J. S. Bach (1685-1750): O Cravo Bem Temperado Completo (Dantone)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Dantone começou a gravar muito jovem e era um cravista muito enfeitado. Suas ornamentações pesavam. Conheço umas gravações onde ele deveria fazer o contínuo, mas não havia o que o segurasse. Ele queria viver, sonhar, amar e aparecer mais do que o solista. Argh! Porém… Seja porque Bach não lhe dá espaço, seja porque meu pai impõe o mesmo respeito que impunha a mim, a WF e CPE em casa, o fato é que esta gravação do Cravo Bem Temperado é uma joia que você deve ouvir. Sim, você. Estou falando com quem, caralho? Aqui, Dantone está saudavelmente contido dentro da música de papai, o que é uma maravilha porque é um baita instrumentista. Ou então Tavinho cresceu, ficou um homenzinho, passou a cumprir funções táticas e deixou de ser aquele peladeiro ao estilo de Guiñazu, que está em todos os lugares do campo menos onde deve.

J.S. Bach: The Well Tempered Clavier. Book I (2001) 2CD

CD1:
01. Praeludium & Fuga BWV 846 04:16
02. Praeludium & Fuga BWV 847 03:23
03. Praeludium & Fuga BWV 848 04:26
04. Praeludium & Fuga BWV 849 06:45
05. Praeludium & Fuga BWV 850 03:40
06. Praeludium & Fuga BWV 851 04:10
07. Praeludium & Fuga BWV 852 06:14
08. Praeludium & Fuga BWV 853 08:31
09. Praeludium & Fuga BWV 854 02:56
10. Praeludium & Fuga BWV 855 03:49
11. Praeludium & Fuga BWV 856 02:25
12. Praeludium & Fuga BWV 857 07:07

CD2:
01. Praeludium & Fuga BWV 858 04:01
02. Praeludium & Fuga BWV 859 04:36
03. Praeludium & Fuga BWV 860 04:09
04. Praeludium & Fuga BWV 861 05:13
05. Praeludium & Fuga BWV 862 04:53
06. Praeludium & Fuga BWV 863 04:55
07. Praeludium & Fuga BWV 864 03:44
08. Praeludium & Fuga BWV 865 05:39
09. Praeludium & Fuga BWV 866 03:25
10. Praeludium & Fuga BWV 867 05:57
11. Praeludium & Fuga BWV 868 04:20
12. Praeludium & Fuga BWV 869 14:15

J.S. Bach: The Well Tempered Clavier. Book II (2001) 2CD

CD3:
01. Praeludium & Fuga BWV 870 05:01
02. Praeludium & Fuga BWV 871 05:34
03. Praeludium & Fuga BWV 872 04:00
04. Praeludium & Fuga BWV 873 06:18
05. Praeludium & Fuga BWV 874 06:43
06. Praeludium & Fuga BWV 875 03:41
07. Praeludium & Fuga BWV 876 04:36
08. Praeludium & Fuga BWV 877 07:35
09. Praeludium & Fuga BWV 878 06:47
10. Praeludium & Fuga BWV 879 06:46
11. Praeludium & Fuga BWV 880 05:15
12. Praeludium & Fuga BWV 881 06:36

CD4:
01. Praeludium & Fuga BWV 882 05:52
02. Praeludium & Fuga BWV 883 06:32
03. Praeludium & Fuga BWV 884 04:15
04. Praeludium & Fuga BWV 885 06:19
05. Praeludium & Fuga BWV 886 07:29
06. Praeludium & Fuga BWV 887 09:00
07. Praeludium & Fuga BWV 888 03:33
08. Praeludium & Fuga BWV 889 06:47
09. Praeludium & Fuga BWV 890 08:33
10. Praeludium & Fuga BWV 891 07:15
11. Praeludium & Fuga BWV 892 06:37
12. Praeludium & Fuga BWV 893 04:05

Ottavio Dantone, cravo

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

6 comments / Add your comment below

  1. Excelente postagem PQP! Essa “Ave Maria”, do começo, fez-me pensar em como J. S. Bach era um homem à frente de seu tempo. Luterano, mais para o fim da vida ele já compunha a célebre Missa em si menor, além de ter sido organista em catedrais… Daí nós podemos entender melhor como era o Cristo de Bach; provavelmente um Cristo de puro amor, como hoje costuma ser concebido pelas religiões menos fanáticas. Era Renascimento!

  2. Não tem nada a ver. Credite a “Ave Maria” a Charles Gounod, uns 150 anos depois, que tinha fixação pelo primeiro prelúdio do “Cravo bem temperado” e que o enfiou em sua peça.

  3. Eu sei, foi um modo de dizer, não há título nenhum de “Ave Maria” no original! Acho até que o original é muito mais bonito, sem voz, simplesmente porque é o original. Meu objetivo maior era fazer a reflexão sobre as tentativas ecumênicas de Bach.

  4. Confesso que agora me bateu uma dúvida… Bach era perito na construção de órgãos, tendo viajado por muitas localidades, prestando serviços dessa natureza, mas fico em dúvida se ele se apresentava em órgãos de templos católicos. Isso, penso eu, é essencial para a compreensão do sentimento religioso que ia para as suas músicas, ou para parte delas. Bach é uma figura que me intriga, definitivamente. Em parte, a rigidez e a textura impermeável de suas obras mais técnicas me fazem pensar que era um luterano fidelíssimo. Por outro lado, alguma coisa, como o duelo que ele travou com um nobre, certa feita, fazem-me imaginar um Bach mais apaixonado, menos disciplinado, talvez um tanto perverso e cheio de afeto (e ao meu gosto). Alguém, mais entendido em Bach, podia fazer aí um comentário sobre isso? Que diabos era esse homem, um riacho ou um oceano?

Deixe um comentário