P.Q.P.!!! DEZ anos de PQP!!!

Só agora — dia 14, 17h45 — vi esta postagem comemorativa preparada pelo Bisnaga. Ela ficará fixada no topo do blog no dia de hoje. Bem, como o grupo me chama de sumo-sacerdote, escrevo no topo da postagem-topo de hoje. Sou um chefe muito liberal, mas hoje vou tomar a precedência na marra. Confirmo o que o Bisnaga dirá a seguir: jamais imaginaria que nosso blog chegaria aos dez anos. É claro que era feriado no dia 15 de novembro de 2006. Naquela manhã, resolvi que abriria um repositório de música e o nome foi decidido em um minuto: eu seria o filho bastardo de Bach, PQP, irmão de CPE, WF, JC e outros dezessete. Nunca quis que este fosse um blog pessoal do gênero “eu e a música”. Tenho gostos muito pessoais e não desejava impô-los. E comecei a convidar amigos. Acho que FDP entrou ainda em 2006. Fazia apenas duas exigências: (1) que cada postagem tivesse uma explicação, uma espécie de curadoria que dissesse o que estava sendo postado, se prestava ou não e (2) que utilizássemos um tom leve, nada pomposo. Em meados deste ano, ameacei fechar o blog. A reação foi algo inesquecível. Só faltaram ameaças de morte ou suicídio. Eu simplesmente não podia fechar o blog. Parecia o poema de Drummond, as pessoas estavam desfechando tiros no peito, do meu quarto ouvia a fuzilaria. Pum pum pum, adeus, enjoado. Eu vou, tu ficas, mas nos veremos, seja no claro céu ou turvo inferno. OK, esqueçam isto. Saibam que conseguimos: a gente se diverte fazendo o PQP. Temos ideologia: a arte é filha da criatividade, da habilidade, do conhecimento, da inteligência e do artifício. E todos estes itens guardam parentesco maior com a alegria do que com a sisudez. Então sigamos assim, postando com bom humor e irreverência porque lá fora tá foda.

E agora, com vocês, Bisnaga.

TOQUEM AS TROMBETAS! RUFEM OS TAMBORES! PQP BACH ESTÁ COMPLETANTO DEZ ANOS!!!
TOQUEM AS TROMBETAS! RUFEM OS TAMBORES! PQP BACH ESTÁ COMPLETANTO DEZ ANOS!!!

Peguei uma postagem de 2011 e escrevo novamente sobre ela: naquele ano, o PQP.Bach estava fazendo 5 anos, era uma criança, agora chegou a festa de aniversário de DEZ anos: já é pré-adolescente…

No mesmo auspicioso dia de 15 de novembro, no quase-longínquo ano de 2006, o chefe e sumo-sacerdote deste blog lançava a semente deste que — duvido que ele imaginava — seria um dos maiores repositórios de música clássica de toda a esfera terrestre. Hoje o P.Q.P. Bach, imenso de quantidade, mas muito mais em qualidade, está sua décima aniversagem!

O projeto inicial de Peter Qualvoll Publizieren Bach (ou só P.Q.P. Bach), como ele mesmo dizia, “de polinizar beleza pela blogosfera e suas margens”, cresceu e ganhou adeptos. Talvez ele nem imaginasse a que tamanho a coisa ia chegar.

Atualmente (isso em 2011) o site conta com 13 membros: ao P.Q.P se uniram os amigos/parentes Clara SchumannF.D.P. Bach, C.D.F. Bach e filhos renegados ou amados de outros brilhantes compositores, como Cícero Villa-Lobos (Ciço para os íntimos – nós – , ou só C.V.L.) e Marcelo Stravinsky (que chamamos aqui pelo apelido do da pelada de fim-de-semana: Strava); depois vieram o misterioso Blue Dog e os filósofos e pensadores, como o Monge Ranulfus, o professor latino Carlinus e o Mestre Avicenna; e, por fim (em 2011, gente…), chegaram outros contribuintes ao blog com suas belas coleções: Gabriel della Clarinet, Itadakimatsu, Raphael Cello e este Bisnaga que vos escreve a missiva.

De 2011 para cá, ganhamos novos reforços no time: o divertido Das Chucruten, o genial Vassily Genrikhovich, o Well Bach – um cara que entende mesmo de música – e o superdotado caçula (de tempo e de idade) da turma, Luke de Chevalier.

Alguns colegas não puderam nos acompanhar por mais tempo: Clara Schumann (temos remorsinho dela, que partiu sem deixar notícias e apagou as postagens…). CDF, CVL, Strava e Blue Dog, Gabriel, Raphael Cello, Chucruten e Vassily foram engolidos pelos afazeres da vida mundana e nos deixaram imensas saudades (ainda temos contato com eles) e muitas e belas postagens no ar. Eu (Bisnaga) e Itadakimatsu estamos parados (eu mesmo não consigo postar nada desde abril…), enroscados, mas sempre prometendo voltar: juramos de pés juntos que não abandonamos a blogosfera. De repente vocês vêem algum rompante de postagem de nossa parte. Quem está segurando mesmo o rojão é o pai-mestre-chefe-sumo-sacerdote PQP, o meninão Luke, FDPAvis, Ranulfus e Carlinus

Essa equipe, hoje pela manhã (dia 15 de novembro de 2016), com quem ficou e quem saiu, já tinha assinado nada menos 4.584 postagens que vão do erudito ao jazz, passando por uma imensa gama de influências dos ritmos e estilos populares na música.

A participação dos internautas apresenta-se em 35.048 comentários. Até este dia (às 11h da manhã), o número dos que visitaram o blog atingia, desde novembro de 2006 até a mudança de domínio em 2012, a singela conta de 3.254.118 acessos e, desde que passamos para o Sul21, somamos mais 2.895.797 acessos, ou seja, já contamos, em nossa trajetória, mais de 6 MILHÕES de usuários (IP’s) diferentes.

Esses internautas são amantes da música erudita/instrumental de 192 países, de todos os continentes. Sim, a maioria é de brasileiros, mas os estrangeiros respondem por 31% dos acessos, com certeza, não entendendo nada das gírias e expressões que utilizamos, pois não fazemos questão nenhuma de postar em outra língua que não seja o belo e melodioso português.

Sem preconceitos para com a música de lá ou de cá, desta época ou de períodos anteriores, as postagens trazem nada menos que 1.526 compositores de todas as partes do globo, do século XII até a atualidade, que são contemplados neste espaço.

Com tanta coisa aqui no P.Q.P. Bach, só posso dizer: Aproveite! Ouça! Deleite-se!

TOQUEM AS TROMBETAS! RUFEM OS TAMBORES! PQP BACH ESTÁ COMPLETANTO DEZ ANOS!!!
Bach, o pai, o inspirador: fodão!

Bisnaga

Comentário do PQP em 2012:
Um pequeno adendo de PQP Bach: o blog teve um ano e meio de blogspot antes do opsblog. A contagem do Bisnaga não tem os números do blogspot que, aliás, nem eu tenho. O número de 3 milhões são de visitantes únicos e não de page views, OK? O que me deixou abobado foi o número de 847 compositores! Ah, tenho que colocar contadores decentes no blog, mas dá uma preguiça fazer essas coisas… É muito melhor ouvir música.

Montserrat Figueras, Jordi Savall: Cançons de la Catalunya miŀlenària

Montserrat Figueras, Jordi Savall: Cançons de la Catalunya miŀlenària

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Tudo o que Jordi Savall toca vira ouro. O catalão é um gênio e nunca ouvi algo dele que fosse esquecível. Invariavelmente marcante, ele volta e volta sempre com gravações de altíssima qualidade. Esta reedição na Série Heritage — o álbum original foi lançado em 1988 — permite-nos ouvir a voz única de Montserrat Figueras cantando um repertório que ela encarna como ninguém: as canções tradicionais da Catalunha. O CD é a continuação natural de sua exploração das grandes obras ligadas à região como, por exemplo, a canção do Sybille ou o Livro Vermelho de Montserrat (manuscrito gregoriano). Naquela costa do Mar Mediterrâneo, o tradicional e o repertório “clássicos” estão conectados de uma forma muito íntima. Este álbum é um marco na carreira de Montserrat Figueras: seu estilo inovador de interpretação, caracterizado por uma grande fidelidade às fontes históricas combinadas com enorme expressividade, deve ser ouvida pelo pequepiano. Montserrat Figueras, falecida em 2011, foi mulher de Jordi Savall e referência na interpretação de um amplo repertório vocal das épocas medieval, renascentista e barroca. Não faça a bobagem de não ouvir esta joia.

tumblr_nmuxzqqd5S1tkxb2eo2_400

Montserrat Figueras, Jordi Savall: Cançons de la Catalunya miŀlenària

01. El Cant dels Aucells
02. La filadora
03. El fill del rei
04. El mestre
05. El comte Arnau
06. Mariagneta
07. Cançó del lladre
08. El testament d’Amèlia
09. Cançó de Bressol : Mareta no’m faces plorar
10. Cançó de Bressol : La mare de Déu
11. Els segadors (Romance Historique)
12. Els segadors (Himne Nacional de Catalogne)

Musicians:
Montserrat Figueras: chant

Francese Garrigosa: ténor
Arianna Savall: soprano & arpa doppia
Ferran Savall: chant

La Capella Reial de Catalunya
Maite Arruabarrena, Carme Marqués: sopranos
Maria Dolors Cortès: alto; Joseph Maria Gregori: contreténor
Lambert Climent, Francesc Garrigosa: ténors
Jordi Ricart: baryton; Lluís Ramon Sales: basse

Hespèrion XX & XXI
Jordi Savall: dessus & basse de viole
Sergi Casademunt, Eunice Brandão, Paolo Pandolfo, Imke David, Philippe Pierlot: violes de gambe
Lorenz Duftschmid: violone

Marc Hantaï: flûte traversière; Pedro Memelsdorff: flûtes

Jean Pierre Canihac: cornetto; Alfredo Bernardini: chalemie
Daniel Lassalle: saqqueboute ténor; Bernard Fourtet: sacqueboute basse

Rolf Lislevand: guitare & théorbe; Andrew Lawrence-King: harpe
Xavier Díaz-Latorre: guitare baroque

Rinaldo Alessandrini: clavecin
Pedro Estevan: percussions; Dimitri Psonis: cloches

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Nos últimos dias, o PQP só quer saber de amor.
Nos últimos dias, o PQP só quer saber de amor.

PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonias nº 4 & 5, Concentus Musicus Wien

frontO grande maestro austríaco Nikolaus Harnoncourt nos deixou no começo do ano, mas sua arte felizmente vai permanecer entre nós por bastante tempo, graças aos recursos tecnológicos de gravação.
Creio que estas sejam as gravações mais radicais de uma sinfonia de Beethoven que eu já tive a oportunidade de ouvir. Esqueçam Karajan, Furtwängler, Walter, Reiner, Klemperer, enfim, todos estes grandes regentes, que nos trouxeram uma visão mais contemporânea de Beethoven, com grandes conjuntos orquestrais produzindo massas sonoras. Concentrem-se aqui no ‘Concentus Musicus Wien’, pequena orquestra de câmera que Harnoncourt fundou há mais de cinquenta anos atrás, e percebam as possibilidades que o grande maestro conseguiu extrair de obras mais do que exploradas. A idéia é termos acesso a como a platéia de Beethoven, há duzentos anos atrás, ouvia estas obras.
Muitos vão torcer o nariz, outros vão adorar, eu particularmente gostei e muito. Mas longe de mim querer influenciar alguém. Quero apenas mostrar o grande maestro que Harnoncourt foi, que, já adentrado nos seus oitenta e poucos anos de idade, ainda ousou, nos brindando com este petardo fonográfico. Aliás, creio que esta tenha sido sua última gravação, seu ‘canto do cisne’.

Aqueles que não gostarem, podem voltar aos seus Karajans. Pelo menos tiveram a oportunidade de ouvir algo diferente.

01 – Symphony No. 4 in B-Flat Major, Op. 60 – I. Adagio – Allegro vivace
02 – Symphony No. 4 in B-Flat Major, Op. 60 – II. Adagio
03 – Symphony No. 4 in B-Flat Major, Op. 60 – III. Allegro vivace – Trio. Un poco meno allegro
04 – Symphony No. 4 in B-Flat Major, Op. 60 – IV. Allegro ma non troppo
05 – Symphony No. 5 in C minor, Op. 67 – I. Allegro con brio
06 – Symphony No. 5 in C minor, Op. 67 – II. Andante con moto
07 – Symphony No. 5 in C minor, Op. 67 – III. Allegro – attacca
08 – Symphony No. 5 in C minor, Op. 67 – IV. Allegro

Concentus Musicus Wien
Nikolaus Harnoncourt – Conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Rimsky-Korsakov / Tchaikovsky / Dvorák / Richard Strauss: In the still of night (Canções Russas)

Rimsky-Korsakov / Tchaikovsky  / Dvorák  / Richard Strauss: In the still of night (Canções Russas)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Em março de 2009, um crítico da grande, excelente e normalmente irônica e contida revista londrina Gramophone parece ter enlouquecido:

… quando ouço Anna Netrebko cantar, viver , eu não quero que ela pare… Lembro-me das ovações arrebatadoras , quando as pessoas estavam realmente enlouquecendo pelo som de uma voz. Esse é o tipo de voz Netrebko tem… Ela também é um animal do palco… Ela é alimentada por puro talento e instinto… Eu prefiro Netrebko acima de qualquer outra pessoa, a qualquer hora.

Bem, OK, não preciso dizer mais nada. Ou talvez deva reforçar que a dupla Netrebko e Barenboim é mesmo espetacular?

Rimsky-Korsakov / Tchaikovsky  / Dvorák  / Richard Strauss: In the still of night  (Canções Russas)

Nicolai Rimsky-Korsakov (1844 – 1908)
Four Songs, Op.40
1) No.3 O chem v tishi nochey [2:28]
Four Songs, Op.27
2) No.4 Prosti! Ne pomni dney naden’ya [1:29]
Vesnoy, Op.43
3) No.2 Ne veter, veya s vïsotï [2:14]
4 No.1 Zvonche zhavoronka pen’ye [1:16]
Four Songs, Op.3
5) No.4 Na kholmakh Gruzii [2:31]
Six Songs, Op.8
6) No.5 V tsarstvo rozï i vina [2:46]
Four Songs, Op.6
7) No.4 Pesnya Zyuleyki [1:56]
Four Songs, Op.2
8) No.2 Plenivshis’ rozoy, solovey [3:09]
Four Songs, Op.42
9) No.3 Redeyet obklakov letuchaya gryada [3:26]
Two Songs, Op.56
10) No.1 Nimfa [3:25]
11) No.2 Son v letnyuyu noch’ [5:25]

Peter Ilyich Tchaikovsky (1840 – 1893)
Shest’ romansov (Six Romances), Op.57
12) No.1 Skazhi, o chom v teni vetvey [3:44]
13) Zabït tak skoro (1870) [2:56]
Dvenadtsat’ romansov (Twelve Romances), Op.60
14) No.6 Nochy bezumnïye [2:52]
Shest’ romansov (Six Romances), Op.6
15) No.5 Otchevo? [3:09]
Shest’ romansov (Six Romances), Op.63
16) No.6 Serenada [3:42]
Shest’ romansov (Six Romances), Op.16
17) No.1 Kolïbel’naya pesnaya [4:26]
Sem’ romansov (Seven Romances), Op.47
18) No.7 Ya li v pole da ne travushka bïla [6:05]
Shest’ romansov (Six Romances), Op. 73
19) No.5 Sred mrachnïkh dnei [1:51]
Sem’ romansov (Seven Romances), Op.47
20) No.6 Den li tsarit? [3:49]

Antonín Dvorák (1841 – 1904)
Ciganské melodie (Gypsy Melodies), Op.55
21) 4. Als die alte Mutter [3:46]

Richard Strauss (1864 – 1949)
Vier Lieder, Op.27
22) 2. Cäcilie [2:31]

Anna Netrebko, soprano
Daniel Barenboim, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Anna Netrebko e Daniel Barenboim: já é uma dupla, né?
Anna Netrebko e Daniel Barenboim: já é uma dupla, né?

PQP

Jacob Arcadelt (1507-1568): Madrigais

Jacob Arcadelt (1507-1568): Madrigais

Jacques Arcadelt (também Jacob ou Jacobus Arcadelt) foi um compositor franco-flamengo do Renascimento que trabalhou na Itália e na França. Foi conhecido principalmente como compositor de música vocal secular. Embora também tenha escrito música vocal sacra, ele foi um dos mais famosos dos primeiros compositores de madrigais. Seu primeiro livro de madrigais — foco deste CD — tornou-se célebre. Além de seu trabalho como madrigalista, foi igualmente prolífico em canções, particularmente no final de sua carreira, quando viveu em Paris.

Arcadelt era o membro mais influente da fase inicial dos madrigais, a fase “clássica”. Foi através de publicações de Arcadelt, mais do que os de qualquer outro compositor, que o madrigal tornou-se conhecido fora da Itália. Compositores posteriores aprenderam sua arte, que também foi utilizada para o ensino, com reimpressões aparecendo mais de um século depois de sua publicação original.

Jacobus Arcadelt (1507-1568): Madrigais

1 Motet: O sacrum convivium
2 Il bianco e dolce cigno
3 Giovenetta regal
4 Deh dimm’ Amor
5 Deh se lo sdegn’ altiero
6 In un boschetto adorno
7 Ver’infern’ e’l mio petto
8 Quant’ e madonna mia
9 Voi, voi la mia vita siete
10 O felic’ occhi miei
11 Quando col dolce suono
12 Occhi miei lassi
13 Chi potra dir quanta
14 Madonna mia gentile
15 Iniustissim’amore
16 Ancidetemi pur
17 Il ciel che rado virtu
18 Io mi pensai
19 Chiare, fresch’e dolci acque
20 S’egli e pur mio
21 Tempo verr’ ancor
22 Da bei rami scendea
23 Quanta volte diss’io

The Consort of Musicke
Anthony Rooley

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O alaudista, de Caravaggio. Olha ali a partitura: é de Arcadelt!
O alaudista, de Caravaggio. Olha ali a partitura: é de Arcadelt!

PQP

Felix Mendelssohn Bartholdy – Violin Concerto in E Minor, Op. 64, Max Bruch =- Violin Concerto No. 1 in G Minor, Op. 26

513ttbencul-_ss500

LINK CORRIGIDO NOVAMENTE !!!

Teremos hoje dois grandes concertos para violino interpretados por um dos maiores violinistas do século XX, acompanhado pela melhor orquestra do planeta, que por sua vez é dirigida por um dos grandes nomes da regência. É tudo superlativo neste CD.
Sem contra-indicações, facilmente classificável como IM-PER-DÍ-VEL !!!

01. Mendelssohn – Violin Concerto in E Minor, Op. 64 I. Allegro molto appassionato
02. Mendelssohn – Violin Concerto in E Minor, Op. 64 II. Andante
03. Mendelssohn – Violin Concerto in E Minor, Op. 64 III. Allegretto non troppo…
04. Bruch – Violin Concerto No. 1 in G Minor, Op. 26 I. Allegro moderato
05. Bruch – Violin Concerto No. 1 in G Minor, Op. 26 II. Adagio
06. Bruch – Violin Concerto No. 1 in G Minor, Op. 26 III. Finale (Allegro energico)

Itzhak Perlman – Violin
Concertgebow Orchestra, Amsterdam
Bernard Haitink – Conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

.: Interlúdio :. Entre Mundos – Alexandre Silvério Quinteto

.: Interlúdio :. Entre Mundos – Alexandre Silvério Quinteto

cover

  • Repost de 24 de Dezembro de 2015

Dedico esse post ao mestre Avicenna, que numa bela tarde em São Paulo me mostrou uma belíssima versão de “My Funny Valentine” com Johnny Mathis que me ensinou mais sobre a beleza. Espero que a versão presente neste álbum o agrade da mesma forma.

Devo confessar que o jazz não é o estilo de música sobre o qual eu possuo maior conhecimento, só cheguei a conhecer algumas coisas muito recentemente, em um curso de apreciação musical que eu estava fazendo. Fora isso, possuo algumas incursões aqui e ali e adoro quando a música erudita usa alguns de seus elementos, como o saxophone.

Mas o contrário (o jazz usar elementos do erudito), meus amigos, também pode acontecer. E é mais ou menos isso que ocorre neste álbum.

O fagotista Alexandre Silvério, que toca na OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo), resolveu pegar seu instrumento, juntar uma turma de “manos do bairro”, e fazer uns sons “jazziacos” ao melhor estilo de uma dança entre o dionisíaco e o apolíneo. O fagote substitui a função que seria do saxophone com maestria e elegância, colocando no mundo do popular um elemento erudito.

Quando ouvi My Funny Valentine na versão desse álbum na Radio Cultura FM de São Paulo não me contive e imediatamente fui procurar o CD para o adquirir. Foi uma das melhores aquisições que fiz em 2015.

Agora eu o trago a vocês, e espero que gostem tanto quanto eu gostei.

Alexandre Silvério Quinteto: Entre Mundos

01 Saudade

02 My Funny Valentine (Arranjo por Alexandre Silvério)

03 Valsa para Bill

04 Tarde em Berlim (afternoon In Berlin)

05 Gordus Power

06 Ballad For Klaus (piano Intro)

07 Ballad for Klaus

08 Cromática

09 Meu fagote chorou

10 Un Tango para “El Chico”

Alexandre Silvério, fagote
Fábio Leandro, piano
Igor Pimenta, contrabaixo
Sérgio Reze, bateria
Vinicius Gomes, guitarra

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Da esquerda pra direita: Vinicius Gomes, Sérgio Reze, Alexandre Silvério, Fábio Leandro, Igor Pimenta
Da esquerda pra direita: Vinicius Gomes, Sérgio Reze, Alexandre Silvério, Fábio Leandro, Igor Pimenta.

