Coleção Grandes Compositores 12/33: Johannes Brahms (1833-1897)

Era a época de apogeu do romantismo, uma tendência que arrastava a maioria dos compositores, mas não os unia em uma mesma batalha nem no mesmo campo. É verdade que, contra Liszt e sua escola de Weimar, Brahms apoiou de maneira firme a postura de Robert Schumann, defensor do romantismo com uma clara ancoragem no clássico e menos ligado às exposições literárias que inundavam a música do húngaro e seus discípulos, assim como o teatro de Wagner e seus seguidores, mas respeitava sua criação, embora não participasse de seus excessos.

Foi então que começou a tendência a considerar Brahms, em um sentido pejorativo, “clássico”, até mesmo “conservador”, alguém que não participava da revolução que ia mudar o mundo da música e que verdadeiramente desempenhou um papel muito importante na mudança que se aproximava. Mas Johannes Brahms havia participado também desta mudança, embora sua contribuição  tenha sido menos ostensiva e estivesse contida mais nas cordas que nos trompetes, tubas e percussão, na falta de medida da orquestra e do andamento do tempo empregado em declarações românticas que levaram à hipertrofia dos pós-romantismo. Esta mudança que nos legou a música de Brahms está contida em suas obras para piano, em seus quartetos, no desenvolvimento da harmonia que os sustenta, na forma muito mais concisa em que as ideias  são expostas, na densidade de pensamento de suas sinfonias, de suas variações sinfônicas, de seus concertos, de seus Lieder, de suas obras corais. Diríamos que é de certa forma a postura clássica do verdadeiro pensador ante a dos líderes e agitadores políticos, que se perdem em declarações altissonantes e valorizam mais a maneira de dizer que as idéias que realmente levam à mudança. Embora participem delas, nem sempre as traduzem corretamente.

Não se pode negar a importância dos românticos revolucionários nas mudanças históricas produzidas depois da explosão romântica: seria estúpido não admitir a relevância da contribuição de Wagner, de Liszt – embora injustamente desvalorizado ao lado de seu genro -,  da mesma forma que seria estúpido negar o valor musical de suas obras. O que se pretende aqui, é esclarecer que é preciso reavaliar a ação e a atitude de Brahms nessa luta, reconhecer que ele foi relegado à alcunha de conservador, ou seja, de manifestar uma atitude passiva diante da mudança, de falta de combatividade, simplesmente porque sua intervenção nessas mudanças não foi exposta aos gritos, estentoreamente proclamada, embora talvez não menos efetiva.

Texto de Eduardo Rincon

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Coleção Grandes Compositores Vol. 12: Johannes Brahms

DISCO A

Symphony Nº 4 in E Minor, Op. 98
01 Allegro non troppo (13:17)
02 Andante moderato (12:41)
03 Allegro giocoso – Poco meno presto – Tempo I (6:12)
04 Allegro energico e passionato – Più allegro (11:35)

Tragic Overture, Op. 81
05 Allegro non troppo – Molto più moderato – Tempo primo (14:16)

Vienna Philharmonic Orchestra, Leonard Berstein

DISCO B

Concerto for Violin and Orchestra in D, Op. 77
01 Allegro non troppo (23:32) [Cadenza: Joseph Joachim]
02 Adagio (9:41)
03 Allegro giocoso, ma non troppo vivace – Poco più presto (8:45)
Shlomo Mintz, violin
Berlin Philharmonic Orchestra, Claudio Abbado

Academic Festival Overture, Op. 80
04 Allegro – L’istesso tempo, un poco maestoso – Animato – Maestoso (10:03)
Berlin Philharmonic Orchestra, Claudio Abbado

Hungarian Dances
05 Nº 1: Allegro molto (2:53)
06 Nº 3: Allegretto (2:18)
07 Nº 10: Presto (1:36)
Vienna Philharmonic Orchestra, Claudio Abbado

BAIXE AQUI – DOIS DISCOS / DOWNLOAD HERE – TWO DISCS

Marcelo Stravinsky

Os melhores do ano segundo CDF

Eu sempre fui muito influenciado por listas. Se encontro algo dizendo “Os Dez melhores…” procuro uma canetinha para anotar. Pensando bem, quase tudo que conheço (música, livros,…) foi por indicação. Claro que com a idade ganhei certa autonomia nas escolhas. Mas se alguém diz “você deve ler esse livro”, vou na loja comprar. Li até Paulo Coelho. Por outro lado, minha capacidade de convencer outra pessoa é sofrível. Já dei livros e discos a torto e a direito sem nenhum feedback. Por essas e por outras é que fiquei motivado a fazer essa pequena listas dos 5 melhores discos que ouvi esse ano. Pois esse frustrado que vos fala se realiza por aqui, com a boa vontade e interesse de vocês. Não tive preocupação de escolher esses discos por período ou ano que foi realizado, foi simplesmente pelos números de vezes que coloquei no meu toca-discos esse ano.
Começo com Haydn, o maior dos compositores. Bach, Mozart ou Beethoven quase nos convencem de uma certa transcendência; com Haydn, isso não acontece. Ele sempre nos coloca no chão, na vida real. Mesmo em suas missas ou oratórios a celebração não é para Deus, mas à Natureza e ao homem. Por isso o século do romantismo rejeitou o mestre da luz. Em suas óperas, tanto tempo desprezadas, podemos também encontrar a ironia e clareza que também não cativam aqueles de coração mole. “Il Mondo della luna” e “Orlando Paladino” são óperas imperdíveis, que desnudam o lado bom e engraçado da natureza humana. Sorte nossa que Haydn ganhou fôlego com sua visita a Inglaterra, lugar único na valorização de um gênio. Áustria sempre foi injusta com seus compositores em vida: Mozart, Haydn, Schubert, Mahler e Schoenberg. Salzburg, terra onde Mozart nasceu, era o lugar mais provinciano do mundo. As recordações de Mozart daquele lugar sempre foram as piores possíveis, hoje essa cidade sobrevive do turismo em cima do filho que tanto desprezou, vendendo chocolate e camisinhas com a marca Mozart. Com Haydn aconteceu a mesma coisa, sempre foi tratado como serviçal na Áustria. Já na Inglaterra, foi recebido como celebridade, vindo a ganhar um bom dinheiro, o suficiente para comprar uma bela casa e viver independente. O disco “Haydn in London” mostra um desses frutos preciosos que devemos a Londres. Na verdade, são trios para piano, flauta e violoncelo cuja riqueza está justamente em sua simplicidade cristalina.
Mahler foi outro que também passou por dificuldades na Áustria, principalmente quando dirigia a ópera de Viena. Mas ele foi tão genial que conseguiu respirar um pouco a brisa do triunfo. Só que depois de sua morte, em 1911, Mahler ainda continuou sendo desprezado por seu país por um longo tempo. Foi pela boa vontade de seus amigos Bruno Walter, Mengelberg, Klemperer e outros que sua música ainda continuou sendo ouvida nas décadas que se seguiram. Trago para vocês o ciclo de canções orquestrais “Das Knaben Wunderhorn” interpretado por Dietrich Fischer-Dieskau, Elisabeth Schwarzkopf, regida por George Szell (meu maestro preferido junto com Carlos Kleiber). Eu tenho ótimas versões dessa obra, mas aqui o negócio é diferente. O disco já começa com Revelge, a canção militarizada com toda aquela pompa instrumental, como se tivéssemos assistindo uma parada do exército rumo à um bela batalha, mas a ironia do “tralali, tralalei, tralalera” e a sensação de desastre iminente é bem típica do maior profeta da música.
Vamos agora para a Rússia, com o Grand Duet (1959) para violoncelo e piano de Ustvolskaya. A compositora, morta em 2006, teve um caso amoroso com Shostakovich; talvez um pouco traumático, já que aquela, nos últimos anos de sua vida, vilipendiava a imagem do compositor. A mulher era o cão, sua música retrata bem essa personalidade. O Grand Duet tem cinco longos movimentos com nenhum momento de alívio ou encanto. Uma obra genial por sua economia e sonoridade. No disco ainda temos a segunda sonata para cello e piano de Schnittke, no mesmo nível de “humor”. Engraçado é encontrar no início do disco uma peça de Piazzolla; bem fora do contexto, mas genial. Interpretação de Rostropovich.
Os próximos dois discos, Canções de Brahms com a mezzo-soprano argentina Bernada Fink e “Dream of Gerontius” de Elgar, foram meus preferidos esse ano. Pois é, senhores, Elgar sim. Tenho raiva do compositor por tratar sua genialidade com pouco rigor. Se ele tivesse enxugado um pouco mais suas obras, ele chegaria no primeiro escalão. Mas os momentos geniais de “Dream of Gerontius” valem o esforço de ouvir passagens pouco inspiradas. As canções de Schubert e Schumann são bem gravadas e conhecidas, mas não tanto as canções de Brahms. Depois de ouvir esse disco encantador, é difícil entender porque. Estão entre as melhores de todos os tempos. A interpretação de Bernarda Fink é soberba.

