Henry Purcell (1659-1695): Dido and Aeneas – Jessye Norman – ECO – Raymond Leppard

Henry Purcell (1659-1695): Dido and Aeneas – Jessye Norman – ECO – Raymond Leppard

Henry Purcell

Dido and Aeneas

 

 

Raymond Leppard

Raymond Leppard foi regente, cravista e arranjador. Nasceu em 11 de agosto de 1927 e morreu em 22 de outubro de 2019.

Jessye Norman

Jessye Norman foi recentemente homenageada em nossas páginas, mas aproveito a postagem para reforçar a sua importância artística.

Raymond Leppard foi o responsável pelo retorno aos palcos das óperas de Claudio Monteverdi e de outros compositores desta época. Ele convenceu a direção da Ópera de Glyndebourne a apresentar L’Incoronazione di Poppea, de Monteverdi, em uma edição completa feita por ele, em 1962. Seguiu para Veneza em busca de outras óperas de Monteverdi e acabou descobrindo óperas de Francesco Cavalli também. Seguiram apresentações de L’Ormindo, de Cavalli, em 1967 e La Calisto, em 1970. Também houve a apresentação de Il Ritorno d’Ulisses in Patria, de Monteverdi.

Sua colaboração com Janet Baker em La Calisto, Il Ritorno e Orfeo ed Euridice, de Gluck, resultou em apresentações memoráveis destas peças.

No entanto, o surgimento das performances historicamente informadas e em instrumentos da época fez com os esforços pioneiros de Leppard parecessem romantizados e por demais exuberantes.

Ele que tinha uma longa colaboração com a English Chamber Orchestra e era considerado uma referência para música barroca, teve que se adaptar às mudanças. Grande e admirável músico que era, iniciou colaboração com outras orquestras e adaptou-se a novo repertório.

Particularmente notável foi sua colaboração com a Indianapolis Symphony Orchestra, da qual foi o diretor musical por 14 anos.

A obra desta postagem, além de reunir estes grandes artistas – Jessye Norman e Raymond Leppard – apresenta a ópera Dido and Aeneas, de Henry Purcell. Nesta gravação, além da regência, Leppard faz parte do baixo contínuo como cravista.

Você ouvirá, ao lado da maravilhosa voz de Jessye Norman, as vozes do barítono Thomas Allen e da soprano Marie McLaughlin. A ópera tem cenas com bruxas, tempestades e a heroína… hã, hã, … como dizer sem dar spoiler? Bem, é ópera e alguém tem que morrer. Neste link você poderá conseguir a sinopse com lindas ilustrações. Você encontrará o pdf do livreto junto aos arquivos musicais.

Henry Purcell (1658-1695)

Dido and Aeneas

Dido – Jessye Norman, soprano

Aeneas – Thomas Allen, barítono

Belinda – Marie McLaughlin, soprano

Sorceress – Patricia Kerr, mezzo-soprano

English Chamber Orchestra

Raymond Leppard

Gravado em Londres, 1985

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FLAC | 281 MB

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MP3 | 320 KBPS | 167 MB

Certa ocasião, Raymond Leppard recebeu um conselho de Sir Thomas Beecham. ‘Compre as partituras das obras de seu repertório, anote todas as indicações de regência e nunca as empreste a outros regentes’. Pois em 1971, um incêndio destruiu sua residência, queimando todos os seus livros e partituras (com as tais anotações). Apesar disso, em 1976, o ano em que ele mudou-se para os Estados Unidos, disse em uma entrevista ao ‘The Guardian’ que passou a fazer novas leituras das obras de seu repertório. Desta experiência ele concluiu: ‘Se eu descobrir que estou repetindo a mim mesmo, doarei toda a minha biblioteca e recomeçarei novamente’.

Atitude inspiradora!

René Denon

A Família das Cordas: Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Três Suítes para violoncelo solo, executadas no contrabaixo – Edgar Meyer

51lHuDMX0YLTemos trocentas gravações dessas Suítes para violoncelo em nossos porões, mas já que chegou a hora do contrabaixo em nossa minissérie, ei-las então executadas no grandalhão.

Não é qualquer um que se dispõe a tal empreitada, e Edgar Meyer, realmente, não é qualquer um. Sua técnica impecável e tremenda musicalidade resultaram numa gravação melíflua das Suítes, que soa mais delicada que muitas feitas no violoncelo (sim, Mstislav: estou olhando pra ti!)

Para esta gravação, Meyer escolheu as suítes primeira (em Sol maior), segunda (em Ré menor) e quinta (em Dó menor). A preferência pelas suítes mais meditativas e em tons menores parece justificar-se num instrumento maior e com cordas menos responsivas – e a singela Sarabande da Suíte no. 5, que Rostropovich considerava o non plus ultra da obra de Bach, soa como uma revelação. Não obstante, Meyer – que certamente confia em seu arco – intercalou-as com a radiante Suíte no. 1, que passa  tocando quase sem transposição, no registro agudo de seu instrumento e sem quaisquer dificuldades aparentes, para volta e meia chamar o baixo profundo dos registros graves, daqueles que fazem até vibrar os sisos de quem os tem.

Se Meyer gravou as demais suítes, eu desconheço. Tomara que sim.

BACH – UNACCOMPANIED CELLO SUITES
Performed on Double Bass – Edgar Meyer

Johann Sebastian BACH (1685-1750)

Suíte no. 2 em Ré menor, BWV 1008

01 – Prélude
02 – Allemande
03 – Courante
04 – Sarabande
05 – Menuet I-II
06 – Gigue

Suíte no. 1 em Sol maior, BWV 1007

07 – Prélude
08 – Allemande
09 – Courante
10 – Sarabande
11 – Menuet I-II
12 – Gigue

Suíte no. 5 em Dó menor, BWV 1011

13 – Prélude
14 – Allemande
15 – Courante
16 – Sarabande
17 – Gavotte I-II
18 – Gigue

Edgar Meyer, contrabaixo

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Camiseta, bermuda, papete - e MUITO talento.
Edgar Meyer: camiseta, bermuda, papete – e MUITO talento.

Vassily Genrikhovich

F. J. Haydn (1732-1809): Sinfonias Nros 94, 100 & 104 (versões de câmara de Johann Peter Salomon)

F. J. Haydn (1732-1809): Sinfonias Nros 94, 100 & 104 (versões de câmara de Johann Peter Salomon)

Bom disco, apesar de às vezes faltar colorido e potência, é claro.

Johann Peter Salomon (1745-1815) foi um violinista, compositor, maestro alemão e empresário. Ele foi o cara que levou Haydn a Londres, onde ele escreveu suas últimas sinfonias sob contrato. Haydn esteve em Londres em 1791-1792 e 1794-1795 e dividiu com Salomon a condução das primeiras performances de muitos dos trabalhos que Haydn compôs enquanto estava na Inglaterra. Haydn escreveu suas sinfonias números 93 a 104 para essas viagens, que às vezes são conhecidas como sinfonias Salomon (elas são mais conhecidas como sinfonias de Londres). A estima de Haydn por seu empresário e líder orquestral pode ser ouvida nas sinfonias: por exemplo, a cadência no movimento lento da Sinfonia Nº 96 tem a anotação Salomon: solo ma piano. A Sinfonia Concertante em Mi bemol maior foi composta para Salomon, que a solou, os seis quartetos de cordas Op. 71 e 74 , foram escritos para as apresentações públicas que o quarteto de Salomon fez em Londres. Ele foi um dos membros fundadores da Philharmonic Society e liderou a orquestra em seu primeiro concerto em 8 de março de 1813. Salomon também deu o apelido de Júpiter à Sinfonia Nº 41 de Mozart. Ele morreu em Londres em 1815, de ferimentos sofridos quando foi jogado de um cavalo. Ele está enterrado na Abadia de Westminster.

E, bem, foi Salomon quem escreveu os maravilhosos arranjos deste disco. É um time de seis pessoas que tocam essas 3 Sinfonias de Haydn. É um quarteto de cordas, piano e flauta.

F. J. Haydn (1732-1809): Sinfonias Nros 94, 100 & 104 (versões de câmara de Johann Peter Salomon)

Symphony No.94 In G Major ‘Surprise’ “Mit Dem Paukenschlag”
1 Adagio Cantabile – Vivace Assai 8:15
2 Andante 7:09
3 Menuetto. Allegro Molto 3:41
4 Finale. Allegro Molto 3:48

Symphony No.100 In G Major ‘Military’
5 Adagio – Allegro 7:24
6 Allegretto 6:13
7 Menuetto. Moderato 5:31
8 Finale. Presto 5:06

Symphony No.104 In D Major ‘London’
9 Adagio – Allegro 8:14
10 Andante 8:01
11 Menuetto. Allegro 4:42
12 Allegro Spiritoso 6:40

Cello – Anthony Pleeth (tracks: 1 to 4), Jennifer Ward Clarke (tracks: 5 to 12)
Flute – Lisa Beznosiuk (tracks: 5 to 12), Stephen Preston (tracks: 1 to 4)
Fortepiano – Christopher Hogwood
Viola – Jan Schlapp (tracks: 1 to 4), Trevor Jones (tracks: 5 to 12)
Violin – Micaela Comberti (tracks: 5 to 12), Monica Huggett (tracks: 1 to 4), Simon Standage

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A Londres do Século XVIII

PQP

Domenico Scarlatti (1685-1757) – Sonatas (Essercizi) – Horowitz

Domenico Scarlatti (1685-1757) – Sonatas (Essercizi) – Horowitz

41SKJWMX6BLPara desespero dos tantos que o detestam, Horowitz está de volta.

Defendo minha postagem: acho que os truques pianísticos de que Horowitz tanto abusava se prestam muito bem às obras de Scarlatti. O colorido e o staccato de Volodya, em especial, deixam estas deliciosas miniaturas ainda mais atraentes.

Horowitz, que já alimentava um séquito de ferozes odiadores desde o começo de sua carreira nos Estados Unidos, viu o coro do desprezo aumentar às custas de suas interpretações de Scarlatti, porque, claro, não podiam conceber que alguém executasse ao piano peças compostas originalmente para o cravo. A favor de Horowitz contam a amizade, as consultorias e a estreita colaboração com o cravista Ralph Kirkpatrick, a maior autoridade da época na obra de Scarlatti – o “K.” que acompanha a numeração das Sonatas (ou “Essercizi”, como preferia o compositor) nada mais é que a abreviatura de “Kirkpatrick”, responsável pela elaboração do catálogo cronológico dos “Essercizi”, que substituria a até então consolidada classificação de Alessandro Longo (“L.”).

Ok, não é um cravo, e sim um Steinway, e não temos um cravista, mas um feiticeiro prestidigitador com um sem-fim de truques pianísticos. Detestem-no ou não, Horowitz imprime sua cara a estas obras, e sob suas mãos elas me soam sensacionais.

Sim, eu gosto de Horowitz. Sim, tem gosto pra tudo.

Julguem-me.

Domenico SCARLATTI (1685-1757)

Sonatas (“Essercizi”) para teclado

01 – Em Ré maior, K. 33 (L. 424): Allegro
02 – Em Lá maior, K. 54 (L. 241): Allegro
03 – Em Fá maior, K. 525 (L.188): Allegro
04 – Em Fá maior, K. 466 (L. 118): Andante Moderato
05 – Em Sol maior, K. 146 (L. 349): Allegretto
06 – Em Ré maior, K. 96 (L. 465): Allegro
07 – Em Mi maior, K. 162 (L. 21): Andante
08 – Em Mi bemol maior, K. 474 (L. 203): Andante e cantabile
09 – Em Mi maior, K. 198 (L. 22): Allegro
10 – Em Ré maior, K. 491 (L. 164): Allegro
11 – Em Fá maior, K. 481 (L. 187): Andante e cantabile
12 – Em Lá maior, K. 39 (L. 391): Allegro
13 – Em Sol maior, K. 547 (L. 528): Allegro
14 – Em Si maior, K. 197 (L. 147): Andante
15 – Em Fá sustenido maior, K. 25 (L. 481): Allegro
16 – Em Ré maior, K. 52 (L. 267): Andante moderato
17 – Em Sol maior, K. 201 (L. 129): Vivo
18 – Em Dó maior, K. 303 (L. 9): Allegro

Vladimir Horowitz, piano

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A Cornucópia de Truques de Horowitz, capítulo MCLVI: como tocar com as MÃOS ESPALMADAS
Da Cornucópia de Truques de Horowitz, capítulo MCLVI: como tocar com as MÃOS ESPALMADAS


Vassily Genrikhovich

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia No. 1 – BP – Claudio Abbado

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia No. 1 – BP – Claudio Abbado

MAHLER

Sinfonia No. 1

Berliner Philharmoniker

ABBADO

 

Um amigo passou aqui em casa dia destes e viu minha bagunça de CDs, computador, papéis cheios de anotações. Não pude esconder (ah, a vaidade…) minhas atividades de blogueiro. E no meio de uma pilha de CDs que andava escutando ele avistou este aqui e disse: taí, este CD eu baixaria! Não é que ele tem bom olho? O álbum tem muita coisa a seu favor: ótima combinação autor-repertório-intérprete, além do selo de uma renomadíssima gravadora.

