BRUCKNER
Sinfonia No. 8
Wiener Philharmoniker
Herbert von Karajan
‘Os tempos nas partituras originais [Ed. Haas] de Bruckner são bem mais simples do que parecem em algumas edições posteriores [Ed. Nowak]. Bruckner frequentemente quer uma pequena modificação no tempo e escreve ‘lagsamer’ (mais devagar). No entanto, alguns regentes diminuem o tempo por cerca de trinta por cento! Não, é bem mais sutil do que isso – como uma valsa vienense. Ninguém jamais editou uma valsa vienense (marcar na partitura), todas as inflexões de tempo ficariam horríveis no papel’. HvK

Karajan passou para a história como o maior regente que já houve, pelo menos como figura midiática de referência na música clássica, a despeito de nomes como Toscanini e Furtwängler. Certamente o período histórico pelo qual sua figura esteve presente nas diversas mídias contribuíram para formar essa imagem. Um misto de herói e vilão, que em geral polariza as pessoas – os que o adoram e os que o detestam – um tipo Darth Vader da batuta.
Eu tenho pouco interesse pelas inúmeras gravações que ele fez, especialmente na última década à frente da igualmente mítica Berliner Philharmoniker, de repertório tão amplo quanto o espectro dos antibióticos de última geração. No entanto, sua habilidade para lidar com o tempo, sua capacidade de concentração, o tornavam ótimo intérprete de um repertório que incluía obras de Bruckner, Sibelius e Richard Strauss, para citar alguns. Sem contar a admiração que tinha por algumas dessas obras, como a Sétima e a Oitava Sinfonias de Bruckner. A Sinfonia No. 8 teve papel fundamental em sua carreira.
Em 1944, quando ainda era chamado de Heribert, ele convenceu a direção da Rádio Alemã a fazer uma gravação de estúdio da Oitava de Bruckner, o que ocorreu entre junho e setembro de 1944. Apesar do primeiro movimento ter se perdido, essa gravação sobrevive, incluindo a gravação em estéreo experimental do último movimento.
Com a morte de Furtwängler em 1954, Karajan foi eleito regente da Berliner Philharmoniker, que ainda estava sendo reconstruída. As gravações com a orquestra recomeçaram em 1957 e, após vários concertos, eles finalmente gravaram a sinfonia em maio de 1957, com a produção de Walter Legge. Essa gravação foi lançada na versão mono, uma das teimosias de Walter Legge, e só alguns anos depois a versão estéreo foi disponibilizada, sob demanda. [Aguarde postagem em futuro próximo.]

Mas, como tudo, até contrato vitalício chega ao fim, tem que acabar, e a relação entre o Herr Direktor e a orquestra se deteriorou ao ponto de rompimento. E como o monge perde a túnica, mas não o hábito, Herbert seguiu regendo as Sinfonias de Bruckner, agora com a Wiener Philharmoniker. Essa gravação ocorreu em 1988, pouco tempo antes da morte do maestro. Eu gosto dessa gravação pois acho que nesse momento de despedida dessa obra que lhe era tão cara nos legou um registro de altíssimo nível, marcando o fim de uma era. A melhor orquestra austríaca regida por um de seus mais notórios maestros com a música que ele adorava. Vale a pena conferir…
Anton Bruckner (1824 – 1896)
Sinfonia No. 8 em dó menor
[Versão 1890 – Edição: Robert Haas]
- Allegro moderato
- Scherzo: Allegro moderato
- Adagio: Feierlich langsam; doch nicht schleppend
- Finale: Feierlich, nicht schnell
Wiener Philharmoniker
Herbert von Karajan
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
FLAC | 347 MB
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MP3 | 189 MB
Gravado em: 14 – 11 – 1988
Local da gravação: Grosser Saal, Musikverein, Wien
Penguin Guide: Rosette
Recorded the year before he died, this might stand as a spiritual testament to Karajan’s relationship with this work. — James Jolly, Gramophone Magazine
Gramophone Magazine: 100 Greatest Recordings
Aproveite!
René Denon

![BRUCKNER 200 ANOS! Anton Bruckner (1824 – 1896): Sinfonia No. 8 em dó menor [Versão 1890 – Edição R. Haas] – Wiener Philharmoniker – Herbert von Karajan ֍](https://pqpbach.ars.blog.br/wp-content/uploads/2024/01/5-moderne_aera_1920x1008_innenteil.jpg__1170x680_q85_crop_subject_location-1554247_subsampling-2-960x558.jpg)









IM-PER-DÍ-VEL !!!
O número de vezes que Bernard Haitink gravou a 4ª Sinfonia de Bruckner com diversas orquestras… Garanto que ele gravou em Viena, Londres (esta aqui, ao vivo) e Amsterdam (claro) e que deve ter apresentado a obra pela Europa inteira. Obviamente, era um especialista no compositor e ele novamente não nos decepciona, realizando uma gravação redonda e bela, apesar de mais branda que o habitual. Também, este é um registro quando o grande maestro já tinha 82 anos. O primeiro movimento está sensacional, mas depois parece que a coisa cai um pouco. Contribui para isso o fato de que achei o som meio ruim. O som está seco e os instrumentos (particularmente as madeiras, percussão e cordas graves) soam abafados. O resultado está longe do “som sensacional” que o LSO Live costuma apresentar. Um dos prazeres da música de Bruckner é o grandioso e visceral som orquestral que sua música atinge. Esta versão soa estranha. Mas é Haitink, né?





![BRUCKNER 200 ANOS! Anton Bruckner (1824-1896): Sinfonia No. 9 – Berliner Philharmoniker & Herbert von Karajan [Gravação de 1966] ֎](https://pqpbach.ars.blog.br/wp-content/uploads/2023/07/69c.jpg)

































