Luke

Georges Ivanovitch Gurdjieff (1877-1949) & Hinos Bizantinos arranjados por Vassilis Tsabropoulos: Chants, Hymns and Dances (2004)

Georges Ivanovitch Gurdjieff (1877-1949) & Hinos Bizantinos arranjados por Vassilis Tsabropoulos: Chants, Hymns and Dances (2004)

IM-PER-Dí-VEL !!!

Belo e fascinante projeto da violoncelista alemã Anja Lechner e do pianista grego Vassilis Tsabropoulos. Segundo a Gramophone, Chants, Hymns and Dances poderia receber o título de Music from the Crossroads of the World. É um projeto que fica entre composição, arranjo e improvisação, entre a música contemporânea e a étnica e tradicional.

De atraente simplicidade e pureza, a música de Lechner e Tsabropoulos falará de perto a ouvintes de Erik Satie. No centro do CD, estão as composições de Tsabropoulos, que tomam como ponto de partida antigos hinos de inspiração bizantina. E, antes e depois, há a música e do compositor e filósofo armênio Georges Ivanovitch Gurdjieff (c.1877-1949) que se baseia em melodias e ritmos, tanto sacros como seculares, do Cáucaso, Oriente Médio e Ásia Central.

Na ECM, a música de Gurdjieff encontrou bom público a partir da década de 1980, quando Keith Jarrett utilizou os Hinos de G.I. Gurdjieff num CD. Os hinos bizantinos que Vassilis Tsabropoulos arranjou para o duo — alguns deles de 2000 anos — são obras igualmente muito boas.

Anja Lechner & Vassilis Tsabropoulos – Chants, Hymns and Dances (2004)

1. Chant From A Holy Book
2. Bayaty
3. Prayer
4. Duduki
5. Interlude I
6. Trois Morceaux Apres Hymnes Byzantins I
7. Trois Morceaux Apres Hymnes Byzantins II
8. Trois Morceaux Apres Hymnes Byzantins III
9. Dance
10. Chant
11. Interlude II
12. Assyrian Women Mourners
13. Aremenian Song
14. (No. 11)
15. Woman’s Prayer
16. Chant From A Holy Book, Var. 1

Faixas de 7 a 10 – compostas por Vassilis Tsabropoulos tendo por base hinos bizantinos
As outras são de Georges Ivanovitch Gurdjieff

Anja Lechner, violoncelo
Vassilis Tsabropoulos, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Anja Lechner e Vassilis Tsabropoulos: Grande disco!
Anja Lechner e Vassilis Tsabropoulos: Grande disco!

PQP

Antonio Vivaldi (1678-1741): Stabat Mater / Nisi Dominus / Concerto in G Minor

Antonio Vivaldi (1678-1741): Stabat Mater / Nisi Dominus / Concerto in G Minor

Aqui temos James Bowman em suas lendárias interpretações do Stabat Mater e do Nisi Dominus de Vivaldi. Total clareza, facilidade para cantar e fidelidade ao compositor. Hogwood e sua turma são belos parceiros. A gravação é dos anos 70, assim como a foto de Bowman que colocamos abaixo. Ainda é o gold standard destas obras. Na época de Vivaldi, provavelmente o Stabat Mater era cantado por uma mulher. Afinal, o texto é uma descrição da crucificação de Cristo através do ponto de vista da Virgem Maria. Então devia ser um contralto a cantar. De fato, há mais versões desta peça com contraltos do que com contratenores. Esta é uma das músicas mais pungentes de Vivaldi. Tudo está desaparecendo, exceto a própria música.

Antonio Vivaldi (1678-1741): Stabat Mater / Nisi Dominus / Concerto in G Minor

1. Stabat Mater, R.621 – 1. Stabat Mater 2. Cuius Animan 3. O Quam Tristis 6:36
2. Stabat Mater, R.621 – 4.Quis Est Homo 5. Quis Non Posset 6. Pro Peccatis 6:26
3. Stabat Mater, R.621 – 7. Eja Mater 8. Fac Ut Ardeat 9. Amen  5:54

4. Concerto In G Minor For Strings And Continuo, R.153 6:17

5. Nisi Dominus (Psalm 126), R.608 – 1. ”Nisi Dominus” (Allegro) 2:55
6. Nisi Dominus (Psalm 126), R.608 – 2.Vanum Est Vobis. 3.Surgite Postquam Sederitis 2:54
7. Nisi Dominus (Psalm 126), R.608 – 4. ”Cum Dederit” (Andante) 4:09
8. Nisi Dominus (Psalm 126), R.608 – 5. ”Sicut Sagittae” (Allegro) 1:51
9. Nisi Dominus (Psalm 126), R.608 – 6. ”Beatus Vir” (Andante) 1:19
10. Nisi Dominus (Psalm 126), R.608 – 7. Gloria Patris. 8. Sicut Erat In Principio 9. Amen 7:43

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

James Bowman, contratenor
Academy of Ancient Music
Christopher Hogwood

James Bowman: show nestes Vivaldis
James Bowman: show nestes Vivaldis

PQP

C. P. E. Bach, John Cage, Tigran Mansurian, Franz Liszt, Michail Glinka, Frédéric Chopin, Valentin Silvestrov, Claude Debussy e Béla Bartók: Alexei Lubimov — Der Bote — Elegias para Piano

C. P. E. Bach, John Cage, Tigran Mansurian, Franz Liszt, Michail Glinka, Frédéric Chopin, Valentin Silvestrov, Claude Debussy e Béla Bartók: Alexei Lubimov — Der Bote — Elegias para Piano

61fyfAw73OL._SS500IM-PER-Dí-VEL !!!

Maravilhoso disco formado por dez peças menores de compositores que apenas se unem por terem sido vanguardistas em seu tempo. Num recital que abarca 3 séculos, o pianista Lubimov dá uma aula sobre como montar um repertório erudito. Inicia com uma daquelas estranhas Fantasias do mano CPE que, para falar com a inteligência de Maitê Proença, é tudo di bom. Numa demonstração de parentesco inteiramente provocativa, mas pertinente, Lubimov dá seguimento ao recital com In a landscape, de John Cage. É notável como ambas combinam. E depois ele segue adiante com uma série de peças meditabundas. O mosaico fica lindo. O CD é da ECM. Com efeito, Manfred Eicher veio ao mundo para viabilizar as idéias mais doidas dos artistas. E para nos mostrar fatos nunca dantes pressentidos.

Alexei Lubimov – Der Bote

1 Carl Philipp Emanuel Bach: Fantasie für Klavier f-Moll
2 John Cage: In a landscape
3 Tigran Mansurian: Nostalgia
4 Franz Liszt: Abschied
5 Michail Glinka: Nocturne f-Moll “”La séparation””
6 Frédéric Chopin: Prélude c-Moll op. 45
7 Valentin Silvestrov: Elegie
8 Claude Debussy: Elégie
9 Béla Bartók: Vier Klagelieder op. 9a, Nr. 1
10 Valentin Silvestrov: Der Bote

Alexei Lubimov, Piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Grande Lubimov!
Grande Lubimov!

PQP

Andrea Zani (1696–1757): Concerti da Chiesa, Op. 11 / Concerti Op. 4

Andrea Zani (1696–1757): Concerti da Chiesa, Op. 11 / Concerti Op. 4

Os intérpretes deste dois CDs não chegam a ser brastemps, ou seja, talvez não façam jus à fragrância vivaldiana do raríssimo Zani, mas servem para demonstrar a tremenda qualidade da música violinística italiana — não enche o saco, eu sei que a Itália nem existia — daquele período. Zani é consistente, vale tranquilamente a audição, mas acho que principalmente o segundo CD mereceria melhores instrumentistas.

Estes são mais dois discos enviados ao PQP Bach por nosso leitor-ouvinte S. Leal. Obrigado!

Concerti da Chiesa, Op. 11 (1729)

1. Concerto da chiesa in A minor, Op. 2/1: Vivace
2. Concerto da chiesa in A minor, Op. 2/1: Largo
3. Concerto da chiesa in A minor, Op. 2/1: Spiritoso

4. Concerto da chiesa in E minor, Op. 2/2: Allegro
5. Concerto da chiesa in E minor, Op. 2/2: Largo
6. Concerto da chiesa in E minor, Op. 2/2: Allegro, ma non tanto

7. Concerto da chiesa in G major, Op. 2/3: Allegro
8. Concerto da chiesa in G major, Op. 2/3: Largo assai
9. Concerto da chiesa in G major, Op. 2/3: Allegro

10. Concerto da chiesa in G minor, Op. 2/4: Allegro
11. Concerto da chiesa in G minor, Op. 2/4: Largo assai
12. Concerto da chiesa in G minor, Op. 2/4: Allegro

13. Concerto da chiesa in D major, Op. 2/5: Allegro
14. Concerto da chiesa in D major, Op. 2/5: Adagio
15. Concerto da chiesa in D major, Op. 2/5: Allegro

Alessandro Ciccoilini, violino
Compagnia De Musici

Concerti Op. 4

1. Concerto in F major, Op.4/6: Allegro
2. Concerto in F major, Op.4/6: Largo
3. Concerto in F major, Op.4/6: Allegro

4. Concerto in G major, Op.4/5: Allegro
5. Concerto in G major, Op.4/5: Adagio
6. Concerto in G major, Op.4/5: Allegro

7. Concerto in D major, Op.4/1: Allegro
8. Concerto in D major, Op.4/1: Andante
9. Concerto in D major, Op.4/1: Allegro spiritoso

10. Concerto in E minor, Op.4/4: Vivace
11. Concerto in E minor, Op.4/4: Adagio
12. Concerto in E minor, Op.4/4: Allegro

13. Concerto in B flat major, Op.4/7: Andante spiccato
14. Concerto in B flat major, Op.4/7: Allegro
15. Concerto in B flat major, Op.4/7: Andante
16. Concerto in B flat major, Op.4/7: Allegro

Giovanni Battista Columbro, regente
Cappella Palatina

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Que condicionador será que ele usava?
Que condicionador será que ele usava?

PQP

Tchaikovsky (1840-1893) e Sibelius (1865-1957): Concertos para Violino

Tchaikovsky (1840-1893) e Sibelius (1865-1957): Concertos para Violino

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Poderíamos fazer um enorme mural com os CDs de todas as gravações que estes concertos receberam na história fonográfica mundial, mas deveríamos deixar um local especial para este aqui, talvez bem próximo das gravações de Heifetz. É uma gravação de 2016 e não exagero, a georgiana Lisa Batiashvili, Daniel Barenboim e a Staatskapelle Berlin dão um banho neste repertório. Não sei se a leitura compreensiva das obras parte do experiente maestro de 74 anos ou da jovem violinista com metade da sua idade (37 anos): o que sei é que o resultado deve ser conhecido pelo pequeno povo pequepiano. Um baita CD.

