obra com calculado distanciamento pela simples razão de que os londrinos não podiam ouvi-la. Ocorria que era proibido falar de coisas sagradas nos teatros e não se podia trazer profissionais dos teatros para cantarem numa igreja. Então o oratório, tal qual uma alma penada, caiu no limbo espírita. Mas Handel, velhinho, ainda teve tempo de ver seu oratório triunfar na capital.
O nome de Handel também aparece como Händel ou Haendel. Este alemão que produziu parte de sua obra na Inglaterra teve seu nome grafado nas três formas citadas. Seu nome original é Georg Friedrich Händel, mas ele tornou-se George e Handel na Inglaterra. Como sempre, o PQP usa todas as formas, dependendo da estação.
John Butt, regente desta gravação. Simplesmente arrebatador
G. F. Handel (1685-1757): Messiah (Dublin Version, 1742)
1 Messiah, HWV 56: Part I: Grave – Allegro moderato 3:05
2 Messiah, HWV 56: Part I: Comfort ye my people (Tenor) 3:16
3 Messiah, HWV 56: Part I: Ev’ry valley shall be exalted (Tenor) 3:10
4 Messiah, HWV 56: Part I: And the glory of the Lord shall be revealed (Chorus) 2:56
5 Messiah, HWV 56: Part I: Thus saith the Lord of Hosts (Bass) 1:17
6 Messiah, HWV 56: Part I: But who may abide the day of His coming (Bass) 3:13
7 Messiah, HWV 56: Part I: And He shall purify (Chorus) 2:27
8 Messiah, HWV 56: Part I: Behold, a virgin shall conceive (Alto) 0:19
9 Messiah, HWV 56: Part I: O thou that tellest good tidings to Zion (Alto) 3:38
10 Messiah, HWV 56: Part I: O thou that tellest (Chorus) 1:32
11 Messiah, HWV 56: Part I: For behold, darkness shall cover the earth (Bass) 2:03
12 Messiah, HWV 56: Part I: The people that walked in darkness (Bass) 3:27
13 Messiah, HWV 56: Part I: For unto us a child is born (Chorus) 3:48
14 Messiah, HWV 56: Part I: Pifa (Pastoral Symphony) 2:46
15 Messiah, HWV 56: Part I: There were shepherds (Soprano) 0:12
16 Messiah, HWV 56: Part I: And lo, the Angel of the Lord (Soprano) 0:16
17 Messiah, HWV 56: Part I: And the angel said unto them (Soprano) 0:28
18 Messiah, HWV 56: Part I: And suddenly there was with the angel (Soprano) 0:16
19 Messiah, HWV 56: Part I: Glory to God in the highest (Chorus) 1:54
20 Messiah, HWV 56: Part I: Rejoice greatly, O daughter of Zion (Soprano) 6:19
21 Messiah, HWV 56: Part I: Then shall the eyes of the blind be open’d (Soprano) 0:23
22 Messiah, HWV 56: Part I: He shall feed His flock like a shepherd (Soprano) 5:07
23 Messiah, HWV 56: Part I: His yoke is easy, his burthen is light (Chorus) 2:18
24 Messiah, HWV 56: Part II: Behold, The Lamb of God (Chorus) 3:09
25 Messiah, HWV 56: Part II: He was despised (Alto) 11:30
26 Messiah, HWV 56: Part II: Surely, He hath borne our griefs (Chorus) 1:46
27 Messiah, HWV 56: Part II: And with His stripes we are healed (Chorus) 1:41
28 Messiah, HWV 56: Part II: All we like sheep have gone astray (Chorus) 3:42
29 Messiah, HWV 56: Part II: But who may abide 0:27
Disc 2
1 Messiah, HWV 56: Part II: Recitative: All they that see Him (Tenor) 0:42
2 Messiah, HWV 56: Part II: He trusted in God that He would deliver Him (Chorus) 2:14
3 Messiah, HWV 56: Part II: Thy rebuke hath broken His heart (Soprano) 1:51
4 Messiah, HWV 56: Part II: Behold, and see if there be any sorrow (Soprano) 1:22
5 Messiah, HWV 56: Part II: He was cut off out of the land of the living (Soprano) 0:16
6 Messiah, HWV 56: Part II: But Thou didst not leave His soul in hell (Soprano) 2:12
7 Messiah, HWV 56: Part II: Lift up your heads, O ye gates (Chorus) 3:06
