Mzilikazi Khumalo (1932): Five African songs / Peter Louis Van Dijk (1953): San Gloria and San Chronicle / Samuel Akpabot (1931-2000): Three Nigerian Dances

Mzilikazi Khumalo (1932): Five African songs / Peter Louis Van Dijk (1953): San Gloria and San Chronicle / Samuel Akpabot (1931-2000): Three Nigerian Dances

Eu nunca havia escutado obras eruditas de compositores africanos (na verdade eu nem conhecia compositores africanos e o único expoente das artes subsaarianas famoso no Brasil, Bengalelê Motumbo, não estudou música), até que uma boa oportunidade surgiu quando comprei esse CD.

Falando um pouco do repertório do disco: as Cinco canções africanas são canções folclóricas sul-africanas bem conhecidas naquele país e que foram arranjadas para coral por Khumalo, mas aqui elas aparecem no arranjo orquestral criado por Peter Van Dijk (diz-se “Van Déique”). São as duas obras desse holandês radicado na África do Sul que valem o download, principalmente o San Gloria, baseadas na música do povo San.

Agora, África do Sul, Holanda e Nigeria entram para o mapa do blog.

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Mzilikazi Khumalo (1932): Five African songs / Peter Louis Van Dijk (1953): San Gloria and San Chronicle / Samuel Akpabot (1931-2000): Three Nigerian Dances

Khumalo, Mzilikazi
5 African Songs (orch. Peter Louis Van Dijk)
1. Bantu Be – Afrika Hlanganani 00:03:13
2. Bawo Thixo Somandla 00:03:50
3. Sizongena Laph’emzini 00:04:32
4. Ingoma kaNstikana 00:04:28
5. Akhala Amaqhude Amabile 00:03:58

Van Dijk, Peter Louis
San Gloria
6. Gloria in excelsis Deo 00:02:28
7. Et in terra pax hominibus, bonae voluntatis 00:02:59
8. Laudamus te 00:02:38
9. Domine Deus, Agnus Dei – Quoniam tu solus sanctus 00:06:51

Akpabot, Samuel
3 Nigerian Dances
10. Allegro moderato 00:02:47
11. Andante cantabile 00:03:45
12. Allegretto 00:02:04

Van Dijk, Peter Louis
San Chronicle (for Chamber Orchestra)
13. San Chronicle 00:19:22

South African Broadcasting Corporation National Symphony Orchestra
South African Broadcasting Corporation Chamber Choir
Richard Cock

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James Stephen Mzilikazi Khumalo quando jovem (e barrigudinho)
James Stephen Mzilikazi Khumalo quando jovem (e barrigudinho)

CVL

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 3

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 3

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Por questões que não me cabe explicar aqui, esta é a Sinfonia de Mahler de que mais gosto. Procuro ouvir todas as versões desde o tempo do vinil… E não poderia deixar passar assim no mais a gravação de Boulez com um supertime. É um registro impecável, maravilhoso, com os solistas e a Wiener Philharmoniker dando um banho de competência. Merece ficar ao lado da versão de Bernstein.

Esta é a mais longa sinfonia de Mahler — tem seis movimentos e quase duas horas de duração. Aqui, o conceito de Mahler que previa a sinfonia como um mundo em si mesmo encontra sua expressão mais clara, em minha opinião. O tema principal do terceiro movimento é a natureza e o lugar do homem nela. A principal inspiração literária foi, como quase sempre, Das Knaben Wunderhorn e Nietzsche. Tal como na Ressurreição, a 3ª é uma sinfonia cantada a partir de determinado momento. O programa original funcionou assim: “The Joyful Knowledge: A Summer Morning’s Dream”. I. Pan Awakes: Summer Marches In; II. What the Meadow Flowers Tell Me; III. What the Creatures of the Forest Tell Me; IV. What Night Tells Me (Mankind); V. What the Bells Morning Tell Me (the Angels); VI. What Love Tells Me; e VII. The Heavenly Life (What the Child Tells Me). Depois, Mahler retirou o sétimo movimento e usou-o como núcleo da Quarta Sinfonia. Aos inexperientes, um conselho: ouçam em volume bem alto para ouvir tudo, OK?

Gustav Mahler: Symphony No.3 in D minor

1) 1. Kräftig. Entscheiden [33:34]
2) 2. Tempo di minuetto. Sehr mäßig [9:27]
3) 3. Comodo. Scherzando. Ohne Hast [16:38]

1) 4. Sehr langsam. Misterioso: “O Mensch! Gib acht!” ‘O Mensch! Gib acht’ [9:17]
2) 5. Lustig im Tempo und keck im Ausdruck: “Bimm Bamm. Es sungen drei Engel” [4:05]
3) 6. Langsam. Ruhevoll. Empfunden [22:22]

Anne Sofie von Otter
Wiener Philharmoniker
Pierre Boulez
Women Chorus of Singverein der Gesellschaft der Musikfreunde
Johannes Prinz
Wiener Sängerknaben
Gerald Wirth

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Boulez arredondando tudo.
Boulez arredondando tudo.

 

PQP

J. Brahms (1833-1897) e B. Bartók (1881-1945): Concertos Nº 1 para Violino

J. Brahms (1833-1897) e B. Bartók (1881-1945): Concertos Nº 1 para Violino

Sem o desejo de ofender nenhum pequepiano apaixonado, parece-me que o Concerto para Violino de Brahms da holandesa Janine Jansen encontra-se um degrau abaixo desta e desta gravações, só para dar dois exemplos modernos de registros feitos por violinistas mulheres. É claro que aqui nos encontramos em nível altíssimo de exigência, é claro que este CD é excelente, mas o que fazer? O Concerto de Brahms é uma das principais peças para o instrumento, é difícil — o grande Hans von Bülow exagerou um pouco ao descrevê-lo como sendo escrito “contra o violino” — e costumamos ouvir verdadeiras lendas interpretá-lo. Já no Concerto de Bartók, a moça dá um show de competência e senso de estilo. Não era para menos: com um pai cravista, uma mãe cantora lírica e um irmão cellista, ela só poderia dar boa mesmo.

