Pe. João de Deus de Castro Lobo e as Matinas de Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo (Acervo PQPBach)

2q8zekw Matinas de Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo

Pe. João de Deus de Castro Lobo

Coral Porto Alegre e Orquestra

O Padre João de Deus de Castro Lobo é aquele que, junto com o Padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), praticamente encerra o ciclo de compositores brasileiros do período colonial. Nasceu em Vila Rica (atual Ouro Preto) no ano de 1794, em uma família de músicos. Seu pai, Gabriel de Castro Lobo, foi regente na Irmandade do Santíssimo Sacramento na Freguesia do Pilar, de 1787 à 1816. Seu irmão Carlos de Castro Lobo foi exímio organista, e transferiu-se para o Rio de Janeiro para trabalhar na Capela Imperial. Pouco se sabe, entretanto sobre a vida de João de Deus.

Sua primeira atuação registrada como músico profissional foi em 1811 quando, aos 17 anos, fez parte do grupo de músicos que atuou na temporada da Casa de Ópera de Vila Rica. Ordenou-se Padre em 1821, recebendo sua formação religiosa no Seminário de Mariana. Na mesma cidade foi mestre-de-capela da Sé e organista da Ordem 3ª da Penitência. Atuou ainda, segundo registros, como organista da Ordem 3ª de N. Sra. do Monte do Carmo de Ouro Preto. Faleceu precocemente em Mariana no ano de 1832, deixando incompletos os “Responsórios fúnebres”, sua última obra.

As obras que chegaram aos nossos dias – pouco mais de 40 – consistem quase integralmente de peças sacras destinadas aos diversos serviços religiosos. Uma única exceção é a “Abertura em Ré M”. Das obras sacras destacam-se “Te Deum em Lá m”, a “Missa em Ré M”, o “Credo em Fá M” e, principalmente, a “Missa e Credo a 8 vozes” onde, em seu estilo pré-romântico, nota-se a influência da ópera italiana. O ousado contorno das melodias, o virtuosismo vocal e instrumental e o brilhantismo da orquestração distinguem o compositor de seus contemporâneos.O oficio de “Matinas” é a mais longa das horas do Ofício Divino e é cantado durante a madrugada. É dividido em três Noturnos, cada um deles composto por três Responsórios, que são numerados de I a IX, consecutivamente. O Responsório IX (3º do Noturno III) pode ser substituido por um Te Deum, em ocasiões solenes. É o caso das “Matinas de Natal” do Padre João de Deus, que possuem apenas oito responsórios.

No Brasil, durante o século XVIII, os responsórios I, III, VI e VIII eram cantados repetindo-se a segunda parte, normalmente um alegro, após o verso e o gloria patri, o que dava a esses responsórios a seguinte forma: a/b/c/b/d/b. Atualmente, e também nesta gravação, omite-se a repetição intermediária do allegro, após o verso.

Nos arquivos musicais brasileiros são encontradas um número enorme de Matinas “postas em música” pelos mais diversos compositores dos séculos XVIII e XIX, a maior parte delas dedicadas à Semana Santa. Outras tantas foram compostas em honra a um determinado Santo ou para outro período do calendário litúrgico. De Castro Lobo são conhecidas três Matinas: as de São Vicente, as de Natal e as de N. Sra. da Conceicão. Nas duas primeiras o compositor aproveitou trechos com a mesma música, modificando o texto e adequando a prosódia. Assim, o Responsório VIII da de São Vicente tem a mesma música do Responsório VII das Matinas de Natal. A música das Matinas de N. Sra. da Conceição é, na verdade, aproveitamento de trechos de outras obras, levantando a hipótese de não ser trabalho original do compositor, mas um “arranjo” posterior feito para homenagear a Santa.

As “Matinas de Natal” de João de Deus de Castro Lobo foram escritas para solistas, coro a 4 vozes e orquestra, composta de duas flautas, duas trompas e o quinteto de cordas. O tratamento dado aos instrumentos é bastante idiomático. Nos sopros, as trompas limitam-se ao reforço harmônico. As flautas são tratadas com mais desenvoltura, dobrando os violinos ou atuando como solista (verso do Responsório VII). Nas cordas, os violinos têm uma função concertante, costurando as frases do coro, que recebe um tratamento mais homofônico. Os solos vocais, bastante ornamentados, exigem cantores de sólidos recursos e revelam a influência do “bel canto”.

A gravação aqui registrada é a segunda de uma série que começou com as “Novenas” do Padre José Maurício. A partitura das “Matinas de Natal” de João de Deus de Castro Lobo foi montada a partir dos manuscritos da partes vocais e instrumentais depositados no arquivo da Lira Sanjoanense, por Aluizio Viegas e teve no Maestro Ernani Aguiar seu primeiro intérprete em tempos modernos.
(André Cardoso, Regente e Professor na Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ, extraído do encarte)

Palhinha: ouça o 5º Responsório – 1. O Magnum Mysterium

Matinas do Natal
Pe. João de Deus de Castro Lobo (Vila Rica, 1794 – Mariana, 1832)
01. Matinas do Natal – 1º Invitatório – Christus Natus Est
02. Matinas do Natal – 2º Responsório – 1. Hodie Nobis Caelorum Rex
03. Matinas do Natal – 2º Responsório – 2. Gaudet Exercitus Angelorum
04. Matinas do Natal – 2º Responsório – 3. Gloria in Excelsis Dei
05. Matinas do Natal – 2º Responsório – 4. Gloria Patri
06. Matinas do Natal – 2º Responsório – 5. Gaudet Exercitus Angelorum
07. Matinas do Natal – 3º Responsório – 1. Hodie Nobis de Caelo Pax Vera
08. Matinas do Natal – 3º Responsório – 2. Hodie per Totum Mundum
09. Matinas do Natal – 3º Responsório – 3. Hodie Illuxit Nobis
10. Matinas do Natal – 3º Responsório – 4. Hodie per Totum Mundum
11. Matinas do Natal – 4º Responsório – 1. Quem Vidistis Pastores
12. Matinas do Natal – 4º Responsório – 2. Natum Vidimus
13. Matinas do Natal – 4º Responsório – 3. Dicite Quidnam Vidistis
14. Matinas do Natal – 4º Responsório – 4. Gloria Patri
15. Matinas do Natal – 4º Responsório – 5. Natum Vidimus
16. Matinas do Natal – 5º Responsório – 1. O Magnum Mysterium
17. Matinas do Natal – 5º Responsório – 2. Beata Virgo
18. Matinas do Natal – 5º Responsório – 3. Ave Maria
19. Matinas do Natal – 5º Responsório – 4. Beata Virgo
20. Matinas do Natal – 6º Responsório – 1. Beata Dei Genitrix
21. Matinas do Natal – 6º Responsório – 2. Hodie Genuit Salvatorem Saeculi
22. Matinas do Natal – 6º Responsório – 3. Beata Quae Credidit
23. Matinas do Natal – 6º Responsório – 4. Hodie Genuit Salvatorem Saeculi
24. Matinas do Natal – 7º Responsório – 1. Sancta et Immaculata
25. Matinas do Natal – 7º Responsório – 2. Quia Quem Caeli
26. Matinas do Natal – 7º Responsório – 3. Benedicta Tu in Mulieribus
27. Matinas do Natal – 7º Responsório – 4. Gloria Patri
28. Matinas do Natal – 7º Responsório – 5. Quia Quem Caeli
29. Matinas do Natal – 8º Responsório – 1. Beata Viscera
30. Matinas do Natal – 8º Responsório – 2. Quia Hodie Pro Salute Mundi
31. Matinas do Natal – 8º Responsório – 3. Dies Santificatus
32. Matinas do Natal – 8º Responsório – 4. Quia Hodie Pro Salute Mundi
33. Matinas do Natal – 9º Responsório – 1. Verbum Caro Factum Est
34. Matinas do Natal – 9º Responsório – 2. Et Vidimus Gloriam Ejus
35. Matinas do Natal – 9º Responsório – 3. Omnia per Ipsum
36. Matinas do Natal – 9º Responsório – 4. Gloria Patri
37. Matinas do Natal – 9º Responsório – 5. Et Vidimus Gloriam Ejus

Este CD é mais uma colaboração do maestro, compositor e musicólogo Harry Crowl Jr. Não tem preço!

Pe. João de Deus de Castro Lobo: Matinas de Natal – 2001
Coral Porto Alegre e Orquestra
Direção: Ernani Aguiar

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• Vida e obra de Castro Lobo, por Paulo Castagna: AQUI

• Partituras de autores brasileiros: AQUI

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Captura de Tela 2017-09-19 às 16.20.15

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Senhora Del Mundo – Collegium Musicum de Minas (Acervo PQPBach)

15d743q“Senhora Del Mundo” é linguagem em movimento. É o contrário do idioma que morreu por falta de uso, uma vez que os sinais musicais não descrevem imagens evidentes, mas traduzem intuições de tempo e espaço. Por isso, o que provêm do passado são os discursos subtendidos em cada representação.


“Senhora Del Mundo” é linguagem miscigenada, e consta de composições ibéricas dos séculos XVI e XVII, e, também, de composições coloniais latino-americanas.

É característica da música ibérica a presença de estruturas que remontam à tradição do canto monódico medieval e à polifonia franco-flamenga, e estas transmigraram para a música colonial.

Tais estruturas discursam, por definição, a sensação de estabilidade, porque nelas as tensões são minimizadas, ou suprimidas. Porém, quando há indecisão no uso delas, possibilita-se ao ouvinte sensação de instabilidade. Isto ocorre, por exemplo, nas músicas de Manuel Rodriges Coelho (1555-1623) e Manoel Dias de Oliveira (1738-1813).

Transformamos, portanto, em experiência auditiva um jogo entre o estável e o instável, e através dele buscamos expressar desejos de permanência e transcendência.

Enriquecem esse jogo as tendências simplificadoras da linguagem musical, que brotavam tanto no ambiente profano, que gerou os cancioneiros, quanto no sagrado. Isso ocorria devido à necessidade de melhor expressar a palavra pela música. Teve a América, então, acesso às formas simplificadas de polifonia e aos princípios da homofonia tonal.

Nossa interpretação explicita a impossibilidade de dissociar a informação objetiva de sua apreensão subjetiva. Se por um lado, nos ensinaram os europeus seus sistemas musicais, por outro, personalizamos tais ensinamentos e passamos a nos mostrar neles. Para isso, incorporamos à linguagem musical européia outros significados, justamente aquele herdado dos africanos e dos indígenas – e assim, nos revelamos em unidade.

(José Eduardo Costa Silva, extraído do encarte)

Palhinha: ouça: 03. Tarambote – Flautas Doces, Violino Barroco, Guitarra Barroca, Cravo, Rabecão e Percussão, fundo musical de um vídeo de um atelier português de azulejos.

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Pe. Manuel Rodrigues Coelho (Portugal, 1555-1623)
01. Verso Do 1º Tom – Flatua Doce, Flauta Traverso, Violino Barroco, Tiorba, Cravo, Rabecão E Percussão
Fr. Manuel Cardoso (Portugal, 1571-1650)
02. Benedictus – Da Missa ‘Veni Sponsa Christi, – Coro E Flauta Doce
Anônimo português (Séc. XVII)
03. Tarambote – Flautas Doces, Violino Barroco, Guitarra Barroca, Cravo, Rabecão E Percussão
Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
04. Moteto ‘Bajulans’ – Coro, Violas Da Gamba, Rabecão E Flauta Doce
Anônimo português (Séc. XVI)
05. Vilancicos ‘Por Que Me Não Ves Joana’ – Coro, Alaúde E Viola Da Gamba
Juán Pérez Bocanegra (Peru, 1631)
06. Hanacpachap Cussicuinin – Coro, Flautas Doces, Flauta Traverso, Guitarra Barroca, Cravo, Rabecão E Percussão
Anônimo português (Séc. XVI)
07. Senhora Del Mundo – Flauta Doce, Flauta Traverso, Alaúde E Percussão
08. Venid A Suspirar – Coro
09. Vilancicos ‘Desesperança Vos Vestides’ – Flautas Doces, Flauta Traverso, Alaúde, Viola Da Gamba, Cravo, Rabecão E Percussão

Juan del Encina (Espanha, ca.1468-1529)
10. Vilancicos ‘Si Abra En Este Baldres, Partitesos, Mis Amores E Levanta Pascual’ – Flauta Doce, Alaúde, Cravo, Rabecão E Percussão 2
Anônimo, Brasil
11. Dona Branca – Flautas Doces, Alaúde, Rabecão, Viele De Roda E Percussão 2
Rei D. João IV, de Portugal (1604-1656)
12. Dança – Flautas Doce, Alaúde, Viola Da Gamba, Cravo, Rabecão E Percussão 2
Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
13. Motetos ‘Assumpta Est E Exaltata Est’ – Coro, Tiorba, Cravo, Rabecão E Percussão 2
Anônimo Jesuítico – Missão de Chiquitos (Sec. XVIII)
14. Arias ‘Euge Serve Bone, Fidelis Servus, Serve Bone’ – Flautas Doces, Flauta Traverso, Cravo, Rabecão E Percussão 2
15. Regina Caeli – Coro, Viele De Roda, Flautas Doce, Flauta Traverso, Violino Barroco, Guitarra Barroca, Cravo, Rabecão E Percussão 2

Senhora Del Mundo – 1998
Collegium Musicum de Minas
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Avicenna

Antonio dos Santos Cunha (1786-1815) – Responsórios para o Officio da Sexta-Feira Santa – Ensemble Turicum (Acervo PQPBach)

118lgkkAntonio dos Santos Cunha
Responsórios para o Officio da Sexta-Feira Santa
Ensemble Turicum

