Brahms, Rachmaninov, Schubert, Ravel: Martha Argerich & Nelson Freire — Salzburg

Brahms, Rachmaninov, Schubert, Ravel: Martha Argerich & Nelson Freire — Salzburg

argerich-freireIM-PER_DÍ-VEL !!!

Um CD perfeito, impecável. Registro ao vivo do concerto apresentado pelos pianistas no Festival de Salzburgo em 2009, este Salzburg é uma enorme demonstração não apenas de talento, mas da integração entre dois artistas de primeiríssima linha. Argerich e Freire são grandes amigos, talvez mais do que isso, e têm há anos estas peças em seu repertório. Apresentaram-nas em Porto Alegre faz uns oito anos e, quando dos autógrafos, levei um vinil com parte daquele repertório gravado pelos dois. A capa (abaixo) era quente, com Martha e Nélson encarando-se como se fossem se atirar um sobre o outro. Martha olhou a capa, pôs a mão sobre a boca, olhou para mim, olhou para a capa e escreveu algo assim: “Mira, yo no era la bruja que soy hoy!”. Me entregou o disco com um enorme sorriso e perguntou se eu tinha gostado do concerto. Respondi com a obviedade esperada. Li a dedicatória. Gaguejei, mas saiu alguma coisa como “Imagina, tu não és e nunca serás uma bruxa!”. Ao lado, Freire leu a dedicatória de Martha, sorriu e apenas assinou ao lado. Tenho o disco até hoje, claro, é uma das minhas poucas relíquias.

A tal capa está no final do post.

Brahms, Rachmaninov, Schubert, Ravel: Martha Argerich & Nelson Freire — Salzburg

Johannes Brahms (1833-1897) — Variations on a Theme by Haydn, ‘St Antoni Chorale’, Op. 56b
1. Variations On A Theme By Haydn,”St. Anthony Variations”, Op. 56b – Chorale St. Antoni: Andante 2:01
2. Variations On A Theme By Haydn, ”St. Anthony Variations”, Op. 56b – Var. I: Andante Con Moto (Poco Più Animato) 1:01
3. Variations On A Theme By Haydn, ”St. Anthony Variations”, Op. 56b – Var. II: Più Vivace 0:57
4. Variations On A Theme By Haydn, ”St. Anthony Variations”, Op. 56b – Var. III: Con Moto 1:45
5. Variations On A Theme By Haydn, ”St. Anthony Variations”, Op. 56b – Var. IV: Andante Con Moto 1:45
6. Variations On A Theme By Haydn, ”St. Anthony Variations”, Op. 56b – Var. V: Poco Presto (Vivace) 0:53
7. Variations On A Theme By Haydn, ”St. Anthony Variations”, Op. 56b – Var. VI: Vivace 1:15
8. Variations On A Theme By Haydn, ”St. Anthony Variations”, Op. 56b – Var. VII: Grazioso Martha Argerich 2:47
9. Variations On A Theme By Haydn, “St. Anthony Variations”, Op. 56b – Var. VIII: Poco Presto 0:49
10. Variations On A Theme By Haydn, ”St. Anthony Variations”, Op. 56b – Finale: Andante 3:55

Sergei Rachmaninov (1873-1943) — Symphonic Dances, Op. 45
11. Symphonic Dances, Op.45 – Two Pianos – 1. Non Allegro 11:17
12. Symphonic Dances, Op.45 – Two Pianos – 2. Andante Con Moto (Tempo Di Valse) 8:11
13. Symphonic Dances, Op.45 – Two Pianos – 3. Lento Assai – Allegro Vivace 12:30

Franz Schubert (1797-1828) — Rondo for Piano 4 hands in A major, D 951 “Grand Rondo”
14. Grand Rondeau In A Major, D 951 – Allegretto Quasi Andantino 11:10

Maurice Ravel (1875-1937) — La valse
15. La Valse – Poème Choréographique – La Valse – Poème Choréographique 12:09

Martha Argerich e Nélson Freire, pianos

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Quente.
Quente.

PQP

Andor Foldes: Wizard of the Keyboard

Andor Foldes: Wizard of the Keyboard

Andor Foldes (1913-1992) pertenceu a uma geração impressionante de músicos húngaros. Como ele, Geza Anda, Gyorgy Sandor, Edith Farnadi, Irene Malik, Annie Fischer — sem levar em conta a elite de regentes famosos (Fricsay, Dorati, Reiner) ou solistas (Szigetti) Dentre eles, Foldes ocupava um lugar de destaque no universo pianístico. Este disco é um tesouro de incrível repertório: Bach, De Falla, Poulenc, Bartok, Beethoven, Liszt, Copland, Barber, Debussy e Chopin .

Foldes foi um músico consumado, inteiramente dedicado a extrair e fazer-nos sentir o espírito de cada peça que ele tocava. Seu nível de musicalidade corre inversamente proporcional à sua fama. Negligenciado e esquecido por muitos, ele representa a estatura de músicos forjados na primeira metade do século XX, como Bartók e Kodály.

Andor Foldes: Wizard of the Keyboard

CD 1:
Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Chromatic Fantasia and Fugue in D minor, BWV 903
1) Fantasia [6:44]
2) Fuga [4:35]
Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)
Piano Sonata No.6 in F, Op.10 No.2
3) 1. Allegro [4:18]
4) 2. Allegretto [3:46]
5) 3. Presto [2:36]
Johannes Brahms (1833 – 1897)
16 Waltzes, Op.39
6) 1. in B [0:48]
7) 2. in E [1:09]
8. 3. in G sharp minor [0:46]
9) 15. in A flat [1:34]
Manuel de Falla (1876 – 1946)
El amor brujo
10) Ritual Fire Dance [3:31]
Francis Poulenc (1899 – 1963)
Nocturnes Nos.1-8
11) No.4 in C minor [1:26]
Claude Debussy (1862 – 1918)
Préludes – Book 1
12) 8. La fille aux cheveux de lin [2:41]
Frédéric Chopin (1810 – 1849)
4 Mazurkas, op.41
13) 2. Mazurka in E minor: Andantino [2:05]
14) Nocturne No.13 in C minor, Op.48 No.1 [5:52]
Franz Liszt (1811 – 1886)
15) Mephisto Waltz No.1, S.514 [10:38]
Béla Bartók (1881 – 1945)
Suite, BB 70, Sz. 62 (Op.14)
16) 1. Allegretto [1:55]
17) 2. Scherzo [1:43]
18) 3. Allegro molto [2:05]
19) 4. Sostenuto [2:53]
Sonata for Piano, Sz. 80 (BB 88)
20) 1. Allegro moderato [4:06]
21) 2. Sostenuto e pesante [5:00]
22) 3. Allegro molto [3:29]
23) Allegro barbaro, BB 63, Sz. 49 [2:29]

CD 2:
Igor Stravinsky (1882 – 1971)
Piano Sonata (1924)
1) 1. Viertel = 112 [3:07]
2) 2. Adagietto [5:05]
3) 3. Viertel = 112 [2:42]
Samuel Barber (1910 – 1981)
Excursions, Op.20
4) 1. Un poco allegro [2:43]
5) 2. In slow blues tempo [3:32]
6) 3. Allegretto [2:28]
7) 4. Allegro molto [2:10]
Aaron Copland (1900 – 1990)
Piano Sonata (1941)
8. 1. Molto moderato [8:21]
9) 2. Vivace [4:38]
10) 3. Andante sostenuto [9:28]
Zoltán Kodály (1882 – 1967)
11) Marosszéki táncok (Dances of Marosszèk) [12:30]
7 Piano Pieces, Op.11
12) 1. Lento [1:40]
13) 2. Székely keserves. Rubato, parlando [2:20]
14) 3. “il pleut dans mon coeur…”. Allegretto malinconico [1:30]
15) 5. Tranquillo [2:04]
16) 6. Székely nóta. Poco rubato [3:08]
Igor Stravinsky (1882 – 1971)
17) Circus Polka for a Young Elephant [3:55]
Virgil Thomson (1896 – 1989)
18) Ragtime Bass in C sharp [1:41]
Isaac Albéniz (1860 – 1909)
19) Tango, Op.165, No.2 [2:46]

Andor Foldes, piano

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Andor Foldes, esse tocava!
Andor Foldes, esse tocava!

