Debussy: Mélodies – Sandrine Piau (soprano) & Jos Van Immerseel (piano)

Mélodies

Sandrine Piau (soprano)
Jos Van Immerseel (piano)

Claude Debussy
França 1862 – 1918

 

A atmosfera excitante do renascimento barroco francês estimulou realmente o aparecimento de uma música muito boa. O estilo, com ênfase em pureza, clareza e brilhantismo técnico, produziu alguns intérpretes distintos. Quando eles trazem seus insights para a música moderna, sua abordagem paga dividendos. 

Houve também um renascimento nas canções de Debussy, então é bom ouvirmos o que uma cantora como Sandrine Piau faz com elas. Sua base na tradição barroca francesa faz com que uma voz treinada expresse nuances e texturas precisas. Em Debussy isso destaca o refinamento da escrita com grande efeito. (ex-internet)

Claude Debussy (França 1862 – 1918)
01. Mélodies De Jeunesse (Apparition)
02. Mélodies De Jeunesse (Romance)
03. Mélodies De Jeunesse (Les Papillons)
04. Mélodies De Jeunesse (Calmes Dans Le Demi-Jour)
05. Mélodies De Jeunesse (Regret)
06. Ariettes Oubliées (C’est l’extase)
07. Ariettes Oubliées (Il Pleure Dans Mon Coeur)
08. Ariettes Oubliées (L’Ombre Des Arbres)
09. Ariettes Oubliées (Paysages Belges:Chevaux de bois)
10. Ariettes Oubliées (Aquarelles: Green)
11. Ariettes Oubliées (Aquarelles: Spleen)
12. Prose Lyriques (De RÍve)
13. Prose Lyriques (De Grêve)
14. Prose Lyriques (De Fleurs)
15. Prose Lyriques (De Soir)
16. Trois Poêmes De Stéphane Mallarmé (Soupir)
17. Trois Poêmes De Stéphane Mallarmé (Placet Futile)
18. Trois Poêmes De Stéphane Mallarmé (…ventail)

Mélodies – 2003
Sandrine Piau (soprano)
Jos Van Immerseel (piano)

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Boa audição!

Sandrine Piau, 2003 – Oh mon Dieu! Où étais-tu tout ce temps?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

 

 

Évocation – Sandrine Piau (soprano) & Susan Manoff (piano)

Évocation

Sandrine Piau (soprano)
Susan Manoff (piano)

Chausson
Strauss
Debussy
Zemlinsky
Koechlin
Schoenberg

Sandrine Piau é uma grande estrela da performance barroca “historicamente informada”, e eu sinceramente espero que ela continue a cantar Vivaldi, Boccherini, Scarlatti e outros mestres do século XVIII como seu repertório preferencial. No entanto, se você é tanto fã de sua arte vocal quanto eu, você pode estar interessado em ouvir este recital de lieder romântico e um pouco pós-romântico ou o lindo CD de canções de Claude Debussy.

Piau é uma das especialistas em Música Antiga altamente treinadas da atual geração que também pode, sem compromisso, cantar música mais moderna com plena garantia técnica – a voz maior do peito, o vibrato projetivo, etc. – mantendo algumas das visões estéticas que têm emergido de práticas historicamente informadas. Ela é uma prova eficaz de que o movimento da Música Antiga amadureceu e pode se adequar a qualquer padrão da sala de concertos do século XX.

A seleção de canções neste recital testaria a amplitude da técnica vocal e da sensibilidade expressiva de qualquer soprano: Strauss, Schoenberg, Debussy, Chausson. Francamente, eu prefiro apenas o recital esteticamente mais concentrado das músicas de Debussy, mas se esse repertório for sua “sacola”, você definitivamente vai querer ouvir esta conquista de Sandrine Piau. (ex-internet, Amazon, 2007).

Évocation – 2007
Sandrine Piau (soprano)
Susan Manoff (piano)

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Boa audição!

Trois, mon Dieu! J’ai trouvé le Paradis Perdu !!

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

 

 

Claude Debussy – Images I & II; Suite Bergamasque; Children’s Corner – Seong-Jin Cho

Neste ano em que comemoramos os 100 da morte de Claude Debussy já fizemos diversas postagens em homenagem a esta figura única, que desenvolveu um estilo próprio e revolucionou a escrita para o piano no final do século XX.
A música de Debussy está em muito boas mãos neste CD do jovem pianista sul coreano Seon-ji Cho, primeiro sul coreano a ganhar o “International Chopin Piano Competition”, talvez o mais difícil concurso para novos talentos da atualidade, e o rapaz já foi devidamente cooptado pelo selo alemão Deutsche Grammophon. Uma bela aquisição para o selo, com certeza.
O rapaz encara aqui as dificuldades técnicas desta obras únicas, volto a repetir, e tem de mostrar aquele algo a mais que grandes pianistas do passado já mostraram.
Amamos por demais a “Suite Bergamasque” e sua indefectível “Clair de Lune” para conhecermos seus detalhes, pausas, silêncios, aquilo que tem de ser dito mas não o é. Esse é o segredo da sua interpretação, e que já foi por demais explorado. Monique Haas, Aldo Cicollini, Walter Giesseking, Martha Argerich, entre outros gigantes do piano, já nos mostraram e nos deram sua contribuição. Vamos ver o que a nova geração tem a nos dizer, e garanto que ela está muito bem representada neste CD.

01 – Images I Reflets dans l’eau
02 – Images I Hommage à Rameau
03 – Images I Mouvement
04 – Images II Cloches à travers les feuilles
05 – Images II Et la lune descend sur le temple qui fut
06 – Images II Poissons d’or
07 – Children’s Corner Doctor Gradus Ad Parnassum
08 – Children’s Corner Jimbo’s Lullaby
09 – Children’s Corner Serenade For The Doll
10 – Children’s Corner The Snow Is Dancing
11 – Children’s Corner The Little Shepherd
12 – Children’s Corner Golliwog’s Cakewalk
13 – Suite Bergamasque Prélude
14 – Suite Bergamasque Menuet
15 – Suite Bergamasque Clair de lune
16 – Suite Bergamasque Passepied
17 – L’isle joyeuse

Seong-Jin Cho – Piano

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C. Debussy (1862-1918) / G. Fauré (1845-1924) / M. Ravel (1875-1937): Várias Peças com Menahem Pressler

C. Debussy (1862-1918) / G. Fauré (1845-1924) / M. Ravel (1875-1937): Várias Peças com Menahem Pressler

PresslerIM-PER-DÍ-VEL !!!

Menahen Pressler (1923) tem uma carreira gloriosa, marcada pelos 53 anos como líder do esplêndido Beaux Arts Trio (1955 – 2008), certamente o melhor trio de todos os tempos. Pois agora, aos 94 anos, Pressler vem com sua extrema classe lançar seu sexto disco solo. Aliás, todos os seus discos solo foram elogiadíssimos — e gravados após os 90 anos do pianista. Curta com todo o cuidado o mestre. Não precisa mexer no volume, deixe Pressler agir. Aos 94 anos, ele está no auge, desfilando enorme sensibilidade num repertório nada simples. Se você tiver alguma dúvida, ouça as peças mais famosas do CD. Clair de Lune reaparece belíssima com uma dinâmica única. Já a Pavana para uma Infanta Morta, transformada em peça kitsch por alguns abusadores de melodias — principalmente jazzmen –, resplandece renascida, novinha, digna e linda nas mãos deste mágico. Acho que é obrigatório ouvir — e provavelmente curvar-se a — Pressler. Uma aula de estilo e sutileza.

Debussy / Fauré / Ravel: Várias Peças com Menahem Pressler

Debussy
1 Arabesque No.1 (From Deux Arabesques, L. 66) 5:27
2 Rêverie, L. 68 5:24
3 Clair De Lune (From Suite Bergamasque, L. 75) 6:14
4 The Little Shepherd (From Childrens’s Corner, L. 113) 3:15
5 La Plus Que Lente, L. 121 5:53

Préludes Book I, L. 117
6 Danseuses De Delphes 3:49
7 Voiles 5:01
8 La Fille Aux Cheveux De Lin 3:11
9 La Cathédrale Engloutie 7:33
10 Minstrels 2:33

Fauré
11 Barcarolle No. 6 In E Flat Major, Op. 70 5:30

Ravel
12 Pavane Pour Une Infante Défunte, M. 19 7:45
13 Oiseaux Tristes (From Miroirs, M. 43) 5:13

Menahem Pressler, piano

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Menahen Pressler assinou sua foto pra nóis (mentira)
Menahen Pressler assinou sua foto pra nóis (mentira)

PQP

Chimère – Sandrine Piau, soprano & Susan Manoff, piano

Front-Chimère-Sandrine Piau

Chimère

Sandrine Piau, soprano

Susan Manoff, piano

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Sandrine Piau nos convida para uma viagem pelo território íntimo e infinito dos sonhos. Quimera: uma busca ilusória e insatisfeita, o cemitério de nossas ilusões …

Sandrine e sua parceira de longa data, a pianista Susan Manoff, criaram um programa que combina a canção alemã (Hugo Wolf, uma das canções de Mignon de Schumann, uma cena de Fausto de Goethe de Carl Loewe), Mélodies de Debussy e Poulenc (com Banalités), e Art Songs de Barber junto com descobertas de compositores mais raramente ouvidos como Ivor Gurney e as Dickinson Songs de André Previn, o célebre maestro americano menos conhecido por suas composições, que incluem este magnífico ciclo escrito por Renée Fleming.