Agora que o mundo finalmente abriu os olhos para os tesouros das artes plásticas e arquitetônicas do final do séc. XVIII da região de Minas Gerais, o Ensemble Turicum revela todo o esplendor da música de Antonio dos Santos Cunha. Ela constitui uma amálgama excepcional de ópera italiana com a melancolia portuguesa e a ternura tropical brasileira, dando aqui vida a uma maravilhosa música profunda e expressiva. (extraído do encarte)

Antonio dos Santos Cunha (1786 – 1815)
Responsórios para o Officio da Sexta-Feira Santa
01. Responsorium I: Ut vivificaret – 1. Sicut ovis (in I Nocturno)
02. Responsorium I: Ut vivificaret – 2. Tradidit (in I Nocturno)
03. Responsorium II: Quia in te – 1. Jerusalem (in I Nocturno)
04. Responsorium II: Quia in te – 2. Deduc (in I Nocturno)
05. Responsorium III: Quia venit – 1. Plange (in I Nocturno)
06. Responsorium III: Quia venit – 2. Accingite/Plange (in I Nocturno)
07. Responsorium IV : Nam et ille – 1. Recessit (in II Nocturno)
08. Responsorium IV : Nam et ille – 2. Dextruxit (in II Nocturno)
09. Responsorium V : Si est dolor – 1. O vos omnes (in II Nocturno)
10. Responsorium V : Si est dolor – 2. Attendite (in II Nocturno)
11. Responsorium VI : Et erit in pace – 1. Ecce quomodo (in II Nocturno)
12. Responsorium VI : Et erit in pace – 2. Tamquam agnus (in II Nocturno)
13. Responsorium VI : Et erit in pace – 3. Ecce quomodo (in II Nocturno)
14. Responsorium VII : Adversus – 1. Astiterunt (in III Nocturno)
15. Responsorium VII : Adversus – 2. Quare (in III Nocturno)
16. Responsorium VIII : Factus sum – 1. Aestimatus (in III Nocturno)
17. Responsorium IX : Ponentes milites – 1. Sepulto Domino (in III Nocturno)
18. Responsorium IX : Ponentes milites – 2. Accedentes/Domino (in III Nocturno)
19. Fragmentos da Liturgia do Sábado Santo – I: Aestimatus sum/Cum descendentibus
19. Fragmentos da Liturgia do Sábado Santo – II: Sepulto Domino/Signatus est
19. Fragmentos da Liturgia do Sábado Santo – III: In pace in idipsum/Dormiam
19. Fragmentos da Liturgia do Sábado Santo – IV: Caro mea/Requiescet
19. Fragmentos da Liturgia do Sábado Santo – V: Sepulto Domino

Responsórios para o Officio da Sexta-Feira Santa – 2005
Ensemble Turicum
Direção: Luiz Alves da Silva & Mathias Weibel

Martina Fausch, Vera Ehrensperger, Annette Labusch, sopranos
Elizabeth Bachmann, contrallto
Luiz Alves da Silva, Beat Mattmüller, contratenores

Reto Hofstetter, Frédéric Gindraux, tenor
Thomas Moser, baritono
Flávio Matias, baixo

Mathias Weibel, Monika Baer, Giulio d’Alessio, Renate Steinmann, Susanna Hefti, Mario Huter, violinos
Kaspar Singer, Hristo Kouzmanov, violoncellos
Matthias B. Frey, violone
Rogério Gonçalves, fagote
Lorenz Raths, Patrik Gasser, trompas
Daniel Rüegg, órgão

Nossos agradecimentos ao maestro, musicólogo e compositor Harry Crowl Jr por mais esta valiosa contribuição!
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Avicenna

André da Silva Gomes (1752-1844): Missa em Si bemol, a 5 vozes e orquestra & Noturnos de Natal (Acervo PQPBach)

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André da Silva Gomes

Música do Brasil Colonial

Brasilessentia Grupo Vocal e Orquestra
Regente: Vitor Gabriel

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Missa em Si bemol, a 5 vozes e orquestra, c. 1800 (Cat.Temat. Regis Duprat, nº 40) – Transcrição musicológica: Vitor Gabriel

Chegaram até nós 18 missas compostas por André da Silva Gomes, sete das quais, em cópias posteriores, são de difícil datação.

A Missa a 5 vozes, transcrita por Vitor Gabriel, é uma copia de Manoel José Gomes, datada de 1831. Manoel José Gomes, pai de Antônio Carlos Gomes, nosso maior compositor lírico do século XIX, é autor de inúmeras cópias de compositores do período colonial brasileiro. Os manuscritos dessa Missa integram o acervo de manuscritos musicais do Museu da Inconfidência de Ouro Preto (Catálogo Duprat-Baltazar, n° 269, de Manuscritos do Museu da Inconfidência de Ouro Preto, e Catálogo Duprat, n° 40, das obras de André da Silva Gomes). Assim consta de seu título: Missa a 5 vozes dois violinos Trompas/i Basso; pelo Sr. Te. Coronel Andre/da Silva Gomes/De/Manoel José Gomes. (extraído do encarte).

Noturnos de Natal, 1774 (Cat.Temat. Regis Duprat, nº 20) – Transcrição musicológica: Rogério Duprat

1183z39No conjunto da obra de André da Silva Gomes os Noturnos de Natal aqui apresentados são obra de juventude; escreveu-os com cerca de 22 anos, recém investido nas funções de mestre-de-capela da Sé de São Paulo. O título original diz: Noturno/In festo Nativitatis Domini/Di Andrea da Sª Gomes.

As Matinas, ou Noturnos de Natal, assim chamados porque eram executados na madrugada do dia de Natal, contém oito Responsórios, todos tripartidos em Allegro, Fugato e Andante. (extraído do encarte).

André da Silva Gomes (Lisboa, 1752 – São Paulo, SP, 1844)
01. Missa a 5 vozes (c. 1800) 01. Kyrie eleison
02. Missa a 5 vozes (c. 1800) 02. Christe eleison
03. Missa a 5 vozes (c. 1800) 03. Kyrie eleison
04. Missa a 5 vozes (c. 1800) 04. Glória in excelsis/Et in terra pax
05. Missa a 5 vozes (c. 1800) 05. Laudamus
06. Missa a 5 vozes (c. 1800) 06. Gratias
07. Missa a 5 vozes (c. 1800) 07. Domine Deus
08. Missa a 5 vozes (c. 1800) 08. Qui tollis
09. Missa a 5 vozes (c. 1800) 09. Quoniam
10. Missa a 5 vozes (c. 1800) 10. Cum Sancto Spiritu
11. Noturnos de Natal (1774) 1º Responsório
12. Noturnos de Natal (1774) 2º Responsório
13. Noturnos de Natal (1774) 3º Responsório
14. Noturnos de Natal (1774) 4º Responsório
15. Noturnos de Natal (1774) 5º Responsório
16. Noturnos de Natal (1774) 6º Responsório
17. Noturnos de Natal (1774) 7º Responsório
18. Noturnos de Natal (1774) 8º Responsório

Música do Brasil Colonial – 2004
Brasilessentia Grupo Vocal e Orquestra
Regente: Vitor Gabriel
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Recife

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Música na Catedral de São Paulo – Brasilessentia Grupo Vocal & Orquestra de Câmara da UNESP (Acervo PQPBach)

14np6h4Música na Catedral de São Paulo
Brasilessentia Grupo Vocal
Vitor Gabriel, regente

Orquestra de Câmara da UNESP
Ayrton Pinto, diretor artístico

As obras aqui gravadas representam uma mostra das mais de 450 composições referentes à Série Manuscritos Musicais dos Séculos XVIII-XIX da Seção de Música do Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo (ACMSP), que pertenceram ao antigo arquivo musical da Catedral, selecionadas e transcritas pela equipe responsável por sua organização e catalogação.

O acervo musical preservado no Arquivo da Cúria Metropolitana começou a ser constituido na Catedral de São Paulo em 1774, quando da chegada do compositor português André da Silva Gomes (1752- 1844), para exercer a função de mestre de capela. Até as primeiras décadas do séc. XIX, predominaram no arquivo as cópias do próprio A. S. Gomes e, em menor número, as dos músicos Floriano da Costa e Silva e Antonio Joaquim de Araújo, surgindo, como copistas predominantes, em meados deste século, os mestres de capela Antonio José de Almeida e Joaquim da Cunha Carvalho. A maioria das obras copiadas até essa fase filia-se, esteticamente, à música religiosa europeia da segunda metade do séc. XVIII e de inícios do séc. XIX, relacionada, sobretudo, ao repertório musical da Sé Patriarcal de Lisboa naquele periodo.

O jornal Correio Paulistano informava, em 01/10/1861, que o repertório da Catedral carecia de renovação e que lá ainda se ouviam músicas do tempo de D. José I (1750-1777) e de D. João VI (1792-1821), como as de André da Silva Gomes, Marcos Portugal (1762-1830) e José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), considerando a única música progressista da cidade, naquele momento, a militar … Na segunda metade do séc. XIX, entretanto, o arquivo da Catedral foi ampliado, pela incorporação de uma grande quantidade de cópias feitas por músicos locais (a maioria delas por João Nepomuceno de Souza) ou então trazidas de outras regiões brasileiras e do exterior, a maioria ligada ao estilo operístico italiano do séc. XIX. Em 25/01/1864, na festa do padroeiro da cidade, os moços do coro da Catedral, membros da Sociedade Musical Paulistana e o organista Hermenegildo José de Jesus, regidos por Antonio José de Almeida e pelo então mestre de capela Joaquim da Cunha Carvalho, executaram obras sacras recém trazidas de Roma pelo Cônego Joaquim do Monte Carmelo.

É muito provável que, na transição do século XIX para o XX, grande parte desse arquivo ainda estivesse na Catedral de São Paulo. Parte dos manuscritos relacionados ao arquivo pode ter permanecido com músicos particulares. Cópias realizadas por músicos que atuaram nessa igreja, como André da Silva Gomes, Romualdo Freire Vasconcelos, Antonio José de Almeida, Floriano da Costa e Silva, por exemplo, foram preservadas no Arquivo Veríssimo Glória (músico que trabalhou em São Paulo no inicio do séc. XX), atualmente de propriedade do musicólogo Regis Duprat. Provavelmente pela perda de interesse da maior parte do repertório sacro dos séculos XVIII e XIX, decorrente da tendência de depuração do “funesto influxo que sobre a arte sacra exerce a arte profana e teatral“, regulamentada no Motu Proprio (1903) do Papa Pio X, as obras remanescentes do arquivo musical foram retiradas da Catedral em inícios do século XX. Recolhido na Cúria Metropolitana, então na Praça Clóvis Bevilacqua, lá permaneceu até sua transferência para o atual espaço no bairro do Ipiranga, inaugurado em 30/ 11/1984.

Furio Fransceschini (1880-1976), mestre de capela desde 1908, não conheceu integralmente o arquivo musical, nem na Catedral nem na Cúria. Entretanto, no concerto que organizou em homenagem ao centenario da morte de José Maurício Nunes Garcia em 16/12/1930, na Igreja de Santa Ifigênia (onde então funcionava a Sé, pois fora demolida a antiga Catedral), Franceschini incluiu no programa o hino Ave maris stella de André da Silva Gomes, para 4 vozes e órgão, cujo manuscrito autógrafo localizou no Arquivo da Cúria, em uma caixa com 17 composições, organizada entre 1929-30. Esta e outra caixa com 14 peças resultaram da iniciativa de Francisco de Salles Collet e Silva, primeiro diretor do Arquivo (1918-1934), de organizar o antigo arquivo musical da Catedral, dedicando-se apenas a algumas obras, provavelmente às que ainda encontrassem função nas concepções de música sacra estabelecidas no século XX.

Se Collet e Silva chegou a planejar uma organização para o acervo musical do Arquivo da Cúria, infelizmente não chegou a empreendê-la em sua totalidade: até a década de 60, receberam número de catálogo mais alguns manuscritos e cerca de 30 volumes de música litúrgica, impressos nos sécs. XIX e XX. Clóvis de Oliveira, que em 1946 escreveu a primeira monografia sobre André da Silva Gomes (publicada em 1954), não conhecia nenhum outro manuscrito com música desse mestre de capela no Arquivo da Cúria, além do citado Ave maris stella.

Foi somente no final da década de 50 que o musicólogo Francisco Curt Lange tomou conhecimento do importante material ali existente. Interessado no desenvolvimento das pesquisas em acervos musicais paulistas, Curt Lange estimulou Regis Duprat a iniciar em 1959, seus estudos no Arquivo da Cúria Metropolitana de São Paulo. Duprat começou sua pesquisa pioneira no Arquivo da Cúria em 1960, publicando um catálogo de obras, de André da Silva Gomes em seu livro Música na Sé de S.P. Colonial (São Paulo: Paulus, 1995).

