.: interlúdio :. Tributo a Marcus Pereira

 

Capa esbodegada, álbum fora de catálogo
Capa esbodegada, álbum fora de catálogo

Quando postei aqui e ali, com excelente repercussão, as gravações que Arthur Moreira Lima fez das obras de Ernesto Nazareth, um de nossos leitores-ouvintes comentou o seguinte:

“Excelente postagem! Agradecido. Queremos mais Arthur e Ernesto e muitos outros!
Gostaria de perguntar (ou acrescentar) se a iniciativa dessas gravações são obra de um sujeito genial chamado Marcus Pereira, a quem muito devemos pela sua coragem de construir um grande e excelente painel de nossas raízes musicais. E muito mais!
Se for o caso, os créditos seriam bem-vindos, pois muitos ainda não o conhecem e nem sua magnifica obra”

Nosso leitor-ouvinte está certíssimo: não só essas gravações foram lançadas pelo notável selo Discos Marcus Pereira, como realmente fiquei devendo não só o reconhecimento, mas também a homenagem ao construtor do que muito bem chamou de “grande e excelente painel de nossas raízes musicais”.

Com algum atraso, reparo meu erro e presto o devido tributo a este importante incentivador da música brasileira, através deste álbum que, assim como TODA a coleção dos Discos Marcus Pereira, está lamentavelmente fora de catálogo. Lançado em 1982, um ano após a morte de Marcus, ele reúne alguns dos pontos altos da rica discografia do selo (à qual voltaremos no final da postagem).

A reportagem seguinte, publicada n’O Globo, dá ideia da coragem do cidadão:

“Por Helena Aragão
20/12/2014

RIO — Marcus Pereira não compunha, não tocava instrumentos e não cantava, mas foi um personagem importante para a música brasileira em uma de suas décadas mais frutíferas: a de 1970. Para muitos, era um empresário quixotesco que quis transformar a produção musical regional brasileira em sucesso de mercado e que, com a mesma disposição, atacava as grandes gravadoras e os hits de televisão. Na lembrança dos amigos, sobressai a imagem de um sujeito de coração grande, capaz de empregar gente ameaçada pelo regime militar e “adotar” artistas que considerava talentosos. Todas essas versões se misturam numa personalidade heterogênea, motor de uma empresa que lançou alguns dos mais interessantes discos brasileiros entre 1974 e 1981. De Cartola à Banda de Pífanos de Caruaru, de Ernesto Nazareth (pelas mãos do pianista Arthur Moreira Lima) a Paulo Vanzolini, do Quinteto Armorial a Elomar, a Discos Marcus Pereira abriu espaço para compositores e intérpretes que transbordavam em criatividade, mas encontravam pouco espaço nos escaninhos das majors.

Advogado de formação, Marcus migrou logo cedo para a área de publicidade e abriu sua própria agência na década de 1960. Foi lá que começou a flertar com a produção musical: passou a fazer discos para dar como brinde aos clientes. Mais tarde, em 1973, apostou todas as fichas em uma gravadora independente. Aquele ano foi para arrumar a casa, e apenas cinco discos foram lançados comercialmente (todos feitos como brindes nos anos anteriores: os quatro volumes da coleção “Música popular do Nordeste” e “Brasil, flauta, cavaquinho e violão”). Em 1974, ela apareceu de fato para o mundo, lançando mais de 20 discos em 12 meses. A Discos Marcus Pereira não levava o nome do dono à toa: a empresa vivia, de fato, em função de seus humores e sonhos.

Sonhos que deram origem a discos pioneiros. A robusta coleção “Música Popular do Brasil”, que começou pelo Nordeste e depois teve mais 12 discos destinados às outras regiões, é um exemplo. A aposta em Cartola é outro, mas guarda um detalhe curioso: relutante no primeiro momento, o empresário acabou convencido por seu sócio Aluizio Falcão e pelo produtor musical Pelão a fazer o disco, que acabou sendo saudado como um dos melhores de 1974. Com cerca de 140 lançamentos em nove anos, o catálogo impressiona em quantidade e variedade. E, para defendê-lo em suas convicções culturais e empresariais, Marcus se armou com tudo que podia, lutando contra um mercado já dominado e elegendo inimigos complicados.

Com convicções fomentadas por movimentos da época, como o Centro Popular de Cultura (CPC), por polêmicas como as da MPB contra as guitarras elétricas e por discussões folcloristas, ele ficou ainda mais determinado a se dedicar apenas ao mercado fonográfico após uma viagem a Recife, em 1963, quando conheceu o frevo de perto. Para Marcus, a “legítima” música brasileira devia fazer parte dos números grandiosos daquela indústria.

Enquanto isso, o trabalho com publicidade o desinteressava cada vez mais. No livro sobre O Jogral, bar “de resistência cultural” que frequentava em São Paulo, escreveu: “É difícil gostar de ser cúmplice de interesses que vivem de estimular, ao delírio, o consumo numa sociedade onde apenas uma minoria tem condições de consumir”.

Quando a coleção do Nordeste ganhou os prêmios Noel Rosa (da crítica paulista) e Estácio de Sá (do Museu da Imagem e do Som carioca), ele teve certeza de que a mudança de rumos era acertada. Anos mais tarde, no lançamento da coleção Centro-Oeste/Sudeste, escreveu no encarte: “Essa repercussão, na verdade, deve-se à beleza e comunicatividade de uma riqueza enorme que estava enterrada, neste país de tantas riquezas enterradas, e da qual nós colhemos pequena amostra, que é a cultura de nosso povo”. Os discos da coleção “Música Popular do Brasil” alternavam gravações documentais com as de artistas consagrados, como Elis Regina (Sul) e Martinho da Vila (Sudeste/Centro-Oeste). Este último, aliás, deixou o exército para se dedicar apenas ao samba graças ao estímulo de Pereira.

Ao apostar todas as fichas em discos “de conceito”, sem ter um elenco fixo ou coletâneas de sucesso, Marcus Pereira tentou criar um nicho de mercado, mas logo viu que não seria fácil. Ao longo dos anos seguintes, começou a ter problemas de distribuição e nas parcerias com gravadoras de maior porte para fabricação dos vinis. Seus esforços, em geral louvados pela imprensa, muitas vezes eram também questionados em relação a práticas paternalistas — e ele não se furtava em entrar em discussões por meio dos jornais. Aos poucos, as dívidas foram aumentando e saindo do controle. Além disso, Marcus enfrentava problemas pessoais. Em 1981, depois de voltar de uma viagem de férias, deu fim à vida com um tiro.

Em 1982, a Discos Marcus Pereira encerrou suas atividades. O catálogo foi absorvido pela Copacabana, empresa que também não resistiria muito tempo, passando o material em seguida para a ABW, que relançou “Música Popular do Brasil” (em 1994), entre outros, em CD (tiragens logo esgotadas). Hoje o acervo pertence à EMI, que por sua vez foi comprada por um consórcio liderado pela Sony.

A gravadora foi uma das precursoras na busca da “independência” fonográfica no Brasil — ainda que esse termo ainda não fosse usado. Nos anos 1980, os mercados internacionais começam a atentar mais para as músicas locais. O termo world music, criado no fim da década, passou a reunir todo tipo de canção folclórica ou étnica. Quatro décadas depois do início da aventura de Pereira, se o que ecoa de seu discurso pode soar um tanto datado para alguns, o impacto dos discos que lançou segue reverberando nos ouvidos das novas gerações”

Infelizmente, o extenso catálogo dos Discos Marcus Pereira está numa gaveta de gravadora, da qual, no que depender da vontade do público e do senso de lucro da empresa, não sairá tão cedo. Para piorar, é difícil até de achar a maior parte dos discos na rede… MAS É AÍ que é a minha deixa para lhes dizer que eu tenho a discografia completa do selo digitalizada. São mais de cento e oitenta álbuns, o que significa mais .: interlúdios :. do que aqueles que teremos até o final dos tempos. Por isso, postarei, aos poucos, aqueles que eu achar melhores. Ah, e para que vocês se manifestem e me ajudem a pinçar e sugerir alguns itens para publicação, o catálogo está aqui.

TRIBUTO A MARCUS PEREIRA (1982)

01 – Papete – Engenho de Flores (Josias Silva Sobrinho)

02 – Cartola – As Rosas não Falam (Cartola)

03 – Irene Portela – De Teresina a São Luís (João do Vale & Helena Gonzaga)

04 – Leci Brandão – Antes Que Eu Volte a Ser Nada (Leci Brandão)

05 – Renato Teixeira – Moreninha, Se Eu Te Pedisse (Rossini Tavares De Lima)

06 – Dércio Marques – O Menino (El Niño) (Atahualpa Yupanqui & Dércio Marques)

07 – Nara Leão – Cuitelinho (Tradicional)

08 – Doroty Marques – Eterno Como Areia (José Maria Giroldo)

09 – Léo Karan – Jesuína (Léo Karan & Gilberto Karan)

10 – Chico Maranhão – A Vida de Seu Raimundo (Chico Maranhão)

11 – Adauto Santos – De Amor Ou Paz (Luis Carlos Paraná & Adauto Santos)

12 – Luis Carlos Paraná – Vou Morrer De Amor (Luis Carlos Paraná)

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Marcus Pereira (1930-1981)
Marcus Pereira (1930-1981)

Vassily Genrikhovich

 

Antonio Vivaldi (1678-1741): 6 Sonatas para Violino, Op. 2, Nos. 1-6

Antonio Vivaldi (1678-1741): 6 Sonatas para Violino, Op. 2, Nos. 1-6

As atraentes Sonatas para Violino Op. 2 de Vivaldi eram extremamente populares em sua época. Foram muito publicadas e rearranjadas para outras combinações de instrumentos. As seis primeiras são apresentados aqui em sua forma original pela excelente Elizabeth Wallfisch, elegantemente apoiada por Richard Tunnicliffe e Malcolm Proud. O disco é bom em razão dos excelentes instrumentistas. Não fiquei muito entusiasmado pelo repertório.