J. Brahms (1833-1897) e B. Bartók (1881-1945): Concertos Nº 1

1 Brahms: Violin Concerto in D, Op.77 – 1. Allegro non troppo 22:13
2 Brahms: Violin Concerto in D, Op.77 – 2. Adagio 8:28
3 Brahms: Violin Concerto in D, Op.77 – 3. Allegro giocoso, ma non troppo vivace – Poco più presto 8:02

4 Bartók: Violin Concerto No.1, Sz36 – 1. Andante sostenuto (Op.posth) 8:40
5 Bartók: Violin Concerto No.1, Sz36 – 2. Allegro giocoso (Op.posth) 11:46

Janine Jansen
Orchestra dell’Accademia Nazionale di Santa Cecilia (Brahms)
London Symphony Orchestra (Bartók)
Antonio Pappano

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Janinie Jansen e seu Stradivari "Barrere" de 1727
Janine Jansen e seu Stradivari “Barrere”, de 1727, que usa dentro de um empréstimo de longa duração viabilizado pelo Elise Mathilde Fonds

PQP

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Piano Concertos nº 22, 23, 24, 25, 26 e 27 — CDs 8, 9 e 10 de 10 (Immerseel, Anima Eterna)

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Piano Concertos nº 22, 23, 24, 25, 26 e 27 — CDs 8, 9 e 10 de 10 (Immerseel, Anima Eterna)

Conversando com o mano PQP dia desses por telefone, ele sugeriu que eu fizesse um pacotaço para liberar espaço no meu hd, e terminasse de postar a integral dos concertos de piano de Mozart com o Immerseel. Pois bem, aí estão os 3 cds que faltavam. E vamos partir para a próxima. Confesso, e creio que o mano PQP também concorda, é chato ficar postando estas integrais. Darei um tempo nestas loucuras. Vamos continuar, pois, com o feijão com arroz básico, que até pouco tempo atrás era a nossa especialidade.

Não preciso também comentar mais nada a respeito destes concertos aqui postados, afinal, são conhecidos do grande público, digamos assim. Então, aproveitem.

E não se fala mais nisso.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Piano Concertos nº 22, 23, 24, 25, 26 e 27 — CDs 8, 9 e 10 de 10 (Immerseel, Anima Eterna)

1. Concerto for Piano no 22 in E flat major, K 482: 1st movement, Allegro
2. Concerto for Piano no 22 in E flat major, K 482: 2nd movement, Andante
3. Concerto for Piano no 22 in E flat major, K 482: 3rd movement, Allegro

4. Concerto for Piano no 23 in A major, K 488: 1st movement, Allegro
5. Concerto for Piano n0 23 in A major, K. 488: 2nd movement, Adagio
6. Concerto for Piano n0 23 in A major, K. 488: 3rd movement, Presto

Disco 9

01 Clavier-Concerte 24 KV 491 I – Allegro Maestoso
02 Clavier-Concerte 24 KV 491 II – Larghetto
03 Clavier-Concerte 24 KV 491 III – Allegretto

04 Clavier-Concerte 25 KV 503 I – Allegro Maestoso
05 Clavier-Concerte 25 KV 503 II – Andante
06 Clavier-Concerte 25 KV 503 III – Allegretto

Disco 10

1. Clavier-Concerte 26 in D, K. 537: I. Allegro
2. Clavier-Concerte 26 in D, K. 537: II. Larghetto
3. Clavier-Concerte 26 in D, K. 537: III. Allegretto

4. Clavier-Concerte 27 in B Flat, K. 595: I. Allegro
5. Clavier-Concerte 27 in B Flat, K. 595: II. Larghetto
6. Clavier-Concerte 27 in B Flat, K. 595: III. Allegro

Jos van Immerseel – Pianoforte & Conductor
Conjunto Anima Eterna

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Sei lá, mas pra mim esse Immerseel tem cara de vegano.

FDP  (link revalidado por PQP)

Franz Schubert (1797-1827), Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Musik für Violine & Orchester – Kremer, LSO, Tchakarov

frontOutra preciosidade que precisava compartilhar com os senhores é este CD, também perdido no meio de minha bagunça, que creio que esteja fora do catálogo da Deutsche Grammophon, o que considero uma lástima, pois é magnífico.
Não, aqui não tem o famigerado e maravilhoso Concerto para Violino, op. 61, do Ludovico, mas para compensar tem uma raridade intitulada Konzertsatz für Violine und Kammerorchester, WoO 5, obra pouco conhecida e gravada, e o Romanze G-Dur, meu favorito.
O repertório de Schubert também é belíssimo, e Kremer está impecável neste repertório, acompanhado pela Sinfônica de Londres, dirigida por Emil Tchakarov.
Volto a recomendar com todas as letras esse belo CD, gostoso de se ouvir, despretensioso, e com melodias facilmente assimiláveis destes dois gênios da música.

01. Konsertsatz Für Violine Und Kammerorchester WoO 5
02. Romanze Für Violine Und Orchester Op.40
03. Polonaise Für Violine Und Kleines Orchester D 580
04. Konzertstück Für Violine Mit Begleitung D 345
05. Rondo Für Violine Und Streichquartett D 438

Gidon Kremer – Violin
London Symphony Orchestra
Emil Tchakarov – Conductor

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Gustav Mahler (1860-1911) – Symphony nº4, in G Dur – Herreweghe, Orchestre des Champs-Elysées, Rosemary Joshua

CAPAAntes de qualquer coisa, preciso avisá-los que esta gravação difere um tanto quanto da maioria das gravações que já foram postadas por aqui desta sinfonia, leia-se Bernstein, Jouchum, Walter, Karajan entre outros.
Eis uma gravação pouco conhecida e absolutamente preciosa, diria até mesmo um tanto quanto intimista, ao menos para mim, desta sinfonia tão interessante de Mahler.
A carga dramática imposta por Herreweghe deixou-me por demais emocionado, principalmente no seu pungente e doloroso terceiro movimento, intitulado “Ruhevoll’.
O quarto movimento, que se intitula ‘Sehr Behaglich’,  traz a voz suave e delicada da soprano Rosemary Joshua, que canta com muita paixão e espírito.
Enfim, um discaço, e a leitura de Herreweghe merece estar entre as grandes gravações desta sinfonia.

01. Bedaechtig, nichit eilen
02. In gemaechlicher Bewegung, ohne Hast
03. Ruhevoll, poco adagio
04. Sehr behaglich

Rosemary Joshua – Soprano
Orchestre des Champs-Elysées
Phillipe Herreweghe – Conductor

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Joshua & Herreweghe – Uma dupla formidável.

.: interlúdio :. Joe Henderson Quartets – Tetragon

coverOntem ouvi a conversa de dois amigos e um deles me qualificou como puritano. Não sei o que eles quiseram dizer com isso (na verdade sei, mas deixa pra lá), nem em qual contexto estava usando essa expressão (sim, eu sei, mas deixa pra lá) ouvi assim tipo “en passant”, De qualquer maneira, não concordo mas respeito estes dois amigos. Eles são muito mais abertos a experiências musicais do que eu, que neste sentido posso ser qualificado de ‘conservador’. Mas aí vem a dúvida: um conservador ouviria um CD como esse do Joe Henderson? Como ele descreveria o tal do hard-bop, ou post-bop, ou sei lá que categoria inserir esse CD ou o próprio Joe Henderson (lembrando que este disco foi gravado em 1968)?

Sei que irei descrever esse disco como IM-PER-DÍ-VEL !!! pelo simples fato que considerá-lo sensacional, enquanto outros irão se preocupar com categorias ou adjetivismos. E enquanto os outros discutem isso, irei continuar ouvindo essa belezura  com meus ouvidos ‘puritanos’ ou ‘conservadores’, ou sei lá como queira me classificar.