Transferido para o Ipiranga em 1984, juntamente com a documentação referente ao Bispado de São Paulo, os manuscritos musicais ali chegaram sem qualquer organização, enquanto os livros litúrgicos se dispersaram da cota original. Por iniciativa do Chefe do Arquivo, Jair Mongelli Jr., entre 1987-88, os manuscritos foram empacotados em 16 volumes, sem ordem definida, assim permanecendo até maio de 1996, quando iniciamos sua organização. Nessa época, constituimos a Equipe de Organização e Catalogação da Seção de Música do ACMSP – formada pelos pesquisadores Paulo Castagna (coordenador), Fabio del’ Antonio Taveira, Fernando Pereira Binder, Ivan Chaves Nunes e pelo Maestro Vitor Gabriel – equipe que também trabalhou para a realização desta gravação.
(Paulo Castagna e Vitor Gabriel, extraído do encarte, 1998)

Sigismund Ritter von Neukomm (1778-1858)
Libera me (para a Absolvição e Inumação na Missa dos Mortos)
01. 1. Libera me
02. 2. Tremens factus
03. 3. Quando caeli – Dies illa
04. 4. Requiem
05. 5. Libera me
06. 6. Kyrie
07. 7. Requiescat

Pietro Terziani (Roma, 1765-1831)
08. Mihi autem nimis (Ofertório da Missa de Santo André Apóstolo)
José Alves (Portugal, sec. XVIII)
Dixit Dominus (Salmo 109)
09. 1. Dixit Dominus
10. 2. Donec ponam
11. 3. Juravit Dominus
12. 4. Tu es sacerdos
13. 5. Gloria Patri
14. 6. Sicut erat

José Gomes Veloso (Portugal, séc. XVIII)
Iste sanctus (Anfífona de Magnificat das Primeiras Vésperas de um Mártir, fora do Tempo Pascal)
15. 1. Dixit Dominus
16. 2. Et a verbis impiorum
17. 3. Fundatus enim

José Joaquim dos Santos (Portugal, c.1747-1801)
Lauda Sion (Sequência da Missa da Festa do Corpo de Deus)
18. 1. Lauda Sion Salvatorem
19. 2. Sub diversis speciebus
20. 3. Amen

André da Silva Gomes (Lisboa, 1752 – São Paulo, SP, 1844)
Confitebor Tibi Domine (Salmo 110)
21. 1. Confitebor Tibi Domine
22. 2. Sanctum et terribile
23. 3. Intellectus bonus
24. 4. Gloria Patri
25. 5. Sicut erat

André da Silva Gomes (Lisboa, 1752 – São Paulo, SP, 1844)
26. O vos omnes (Moteto para o depósito da Imagem do Senhor dos Passos)
Anônimo (Séc. XVIII)
Procissão do Enterro (Para Sexta-feira Santa)
27. 1. Heu! Heu!
28. 2. Pupilli facti sumus
29. 3. Cecidit corona
30. 4. Spiritus cordis
31. 5. Æstimatus sum
32. 6. Sepulto Domino
33. 7. In pace factus est
34. 8. In pace in idipsum
35. 9. Caro mea

Antônio José de Almeida (S. Paulo, 1816-1876)
36. Música para Verônica, na Procissão do Enterro de Sexta-feira Santa – O vos omnes
Antônio José de Almeida (S. Paulo, 1816-1876)
Ladainha de Nossa Senhora
37. 1. Kyrie eleison
38. 2. Pater de cælis
39. 3. Sancta Maria
40. 4. Sancta Virgo
41. 5. Mater divinæ
42. 6. Mater castissima
43. 7. Mater intemerata
44. 8. Regina angelorum
45. 9. Regina prophetarum
46. 10 Agnus Dei

Manuel José Gomes (SP, 1792-1868)
Ária para o Pregador
47. 1. Veni Creator Spiritus
48. 2. Amen

Música na Catedral de São Paulo – 1998
Brasilessentia Grupo Vocal, Vitor Gabriel, regente
Orquestra de Câmara da UNESP, Ayrton Pinto, diretor artístico
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Avicenna

André da Silva Gomes (1752-1844) – Brasilessentia Grupo Vocal e Orquestra (Acervo PQPBach)

14cyvrdAndré da Silva Gomes – (1752 – 1844)
Brasilessentia Grupo Vocal e Orquestra
Vitor Gabriel, regente
Elisa Freixo, órgão

Com o apoio do Centro de Estudos e Pesquisa da Música Brasileira, da Sociedade Brasileira de Musicologia e do Selo Paulus, comemora-se, com este lançamento, o sesquicentenário da morte do compositor luso-brasileiro André da Silva Gomes (1752- 1844), mestre-de-capela da Sé de São Paulo durante 50 anos, a partir de 1774.

É tradição medieval da Europa católica o nomear mestre-de-capela para dirigir e compor a música nas igrejas catedrais ou matrizes, ao qual se atribuía ensinar a “solfa”, no linguajar da época, mantendo escola pública de música para a edificação da juventude. Essa tradição transferiu-se da Península Ibérica para a América e logo no primeiro século da colonização as povoações com maior densidade populacional já contavam com um mestre-de-capela nas igrejas principais. Esse profissional exercia suas funções por provisão do bispo ou da autoridade eclesiástica maior, geralmente por tempo de um ano, renovável a critério da mesma autoridade. No Brasil, a documentação referente à musica nos oferece indicações antigas sobre essa atividade, porém até hoje não se descobriram manuscritos musicais anteriores ao século XVIII.

A Matriz de São Paulo tornou-se Sé em 1745 com a criação do Bispado. Até aquela data subordinava-se ao Bispado do Rio de Janeiro que nomeava seus mestres-de-capela, mas as provisões incidiam sempre sobre músicos de São Paulo. Em 1774, com o terceiro bispo da cidade, Dom Manuel da Ressurreição, chega a São Paulo o mestre-de-capela André da Silva Gomes. Nascido em Lisboa, em 1752, e provido no cargo “pela ciência da música, no canto de órgão e contraponto”, como diz um documento da época. Confiou-se-lhe o cargo para que reorganizasse o coro e o serviço musical da Sé, dando-Ihe um nível compatível com o das outras catedrais do reino.

Suas composições multiplicam-se a partir de 1774. Por 50 anos exerceu as funções de mestre-de-capela em São Paulo, tanto na Sé como em diversas irmandades da cidade e nas festas reais patrocinadas pelo Senado da Câmara, especialmente nas festas do Corpus Christi, do Anjo Custódio do Reino, da Visitação de Santa Isabel e de São Sebastião. Dirigiu ainda a corporação musical do I Regimento de Infantaria de Milícias da capital, onde ascendeu a patente de Tenente-Coronel. Dele restaram-nos cerca de 130 obras musicais religiosas, muitas das quais já executadas em concertos, tanto no Brasil como no Exterior, e gravadas após restauração e transcrição moderna.

Quarto mestre-de-capela da Sé, André da Silva Gomes foi, também, Mestre Régio de Gramática Latina e integrou, como representante da Instrução Pública, o Governo Provisório estabelecido em São Paulo a 23 de julho de 1821 em consequência de um movimento liberal que instaurou em Portugal o sistema constitucional. Desse governo tambem fizeram parte os irmãos Andrada e Silva. Enquanto viveu, André da Silva Gomes foi a personalidade musical mais destacada em São Paulo, ombreando-se com seus contemporâneos no Brasil, como o padre José Maurício Nunes Garcia, Lobo de Mesquita, Luis Álvares Pinto, Francisco Gomes da Rocha, Marcos Coelho Neto e tantos outros.

Por ocasião da proclamação da independência do Brasil, Dom Pedro I, adentrando a cidade de Sao Paulo com sua comitiva dirigiu-se à Sé onde foi cantado um Te Deum composto e regido por André da Silva Gomes. De suas composições hoje conhecidas e que localizamos em 1960, as primeiras datam de 1774, ano de sua chegada a São Paulo, e as últimas são de 1823. Dentre elas citamos 18 Missas, 38 Salmos, 14 ofertórios, 10 Matinas, 8 Motetos, 3 Te Deum, 10 Hinos,4 Sequências e 22 obras para a Semana Santa. Formou muitos discípulos, criou inúmeros filhos adotivos, aos quais tambem ensinou a arte da música, e escreveu uma Arte Explicada do Contraponto, tratado de 150 páginas manuscritas, recentemente localizado em São Paulo pelo pianista e compositor Amaral Vieira. André da Silva Gomes faleceu com 92 anos a 17 de junho de 1844 comemorando-se, neste ano de 1994, o sesquicentenário de sua morte.

(Régis Duprat, 1994, extraído do encarte)

André da Silva Gomes (Lisboa, 1752 – São Paulo, SP, 1844)
01. Hino Crudelis Herodes
02. Antífona Pueri Hebraeroum
03. Ofertório Scapulis suis
04. Ofertório Confortamini
05. Ofertório Ad te livavi
06. 5 Motetos para Comunhão – 1. Ecce panis
07. 5 Motetos para Comunhão – 2. Sit laus plena
08. 5 Motetos para Comunhão – 3. Dies enim
09. 5 Motetos para Comunhão – 4. Quod in coema
10. 5 Motetos para Comunhão – 5. Bone Pastor
11. Salmo Laudate pueri (Salmo 112)
12. Salmo Beati omnes (Salmo 127)
13. Sequência Victimae Paschali Laudes
14. Sequência Veni Sancte Spiritus
15. Missa em Dó – 1. Kyrie eleison, Christe eleison, Kyrire Eleison
16. Missa em Dó – 2. Gloria (Et in terra pax (IV), Laudamos te (V), Gratias agimus tibi (VI), Domine Deus (VII), Qui tollis (VIII), Quoniam (IX), Cum Sancto Spiritu (X)

André da Silva Gomes – 1994
Brasilessentia Grupo Vocal e Orquestra
Vitor Gabriel, regente
Elisa Freixo, órgão
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Avicenna

Missa de São Pedro de Alcântara / St. Peter of Alcântara Mass – Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767 – 1830) – Acervo PQPBach

160r6okMissa de São Pedro de Alcântara
Pe. José Maurício Nunes Garcia
1809

Coro de Câmera Pro-Arte
Regência: Carlos Alberto Figueiredo

Rosana Lanzelotte, órgão

MISSA DE SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA, obra composta em 1809 em homenagem a D. Pedro, futuro Imperador do Brasil. O manuscrito autógrafo encontra-se na Biblioteca da Escola de Música da UFRJ. É escrita para coro a 4 vozes e órgão e contém solos de grande virtuosidade. Há uma outra Missa de José Maurício, com a mesma denominação, composta em 1808.

CREDO EM Sl BEMOL, composto em 1808 para 4 vozes e órgão. A única cópia, de 1891, encontra-se no Arquivo do Cabido Metropolitano do Rio de Janeiro. A costumeira divisão, na época, do Ordinário da Missa em Missa (Kyrie e Gloria) e Credo (Patrem, Sanctus e Agnus Dei), faz com que muitas vezes apenas uma das partes do manuscrito seja encontrada, como é, aparentemente, o caso deste Credo.

CHRISTUS FACTUS EST, obra para Semana Santa. Composta em 1798 para coro a 4 vozes e órgão. A cópia de época, com anotações autógrafas, encontra-se na Biblioteca da Escola de Música da UFRJ.

IN MONTE OLIVETI, faz parte de um Ofício de Ramos composto para 4 vozes, violoncelo e contrabaixo. A única cópia, que se encontrava na lgreja de S.Pedro, no Rio de janeiro, está desaparecida, A peça é apresentada a capella nesta gravação. O tratamento da forma responsorial neste moteto é único dentro da obra conhecida do compositor.

SEPULTO DOMINO, moteto para Semana Santa composto para 4 vozes em data desconhecida. Está contido em 3 diferentes manuscritos: Escola de Música da UFRJ, Igreja de S. Pedro (desaparecido) e Coro de Rio Pardo (também desaparecido).

2j5xmhxST PETER OF ALCÂNTARA MASS, was composed in 1809, in honor of D. Pedro, future Emperor of Brazil. The autograph manuscript lays in the Library of the School of Music of the Federal University of Rio de Janeiro (UFRJ). It is written for SATB choir and organ and contains solo parts of great virtuosity. Another Mass of José Maurício, with the same name was composed in 1808.

CREDO IN B FLAT, was composed in 1808 for SATB choir and organ. The only copy, dated 1891, is kept in the archives of the Cathedral of Rio de Janeiro. Because of the customary separation, at that time, of the Mass Ordinary in Missa (Kyne and Gloria) and Credo (Patrem, Sanctus and Agnus Dei), very often the musical score also got split up, and sometimes lost, which is, apparently the case of the present Credo.

CHRISTUS FACTUS EST, was composed for the Holy Week of 1798 for SATB choir and organ. The extant copy, from this time, with autographs remarks, is kept at the Library of the School of Music of UFRJ.

IN MONTE OLIVETI, part of an Office for Palm Sunday composed for SATB choir, cello and bass. The only copy which was kept at Saint Peters Church, in Rio de Janeiro, is now lost. The piece is sang a cappella in this recording. The treatment of the responsonal form in this motet is unique in the known work by the composer.

SEPULTO DOMINO, motet for Holy Week, composed for SATB Choir, date unknown. It is part of 3 different manuscripts: School of Music of UFRJ, Saint Peters Church (lost) and Rio Pardo Choir (also lost).