Com naturalidade, em francês, alemão e inglês, Sandrine Piau está no auge de sua arte. Fantoches, Clair de Lune, Solitary Hotel, Haverá realmente uma manhã ?: Saída para o mundo dos sonhos seguindo este itinerário poético único.

A terra das quimeras é a única neste mundo em que vale a pena viver (Jean-Jacques Rousseau). (Wikipedia)

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Chimère
Loewe, Johann Carl Gottfried (Alemanha, 1796 – 1869)
01. Lieder und Balladen – Ach neige, du Schmerzenreiche
Schumann, Robert (Alemanha, 1810-1856)
02. Lieder und Gesänge aus “Wilhelm Meister”, Op. 98a – Mignon “Kennst du das Land?”
03. Lieder und Gesänge, Op. 127 – Dein Angesicht
04. Myrthen, Op. 25 – Die Lotosblume
Debussy, Achille-Claude (França, 1862 – 1918)
05. Fêtes Galantes I, CD 86 – I. En sourdine
06. Fêtes Galantes I, CD 86 – II. Fantoches
07. Fêtes Galantes I, CD 86 – III. Clair de lune
Wolf, Hugo Philipp Jacob (Áustria, 1860 – 1903)
08. Verschwiegene Liebe
09. Nixe Binsefuss
10. Das verlassene Mägdlein
11. Lied vom Winde
Gurney, Ivor Bertie (Inglaterra, 1890 – 1937)
12. Five Elizabethan Songs – IV. Sleep
Baksa, Robert (Estados Unidos, 1938)
13. Heart! We Will Forget Him
Poulenc, Francis Jean Marcel (França, 1899 – 1963)
14. Banalités, FP 107 – I. Chanson d’Orkenise
15. Banalités, FP 107 – II. Hôtel
16. Banalités, FP 107 – III. Fagnes de Wallonie
17. Banalités, FP 107 – IV. Voyage à Paris
18. Banalités, FP 107 – V. Sanglots
Barber, Samuel Osborne (Estados Unidos, 1910 – 1981)
19. Despite and Still, Op. 41 – IV. Solitary Hotel
Poulenc, Francis Jean Marcel (França, 1899 – 1963)
20. Métamorphoses, FP 121 – C’est ainsi que tu es
Previn, André (Andreas Ludwig Priwin), Alemanha, 1929)
21. Three Dickinson Songs – As Imperceptibly as Grief
22. Three Dickinson Songs – Will There Really Be a Morning?
23. Three Dickinson Songs – Good Morning Midnight
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Chimère – 2018
Sandrine Piau, soprano
Susan Manoff, piano
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Sandrine Piau: Dedicado ao PQPBach!
– Sandrine Piau: Dedicado ao PQPBach!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Boa audição.

Avicenna

The Club Album (Live From Yellow Lounge) com Anne-Sophie Mutter

The Club Album (Live From Yellow Lounge) com Anne-Sophie Mutter

Pois é. Dizer o quê? A grande discussão lá em casa era se este CD era melhor ou pior que os de André Rieu ou que as incursões populares de Mullova. Eu acho que Mutter vence seus concorrentes, mas houve opiniões contrárias. No que todos concordaram é no fato de Mutter ter desejado tornar-se popular ou ter decidido ganhar dinheiro. Como não creio que grandes haja rombos em sua conta bancária, talvez a moça tenha apenas desejado ser (ainda mais) reconhecida nas ruas. Este é um mal que atinge muitas carreiras. Chega o momento em que alguns artistas dizem: “não quero mais ser moderno, quero ser eterno”. Este CD de Mutter nem é tão bem interpretado, é um CD de brilhaturas pessoais e de abordagens para atingir o grande público. Apesar de eu achá-lo superior aos de Rieu e àquele de música brasileira de Mullova, dou-lhe a nota 1, com louvor.

The Club Album (Live From Yellow Lounge) com Anne-Sophie Mutter

1 Vivaldi: The Four Seasons – Concerto In G Minor, RV 315, “The Summer” – 3. Presto 2:40
by Anne-Sophie Mutter and Mahan Esfahani and Mutter’s Virtuosi

2 Gershwin: Three Preludes – 1. Allegro ben ritmato e deciso 1:43
by Anne-Sophie Mutter and Lambert Orkis
3 Gershwin: Three Preludes – 2. Andante con moto e poco rubato 3:13
by Anne-Sophie Mutter and Lambert Orkis
4 Gershwin: Three Preludes – 3. Allegro ben ritmato e deciso 1:34
by Anne-Sophie Mutter and Lambert Orkis

5 J.S. Bach: Double Concerto For 2 Violins, Strings, And Continuo In D Minor, BWV 1043 – 3. Allegro 4:34
by Anne-Sophie Mutter and Mahan Esfahani and Mutter’s Virtuosi and Noa Wildschut

6 Tchaikovsky: Souvenir d’un lieu cher, Op. 42 – Mélodie 4:31
by Anne-Sophie Mutter and Lambert Orkis

7 Vivaldi: The Four Seasons – Concerto In F Minor, RV 297, “The Winter” – 1. Allegro non molto 3:34
by Anne-Sophie Mutter and Mahan Esfahani and Mutter’s Virtuosi

8 J.S. Bach: Double Concerto For 2 Violins, Strings, And Continuo In D Minor, BWV 1043 – 1. Vivace 3:30
by Anne-Sophie Mutter and Mahan Esfahani and Mutter’s Virtuosi and Nancy Zhou

9 Brahms: Hungarian Dance No.1 In G Minor, WoO 1 3:56
by Anne-Sophie Mutter and Lambert Orkis

10 Debussy: Children’s Corner, L. 113 – 6. Golliwogg’s Cakewalk 3:08
by Anne-Sophie Mutter and Lambert Orkis

11 Saint-Saëns: Introduction et Rondo capriccioso, Op. 28 9:24
by Anne-Sophie Mutter and Lambert Orkis

12 Debussy: Suite bergamasque, L. 75 – 3. Clair de lune 5:00
by Anne-Sophie Mutter and Lambert Orkis

13 Copland: Rodeo – 4. Hoe-Down 3:11
by Anne-Sophie Mutter and Lambert Orkis

14 Gounod / J.S. Bach: Ave Maria 5:08
by Anne-Sophie Mutter and Lambert Orkis

15 Benjamin: Jamaican Rumba 1:49
by Anne-Sophie Mutter and Lambert Orkis

16 Williams: Schindler’s List – Original Motion Picture Soundtrack – Theme 4:43
by Anne-Sophie Mutter and Lambert Orkis

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Anne-Sophie-Mutter: com muita vontade de ganhar dinheiro
Anne-Sophie-Mutter: com muita vontade de ser ainda mais popular

PQP

Claude Debussy (1862-1918): Préludes II & En blanc et noir (2018)

Claude Debussy (1862-1918): Préludes II & En blanc et noir (2018)

100 anos da morte de Debussy

Claude-Achille Debussy (Saint-Germain-en-Laye, 22 de Agosto de 1862 — Paris, 25 de Março de 1918)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Eu sei quem estou envolvendo quando digo isso, mas é minha opinião: Maurizio Pollini é o melhor pianista de toda a era das gravações. Dito isto, completo o post explicando que o legendário pianista comemora na DG o ano do centenário de morte de Debussy com o álbum que inclui os Préludes II e En blanc et noir, o último gravado em duo com seu filho Danielle. Há vinte anos, Maurizio Pollini gravou o primeiro livro dos Préludes, investindo anos de experiência em suas dúzias de peças. É o estilo de Pollini. Ele passou 40 anos até gravar todas as Sonatas de Beethoven, até dar a cada uma delas maturidade sob suas mãos. Préludes II deve ficar entre as homenagens mais significativos a Debussy, um século após sua morte.

Claude Debussy (1862-1918): Préludes II (2018)

01. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-1. Brouillards
02. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-2. Feuilles mortes
03. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-3. La puerta del vino
04. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-4. Les fées sont d’exquises danseuses
05. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-5. Bruyères
06. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-6. General Lavine-eccentric
07. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-7. La terrasse des audiences du clair de lune
08. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-8. Ondine
09. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-9. Hommage à S. Pickwick, Esq., P.P.M.P.C.
10. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-10. Canope
11. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-11. Les tierces alternées
12. Debussy: Préludes-Book 2, L.123-12. Feux d’artifice
13. Debussy: En blanc et noir, L.134-1. Avec emportement
14. Debussy: En blanc et noir, L.134-2. Lent. Sombre
15. Debussy: En blanc et noir, L.134-3. Scherzando

Personnel:
Maurizio Pollini, piano
Daniele Pollini, piano

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Pollini não é mais uma criança, mas como toca!
Pollini no Southbank Centre, onde o vi em ação há alguns anos: não é mais uma criança, mas como toca!