Antonio Vivaldi (1678-1741): 6 Sonatas para Violino, Op. 2, Nos. 1-6

1. Sonata for violin & continuo in G minor, Op. 2/1, RV 27: Preludio: Andante
2. Sonata for violin & continuo in G minor, Op. 2/1, RV 27: Giga: Allegro
3. Sonata for violin & continuo in G minor, Op. 2/1, RV 27: Sarabanda: Largo
4. Sonata for violin & continuo in G minor, Op. 2/1, RV 27: Corrente: Presto

5. Sonata for violin & continuo in A major, Op. 2/2, RV 31: Preludio a capriccio – Presto
6. Sonata for violin & continuo in A major, Op. 2/2, RV 31: Corrente: Allegro
7. Sonata for violin & continuo in A major, Op. 2/2, RV 31: Adagio
8. Sonata for violin & continuo in A major, Op. 2/2, RV 31: Giga: Allegro
9. Sonata for violin & continuo in A major, Op. 2/2, RV 31: Pastorale ad libitum

10. Sonata for violin & continuo in D minor, Op. 2/3, RV 14: Preludio: Andante
11. Sonata for violin & continuo in D minor, Op. 2/3, RV 14: Corrente: Allegro
12. Sonata for violin & continuo in D minor, Op. 2/3, RV 14: Adagio
13. Sonata for violin & continuo in D minor, Op. 2/3, RV 14: Giga: Allegro

14. Sonata for violin & continuo in F major, Op. 2/4, RV 20: Andante
15. Sonata for violin & continuo in F major, Op. 2/4, RV 20: Allemanda: Allegro
16. Sonata for violin & continuo in F major, Op. 2/4, RV 20: Sarabanda: Andante
17. Sonata for violin & continuo in F major, Op. 2/4, RV 20: Corrente: Presto

18. Sonata for violin & continuo in B minor, Op. 2/5, RV 36: Preludio: Andante
19. Sonata for violin & continuo in B minor, Op. 2/5, RV 36: Corrente: Allegro
20. Sonata for violin & continuo in B minor, Op. 2/5, RV 36: Giga: Presto

21. Sonata for violin & continuo in C major, Op. 2/6, RV 1: Preludio: Andante
22. Sonata for violin & continuo in C major, Op. 2/6, RV 1: Allemanda: Presto
23. Sonata for violin & continuo in C major, Op. 2/6, RV 1: Giga: Allegro

Elizabeth Wallfisch (violin)
Richard Tunnicliffe (cello)
Malcolm Proud (harpsichord)

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Elizabeth Wallfisch exibe seu belo sorriso na Sala de Imanência e Transcendência da Sede de Gala da PQP Bach Corporation

PQP

Richard Wagner – Orchestral Music II – Otto Klemperer, Philharmonia Orchestra

Dando sequência a esta proposta de trazer mais um gostinho de Wagner, principalmente suas aberturas, neste Segundo CD Klemperer nos brinda com outros petardos, como a abertura do “Der Fliegende Holländer”, o maravilhos “Siegfried Idyll”, e principalmente, uma das mais belas melodias criadas por Wagner, o “Prelude and Liebestod” de Tristan und Isolde. É de chorar de lindo. Lembro da primeira vez que ouvi essa obra. Estava ajudando minha irmã a enxugar a louça, e quando começou a tocar, parei e perguntei: o que é isso que está tocando? Minha irmã respondeu que era Wagner. Desde então, não tem uma vez que não me emociono quando ouço essa passagem.

1. Der Fliegende Holländer – Overture
2. Das Rheingold – Entry of the Gods into Valhalla
3. Die Walküre – Ride of the Valkyries
4. Siegfried Idyll
5. Siegfried – Forest Murmurs
6. Götterdämmerung – Siegfried’s Rhine Journey
7. Götterdämmerung – Siegfried’s Funeral March, Act III
8. Tristan und Isolde – Prelude and Liebstod

Philharmonia Orchestra
Otto Klemperer – Conductor

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Johann Sebastian Bach (1685-1750): Missa em Si Menor (versão de Karl Richter)

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Missa em Si Menor (versão de Karl Richter)

Eu estava no Rio de Janeiro em fevereiro de 1981 quando abri o Jornal do Brasil e dei de cara com a manchete do Caderno B: “Morre o mensageiro de Bach”. Como eu, PQP, estava ali, lendo o jornal, o morto só podia ser Karl Richter ou Gustav Leonhardt. Era Karl Richter (1926-1981) e a manchete era justa. Para os de minha geração, Karl Richter e sua Orquestra Bach de Munique eram a garantia do melhor Bach. Ele morreu quando as performances com instrumentos históricos estavam engatinhando. Tinha uma forma excessivamente romântica de dirigir seus músicos absolutamente fantásticos e eu já tinha comprado em 1975 a gravação decisiva em meu amor pelas interpretações autênticas: os Concertos de Brandenburgo pelo Collegium Aureum com direção de Franzjosef Maier (violinista) e que tinha um cravista que vou contar para vocês… Era apenas Gustav Leonhardt. Eu estava sendo apresentado a ele naquela gravação e ele fazia misérias no Concerto Nº 5. Mas, voltando a Karl Richter, ele ainda era em 1981 o mais bachiano de todos os músicos vivos e tinha sido vitimado por um reles ataque cardíaco aos 54 anos. Hoje, ouvindo novamente sua gravação da Missa, realizada em 1962 porém com som que parece ter sido gravado ontem, a emoção do primeiro Bach que ouvi retornou mais ou menos como se fosse o primeiro sutiã da propaganda.

Uma das maiores burrices que um ser humano pode cometer é a de não mudar de opinião. Hoje, eu acho esta versão muito ruim. Ela é patchy, uma colcha de retalhos às vezes estranhos um ao outro, mas há a excepcional participação de Hertha Töpper no Agnus Dei e o melhor Cum Sancto Spiritu que já ouvi. Algo arrebatador.

Johann Sebastian Bach – Missa em Si Menor – BWV 232

CD1

1-01 Missa: Kyrie: Kyrie eleison
1-02 Missa: Kyrie: Christe eleison
1-03 Missa: Kyrie: Kyrie eleison
1-04 Missa: Gloria: Gloria in excelsis Deo
1-05 Et in terra pax
1-06 Missa: Gloria: Laudamus te
1-07 Missa: Gloria: Gratias agimus tibi
1-08 Missa: Gloria: Domine Deus
1-09 Missa: Gloria: Qui tollis
1-10 Missa: Gloria: Qui Sedes
1-11 Missa: Gloria: Quoniam tu solus
1-12 Missa: Gloria: Cum Sancto Spiritu

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – CD 1

CD2

2-01 Symbolum Nicenum: Credo: Credo in unum Deum
2-02 Symbolum Nicenum: Credo: Patrem omnipotentem
2-03 Symbolum Nicenum: Credo: Et in unum Dominum
2-04 Symbolum Nicenum: Credo: Et incarnatus est
2-05 Symbolum Nicenum: Credo: Crucifixus
2-06 Symbolum Nicenum: Credo: Et resurrexit
2-07 Symbolum Nicenum: Credo: Et in Spiritum
2-08 Symbolum Nicenum: Credo: Confiteor
2-09 Symbolum Nicenum: Credo: Ex expecto
2-10 Sanctus: Sanctus
2-11 Osanna, Benedictus, Agnus Dei et Dona nobis pacem: Osanna
2-12 Osanna, Benedictus, Agnus Dei et Dona nobis pacem Benedictus
2-13 Osanna, Benedictus, Agnus Dei et Dona nobis pacem: Osanna
2-14 Osanna, Benedictus, Agnus Dei et Dona nobis pacem: Agnus Dei
2-15 Osanna, Benedictus, Agnus Dei et Dona nobis pacem: Dona nobis pacem

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – CD 2

Maria Stader, soprano
Hertha Töpper, contralto
Ernst Haefliger, tenor
Dietrich Fischer-Dieskau, baixo
Kieth Engen, baixo
Coro Bach de Munique
Orquestra Bach de Munique
Karl Richter

PQP

Richard Wagner – Orchestral Music I – Otto Klemperer, Philharmonia Orchestra

Desde a interrupção do nosso projeto wagneriano, tocado por mim, FDPBach e pelo colega Ammitore, Wagner sumiu do blog. Lamentável, eu diria.
Para matar a vontade dos wagnerianos de plantão, estou trazendo este belo CD com algumas peças orquestrais mais famosas, e sob e sempre competente direção de Otto Klemperer, frente a Philarmonia Orchestra.
A famosas Aberturas das óperas Rienzi, Tanhäuser, Lohengrin, Die Meistersinger von Nürnberg, Parsifal,enfim, estão todas aí.
Um dia eu e Ammiratore retornaremos ao projeto de postar todas as óperas de Wagner. Acho.

1. Rienzi – Overture
2. Tannhäuser – Overture
3. Tannhäuser – Prelude, Act III
4. Lohengrin – Prelude, Act I
5. Lohengrin – Prelude, Act III
6. Die Meistersinger von Nürnberg – Overture
7. Die Meistersinger von Nürnberg – Dance of the Apprentices & Entry of the Masters,
8. Parsifal – Prelude

Philharmonia Orchestra
Otto Klemperer

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Festival Preisner: Zbigniew Preisner (1955) – Trilha sonora original para “The Secret Garden”, de Agnieszka Holland

Festival Preisner: Zbigniew Preisner (1955) – Trilha sonora original para “The Secret Garden”, de Agnieszka Holland

Um filme visualmente suntuoso como “O Jardim Secreto”, baseado no romance homônimo de Frances Hodgson Burnett e sensivelmente realizado por Agnieszka Holland, não poderia ter uma música que causasse menor impressão. Preisner, compatriota de Holland, caprichou e legou-nos uma trilha sonora que, talvez, seja entre as suas a que melhor se sustente sem as imagens. A agitada abertura, com toda sua percussão, soa pouco “preisneriana”, mas em seguida todos os gestos tão caros ao compositor – os temas singelos, a preferência pelos sopros (especialmente o oboé e as flautas-doces) e pelo piano, o uso econômico da instrumentação, com diálogos instrumentais como que em prosa – vão surgindo, entremeados por todos os melífluos clichês que imaginaríamos num filme sobre crianças – violinos trinando, glockenspiele, coros angélicos. Quando nos damos conta, depois de uma que outra sugestão de Dvořák, já se foram, muito belos, seus trinta e poucos minutinhos.