Há ainda outras coisas que o tornam um disco especial. Gravado ao vivo em dezembro de 1989, registra o primeiro concerto de Claudio Abbado como o Regente Principal (Chief Director) da Berliner Philharmonioker. Abbado fora eleito para o cargo que Karajan exercera com mão de ferro por mais de 30 anos. Suas personalidades não podiam ser mais diferentes e isso certamente deve ter pesado na escolha de Abbado.

Segundo a própria página da orquestra, sempre que Abbado falava sobre música, as palavras ‘ascoltare’ e ‘insieme’ eram sempre usadas. Sua abordagem à música era fundamentada em trabalhar ‘juntos’ e ‘ouvindo’ uns aos outros. Esta abordagem resultava sempre em uma enorme orquestra produzindo um som transparente que passou a fazer parte do estilo da Berliner Philharmoniker.

The disc is on the table!

A Primeira Sinfonia de Mahler foi composta em 1887 e 1888, praticamente um século antes do concerto aqui gravado, a partir de material usado em um ciclo de canções – Lieder eines fahrenden Gesellen. Neste período, Mahler era o segundo regente da Ópera de Leipzig. A obra custou um pouco a se firmar e sofreu várias mudanças até chegar à forma que a ouvimos hoje. Isto não é incomum com as obras de Mahler, que aproveitava as experiências das primeiras apresentações de suas obras para aprimorá-las.

A sinfonia é composta de quatro movimentos e inicia quase inaudível, em um murmúrio, mas que se constitui em uma peça bastante inovadora. Veja aqui um guia mais detalhado da obra. É mérito da gravação, em especial de Klaus Hermann, o engenheiro de som, que mesmo tendo sido feita ao vivo, tenha tanta qualidade. Note especialmente as enormes dinâmicas, com pianíssimos e fortíssimos realmente distanciados, o que nos permite experimentar em casa, pelo menos parte das emoções sentidas pelos presentes ao concerto. Assim, prepare a sala com uns aperitivos e avise os vizinhos para darem uma volta antes de botar o som no máximo!

Gustav Mahler (1860-1911)

Sinfonia No. 1

  1. Schleppend. Wie ein Naturlaut – Im Anfang sehr gemächlich
  2. Kräftig bewegt, doch nicht zu schnell – Trio. Recht gemächlich
  3. Feierlich und gemessen, ohne zu schleppen
  4. Stürmisch bewegt

Berliner Philharmoniker

Claudio Abbado

Gravado ao vivo em dezembro de 1989

Produção: Christopher Alder
Som: Klaus Hiemann

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FLAC | 205 MB

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MP3 | 320 KBPS | 125 MB

Há outras gravações memoráveis desta sinfonia. Eu não ficaria sem o registro feito por Bernstein a frente da Concertgebouw Amsterdam, também gravado ao vivo, no mesmo selo DG e que ostenta uma das capas mais lindas que eu conheço. Mas esta aqui vale pelo registro de um memorável concerto no qual um maravilhoso regente assume a direção de uma das maiores orquestras do mundo.

Aproveite!

René Denon

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Complete Cantatas – Vol. 6 – Koopman, ABOC, Agnew, Mertens, etc.

Pensaram que eu tinha desistido, né? Pois é, estes projetos malucos demandam tempo, algo que não disponho atualmente. Assim que dá, volto a eles.

O sexto volume de nossa gravação completa das cantatas de Bach inaugura a longa série de cantatas sagradas escritas durante os anos do compositor em Leipzig. Com uma única exceção, as cantatas incluídas no presente comunicado pertencem ao primeiro ciclo anual e data de 1723/24. As Cantatas 75 e 76, com as quais o Thomaskantor recentemente instalado assumiu seu novo compromisso em abril de 1723. Elas datam, respectivamente, do final de maio e início de junho de 1723. O último dos trabalhos a serem incluídos aqui é Cantata 69, uma versão revisada do BWV 69a. Data do final da vida de seu compositor. Durante seus vinte e sete anos como Cantor e diretor de música, Bach deu sua música sacra para a Igreja de Thomaskirche e St. Nicholas de Leipzig. Inevitavelmente, uma imagem melhor só surge quando ampliamos nosso campo de visão e captamos todas as 180 cantatas sagradas que sobreviveram a seus anos em Leipzig.

O texto acima foi retirado e livremente traduzido por este que vos escreve. O booklet, para variar, segue em anexo, muito completo e descritivo, para melhor apreciação das obras.

Espero que apreciem o trabalho.

COMPACT DISC 1

“Die Himmel erzählen die Ehre Gottes” BWV 76
For the 2nd Sunday after Trinity

Erster Teil 1 Chorus: “Die Himmel erzählen die Ehre Gottes”
2 Recitative (Tenor): “So laßt sich Gott nicht unbezeuget!”
3 Aria (Soprano): “Hört, ihr Völker, Gottes Stimme”
4 Recitative (Bass): “Wer aber hört”
5 Aria (Bass): “Fahr hin, abgöttische Zunft”
6 Recitative (Alto): “Du hast uns, Herr, von allen Straßen zu dir geruft”
7 Chorale: “Es woll uns Gott genädig sein”

Zweiter Teil
8 Sinfonia Recitativo accompagnato (Bass): “Gott segne noch die treue Schar”
10 Aria (Tenor): “Hasse nur, hasse mich recht”
11 Recitative (Alto): “Ich fühle schon im Geist”
12 Aria (Alto): “Liebt, ihr Christen, in der Tat”
13 Recitative (Tenor): “So soll die Christenheit die Liebe Gottes preisen”
14 Chorale: “Es danke, Gott, und lobe dich”

“Die Elenden sollen essen” BWV 75
For the 1st Sunday after Trinity

Erster Teil
15 Chorus: “Die Elenden sollen essen”
16 Recitativo accompagnato (Bass): “Was hilft des Purpurs Majestät”
17 Aria (Tenor): “Mein Jesus soll mein alles sein”
18 Recitative (Tenor): “Gott stürzet und erhöhet in Zeit und Ewigkeit!”
19 Aria (Soprano): “Ich nehme mein Leiden mit Freuden auf mich”
20 Recitative (Soprano): “Indes schenkt Gott ein gut Gewissen”
21 Chorale: “Was Gott tut, das ist wohlgetan”

Zweiter Teil
22 Sinfonia
23 Recitative (Alto): “Nur eines kränkt ein christliches Gemute”
24 Aria (Alto): “Jesus macht mich geistlich reich”
25 Recitative (Bass): “Wer nur in Jesu bleibt”
26 Aria (Bass): “Mein Herze glaubt und liebt”
27 Recitative (Tenor): “O Armut, der kein Reichtum gleicht!”
28 Chorale: “Was Gott tut, das ist wohlgetan”

COMPACT DISC 2

“Singet dem Herrn ein neues Lied” BWV 190
For the Feast of the Circumcision

1 Chorus: “Singet dem Herrn ein neues Lied”
2 Chorale & recitative (Alto, Tenor, Bass): “Herr Gott, dich loben wir!”
3 Aria (Alto): “Lobe, Zion, deinen Gott”
4 Recitative (Bass): “Es wünsche sich die Welt”
5 Aria (Duet Tenor, Bass): “Jesus soll mein alles sein”
6 Recitative (Tenor): “Nun, Jesus gebe, daß mit dem neuen Jahr”
7 Chorale: “Laß uns das Jahr vollbringen”

“Siehe zu, daß deine Gottesfurcht nicht Heuchelei sei” BWV 179
For the 11th Sunday after Trinity

8 Chorus: “Siehe zu, daß deine Gottesfurcht nicht Heuchelei sei”
9 Recitative (Tenor): “Das heutge Christentum”
10 Aria (Tenor): “Falscher Heuchler Ebenbild”
11 Recitative (Bass): “Wer so von innen wie von außen ist”
12 Aria (Soprano): “Liebster Gott, erbarme dich”
13 Chorale: “Ich armer Mensch, ich armer Sünder”

“Wer mich liebet, der wird mein Wort halten” BWV 59
For Whit Sunday

14 Duet (Soprano, Bass): “Wer mich liebet, der wird mein Wort halten”
15 Recitative (Soprano): “O, was sind das vor Ehren”
16 Chorale: “Komm, Heiliger Geist, Herre Gott”
17 Aria (Bass): “Die Welt mit allen Königreichen”
18 Chorale: “Gott, heiiger Geist”

“Lobe den Herrn, meine Seele” BWV 69
For the Leipzig town council inauguration

19 Chorus: “Lobe den Herrn, meine Seele”
20 Recitative (Soprano): “Wie groß ist Gottes Güte doch!”
21 Aria (Alto): “Meine Seele, auf! erzähle”
22 Recitative (Tenor): “Der Herr hat große Ding an uns getan”
23 Aria (Bass): “Mein Erlöser und Erhalter”
24 Chorale: “Es danke, Gott, und lobe dich”

COMPACT DISC 3

“Nun ist das Heil und die Kraft” BWV 50
For the feast of St Michael

1 Chorus: “Nun ist das Heil und die Kraft”

“Ärgre dich, o Seele, nicht” BWV 186
For the 7th Sunday after Trinity

Erster Teil
2 Chorus: “Ärgre dich, o Seele, nicht”
3 Recitative (Bass): “Die Knechtsgestalt, die Not, der Mangel”
4 Aria (Bass): “Bist du, der mir helfen soll”
5 Recitative (Tenor): “Ach, daß ein Christ so sehr vor seinen Körper sorgt”
6 Aria (Tenor): “Mein Heiland läßt sich merken”
7 Chorale: “Ob sichs anließ, als wollt er nicht”

Zweiter Teil

8 Recitative (Bass): “Es ist die Welt die große Wüstenei”
9 Aria (Soprano): “Die Armen will der Herr umarmen”
10 Recitative (Alto): “Nun mag die Welt mit ihrer Lust vergehen”
11 Aria (Duet Soprano, Alto): “Laß, Seele, kein Leiden von Jesu dich scheiden”
12 Chorale: “Die Hoffnung wart’ der rechten Zeit”

“Du Hirte Israel, höre” BWV 104
For the second Sunday after Easter

13 Chorus: “Du Hirte Israel, höre!”
14 Recitative (Tenor): “Der höchste Hirte sorgt vor mich”
15 Aria (Tenor): “Verbirgt mein Hirte sich zu lange”
16 Recitative (Bass): “Ja, dieses Wort ist meiner Seele Speise”
17 Aria (Bass): “Beglückte Herde, Jesu Schafe”
18 Chorale: “Der Herr ist mein getreuer Hirt”

“Lobe den Herrn, meine Seele” BWV 69a
For the 12th Sunday after Trinity

19 Chorus: “Lobe den Herrn, meine Seele”
20 Recitative (Soprano): “Ach, daß ich tausend Zungen hätte”
21 Aria (Tenor): “Meine Seele, auf, erzähle”
22 Recitative (Alto): “Gedenk ich nur zurück”
23 Aria (Bass): “Mein Erlöser und Erhalter” (see no. 69)
24 Chorale: “Was Gott tut, das ist wohlgetan”

“Nun ist das Heil und die Kraft” BWV 50
For the feast of St Michael

25 Chorus: “Nun ist das Heil und die Kraft”

RUTH ZIESAK soprano
ELISABETH VON MAGNUS alto P
PAUL AGNEW tenor
KLAUS MERTENS bass

THE AMSTERDAM BAROQUE ORCHESTRA & CHOIR
TON KOOPMAN

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Eugène Ysaÿe (1858-1931) – Seis Sonatas para violino solo, Op. 27 – Oscar Shumsky

Eugène Ysaÿe (1858-1931) – Seis Sonatas para violino solo, Op. 27 – Oscar Shumsky

51Bi4DBVCULArrisco dizer que Oscar Shumsky (1917-2000) é o menos ouvido dos grandes violinistas do século passado. Sua longa e intensa dedicação à carreira pedagógica certamente contribuiu para essa relativa obscuridade: foram décadas ensinando no Curtis Institute de Filadélfia, em Yale e na Juilliard School, até que voltasse aos palcos e estúdios em 1981, sob intensa aclamação.