8 Messiah, HWV 56: Part II: Unto which of the Angels (Tenor) 0:17
9 Messiah, HWV 56: Part II: Let all the angels of God worship Him (Chorus) 1:26
10 Messiah, HWV 56: Part II: Thou art gone up on high (Bass) 3:00
11 Messiah, HWV 56: Part II: The Lord gave the word (Chorus) 1:07
12 Messiah, HWV 56: Part II: How beautiful are the feet (Soprano, Alto) 3:35
13 Messiah, HWV 56: Part II: Why do the nations so furiously rage together (Bass) 1:27
14 Messiah, HWV 56: Part II: Let us break their bonds asunder (Chorus) 1:48
15 Messiah, HWV 56: Part II: He that dwelleth in heaven (Tenor) 0:21
16 Messiah, HWV 56: Part II: Hallelujah (Chorus) 4:02
17 Messiah, HWV 56: Part III: I know that my redeemer liveth (Soprano) 5:11
18 Messiah, HWV 56: Part III: Since by man came death (Chorus) 2:03
19 Messiah, HWV 56: Part III: Behold, I tell you a mystery (Bass) 0:36
20 Messiah, HWV 56: Part III: The trumpet shall sound (Bass) 8:28
21 Messiah, HWV 56: Part III: Then shall be brought to pass the saying (Alto) 0:12
22 Messiah, HWV 56: Part III: O death, where is thy sting (Alto, Tenor) 0:59
23 Messiah, HWV 56: Part III: But thanks be to God (Chorus) 2:08
24 Messiah, HWV 56: Part III: If God be for us (Soprano) 4:29
25 Messiah, HWV 56: Part III: Worthy is the Lamb that was slain (Chorus) 3:18
26 Messiah, HWV 56: Part III: Amen (Chorus) 4:50
27 Messiah, HWV 56: Part II: He that dwelleth in heaven shall laugh them to scorn 0:11
28 Messiah, HWV 56: Part II: Thou shalt break them with a rod of iron 2:03
Susan Hamilton
Annie Gill
Clare Wilkinson
Nicholas Mulroy
Matthew Brook
Dunedin Consort
Dunedin Players
John Butt
Eu acho que não sou um nostálgico. Ou então gosto tanto de gravações com instrumentos originais, que só vejo vantagens nesta gravação dos Concerti Grossi, Op. 6, em relação aos exageros de Karl Richter que ouvia nos anos 60-70. Fazer o quê?
Este é um imenso trabalho que abiscoitou prêmios de várias revistas por aê. E mereceu. O desempenho do Avison Ensemble, principalmente nos concertos finais desta série é realmente estupendo. Eis um disco que me deixou muito feliz.
Georg Friedrich Händel (1685 -1759): Concerti Grossi Opus 6
1. Opus 6 No. 1 in G major, HWV 319 – I. A tempo giusto 1:35
2. Opus 6 No. 1 in G major, HWV 319 – II. Allegro 1:44
3. Opus 6 No. 1 in G major, HWV 319 – III. Adagio 2:34
4. Opus 6 No. 1 in G major, HWV 319 – IV. Allegro 2:35
5. Opus 6 No. 1 in G major, HWV 319 – V. Allegro 2:52
6. Opus 6 No. 2 in F major, HWV 320 – I. Andante larghetto 4:10
7. Opus 6 No. 2 in F major, HWV 320 – II. Allegro 2:19
8. Opus 6 No. 2 in F major, HWV 320 – III. Largo 2:08
9. Opus 6 No. 2 in F major, HWV 320 – IV. Allegro, ma non troppo 2:24
10. Opus 6 No. 3 in E minor, HWV 321 – I. Larghetto affettuoso 1:05
11. Opus 6 No. 3 in E minor, HWV 321 – II. Andante 1:29
12. Opus 6 No. 3 in E minor, HWV 321 – III. Allegro 2:25
13. Opus 6 No. 3 in E minor, HWV 321 – IV. Polonaise: Andante 4:58
14. Opus 6 No. 3 in E minor, HWV 321 – V. Allegro, ma non troppo 1:20
15. Opus 6 No. 4 in A minor, HWV 322 – I. Larghetto affettuoso 2:43
16. Opus 6 No. 4 in A minor, HWV 322 – II. Allegro 2:58
17. Opus 6 No. 4 in A minor, HWV 322 – III. Largo, e piano 2:23
18. Opus 6 No. 4 in A minor, HWV 322 – IV. Allegro 2:58
19. Opus 6 No. 5 in D major, HWV 323 – I. (No marking) 1:32
20. Opus 6 No. 5 in D major, HWV 323 – II. Allegro 2:14
21. Opus 6 No. 5 in D major, HWV 323 – III. Presto 4:03
22. Opus 6 No. 5 in D major, HWV 323 – IV. Largo 2:07
23. Opus 6 No. 5 in D major, HWV 323 – V. Allegro 2:12