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W. A. Mozart (1756-1791) / J. Brahms (1833-1897): Clarinet Quintets

W. A. Mozart (1756-1791) / J. Brahms (1833-1897): Clarinet Quintets

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Os clarinetistas nasceram com o rabo virado para a lua, conforme diria minha mãe. Tanto Mozart quanto Brahms ficaram amigos de clarinetistas ao final de suas vidas, sendo convencidos por este seres soprantes a comporem para o instrumento justo em seus respectivos auges. E houve ainda outros clarinetistas e compositores no mesmo caso, mas Mozart e Brahms foram os mais notórios. Tal fato deu ao instrumento um tremendo repertório. Imaginem que Brahms ainda escreveu duas excepcionais Sonatas para Clarinete e Piano e Mozart seu Concerto K. 622! Bem, este CD é uma joia. Ah, sabem porque os livros de memórias de Erico Verissimo chamam-se Solo de Clarineta I e II? Sim, em função do belíssimo Quinteto de Brahms que comparece neste CD. A coisa é de arrepiar. Vai lá e ouve logo, bagual! Tá esperando o quê?

W. A. Mozart (1756-1791) / J. Brahms (1833-1897): Clarinet Quintets

1 Mozart: Clarinet Quintet in A, K.581 – 1. Allegro 9:20
2 Mozart: Clarinet Quintet in A, K.581 – 2. Larghetto 6:41
3 Mozart: Clarinet Quintet in A, K.581 – 3. Menuetto 6:45
4 Mozart: Clarinet Quintet in A, K.581 – 4. Allegretto con variazioni 9:00

5 Brahms: Clarinet Quintet in B minor, Op.115 – 1. Allegro 13:09
6 Brahms: Clarinet Quintet in B minor, Op.115 – 2. Adagio 11:07
7 Brahms: Clarinet Quintet in B minor, Op.115 – 3. Andantino – Presto non assai, ma con sentimento 4:49
8 Brahms: Clarinet Quintet in B minor, Op.115 – 4. Con moto 8:50

David Shifrin, clarinete
Emerson String Quartet

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Mandando bala: Emerson String Quartet, da esquerda para a direita: Eugene Drucker, Philip Setzer, David Shifrin, David Finckel e Lawrence Dutton, durante o Quinteto para Clarinete de Mozart
Mandando bala: o Emerson String Quartet com Shifrin. Acompanhe da esquerda para a direita: Eugene Drucker, Philip Setzer, David Shifrin, David Finckel e Lawrence Dutton, durante o Quinteto para Clarinete de Mozart

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Songs of Brahms, Sibelius, Stenhammar…

Songs of Brahms, Sibelius, Stenhammar…


Estou trabalhando muito para disponibilizar uma série dedicada à música dos nossos dias. Compositores relativamente jovens (50 anos, o limite) serão trazidos aqui para que possamos ter um panorama bem geral da música contemporânea. Mas não se enganem, não são compositores de beira de esquina tentando um lugar ao sol. Falo daqueles que já são relativamente reverenciados pela imprensa especializada, mas que são completamente desconhecidos nesse nosso país de bananas. Enfim, em breve veremos eles por aqui…

Hoje trago um disco que é muito importante para mim, e motivado também pelo desafio de um dos nossos ouvintes. Um disco com canções de Brahms, Sibelius e Stenhammar. Não vou escrever uma linha, pois é completamente desnecessário.

Gravação em 320 Kbps.

Faixas:

Brahms
1. Funf Lieder, Op.105: Like Melodies it Moves
2. Funf Lieder, Op.105: Ever Lighter Grows my Slumber
3. Funf Lieder, Op.105: Lament
4. Funf Lieder, Op.105: In The Churchyard
5. Funf Lieder, Op.105: Betrayal

Sibelius
6. The Dream, Op.13 No.5
7. Until the Evening, Op.17 No.6
8. Splinters on the Water, Op.17 No.7
9. Black Roses, Op.36 No.1
10. Rushes, Whisper! Op.36 No.4
11. Diamond on the March Snow, Op.36 No.6
12. The First Kiss, Op.37 No.1
13. Was it a Dream? Op.37 No.4

Stenhammar
14. Prince Aladdin of the Lamp, Op.26 No.10
15. Adagio, Op.20 No.5
16. Starry Eye, Op.20 No.1
17. Florez och Blanzeflor, Op.3

Brahms
18. Four Serious Songs, Op.121: Prediger Salomo, Cap.3; For it Goes with Men as with Beasts
19. Four Serious Songs, Op.121: Prediger Salomo, Cap.3; So I Returned, & Considered All
20. Four Serious Songs, Op.121: Jesus Sirach, Cap.41; O Death, How Bitter Thou art
21. Four Serious Songs, Op.121: S. Pauli and die Corinther I, Cap.13; Though I Speak with the Tongues…

Håkan Hagegård (baritone)
Warren Jones (piano)

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Você pensa que não conhece Håkan Hagegård mas conhece sim. Ele esteve na fantástica montagem de Ingmar Bergman para "A Flauta Mágica" de Mozart.
Você pensa que não conhece Håkan Hagegård mas conhece sim. Ele esteve na fantástica montagem de Ingmar Bergman para “A Flauta Mágica” de Mozart.

CDF

Johannes Brahms (1833-1897): As 4 Sinfonias, Aberturas, Lieder, Variações sobre um Tema de Haydn (Abbado)

Johannes Brahms (1833-1897): As 4 Sinfonias, Aberturas, Lieder, Variações sobre um Tema de Haydn (Abbado)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Sim, resolvi partir para a ignorância. Todas as sinfonias de Brahms e mais as aberturas, “raposódias” e outros que tais com a Filarmônica de Berlim sob a batuta do saudoso Claudio Abbado. Se alguém tinha dúvidas sobre a genialidade de Abbado, este quarteto de CDs as pulveriza e o coloca no Olimpo dos regentes juntamente com poucos outros. Ah, não pensem que vou ficar postando sempre os CDs de quatro em quatro. Não se acostumem, OK?

Johannes Brahms (1833-1897): As 4 Sinfonias, Aberturas, Lieder, Variações sobre um Tema de Haydn (Abbado)

Disc: 1

1. Academic Festival Overture, Op 80 – Allegro – L’istesso tempo, un poco maestoso – Animato – Maestoso

2. Song of the Fates, Op 89 – Gesang der Parzen, Op.89 – Rundfunkchor Berlin, Dietrich Knothe

Sinfonia Nº 1
3. 1. Un poco sostenuto – Allegro – Meno allegro
4. 2. Andante sostenuto
5. 3. Un poco allegretto e grazioso
6. 4. Adagio – Piu andante – Allegro non troppo, ma con brio – Piu allegro

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Disc: 2

1. Alto Rhapsody – “Aber abseits wer ist’s?” Adagio-Poco Andante-Adagio – Marjana Lipovsek, Ernst Senff Chor

Sinfonia Nº 2
2. 1. Allegro non troppo
3. 2. Adagio non troppo – L’istesso tempo, ma grazioso
4. 3. Allegretto grazioso ( Quasi andantino) – Presto ma non assai
5. 4. Allegro con spirito

