Louis Armstrong + Ella Fitzgerald + Porgy & Bess = Clássico Absoluto. Reunir dois mestres em seus respectivos “intrumentos” tocando o maior clássico da música americana do século XX só poderia dar um resultado: absolutamente fantástico.
Louis e Ella, Ella & Louis, Porgy & Bess… este CD nem precisa ser comentado. Na verdade, tem de ser ouvido, e ouvido novamente, e novamente ouvido… garanto que nunca vão se cansar.. desde o arranjo inicial da abertura, a famosa dupla mostra o porquê de serem considerados ícones do Jazz do século XX. Não dá para não se emocionar com Ella & Louis cantando Sumertime, Ou Ella lamentando em “My man´s gone now”, Louis solando em “I Got plenty of Nuttin”… Não esqueçam de apertar o botão de play novamente quando o CD terminar. Garanto que nunca irão se cansar.
Louis Armstrong & Ella Fitzgerald – Porgy & Bess
1. Porgy And Bess: Overture
2. Summertime
3. I Wants To Stay Here
4. My Man’s Gone Now
5. I Got Plenty O’ Nuttin’
6. Buzzard Song
7. Bess You Is My Woman Now
8. It Ain’t Necessarily So
9. What You Want Wid Bess?
10. A Woman Is A Sometime Thing
11. Oh, Doctor Jesus
12. Porgy And Bess: Medley: Here Come De Honey Man / Crab Man / Oh, Dey’s So Fresh And Fine
13. There’s A Boat Dat’s Leavin’ Soon For New York
14. Bess, Oh Where’s My Bess?
15. Oh Lawd, I’m On My Way
É raríssimo encontrar um disco com 5 compositores jamais postados por nosso seminal, incontornável, fundamental e basilar blog. Afinal, temos 1500 compositores por aqui! Mas aconteceu e o CD é muito bom. Os nomes dos autores são quase desconhecidos, mas isso é porque o repertório de Nápoles, para além da ópera, permanece quase desconhecido em geral. É estranho, mas os musicólogos preferem gastar o dinheiro de suas bolsas em Florença ou Veneza… Nápoles sempre foi um local belíssimo, quente e algo caótico, talvez os estudiosos prefiram locais mais tranquilos, sei lá. O que nós podemos dizer é que a música é tipicamente italiana e é muito boa. O Auser Musici é excelente e o som é aquela coisa gostosamente antiga e historicamente informada.
Mayo / Jommelli / Palella / Rava / Prota: Concertos Napolitanos para Flauta
Giuseppe de Majo (1697-1771)
Flute Concerto In G Major 12:25
1 Allegro 4:10
2 Adagio E Arioso 3:16
3 Allegro 4:58
Gennaro Rava (died 1779)
Flute Concerto In B Minor 11:22
4 Allegro 4:15
5 Largo 4:08
6 Spiritoso 2:58
Tommaso Prota (?1727-after 1768)
Flute Concerto In C Major 7:54
7 Allegro Spiritoso 2:18
8 Largo 3:41
9 Allegro 1:53
Niccolò Jommelli (1714-1774)
Flute Concerto In D Major 13:14
10 Allegro 3:51
11 Largo 4:21
12 Allegro 5:01
Antonio Palella (1692-1761)
Flute Concerto No 2 In G Major 13:54
13 Allegro 3:56
14 Largo 3:53
15 Allegro Stretto 6:04
Belíssima música, orquestra idem, um grande maestro, enfim, um grande CD, com um único porém: sua gravação ainda é Mono, dos tempos de nossos antepassados. Mas não precisam se preocupar, os engenheiros da EMI deram um show de competência e nos trazem uma gravação impecável, que mesmo em Mono, repito, mostra toda a qualidade da orquestra e principalmente de seu maestro, Andre Cluytens.
O regente belga André Cluytens viveu intensamente até sua morte, aos 65 anos. Reinou nos palcos europeus, e se tornou um dos principais regentes do repertório dos compositores franceses. E também gravou muito. Uma mostra de sua produção discográfica está na caixa que a gravadora Erato lançou, com 64 cds. Convenhamos que é uma produção considerável.
E é Cluytens quem nos apresenta algumas obras inéditas (ao menos aqui no PQPBach) de Massenet neste CD. Como já comentei acima, o conjunto está completo: belíssima música, uma grande orquestra que é dirigida por um grande maestro.
1 Massenet – Les Érinnyes, Act 1 – No. 1 Prélude
2 Massenet – Les Érinnyes, Act 2 – No. 7 Scène religieuse
3 Massenet – Les Érinnyes, Act 2 – No. 8 Invocation
4 Massenet – Les Érinnyes, Act 2 – No. 6 Entracte
5 Massenet – Les Érinnyes, Act 1 – No. 4b Danse grecque
6 Massenet – Les Érinnyes, Act 1 – No. 4b La troyenne regrettant sa patrie perdue
7 Massenet – Les Érinnyes, Act 1 – No. 4b Final – Saturnales
Orquestre du Théatre National de l´Ópera
Andre Cluytens – Conductor
8 Massenet – Suite No. 7, Scènes alsaciennes – I. Dimanche matin
9 Massenet – Suite No. 7, Scènes alsaciennes – II. Au cabaret
10 Massenet – Suite No. 7, Scènes alsaciennes – III. Sous les tilleuls
11 Massenet – Suite No. 7, Scènes alsaciennes – IV. Dimanche soir
12 Massenet – Suite No. 4, Scènes pittoresques – I. Marche
13 Massenet – Suite No. 4, Scènes pittoresques – II. Air de ballet
14 Massenet – Suite No. 4, Scènes pittoresques – III. Angélus
15 Massenet – Suite No. 4, Scènes pittoresques – IV. Fête bohème
16 Massenet – Phèdre – Overture
Orquestre du Théatre National de l´Ópera
André Cluytens – Conductor
O nosso querido Manoel comentou em uma recente postagem que não acreditava que aquele determinado disco tivesse sido gravado por homens (só para situa-los, trata-se do magnífico “Still Live” do Keith Jarrett Trio).
Peço então para ele ouvir o que os filarmônicos de Berlim fazem aqui nesta gravação de Ravel e Debussy, claro que sob o comando de seu Kaiser Karajan. Os anos entre 1959 e 1965 foram pródigos em históricos registros desta parceria. A lembrança mais óbvia seria a integral das sinfonias de Beethoven, gravadas em 1963, mas aqui temos um Debussy de arrepiar, em registro de 1964, principalmente o ‘Prélude à l’après-midi d’un faune‘, gravado exatamente naquela época.
Fui intimado dia destes por nosso mentor PQPBach a dedicar um bom tempo a postagens de Debussy, em razão das comemorações dos 100 anos de sua morte. Basta ver os últimos lançamentos para notarmos como as gravadoras estão se dedicando ao francês. Comentei então que iria sair do óbvio, deixar Boulez e Michelangeli um pouco de lado e procurar um lado B, ou seja, outros intérpretes tão bons quanto, porém não tão badalados.
Começo então com este primor de CD da gravadora Deutsche Grammophon, onde o imenso Herbert von Karajan consegue extrair da poderosa Filarmônica de Berlim uma das interpretações mais intensas e comoventes que já ouvi destas obras.