Tchaikovsky (1840-1893) e Sibelius (1865-1957): Concertos para Violino

01. Tchaikovsky: Concerto For Violin And Orchestra In D Major, Op. 35, TH 59 : 1. Allegro moderato
02. Tchaikovsky: Concerto For Violin And Orchestra In D Major, Op. 35, TH 59 : 2. Canzonetta. Andante
03. Tchaikovsky: Concerto For Violin And Orchestra In D Major, Op. 35, TH 59 : 3. Finale. Allegro vivacissimo

04. Sibelius: Concerto For Violin And Orchestra In D Minor, Op. 47 : 1. Allegro moderato – Molto moderato e tranquillo – Allegro molto – Moderato assai – Lisa Batiashvili
05. Sibelius: Concerto For Violin And Orchestra In D Minor, Op. 47 : 2. Adagio di molto
06. Sibelius: Concerto For Violin And Orchestra In D Minor, Op. 47 : 3. Allegro ma non tanto

Lisa Batiashvili
Staatskapelle Berlin
Daniel Barenboim

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Batiashvili: musa competente
Batiashvili: musa competente

PQP

Alfred Schnittke (1934-1998): Life with an idiot (Rostropovich)

Alfred Schnittke (1934-1998): Life with an idiot (Rostropovich)

O libreto e o romance A vida com um Idiota, do compositor russo Alfred Schnittke, é de Viktor Erofeyev. A ópera foi apresentada pela primeira vez em Amsterdam, no ano de 1992. É uma alegoria da opressão soviética. Resumo resumidíssimo:

Primeiro ato: como castigo por não trabalhar duro o suficiente, “Eu” é forçado pelas autoridades a conviver com um idiota. Ele fica com Vova no manicômio. Vova só é capaz de falar uma única palavra: “Ech”.

Segundo ato: se no primeiro ato Vova se comportava razoavelmente bem, logo começa a comportar-se mal, inclusive rasgando as obras de Marcel Proust, pertencentes à mulher de “Eu”. “Eu” e sua esposa vão viver em um outro quarto e Vova acalma-se. A mullher de “Eu” acaba se apaixonando por Vova e fica grávida dele. Então Vova a mata e “Eu” torna-se um idiota.

Não, não é ele o idiota, ele é apenas Mstivlav Rostropovich
Não, não é ele o idiota, ele é Rostropovich

Alfred Schnittke (1934-1998): Life with an idiot (Rostropovich)

1. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act One: Prologue, “Life with an idiot is full of surprises”
2. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 1, “My friends congratulated me on my idiot’
3. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 1, “I had been full of doubts and anxieties that winter’
4. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 1, “Everybody laughed”
5. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 1, “I pictured to myself a crafty and staid wise old man”
6. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 1, “Well look what’s happened – I’ve belched”
7. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 1, “Sometimes I mix up my dead wives”
8. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 1, “I’ve swapped a birdie for a pizza!”
9. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 1, Tango (Intermezzo)
10. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 2, “I said later that if I had gone”
11. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 2, “Look: my former fellow students”
12. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 2, “I got down to searching for the holy simpleton”
13. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 2, “Ekh!”
14. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 1: Scene 2, Intermezzo

1. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 1, “In the beginning Vova was very reserved”
2. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 1, “In the evenings, to prevent Vova suffering from insomnia”
3. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 1, “Once, on returning home, I chanced upon the following scene”
4. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 1, “A few days later Vova started tearing up the books”
5. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 1, “Suddenly, one fine day, he dumped a whole pile in the middle of the room”
6. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 1, “Ekh!”
7. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 1, Intermezzo
8. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “Vova has cleaned up his act a lot”
9. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “Don’t offend him. Don’t traumatise Vova”
10. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “Life with an idiot is full of surprises!”
11. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “I was intrigued as to which proclivities of Vova my wife bent over backwards to
12. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “Ekh!”
13. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “Well, and now, cock-sucking reader, whoever you are”
14. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “They made their home in the second room”
15. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “We beat her up, beat her up!”
16. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “Suddenly, the wife declares: ‘Vova! Either him…'”
17. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “I love you. Love!”
18. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “I am Renoir”
19. Life With an Idiot, opera in 2 acts: Act 2: Scene 2, “The guard treated me like I was one of the family”

Leonid Zimnenko, baixo
Dale Duesing, barítono
Howard Haskin, tenor
Robin Leggate, barítono (Marcel Proust)
Romain Bischof, barítono
Teresa Ringholz, soprano
Vocal Ensamble (Vocal coaching: Winfried Maczewbski)
Rotterdam Philharmonic Orchestra
Mstislav Rostropovich, Cellist, Pianist, Conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Cena de uma montagem da ópera "Life with an idiot"
Cena de uma montagem da ópera “Life with an idiot”

PQP

Paul Hindemith (1895-1963): Kammermusik 1-7 + Kleine Kammermusik (Chailly – Concertgebouw)

Paul Hindemith (1895-1963): Kammermusik 1-7 + Kleine Kammermusik (Chailly – Concertgebouw)

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

As Kammermusik (Música de Câmara), escritas principalmente durante a década de 1920, são belos exemplos da música do início do século que não aderiu ao atonal nem ao dodecafonismo. É música de primeiríssima qualidade, cheia de brilho melódico, invenções harmônicas e variações de formação orquestral. Há muitas obras levadas pelos sopros, trazendo associações com o jazz e a música popular americana da época. Tudo também é contrapontístico e o declarado amor de Hindemith a Bach fica claro. JÁ NOTARAM QUE AMO ESTAS OBRAS, NÃO? Como disse, a linguagem é tonal, mas Hindemith estende alguns laços dissonantes que se aproximam do expressionismo da escola vienense, mas sem histeria nem angústia. Cada um dos concertos é marcado por um instrumento solo e guarda uma enorme dívida formal para com os Concertos de Brandenburgo de Bach e as bandas norte-americanas. É curioso. E bom, muito bom.

Esta gravação inclui todos os concertos mais a Kleine Kammermusik, uma suíte para Quinteto de Sopros. Chailly é magnífico neste repertório, permeando tudo com uma alegria e um calor que não é geralmente associada com Hindemith. E o Concertgebouw… fala sério. Não há orquestra melhor.

Altamente recomendado como uma introdução a este compositor e o que faz dele verdadeiramente especial. IM-PER-DÍ-VEL !!!!, repito.

Paul Hindemith (1895-1963): Kammermusik 1-7

1 Kammermusik No.1, Op.24 No.1: I. Sehr Schnell Und Wild
2 Kammermusik No.1, Op.24 No.1: II. Massig Schnell Halbe
3 Kammermusik No.1, Op.24 No.1: III. Qt: Sehr Langsam Und Mit Ausdruck
4 Kammermusik No.1, Op.24 No.1: IV. Finale 1921: Lebhaft
5 Kleine Kammermusik, Op.24 No.2: I. Lustig. Massig Schnell Viertel
6 Kleine Kammermusik, Op.24 No.2: II. Walzer. Durchweg Sehr Leise
7 Kleine Kammermusik, Op.24 No.2: III. Ruhig Und Einfach
8 Kleine Kammermusik, Op.24 No.2: IV. Schnelle Viertel
9 Kleine Kammermusik, Op.24 No.2: V. Sehr Lebhaft
10 Kammermusik No.2, Op.36 No.1: I. Sehr Lebhafte Achtel
11 Kammermusik No.2, Op.36 No.1: II. Sehr Langsame Achtel
12 Kammermusik No.2, Op.36 No.1: III. Kleines Potpourri: Sehr Lebhafte Viertel
13 Kammermusik No.2, Op.36 No.1: IV. Finale. Schnelle Viertel
14 Kammermusik No.3, Op.36 No.2: I. Majestatisch Und Stark. Massig Schnelle Achtel
15 Kammermusik No.3, Op.36 No.2: II. Lebhaft Und Lustig
16 Kammermusik No.3, Op.36 No.2: III. Sehr Ruhige Und Gemessen Schreitende Viertel
17 Kammermusik No.3, Op.36 No.2: IV. Massig Bewegte Halbe. Munter, Aber Immer Gemachlich

Disc 2
1 Kammermusik No.4, Op.36 No.3: I. Signal: Breite, Majestatische Halbe
2 Kammermusik No.4, Op.36 No.3: II. Sehr Lebhaft
3 Kammermusik No.4, Op.36 No.3: III. Nachtstuck: Massig Schnelle Achtel
4 Kammermusik No.4, Op.36 No.3: IV. Lebhafte Viertel
5 Kammermusik No.4, Op.36 No.3: V. So Schnell Wie Moglich
6 Kammermuski No.5, Op.36 No.4: I. Schnelle Halbe
7 Kammermuski No.5, Op.36 No.4: II. Langsam
8 Kammermuski No.5, Op.36 No.4: III. Massig Schnell
9 Kammermuski No.5, Op.36 No.4: IV. Var Eines Militarmarsches
10 Kammermusik No.6, Op.46 No.1: Massig Schnell, Majestatisch
11 Kammermusik No.6, Op.46 No.1: Langsam
12 Kammermusik No.6, Op.46 No.1: Vars
13 Kammermusik No.6, Op.46 No.1: Lebhaft, Wie Fruher
14 Kammermusik No.7, Op.46 No.2: I. Nicht Zu Schnell
15 Kammermusik No.7, Op.46 No.2: II. Sehr Langsam Und Ganz Ruhig
16 Kammermusik No.7, Op.46 No.2: III. (Achtel Bis 184)

Brautigam
Harrell
Kulka
Kashkashian
Blume
Van Doeselaar
Royal Concertgebouw Orchestra
Riccardo Chailly

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Riccardo Chailly recebendo o bafo da orquestra
Riccardo Chailly recebendo o bafo da orquestra

PQP

Amaral Vieira (1952): The snow country prince

Amaral Vieira (1952): The snow country prince

cd-amaral-vieira-the-snow-country-prince-14078-MLB3661922692_012013-FPor fim, o encerramento da trilogia pianística de Amaral Vieira, com seu CD de obras mais nipófilas. Se eu disser que acabou por aqui, os fãs do compositor vão pedir mais – já sei como é. Então prometo outras postagens, mas não sei até quando (risos). E quem tiver discos dele ainda não postados, pode me mandar.