01. Invitation
02. R.J.
03. The Bead Game
04. Tetragon
05. Waltz For Zweetie
06. First Trip
07. I’ve Got You Under My Skin

Joe Henderson – Saxophones
Don Friedman – Piano
Kenny Barron – Piano
Jack DeJohnette – Drums
Louis Hayes – Drums
Ron Carter – Bass

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Johann Sebastian Bach (1685-1750): Violin Concertos

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Violin Concertos

Para começar, eu adoro Alina Ibragimova. Ela é um brilhante exemplo do jovem solista moderno, tão confortável adotando instrumentos de época, como em estrear novas obras ou descobrir um repertório negligenciado. Sua nova gravação de Concertos para Violino de Bach abre com dois concertos que Bach escreveu realmente para o violino: os BWV 1041 e 1042. Ao lado deles, Ibragimova oferece três concertos que são reconstruções de concertos para teclado, dois dos quais provavelmente tiveram origem em concertos perdidos para violino. Se tudo isso soa um pouco formal e acadêmico, as performances de Ibragimova não são nada disso. Há exuberância, graça e criatividade na forma como ela aponta os ritmos de dança. Nos movimentos lentos, há grande intimidade e calma, como se estivéssemos ouvindo uma conversa entre amigos ou amantes. Seus acompanhantes são os 14 membros da Arcangelo, dirigidos a partir do cravo por Jonathan Cohen.

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Violin Concertos

Violin Concerto in A minor BWV1041[12’17]
1 [Allegro moderato][3’43]
2 Andante[5’16]
3 Allegro assai[3’18]

Violin Concerto in E major BWV1042[14’55]
4 Allegro[7’02]
5 Adagio[5’28]
6 Allegro assai[2’25]

Violin Concerto in A major BWV1055[13’11]
7 Allegro[4’05]
8 Larghetto[5’17]
9 Allegro ma non tanto[3’49]

Violin Concerto in G minor BWV1056[9’01]
10 Allegro[3’06]
11 Adagio[2’33]
12 Presto[3’22]

Violin Concerto in D minor BWV1052[19’27]
13 Allegro[6’55]
14 Adagio[5’32]
15 Allegro[7’00]

Alina Ibragimova (violin)
Arcangelo
Jonathan Cohen (conductor)

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Ibragimova, muito melhor do que Ibrahimovic
Ibragimova, muito melhor do que Ibrahimovic

PQP

A Quatro Mãos: Johannes Brahms (1833-1897) – Danças Húngaras para piano a quatro mãos – Katia e Marielle Labèque (REVALIDADO)

518il4y1RkLPOSTAGEM ORIGINAL DE FDP BACH EM 4 /7/2007, LINK REVALIDADO POR VASSILY EM 30/11/2015

Na estreia de uma nova série aqui no PQP Bach, dedicada à música para dois pianistas, revalidamos uma postagem dos primórdios deste blogue, com a clássica gravação das Danças Húngaras de Brahms tocadas pelas irmãs Labèque. Colorida e cheia de verve, é a melhor introdução possível para estas semanas a quatro mãos que preparamos para vocês.

Vassily Genrikhovich

POSTAGEM ORIGINAL DE FDP BACH EM 4/7/2007

FDP Bach resolveu fazer uma postagem um tanto quanto diferente: as Danças Húngaras de Brahms, mas em uma versão pouco conhecida: para piano a quatro mãos. Possuo esse cd já há alguns anos, e nunca me canso de ouvi-lo, devido à consistência de sua interpretação e também à sua dinâmica.
Esta versão para dois pianos é riquíssima em termos de arranjo. E as irmãs Labeque, Katia e Marielle, bem elas são um caso à parte… além de lindíssimas, são grandes intérpretes. Para quem já teve a oportunidade de assisti-las ao vivo, deve ser difícil saber no que se deve prestar atenção: nas pianistas ou na música…
Brincadeiras à parte, vamos ao que interessa.

Johannes Brahms (1833-1897) 21 Hungarian Dances, WoO 1

01 – Allegro molto
02 – Allegro non assai
03 – Allegretto
04 – Poco sostenuto
05 – Allegro
06 – Viace
07 – Allegretto
08 – Presto
09 – Allegro non troppo
10 – Presto
11 – Poco andante
12 – Presto
13 – Andantino grazioso
14 – Un poco andante
15 – Allegretto grazioso
16 – Con moto
17 – Andantino
18 – Vivace
19 – Allegretto
20 – Poco allegretto
21 – Vivace

Katia e Marielle Làbeque, piano

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Agustín Barrios Mangoré (1885-1944) interpretado por Turíbio Santos – Link Revalidado

Postagem original de CVL em 6 de março de 2009, revalidado por Carlinus em 12 de agosto de 2012, com links restaurados por Vassily em 28 de novembro de 2015, atendendo a pedido de um leitor-ouvinte. Ah, e o codinome “Nitsuga”, que tão indígena soou aos contemporâneos, nada mais é que “Agustín” ao contrário!

Agustín Pío Barrios, que se apresentava como Agustín Barríos Mangoré (ou ainda Nitsuga Mangoré), foi o Villa-Lobos do Paraguai, inclusive na invenção de mitos de convivência com os índios. A diferença é que ele tinha sangue guarani nas artérias e falava bem o segundo idioma de seu país – o sobrenome artístico que adotou e as roupas típicas que usava em concertos completavam o universo simbólico que encarnava.

Barrios, que entrou na universidade aos 13 anos, andava muito pelo Brasil. Foi amigo de meu pai (me viu pirralho) e de João Pernambuco, entre outros. O melhor de seu repertório – que abrange formas barrocas, inspiração sacra ou folclórica e virtuosismo romântico – está aqui neste CD-tributo produzido por Turíbio Santos, músico que dispensa palavras. Não poderia faltar o monumento sonoro que é A catedral.

Vale a pena dar uma lida na vida de Barrios no verbete da Wikipédia em espanhol. Foi lá onde fiquei sabendo que o pseudônimo de Nitsuga Mangoré foi usado pela primeira vez num concerto em Salvador-BA, em 1932; que Barrios tentou tocar nos EUA (grande sonho dele) mas não o pôde porque foi negado o visto para sua mulher; e que ele foi o primeiro intérprete a gravar uma obra para violão em disco (78 rpm).

Também matei minha curiosidade de saber porque Barrios havia morrido em El Salvador: após ter um enfarte no México, o presidente salvadorenho o convidou a se recuperar em San Salvador e deu-lhe depois um posto de professor no conservatório principal do país. Anos depois, o violonista veio a falecer de outro ataque cardíaco.

Enfim, isso é só uma amostra da figura mítica que foi Agustín Barrios.

***

Deu no Valor Econômico de hoje: Café do Rato Preto vendido por 228 milhões de dólares para grupo norteamericano. Vou ver se crio uma fundação de preservação de memória da música clássica brasileira com esse dinheiro todo (eu poderia ter faturado o dobro antes da crise).