Desliguem seus celulares, acomodem-se em suas poltronas, abram uma garrafa de um bom vinho por que vem aí uma overdose de Claude Debussy.
01. Maurice Ravel Daphnis et Chloé, suite no. 2
02. Claude Debussy Prélude à l’après-midi d’un faune
03. Claude Debussy ‘La mer’ I. De l’aube à midi sur la mer
04. Claude Debussy ‘La mer’ II. Jeux de vagues
05. Claude Debussy ‘La mer’ III. Dialogue du vent et de la mer
Berliner Phiharmoniker
Herbert von Karajan – Conductor
Este é um LP digitalizado que mostra os primórdios do grande Egberto Gismonti. É seu disco de estreia. Egberto completará 71 anos em 2018 e este disco chegará aos 49. É claro que é um trabalho que apenas interessa a fãs. É o disco de um menino. Sofre de um extravasamento de sinceridade que o torna muito claro para os aficionados e mais obscuro para o público. Aqui está principalmente o violonista e o cantor, ainda oscilando entre o puramente instrumental e o cantado. Há muita coisa boa e, bem, como Gismonti se desenvolveu! É claro que os arranjos são datados, que Gismonti praticamente deixou de cantar, que depois o piano entrou de vez em sua vida para conviver com o violão, que ele ganhou um raro verniz internacional, que fez – aos montes — CDs estupendos, mas tudo isso já está aqui latente, basta ouvir com carinho. Vale a audição, e como!
Egberto Gismonti (1969)
A1 Salvador 3:40
A2 Tributo A Wes Montgomery 3:20
A3 Pr’um Samba 3:05
A4 Computador 3:10
A5 Atento, Alerta 3:17
A6 Lírica II (Pra Mulher Amada) 1:35
B1 O Gato 3:40
B2 Um Dia 3:15
B3 Clama-Claro 2:00
B4 Pr’um Espaço 2:40
B5 O Sonho 4:20
B6 Estudo N.o 5 2:00
O Terceiro Concerto para piano e orquestra de Rachmaninov, que compôs em 1909 para uma turnê de concertos nos EUA, pertence aos maiores exemplos do gênero e é um trabalho que pode figurar ao lado do melhor de Mozart, Beethoven e Brahms. É, sem dúvida, uma obra-prima do compositor. Escrita em um lugar idílico e junto com a família em Ivanovka, Rússia, Sergei Rachmaninoff, completou o concerto em 23 de Setembro de 1909. A primeira apresentação deu-se em 28 de Novembro de 1909 pelo próprio Rachmaninoff junto com a New York Symphony Society , com o maestro Walter Damrosch. Semanas depois ela foi executada sob a regência de Gustav Mahler. A peça é respeitada e até temida pelos pianistas, é um concerto famoso por sua demandas técnicas e musicais por parte do solista. O concerto leva a reputação de ser um dos mais difíceis de todo o repertório para piano. Józef Hofmann, o pianista para o qual o trabalho é dedicado, nunca a tocou publicamente, dizendo que “não era para ele”. Foi dito que após Horowitz executar a peça para Rachmaninoff em seu Steinway & Sons em 1928 (com o compositor tocando a parte orquestral num segundo piano), Rachmaninoff ficou tão impressionado que nunca mais tocou a peça em público dada a consideração pela performance do jovem pianista ucrâniano. Nesta gravação da RCA ao vivo Horowitz, Ormandy e New York Philharmonic estão numa noite inspirada, uma performance incrível. Apesar desta gravação ao vivo não estar com uma qualidade tão boa, ouvimos uma interpretação sutil e bastante pessoal. Horowitz, usa essa peça para exibir sua tremenda dinâmica de emoção. A orquestra dirigida pelo maestro húngaro Eugene Ormandy (1899 – 1985) se encaixa como uma luva, desempenho impressionante de todos os músicos. Apreciem sem moderação !
Piano Concerto No. 3
Vladimir Horowitz, piano
New York Philharmonic
Eugene Ormandy, conductor
Gravação ao vivo dia 08 de Janeiro de 1978 no Carnegie Hall.
“Horowitz Colletction” RCA 09026-61564-2
01 Allegro ma non tanto
02 Intermezzo: Adagio
03 Finale: Alla breve
Deixarei este CD a cargo do Departamento de Polêmicas. As escolhas tomadas pela notável violinista Patricia Kopatchinskaja (diz-se Copatchínscaiá) foram bem estranhas. No Ravel, a dança cigana não acelera — ou acelera e trava, acelera e trava –, o Bartók é muito pessoal… Não gostei tanto quanto poderia. Mas amo ver Kopatchinskaja no YouTube e fico pensando se sua magnética presença cênica não esconde certo descuido. Quando vemos Janine Jansen é uma coisa esplêndida. Ela é linda e toca demais. Quando apenas a ouvimos, notamos seu grande esmero nos detalhes e ela permanece. E a moldava? Parece que do vídeo para o áudio algo se perdeu. Mas Patricia é uma gênia e mantenho minha enorme admiração por ela. O problema deve ser eu. Ouçam!
Poulenc / Delibes / Bartók / Ravel: Deux (peças para violino e piano)
Francis Poulenc
1 Violin Sonata, FP 119: I. Allegro con fuoco
2 Violin Sonata, FP 119: II. Intermezzo. Très lent et calme
3 Violin Sonata, FP 119: III. Presto tragico
Léo Delibes
4 Coppélia: No. 2, Waltz (Arr. E. Dohnányi for Piano)
Béla Bartók
5 Violin Sonata No. 2, Sz. 76: I. Molto moderato
6 Violin Sonata No. 2, Sz. 76: II. Allegretto
Maurice Ravel
7 Tzigane, M. 76
Patricia Kopatchinskaja, violino
Polina Leschenko, piano
A correria do dia a dia deixa a gente sem tempo .. até no final de semana tive compromissos que me impediram de preparar as postagens da semana. Então, a desta nova série de cds da coleção da Sony novamente será a toque de caixa, para não perder o ritmo de postar semanalmente alguns CDs.