24. Opus 6 No. 5 in D major, HWV 323 – VI. Menuet 3:03
25. Opus 6 No. 6 in G minor, HWV 324 – I. Larghetto e affettuoso 3:18
26. Opus 6 No. 6 in G minor, HWV 324 – II. Allegro, ma non troppo 1:38
27. Opus 6 No. 6 in G minor, HWV 324 – III. Musette: Larghetto 5:01
28. Opus 6 No. 6 in G minor, HWV 324 – IV. Allegro 3:03
29. Opus 6 No. 6 in G minor, HWV 324 – V. Allegro 2:27
30. Opus 6 No. 7 in B-flat major, HWV 325 – I. Largo 0:56
31. Opus 6 No. 7 in B-flat major, HWV 325 – II. Allegro 2:58
32. Opus 6 No. 7 in B-flat major, HWV 325 – III. Largo, e piano 3:08
33. Opus 6 No. 7 in B-flat major, HWV 325 – IV. Andante 3:47
34. Opus 6 No. 7 in B-flat major, HWV 325 – V. Hornpipe 3:14
35. Opus 6 No. 8 in C minor, HWV 326 – I. Allemande 6:34
36. Opus 6 No. 8 in C minor, HWV 326 – II. Grave 1:33
37. Opus 6 No. 8 in C minor, HWV 326 – III. Andante allegro 1:55
38. Opus 6 No. 8 in C minor, HWV 326 – IV. Adagio 1:03
39. Opus 6 No. 8 in C minor, HWV 326 – V. Siciliana 3:31
40. Opus 6 No. 8 in C minor, HWV 326 – VI. Allegro 1:26
41. Opus 6 No. 9 in F major, HWV 327 – I. Largo 1:31
42. Opus 6 No. 9 in F major, HWV 327 – II. Allegro 3:53
43. Opus 6 No. 9 in F major, HWV 327 – III. Larghetto 3:20
44. Opus 6 No. 9 in F major, HWV 327 – IV. Allegro 1:46
45. Opus 6 No. 9 in F major, HWV 327 – V. Menuet 1:20
46. Opus 6 No. 9 in F major, HWV 327 – VI. Gigue 2:13
47. Opus 6 No. 10 in D minor, HWV 328 – I. Ouverture 1:29
48. Opus 6 No. 10 in D minor, HWV 328 – II. Allegro 2:12
49. Opus 6 No. 10 in D minor, HWV 328 – III. Lento 2:58
50. Opus 6 No. 10 in D minor, HWV 328 – IV. Allegro 2:13
51. Opus 6 No. 10 in D minor, HWV 328 – V. Allegro 2:45
52. Opus 6 No. 10 in D minor, HWV 328 – VI. Allegro moderato 1:49
53. Opus 6 No. 11 in A major, HWV 329 – I. Andante larghetto, e staccato 4:11
54. Opus 6 No. 11 in A major, HWV 329 – II. Allegro 1:43
55. Opus 6 No. 11 in A major, HWV 329 – III. Largo, e staccato 0:29
56. Opus 6 No. 11 in A major, HWV 329 – IV. Andante 4:27
57. Opus 6 No. 11 in A major, HWV 329 – V. Allegro 5:15
58. Opus 6 No. 12 in B minor, HWV 330 – I. Largo 1:59
59. Opus 6 No. 12 in B minor, HWV 330 – II. Allegro 2:53
60. Opus 6 No. 12 in B minor, HWV 330 – III. Larghetto, e piano 3:21
61. Opus 6 No. 12 in B minor, HWV 330 – IV. Largo 0:48
62. Opus 6 No. 12 in B minor, HWV 330 – V. Allegro 2:08
Pavlo Beznosiuk, regente e violino
The Avison Ensemble
Depois de muito ouvir e pensar cheguei à conclusão de que esta gravação de Pinnock é DO CARALHO. Solistas, coro, orquestra, não há do que reclamar. E parece que todos estão felizes, é simplesmente maravilhoso. E o pior é que um de vocês, meus amigos, foi quem mandou esta jóia para meu e-mail. E, bem, EU NÃO LEMBRO QUEM FOI! Mas agradeço muito. Vocês todos também agradecerão depois de baixá-lo.
O que estão esperando?
O Messias é o oratório mais popular de Handel. É grande número dos corais que atacam, confiantes e sorridentes, o coral Hallelujah. Eles estão certos, não serei eu que irei criticá-los. Só que esta peça está longe de figurar entre o que há de melhor neste oratório cheio de lirismo e de um melodismo raro, riquíssimo. É difícil de se encontrar árias mais inspiradas do que He shall feed His flock, Ev`ry valley shall be exalted, Why do the nations?, corais como For unto us a child is born, And the glory of the Lord, And He shall purify, além da ária-coral O thou thet tellest good tidings to Zion. Handel era genial e aqui tem seu ponto mais alto. A popularidade de O Messias é merecida.