Apesar de ter nascido na Filadélfia, o pedigree musical de Shumsky é inteiramente europeu: filho de judeus russos, aluno do húngaro Leopold Auer (aquele mesmo que esnobou o Concerto para violino de Tchaikovsky e que foi professor de Heifetz no Conservatório de São Petersburgo) e, depois, do russo Efrem Zimbalist no Curtis Institute. Criança-prodígio, foi chamado por Stokowski (com quem estreou aos sete anos de idade) de “o mais espantoso gênio” que já ouvira. Ao contrário de muitos prodígios, sua carreira adulta correspondeu às expectativas, e foi um artista extremamente ativo e requisitado durante toda a vida.

As Sonatas para violino solo do belga Ysaÿe, concebidas como retratos musicais de violinistas amigos do compositor, são tão atraentes quanto horrendamente difíceis. A nobreza e habilidade com que Shumsky incorpora as enormes dificuldades técnicas ao fluxo sonoro certamente hão de atrair os leitores-ouvintes para o rol de seus fãs.

Eugène-Auguste YSAYE (1858-1931)

SEIS SONATAS PARA VIOLINO SOLO, Op. 27

Sonata no. 1 em Sol menor (para Joseph Szigeti)

01 – Grave
02 – Fugato
03 – Allegretto poco scherzoso
04 – Finale. Con brio

Sonata no. 2 em Lá menor (para Jacques Thibaud)

05 – Obsession
06 – Malinconia
07 – Danse des ombres
08 – Les furies

Sonata no. 3 em Ré menor, ‘Ballade’ (para George Enescu)

09 – Ballade: Lento molto sostenuto – Allegro in tempo giusto e con bravura

Sonata no. 4 em Mi menor (para Fritz Kreisler)

10 – Allemanda
11 – Sarabande
12 – Finale

Sonata no. 5 em Sol maior (para Mathieu Crickboom)

13 – L’Aurore
14 – Danse rustique

Sonata no. 6 em Mi maior (para Manuel Quiroga)

15 – Allegro giusto non troppo vivo

Oscar Shumsky, violino

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Oscar Shumsky: um excelente violinista que vocês encontrarão mais vezes aqui no PQP Bach
Oscar Shumsky: um excelente violinista que vocês encontrarão mais vezes aqui no PQP Bach

Vassily Genrikhovich

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 16, 98 & 139

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 16, 98 & 139

Um excelente disco, magnificamente interpretado por Gardiner e sua turma de usual suspects. As cantatas constituem importante parte da produção de Bach, mas apenas nas últimas décadas sua importância vem sendo reconhecida. Esquecidas quase por completo no século XIX, até meados do século XX somente um pequeno número delas havia sido estudado em detalhe, situação que vem mudando diante do rápido crescimento dos estudos bachianos. A maior parte delas é sacra, compostas em Weimar e principalmente Leipzig, mas ele cultivou o gênero ao longo de quase toda a sua carreira. Muitas foram perdidas por descuido do filho Wilhelm; de acordo com o obituário de Carl Philipp ele compôs cinco ciclos completos para o ano eclesiástico, fora as cantatas profanas, o que representaria mais de 350 obras, mas ainda sobrevivem 194 composições neste gênero (sacro), somando um total de mais de 1.200 movimentos individuais. As de sua fase inicial são compostas segundo o modelo alemão do século XVII, sem recitativos ou árias da capo, elementos de origem operística italiana que só aparecem em suas obras maduras. Mais tarde se consolidou um formato italianizado, com uma abertura mais elaborada com coro, seguida de uma alternância de cinco ou seis árias da capo e recitativos para voz solo, encerrando com uma harmonização coral simples homofônica a quatro vozes, quando a congregação possivelmente se unia ao coro, mas mesmo aqui são encontradas muitas outras soluções técnicas e formais, incluindo fugas, cânones, variações sobre um ostinato, formas concertantes, influência da abertura francesa e do antigo moteto, além de se valerem de uma ampla gama de forças instrumentais. Nas palavras de Buelow,

“Nada é mais difícil de definir ou explicar que o estilo vocal de Bach. É claro, contudo, que o cerne de seu estilo reside no seu compromisso de ilustrar expressivamente os textos, as palavras individuais desses textos, e os afetos que veiculam. Suas linhas vocais raramente são apenas líricas, e não guardam a menor semelhança com o estilo cantabile dos italianos. Quase sempre são altamente dramáticas e amiúde cheias de complexos motivos rítmicos, com um desenho anguloso de saltos amplos. Passagens melismáticas, algumas de enorme extensão, ocorrem às vezes para emprestar mais ênfase retórica ou para simbolizar determinada palavra, mas noutras ocasiões são parte integral do desenvolvimento melódico”.

As cantatas sacras são peças de ocasião, e por regra eram ouvidas apenas uma única vez. Obras muito elaboradas artisticamente, o que o ouvinte não conseguia entender em termos estéticos, como disse Chafe, era compensado por seu conhecimento de uma rede de intenções que ligavam a experiência religiosa de cada um ao seu contexto cultural e religioso maior. A principal dentre essas intenções era apresentar o caráter dinâmico da experiência religiosa num programa didático sequencial de afetos e formas com que o ouvinte comum pudesse se identificar, criando uma ponte entre as Escrituras e a fé, à luz, naturalmente, da tradição hermenêutica fundada por Lutero. Para conseguir esse objetivo, além do conteúdo explícito dos textos, Bach recorria a um rico repertório de elementos puramente musicais para ilustrar e enfatizar o texto, elementos que por sua vez estavam associados a uma série de convenções simbólicas e alegóricas então de domínio público, um procedimento típico do Barroco em geral, no caso aplicado aos propósitos do Protestantismo.

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 16, 98 & 139

“Was Gott Tut, Das Ist Wohlgetan” (BWV 98), Cantata For The 21st Sunday After Trinity
1 1. Chorus: Was Gott Tut, Das Ist Wohlgetan 3:56
2 2. Recitative (Tenor): Ach Gott! Wann Wirst Du Mich Einmal 0:53
3 3. Aria (Soprano): Hört, Ihr Augen, Auf Zu Weinen 3:18
4 4. Recitative (Countertenor): Gott Hat Ein Herz 0:55
5 5. Aria (Bass): Meinen Jesum Lass Ich Nicht 3:51
“Wohl Dem, Der Sich Auf Seinen Gott” (BWV 139), Cantata For The 23rd Sunday After Trinity
6 1. Chorus: Wohl Dem, Der Sich Auf Seinen Gott 4:58
7 2. Aria (Tenor): Gott Ist Mein Freund; Was Hilft Das Toben 5:03
8 3. Recitative (Countertenor): Der Heiland Sendet Ja Die Seinen 0:35
9 4. Aria (Bass): Das Unglück Schlägt Auf Allen Seiten 4:37
10 5. Recitative (Soprano): Ja, Trag Ich Gleich Den Grössten Feind In Mir 0:40
11 6. Chorale: Dahero Trotz Der Höllen Heer 0:47
“Herr Gott, Dich Loben Wir” (BWV 16), Cantata For New Year’s Day (Feast Of The Circumcision)
12 1. Chorus: Herr Gott, Dich Loben Wir 1:37
13 2. Recitative (Bass): So Stimmen Wir Bei Dieser Frohen Zeit 1:08
14 3. Aria (Chorus, Bass): Lasst Uns Jauchzen, Lasst Uns Freuen / Krönt Und Segnet Seine Hand 3:30
15 4. Recitative (Countertenor): Ach, Treuer Hort, Beschütz Auch Fernerhin Dein Wertes Wort 1:17
16 5. Aria (Tenor): Geliebter Jesu, Nur Du Allein 7:24
17 6. Chorale: All Solch Dein Güt Wir Preisen 1:01

Alto Vocals [Choir] – Angus Davidson (2), Charles Humphries, Richard Wyn Roberts*
Bass Vocals [Choir] – Julian Clarkson, Robert Macdonald, Simon Oberst
Bass Vocals [Soloist] – Gotthold Schwarz
Bassoon – Alastair Mitchell
Cello – Catherine Rimer, Ruth Alford
Choir – The Monteverdi Choir
Conductor – John Eliot Gardiner
Cornett – Michael Harrison (4)
Countertenor Vocals [Soloist] – Derek Lee Ragin
Double Bass – Judith Evans
Harpsichord – Gary Cooper (2)
Horn [Corno Da Caccia] – Mark Bennett (2)
Oboe – James Eastaway, Michael Niesemann
Oboe [Da Caccia] – Katharina Arfken
Orchestra – The English Baroque Soloists
Organ – Alastair Ross
Soprano Vocals [Choir] – Constanze Backes, Donna Deam, Nicola Jenkin, Suzanne Flowers
Soprano Vocals [Soloist] – Katharine Fuge
Tenor Vocals [Choir] – Gerard O’Beirne, Paul Tindall, Simon Davies (3)
Tenor Vocals [Soloist] – Julian Podger
Viola – Lisa Cochrane, Rosemary Nalden
Violin [1st] – Anne Schumann, Peter Lissauer, Sarah Bealby-Wright
Violin [2nd] – Adrian Butterfield, Henrietta Wayne, Kati Debretzeni
Violin, Concertmistress – Maya Homburger

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Jan Steen (1626-1679):

PQP

A Quatro Mãos: Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Concertos de Brandenburg, transcritos por Max Reger – Duo Trenkner-Speidel

71VOELnAbpL._SL1050_“Oh, céus!”, dirão vocês, “depois de nos entupir de Glenn Gould, o cara vem trazer os sacrossantos CONCERTOS DE BRANDENBURG numa REDUÇÃO para PIANO a QUATRO MÃOS”?

Sim, pessoal – mas deponham as pedras, por favor: eu me explico!

Houve um tempo em que não havia PQP Bach, nem música online, tampouco internet, que se dirá então de gravações digitais: esse era o tempo de Max Reger (1873-1916), e nele só havia gravações muito precárias e caríssimas. Uma das poucas alternativas que restavam aos melômanos que desejassem escutar em sua casa a música orquestral de grandes mestres era manter em suas salas um piano e comprar arranjos de obras orquestrais para serem tocadas nele. Reger, que já tinha feito transcrições pianísticas brilhantes de obras de J. S. Bach para o órgão, tivera sucesso também transcrevendo as Suítes para orquestra do grande mestre para piano a quatro mãos. Quando o editor pediu-lhe para transcrever os Concertos de Brandenburg, sua primeira resposta foi um rotundo “não” que, depois de muita hesitação, virou um “talvez” que nunca o convenceu completamente. Sua correspondência dá conta com muitos detalhes das dificuldades que encontrou na abordagem dessas mais perfeitas entre todas as obras, e em particular de como achava difícil fazer uma “redução” de partituras em que cada nota parecia essencial. O maior desafio, naturalmente, foi o Concerto no. 5, que contém uma parte muito elaborada e difícil para o cravo. A solução que Reger encontrou foi preservar tanto quanto possível as partes do concertino (grupo de solistas) e podar o que fosse necessário do ripieno (o restante do conjunto instrumental). Quando as transcrições foram publicadas, seu autor foi ferozmente desgraçado pelos críticos, e seus gritos de ódio ecoam até hoje, mais de um século depois.

Escutando esta interpretação do duo Trenkner-Speidel, não consigo deixar de aplaudir (diriam nossos vizinhos platinos) los huevos e a habilidade do transcritor. A perda de colorido, claro, é inevitável e inerente à transcrição. No entanto, a competência de Reger traz oportunidades de apreciar o incomparável gênio contrapontístico de Bach duma perspectiva inteiramente diferente. Antes de catarem pedras no chão e se juntarem à claque dos críticos, ouçam-nas e tirem suas próprias conclusões.