Desta vez teremos um concerto para piano sem número de opus, e algumas obras de câmara, antes de começarmos a postar os quartetos. Aqui teremos Quintetos, Sextetos, Octetos, para cordas, sopros …
CD 28
01. Piano Concerto WoO 4 in E-flat Major – Allegro moderato
02. Piano Concerto WoO 4 in E-flat Major – Larghetto
03. Piano Concerto WoO 4 in E-flat Major – Rondo – Allegretto
Camelia Sima – Piano
Jena Philharmonic Orchestra
David Montgomery – Conductor
04. Piano Quintet Op.16 in E-flat Major – Allegro ma non troppo
05. Piano Quintet Op.16 in E-flat Major – Andante cantabile
06. Piano Quintet Op.16 in E-flat Major – Rondo – Allegro ma non troppo
Stefan Vladar – Piano
Esssemble Wien-Berlin:
Hansjörg Schellenberger – Oboe
Wolfgang Schulz – Flute
Günter Högner – Horn
Karl Leister – Clarinet
Milan Turkovic – Basson
CD 29
01. Sextet for String Quartet & 2 Horns Op.81b in E-flat Major – Allegro con brio
02. Sextet for String Quartet & 2 Horns Op.81b in E-flat Major – Adagio
03. Sextet for String Quartet & 2 Horns Op.81b in E-flat Major – Rondo. Allegro
04. Duo for Viola & Violoncello WoO 32 in E-flat Major ‘mit zwey obligaten Augeng
05. Duo for Viola & Violoncello WoO 32 in E-flat Major ‘mit zwey obligaten Augeng
06. Quintet for 2 Violins, Viola & 2 Violoncellos Op.47 in A Major ‘Kreutzer’ – A
07. Quintet for 2 Violins, Viola & 2 Violoncellos Op.47 in A Major ‘Kreutzer’ – A
08. Quintet for 2 Violins, Viola & 2 Violoncellos Op.47 in A Major ‘Kreutzer’ – F
CD 30
01. Beethoven – Octet Op.103 in E-flat Major – Allegro
02. Beethoven – Octet Op.103 in E-flat Major – Andante
03. Beethoven – Octet Op.103 in E-flat Major – Menuetto
04. Beethoven – Octet Op.103 in E-flat Major – Finale. Presto
05. Beethoven – Rondino in E-flat Major WoO 25
06. Beethoven – March for 2 Clarinets, 2 Bassoons & 2 Horns in B-flat Major WoO 29
07. Beethoven – Duo for Clarinet and Bassoon No.1 in C Major WoO 27 – Allegro commodo
08. Beethoven – Duo for Clarinet and Bassoon No.1 in C Major WoO 27 – Larghetto sostenuto
09. Beethoven – Duo for Clarinet and Bassoon No.1 in C Major WoO 27 – Rondo. Allegretto
10. Beethoven – March WoO 29 (Repetition)
11. Beethoven – Sextet for 2 Clarinets, 2 Bassoons & 2 Horns Op.71 – Adagio – Allegro
12. Beethoven – Sextet for 2 Clarinets, 2 Bassoons & 2 Horns Op.71 – Adagio
13. Beethoven – Sextet for 2 Clarinets, 2 Bassoons & 2 Horns Op.71 – Menuetto. Quasi Allegretto
14. Beethoven – Sextet for 2 Clarinets, 2 Bassoons & 2 Horns Op.71 – Rondo. Allegro
Mozzafiato:
Charles Neidich, Ayako Oshima – Clarinets
Gerard Reuter, Marc Shachmann – Oboes
Dennis Godburn Michael O´Donovan – Basson
William Purvis, Stewart Rose – Horns
Sou apaixonado pela suíte Os Planetas de Holst. Gosto de ouvir a sua sonoridade repleta de galáxias sonoras. A viagem sideral escrita pelo compositor inglês, faz-me conhecer os humores de cada um dos planetas do Sistema Solar: Marte com a sua força; Vênus com a sua paz e etc. “Os sete movimentos desta suíte aludem aos aspectos mitológicos e astrológicos de cada um dos planetas. O primeiro, com o título de Marte, aquele que traz a guerra, escrito no limiar da Primeira Guerra Mundial, é violento e marcial, sendo percorrido por um ritmo obstinado em 5/4. Em contraste com o primeiro, o movimento seguinte, Vênus, aquele que traz a paz, é lento, com uma música delicada e fantasiosa, pontuada por silêncios expressivos. O terceiro, Mercúrio, o mensageiro alado, é, na realidade, um Scherzo, em que predominam as sonoridades etéreas dos sopros. Júpiter, aquele que traz a alegria, é o movimento seguinte que se desenrola em atmosfera joviel em torno de uma vibrante melodia central. O quinto movimento, Saturno, aquele que traz a velhice, tem um início sombrio que desemboca numa marcha solene, executada pelos metais, para terminar serenamente. O movimento seguinte, Urano, o feiticeiro, é um novo scherzo, em que um motivo de quatro notas, introduzido pelos metais, é desenvolvido num clima de humor diabólico. O último, Netuno, o místico, desenvolve-se em pianíssimo para ir gradualmente se apagando, quando um coro duplo, sem palavras, se junta à orquestra”.
Tenho várias versões dessa obra de Holst, mas a gravação realizada por Gardiner é espetacular. Aparece no post o desconhecido compositor Percy Grainger, nascido na Austrália, mas radicado na Inglaterra. Boa viagem!
01. Marte, Deus da Guerra
02. Vênus, Deus da Paz
03. Mercúrio, Mensageiro Alado
04. Júpiter, Deus da Alegria
05. Saturno, Deus da Velhice
06. Urano, o Mago
07. Netuno, o Místico
Percy Grainger (1882-1961) – The Warriors
08. The Warriors
Philharmonia Orchestra
Women’s Voices of the Monteverdi Choir
John Eliot Gardiner, regente
LINK ATUALIZADO. POSTAGEM ORIGINAL DE 2018. (2022)
Elogiar as gravações de Christopher Hogwood é chover no molhado. Sua dedicação à música barroca é exemplar, além de ter sido um excelente regente e cravista, também era um musicólogo altamente reconhecido dentro da academia. Infelizmente faleceu antes do tempo, mas a vida tem destas coisas.
Dentre as dezenas de gravações que realizou, esta dos Concertos para Teclado de Bach estão entre as minhas favoritas. O cravista e regente Christophe Rousset é o grande nome de sua geração, e segue os passos de Hogwood enquanto divulgador da música barroca, sendo um dos principais regentes e cravistas da atualidade.
Posso estar empolgado demais, mas com certeza estes CDs trazem a melhor gravação já realizada destas obras, com todo o respeito às dezenas de outras gravações existentes no mercado.
Em outras palavras, facilmente classificável com o selo de ‘IM-PER-DÍ-VEL’ do PQPBach. Para se ouvir à exaustão sem perigo.
