Compositores estadunidenses

Este é um daqueles CDs comerciais de coletâneas, no caso destinado ao mercado norte-americano, mas nele estão as melhores gravações que possuo do Adágio de Barber, da Abertura de Candide e das peças de Copland em questão.

A Primavera apalache está na versão original, para 13 instrumentos; o Hoe-down teve uma sessão intermediária inteira suprimida (não sei por quê); o pianista na Rapsódia in Blue é o próprio Gershwin, cuja orquestra gravou a posteriori sobre o rolo com o registro do compositor (não ficou legal); e a Dança do sabre consta só pra preencher o tempo do CD.

Ao passar por NY, visite o Café do Rato Preto no Madison Square Garden.

1. Fanfarra para o homem comum – Copland
2. Abertura de Candide – Bernstein
3. Primavera apalache – Copland
4. Hoe-down, de Rodeo – Copland
5. Rapsódia in blue – Gershwin
6. Adágio para cordas – Barber
7. Dança do Sabre, do balé Gayané – Khatchaturian

BAIXE AQUI

CVL

Sob a influência do jazz – Gershwin, Milhaud, Ravel, Stravinski e Weill regidos por Bernard Herrmann

O CD (ex-LP) Classic Jazz, de 1966, traz uma série de obras “eruditas” muito influenciadas pelo jazz. A seleção é notável e a interpretação é sempre adequada: divertida, alegre e espalhafatosa. Um grande disco, sem dúvida.

A idéia deste trabalho foi do imenso Bernard Herrmann (1911-1975), o maior compositor de músicas para o cinema. Parceiríssimo de Alfred Hitchcock, Herrmann escreveu a trilha sonora de oito filmes: O terceiro tiro (1955), O homem que sabia demais (1956), O homem errado (1957), Um corpo que cai – Vertigo (1959), Intriga internacional (1959), Psicose (1960) e Os pássaros (1963). Herrmann foi o consultor de som de Marnie, confissões uma ladra (1964). Na realidade, Cortina rasgada também teve uma trilha musical composta por Herrmann. No entanto, Hitchcock queria música pop e desistiu da partitura de Herrmann, o que gerou uma boa briga e rompimento definitivo de uma parceria que rendeu o reconhecimento de críticos e público.

Mas não foi só isso. É de Herrmann a trilha de Taxi Driver (Scorsese), de Cidadão Kane (Welles) e de Fahrenheit 451 (Truffaut). Não, não é mole.

Aqui, ele torna-se regente de interessantes obras que nasceram a partir do jazz. Destaque para Rhapsody in Blue, para o Ragtime de Stravinski, para Milhaud – que aparece pela primeira vez neste blog – e para a divertida brincadeira de Ravel. Ou seja, quase tudo!

P.Q.P. Bach.

Classic Jazz

1. Rhapsody In Blue
Composição de George Gershwin
London Festival Orchestra
Stanley Black, piano e regência

2. The Threepenny Opera: Mack the Knife / Instead-of Song / The Good Life (Foxtrot) / Polly’s Song / Tango / The Bis Shots: Charleston
Composição de Kurt Weill
London Festival Orchestra [members of]
Bernard Herrmann

3. Ragtime
Composição de Igor Stravinsky
London Festival Orchestra [members of]
Bernard Herrmann

4. La Création du Monde
Composição de Darius Milhaud
London Festival Orchestra [members of]
Bernard Herrmann

5. Five O’Clock Foxtrot (de L’enfant et les sortilèges)
Composição de Maurice Ravel
London Philharmonic Orchestra
Bernard Herrmann

6. Variations on ‘I got rhythm’ (para piano e orquestra)
Composição de George Gershwin
London Festival Orchestra [members of],
David Parkhouse, piano
Bernard Herrmann

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

George Gershwin (1898-1937) – An American in Paris, Rapshody in Blue, Concerto in F

Esta postagem é uma perfeita prova de como o jazz se associa ao que convencionamos chamar de música clássica. E ninguém melhor que George Gershwin para ilustrar esta questão. Exímio compositor de standards da música americana, assim como de obras imprescindíveis no repertório de qualquer músico dos últimos 60 anos, Gershwin se coloca como um catalizador de estilos. Inseriu elementos da música negra norte-americana em suas obras consideradas “clássicas”, como o concerto para piano, em “Rapshody um Blue”, “An American in Paris”, entre diversas outras canções, e em sua ópera “Porgy and Bess”, e as tornou imortais e fundamentais no repertório de diversos instrumentistas, sejam músicos de jazz, como Miles Davis, Louis Armstrong, Duke Ellington, e vou parar por aqui porque esta lista vai longe, além de pianistas, regentes e cantores líricos, como Bernstein, Previn, Ozawa, as irmãs Kátia e Marielle Labeque… enfim, a lista é imensa.

Esta gravação que estou postando foi ripada de um dvd. Trata-se de uma apresentação ao vivo da Filarmônica de Berlim, regida pelo Seiji Ozawa, acompanhada por um trio de jazz. Sim, é isso mesmo. O trio é formado pelo pianista Marcus Roberts, cego de nascença, acompanhado por Jason Marsalis na bateria e Roland Guerin no contrabaixo acústico. O repertório é unicamente dedicado a Gershwin. O improviso é regra de ouro aqui. O trio está perfeitamente sincronizado, e Ozawa se delicia com a performance do trio. Não esqueçamos que o mesmo Ozawa há alguns anos atrás participou de um projeto promovido pelo trompetista Wynton Marsalis, irmão do baterista Jason Marsalis, aliás, esta é uma tradicional família de músicos de jazz, originária da cidade que é considerada o berço deste estilo musical, New Orleans. e que também já gravou diversos cds dedicados a compositores eruditos.

Prestem atenção na versatilidade dos músicos, principalmente do trio de jazz, e como a poderosa Filarmônica de Berlim se rende ao ritmo… claro que não podemos esperar deles a ginga e swing americano dos músicos do trio, mas pode-se ver que antes de tudo, eles se divertem. Sugiro aos que puderem comprar que comprem este dvd. Não irão se arrepender.

CD 1

1 – An American in Paris
2 – Rhapsody in Blue

Marcus Roberts Trio
Marcus Roberts – Piano
Jason Marsalis – Bateria
Roland Guerin – Baixo
Orquestra Filarmônica de Berlim
Seiji Ozawa – Regente

CD 2
Concerto in F
1 – Allegro
2 – Andante con Moto
3 – Allegro agitato

4 – Cole after Midnight
5 – Strike up the Band
6 – I got Rhythm
7 – Berliner Luft

Marcus Roberts Trio
Marcus Roberts – Piano
Jason Marsalis – Bateria
Roland Guerin – Baixo
Orquestra Filarmônica de Berlim
Seiji Ozawa – Regente

CD 1 – BAIXE AQUI

CD 2 – BAIXE AQUI