.: interlúdio :. D’Elboux / Beethoven / Bruckner / Borodin / Bach: Meus Dois Mundos (Tau Ceti)

José Eduardo D’Elboux é um pequepiano. Volta e meia ele comenta algum post, está sempre por aí. Há poucos anos, ele me mandou este CD que eu ouvi e deixei de lado por estar passando uma fase meio anti-rock progressivo. Mas hoje o peguei gostei muito do que ouvi. Os clientes da Livraria Bamboletras (2 links) também. As pergutavam o que era aquilo e o José Eduardo ficaria feliz porque um deles perguntou se era o ELP. Achei ótimo e muito divertido. Ele é dividido em duas partes: a primeira composta por D’Elboux sozinho ou com parceiros e a segunda com arranjos de eruditos de outrem ou par D’Elboux.

Como disse, às vezes, D’Elboux soa muito como o grupo que mais admira, o Emerson, Lake & Palmer, mas sua voz natural me parece mais tranquila do que com a fúria habitual dos ingleses. Gostei muito dos arranjos de eruditos. Seu Coriolano e o início da Sinfonia Nº 4, Romântica, de Bruckner, ficaram excelentes, assim como a Toccata e Fuga em Ré Menor, BWV 565, de Bach.

D’Elboux fez sua vida como engenheiro. Foi uma opção consciente. “Especialmente no Brasil, onde o tipo de música que gosto é pouco divulgada, preferi ter uma carreira como profissional de engenharia (o que também gosto) e levar o lado musical como hobby – mas fazendo exatamente o que eu queria em Música, sem concessões, uma vez que não iria depender financeiramente disso. (…) Foi minha “cabeça-dura”, de insistir no que acredito, que fez, desde meu início em 1982 com as primeiras tentativas de bandas, até formar o Tau Ceti em 1988 (cuja semente já estava em minha banda anterior, o Antares, de 1985), e lançar o primeiro álbum em 1995… Depois de um longo tempo parado, retomando a Música ainda insisti e lancei mais um álbum em 2019, mais de 20 anos depois do primeiro. E, neste, já sem outros músicos que topassem a empreitada, fiz um álbum solo onde me responsabilizei por tudo, desde composições e tocar os teclados, como programar os demais instrumentos, arranjos, produção, etc.”.

Para quem chegou da Lua ontem, o rock progressivo (também abreviado por prog rock ou prog) é um gênero que se desenvolveu na Inglaterra e nos EUA em meados da década de 1960, atingindo o pico no início da década de 1970. O estilo foi uma consequência das bandas psicodélicas que abandonaram as tradições padrão em favor de instrumentação e técnicas de composição mais frequentemente associadas ao jazz ou à música clássica. Elementos adicionais contribuíram para o rótulo de “progressivo”: as letras eram mais poéticas, a tecnologia era aproveitada para novos sons, a música se aproximava da condição de “arte” e o estúdio, mais do que o palco, tornou-se o foco da atividade musical, que muitas vezes envolvia criar música para ouvir em vez de dançar.

.: interlúdio :. D’Elboux / Beethoven / Bruckner / Borodin / Bach: Meus Dois Mundos

Parte 1 — Mundo Prog
1. Prelúdio para Sintetizador (D’Elboux) 1:23
2. D’Elboux is on the Table (D’Elboux) 3:17
3. Boto (D’Elboux / Iantorno) 2:21
4. Tempestades Noturnas (D’Elboux / Cesarino) 2:52
5. Reflexões Ectoplasmáticas (D’Elboux) 4:55
6. Prelúdio-Improviso para Piano (D’Elboux) 5:16

Parte 2 — Mundo Clássico
7. Coriolano (Beethoven / arr. D’Elboux) 5:07
8. Prelúdio para Orquestra (D’Elboux) 1:17
9. Romântica (Bruckner / arr. D’Elboux) 5:12
10. Prelúdio para Órgão (D’Elboux) 1:41
11. Épica (Borodin / arr. D’Elboux) 1:58
12. Antares (D’Elboux) 4:49
13. Toccata (Bach / arr. D’Elboux) 3:36

José Eduardo D’Elboux: teclados e programação

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PQP

9 comments / Add your comment below

  1. Fico muito honrado de estar aqui no PQP Bach, q acompanho há anos e sempre aprendendo e conhecendo novas obras e intérpretes por aqui!!
    Como brinco, a engenharia é a profissão do estômago, mas a Música é a do coração…
    Espero que apreciem!!!
    Grande abraço aos amigos PQPneanos!!!

  2. Muito merecido o comentário elogioso em relação a sua obra de transcrição da música erudita para a música eletrônica notadamente inserida na linguagem PROG a qual a obra do Tau Ceti faz parte. Na época do lançamento do álbum escrevi em meu blog Peculiar PROG a respeito assim como no programa Momento PROG da RST. Comentei na época que faltava um elogio do mundo erudito a respeito pois apesar de isso ser uma constante desde a década de 70 com a evolução do Rock Progressivo nem sempre os acertos foram bons. Houve casos como o citado ELP com uma música que atingiu até o próprio compositor o deixando impressionado. me refiro aqui a Toccata, obra original de Ginastera. Quem dera Bach Bruckner e Beethoven ainda estivessem vivos para poderem tecer comentários a respeito.

  3. Reconhecimento merecido, vale ressaltar o belíssimo arranjo Toccata e demais obras nesse segundo álbum do Tau Ceti.

  4. Parabéns, meu caro D’elboux 👋👋… És merecedor! Desejo-Te: Saúde 🕉️, Sorte 🍀, Sucesso ✨🎉🎶🎵🎼🎹🎷🎸🎧🎤🎊 ✨& Tudo o mais que deseja e sonha o teu belo 💖. Deus Te Abençoe Sempre!!!

  5. Não tenho informações de como é o universo musical de planetas que estão fora do Sistema Solar, mas aqui na Terra não há nada mais interessante do que rock progressivo e música erudita! D”Elboux uniu esses dois mundos em um álbum belíssimo!

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