***

Turíbio Santos interpreta Agustín Barrios

1 Estudo de Concerto em Lá Maior
2 Junto a tú corazón
3 Dança Paraguaia
4 Las Abejas
5 Chôro de saudade
6 Estudo em Si Menor
7 Aconquija
8 Luz Mala
9 Oración
10 Página D´Álbum
11 Prelúdio em Sol Maior
12 Valsa op 8 nº 4
13 A Catedral

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CVL (revalidado pelo Carlinus e, depois, por Vassily)

O Museu da Música de Mariana (MMM) também no Wikipedia !!

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O MUSEU DA MÚSICA DE MARIANA inaugurou sua página no WIKIPEDIA, uma completa e detalhada pesquisa do Prof. Paulo Castagna. Haja fôlego!!

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Informação turística importante! O centro histórico de Mariana foi totalmente preservado do rompimento da barragem e espera sua visita!

Devido à circulação de muitas informações imprecisas em torno da tragédia sócio-ambiental acarretada pelo rompimento da barragem de rejeitos do Fundão, da Samarco/Vale/BHP, o Museu da Música de Mariana informa que o centro histórico de Mariana não foi fisicamente afetado pela lama que fluiu ao longo do Rio Doce, e nem sofreu corte no abastecimento de água, estando normais a recepção dos seus visitantes pelas estradas que vêm de Belo Horizonte, São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Brasília e outras cidades, bem como a sua acomodação nos hoteis e pousadas da região. (Prof. Paulo Castagna)
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Conheça a nova página do MMM no Wikipedia AQUI.

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O conteúdo da nova página

Dentre o conteúdo histórico e didático dos itens acima, destacamos:

8.2 CDs completos
Áudios de cada um dos 9 CDs produzidos pelo MMM, faixa por faixa, disponíveis também para download nos formatos Ogg Vorbis, Torrent, M3U e MP3.

8.3 Tabela de edições e gravações por obra
Partituras de cada faixa de todos os 9 CDs, com a parte vocal, disponíveis para download em arquivo PDF. Áudios disponíveis para download nos formatos Ogg Vorbis, Torrent, M3U e MP3, além de poderem ser simplesmente ouvidos. Cada capa dos CDs também pode ser baixada em JPEG.

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Links das postagens do PQPBach dos 9 CDs produzidos pelo Museu da Música de Mariana, disponíveis para download em arquivos FLAC e MP3 320 kbps, com os respectivos encartes:

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 1/9 – Pentecostes (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 2/9 – Missa (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 3/9 – Sábado Santo (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 4/9 – Conceição e Assunção de Nossa Senhora (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 5/9 – Natal (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 6/9 – Quinta-Feira Santa (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 7/9 – Devocionário Popular aos Santos (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 8/9 – Ladainha de Nossa Senhora (Acervo PQPBach)
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 9/9 – Música Fúnebre (Acervo PQPBach)

Conheça a nova página do MMM no Wikipedia AQUI.
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luto pelo nosso rio doce

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Avicenna

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 5 (CD 7 de 16) (Bernstein)

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 5 (CD 7 de 16) (Bernstein)

Mahler compôs dois movimentos da quinta durante o verão de 1901 e a completou no outono de 1902. A primeira apresentação ocorreu em Colônia em 1904. A sinfonia recebeu várias e várias revisões. Os cinco movimentos podem ser divididos em três seções: o centro, representado pelo gigantesco scherzo, cercados por dois movimentos lentos — o segundo nem tanto –, tendo estes outros dois, mais agitados, a os cercarem.

A fanfarra de trompete que abre a sinfonia mais parece uma reminiscência de caserna, coisa familiar à infância do compositor, até que é tomada por uma marcha fúnebre. O segundo movimento fragmenta de forma tumultuada o tema dos trompetes do primeiro movimento. É agressivo e enérgico, mas carrega uma indicação de esperança num tema coral que depois será retomado com alegria no quinto movimento. O espetacular scherzo — maravilhosamente construído — é uma mescla distorcidas de valsas com Ländler. O adagietto para cordas e harpa é a lindíssima canção sem palavras utilizada por Luchino Visconti em seu filme Morte a Venezia (A Morte em Veneza), de 1971, baseado na obra de Thomas Mann. Como parece um longo e pungente hino de amor, ficou perfeito como o tema de Tadzio, oferecido por Aschenbach. O rondó final une a sinfonia inteira, retornando ao tela coral do segundo movimento. Inicia com temas quase infantis e encerra-se em enorme alegria.

Um sinfonia absolutamente espetacular de um compositor equilibrado e seguro. Daqui para a frente nem sempre seria assim, mas isso está longe de indicar decadência.

FDP Bach escreveu (aqui, foi ele o minimalista):

Eis a talvez mais famosa sinfonia mahleriana, aquela que contém o famoso adagieto que tocou no belíssimo filme de Visconti, “Morte em Veneza”, e que em minha cabeça ficou associada para sempre a este filme magnífico.

Para uma análise mais detalhada da obra, sugiro ler aqui. Como sempre, a interpretação estará nas mãos de Leonard Bernstein, mas desta vez novamente à frente da Filarmônica de Viena. Uma grande performance deste que foi um dos grandes especialistas mahlerianos no século XX.

Gustav Mahler – Symphonie No. 5 in C-sharp minor

01. I. Trauermarsch. In gemessenem Schritt. Streng. Wie ein Kondukt
02. II. Stürmisch bewegt. Mit größter Vehemenz
03. III. Scherzo. Kräftig, nicht zu schnell (feat. horn Friedrich Pfeiffer)
04. IV. Adagietto. Sehr langsam
05. V. Rondo-Finale. Allegro – Allegro giocoso. Frisch

Wiener Philharmoniker
Leonard Bernstein

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Mahler era uma figuraça regendo. Mas o resultado era estupendo, dizem.

PQP

.: intermezzo :. Eric Dolphy (com Booker Little): Far Cry (1960)

.: intermezzo :. Eric Dolphy (com Booker Little): Far Cry (1960)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este disco é mais uma daquelas coisas maravilhosas saídas deste gênio morto aos 36 anos da forma mais estúpida que se possa imaginar. Na tarde de 18 de Junho de 1964, Eric Dolphy caiu nas ruas de Berlim e foi levado a um hospital. Os enfermeiros, que não sabiam que ele era diabético, pensaram que ele (como acontecia a muitos jazzistas) era presa de uma overdose. Deixaram-no, então, num leito até que passasse o efeito das “drogas”. E Dolphy morreu após o coma diabético. Bastava-lhe uma injeção.

Far Cry tem uma história notável. No mesmo dia, pela manhã, Dolphy gravou com o grupo de free jazz de Ornette Coleman. Depois, foi gravar Far Cry com Booker Little e um grupo onde estava o estreante Ron Carter. E eles gravaram todo o álbum naquele dia. Todo. Ah, Booker Little morreria ainda antes de Dolphy. Morreu no ano seguinte (1961), aos 23 anos… De uremia. Nada de drogas, amigos.