Ok, pessoal, encerro minha lista esperando convencer vocês 🙂

Feliz Ano Novo!!!

cdf

Baixe Aqui – Haydn in London
Baixe Aqui – Mahler – Das Knaben Wanderhorn
Baixe Aqui – Ustvolskaya
Baixe Aqui – Elgar- Dream of Gerontius – Disco 1
Baixe Aqui – Elgar- Dream of Gerontius – Disco 2
Baixe Aqui – Brahms

Johannes Brahms (1833-1897) – Sonatas para Clarinete & Piano Nos. 1 e 2, Op. 120, Scherzo e Lieder, Op.91

Uma afirmação acerca de Brahms é exatamente correta: “o verdadeiro classicismo é aquele que nasce da subjugação de emoções românicas pela disciplina severa”. Essa é uma das afirmações mais plausíveis sobre a arte do compositor. Brahms foi um homem severo, amante da arte severa. Sua solidão era um dos principais elementos de sua inspiração. É preciso aprender a apreciar a Brahms. Quem se recusa a ouvi-lo, certamente deixa desaparecer um patrimônio espiritual não-morredouro. O opus 120, encontrado aqui neste registro é música plena, absoluta. É música para ouvirmos em dias frios e nublados. Feito isso, alcançamos a possibilidade de reflexões duras, severas e exatas. Aparecem ainda dois lieds (canções) tristes, eivados por um espírito de melancolia solitária. Acredito que a música de Brahms, a exemplo da que aqui está posta neste registro, não é bem aceita pelo coração do homem moderno – dos nossos dias. Vivemos a época dos contatos epidêrmicos, das algazarras barulhentas; da ostentação banal, dos aglomerados heterôgeneos; da sede pela matéria; da fuga das reflexões capazes de transformar os homens em seres humanos. Este é um aspecto impensado em nossos dias, portanto, indesejado. A música de Brahms é um portal dimensional que nos conduz a possibilidades existenciais; capazes de “aquietar” o coração. Não deixe de ouvir esse excelente registro com um pouco da arte extraordinária de Johannes Brahms, um alemão fundamental. Boa apreciação!

Johannes Brahms (1833-1897) – Sonatas para Clarinete & Piano Nos. 1 e 2, Op. 120, Scherzo e Lieder, Op.91

Sonata para clarinete e piano, Op. 120, No. 1
01. Allegro appassionato
02. Andante, un poco adagio
03. Allegretto grazioso
04. Vivace

Sonata em E flat major para Clarinete e Piano, Op.120, No.2
05. Allegro amabile
06. Allegro, molto appassionato
07. Andante con moto – Allegro

Sonatensatz- Scherzo
08 – Sonatensatz- Scherzo

Lieder, Op.91- No.1
09. Gestillte Sehnsucht

Lieder, Op.91- No.2
10. Geistliches Wiegenlied

Kálman Berkes, clarinete
Jenó Jandó, piano

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Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897) – Concerto para Violino e Orquestra em D maior, Op. 77

FDP andou impossível no final de semana passado. Postou petardos sinfônicos de Brahms, “guiados” por Günther Wand. Fiquei meio zonzo com a disposição do moço. Certamente, FDP não estava para brincadeira. Por isso, andei pensando no que eu ia postar. Havia separado alguns CDs. Pensei em Bach, Britten, Mozart, Beethoven e etc. Mas me recordei dessa gravação do concerto para violino e orquestra, Op. 77, de Brahms. É uma das peças que mais aprecio. A gravação que ora apresento traz um grande nome da regência no século XX, pelo menos na primeira metade do século, Pierre Monteux. O maestro franco-americano fez importantes incursões musicais na primeira metade do século passado. Tocou violino, viola e tornou-se regente. A wikipédia diz que ” [No ano de] 1911, ele tornou-se condutor [regente] da compania de ballet Sergei Diaghilev, uma compania Russa. Nesta compania, ele conduziu as estréias de Petrushka, em 1911, e O Rito da Primavera em 1913, ambas de Stravinsky; Jeux de Debussy em 1913 e Daphnis et Chloé de Ravel em 1912. Estas interpretações mudaram o curso de sua carreira, sendo conhecido no resto de sua vida, por ser um grande condutor para obras da música francesa e russa”. Inclusive, qualquer dias desses, postarei Petrushka e o Rito da Primavera de Stravinsky com o próprio Monteux. Fato interessante é que Monteux fundou a Orquestra Sinfônica de Paris em 1929. Foi professor de importantes regentes Lorin Maazel, Neville Marriner, André Previn, David Zinman, entre outros. Por ora fiquemos com esta fabulosa gravação do concerto para violino e orquestra de Brahms, um dos maiores compositores de todos os tempos. Boa apreciação!

P.S. O CD custa U$ 250,00 (duzentos e cinquenta dólares) na Amazon. Um susto!

Johannes Brahms (1833-1897) – Concerto para Violino e Orquestra em D maior, Op. 77

01 I. Allegro non troppo (21:54)
02 II. Adagio (9:22)
03 III. Allegro giocoso,ma non troppo vivace (7:58)

London Symphony Orchestra
Henryk Szeryng, violino
Pierre Monteux, regente

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Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897) – Symphony Nº2, in D, op.73, Symphony nº4, op. 98, in B Minor – Wand – NDRSO

Meu final de semana foi muito agradável, A temperatura estava bem agradável, não muito quente, típico do início da primavera. O que me deixou um pouco irritado foi ter de ir ao shopping com minha esposa, e esperá-la fazer compras. Quem é casado sabe do que estou falando. A cada vez que ela saía do provador via alguma outra coisa que achava interessante e lá ia de novo para o tal do provador. Foram 50 minutos angustiantes. Não temos muita coisa para fazer em nossa cidade, então a classe média corre para o shopping, ou então para os supermercados. Não há outra coisa para fazer. Depois da loja de roupas pensamos em tomar um sorvete, porém todo aquele pessoal que estava lá dentro resolveu fazer o mesmo, ou seja, filas enormes na frente do McDonald´s, do Bob´s, e de outra sorveteria que tem lá dentro. O remédio foi voltar para casa e comprar o sorvete na padaria da esquina. Tomei o sorvete já em casa, na frente da televisão, e terminei de tomá-lo bem na hora em que o Guarani virava o jogo para cima do Flamengo. Lamentável.
Mais duas sinfonias de Brahms com o Günter Wand. Não tenho o que falar das sinfonias, adoro as duas e esta é uma das certezas que me acompanham na vida.

Johannes Brahms – Symphony nº2, in D, op.73, Symphony nº4, op. 98, in B Minor – Wand – NDRSO
01 – Brahms Symphony No.2 in D, Op.73 – I. Allegro non troppo
02 – Brahms Symphony No.2 in D, Op.73 – II. Adagio non troppo
03 – Brahms Symphony No.2 in D, Op.73 – III. Allegretto grazioso (Quasi Andantino)
04 – Brahms Symphony No.2 in D, Op.73 – IV. Allegro con spirito
05 – Brahms Symphony No.4 in E minor, Op.98 – I. Allegro non troppo
06 – Brahms Symphony No.4 in E minor, Op.98 – II. Andante moderato
07 – Brahms Symphony No.4 in E minor, Op.98 – III. Allegro giocoso, poco meno presto
08 – Brahms Symphony No.4 in E minor, Op.98 – IV. Allegro energico e passionato, P

NDR Sinfonieorchester

Günter Wand – Director

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FDPBach

Johannes Brahms (1833-1896)- The Violin Sonatas – Mutter – Orkis

Tudo bem, reconheço que a capa é de um gosto duvidoso, mas o cd, ah, este CD é maravilhoso. A nossa eterna musa Anne-Sophie Mutter dá um tratamento tão descaradamente romântico nestas sonatas que chega às raias do absurdo, e a força de sua interpretação é impressionante. Desde as primeiras notas do op. 100 já dá para ver à que ela veio. Acompanho a carreira desta violinista desde seus primeiros LPs ao lado de “Herr Karajan” e sempre fui seu fã. Agora, no auge de sua carreira, aos 46 ou 47 anos de idade, ela demonstra maturidade e competência de sobra.
Com esta postagem estou testando mais um servidor de hospedagem, o Hotfile. Tenho usado ele já há algumas semanas e gostei de sua simplicidade, nada de itens escondidos, como o rapidshare, ou burocrático como o megaupload. Aguardo suas impressões, para ver se dou continuidade com eles.
Tenho acompanhado o blog diariamente, apesar de não estar postando já há uns dois meses. É impressionante a qualidade que o PQPBach atingiu com a entrada dos pesos pesados Ranulfus, Avicenna e Carlinus. Sinto-me um privilegiado por estar fazendo parte desta equipe.
Meu retorno ao blog será aos poucos. A falta de tempo me impede de responder às solicitações de repostagem, portanto sugiro aos senhores procurarem em outros locais os links que o rapidshare apagou.
Mas vamos ao que viemos. Sempre é bom ouvirmos Brahms, faz bem á alma.