***

Amaral Vieira – The snow country prince (O príncipe do país das neves)

1. A Alvorada, op.268 (1983)
2-4. Três Retratos
1.Retrato de MR, op.98 (1977) – 2.Retrato de DS, op.98 (1977) – 3.Retrato de MPC, op.90 (1984)
5-11.Epigramas, op.246 (1988)
1.Molto marcato – 2.Energico – 3.Con monotonia – 4.Polichinelo – 5.Appassionato – 6.Con grazia – 7.Vivo
12. Toccata Festiva, op.285 (1997)
13. Sonatina em um movimento, op.165 (1982)
14. Prelúdio, op.220 (1987)
15. Tarantelle Fantasque, op.162 (1985)
16. Haha (Mãe, Melodia Japonesa), op.275 (1995)
17. Ningen Kakumei No Uta (Canção da Revolução Humana, Melodia Japonesa), op.272 (1995)
18-36. The Snow Country Prince (O Príncipe do País das neves) op.284 (1997)
Ciclo de 19 peças inspirado em conto de igual título de Daisaku Ikeda

1.In the land called Snow Country / Andante Misterioso – 2.The end of summer / Com simplicidade – 3.Last Winter / Cantilena – 4.Goodbye / Pequeno Improviso – 5.The first swans arrive / Divertimento – 6.We must feed the swans / Graciosamente – 7.The children lay in bed / Pastoral – 8.The Snow Country Prince / Humoresque – 9.After such a visit / Quase uma Valsa – 10.The swan mustn’t die / Romance – 11.Never give up / Scherzo – 12.Papa has had an accident / Meditação – 13.The sleigh took them all to the railway station / Ostinato – 14.Happier every day / Valsa Delicada – 15.Just like the swan / Fantasia – 16.Keep trying / Toccatina – 17.One evening / Agitado – 18.Oh, how lonely winter is / Noturno Elegíaco – 19.But winter was over / Rondó

Piano: Paulo Gazzaneo

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Amaral Vieira
Amaral Vieira

CVL

W. A. Mozart (1756-1791): Piano Concerto No.25 K.503 & Piano Concerto No.20 K.466

W. A. Mozart (1756-1791): Piano Concerto No.25 K.503 & Piano Concerto No.20 K.466

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Uma despedida maravilhosa de um gênio da regência orquestral! Abbado deu este concerto ao vivo em 7 de dezembro de 2013 e veio a falecer em 20 de janeiro de 2014, pouco mais de um mês depois. Aqui não se pode falar em decadência, mas sim em auge. A sensibilidade demonstrada por Abbado, Martha Argerich e pela orquestra fundada pelo maestro poucos anos antes é estupenda. É um registro ao vivo que deve ser ouvido, aprendido e guardado.

W. A. Mozart (1756-1791): Piano Concerto No.25 K.503 & Piano Concerto No.20 K.466

1. Mozart: Piano Concerto No.25 In C, K.503 – 1. Allegro maestoso 14:18
2. Mozart: Piano Concerto No.25 In C, K.503 – 2. Andante 7:01
3. Mozart: Piano Concerto No.25 In C, K.503 – 3. Allegretto 9:22

4. Mozart: Piano Concerto No.20 In D Minor, K.466 – 1. Allegro 14:04
5. Mozart: Piano Concerto No.20 In D Minor, K.466 – 2. Romance 9:01
6. Mozart: Piano Concerto No.20 In D Minor, K.466 – 3. Rondo (Allegro assai) 7:50

(Live From KKL, Lucerne / 2013)

Martha Argerich, piano
Orchestra Mozart
Claudio Abbado

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Claudio Abbado e Martha Argerich quando jovens: perfeição, virtuosismo e calor até o final
Claudio Abbado e Martha Argerich quando jovens: perfeição, virtuosismo e calor
E o último encontro em 7 de dezembro de 2013. Abbado faleceria em 20 de janeiro de 2014.
E o último encontro em 7 de dezembro de 2013. Abbado faleceria em 20 de janeiro de 2014, aos 80 anos.

PQP

Isaac Albéniz (1860-1909): Suite Espanhola para Orquestra

Isaac Albéniz (1860-1909): Suite Espanhola para Orquestra

Isaac Albeniz, assim como Mozart, foi uma criança prodígio, aos 4 anos já se apresentava em público, porém, o talentoso espanhol viveu um pouco mais, até os 48 anos. Foi um rapaz muito rebelde. Aos 12 anos embarcou clandestinamente em um navio, fugindo para Argentina. Nesse período, ganhou a vida tocando em bares, até que conseguiu organizar uma série de concertos, o que lhe rendeu uma certa quantia, permitindo-lhe viajar para a Cuba, Porto Rico e Estados Unidos. Nos Estados Unidos batalhou bastante, chegando a trabalhar como porteiro de cais, de forma paralela, continuava tocando piano, ganhando dinheiro suficiente para voltar a Europa. No ano seguinte aos 13 anos, foi aceito no Conservatório de Leipzig.

A maior parte de sua produção musical foi para piano, mas é em transcrição para violão que sua Suite Espanhola é mais ouvida, seja ao vivo ou em gravações.  O grande regente espanhol Rafael de Burgos, compelido pela vivacidade e força da música de Albeniz, pegou sete peças da Suite Espanhola [com exceção de Cuba (Capricho)] e mais a canção espanhola “Cordoba” e arranjou-as para orquestra. Seu sucesso foi total, ao transferir a música de teclado para orquestra, o que nem sempre é uma tarefa fácil – podemos citar como exemplo famoso, o arranjo de Ravel para Quadros de uma Exposição de Mussórgsky. A música de Albéniz está impregnada com o sabor mais forte e mais colorido da música ibérica, nunca soando, nem um pouco, kitsch. Algumas dessas seleções estão impregnadas de uma atmosfera sensual das localidades do sul espanhol, descritas, também, por Debussy em sua Iberia.

Fontes de pesquisa: Wikipédia e Audad

Uma ótima audição!

.oOo.

Albéniz-De Burgos: Suite Espanhola para Orquestra

Suite Espanhola
01 Castilla (Seguidillas) 2:30
02 Asturias (Leyenda) 6:27
03 Aragon (Fantasia) 5:05
04 Cadiz (Cancion) 4:52
05 Sevilla (Sevillanas) 4:15
06 Granada (Serenata) 5:36
07 Cataluna (Corranda) 3:01

08 Cordoba 5:30

New Philharmonia
Rafael Frühbeck De Burgos

BAIXE AQUI / DOWNLOAD HERE

Linda franjinha, não?
Albéniz: desgrenhado sexy

Marcelo Stravinsky

Andor Foldes: Wizard of the Keyboard

Andor Foldes: Wizard of the Keyboard

Andor Foldes (1913-1992) pertenceu a uma geração impressionante de músicos húngaros. Como ele, Geza Anda, Gyorgy Sandor, Edith Farnadi, Irene Malik, Annie Fischer — sem levar em conta a elite de regentes famosos (Fricsay, Dorati, Reiner) ou solistas (Szigetti) Dentre eles, Foldes ocupava um lugar de destaque no universo pianístico. Este disco é um tesouro de incrível repertório: Bach, De Falla, Poulenc, Bartok, Beethoven, Liszt, Copland, Barber, Debussy e Chopin .

Foldes foi um músico consumado, inteiramente dedicado a extrair e fazer-nos sentir o espírito de cada peça que ele tocava. Seu nível de musicalidade corre inversamente proporcional à sua fama. Negligenciado e esquecido por muitos, ele representa a estatura de músicos forjados na primeira metade do século XX, como Bartók e Kodály.

Andor Foldes: Wizard of the Keyboard

CD 1:
Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Chromatic Fantasia and Fugue in D minor, BWV 903
1) Fantasia [6:44]
2) Fuga [4:35]
Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)
Piano Sonata No.6 in F, Op.10 No.2
3) 1. Allegro [4:18]
4) 2. Allegretto [3:46]
5) 3. Presto [2:36]
Johannes Brahms (1833 – 1897)
16 Waltzes, Op.39
6) 1. in B [0:48]
7) 2. in E [1:09]
8. 3. in G sharp minor [0:46]
9) 15. in A flat [1:34]
Manuel de Falla (1876 – 1946)
El amor brujo
10) Ritual Fire Dance [3:31]
Francis Poulenc (1899 – 1963)
Nocturnes Nos.1-8
11) No.4 in C minor [1:26]
Claude Debussy (1862 – 1918)
Préludes – Book 1
12) 8. La fille aux cheveux de lin [2:41]
Frédéric Chopin (1810 – 1849)
4 Mazurkas, op.41
13) 2. Mazurka in E minor: Andantino [2:05]
14) Nocturne No.13 in C minor, Op.48 No.1 [5:52]
Franz Liszt (1811 – 1886)
15) Mephisto Waltz No.1, S.514 [10:38]
Béla Bartók (1881 – 1945)
Suite, BB 70, Sz. 62 (Op.14)
16) 1. Allegretto [1:55]
17) 2. Scherzo [1:43]
18) 3. Allegro molto [2:05]
19) 4. Sostenuto [2:53]
Sonata for Piano, Sz. 80 (BB 88)
20) 1. Allegro moderato [4:06]
21) 2. Sostenuto e pesante [5:00]
22) 3. Allegro molto [3:29]
23) Allegro barbaro, BB 63, Sz. 49 [2:29]

CD 2:
Igor Stravinsky (1882 – 1971)
Piano Sonata (1924)
1) 1. Viertel = 112 [3:07]
2) 2. Adagietto [5:05]
3) 3. Viertel = 112 [2:42]
Samuel Barber (1910 – 1981)
Excursions, Op.20
4) 1. Un poco allegro [2:43]
5) 2. In slow blues tempo [3:32]
6) 3. Allegretto [2:28]
7) 4. Allegro molto [2:10]
Aaron Copland (1900 – 1990)
Piano Sonata (1941)
8. 1. Molto moderato [8:21]
9) 2. Vivace [4:38]
10) 3. Andante sostenuto [9:28]
Zoltán Kodály (1882 – 1967)
11) Marosszéki táncok (Dances of Marosszèk) [12:30]
7 Piano Pieces, Op.11
12) 1. Lento [1:40]
13) 2. Székely keserves. Rubato, parlando [2:20]
14) 3. “il pleut dans mon coeur…”. Allegretto malinconico [1:30]
15) 5. Tranquillo [2:04]
16) 6. Székely nóta. Poco rubato [3:08]
Igor Stravinsky (1882 – 1971)
17) Circus Polka for a Young Elephant [3:55]
Virgil Thomson (1896 – 1989)
18) Ragtime Bass in C sharp [1:41]
Isaac Albéniz (1860 – 1909)
19) Tango, Op.165, No.2 [2:46]

Andor Foldes, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Andor Foldes, esse tocava!
Andor Foldes, esse tocava!