CD 1
01. Harpsichord Concerto in D minor, BWV 1052 I. Allegro
02. Harpsichord Concerto in D minor, BWV 1052 II. Adagio
03. Harpsichord Concerto in D minor, BWV 1052 III. Allegro
04. Harpsichord Concerto in D major, BWV 1054 I. (Without tempo indication)
05. Harpsichord Concerto in D major, BWV 1054 II. Adagio e piano sempre
06. Harpsichord Concerto in D major, BWV 1054 III. Allegro
07. Harpsichord Concerto in F minor, BWV 1056 I. (Without tempo indication)
08. Harpsichord Concerto in F minor, BWV 1056 II. Largo
09. Harpsichord Concerto in F minor, BWV 1056 III. Presto
CD 2
01. Concerto for harpsichord, strings & continuo No. 2 in E major, BWV 1053 1. Allegro
02. Concerto for harpsichord, strings & continuo No. 2 in E major, BWV 1053 2. Siciliano
03. Concerto for harpsichord, strings & continuo No. 2 in E major, BWV 1053 3. Allegro
04. Concerto for harpsichord, strings & continuo No. 4 in A major, BWV 1055 1. Allegro
05. Concerto for harpsichord, strings & continuo No. 4 in A major, BWV 1055 2. Largheto Siciliano
06. Concerto for harpsichord, strings & continuo No. 4 in A major, BWV 1055 3. Allegro ma no troppo
10. Concerto for harpsichord, strings & continuo No. 7 in G minor, BWV 1058 1. Allegro
11. Concerto for harpsichord, strings & continuo No. 7 in G minor, BWV 1058 2. Andante
12. Concerto for harpsichord, strings & continuo No. 7 in G minor, BWV 1058 3. Allegro assai
CD 3
01. Concerto for 3 harpsicords strings and continuo No.2 in C BWV 1064 Allegro
02. Concerto for 3 harpsicords strings and continuo No.2 in C BWV 1064 Andante
03. Concerto for 3 harpsicords strings and continuo No.2 in C BWV 1064 Allegro
04. Concerto for 3 harpsicords strings and continuo No.2 in C BWV 1064 (Allegro)
05. Concerto for 3 harpsicords strings and continuo No.2 in C BWV 1064 Adagio
06. Concerto for 3 harpsicords strings and continuo No.2 in C BWV 1064 Allegro
07. Concerto for 3 harpsicords strings and continuo No.1 in D minor BWV 1063 (Allegro)
08. Concerto for 3 harpsicords strings and continuo No.1 in D minor BWV 1063 Alla
09. Concerto for 3 harpsicords strings and continuo No.1 in D minor BWV 1063 Allegro
10. Concerto for 4 harpsicords strings and continuo in A minor BWV 1065 (Allegro)
11. Concerto for 4 harpsicords strings and continuo in A minor BWV 1065 Largo
12. Concerto for 4 harpsicords strings and continuo in A minor BWV 1065 Allegro
CD3: Harpsichord [1st], Soloist – Colin Tilney
CD1-2: Harpsichord; CD3: Harpsichord [2nd], Soloist – Christophe Rousset
CD3: Harpsichord [3rd], Soloist – Davitt Moroney
CD3: Harpsichord [4th], Soloist – Christopher Hogwood
Academy of an Ancient Music
Christopher Hogwood – Conductor
Este disco é extremamente agradável: Barbara Bonney é uma notável cantora e a música de boa qualidade. Franz Xaver Wolfgang Mozart (Viena, 26 de julho de 1791 – Karlsbad, 29 de julho de 1844) nasceu aproximadamente 5 meses antes da morte de seu pai, Wolfgang Amadeus. Foi compositor e maestro, Sua obra seguiu o estilo maduro do mais importante membro da família. Papai Wolfgang Amadeus teve seis filhos com sua esposa Constanze, mas só dois chegaram à adolescência, Franz Xaver Wolfgang e Karl Thomas. Nosso heroi sempre foi chamado de Wolfgang pela família. Ele recebeu excelente instrução musical de Antonio Salieri e Johann Nepomuk Hummel, e estudou composição com Johann Georg Albrechtsberger e Sigismund von Neukomm. Aprendeu a tocar piano e violino. Como seu pai, ele começou a compor em uma idade precoce. Em abril de 1805, Wolfgang Mozart, aos treze anos de idade, estreou em Viena em um concerto no Theatre an der Wien. Vale a pena conhecer o moço.
Franz Xaver Mozart (1791-1844): The Other Mozart – The Songs
Sechs Lieder (?1809)
1 Das liebende Mädchen 1:55
2 An spröde Schönen 1:32
3 Nein! 2:03
4 Der Schmetterling auf einem Vergissmeinnicht 1:11
5 Klage an den Mond 1:33
6 Erntelied 1:19
7 In der Väter Hallen ruht, Op.12 (Romanze) 8:14
Acht Deutsche Lieder (1810)
8 Die Einsamkeit 1:16
9 Das Klavier 1:47
10 Der Vergnügsame 1:00
11 Aus den Griechischen 0:59
12 Todtengräberlied 2:11
13 Mein Mädchen 1:27
14 Maylied 1:43
15 Das Geheimniss 2:20
16 Ständchen 2:18
17 An Emma (Weit in nebelgraue Ferne), Op.24 3:30
Sechs Lieder, Op.21 (1820)
18 Aus dem Französischen des J.J.Rousseau 2:35
19 Seufzer 1:08
20 Die Entzückung 1:18
21 An Sie 2:37
22 An die Bäche 2:33
23 Le Baiser 2:39
Drei Deutsche Lieder, Op.27 (1820)
24 An den Abendstern 4:33
25 Das Finden 2:57
26 Bertha’s Lied in der Nacht 2:29
27 Erinnerung (1829) 1:56
Soprano Vocals – Barbara Bonney
Piano – Malcolm Martineau
Trago hoje um disco familiar. Sim, pai e filho tocando juntos o maravilhoso Concerto para Clarinete de Mozart, uma obra prima do repertório para o instrumento. Vladimir já é velho conhecido daqui do Blog, além de ser um dos principais pianistas do século XX também é um excelente maestro, com vasta produção fonográfica.
O Concerto para Clarinete já apareceu aqui no PQPBach em outras ocasiões, mas pela primeira vez é tocado em família. Dmitri é um ótimo instrumentista, domina muito bem o instrumento e tem uma técnica bem apurada.
01. Clarinet Concerto in A Major, K. 622 I. Allegro
02. Clarinet Concerto in A Major, K. 622 II. Adagio
03. Clarinet Concerto in A Major, K. 622 III. Rondo. Allegro
04. Piano Quintet in E-Flat Major, K. 452 I. Largo-Allegro moderato
05. Piano Quintet in E-Flat Major, K. 452 II. Larghetto
06. Piano Quintet in E-Flat Major, K. 452 III. Rondo. Allegretto
Creio que esta seja a segunda abordagem do letão Andris Nelsons às Sinfonias de Bruckner na DG. A primeira foi esta aqui, não? Nelsons é um fenômeno. Aos 39 anos, é diretor artístico da Sinfônica de Boston e da Leipzig Gewandhaus. Já foi chefe da CBSO (City of Birmingham Symphony Orchestra). Vi-o em Londres na Sinfonia Nº 9 de Bruckner e num Concerto de Mozart com Paul Lewis ao piano. O que dizer além do óbvio? A qualidade de seu trabalho é realmente muito alta e ele está destinado ao Olimpo da regência, sem dúvida. Será uma lenda, afirmo-lhes hoje. E, humildemente, digo que temos algo em comum: o amor à Bruckner e Shostakovich. Sua “Romântica” é arrebatadora, a orquestra da Gewandhaus é esplêndida e ainda tem a esposa de meu amigo Guilherme Conte, Julia Lindner, nas violas, o que dá um curioso toque de amizade a tudo. Nunca incomodei Julia, mas poderia lhe perguntar sobre o ambiente da gravação, dos concertos e sobre o clima criado por este grande artista da regência. Bem, esta sinfonia é a composição mais popular de Bruckner. Foi escrita em 1874 e, como sempre no caso de Bruckner, revisada várias vezes. A estreia ocorreu em 1881 com Hans Richter em Viena. Foi muito bem sucedida. A palavra “Romântica” foi usada pelo próprio compositor e não se refere ao amor romântico mas sim ao romance medieval tal como nas óperas Siegfried e Lohengrin de Richard Wagner. Aliás, não é casual que o CD abra com o Prelúdio de Lohengrin.