Achei esta crítica do cd na internet:

“Never before have Mutter and Orkis seemed so joined at the hip, giving and taking, conducting dialogue, chasing each others thoughts . . . Shedplays with a new degree of maturity and depth, especially visible in the slow movements. The discs high point is the adagio from the first sonata, in G major, where Mutter´s gold thread is reduced to a dusky murmur before shifting through tones as subtle as they are various. Orkis´s contribution is equally vital, whether keeping pace with limpid filigree or, at the close, pedalling up a penumbra of resonance to balance Mutter´s whispers. Magical music-making, this. Elsewhere, Mutter shows that she is able to become passionately alive without shaking with neuroses. In the third sonata, in D minor, the finale lives up to Brahms´s instruction — “presto agitato” — but never races over the top. Throughout, speeds and dynamics are controlled with regard for the musics inner substance, not its outward show . . . The C´s delectable virtues also include Deutsche Grammophon´s clear, well-balanced recording. A masterly issue . . .
Record Review / Geoff Brown , The Times (London) / 19. March 2010″

Johannes Brahms – The Violin Sonatas – Mutter – Orkis

Sonata for Violin and Piano No.2 in A, Op.100
1. 1. Allegro amabile
2. 2. Andante tranquillo 0:006:08
3. 3. Allegretto grazioso (Quasi andante) 0:005:07
Sonata for Violin and Piano No.1 in G, Op.78
4. 1. Vivace ma non troppo
5. 2. Adagio
6. 3. Allegro molto moderato
Sonata for Violin and Piano No 3 in D minor, Op.108
7. 1. Allegro
8. 2. Adagio
9. 3. Un poco presto e con sentimento
10. 4. Presto agitato

 

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FDPBach

The Art of the Clarinet – Beethoven, Brahms, Alban Berg e Mendelssohn

Um extraordinário e agradável CD. Delicioso. Para se apreciar muitas vezes. Não deixe de ouvir. Bom deleite!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Trio in B flat major for piano, clarinet and cello, Op. 11
01. Allegro con brio
02. Adagio
03. Allegretto

Johannes Brahms (1833-1897) – Trio in A minor for piano, clarinet and cello, Op. 114
04. Allegro
05. Adagio
06. Andante, grazioso
07. Allegro

Alban Berg (1885-1935) – Four Pieces for clarinet and piano, Op. 5
08. I
09. II
10. III
11. IV

Felix Mendelssohn (1809-1847) – Konzertstück No. 1 in F minor for clarinet, basset-horn and piano, Op. 113
12. Allegro con fuoco
13. Andante
14. Presto

Konzertstück No. 2 in D minor for clarinet, basset-horn and piano, Op. 114
15. Presto
16. Andante
17. Allegro grazioso

Peter Schmidl, clarinet
Madoka Inui, piano
Teodora Miteva, cello
Pierre Pichler, basset-horn

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Carlinus

Johannes Brahms (1831-1894) – Sinfonias n°2 e 4, Abertura Trágica e Abertura Festival Acadêmico – Bernstein, WPO

Mais duas sinfonias e duas aberturas de Brahms, sempre com o maestro Leonard Bernstein e a Filarmônica de Viena. Não entendi os critérios da DG na distribuição das sinfonias nos cds, mas enfim, foi assim que os recebi.
Se o Megaupload funcionar direitinho, vai tudo hoje ainda, os 7 cds.

CD 2

01 – Symphony No. 4 in E minor 1. Allegro non troppo
02 – Symphony No. 4 in E minor 2. Andante moderato
03 – Symphony No. 4 in E minor 3. Allegro giocoso – Poco meno presto -Tempo I
04 – Symphony No. 4 in E minor 4. Allegro energico e passionato – Piu Allegro
05 – Tragic Overture – Allegro non troppo – Molto piu moderato – Tempo primo

CD 3

01 – Symphony No. 2 in D major 1. Allegro non troppo
02 – Symphony No. 2 in D major 2. Adagio non troppo
03 – Symphony No. 2 in D major 3. Allegretto grazioso Quasi andantino
04 – Symphony No. 2 in D major 4. Allegro con spirito
05 – Academic Festival Overture – Allegro – L’istesso tempo, un poco maestoso – an

Wiener Philharmoniker
Leonard Bernstein – Conductor

CD 2 BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 3 BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDPBach

Johannes Brahms (1831-1894) – 01 – Brahms Concerto for Violin and Orchestra in D major, op.77, 04 – Brahms Concerto for Violin, Cello and Orchestra in A major, op.102 – Kremer, Maisky, Bernstein, WPO

Não, não se trata de um retorno ao PQP, digamos que seja apenas uma recaída, motivada principalmente pelo tédio de umas férias forçadas do serviço, devido à uma cirurgia bem sucedida, mas que pede repouso por 40 dias. Já se passaram 8 dias desde que fiz a tal da cirurgia, e o tédio impera, pois tenho de ficar deitado o tempo todo com as pernas para cima, e caminhar pelo menos 10 minutos a cada hora. Ou seja, haja paciência. Não sei quanto tempo vai durar esta recaída, ainda mais que estarei viajando na próxima semana, e meus contatos com o blog serão apenas esporádicos, pois dependerei apenas do Modem 3G. Enfim, tentarei matar o tempo com algumas postagens, trazendo coisas que já fazem parte de meu acervo, além de algumas novidades adquiridas nos últimos tempos.
Vou começar com Brahms, sim, Brahms novamente, que nunca cansa, ainda mais com estas excepcionais gravações dirigidas pelo Bernstein nos seus últimos anos de vida. Os solistas também não precisam de apresentação. Gidon Kremer, Mischa Maysky e Kristian Zimmermann já são bem conhecidos, portanto, dispensam maiores apresentações.Serão 7 cds ao todo, que vão me dar um trabalho tremendo para subir, principalmente com os problemas que tenho tido com minha internet (para variar um pouco, quem vive na periferia sofre com o descaso das empresas de telefonia).
Mas vamos ao que viemos. Neste primeiro CD, temos os Concertos para Violino, e o Concerto Duplo para Violino e Cello.

01 – Concerto for Violin and Orchestra in D major, op.77 – I. Allegro non troppo
02 – Concerto for Violin and Orchestra in D major, op.77 – II. Adagio
03 – Concerto for Violin and Orchestra in D major, op.77 – III. Allegro gio
04 – Concerto for Violin, Cello and Orchestra in A major, op.102 – I. Allegro
05 – Concerto for Violin, Cello and Orchestra in A major, op.102 – II. Andante
06 – Concerto for Violin, Cello and Orchestra in A major, op.102 – III. Vivace

Gidon Kremer – Violino
Mischa Maisky – Cello
Wiener Philharmoniker
Leonard Bernstein – Direktor

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FDPBach

Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão 2004

Aqui vai o terceiro CD (na verdade, o primeiro dos três) com Minczuk e a Orquestra Acadêmica de Campos do Jordão – assim, vocês poderão apreciar melhor a peça de Marlos Nobre que o Dudamel regeu no YouTube – e ainda tem a bela oitava sinfonia de Dvorák.