PQP

Claude Debussy – Estampes, Clair de Lune, La plus que lente, Élégie, Preludes I – Claude Debussy

cover

100 anos da morte de Debussy

Claude-Achille Debussy (Saint-Germain-en-Laye, 22 de Agosto de 1862 — Paris, 25 de Março de 1918)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Claude Debussy é o cara da hora. Curioso talvez seja o fato de comemorarmos a data de sua morte, há exatos 100 anos atrás. Curioso também é o fato de todas as publicações especializadas na área de música clássica dos últimos dois ou três meses estamparem o compositor em suas capas e dedicarem algumas páginas a análise de suas obras.

Não que o velho Claude não o mereça. Na verdade, acho que ele sempre merece estar em destaque. Amo suas obras, desde minha infância ou adolescência, quando minha mãe sempre falava no ‘Clair de Lune’, que ela ouvira em não sei qual filme, e que nunca esquecera. E que sempre que ouvia a obra, o que ela imaginava era um riacho correndo, sem pressa, sob a luz do luar. Alguns anos depois, segundo contava, leu em algum lugar que o autor realmente se inspirara num riacho correndo, sob a luz do luar, para compor a obra. Essa é a força da expressão da música, a evocação de memórias passadas ou sentidas. Todos temos um momento em nossas vidas em que determinada obra nos evoca lembranças.

Dando início às postagens comemorativas a data, trago um dos últimos lançamentos em homenagem a ele, gravado pelo pianista e maestro Daniel Baremboim, uma lenda viva dos palcos das últimas cinco décadas.
Então vamos ao que viemos.
01. Estampes, L. 100-1. Pagodes
02. Estampes, L. 100-2. La soirée dans Grenade
03. Estampes, L. 100-3. Jardins sous la pluie
04. Suite bergamasque, L. 75-3. Clair de lune
05. La plus que lente, L. 121
06. Élégie, L. 38
07. Préludes  Book 1, L. 117-1. Danseuses de Delphes
08. Préludes  Book 1, L. 117-2. Voiles
09. Préludes  Book 1, L. 117-3. Le vent dans la plaine
10. Préludes  Book 1, L. 117-4. Les sons et les parfums tournent dans l’air du soir
11. Préludes  Book 1, L. 117-5. Les collines d’Anacapri
12. Préludes  Book 1, L. 117-6. Des pas sur la neige
13. Préludes  Book 1, L. 117-7. Ce qu’a vu le vent d’ouest
14. Préludes  Book 1, L. 117-8. La fille aux cheveux de lin
15. Préludes  Book 1, L. 117-9. La sérénade interrompue
16. Préludes  Book 1, L. 117-10. La cathédrale engloutie
17. Préludes  Book 1, L. 117-11. La danse de Puck
18. Préludes  Book 1, L. 117-12. Minstrels
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Debussy observando a paisagem

FDP

Claude Debussy (1862-1918): Préludes II, Images II, Children’s Corner

Claude Debussy (1862-1918): Préludes II, Images II, Children’s Corner

100 anos da morte de Debussy

Claude-Achille Debussy (Saint-Germain-en-Laye, 22 de Agosto de 1862 — Paris, 25 de Março de 1918)

Em março de 1918 morria Claude Debussy. Nesses 100 anos muitos grandes pianistas gravaram o seu livro II de Prelúdios com um toque delicado cheio de nuances (Gieseking, Arrau), muitos criaram belas cores e sonoridades perfeitas (Michelangeli, Zimerman). Mas o lado humorístico de Debussy é expressado de forma imbatível por Dalberto, que estudou com Vlado Perlemuter, discípulo de Alfred Cortot e de Maurice Ravel. É um especialista em Debussy, Ravel e Schubert.

O último Debussy, o dos Prelúdios Livro II, dos Jeux (Jogos) para orquestra, da Sonata para violoncelo e piano, é um Debussy que expressa uma ironia típica de artistas maduros, cada prelúdio é um personagem musical como um Casmurro de Machado ou um Quixote de Cervantes. É o andar do bêbado em La puerta del vino (a porta do vinho), é a paródia excêntrica de ‘God Save the Queen‘ em Hommage à S. Pickwick Esq. P.P.M.P.C., homenagem a um personagem cômico de Charles Dickens…

Claude Debussy (1862-1918)
Children’s Corner

1. Doctor Gradus ad Parnassum
2. Jimbo’s Lullaby
3. Serenade for the Doll
4. The Snow is Dancing
5. The Little Shepherd
6. Golliwog’s Cake-walk
Images (Book II)
7. Cloches à travers les feuilles
8. Et la lune descend sur le temple qui fut
9. Poissons d’or
Préludes (Book II)
10. Brouillards
11. Feuilles mortes
12. La puerta del Vino
13. Les fées sont d’exquises danseuses
14. Bruyères
15. Général Lavine
16. La terrasse des audiences du clair de lune
17. Ondine
18. Hommage à S. Pickwick Esq. P.P.M.P.C.
19. Canope
20. Les tierces alternées
21. Feux d’artifice

Michel Dalberto, piano
Gravado ao vivo no Teatro Bibiena em Mantova, Itália (2015)

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Teatro Bibiena em Mantova, Itália, onde Mozart tocou aos 14 anos e Dalberto gravou obras de Debussy ao vivo
Teatro Bibiena em Mantova, Itália, onde Mozart tocou aos 14 anos e Dalberto gravou obras de Debussy ao vivo

Pleyel

Maurice Ravel – Daphnis et Chloé, Suite no. 2, Claude Debussy – Prélude à l’après-midi d’un faune, ‘La mer’ – Karajan, BPO

61sfYnq56WLO nosso querido Manoel comentou em uma recente postagem que não acreditava que aquele determinado disco tivesse sido gravado por homens (só para situa-los, trata-se do magnífico “Still Live” do Keith Jarrett Trio).
Peço então para ele ouvir o que os filarmônicos de Berlim fazem aqui nesta gravação de Ravel e Debussy, claro que sob o comando de seu Kaiser Karajan. Os anos entre 1959 e 1965 foram pródigos em históricos registros desta parceria. A lembrança mais óbvia seria a integral das sinfonias de Beethoven, gravadas em 1963, mas aqui temos um Debussy de arrepiar, em registro de 1964, principalmente o ‘Prélude à l’après-midi d’un faune‘, gravado exatamente naquela época.
Fui intimado dia destes por nosso mentor PQPBach a dedicar um bom tempo a postagens de Debussy, em razão das comemorações dos 100 anos de sua morte. Basta ver os últimos lançamentos para notarmos como as gravadoras estão se dedicando ao francês. Comentei então que iria sair do óbvio, deixar Boulez e Michelangeli um pouco de lado e procurar um lado B, ou seja, outros intérpretes tão bons quanto, porém não tão badalados.
Começo então com este primor de CD da gravadora Deutsche Grammophon, onde o imenso Herbert von Karajan consegue extrair da poderosa Filarmônica de Berlim uma das interpretações mais intensas e comoventes que já ouvi destas obras.
Desliguem seus celulares, acomodem-se em suas poltronas, abram uma garrafa de um bom vinho por que vem aí uma overdose de Claude Debussy.

01. Maurice Ravel  Daphnis et Chloé, suite no. 2
02. Claude Debussy  Prélude à l’après-midi d’un faune
03. Claude Debussy  ‘La mer’ I. De l’aube à midi sur la mer
04. Claude Debussy  ‘La mer’ II. Jeux de vagues
05. Claude Debussy  ‘La mer’ III. Dialogue du vent et de la mer

Berliner Phiharmoniker
Herbert von Karajan – Conductor

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FDP

Debussy, Ravel: Sonatas para Violino e Piano / Bartók: Sonata para Violino Solo

Debussy, Ravel: Sonatas para Violino e Piano / Bartók: Sonata para Violino Solo

O recital de David Grimal e Georges Pludermacher começa com a Sonata de Debussy. Não sou apaixonado por ela, mas Grimal me convenceu, o que acontece raramente em um ouvinte como eu, que tem dificuldades com este compositor. Mas Debussy teve grande influência no início da carreira de um dos caras que mais amo, Bartók. A Sonata Para Violino Solo do húngaro é uma obra-prima que foi escrita de encomenda para Yehudi Menuhin. Acho que Grimal poderia ter sido mais agressivo, mas OK. (Creio que Vilde Frang tenha se saído melhor do que Grimal na obra. Aliás, amanhã postaremos uma versão também superior a de David, mas inferior à de Frang). E realmente gostei muito, muito mesmo, de sua interpretação da Sonata de Ravel, que me pareceu, secundado por Bartók, os filés do CD.