THE SECRET GARDEN – ORIGINAL MOTION PICTURE SOUNDTRACK
MUSIC COMPOSED BY ZBIGNIEW PREISNER

1 – Main Title
2 – Leaving The Docks
3 – Mary Downstairs
4 – First Time Outside
5 – Skipping Rope
6 – Entering The Garden
7 – Walking Through The Garden
8 – Mary And Robin Together
9 – Shows Dickon Garden
10 – Awakening Of Spring
11 – Craven Leaves
12 – Taking Colin To The Garden
13 – Colin Opens His Eyes
14 – Colin Tries Standing
15 – Colin Loves Mary
16 – Craven’s Return
17 – Looking At Photos
18 – Craven To The Garden
19 – Colin Senses Craven
20 – Happily Ever After

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Não: eu jamais perderia a chance de postar mais uma foto de Irène Jacob ♡

Vassily

John Blow (1649-1708): Ode pela morte do Sr. Henry Purcell / Venus & Adonis

John Blow (1649-1708): Ode pela morte do Sr. Henry Purcell / Venus & Adonis

IM-PER-DÍ-VEL !!!

É, amigo. His name is Blow, John Blow Job. Um excelente compositor. Os dois CDs que postamos são dignos dos maiores elogios, mas meu amor maior vai para a pequena ópera em três atos Venus & Adonis. Um Blow job de primeira realizado por René Jacobs, a extraordinária Orchestra of the Age of Enlightenment e um time supimpa de solistas.

O coral infantil — sem piadas aqui, a fim de evitar a pedofilia — tem maravilhosa participação. Mas cá para nós, os dois CDs são maravilhosos. É daquelas coisas que a gente ouve e sai feliz, entendem? Pois é, amigo. His name is Blow, John Blow.

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John Blow – An Ode on the Death of Mr. Henry Purcell

Purcell:
1. Sweetness of nature (countertenors I & II) from Love’s goddess sure: Birthday ode for Queen Mary, 1692  3:18
Blow:
2. Sonata a 2 in A major   6:07
Purcell:
3. Here let my life  2:44
Blow:
4. Ground a 2 in D major  3:10
Purcell:
5. Orpheus Britannicus – Music for a while Z583  4:00
Blow:
6. Suite in G major for Harpsichord : Fugue  3:11
Purcell:
7. In vain the am’rous flute from St Cecilia’s Day Ode, ‘Hail, bright Cecilia’ Z328 5:30
Blow:
8. Suite in G major for Harpsichord : Prelude  0:56
9. Suite in G major for Harpsichord : Almand 3:13
10. Suite in G major for Harpsichord : Gavot 1:08
11. Morlake Ground  4:08
12. A Ground in D 4:12
13. An Ode on the death of Mr. Henry Purcell 22:34

Gerard Lesne, alto
Steve Dugardin, alto
La Canzona:
Pierre Hamon, flute a bec
Sebastien Marq, flute a bec
Elisabeth Joyé, clavecin & orgue
Philippe Pierlot, viole de gambe
Vincent Dumestre, theorbe

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John Blow – Venus & Adonis

A Masque for the Entertainment of the King
Un Masque pour le divertissement du Roi
Ein unterhaltsames Maskenspiel fur den Konig

1. Venus and Adonis, masque: Overture
2. Venus and Adonis, masque: Prologue. Behold my arrows and my bow
3. Venus and Adonis, masque: Prologue. Come shepherds all
4. Venus and Adonis, masque: Prologue. Courtiers there is no faith in you
5. Venus and Adonis, masque: Prologue. In these sweet groves
6. Venus and Adonis, masque: Prologue. Cupid’s Entry
7. Venus and Adonis, masque: Act 1. The Act tune
8. Venus and Adonis, masque: Act 1. Venus! Adonis!
9. Venus and Adonis, masque: Act 1. Hark, hark the rural music sounds
10. Venus and Adonis, masque: Act 1. Adonis will not hunt today
11. Venus and Adonis, masque: Act 1. Come, follow the noblest game
12. Venus and Adonis, masque: Act 1. Entry: A dance by a Huntsman
13. Venus and Adonis, masque: Act 2. The Act tune
14. Venus and Adonis, masque: Act 2. You place with such delightful care
15. Venus and Adonis, masque: Act 2. The Cupid’s lesson: The insolent, the arrogant
16. Venus and Adonis, masque: Act 2. Choose for the formal fool
17. Venus and Adonis, masque: Act 2. A dance of Cupids
18. Venus and Adonis, masque: Act 2. Call the Graces
19. Venus and Adonis, masque: Act 2. Mortals below, Cupids above
20. Venus and Adonis, masque: Act 2. The Graces’ Dance
21. Venus and Adonis, masque: Act 2. Gavatt
22. Venus and Adonis, masque: Act 2. Sarabrand for the Graces
23. Venus and Adonis, masque: Act 2. A Ground
24. Venus and Adonis, masque: Act 2. The Act tune
25. Venus and Adonis, masque: Act 3. Adonis, uncall’d for sighs
26. Venus and Adonis, masque: Act 3. With solemn pomp let mourning Cupids bear
27. Venus and Adonis, masque: Act 3. Mourn for thy servant

Venus: Rosemary Joshua (Soprano)
Adonis: Gerald Finley (Baritone)
Cupid: Robin Blaze (Countertenor)
Shepherdess: Maria Cristina Kiehr (Soprano)
Shepherds:
Christopher Josey (Countertenor)
John Bowen (Tenor)
Jonathan Brown (Basse)

Clare College Chapel Choir
dir. Timothy Brown

Orchestra of the Age of Enlightenment
dir. René Jacobs

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PQP

Festival Preisner: Zbigniew Preisner (1955) – Trilha sonora original para “La Double Vie de Véronique”, de Krzysztof Kieślowski

“A Dupla Vida de Véronique” é um dos filmes mais belos e estranhos que conheço. Belo pela luz dourada, por seus suaves verdes e vermelhos, pelos imensos silêncios entremeados pela música de Zbigniew Preisner, e sobretudo pelo rosto da divina Irène Jacob – no papel de sua vida -, iluminado maravilhosamente por Sławomir Idziak e seguido com discrição e sensibilidade por Krzysztof Kieślowski. Estranho porque, entre outros motivos, muito pouco acontece em “Véronique” e, no entanto, nada nele é tedioso. Poucas vezes vi a introspecção, que me é tão cara, retratada na tela assim, vivamente. É um filme, talvez, sobre a sensação de não estarmos sozinhos, de que há algo ou alguém a viver paralelamente conosco; uma experiência tão bela quanto estranhíssima, que abre mais questões do que as responde, e inda mais a cada revisita.

ZBIGNIEW PREISNER – LA DOUBLE VIE DE VERONIQUE – BANDE SONORE ORIGINALE DU FILM

1 – Weronika
2 – Véronique
3 – Tu Viendras
4 – L’Enfance
5 – Van den Budenmayer: Concerto en Mi Mineur, Version de 1798
6 – Véronique
7 – Solitude
8 – Les Marionnettes
9 – Theme: Première Transcription
10 – L’Enfance II
11 – Alexandre
12 – Alexandre II
13 – Theme: Deuxième Transcription
14 – Concerto en Mi  (Instrumentation Contemporaine No. 1)
15 – Concerto en Mi (Instrumentation Contemporaine No. 2)
16 – Concerto en Mi (Instrumentation Contemporaine No. 3)
17 – Van den Budenmayer: Concerto en Mi Mineur, Version de 1802
18 – Générique de Fin

Jacek Ostaszewski, flauta
Elzbieta Towarnicka, soprano
Coro Filarmônico da Silésia
Orquestra Filarmônica de Katowice
Antoni Wit, regência

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Vassily

J. Haydn (1732-1809): Sonatas para Piano

J. Haydn (1732-1809): Sonatas para Piano

timof

Este arquivo é uma imagem de um LP soviético da grande Lubov Timofeyeva. Vale a pena baixar, sim. É uma excelente pianista que valoriza as belas e nada complexas sonatas do mestre Haydn. Eu? Gosto muito. Brendel rende ainda mais neste repertório, é muito mais manhoso, marrento e sutil. À Timofeyeva talvez falte algum bordel, mas mesmo assim ela desempenha maravilhosamente. Experimente!

J. Haydn (1732-1809): Sonatas para Piano

Piano Sonata in G major Hob.XVI No.8 (No.1)
1. Allegro 2. Menuet 3. Andante 4. Allegro

Piano Sonata in C major Hob.XVI No.7 (No.2)
1. Allegro moderato 2. Menuet 3. Finale (Allegro)

Piano Sonata in F major Hob.XVI No.9 (No.3)
1. Allegro 2. Menuet 3. Scherzo (Allegro)

Piano Sonata in G major Hob.XVI G 1 (No.4)
1. Allegro 2. Menuetto 3. Finale (Presto)

Piano Sonata in G major Hob.XVI No.11 (No.5)
1. Presto 2. Andante 3. Menuet

Piano Sonata in C major Hob.XVI No.10 (No.6)
1. Moderato 2. Menuet 3. Finale (Presto)

Piano Sonata in D major Hob.XVII D 1 (No.7)
1. Moderato 2. Menuet 3. Finale (Allegro)

Lubov Timofeyeva, piano

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Haydn em pose bem idiota.

 

PQP

Festival Preisner: Zbigniew Preisner (1955) – Dekalog: Muzyka Filmowa – Trilha sonora original para o “Decálogo”, de Krzysztof Kieślowski

O “Decálogo” – uma guirlanda de, bem, dez brilhantes filmes de 55 minutos, cada qual uma pequena obra-prima – constitui o opus magnum de Kieślowski. Produzido pela televisão polonesa e de distribuição modesta quando de seu lançamento, repercutiu enormemente mundo afora, em especial junto aos cineastas – até mesmo o mui recluso e extremamente crítico Stanley Kubrick teceu loas ao roteiro -, e abrindo caminho no exterior para a carreira do diretor. Apesar de algumas semelhanças, como o entrelaçamento de tramas e os personagens demiúrgicos recorrentes, Kieślowski – que iniciou a carreira como documentarista – não lança mão aqui do virtuosismo que exibiria em sua muito mais famosa Trilogia das Cores, iniciada cinco anos depois. A despeito do título, a alusão aos Dez Mandamentos é, para o dizer o mínimo, bastante oblíqua. Pouquíssimo há de bíblico ou religioso nessas histórias que se desenrolam num austero e feiíssimo conjunto habitacional em Varsóvia. O estilo é muito enxuto, a atmosfera é quase árida, e os longos silêncios e ênfase nos closeups exigem um protagonismo da música, que Zbigniew Preisner garante com uma trilha sonora extraordinária, que depois adaptaria para os dois longa-metragens feitos a partir de episódios da série: “Não Matarás” (Krótki film o zabijaniu) e “Não Amarás” (Krótki film o miłości), ambos de 1988. Digna de nota, também, é a primeira menção a Van den Budenmayer, compositor neerlandês fictício, criatura de Kieślowski e Preisner, a quem se atribuem temas e composições que apareceriam também em “A Dupla Vida de Véronique”, “Azul” e “Vermelho”.