01-04. Sinfonia n° 8, de Dvorák
05. Kabbalah, de Marlos Nobre
06. Dança húngara n° 5, de Brahms

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CVL

Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão 2005

O vídeo de Marlos Nobre ontem me fez ir até a gaveta onde estão guardados os CDs com a Orquestra Acadêmica do FIICJ e postá-los aqui no blog – na verdade ia compartilhar só o CD com a Kabballah, mas pra não ficar indo e voltando presenteio-lhes com os três álbuns de uma vez. Vai primeiro este, duplo, com as excelentes Variações Sinfônicas do Almeida Prado ao final.

CD 1

01 Samuel Barber: Adagio para Cordas, Op. 11 7m26s
02 Johannes Brahms: Abertura Festival Acadêmico em Dó Menor, Op. 80 10m01s
03 a 06 Gustav Mahler: Sinfonia No. 1 em Ré Maior 50m55s
07 Antonín Dvorák: Dança Eslava em Mi Menor, Op. 72 5m38s

Regência: Kurt Masur

01 a 15 Modest Mussorgsky / Maurice Ravel: Quadros de uma Exposição 32m26s
16 Carlos Gomes: Abertura da Ópera O Guarani 8m02s
17 a 27 Almeida Prado: Variações Sinfônicas (Primeira Gravação e Estréia Mundial) 15m25s

Regência: Roberto Minczuk

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Gravado no Auditório Cláudio Santoro em julho de 2005 e na Sala São Paulo em 31 de julho de 2005, durante o 36° Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão

CVL

 

Johannes Brahms (1833-1897) – As Quatro Sinfonias – Toscanini (1952)

O escritor Sylvio Lago Júnior no seu livro A Arte da Regência, um calhamaço de quase 700 páginas, afirma que “Toscanini passou para a história dos maestros como um dos seus maiores, e o ponto de interseção das mudanças consideráveis de estilo, técnica e concepção da regência do século XX. Pela extraordinária inteligência ordenadora, pelas sábias recriações das grandes obras, pela generosidade de sua natureza e, principalmente, pela influência poderosa que exerceu sobre toda a direção no século XX, o maestro italiano foi responsável, pela transição da regência do século XIX para os modernos conceitos de intérpretes de nosso tempo”. São por essas e outras que eu não deveria de deixar de postar essa integral das sinfonias de um dos meus compositores favoritos com um excelente regente. Além do que, esta postagem é para atender uma solicitação de FDP que muito queria estas sinfonias com Toscani. Solicitou ainda Wilhelm Furtwängler, mas este pedido somente será atendido na próxima semana. Já separei as  quatro sinfonias com o  Furtwängler. Por enquanto, divirtam-se com esta gravação histórica realizada sob a batuta do mitológico Arturo Toscanini. Uma boa apreciação!

Johannes Brahms (1833-1897) – As Quatro Sinfonias – Toscanini (1952)

Disco 1

Applause
01. Applause

British National Anthem
02. British National Anthem

Tragic Overture, Op. 81
03. Tragic Overture, Op. 81

Symphony No. 1 in C minor, Op. 68
04. I. Un poco sostenuto – Allegro
05. II. Andante sostenuto
06. III. Un poco allegretto e grazioso
07. IV. Adagio – Più andante – Allegro non troppo, ma con brio

Disco 2

Symphony No. 2 in D major, Op. 73
01.I. Allegro non troppo
02. II. Adagio non troppo
03. III. Allegretto grazioso (Quasi andantino – Presto, ma non assai
04. IV. Allegro con spirito

British National Anthem
05. British National Anthem

Variations on a Theme by Haydn, Op. 56a
06. Chorale (St. Antoni)
07. I. Poco più animato
08. II. Più vivace
09. III. Con moto
10. IV. Andante con moto
11. V. Vivace
12. VI. Vivace
13. VII. Grazioso
14. VIII. Presto non troppo
15. Finale

Disco 3

Symphony No. 3 in F major, Op. 90
01. I. Allegro con brio – Un poco sostenuto – Tempo I
02. II. Andante
03. III. Poco allegretto
04. IV. Allegro – Un poco sostenuto

Symphony No. 4 in E minor, Op. 98
05. I. Allegro non troppo
06. II. Andante moderato
07. III. Allegro giocoso – poco meno presto
08. IV. Allegro energico e passionato – Più allegro

Live Royal Festival Hall, London, England
Philharmonia Orchestra
Arturo Toscanini, regente

BAIXAR AQUI CD1
BAIXAR AQUI CD2

BAIXAR AQUI CD3

Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897) – Sinfonia No. 4 em Si menor, Op. 98 (CD 3 de 3) – final

Vamos à última postagem da integral com as sinfonias de Brahms. Agora temos a monumental Sinfonia No. 4. Entre as 4 sinfonias de Brahms, a que mais gosto é a de número 1. Ela é trágica, tensa, cheia de uma massa orquestral que celebra a perfeição. Mas a número 4, reconheço, é a perfeição sinfônica de Brahms. É como se ele fosse treinando, burilando-se, aperfeiçoando-se nas demais e, na número 4, Brahms exatificasse a potencialização do sublime. Ele começou a composição da obra no ano de 1884, ou seja, um ano após ter concluída a magnificente número 3. O compositor concluiu a número 4 em 1885, numa fase de grande maturidade e proficuidade musical. Rattle conduz com autoridade. É uma trabalho digno de respeito. Boa apreciação dessa monumental Sinfonia No. 4 do meu querido Brahms.

Johannes Brahms (1833-1897) – Sinfonia No. 4 em E menor, Op. 98

01 Allegro Non Troppo
02 Andante Moderato
03 Allegro Giocoso, Poco Meno Presto, Tempo
04 Allegro Energico E Passionato, Più Allegro

Berliner Philharmoniker
Simon Rattle, regente

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Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897) – Sinfonia No. 2 in Dó maior, op. 73 e Sinfonia Nº 3 in Fá Maior op. 90 (CD 2 de 3)

Mais duas obras dessa integral com as sinfonias de Brahms. Agora surgem as majestosas números 2 e 3. São densas, maravilhosas, aterradoras. A número 2 em particular assume uma postura mais doce, menos trágica que a Primeira. Foi composta em 1877. Brahms segue os passos da composição clássica. Sua estrutura é grandiosa e eloquente. Já a Sinfonia número 3 foi composta em 1883. À época da composição da Terceira, Brahms já era internacionalmente reconhecido como um dos maiores compositores da sua época. A Terceira confirmava o seu gênio. Hans Richter, o primeiro executor da Sinfonia, a denominou a “Eróica de Brahms”, fazendo uma referência à Terceira de Beethoven, também conhecida como “Eróica”, embora tal verossimilhança não seja tão exata. O primeiro movimento é esmagador, atordoante. Encurtemos a fala, fiquemos com estas duas fenomenais sinfonias. Acredito que dois dos mais importantes trabalhos compostos na história da música. Boa audição!

Johannes Brahms (1833-1897) – Sinfonia No. 2 in Dó maior, op. 73 e Sinfonia Nº 3 in Fá  Maior op. 90

Sinfonia No. 2 in D major, op. 73
01. I. Allegro non troppo
02. II. Adagio non troppo
03. III. Allegretto grazioso (quasi andantino) – Presto ma non assai – Tempo I
04. IV. Allegro con spirito

Sinfonia Nº 3 in F Major, op. 90
05. I. Allegro con brio
06. II. Andante
07. III. Poco Allegretto
08. IV. Allegro

Berliner Philharmoniker
Simon Rattle, regente

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Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897) – Sinfonia No. 1 in C minor, Op. 68 (CD1 de 3)

Estiver a olhar as postagens das sinfonias de Brahms aqui do blog e pude constatar que não existe nenhuma integral com as referidas obras. Temos todas as sinfonias do compositor alemão com postagens avulsas – Bernstein, Kleiber, Jochum e outros (se não estou equivocado). Após ouvir as sinfonias de Johannes regidas por Rattle, achei oportuno postá-las.  Brahms é um dos meus compositores favoritos, sem qualquer titubeio. Tenho 6 compositores que não abro mão deles – Beethoven, Mozart, Bach, Mahler, Shostakovich e o meu querido Brahms. Brahms é um mundo de horizontes e cores. Suas obras são cordas grossas que se amarram no torno do ser da alma da gente. E como gosto de de suas Sinfonias. As quatro são verdadeiras enciclopédias de arte e beleza. Elas possuem suas particularidades. Mas a que mais gosto é de número 1. Enquanto digito estas palavras, estou a ouvi-la (terceiro movimento). Já estou ouvindo pela terceira vez no dia de hoje. Esta versão com Rattle é  convincente. Ainda não conhecia. Devo ter para mais de 20 versões dessa sinfonia no. 1 e não me canso de ouvi-la e admirá-la. Resolvir iniciar hoje essa integral com as Sinfonias de Brahms, conduzidas por Simon Rattle, por causa do outono que sempre me inspira. É a melhor das estações. A mais poética das estações. E como acho que poesia e Brahms são sinônimos, acredito que essa integral das sinfonias de Brahms vem em boa hora. Havia separado duas outras integrais. Uma com Celibidache e outra com o Abbado, mas essa com o Rattle é especial, por isso vai ela mesma. Uma boa apreciação!