JOHANN SEBASTIAN BACH – BRANDENBURGISCHE KONZERTE BWV 1046-51
Für Pianoforte zu 4 Händen bearbeitet von Max Reger

Johann Sebastian BACH (1685-1750)
arranjo de Max REGER (1873-1916)

Concertos de Brandenburg, BWV 1046-1051, em redução para piano a quatro mãos

CD1

Concerto no. 1 em Fá maior, BWV 1046
01 – Allegro
02 – Adagio
03 – Allegro
04 – Menuetto – Polacca

Concerto no. 2 em Fá maior, BWV 1047
05 – Allegro
06 – Andante
07 – Allegro Assai

Concerto no. 3 em Sol maior, BWV 1048
08 – Allegro con spirito
09 – Allegro

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CD 2

Concerto no. 4 em Sol maior, BWV 1049
01 – Allegro
02 – Andante
03 – Presto

Concerto no. 5 em Ré maior, BWV 1050
04 – Allegro
05 – Affettuoso
06 – Allegro

Concerto no. 6 em Si bemol maior, BWV 1051
07 – Allegro non tanto
08 – Adagio ma non tanto
09 – Allegro

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Duo Trenkner-Speidel
Evelinde Trenkner e Sontraud Speidel, piano

Causa mortis: overdose de bramidos de ódio

 

 

Vassily Genrikhovich

J. S. Bach (1685-1750): Suítes para Violoncelo Solo

J. S. Bach (1685-1750): Suítes para Violoncelo Solo

Esta versão das Suítes para Violoncelo Solo de Bach, por Roel Dieltiens, não chega ao nível altíssimo das gravações de Cocset, Pandolfo ou Bylsma, mas é muito boa e consistente. As Suítes foram provavelmente compostas durante o período de 1717-1723, quando Bach serviu como Kapellmeister em Köthen. Devido às dificuldades técnicas das obras, elas foram pouco conhecidas e raramente executadas até serem revividas e gravadas por Pablo Casals no início do século 20. Hoje são consideradas dentre as maiores realizações de Bach. Diferentemente das sonatas para violino solo de Bach, nenhum manuscrito autógrafo sobreviveu. Os estudiosos acreditam que Bach pretendia que as obras fossem consideradas um ciclo e não uma série arbitrária de peças. Comparadas às outras coleções de suítes de Bach, as suítes para violoncelo são as mais rigorosas na ordem de seus movimentos. Além disso, para obter uma arquitetura simétrica, Bach inseriu movimentos intermezzi aos pares entre as sarabandas e as gigas.

J. S. Bach (1685-1750): Suítes para Violoncelo Solo

Suite Nº 2 In D-Minor (BWV 1008)
1-1 Prélude 2:28
1-2 Allemande 3:16
1-3 Courante 1:50
1-4 Sarabande 4:55
1-5 Menuet I 1:41
1-6 Menuet II 1:17
1-7 Menuet I 0:40
1-8 Gigue 2:36

Suite Nº 3 In C-Major (BWV 1009)
1-9 Prélude 2:32
1-10 Allemande 3:54
1-11 Courante 3:50
1-12 Sarabande 4:13
1-13 Bourrée I 1:41
1-14 Bourrée II 1:44
1-15 Bourrée I 0:52
1-16 Gigue 3:33

Suite Nº 6 In D-Major (BWV 1012)
1-17 Prélude 4:23
1-18 Allemande 6:51
1-19 Courante 3:34
1-20 Sarabande 4:34
1-21 Gavotte I 1:44
1-22 Gavotte II 1:43
1-23 Gavotte I 0:56
1-24 Gigue 4:05

Suite Nº 4 In E Flat Major (BWV 1010)
2-1 Prélude 4:19
2-2 Allemande 4:39
2-3 Courante 3:39
2-4 Sarabande 4:12
2-5 Bourrée I 2:34
2-6 Bourrée II 0:42
2-7 Bourrée I 1:19
2-8 Gigue 2:36

Suite Nº 1 In G-Major (BWV 1007)
2-9 Prélude 1:53
2-10 Allemande 5:01
2-11 Courante 2:38
2-12 Sarabande 2:47
2-13 Menuet I 1:24
2-14 Menuet II 1:24
2-15 Menuet I 0:45
2-16 Gigue 1:47

Suite Nº 5 In C Minor (BWV 1011)
2-17 Prélude 5:18
2-18 Allemande 6:27
2-19 Courante 2:20
2-20 Sarabande 4:25
2-21 Gavotte I 2:32
2-22 Gavotte II 1:29
2-23 Gavotte I 1:19
2-24 Gigue 2:37

Cello – Roel Dieltiens

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Violoncelo sobre cadeira rosa | Pintura de Ricard J. Tovar

PQP

A Quatro Mãos: Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Obra completa para duo – Duo Clavier – Duo Zabel-Thomas

1163076A obra de Beethoven para duo pianístico não é lá grandes coisas, e a única peça de mais músculo neste disco -a transcrição, feita pelo próprio Beethoven, da Grande Fuga para quarteto de cordas em Si bemol maior – era justamente seu ponto mais fraco: o Duo Clavier, de interpretações corretas para todas as mornas obras anteriores, errava a mão ao dar à mais iracunda obra de Beethoven uma leitura staccato e mezzo piano que aplacava quase toda sua fúria. Felizmente, ao preparar o CD para postagem, percebi que ele estava irremediavelmente danificado na última faixa, e resolvi o problema (e salvei a postagem) transplantando um MP3 que já tinha há mais tempo, em que Frank Zabel e Stefan Thomas dão à obra-prima uma leitura mais digna de sua estatura.

Esses arranjos para duo pianístico eram um recurso importante para divulgação e execução doméstica de obras que, antes de surgirem gravações fonográficas, só poderiam ser ouvidas nas salas de concerto. Sempre que escuto esta transcrição, fico imaginando quais foram os motivos que levaram Beethoven, já gravemente enfermo, a fazê-la, uma vez que ele próprio considerara a Grande Fuga longa e complicada demais para ser o final de seu Quarteto Op. 130, preferindo publicá-la em separado como Op. 133. Se lembrarmos que o escândalo causado por sua primeira audição levou muitos críticos a considerarem-na prova cabal da surdez e demência do compositor, imagino que as primeiras edições da obra (e deste arranjo) tenham encalhado integralmente. E, por mais que a versão pianística, sem os ataques furiosos e a sonoridade pungente das cordas, seja algo mais branda que a original, ainda hoje, quase dois séculos depois de sua publicação, a mais visionária das obras de Beethoven soa-nos tão moderna e radical como, provavelmente, sempre soará.

L. v. BEETHOVEN – PIANO FOUR HANDS – THE COMPLETE WORKS

01 – Oito Variações sobre um Tema do Conde Waldstein, WoO 67

Sonata em Ré maior, Op. 6
02 – Allegro molto
03 – Rondo: moderato

04 – Seis Variações em Ré maior sobre “Ich denke dein”, WoO 74

Três Marchas, Op. 45
05 – no. 1 em Dó maior: Allegro non troppo
06 – no. 2 em Mi bemol maior: Vivace
07 – no. 3 em Ré maior: Vivace

Duo Clavier
Mauro Landi
e Paolo Dirani, piano

Grande Fuga em Si bemol maior, para piano a quatro mãos, Op. 134
8 – Overtura. Allegro
9 – Fuga. Allegro
10 – Meno mosso e moderato
11 – Allegro
12 – Allegro molto e con brio
13 – Allegro molto e con brio

Duo Zabel-Thomas
Frank Zabel e Stefan Thomas
, piano

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iPobre Ludwig!
iPobre Ludwig!

Vassily Genrikhovich

Beethoven (1770-1828): Sinfonias Nos. 5 & 7 – Chicago Symphony Orchestra – Fritz Reiner

Beethoven (1770-1828): Sinfonias Nos. 5 & 7 – Chicago Symphony Orchestra – Fritz Reiner

Beethoven

Sinfonias 5 & 7

Aberturas Coriolano e Fidelio

CSO

Reiner

 

Entre os grandes regentes do século passado, Fritz Reiner é um nome que se destaca pela qualidade das gravações que deixou, especialmente com a Orquestra Sinfônica de Chicago. Ele assumiu a direção desta orquestra em 1954 e a transformou em uma das melhores do mundo. Segundo Stravinsky, Reiner tornou a Sinfônica de Chicago na orquestra mais precisa e flexível do mundo.

Fritz, de tremendo bom humor!

O período de 1954 a 1963, no qual Reiner reinou em Chicago, coincide com o surgimento e afirmação das gravações em estéreo, um importante marco na história da música gravada. A gravação do Concerto para Piano e Orquestra No. 1 de Brahms, em que Reiner e a Sinfônica de Chicago acompanham Arthur Rubisnstein, assim como as gravações do Concerto para Orquestra de Bartók e de La mer, de Debussy são deste período. Estes discos são verdadeiros marcos da história fonográfica e devem ser ouvidos por todos aqueles que têm algum interesse por música.

Na postagem de hoje temos as gravações de duas sinfonias e duas aberturas de Beethoven, registradas neste período pela CSO e Reiner.

Fritz Reiner era um tirano, mas também era genial. Tinha poder enorme sobre os músicos, o que é impensável hoje, e o usava com um certo prazer sádico. Há testemunhos de que era abusivo. Ou seja, os resultados que apreciamos nestas gravações tinham altíssimo custo pessoal para os músicos da orquestra.

No entanto, havia também outros aspectos. A sua técnica de regência era impressionante. Philip Farkas foi o principal trompista na era Reiner e lembra: Ele [Reiner] regia com tudo que tinha, não apenas com as mãos. Poderia reger os violinos com as mãos e indicar a entrada dos sopros enchendo as bochechas de ar e soprando no exato momento desta entrada. Se além disso quisesse um crescendo, usava as sobrancelhas…

O custo destas conquistas era verdadeiramente alto, mas o maestro e sua orquestra tinham seus momentos. O mesmo Farkas lembra o final de um concerto em Boston, quando a CSO estava em uma turnê, em 1958. O concerto correra de maneira perfeita, sem uma falha sequer. Todos estavam verdadeiramente movidos e quando os aplausos terminaram, se reuniram nos bastidores. Reiner cumprimentou a cada um, apertando suas mãos, com lágrimas correndo dos olhos. Ele teria dito: Toda a minha vida esperei por este momento, um concerto perfeito.

Você pode ler estes depoimentos aqui.

Temos então, um álbum quase perfeito. As Sinfonias pertencem ao conjunto das sinfonias ímpares e apresentam o lado mais heroico de Beethoven, assim como as duas aberturas. Aqui estas obras são apresentadas na roupagem big band, com muitos violinos, profundos violoncelos e baixos, sopros destemidos, assim como tímpanos e demais.

Acho esta interpretação da sétima ainda maravilhosa. A quinta um pouco menos. As aberturas são verdadeiras pérolas. Excelentes!

Ludwig van Beethoven (1770-1827)

Sinfonia No. 5 em dó menor, Op. 67

  1. Allegro com brio
  2. Andante con moto
  3. Allegro
  4. Allegro

Sinfonia No. 7 em lá maior, Op. 92

  1. Poco sostenuto. Vivace
  2. Allegretto
  3. Presto
  4. Allegro com brio

Aberturas

  1. Coriolano, Op. 62
  2. Fidelio, Op. 72

Chicago Symphony Orchestra

Fritz Reiner

Gravação: 1959 (Op. 67 & 62); 1955 (Op. 92 & 72)

Produção: Richard Mohr

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FLAC | 400 MB

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MP3 | 320 KBPS | 181 MB

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Reiner disse: As pessoas dizem que eu odeio os músicos. Eles estão errados. Eu só odeio os músicos ruins.

Ah, é claro, JURÁSSICO!

René Denon

A Quatro Mãos: Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Concertos para dois e três pianos – Christoph Eschenbach – Justus Franz – Helmut Schmidt

51PqZbWeYZL (1)ORIGINALMENTE PUBLICADO EM 13/12/2015

Encerrando a série “A Quatro Mãos”, uma apoteose a quatro e a seis mãos. Bem, “apoteose” talvez seja um exagero, mas duvido de que alguém consiga negar que estes concertos bastante agradáveis e bem escritos não preencham bem uma horinha, se tanto, da vida do ouvinte. E, se imaginarmos a imensa dificuldade que deve escrever um concerto para piano, extrapolamos então o que não deve ser escrever para três deles e orquestra – só para então lembrarmos que o compositor destes concertos não fosse exatamente conhecido por dificuldades em botar música no papel, o que fazia quase como função fisiológica, nem em tocar espantosamente bem o piano e violino, manter prolífica e colorida correspondência, reinar supremo nas mesas de bilhar e, para arredondar a conta, ainda aprimorar-se na arte de frequentar lençóis femininos: criatura admirável, esse Amadeus.

Certamente não no nível do hiperativo, boquirroto e priápico Johann Chrysostomus Wolfgangus, mas ainda merecedor de nossa salva de palmas, é o pianista que se junta a Christoph Eschenbach e Justus Frantz na gravação do Concerto para três pianos, realizada enquanto exercia, em plena Guerra Fria e com o muro de Berlim ainda sólido, o nada refrescante cargo de chanceler da República Federal da Alemanha: o incansável Helmut Schmidt, falecido no último 10 de novembro, a quem esta postagem pretende modestamente homenagear.