DEKALOG – MUZYKA FILMOWA – ZBIGNIEW PREISNER

1 – Dekalog I Part 6
2 – Dekalog I Part 5
3 – Dekalog II Part 1
4 – Dekalog II Part 2
5 – Dekalog III Part 2
6 – Dekalog III Part 3
7 – Dekalog IV Part 1
8 – Dekalog IV Part 2
9 -Dekalog V Part 1
10 – Dekalog V Part 6
11 – Dekalog V Part 9
12 – Dekalog V Part 12
13 – Dekalog VI Part 1
14 – Dekalog VI Part 2
15 – Dekalog VI Part 3
16 – Dekalog VI Part 4
17 – Dekalog VII Part 6
18 – Dekalog VII Part 8
19 – Dekalog VIII Part 1
20 – Dekalog VIII Part 4
21 – Dekalog VIII Part 7
22 – Dekalog IX Part 3
23 – Dekalog IX Part 7
24 – Dekalog IX Part 12
25 – Dekalog IX Part 13

Grande Orquestra Sinfônica da Rádio e Televisão Polonesa em Katowice
Zdzisław Szostak, regência

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Grażyna Szapołowska e seu olhar penetrante no episódio VI

Vassily

Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonia Nº 1 & En Saga

Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonia Nº 1 & En Saga

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O cabeludo maestro finlandês Santtu-Matias Rouvali vem ganhando reconhecimento na Escandinávia e na Grã-Bretanha por grandes leituras dramáticas que muitas vezes trazem algo de novo a trabalhos familiares, como a dupla de peças orquestrais de Sibelius ouvidas neste disco da Alpha. A Sinfonia Nº 1 em Mi menor, op. 39 é obviamente descrita como tchaikovskiana e, de fato, há uma abundância de músicas amplas e levemente melancólicas que lembram o compositor. Mas Rouvali, líder da Sinfônica de Gotemburgo (da qual ele foi recentemente nomeado maestro titular), concentra-se em elementos mais finlandeses do que russos. Prova é o primeiro movimento, onde o lirismo tchaikovskiano dá lugar a uma passagem tumultuada, onde cada harmonia parece arrancada da anterior de uma maneira muito característica de Sibelius. A leitura de Rouvali é emocionante. O poema sinfônico En saga, Op. 9, é uma obra-prima que, em mãos inferiores, poderia tornar-se uma porcaria, mas que ficou enérgico e envolvente nas mãos de Rouvali. É para prestar atenção a este Santtu-Matias Rouvali. Ele sabe o que faz.

Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonia Nº 1 & En Saga

Symphony No. 1 in E minor, Op. 39
1 I. Andante Ma Non Troppo – Allegro Energico 11:27
2 II. Andante (Ma Non Troppo Lento) 09:13
3 III. Scherzo: Allegro 05:28
4 IV. Finale: Andante – Allegro Molto – Andante Assai – Allegro Molto Come Prima – Andante 13:32

5 En Saga, Op. 9 19:01

Gothenburg Symphony Orchestra
Santtu-Matias Rouvali

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Com esses cabelos, Santtu está mais para Anjju.

PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Richter – The Authorized Recordings – Beethoven I – Sviatoslav Richter #BTHVN250

Muito falamos em Sviatoslav Richter mas temos poucas gravações suas postadas aqui no PQPBach, o que no mínimo, é esquisito. Digo isso pois só eu, FDPBach, devo ter mais de 200 cds seus.

Mas a grandiosidade e genialidade de Sviatoslav Richter só pode ser conhecida se for ouvida. Não é por acaso que ele é considerado um dos principais pianistas do Século XX, ao lado de Arthur Rubinstein, de seu amigo Emil Gilels, de Wladimir Horowitz, Wilhelm Kempff, Arthur Schnabel, dentre tantos outros. Para nossa sorte, provavelmente ele deve ser o pianista com maior número de discos lançados anualmente, gravações realizadas desde a juventude ainda na União Soviética, até o final de sua vida. Podemos acompanhar assim a evolução de sua técnica, e  principalmente, de sua maturidade musical. Dizem que na própria Rússia ainda existe muito material seu para ser lançado, ele gravava muito.

Estes CDs que trarei para os senhores nos próximos dias foram gravados ao vivo, já no final de sua vida, quando o músico já estava com 77 anos.  Hoje teremos o primeiro CD duplo dedicado a Beethoven.

CD 1

01. Sonata No.19 in G minor, op. 49 No. 1 – Andante
02. Sonata No.19 in G minor, op. 49 No. 1 – Rond. Allegro
03. Sonata No.20 in G, op. 49 No. 2 – Allegro ma non troppo
04. Sonata No.20 in G, op. 49 No. 2 – Tempo di Menuetto
05. Sonata No.22 in F, op. 54 – In tempo d’un menuetto
06. Sonata No.22 in F, op. 54 – Allegretto
07. Sonata No.23 in F minor, op. 57 ‘Appassionata’ – Allegro assai
08. Sonata No.23 in F minor, op. 57 ‘Appassionata’ – Andante con moto
09. Sonata No.23 in F minor, op. 57 ‘Appassionata’ – Allegro ma non troppo

CD 2

01. Sonata No. 30 in E, op. 109 Vivace, ma non troppo – Adagio espressivo – Tempo I
02. Sonata No. 30 in E, op. 109 Prestissimo
03. Sonata No. 30 in E, op. 109 Gesangvoll, mit innigster Empfindung. Andante molto cantabile ed espressivo
04. Sonata No. 31 in A flat, op. 110 Moderato cantabile molto espressivo
05. Sonata No. 31 in A flat, op. 110 Allegro molto
06. Sonata No. 31 in A flat, op. 110 Adagio ma non troppo
07. Sonata No. 31 in A flat, op. 110 Fuga. Allegro ma non troppo
08. Sonata No. 32 in C minor, op. 111 Maestoso
09. Sonata No. 32 in C minor, op. 111 Allegro con brio ed appassionato
10. Sonata No. 32 in C minor, op. 111 Arietta. Adagio molto semplice e cantabile

Sviatoslav Richter – Piano

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Festival Preisner: Zbigniew Preisner (1955) – Trilha sonora original para “Trois Couleurs: Rouge”, de Krzysztof Kieślowski

Festival Preisner: Zbigniew Preisner (1955) – Trilha sonora original para “Trois Couleurs: Rouge”, de Krzysztof Kieślowski

Tão logo terminaram os créditos finais de “Azul”, e enquanto ainda ecoava em meus pouco impressionáveis ouvidos médios a sensacional música de Zbigniew Preisner, determinei a mim mesmo:

– Sai AGORA dessa sala, criança, e consegue essa trilha.

Como naquela época ainda não havia o PQP Bach, e tampouco sonhávamos com a internet para, entre um download e outro, brigarmos com pessoas que sequer conhecemos, fui feito um Dodge na única loja em que eu tinha certeza de que encontraria a gravação. Lá atendia uma gentil, floral senhorinha, mui apropriadamente chamada Margarida, que me serviu café e bolachas e, entre renovados votos de que eu voltasse em breve para sangrar um pouco mais meus já anêmicos bolsos de estudante, entregou-me o CD em troca do que me seriam alguns almoços no bandejão.

Toquei de volta para casa, louco para encontrar meu “toca-discos-laser” – pois assim chamávamos as engenhocas -, enquanto planejava como inserir mais aqueles jejuns em meu minguado orçamento nutricional. Ouvi a trilha com o devido deleite; mais que isso, lambuzei-me com ela. Não só pela música, mas porque escutá-la com atenção me fez perceber detalhes que me escaparam do estupor que foi assistir a “Azul”. Dei-me conta, entre tantas outras coisas, de que o “Canto pela Reunificação da Europa”, a peça cuja composição é um dos fios condutores da trama, era baseado no texto grego da Primeira Epístola de Paulo aos Coríntios, aquela extravagante apologia do Amor – e isso bem antes dele virar o batido tema da prédica dos sacerdotes em 9 em cada 10 casamentos. Constatei, também, que havia excertos da trilha sonora de “Vermelho”, que eu nem imaginava estar em produção, posto que nem sabia tratar-se duma trilogia (o que era uma senhora patetice minha, considerando com a considerável dica das “Três Cores” nos prenomes dos filmes) e, menos ainda, que as tramas, assim como as trilhas sonoras, se entrelaçavam.

Ao ouvir aquela vinheta do filme vindouro, um sinuoso bolero, flagrei-me novamente falando comigo mesmo:

– Véronique.

Sim, Véronique – que, esclareço, que não era propriamente Véronique, mas sim sua intérprete, a magnífica Irène Jacob, que me fizera prostrar em admiração, sialorreia e silêncio durante toda projeção de “A Dupla Vida de Véronique”, também de Kieślowski, alguns anos antes. Aquele bolero, repetia para mim mesmo, era a CARA dela.

Essa cara

Alguns meses depois, “Branco” chegou aos cinemas e, na saída, dei de cara com Irène/Véronique no pôster de “Vermelho”. Sim, eu acertara em cheio: aquele bolero era seu retrato sonoro, e Preisner, tsc, sabia mesmo das coisas. E não só isso: a seu lado no pôster, estava o mítico Jean-Louis Trintignant, o que, com  a música de Preisner e sob a direção de Kieślowski, só me podia deixar a esperar o sublime. Alguns poucos e apreensivos meses depois, “Vermelho” veio e arrebentou todas minhas expectativas: este então jovem saco de tripas deixou a sala com a certeza de ter assistido a um dos melhores filmes que veria em toda sua vida.

Conto-lhes tudo isso para admitir que é difícil falar criticamente de algo que se adora tanto. Posso, num arremedo de crítica, admitir que falta aqui a opulência da trilha de “Azul” e a acidez da de “Branco”. O supracitado bolero, leitmotiv de Irène/Valentine e formoso como a protagonista, flerta de perto com o mundo do easy listening – e meu pai, fã do gênero, chegou-me mesmo a perguntar se quem tocava era Franck Pourcel. Talvez a música não se sustente sozinha como a das trilhas que a antecederam. Se ela, todavia, tão só instigar o leitor-ouvinte a conhecer a Trilogia das Cores, obra-prima e canto do cisne de Kieślowski, lamentavelmente falecido dois anos após o lançamento de “Vermelho” – bem, este meu bolero todo já terá valido a pena.