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Disc: 3

1. Tragic Overture, Op.81

2. Schicksalslied, Op.54 – Ernst Senff Chor

Sinfonia Nº 3
3. 1. Allegro con brio – Un poco sostenuto – Tempo I
4. 2. Andante
5. 3. Poco allegretto
6. 4. Allegro

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Disc: 4

1. Variations on a Theme by Haydn, Op.56a

2. Nänie von Friedrich Schiller, für Chor und Orchester, Op.82 – Rundfunkchor Berlin, Dietrich Knothe

Sinfonia Nº 4
3. 1. Allegro non troppo
4. 2. Andante moderato
5. 3. Allegro giocoso – Poco meno presto – Tempo I
6. 4. Allegro energico e passionato – Più allegro

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Berliner Philharmoniker
Claudio Abbado

hbrtg
Saudades do Abbado

PQP

Brahms, Bach, Ravel, Chausson, Waxman: Música para violino e piano

Brahms, Bach, Ravel, Chausson, Waxman: Música para violino e piano

Este disco é bom demais, mas tem limitações, sabem? O Brahms é MESMO NOTÁVEL, o Bach é LINDO DE MORRER, o Ravel é EXTRAORDINÁRIO, mas depois o pequepiano de verdade deverá desligar o computador ou o CD Player porque a coisa fica suspeita. Após uma transição meio estranha a cargo de Chausson — um francês que achei mela-cueca — , o tal Waxman faz um medley de Carmen que é das piores coisas que ouvi ultimamente. OK, o CD tem cara de recital. Daquele gênero de recital que começa com o filé e termina com aquela concessão ao gosto do público mais vulgar. É um estilo do qual não gosto. Mas, como diz Milton Ribeiro, futebol é bola na rede e o resto é secundário. Então ouçam o que e como quiserem. Mas de uma coisa tenham certeza, esses armênios aê são bons pra caralho.

Brahms, Bach, Ravel, Chausson, Waxman: Música para violino e piano

Brahms:
1. Violin Sonata No. 3 in D minor Op. 108: I. Allegro
2. Violin Sonata No. 3 in D minor Op. 108: II. Adagio
3. Violin Sonata No. 3 in D minor Op. 108: III. Un poco presto e con sentimento
4. Violin Sonata No. 3 in D minor Op. 108: IV. Presto agitato
Bach:
5. Ciaccona from Partita No.2 in D minor, BWV 1004 for violin solo
Ravel:
6. Tzigane, Rhapsodie de Concert
Chausson:
7. Poème Op. 25
Waxman:
8. Carmen Fantasie for Violin and Piano base on Themes from the Opera of Georges Bizet

Sergey Khachatryan, Violino
Lusine Khachatryan, Piano
Vladimir Khachatryan, Piano

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Sergey e Lusine Khachatryan, não encontramos Vladímir
Sergey e Lusine Khachatryan, não encontramos Vladímir

PQP

Johannes Brahms (1833-1897) – Vioin Concerto & Double Concerto – Perlman, Rostropovich, Haitink, Giulini, CSO, RCO

21V0KXQC1YLFaz tempo que o Concerto Duplo de Brahms não aparece por aqui, então resolvi traze-lo novamente, além do Concerto para Violino do mesmo Brahms,  duas gravações que entraram no panteão das grandes gravações e que trazem o maior violinista de sua geração, Itzhak Perlman muito bem acompanhado: no Concerto Duplo temos simplesmente Rostropovich, que dispensa apresentações, assim como Haitink e a excepcional Orquestra do Concertgebow de Amsterdam, considerada a melhor orquestra do mundo das últimas décadas. A gravação com o Giulini do Concerto para violino já apareceu por aqui, nos primórdios do blog.

9190b5UPPIL._SX522_Como diria nosso querido Carlinus, uma boa apreciação !!!

01 Double Concerto for Violin and Cello in A Minor, Op.102_ I. Allegro
02 Double Concerto for Violin and Cello in A Minor, Op.102_ II. Andante
03 Double Concerto for Violin and Cello in A Minor, Op.102_ III. Vivace non troppo

Itzhak Perlman – Violin
Sviatoslav Rostropovich – Cello
Royal Concertgebow Orchestra

04 Violin Concerto in D, Op.77_ I. Allegro non troppo
05 Violin Concerto in D, Op.77_ II. Adagio
06 Violin Concerto in D, Op.77_ III. Allegro giocoso, ma non troppo vivace

Itzhak Perlman – Violin
Chicago Symphony Orchestra
Carlo Maria Giulini

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Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Trios nº 2 e Op. posth. in A Major – Beaux Arts Trio

41nALOt0OALDia destes nosso mentor PQPBach trouxe os Trios de nº 1 e 3, e hoje completo o pacote com os de nº 2 e 4, porém com outros intérpretes, talvez o principal intérprete destas obras, o Beaux Arts Trio.

Chamar estas peças de obras primas é chover no molhado. O sentido e a capacidade de coesão que comentei dia destes nos trios de Haydn mais do que nunca se fazem sentir aqui.  Muitas vezes pensamos se tratar de um único instrumento tocando, tamanha a empatia que existia entre os músicos. Coisa de gente grande. Nenhum deles procura se destacar mais do que o outro, a linguagem é clara, não existem subterfúgios. Com estes caras, a música de Brahms se mostra ainda mais brahmsiniana, com o perdão desta retórica tola. Prefiro citar o biógrafo de Brahms, Malcolm McDonald, quando comenta o segundo trio, em Dó maior:

“(…) o em dó maior é não menos opulento – provavelmente é ainda mais – em sua profusão de material, mas a elaboração é magistral em sua economia, de modo que a obra inteira é de registro moderado, quase sem uma nota perdida. Embora em tons escuros, Brahms não encontra nenhuma claridade superficial em dó maior: a tonalidade gera a partir dele música viril e bem humorada, com um intenso sentido de finalidade. (…)  O violino e o violoncelo são tratados como uma unidade isolada, duplicando-se um ao outro em oitavas e terças, com o fim de contrabalançar eficientemente com o piano.”

Mas vamos ao que viemos.

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Trios nº 2 e Op. posth. in A Major – Beaux Arts Trio

01. Piano Trio in C major, op. 87 – I. Allegro
02. Piano Trio in C major, op. 87 – II. Andante con moto
03. Piano Trio in C major, op. 87 – III. Scherzo. Presto
04. Piano Trio in C major, op. 87 – IV. Finale. Allegro giocoso
05. Piano Trio in A major, op. posth. – I. Moderato
06. Piano Trio in A major, op. posth. – II. Vivace – Trio
07. Piano Trio in A major, op. posth. – III. Lento
08. Piano Trio in A major, op. posth. – IV. Presto

Beaux Arts Trio

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FDP

Johannes Brahms (1833-1897) – Sinfonia nº1 in C Minor, op 68, Robert Schumann (1810-1856) – Sinfonia nº1, op. 38 ‘Primavera’ – Karajan, Berliner Philharmoniker

51ayHlJYkmLPois  bem, resolvi fuçar meu acervo e principalmente as gravações que tenho da coleção Originals, da Deutsche Grammophon e tenho reencontrado diversos cds que merecem ser trazidos para os senhores. Comecei com os concertos para piano de Beethoven com o Wilhelm Kempff, e agora trago Karajan regendo a monumental Sinfonia nº 1 de Brahms, a sinfonia das sinfonias, em minha modesta opinião.
Já comentei que minha relação com esta gravação do Karajan é muito pessoal, por isso a considero a melhor já realizada, apesar de obviamente saber da qualidade das versões de Fützwangler e a do Toscanini, gravadas ainda em Mono, e creio que já postadas por aqui. Enfim, aquele momento em que ouvi esta impressionante versão do Karajan era um momento muito particular de minha vida, e ela de certa forma supriu determinada carência que não vem ao caso discutir. Na época até comentei com um amigo que parecia que eu estava tendo uma visão, entrando no Nirvana, ou algo do gênero, eramos apenas eu e aquela música maravilhosa. O resto era silêncio. É incrível o efeito que a música de Brahms exerce sobre mim,nem sei explicar. Por isso vou seguir em frente.
A outra gravação deste CD é a belíssima Sinfonia Primavera de Schumann, o amigão de Brahms. Ao contrário da sinfonia deste, a obra de Schumann evoca um estado de espírito mais elevado, mais alegre, contrastando com a sobriedade da obra brahmsiana. Não por acaso é chamada de ‘Primavera’.