MOZART – THE CONCERTOS FOR TWO & THREE PIANOS
CHRISTOPH ESCHENBACH – JUSTUS FRANTZ – HELMUT SCHMIDT

Wolfgang Amadeus MOZART (1756-1791)

Concerto em Fá maior para três pianos e orquestra, K. 242 (cadências de Mozart)

01 – Allegro
02 – Adagio
03 – Rondo (Tempo di Menuetto)

Christoph Eschenbach, Justus Frantz e Helmut Schmidt, pianos
London Philarmonic Orchestra
Christoph Eschenbach, regência

Concerto em Mi bemol maior para dois pianos e orquestra, K. 365 (cadências de Mozart)

04 – Allegro
05 – Andante
06 – Rondo (Allegro)

Christoph Eschenbach e Justus Frantz, pianos
London Philarmonic Orchestra
Christoph Eschenbach, regência

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Entre Bach e Mozart, e entre Reagan e Brezhnev: o chanceler e pianista Helmut Schmidt (1918-2015)
Entre Bach e Mozart, Reagan e Brezhnev: o chanceler e pianista Helmut Schmidt (1918-2015)

Vassily Genrikhovich

Música para Flauta e Piano: Sharon Bezaly, flauta & Ronald Brautigam, piano

Música para Flauta e Piano: Sharon Bezaly, flauta & Ronald Brautigam, piano

PRoKoFieV

SCHuBeRT

DuTiLLeuX

JoLiVeT

 

Este disco foi uma agradável surpresa. Eu estava preparando uma postagem das sonatas para violino de Prokofiev e descobri que a segunda delas era uma versão para violino e piano de uma sonata originalmente escrita para flauta e piano. Daí para este álbum foi um pulo, uma vez que Ronald Brautigam é um excelente pianista e o selo BIS é ótimo. Eu não conhecia a solista Sharon Bezaly, mas ela me conquistou desde a primeira nota.

Para valorizar tão lindo álbum, aqui vai alguma informação sobre as peças.

A composição da Sonata para flauta e piano ocorreu em um momento no qual Prokofiev estava preocupado com clareza de estilo, buscando adequar sua maneira de compor aos ideais do realismo soviético. A sonata surgiu de uma comissão feita pelo Comitê de Assunto Artísticos da URSS. Prokofiev estava morando no Cazaquistão, trabalhando com Sergei Eisenstein, compondo música para Ivan, o Terrível. Em uma carta para Nikolai Miaskovsky, ele menciona que a comissão não viera exatamente em um momento oportuno, mas era agradável. Em sua autobiografia menciona ter desejado escrever uma sonata em um estilo delicado, clássico e fluente. Isto ele certamente conseguiu. Para saber mais sobre esta peça, veja esta dissertação aqui.

David Oistrakh insistiu na adaptação da sonata para violino e piano, realmente acreditando que ela teria mais sucesso nesta forma. Prokofiev concordou e você pode conferir o resultado aqui. No entanto, a versão para flauta também é sensacional, como este álbum pode provar. Prometo que esta não será a única postagem desta linda peça.

Após terminar o Die Schöne Müllerin em novembro de 1823, Schubert escolheu a melodia do seu 18º Lied, Trockne Blumen (Flores Secas) para escrever uma série de variações para flauta e piano. Aparentemente a motivação era apenas usar novamente a linda melodia, apesar de que Schubert certamente tinha flautistas entre seus amigos. A peça consiste de uma introdução e sete variações, sendo a última delas um tour-de-force, cheia de virtuosismo. A peça ficou inédita durante o tempo de vida de Schubert e não há certeza se chegou a ser executada. Após sua publicação em 1850, tornou-se muito popular entre os flautistas. Nesta gravação você pode conferir o porquê.

Mais de um século separa a composição da obra de Schubert da sonata de Prokofiev. Já as duas peças restantes são exatas contemporâneas da sonata. Dutilleux compôs sua Sonatina como uma peça para competições de flautas no Conservatório de Paris, em 1943, entre outras que foram comissionadas por Claude Delvincourt, então o diretor. Dutilleux era bastante crítico destas peças, mas a Sonatine caiu no agrado dos flautistas e amantes do instrumento. Com uma interpretação como esta, é fácil entender.

Assim como no caso de Dutilleux, Jolivet escreveu seu Chant de Linos para as competições do Conservatório de Paris, mas a peça caiu nas graças de Pierre Rampal. A inspiração para esta obra vem de um antigo mito grego. Gritos e danças são formas de expressão que pontuam esta linda e inovadora peça. Sharon Belazy realça a sua beleza com uma incrível interpretação. Fica claro por que não se tornou apenas um exercício acadêmico e hoje faz parte do repertório dos grandes intérpretes.

Sergei Prokofiev (1891-1953)

Sonata para flauta e piano em ré maior, Op. 94

  1. Moderato
  2. Scherzo
  3. Andante
  4. Allegro con brio

Franz Schubert (1797-1828)

  1. a 13. Variações em mi menor sobre o Lied Trockne Blumen, D. 802

Henri Dutilleux (1916-2013)

Sonatina

  1. Allegretto – Andantino – Animé

André Jolivet (1905-1974)

  1. Chant de Linos

Sharon Bezaly, flauta

Ronald Brautigam, piano

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FLAC | 249 MB

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MP3 | 320 KBPS | 158 MB

Um disco para quem quer levar a vida na flauta!

René Denon

John Williams Plays Bach – John Williams, ASMF

Antes de começar, talvez seja preciso explicar que esse John Williams aqui não é aquele compositor de filmes de Holywood, autor de trilhas sonoras de filmes como ‘Indiana Jones’. Esse aqui é australiano, e é um dos maiores violonistas de todos os tempos. Sua histórica gravação do ‘Concierto de Aranjuez’ com o mítico maestro Eugene Ormandy foi a minha introdução à música clássica, lá quando eu tinha meus cinco ou seis anos de idade, e continua sendo minha gravação favorita desse concerto, coincidentemente realizada no ano de meu nascimento, em 1965.
Mas John Williams gravou muito mais depois disso, talvez mais de cem discos, dos mais variados compositores, incluindo aquele nosso maior compositor, cujo nome não podemos nem mencionar aqui no PQPBach.
Estou trazendo para os senhores hoje um conjunto de quatro CDs, todos dedicados a Bach. Suítes, prelúdios, fugas,  transcrições para violão do segundo concerto para violino, além das suítes francesas, inglesas, entre outras peças. Em todas elas, o talento e virtuosismo de Williams nos proporciona momentos de absoluto deleite. É realmente para se ouvir de joelhos, e agradecer que temos a oportunidade de ouvir isso. Uma overdose de Bach …

Espero que apreciem.

CD 1

1.01.Lute Suite in E Minor, BWV 996 (Arr. J. Williams for Guitar) I. Passaggio-Presto
1.02.Lute Suite in E Minor, BWV 996 (Arr. J. Williams for Guitar) II. Allemande
1.03.Lute Suite in E Minor, BWV 996 (Arr. J. Williams for Guitar) III. Courante
1.04.Lute Suite in E Minor, BWV 996 (Arr. J. Williams for Guitar) IV. Sarabande
1.05.Lute Suite in E Minor, BWV 996 (Arr. J. Williams for Guitar) V. Bourrée
1.06.Lute Suite in E Minor, BWV 996 (Arr. J. Williams for Guitar) VI. Gigue
1.07. Prelude, Fugue and Allegro in E-Flat Major, BWV 998 I. Prelude
1.08. Prelude, Fugue and Allegro in E-Flat Major, BWV 998 II. Fugue
1.09. Prelude, Fugue and Allegro in E-Flat Major, BWV 998 III. Allegro
1.10. Lute Suite No. 2 in C Minor, BWV 997 I. Preludio
1.11. Lute Suite No. 2 in C Minor, BWV 997 II. Fuga
1.12. Lute Suite No. 2 in C Minor, BWV 997 III. Sarabande
1.13. Lute Suite No. 2 in C Minor, BWV 997 IV. Gigue
1.14. Lute Suite No. 2 in C Minor, BWV 997 V. Double

CD 2

2.01. Lute Suite in G Minor, BWV 995 (Arr. J. Williams for Guitar) I. Prelude-Presto
2.02. Lute Suite in G Minor, BWV 995 (Arr. J. Williams for Guitar) II. Allemande
2.03. Lute Suite in G Minor, BWV 995 (Arr. J. Williams for Guitar) III. Courante
2.04. Lute Suite in G Minor, BWV 995 (Arr. J. Williams for Guitar) IV. Sarabande
2.05. Lute Suite in G Minor, BWV 995 (Arr. J. Williams for Guitar) V. Gavottes I & II
2.06. Lute Suite in G Minor, BWV 995 (Arr. J. Williams for Guitar) VI. Gigue
2.07. Lute Suite No. 4 in E Major, BWV 1006a I. Prélude
2.08. Lute Suite No. 4 in E Major, BWV 1006a II. Loure
2.09. Lute Suite No. 4 in E Major, BWV 1006a III. Gavotte en Rondeau
2.10. Lute Suite No. 4 in E Major, BWV 1006a IV. Menuetts I & II
2.11. Lute Suite No. 4 in E Major, BWV 1006a V. Bourrée
2.12. Lute Suite No. 4 in E Major, BWV 1006a VI. Gigue
2.13. Prelude in C Minor, BWV 999 (Arr. J. Williams for Guitar)
2.14. Fugue in G Minor, BWV 1000 (Arr. J. Williams for Guitar)

CD 3

3.01. Violin Concerto in E Major, BWV 1042 (Arranged by John Williams for Guitar and Orchestra) I. Allegro
3.02. Violin Concerto in E Major, BWV 1042 (Arranged by John Williams for Guitar and Orchestra) II. Adagio
3.03. Violin Concerto in E Major, BWV 1042 (Arranged by John Williams for Guitar and Orchestra) III. Allegro assai
3.04. Violin Sonata No. 2 in A Minor, BWV 1003 III. Andante (Arranged by John Williams for Guitar)
3.05. Violin Partita No. 2 in D Minor, BWV 1004 V. Chaconne (Transcribed for Guitar by John Williams)
3.06. Lute Suite No. 4 in E Major, BWV 1004 I. Prelude
3.07. Lute Suite No. 4 in E Major, BWV 1004 II. Loure
3.08. Lute Suite No. 4 in E Major, BWV 1004 III. Gavotte
3.09. Lute Suite No. 4 in E Major, BWV 1004 IV & V Menuetts I and II
3.10. Lute Suite No. 4 in E Major, BWV 1004 VI. Bourrée
3.11. Lute Suite No. 4 in E Major, BWV 1004 VII. Gigue
3.12. Cello Suite No. 1 in G Major, BWV 1007 I. Prélude (Transcribed for Guitar by John Williams)
3.13. Cello Suite No. 3 in C Major, BWV 1009 Bourrée I & II (Transcribed for Guitar by John Williams)
3.14. Prelude, Fugue and Allegro in E-Flat Major, BWV 998 I. Präludium
3.15. Prelude, Fugue and Allegro in E-Flat Major, BWV 998 II. Fuge
3.16. Prelude, Fugue and Allegro in E-Flat Major, BWV 998 III. Allegro

CD 4

4.01. Wachet auf, ruft uns die Stimme, BWV 140 I. Chorale (Transcribed for Guitar and Organ)
4.02. Fugue in G Major, BWV 577 Gigue (Transcribed for Guitar and Organ)
4.03. Violin Sonata No. 4 in C Minor, BWV 1017 III. Adagio (Transcribed for Guitar and Organ)
4.04. Trio Sonata No. 6 in G Major, BWV 530 (Transcribed for Guitar and Organ) I. Vivace
4.05. Trio Sonata No. 6 in G Major, BWV 530 (Transcribed for Guitar and Organ) II. Lento
4.06. Trio Sonata No. 6 in G Major, BWV 530 (Transcribed for Guitar and Organ) III. Allegro
4.07. Italian Concerto in F Major, BWV 971 I.-(Transcribed for Guitar and Organ)
4.08. Pastorale in F Major, BWV 590 III. Adagio (Transcribed for Guitar and Organ)
4.09. Trio in G Major, BWV 10274a (Transcribed for Guitar and Organ)
4.10. French Suite No. 6 in E Major, BWV 817 I. Allemande (Transcribed for Guitar and Organ)
4.11. English Suite No. 2 in A Minor, BWV 807 VI. Bourrée II (Transcribed for Guitar and Organ)
4.12. English Suite No. 3 in G Minor, BWV 808 Gavotte I & II (Transcribed for Guitar and Organ by John Williams)
4.13. French Suite No. 5 in G Major, BWV 816 VII. Gigue (Transcribed for Guitar and Organ by John Williams)