Richard Wagner (1813 – 1883)
Lohengrin, WWV 75
1. Prelude To Act I 9:17
Anton Bruckner (1824 – 1896) Symphony No.4 In E Flat Major – “Romantic”, WAB 104 Version 1878/1880
2. 1. Bewegt, nicht zu schnell 19:55
3. 2. Andante quasi allegretto 17:17
4. 3. Scherzo (Bewegt) – Trio (Nicht zu schnell. Keinesfalls schleppend) 10:54
5. 4. Finale (Bewegt, doch nicht zu schnell) 22:02
Um belo CD. Se você não é familiarizado com a música de Clara Schumann, esta coleção de obras para piano solo e de câmara fornece uma boa visão geral de quem era a esposa de Robert Schumann e possível amante de Brahms. A pianista Micaela Gelius é muito boa intérprete e enfatiza a poesia da música ao invés de cintilar vaidosamente como costumam fazer os intérpretes de Rachmaninov. Ela parece Arrau tocando Bobby Schumann.
Da mesma forma, Gelius e seus colegas chegam a um desempenho soberbo no Trio. O violinista Sreten Krstic é especialmente bom e isto já se nota nos Romances. É boa música romântica. E honesta.
Clara Wieck Schumann (1819-1896): Piano and Chamber Music
Houve um tempo em minha vida em que eu só ouvia cds do Keith Jarrett Trio. Não, não estou brincando. Andava com um discman da Sony tocando um cd duplo simplesmente genial intitulado ‘Whisper Not’, que logo aparecerá por aqui. Posteriormente consegui aquela magnífica caixa com as gravações realizadas na Blue Note, seis cds absolutamente perfeitos, com registros ao vivo, em um momento em que considero o melhor momento destes três caras juntos. Na época, até esqueci meu lado metaleiro, e fiquei por meses focado nestes verdadeiros tour de force de virtuosismo e improvisação.
01-Stella By Starlight
02-The Wrong Blues
03-Falling In Love With Love
04-Too Young To Go Steady
05-The Way You Look Tonight
06-The Old Country
Keith Jarrett – Piano
Gary Peacock – bass
Jack DeJohnette – Bateria
Eu uso muito este CD. Ou usamos muito. Sempre dá certo. Acaba em sexo. É absolutamente matador. Abrace já nas primeiras notas. Se você não conseguir chegar lá é porque é ruim demais. FAÇA A EXPERIÊNCIA E CONTE-NOS O RESULTADO. Os veteranos Jarrett e Haden… Olha, este Jasmine é uma coisa maravilhosa, cheia de charme e musicalidade. São mais de 60 minutos de interpretações sublimes e maduras. Se não serve para trepar, para alguma coisa a idade serve, né? Mas agora o viagra emparelhou tudo, né? Bem, são grandes canções do repertório norte-americano que recebem tratamento luxuoso. Ouçam e usem porque vale a pena.
Keith Jarrett escreveu na contracapa:
Call your wife or husband or lover in late at night and sit down and listen. These are great love songs played by players who are trying, mostly, to keep the message intact. I hope you can hear it the way we did.
Exatamente! É uma maravilha, música pura tocada entre amigos no bom e velho piano do home studio de Keith Jarrett.
Keith Jarrett e Charlie Haden: Jasmine
1. For All We Know 9:46
2. Where Can I Go Without You 9:20
3. No Moon At All 4:40
4. One Day I’ll Fly Away 4:15
5. I’m Gonna Laugh You Right Out Of My Life 12:09
6. Body And Soul 11:09
7. Goodbye 8:01
8. Don’t Ever Leave Me 3:11
Até pouco tempo atrás eu desconhecia estas gravações do flautista suiço Aurelè Nicolet dos Concertos para Flauta de Mozart com o Karl Richter. Foi com grata satisfação que encontrei estas gravações dentro de uma caixa dedicada a Richter.
Anos atrás postei outro CD dele com Richter, mais especificamente das sonatas para flauta de Bach, e este foi um dos cds mais baixados do blog, passando dos dois mil downloads, nos tempos em que ainda usávamos o Rapidshare. Algum tempo depois trouxe para cá a histórica gravação do Concerto para Flauta e Harpa, com esta mesma dupla, além do pouquíssimo conhecido concerto para flauta de Haydn.
Este CD duplo é uma joia que merece ser compartilhada, baixada e admirada. Aqui temos músicos de altíssimo nível com interpretações idem. Por exemplo, ainda não encontrei uma interpretação tão espetacular do Concerto para Flauta e Harpa quando esta que aqui trago, com o perdão dos fãs de Rampal, no qual me incluo.
Chega de papo e vamos ao que viemos. Nem preciso dizer que temos aqui dois cds com o selo de qualidade do PQPBach de IM-PER-DÍ-VEL !!!.
CD 1
01. W.A.Mozart Flute Concerto in G major, K.313 – I. Allegro maestoso
02. II. Adagio non troppe
03. III. Rondo Tempo di minuetto
04. W.A.Mozart Flute Concerto in D Major, K.314 – I. Allegro aperto
05. II. Andante ma non troppo
06. III. Allegro
07. Andante for Flute & Orchestra in D major, K.315
Aurèle Nicolet – Flute
Münchener Bach-Orchester
Karl Richter – Conductor
CD 2
01. W.A.Mozart Concerto for Flute, Harp & Orchestra in C, K.299 – I. Allegro
02. II. Andantino
03. III. Rondo Allegeo
04. J.Haydn Concerto for Flute & String Orchestra in D, Hb VII fD1 – I. Allegro moderato
05. II. Adagio
06. III. Allegro molto
07. C.W.Gluck Reigen Seliger Geister
Aurèle Nicolet – Flute
Rose Stein – Harp
Münchner Bach-Orchester
Karl Richter – Conductor
A Revista Digital de Música Sacra Brasileira – RDMUSB é um periódico online e completamente gratuito que busca divulgar e promover o uso do rico e significativo repertório composto no Brasil para uso na liturgia da Igreja Católica Romana.
Estruturada em quatro publicações anuais, com temática variável conforme o tempo e o ano litúrgico, cada volume da RDMUSB apresenta cerca de cinco partituras, escolhidas entre arranjos e composições originais de autores brasileiros, e um artigo científico versando sobre temas afetos à música sacra.
Desta forma, a RDMUSB não só pretende suprir uma lacuna de publicações dedicadas à música sacra brasileira como também almeja fornecer um suplemento próprio para o seu vivo emprego na liturgia católica.
COORDENAÇÃO EDITORIAL Rafael Carvalho de Fassio
COMISSÃO EDITORIAL
ÁREA CIENTÍFICA Paulo Castagna (coord.) Fernando Lacerda Simões Duarte
ÁREA MUSICAL Roberto Rodrigues (coord.) Bruno Tadeu Rodrigues Gomes Diego Muniz Costa Felipe Bernardo Rafael Carvalho de Fassio
EDIÇõES
A Revista Digital de Música Sacra Brasileira – RDMUSB é publicada quatro vezes ao ano, com volumes temáticos dedicados ao repertório de Advento e Natal, Quaresma e Páscoa, Tempo Comum e Solenidades e Festas de Nossa Senhora.
Além de opções para o próprio de cada tempo, os volumes reúnem também motetos eucarísticos, salmos e peças que podem ser aplicadas em vários momentos da liturgia ao longo do ano.