01. Brahms – Symphony No. 1, Mvt. 1 – Un poco sostenuto – Allegro
02. Symphony No. 1, Mvt. 2 – Andante – sostenuto
03. Symphony No. 1, Mvt. 3 – Un poco allegretto e grazioso
04. Symphony No. 1, Mvt. 4 – Adagio – Allegro non troppo ma co
05. Schumann Symphony No. 1, Mvt. 1 – Andante un poco maestoso – Alle
06. Symphony No. 1, Mvt. 2 – Larghetto – (attacca)
07. Symphony No. 1, Mvt. 3 – Scherzo. Molto vivace
08. Symphony No. 1, Mvt. 4 – Allegro animato e grazioso

Berliner Philharmoniker
Herbert von Karajan – Conductor

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Johannes Brahms (1833-1897): Piano Trios 1 & 3

Johannes Brahms (1833-1897): Piano Trios 1 & 3

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este Trio Nº 1, Op. 8, é uma comprovação de que Brahms nasceu pronto. É obra de um jovem compositor maduro. É um repertório incontornável do período romântico. Você tem que conhecer. Simples assim.

Como se não bastasse o trocadilho infame que o nome Brahms sugere a nós, brasileiros, ele era filho de um contrabaixista de Hamburgo que tocava em cervejarias… E, a partir dos dez anos de idade, o pequeno Johannes passou a trabalhar como pianista com seu pai, nas tabernas. Não sabemos se estas atividades foram nocivas à saúde do menino, sabemos apenas que ele, mais tarde, fez bom uso de seu conhecimento sobre o repertório popular alemão. Brahms teve apenas dois professores, ambos durante a infância e adolescência. Ainda muito jovem, ficou pronto para compor após estudar Bach, Mozart e Beethoven.

Começou a compor cedo e, antes de completar 20 anos, seu Scherzo opus 4 já tinha entusiasmado e revelado afinidades com Schumann, a quem Brahms ainda desconhecia. Foi visitar Schumann e então os fatos são mais conhecidos: primeiro, Schumann escreve em seu diário “Visita de Brahms, um gênio!”, depois publica artigo altamente elogioso ao compositor, fazendo com que o jovem Brahms tivesse a melhor publicidade que um artista pudesse desejar. Schumann o considerava um filho espiritual e a esposa de Schumann, Clara, chamava-o de seu “deus loiro”. Muitas hipóteses são possíveis sobre a relação entre Clara e Brahms, mas só uma coisa é certa: eles destruíram a maior parte das cartas que dizia respeito a ela. Porém, a versão de que houve um forte componente amoroso na relação entre os dois dá margem a muitas conjeturas e ficções.

A música de câmara de Brahms é um verdadeiro tratado sobre a humanidade. Foi um compositor originalíssimo. Suas obras representam uma tentativa única de fusão entre a expressividade romântica e as preocupações formais clássicas. O resultado é uma música de grande densidade e intensidade. Foi, em sua época, adotado pelos conservadores. Ele colaborou bastante com esta adoção ao assinar um manifesto contra a chamada escola neo-alemã de Liszt e Wagner. Porém… teve tal imerecido estigma quebrado pelo famoso ensaio de Schoenberg: “Brahms, o Progressista”.

Johannes Brahms (1833-1897): Piano Trios 1 & 3

Piano Trio No.1 in B major, Op.8
01. I. Allegro
02. II. Scherzo- Allegro molto
03. III. Adagio
04. IV. Allegro

Piano Trio No.3 in C minor, Op.101
05. I. Allegro energico
06. II. Presto non assai
07. III. Andante grazioso
08. IV. Allegro molto

Gutman Trio
Sviatoslav Moroz, violino
Natalia Gutman, cello
Dmitri Vinnik, piano

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O Trio Gutman
O Trio Gutman

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Johannes Brahms (1833-1897) – Concerto para Violino in D, op. 77 – Szeryng, Monteux, LSO

71g-Rr+A3yL._SX522_Provavelmente o Concerto para Violino de Brahms seja o meu concerto favorito para violino. Como sou um colecionador compulsivo de CDs, não sei dizer, talvez um dia conte, o número de versões que possuo.

Em minha modesta opinião este CD que ora vos trago é mais um daqueles casos em que o céus conspiraram para que tudo desse certo. O maestro Pierre Monteux se reuniu com o grande violinista Henrik Szeryng é produziram um dos grandes momentos da indústria fonográfica, para o nosso deleite. Excepcionais músicos reunidos, tocando um dos maiores concertos para violino já compostos.
Espero que apreciem.

Johannes Brahms (1833-1897) – Concerto para Violino in D, op. 77 – Szeryng, Monteux, LSO

01. Brahms – Violin Concerto in D, Op.77 I. Allegro non troppo [Cadenza Joseph Joachim]
02. Brahms – Violin Concerto in D, Op.77 II. Adagio
03. Brahms – Violin Concerto in D, Op.77 III. Allegro giocoso, ma non troppo vivace

Henrik Szeryng – VIolin
London Symphony Orchestra
Pierre Monteux — Conductor

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Hilary Hahn Spetacular – Beethoven, Brahms, Mendelssohn, Barber, Stravinsky, Shostakovich

CoverEu chamaria essa coleção de “Retrato do Artista Enquanto Jovem”, no lugar de ‘Spetacular’, título este um tanto quanto exagerado no meu entender, já que são gravações do início da carreira da artista, antes de assinar contrato com  a Deutsche Grammophon, mas tudo bem.
Mas enfim, a coleção serve para mostrar a evolução de Hilary Hahn enquanto artista. A carreira da violinista norte americana já está mais do que consolidada, e sua agenda sempre está cheia, se apresentando ao redor do mundo. São três cds, trazendo alguns dos principais concertos para violino, desde Beethoven até Barber, passando por Brahms, Mendelssohn, Stravinsky e Shostakovich.
Espero que apreciem. Conheço bem estas gravações, pois acompanho sua carreira já desde o início dos anos 2000, quando ela começou a se destacar nas salas de concerto.
Então vamos ao que viemos.

CD 1

01 Mendelssohn: Violin Concerto In E Minor, Op. 64 – 1. Allegro Molto Appassionato
02 Violin Concerto In E Minor, Op. 64 – 2. Andante
03 Violin Concerto In E Minor, Op. 64 – 3. Allegretto Non Troppo

Oslo Symphony Orchestra
Hugh Wolff – Conductor

04 Beethoven: Violin Concerto In D, Op. 61 – 1. Allegro Ma Non Troppo
05 Violin Concerto In D, Op. 61 – 2. Larghetto
06 Violin Concerto In D, Op. 61 – 3. Rondo: Allegro

Baltimore Symphony Orchestra
David Zinman – Conductor

CD 2

01 Brahms – Concerto in D Major for Violin and Orchestra, Op. 77: I. Allegro non troppo
02 Concerto in D Major for Violin and Orchestra, Op. 77: II. Adagio
03 Concerto in D Major for Violin and Orchestra, Op. 77: III. Allegro giocoso, ma non troppo vivace
04 Stravinsky – Concerto in D for Violin and Orchestra (1931): I. Toccata
05 Concerto in D for Violin and Orchestra (1931): II. Aria I
06 Concerto in D for Violin and Orchestra (1931): III. Aria II
07 Concerto in D for Violin and Orchestra (1931): IV. Capriccio