Eric Dolphy (com Booker Little): Far Cry (1960)

1. Mrs. Parker Of K.C. (Bird’s Mother) 8:01
2. Ode To Charlie Parker 8:42
3. Far Cry 3:53
4. Miss Ann 4:15
5. Left Alone 6:39
6. Tenderly 4:18
7. It’s Magic 5:39
8. Serene 6:37

Eric Dolphy – bass clarinet on “Mrs. Parker of K.C.,” “It’s Magic,” and “Serene”; flute on “Ode to Charlie Parker” and “Left Alone”; alto sax all other tracks
Booker Little – trumpet
Jaki Byard – piano
Ron Carter – bass
Roy Haynes – drums

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Eric Dolphy e Booker Little, dois gênios mortos precocemente.
Eric Dolphy e Booker Little, dois gênios mortos precocemente.

PQP

Harry Crowl (1958) e Zoltan Paulinyi (1977): Imagens

Harry Crowl (1958) e Zoltan Paulinyi (1977): Imagens

Godoy-capaUm excelente e raro CD que é um caso incomum de obras escritas para viola pomposa (um instrumento talvez mais desconhecido que o violoncelo tenor de Dimos Goudaroulis) e mais raro ainda porque é de obras inéditas e nacionais quase todas compostas em nosso século – fruto de uma parceria entre os mineiros Paulinyi e Crowl. Maiores detalhes aqui.

Harry Crowl (1958) e Zoltan Paulinyi (1977): Imagens

Harry Crowl
[ 1 ] Canto (4:43) Violino: Zoltan Paulinyi

Zoltan Paulinyi
[ 2 ] Acalanto n. 1 (2:23) Violino: Zoltan Paulinyi

Harry Crowl
[ 3 ] Solilóquio III (13:43) Violino: Zoltan Paulinyi

Zoltan Paulinyi
[ 4 ] Toada (8:34) Viola pomposa: Zoltan Paulinyi

Harry Crowl
[5-6] Cambiata
• Proposição (4:07)
• Corolário (2:06)
viola pomposa: Zoltan Paulinyi

Zoltan Paulinyi
[ 7 ] Oblação (2:13) viola pomposa: Zoltan Paulinyi

Harry Crowl
[ 8 ] As impuras imagens do dia se desvanecem (13:25) viola pomposa: Zoltan Paulinyi

Zoltan Paulinyi
[ 9 ] Acalanto n. 2 (3:43) Clarinete: Felix Alonso / Violino: Zoltan Paulinyi
[10] Pluma (1:28)
Fagote: Iracema Simon / Violino: Zoltan Paulinyi
[11] Biduo d’ouro (2:51)
• Moderato e allegro
Fagote: Iracema Simon / Violino: Zoltan Paulinyi
[12] Brincadeira de Roda (3:10)
Clarinete: Félix Alonso / Fagote: Flávio Figueiredo
[13] Jesus é pregado na cruz (4:29)
• Cena XI da Via Sacra
Clarinete: Félix Alonso / Violinos: Karla Oliveto e Zoltan Paulinyi

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Zoltan Paulinyi
Zoltan Paulinyi

CVL

Rapsódia Latina – Obras para violoncelo e piano

Rapsódia Latina – Obras para violoncelo e piano

rapsodia latinaUm dos melhores CDs de repertório moderno e contemporâneo para violoncelo e piano já lançados: formidável de cabo a rabo.

O problema é que depois que ouço o inusitadamente romântico Poema III de Marlos Nobre, acho as outras peças sem encanto, mas admito que é uma preferência pessoal: o Poema é daquelas músicas para você fazer um powerpoint com as fotos de sua namorada e mandar pra ela no próximo 12 de junho (fica a dica).

Rapsodia Latina

01 Marlos Nobre (Brasil, 1939): Poema III – op.94 n.º 3 (2001)
Andante con motto

Gabriela Frank (EUA/Peru, 1972): Manhattan Serenades (1995) *
02 I Uptown
03 II Midtown
04 III Downtown

05 Joaquín Silva-Díaz (Venezuela, 1886-1977): Serenata (1935) *
Andantino, quasi allegretto

Esteban Benzecry (Argentina, 1970): Toccata y Misterio (1991) *
06 Allegro enerqico
07 Misterioso
08 Allegro enerqico

09 Esteban Benzecry (Argentina, 1970): Rapsodia Andina (2002)*
Obra dedicada ao Duo Lin/Castro-Balbi

Luis Sandi (México, 1905-1996): Sonatina (1958) *
10 I Largo – Allegro comodo
11 II Adagio non troppo
12 III Allegro vivo

Marlos Nobre (Brasil, 1939): Desafio II, op.31 n.º 2bis (1968)
13 I Cadenza: calmo e rubato
14 II Desafio: vivo – Lento – tempo vívo

15 Manuel M. Ponce (México, 1882-1948) Lejos de tí (arr. Gloria Lin) *

16 William Bolcom (EUA, 1938): Gingando: Brasilian Tango Tempo
(Tombeau d’Ernesto Nazareth)
– from Capriccio (1985)

Duo Lin/Castro-Balbi:
Jesús Castro-Balbi, cello
Gloria Lin, piano

* Primeiras gravações mundias / world premiere recordings

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Marlos Nobre: qual será o segredo de sua cabeleira?
Marlos Nobre: qual será o segredo de sua cabeleira?

CVL

Serguei Prokofiev (1891-1953): Violin Concerto No.2, Solo Violin Sonata, Duo Violin Sonata

Serguei Prokofiev (1891-1953): Violin Concerto No.2, Solo Violin Sonata, Duo Violin Sonata

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Quando este CD foi lançado, poucas semanas atrás, FDP Bach chegou em nosso grupo de discussões — por e-mail — gritando Mullova`s back, Mullova`s back! (Aliás, informo-lhes que FDP tirou umas pequenas férias a fim de reorganizar suas coisas. Nada grave. Já está voltando. E ele ama Mullova como ninguém. Talvez queira me matar por estar postando isso durante sua folga!). E toda a alegria de FDP é plenamente justificada. Este é um CD extraordinário, algo para desafiar a morte. Dedicado inteiramente a Prokofiev, demonstra uma violinista em seu auge fazendo o que mais sabe.

São só 50 minutos, mas são 50 minutos definitivos. O Concerto Nº 2 para Violino recebeu aqui, modernamente, sua melhor interpretação. Este concerto revela mais do estado de espírito de Prokofiev do que qualquer carta que tenha escrito — e ele as escrevia! Ele estava voltando para casa por necessidade criativa e a ansiedade se infiltra na música como mofo através em local úmido. É o trabalho de um homem na encruzilhada. Viktoria Mullova capta essas esperanças e dúvidas com grande intuição. Deixando de lado suas últimas bobagens, ela está de volta aqui no mais alto nível de desempenho. A solidão da música é intensificada por uma excelente orquestra. A Frankfurt Radio Symphony Orchestra, bem controlada por Paavo Järvi, permite que o solista conte a história direitinho, a seu modo.