John Williams – Violão
Academy of St. Martin in the Fields

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CD 2 BAIXE AQUI – DOWNLOAD  HERE

CD 3 BAIXE AQUI – DOWNLOAD  HERE

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O mestre em ação

Ainda mais Cordas: o Pipa (Tán Dùn (1957): Concerto para Pipa – Hikaru Hayashi (1931-2012): Concerto para viola – Tōru Takemitsu (1930-1998): Nostalghia – Wú Mán – Yuri Bashmet)

MI0001164132Um país imenso como a China, um caldeirão étnico transbordando tradições que parecem tão antigas quanto o tempo, poderia prover ad nauseam instrumentos para nossa série. O pípa, que escolhemos, assemelha-se a um alaúde e é conhecido pelo menos desde o século II a. C. O Concerto de Tán Dùn, baseado em sua obra “Ghost Opera” (que foi gravada pelo Kronos Quartet e por Wú Mán, a mesma solista deste álbum), tem aquele jeitão de colagem entre influências ocidentais e orientais que é característico do compositor. Apesar de alguns momentos interessantes, particularmente aqueles em que as cordas imitam vocalizações e o som do erhu (mais sobre ele abaixo), parece faltar algum amálgama para unir seus diversos episódios. Nostalghia de Takemitsu, composta como um réquiem para o cineasta Andrey Tarkovsky, é bem melhor, ainda mais com o ótimo solo de Yuri Bashmet ao violino. Os três arranjos de excertos de trilhas sonoras, também por Takemitsu, parecem um pouco deslocados, o que aumenta a agradável surpresa que é o sereno Concerto-Elegia de Hikaru Hayashi na viola do versátil Bashmet.

Do meu instrumento chinês preferido, o erhu, eu ainda não tenho gravação em CD que prestem. Enquanto aguardo que aquelas que encomendei atravessem os sete mares e cheguem a Desterro, deixo-lhes um vídeo em que o Xu Ke, o maior virtuose moderno do erhu, debulha as duas pobres cordas de seu instrumento numa interpretação do Zigeunerweisen de Sarasate que, claro, só pode ser fruto de bruxaria:

TAN DUN – PIPA CONCERTO – HAYASHI – VIOLA CONCERTO – TAKEMITSU – NOSTALGHIA

Tán DÙN (1957)

Concerto para orquestra de cordas e pipa
01 – Andante molto
02 – Allegro
03 – Adagio
04 – Allegro vivace

Wú Man, pipa
Moscow Soloists
Yuri Bashmet, regência

Tōru TAKEMITSU (1930-1998)

05 – Nostalghia, para violino solo e orquestra de cordas

Yuri Bashmet, violino
Moscow Soloists
Roman Balashov, regência

Três Trilhas Sonoras para orquestra de cordas
06 – Music for Training and Rest (de “José Torres”)
07 – Funeral Music (de “Black Rain”)
08 – Waltz (de “Face of Another)

Moscow Soloists
Yuri Bashmet, regência

Hikaru HAYASHI (1931-2012)

Concerto para viola e orquestra de cordas, “Elegia”
09 – Movimento I
10 – Movimento II

Yuri Bashmet, viola
Moscow Soloists
Roman Balashov, regência

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Wú Mán e seu pipa
Wú Mán e seu pipa

 

Vassily Genrikhovich

Franz Schubert (1797-1828): Lieder com orquestra

Franz Schubert (1797-1828): Lieder com orquestra

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Postamos este Schubert SOLAR E ABSOLUTAMENTE MARAVILHOSO. Imaginem só. Uma seleção de lieder de Schubert feita por Claudio Abbado, Anne Sofie von Otter e Thomas Quasthoff. Os arranjos para orquestra são, em sua maioria, de gente como Brahms, Reger, Webern, Britten… Isto pode dar errado? Não, não pode. O CD é fantástico, delicado, lírico, lindo, emocionante, fascinante, é tudo o que a gente espera de um grande disco. É uma experiência — proposta por Abbado? — de resultado entusiasmante. Von Otter e Quasthoff matam a pau. Ambos estão perfeitos neste grande disco da DG.

Schubert: Lieder com orquestra

1 Rosamunde, Fürstin von Cypern, incidental music, D. 797 (Op. 26) No. 3. Romanze
with Anne Sofie von Otter
2 Die Forelle (“In einem Bächlein helle”), song for voice & piano, D. 550 (Op. 32)
with Anne Sofie von Otter (Britten)
3 Ellens Gesang II (“Jäger, ruhe von der Jagd”), song for voice & piano, D. 838 (Op. 52/2)
with Anne Sofie von Otter
4 Gretchen am Spinnrade (“Meine Ruh’…”), song for voice & piano, D. 118 (Op. 2)
with Anne Sofie von Otter
5 Gesang (“Was ist Sylvia,…”), song for voice & piano, (“An Sylvia”), D. 891 (Op. 106/4)
with Anne Sofie von Otter
6 Im Abendrot (“O, wie schön ist deine Welt”), song for voice & piano, D. 799
with Anne Sofie von Otter (Reger)
7 Nacht und Träume (Heil’ge Nacht, du sinkest nieder!”), song for voice & piano, D. 827 (Op. 43/2)
with Anne Sofie von Otter (Reger)
8 Gruppe aus dem Tartarus II (“Horch, wie Murmeln”), song for voice & piano, D. 583 (Op. 24/1)
with Anne Sofie von Otter
9 Erlkönig (“Wer reitet so spät”), song for voice & piano, D. 328 (Op. 1)
with Anne Sofie von Otter (Berlioz)
10 Die junge Nonne (“Wie braust durch die Wipfel”), song for voice & piano, D. 828 (Op. 43/1)
with Anne Sofie von Otter (Liszt)
11 Die schöne Müllerin, song cycle, for voice & piano, D. 795 (Op. 25) No. 10. Tränenregen
with Thomas Quasthoff (Webern)
12 Winterreise, song cycle for voice & piano, D. 911 (Op. 89) No. 20. Der Wegweiser
with Thomas Quasthoff (Webern)
13 Du bist die Ruh, song for voice & piano, D. 776 (Op. 59/3)
with Thomas Quasthoff (Webern)
14 Ihr Bild (“Ich stand in dunkeln Träumen”), song for voice & piano (Schwanengesang), D. 957/9
with Thomas Quasthoff (Webern)
15 Prometheus (“Bedecke deinen Himmel”), song for voice & piano, D. 674
with Thomas Quasthoff (Reger)
16 Memnon (“Den Tag hindurch nur einmal”), song for voice & piano, D. 541 (Op. 6/1)
with Thomas Quasthoff (Brahms)
17 An Schwager Kronos (“Spu’te dich, Kronos”), song for voice & piano, D369 (Op. 19/1)
with Thomas Quasthoff
18 An die Musik (“Du holde Kunst…”), song for voice & piano, D. 547 (Op. 88/4)
with Thomas Quasthoff (Reger)
19 Erlkönig (“Wer reitet so spät”), song for voice & piano, D. 328 (Op. 1)
with Thomas Quasthoff (Reger)
20 Geheimes (“Über meines Liebchens Äugeln”), song for voice & piano, D. 719 (Op. 14/2)
with Anne Sofie von Otter (Brahms)
21 Ständchen (“Leise flehen meine Lieder”), song for voice & piano (Schwanengesang), D. 957/4
with Thomas Quasthoff (Offenbach)

Anne Sofie von Otter
Thomas Quasthoff
Chamber Orchestra Europe
Claudio Abbado

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Anne Sophie von Otter, com Thomas Quasthoff e Abbado, um disco espetacular

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – The Sonatas for Violin & Harpsichord – Pine, Vinikour

Rachel Barton Pine é uma violinista norte americana, nascida em Chicago, e uma das grandes intérpretes de Bach da atualidade. Este CD é uma prova do que vos falo. Foi lançado no final do ano passado, e recebeu muitos elogios. Por um daqueles esquecimentos inexplicáveis, ainda não havia sido postado. Pelo menos não até hoje.

Disc 1 (40:59)
1. Sonata for Violin & Keyboard No. 1 in B Minor, BWV 1014: I. Adagio (04:10)
2. Sonata for Violin & Keyboard No. 1 in B Minor, BWV 1014: II. Allegro (02:46)
3. Sonata for Violin & Keyboard No. 1 in B Minor, BWV 1014: III. Andante (02:59)
4. Sonata for Violin & Keyboard No. 1 in B Minor, BWV 1014: IV. Allegro (03:08)
5. Sonata for Violin & Keyboard No. 2 in A Major, BWV 1015: I. Dolce (02:58)
6. Sonata for Violin & Keyboard No. 2 in A Major, BWV 1015: II. Allegro (02:58)
7. Sonata for Violin & Keyboard No. 2 in A Major, BWV 1015: III. Andante un poco (02:57)
8. Sonata for Violin & Keyboard No. 2 in A Major, BWV 1015: IV. Presto (04:04)
9. Sonata for Violin & Keyboard No. 3 in E Major, BWV 1016: I. (Adagio) (04:07)
10. Sonata for Violin & Keyboard No. 3 in E Major, BWV 1016: II. (Allegro) (02:39)
11. Sonata for Violin & Keyboard No. 3 in E Major, BWV 1016: III. Adagio ma non tanto (04:38)
12. Sonata for Violin & Keyboard No. 3 in E Major, BWV 1016: IV. Allegro (03:35)

Disc 2 (58:25)

1. Sonata for Violin & Keyboard No. 4 in C Minor, BWV 1017: I. SiciliaNo. Largo (04:37)
2. Sonata for Violin & Keyboard No. 4 in C Minor, BWV 1017: II. Allegro (04:18)
3. Sonata for Violin & Keyboard No. 4 in C Minor, BWV 1017: III. Adagio (03:22)
4. Sonata for Violin & Keyboard No. 4 in C Minor, BWV 1017: IV. Allegro (04:20)
5. Sonata for Violin & Keyboard No. 5 in F Minor, BWV 1018: I. Largo (07:41)
6. Sonata for Violin & Keyboard No. 5 in F Minor, BWV 1018: II. Allegro (04:10)
7. Sonata for Violin & Keyboard No. 5 in F Minor, BWV 1018: III. Adagio (04:20)
8. Sonata for Violin & Keyboard No. 5 in F Minor, BWV 1018: IV. Vivace (02:33)
9. Sonata for Violin & Keyboard No. 6 in G Major, BWV 1019: I. Allegro (03:07)
10.Sonata for Violin & Keyboard No. 6 in G Major, BWV 1019: II. Largo (01:31)
11. Sonata for Violin & Keyboard No. 6 in G Major, BWV 1019: III. Allegro (Cembalo solo) (04:07)
12. Sonata for Violin & Keyboard No. 6 in G Major, BWV 1019: IV. Adagio (02:46)
13. Sonata for Violin & Keyboard No. 6 in G Major, BWV 1019: V. Allegro (03:11)
14. Sonata for Violin & Keyboard No. 6 in G Major, BWV 1019a: I. Cantabile, ma un poco adagio (08:22)

Rachel Barton Pine – Violin
Jory Vinikour – Harpsichord

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Como não se encantar com estes lindos olhos azuis de Rachel Barton Pine?

Musica Antiqua Bohemica – Jan Dismas Zelenka (1679-1745): Trio Sonatas – Heinz Holliger

514lbdNJkLLJan Zelenka já deu o ar peruquento de sua graça aqui no PQP Bach, o que é muito merecido: sua extensa obra sacra, escrita sobretudo para a corte da linda Dresden, e consistente música orquestral são testemunhos de sua maestria no contraponto e arrojo harmônico. Assim como o de seu contemporâneo Johann Sebastian Bach, seu estilo fortemente ancorado no do barroco tardio e calcado na polifonia era tido como antiquado, e sua obra foi esquecida após sua morte.

“Pena!”, dirão vocês, ainda mais depois de escutarem estas trio sonatas magistralmente escritas, talvez as maiores obras do gênero. Já havia outra versão delas por aqui, eu até tinha um CD tcheco para postar, mas lembrei dessa gravação do Heinz Holliger e… nada mais preciso dizer: Holliger, um Midas da palheta dupla, foi um dos responsáveis pela redescoberta de Zelenka, com uma leitura clássica das trio sonatas feita para a Archiv nos anos 70. Esta que lhes apresento é uma regravação digital da ECM, em que Holliger se faz acompanhar de um conjunto à altura de seu talento, que é quase o mesmo da gravação anterior. O destaque vai para a cravista Christiane Jaccottet, intérprete da primeira boa integral de Bach para cravo a que tive acesso, pois, como se lembram os velhotes como eu, os anos 90 foram medonhos, eu era duro, e quase só podia comprar Movieplay.