Debussy, Ravel: Sonatas para Violino e Piano / Bartók: Sonata para Violino Solo

Claude Debussy
Sonate Pour Violon Et Piano

1 Allegro Vivo 5:00
2 Intermède. Fantasque Et Leger 4:10
3 Finale Très Animé 4:09

Béla Bartok
Sonata For Solo Violin SZ 117

4 Tempo Di Ciaccona 9:53
5 Fuga 4:18
6 Melodia 6:14
7 Presto 5:00

Maurice Ravel
Sonate Nº2 Pour Violon Et Piano

8 Allegreto. Andante 7:45
9 Blues, Moderato 5:04
10 Perpetuum Mobile 3:31

Violin – David Grimal
Piano – Georges Pludermacher

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David Grimal felizinho
David Grimal todo felizinho

PQP

Chopin / Franck / Debussy: Sonatas para Violoncelo

Chopin / Franck / Debussy: Sonatas para Violoncelo

Fazer o quê? Durante uma época da minha vida, eu pensava que não gostava de Chopin. Na verdade, apenas não o entendo. Minha mulher acha o mesmo de Bartók, que eu adoro. Ela o acha sem lógica… Já eu penso isso de Chopin e Rachmaninov. Desta forma, melhor deixar para o FDP postá-lo. Também não amo a Sonata de Franck, aqui transcrita para o violoncelo. O conteúdo de Maisky é o romantismo. Ele toca para ser mais e mais romântico. Na minha opinião, é o romantismo pelo romantismo, sem conteúdo. Mas sei que a maioria gosta do romantismo, para mim descabelado, dos compositores e do violoncelista citado e não vou deixar de postar este CD. Mas sou fã da Sonata de Debussy. Os dois músicos com grande liberdade, apesar de Maisky tentar tornar Debby um romanticão. É uma Sonata que enfatiza a diversidade de timbres e efeitos. Este CD é a gravação de um concerto ao vivo feito pela dupla em Kyoto, no Japão, no ano 2000. Embriaguem-se! E só me chamem para o Debussy e olhe lá porque esse Mischa… Vá ser chato assim no inferno!

Chopin / Franck / Debussy: Sonatas para Violoncelo

1. Applause (0:21)

2. Chopin – Cello Sonata in g – 1 (15:03)
3. Chopin – Cello Sonata in g – 2 (5:03)
4. Chopin – Cello Sonata in g – 3 (3:55)
5. Chopin – Cello Sonata in g – 4 (6:07)

6. Franck – Violin (Cello) Sonata in A – 1 (6:27)
7. Franck – Violin (Cello) Sonata in A – 2 (8:12)
8. Franck – Violin (Cello) Sonata in A – 3 (7:21)
9. Franck – Violin (Cello) Sonata in A – 4 (6:02)

10. Debussy – Cello Sonata in d – 1 (4:54)
11. Debussy – Cello Sonata in d – 2 (3:38)
12. Debussy – Cello Sonata in d – 3 (3:45)

13. Chopin – Polonaise brillante Op.3 – 1 (3:02)
14. Chopin – Polonaise brillante Op.3 – 2 (5:55)

Mischa Maisky, violoncelo
Martha Argerich, piano

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Óinnnnnnn!
Óinnnnnnn!

PQP

Claude Debussy – Suite Bergamasque, Danse, Reverie, Pour le piano, Arabesques – Camile Saint-Saens – Etudes – Aldo Ciccolini

51OGOqyRHrL._SX450_Aldo Ciccolini foi um pianista italiano que viveu grande parte de sua vida na França, e se especializou exatamente no repertório francês, com ênfase em Debussy e Satie. Não temo em colocá-lo no mesmo patamar de Michelangeli, outro italiano que foi talvez o maior dos intérpretes de Debussy.

Amo a música desta compositor, seja a orquestral, seja a escrita para piano. E neste CD temos uma das melhores ‘Clair de Lune’ que já ouvi. Trata-se de uma peça muito delicada, sensível, profunda, que nos deixa quase paralisados pela torrente de emoções que ela expõe..  fechem seus olhos enquanto estiverem ouvindo para entenderem do que estou falando. É coisa de louco.

Claude Debussy – Suite Bergamasque, Danse, Reverie, Pour le piano, Arabesques – Camile Saint-Saens – Etudes – Aldo Ciccolini

01. Debussy – Suite bergamasque I.Prelude
02. Debussy – Suite bergamasque II.Menuet
03. Debussy – Suite bergamasque III.Clair de lune
04. Debussy – Suite bergamasque IV.Passepied
05. Debussy – Danse
06. Debussy – Reverie
07. Debussy – Pour le piano I.Prelude
08. Debussy – Pour le piano II.Sarabande
09. Debussy Pour le piano III.Toccata
10. Debussy 1 Arabesque
11. Debussy 2 Arabesque
12. Debussy – Ballade
13. Saint-Saens Etude en forme de valse en re bemol majeur,op.52 n6
14. Saint-Saens Six etudes pour la main gauche seuie,op.135 n1 Prelude
15. Saint-Saens Six etudes pour la main gauche seuie,op.135 n2 Alla fuga
16. Saint-Saens Six etudes pour la main gauche seuie,op.135 n3 Moto perpetuo
17. Saint-Saens Six etudes pour la main gauche seuie,op.135n 4 Bourree
18. Saint-Saens Six etudes pour la main gauche seuie,op.135 n5 Elegie
19. Saint-Saens Six etudes pour la main gauche seuie,op.135 n6 Gigue

Aldo Ciccolini – Piano

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FDP

The Classical Clarinet (Poulenc, Saint-Saens, Stravinsky, Weber, Mendelssohn, Schumann, etc.)

The Classical Clarinet (Poulenc, Saint-Saens, Stravinsky, Weber, Mendelssohn, Schumann, etc.)

Esse é um CD imperdível. Para começar a brincadeira, Poulenc. Por experiência própria, posso dizer que essa sonata é difícil pra caramba. Exige muita técnica do clarinetista, que é claro é muito bom.  A sonata de Saint-Saens tem um daqueles temas que entram na sua cabeça e não saem mais. Saens opta por não mostrar o lado mecânico do instrumento, mas sim o lado melódico. Tanto é que até para o piano é fácil.

Quase todos os compositores são do século 20, o que deixa a coisa muito legal. Ouvindo o CD vc tem a nítida impressão de que os compositores querem tirar ao máximo do instrumento, seja melodicamente, seja mecanicamente.

Enfim. Ouça e depois diga o que achou do disco. Boa audição,

The Classical Clarinet ( Poulenc, Saint-Saens, Stravinsky, Weber, Mendelssohn, Schumann, etc.)

CD1
Francis Poulenc – Sonata for Clarinet and Piano
01 – Allegro Tristamente
02 – Romanzza
03 – Allegro com Fuoco
Claude Debussy – Première Rapsodie for Clarinet and Piano
04 – Lento, Moderement animé, Scherzando anime
Camille Saint-Säens – Sonata for Clarinet and Piano
05 – Allegreto
06 – Allegro Animato
07 – Lento
08 – Molto Allegro – Allegreto
Henri Büsser – Pastorale
09 – Andante – Allegro
Igor Stravinsky – Three pieces for Clarinet Solo
10 – Molto Tranquillo
11 – Vivace
12 – Vivacíssimo
Bohuslav Martinu – Sonatina for Clarinet and Piano
13 – Moderato
14 – Andante
15 – Poco Allegro
Malcolm Arnold – Sonatine for Clarinet and Piano
16 – Allegro com Brio
17 – Andantino
18 – Furioso

CD2
Carl Maria Von Weber- Grand Duo Concertanto
01 – Allegro con Fuoco
02 – Andante con Moto
03 – Rondo – Allegro
Harald Genzmer – Sonatine, for Clarinet and Piano
04 – Lento – Allegro
05 – Adagio
06 – Vivace
Robert Schumann – Fantasiestück for Clarinet and Piano
07 – Zart und Mit Asdruck
08 – Lebhaft
09 – Rash und mit Feuer
Alban Berg – Vier Stücke
10 – Mässig
11 – Sehr Langsam
12 – Sehr Rasch
13 – Langsam
Felix Mendelssohn-Bartholdy – Sonata for Clarinet and Piano
14 – Adagio – Allegro Moderato
15 – Andante
16 – Allegro Moderato

Henk de Graaf, Clarinet
Daniel Wayenberg, Piano

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Como não colocar uma foto de Henk de Graaf?
Como não colocar uma foto de Henk de Graaf?