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830)
01. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 1. Kyrie
02. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 2. Gloria
03. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 3. Domine Deus
04. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 4. Qui Tollis
05. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 5. Quoniam
06. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 6. Cum Santu Spiritu
07. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 7. Patrem
08. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 8. Et Incarnatus
09. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 9. Crucifixus
10. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 10. Et Resurrexit
11. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 11. Sanctus
12. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 12. Hosanna
13. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 13. Benedictus
14. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 14. Hosanna
15. Missa de São Pedro de Alcântara (1809) – 15. Agnus Dei
16. Credo em Si Bemol – 1. Patrem
17. Credo em Si Bemol – 2. Et Incarnatus
18. Credo em Si Bemol – 3. Crucifixus
19. Credo em Si Bemol – 4. Et Resurrexit
20. Credo em Si Bemol – 5. Et Vitam
21. Credo em Si Bemol – 6. Sanctus
22. Credo em Si Bemol – 7. Hosanna
23. Credo em Si Bemol – 8. Benedictus
24. Credo em Si Bemol – 9. Hosanna
25. Credo em Si Bemol – 10. Agnus Dei
26. Christus Factus Est
27. In Monte Olivetti
28. Sepulto Domino

Missa de São Pedro de Alcântara – 1998
Coro de Câmera Pro-Arte
Regência: Carlos Alberto Figueiredo
Carol McDavit, soprano
Katya Kazzaz, mezzo-soprano
José Paulo Bernardes, tenor
Inácio de Nonno, barítono
Rosana Lanzelotte, órgão

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Conheça a vida e obra do Pe. José Maurício no excelente site aqui:

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Avicenna

Ladainhas, Lamentos e Ladeiras: Mestres Mineiros – Madrigal Cantátimo & Orquestra de Câmara de Indaiatuba. (Acervo PQPBach)

dzgozdMadrigal Cantátimo
Orquestra de Câmara de Indaiatuba

Maestro Marcelo Antunes Martins

Com o patrocínio da Fundação do Banco do Brasil, o Maestro Marcelo Antunes Martins executou um trabalho dividido em 3 fases:

1. Pesquisa e digitalização de partituras sobre manuscritos dos séculos XVIII e XIX, que se encontram nos arquivos do Museu da Música de Mariana, MG, e que contou também com a colaboração de importantes musicólogos brasileiros, além de pesquisas realizadas em outros museus como o Lira Sanjoanense de São João Del-Rei, MG; Museu da Inconfidência de Ouro Preto, MG e Museu Carlos Gomes de Campinas, SP. O foco da pesquisa foi a produção musical dos grandes mestres mineiros durante o chamado Ciclo do Ouro. Essas partituras foram distribuidas gratuitamente para escolas, bibliotecas e grupos interessados nos estudos de música brasileira. Esta fase durou 9 anos.

2. Gravação do CD Ladainhas, Lamentos e Ladeiras: Mestres Mineiros – Interpretação do Madrigal Cantátimo e solistas convidados, acompanhados por uma orquestra de câmara formada com instrumentos da época (réplicas dos séculos XVIII e XIX), sob a direção do Maestro Marcelo Antunes Martins, em 1998. Foram distribuidos gratuitamente 10.000 exemplares pelo Brasil e posteriormente o Selo Eldorado assumiu a distribuição comercial do produto, o qual se encontra esgotado há anos.

3. Turnê realizada pelas principais capitais brasileiras e centros de observação de música antiga.

Anônimo (Séc. XVIII)
1. Tu qui legis in omni
Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)

2. Magnificat
José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746 – Rio de Janeiro, 1805)
3. Ave Regina Cælorum
4. Gradual o para Domingo da Ressurreição
5. Laudate pueri Dominum
6. Regina Cœli laetare
7. Ladainha dos solos
Anônimo (Séc. XVIII)
8. Improperium “Adoração da Cruz”
9. In pace in idpisum dormiam
10. Veni Creator
11. Veni Sancte Spiritus
12. Ave Maris Stella (participação especial: Banda Villa-Lobos)

Ladainhas, Lamentos e Ladeiras: Mestres Mineiros – Madrigal Cantátimo & Orquestra de Câmara de Indaiatuba, SP
Maestro Marcelo Antunes Martins
1998

CD gentilmente cedido pelo Maestro Marcelo Antunes Martins. Não tem preço !!!

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MP3 320 kbps – 136,5 MB – 53,6 min
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Avicenna

Sinfonieta dos Devotos de Nossa Senhora dos Prazeres – Os Mestres Mulatos (Acervo PQPBach)

w0oy0yOs mestres mulatos

Sinfonieta dos Devotos de Nossa Senhora dos Prazeres

Maestro Marcelo Martins

 

 

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Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
01. Te Deum Laudamus (1760) – Tibis Omnes
Pe. Caetano de Mello Jesus (Bahia?)
02. Recitativo e Ária (1759) – Ária
José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
03. Tercis (1783) – Difusa est Gratia
Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
[soundcloud url=”https://api.soundcloud.com/tracks/200674776″ params=”color=ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false” width=”100%” height=”166″ iframe=”true” /]
04. Gradual: Fuga do Egito – Angelus Domini
Joaquim de Paula Sousa “Bonsucesso” (Prados, c. 1760 – idem, c. 1820)
05. Antífona de São Joaquim – Laudemus Virum
Pe. João de Deus Castro Lobo (Vila Rica, 1794 – Mariana, 1832)
06. Salve Sancte Pater
Anônimo (Serro, MG, Séc. XIX)
07. Jam Sol
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
08. Domini Jesu – Coral
Anônimo (modinhas imperiais coligidas por Mário de Andrade)
09. Escuta formosa …
10. Hei de amar-te até morrer
11. Lundum …

Xisto Bahia (1841 – 1894)
12. Lundu
Tradição oral, Paratí, RJ
13. Porto das Almas
Tradição oral, litoral norte, SP
14. Bendito
Antonio Carlos Gomes (1836-1906)
15. Cayumba – Dança de Negros

Você pode entrar no website da Sinfonieta e baixar suas gravações, saber dos seus projetos, programações. “Entre e fique à vontade, que a música é sua.”

Nossos agradecimentos ao Musicólogo e Maestro Marcelo Martins por nos ter cedido este CD. Não tem preço!!!

Os Mestres Mulatos – 2007
Sinfonieta dos Devotos de Nossa Senhora dos Prazeres
Direção musical e Regente: Marcelo Antunes Martins

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Avicenna

Igrejas de Pretos e Pardos: uma visão histórica

ae4hduIgrejas de Pretos e Pardos
Uma visão histórica e sociológica
1976

O presente vídeo produzido por Moisés Kendler, em 1976, nos dá uma visão histórica e sociológica da formação das Igrejas de Pretos e Pardos nas Minas Gerais do início do século XVIII, quando se iniciou o Ciclo do Ouro.

O crescimento econômico e demográfico da região acarretou também o afloramento de um problema social, derivado da importação desmedida de pretos escravizados, arrancados da África. Com eles, também veio toda uma bagagem cultural e religiosa.

A Coroa Portuguesa resolveu o problema da segregação e insubordinação dos escravos com a formação de Corporações e Irmandades de pretos e pardos, uma solução para mante-los unidos num contexto social próprio, tornando-lhes mais leve o fardo da escravidão, além de ser a maneira mais efetiva de conter a submissão e a ordem, sem grandes derramamentos de sangue.

Em decorrência desses fatos, os escravos dedicaram-se à religião ensinada pelos padres europeus como a sua única forma de liberdade, uma vez que suas manifestações culturais e religiosas foram proibidas, com exceção da Congada.

Os escravos encontraram nas Corporações e Irmandades o apoio e assistência para suas doenças, seus problemas e aflições, de tal maneira que começaram a levar pó de ouro, propositalmente entranhado nos seus cabelos, aos padres, para a edificação de novas igrejas dedicadas às suas instituições.

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário do Alto da Cruz, em Vila Rica, ou simplesmente Igreja de Santa Ifigênia, foi uma das assim construída.

As novas igrejas apresentavam imagens e pinturas de santos pretos, como Santa Ifigênia (princesa Núbia), São Elesbão (rei etíope do VI século), São Benedito (siciliano de origem moura) e outros, como uma forma de melhor adaptá-los ao cativeiro.

Um vídeo que é uma verdadeira aula.

Não percam!!!

Para baixar este vídeo, clique aqui.
MP4 – 56 MB – 18,5 min

Um abraço,

330e0eu

 

 

 

 

Avicenna

Cantares d’Aquém e d’Além Mar (Acervo PQPBach)

eullrcCantares d’Aquém e d’Além Mar
Luiza Sawaya (voz)
Gisela Nogueira (violão)

“Cantares d’Aquém e d’Além Mar” é o resultado da exploração, amorosa e cuidada, realizada através dos mais de 600 exemplos de música portuguesa e brasileira que compõem os 3 volumes do “Cancioneiro de Músicas Populares” de Cesar das Neves, editado no Porto em 1898, prefaciado por Theóphilo Braga. O critério adotado na escolha desse material foi o de evidenciar a profunda ligação cultural que tem unido Portugal e Brasil desde o descobrimento, mantendo-se viva e prolongando-se durante todo o século XIX.

Se o romance de tradição medieval do Bernal Françoilo tem suas versões encontradas ainda hoje no nordeste do Brasil (quando terá ele atravessado o oceano?), o lundu brasileiro Ai que riso me dá figura no “Cancioneiro de Músicas Populares entre fados lisboetas e chulas minhotas.

140ew0iSe a maior parte da música brasileira profana do século XVIII vai se utilizar de instrumentos de origem ibérica – sobretudo em suas manifestações familiares – é nesta época que o Brasil, ainda colônia, exporta seus primeiros músicos e sua primeira música, carregada de africanismos.

Exemplos são o poeta e músico Domingos Caldas Barbosa que vai encantar a corte portuguesa de D. Maria I com seus lundus rasgados,
bem como a mulata Joaquina Maria da Conceição Lapa, a deslumbrante “Lapinha”, que cantará no Teatro de São Carlos, em Lisboa, óperas de Marcos Portugal.

(texto parcialmente reproduzido da contra-capa)

[soundcloud url=”https://api.soundcloud.com/tracks/185136932″ params=”color=ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false” width=”100%” height=”166″ iframe=”true” /]
Do “Cancioneiro de Músicas Populares”, de Cesar das Neves, Portugal, 1898
01. Bernal Françoilo (romance)
02. Melodia popular d’Anadia
03. A floreira
04. Trovas e danças nº 1 e nº 2
05. Cruel saudade
06. Marcia bela
07. Os pratos na cantareira
08. A partida
09. A Saloia
10. Despedida de Coimbra
[soundcloud url=”https://api.soundcloud.com/tracks/185137301″ params=”color=ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false” width=”100%” height=”166″ iframe=”true” /]
11. Ai que riso me dá
12. Meu anjo, escuta
13. Moqueca
14. Canção das morenas
15. A dália
16. Ru-chu-chu/Ciranda/Pésinho
17. O exílio

Cantares d’Aquém e d’Além Mar (Acervo PQPBach) – 1989
Luiza Sawaya (voz)
Gisela Nogueira (violão)

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Um LP do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
Digitalizado por Avicenna

Boa audição.

 

 

 

 

 

 

 

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Avicenna

Duetos Concertantes: Gabriel Fernandes da Trindade (1799/1800-1854) – Acervo PQPBach

2v8fx36Duetos Concertantes
Gabriel Fernandes da Trindade

Maria Ester Brandão (1º violino)
Koiti Watanabe (2º violino)

Gabriel Fernandes da Trindade, inicialmente conhecido apenas como autor de “modinhas”, tem origem incerta. Não se sabe até hoje se era português ou brasileiro. Pesquisas revelaram, entretanto, que ele compôs as duas únicas obras instrumentais camerísticas do período colonial brasileiro: os Duetos Concertantes. O autor utilizou nesses duetos uma base estética clássica italiana. Mas características luso-brasileiras são claras em alguns movimentos dos duetos n. 2 e em todo o dueto n. 3.

Além de seus traços estéticos que lhe imputam sua importância como obra de arte, os duetos também são sociologicamente importantes, pois documentam um estilo cortesão de vida no Rio de Janeiro já na época de D. João VI. Destacamos aqui o “Allegro Vivace” (faixa 3), terceiro movimento do dueto n. 1. A peça é um rondó que traz um tema jocoso que é repetido, seguindo-se de uma seção em modo menor. Maria Ester Brandão (1º violino) e Koiti Watanabe (2º violino), ambos naturais de Curitiba, executam com graça e vivacidade os duetos desta gravação, abrilhantando ainda mais esta importante obra de Gabriel Fernandes da Trindade. (http://www.paulus.com.br)

Restaurados por Paulo Castagna e Anderson Rocha, os Duetos são essencialmente brilhantes e mesmo os movimentos lentos manifestam extroversão. A linguagem é simples e divertida, com procedimentos melódicos e harmônicos típicos do estilo operístico italiano

Maria Ester Brandão
Natural de Curitiba, iniciou sua carreira com o Coral e Conjunto da Família Brandão. Conquistou vários Primeiros Prêmios em concursos no Brasil e desde então tem se apresentado como solista junto a orquestras por todo o Brasil e Exterior. Graduou-se sob a orientação do Professor Moysés Azulay de Castro pelo Curso Fundamental e Superior da Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Integrou a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a Orquestra de Câmara Solistas do Brasil, foi professora de Violino e Musica de Câmara do Departamento de Musica da Universidade de São Paulo e realizou turnês pela Europa como solista convidada da Orquestra de Câmara de Blumenau em 90, 91 e 93 com grande sucesso. Tem se apresentado como solista com as principais orquestras brasileiras, com o Duo Brandão – Watanabe e o pianista Denis Akel e também com a cravista e pianista Regina Schlochauer em recitais pelo Brasil. Foi spalla da Orquestra Filarmonica de São Paulo, da Orquestra Filarmônica de São Bernardo do Campo e da Orquestra do Programa PRELÚDIO da TV Cultura – RTC – SP em 2005 e 2006.

Koiti Watanabe (in memoriam)
Natural de Curitiba, iniciou seus estudos de violino com Bianca Bianchi na Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Em 1974 obteve uma bolsa de estudos do governo norte-americano para estudar com Francis Elliott na Tennessee Technological University, com Broadus Erle e Sioko Aki na Yale University Summer School of Music and Arts – Connecticut – e com Tossy Spivakovsky, professor da Juilliard School of Music – New York. Vinha se apresentando como violinista e violista com o Duo Brandão – Watanabe, em grupos de câmara, com os pianistas Denis Akel, Olga Kiun, André Heller e a também cravista Regina Schlochauer em recitais e festivais pelo Brasil.