Mas há mais: como Janine Jansen, Mullova faz com que o concerto seja acompanhado pela Sonata para Dois Violinos, contemporânea do mesmo, e a Sonata para Violino Solo, de 1947. O céu escurece sobre a URSS de Stalin e do compositor fica diante da desgraça que vive seu país. Mas Mullova está lá para nos salvar do desespero. Sua interpretação dança à beira do um abismo que, de alguma forma, acaba em seus pés. 50 minutos inacreditáveis de música.

* Com o auxílio de Norman Lebrecht

Serguei Prokofiev (1891-1953): Violin Concerto No.2, Solo Violin Sonata, Duo Violin Sonata

Concerto For Violin And Orchestra No. 2 In G Minor, Op. 63 (1953) Mullova (25:39)
1 I. Allegro Moderato 10:15
2 II. Andante Assai 9:15
3 III. Allegro, Ben Marcato 6:09

Sonata For Two Violins In C Major, Op. 56 (1932) Mullova e Papavrami (13:50)
4 I. Andante Cantabile 2:27
5 II. Allegro 2:45
6 III. Comodo (Quasi Allegretto) 3:30
7 IV. Allegro Con Brio 5:08

Sonata for Solo Violin In D Major, Op. 115 (1947) Mullova (10:58)
8 I. Moderato 4:33
9 II. Andante Dolce. Tema Con Variazioni 2:37
10 Con Brio 3:48

Viktoria Mullova e Tedi Papavrami, violinos
Radio-Sinfonie-Orchester Frankfurt (tracks: 1-3)
Paavo Järvi

Tudo ao vivo, como a gente gosta: Alte Oper, Frankfurt, 17-18 May 2012 (Concerto); Hessischer Sendesaal, Frankfurt, 7 December (Sonatas)

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FDP, larguei aquelas besteiras e voltei pra onde sou rainha
FDP, larguei aquelas besteiras e voltei para onde sou rainha

PQP

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 3

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 3

Pessoa de movimentos contidos e verdadeira indústria de concertos, amigo de Putin e influente personalidade russa, Valery Gergiev está consolidado como um dos bons regentes de nosso tempo. Sua 3ª de Mahler é algo que merece ser bem ouvido. Talvez por ser uma sinfonia imensa, muitas vezes minha atenção foge nos três movimentos finais. Aqui, garanto-vos, não há como. Acho que não preciso escrever muito sobre esta obra ultra conhecida, certo?

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 3

1. Kräftig entschieden (forte e decisivo)
2. Tempo di Menuetto (Tempo de minueto)
3. Comodo (Scherzando) (confortável, como um scherzo)
4. Sehr langsam–Misterioso (muito lento, misteriosamente)
5. Lustig im Tempo und keck im Ausdruck (Alegre em tempo e atrevido em expressão)
6. Langsam–Ruhevoll–Empfunden (lento, tranquilo, profundo)

Anna Larsson, alto
Tiffin Boys’s Choir
Ladies of the London Symphony Chorus
London Symphony Orchestra
Valery Gergiev

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Gergiev ofendendo o spalla.
Gergiev ofendendo o spalla.

PQP

Restaurado – J. Brahms (1833-1897): Violin Sonatas op.100 & 108 – Dietrich / Schumann / Brahms: F.A.E. Sonata

Restaurado – J. Brahms (1833-1897): Violin Sonatas op.100 & 108 – Dietrich / Schumann / Brahms: F.A.E. Sonata

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Isabelle Faust e Alexander Melnikov já nos deram uma sensacional versão da primeira Sonata para Violino de Brahms em 2007. Agora, eles completam o ciclo com as outras duas sonatas de 1886 e 1888, e adicionam uma raridade fascinante que data de duas décadas antes: a Sonata FAE, um esforço colaborativo de três compositores em honra do grande violinista Joachim, que teve que adivinhar quem tinha escrito cada movimento. Foi fácil. O segundo Allegro é hiper brahmsiano, assim como o Intermezzo e Finale são “schumannesque”. O som do piano de Melnikov — um Bösendorfer de 1875 — pode soar magro para alguns ouvintes acostumados com aos super pianos atuais, mas, após a audição é impossível não sentir que talvez os dois estejam muito, mas muito certos em sua abordagem.

J. Brahms (1833-1897): Violin Sonatas op.100 & 108 — Dietrich / Schumann / Brahms: F.A.E. Sonata

Johannes Brahms [1833-1897]
Violin Sonata no.3 in D minor op.108 / ré mineur / d-Moll
1 I. Allegro 8’07
2 II. Adagio 4’27
3 III. Un poco presto e con sentimento 2’54
4 IV. Presto agitato 5’39

Robert Schumann [1810-1856]
Three Romances op.94
5 I. Nicht schnell 3’13
6 II. Einfach, innig 3’56
7 III. Nicht schnell 4’09

Johannes Brahms [1833-1897]
Violin Sonata no.2 in A major op.100 / La majeur / A-Dur
8 I. Allegro amabile 7’43
9 II. Andante tranquillo – Vivace 5’49
10 III. Allegretto grazioso (quasi Andante) 5’28

Brahms / Schumann / Dietrich
F.A.E. Sonata [“Frei aber einsam” – Joseph Joachim gewidmet]
11 I. Allegro 11’51
12 II. Intermezzo. Bewegt, doch nicht zu schnell 2’24
13 III. Allegro 4’43
14 IV. Finale. Markiertes, ziemlich lebhaftes Tempo 7’19

Isabelle Faust – Violin
Alexander Melnikov – Piano

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Uma extraordinária dupla de dois: Faust e Malnikov
Uma extraordinária dupla de dois: Faust e Malnikov

PQP [restaurado por Vassily em 28/5/2020 e em 21/1/2024]

 

Giya Kancheli (1935): Vom Winde beweint / Alfred Schnittke (1932-1998): Concerto For Viola And Orchestra

Giya Kancheli (1935): Vom Winde beweint / Alfred Schnittke (1932-1998): Concerto For Viola And Orchestra

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um puta CD! Esta é, na minha opinião, a melhor gravação do Concerto para Viola de Schnittke. A energia da solista e da orquestra dão alma a uma composição de grande emoção. Emoção humana em música moderna e melódica. A obra de Kancheli, um grande compositor georgiano de música para o cinema, é igualmente extraordinária e cheia de paz. Era esperado e aconteceu, a violista norte-americana, filha de armênios, Kim Kashkashian superou Bashmet e Van Keulen.