Gabriel Clarinet

Schumann, Scriabin, Chopin, Debussy, Albéniz – Nelson Freire ao vivo, 1975

Freire 1980sHoje trago um recital de Nelson Freire em 1975 na Universidade de Maryland, EUA, quando ele era um jovem talento promissor de cabelos castanhos. Nunca foi lançado oficialmente, mas a qualidade do áudio é excelente.
Eu poderia falar sobre os dificílimos Estudos Sinfônicos de Schumann ou sobre a sonata de Scriabin em dois movimentos, Andante e Prestissimo volando, de caráter alegre e místico que representa, segundo o compositor, “o voo do homem até a estrela, símbolo da felicidade”.
Poderia falar sobre as mazurcas de Chopin tocadas por Nelson com um senso de ritmo, um ziriguidum que os pianistas europeus raramente têm (mas que nossos conterrâneos Guiomar e Antônio Barbosa também tinham de sobra). Poderia falar do talento de Nelson para escolher peças de bis, parte essencial de recitais à moda antiga. Mas vou ser dedo-duro e falar do momento em que o grande artista falhou.
Pois é, pode parecer estranho para quem só ouve CDs gravados em estúdio, perfeitinhos como um relógio suíço, mas a verdade é que ao vivo grandes pianistas podem errar. Rubinstein já pulou várias notas (principalmente após os 70 anos), Michelangeli e Pollini já exageraram no rubato para facilitar trechos rápidos, Martha Argerich já se empolgou e tocou forte trechos em que o compositor mandava tocar fraco (piano).
Vamos ao lapso de Nelson: na última nota de um dos trechos mais rápidos da Fantasia de Chopin, aos 9:49, ele dá uma esbarradinha na tecla errada, sem perder a elegância. Que fique registrado que Nelson toca em um andamento muito rápido, enquanto Michelangeli, Maria João Pires, entre outros, engatam a marcha 1 nesse trecho para não correrem riscos. Curiosidade: Guiomar Novaes, que Nelson idolatra, gravou a Fantasia nesse mesmo andamento arriscado, aliás ela também esbarrou no mesmo trecho… Sem falar de outras notas provavelmente puladas, para possibilitar um andamento tão extremo.
Moral da história: os grandes pianistas estudam horas e horas para terem técnica impecável e, mesmo assim, às vezes pecam, falham. Que bom! Parabéns aos músicos que correm riscos e são humanos, muito superiores a um programa de computador!

Nelson Freire, piano
Live, 1975, University of Maryland, USA
1. Schumann – Etudes Symphoniques, Op.13
2. Scriabin – Sonata No.4, F# major, Op.30
3. Chopin – Fantasy, F minor, Op.49
4. Chopin – Nocturne, F# major, Op.15, No.2
Chopin – 2 Mazurkas:
5. C# minor, Op.41, No.1
6. B minor, Op.33, No.4
7. Chopin – Scherzo No.4, E major, Op.54
Encores:
8. Debussy – Poissons d’or
9. Albeniz/Godowsky – Tango

Mediafire:
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Mega:
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Scriabin era meio doidinho mas sua música é sensacional
Scriabin era meio doidinho mas sua música é sensacional

Pleyel

Igor Stravinsky (1882-1971) – Le Sacre du Printemp, Claude Debussy (1862-1918) – 6 Épigraphes antiques – Katia & Mariele Labèque

71WkjWdHTGL._SL1200_A obra prima de Stravinsky ‘Le Sacre du Printemp”  é fantástica em qualquer tipo de instrumento em que seja interpretada. Seja a versão orquestral, seja a versão para dois pianos. Ambas versões já apareceram por aqui diversas vezes. E hoje estou trazendo mais uma para dois pianos, desta vez com nossas musas, as irmãs Labèque, Katia & Marielle. Trata-se de CD que já se encontra esgotado, e que por alguma obra do destino veio parar em meu computador. No site da Amazon tem alguns usados à venda, enquanto não o encontrei no site da DG, apesar de ser bem recente, creio que do final do ano passado. Enfim, são detalhes, curiosidades, que não vão impedir dos senhores terem acesso a esta jóia.
O CD se encerra com Debussy, ‘6 Epigraphes Antiques’. E Debussy nas mãos mágicas mãos destas irmãs, meus queridos, se transforma em algo transcendental. É para se ouvir em um dia chuvoso, como o de hoje, bem confortáveis em suas poltronas favoritas e se deliciar, pois as quatro mãos mágicas destas irmãs fazem milagre, ajudadas, é claro, volto a repetir, pela poderosa música de Stravinsky, e a sensibilidade e delicadeza da música de Debussy.
Enfim, rendam-se ao talento destas duas.

1 – 14 Stravinsky – Le Sacre du Printemp
15 – 20 – Debussy – 6 Epigraphes Antiques

Katia & Marielle Labeque – Pianos

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Não, lhes garanto que as Irmãs Labèque não são apenas dois rostinhos bonitinhos. Tem muito talento aí, minha gente
Não, garanto-lhes que as Irmãs Labèque não são apenas dois rostinhos bonitinhos. Tem muito talento aí, minha gente

FDP

Debussy (1862-1918): 12 Estudos para piano / Berg (1885-1935): Sonata opus 1

Recentemente o piano de Debussy apareceu aqui no PQPBach com Guiomar e Samson, que estudaram com alguns dos melhores amigos do compositor, e Gieseking, que influenciou a maior parte dos debussystas que vieram desde então. Tivemos também toda a obra pra dois pianos com a dupla Haas/Lee.

Hoje finalizamos o ciclo com Pollini, uma das unanimidades deste site, tocando os Estudos. Se você não conhece Debussy, recomendo começar com os CDs anteriores de obras mais poéticas, misteriosas e impressionistas (o compositor odiava ser classificado com este último adjetivo, mas ‘pegou’, fazer o quê?).

Aqui estamos no território da vanguarda do século XX. Assim como com Beethoven, a proximidade da morte gera uma obra revolucionária, sem concessões aos ouvintes da época ou de qualquer época.

Enquanto Samson François, nos Estudos, dá um colorido diferente a cada uma das notas e cria momentos únicos, Pollini se concentra nas frases mais longas e uma nota segue a outra com a fluidez da água de um rio, por exemplo no nº 8, ‘para os ornamentos’. Da mesma forma que na sua histórica gravação dos Estudos de Chopin, aqui Pollini mostra a genialidade das estruturas dessas obras em que o caráter didático e pedagógico, em vez de restringir a imaginação do compositor, parece aumentar a sua liberdade em peças mais abstratas.

Vamos ver as palavras de quem entende do assunto. Para o musicólogo Harry Halbreich, “Pela primeira vez, antecipando Webern e Messiaen, Debussy explora os recursos insuspeitos de timbres, ataques e intensidades possíveis com apenas um piano.”

“Eles são muito importantes aos meus olhos, não só pela escrita para piano mas pela concepção musical. E é uma das obras que Debussy considerava mais importantes.” Pierre Boulez

“Debussy, que foi um grande defensor da Sagração de Stravinsky, estende a irracionalidade rítmica a uma nova concepção da forma, em partituras como os Estudos para piano e os Jeux.” Olivier Messiaen

Debussy: 12 Estudos para piano
I. Pour les cinq doigt d’après M. Czerny
II. Pour les Tierces
III. Pour les Quartes
IV. Pour les Sixtes
V. Pour les Octaves
VI. Pour les Huit Doigts
VII. Pour les Degrés Chromatiques
VIII. Pour les Agréments
IX. Pour les Notes Répétées
X. Pour les Sonorités Opposées
XI. Pour les Arpèges Composés
XII. Pour les Accords

13. Berg – Piano Sonata, Op. 1

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Debussy revolucionário, charge de 1912
Debussy revolucionário, charge de 1912

Claude-Achille Debussy (1862-1918): obra integral para 2 pianos e piano a 4 mãos – Werner Haas / Noel Lee

Debussy 2 pianos 4 hands cover German edO primeiro Debussy a gente nunca esquece!

Este foi o primeiro disco de Debussy adquirido por este velho monge quando jovem, no início de seus estudos musicais na cidade de Curitiba, em 1972 ou 73… e definiu já de início a imagem desse compositor para bem além da imagem que alguns ainda têm dele, a de um arranjador de sons bonitinho-agradáveis ou algo assim – o que poderia ter acontecido caso se houvesse conhecido apenas a encantadora Petite Suite, segunda obra deste disco.

Mas não: o disco começa com com a complexa e sofisticada exposição sonora de sentimentos e reflexões do compositor sobre a guerra então em curso – valendo lembrar que Debussy perdeu sua guerra pessoal contra o câncer, aos 56 anos, durante um bombardeio de Paris pelas forças alemãs. Não à toa esse mestre do colorido musical declara já no nome que aqui está apresentando uma obra em branco e preto (En Blanc et Noir). Creio que seu segundo movimento (Lento, sombrio) é a faixa que mais me impressiona, com destaque para a insólita citação do hino luterano Ein feste Burg / Castelo Forte, algumas vezes chamado “a Marselhesa da Reforma Protestante” – que aparentemente só tem como estar aqui num papel de vilão (talvez como o que a própria Marselhesa desempenhou na Abertura 1812 de Tchaikovski, onde ‘lutou’ com um tema russo).

Há mais sobre as peças nos scans que acompanham os arquivos musicais – em alemão e numa tradução ao português, bastante deficiente, mas que não deixa de ajudar a ouvirmos mais informadamente. Bom desfrute!