Academy of Saint-Martin in the Fields
Neville Marrimer – Conductor

CD 3

01 Shostakovich: Violin Concerto #1 In A Minor, Op. 77 – 1. Nocturne
02 Shostakovich: Violin Concerto #1 In A Minor, Op. 77 – 2. Scherzo
03 Shostakovich: Violin Concerto #1 In A Minor, Op. 77 – 3. Passacaglia
04 Shostakovich: Violin Concerto #1 In A Minor, Op. 77 – Cadenza
05 Shostakovich: Violin Concerto #1 In A Minor, Op. 77 – 4. Burlesque

Oslo Symphony Orchestra
Hugh Wolff – Conductor

06 Barber: Violin Concerto, Op. 14 – 1. Allegro
07 Barber: Violin Concerto, Op. 14 – 2. Andante
08 Barber: Violin Concerto, Op. 14 – 3. Presto In Moto

Saint Paul Chamber Orchestra
Hugh Wolff – Conductor

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Johannes Brahms (1833-1897): Integral dos Quartetos para Piano (Capuçons / Caussè / Argelich)

Johannes Brahms (1833-1897): Integral dos Quartetos para Piano (Capuçons / Caussè / Argelich)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este repertório é magnífico, trata-se de expressões artísticas da maior qualidade, verdadeiros tesouros humanistas. Por isto, é uma temeridade enfrentá-los. A música parece crescer e crescer a cada audição, tantos são os detalhes. O grupo ao lado realiza um trabalho de excelente nível, mas não alcança as alturas a que chegaram o Beaux Arts e o somatório Amadeus + Gilels. Mas estamos falando de semideuses. É óbvio que há poucos programas em todo o universo do que ouvir este álbum duplo da Erato. Se você tiver alguma dúvida disso, vou ficar muito desconfiado de você, seu tolinho.

Johannes Brahms (1833-1897): Integral dos Quartetos para Piano

Piano Quartet No. 1, Op.25
(01) I._Allegro
(02) II._Intermezzo._Allegro_ma_non_troppo…
(03) III._Andante_con_moto
(04) IV._Rondo_alla_Zingarese._Presto

Piano Quartet No. 3, Op. 60
(05) I._Allegro_non_troppo
(06) II._Scherzo._Allegro
(07) III._Andante
(08) IV._Finale._Allegro_comodo

Piano Quartet No. 2, Op. 26
(09) I._Allegro_non_troppo
(10) II._Poco_adagio
(11) III._Scherzo._Poco_allegro_-_Trio
(12) IV._Finale._Allegro

Renaud Capuçon, violino
Gautier Capuçon, cello
Gérard Caussé, viola
Nicholas Angelich, piano

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Brahms: denso e fodão
Brahms: denso e fodão

PQP

Johannes Brahms (1833-1897) – Violin Concerto in D Major, op. 77, Robert Schumann (1810-1856) – Violin Concerto in D Minor – Bell, Cleveland Orchestra, von Dohnányi

frontUm grande, mas grande CD. Nunca prestei muita atenção nesse garoto até ouvir essa sua gravação do meu amado concerto para violino de Brahms. Que delicadeza e que sensibilidade, e diria mais, que maturidade para um jovem de 29 anos, idade que Joshua Bell tinha quando encarou esse desafio. Sempre digo que o meu parâmetro de comparação para este concerto é a gravação de David Oistrack lá em meados da década de 50. E esta gravação de Bell pode facilmente ser colocada nesta minha lista dos Top Ten deste concerto. Claro, ele ainda vai gravar esta obra outras vezes, e tenho certeza de que vai se superar. Infelizmente talvez não tenha a presença deste excepcional maestro, Cristoph von Dohnányi e sua Cleveland Orchestra, um dos melhores conjuntos orquestrais norte americanos desde que George Szell o dirigiu. Aliás,não por acaso, é com Szell que Oistrakh gravou a gravação definitiva deste concerto,. e com esta mesma orquestra. Antes que eu fale do concerto de Schumann, preciso lembrar que o próprio Bell escreveu a cadenza… que grande músico. Prestem atenção no segundo movimento, senhores, uma das mais belas páginas da obra de Brahms, e me digam se não se emocionaram. Poucas vezes ouvi este movimento tocado com tanta paixão.

Mas enfim, não considero o concerto de Schumann no mesmo nível do de Brahms, não sei, algo nele não me convence. Mas ele tem seus defensores, e os respeito. Mas não gosto… falta aquele algo que Schumann conseguiu colocar em seu magnífico concerto para Violoncelo, ou até mesmo no Concerto para Piano. Falta uma identidade, sei lá… Porém, Bell o toca com propriedade e conhecimento de causa, como um grande músico o faria.

01. Brahms – Violin Concerto In D Major, Op. 77 I. Allegro non Troppo
02. Brahms – Violin Concerto In D Major, Op. 77 II. Adagio
03. Brahms – Violin Concerto In D Major, Op. 77 III. Allegro Giocoso Ma Non Trop
04. Schumann – Violin Concerto In D Minor I. In kraeftigem, nicht zu schnellem Tempo
05. Schumann – Violin Concerto In D Minor II. Langsam
06. Schumann – Violin Concerto In D Minor III. Lebhaft, doch nicht schnell

Joshua Bell – Violin
Cleveland Orchestra
Christoph von Dohnányi – Conductor

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Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concertos, Handel Variations, Waltzes – Fleischer, Szell, Cleveland Orchestra

51GBlA0YBfLEis a histórica gravação dos concertos para piano de Brahms com o pianista Leon Fleischer acompanhado pelo grande maestro húngaro George Szell nos tempos em que este dirigia a Orquestra de Cleveland. Trata-se daquelas gravações obrigatórias em qualquer CDteca, indispensáveis. São estas as gravações que servem de parâmetro para outras que vieram depois dela. E não foram poucas. Importante destacar que elas foram realizadas em 1956, ou seja, no início do Stereo, então apenas os concertos foram assim gravados, enquanto que as outras peças foram gravadas em Mono. Mas a qualidade da gravação é tão boa que não faz muita diferença. Nota dez para os engenheiros da CBS que realizaram essa gravação.

Dentre as que conheço esta seria a minha lista de gravações favoritas destes concertos:

– Kovacevich / Davis
– Gilels / Jochum
– Fleischer / Szell
– Pollini / Bohm (creio que ele gravou apenas o primeiro concerto com o Karl Böhm. O segundo foi gravado com o Abbado
– Freire / Chailly
– Brendel / Abbado

Sir Clifford Curzon também tem um registro magnífico com o mesmo George Szell para o Concerto de nº1.
Aceito sugestões, para quem sabe, mais a frente, fazer uma série de postagens apenas com essas gravações mencionadas, e algumas delas já apareceram por aqui.