TROIS COULEURS: ROUGE
Trilha sonora original do filme
Música composta por Zbigniew Preisner

1 – Miłość od pierwszego wejrzenia
2 – Fashion Show I
3 – Meeting the Judge
4 – The Taped Conversation
5 – Leaving the Judge
6 – Psychoanalysis
7 – Today is my Birthday
8 – Do Not Take Another Man’s Wife I
9 -Treason
10 – Fashion Show II
11 – Conversation at the Theatre
12 – The Rest of the Conversation at the Theatre
13 – Do Not Take Another Man’s Wife II
14 – Catastrophe
15 – Finale
16 – L’ Amour Au Premier Regard

Silesian Philharmonic Choir
Sinfonia Varsovia
Wojciech Michniewski, regência

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Nota: a trilha sonora abre com um recitativo baseado num poema da polonesa Wisława Szymborska, Prêmio Nobel de Literatura em 1996, interpretado no original pelo ator Zbigniew Zamachowski (protagonista de “Branco”), e encerra-se com uma versão francesa. A peça não é ouvida em momento algum no filme, e sua audição, dessa forma, parece-me uma sugestão de poslúdio ao convoluto amor que se desenrola na tela.

AMOR À PRIMEIRA VISTA
Wisława Szymborska

Ambos estão certos
de que uma paixão súbita os uniu.

É bela essa certeza,
mas é ainda mais bela a incerteza.

Acham que por não terem se encontrado antes
nunca havia se passado nada entre eles.
Mas e as ruas, escadas, corredores
nos quais há muito talvez se tenham cruzado?

Queria lhes perguntar,
se não se lembram –
numa porta giratória talvez
algum dia face a face?
um “desculpe” em meio à multidão?
uma voz que diz “é engano” ao telefone?
– mas conheço a resposta.
Não, não se lembram.

Muito os espantaria saber
que já faz tempo
o acaso brincava com eles.

Ainda não de todo preparado
para se transformar no seu destino
juntava-os e os separava
barrava-lhes o caminho
e abafando o riso
sumia de cena.

Houve marcas, sinais,
que importa se ilegíveis.
Quem sabe três anos atrás
ou terça-feira passada
uma certa folhinha voou
de um ombro ao outro?
Algo foi perdido e recolhido.
Quem sabe se não foi uma bola
nos arbustos da infância?

Houve maçanetas e campainhas
onde a seu tempo
um toque se sobrepunha ao outro.
As malas lado a lado no bagageiro.
Quem sabe numa noite o mesmo sonho
que logo ao despertar se esvaneceu.

Porque afinal cada começo
é só continuação
e o livro dos eventos
está sempre aberto no meio.

Tradução de Regina Przybycien

Vassily

 

Böhm / Buxtehude / Händel / Mattheson / Pauset / Scheidemann / Telemann / Weckmann: Hamburg 1734

Böhm / Buxtehude / Händel / Mattheson / Pauset / Scheidemann / Telemann / Weckmann: Hamburg 1734

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Se você duvida que este disco seja a maior das extravagâncias, ouça direto os dois primeiros movimentos da Suíte Alster. Ou ela inteira, claro.

Hamburgo, 1734. O mais doido dos construtores de cravo, Hieronymus Albrecht Hass, criou um instrumento cuja sonoridade foi inspirada pela variedade e amplitude do órgão. Aqui, numa cópia deste cravo único, Andreas Staier interpreta obras dos melhores compositores que foram atraídos para a cidade por Hass. O resultado é uma profusão de cores. O cravista Staier é um mestre. E um cara corajoso, senão certamente evitaria tamanha anarquia.

Ouça e se SURPREENDA.

Georg Friedrich Haendel (1685-1759)

1. Chaconne

Georg Phillipp Telemann (1681-1767)
Ouverture burlesque (aus “Der Getreue Music-Meister)
2. Ouverture à la Polonoise
3. Loure
4. Gavotte en Rondeau
5. Bourrée
6. Menuet
7. Giga

Dietrich Buxtehude (1637-1707)
8. Praeludium & Fuga

Johann Mattheson (1681-1764)
Aus “Grosse General-Bass-Schule”
9. Der Ober-Classe Dreizehntes Prob-Stück
10. Der Ober-Classe Siebendes Prob-Stück

Georg Böhm (1661-1733)
11. Praeludium, Fuga & Postludium

Georg Phillipp Telemann (1681-1767)
Aus “Hamburger Ebb und Fluth” – transcription Andreas Staier
12. Loure. Der verliebte Neptunus
13. Bourrée. Die erwachende Thetis
14. Gavotte. Die spielenden Najaden
15. Harlequinade. Der schertzende Tritonus
16. Gigue. Ebbe und Fluth

Matthias Weckmann (c.1619-1674)
17. Toccata IV

Heinrich Scheidemann (1595-1663)
18. Pavana Lachrymae

Georg Phillipp Telemann (1681-1767)
Aus der “Alster-Ouvertüre” – transcription Andreas Staier
19. Die Hamburgischen Glockenspiele
20. Die concertierende Frösche und Krähen
21. Der Schwanen Gesang
22. Der Alster Schäffer Dorf Music

Brice Pauset (b. 1965)
23. Entrée

Andreas Staier
Christine Schornsheim

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Andreas Staier: baita CD, anárquico.

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Complete Cantatas Vol 14 – Koopman

Enfim passamos por mais um Natal, e mais um ano se iniciou. E nada melhor que começar o Ano Novo ouvindo nosso compositor maior. Agora faltam menos de duas voltas para concluir esse imenso projeto de postar a integral das Cantatas. Vou acelerar para acabar o quanto antes e começar novos projetos.

 

COMPACT DISC 1
“Also hat Gott die Welt geliebt” BWV 68 
Feria 2 Pentecostes
1. Chorus: “Also hat Gott die Welt geliebt”
2. Aria (Soprano) and Ritornello: “Mein gläubiges Herze”
3. Recitative (Bass): “Ich bin mit Petro nicht vermessen”
4. Aria (Bass): “Du bist geboren mir zugute”
5. Chorus: “Wer an ihn glaubet”

“Bleib bei uns, denn es will Abend werden” BWV 6
Feria 2 Paschatos
6. Chorus: “Bleib bei uns, denn es will Abend werden”
7. Aria (Alto): “Hochgelobter Gottessohn”
8. Chorale (Sopranos): “Ach bleib bei uns, Herr Jesu Christ”
9. Recitative (Bass): “Es hat die Dunkelheit”
10. Aria (Tenor): “Jesu, laß uns auf dich sehen”
11. Chorale: “Beweis dein Macht, Herr Jesu Christ”

“Wer mich liebet, der wird mein Wort halten” BWV 74
Feria 1 Pentecostes
12. Chorus: “Wer mich liebet, der wird mein Wort halten”
13. Aria (Soprano): “Komm, komm, mein Herze steht dir offen”
14. Recitative (Alto): “Die Wohnung ist bereit”
15. Aria (Bass): “Ich gehe hin und komme wieder zu euch”
16. Aria (Tenor): “Kommt, eilet, stimmet Sait und Lieder”
17. Recitative (Bass): “Es ist nichts Verdammliches an denen”
18. Aria (Alto): “Nichts kann mich erretten”
19. Chorale: “Kein Menschenkind hier auf der Erd”

“Erhalt uns Herr, bei deinem Wort” BWV 126
Dominica Sexagesimae
20. Chorale: “Erhallt uns Herr, bei deinem Wort”
21. Aria (Tenor): “Sende deine Macht von oben”
22. Recitative (Alt, Tenor) + Chorale: “Der Menschen Gunst und Macht”
23. Aria (Bass): “Stürze zu Boden schwülstige Stolze!”
24. Recitative (Tenor): “So wird dein Wort und Wahrheit offenbar”
25. Chorale: “Verleih uns Frieden gnädiglich”

COMPACT DISC 2
“Ach wie flüchtig, ach wie nichtig” BWV 26
Dominica 24 post Trinitatis
1. Chorale: “Ach wie flüchtig, ach wie nichtig”
2. Aria (Tenor): “So schnell ein rauschend Wasser schießt”
3. Recitative (Alto): “Die Freude wird zur Traurigkeit”
4. Aria (Bass): “An irdische Schätze das Herze zu hängen”
5. Recitative (Soprano): “Die höchste Herrlichkeit und Pracht”
6. Chorale: “Ach wie flüchtig, ach wie nichtig” 0’47

“Mit Fried und Freud ich fahr dahin” BWV 125
Festo Purificationis Mariae
7. Chorale: “Mit Fried und Freud ich fahr dahin”
8. Aria (Alto): “Ich will auch mit gebrochnen Augen”
9. Recitative (Bass) + Chorale: “O Wunder, daß ein Herz”
10. Aria (Duet Tenor, Bass): “Ein unbegreiflich Licht erfüllt”
11. Recitative (Alto): “O unerschöpfter Schatz der Güte”
12. Chorale: “Er ist das Heil und Selig Licht”

“Wo Gott der Herr nicht bei uns hält” BWV 178
Dominica 8 post Trinitatis
13. Chorale: “Wo Gott der Herr nicht bei uns hält”
14. Recitative: “Was Menschenkraft und -witz anfäht”
15. Aria: “Gleichwie die wilden Meereswellen”
16. Chorale (Tenor): “Sie stellen uns wie Ketzern nach”
17. Chorale + Recitative (S, A, T, B): “Auf sperren sie den Rachen weit”
8. Aria (Tenor): “Schweig, schweig nur, taumelnde Vernunft!”
19. Chorale: “Die Feind sind all in deiner Hand” 1’37

Konzertsatz in D BWV 1045 6’21 Sinfonia from a lost cantata (fragment)
20. Sinfonia

COMPACT DISC 3
“Ihr werdet weinen und heulen” BWV 103
Dominica Jubilate At the Sunday Jubilate

1. Chorus: “Ihr werdet weinen und heulen”
2. Recitative: “Wer sollte nicht in Klagen untergehn”
3. Aria: “Kein Arzt ist außer dir zu finden”
4. Recitative: “Du wirst mich nach der Angst”
5. Aria (Tenor): “Erholet euch, betrübte Sinnen”
6. Chorale: “Ich hab dich einen Augenblick” l’05