PQP

Isaac Albéniz (1860-1909): Iberia Suite / Piano Concerto “Concierto Fantástico” / Navarra / Catalonia

Isaac Albéniz (1860-1909): Iberia Suite / Piano Concerto “Concierto Fantástico” / Navarra / Catalonia


Mais um bonito CD de Albéniz, este centrado na Suíte Ibéria. Iberia é um dos maiores ciclos de obras já escritas para o piano e é difícil imaginar que estas peças tão pianísticas possam funcionar igualmente em arranjos orquestrais. Mas foi o próprio Albéniz que iniciou o processo, tendo seu amigo Enrique Arbós terminado as seis peças transpostas. A atmosfera é outra, talvez piorada, mas ainda assim muito atraente. O resto do CD também á boníssimo e o regente Enrique Bátiz — que também andou gravando bastante Villa-Lobos — é de primeiríssima linha.

Isaac Albéniz (1860-1909): Iberia Suite /
Piano Concerto “Concierto Fantástico” / Navarra / Catalonia

1. Iberia Suite: Evocación 5:37
2. Iberia Suite: El corpus en Sevilla 8:45
3. Iberia Suite: Triana 4:35
4. Iberia Suite: El puerto 4:26
5. Iberia Suite: El albaicin 6:46
Enrique Bátiz
London Symphony Orchestra

6. Navarra: completed de Severac 4:24
Enrique Bátiz
London Symphony Orchestra

7. Piano Concerto No. 1, Op. 78: I. Allegro ma non troppo 11:40
8. Piano Concerto No. 1, Op. 78: II. Andante – Presto 6:32
9. Piano Concerto No. 1, Op. 78: III. Allegro 6:21
Aldo Ciccolini, piano
Royal Philharmonic Orchestra
Enrique Bátiz

10. Suite Populaire: Catalonia 5:23
Mexico City Philharmonic Orchestra
Enrique Bátiz

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Enrique Bátiz; excelente regente
Enrique Bátiz; excelente regente

PQP

F. J. Haydn (1732-1809): Sinfonias Nº 26, 52, 53 e de 82 a 92 (5 CDs – Sigiswald Kuijken)

F. J. Haydn (1732-1809): Sinfonias Nº 26, 52, 53 e de 82 a 92 (5 CDs – Sigiswald Kuijken)

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

A série de livros “Manual do Blefador” (Ediouro) dá dicas a pessoas que não querem passar vergonha entre entendidos. Você chega num grupo intelectualizado e começa a externar generalidades brilhantes sobre vários assuntos. Mesmo sem saber do que se trata, sem ter lido, ouvido ou tido algum contato com o tema, você se torna subitamente um especialista. Há vários desses livrinhos: sobre música, vinhos, literatura, arte moderna, filosofia, teatro, etc. Eles são ótimos, engraçadíssimos, como demonstra este verbete sobre Haydn, retirado de “Manuel do Blefador: Música”:

Haydn.

O pai da sinfonia. Ao contrário do normal, ninguém soube quem foi sua mãe. Haydn decidiu que as sinfonias deviam ter princípio, meio e fim, além de primeiros movimentos que soma como aberturas nas sonatas, missas e trios. Beethoven, em seu estilo grosseiro, desconsiderou e estragou esse belo modelo convencional.

O sentimento geral é de que Haydn podia ser tão bom quanto Mozart se não tivesse sido tão incuravelmente feliz durante a vida. Esse espírito de contentamento insinuou-se por toda sua música e diluiu-se. As últimas sinfonias foram compostas em Londres para ganhar dinheiro vivo, e a sombra do contrato que pairava sobre ele acrescentou-lhe aquela pitadinha de desgraça que tanto lhe faltara antes. Talvez somente um homem verdadeiramente sem coração poderia ter composto algo tão assombrosamente feliz quanto o final da Sinfonia Nº 88.

Existem muitas e muitas sinfonias que praticamente não são tocadas e que você pode considerar suas favoritas, mas o excelente comentário sobre Haydn é afirmar que o melhor de suas músicas foram as missas — e não haverá necessidade de falar sobre isso.

Peter Gammond — Manual do Blefador: Música

Sigiswald Kuijken faz uma careta especial para o povo pequepiano | Imagem roubada do Facebook do grande violinista e maestro brasileiro Luis Otavio Santos
Sigiswald Kuijken faz uma careta especial para o povo pequepiano | Imagem roubada do Facebook do grande violinista e maestro brasileiro Luis Otavio Santos

Elegância, equilíbrio, senso de estilo, alegria, linda sonoridade, todos os elogios valem para esta coleção de sinfonias de Haydn. Quem aprecia este imenso compositor do classicismo ficará muito feliz em ouvir Sigiswald Kuijken dirigindo dois esplêndidos grupos: a Orchestra of the Age of Enlightenment e, pois creio que seja, a sua La Petite Bande.

Haydn, ao lado de Mozart, personifica o classicismo vienense. Para quem não sabe, compôs mais de 100 delas, além de mais de 60 quartetos de cordas e dezenas de criações em diversos gêneros instrumentais e vocais, sacros e profanos. Ele é chamado o “Pai da Sinfonia”, mas pode também ser chamado de “Pai do Quarteto de Cordas”, gênero inventado por ele. Mozart chamava-o de “Papai Haydn”.

O musicólogo Charles Rosen escreveu:

Não há uma passagem, mesmo a mais séria, dessas grandes obras que não seja marcada pelo humor de Haydn, e seu humor cresce de forma tão poderosa e tão eficiente que se torna uma espécie de paixão, uma força ao mesmo tempo onívora e criativa.

Franz Josef Haydn (1732-1809)
Franz Josef Haydn (1732-1809)

Haydn: Sinfonias Nº 26, 52, 53 e de 82 a 92

CD 1
Symphony No. 26 in D minor (‘Lamentatione’), H. 1/26
1. I. Allegro con spirito
2. II. Adagio
3. III. Menuet & trio
Symphony No. 52 in C minor, H. 1/52
4. I. Allegro con brio
5. II. Andante
6. III. Menuetto (Allegro) & trio
7. IV. Finale: Presto
Symphony No. 53 in D major (‘L’Impériale’/’Festino’), H. 1/53
8. I. Largo maestoso – Vivace
9. II. Andante
10. III. Menuetto & trio
11. IV. Finale: Capriccio – Moderato

CD 2
Symphony No. 82 in C major (‘The Bear’), H. 1/82
1. I. Vivace assai
2. II. Allegretto
3. III. Menuet – Trio
4. IV. Finale: Vivace
Symphony No. 83 in G minor (‘The Hen’), H. 1/83
5. I. Allegro spiritoso
6. II. Andante
7. III. Menuet: Allegretto – Trio
8. IV. Finale: Vivace
Symphony No. 84 in E flat major (‘In Nomine Domini’), H. 1/84
9. I. Largo – Allegro
10. II. Andante
11. III. Menuet: Allegretto – Trio
12. IV. Finale: Vivace

CD 3
Symphony No. 85 in B flat major (‘La Reine’), H. 1/85
1. I. Adagio – Vivace
2. II. Romance: Allegretto
3. III. Menuetto: Allegretto – Trio
4. IV. Finale: Presto
Symphony No. 86 in D major, H. 1/86
5. I. Adagio – Allegro spiritoso
6. II. Capriccio: Largo
7. III. Menuet: Allegretto – Trio
8. IV. Finale: Allegro con spirito
Symphony No. 87 in A major, H. 1/87
9. I. Vivace
10. II. Adagio
11. III. Menuet – Trio
12. IV. Finale: Vivace

CD 4
Symphony No. 88 in G major (‘Letter V’), H. 1/88
1. I. Adagio – Allegro
2. II. Largo
3. III. Allegretto
4. IV. Allegro con spirito
Symphony No. 89 in F major (‘Letter W’), H. 1/89
5. I. Vivace
6. II. Andante con moto
7. III. Menuet
8. IV. Vivace assai
Symphony No. 92 in G major (‘Oxford’/’Letter Q’), H. 1/92
9. I. Adagio – Allegro spiritoso
10. II. Adagio
11. III. Allegretto
12. IV. Presto

CD 5
Symphony No. 90 in C major (‘Letter R’), H. 1/90
1. I. Adagio – Allegro assai
2. II. Andante
3. III. Menuet
4. IV. Allegro assai
Symphony No. 91 in E flat major (‘Letter T’), H. 1/91
5. I. Largo – Allegro assai
6. II. Andante
7. III. Menuet
8. IV. Vivace

Orchestra of the Age of Enlightenment
La Petite Bande
Sigiswald Kuijken

Total playing time: 348:38
Recorded 1988-91 | Released 2002

Recording:
1988-91, Haarlem, The Netherlands | London

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Sigiswald Kuijken: um esplêndido trabalho em Haydn
Sigiswald Kuijken: um esplêndido trabalho em Haydn

PQP

Arvo Pärt (1935): Orient & Occident

Arvo Pärt (1935): Orient & Occident

– Repost de 20 de Dezembro de 2015 –

Oriente e Ocidente. O que há de comum e diferente entre esses polos de civilização do mundo moderno? Hoje os historiadores repensam bastante a sinuosa relação entre o mundo ocidental e o mundo oriental ao longo da história. Por exemplo, hoje se pensa bastante sobre como que os povos que viriam a fundar o que foram os gregos clássicos vieram do oriente, e como que em alguns aspectos, como, por exemplo, na alimentação, os gregos são mais próximos dos povos do oriente médio e oriente próximo do que de outros povos europeus, digamos os franceses.

Podemos pensar essa longa relação por muitos âmbitos. Mas, como vocês leitores já podem prever, vamos pensar no âmbito musical. Herdamos dos árabes alguns instrumentos musicais ancestrais dos nossos modernos violinos, violões e flautas. Deles recebemos também o canto plano e uniforme, que viria a se tornar o conhecido cantochão (ou canto gregoriano) durante a idade média, justamente no Império Bizantino, que durante a Idade Média foi a ponte entre o oriente e o ocidente. Não é a toa que o cantochão viria a ser chamado de canto gregoriano, pois foi o Papa Gregório I, no século VI, que estabeleceu tal tipo de canto como a música padrão. Na teoria por motivos religiosos, mas na prática por motivos políticos.

Os árabes possuem uma “cor” em sua cultura que podemos identificar na arte que eles produzem. Essa “cor”, obviamente, difere da nossa. Se eu fosse pensar como um estruturalista eu conseguiria definir essa cor em um par de oposição. Por exemplo, se o ocidente fosse azul, o oriente seria vermelho. Se o ocidente fosse branco o oriente seria preto. Entre outras oposições possíveis de cores. Esse ethos (pensando esse conceito de forma sociológica) que por um exercício de imaginação pode ser imaginado como uma cor (como eu fiz aqui) pode ser identificado no tipo de música dos árabes, e não só no canto, mas, também, nas cordas.