Johannes Brahms (1833-1897)Sinfonia No. 1 in C minor, Op. 68

01. Un poco sostenuto-allegro-meno allegro
02. Andante sostenuto
03. Un poco allegretto e grazioso
04. Finale

Berliner Philharmoniker
Simon Rattle, regente

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Carlinus

[Restaurado] Johannes Brahms (1833 – 1897) – Variações sobre um tema de Joseph Haydn, Op. 56b – Versão para dois pianos, Sergei Rachmaninov (1873-1943) – Danças Sinfônicas, Op. 45 – Versão para dois pianos, Franz Schubert (1797-1828) – Rondo em A maior, D. 951 – Grande Rondeau – Para piano a quatro mãos e Maurice Ravel (1875-1937) – La Valse – Versão para dois pianos

Um CD de rara e delicada beleza. A parceria Nelson Freire – Martha Argerich já é conhecida pelos frutos que têm produzido. Neste registro suave, excelente, extraordinário para aqueles momentos em que a alma quer sossegar e o corpo pede bolachas com chá, este CD torna-se pertinente.  O fato é que após tê-lo ouvido ontem, no final da tarde, próximo do ocaso, percebi que a noite surgiu diferente. Não deixe de ouvir e apreciar a seleção e a transcrição feita para o piano de peças de Brahms, Rachmaninov, Schubert e Ravel por dois músicos que alcançaram a plenitude naquilo que fazem. Boa apreciação!

Johannes Brahms (1833 – 1897) –
Variações sobre um tema de Joseph Haydn, Op. 56b – Versão para dois pianos

01. Chorale St. Antoni. Andante
02. Var I. Antoni Andante
03. Var II. Vivace
04. Var III. Con moto
05. Var IV. Andante
06. Var V. Poco presto
07. Var VI. Vivace
08. Var VII. Grazioso
09. Var VIII. Poco presto
10. Finale. Andante

Sergei Rachmaninov (1873-1943) –
Danças Sinfônicas, Op. 45 – Versão para dois pianos

11. I Non Allegro
12. II Andante con moto
13. III Lento assai – Allegro vivace

Franz Schubert (1797-1828) –
Rondo em A maior, D. 951 – Grande Rondeau – Para piano a quatro mãos

14. Rondo in A major D 951 ‘Grand Rondeau’

Maurice Ravel (1875-1937) –
La Valse – Versão para dois pianos

15. La Valse

* Gravado ao vivo no Salzburg Festival

Martha Argerich, piano
Nelson Freire, piano

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Carlinus

[restaurado por Vassily em 5/6/2021, em homenagem aos oitenta anos da Rainha!]

Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonia No. 7 em C, Op. 105 / Johannes Brahms (1833-1897): Sinfonia No. 4 in E menor, Op. 98

Digamos que eu tivesse que escolher as dez maiores gravações que ouvi até hoje. Talvez não precisasse pensar muito nas primeiras três ou quatro e uma delas seria o incrível vinil onde Yevgeny Mravinsky rege a Sinfonia Nº 7 de Sibelius e a Música para Cordas, Percussão e Celesta de Bartók. Gosto tanto daquele disco com gravações de 1965 que nunca procurei os CDs correspondentes. Qual não foi minha surpresa ao ver no blog O Ser da Música a gravação de 1965 da obra de Sibelius, acompanha da Sinfonia Nº 4 de Brahms. Não sei de onde o Carlinus tirou este CD, interessa-me mais sua declaração:

Afirmo ousada e destemidamente que Yevgeny Mravinsky é o grande nome da regência no século XX. (…) Tudo aquilo que Yevgeny punha as mãos para reger, transformava-se em arte imorredoura. Um exemplo são as duas sinfonias deste post, uma de Sibelius e outra de Brahms. Não sou de ouvir a mesma música duas vezes seguidas, mas confesso que fiz isso no dia de hoje ao ouvir este registro. Detalhe: é preciso ouvir estas duas peças com um volume do som um pouco “alto” para perceber a maravilha que era o casamento Mravinsky-LPO.

E eu concordo com ele. Mravinsky foi um grande gênio, mesmo para este ouvinte que costuma fazer questão de gravações modernas em razão da qualidade de som. Há tosses em meio à gravação e o som da orquestra não é o que poderia ser, mesmo para uma gravação de 1965. Mas a interpretação… É indescritível! O destaque dado ao solo de trombone na Sinfonia de Sibelius, o primeiro movimento de Brahms… Dizer o quê? Ah!

Devo dizer que espero que uma boa alma me aponte onde está a gravação da Música de Bartók por Mravinsky. Por favor! (Afinal, este foi o motivo de eu ter repetido o post do Ser da Música aqui no PQP).

Importante: a Sinfonia de Sibelius é contínua, são cinco movimentos interligados. Aliás, nem se nota quando passamos de um para outro. Desta forma, ela sempre é apresentada em apenas uma faixa, OK?

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Jean Sibelius (1865-1957) – Sinfonia No. 7 em C, Op. 105 (Live 1965)
01. Adagio — Un Pochettino Meno Adagio — Poco Rallentando All’Adagio — Allegro Molto Moderato — Vivace

Johannes Brahms (1833-1897) – Sinfonia No. 4 in E minor, Op. 98 (Live 1973)

02 Allegro Non Troppo
03 Andante Moderato
04 Allegro Giocoso, Poco Meno Presto, Tempo
05 Allegro Energico E Passionato, Più Allegro

Leningrad Philharmonic Orchestra
Yevgeny Mravinsky, regente

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PQP

Robert Schumann (1810-1856)- Piano Concerto in A Minor, op. 54, Johannes Brahms (1833-1896) – Piano Concerto nº 1, in D Minor, op. 15

Esta é a melhor gravação que já tive oportunidade de ouvir do Concerto para piano de Schumann. Pollini, Abbado e a Filarmônica de Berlim estão perfeitos, nada a acrescentar, nada a reclamar. Aliás, o mano PQP está aguardando ansioso esta gravação, já que é com seu ídolo Pollini. E o Concerto de Brahms também está impecável.

Não estou colocando o link da amazon por questões técnicas. Existe algum problema mal resolvido entre o WordPress e o meu computador que tem me deixado muito aborrecido ultimamente. Cada vez que coloco o link e mando salvar a postagem, o dito cujo do link desaparece. Para quem se interessar, este CD faz parte da “Pollini Collection”, coleção de 13 CDs que a Deutsche Grammophon lançou em homenagem aos 60 anos do ilustre italiano.

Espero que apreciem.

Robert Schumann – Piano Concerto in A Minor, op. 54, Johannes Brahms – Piano Concerto nº 1, in D Minor, op. 15

01 – Schumann – Concerto for Piano and Orchestra in A minor, Op.54 – Allegro affet
02 – Intermezzo. Andantino grazioso
03 – Allegro vivace

04 – Brahms – Concerto for Piano and Orchestra No.1 in D minor, Op.15 – Maestoso
05 – Adagio
06 – Rondo. Allegro non troppo

Maurizio Pollini – Piano
Berliner Philharmoniker
Claudio Abbado – Conductor

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FDP Bach

Johannes Brahms (1833-1896) – Violin Concerto in D major, Op. 77, Sonata for Violin & Piano No. 3 in D minor, Op. 108

Já estava na hora de postarmos outra versão deste concerto, com certeza uma das maiores obras já compostas pelo ser humano. E postar uma versão recente, já que as anteriores foram gravações históricas, como a do David Oystrakh, postada ainda nos primórdios do blog.