Palhinha: ouça 01. Dueto No. 1 – 1. Allegro moderato

Gabriel Fernandes da Trindade (Ouro Preto, 1799/1800-Rio de Janeiro, 1854)
Duetos Concertantes (c.1814)
01. Dueto No. 1 – 1. Allegro moderato
02. Dueto No. 1 – 2. Andante sostenuto
03. Dueto No. 1 – 3. Allegro vivace
04. Dueto No. 2 – 1. Allegro moderato
05. Dueto No. 2 – 2. Andante con espressione
06. Dueto No. 2 – 3. Allegro con spirito
07. Dueto No. 3 – 1. Adagio
08. Dueto No. 3 – 2. Allegro con moltissimo moto

Duo Brandão – Watanabe: Duetos Concertantes – 1995
Maria Ester Brandão (1º violino)
Koiti Watanabe (2º violino)

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.Boa audição.

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Avicenna

Mestre Ataíde, o pintor da música: uma leitura artística e histórica de sua obra

2e20wsy185 anos de falecimento do Mestre Ataíde, o pintor da música!

Manuel da Costa Ataíde (Mariana, bat. 18/10/1762 – 02/02/1830), mais conhecido como Mestre Ataíde, foi o mais exuberante decorador brasileiro do final do século XVIII e início do século XIX, que trabalhou bastante com o mestre Aleijadinho (Antônio Francisco Lisboa). Nasceu em Mariana em data desconhecida (mas foi batizado em 18 de outubro de 1762) e morreu na mesma cidade em 2 de fevereiro de 1830, ou sejá, há exatos 185 anos. Provavelmente foi branco, mas notabilizou-se como “nativista”, ou seja, retratou com frequência o tipo humano afrodescendente em meio às cenas bíblicas e celestes nas igrejas onde trabalhou.

Mestre Ataíde deixou suas extraordinárias pinturas em Ouro Preto, Mariana, Ouro Branco, Itaverava, Catas Altas, Santa Bárbara, Congonhas e Caraça. Entre essas obras, destaca-se um detalhe muito interessante para a área da música, que é a presença dos inúmeros anjos músicos e de suas partes musicais. Presentes nas igrejas de São Francisco de Ouro Preto, São Francisco de Mariana, matriz de Ouro Branco, matriz de Itaverava, matriz de Catas Altas e matriz de Santa Bárbara.

Nessas pinturas, os anjos tocam os instrumentos que estavam em uso na época, e exibem partes musicais, sendo um excelente testemunho da prática musical da época.

Ataíde tinha conhecimentos musicais suficientes para isso. Seu inventário demonstra que teve em casa um cravo, o que sugere que sua relação com a prática musical teria siso maior do que apenas sua descrição em pinturas.

O sistema de trabalho em grupo, bem como o de ensino e aprendizagem da arte praticada por Ataíde era o mesmo sistema usado pelos músicos, ou seja, o mestre concebia ou compunha as obras, os seus oficiais a executavam e os discípulos trabalhavam em funções auxiliares ou periféricas, aprendendo o ofício durante o trabalho, junto com os mais experientes.

Protagonizado pelo nosso querido José Arnaldo de Lima (1956-2013), um ano antes de seu falecimento, diretamente nas oito igrejas ou santuários onde estão as obras de Ataíde, o documentário “Sob o Ceu de Ataíde”, da série “Bem Cultural”, gravado pela Rede Minas em 2012, usa como trilha sonora o repertório e as gravações do Museu da Música de Mariana e encontra-se disponível em:

Valeu, seu Manuel, é uma enorme alegria passar todos os dias em frente à sua casa e às suas pinturas!

Texto do musicólogo Prof. Paulo Castagna, e publicado no Facebook do Museu da Música de Mariana

Disponibilizamos abaixo um link para download do documentário ‘Sob o céu de Ataíde’, muito útil e didático para escolas, faculdades, historiadores, estudiosos e interessados:

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MP4 – 745,2 MB – 54 min

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MP4 – 287,5 MB – 54 min

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Um abraço,

Avicenna

Modinhas: Grupo de Serestas “João Chaves”, de Montes Claros, MG (AcervoPQPBach)

ff3apwModinha
Grupo de Serestas “João Chaves”
Montes Claros, MG

“Modinha” é um diminutivo de “moda”, tipo mais antigo de canção portuguesa. Mário de Andrade, em “Modinhas Imperiais”, escreveu: “É jeito luso-brasileiro acarinhar tudo com diminutivos. A palavra modinha nasceu assim”. Assim, também, por razoes de carinho, de choro nasceu “chorinho”. Mas deserdada do afeto da gente, permanece a expressão “moda”, como em “moda de viola”.

Modinha é, pois, canção. Canção é a música produzida pelo mais perfeito instrumento musical jamais inventado que é a voz humana. Ele não tem cravelhas, nem registros, nem pavilhão. Também não tem pedal, nem necessita afinador. Ou antes, tudo isso está dentro do peito, como diria um modinheiro, que é o cantador de modinhas.

A modinha brasileira viajou para Portugal e, a partir de 1775, o poeta e violeiro brasileiro Domingos Caldas Barbosa ‘aparece cantando suas modinhas em Lisboa e observadores e viajantes estrangeiros, como o francês Link,ressaltam a superioridade das modinhas brasileiras em comparação às portuguesas.

Com a corte do Príncipe D.João, a partir de 1808, a modinha de salão voltou ao Brasil. Dali, no século XIX, desceu para a rua, refugiou-se nos becos sob a luz dos lampiões. “Na pausa das vozes, o bater dos corações”. Essa liberdade e este espaço novo ela ganhou pelas mãos dos seresteiros e trovadores.

Poetas e compositores famosos, como Castro Alves e Carlos Gomes, compuseram modinhas. A formação tradicional compõe-se de coro misto e solistas, com acompanhamento de violão, bandolim e flauta. A redescoberta de valores brasileiros no campo da música está revivendo a modinha. Em 1974, dedicamos espaço largo à modinha na coleção de nosso selo ” Música Popular do Centro-Oeste/Sudeste ” e confiamos a interpretação à Nara Leão e Renato Teixeira e os arranjos a Theo de Barros. Lá está entre outras, “Amo-te muito”, de João Chaves, patrono do grupo que gravou este disco.

A modinha refugiou-se e resistiu em Minas Gerais. Ela é tão mineira quanto o queijo e o silêncio. Há quatro anos atrás, recebi de Dr. Hermes de Paula um álbum com tres discos gravados pelo grupo de Serestas “João Chaves” de Montes Claros. Ouvi-os na tarde de um dia em que via-jei para Cannes, para participar do “Midem”. Desembarquei em Paris assobiando modinhas, provocando espanto, emoção e inveja em vários franceses, porque a França não tem modinhas, só tem queijos. Desde então, pretendia gravar um disco com o grupo “João Chaves”.

E a oportunidade surgiu há pouco, está aí o disco. Gravamos em estúdio, mas o clima era de serenata. O grupo, que é amador, formou-se em 1967. Mas seus componentes já cantavam todos, herdeiros de uma fortuna imensa legada pelos avós que lhes transferiram, intocado, um baú que guarda as tradições de Minas Gerais.

Um médico do sertão, Dr.Hermes de Paula, organizou e mantém coeso o grupo. Durante a gravação, deixou o estúdio para ir comprar soro anti-escorpiônico para sua clinica de medicina frequentemente gratuita. Dr. Hermes pesquisa também cultura popular. Reuniu, por exemplo, 200 cantigas de roda de sua terra e do norte de Minas. Viaja para prevenir epidemias, tratar os pobres, recolher e registrar o que conserva ainda o espírito do povo sofrido daquele pedaço do Brasil. Dr.Hermes é uma espécie de governo e padre que tenta salvar o corpo e alma dos seus conterrâneos sertanejos.

A ele ofereço a parte que me coube neste trabalho. E encerro, como ele encerrou o texto de contra-capa do álbum anteriormente gravado;
“E agora, silêncio. Montes Claros vai cantar”

(Marcus Pereira, extraído da contra-capa)

Modinhas
Domínio Público
01. Perdão, Emília
Castro Alves (Bahia, 1847-1871) & Salvador Fábregas (Rio de Janeiro c.1820 – 1880)
02. O gondoleiro do amor
Vicente de Carvalho (Santos, 1866-1924)
03. Ave ferida
Jaime Redondo (S. Paulo, 1890-1952)
04. Saudade
Chiquinha Gonzaga (Rio deJaneiro, 1847-1935)
05. Lua Branca
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Domínio Público
06. Elvira escuta
Abdon Lyra (També, PE, 1888 – Rio de Janeiro,1962) & Adelmar Tavares (Recife, 1888 – Rio de Janeiro, 1963)
07. Stella
Guimarães Passos & Miguel Emilio Pestana
08. Na casa branca da serra
Gonçalves Crespo (Rio de Janeiro, 1846 – Lisboa, 1883)
09. Acorda, minha beleza
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Pedro de Sá Pereira (Porto Alegre, 1892 – ?, 1955) & Ary Machado Pavão
10. Chuá, chuá

Modinhas – 1978
Grupo de Serestas “João Chaves”, de Montes Claros

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Um LP do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
Digitalizado por Avicenna

Boa audição.

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Avicenna

Marcos Portugal – Choral Music: Vésperas de Nossa Senhora & Missa a quatro – Ensemble Turicum (Acervo PQPBach)

20ihq9xMarcos Portugal (1762- 1830)
Vésperas de Nossa Senhora in C major
Missa a quatro in F major
Ensemble Turicum

O compositor luso-brasileiro Marcos Antonio Portugal (1762-1830) ficou bem conhecido em seu próprio tempo por suas cerca de cinquenta óperas, mas atualmente ele é raramente lembrado. Além de de um grande número de óperas, ele também compôs mais de 160 obras corais religiosas. As duas obras aqui em suas primeiras apresentações em tempos modernos ilustram o seu estilo clássico conservador, bem como revelam as influências da ópera em sua música sacra. A ausência de vozes femininas no coro e violinos na orquestra trazem uma inesperada tonalidade escura. (traduzido livremente de http://www.ensembleturicum.ch/tur/page2.html)

Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)
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01. Vesper of Our Lady – Sonata in G major
02. Vesper of Our Lady – Dixit Dominus
03. Vesper of Our Lady – Laudate pueri
04. Vesper of Our Lady – Minuette in Eb major
05. Vesper of Our Lady – Laetatus sum
06. Vesper of Our Lady – Nisi Dominus
07. Vesper of Our Lady – Lauda Jerusalem
08. Vesper of Our Lady – Fantasia in Eb major
09. Vesper of Our Lady – Magnificat
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10. Mass in F major – Sinfonia (From Aratserse) in D major
11. Mass in F major – Kyrie
12. Mass in F major – Gloria
13. Mass in F major – Laudamus te
14. Mass in F major – Gratias
15. Mass in F major – Dominus Deus
16. Mass in F major – Qui tollis
17. Mass in F major – Qui sedes
18. Mass in F major – Quoniam
19. Mass in F major – Cum Sancto Spiritu

Marcos Portugal – Choral Music – 2005
Ensemble Turicum
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Boa audição.

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Avicenna

Mestres da Música Colonial Mineira – Orquestra Sinfônica e Coral Ars Nova, da UFMG (Acervo PQPBach)

hwa6nlMestres da Música Colonial Mineira
Orquestra Sinfônica e Coral Ars Nova
UFMG

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Em junho de 2001 resolví descansar uns dias em uma tranquila pousada em Tiradentes, MG, e não é que acordei, no domingo pela manhã, com anjos, arcanjos, querubins e serafins cantando para mim?

Por instantes acreditei ter morrido, pois ouvia aqueles anjinhos gordinhos, de cabelos loiros encaracolados, cantando por entre as nuvens. Só faltavam as trombetas celestiais!

– Pelo menos fui despachado para o Céu … … … meno male!, pensei eu.

Abrí os olhos, firmei o olhar na janela aberta e descobri que o som maravilhoso vinha da Igreja Matriz. Do alto da torre. Tudo salvo … eu continuava vivinho da silva.

Compartilho com nossos amigos ouvintes aquele som que veio dos céus!

Manoel Dias de Oliveira foi regente, copista e organista, dedicou-se à música desde 1769 em irmandades religiosas. Uma lenda fala de seu talento precoce. Certa ocasião o padre Francisco da Piedade ouviu-o, ainda menino, a cantar trechos de uma obra de Josquin des Prez enquanto estava a brincar com formigas. Impressionado, o padre o convidou a participar do coro da catedral de Santo Antônio, onde estudou teoria musical, contraponto e órgão. Foi membro da Ordem Terceira de São Francisco, e recebeu o título de Capitão da Cavalaria a Pé da Rainha Dona Maria I, o mais alto título que alguém de pele escura podia receber. Suas obras são executadas em uma tradição ininterrupta nas igrejas da região de Tiradentes. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Manoel_Dias_de_Oliveira)

Marcos Coelho Neto foi membro da Irmandade de S. José dos Homens Pardos e da de N. Sra. das Mercês de Cima, foi trompetista dos conjuntos musicais que serviam às duas confrarias. Foi também timbaleiro na Cavalaria Auxiliar de Vila Rica. Em 1799, ingressou na Venerável Ordem Terceira dos Mínimos de S. Francisco de Paula, de mulatos, e na Irmandade de Santo Antônio, constituída por brancos, sendo uma exceção honrosa ao preconceito racial da época. (http://www.movimento.com)

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita foi para Arraial do Tijuco (1776), hoje Diamantina, onde desenvolveu sua carreira como organista e compositor, até que entrou para a Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo (1789). Alferes do Terço de Infantaria dos Pardos, foi o encarregado de um oratório para a Semana Santa (1792). Regeu a música para o tríduo do período (1798-1799), na matriz de Nossa Senhora do Pilar, em Ouro Preto. A partir daí até sua morte, tocou nas missas da igreja da Ordem Terceira do Carmo, no Rio de Janeiro, cidade onde morreu. (http://pt.wikipedia.org/wiki/Lobo_de_Mesquita)

A Orquestra Sinfônica e Coral Ars Nova, da UFMG, apresenta um trabalho sério, vigoroso, de excepcional sonoridade, fruto da enorme capacidade, experiência e dedicação do Maestro Carlos Alberto Pinto Fonseca, a cuja memória dedicamos esta postagem. Pena que não gravaram muito mais. Perde o Brasil e o mundo!

Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
1. Magnificat
2. Visitação Dos Passos
3. Motetos dos Passos -1: Pater mi
4. Motetos dos Passos -2: Bajulans
5. Motetos dos Passos -3: Exeamus
6. Motetos dos Passos -4: Angariaverunt
7. Motetos dos Passos -5: Filiae Jerusalem
8. Motetos dos Passos -6: Popule meus
9. Motetos dos Passos -7: O vos omnes

Marcos Coelho Neto, (Vila Rica [Ouro Preto], 1740-1806)
10. Himno a Quatro – Maria Mater Gratiae
José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
11. Gradual o para Domingo da Ressurreição
12. Tercis (1783) – 1: Difusa est Gratia
13. Tercis (1783) – 2: Padre Nosso
14. Tercis (1783) – 3: Ave Maria
15. Tercis (1783) – 4: Gloria Patri
16. Antiphona De Nossa Senhora – Salve Regina

Mestres da Música Colonial Mineira
Orquestra Sinfônica e Coral Ars Nova, da UFMG
Maestro Carlos Alberto Pinto Fonseca (1933-2006)
Gravado no auditório da CEMIG, Belo Horizonte, MG, Brasil, em setembro de 1996.

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Boa audição!

foto na cerca

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Avicenna

M. A. Reichert – Afinidades Brasileiras: Odette Ernest Dias (flauta) & Elza Kazuko Gushikem (piano) (Acervo PQPBach)

2pqndhuMatheus André Reichert
Afinidades Brasileiras
Odette Ernest Dias (flauta)
Elza Kazuko Gushikem (piano)

Considerado o mais notável flautista do Império, o belga Matheus André Reichert (Pays-Pas, 1830-1880) chegou ao Brasil em 1859, contratado pelo Imperador Pedro II. Conhecido e admirado por músicos eruditos como Carlos Gomes, Reichert também desenvolveu suas afinidades com o Brasil, com os seresteiros e boêmios da época. Sua brilhante síntese musical é recuperada aqui pela pesquisa pioneira de Odette Ernest Dias.

Considéré comme le plus remarquable flûtiste de l’Empire du Brésil, le belge Matheus André Reichert (Pays-Pas, 1830-1880) arriva à Rio en 1859, contracté par l’Empereur Pedro Il. Connu et admiré par les compositeurs érudits comme Carlos Gomes, Reichert développa ses affinités avec le Brésil au milieu des musiciens bohêmes des sérénades de l’époque. Sa brillante synthèse musicale est récupérée ici par la recherche pionnière de Odette Ernest Dias.

Matheus André Reichert (Pays-Pas, 1830-1880)
1. Souvenir du Para – Andante elégiaque – Opus 10
“Souvenir”. Saudade. Nostalgia das águas escuras do Amazonas e das paisagens desse Brasil que Reichert palmilhou de Norte a Sul, encantando a todos com a sua “flauta mágica”.

2. Tarantelle – Étude de salon – Opus 3
Aqui Reichert voltou a ser internacional, nesta peça de endiabrado ritmo napolitano. Peça de grande brilho, que faz jus à fama de virtuoso do autor.

3. Rêverie – Opus 17
Novamente a melancolia, o sonho, a saudade, nesta peça dedicada ao seu professor Demeur Charton, outro amante do Brasil.

4. La coquette (A faceira) – Polka de salon – Opus 4
Aqui Reichert declara abertamente seu brasileirismo. O título já vem traduzido. Essa mesma “faceira” aparece copiada à mão nos cadernos dos chorões do início deste século, o que mostra como ela se tornou popular.

5. Martha – Petit morceau de salon – Opus 18
Última obra de Reichert, inspirada num tema da ópera de Flotow, que, curiosamente, na hora da variação, se transforma em um quase … “chorinho”, onde tomamos a liberdade de introduzir o violão brasileiro de Jaime Ernest Dias, … pequena licença musical.

6. Romance sans paroles – Opus 11
No estilo da época, tão expressivo em Mendelssohn, essa “romança” adquire, aqui, uma singeleza toda modinheira.

7. La sensitive – Petite polka de salon – Opus 8
Continuando a tradição dos compositores do séc. XVIII, como Couperin e Rameau, Reichert pinta aqui um retrato musical. “A Sensitiva” mostra bem o que aconteceu à polka européia ao contato com o ritmo brasileiro. Ela aderiu à síncope, ao balanço e à flexibilidade do lundu e do batuque, exemplo maravilhoso de síncope musical.

8. Souvenir de Bahia – Andante pastorale – Opus 12
Aqui parece que Reichert trouxe lembranças mais alegres dessa viagem. A tonalidade do mi Maior nos leva às águas azuis e verdes do mar baiano e ao dengue do seu povo colorido.

Afinidades Brasileiras – 1985
Odette Ernest Dias (flauta) & Elza Kazuko Gushikem (piano)
Faixa 5: Jaime Ernest Dias (violão)
Textos extraídos do LP.

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Mais outro LP do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
LP de 1985 digitalizado por Avicenna

Boa audição.

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Avicenna

Modinha e Lundu: Bahia Musical, séc. XVIII e XIX – Conjunto Anticália (Acervo PQPBach)

1zb6txvModinha e Lundu
Bahia Musical, séc. XVIII e XIX
Conjunto Anticália
1984

O material gravado neste disco ilustrou uma aula de um curso sobre cultura baiana, promovido pelo Centro de Estudos Baiano da UFBA, em 1982. Foi subsequentemente reapresentado uma quase dezena de vezes pelo grupo Anticália, para uma varieda de de platéias, das mais despretensiosas aos eruditos membros de congresso de história. Não faltaram os visitantes dos estados irmãos, e até mesmo um navio inteirinho da universidade americana, que parou no porto de Salvador. Contudo. o propósito maior é o de dar aos baianos, de volta, aquilo que é seu, um espelho de si mesmos. Não se entenda, entretanto, que haja aqui qualquer intenção regionalista ou mesquinha, pois modinha e lundu foram fenômenos não somente brasileiros, mas que envolveram também o outro lado do Atlântico.

A ênfase aqui é de música na Bahia- não da Bahia – tanto assim que não se hesitou até mesmo de incluir dois documentos de procedência portuguesa.

A despeito do interesse da UFBA, o tradicional problema das verbas não teria permitido a realização deste disco não fosse o apoio da COPENE em concretizá-lo. Não somente vale o agradecimento, mas a esperança de que isso se renove, uma vez que a Bahia, entre as demais unidades da federação, é uma das que mais se tem descuidado de sua memória musical.

A bibliografia musical brasileira carece assim de uma monografia, em profundidade, sobre as modinhas e lundus, vistos sob uma ótica baiana. Se esse é o objetivo futuro desta pesquisa, fique o ouvinte leigo poupado da controvérsia e da erudição, e apenas sujeito a um desfilar de rosas d’antanho, a que certamente não faltarão muitos deleites e alguns espinhos malvadamente permitidos.

Anticália

Compõem o Conjunto Anticália as instrumentistas Selma Alban, Conceição Perrone, Cristina Tourinho e Cândida Williams e a cantora Renata Becker (soprano), com a colaboração neste disco de Helder Parente, instrumentista e cantor.

Rendem uma homenagem de profundo carinho a Bárbara Vasconcelos, um de seus membros mais atuantes e talentosos, prematuramente levada de seu convívio e de promissora contribuição à vida musical da Bahia.

Manuel Veiga é etnomusicólogo, com doutorado na Universidade da Califórnia em Los Angeles. Atualmente é Chefe do Departamento de Música da Universidade Federal da Bahia.
(extraído da contra-capa, 1984)

Modinha e Lundu: Bahia Musical, séc. XVIII e XIX
Anônimo
01. Landum
Anônimo (Séc. XVIII)
02. Quem ama para agravar
03. Eu nasci sem coração – Lundum
04. É tão bom, não dói, nem nada
Anônimo (Recolhido Von Martius entre 1817-1820)
05. Foi-se Josino e deixou-me
06. Prazer igual ao que sinto
Anônimo (Séc. XVIII)
07. Iaiazinha, você mesma
Anônimo
08. Tristes saudades
09. Astuciosos os homens são
Anônimo (modinha imperial coligida por Mário de Andrade)
10. Hei de amar-te até morrer
Xisto de Paula Bahia (Salvador, 1841-Caxambu,1894)
11. A mulata
Plínio Augusto Xavier de Lima (Caetité,1845-1873)/Xisto de Paula Bahia (Salvador, 1841-Caxambu,1894)
12. Quis debalde varrer-te da memória – Agora e sempre
Xisto de Paula Bahia (Salvador, 1841-Caxambu,1894)
13. Iaiá, você quer morrer
Anônimo
14. Morena, morena
15. És, Marília, meu arcanjo
16. Minha morena é bonita – Tirana

Modinha e Lundu: Bahia Musical, séc. XVIII e XIX – 1984
Conjunto Anticália


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Um LP do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
LP de 1984 digitalizado por Avicenna.

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Boa audição.

Avicenna

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) – Missa de Santa Cecília – Orquestra e Coro Gulbenkian (Acervo PQPBach)

2gwi7bbMissa de Santa Cecília (1826)
Pe. José Maurício Nunes Garcia

Orquestra e Coro Gulbenkian

Gravação gentilmente cedida por Rosana Lanzelotte. Não tem preço! Esta gravação não está em nenhum CD, é um privilégio que somente os ouvintes do PQPBach podem desfrutar!

O compositor e padre brasileiro José Maurício Nunes Garcia (1767-1830) foi revisitado nos dias 6 e 7 de Junho de 2008 pelo Coro e Orquestra Gulbenkian, no Grande Auditório da Fundação Gulbenkian em Lisboa, quando foi interpretada a Missa de Santa Cecília com quarteto de solistas composto por Paula Almenares (soprano), Giovanna Lanza (mezzo-soprano), Aldo Caputo (tenor) e Massimiliano Gagliardo (barítono) e com direção de Ricardo Kanji.

Na Missa “Santa Cecília”, o Pe. José Maurício Nunes Garcia parece ter deixado tudo o que restava de sua força física e da sua inspiração numa despedida à vida e à arte (Maestro Ernani Aguiar). Foi a sua última composição e a sua última regência.

3148qp1O excelente e completo site ‘Música Brasilis’ (www.musicabrasilis.org.br), concebido e coordenado pela cravista e musicóloga Rosana Lanzelotte, cuja carreira de solista levou-a a importantes salas de concerto, como o Wigmore Hall, St. Martin-in-the-fields (Londres), Otto Braun Saal (Berlim), Palazzo Barberini (Roma) e Fundação Gulbenkian (Lisboa), além das principais salas da América Latina. Foi a idealizadora do projeto O Amor Brasileiro, que apresentou a música de José Maurício Nunes Garcia e Sigismund Neukomm em concertos por diversas cidades da França durante o ano do Brasil em 2005, além de idealizadora da série Música nas Igrejas que, desde 1993, leva concertos de música clássica a todos os bairros do Rio de Janeiro. (http://www.lanzelotte.com/)

Ricardo Kanji especializou-se em flauta no Conservatório Real de Haia (Holanda) a partir de 1970, e em 1972 tornou-se o único brasileiro laureado no Concurso Internacional de Bruges. De 1973 a 1995 foi professor do mesmo Conservatório, cuja orquestra barroca dirigiu. Integra a Orquestra do Século XVIII, dirigida por Frans Bruggen, com quem viaja por todo o mundo. Gravou aplaudidos CDs para selos europeus, entre os quais destacam-se os dedicados às sonatas de Handel e Telemann (Phillips) e Mancini e Van Wassenaar (Globe). Depois de mais de 25 anos na Europa, decidiu retornar ao país e dedicou-se ao resgate do repertório brasileiro do período colonial. Idealizou o projeto História de Música Brasileira, pelo qual foi apontado como o melhor regente de 1999 pela Associação Paulista de Críticos de Arte. Recentemente foi convidado a reger a Orquestra da Fundação Gulbenkian em Lisboa, à frente da qual realizou uma celebrada versão da Missa de Santa Cecília de José Maurício.
(http://movimento.com/mostraconteudo.asp?mostra=2&escolha=13&codigo=4231)

‘Musica Brasilis’ tem por objetivo resgatar e disponibilizar obras significativas do patrimônio musical brasileiro, pela primeira vez em formato que possibilita a execução. Além do acesso às partituras, áudios e vídeos, o portal conta com recursos interativos para ampliar o interesse e a fruição dos repertórios disponibilizados, tais como:

* Escuta Guiada: escuta sincronizada com a visualização da partitura e de comentários explicativos, que apontam aspectos da obra e dos instrumentos utilizados.
* Jogos Musicais: tem como objetivo aguçar a escuta, ampliar o gosto pela música brasileira e estimular a criatividade. A iniciativa é inspirada nos jogos de escuta desenvolvidos pelo IRCAM.

O ‘Musica Brasilis’ disponibiliza partituras de mais de 80 compositores brasileiros, vídeos de obras gravadas de compositores nacionais e uma infinidade de áudios de obras de compositores nacionais, de todas as épocas.