Na seção científica, cada exemplar contempla um breve artigo versando sobre temas afetos à música sacra.
Dando continuidade a esta integral das obras de Beethoven, trago hoje os trios para corda, sim, apenas cordas, nada de piano. Violino, viola e violoncelo. Belas peças, muito bem executadas por excelentes músicos de dois conjuntos diferentes. No primeiro CD temos o violoncelista Anner Bylsma, já bem conhecido daqui do blog, com a violinista Vera Beths, e o violista Jürgen Kussmaul, que formam um conjunto que gravou bastante pela Série Vivarte da Sony, o L´Archidubelli, e no segundo CD temos o Kandinsky Trio. Lembro de ter conhecido estas obras com Anne-Sophie Mutter e o Rostropovich, além de um violista cujo nome não lembro, em um CD duplo que já postamos aqui.
Em se tratando de obra de juventude de Ludwig, reconhecemos facilmente a influência de Haydn e Mozart, mas já sentimos a personalidade do compositor está se impondo.
CD 26
01. Trio for Violin, Viola and Violoncello Op.3 in E-flat Major – Allegro con brio
02. Trio for Violin, Viola and Violoncello Op.3 in E-flat Major – Andante
03. Trio for Violin, Viola and Violoncello Op.3 – Menuetto. Allegretto
04. Trio for Violin, Viola and Violoncello Op.3 in E-flat Major – Adagio
05. Trio for Violin, Viola and Violoncello Op.3 in E-flat Major – Menuetto. Moderato
06. Trio for Violin, Viola and Violoncello Op.3 in E-flat Major – Finale. Allegro
07. Serenade for Violin, Viola and Violoncello Op.8 in D Major – Marcia. Allegro
08. Serenade for Violin, Viola and Violoncello Op.8 in D Major – Adagio
09. Serenade for Violin, Viola and Violoncello Op.8 – Menuetto. Allegretto
10. Serenade for Violin, Viola and Violoncello Op.8 – Adagio – Scherzo. Allegro molto
11. Serenade for Violin, Viola and Violoncello Op.8 – Allegretto alla Polacca
12. Serenade for Violin, Viola and Violoncello Op.8 – Andante quasi Allegretto – Finale. Marcia
Vera Beths – Violin
Jürgen Kussmaul – Viola
Anner Bylsma – Cello
CD 27
01. Trio Op.9 No.1 in G Major – Adagio – Allegro con brio
02. Trio Op.9 No.1 in G Major – Adagio, ma non tanto e cantabile
03. Trio Op.9 No.1 in G Major – Scherzo. Allegro
04. Trio Op.9 No.1 in G Major – Presto
05. Trio Op.9 No.2 in D Major – Allegretto
06. Trio Op.9 No.2 in D Major – Andante quasi Allegretto
07. Trio Op.9 No.2 in D Major – Menuetto. Allegro
08. Trio Op.9 No.2 in D Major – Rondo. Allegro
09. Trio Op.9 No.3 in C minor – Allegro con spirito
10. Trio Op.9 No.3 in C minor – Adagio con espressione
11. Trio Op.9 No.3 in C minor – Scherzo. Allegro molto e vivace
12. Trio Op.9 No.3 in C minor – Finale. Presto
Tenho um velho vinil de Glenn Gould interpretando peças para piano de Sibelius. São peças que não gritam pra gente “Me ouça, me ouça!”, mas que são interessantes para quem se dedica a ouvi-las. Creio que gostei mais do disco de Gould, mas Andsnes vai muito bem também. Talvez a seleção do canadense tenho sido melhor do que a do norueguês. Acho que vale a pena ouvir este compositor que quase todo mundo pensa só ter escrito para orquestra. O finlandês bebum e deprimido era bom mesmo e vale a pena conhecê-lo melhor.
Jean Sibelius (1865-1957): Peças para Piano
1 6 Impromptus, Op. 5: Impromptu V 3:51
2 6 Impromptus, Op. 5: Impromptu VI 6:09
3 Kyllikki – Three Lyrical Pieces for Piano, Op. 41: I. Largamente 3:11
4 Kyllikki – Three Lyrical Pieces for Piano, Op. 41: II. Andantino 4:22
5 Kyllikki – Three Lyrical Pieces for Piano, Op. 41: III. Commodo 2:50
6 10 Pieces for Piano, Op. 24: Romance, No. 9 3:52
7 10 Pieces for Piano, Op. 24: Barcarola, No. 10 4:25
8 10 Pieces for Piano, Op. 58: Der Hirt, No. 4 2:23
20 Fünf Skizzen, Op. 114: I. Landschaft 1:48
21 Fünf Skizzen, Op. 114: II. Winterbild 1:48
22 Fünf Skizzen, Op. 114: III. Der Teich 1:39
23 Fünf Skizzen, Op. 114: IV. Lied im Walde 1:48
24 Fünf Skizzen, Op. 114: V. Im Frühling 2:05
Estas duas obras presentes neste CD que ora vos trago são dois pilares da música ocidental do Século XVIII, compostas por dois dos maiores gênios a história da criação humana. E tenho dito. Pilares da música sacra, completando.
Mesmo nascendo no mesmo ano e na mesma região da Alemanha, seguiram caminhos bem diferentes, sofreram diferentes influências da música que era composta em outros países da Europa. Sugiro aos senhores a leitura do texto incluso no ótimo booklet que acompanha o CD. Bem explicativo, discute as semelhanças e diferenças entre as obras, fundamentais no repertório da música ocidental.
O padrão de qualidade do selo Alpha continua altíssimo nesta gravação do excelente conjunto Vox Lumini.
Ótima trilha sonora para este domingo chuvoso.
1 Magnificat in D Major, BWV 243: I. Magnificat anima mea
2 Magnificat in D Major, BWV 243: II. Et exultavit
3 Magnificat in D Major, BWV 243: III. Quia respexit
4 Magnificat in D Major, BWV 243: IV. Omnes generationes
5 Magnificat in D Major, BWV 243: V. Quia fecit mihi magna
6 Magnificat in D Major, BWV 243: VI. Et misericordia
7 Magnificat in D Major, BWV 243: VII. Fecit potentiam
8 Magnificat In D Major, Bwv 243: VIII. Deposuit Potentes
9 Magnificat in D Major, BWV 243: IX. Esurientes
10 Magnificat in D Major, BWV 243: X. Suscepit Israel
11 Magnificat in D Major, BWV 243: XI. Sicut locutus est
12 Magnificat in D Major, BWV 243: XII. Gloria Patri
13 Dixit Dominus, HWV 232: I. Dixit Dominus Domino meo
14 Dixit Dominus, HWV 232: II. Virgam virtutis tuae
15 Dixit Dominus, HWV 232: III. Tecum principium
16 Dixit Dominus, HWV 232: IV. Juravit Dominus
17 Dixit Dominus, HWV 232: V. Tu es sacerdos
18 Dixit Dominus, HWV 232: VI. Dominus a dextris tuis
19 Dixit Dominus, HWV 232: VII. Judicabit in nationibus
20 Dixit Dominus, Hwv 232: VIII. Conquassabit Capita
21 Dixit Dominus, HWV 232: IX. De torrente in via bibet
22 Dixit Dominus, HWV 232: X. Gloria Patri et Filio, et Spiritui Sancto
ZSUZSI TÓTH [3, 10],
STEFANIE TRUE [2],
CAROLINE WEYNANTS [10]
VICTORIA CASSANO SOPRANOS
JAN KULLMANN [6]
DANIEL ELGERSMA [9, 10]
ALTOS ROBERT BUCKLAND [8],
PHILIPPE FROELIGER [6]
TENORS SEBASTIAN MYRUS [5], LIONEL MEUNIER BASSES
VOX LUMINI
LIONEL MEUNIER
Platti tem a honra de estrear no PQP Bach. Não é pouca coisa para um menino nascido em Pádua (Padova) em 1697. Sua música não é de primeira linha, é apenas razoável, motivo pelo qual ele está meio fora do repertório barroco habitual. Mas o que é realmente anormal neste CD é o estupendo desempenho da Akademie für Alte Musik Berlin. A sonoridade da orquestra vale a pena, dá prazer. Ou seja, a verdadeira estrela do show é a banda, que toca essa música com a mesma dedicação, competência e empenho que daria à música da família Bach, Handel, etc. Aliás, um conselho: toda vez que a Akademie für Alte Musik Berlin passar na frente de vocês, peguem.