“Am Abend aber desselbigen Sabbats” BWV 42
Dominica Quasimodogeniti
7. Sinfonia 6’44 8. Recitative: “Am Abend aber desselbigen Sabbats”
9. Aria : “Wo zwei und drei versammlet sind”
10. Choral: “Verzage nicht, o Häuflein klein”
11. Recitative (Bass): “Mann kann hiervon ein schön Exempel sehen”
12. Aria (Bass): “Jesus ist ein Schild der Steinen”
13. Chorale: “Verleih uns Frieden gnädiglich”

“Liebster Immanuel, Herzog der Frommen” BWV 123
Dominica Epiphanias At the Feast of Epiphanias
14. Chorus: “Liebster Immanuel, Herzog der Frommen”
15. Recitative : “Die Himmelssüßigkeit, der Auserwählten Lust”
16. Aria (Tenor): “Auch die harte Kreuzesreise” 5’35
17. Recitative : “Kein Höllenfeind kann mich verschlingen”
18. Aria : “Laß, o Welt, mich aus Verachtung”
19. Chorale: “Drum fahrt nur immer hin, ihr Eitelkeiten”

“Ihr werdet weinen und heulen” BWV 103 (Appendix)
20. Chorus: “Ihr werdet weinen und heulen”
21. Recitative: “Wer sollte nicht in Klagen untergehn”
22. Aria (Alto): “Kein Arzt ist außer dir zu finden”

“Am Abend aber desselbigen Sabbats” BWV 42 (Appendix)
23. Choral: “Verzage nicht, o Häuflein klein”

Deborah York, Annette Markert, Lisa Larsson soprano
Bogna Bartosz, Franziska Gottwald alto
Jörg Dürmüller, Christoph Prégardien, Paul Agnew tenor
Klaus Mertens bass
THE AMSTERDAM BAROQUE ORCHESTRA & CHOIR
TON KOOPMAN

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Festival Preisner: Zbigniew Preisner (1955) – Trilha sonora original para “Trois Couleurs: Blanc”, de Krzysztof Kieślowski

Festival Preisner: Zbigniew Preisner (1955) – Trilha sonora original para “Trois Couleurs: Blanc”, de Krzysztof Kieślowski

Inaugurar a Trilogia das Cores com um filme tão soberbo quanto “Azul” trouxe uma imensa expectativa sobre como seria em seu ato seguinte. Surpreendentemente, Krzysztof Kieślowski serviu ao público, ainda assoberbado pelo grande drama cerúleo, uma comédia que teve recepção morna, e não sem “nhés” de decepção.
Explicar-lhes por que adorei este filme sucinto e ácido, algo como um “Andantino semplice” inserido entre dois suntuosos movimentos sinfônicos, foge ao escopo deste blogue, mas não me furto a afirmar-lhes que trilha sonora que Zbigniew Preisner lhe compôs é tão essencial à trama quanto a do primeiro filme.  Não cabe à música, aqui, o protagonismo que tivera em “Azul”, como força condutora a sublinhar os longos close-ups da personagem da divina Juliette Binoche e entrecortar-lhe os doídos silêncios. O que ouvimos, reiteradamente, é um tango – o gênero tragipatético por excelência – a acompanhar o protagonista em sua volta do exílio, seu reencontro humilhante com o rincão e suas tentativas de recomeço (e, enquanto escrevo isso, dou-me conta de que no tango, assim como em “Branco”, o homem conduz os passos, enquanto “Azul” e “Vermelho” são conduzidos por mulheres). Não haveria espaço, entre tanta neve e bruscos diálogos em polonês, para as grandes massas sonoras da trilha sonora anterior. Assim, Preisner limita-se a comentar cameristicamente, e com modos eslavos bem apropriados à desolação do inverno em Varsóvia, o tema comum a todos os filmes da trilogia: o trôpego caminhar de uma criatura rumo ao que pensa ser sua redenção.

TROIS COULEURS – BLANC 
Trilha sonora original do filme
Música composta por Zbigniew Preisner

1 – The Beginning
2 – The Court
3 – Dominique tries to go home
4 – A Chat in the Underground
5 – Return to Poland
6 – Home at last
7 – On the Wisla
8 – First Job
9 – Don’t fall asleep
10 – After the first transaction
11 – Attempted Murder
12 – The Party on the Wisla
13 – Don Karol I
14 – Phone Call to Dominique
15 – Funeral Music
16 – Don Karol II
17 – Morning at the Hotel
18 – Dominque’s Arrest
19 – Don Karol III
20 – Dominique in Prison
21 – The End

Mariusz Pedzialek, oboé
Jan Cielecki, clarinete
Zbigniew Preisner Light Orchestra
Zbigniew Paleta, violino e regência

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Julie Delpy

Vassily

Dvořák: Quarteto Americano / Borodin: Quarteto Nº 2 / Shostakovich: Quarteto Nº 8

Dvořák: Quarteto Americano / Borodin: Quarteto Nº 2 / Shostakovich: Quarteto Nº 8

Choque. No dia 26 de setembro de 2012, PQP Bach postou Dvořák. Sim, mas é por motivos nobres. Em primeiro lugar, não tenho problemas em opinar que o Quarteto Americano é uma boa composição. Gosto dele. Mas o destaque deste CD chama-se Alexandr Borodin e seu esplêndido Quarteto Nº 2, onde nosso amigo acertou a mão em cheio, escrevendo música sublime de ponta a ponta. Já o Shosta que fecha o disco é notável em termos de repertório — é grande música — , mas não recebeu o melhor dos tratamentos por parte do Borodin Quartet. Já o Borodin (o Alexandr) e o Dvořák estão perfeitos.

Dvořák | String Quartet op.96 »American«
1. String Quartet No. 12 in F major (‘American’), B. 179 (Op. 96): 1. Allegro ma non troppo
2. String Quartet No. 12 in F major (‘American’), B. 179 (Op. 96): 2. Lento
3. String Quartet No. 12 in F major (‘American’), B. 179 (Op. 96): 3. Molto vivace
4. String Quartet No. 12 in F major (‘American’), B. 179 (Op. 96): 4. Finale: Vivace ma non troppo

Borodin | String Quartet No.2
5. String Quartet No. 2 in D major: 1. Allegro moderato
6. String Quartet No. 2 in D major: 2. Scherzo: Allegro
7. String Quartet No. 2 in D major: 3. Notturno: Andante
8. String Quartet No. 2 in D major: 4. Finale: Andante – Vivace

Shostakovich | String Quartet No.8 op.110
9. String Quartet No. 8 in C minor, Op. 110: 1. Largo
10. String Quartet No. 8 in C minor, Op. 110: 2. Allegro molto
11. String Quartet No. 8 in C minor, Op. 110: 3. Allegretto
12. String Quartet No. 8 in C minor, Op. 110: 4. Largo
13. String Quartet No. 8 in C minor, Op. 110: 5. Largo

Janáček Quartet (Dvořák)
Borodin Quartet (Borodin, Shosta)

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Alexandr Borodin

PQP

.: interlúdio :. Brenda Boykin – All the Time in the World

Hoje vou mudar um pouco minhas postagens, e trazer para os senhores algo muito atual, apesar da cantora já ter adentrado em seus 60 e poucos anos de idade. Trata-se da cantora de jazz californiana Brenda Boykin, dona de um belíssimo timbre de voz, com muito suíngue, latin jazz na alma, blues, funk (calma, falo da música tocada nos bairros novaiorquinos) e música eletrônica.  E não podemos esquecer o timaço de músicos que a acompanham, todos músicos de estúdio, porém com muita experiência em um estilo que se convencionou chamar de nu-jazz. E dirigidos pelo incrível Bepo Best, baixista, tecladista, produtor, com um faro incrível para criar verdadeiras obras primas, como a magnífica faixa ‘I´ll Be With You’. O que Brenda Boykin faz com sua voz aqui é algo assombroso.

Esse é outro disco que fará os senhores afastarem os móveis da sala para saírem dançando. Bom gosto, sofisticação, talento, tudo reunido em um baita CD, facilmente classificável como ‘IM-PER-DÍ-VEL !!!

P. S. A lista dos músicos envolvidos é um pouco extensa, e estou com preguiça em digitá-la, então estou deixando para os senhores o booklet para poder tirar estas informações.
P.S. 2 Encontei no site do Mozarteum Brasileiro está pequena biografia de Brenda Boykin. Vale a leitura.

01. Feel Me
02. Mambo Jambo
03. This Maybe Game
04. Don’t Take My Love Away
05. Where Is It Written
06. I’ll Be With You
07. Stone Mad
08. El Ritmo
09. Pa-Pade Swing (Koko Chanel Club Mix)
10. Dancing All Night
11. All the Time in the World
12. La Diva
13. Ninety Nine ‘n a Half
14. U Don’t Love Me (I Don’t Care)
15. And You Know How

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Brenda Boykin – Que voz, senhores !!!

Edvard Grieg – Piano Concerto in A minor, op. 16, Robert Schumann – Piano Concerto in A Minor, op. 54 – Radu Lupu, London Symphony Orchestra, André Previn

Volto ao feijão com arroz hoje, trazendo uma gravação estupenda deste fenomenal pianista chamado Radu Lupu, que infelizmente pouco aparece aqui no PQPBach, em um registro antológico e histórico, ao lado de André Previn e da Sinfônica de Londres, dos batidíssimos Concertos de Schumann e de Grieg. Mas quem importa se existem um milhão de gravações destas obras? Cada uma tem suas características e peculiaridades. e Radu Lupu dá um show aqui, ao mostrar porque estas obras são tão fundamentais no repertório pianístico.
Rubinstein tem dois registros magníficos do Concerto de Grieg e até hoje não consigo definir qual o meu favorito. Martha Argerich e Claudio Abbado tem a melhor gravação do Concerto de Schumann que já ouvi, mas este aqui da dupla Lupu/Previn está entre as top five, com certeza, ou até mesmo entre as top three, como disse um comentarista da amazon.

1. Piano Concerto in A minor, Op.54 1. Allegro affettuoso
2. Piano Concerto in A minor, Op.54 2. Intermezzo (Andantino grazioso)
3. Piano Concerto in A minor, Op.54 3. Allegro vivace
4. Piano Concerto in A minor, Op.16 1. Allegro molto moderato
5. Piano Concerto in A minor, Op.16 2. Adagio
6. Piano Concerto in A minor, Op.16 3. Allegro moderato molto e marcato – Quasi presto – Andante maestoso

Radu Lupu – Piano
London Symphony Orchestra
André Previn

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Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788): The Symphonies for Strings

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788): The Symphonies for Strings

Sem dúvida, Carl Philipp Emanuel foi meu irmão mais talentoso. Era assim: eu, PQP, era o mais bonito e burro — e também tinha um pau maior que os dos outros — ; WF era o predileto; JC era um grande filho da puta e CPE era o que  mais tinha herdado de nosso pai em termos de capacidade musical. Sério, é só consultar por aí. E ele demonstra sua categoria neste sensacional CD com suas sinfonias para cordas.  O Presto da Sinfonia Wq 182 No.5 foi meu toque de celular por anos. É uma bela ideia, viram? Podem adotar, não me importo!