O Messias normalmente ouvido por nós, principalmente no célebre Hallelujah, está bem longe daquilo que foi planejado originalmente por Handel. Pode parecer surpreendente a muitos o fato de que Handel, enquanto compunha o Oratório, lutava contra problemas administrativos que o levaram a utilizar um grupo pequeno de músicos, pela simples razão de que não os havia na Dublin de 1742 e de que era oneroso buscá-los em outras cidades. Handel dispunha apenas de 16 cantores-solistas e uma orquestra mínima e a estréia foi assim mesmo. No curso destes mais de 260 anos, o popular Messias foi executado de todas as formas imagináveis. Nas antigas gravações da obra e até hoje, são ouvidos enormes corais, oboés dobrando as vozes – não há oboés na versão original -, fagotes no baixo contínuo – fagotes, que fagotes? – etc., etc.
Nos anos 70, quando ouvi esta obra prima pela primeira vez, foi na mastodôntica versão de Karl Richter. Achei uma maravilha o que hoje acho estranho. Richter usou enorme coral e um potente conjunto instrumental, tudo muito pouco barroco. Só que a gravação era linda, avassaladora. Ouvia-se ali o precursor do Beethoven da 9ª Sinfonia. Só que os anos seguintes nos trouxeram as gravações em instrumentos originais, com as obras sendo executadas dentro da exata formação prescrita pelo compositor e muitas obras foram definhando em potência sonora para ganhar outros coloridos. A partir da década de 80, fomos nos acostumando a deixar o volume sonoro para compositores mais modernos e a fruir da delicadeza barroca. Não, não é proibido ouvir as velhas gravações que utilizam exércitos fortemente armados na interpretação deste oratório – e nem as novas que ainda fazem o mesmo! -, mas alguém com tendências puristas como eu, teve de acostumar-se ao uso de forças menores na interpretação do powerful Messiah. Hoje, parece a mim uma desonestidade ouvir uma obra interpretada dentro de uma concepção tão longínqua das intenções do compositor, ou seja, tão longe daquilo que Handel ouvia. Sei que estou em terreno perigoso e que há fóruns que estão discutindo isto há anos. Tudo começa com alguém perguntando “Mas, e se Handel dispusesse de um coral de 96 elementos e pudesse quadruplicar a orquestra, a música seria diferente?”. Tenho posições nestas questões, porém aqui a intenção é a de modestamente descrever e louvar um pouco de O Messias, esta delicada e poderosa obra de câmara…
É lendária velocidade com que Handel escrevia suas obras. Imaginem que os mais de 140 minutos deste oratório foram escritos em apenas 21 dias. É lendária a velocidade com que a obra tinha sido escrita, mas ao consultar meus alfarrábios descobri que ele sempre produzia assim. Porém, seus doze concerti grossi, opus 6, foram escritos em 24 dias, quando há pessoas que não conseguiriam sequer copiá-los neste período! Quando inspirado, o homem era rápido mesmo.
Mais curiosidades? Quando houve a elogiada e aplaudidíssima estréia em Dublin (em 13 de abril de 1742), Londres recebeu a obra com calculado distanciamento pela simples razão de que os londrinos não podiam ouvi-la. Ocorria que era proibido falar de coisas sagradas nos teatros e não se podia trazer profissionais dos teatros para cantarem numa igreja. Então o oratório, tal qual uma alma penada, caiu no limbo espírita. Só com alguns de atraso e bem velho, Handel pode ver seu oratório triunfar na capital.