Compensa visitar: www.musicabrasilis.org.br

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830)
Missa de Santa Cecília (1826), CPM 113
1. Kyrie
2. Gloria in Excelsis
3. Laudamus
4. Gratias
5. Domine Deus
6. Qui Tollis
7. Qui Sedes
8. Quoniam
9. Cum Sancto Spiritu
10. Credo
11. Et Incarnatus
12. Crucifixus
13. Et Ressurrexit
14. Sanctus – Benedictus
15. Agnus Dei

Orquestra e Coro Gulbenkian – 2008
Regente: Ricardo Kanji

 

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.Boa audição.

Captura de Tela 2017-07-02 às 17.34.22

 

 

 

 

 

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Avicenna
PS – Ao refazer esta postagem perdí todos os excelentes comentários da postagem original, motivo pelo qual peço minhas desculpas.

Música no Tempo das Caravelas: Conjunto Música Antiga da UFF (Acervo PQPBach)

29fayv4Música no Tempo das Caravelas
Conjunto Música Antiga da UFF
1998

Música Ibérica à Época do Descobrimento

Em 1992 saudávamos com entusiasmo a gravação do LP intitulado Cantares de Amor, Suspiros e Cuydados, que o Conjunto de Música Antiga da UFF, sob os auspícios da FUNARTE, realizara. Incluía-se, então, nas comemorações dos 500 anos da conquista da América, uma vez que as músicas selecionadas eram exemplos das que animavam os serões palacianos em Portugal e Espanha, ao tempo das descobertas ultramarinas.

Passados seis anos, quando se aproxima o ano 2.000 e já se iniciam as festas comemorativas dos 500 anos da conquista do Brasil pelos portugueses, esse meritório Conjunto retoma as músicas do citado LP, acrescenta-lhes outras, e oferta-nos um ainda mais rico documento cultural da Era da Expansão ibérica.

Sobre as letras do Cancioneiro de Elvas (Biblioteca Públia Hortênsia)

À exceção das composições Dos estreitas le siguen e Puestos estan frente a frente, bem como do solo de alaúde, todas as demais peças que compõem este CD foram retiradas do Cancioneiro da Biblioteca Públia Hortênsia, de Elvas (Portugal), se bem que para a composição “Romerico, tú que vienes” optou-se pela transcrição da letra, mais completa, do Cancionero Musical de Palacio.

É raríssimo o “Cancioneirinho de mão”, pequeno volume manuscrito sobre papel de 14,5 cm X 10 cm, possivelmente quinhentista, encontrado em 1928 na referida biblioteca de Elvas pelo musicólogo Manuel Joaquim, que o publicaria em Coimbra, no ano de 1940. A encadernação, evidentemente que posterior à sua elaboração, como observara o pesquisador-editor, dava a obra como pertença de um enigmático J. J. d’ A., ao que tudo indica iniciais de João Joaquim de Andrade, retratado em quadro também pertencente à Biblioteca. Curioso para nós, brasileiros, é que muito possivelmente o precioso Cancioneiro fora adquirido no Brasil, quem sabe para cá trazido pela Corte Real portuguesa em 1808, uma vez que o eclesiástico seu possuidor vivera por algum tempo no Rio de Janeiro, segundo legenda apensa ao seu retrato.

Quanto ao conteúdo, compõe-se de duas partes. Na primeira, encontram-se 65 composições com letra e notações musicais, que indicam serem elas a três vozes. Na segunda, 36 poesias sem música. Em todo o conjunto, predominam as letras em castelhano, sendo que penas 19 foram grafadas em português.

Várias marcas levam os especialistas a reconhecer como dos séculos XV e XVI as suas composições. Já Manuel Joaquim observara que uma delas seria a similaridade de certos 2yoe8sj desenhos que o papel utilizado apresenta em relação a papéis fabricados no século XVI, remontando os mais semelhantes à Salzburgo de 1525. Outra, seria a recolha, na coletânea, de música de Juan del Encina — tal seja, a composição Romerico tu que vienes. E, ainda, a analogia das letras com poemas do Cancioneiro Geral de Garcia de Resende. Este, fora publicado em 1516, constituindo uma recolha da produção poética dos reinados de Afonso V, D. João II e D. Manuel. Tal analogia se mostra tanto na forma quanto na temática dos textos, bem como na marcante presença da língua e da cultura castelhana que neles se percebe — de resto uma tônica da época, devido a implicações políticas relacionadas com a aspiração dos soberanos, de unirem as coroas luso-espanholas, através de guerras e casamentos.

A tendência dominante nessas letras-poemas, quanto à forma, é para os versos curtos, de arte-menor, principalmente redondilhos, sendo reduzidíssima a ocorrência dos versos mais longos, de arte-maior. Abandonando a tradição paralelística trovadoresca, e pautando-se pela mentalidade glosadora então dominante na prédica clerical e no ensino universitário, bem como no folclore espanhol, elegeram os poetas-letristas de então como estrutura mais usual dos seus poemas a glosa, volta ou desenvolvimento de um mote. Daí que as formas estróficas mais utilizadas sejam as do vilancete, da cantiga e suas variações. Ao lado dessas, encontravam-se também os romances (poemas narrativos) e as esparsas (composições monostróficas, de versos mais longos). E destacava-se, no que concerne às características retóricas, o virtuosismo dos jogos verbais, tantas vezes instaurando o paradoxo.

É o que novamente faz o Música Antiga da UFF, pelo que merece os nossos aplausos e a nossa gratidão. Não se limitando a essas peças da época áurea de Portugal, documentam também, no romance “Puestos están frente a frente”, o seu ocaso: trata-se da narrativa da batalha de Alcácer-Quibir, em 1578, na qual o jovem rei português, D. Sebastião, desapareceria, sem deixar herdeiros para a coroa, que, com a morte do seu tio-avô, o Cardeal D. Henrique, em 1580, passaria para o domínio de Espanha, do qual só se libertaria em 1640, sem jamais retomar o brilho perdido. Brilho este que, no entanto, a arte perenizou, e que ora se representa nas peças deste CD, pelo que se torna valiosíssimo às comemorações do quinto centenário da conquista do Brasil.

Maria do Amparo Tavares Maleval, extraído do encarte

Música no Tempo das Caravelas
Anônimo
01. Obriga vossa lindeza
02. Venid a sospirar al verde prado
03. Tu Gitana que Adevinas
04. Testou minha ventura
05. Que He o que vejo
06. Las tristes lagrimas mias
07. Por amores me perdi
Pedro de Escobar (Portugal, c.1465–after 1535), a.k.a. Pedro do Porto
08. Pásame por Dios barquero
Anônimo
09. Llenos de lágrimas tristes
10. A la villa voy
Luís Milan (Espanha, c.1500-c.1561)
11. Pavana
Anônimo
12. Cuydados meus tão cuidados
13. Oigan todos mi tormento
14. Aquella voluntad que se ha rendido
Juan del Encina (Espanha, ca.1468-1529)
15. Romerico tú que vienes
Anônimo
16. Porque me não ves Joana
17. Que sentis coraçon mio
Juan del Encina (Espanha, ca.1468-1529)
18. Dos estrellas le siguen
Anônimo
19. Puestos estan frente a frente

Música no Tempo das Caravelas – 1998
Conjunto Música Antiga da UFF

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Boa audição!

Caravela

 

 

 

 

 

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Avicenna

Lobo de Mesquita (1746 – 1805): Te Deum: Orquestra de Câmara do Brasil & Coro Ars Nova: Maestro José Siqueira (Acervo PQPBach)

10moraqTe Deum de Lobo de Mesquita

(Originalmente postado em fevereiro de 2012)

Quis o destino benfazejo que este LP de 1978 fosse resgatado de uma prateleira empoeirada, cheia de LPs velhos, no fundo de um sebo! É um LP privado, não foi comercializado, e foi patrocinado pelo Banco do Brasil. Nada mais se sabe sobre ele, a não ser:


• é a principal obra (Te Deum) de um dos mais brilhantes compositores brasileiros (Lobo de Mesquita) interpretada por uma das mais importantes orquestras brasileiras (Orquestra de Câmara do Brasil) e acompanhada por um dos mais lapidados corais brasileiros (Coro Ars Barroca), regidos por um dos mais completos maestros brasileiros (José Siqueira). Em resumo: uma obra-prima jogada às traças !!  IM-PER-DÍ-VEL !!

Como podemos cobrar das novas gerações a falta de sentimento de cidadania, de amor e orgulho pela pátria, se nem os nossos heróis cultivamos? Nossos filhos vão se orgulhar do que? de quem?

Quem já ouviu falar no Maestro José Siqueira levanta a mão!

Esta repostagem é dedicada ao nosso amigo Bisnaga, que ressuscitou, reviveu neste site, a vida e a obra do maestro José Siqueira após esta postagem !!!!!! Não tem preço.

wlcd1fTe Deum

O Te Deum, também chamado às vezes o ambrosiano, devido à sua associação com Santo Ambrósio, é um hino tradicional de alegria e ação de graças. Primeiramente atribuído aos Santos Ambrósio e Agostinho, ou Hilary, agora está creditado para Nicetas, bispo de Remesiana (século 4). Ele é usado na conclusão do Ofício das Leituras da Liturgia das Horas aos domingos fora da Quaresma, diariamente durante os Oitavas de Natal e Páscoa, e nas solenidades e festas.

Maestro José de Lima Siqueira

Maestro, compositor e acadêmico brasileiro nascido em 1907 em Conceição, no Vale do Piancó, alto sertão do Estado da Paraíba, regente e compositor reconhecido em nível internacional, de suma importância como educador pelo papel de liderança que exerceu no meio musical de sua época e pela participação na criação de várias entidades de classe e culturais, tornando-se uma das grandes figuras da música brasileira no século XX.

Filho de um mestre da banda Cordão Encarnado, em sua cidade natal, que lhe ensinou a tocar diversos instrumentos como saxofone e trompete. Durante sua juventude, atuou em bandas de música de várias cidades do interior da Paraíba. Foi para o Rio de Janeiro (1927), então capital da República, como integrante das tropas que tinham sido recrutadas para combater a Coluna Prestes e logo ingressou na Banda Sinfônica da Escola Militar, como trompetista. Estudou (1928-1930) composição com Francisco Braga e Walter Burle-Marx, no antigo Instituto Nacional de Música, e formou-se em Composição e Regência (1933) e iniciou sua brilhante carreira de compositor e regente no Brasil e no exterior, em grandes orquestras dos Estados Unidos, Canadá, França, Portugal, Itália, Holanda, Bélgica e Rússia, entre outros países.

Regeu nos Estados Unidos grandes orquestras como a Sinfônica de Filadélfia, Detroit, Rochester. Na França regeu a Orchestre Radio-Symphonique, de Paris, e em Roma, a Sinfônica de Roma, entre outras. Foi professor da Escola de Música da Universidade do Brasil, hoje da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fundou a Orquestra Sinfônica Brasileira (1940) e formou-se em Direito (1943). Viajou pelos EUA e Canadá e fundou a Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro (1949), fechada 2 anos depois. Quando esteve em Paris (1953) freqüentou o curso de musicologia da Sorbonne. Oficializou junto ao prefeito Miguel Arraes, a Orquestra Sinfônica do Recife, a mais antiga do país.

Idealizou e criou a Ordem dos Músicos do Brasil, assumindo a sua Presidência (1960). Fundou a Orquestra Sinfônica Nacional (1961) e a Orquestra de Câmara do Brasil (1967). Figura incomparável do mundo cultural brasileiro, foi aposentado (1969) pela ditadura militar devido à sua pregação democrática. Proibido de lecionar, gravar e reger, encontrou abrigo na extinta União Soviética, onde regeu a Orquestra Filarmônica de Moscou e participou como jurado de grandes concursos de música internacionais. Também foi em Moscou que boa parte de sua obra foi editorada e preservada enquanto que no Brasil o estúpido governo militar cuidava de alijá-lo da história.

(A esse respeito, conta-nos Carlos Pereira: Em 1964, no golpe militar, foi submetido a interrogatório e protagonizou com um coronel, um diálogo que ficou famoso. O milico lhe perguntou se já tinha ido à Rússia e ele não só confirmou, como disse que gostava de lá voltar de vez em quando para… reger a Sinfônica de Moscou. Resultado: foi fichado como comunista e proibido, por alguns anos, de reger a Orquestra Sinfônica Brasileira. http://www.carlospereira.net.br/index.php/component/content/article/34-cronicas/323)

Deve-se a ele ainda a criação da Orquestra de Câmara do Brasil, da Sociedade Artística Internacional, do Clube do Disco e da Ordem dos Músicos do Brasil. Também publicou vários livros didáticos tais como Canto Dado em XIV Lições, Música para a Juventude, em quatro volumes, Sistema Trimodal Brasileiro, Curso de Instrumentação, entre outros.

Faleceu aos 78 anos, na cidade do Rio de Janeiro, no dia 22 de abril de 1985, deixando uma vastíssima obra composta de óperas, cantatas, concertos, oratórios, sinfonias e até a música de câmara, para instrumentos solos e para voz. A cadeira nº 8 da Academia Brasileira de Música, fundada (1945) por Heitor Villa-Lobos, nos moldes da Academia Francesa, foi alocada para ele como co-fundador, depois que o efetivo da Academia se reduziu de 50 para 40 cadeiras. Seu nome foi dado à Grande Sala da Cidade da Música por decreto do então Prefeito Cesar Maia, publicado no Diário Oficial do Município (2008). Uma justa homenagem a essa figura reconhecida internacionalmente, defensor da cultura musical brasileira e responsável por iniciativas como a criação da Orquestra Sinfônica Brasileira da cidade do Rio de Janeiro, da Academia Brasileira de Música, da Ordem dos Músicos do Brasil e dos Concertos Para a Juventude.
(http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/JoseLSiq.html)

Palhinha: ouça a integral do Te Deum, enquanto observa fotos de Serro, MG (antiga Vila do Príncipe), onde Lobo de Mesquita nasceu.