CD 1

1. Piano Concerto No. 1 in D minor, Op. 15: I. Maestoso
2. Piano Concerto No. 1 in D minor, Op. 15: II. Adagio
3. Piano Concerto No. 1 in D minor, Op. 15: III. Rondo. Allegro non troppo
4. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Aria
5. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation I
6. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation II
7. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation III
8. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation IV: Risoluto
9. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation V: Espressivo
10. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation VI
11. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation VII: Con vivacità
12. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation VIII
13. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation IX: Poco sostenuto
14. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation X
15. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation XI
16. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation XII
17. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation XIII: Largamente, ma non più
18. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation XIV
19. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation XV
20. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation XVI
21. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation XVII: Più mosso
22. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation XVIII
23. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation XIX: Leggiero e vivace
24. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation XX
25. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation XXI
26. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation XXII
27. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation XXIII
28. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation XXIV
29. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Variation XXV
30. Variations (25) and Fugue on a Theme of Handel, for piano, in B flat major, Op. 24: Fuga

CD 2

1. Piano Concerto No. 2 in B flat major, Op. 83: I. Allegro non troppo
2. Piano Concerto No. 2 in B flat major, Op. 83: II. Allegro appassionato
3. Piano Concerto No. 2 in B flat major, Op. 83: III. Andante
4. Piano Concerto No. 2 in B flat major, Op. 83: IV. Allegretto grazioso
5. Waltzes (16) for piano, 4 hands (or piano), Op. 39: No. 1 in B Major, Tempo giusto
6. Waltzes (16) for piano, 4 hands (or piano), Op. 39: No. 2 in E Major
7. Waltzes (16) for piano, 4 hands (or piano), Op. 39: No. 3 in G-sharp Minor
8. Waltzes (16) for piano, 4 hands (or piano), Op. 39: No. 4 in E Minor. Poco sostenuto
9. Waltzes (16) for piano, 4 hands (or piano), Op. 39: No. 5 in E Major
10. Waltzes (16) for piano, 4 hands (or piano), Op. 39: No. 6 in C-sharp Major. Vivace
11. Waltzes (16) for piano, 4 hands (or piano), Op. 39: No. 7 in C-sharp Minor. Poco più
12. Waltzes (16) for piano, 4 hands (or piano), Op. 39: No. 8 in B-flat Major
13. Waltzes (16) for piano, 4 hands (or piano), Op. 39: No. 9 in D Minor
14. Waltzes (16) for piano, 4 hands (or piano), Op. 39: No. 10 in G Major
15. Waltzes (16) for piano, 4 hands (or piano), Op. 39: No. 11 in B Minor
16. Waltzes (16) for piano, 4 hands (or piano), Op. 39: No. 12 in E Major
17. Waltzes (16) for piano, 4 hands (or piano), Op. 39: No. 13 in C Major
18. Waltzes (16) for piano, 4 hands (or piano), Op. 39: No. 14 in A Minor
19. Waltzes (16) for piano, 4 hands (or piano), Op. 39: No. 15 in A Major
20. Waltzes (16) for piano, 4 hands (or piano), Op. 39: No. 16 in D Minor

Leon Fleischer – Piano
Cleveland Orchestra
George Szell – Conductor

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24-25
Leon Fleischer & George Szell fazendo história

J. Brahms (1833-1897) e B. Bartók (1881-1945): Concertos Nº 1 para Violino

J. Brahms (1833-1897) e B. Bartók (1881-1945): Concertos Nº 1 para Violino

Sem o desejo de ofender nenhum pequepiano apaixonado, parece-me que o Concerto para Violino de Brahms da holandesa Janine Jansen encontra-se um degrau abaixo desta e desta gravações, só para dar dois exemplos modernos de registros feitos por violinistas mulheres. É claro que aqui nos encontramos em nível altíssimo de exigência, é claro que este CD é excelente, mas o que fazer? O Concerto de Brahms é uma das principais peças para o instrumento, é difícil — o grande Hans von Bülow exagerou um pouco ao descrevê-lo como sendo escrito “contra o violino” — e costumamos ouvir verdadeiras lendas interpretá-lo. Já no Concerto de Bartók, a moça dá um show de competência e senso de estilo. Não era para menos: com um pai cravista, uma mãe cantora lírica e um irmão cellista, ela só poderia dar boa mesmo.

J. Brahms (1833-1897) e B. Bartók (1881-1945): Concertos Nº 1

1 Brahms: Violin Concerto in D, Op.77 – 1. Allegro non troppo 22:13
2 Brahms: Violin Concerto in D, Op.77 – 2. Adagio 8:28
3 Brahms: Violin Concerto in D, Op.77 – 3. Allegro giocoso, ma non troppo vivace – Poco più presto 8:02

4 Bartók: Violin Concerto No.1, Sz36 – 1. Andante sostenuto (Op.posth) 8:40
5 Bartók: Violin Concerto No.1, Sz36 – 2. Allegro giocoso (Op.posth) 11:46

Janine Jansen
Orchestra dell’Accademia Nazionale di Santa Cecilia (Brahms)
London Symphony Orchestra (Bartók)
Antonio Pappano

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Janinie Jansen e seu Stradivari "Barrere" de 1727
Janine Jansen e seu Stradivari “Barrere”, de 1727, que usa dentro de um empréstimo de longa duração viabilizado pelo Elise Mathilde Fonds

PQP

A Quatro Mãos: Johannes Brahms (1833-1897) – Danças Húngaras para piano a quatro mãos – Katia e Marielle Labèque (REVALIDADO)

518il4y1RkLPOSTAGEM ORIGINAL DE FDP BACH EM 4 /7/2007, LINK REVALIDADO POR VASSILY EM 30/11/2015

Na estreia de uma nova série aqui no PQP Bach, dedicada à música para dois pianistas, revalidamos uma postagem dos primórdios deste blogue, com a clássica gravação das Danças Húngaras de Brahms tocadas pelas irmãs Labèque. Colorida e cheia de verve, é a melhor introdução possível para estas semanas a quatro mãos que preparamos para vocês.

Vassily Genrikhovich

POSTAGEM ORIGINAL DE FDP BACH EM 4/7/2007

FDP Bach resolveu fazer uma postagem um tanto quanto diferente: as Danças Húngaras de Brahms, mas em uma versão pouco conhecida: para piano a quatro mãos. Possuo esse cd já há alguns anos, e nunca me canso de ouvi-lo, devido à consistência de sua interpretação e também à sua dinâmica.
Esta versão para dois pianos é riquíssima em termos de arranjo. E as irmãs Labeque, Katia e Marielle, bem elas são um caso à parte… além de lindíssimas, são grandes intérpretes. Para quem já teve a oportunidade de assisti-las ao vivo, deve ser difícil saber no que se deve prestar atenção: nas pianistas ou na música…
Brincadeiras à parte, vamos ao que interessa.

Johannes Brahms (1833-1897) 21 Hungarian Dances, WoO 1

01 – Allegro molto
02 – Allegro non assai
03 – Allegretto
04 – Poco sostenuto
05 – Allegro
06 – Viace
07 – Allegretto
08 – Presto
09 – Allegro non troppo
10 – Presto
11 – Poco andante
12 – Presto
13 – Andantino grazioso
14 – Un poco andante
15 – Allegretto grazioso
16 – Con moto
17 – Andantino
18 – Vivace
19 – Allegretto
20 – Poco allegretto
21 – Vivace

Katia e Marielle Làbeque, piano

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Restaurado – J. Brahms (1833-1897): Violin Sonatas op.100 & 108 – Dietrich / Schumann / Brahms: F.A.E. Sonata

Restaurado – J. Brahms (1833-1897): Violin Sonatas op.100 & 108 – Dietrich / Schumann / Brahms: F.A.E. Sonata

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Isabelle Faust e Alexander Melnikov já nos deram uma sensacional versão da primeira Sonata para Violino de Brahms em 2007. Agora, eles completam o ciclo com as outras duas sonatas de 1886 e 1888, e adicionam uma raridade fascinante que data de duas décadas antes: a Sonata FAE, um esforço colaborativo de três compositores em honra do grande violinista Joachim, que teve que adivinhar quem tinha escrito cada movimento. Foi fácil. O segundo Allegro é hiper brahmsiano, assim como o Intermezzo e Finale são “schumannesque”. O som do piano de Melnikov — um Bösendorfer de 1875 — pode soar magro para alguns ouvintes acostumados com aos super pianos atuais, mas, após a audição é impossível não sentir que talvez os dois estejam muito, mas muito certos em sua abordagem.