DEBUSSY: OBRA INTEGRAL PARA 2 PIANOS E PIANO A 4 MÃOS
Werner Haas / Noel Lee, pianistas

En blanc e noir (1915) – 2 pianos
1.1 Avec emportement
1.2 Lent. Sombre
1.3 Scherzando

Petite suite (1886-89) – piano a 4 mãos
2.1 En bateau
2.2 Cortège
2.3 Menuet
2.4 Ballet

Lindaraja (1901) – dois pianos
3.1 •

Six épigraphes antiques (1914) – piano a 4 mãos
4.1 Pour invoquer Pan
4.2 Pour un tombeau sans nom
4.3 Pour que la nuit soit propice
4.4 Pour la danseuse aux crotales
4.5 Pour l’Égyptienne
4.6 Pour remercier la pluie au matin

Marche écossaise (sobre a Marcha do Duque de Ross) (1891) – piano a 4 mãos
5.1 •

.  .  .  .  .  .  .  BAIXE AQUI – download here

Ranulfus

Claude Debussy (1862-1918): Suite bergamasque, Pour le piano, L’Isle joyeuse, Children’s corner, La plus que lente, 4 Prelúdios, 4 Estudos, etc

Prosadores: Flaubert, Edgar Allan Poe
Poeta: Baudelaire
Pintores e músicos: Botticelli, Gustave Moreau, Palestrina, Bach, Wagner
Comida e bebida: culinária russa, café
Aversões: diletantes, mulheres belas demais
Para qual falha tens mais indulgência: falhas de harmonia

Questionário respondido por Debussy em 1889

Em 1889 dois eventos importantes acontecem: Debussy vai a Bayreuth pela segunda e última vez, admirando ainda a música de Wagner, mas já começando a se opor à estética grandiloquente do romantismo tardio alemão. E, em Paris, acontece a Exposição Universal (para a qual a torre Eiffel foi criada) onde Debussy passou muitas horas atento às melodias não ocidentais e à polirritmia percussiva da música do extremo-oriente.

Instrumentos de Java (atual Indonésia) que deixaram Debussy louquinho
Instrumentos de Java (atual Indonésia) que deixaram Debussy louquinho

As primeiras obras importantes de Debussy foram compostas a partir de 1889. Hoje trago dois grandes pianistas do século passado, tocando obras que vão das primeiras relevantes de Debussy (Arabesques, 1890-91, Suite Bergamasque, 1890-1905) até alguns dos Estudos (1915) que representam a última fase de Debussy, a mais revolucionária de todas.

Achei necessário juntar o alemão Walter Gieseking (1895–1956) e o francês Samson François (1924–1970) para dar uma ideia da diversidade de interpretações possíveis. Samson François foi aluno de Alfred Cortot, Marguerite Long e Yvonne Lefébure em Paris, se inscrevendo na tradição francesa de piano, que considerava o trabalho sobre a sonoridade mais importante do que a perfeição técnica. Algo impensável nos concursos de piano atuais, é claro. Assim como Cortot, François usava alguns rubatos em Chopin que hoje em dia seriam considerados errados pelos especialistas de plantão*. Seu Debussy também tem bastante rubato em alguns momentos mais expansivos, como na suíte Pour le Piano. A valsa La plus que lente, por exemplo, tem a indicação de tempo: Lent (Molto rubato con morbidezza) – Lento (Muito rubato com suavidade). Comparar as gravações dessa obra por Gieseking e Samson François é comparar dois tipos de rubato e duas visões de mundo.

O CD que finalmente trouxe à era digital o Debussy de Samson ganhou o Preis der deutschen Schallplattenkritik (Prêmio da crítica discográfica alemã). O encarte do CD diz: “As gravações de 1961 são dominadas por uma Isle Joyeuse deslumbrante, como iluminada pelo sol de meio-dia, e por uma versão dionisíaca de Pour le piano, mostrando como o toque de Samson renova consideravelmente a visão impressionista unanimemente praticada desde as justamente lendárias gravações de Walter Gieseking. Com essas gravações podemos sentir como o Debussy de Samson era ao mesmo tempo pessoal e natural. Nada parece calculado.” Samson François gravou mais Debussy entre 1968 e 1970: as Imagens, os Prelúdios, mas nessas gravações já se escuta o declínio do artista que viria a morrer jovem.

Gieseking era daqueles pianistas com uma memória sobrehumana: tocava todas as sonatas de Beethoven e de Mozart, muito Scriabin, todo o piano de Ravel e Debussy, e é por esse último que ele é mais lembrado até hoje. Para a Gramophone:

Em primeiro lugar, há a sonoridade de Gieseking, de tal delicadeza e variedade que pode complementar o desejo espirituoso e irônico de Debussy de escrever música “para um instrumento sem martelos”

Ninguém (nem mesmo Cortot) capturou em Children’s Corner o sentido de uma terra perdida e encantada, da infância revivida através de lágrimas e risos adultos.

*Neuhaus, russo, professor de Richter e Gilels, dizia: “Rubare é o italiano para roubar e se você roubar o tempo sem devolvê-lo logo depois, você é um ladrão”. Cortot discordava: “Rubato não significa ‘emprestado’. O roubo está implícito”.

Debussy: Shorter Piano Works (Walter Gieseking) (1951-54)

Suite Bergamasque (1890-1905)
1. Prélude (Moderato, tempo rubato)
2. II. Menuet (Andantino)
3. III. Clair de lune (Andante très expressif)
4. IV. Passepied (Allegretto non troppo)
5. Rêverie (1890)
6. Arabesque No. 1: Andantino con moto (1890-91)
7. Arabesque No. 2: Allegretto scherzando (1890-91)
Children’s Corner (1906-1908)
8. I. Doctor Gradus ad Parnassum
9. II. Jimbo’s Lullaby
10. III. Serenade for the Doll
11. IV. The Snow is Dancing
12. V. The Little Shepherd
13. VI. Golliwogg’s Cake Walk
14. La plus que lente (valse, molto rubato con morbidezza) (1910)
15. L’Isle joyeuse (1904)

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Dizem que Samson François morreu no hospital com um cigarro na boca e um whisky debaixo da cama...
Samson François

Samson François toca Debussy  (1956-61)

1. L’Isle joyeuse (1904)
2. Préludes Livre I: No.8 La fille aux cheveux de lin (1910)
3. Préludes Livre I: No.10 La cathédrale engloutie (1910)
4. Préludes Livre I: No.11 La danse de Puck (1910)
5. Préludes Livre I: No.12 Minstrels (1910)
6. La plus que lente (valse) (1910)
7. Pour le piano: Prélude (1894-1901)
8. Pour le piano: Sarabande(1894-1901)
9. Pour le piano: Toccata  (1894-1901)
10. Étude: Pour les arpèges composés (1915)
11. Suite bergamasque: Clair de lune (1890-1905)
12. Suite bergamasque: Passepied (1890-1905)
13. Étude: Pour les agréments (1915)
14. Étude: Pour les sonorités opposées (1915)
15. Étude: Pour les accords (1915)

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Debussy ao piano, 1893
Debussy ao piano, 1893

Frédéric Chopin: Barcarolle / Claude Debussy: Les collines d’Anacapri, Soirée dans Grenade, Poissons d’or, Minstrels / Franz Liszt: Waldesrauschen, Gnomenreigen, Liebestraume, Valse oubliée, Rhapsody no. 10 – Guiomar Novaes

A brasileira de olhos ébrios de música e a sorte de um LP que sobreviveu à ditadura

Nestes tempos em que o Brasil parece repetir 1964 como farsa, o meu patriotismo tem encontrado apenas um refúgio inabalável: uma brasileira com os olhos ‘ébrios da música’ e aquele poder de isolar-se de tudo que a cerca – faculdade raríssima – que é a marca bem característica do artista. É assim que Debussy descreveu Guiomar Novaes quando ela tinha 13 anos. Mais de 60 anos depois, ela gravou seu segundo LP com música de Debussy*, e se trata de uma intérprete ideal, não só por ter conhecido o compositor quando estudou em Paris**, mas também pelo estilo de Guiomar, de toque delicado, cuidadoso,  às vezes forte mas nunca percussivo, considerado “feminino” naquela época distante em que mulheres deviam ser belas, recatadas e do lar.

O senso comum diz que esse toque feminino não deveria tocar as obras musculosas e diabólicas de Liszt, não é? Pois o senso comum mundial se rendeu a Guiomar. Segundo o American Record Guide, 1962:

“O surpreendente, e que vale à pena gritar do alto dos telhados, é que, pela primeira vez em quarenta anos, Novaes registrou aqui algumas de suas incomparáveis interpretações de Liszt. Sua performance na Dança dos Gnomos é tão brilhante e ritmicamente intoxicante quanto a de Emil von Sauer em um clássico 78 r.p.m.,  e sua 10ª Rapsódia está no nível da gravação histórica de Paderewski. É fácil entender por que no início do século ela foi apelidada a Paderewska dos Pampas***.”

Falar de Guiomar tocando Chopin é chover no molhado, pois as gravações completas dos Noturnos, Estudos, Valsas, Prelúdios, Concertos e de algumas preciosas Mazurkas estão por aí em LPs, CDs, youtube, no PQPBach, muito mais disponíveis do que este raro LP, o único de Guiomar pela Decca, e que nunca nem se cogitou lançar em CD.