Giovanni Benedetto Platti (1697-1763): Concerti grossi after Corelli
Ideias aleatórias a partir de um imenso disco ao vivo.
Um russo de sobrenome alemão, após viver todos os 74 anos de União Soviética, tocando um concerto em que um judeu uniu classicismo europeu e jazz negro. Imaginem o que diriam os grandes teóricos da apropriação cultural?
Como aqui no PQPBach a mistura é a lei, o autor da Rhapsody in Blue e de Porgy and Bess ainda não foi banido por se apropriar dos ritmos da cultura afro-americana.
O concerto de Gershwin alterna entre momentos de swing puro, alguns de virtuosismo romântico e outros absolutamente neoclássicos. Nestes, é claro que vai bem o pianista que tocava em turnê os dois livros do Cravo Bem Temperado. A surpresa é o swing de Richter.
Do dicionário Aurelio:
Suingue (ou swing)
1. Elemento rítmico do jazz, de pulsação sincopada (…)
2. Estilo de jazz surgido na década de 1930, de andamento moderado, ritmo insistente e vivaz, e que era geralmente apresentado por grandes conjuntos instrumentais
O grupo de pagode Swing e Simpatia teve origem na Baixada Fluminense, em Nova Iguaçu, nos anos 1990.
Da Wikipédia:
O vocábulo “Iguaçu” é um termo proveniente do tupi, originalmente ‘y-gûasu. Seu significado é “rio grande” ou ainda “água grande”. Com o desmatamento e a ocupação das áreas de mata atlântica, o rio Iguaçu hoje leva muito menos água (suja) à Baía de Guanabara.
No rio Nilo, em Luxor, Saint-Säens ouviu uma canção de amor popular que deu origem ao tema principal do segundo movimento do Concerto Egípcio. O Concerto foi escrito enquanto Saint-Saëns passava um inverno no Egito para fugir do frio europeu.
Com as mudanças climáticas globais, as 400 milhões de pessoas que dependem do rio Nilo têm enfrentado anos de intensas secas. Em São Paulo, em Caruaru, em Brasília também. E vai piorar.
E no meio disso tudo, tem gente fechando os olhos para os problemas do mundo e teorizando problemas novos como a mistura entre culturas supostamente puras.
Vou me calar e ouvir Richter, aos 78 anos, sambar na cara da sociedade.
Camille Saint-Saëns
1. Piano Concerto No. 5 (‘Egyptian’), in F major, Op. 103: 1. Allegro animato
2. Piano Concerto No. 5 (‘Egyptian’), in F major, Op. 103: 2. Andante – Allegretto tranquillo – Andante
3. Piano Concerto No. 5 (‘Egyptian’), in F major, Op. 103: 3. Molto Allegro
George Gershwin
4. Concerto in F, for piano & orchestra: 1. Allegro
5. Concerto in F, for piano & orchestra: 2. Andante con moto
6. Concerto in F, for piano & orchestra: 3. Allegro animato
Piano: Sviatoslav Richter
Orchestra: Radio Symphony Orchestra Stuttgart
Conductor: Christoph Eschenbach
Live Recording, 1993
Ives é um compositor que merece ser ouvido e admirado. Profundamente original, ele não parece ter sido muito influenciado por qualquer escola que não fosse sua própria visão musical. Ousado, por vezes extraordinariamente romântico, outras vezes moderníssimo, mas sempre citando melodias folclóricas reais ou imaginárias, apresentadas às vezes em fanfarras, outras vezes em grandiosas fugas bachianas, Ives é Ives. Trata-se de uma música muito envolvente, daquelas que exigem serem ouvidas. Mesmo quando ouvida repetidamente, permanece nova. Ocasionalmente parece Brahms, Hindemith, Wagner e Bach, mas é mais bem-humorado que todos eles. Também pode ser muito comovente. Acho que Charles Ives teria sido uma pessoa fantástica de se conhecer.
Ives teve uma vida extraordinariamente ativa. Após sua formação profissional como organista e compositor, trabalhou durante 30 anos no setor dos seguros, escrevendo apenas em seu tempo livre. Quando morreu, era um compositor reconhecido e muitas de sua obras tinham sido publicadas. Sua reputação continuou a crescer postumamente, e por ocasião do seu centenário, em 1974, foi reconhecido mundialmente como o primeiro compositor a criar uma “música distintamente americana”. Desde então, sua música tem sido mais frequentemente executada e gravada.
As circunstâncias únicas da carreira de Charles Ives criaram alguns mal-entendidos. Seu trabalho no setor dos seguros, combinado com a diversidade da sua produção e do pequeno número de performances durante os seus anos de vida, conduziram-no a uma imagem de amador. No entanto, ele teve 14 anos de carreira como organista profissional e um meticuloso treinamento formal como composição. Porém, o fato de ter-se desenvolvido longe dos olhos do público, viu suas obras maduras — aos olhos de alguns — parecerem radicais ou desconectas do passado. Erro grave.