ZELENKA – TRIO SONATAS

Jan Dismas ZELENKA (1679-1745)

Seis Trio Sonatas, ZWV 181

DISCO 1

Sonata no. 1 em Fá maior, para dois oboés, fagote e baixo contínuo
01 – Adagio ma non troppo
02 – Allegro
03 – Larghetto
04 – Allegro assai

Sonata no. 2 em Sol menor, para dois oboés, fagote e baixo contínuo
05 – Andante
06 – Allegro
07 – Andante
08 – Allegro

Sonata no. 3 em Si bemol maior, para violino, oboé, fagote e baixo contínuo
09 – Adagio
10 – Allegro
11 – Largo
12 – Tempo giusto

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Sonata no. 4 em Sol menor, para violino, oboé, fagote e baixo contínuo
01 – Andante
02 – Allegro
03 – Adagio
04 – Allegro ma non troppo

Sonata no. 5 em Fá maior, para dois oboés, fagote e baixo contínuo
05 – Allegro
06 – Adagio
07 – Allegro

Sonata no. 6 em Dó menor, para dois oboés, fagote e baixo contínuo
08 – Andante
09 – Allegro
10 – Adagio
11 – Allegro

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Heinz Holliger e Maurice Bourgue, oboés
Thomas Zehetmair, violino
Klaus Thunemann, fagote
Jonathan Rubin, alaúde
Christiane Jaccottet, cravo
Klaus Stoll, contrabaixo

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Vassily Genrikhovich

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Concertos para Piano Nos. 4 e 5 – Till Fellner ● Orchestre symphonique de Montréal ● Kent Nagano

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Concertos para Piano Nos. 4 e 5 – Till Fellner ● Orchestre symphonique de Montréal ● Kent Nagano

Beethoven

Concertos para Piano Nos. 4 & 5

Till Fellner

Orchestre symphonique de Montréal

Kent Nagano

 

Cuidado com o que você deseja! Assim é o adágio. Pois eu desejei este disco muito tempo. Quando finalmente o encontrei, antes da primeira audição, senti um misto de antecipação e um friozinho na barriga. Seria realmente tudo aquilo que eu imaginara? Pois bem, veio a primeira, a segunda e agora nem sei mais qual o número da audição. O esperado se realizou com abundância. Não canso de ouvir e, portanto, aqui está, seguindo nossos estritos critérios de escolha de material de postagem: apenas o melhor!

Os dois últimos concertos para piano de Beethoven formam um belo par em discos maravilhosos. Só para não deixar o seguidor do blog no ar: Emil Gilels e Wilhelm Kempff! A enorme diferença entre estes dois maravilhosos concertos só ajuda no sucesso do disco. Engano pensar que o quarto é mais simples. Ledo engano! E inovador que também ele é, com o piano roubando a cena logo na abertura.

Falando do Concerto No. 4 é impossível não mencionar a história de Orfeu e Eurídice. Há fumos e rumores tratando da possibilidade de que o mito de Orfeu, que com seus talentos e lamentos implorou às Erínias que dessem à sua amada Eurídice uma chance para voltar ao mundo dos vivos, tenha inspirado Beethoven na composição do seu Andante con moto. É claro que a história é maravilhosa e Beethoven conhecia a ópera de Gluck sobre o tema. Para reunir ainda mais condições de veracidade a esta possibilidade, há um retrato no qual Beethoven aparece segurando uma lira, o instrumento de Orfeu. Eu fiquei curioso e aposto que você também. Para mais informações sobre isso, veja aqui.

Além disso, se você viu o filme The King’s Speach – O Discurso do Rei, certamente vai reconhecer o Adagio do Concerto No. 5, que magistralmente termina na irrupção do Rondo, uma das transições geniais do Ludovico.

Todas as belezas são aqui realizadas com facilidade e maestria. As armadilhas são evitadas e a parceria solista-orquestra-regente é fenomenal, parece cumplicidade. Veja o que o crítico da Gramophone disse sobre esta combinação: Esta é uma parceria de sonhos com o solista e o regente trabalhando como uma mão na luva, e mesmo se considerar tantos nomes gloriosos em tal repertório (de Schnabel a Lupu) você dificilmente ouvirá interpretação de tão livre e invejável graça e fluência musical. É pouco ou quer mais?

Este disco está na lista dos melhores cinquenta discos de Beethoven da Gramophone! Confira aqui.

Esclareço que devemos ter um certo cuidado com as listas, mesmo as mais famosas. Mas em última instância, é preciso ouvir e decidir por si mesmo. Não se faça de rogado. Eu aposto um download que você vai gostar.

Ludiwig van Beethoven (1770-1827)

Concerto para piano No. 4 em sol maior, Op. 58

  1. Allegro moderato
  2. Andante com moto
  3. Vivace

Concerto para piano No. 5 em mi bemol maior, Op. 73

  1. Allegro
  2. Adagio um poco moto
  3. Allegro, ma non troppo

Till Fellner, piano

Orchestre Symphonique de Montréal

Kent Nagano

Produção: Manfred Eicher
Som: Markus Heiland

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FLAC |431MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 167 MB

Till Fellner curtindo o nosso rigoroso inverno!

Mais uma do crítico da Gramophone: Till Fellner certamente faz parte daquela elite que Charles Rosen tão memoravelmente definiu como aqueles que, enquanto aparentemente fazem nada, alcançam tudo! Basta ouvir o álbum.

Aproveite!

René Denon

Shostakovich toca Shostakovich – Concertos para piano – Três Danças Fantásticas

O link para a Amazon leva para um CD da EMI, bem menos desgraçado do que este
O link para a Amazon leva para um CD da EMI, bem menos desgraçado do que este marca-diabo

Comprei este CD numa loja que protruía de um buraco na parede num bairro dilapidado na periferia de Bucareste, e… bem, ele está perfeitamente à altura das condições de compra.

O capa, como podem ver ao lado, parece ter sido feita pela avó de alguém no Paint, entre um envio e outro para as amigas de apresentações com mensagens de autoajuda feitas no PowerPoint. O som não é lá tão ruim, e é até uma surpresa (considerando como são as coisas em Bucareste) que o CD realmente contenha a gravação prometida: os Concertos para piano de Shostakovich e suas três pequenas Danças Fantásticas, na interpretação do próprio compositor. Todos os impropérios possíveis em romeno vêm em mente (“nu mă fute!”, em particular) quando a gente constata que o produtor da gravação não se deu sequer ao trabalho de dividir os movimentos em faixas separadas. O resultado dessa meia-sola é o CD desgraçado, e de só três faixas, que lhes apresento a seguir.

Espero que saibam relevar as limitações técnicas desta gravação de 1958 em prol do privilégio de escutar um dos maiores compositores do século XX em ação, e que perdoem ao compositor-pianista algumas rabanadas ao teclado para saborear a concepção peculiar de Shostakovich para estas suas composições – notavelmente os andamentos frenéticos que imprime aos movimentos rápidos. O acompanhamento de André Cluytens consegue, com muita competência, a proeza de realmente acompanhar o solista apressadinho. Dmitri Dmitriyevich, na certa, estava louco para terminar os takes para pitar e, tabagista contumaz que era (há relatos de que chegou a fumar CENTO E CINQUENTA mata-ratos num dia), talvez engatasse um prestississimo para se atirar o quanto antes nos ramos da Nicotiana tabacum.

Ao contrário do que já li em alguns lugares, as gravações de Shostakovich tocando suas próprias obras vão bem além deste volume aqui. Há um número considerável de LP soviéticos com partes de sua obra para piano e para conjuntos de câmara – incluindo a primeira de seu maravilhoso quinteto com piano, sonatas com Oistrakh e Rostropovich, trios e quartetos.

Se houver interesse de vocês, postarei algo mais do que tenho – caprichem, portanto, nos downloads!

Dmitriy Dmitriyevich SHOSTAKOVICH (1906-1975)

1 – Concerto no. 1 em Dó menor para piano, trompete e orquestra de cordas, Op. 35 – Allegretto – Lento – Moderato – Allegro con brio*
2 – Concerto no. 2 em Fá maior para piano e orquestra, op. 102 – Allegro – Andante – Allegro

Dmitri Shostakovich, piano
*Ludovic Vaillant, trompete
Orquestra Nacional da Radiodifusão Francesa
André Cluytens, regência

3 – Três Danças Fantásticas para piano, Op. 5 – Marcha (Allegretto) – Valsa (Andantino) – Polka (Allegretto)

Dmitri Shostakovich, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

BÔNUS: Shostakovich fala e toca um trecho de sua Sinfonia no. 7, “Leningrado”. Até onde vai meu russo, os créditos do começo dão conta do “Duplamente Laureado com o Prêmio Stalin – Compositor Dmitri Shostakovich” – ironia tétrica para com alguém tão desgraçado pelo truculento Djugashvilli. Pelo que pude entender, ele diz que sua sétima sinfonia foi inspirada pelo horror de 1941, que dedica sua obra à luta contra o Fascismo, à vitória e à sua cidade de Leningrado, e que tocará um trecho do primeiro movimento. Talvez o PQP possa pedir à sua musa que nos conceda a gentileza de uma tradução melhor daquilo que Dmitri nos tem a dizer!

Vassily

Franz Schubert (1797-1828): Winterreise (Bostridge / Adès)

Franz Schubert (1797-1828): Winterreise (Bostridge / Adès)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Ainda fico com Fischer-Dieskau, mas esta gravação é muito boa, excelente mesmo. Aliás, não é a primeira incursão gravada de Bostridge da Winterreise.

Winterreise (Viagem de Inverno) é um ciclo de 24 lieder composto em 1827 por Franz Schubert sobre poemas de Wilhelm Müller. Foi o segundo dos três ciclos de canções escritos pelo compositor (sendo o primeiro Die schöne Müllerin e o terceiro Schwanengesang). Segundo o próprio Schubert, tratava-se do seu preferido. Foi escrito originalmente para tenor, mas é frequentemente transposto para outras vozes. Os 24 lieder do ciclo constituem uma série de reflexões feitas por um viajante no Inverno sobre temas predominantemente sombrios e tristes, características essas realçadas por um uso sistemático de tonalidades menores. De fato, dos 24 lieder que compõem o ciclo, apenas 8 se encontram em tonalidades maiores: o 5.º (“Der Lindenbaum”), o 11.º (“Frülingstraum”), o 13.º (“Die Post”), o 16.º (“Letzte Hoffnung”), o 17.º (“Im Dorfe”), o 19.º (“Täuschung”) e o 23.º (“Die Nebensonnen”). A própria natureza retratada nos poemas reflete o estado de espírito amargurado do sujeito (como era comum no Romantismo), uma vez que são frequentemente descritas paisagens sombrias e geladas.

Franz Schubert (1797-1828): Winterreise

1 Gute Nacht 5:31
2 Die Wetterfahne 1:44
3 Gefror’ne Tränen 2:15
4 Erstarrung 2:54
5 Der Lindenbaum 4:59
6 Wasserflut 3:48
7 Auf Dem Flusse 3:28
8 Rückblick 1:50
9 Irrlicht 2:24
10 Rast 3:25
11 Frühlingstraum 4:24
12 Einsamkeit 3:12
13 Die Post 1:59
14 Der Greise Kopf 2:48
15 Die Krähe 1:59
16 Letzte Hoffnung 1:48
17 Im Dorfe 3:11
18 Der Stürmische Morgen 0:48
19 Täuschung 1:04
20 Der Wegweiser 4:08
21 Das Wirtshaus 4:17
22 Mut 1:22
23 Die Nebensonnen 2:41
24 Der Leiermann 3:30

Ian Bostridge, tenor
Thomas Adès, piano

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Pieter Bruegel, o Velho (1526/1530–1569) – Caçadores na Neve (1565)

PQP

In memoriam Ivan Moravec (1930-2015) – Fryderyk Chopin: Nocturnes

In memoriam Ivan Moravec (1930-2015) – Fryderyk Chopin: Nocturnes

POSTAGEM ORIGINALMENTE FEITA EM 27/7/2015

Acabo de voltar do trampo, pronto para redigir uma resenha que preparara mentalmente entre um enfermo e outro, quando soube que o sensacional pianista Ivan Moravec faleceu hoje em Praga, aos 84 anos.