O áudio que eu trago vem de um LP de família, e aqui começam as suposições, pois se mal conhecemos as histórias de parentes perseguidos nos anos de chumbo, o que dizer de um mero LP? Meus avós compraram este vinil importado por volta de 1963-64, devem ter ouvido poucas vezes e ele ficou no fundo de um armário carioca por décadas. No Brasil, um armário que dura décadas precisa de uma dose de sorte: um irmão de vovó teve a casa incendiada pelo regime militar. Se tivessem incendiado a casa dela (e foi por pouco que não), o LP viraria fumaça. Uma coisa é certa: a música sobreviveu.

* O primeiro, com os Prelúdios Livro I, em mono, tem qualidade de som bastante inferior

** O professor dela em Paris, Isidor Phillip, foi o amigo que dava a Debussy “conselhos de notação para que os pianistas pudessem entender melhor suas nuances e approach. Após considerável deliberação, ambos decidiram que quase nenhuma marca de pedal deveria ser usada” (wikipedia)

*** Pelo crítico James Huneker, biógrafo de Chopin e Liszt, que entendia mais de música do que de geografia

Guiomar Novaes Plays Chopin, Liszt, Debussy
Decca LP, circa 1962

A1. Barcarolle Op. 60 (Chopin)
A2. Les collines d’Anacapri (Preludes – Book 1) (Debussy)
A3. Soirée dans Grenade (Estampes) (Debussy)
A4. Poissons d’or (Images) (Debussy)
A5. Minstrels (Preludes – Book 1) (Debussy)
B1. Waldesrauschen (Forest Murmurs) (Liszt)
B2. Gnomenreigen (Dance of the Gnomes) (Liszt)
B3. Liebestraume No. 3 in A flat (Liszt)
B4. Valse oubliée no. 1 (Liszt)
B5. Hungarian Rhapsody no. 10 (”Preludio”) (Liszt)

Guiomar Novaes, piano

Títulos em português: Barcarola (Chopin) / As colinas de Anacapri, Noite em Granada, Peixes de ouro, Menestréis (Debussy) / Murmúrios da floresta, Dança dos Gnomos, Sonhos de amor, Valsa esquecida, Rapsódia húngara (Liszt)

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Novaes-Gramophone1964-Billboard1963
Se Guiomar fosse inglesa ou norte-americana, esse disco já estaria na 3ª reedição em CD…

Claude Debussy (1862-1918) – Nocturnes, La damoiselle élue e Le Martyre de Saint Sébastien

Originalmente postado pelo F.D.P. Bach em 2007. Repostagem pelo Pleyel. Salonen é um dos grandes regentes atuais no repertório moderno e contemporâneo e dá um show nesse disco com obras menos óbvias de Debussy.

Os Nocturnes já tinham sido aqui postados com a gravação do Boulez. La Damoiselle élue é poema lírico baseado em um poema de Dante Gabriel Rosseti e Le Martyre de Saint-Sébastien são fragmentos sinfônicos, em 4 partes.

A Orquestra é a Filarmônica de Los Angeles com a regência do sempre competente Esa-Pekka Salonen. As solistas são Dawn Upshaw – soprano – e Paula Rasmussen – mezzo soprano. O Coral é o Women of the Los Angeles Master Chorale.

Belíssmo CD, que mostra toda a sensibilidade e delicadeza da música de Debussy.

Abraços e boa semana. F.D.P. Bach.

1. Nocturnes: I. Nuages (Nuvens)
2. Nocturnes: II. Fêtes (Festas)
3. Nocturnes: III. Sirènes (Sereias)
4. La damoiselle élue: Poème lyrique d’après Dante Gabriel Rossetti
5. Le Martyre de Saint Sébastien: I. La Cour des lys. Prelude
6. Le Martyre de Saint Sébastien: II. Danse extatique et Final du 1er Acte
7. Le Martyre de Saint Sébastien: III. La Passion
8. Le Martyre de Saint Sébastien: IV. Le Bon Pasteur

Conductor: Esa-Pekka Salonen
Performer: Paula Rasmussen, Dawn Upshaw, Women of the Los Angeles Master Chorale
Orchestra: Los Angeles Philharmonic Orchestra

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F.D.P Bach + Pleyel

Bartók (1881-1945): Sonata for Solo Violin / Janáček (1854-1928): Violin Sonata / Debussy (1862-1918): Violin Sonata / Prokofiev (1891-1953): Violin Sonata Nros 1 e 2 / Stravinsky (1882-1971): Divertimento (Mullova, Anderszewski, Canino)

Bartók (1881-1945): Sonata for Solo Violin / Janáček (1854-1928): Violin Sonata / Debussy (1862-1918): Violin Sonata / Prokofiev (1891-1953): Violin Sonata Nros 1 e 2 / Stravinsky (1882-1971): Divertimento (Mullova, Anderszewski, Canino)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Viktoria Mullova é um das preferências absolutas deste filho de Bach. A sonoridade e a classe desta moscovita é uma coisa de louco.

A peça de Bartók é uma peça de Bartók, isto, é, é esplêndida e o mantém entre os 3 maiores Bs da música erudita, os quais permanecem como os maiores mesmo quando se usa todas as outras letras do alfabeto. Quem são os três? Ora, Bach, Brahms, Beethoven e Bartók.

A peça de Janáček é igualmente sensacional. Música bem eslava, sanguínea e cheia de surpresas e belas melodias, combinando perfeitamente com Bartók.

Depois a gente brocha. Debussy… Debussy… Debbie…, o que dizer? Claude, apesar do tremendo esforço que fez para movimentar-se no primeiro movimento, é um gordo. Portanto, é meio estático. Para piorar, é também extático. Bem, hoje faz um lindo dia e dizem que é o Dia do Beijo, o que significa que eu deveria ir para a rua ver o que consigo. (Mas, olha, foi das melhores coisas que já ouvi do gordo Debbie).

Prokofiev! Ah, Serguei é outro papo. Já de cara ele mostra quão fodão é naquele tranquilo Andante assai e no furioso Allegro brusco que o segue. Sem dúvida, é um cara que valoriza o contraste… Nós também detestamos o total flat, a gente gosta tanto dos mares piscininha quanto das descidas vertiginosas; afinal, os acidentes geográficos é o que faz a beleza da paisagem, né? As duas Sonatas de Prokofiev são notáveis.

Stravinsky… Sei que meus pares aqui no blog são admiradores do anão russo e adoro provocar, só que não dá, o cara é bão demais, raramente erra. Será que o gordo Debbie escreveu alguma coisa chamada “Divertimento”? Ele se divertia com o quê?

Bartók: Sonata for Solo Violin / Janáček: Violin Sonata / Debussy: Violin Sonata / Prokofiev: Violin Sonata Nros 1 e 2 / Stravinsky: Divertimento

CD 1
1. Bartok Sonata for Solo Violin – I. Tempo di ciaccona
2. Bartok Sonata for Solo Violin – II. Fuga. Risoluto, non troppo vivo
3. Bartok Sonata for Solo Violin – III. Melodia. Adagio
4. Bartok Sonata for Solo Violin – IV. Presto agitato

5. Janacek Violin Sonata – I. Con moto
6. Janacek Violin Sonata – II. Ballada. Con moto
7. Janacek Violin Sonata – III. Allegretto
8. Janacek Violin Sonata – IV. Adagio

9. Debussy Violin Sonata – I. Allegro vivo
10. Debussy Violin Sonata – II. Intermede. Fantasque et leger
11. Debussy Violin Sonata – III. Finale. Tres animé

CD 2
1. Prokofiev Violin Sonata No.1 in F minor, Op.80 – I. Andante assai
2. Prokofiev Violin Sonata No.1 in F minor, Op.80 – II. Allegro brusco
3. Prokofiev Violin Sonata No.1 in F minor, Op.80 – III. Andante
4. Prokofiev Violin Sonata No.1 in F minor, Op.80 – IV. Allegrissimo

5. Prokofiev Violin Sonata No.2 in D major, Op.94a – I. Moderato
6. Prokofiev Violin Sonata No.2 in D major, Op.94a – II. Scherzo. Presto
7. Prokofiev Violin Sonata No.2 in D major, Op.94a – III. Andante
8. Prokofiev Violin Sonata No.2 in D major, Op.94a – IV. Allegro con brio

9. Stravinsky Divertimento – I. Sinfonia
10. Stravinsky Divertimento – II. Danses suisses
11. Stravinsky Divertimento – III. Scherzo
12. Stravinsky Divertimento – IV. Pas de deux. Adagio – Variations – Coda

Viktoria Mullova: violin
Piotr Anderszewski: piano
Bruno Canino: piano

Recording:
June 1987, Utrecht (Bartók)
April 1989, London (Prokofiev No.2, Stravinsky)
July 1994, Forde Abbey, Chard, England (Janácek, Debussy, Prokofiev No.1)

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Mullova quando jovem: sei de vários que enlouqueceram.
Mullova quando jovem: sei de vários que enlouqueceram.

PQP

C. P. E. Bach, John Cage, Tigran Mansurian, Franz Liszt, Michail Glinka, Frédéric Chopin, Valentin Silvestrov, Claude Debussy e Béla Bartók: Alexei Lubimov — Der Bote — Elegias para Piano

C. P. E. Bach, John Cage, Tigran Mansurian, Franz Liszt, Michail Glinka, Frédéric Chopin, Valentin Silvestrov, Claude Debussy e Béla Bartók: Alexei Lubimov — Der Bote — Elegias para Piano

61fyfAw73OL._SS500IM-PER-Dí-VEL !!!