A amazon.com deu 4 estrelas e meia para este cd, e o editorialista escreveu o seguinte:
The inside covers of this CD’s booklet show violinist and conductor engaged in a whimsical pose of arm wrestling. It’s a curious visual misnomer for the actual character of the Brahms Violin Concerto, which is notably not cast as a bravura showdown between soloist and orchestra. Rather, as this live performance recorded in Chicago Symphony Hall in 1997 so amply demonstrates, the score’s beauty and fascination emanate in large part from its spaciously symphonic conception. Maxim Vengerov imbues his account with all the variety of expressive color, intellectual weight, and deeply personal statement necessary to make Brahms’s poetry vivid–he even supplies his own cadenza in lieu of the usual one by Joachim–yet never detours from the larger vision at stake. The first movement’s coda in fact creates the sensation of a beguiling reverie from which both violinist and ensemble are reluctant to awaken. Gently tapered phrasing from Vengerov, together with Daniel Barenboim’s attention to the gorgeously crafted woodwind scoring, creates a statement of lofty serenity in the Adagio. And in the finale, where performances too often tend to sound watered-down after the weight of what has preceded, bold, snappy accents ensure an exhilarating momentum. A more intimate example of the synergy between Vengerov and Barenboim can be heard in Brahms’s D Minor Violin Sonata. In contrast to Anne-Sophie Mutter’s huge, luxurious sound, Vengerov brings a more introspective but no less passionate demeanor to bear. Despair and peace alternate with moving contrast in this superb work, which has been interpreted as a character portrait of its dedicatee, conductor Hans von Bülow. –Thomas May
O texto abaixo tiro do meu livro de cabeceira sobre Brahms, de Malcolm McDonald:
“A célebre declaração de Josef Hellmesberger de que o Concerto para violino de Brahms, op. 77 não era um concerto ‘para, mas contra o violino’ (e a réplica de Bronislaw Hubermande que é ‘para violino contra orquestra’ – e o violino sempre vence!)” provavelmente devem ser encaradas como respostas às características decididamente ‘sinfônicas’ da obra. E ela assim se afiguraria ainda mais se Brahms tivesse cumprido sua intenção original: uma estrutura em quatro movimentos cujos esboçados movimento lento e scherzo (…) foram totalmente substituídos, fora do tempo, pelo adágio que conhecemos. De fato o Concerto é, em muitos aspectos o sucessor natural da Sinfonia nº 2- na mesma tonalidade em ré menor – e as similaridades são especialmente fortes no primeiro movimento, cuja semelhança com o da SInfonia foi comentada por Clara Schuman na primeira vez que Joachim e Brahms o tocaram todo para ela. Esta aí, de novo, um espaçoso e aparentemente descansado esquema em 3/4, calorosamente romântico em sua coloração orquestral, em seus temas construídos sobre uma formação em tríade e, embora em si mesmos não especialmente prolongados, evoluindo de um para o outro em imensos parágrafos e raramente muito afastados do caráter de uma valsa calma, porém apaixonada. (…)
(…) O tratamento virtuosístico do violino é inaudito em Brahms e sagazmente matizado de muitos elementos. Estão entre estes seus estudos dos grandes concertos clássicos, muito obviamente os de Beethoven mas também aqueles de um mestre menor, Viotti, cujo Concerto nº22 era um dos preferidos de Joachim e Brahms. Também se invoca a escrita para violino de Bach, cuja chacona em ré menor ele transcrevera para piano no ano anterior. E além disso é infuenciado por suas observações, ao longos dos anos, da ardente execução e da honesta personalidade musical de Joachim, o solista para quem o concerto desde o começo foi projetado.”
Como salientou o editorialista da amazon, a cadenza interpretada por Vengerov não é a de Joachim, e sim dele mesmo, Maxim Vengerov. O cabra é macho mesmo. Mexeu num dos cânones da interpretação violinística dos séculos XIX e XX.
Ah, o cd traz também a Sonata nº 3, para piano e violino, numa inspirada interprtação da mesma dupla Vengerov / Baremboim, sendo este último o responsável pelo piano.

Johannes Brahms – Violin Concerto in D major, Op. 77, Sonata for Violin & Piano No. 3 in D minor, Op. 108

1. I. Violin Concerto in D major, Op. 77 – Allegro non troppo
2. II. Adagio
3. III. Allegro giocoso, ma non troppo vivace
4. Sonata for Violin & Piano No. 3 in D minor, Op. 108 – I. Allegro
5. II. Adagio
6. III. Un poco presto e con sentimento
7. IV. Presto agitato

Maxim Vengerov – Violin
Chicago Symphony Orchestra
Daniel Baremboim – Piano e Conductor

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FDP Bach

Johannes Brahms (1833-1897) – Sonatas para Violoncelo e Piano

Eu sou meio viciado na gravação de Lynn Harrell e Vladimir Ashkenazy. Aquilo não desgruda de meus ouvidos e tendo a comparar qualquer outra versão com meu gold standard. Esta gravação de Jacqueline du Pré e Daniel Barenboim chega a abalar minha convicção, mas não a derruba. Estas sonatas são grandíssima música. A(s) música(s) de câmara é o gênero onde o gênio de Brahms mais impressiona. Quartetos, sextetos, sonatas, tudo beira a perfeição e ele difícilmente erra.

Imperdível!

Brahms – Sonatas para Violoncelo e Piano

1. Sonata for Cello & Piano in E minor, Op. 38 (1989 Digital Remaster): I – Allegro non troppo 12:24
2. Sonata for Cello & Piano in E minor, Op. 38 (1989 Digital Remaster): II – Allegretto quasi Menuetto 5:50
3. Sonata for Cello & Piano in E minor, Op. 38 (1989 Digital Remaster): III – Allegro 6:58

4. Cello Sonata No. 2 in F Op. 99 (1989 Digital Remaster): I. Allegro vivace 9:01
5. Cello Sonata No. 2 in F Op. 99 (1989 Digital Remaster): II. Adagio affettuoso 7:31
6. Cello Sonata No. 2 in F Op. 99 (1989 Digital Remaster): III. Allegro passionato 7:38
7. Cello Sonata No. 2 in F Op. 99 (1989 Digital Remaster): IV. Allegro molto 4:37

Jacqueline du Pré, violoncelo
Daniel Barenboim, piano

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PQP

Johannes Brahms (1833-1896) – Piano Concerto nº2 – Kovacevich – Davis

Existem certas obras que ficam em nossas cabeças, e nunca saem. Elas se estabelecem como verdadeiros cânones, e obviamente, servem de parâmetro para outras. Sem querer entrar no mérito da escolha pessoal, afinal já se diz tudo quando se fala em escolha pessoal. Uma das obras que fazem parte deste meu cânone pessoal é o Concerto para Piano nº 2, de Brahms. O considero um dos pilares da música ocidental, ao lado das obras de meu pai espiritual, Johann Sebastian. Não temo em colocá-lo ao lado dos Concertos de Brandemburgo, ou até mesmo das Variações Goldberg.

Abaixo reproduzo o belo texto produzido por Malcolm McDonald sobre este concerto:

“(…) o caráter da obra é muito mais como uma espécie de “Überkammermusik”, uma intimidade de discurso da música de câmera composta livremente dentro do veículo orquestral. O Concerto parece estender o campo das obras de Brahms para corda e piano, especialmente os quartetos com piano: há paralelos claros entre o movimento lento e o do op. 60, e alguns, prováveis, entre o scherzo e finale e aqueles do op. 26. Acima de tudo, o papel do solista é fluido, não fixado a uma simples postura retórica: ele ou ela deve, na verdade, imperar com o máximo poder em certas articulações, mas outros momentos pedem extrema delicadeza e limpidez de toque, a reticência e a discrição do acompanhador ideal. O finale exige um indecoroso – mas jamais deselegante – senso de diversão. E o próprio início da obra requer a habilidade de ser um parceiro de precisa equivalência na criação de uma das mais românticas de todas as aberturas de concerto, em que a tranquilidade da montanha e da floresta ressoa até as notas da trompa de Oberon.

Esta ventilação preliminar do primeiro tema origina uma ardente cadência do piano na veia mais vigorosa e muscular de Brahms, em si apenas preparação de um tutti orquestral abrasador e audacioso. A estratégia lembra o Concerto em mi bemol de Beethoven (em que provavelmente se inspirou), que, na verdade, é o progenitor da obra de Brahms, mas o efeito, aqui, é completamente diferente. O movimento excepcionalmente amplo de Brahms é com toda certeza um projeto de sonata, mas sua prodigiosa quantidade de material temático, na maior parte de admirável beleza, parece crescer, organicamente, de maneira radical, ramificando-se em vasta rede tonal de idéias interligadas. O piano realmente não apenas repete ou comenta os temas do tutti, mas se empenha num diálogo de enorme extensão, pela contínua variação deles. Como na similarmente “descansada” Segunda SInfonia, a escuridão e a paixão têm seu lugar, a primeira representada por repentinos lampejos de distantes áreas tonais, (…) e a última pelos mais coléricos e poderosos dos eloquentes momentos do piano.