Grande gravação da sinfônica de Dallas. O CD, pra variar, vem da Hyperion e é mais uma vez
“Uma relação sexual contínua de cinco horas de duração”, foi como o diretor Ingmar Bergman descreveu de forma memorável Tristan und Isolde de Bernstein. A capa da caixa com os 4 CD’s da Philips mostra simbolicamente o casal enredado em um beijo eterno, sugerindo algo mais. O tratamento de Leonard Bernstein sobre a partitura parece sugerir que ele tem uma visão semelhante de entrega à partitura. Sob sua batuta, a interpretação total da obra fica em 266 minutos. A mais longa gravação desta obra, uma leitura profundamente envolvida, muito intensa. Neste trabalho, Leonard aproveita todas as oportunidades para torcer cada gota de emoção da música. A Orquestra Sinfônica da Rádio da Baviera responde voluntáriamente aos desejos do maestro. Afinal, este é o Tristan de Bernstein. A cumplicidade ímpar que Leonard ao conduzir a orquestra com os solistas pode ser exemplificada na grande cena de amor do segundo ato (CD3 faixa 1) quando, nas próprias palavras de Wagner, “Tristan conduz Isolde gentilmente para um banco florido”, começa introspectivo, silenciado, com a voz de Isolde misturando-se lindamente com o vento e com Tristan (2:20 min) cantando mais sensivelmente do que nunca com um tom mais arredondado. Depois, há uma compilação (2:30 min) para o clímax (2:51 min). Assim como é a próxima erupção das duas almas aos 5:15 min, e depois aos 6:00 min , logo antes do distante Einsam wachend de Brangäne , voltamos a um sussurro próximo. Vocês estarão em uma viagem de exploração que durará horas e horas (talvez dias) com muita calma, sem pressa. Às vezes, tudo se torna quase insuportavelmente lento, mas Bernstein sempre consegue manter a tensão em ebulição. O prelúdio do Ato 3 (CD3, faixa 7) é outra leitura profundamente considerada ( Wagner estava inspiradíssimo no dia ao compor… e Bernstein mais ainda na interpretação) , movendo-se sem fôlego dos acordes sombrios no início, dominados pelos baixos duplos, os violoncelos altos e depois ao solo do Pastor (corne inglês), lindamente tocado por Marie-Lise Schüpbach. A gravação é do início dos anos 80 – o encarte não dá datas ou locais, mas uma foto de 1980 mostra Bernstein junto com Behrens e Hofmann – a Philips reuniu algumas das melhores vozes de Wagner no momento para esta gravação e realmente são excelentes. A primeira voz que ouvimos, o jovem marinheiro, é Thomas Moser muito lírico. Bernd Weikl é um wagneriano notável aqui ele é um Kurwenal característico, cantando gloriosamente e, no último ato especialmente, com profundo envolvimento. Apenas ouça Bist du nun tot (CD4 faixa 3). Ele está de acordo com os melhores exponentes desse papel. Ainda mais impressionante é Hans Sotin como King Marke. “Depois de um choque profundo ao surpreender o casal de enamorados e com uma voz trêmula”, perfeito conforme as instruções de Wagner para a entrada de seu personagem, em Da kinderlos einst schwand sein Weib mais adiante em seu longo monólogo, está cheio de profunda tristeza e Sotin realmente canta toda a cena com o cuidado. Yvonne Minton, o único membro não-alemão do elenco, foi durante alguns anos uma das melhores mezzo-sopranos. Nesta gravação ela está em um território mais pesado e sua voz é bonita e segura. Poucos cantores cantaram Brangäne tão lindamente. Chegando aos dois protagonistas: Hildegard Behrens é quase ideal como Isolde: profundamente envolvida, triste, altiva, extática e com uma beleza lírica que pode deixar-nos sem fôlego na grande cena do primeiro ato com Brangäne (CD1 faixa 6) Wie lachend sie mir Lieder singen . Há um calor jovem e apaixonado em Mild und leise (CD4 faixa 8).As muitas facetas desta parte são maravilhosamente realizadas e a sensação de vulnerabilidade que ela transmite faz de Isolde uma mulher de carne e osso, não apenas um ícone.Parece haver também um relacionamento especial entre ela e Bernstein. O Tristan um papel notóriamente difícil, um desafio para qualquer tenor. Peter Hofmann já veterano e portanto com sua voz afetada por uma dureza de tom e um vibrato não tão bonito, mas ainda canta, heróicamente e musicalmente.O terceiro ato, que é o Everest real para cada tenor com as aspirações de Tristan, o encontra heróico e apaixonado, atingindo alturas trágicas (CD4 faixa 2) em 5:20 min.Em última instância, devo admitir que Hofmann me ganhou.Como Behrens, ele também cria um personagem real de Tristan. Bernstein nos oferece uma experiência inesquecível.” Tristan und Isolde é o trabalho central de toda a história da música, o centro da roda… passei a minha vida desde que a li pela primeira vez, tentando resolvê-la. É incrivelmente profética.”
– Leonard Bernstein, 1981
Em 1981, Leonard Bernstein começou a dirigir a Orquestra Sinfônica da Bavária – Bayerischer Rundfunk. Realizou um ato de cada vez, em janeiro, abril e novembro de 1981, respectivamente, “Tristan und Isolde” de Bernstein foi transmitido ao vivo e mais tarde lançado como uma gravação de áudio da Philips. Após a conclusão do projeto, Bernstein declarou: ” …minha vida está completa… Não me importa o que acontece depois disto. É a melhor coisa que já fiz.” Partilhamos com vocês a gravação remasterizada da Philips de 1993, Bernstein conduzindo a Orquestra Sinfônica da Rádio Bávara.
Recomendação entusiástica ! Há …. !!! Também montei o encarte com os scans e o libreto no bom e velho português ! Deu um trabalhão mas valeu à pena !
Uma ótima audição !
CD1 01 Act 1 Prelude
CD1 02 Act 1 Westwärts Schweift Der Blick
CD1 03 Act 1 Frisch Weht Der Wind Der Heimat Zu
CD1 04 Act 1 Hab Acht, Tristan!
CD1 05 Act 1 Weh Ach Wehe! Dies Zu Dulden
CD1 06 Act 1 Wie Lachend Sie Mir Lieder Singen
CD1 07 Act 1 Auf! Auf! Ihr Frauen!
CD2 01 Act 1 Herr Tristan Trete Nah!.. Begehrt, Herrin, Was Ihr Wünscht
CD2 02 Act 1 War Morold Dir So Wert
CD2 03 Act 1 Tristan!.. Isolde! Treuloser Holder!
CD2 04 Act 2 Prelude
CD2 05 Act 2 Horst Du Sie Noch
CD2 06 Act 2 Isolde! Geliebte!.. Tristan! Geliebter!
CD3 01 Act 2 O Sink Hernieder, Nacht Der Liebe
CD3 02 Act 2 Lausch, Geliebter!
CD3 03 Act 2 So Stürben Wir
CD3 04 Act 2 Rette Dich, Tristan!
CD3 05 Act 2 Tatest Dus Wirklich
CD3 06 Act 2 O König, Das Kann Ich Dir Nicht Sagen
CD3 07 Act 3 Prelude
CD3 08 Act 3 Kurwenal! He!
CD4 01 Act 3 Wo Ich Erwacht, Weilt Ich Nicht
CD4 02 Act 3 Der Einst Ich Trotzt
CD4 03 Act 3 Bist Du Nun Tot
CD4 04 Act 3 O Wonne! Freude!
CD4 05 Act 3 O Diese Sonne!
CD4 06 Act 3 Ich Bins, Ich Bins
CD4 07 Act 3 Kurwenal! Hör!
CD4 08 Act 3 Mild Und Leise Wie Er Lächelt
Peter Hofmann (tenor) – Tristan;
Hans Sotin (bass) – König Marke;
Hildegard Behrens (soprano) – Isolde;
Bernd Weikl (baritone) – Kurwenal;
Heribert Steinbach (tenor) – Melot;
Yvonne Minton (mezzo) – Brangäne;
Heinz Zednik (tenor) – En Hirt;
Raimund Grumbach (baritone) – Ein Steuermann;
Thomas Moser (tenor) – Ein junger Seemann
Chor und Symphonie-Orchester des Bayerischen Rundfunks