Handel – O Messias
Disc: 1
1. Part 1. 1. Sinfony (Grave – Allegro moderato)
2. Part 1. 2. Accompagnato. Comfort ye my people
3. Part 1. 3. Air. Ev’ry valley shall be exalted
4. Part 1. 4. Chorus. And the glory of the Lord shall be revealed
5. Part 1. 5. Accompagnato. Thus saith the Lord of Hosts
6. Part 1. 6. Air. But who may abide the day of his coming
7. Part 1. 7. Chorus. And he shall purify
8. Part 1. 8. Recitative. Behold, a virgin shall conceive
9. Part 1. 9. Air. O thou that tellest good tidings
10. Part 1. 10. Accompagnato. For behold, darkness shall cover
11. Part 1. 11. Air. The people that walked in darkness
12. Part 1. 12. Chorus. For unto us a Child is born
13. Part 1. 13. Pifa (Pastoral Symphony)
14. Part 1. 14. Recitative. There were shepherds abiding in the field / Accompagnato. And lo, the angel
15. Part 1. 17. Chorus. Glory to God in the highest
16. Part 1. 18. Air. Rejoice greatly, O daughter of Zion
17. Part 1. 19. Recitative. Then shall the eyes of the blind
18. Part 1. 20. Air. He shall feed his flock
19. Part 1. 21. Chorus. His yoke is easy, his burthen is light
20. Part 2. 22. Chorus. Behold the Lamb of God
21. Part 2. 23. Air. He was despised
Disc: 2
1. Part 2. 24. Chorus. Surely he hath borne our griefs
2. Part 2. 25. Chorus. And with his stripes we are healed
3. Part 2. 26. Chorus. All we like sheep have gone astray
4. Part 2. 27. Accompagnato. All they that see him
5. Part 2. 28. Chorus. He trusted in God
6. Part 2. 29. Accompagnato. Thy rebuke hath broken his heart
7. Part 2. 30. Arioso. Behold, and see if there be any sorrow
8. Part 2. 31. Accompagnato. He was cut off out of the land
9. Part 2. 32. Air. But thou didst not leave his soul
10. Part 2. 33. Chorus. Lift up your heads, O ye gates
11. Part 2. 34. Recitative. Unto which of the angels
12. Part 2. 35. Chorus. Let all the angels of God worship him
13. Part 2. 36. Air. Thou art gone up on high
14. Part 2. 37. Chorus. The Lord gave the word
15. Part 2. 38. Air. How beautiful are the feet
16. Part 2. 39. Chorus. Their sound is gone out
17. Part 2. 40. Air. Why do the nations so furiously rage
18. Part 2. 42. Recitative. He that dwelleth in heaven
19. Part 2. 43. Air. Thou shalt break them
20. Part 2. 44. Chorus. Hallelujah
21. Part 3. 45. Air. I know that my Redeemer liveth
22. Part 3. 46. Chorus. Since by man came death
23. Part 3. 47. Recitative. Behold, I tell you a mystery
24. Part 3. 48. Air. The trumpet shall sound
25. Part 3. 49. Recitative. Then shall be brought to pass
26. Part 3. 50. Duet. O death, where is thy sting?
27. Part 3. 52. Air. If God be for us
28. Part 3. 53. Chorus. Worthy is the Lamb that was slain – Amen
Arleen Auger
Anne Sofie von Otter
Michael Chance
Howard Crook
John Tomlinson
(Não costumo revalidar links a quaisquer pedidos, mas há exceções. Desta vez o cara iniciou seu pedido — ver comentário abaixo — assim, ó: “Caríssimo plantador de civilização, boa noite!”.
Me apaixonei).
A propaganda que apresenta a Liga dos Campeões na ESPN Internacional usa como trilha Zadok the Priest. Sim, a entrada tonitruante do coral. Fica bonito. Pena que meus times europeus — Roma e Benfica — nunca cheguem perto da conquista. Quem manda torcer para pobres?
Este é um disco sensacional que foi relançado pela Philips DG – The Originals naquela sua coleção dois pelo preço de um. Encontrei-o dando sopa por aí, enquanto virava algumas latas de lixo na calçada a fim de facilitar o trabalho de Bluedog. Trabalhamos em equipe. Vi este mp3 em formato de apenas 128 kbps cair de uma delas e fui dormir longe das pulgas que acompanham nosso amigo, tranquilo, sob as estrelas, sonhando com reis e viagens imaginárias de uma nação a outra.
Handel – Israel in Egypt / Zadok the Priest / The King shall rejoice
Disc: 1
1. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Overture
2. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 1. Exodus. No. 1. Recitative. Now there arose a new king. No. 2. Chorus. And the children of
3. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 1. Exodus. No. 3. Recitative. Then sent He Moses. No. 4. Chorus. They loathed to drink of the
4. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 1. Exodus. No. 5. Air. Their land brought forth frogs
5. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 1. Exodus. No. 6. Chorus. He spake the word
6. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 1. Exodus. No. 7. Chorus. He gave them hailstones for rain
7. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 1. Exodus. No. 8. Chorus. He sent a thick darkness
8. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 1. Exodus. No. 9. Chorus. He smote all the first-born of Egypt
9. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 1. Exodus. No. 10. Chorus. But as for his people
10. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 1. Exodus. No. 11. Chorus. Egypt was glad when they departed
11. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 1. Exodus. No. 12. Chorus. He rebuked the Red Sea
12. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 1. Exodus. No. 13. Chorus. And Israel saw that great work
Disc: 2
1. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 2. Moses’ Song. No. 14. Introitus. Moses and the children of Israel
2. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 2. Moses’ Song. No. 15. Duet. The Lord is my strength
3. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 2. Moses’ Song. No. 16. Chorus. He is my God
4. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 2. Moses’ Song. No. 17. Duet. The Lord is a man of war
5. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 2. Moses’ Song. No. 18. Chorus. The depths have covered them
6. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 2. Moses’ Song. No. 19. Chorus. Thy right hand, o Lord
7. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 2. Moses’ Song. No. 20. Chorus. And with the blast of thy nostrils
8. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 2. Moses’ Song. No. 22. Air. Thou didst blow with the wind
9. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 2. Moses’ Song. No. 23. Chorus. Who is like unto thee
10. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 2. Moses’ Song. No. 24. Duet. Thou in thy mercy
11. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 2. Moses’ Song. No. 25. Chorus. The people shall hear
12. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Part 2. Moses’ Song. No. 26. Air. Thou shalt bring them in
13. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: No.26 Air: “Thou shalt bring them” (Part 2: Moses’ Song)
14. Israel in Egypt, oratorio, HWV 54: Chorus:”The Lord shall reign” – Rec.: “For the horse” – Chorus – Rec.: “And Miriam” – Chorus: “Sing ye to the Lord”)
15. Zadok the Priest, coronation anthem No. 1 for chorus & orchestra, HWV 258
16. The King Shall Rejoice, coronation anthem No. 2 for chorus & orchestra, HWV260
Os solistas vocês descobrem…
Monteverdi Choir
English Baroque Soloists
John Eliot Gardiner
Vou pegando os discos totalmente sem ordem ou programação. Então, é pura coincidência esse monte de Músicas Aquáticas nas quais estou afogando vocês. E esta é mais uma bela gravação de uma das principais obras de GFH. Com instrumentos modernos e linda concepção, a Orpheus marca seu território com competência e categoria. A Orpheus Chamber Orchestra é um tremendo conjunto baseado na cidade de Nova Iorque. Fundada em 1972, é das melhores coisas que há em termos de orquestra de câmara. Se eles passarem perto de você, trate de ouvi-los. O grupo é bastante conhecido por se apresentar sem regente e por suas interpretações de compositores do século XIX. Todo mundo fica de olho na ponta do arco do spalla Guillermo Figueroa, que teve passagem rápida pelo Emerson String Quartet nos anos 70. Tudo coisa fina.