O scherzo em si menor que se segue é onde o concerto chega mais perto da expressão trágica, sendo uma forma sonata extremamente concisa, em contraste com a do movimento de abertura, mais expansiva. Seu primeiro motivo, principalmente no piano e nas cordas graves) é nervoso e duramente impulsionado, de estreita relação com o espectral scherzo da primeira serenata em ré maior, mas embebido agora, de um fervor impetuoso. O segundo (alto nas cordas, piano acompanhando) uma pequena e obsessiva melodia repleta de patos resignado. Estes contrastes são fixados mais firmemente por uma repetição da capo da exposição, sendo depois decompostos num irado desenvolvimento. Este se mostra à altura de um novo arremesso de tensão, com a “pequena melodia” do segundo se demonstrando tão cheia de espírito de luta quanto a primeira. A salvação está perto, na forma de um repicante e handeliano tema em ré menor que irrompe no auge da tempestade e transforma a atmosfera em outra de robusta e vigorosa hilaridade, se expandindo para criar um trio central e muito inortodoxo para o movimento. A lógica da sonata exige, no entanto, que a trabalhada música do scherzo retorne: ela o faz em uma recapitulação que continua essencialmente os processos de desenvolvimento, sendo muito da contribuição original do piano cedido à orquestra, enquanto o solista reforça a tessitura com oitavas ressoantes. Premente e volátil até o fim, mas justamente habilitado pelo trio, a evitar a tragédia verdadeira, o movimento se precipita para um término de emocionante concisão.

Brahms nunca compôs um concerto para violoncelo, embora dissesse duas vezes que o exemplo de um outro compositor (primeiro o de Volkmann, depois o de Dvorák) lhe havia mostrado como podia ser feito. O andante do op. 83 começa com um solo de violoncelo confortador e cantante que mostra como ele não precisava de instruções e nos faz lamentar que de fato não tenha efetuado a experiência. (…) O piano nunca toma esta melodia. Em vez disso, ele a rodeia e medita sobre seu fundo de cena harmônico, em figuração filigranada e de máxima plasticidade, cuidadosamente planejada para dar a impressão de improviso improspectivo, enquanto leva de fato o desenvolvimento dos motivos até o ponto de dissolução. Piano e orquestra se empenham num diálogo mais agitado, mostrando que as tensões do scherzo não se dissiparam completamente. Então o piano apresenta num episódio de extraordinária ternura em fá sustenido maior e o solo de violoncelo volta com seu tema naquela tonalidade, antes de descer delicadamente para o si bemol tônico, a fim de anunciar a repetição da forma ternária, rematando o movimento na mesma atmosfera de calma analéptica com que o começou.

O finale em allegretto grazioso é uma mistura complexa de rondó e sonata que usa sua complexidade com jocosa despreocupação. Brahms jamais compôs um movimento que fosse de recreação mais genuína, nem mais felino no estado de espírito. As proporções permanecem régias, mas o leão agora se move com uma leveza de gatinho e uma graça precisa, inconsciente, de gato. O piano espalha temas cadenciados e instantaneamente memorizáveis, com uma profusão que parece inocente diante dos nossos ouvidos: mas a grande arte se acha em toda parte, na extraordinária quantidade de sutis contrastes rítmicos, no langor “cigano” da principal melodia do primeiro episódio (ou segundo motivo), que reproduz o registro e a tonalidade da oitava Dança Húngara, no espírito e no objetivo positivamente mozartianos dos epigramas atirados entre o piano e os solistas orquestrais favorecidos, na descansada mestria da orquestra, que permite a Brahms compor tuttis excelentes e audaciosos sem uma vez requerer trompetes ou tambores. A coda em poco piú presto é uma mescla inacreditável e inteiramente convincente de volubilidade e grandeza, apondo o selo final na realização de um concerto incomparável em projeto, inteligência e sensibilidade. “Civilização” pode ser um conceito ambivalente. Em seu melhor sentido ele designa algo como o Concerto para Piano em si bemol de Brahms.”  (MCDONALD, 248-251)

A interpretação é a mesma que procurei incansavelmente nos últimos vinte anos, até o dia em que uma bela alma a postou no avaxhome: Stephen Kovacevich ao piano e Colin Davis regendo a London Symphony. Repito as palavras de pqpbach, tem de se ouvir de joelhos, e agradecer aos céus pela possibilidade de apreciá-la. Trata-se de cd fora de catálogo, nem consta no site da amazon.

Johannes Brahms – Piano Concerto nº 2, in B Flat, op. 83

1 – Allegro non troppo
2 – Allegro apassionato
3 – Andante piú adagio
4 – Allegretto grazioso – un poco piú presto

Stephen Bishop Kovacevich – Piano
London Symphony Orchestra
Colin Davis – Conductor

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FDP Bach

Johannes Brahms (1833-1896) – 3 Sonaten, Scherzo, 4 Balladen – Krystian Zimerman

Senhores, devido a compromissos profissionais, durante aproximadamente uns três meses minha contribuição para com o blog diminuirá consideravelmente. Alguns projetos terão de ser adiados, algumas idéias malucas serão deixadas de lado, e até mesmo o simples ato de responder a algum comentário será em alguns momentos impossível de realizar. Portanto, deixo avisado antecipadamente, para que não seja interpretado como falta de educação.

Brahms sempre foi um de meus compositores favoritos, e sua obra para piano estava desprezada aqui no blog, com exceção de seus concertos. Resolvi, portanto, trazer sua obra pianística deste gênio com Kristian Zimerman, um dos melhores de sua geração. Trata-se de um cd duplo, infelizmente fora de catálogo, mas que traz um solista no apogeu de sua forma, tratando Brahms como deve ser tratado: respeito e dedicação. Espero que apreciem, trata-se de um de meus cds favoritos.

Johannes Brahms (1833-1896) – 3 Sonaten, Scherzo, 4 Balladen – Krystian Zimerman

CD 1

01 – Sonata No. 1 en do mayor Op. 1 – 1. Allegro
02 – Sonata No. 1 en do mayor Op. 1 – 2. Andante – attacca-
03 – Sonata No. 1 en do mayor Op. 1 – 3. Scherzo. Allegro molto e con fuoco
04 – Sonata No. 1 en do mayor Op. 1 – 4. Finale. Allegro con fuoco
05 – Sonata No. 2 en fa sost. menor Op. 2 – 1. Allegro non troppo, ma energico
06 – Sonata No. 2 en fa sost. menor Op. 2 – 2. Andante con espressione – attacca-
07 – Sonata No. 2 en fa sost. menor Op. 2 – 3. Scherzo. Allegro
08 – Sonata No. 2 en fa sost. menor Op. 2 – 4. Finale. Introduzione. Sostenuto – Allegro non trop
09 – Scherzo para piano en mi bemol menor, Op. 4

CD 2

01 – Sonata No. 3 para piano en fa menor, Op. 5 – 1. Allegro maestoso
02 – Sonata No. 3 para piano en fa menor, Op. 5 – 2. Andante. Andante espressivo – Poco piu lento
03 – Sonata No. 3 para piano en fa menor, Op. 5 – 3. Scherzo. Allegro energico
04 – Sonata No. 3 para piano en fa menor, Op. 5 – 4. Intermezzo. Andante molto
05 – Sonata No. 3 para piano en fa menor, Op. 5 – 5. Finale. Allegro moderato ma rubato – Piu mos
06 – Balladas Op 10 – 1. Andante (sobre la balada escocesa ‘Edward’)
07 – Balladas Op 10 – 2. Andante
08 – Balladas Op 10 – 3. Intermezzo. Allegro
09 – Balladas Op 10 – 4. Andante con moto

Kristian Zimerman – Piano

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 2 – BAIXE AQUI ´DOWNLOAD HERE

FDP Bach

Rossini (1792-1868), Schumann (1818-1856), Brahms (1833-1897), Wolf (1860-1903) – Harmonia Mundi – 50 years of music exploration – CD 23 de 29

Mais um dos 29 álbuns comemorativos dos 50 anos da Harmonia Mundi e nova confusão de alto nível. Claro que numa caixa dessas a intenção é mostrar o melhor do melhor dos 50 anos de uma super-gravadora e os CDs não têm grande unidade, mas como valem a pena conhecer! Destaque para… tudo! Nunca tinha ouvido essas músicas em interpretações tão boas.