Maravilhoso disco formado por dez peças menores de compositores que apenas se unem por terem sido vanguardistas em seu tempo. Num recital que abarca 3 séculos, o pianista Lubimov dá uma aula sobre como montar um repertório erudito. Inicia com uma daquelas estranhas Fantasias do mano CPE que, para falar com a inteligência de Maitê Proença, é tudo di bom. Numa demonstração de parentesco inteiramente provocativa, mas pertinente, Lubimov dá seguimento ao recital com In a landscape, de John Cage. É notável como ambas combinam. E depois ele segue adiante com uma série de peças meditabundas. O mosaico fica lindo. O CD é da ECM. Com efeito, Manfred Eicher veio ao mundo para viabilizar as idéias mais doidas dos artistas. E para nos mostrar fatos nunca dantes pressentidos.

Alexei Lubimov – Der Bote

1 Carl Philipp Emanuel Bach: Fantasie für Klavier f-Moll
2 John Cage: In a landscape
3 Tigran Mansurian: Nostalgia
4 Franz Liszt: Abschied
5 Michail Glinka: Nocturne f-Moll “”La séparation””
6 Frédéric Chopin: Prélude c-Moll op. 45
7 Valentin Silvestrov: Elegie
8 Claude Debussy: Elégie
9 Béla Bartók: Vier Klagelieder op. 9a, Nr. 1
10 Valentin Silvestrov: Der Bote

Alexei Lubimov, Piano

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Grande Lubimov!
Grande Lubimov!

PQP

Andor Foldes: Wizard of the Keyboard

Andor Foldes: Wizard of the Keyboard

Andor Foldes (1913-1992) pertenceu a uma geração impressionante de músicos húngaros. Como ele, Geza Anda, Gyorgy Sandor, Edith Farnadi, Irene Malik, Annie Fischer — sem levar em conta a elite de regentes famosos (Fricsay, Dorati, Reiner) ou solistas (Szigetti) Dentre eles, Foldes ocupava um lugar de destaque no universo pianístico. Este disco é um tesouro de incrível repertório: Bach, De Falla, Poulenc, Bartok, Beethoven, Liszt, Copland, Barber, Debussy e Chopin .

Foldes foi um músico consumado, inteiramente dedicado a extrair e fazer-nos sentir o espírito de cada peça que ele tocava. Seu nível de musicalidade corre inversamente proporcional à sua fama. Negligenciado e esquecido por muitos, ele representa a estatura de músicos forjados na primeira metade do século XX, como Bartók e Kodály.

Andor Foldes: Wizard of the Keyboard

CD 1:
Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Chromatic Fantasia and Fugue in D minor, BWV 903
1) Fantasia [6:44]
2) Fuga [4:35]
Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)
Piano Sonata No.6 in F, Op.10 No.2
3) 1. Allegro [4:18]
4) 2. Allegretto [3:46]
5) 3. Presto [2:36]
Johannes Brahms (1833 – 1897)
16 Waltzes, Op.39
6) 1. in B [0:48]
7) 2. in E [1:09]
8. 3. in G sharp minor [0:46]
9) 15. in A flat [1:34]
Manuel de Falla (1876 – 1946)
El amor brujo
10) Ritual Fire Dance [3:31]
Francis Poulenc (1899 – 1963)
Nocturnes Nos.1-8
11) No.4 in C minor [1:26]
Claude Debussy (1862 – 1918)
Préludes – Book 1
12) 8. La fille aux cheveux de lin [2:41]
Frédéric Chopin (1810 – 1849)
4 Mazurkas, op.41
13) 2. Mazurka in E minor: Andantino [2:05]
14) Nocturne No.13 in C minor, Op.48 No.1 [5:52]
Franz Liszt (1811 – 1886)
15) Mephisto Waltz No.1, S.514 [10:38]
Béla Bartók (1881 – 1945)
Suite, BB 70, Sz. 62 (Op.14)
16) 1. Allegretto [1:55]
17) 2. Scherzo [1:43]
18) 3. Allegro molto [2:05]
19) 4. Sostenuto [2:53]
Sonata for Piano, Sz. 80 (BB 88)
20) 1. Allegro moderato [4:06]
21) 2. Sostenuto e pesante [5:00]
22) 3. Allegro molto [3:29]
23) Allegro barbaro, BB 63, Sz. 49 [2:29]

CD 2:
Igor Stravinsky (1882 – 1971)
Piano Sonata (1924)
1) 1. Viertel = 112 [3:07]
2) 2. Adagietto [5:05]
3) 3. Viertel = 112 [2:42]
Samuel Barber (1910 – 1981)
Excursions, Op.20
4) 1. Un poco allegro [2:43]
5) 2. In slow blues tempo [3:32]
6) 3. Allegretto [2:28]
7) 4. Allegro molto [2:10]
Aaron Copland (1900 – 1990)
Piano Sonata (1941)
8. 1. Molto moderato [8:21]
9) 2. Vivace [4:38]
10) 3. Andante sostenuto [9:28]
Zoltán Kodály (1882 – 1967)
11) Marosszéki táncok (Dances of Marosszèk) [12:30]
7 Piano Pieces, Op.11
12) 1. Lento [1:40]
13) 2. Székely keserves. Rubato, parlando [2:20]
14) 3. “il pleut dans mon coeur…”. Allegretto malinconico [1:30]
15) 5. Tranquillo [2:04]
16) 6. Székely nóta. Poco rubato [3:08]
Igor Stravinsky (1882 – 1971)
17) Circus Polka for a Young Elephant [3:55]
Virgil Thomson (1896 – 1989)
18) Ragtime Bass in C sharp [1:41]
Isaac Albéniz (1860 – 1909)
19) Tango, Op.165, No.2 [2:46]

Andor Foldes, piano

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Andor Foldes, esse tocava!
Andor Foldes, esse tocava!

PQP

Bela Bartok (1881-1945): Sonata for 2 Pianos and Percussion, BB 115, W. A. Mozart (1756-1791): Andante and Five Variations in G for Piano (4-Hands), K.501, Debussy: En blanc et noir, L.134

Bela Bartok (1881-1945): Sonata for 2 Pianos and Percussion, BB 115, W. A. Mozart (1756-1791): Andante and Five Variations in G for Piano (4-Hands), K.501, Debussy: En blanc et noir, L.134

71DwcIjgw5L._SL1043_Eis uma Postagem com P maiúsculo, daquelas tipo arrasa-quarteirão, facilmente classificável como IM-PER-DÍ-VEL !!!, e que vai deixar nosso mentor PQPBach alucinado, perguntando de onde tirei essa jóia rara e também perguntando o porquê de estar postando isso só agora.

Na verdade, só agora estou trazendo isso porque só agora é que consegui esse CD. Sabia de sua existência, mas ainda não tivera a oportunidade nem de ouvi-lo nem sequer encontrá-lo.

Martha Argerich e Stephen Kovacevich estavam no apogeu de seus trinta e poucos anos, e já conhecidos como grandes músicos. Se já eram casados, ou se já estavam separados, precisaria pesquisar melhor. Só sei que a química entre os dois funciona perfeitamente aqui. Sai faísca desse CD.

Bela Bartok (1881-1945): Sonata for 2 Pianos and Percussion, BB 115, W. A. Mozart (1756-1791): Andante and Five Variations in G for Piano (4-Hands), K.501, Debussy: En blanc et noir, L.134

(01) Bártok – Sonata for 2 Pianos and Percussion, BB 115 (Sz.110), 1. Assai lento – Allegro molto
(02) Sonata for 2 Pianos and Percussion, BB 115 (Sz.110), 2. Lento ma non troppo
(03) Sonata for 2 Pianos and Percussion, BB 115 (Sz.110), 3. Allegro non troppo
(04) Mozart – Andante and Five Variations in G for Piano (4-Hands), K.501, 1. Thema
(05) Andante and Five Variations in G for Piano (4-Hands), K.501, 2. Var.1
(06) Andante and Five Variations in G for Piano (4-Hands), K.501, 3. Var.2
(07) Andante and Five Variations in G for Piano (4-Hands), K.501, 4. Var.3
(08) Andante and Five Variations in G for Piano (4-Hands), K.501, 5. Var.4
(09) Andante and Five Variations in G for Piano (4-Hands), K.501, 6. Var.5
(10) Debussy – En blanc et noir, L.134, 1. Avec emportement
(11) En blanc et noir, L.134, 2. Lent. Sombre
(12) En blanc et noir, L.134, 3. Scherzando

Martha Argerich & Stephen Kovacevich – Pianos
Willy Goudswaard, Michael de Roo – Percussions

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Martha Argerich e Stephen Kovacevich: até hoje na ativa
Martha Argerich e Stephen Kovacevich: até hoje na ativa

FDP [revalidado por Vassily em 20/1/2021]