J. Brahms (1833-1897): Violin Sonatas op.100 & 108 — Dietrich / Schumann / Brahms: F.A.E. Sonata

Johannes Brahms [1833-1897]
Violin Sonata no.3 in D minor op.108 / ré mineur / d-Moll
1 I. Allegro 8’07
2 II. Adagio 4’27
3 III. Un poco presto e con sentimento 2’54
4 IV. Presto agitato 5’39

Robert Schumann [1810-1856]
Three Romances op.94
5 I. Nicht schnell 3’13
6 II. Einfach, innig 3’56
7 III. Nicht schnell 4’09

Johannes Brahms [1833-1897]
Violin Sonata no.2 in A major op.100 / La majeur / A-Dur
8 I. Allegro amabile 7’43
9 II. Andante tranquillo – Vivace 5’49
10 III. Allegretto grazioso (quasi Andante) 5’28

Brahms / Schumann / Dietrich
F.A.E. Sonata [“Frei aber einsam” – Joseph Joachim gewidmet]
11 I. Allegro 11’51
12 II. Intermezzo. Bewegt, doch nicht zu schnell 2’24
13 III. Allegro 4’43
14 IV. Finale. Markiertes, ziemlich lebhaftes Tempo 7’19

Isabelle Faust – Violin
Alexander Melnikov – Piano

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Uma extraordinária dupla de dois: Faust e Malnikov
Uma extraordinária dupla de dois: Faust e Malnikov

PQP [restaurado por Vassily em 28/5/2020 e em 21/1/2024]

 

Johannes Brahms (1833-1897): Concerto para piano e orquestra No.1 em Ré menor, Op. 15

Johannes Brahms (1833-1897): Concerto para piano e orquestra No.1 em Ré menor, Op. 15

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Post revalidado do Carlinus.

Digam o que quiserem, mas não abro mão de determinados compositores. E um deles é Brahms. Há pessoas que tentam transformar opiniões pessoais em dogmas. Esse é o primeiro passo para a tirania. Mas há realidades que, digamos, é resultado de algo consensual. Por mais que não gostemos, temos que admitir que ali está algo de valor – mesmo que não simpatizemos ou não esteja consoante com as nossas preferências estéticas. Acredito que isso diga respeito aos dois concertos para piano e orquestra de Brahms. Juntamente com os cinco concertos para piano e orquestra de Beethoven e alguns de Mozart, julgo que se trata das peças mais belas e profundas que já escritas para o piano. O concerto no. 1 foi escrito quando Brahms era um jovem de 25 anos de idade. Como muitas das obras de Brahms, o compositor levou bastante tempo para concluir. Os acordes iniciais do concerto nos faz pensar numa sinfonia grandiosa. A tensão provocante, tonitruante, chega a nos assustar. Quando o piano aparece um mar de lirismo e uma amenidade trágica toma-nos pelas mãos e nos guia por mares de beleza. É preciso ouvir este CD. Traz um time poderoso: Karl Bohm e Maurizio Pollini. Boa apreciação!

P.S. Infelizmente não achei o CD exato na Amazon. (PQP)

Johannes Brahms (1833-1897) –
Concerto para piano e orquestra No.1 em Ré menor, Op. 15

Concerto para piano e orquestra No. 1 em Ré menor, Op. 15
01. Maestoso
02. Adagio
03. Rondo – Allegro non troppo

Wiener Philharmoniker
Karl Böhm, regente
Maurizio Pollini, piano

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Ah, Pollini!
Ah, Pollini! E Böhm mostrando novamente que não tinha nada a ver com o Karalanglang de Berlim (PQP)

Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concerto nº1 in D Minor, op. 15 – Curzon, Rubinstein, Beinum, Reiner, CSO, Concertgebow Orchestra

coverNão se trata de um comparativo, são apenas duas gravações históricas de um dos maiores concertos para piano já compostos, o de nº 1 de Brahms. E só tem fera aqui: Arthur Rubinstein com Fritz Reiner e a Chicago Symphony e Sir Clifford Curzon com a Concertgebow Orchestra, regida por Eduard van Beinum. Curiosamente as duas gravações são do mesmo ano, 1953, ou seja, ambas foram gravadas ainda em Mono. Mas a qualidade da remasterização é muito boa, os senhores nem vão sentir muito a diferença.

folderPor falar em diferença, a qualidade da interpretação é de tão alto nível que é quase impossível encontrar um ‘vencedor’. Os anos de Fritz Reiner frente à Sinfônica de Chicago elevaram o nível desta orquestra ao nível das melhores orquestras européias, e aqui a comparação é inevitável com a Orquestra do Concertgebow, de Amsterdam. Altíssimo nível, volto a repetir. Rubinstein é Rubinstein, e para mim sempre será o maior pianista do século XX, mas Sir Clifford Curzon também frequentou este patamar de qualidade e excelência.

Estes quatro dinossauros nos proporcionam aqui momentos de puro prazer e introspecção, pois conseguem extrair deste concerto aqueles principais elementos que o elevaram como um dos mais belos e perfeitos concertos para piano já compostos.

Então, vamos ao que viemos.

01. Piano Concerto No. 1 in D minor, Op. 15 I. Maestoso
02. Piano Concerto No. 1 in D minor, Op. 15 II. Adagio
03. Piano Concerto No. 1 in D minor, Op. 15 III. Rondo. Allegro non troppo

Arthur Rubinstein – Piano
Chicago Symphony Orchestra
Fritz Reiner – Conductor

Sir Clifford Curzon – Piano
Concertgebow Orchestra, Amsterdam
Eduard van Beinum – Conductor

RUBINSTEIN – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CURZON – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Robert Schumann (1810-1856) – Piano Quintet in E Flat major, op 44, Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Quintet in F Minor, op. 34

51-ClBI6z3L._SX258_BO1,204,203,200_E já que estamos passando meio que por um surto camerístico brahmsiano resolvi trazer esse CD com duas obras primas nas mãos mais que competentes de um grupo de jovens músicos que dão um show de sensibilidade, técnica e virtuosismo. Um discaço, sem dúvidas.
Creio que a primeira obra de câmara que ouvi em minha vida tenha sido exatamente esse Quinteto para Piano de Schumann, em um radinho de pilha, há quase quarenta anos atrás. Lembro que fiquei com aquele sobrenome na cabeça, e a melodia do primeiro movimento já ficou registrada na memória. Muitos anos depois, quando finalmente comprei uma gravação da obra, imediatamente me vieram a mente aquele período de vacas magras, quando meu pai, mesmo aposentado, tinha de ralar em outro emprego para sustentar a casa. Sei do sacrifício que foi para ele comprar aquele radinho de pilha para eu poder ouvir música, pois sabia como eu adorava ouvir música.

01. 01 Schumann – Piano Quintet – I. Allegro brillante
02. 02 – II. In modo d’uina marcia, Un poco largamente
03. 03 – III. Scherzo – Molto vivace
04. 04 – IV. Allegro ma no troppo
05. 01 Brahms – Piano Quintet – I. Allegro ma non troppo
06. 02 – II. Andante, un poco adagio
07. 03 – III. Scherzo (Allegro) & Trio
08. 04 – IV. Finale

Leif Ove Andsnes – Piano
Artemis Quartet:
Natalia Prischepenko, Heime Müller – Violins
Volker Jacobsen – Viola
Eckart Runge – Cello

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Johannes Brahms (1833-1897) – The Violin Sonatas – Yuja Wang & Leonidas Kavakos

712lz7HcQSL._SL1080_Novo link !!!