A Sonata de Rossini mostra o que o compositor tem de melhor: o melodismo fácil e sedutor. Destaque para o estilo galante do irresistível Allegretto.

O belíssimo ciclo Amor e Vida de uma Mulher, de Schumann, a partir de poemas de Adelbert von Chamisso, o criador do imortal Peter Schlemihl — o homem que vende sua sombra ao diabo (NÃO DEIXEM DE LER) — é um dos ápices do romantismo. A interpretação de Bernarda Fink funciona maravilhosamente, ficando longe das loucuras escabeladas de algumas cantoras de que meu pai gostava e das quais não sei o nome — ainda bem! Fink valoriza as canções na medida certa, longe da apelação.

Ao lado das canções de Schumann, a sonata para clarinete e piano de Brahms é o ponto alto do CD, com destaque para o sonhador Andante um poco adagio magnificamente levado por Michel Portal.

Já os Goethe-Lieder de Wolf contrastam tanto com o restante do CD que não consigo escrever nenhuma frase a respeito. Loucuras desta coleção…

Gioacchino Rossini – Sonate a quattro en Si bémol majeur 14’55
1. Allegro Vivace
2. Andante
3. Allegretto
Ensemble Explorations

Robert Schumann – Frauenliebe und leben op.42 (Amor e Vida de uma Mulher) 20’20
4. Seit Ich Ihn Gesehen
5. Er, Der Herrlichste Von Allen
6. Ich Kann’s Nicht Fassen
7. Du Ring An Meinem Finger
8. Helft Mir, Ihr Schwestern
9. Susser Freund
10. An Meinem Herzen
11. Sun Hast Du Mir Den Ersten Schmerz Getan
Bernarda Fink, mezzo soprano
Roger Vignoles, piano

Johannes Brahms – Sonate pour clarinette et piano op.120 n°1 24’44
12. Allegro Appassionato
13. Andante Un Poco Adagio
14. Allegretto Grazioso
15. Vivace
Michel Portal, clarinet
Georges Pludermacher, piano

Hugo Wolf – Goethe-Lieder avec orchestre 19’19
16. Mignon
17. Der Rattenfanger
18. Harfenspieler I
19. Harfenspieler II
20. Harfenspieler III
21. Anakreons Grab
Juliane Banse, soprano
Dietrich Henschel, baritone
Rundfunkchor Berlin, dir.Simon Halsey
German Symphony Orchestra Berlin
Kent Nagano, conductor

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PQP

Rubinstein no Recife (Post – texto e som – feito só por amigos)

O escritor Fernando Monteiro (dois links diferentes sobre o nome) nos envia este e-mail:

PQP,

uma informação — meio perdida no tempo — que é interessante, talvez, trazer para essa verdadeira hommage (justíssima) a RUBINSTEIN, na qual está se constituindo a dupla postagem que você fez (com intervenções de todos os “jovens” — com e sem aspas — que amam a grande Música e acessam o PQP Bach), é a seguinte: numa terça-feira chuvosa de junho, Arthur Rubinstein se apresentou aqui no Recife, no Theatro de Santa Isabel — conservando-se a grafia da época e o “de” que nós, recifenses, sabemos que se deve usar (assim como a própria cidade é “o” Recife e não “a” Recife, como às vezes ouvimos, com os ouvidos ofendidos como por uma nota musical errada…).

Então, no dia 9 de junho de 1931, estava o ainda jovem — porém já mundialmente consagrado — Rubinstein aqui na cidade maurícia, “dando um concerto” que foi assim descrito, em fragmento do comentário do jornalista Mário Melo:

Magnífico, sob todos os aspectos, o concerto de Rubinstein, nome que Pernambuco admira como um dos maiores pianistas da atualidade. Não há necessidade de repetir elogios ao maravilhoso musicista. A mesma técnica formidável, o mesmo sentimento encantador. Arrebatador, por sinal, na interpretação de Petronchka, de Stravinsky, e na “Polonesa” de Chopin. O velho theatro vibrou em aplausos ao formidável artista”…

Abraço.

Fernando.

Ao mesmo tempo, peço a FDP Bach — o Bach mais romântico de toda a família — uma grande gravação de Rubinstein. Uma daquelas imbatíveis. Ele é apaixonado por uma que baixou há anos na rede, mas o CD inexiste. Provavelmente foi montado, por alguém que sabe o que é bom, a partir dos CDs das gravações completas do nobre mestre Rubis.

F D P diz:
não tenho informações sobre o disco. Só sei que é Rubinstein no segundo de Brahms e no 23 de Mozart.
P Q P diz:
OK. eu pergunto no pqp e os caras respondem a orquestra, regente, tudo. Sempre aparece alguém(ns) que conhece
F D P diz:
posso arriscar um palpite?
P Q P diz:
sim
F D P diz:
Barbirolli no concerto de Brahms, e o Krips no de Mozart..
F D P diz:
ou aquela orquestra da RCA que sempre acompanhava ele..
P Q P diz:
Barbirolli é um excelente chute. Krips é de comer?
F D P diz:
nossa, não conhece Joseph Krips?
P Q P diz:
não lembro
P Q P diz:
Mas tem de bacon?
F D P diz:
Um baita dum regente de Mozart…
F D P diz:
acho que tem de bacon sim…
F D P diz:
A versão de rubinstein do 23º e do 21º são as minhas favoritas
F D P diz:
Imbatíveis

Etc.

Brahms – Concerto n° 2
01. Allegro non troppo
02. Allegro Appassionato
03. Andante
04. Allegretto Grazioso

Mozart – Concerto n° 23
05. Allegro
06. Adagio
07. Allegro Assai

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PQP

Johannes Brahms (1833-1897) – Os dois Sextetos de Cordas

Dia desses, um amigo que também ama Johannes Brahms me telefonou para fazer elogios AO Sexteto de Brahms. É claro que achei que os louvores eram para o Sexteto Nº 1, só que ele se referiu a um segundo movimento Scherzo… Bom, o motivo do telefonema era o Nº 2! Olha, não chego a estranhar. Quando alguém fala NO Quarteto para Piano é a mesma coisa: cada vivente parece ter o seu preferido. Uma vez, eu e FDP fizemos a mesma confusão. Ele falava de um pelo MSN e eu de outro.

É que Brahms erra muito pouco. Quase tudo é denso, quase tudo é de primeira linha. É um tremendo compositor. Hoje à tarde, peguei este CD da Naxos e pude comprovar que o Sexteto Nº 2 em nada fica a dever a MEU preferido, ou ex-preferido, sei lá. É incrível, Brahms não parece ter sido imaturo; sim, ele teve uma grande e lógica evolução, mas esta não parte da imaturidade. Vá ser bom assim em Hamburgo! Mostro a vocês este CD para vocês possam fazer sua escolha, ou não.

Todas as músicas aqui citadas e inclusive as postadas já estão em nosso blog. É que FDP, outro apaixonado por Brahms, já postou a integral da obra de câmara do queridinho de Clara Schumann (não a nossa, a outra) em extraordinários registros. Então, esta postagem é só para dizer que Brahms abriga-se no melhor lugar de meu coração de pedra (vide post anterior).

P.S.- É acachapante a superioridade da versão postada por FDP dos Sextetos em relação a esta que ora posto!

Brahms – Os dois Sextetos de Cordas

1. String Sextet No. 1, B flat major, Op. 18: Allegro ma non troppo 11:03
2. String Sextet No. 1, B flat major, Op. 18: Andante ma moderato 9:32
3. String Sextet No. 1, B flat major, Op. 18: Scherzo: Allegro molto 2:50
4. String Sextet No. 1, B flat major, Op. 18: Rondo: Poco allegretto e grazioso 9:35

5. String Sextet No. 2, G major, Op. 36: Allegro non troppo 10:13
6. String Sextet No. 2, G major, Op. 36: Scherzo: Allegro non troppo 6:54
7. String Sextet No. 2, G major, Op. 36: Poco adagio 10:06
8. String Sextet No. 2, G major, Op. 36: Poco allegro 6:20

Stuttgart String Sextet

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