O cantochão, como já sabemos, foi utilizado com maestria por Arvo Pärt. Nas cordas percebemos um pouco desse ethos (ou “cor”) árabe anteriormente, mas com a música Orient & Occident presente neste álbum, tudo fica mais claro. Arvo Pärt usa o efeito chamado de “Maqam árabe” nas cordas, e contrapõe com os vibratos dramáticos que os compositores ocidentais davam às cordas no ocidente (principalmente durante o romantismo, diga-se de passagem). Ou seja, ele faz uma brincadeira estruturalista, e contrapõe o estilo ocidental com o oriental, numa bela dança; podemos ir de um continente ao outro, de uma cultura à outra, em poucas notas. Se deixarem sua imaginação os levarem, vocês poderão viajar das salas de concerto do século XIX tipicamente italianas ou alemãs com centenas daqueles homens brancos caucasianos suando nas roupas formais; para as mesquitas escuras, mas coloridas, inundadas de fumaça provinda dos narguilés das ruas inundadas de homens barbudos e taciturnos.

Orient & Occident é a “pantera cor de rosa” do álbum. Mas as outras também são jóias valiosíssimas.

Em Como Cierva Sendieta, ainda podemos sentir um pouco da orientalidade, mas de forma muito mais sutil, digamos que de uma forma bizantina, ou andaluzina (lembrando que os árabes ocuparam a península ibérica do século VIII ao XII).  É a obra mais longa do álbum, e é também a obra que o finaliza. Temos também Ein Wallfahrtslied (ou Canção do Peregrino), aqui não em um arranjo para barítono solo como havíamos escutado anteriormente, mas para coro misto. É a obra que abre o álbum.

Aproveitem.

Arvo Pärt (1935): Ein Wallfahrtslied, Orient & Occident, Como Cierva Sendieta

01 Ein Wallfahrtslied – Pilgrim’s Song

Swedish Radio Symphony Orchestra
Swedish Radio Symphony Choir
Tõnu Kaljuste, regente

02 Orient & Occident

Swedish Radio Symphony Orchestra
Tõnu Kaljuste, regente

03 Como Cierva Sendieta I
04 Como Cierva Sendieta II
05 Como Cierva Sendieta III
06 Como Cierva Sendieta IV
07 Como Cierva Sendieta V

Swedish Radio Symphony Orchestra
Swedish Radio Symphony Choir
Tõnu Kaljuste, regente
Helena Olsson, soprano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Meio aqui, meio lá...
Meio aqui, meio lá…

Luke

Steve Reich (1936) — 80 anos: Phases: A Nonesuch Retrospective (5 CDs)

Steve Reich (1936) — 80 anos: Phases: A Nonesuch Retrospective (5 CDs)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Steve Reich completou 80 anos no último dia 3 de outubro. Ele é o mais embasbacante e interessante dos minimalistas. É música para ser ouvida com grande atenção, pois as aparentes repetições contém variações que ocorrem a cada momento, criando climas inesperados. Com a cabeça quase sempre tapada por um boné e agora com oito décadas de vida, Reich vai montando uma obra que dialoga com o popular (Tehillim, por exemplo) e com a política (Different Trains).

Eu, PQP, amo sua música.

Steve Reich nasceu em Nova Iorque, a 3 de Outubro de 1936. Diplomou-se primeiro em Filosofia na Cornell University em 1957. Depois, foi estudar composição na Juilliard School of Music e trabalhou com Luciano Berio e Darius Milhaud.

Tornou-se na década de 60 uma das mais proeminentes figuras do Minimalismo. No final dos anos sessenta e início dos setenta aplicou técnicas de música gravada à composição acústica. Nos anos 70, uma viagem a África abriu-lhe novos horizontes na área da percussão. A peça Drumming deu origem ao seu grupo Steve Reich and Musicians. Em 1974 escreveu a obra-prima Music for 18 Musicians, considerada uma revolução na música. Aquele vinil da ECM do início dos anos 80 jamais será esquecido!

Nos anos 80, a obra de Reich tomou novas direções ao procurar temas políticos e religiosos. A década seguinte trouxe obras de grande envergadura sobre as origens das religiões cristã, judaica e islâmica, bem como sobre outros problemas e conflitos das sociedades modernas. Nesse período foi nomeado membro da Academia Americana das Artes e Letras e da Academia de Belas Artes da Baviera, e recebeu a Comenda da Ordem das Artes e Letras de França.

Em 2000 recebeu o Prémio Schuman da Columbia University, Montgomery Fellowship do Dartmouth College, Regent’s Lectureship na University of California at Berkeley, um doutoramento honorário do California Institute of the Arts e foi nomeado Compositor do Ano pela revista Musical America. Em 2007 recebeu o Polar Prize da Academia Real Sueca de Música, e em 2009 o Prémio Pulitzer em Música pela composição Double Sextet. 

Music For 18 Musicians
1-1 Pulses 5:26
1-2 Section I 3:58
1-3 Section II 5:13
1-4 Section IIIA 3:55
1-5 Section IIIB 3:46
1-6 Section IV 6:37
1-7 Section V 6:49
1-8 Section VI 4:54
1-9 Section VII 4:19
1-10 Section VIII 3:35
1-11 Section IX 5:24
1-12 Section X 1:51
1-13 Section XI 5:44
1-14 Pulses 6:11

Different Trains
2-1 America – Before The War 8:59
2-2 Europe – During The War 7:31
2-3 After The War 10:21

Tehillim
2-4 Part I: Fast 11:45
2-5 Part II: Fast 5:54
2-6 Part III: Slow 6:19
2-7 Part IV: Fast 6:24

2-8 Eight Lines 17:29

You Are (Variations)
3-1 You Are Wherever Your Thoughts Are 13:14
3-2 Shiviti Hashem L’negdi (I Place The Eternal Before Me) 4:15
3-3 Explanations Come To An End Somewhere 5:24
3-4 Ehmor M’aht, V’ahsay Harbay (Say Little And Do Much) 4:04

New York Counterpoint
3-5 Fast 5:03
3-6 Slow 2:44
3-7 Fast 3:32

3-8 Cello Counterpoint 11:36

Electric Counterpoint
3-9 Fast 6:51
3-10 Slow 3:22
3-11 Fast 4:30

Triple Quartet
3-12 First Movement 7:10
3-13 Second Movement 4:05
3-14 Third Movement 3:28

4-1 Come Out 12:48

4-2 Proverb 14:04

The Desert Music
4-3 First Movement (Fast) 7:54
4-4 Second Movement (Moderate) 6:59
4-5 Third Movement, Part One (Slow) 7:00
4-6 Third Movement, Part Two (Moderate) 5:54
4-7 Third Movement, Part Three (Slow) 5:55
4-8 Fourth Movement (Moderate) 3:35
4-9 Fifth Movement (Fast) 10:48

5-1 Music For Mallet Instruments, Voices, And Organ 16:50

Drumming
5-2 Part I 17:30
5-3 Part II 18:11
5-4 Part III 11:13
5-5 Part IV 9:50

Eu tô quase sempre de boné
Eu tô quase sempre de boné

Credits
Alto Vocals – Alice Murray (tracks: 3-1 to 3-4), Amy Fogerson (tracks: 3-1 to 3-4), Jay Clayton (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1 to 5-5), Kim Switzer (tracks: 3-1 to 3-4), Nancy Sulahian (tracks: 3-1 to 3-4), Sarona Farrell (tracks: 3-1 to 3-4), Tracy Van Fleet (tracks: 3-1 to 3-4)
Bass – Donald Palma (tracks: 4-3 to 4-9), Oscar Hildago* (tracks: 3-1 to 3-4)
Cello – Delores Bing (tracks: 3-1 to 3-4), Greg Passelink* (tracks: 2-8), Jeanne LeBlanc (tracks: 1-1 to 1-14), Jennifer Culp (tracks: 3-12 to 3-14), Joan Jeanrenaud (tracks: 2-1 to 2-3), Mark Stewart (4) (tracks: 2-8), Maurice Grant* (tracks: 3-1 to 3-4), Maya Beiser (tracks: 3-8), Roger LeBow (tracks: 3-1 to 3-4), Sharon Prater (tracks: 4-3 to 4-9)
Clarinet – Evan Ziporyn (tracks: 1-1 to 1-14, 2-8, 3-5 to 3-7), Helen Goode-Castro (tracks: 3-1 to 3-4), James Faschia (tracks: 3-1 to 3-4), Larry Hughes (tracks: 3-1 to 3-4), Leslie Scott (tracks: 1-1 to 1-14), Michael Lowenstern (tracks: 2-8)
Flute – Geri Ratella* (tracks: 3-1 to 3-4), Sara Weisz (tracks: 3-1 to 3-4)
Guitar – Pat Metheny (tracks: 3-9 to 3-11)
Maracas, Marimba, Glockenspiel – Thad Wheeler (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1 to 5-5)
Maracas, Piano – Philip Bush (tracks: 1-1 to 1-14)
Marimba – John Magnussen (tracks: 3-1 to 3-4), Mike Englander (tracks: 3-1 to 3-4), Tom Raney (2) (tracks: 3-1 to 3-4), Wade Culbreath (tracks: 3-1 to 3-4)
Marimba, Glockenspiel – Ben Harms (tracks: 5-2 to 5-5), Gary Schall (tracks: 5-2 to 5-5), Glen Velez (tracks: 5-2 to 5-5)
Marimba, Piano, Xylophone, Glockenspiel – Garry Kvistad (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1)
Marimba, Xylophone, Vibraphone – Russell Hartenberger* (tracks: 1-1 to 1-14, 4-2, 5-1 to 5-5)
Mezzo-soprano Vocals – Ananda Goud (tracks: 2-4 to 2-7), Yvonne Benschop (tracks: 2-4 to 2-7)
Oboe – Joan Elardo (tracks: 3-1 to 3-4), Joel Timm (tracks: 3-1 to 3-4)
Piano – Brian Pezzone* (tracks: 3-1 to 3-4), Gloria Cheng (tracks: 3-1 to 3-4), Jay Clayton (tracks: 1-1 to 1-14), Lisa Edwards (2) (tracks: 3-1 to 3-4), Vicki Ray (tracks: 3-1 to 3-4)
Piano, Marimba – Steve Reich (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1 to 5-5)
Piano, Organ [Electric] – Edmund Niemann (tracks: 1-1 to 1-14, 2-8, 4-2), Nurit Tilles (tracks: 1-1 to 1-14, 2-8, 4-2, 5-1)
Piccolo Flute – Mort Silver (tracks: 5-2 to 5-5)
Piccolo Flute, Flute – David Fedele (tracks: 2-8), Patti Monson (tracks: 2-8)
Soprano Vocals – Allison Zelles (tracks: 4-2), Andrea Fullington (tracks: 4-2), Barbara Borden (tracks: 2-4 to 2-7), Cheryl Bensman Rowe (tracks: 1-1 to 1-14, 4-3 to 4-9), Claire Fedoruk (tracks: 3-1 to 3-4), Emily Lin (tracks: 3-1 to 3-4), Marie Hodgson (tracks: 3-1 to 3-4), Marion Beckenstein (tracks: 1-1 to 1-14), Phoebe Alexander (tracks: 3-1 to 3-4), Rachelle Fox (tracks: 3-1 to 3-4), Rebecca Armstrong (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1), Sonja Rasmussen (tracks: 4-2), Tania Batson (tracks: 3-1 to 3-4), Tannie Willemstijn (tracks: 2-4 to 2-7)
Tenor Vocals – Alan Bennett (3) (tracks: 4-2), Fletcher Sheridan (tracks: 3-1 to 3-4), Joseph Golightly* (tracks: 3-1 to 3-4), Kevin St.Clair (tracks: 3-1 to 3-4), Pablo Cora (tracks: 3-1 to 3-4), Paul Elliott (tracks: 4-2), Sean McDermott (tracks: 3-1 to 3-4), Shawn Kirchner (tracks: 3-1 to 3-4)
Viola – Darren McCann* (tracks: 3-1 to 3-4), Francesca Martin (tracks: 4-3 to 4-9), Hank Dutt (tracks: 2-1 to 2-3, 3-12 to 3-14), Catherine Reddish* (tracks: 3-1 to 3-4), Martha Mook* (tracks: 2-8), Ron Lawrence (tracks: 2-8), Victoria Miskolcsky* (tracks: 3-1 to 3-4)
Violin – David Harrington (tracks: 2-1 to 2-3, 3-12 to 3-14), Deborah Redding (tracks: 4-3 to 4-9), Elizabeth Knowles (tracks: 2-8), Elizabeth Lim (tracks: 1-1 to 1-14), Gregor Kitzis (tracks: 2-8), Jacqueline Carrasco (tracks: 2-8), John Sherba (tracks: 2-1 to 2-3, 3-12 to 3-14), Julie Rogers (2) (tracks: 3-1 to 3-4), Ralph Morrison (tracks: 3-1 to 3-4), Samuel Fischer (tracks: 3-1 to 3-4), Steve Scharf (tracks: 3-1 to 3-4), Susan Reddish (tracks: 3-1 to 3-4), Tamara Hatwan (tracks: 3-1 to 3-4), Todd Reynolds (tracks: 2-8)
Voice [Long Tones] – Pamela Wood Ambush (tracks: 5-1 to 5-5)
Xylophone, Marimba – Tim Ferchen* (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1)
Xylophone, Marimba, Vibraphone – Bob Becker (tracks: 1-1 to 1-14, 4-2, 5-1 to 5-5)
Xylophone, Piano, Vibraphone – James Preiss (tracks: 1-1 to 1-14, 5-1 to 5-5)