Grande música com Pinnock e o English Concert afiadíssimos!

Carl Philipp Emanuel Bach (1714-1788): The Symphonies for Strings

1. Sinfonia in G, Wq 182 No.1 – 1. Allegro di molto 3:42
2. Sinfonia in G, Wq 182 No.1 – 2. Poco adagio 4:03
3. Sinfonia in G, Wq 182 No.1 – 3. Presto 3:50

4. Sinfonia in B flat, Wq 182 No.2 – 1. Allegro di molto 3:20
5. Sinfonia in B flat, Wq 182 No.2 – 2. Poco adagio 3:37
6. Sinfonia in B flat, Wq 182 No.2 – 3. Presto 5:05

7. Sinfonia in C, Wq 182 No.3 – 1. Allegro assai 2:43
8. Sinfonia in C, Wq 182 No.3 – 2. Adagio 3:17
9. Sinfonia in C, Wq 182 No.3 – 3. Allegretto 3:36

10. Sinfonia in A, Wq 182 No.4 – 1. Allegro ma non troppo 4:24
11. Sinfonia in A, Wq 182 No.4 – 2. Largo ma inocentemente 3:28
12. Sinfonia in A, Wq 182 No.4 – 3. Allegro assai 4:01

13. Sinfonia in B minor Wq 182 No.5 – 1. Allegretto 4:17
14. Sinfonia in B minor Wq 182 No.5 – 2. Larghetto 2:37
15. Sinfonia in B minor Wq 182 No.5 – 3. Presto 3:49

16. Sinfonia in E major Wq 182 No.6 – 1. Allegro di molto 2:26
17. Sinfonia in E major Wq 182 No.6 – 2. Poco andante 3:08
18. Sinfonia in E major Wq 182 No.6 – 3. Allegro spiritoso 3:12

The English Concert
Trevor Pinnock

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Pinnock e o The English Concert em ação

PQP

Felix Mendelssohn-Bartholdy (1809-1847) – Complete Symphonies – CDs 5 e 6 de 6 – Thomas Fey, Heidelberger Sinfoniker

Concluindo mais uma série, antes tarde que nunca, mais Mendelssohn para os senhores, nas mãos muito competentes do maestro Thomas Fey, que dirige a Sinfonica de Heildelberg. Produção nota dez, que mantém o padrão de qualidade da gravadora Hänssler, como não poderia deixar de ser.

Destaque para as Sinfonias de nº 2, um primor de composição com um coral fantástico e solistas idem. Volto a repetir, seria interessante os senhores compararem estas gravações com a versão de Sawalisch, que postei dia destes.

Lamentavelmente, há alguns anos, Thomas Fey sofreu uma queda em sua casa, que causou um grave dano cerebral, o que o afastou dos palcos, e consequentemente, dos estúdios.

CD 5

1. Symphony No. 3 in A Minor, Op. 56, MWV N18 Scottish I. Allegro un poco agitato – Andante come prima
2. Symphony No. 3 in A Minor, Op. 56, MWV N18 Scottish II. Vivace non troppo
3. Symphony No. 3 in A Minor, Op. 56, MWV N18 Scottish III. Adagio
4. Symphony No. 3 in A Minor, Op. 56, MWV N18 Scottish IVa. Allegro vivacissimo –
5. Symphony No. 3 in A Minor, Op. 56, MWV N18 Scottish IVb. Allegro maestoso assai
6. String Symphony No. 11 in F Major, MWV N11 I. Adagio – Allegro molto
7. String Symphony No. 11 in F Major, MWV N11 II. Scherzo. Comodo (Schweizerlied)
8. String Symphony No. 11 in F Major, MWV N11 III. Adagio
9. String Symphony No. 11 in F Major, MWV N11 IV. Menuetto. Allegro moderato
10. String Symphony No. 11 in F Major, MWV N11 V. Allegro molto

CD 6

1. Symphony No. 2 in B-Flat Major, Op. 52, MWV A18 Lobgesang Ia. Sinfonia. Maestoso con moto – Allegro
2. Symphony No. 2 in B-Flat Major, Op. 52, MWV A18 Lobgesang Ib. Allegretto un poco agitato
3. Symphony No. 2 in B-Flat Major, Op. 52, MWV A18 Lobgesang Ic. Adagio religioso
4. Symphony No. 2 in B-Flat Major, Op. 52, MWV A18 Lobgesang IIa. Alles was Odem hat
5. Symphony No. 2 in B-Flat Major, Op. 52, MWV A18 Lobgesang IIb. Lobe den Herrn meine Seele
6. Symphony No. 2 in B-Flat Major, Op. 52, MWV A18 Lobgesang IIIa. Recitative. Saget es, die ihr erlöst seid
7. Symphony No. 2 in B-Flat Major, Op. 52, MWV A18 Lobgesang IIIb. Er zählet unsre Tränen
8. Symphony No. 2 in B-Flat Major, Op. 52, MWV A18 Lobgesang IV. Sagt es, die ihr erlöset seid
9. Symphony No. 2 in B-Flat Major, Op. 52, MWV A18 Lobgesang V. Ich harrete des Herrn
10. Symphony No. 2 in B-Flat Major, Op. 52, MWV A18 Lobgesang VI. Stricke des Todes hatten uns umfangen
11. Symphony No. 2 in B-Flat Major, Op. 52, MWV A18 Lobgesang VII. Die Nacht ist vergangen
12. Symphony No. 2 in B-Flat Major, Op. 52, MWV A18 Lobgesang VIII. Chorale. Nun danket alle Gott
13. Symphony No. 2 in B-Flat Major, Op. 52, MWV A18 Lobgesang IX. Drum sing’ ich mit meinem Liede
14. Symphony No. 2 in B-Flat Major, Op. 52, MWV A18 Lobgesang X. Ihr Völker, bringet her dem Herrn

Eleonore Malguerre – Soprano
Ulrika Strömstedt – Mezzo – Soprano
Markus Schäfer – Tenor
Heidelberger Sinfoniker
Deutscher Kammerchor
Thomas Fey – Conductor

CD 5 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Musica Antiqua Bohemica – Josef Mysliveček (1737-1781): Seis Sonatas para dois violoncelos e baixo – Jan e Radomír Širc

51WXkwPugrLNossa série antiga e boêmia prossegue com outro compositor que, embora já não seja estranho ao PQP Bach, é muito pouco tocado.

Josef Mysliveček (1737-1781), natural de Praga, produziu música copiosamente durante sua carreira, boa parte da qual passou na Itália a compor óperas. Foi bastante amigo de Leopold e Wolfgang Mozart, que o menciona dezenas de vezes em sua correspondência. O jovem gênio foi provavelmente influenciado por Mysliveček, dado o número de arranjos e anotações de trechos de suas obras encontrados nos alfarrábios de Amadeus, juntamente com comentários preocupados (ou, talvez, invejosos) acerca do que chamava de “devassidão” do músico mais velho. Apesar de ter feito fortuna, o boêmio, ahn, “boêmio” morreu só e desfigurado, provavelmente pelos efeitos tardios da sífilis.

Quase todas as gravações da obra de Mysliveček incluem excertos de suas vinte e tantas óperas, a maioria delas em italiano, mas entre uma ejaculação e outra o sujeito conseguiu compor cerca de oitocentas obras. Há várias sinfonias, muito bem escritas, e os primeiros quintetos de cordas com duas violas da história. As sonatas para duo de violoncelos, que apresentamos aqui, são italianizadas, bastante agradáveis, ao menos para mim, dão uma boa ideia de como soariam obras do jovem Mozart para violoncelo, se o prodígio se tivesse importado, uma vez que fosse, em escrever qualquer obra solo para o instrumento.

MYSLIVEČEK – SEIS SONATAS PARA DOIS VIOLONCELOS E BAIXO

Josef MYSLIVEČEK (1737-1781)

Seis Sonatas para dois violoncelos e baixo contínuo

Sonata no. 1 em Lá maior
01 – Andante
02 – Allegro
03 – Presto

Sonata no. 2 em Ré maior
04 – Allegretto
05 – Andante
06 – Presto assai

Sonata no. 3 em Sol maior
07 – Allegro
08 – Andante
09 – Presto

Sonata no. 4 em Fá maior
10 – Allegretto
11 – Andante
12 – Allegro

Sonata no. 5 em Dó maior
13 – Andante
14 – Allegro
15 – Presto

Sonata no. 6 em Si maior
16 – Andante
17 – Allegro
18 – Tempo di menuetto

Jan Širc e Radomír Širc, violoncelos
Václav Hoskovec, contrabaixo
Robert Hugo, cravo

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Uma solista que, acho, cairia nas graças de Mysliveček
Uma solista que, acho, cairia nas graças de Mysliveček

Vassily Genrikhovich

Frédéric Chopin (1810-1849): Sonatas, Noturnos, Mazurkas, Valsas (Pires)

Frédéric Chopin (1810-1849): Sonatas, Noturnos, Mazurkas, Valsas (Pires)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Dando continuidade à Semana Chopin, trago esta gravação elogiadíssima da Deutsche Grammophon. Com o perdão da expressão, este é um CD do cacete. A portuguesa Maria João Pires está beirando a perfeição com sua emocionante interpretação da Sonata n°3, uma das melhores que já tive a oportunidade de ouvir.Como diria o mano PQP, é para se ouvir de joelhos. A escolha do repertório não foi aleatória. Pires escolheu peças compostas nos últimos cinco anos de vida do compositor, e são uma perfeita síntese da incrível capacidade de Chopin de compreender a alma humana. Ou seja, tratam-se de obras maduras, interpretadas por uma intérprete no apogeu de sua maturidade artística.