Georg Friedrich Händel (1685-1759): Música para Fogos de Artifício / Música Aquática
Feuerwerkmusik HWV 351
1 Ouverture (Adagio) – Allegro – Lentement – Allegro Da Capo 7:22
2 Bourrée 1:15
3 La Paix. Largo Alla Siciliana 2:55
4 La Réjouissance. Allegro 3:06
5 Menuet I 1:34
6 Menuet II 2:22
Wassermusik Suite In F-dur HWV 348
7 Ouverture 3:12
8 Adagio E Staccato 1:49
9 Allegro 2:23
10 Andante 2:11
11 Da Capo 2:25
12 Presto 3:22
13 Air. Presto 3:26
14 Minuet 2:33
15 Bourrée. Presto 1:38
16 Hornpipe 2:17
17 (Without Indication) 2:53
Suite In G-dur HWV 350
18 (Without Indication) 2:50
19 Rigaudon. – (Without Indication) – Presto Da Capo 2:28
20 Menuet – (Without Indication) – Da Capo 3:34
21 (Without Indication) – (Without Indication) – Da Capo 1:22
Suite In D-dur HWV 349
22 Allegro 1:52
23 Alla Hornpipe 2:42
24 Minuet 1:01
25 Lentement 1:37
26 Bourrée 1:10
Este CD é uma coletânea de peças transcritas para uma inusitada dupla de violoncelo e órgão, Se o violoncelista fosse outro que não Rostropovich, daria para cravar que seria uma porcaria, mas o russo toca tanto que a gente vai engolindo gatinho por gatinho (*). Rostrô não é um especialista em barroco e, por exemplo, sua versão das Suítes de Bach é bem insatisfatória. Creio que o repertório deste CD — cheio de barrocos — não o favorece em nada, mas ele dá conta do recado, mesmo que a gente tenha vontade de rir em alguns momentos de abordagem por demais russorromântica. Recomendo usar com moderação.
(*) Lembram aquelas seleções de clássicos dos anos 70 e 80 que tinham gatinhos na capa? Ali, o Aleluia de Handel podia vir antes de Rhapsody in Blue, a qual era seguida da Abertura 1812, por exemplo. Salada semelhante é a deste CD. Aqui só têm gatinhos, óin… O apelido “Disco de Gatinhos” ou “Concerto de Gatinhos” é de autoria do Júlio e da D. Cristina lá da King`s Discos, esplêndida loja que ficava na Galeria Chaves. Eles não gostavam muito daquelas seleções… Nem eu.