Suspendi, claro, meus planos originais e resolvi homenageá-lo, compartilhando com vocês a gravação mais legendária do grande artista tcheco: aquela dos noturnos de Chopin, feita em 1965 e periodicamente relançada, de selo em selo, com enorme sucesso.

Não é à toa: a leitura de Moravec para os noturnos é linda e inconfundível. Talvez haja rubato em demasia para o gosto de alguns, mas há lirismo de sobra, e há uma coerência da primeira à última nota da série. Moravec era absolutamente obsessivo com o som dos pianos que tocava e com o ajuste fino de sua mecânica. Viajava com sua caixa de ferramentas e, frequentemente, era visto trabalhando junto com os afinadores e técnicos nos intervalos de gravações, de ensaios ou mesmo de recitais.

Moravec nasceu em Praga no começo de uma década especialmente desgraçada para seu país, que acabaria com a brutal ocupação da jovem nação tchecoslovaca pelas forças de Hitler e sua anexação à esfera do Reich como o Protetorado da Boêmia e da Morávia. A expulsão dos alemães significou o pano rápido para o desfraldar da Cortina de Ferro, sob as saias da União Soviética, e o jugo de regimes autocráticos que restringiam enormemente as viagens internacionais de seus cidadãos, incluindo os artistas.

Ainda assim, gravações piratas do jovem Moravec circularam amplamente pela Europa Ocidental e pelas Américas, e com tal repercussão que o selo Connoisseur Society (o mesmo que tinha em contrato o maravilhoso Antônio Guedes Barbosa) atravessou a férrea Cortina e convidou o prodígio para realizar gravações. Naquele 1965, o clima político na Tchecoslováquia era relativamente ameno, de modo que o contrato foi firmado, e as legendárias sessões que ora lhes alcanço, realizadas em New York e Viena entre a primavera e o outono do mesmo ano.

Aquela calmaria política, claro, era parte do processo de gradual abertura que culminaria, três anos depois, com as reformas de Dubček, a Primavera de Praga e as sangrentas invasão e ocupação soviéticas. Moravec, mais uma vez, acabaria fechado atrás da Cortina de Ferro, lecionando em Praga, gravando prolificamente e, quando assim lhe permitia a nomenklatura, saindo para breves turnês.

Meus saudosos meses em Praga, que incluíram um longo inverno com pouco dinheiro a tiritar de frio, foram muito menos duros por causa de Moravec. Tive a suprema honra de assistir a recitais seus na divina Obecní dům (Casa Municipal) e no régio Rudolfinum. Suas gravações para o selo Supraphon, baratas como batatinhas, encheram-me de uma felicidade tal que, para ser mais plena, só se me forrasse também o estômago. E foi no encarte de uma dessas gravações que li pela primeira vez uma entrevista com o mestre. No meio da espessa sopa de letrinhas do idioma tcheco, havia uma declaração bastante óbvia, e de maneira tão ululante que até eu consegui entender:

– Você sabe… minha verdadeira paixão é cantar.

Depois que se escuta o que segue, só nos resta concordar.

In memoriam Ivan Moravec (9/11/1930 – 27/7/2015)

Fryderyk Franciszek CHOPIN (1810-1849)

NOTURNOS PARA PIANO

Ivan Moravec, piano

CD 1

01 – Três Noturnos, Op. 9 – No. 1 em Si bemol menor
02 – Três Noturnos, Op. 9 – No. 2 em Mi bemol maior
03 – Três Noturnos, Op. 9 – No. 3 em Si menor
04 – Três Noturnos, Op. 15 – No. 1 em Fá maior
05 – Três Noturnos, Op. 15 – No. 2 em Fá sustenido menor
06 – Três Noturnos, Op. 15 – No. 3 em Sol menor
07 – Dois Noturnos, Op. 27 – No. 1 em Dó sustenido menor
08 – Dois Noturnos, Op. 27 – No. 2 em Ré bemol maior
09 – Dois Noturnos, Op. 32 – No. 1 em Si maior
10 – Dois Noturnos, Op. 32 – No. 2 em Lá bemol maior

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CD 2

01 – Dois Noturnos, Op. 37 – No. 1 em Sol menor
02 – Dois Noturnos, Op. 37 – No. 2 em Sol maior
03 – Dois Noturnos, Op. 48 – No. 1 em Dó menor
04 – Dois Noturnos, Op. 48 – No. 2 em Fá sustenido menor
05 – Dois Noturnos, Op. 55 – No. 1 em Fá menor
06 – Dois Noturnos, Op. 55 – No. 2 em Mi bemol menor
07 – Dois Noturnos, Op. 62 – No. 1 em Si maior
08 – Dois Noturnos, Op. 62 – No. 2 em Mi maior
09 – Peças Póstumas para piano, Op. 72 – No. 1: Noturno em Mi menor

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Vassily

Beethoven (1770-1827) & Sibelius (1865-1957): Concertos para Violino – Tetzlaff ● Symphonie-Orchester Berlin ● Ticciati

Beethoven (1770-1827) & Sibelius (1865-1957): Concertos para Violino – Tetzlaff ● Symphonie-Orchester Berlin ● Ticciati

Beethoven – Sibelius

Concertos para Violino

Christian Tetzlaff

 

 

A expressão battle horse, literalmente cavalo de batalha, aparece com frequência nas críticas escritas em inglês dos álbuns de música clássica. Refere-se àquela obra que absolutamente todos os grandes (e também os não tão grandes) intérpretes registram e apresentam em seus concertos.

Pois este disco contém dois verdadeiros cavalos-de-batalha: os concertos para violino e orquestra de Beethoven e de Sibelius. Além disso, eles têm outras coisas em comum. Por exemplo, ambos não foram muito bem em suas estreias devido ao fato de que seus compositores estavam quase terminando a parte do solista nas vésperas da apresentação e os pobres intérpretes mal tiveram tempo de se preparar para apresentar suas partes. E olha que elas demandam quase tudo que um solista precisa saber.

Beethoven compôs seu concerto para violino em 1806, mas este só se firmou no repertório graças a um garoto de 12 anos: Joseph Joachim, aquele amigo de Brahms, que também produziu um cavalo-de-batalha. Brahms, não Joachim. Ele foi o solista em uma apresentação do concerto em Londres, em 1844, com acompanhamento de Mendelssohn, regendo Philharmonic Society. Mendelssohn foi também compositor de outra dessas maravilhosas criaturas.

Jan Sibelius compôs o seu concerto em 1904, mas como já foi dito, teve que rever a obra, que demorou um pouco para se firmar. Mas não há dúvida, como você pode ouvir nesta gravação – verdadeiro puro-sangue!

Veja como é descrito o terceiro movimento do concerto de Sibelius, intitulado Allegro ma non tanto: “este movimento é largamente conhecido entre os violinistas por suas dificuldades técnicas formidáveis e é muito conhecido como um dos maiores movimentos de concerto escrito para o instrumento. Já foi descrito como uma polonaise para ursos polares, mas tem também uma qualidade bélica que evoca um campo de batalha”. Portanto, autêntico cavalo-de-batalha. Para outra excelente interpretação do concerto de Sibelius, clique aqui.

Este disco é bastante recente, mas está sendo postado seguindo nossos estritos critérios de escolha para material digno de nossos seguidores: por ser definitivamente maravilhoso. Os intérpretes não poderiam ser melhor escolhidos. Christian Tetzlaff é um dos violinistas mais em evidência no momento e tem uma longa experiência com estes concertos. Ainda na juventude, gravou o Concerto de Beethoven com Michael Gielen e usou a cadência que também usa nesta gravação. Esta cadência foi composta pelo próprio Beethoven, para a adaptação do concerto para piano e orquestra. Note a participação dos tímpanos. E a orquestra está empolgada com a atuação de seu novo regente. Ticciati tornou-se o diretor musical da Deutsches Symphonie-Orchester Berlin bem recentemente. Assim, sem mais delongas, aos arquivos!

Com um disco destes, quem não fica de bem com a vida?

Ludwig van Beethoven (1770-1827)

Concerto para violino em ré maior, Op. 61

  1. Allegro moderato
  2. Larghetto
  3. Allegro

Jan Sibelius (1865-1957)

Concerto para violino em ré menor, Op. 47

  1. Allegro moderato
  2. Adagio di molto
  3. Allegro, ma non tanto

Christian Tetzlaff, violino

Deutsches Symphonie-Orchester Berlin

Robin Ticciati

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FLAC |204MB

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MP3 | 320 KBPS | 164 MB

LINK ALTERNATIVO (mp3)

Quase cem anos separam as composições destas duas obras primas, mas o que as torna verdadeiros e duradouros sucessos não é o virtuosismo que certamente exigem de seus intérpretes, mas a profundidade e a beleza dos sentimentos e da música que foram colocados nelas.

Aproveite!

René Denon

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Sinfonia Concertante – Concertone – Julia Fischer – Gordan Nikolić

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Sinfonia Concertante – Concertone – Julia Fischer – Gordan Nikolić

51Eyo9z4ghLNão tem erro: quaisquer que sejam os intérpretes, essa Sinfonia Concertante para violino, viola e orquestra de Mozart é garantia de deleite e, no meu caso, de olhos muito suados.

Quando há solistas do gabarito da pequena notável Julia Fischer – toda confiante no meio dos grandões aí do lado – e escudeiros como o violinista e violista Nikolić (spalla da London Symphony Orchestra) e o regente Kreizberg (que infelizmente faleceu muito jovem), a coisa fica descontroladamente boa.

Deve ser a trocentésima quarta versão desta obra-prima disponível aqui no PQP Bach, e quem acompanhou as postagens das versões anteriores conhece o alto apreço em que nosso patrono a tem, especialmente seu Andante usado de modo magnífico pelo cineasta Peter Greenaway em sua própria obra-prima, Afogando em Números.

Eu, Vassily Genrikhovich, não fico muito atrás. Assim como o patrão PQP, acredito que a entrada dos solistas no primeiro movimento – uma linda e melíflua frase em oitavas – seja um dos momentos mais arrepiantes em toda música.

Mas os Dominantes que manejam este pobre títere de carne e tripas quiseram ainda mais e, num dia inesquecível para mim, num momento que mr liquefez as pernas, Eles não permitiram, claro, que a música fosse outra. O resultado é que, até hoje, este Allegro maestoso (e as lembranças associadas) me abilola a ponto de ver passarinho verde.

Sim, hoje estou pra lá de piegas, com os pés bem firmes na Melosolândia, quase a ponto de botar para tocar um LP do Wando, mas que se danem vocês e seus duros corações: o meu está aqui, bem flechado e irremediavelmente empalado por um violino, uma viola e uma orquestra.

Sei still, Vassily! Sei still!!! (foto de Camillo Büchelmeier)
Sei still, Vassily! Sei still!!! (foto de Camillo Büchelmeier)

Wolfgang Amadeus MOZART (1756-1791)

1 – Sinfonia Concertante em Mi bemol maior para violino, viola e orquestra, K. 364 – Allegro maestoso
2 – Sinfonia Concertante em Mi bemol maior para violino, viola e orquestra, K. 364 – Andante
3 – Sinfonia Concertante em Mi bemol maior para violino, viola e orquestra, K. 364 – Presto

Julia Fischer, violino
Gordan Nikolić, viola
Netherlands Chamber Orchestra
Yakov Kreizberg

4 – Rondó em Dó maior para violino e orquestra, K. 373 (cadenza: Julia Fischer)

Julia Fischer, violino
Netherlands Chamber Orchestra
Yakov Kreizberg

5 – Concertone em Dó maior para dois violinos e orquestra, K. 190 – Allegro spiritoso
6 – Concertone em Dó maior para dois violinos e orquestra, K. 190 – Andantino grazioso
7 – Concertone em Dó maior para dois violinos e orquestra, K. 190 – Tempo di menuetto: Vivace

Julia FischerGordan Nikolić, violinos
Netherlands Chamber Orchestra
Yakov Kreizberg, regência

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Além de gatinha, multilíngue e excelente violinista, Julia Fischer ainda é ótima pianista - ei-la aqui a tocar Grieg numa gravação que, algum dia, postaremos aqui. Como prova cabal de que perfeição não existe, a linda moça é muito bem casada.
Além de gatinha, multilíngue e excelente violinista, Julia Fischer ainda é ótima pianista – ei-la aqui a tocar Grieg numa gravação que, algum dia, postaremos aqui. Como prova cabal de que perfeição não existe, infelizmente, a linda moça é muito bem casada.

Vassily