Abaixo, a continuação da biografia do genial Chopin, tirado do site http://www.chopin.pl/biography_chopin.en.html :

From 1823 to 1826, Fryderyk attended the Warsaw Lyceum where his father was one of the professors. He spent his summer holidays in estates belonging to the parents of his school friends in various parts of the country. For example, he twice visited Szafarnia in the Kujawy region where he revealed a particular interest in folk music and country traditions. The young composer listened to and noted down the texts of folk songs, took part in peasant weddings and harvest festivities, danced, and played a folk instrument resembling a double bass with the village musicians; all of which he described in his letters. Chopin became well acquainted with the folk music of the Polish plains in its authentic form, with its distinct tonality, richness of rhythms and dance vigour. When composing his first mazurkas in 1825, as well as the later ones, he resorted to this source of inspiration which he kept in mind until the very end of his life.
In the autumn of 1826, Chopin began studying the theory of music, figured bass and composition at the Warsaw School of Music, which was both part of the Conservatory and, at the same time, connected with Warsaw University. Its head was the composer Jozef Elsner (b. 1769 in Silesia). Chopin, however, did not attend the piano class. Aware of the exceptional nature of Chopin’s talent, Elsner allowed him, in accordance with his personality and temperament, to concentrate on piano music but was unbending as regards theoretical subjects, in particular counterpoint. Chopin, endowed by nature with magnificent melodic invention, ease of free improvisation and an inclination towards brilliant effects and perfect harmony, gained in Elsner’s school a solid grounding, discipline, and precision of construction, as well as an understanding of the meaning and logic of each note. This was the period of the first extended works such as the Sonata in C minor, Variations, op. 2 on a theme from Don Juan by Mozart, the Rondo à la Krakowiak, op. 14, the Fantaisie, op. 13 on Polish Airs (the three last ones written for piano and orchestra) and the Trio in G minor, op. 8 for piano, violin and cello. Chopin ended his education at the Higher School in 1829, and after the third year of his studies Elsner wrote in a report: “Chopin, Fryderyk, third year student, amazing talent, musical genius”.
After completing his studies, Chopin planned a longer stay abroad to become acquainted with the musical life of Europe and to win fame. Up to then, he had never left Poland, with the exception of two brief stays in Prussia. In 1826, he had spent a holiday in Bad Reinertz (modern day Duszniki-Zdroj) in Lower Silesia, and two years later he had accompanied his father’s friend, Professor Feliks Jarocki, on his journey to Berlin to attend a congress of naturalists. Here, quite unknown to the Prussian public, he concentrated on observing the local musical scene. Now he pursued bolder plans. In July 1829 he made a short excursion to Vienna in the company of his acquaintances. Wilhelm Würfel, who had been staying there for three years, introduced him to the musical milieu, and enabled Chopin to give two performances in the Kärtnertortheater, where, accompanied by an orchestra, he played Variations, op. 2 on a Mozart theme and the Rondo à la Krakowiak, op. 14 , as well as performing improvisations. He enjoyed tremendous success with the public, and although the critics censured his performance for its small volume of sound, they acclaimed him as a genius of the piano and praised his compositions. Consequently, the Viennese publisher Tobias Haslinger printed the Variations on a theme from Mozart (1830). This was the first publication of a Chopin composition abroad, for up to then, his works had only been published in Warsaw.

Problemas com minha conexão com a internet tem me deixado deveras aborrecido. Foram quatro as tentativas para subir este arquivo para o Megaupload.

Frédéric Chopin (1810-1849):
Sonatas, Noturnos, Mazurkas, Valsas (link revalidado por PQP)

CD 1
01.01 – Sonata n 3 Sim, Op 58 (1)
01.02 – Sonata n 3 Sim, Op 58 (2)
01.03 – Sonata n 3 Sim, Op 58 (3)
01.04 – Sonata n 3 Sim, Op 58 (4)
01.05 – Nocturnos Op 62 (1)
01.06 – Nocturnos Op 62 (2)
01.07 – Mazurkas Op 59 (1)
01.08 – Mazurkas Op 59 (2)
01.09 – Mazurkas Op 59 (3)

CD 2
02.01 – Polonaise-Fantaisie in A flat major. op.61
02.02 – Mazurkas op. 63
02.03 – Mazurkas op. 63
02.04 – Mazurkas op. 63
02.05 – 3 Valses op. 64
02.06 – 3 Valses op. 64
02.07 – 3 Valses op. 64
02.08 – Mazurkas op. 67 no. 2 & no. 4
02.09 – Mazurkas op. 67 no. 2 & no. 4
02.10 – Sonata for violoncello and Piano in G minor. op. 65
02.11 – Sonata for violoncello and Piano in G minor. op. 65
02.12 – Sonata for violoncello and Piano in G minor. op. 65
02.13 – Sonata for violoncello and Piano in G minor. op. 65
02.14 – Mazurka op. 68 no.4

Maria João Pires – Piano
Pavel Gomziakov – Cello

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Maria João Pires: semideusa
Maria João Pires: semideusa

FDP

Felix Mendelssohn Bartholdy – Complete Symphonies – CDs 3 e 4 de 6 – Thomas Fey, Heidelberger Sinfoniker

Mais Mendelssohn, sim, senhores. Estou aqui cobrindo uma falta de minha parte, pois esqueci de concluir esta excepcional série. Me obriguei a continuar pois não gosto de deixar as coisas pela metade.
Então mais dois volumes, com as magníficas Sinfonias para Cordas, obras de juventude do compositor, mas que, apesar da idade, mostram um compositor maduro, totalmente ciente de seu talento. Interessante ouvir esta gravação para poderem comparar com a versão de Sawalisch que postei recentemente.

CD 3

1. String Symphony No. 1 in C Major, MWV N1 I. Allegro
2. String Symphony No. 1 in C Major, MWV N1 II. Andante
3. String Symphony No. 1 in C Major, MWV N1 III. Allegro
4. String Symphony No. 2 in D Major, MWV N2 I. Allegro
5. String Symphony No. 2 in D Major, MWV N2 II. Andante
6. String Symphony No. 2 in D Major, MWV N2 III. Allegro
7. String Symphony No. 3 in E Minor, MWV N3 I. Allegro di molto
8. String Symphony No. 3 in E Minor, MWV N3 II. Andante
9. String Symphony No. 3 in E Minor, MWV N3_III. Allegro
10. String Symphony No. 4 in C Minor, MWV N4 I. Grave – Allegro
11. String Symphony No. 4 in C Minor, MWV N4 II. Andante
12. String Symphony No. 4 in C Minor, MWV N4 III. Allegro vivace
13. String Symphony No. 9 in C Major, MWV N9 I. Grave – Allegro
14. String Symphony No. 9 in C Major, MWV N9 II. Andante
15. String Symphony No. 9 in C Major, MWV N9 III. Scherzo
16. String Symphony No. 9 in C Major, MWV N9 IV. Allegro vivace

CD 4

1. Symphony No. 5 in D Major, Op. 107, MWV N15 Reformation I. Andante – Allegro con fuoco
2. Symphony No. 5 in D Major, Op. 107, MWV N15 Reformation II. Allegro vivace
3. Symphony No. 5 in D Major, Op. 107, MWV N15 Reformation III. Andante
4. Symphony No. 5 in D Major, Op. 107, MWV N15 Reformation IV. Andante con moto – Allegro vivace
5. String Symphony No. 5 in B-Flat Major, MWV N5 I. Allegro vivace
6. String Symphony No. 5 in B-Flat Major, MWV N5 II. Andante
7. String Symphony No. 5 in B-Flat Major, MWV N5 III. Presto
8. String Symphony No. 6 in E-Flat Major, MWV N6 I. Allegr
o9. String Symphony No. 6 in E-Flat Major, MWV N6 II. Menuetto
10. String Symphony No. 6 in E-Flat Major, MWV N6 III. Prestissimo
11. String Symphony No. 10 in B Minor, MWV N10

Heildelberger Sinfoniker
Thomas Fey – Conductor

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Ainda mais Cordas: a Harpa (Jan Křtitel Krumpholc (1742-1790) – Sonatas para harpa – Hana Müllerová)

MI0000984030Tão logo iniciamos esta série sobre os instrumentos de cordas, já fomos questionados sobre quando a harpa faria sua aparição. Chegou, então, sua hora, com essas sonatas do boêmio Jan Křtitel Krumpholc – ou, como queiram, “Johann Baptist Krumpholz” em alemão, ou, ainda, “Jean-Baptiste Krumpholtz” no idioma da França, onde viveu e se afogou, jogando-se ao Sena após uma crise grave daquilo a que, lá no meu pago austral, damos o nome de “dor de guampa”.

Seja lá como o chamemos, Krumpholc/z/tz (a pronúncia é a mesma) foi um dos primeiros virtuoses da harpa a constituir carreira internacional com recitais solo, colaborou estreitamente com luthiers e fabricantes para aprimorar o instrumento, ampliou seu repertório e fundou, com seus tratados e intensa atividade como professor, as importantes escolas francesa e boêmia de harpistas.

Hana Müllerová é muito boa, e a gravação certamente satisfará os fanáticos por esse mais formoso entre os instrumentos. As Sonatas Op. 13 são agradáveis, embora nelas Herr Krump não pareça muito disposto a aventurar-se além de clichês batidíssimos do rococó – e o fato dessas sonatas terem sido compostas para “harpa OU pianoforte”, conforme o frontispício, tampouco ajuda. A coisa melhora bastante nas Sonatas Op. 14, que decididamente não podem ser executadas ao piano, pelos efeitos inerentes aos novos pedais da harpa, em cujo desenvolvimento o infeliz Krumpholc teve participação decisiva.

KRUMPHOLZ – SIX SONATES POUR LA HARPE OP. 13 & 14

Jan Křtitel KRUMPHOLC [Jean-Baptiste Krumpholtz] (1742-1790)

Quatro Sonatas para harpa, Op.13

No. 1 em Si bemol maior:
01 – Allegretto
02 – Romance
03 – Rondo. Allegretto.

No. 2 em Mi bemol maior:
04 – Allegro vivace
05 – Andante
06 – Rondo. Allegro

No. 3 em Dó maior
07 – Allegretto
08 – Andante
09 – Scherzo. Allegretto

No. 4 em Sol maior:
10 – Presto
11 – Andante
12 – Prestissimo

Duas Sonatas para harpa, Op. 14

No. 1 em Mi bemol maior:
13 – Largo – Allegro molto/attacca
14 – Poco adagio/attacca
15 – Allegro molto agitato/attacca
16 – Recitatif. Moderato. Allegro

No. 2 em Dó menor:
17 – Adagio avec expression
18 – Allegro molto
19 – Rondeau. Allegro

Hana Müllerová, harpa

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Pobre Krumpholz!
Pobre Krumpholz!

 

Vassily Genrikhovich