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Eu bato em tudo o que vejo
E bato em tudo o que vejo

PQP

John Adams (1947): Harmonielehre / The Chairman Dances / Tromba Lontana / Short Ride in a Fast Machine (Rattle)

John Adams (1947): Harmonielehre / The Chairman Dances / Tromba Lontana / Short Ride in a Fast Machine (Rattle)


IM-PER-DÍ-VEL !!!

Em termos de qualidade, creio que a trindade do minimalismo estadunidense seja formada por Reich, Riley e Adams. John Adams é daqueles caras que os críticos ouviram e logo disseram que ia desaparecer assim como chegou. Nada disso, muito pelo contrário. Adams já é figurinha comum no repertório das orquestras e, por exemplo, sua ópera Nixon in China tem sido repetidamente montada. Este disco — com luxuosa regência de Simon Rattle — mostra um repertório exuberante e dá ideia do tamanho de Adams.

(É claro que vocês sabem que Rattle pediu demissão da Filarmônica de Berlim, não? Fez bem. A liberdade de repertório que ele tinha na CBSO era o ar de que se alimentava. Esperamos que Rattle volte com outra orquestra e com tudo, novamente!).

John Adams (1947): Harmonielehre / The Chairman Dances
/ Tromba Lontana / Short Ride in a Fast Machine

1. Harmonielehre: Part I 17:29
2. Harmonielehre: Part II – The Anfortas Wound 12:26
3. Harmonielehre: Part III – Meister Eckhardt and Quackie 10:34

4. The Chairman Dances – Foxtrot for orchestra 12:47

Two Fanfares:

5. Tromba lontana 4:07

6. Short Ride in a Fast Machine – Fanfare for orchestra 4:24

City Of Birmingham Symphony Orchestra
Sir Simon Rattle

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Adams: um dia vocês vão ouvir falar MUITO nele
Adams: um dia vocês vão ouvir falar MUITO nele

PQP

A música do tempo dos “Castrati”

A música do tempo dos “Castrati”

amyikes1_loisinorUma bela coletânea de árias originalmente escritas para castrati. As gravações não são muito novas e envolvem vários contratenores e orquestras. Se há alguém vindo de Marte frequentando nosso blog, explicamos: Castrato (plural castrati) é um cantor masculino cuja extensão vocal corresponde a das vozes femininas, seja de soprano, mezzo-soprano, ou contralto. Esta faculdade numa voz masculina só é verificável na sequência de uma operação de corte dos canais provenientes dos testículos, ou então por um problema endocrinológico que impeça a maturidade sexual. Consequentemente, a chamada “mudança de voz” não ocorre. A castração antes da puberdade (ou na sua fase inicial) impede então a libertação para a corrente sanguínea das hormônios sexuais produzidas pelos testículos, as quais provocariam o crescimento normal da laringe masculina (para o dobro do comprimento) entre outras características sexuais secundárias, como o crescimento da barba. Quando o jovem castrato chega à idade adulta, o seu corpo desenvolve-se em termos de capacidade pulmonar e força muscular, mas a sua laringe não. A sua voz adquire assim uma tessitura única, com um poder e uma flexibilidade muito diferentes, tanto da voz da mulher adulta, como da voz mais aguda do homem não castrado (contratenor). Por outro lado, a maturidade e a crescente experiência musical do castrato tornavam a sua voz marcadamente diferente da de um jovem. O termo castrato designa não só o cantor mas também o próprio registro da sua voz.

A música do tempo dos “Castrati”

Christoph Willibald Gluck
Orfeo ed Euridice (Italian version), opera in 3 acts, Wq. 30
1 Act 2. Scene 2. “Les Champs-Elysées (symphonie descriptive-danse-arioso) 6:21

Antonio Vivaldi
Montezuma, opera in 3 acts, RV 723
2 Act 3. Scene 10. Aria. “Dov’è la figlia” 6:02

Gregorio Allegri
3 De ore prudentis, motet for 3 voices & continuo 1:54

Antonio Vivaldi
4 Dixit Dominus (Psalm 109), for 4 voices, double chorus, 2 trumpets, 2 oboes, solo strings, strings & continuo D major, RV 594 2:17

Marc-Antoine Charpentier
5 Salve Regina à trois voix pareilles, motet for 3 voices & continuo, H. 23 8:16

Christoph Willibald Gluck
Orfeo ed Euridice (Italian version), opera in 3 acts, Wq. 30
6 Act 3. Scene 1. “Che faró senza Euridice?” 3:28

Antonio Vivaldi
Montezuma, opera in 3 acts, RV 723
7 Act 1. Scene 2. Aria. “Gl’oltraggidella sorte” 3:30

Gregorio Allegri
8 Repleti sunt omnes, motet for 3 voices & continuo 1:41

Antonio Vivaldi
Nisi Dominus (Psalm 126), for 3 voices, viola d’amore, chalumeau, violin, strings & continuo in A major, RV 803
9 Sicut erat-Amen 2:47

Riccardo Broschi
10 Son Qual Nave ch’agitata 8:09

James Bowman
Ewa Malas-Godlewska
Derek Lee Ragin
Gerard Lesne
John Elves
Josep Cabre
Dominique Visse
La Grande Ecurie et la Chambre du Roy
Ensemble a Sei Voci
Le Concert des Nations
Les Talens Lyriques
Jean-Claude Malgoire
Bernard Fabre-Garrus
Christophe Rousset

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

James Bowman: "Nenhum cantor sofreu maus tratos durante as gravações".
James Bowman e PQP Bach asseveram que “Nenhum cantor sofreu maus tratos durante as gravações”.

PQP

Louis Marchand (1669-1732), Jacques Duphly (1715-1789), Armand-Louis Couperin (1727-1789), Claude-Bénigne Balbastre (1727-1799), Michel Corrette (1709-1795), Joseph Nicolas Pancrace Royer (1705-1755): A French Collection

Louis Marchand (1669-1732), Jacques Duphly (1715-1789), Armand-Louis Couperin (1727-1789), Claude-Bénigne Balbastre (1727-1799), Michel Corrette (1709-1795), Joseph Nicolas Pancrace Royer (1705-1755): A French Collection

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Eu recomendo fortemente este grande CD de Skip Sempé. É complicado pedir coesão numa coletânea, a gente apenas pede que as músicas sejam boas e que combinem entre si, sem chocar, por exemplo, meus ouvidos que hoje foram apresentados a Lady Gaga e que por isso estão em estado de choque. O inesperado aqui é a notável qualidade das peças. Sempre uso de indulgência para com os franceses, mas na época barroca esta não é necessária. Caramba, os caras faziam grande música! Como todo bom recital, Sempé — o espetacular Sempé — finaliza o disco com uma obra capaz de fazer o mais sonolento dos ouvintes acordar e, ao final, saltar da cadeira como se tivesse uma mola na bunda para aplaudir em pé.

Skip Sempé: A French Collection

1. Louis Marchand : Prélude 2:37
2. Jacques Duphly : La de Belombre (Vivement) 2:33
3. Jacques Duphly : Les Grâces (Tendrement) 5:05
4. Jacques Duphly : La Félix (Noblement) 3:06
5. Jacques Duphly : Rondeau (Tendre) 2:31
6. Louis Marchand : Chaconne 3:53
7. Armand-Louis Couperin : L’Intrépide, Rondeau (Marqué) 2:17
8. Jacques Duphly : La Forqueray, Rondeau 5:15
9. Claude-Bénigne Balbastre : La Lugéac, Giga (Allegro) 1:54
10. Jacques Duphly : Chaconne 6:26
11. Michel Corrette : Les Etoiles (Légèrement et Modérément) 2:24
12. Claude-Bénigne Balbastre : La Suzanne (Noblement et Animé / Gracieusement) 3:37
13. Joseph Nicolas Pancrace Royer : Allemande 3:37
14. Claude-Bénigne Balbastre : La d’Héricourt (Noblement, sans lenteur) 3:01
15. Claude-Bénigne Balbastre : La de Caze, Ouverture (Fièrement et Marqué) 3:26
16. Jacques Duphly : La Pothoüin, Rondeau (Modérément) 4:44
17. Joseph Nicolas Pancrace Royer : La Marche des Scythes (Fièrement) 5:37

Skip Sempé, cravo
(after 18th century French models by Bruce Kennedy [1985])

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Skip Sempé preparando-se para estudar
Skip Sempé preparando-se para estudar.

PQP