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José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
Te Deum
01. Te Dominum confitemur
02. Tibi omnes Angeli; tibi cæli et universæ Potestates
03. Sanctus, Sanctus, Sanctus, Dominus Deus Sabaoth
04. Te gloriosus Apostolorum chorus
05. Te Martyrum candidatus laudat exercitus
06. Patrem immensæ maiestatis
07. Sanctum quoque Paraclitum Spiritum
08. Tu Patris sempiternus es Filius
09. Tu, devicto mortis aculeo, aperuisti credentibus regna cælorum
10. Judex crederis, esse venturus. Te ergo quæsumus, tuis famulis subveni, quos pretioso sanguine redemisti
11. Salvum fac populum tuum Domine, et benedict hereditati tuæ
12. Per singulos dies, benedicimus te
13. Dignare Domine die isto sine peccato nos custo dire
14. Fiat misericordia tua Domine super nos, quem admodum speravimus in te
15. Non confundar in aeternum

Barroco Mineiro – 1978
Orquestra de Câmara do Brasil & Coro Ars Barroca
Maestro José de Lima Siqueira

LP de 1978 digitalizado por Avicenna

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Boa audição.

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Avicenna

As modinhas do Brasil (Acervo PQPBach)

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As modinhas do Brasil

Eliane Aquino, soprano
Keila de Moraes, mezzo-soprano
Kenny Simões, espineta
Edilson de Lima, violão.

 

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.Segundo Silvio Romero, a modinha teria surgido …
Um outro grupo de escritores, dentre eles Tomaz Borba …
Já o escritor Ernesto Vieira,em seu …
O historiador português Pinto de Carvalho …
José Ramos Tinhorão, por sua vez …

Esse é o início dos 5 primeiros parágrafos do livro “As modinhas do Brasil”, de Edilson de Lima, publicado pela Edusp em 2001, 280 páginas, que apresenta a letra e a partitura de cada modinha abaixo, interpretadas por Eliane Aquino, soprano; Keila de Moraes, mezzo-soprano; Kenny Simões, espineta e Edilson de Lima, violão.

Compositor: Anônimo, séc. XIX/XVIII
01. Você Se Esquiva De Mim
02. Quem Me Vir Aflito E Triste
03.Pelo Amor De Deus
04. Tristemente A Vida Passa
05. Os Me Deixas Que Tu Dás
06. Eu Nasci Sem Coração
07. Ganinha, Minha Ganinha
08. Quem Ama Para Agravar
09. Sinto-Me Aflita
10. Vidinha Adeus
11. Por Desabafar Saudades
12. Choro, Padeço, Suspiro
13. Os Desprezos De Meu Bem
14. A Minha Nerina Gosta Dos Meus Ais
15. Se Fores Ao Fim Do Mundo
16. A Saudade Que No Peito
17. Ninguém Morra De Ciúme
18. Eu Estando Bem Juntinho
19. É Delicia Ter Amor
20. Quem Achou O Q’eu Achei
21. Da Minha Constante Fé
22. Eu Não Sei Minha Constância
23. Meu Amor, Minha Sinhá
24. Minha Mana Estou Gostando
25. Menina Você Vai Hoje
26. Homens Errados E Loucos
27. Cupido Tirano
28. Estas Lágrimas Sentidas
29. Ausente, Saudoso E Triste
30. Não Pode A Longa Distância

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Boa audição.

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Avicenna

Revisitação dos Santos Reis – Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte (Acervo PQPBach)

aubfcwRevisitação dos Santos Reis

Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte

Esta postagem é um agradecimento à acolhida que tive do povo de Natal, RN, na semana de abril de 2010. Depois de saborear todos os camarões e lagostas a que tinha direito, nada mais me resta senão confraternizar com os amigos potiguares que tão amavelmente me receberam.

Pois não é que visitando o Museu do Artezanato Potiguar, instalado numa edificação que serviu de presídio até os anos 70, encontrei este CD maravilhoso e contundente, discretamente disposto no setor da Galeria de Arte? Imediatamente comprei-o e até agora não canso de agradecer aos Ventos do Oriente por me terem orientado nessa aquisição.

Antônio José Madureira passou a integrar o Movimento Armorial em 1970, que incluía diversas linguagens artísticas, cerâmica, tapeçaria, pintura, poesia, música e teatro, entre outras. Passou a liderar então o Quinteto Armorial.

Em 1974, no primeiro LP do grupo adaptou o romance pernambucano, provelmente do século XIX, “Romance de Minervina”. Em 1976 compôs “Aralume” que deu nome ao segundo disco do Quinteto armorial. No ano seguinte criou o Quarteto Romançal, com um violino, um violoncelo, um violão e flautas, do qual é regente. No mesmo ano gravou em Oslo na Nuruega o LP “Romançal”.

Tem participação como solista, compositor, arranjador e regente em mais de 40 músicas. Em 1980 fez a direção de produção do LP do “V Congresso Nacional de violeiros” – Disco 1 – “Violas e repentes”. Em 1986 lançou um LP de forma independente, que trazia entre outras a composição “Batucada”. Em 1992 lançou o disco “Brasília: o romance da Nau Catarineta” e no ano seguinte, “Opereta do Recife”. Neste último, interpretou, entre outras, “Índios do Nordeste”, com letra de autor desconhecido e “Poema de Natal”, “Chope”, “Ciranda”, “Dádivas do amante” e “Bairro do Recife”, sobre versos do poeta pernambucano Carlos Penna Filho.

Em 1999 lançou pela Copacabana/EMI o CD “Do romance ao galope nordestino sete flexas”. No mesmo ano fez os arranjos e as composições para o CD “Revisitação dos Santos Reis”, interpretadas pela Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte como parte das comemorações dos 400 anos da cidade de Natal. Tem diversas produções musicais para o cinema, teatro e dança. Tem músicas gravadas em diversos países e obras editadas pela Guitar Solo Publication da Califórnia, Estados Unidos. Teve músicas gravadas pelo Quinteto Armorial, por seu irmão, Antúlio Madureira e Cussy de Almeida, entre outros. (Dicionário Cravo Albin)

Revisitação dos Santos Reis
Antônio José Madureira (Macau, RN, 1949)
01. Loa do Potiguara
02. Canto do Mangue
03. Loa do Congolês
04. Procissão dos Navegantes
05. Loa do Mareante
06. Fortaleza dos Reis Magos

 

 

 

 

 

 

Revisitação dos Santos Reis -1999
Composição e arranjos: Antônio José Madureira
Orquestra Sinfônica do Rio Grande do Norte
Coordenação artística e Regência: Maestro Osvaldo D’Amore

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Boa audição.

Avicenna

Pe. José Maurício Nunes Garcia – Missa de N. Senhora do Carmo: Associação de Canto Coral & Camerata Rio de Janeiro – 1985 – (Acervo PQPBach)

2wqwnioAvicenna foi à França para complementar a sua LP/CDteca sobre música sacra colonial brasileira, uma vez que aqui em Pindorama a sua divulgação é inexistente, marginal.

Pasmem, mas na Europa essa nossa música está fazendo um baita sucesso!

-oOo-

Allons nous! Le jour de gloire est arrivé! Direto da Cidade Luz, apresentamos a “Missa de Nossa Senhora do Carmo”, considerada pelos críticos uma das obras primas do Padre José Maurício Nunes Garcia.

“Written for the holy patron saint of the Royal Portuguese family, the Mass of the Virgin of Mount Carmel , composed in 1818, is one of the masterpieces of the composer. Its dramatic intensity is strong, its vocal virtuosity is inspired by the technic of the castrati, two of them having participated in the creation of the mass: a contralto (Laudamus Te) and a soprano (Quoniam). The variations in the sounds of the instruments and the voices, the contrasts between intensity and volume, the decorative ornamental apparatus are representative of the style of this piece.

Écrite pour la sainte patronne de la famile royale portugaise, la Messe de Notre Dame du Mont Carmel, composée en 1818, est l’un des chefs-d’œuvre du compositeur. Sa densité dramatique est forte, sa virtuosité vocale est inspirée de la technique des castrati, dont deux ont participé à la création de l’œuvre: un contralto (Laudamus Te) et un soprano (Quoniam). Les variations de timbres instrumentaux et vocaux, les contrastes d’intensité et de volume, l’ornamentation décorative sont éléments significatifs de cette pièce.”
Maria Inês Junqueira Guimarães (L’oeuvre de Lobo de Mesquita, compositeur brésilien, Université Paris IV, Sorbonne. 1996. Thèse de doctorat), no encarte.

Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
01. Magnificat
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
02. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 1. Kyrie
03. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 2. Gloria In Excelsis
04. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 3. Laudamus Te
05. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 4. Gratias
06. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 5. Domine Deus
07. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 6. Qui Sedes
08. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 7. Quoniam
09. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 8. Cum Sancto Spiritu
10. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 9. Patrem Omnipotentem
11. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 10. Et Incarnatus
12. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 11. Crucifixus
13. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 12. Resurrexit
14. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 13. Sanctus Dominus Deus
15. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 14. Hosanna In Excelsis
16. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 15. Benedictus Qui Venit
17. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 16. Hosanna In Excelsis
18. Missa de Nossa Senhora do Carmo – 17. Agnus Dei Qui Tollis Peccata Mundi

* La Passion du Baroque Brésilien – 1985

* Associação de Canto Coral, dirigido por Cleofe Person de Mattos. (Em 1963, no Rio de Janeiro, a Associação de Canto Coral prestou homenagem ao recém-falecido Papa João XXIII apresentando a “Missa de 1948” de Stravinsky, sob a regência do próprio Stravinsky, que não poupou elogios à performance do Coral)

* Camerata Rio de Janeiro, regida por Henrique Morelenbaum

Aprecie! Enjoy! Appréciez!
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Avicenna
Em memória do meu irmão caçula Luis Carlos que mudou para os Céus levando parte de mim. (2014)
O Senhor te abençoe e te guarde
O Senhor faça resplandecer o rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti
O Senhor sobre ti levante o rosto e te dê a paz
Amen”

Pe. José Maurício Nunes Garcia – Missa de Santa Cecília: Associação de Canto Coral & Orquestra Sinfônica Brasileira – 1959 – (Acervo PQPBach)

iBiSPA missa de Santa Cecília é a última criação do Pe. José Maurício. Foi o seu gran finale, la crema de la crema!

Todos os CDs e LPs desta magnífica missa foram gravados com velocidade 6,7% acima do real, comprometendo a qualidade da gravação.

Para completar o processo ‘nascoxal’ de produção desses CDs e LPs, as 15 faixas foram aglutinadas em apenas 8 faixas, sendo que a 5ª ficou igual à 4ª.

Gastamos muitas horas tratando esses LPs e CDs no computador e conseguimos chegar a um resultado harmonioso. Assim mesmo não foi possível restabelecer na sua plenitude a gravação original por defeito dos LPs-masters que originaram os CDs, principalmente as faixas 02, 11 e 15, onde alguns solos ficaram irreversivelmente comprometidos.

E a obra? Bem , segundo o prof. Paulo Castagna, ‘a monumental Missa de Santa Cecília foi a última composição de José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), escrita em 1826 para a Confraria Santa Cecília do Rio de Janeiro, uma espécie de sindicato dos músicos daquela época. Em 1959, a Associação de Canto Coral e a orquestra Sinfônica Brasileira, sob direção de Edoardo de Guarnieri, gravaram a Missa completa, em LP duplo. Trata-se da obra com a maior quantidade de instrumentos orquestrais empregados por Nunes Garcia.’. (Texto retirado da Facebook fan page do Museu da Música de Mariana).

Palhinha: ouça 01. Missa de Santa Cecília CPM 113 – 01. Kyrie

Missa de Santa Cecília CPM 113
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
Missa de Santa Cecília (1826) – 1. Kyrie
Missa de Santa Cecília (1826) – 2. Gloria: Et in terra
Missa de Santa Cecília (1826) – 3. Gloria: Laudamus Te
Missa de Santa Cecília (1826) – 4. Gloria: Gratias
Missa de Santa Cecília (1826) – 5. Gloria: Domine Deus
Missa de Santa Cecília (1826) – 6. Gloria: Qui Tollis
Missa de Santa Cecília (1826) – 7. Gloria: Qui Sedes
Missa de Santa Cecília (1826) – 8. Gloria: Quoniam
Missa de Santa Cecília (1826) – 9. Gloria: Cum Sancto Spiritu
Missa de Santa Cecília (1826) – 10. Credo: Patrem Omnipotentem
Missa de Santa Cecília (1826) – 11. Credo: Et Incarnatus
Missa de Santa Cecília (1826) – 12. Credo: Crucifixus
Missa de Santa Cecília (1826) – 13. Credo: Et Ressurrexit
Missa de Santa Cecília (1826) – 14. Sanctus. Benedictus
Missa de Santa Cecília (1826) – 15. Agnus Dei

Associação de Canto Coral (Cleofe Person de Mattos, regente)
Orquestra Sinfônica Brasileira (Edoardo de Guarnieri, regente)
Gravado ao vivo no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em 7 de setembro de 1959.


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XLD RIP | FLAC 435,1 MB |

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MP3 320 kbps – 233,5 MB – 1 h 37 min
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Notas:

• Você conhece a fan page do Museu da Música de Mariana no Facebook? Não?  Ah… me poupe!!!!! Clique aqui e curta essa fonte de informações!

• … e o site dedicado ao Pe. José Maurício? Também não? Putz! Clique aqui e conheça.

Boa audição.

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Avicenna