Giya Kancheli (1935): Vom Winde beweint /
Alfred Schnittke (1932-1998): Concerto For Viola And Orchestra

1. Kancheli: Vom Winde beweint (1990) – 1. Largo molto 9:45
2. Kancheli: Vom Winde beweint (1990) – 2. Allegro moderato 7:59
3. Kancheli: Vom Winde beweint (1990) – 3. Larghetto 8:08
4. Kancheli: Vom Winde beweint (1990) – 4. Andante maestoso 12:02

5. Schnittke: Concerto For Viola And Orchestra (1985) – 1. Largo 3:51
6. Schnittke: Concerto For Viola And Orchestra (1985) – 2. Allegro molto 11:19
7. Schnittke: Concerto For Viola And Orchestra (1985) – 3. Largo 13:55

Kim Kashkashian
Dennis Russell Davies and Kim Kashkashian and Orchester Der Beethovenhalle Bonn (Kancheli)
Rundfunk-Sinfonieorchester Saarbrücken (Scnittke)
Dennis Russell Davies

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Com a fama que os violistas têm, a extraordinária Kim Kashkashian só pode desconfiar de seu instrumento
Com a fama que os violistas têm, a extraordinária Kim Kashkashian só pode desconfiar de seu instrumento

PQP

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 7 (Dudamel)

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 7 (Dudamel)

Talvez eu seja um ouvinte peculiar. Gosto de todas as sinfonias de Mahler, mas torço o nariz para a 8ª e a 9ª. Também acontece com Shosta. Das 15 sinfonias, detesto 3, a 2ª, 3ª e 12ª. A 7ª de Mahler, objeto deste post, é melodiosíssima e lindíssima. A estrutura é simétrica, são cinco movimentos: uma paulada no começo, outra no final; duas músicas da noite no segundo e quarto movimentos, com direito a bandolim no quarto; e uma fantástica valsa bem no coração da sinfonia. A interpretação de Dudanel é excelente, mas ainda fico com meus queridos Tilson Thomas e Bernstein.

A maturidade dos guris da Simón Bolívar Symphony Orchestra é de abobar. Eles deveria fazer mais concursos a fim de aportarem aos magotes no Brasil. Eu os receberia de braços abertos! (Assim como a quaisquer imigrantes, refugiados ou não).

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 7 (Dudamel)

1. 1. Langsam Allegro risoluto, ma non troppo
2. 2. Nachtmusik. Allegro moderato
3. 3. Scherzo. SchattenhafT
4. 4. Nachtmusik. Andante amoroso
5. 5. Rondo-Finale. Allegro ordinario

Simón Bolívar Symphony Orchestra of Venezuela
Gustavo Dudamel

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Ai, cansei!
Ai, cansei, sabe?

PQP

Francis Poulenc (1899-1963): Concerto Campestre / Suíte Francesa / Sinfonietta, etc.

Francis Poulenc (1899-1963): Concerto Campestre / Suíte Francesa / Sinfonietta, etc.

Um belo CD. É um prazer sempre renovado ouvir o Concerto Campestre de Poulenc. A Sinfonietta, idem. E a dupla Rogé-Dutoit sai-se maravilhosamente. A música de Poulenc é eclética, pessoal e melodiosa, ornamentada por dissonâncias do século XX. Tem talento, elegância, profundidade de sentimento e um doce-amargo que são derivados da uma personalidade entre o alegre e o melancólico. Poulenc é ainda um compositor bastante desconhecido, que aguarda o reconhecimento público. Ele não abriu uma nova escola de composição, causou poucos escândalos — apesar de sua declarada homossexualidade –, mas sua alegria, qualidade e ousadia mereciam um público maior.

Francis Poulenc (1899-1963): Concerto Campestre / Suíte Francesa / Sinfonietta, etc.

Sinfonietta, FP 141
1 I Allegro Con Fuoco 8:37
2 II Molto Vivace 5:54
3 III Andante Cantabile 7:23
4 IV Finale 6:25

Concert Champêtre, FP 49
5 I Allegro Molto 10:36
6 II Andante 6:04
7 III Finale 8:07
8 Pièce Brève Sur Le Nom D’Albert Roussel, FP 50 2:07
9 Bucolique, FP 160 (From “Variations Sur Le Nom De Marguerite Long”) 2:26
10 Fanfare, FP 25 2:51

Deux Marches Et Un Intermède, FP 88
11 I Marche 189 1:35
12 II Intermède Champêtre 1:50
13 III Marche 1937 1:51

Suite Française, FP 80
14 I Bransle De Bourgogne 1:22
15 II Pavane 2:25
16 III Petite Marche Militaire 1:07
17 IV Complainte 1:29
18 V Bransle De Champagne 1:42
19 VI Sicilienne 1:53
20 VII Carillon 1:37

Pascal Rogé, cravo
Orchestre National De France
Charles Dutoit

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Poulenc e um amigo
Poulenc e um amigo

PQP

Arvo Pärt (1935): Tabula Rasa – Gidon Kremer, Keith Jarrett, Alfred Schnittke

Arvo Pärt (1935): Tabula Rasa – Gidon Kremer, Keith Jarrett, Alfred Schnittke

coverReconheço que ao fazer uma postagem como esta estou adentrando em terras desconhecidas, e um tanto quanto temerosas. Não conheço a obra de Arvo Pärt, nem tenho alguma familiaridade com sua vida. Estou aqui apenas como o fornecedor do CD, que adquiri há alguns anos atrás, não me perguntem onde nem quando. O que me chamou a atenção foi a reunião de dois de meus ídolos, Gidon Kremer e Keith Jarrett para a interpretação de “Frates”, uma peça um tanto quanto minimalista, eu arriscaria dizer. Mas não quero me mover muito no meio desta areia movediça, por isso deixo maiores detalhes para o novo integrante da família PQPBach, Luke D. Chevalier.


Comentários de Luke D. Chevalier

Nos bastidores desse blog, existe uma discussão que não quer cessar: Pärt se pronuncia Piart ou Pért? Cada um apresenta seus argumentos para fundamentar suas “hipóteses”, digamos assim, mas nada que dê um fim à discussão. Essa discussão se soma às outras grandes questões deste blog que os senhores podem perceber nas postagens e nos comentários que vocês leitores fazem: Vivaldi pegava ou não pegava as menininhas do orfanato? E Brahms, comia ou não comia Clara Schumann? São questões que cada um toma seu lado. Eu, como bom sociólogo que sou, cito Max Weber e fingo exercer uma “neutralidade”.

Mas vamos ao álbum prezados leitores. Provavelmente essas são as melhores interpretações para essas obras que qualquer um poderia querer. Gidon Kremer assume o violino e faz muito bonito como lhe é de costume (a obra Tabula Rasa, pivô deste álbum, foi de certa forma uma recomendação do violinista para Pärt). O interessante do álbum é Alfred Schnittke tocando o piano preparado em Tabula Rasa; um compositor inovador tocando a música de outro compositor inovador de seu tempo. Pena que Schnittke já se foi, Pärt, para nossa alegria, ainda está ai. E falando de idas e vindas, o belíssimo Cantus… é justamente em homenagem à outro compositor que já se foi, Benjamin Britten. Pärt diz que se entristece com o fato de Britten ter morrido logo quando ele tinha percebido a beleza de sua música, e que assim não poderia mais se encontrar com ele. Sentimento parecido sofri eu ao ler este ano o livro “Ostra Feliz Não Faz Pérola” de Rubem Alves. Enquanto lia achava que o autor ainda estava vivo, mas quando descobri que ele havia falecido no ano anterior, 2014, fiquei muito triste, pois havia gostado tanto do livro que estava pensando em ir visitá-lo em Campinas.