Adoro estas sonatas. São de um lirismo profundo, elas calam fundo na alma. Dentro da produção musical de Brahms, talvez estas obras sejam as que mais me emocionam. Brahms tinha uma incrível capacidade de extrair o máximo do mínimo, e nunca sobram notas, elas são exatas, perfeitas, estão exatamente onde deveriam estar.
Fiz uma brincadeira há alguns anos atrás, postando duas versões com duas das grandes violinistas da atualidade, Mutter e Mullova. Depois disso, meio que me recolhi, e não trouxe mais outras versões, até agora.
Sempre digo que para se tocar Brahms é preciso suar sangue, se jogar totalmente de corpo e alma,não apenas seguir as notas na partitura. Talvez seja isso que falte nesta gravação da dupla Kavakos & Wang, excelentes instrumentistas desta nova geração que começa a despontar, mas que ainda precisam de longos anos de estrada para mostrar efetivamente a força necessária para se tocar estas obras. Com isso não quero dizer que o CD não seja excelente, talvez seja a abordagem feita que tenha me deixado um pouco perturbado, talvez sua delicadeza excessiva em determinadas passagens que creio que precisem efetivamente de mais sangue, suor e lágrimas o que tenha me deixado incomodado. Ou talvez seja assim mesmo que se deva tocar, não sei.
Espero que esta gravação seja do agrado dos senhores.

1. Scherzo from F-A-E Sonata
2. I. Vivace ma non troppo
3. II. Adagio
4. III. Allegro molto moderato
5. I. Allegro amabile
6. II. Andante tranquillo Vivace Andante Vivace di più Andante – Vivace
7. III. Allegretto grazioso
8. I. Allegro
9. II. Adagio
10. III. Un poco presto e con sentiment
11. IV. Presto agitato
12. Wiegenlied: Lullaby

Leonidas Kavakos – Violin
Yuja Wang – Piano

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Johannes Brahms (1833-1897): Sonatas para Violino (completas) (Schneiderhan, Seeman)

Johannes Brahms (1833-1897): Sonatas para Violino (completas) (Schneiderhan, Seeman)

Uma importante gravação do passado. Ultra-romântico, o violinista de lentes grossas Wolfgang Schneiderhan carregava em cores pouco utilizadas em nossos dias. O cara foi spalla da Orquestra Filarmônica de Viena e mantinha, paralelamente, uma carreira solo.. Esqueçamos seu passado no Partido Nazista. Afinal, entrou na coisa aos 15 anos, em 1940. Engraçado como, em outra gravação, Ferenc Fricsay deixou  Schneiderhan mais calmo do que ele aparece aqui, fazendo berrar seu violino com a utilização de uma força descomunal. Devia ter calosidades nas mãos. Mas o resultado é bom, mas só depois que paramos de rir de certos exageros.

Johannes Brahms (1833-1897): Sonatas para Violino (completas)

1 Brahms: Sonata for Violin and Piano No.1 in G, Op.78 – 1. Vivace ma non troppo 10:39
2 Brahms: Sonata for Violin and Piano No.1 in G, Op.78 – 2. Adagio 7:47
3 Brahms: Sonata for Violin and Piano No.1 in G, Op.78 – 3. Allegro molto moderato 7:55

4 Brahms: Sonata for Violin and Piano No.2 in A, Op.100 – 1. Allegro amabile 8:01
5 Brahms: Sonata for Violin and Piano No.2 in A, Op.100 – 2. Andante tranquillo – Vivace – Andante – Vivace di più – Andante vivace 5:46
6 Brahms: Sonata for Violin and Piano No.2 in A, Op.100 – 3. Allegretto grazioso (Quasi andante) 5:06

7 Brahms: Sonata for Violin and Piano No 3 in D minor, Op.108 – 1. Allegro 7:28
8 Brahms: Sonata for Violin and Piano No 3 in D minor, Op.108 – 2. Adagio 4:50
9 Brahms: Sonata for Violin and Piano No 3 in D minor, Op.108 – 3. Un poco presto e con sentimento 2:37
10 Brahms: Sonata for Violin and Piano No 3 in D minor, Op.108 – 4. Presto agitato 5:40

11 Brahms: Scherzo in C minor for violin & piano (from the FAE-Sonata) 5:28

Wolfgang Schneiderhan, violino
Carl Seeman, piano

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Wolfgang Schneiderhan: enxergava mal, mas era romântico pra caralho.
Wolfgang Schneiderhan: enxergava mal, mas era romântico pra caralho.

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Johannes Brahms (1833-1897): Sinfonia Nº 4

Johannes Brahms (1833-1897): Sinfonia Nº 4

Um gravação decepcionante do grande Dudamel. Um Brahms frouxo e bastante sem graça este realizado pela orquestra norte-americana do venezuelano. Ficou tudo muito parecido com o time do Inter, que ronda a área adversária sem penetrar. Deixemos estas lentidões para quem sabe, alguém tipo Celibidache ou Ademir da Guia. Na boa, não me caiu bem esta versão.

Johannes Brahms (1833-1897): Sinfonia Nº 4

1 Brahms: Symphony No.4 In E Minor, Op.98 – 1. Allegro non troppo 14:02
2 Brahms: Symphony No.4 In E Minor, Op.98 – 2. Andante moderato 12:15
3 Brahms: Symphony No.4 In E Minor, Op.98 – 3. Allegro giocoso – Poco meno presto – Tempo I 6:22
4 Brahms: Symphony No.4 In E Minor, Op.98 – 4. Allegro energico e passionato – Più allegro 11:46

Los Angeles Philharmonic
Gustavo Dudamel

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Um Brahms meio caído, né, Dudamel?
Um Brahms meio caído, né, Dudamel?

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Johannes Brahms (1833-1897): Sonata para Piano Nº 3, Op. 5 / 6 Peças para piano, Op. 118

Johannes Brahms (1833-1897): Sonata para Piano Nº 3, Op. 5 / 6 Peças para piano, Op. 118

Brahms era muito jovem quando escreveu seu Op. 5. Tinha 20 anos. Imagino que esta notável obra tenha sido mostrada ao casal Clara e Robert Schumann, os quais o chamaram de gênio logo no primeiro encontro.  Schumann foi o maior divulgador do jovem Brahms, um compositor que parece já ter nascido maduro, como prova esta obra de arquitetura clássica e espírito romântico. Grimaud também era jovem quando gravou a Sonata. Tinha 23 anos. Ora, alguns precisam de amadurecimento maior, outro não. Grimaud precisou. Hoje, ainda jovem aos 45 anos, a pianista francesa poderia enfrentar muito melhor o Op. 3 do que quando o fez, há mais de 20 anos. Mas vale a audição.

Ah, para esta Sonata, indico Radu Lupu.

Johannes Brahms (1833-1897): Sonata para Piano Nº 3, Op. 5 / 6 Peças para piano, Op. 118

1 Sonata For Piano No. 3 in F Minor, Op. 5: I. Allegro maestoso 9:40
2 Sonata For Piano No. 3 in F Minor, Op. 5: II. Andante espressivo 10:56
3 Sonata For Piano No. 3 in F Minor, Op. 5: III. Scherzo: Allegro energico 4:42
4 Sonata For Piano No. 3 in F Minor, Op. 5: IV. Intermezzo: Andante molto 3:32
5 Sonata For Piano No. 3 in F Minor, Op. 5: V. Finale: Allegro moderato ma rubato 7:22

6 6 Klavierstucke, Op. 118 – I. Intermezzo in A Minor 1:56
7 6 Klavierstucke, Op. 118 – II. Intermezzo in A Major 5:57
8 6 Klavierstucke, Op. 118 – III. Ballade in G Minor 3:27
9 6 Klavierstucke, Op. 118 – IV. Intermezzo in F Minor 2:32
10 6 Klavierstucke, Op. 118 – V. Romanze in F Major 3:58
11 6 Klavierstucke, Op. 118 – VI. Intermezzo in E-Flat Minor 5:01

Hélène Grimaud, piano

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Até eu já fui jovem, Hélène
Até eu já fui jovem, Hélène

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