Frescobaldi, Marcello, Bach, Handel, D’Hervelois, Rheinberger, Saint-Saëns: Peças para Violoncelo e Órgão
1 –Girolamo Frescobaldi Toccata
Arranged By – Gaspar Cassadó
Composed By – Girolamo Frescobaldi
Organ – Herbert Tachezi 4:44
2 –Alessandro Marcello Adagio, BWV 974
Arranged By – Johann Sebastian Bach
Composed By – Alessandro Marcello
Organ – Herbert Tachezi 5:05
–Johann Sebastian Bach 3 Chorale Preludes
Arranged By – Zoltán Kodály
Composed By – Johann Sebastian Bach
Organ – Herbert Tachezi
3 – I. Ach, Was Ist Doch Unser Leben, BWV 743 5:14
4 – II. Vater Unser Im Himmelreich, BWV 762 4:12
5 – III. Christus, Der Uns Selig Macht, BWV 747 5:12
–
6 –Georg Friedrich Händel Aria
Arranged By – Grigori Pekker
Composed By – Georg Friedrich Händel
Organ – Herbert Tachezi 3:41
7 –Johann Sebastian Bach Toccata, Adagio & Fugue In C Major, BWV 564: Adagio
Arranged By – Alexander Siloti
Composed By – Johann Sebastian Bach
Organ – Herbert Tachezi 4:00
–Louis De Caix D’Hervelois Portraits De Jeunes Filles De La France D’Autrefois / Portraits Of Young Ladies From Old France
Arranged By – Folkmar Längin
Composed By – Louis De Caix D’Hervelois
Harpsichord – Herbert Tachezi
8 – I. La Florentine 4:40
9 – II. La Provençale 2:04
10 – III. La Lionnoise 2:24
11 – IV. La Bavaroise 1:35
12 – V. La Russienne 1:37
13 – VI. La Siciliene 1:55
14 – VII. La Milaneze 2:05
–Joseph Rheinberger* 3 Pieces (arr. From 6 Stucke Für Violine Und Orgel, Op.150)
Composed By – Joseph Rheinberger*
Organ – Herbert Tachezi
15 – I Abendlied 4:13
16 – II Pastorale 3:42
17 – III Elegie 4:07
18 –Camille Saint-Saëns Prière, Op.158
Composed By – Camille Saint-Saëns
Organ – Herbert Tachezi 5:29
Então vamos encerrar mais uma caíxa.
Para quem não sabe, o instrumento chamado Recorder nada mais é que a nossa flauta doce, aquela mesma que iniciou muita gente na música, nos tempos de colégio. Minhas primeiras noções de música foram em um colégio de freiras, com uma freira que era excelente musicista, mas sua metodologia de ensino deixava a desejar. Mesmo assim, aprendi ali a identificar as notas, a soprar naquelas pequeninas flautas Yamaha. Aliás, ainda tenho a minha, desmontada, desafinada, mas guardada em algum recanto da minha eterna bagunça.
Mas voltando ao CD, o flautista Phillip Beckett é um craque com este instrumento, e dá um show com sua performance. A genialidade de Händel explorou todas as sutilezas, nuances e detalhes deste instrumento tão peculiar.
1 – Recorder Sonata in G major, HWV 358
2 – Recorder Sonata in C major, Op.17, HWV 365
3 – Recorder Sonata in D minor, Op.19a, HWV 367a
4 – Recorder Sonata in B flat major, HWV 377
5 – Recorder Sonata in G minor, Op.12, HWV 360
6 – Recorder Sonata in F major, Op.111, HWV 369
7 – Recorder Sonata in A minor, Op.14, HWV 362
8 – Trio Sonata in F major for 2 Recorders and bc, HWV 405
Estou trazendo mais dois volumes da coleção de música de câmara de Händel para concluir a série de Trio Sonatas. A formação básica continua a mesma, ou seja, dois violinos e baixo contínuo, este último podendo ser o cravo ou o violoncelo, ou ambos. O timaço de músicos liderado por John Holloway continua fazendo seu impecável trabalho.
CD 4
1 – Trio Sonata in A major for 2 Violins and bc (Op – 51) HWV396
2 – Trio Sonata in D major for 2 Violins and bc (Op – 52) HWV397
3 – Trio Sonata in E minor for 2 Violins and bc (Op – 53) HWV398
4 – Trio Sonata in G major for 2 Violins and bc (Op – 54) HWV399
5 – Trio Sonata in G minor for 2 Violins and bc (Op – 55) HWV400
6 – Trio Sonata in F major for 2 Violins and bc (Op – 56) HWV401
7 – Trio Sonata in B flat major for 2 Violins and bc (Op – 57) HWV402
CD 5
1 – Sinfonia in B flat major, HWV338
2 – Trio Sonata in F major for 2 Violins and bc, HWV392
3 – Trio Sonata in C minor for 2 Violins and bc (Op – 21a), HWV386a
4 – Trio Sonata in G minor for 2 Violins and bc, HWV393
5 – Trio Sonata in C major for 2 Violins and bc, HWV403
6 – Trio Sonata in E major for 2 Violins and bc, HWV394
John Holloway – Violin
Micaela Comberti – Violin
Alison Bury – Violin
Susan Sheppard – Cello
Robert Wooley – Harpsichord
Lucy Carolan – Harpsichord
Já ouvi estas duas obras em mais de uma dúzia de versões, mas estas aqui do Robert King estão entre as melhores. São absolutamente espetaculares. Nem vou falar muito, apenas recomendar a leitura do booklet que anexei ao arquivo compactado, que lhes darão todas as informações necessárias.
Enquanto subo o arquivo para o pqpshare vou aumentar o volume e ir ali fora apreciar o nascer da lua sob os morros que cercam minha casa. Um espetáculo dessa natureza tem direito a uma trilha sonora a altura.
01 – Musick For The Royal Fireworks – 1. Ouverture
02 – Musick For The Royal Fireworks – 2. Bourrée
03 – Musick For The Royal Fireworks – 3. La Paix
04 – Musick For The Royal Fireworks – 4. La Réjouissance
05 – Musick For The Royal Fireworks – 5. Menuet I & II
06 – Water Music, Suite In F, HWV348 – 1. Ouverture
07 – Water Music, Suite In F, HWV348 – 2. Adagio & Staccato
08 – Water Music, Suite In F, HWV348 – 3. Allegro; Andante; Allegro
09 – Water Music, Suite In F, HWV348 – 4. Menuet
10 – Water Music, Suite In F, HWV348 – 5. Air
11 – Water Music, Suite In F, HWV348 – 6. Menuet
12 – Water Music, Suite In F, HWV348 – 7. Bourrée
13 – Water Music, Suite In F, HWV348 – 8. Hornpipe
14 – Water Music, Suite In F, HWV348 – 9. Andante
15 – Water Music, Suite In D-G, HWV349-50 – 01. Ouverture
16 – Water Music, Suite In D-G, HWV349-50 – 02. Alla Hornpipe
17 – Water Music, Suite In D-G, HWV349-50 – 03. Menuet
18 – Water Music, Suite In D-G, HWV349-50 – 04. Rigaudon
19 – Water Music, Suite In D-G, HWV349-50 – 05. Lentement
20 – Water Music, Suite In D-G, HWV349-50 – 06. Bourrée
21 – Water Music, Suite In D-G, HWV349-50 – 07. Menuet I
22 – Water Music, Suite In D-G, HWV349-50 – 08. Menuet II
23 – Water Music, Suite In D-G, HWV349-50 – 09. Country Dance I & II
24 – Water Music, Suite In D-G, HWV349-50 – 10. Trumpet Menuet
A natureza tem sido generosa conosco nestes últimos dias cá pras bandas do sul do país, e está nos proporcionando um veranico de julho, com dias belíssimos, surpreendentemente quentes, e noites iluminadas por uma Lua Cheia magnífica. Ontem, inclusive tivemos a famosa Lua Azul, ou Blue Moon.
Então, em homenagem a estes belos dias, nada como belíssimas obras para servirem de trilha sonora para a nossa desgastante rotina. Portanto, dou prosseguimento ao Festival Händel, voltando hoje à obra de câmara do genial compositor, que nunca me decepciona. E a prova disso está nestas obras que estão gravadas neste terceiro CD, desta preciosíssima caixa, que traz as Trio Sonatas, op. 2, e novamente o destaque fica por conta deste excepcional músico que é John Holloway.
Deleitem-se, mortais.
1 Trio Sonata in B minor for Flute, Violin and bc (Op – 21) HWV386b
2 Trio Sonata in G minor for 2 Violins and bc (Op – 22) HWV387
3 Trio Sonata in B flat major for 2 Violins and bc (Op – 23) HWV388
4 Trio Sonata in F major for Recorder, Violin and bc (Op – 24) HWV389
5 Trio Sonata in G minor for 2 Violins and bc (Op – 25) HWV390
6 Trio Sonata in G minor for 2 Violins and bc (Op – 26) HWV391
John Holloway – Violin
Micaela Comberti – Violin
Stephen Preston – Flute
Philip Pickett – Recorder
Susan Sheppard – Cello
Robert Wolley – Harpsichord
John Toll – Harpsichord
O segundo cd da coleção de música de câmara de Handel traz sonatas para violino e para oboé. O violinista é o John Holloway, que já passou aqui pelo PQPBach diversas vezes. É figurinha carimbada quando se trata de interpretações históricas, um dos pioneiros da área e um grande especialista em violino barroco.
Gosto de trazer estas coleções para os senhores poderem entender o processo de evolução criativa do compositor. Quando se trata de Handel, estamos falando de um dos principais compositores da história da música ocidental, um gênio do barroco, contemporâneo de Bach, inclusive nasceram no mesmo ano, e que assim como o gênio de Leipzig, foi fundamental no desenvolvimento da própria escrita musical, desenvolvendo estilos, criando novas possibilidades para os mais diversos instrumentos.
1 – Violin Sonata in A major, HWV361
2 – Violin Sonata in G minor, HWV364a
3 – Oboe Sonata in B flat major, HWV357
4 – Violin Sonata in D minor, HWV 359a
5 – Oboe Sonata in C minor, HWV366
6 – Violin movement in A minor
7 – Violin movement (allegro) in C minor, HWV 408
8 – Oboe Sonata in F major, HWV 363a
9 – Violin Sonata in D major, HWV371
John Holloway – Violin
Davi Reichenberg – Oboe
Susan Sheppard – Cello
Lucy Carolan – Harpsichord