Enfim, já deu pra ver que tem muita coisa boa aqui. A única coisa ruim nesse álbum é a capa, mas como vocês perceberão ao longo das minhas próximas postagens com obras de Pärt, a ECM nunca foi criativa com elas, quando não são feias, são sem graça. Mas confesso que eu até gosto da simplicidade de algumas delas (não é o caso da capa deste álbum).

Arvo Pärt (1935): Tabula Rasa

01.Fratres

Gidon Kremer – Violino
Keith Jarrett – Piano

02.Cantus in Memory of Benjamin Britten

Staatsorchester Sttutgart
Dennis Russel Davis – Regente

03.Fratres

Os 12 violoncelistas da Berlin Philharmonic Orchestra

04.Tabula Rasa

Gidon Kremer, Violino
Tatjana Gridenko, Violino
Alfred Schnittke, Piano preparado

Lithuanian Chamber Orchestra
Saulus Sondeckis – Regente

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O defeito do scanner até que caiu bem nessa foto.
O defeito do scanner até que caiu bem nessa foto.

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 4

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 4

A Quarta Sinfonia em sol maior de 1899-1900 pode ser considerada um epílogo para as três primeiras sinfonias. É a sinfonia mais intimista e em menor escala de Mahler, com orquestra reduzida e virtualmente nenhum efeito grandioso. É também a mais curta da série. Não se pode falar em ingenuidade em relação a uma composição tão sutil, mas a atmosfera é certamente infantil, de modo sumamente apropriado. Não admira que seja a mais popular e acessível sinfonia de Mahler, e é a primeira em que ele se conservou fiel aos quatro movimentos do modelo clássico. Pensou em chamá-la de Humoresque. Os movimentos estão tematicamente inteligados à maneira usual de Mahler. “Eu queria realmente escrever um humoresque sinfônico que acabou se convertendo numa sinfonia completa, enquanto que antes, quando quis escrever a Segunda e Terceira sinfonias, acabei escrevendo cada uma delas com o tamenho de três.”

Sua composição demorou muito tempo para os padrões de Mahler: o quarto movimento Das Leben Himmlische (Vida Celestial) foi tomado do Des Knaben Wunderhorn, ciclo de lieder escrito em 1892. Este movimento deveria ser parte, inicialmente, da Terceira Sinfonia. Como esta já estava imensa, Mahler então decidiu colocá-lo no final da sua Quarta Sinfonia e escreveu seus três primeiros movimentos.

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 4

1. Bedächtig, nicht eilen
2. In gemächlicher Bewegung, ohne Hast
3. Ruhevoll, poco adagio
4. Sehr behaglich

Sylvia McNair
Berlin Philharmonic Orchestra
Bernard Haitink

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mahler2

PQP

Johannes Brahms (1833-1897): Concerto para piano e orquestra No.1 em Ré menor, Op. 15

Johannes Brahms (1833-1897): Concerto para piano e orquestra No.1 em Ré menor, Op. 15

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Post revalidado do Carlinus.

Digam o que quiserem, mas não abro mão de determinados compositores. E um deles é Brahms. Há pessoas que tentam transformar opiniões pessoais em dogmas. Esse é o primeiro passo para a tirania. Mas há realidades que, digamos, é resultado de algo consensual. Por mais que não gostemos, temos que admitir que ali está algo de valor – mesmo que não simpatizemos ou não esteja consoante com as nossas preferências estéticas. Acredito que isso diga respeito aos dois concertos para piano e orquestra de Brahms. Juntamente com os cinco concertos para piano e orquestra de Beethoven e alguns de Mozart, julgo que se trata das peças mais belas e profundas que já escritas para o piano. O concerto no. 1 foi escrito quando Brahms era um jovem de 25 anos de idade. Como muitas das obras de Brahms, o compositor levou bastante tempo para concluir. Os acordes iniciais do concerto nos faz pensar numa sinfonia grandiosa. A tensão provocante, tonitruante, chega a nos assustar. Quando o piano aparece um mar de lirismo e uma amenidade trágica toma-nos pelas mãos e nos guia por mares de beleza. É preciso ouvir este CD. Traz um time poderoso: Karl Bohm e Maurizio Pollini. Boa apreciação!

P.S. Infelizmente não achei o CD exato na Amazon. (PQP)

Johannes Brahms (1833-1897) –
Concerto para piano e orquestra No.1 em Ré menor, Op. 15

Concerto para piano e orquestra No. 1 em Ré menor, Op. 15
01. Maestoso
02. Adagio
03. Rondo – Allegro non troppo

Wiener Philharmoniker
Karl Böhm, regente
Maurizio Pollini, piano

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Ah, Pollini!
Ah, Pollini! E Böhm mostrando novamente que não tinha nada a ver com o Karalanglang de Berlim (PQP)

Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concerto nº1 in D Minor, op. 15 – Curzon, Rubinstein, Beinum, Reiner, CSO, Concertgebow Orchestra

coverNão se trata de um comparativo, são apenas duas gravações históricas de um dos maiores concertos para piano já compostos, o de nº 1 de Brahms. E só tem fera aqui: Arthur Rubinstein com Fritz Reiner e a Chicago Symphony e Sir Clifford Curzon com a Concertgebow Orchestra, regida por Eduard van Beinum. Curiosamente as duas gravações são do mesmo ano, 1953, ou seja, ambas foram gravadas ainda em Mono. Mas a qualidade da remasterização é muito boa, os senhores nem vão sentir muito a diferença.

folderPor falar em diferença, a qualidade da interpretação é de tão alto nível que é quase impossível encontrar um ‘vencedor’. Os anos de Fritz Reiner frente à Sinfônica de Chicago elevaram o nível desta orquestra ao nível das melhores orquestras européias, e aqui a comparação é inevitável com a Orquestra do Concertgebow, de Amsterdam. Altíssimo nível, volto a repetir. Rubinstein é Rubinstein, e para mim sempre será o maior pianista do século XX, mas Sir Clifford Curzon também frequentou este patamar de qualidade e excelência.

Estes quatro dinossauros nos proporcionam aqui momentos de puro prazer e introspecção, pois conseguem extrair deste concerto aqueles principais elementos que o elevaram como um dos mais belos e perfeitos concertos para piano já compostos.

Então, vamos ao que viemos.

01. Piano Concerto No. 1 in D minor, Op. 15 I. Maestoso
02. Piano Concerto No. 1 in D minor, Op. 15 II. Adagio
03. Piano Concerto No. 1 in D minor, Op. 15 III. Rondo. Allegro non troppo

Arthur Rubinstein – Piano
Chicago Symphony Orchestra
Fritz Reiner – Conductor

Sir Clifford Curzon – Piano
Concertgebow Orchestra, Amsterdam
Eduard van Beinum – Conductor

RUBINSTEIN – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CURZON – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE