Morton Feldman (1926 – 1987): Piano and Orchestra; Flute and Orchestra; Oboe and Orchestra; Cello and Orchestra

É difícil definir a música de Morton Feldman. Mas se temos intimidade com pintura abstrata ou o teatro de Beckett, esta tarefa fica mais simples. A música de Feldman é o espaço pintado com sons, só que sem ritmo, melodia ou mesmo qualquer forma. A estrutura de Feldman é a não-estrutura. O risco é a monotonia e, mesmo para ouvintes calejados, é apenas essa sensação que parece existir. A música de Feldman não oferece pontos para nos apoiarmos, o ouvinte segue os sons com os mesmos olhos de quem segue um quadro de Pollock.

Esse disco oferece quatro obras importantes, todas elas escritas na década de 1970, época que Feldman já começava a encontrar seu próprio estilo. Apesar dos títulos das obras, todas elas são anti-concertos, pois nenhum dos solistas é mais importante que a orquestra, e nem há diálogo entre eles. A construção é aquela que já disse no início, a orquestra e o solista se completam na criação de um espaço sonoro, sem início, fim ou desenvolvimento. No entanto, extremamente cativante, pois dá ao ouvinte uma sensação de vagar em terreno misterioso e belíssimo. Não se enganem com a primeira impressão (como já aconteceu comigo), Morton Feldman foi um compositor dos grandes.

Disco: 1
1. Flute And Orchestra
2. Cello And Orchestra

Disco: 2
1. Oboe And Orchestra
2. Piano And Orchestra

Performed by Runkfunk-Sinfonieorchester Saarbrucken
Conducted by Hans Zender

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Schnittke (1934 – 1998) – Concerto Grosso No.1 – Quasi una Sonata – Moz-art à la Haydn – A Paganini

Por pouco deixei que minhas idéias sobre música moderna limitassem as minhas experiências sonoras. “Não entendo esta música”. Claro, um ouvinte sempre salvo pelo tom dominante; não poderia se sentir seguro quando esta luz era apagada. Mas a música de Schnittke, mesmo quando tonal, é escura, angustiosa e macabra. O ouvinte não terá conforto com esta música. Mas neste disco, além disso, temos o virtuosismo e o humor.

Com o concerto grosso n.1 de Schnittke (talvez sua obra mais importante) caímos na música pós-moderna (ou pós-tudo) que muitas vezes é chamada de poli-estilística. Aqui Schnittke coloca Vivaldi, Webern, Mozart, Beethoven, Cage (piano preparado) e até tango num liquidificador e faz uma música única, uma obra de primeira grandeza, um resumo de tudo, mas com um humor negro típico de Schnittke. A formação é simples: dois violinos solistas, um cravo, uma orquestra de cordas e um piano preparado (basicamente um piano comum com pregos, bacias com água e outras coisitas sobre as cordas). A estrutura segue o velho estilo barroco à la Corelli com 6 movimentos. Música empolgante e perturbadora.

Este disco está recheado de obras-primas, pois a próxima peça, Quasi uma sonata, está entre as mais importantes composições das últimas décadas. Originalmente escrita para violino e piano (sonata n.2), neste disco encontramos o formato violino e orquestra de câmara. Schnittke vai desconstruíndo a forma sonata com extremo virtuosismo, humor (negríssimo, claro) mas sem entregar uma obra retalhada. Dificilmente uma obra de Schnittke não tem unidade.

Moz-art à la Haydn já é um clássico? Possivelmente. Aliás, Schnittke talvez seja o compositor de sua geração mais executado atualmente. Claro que aqui Schnittke segue a velha tradição russa dos mestres Prokofiev e Shostakovich que usavam o humor em obras refinadas.

Quem lembra das variações sobre aquele famoso tema dos caprice de Paganini? Claro, Brahms, Rachmaninov, Lutoslawski…Mas aqui Schnittke se aproxima do método de Paganini: ferrar o violinista. A Paganini é uma obra pra violino solo insuportavelmente difícil, mas nem de longe uma obra só virtuosística. Gidon Kremer dá um show. Enfim, o disco todo é uma obra-prima e merece ser comprado. Um marco da música pós-moderna (todas as obras são pós-anos 60).

Este foi praticamente meu primeiro disco de música moderna, e todas aquelas minhas idéias preconcebidas foram pro ralo.

1. Con grosso No.1: 1. Prelude: Andante
2. Con grosso No.1: 2. Toccata: Allegro
3. Con grosso No.1: 3. Recitativo: Lento
4. Con grosso No.1: 4. Cadenza [without tempo marking]
5. Con grosso No.1: 5. Rondo. Agitato
6. Con grosso No.1: 6. Postludio. Andante-Allegro-Andante
7. Quasi una sonata
8. Moz-Art a la Haydn
9. A Paganini

Gidon Kremer, Yuri Smirnov, Tatiana Grindenko,
The Chamber Orchestra of Europa
Conducted by Heinrich Schiff

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Arnold Schoenberg (1874 – 1951) – Quartetos de Cordas n.3 e n.4

Agora estamos num terreno árido, mas não menos empolgante que os outros quartetos predecessores. Nesta época (1927) Schoenberg já havia criado o sistema dodecafônico (do grego dodeka: 'doze' e fonos: 'som'), no qual as 12 notas da escala cromática são tratadas como equivalentes, ou seja, sujeitas a uma relação ordenada e não hierárquica. Mas Schoenberg nunca foi tão radical assim, com excessão de uma pequena peça para piano, ele nunca escreveu uma obra inteiramente dodecafônica.

O quarteto de cordas n.3 já não é romântico e expansivo, mas sim clássico, o mais haydniano dos quatro quartetos. A sua estrutura em quatro movimentos (moderato, andante, intermezzo e rondo) segue a velha idéia de forma sonata com exposição, re-exposição, desenvolvimento,...mas com uma relação entre elas quase impossível de conceber para uma primeira audição. No último movimento, o rondo é estruturado da seguinte maneira: A-B-A2-C(+D)-A3-B2-A4-Coda. Onde a seção D é um desenvolvimento de temas anteriores. Enfim Schoenberg leva as últimas conseqüências o que um ouvinte menos atento chamaria de "caos" numa base rígida e perfeitamente controlada. O atonalismo por si só era um terreno muito movediço para Schoenberg, por isso o velho mestre encontrou no dodecafonismo uma forma segura de percorrer estas plagas. No entanto, o quarteto n.3 não é uma obra totalmente dodecafônica. Mas parece ser um consenso entre os críticos que este é o melhor dos quatro quartetos, e quem sabe o mais importante do século XX.

O quarteto n.4 é "mais agradável que o terceiro" (palavras de Schoenberg) e o mais difícil de todos (palavras minhas). Tentar identificar os temas e desenvolvimentos é loucura. Ouço esse quarteto com ouvidos soltos. Gostaria ter a partitura desse quarteto em minhas mãos e ver com meus próprios olhos toda a sua intrincada estrutura. Novamente Schoenberg retoma o velho modelo : allegro molto, scherzo, largo e allegro. É música para poucos.

Disco: 2
1. Quarteto n.3, Op. 30: I. Moderato
2. Quarteto n.3, Op. 30: II. Adagio
3. Quarteto n.3, Op. 30: III. Intermezzo, Allegro Moderato
4. Quarteto n.3, Op. 30: IV. Rondo, Molto Moderato
5. Quarteto n.4, Op. 37: I. Allegro Molto, Energico
6. Quarteto n.4, Op. 37: II. Scherzo (Comodo)
7. Quarteto n.4, Op. 37: III. Largo
8. Quarteto n.4, Op. 37: IV. Allegro

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Arnold Schoenberg (1874 – 1951) – Quartetos de Cordas n.1 e n.2

Como fiquei responsável pela música moderna, trazendo aos ouvintes algo um pouco mais radical, cerebral e às vezes indigesto, começo minha participação com um disco mais ou menos óbvio, pois foi a partir do segundo quarteto de Schoenberg que o mundo tonal foi perfurado.

Mas o sistema tonal já estava há algum tempo sofrendo uma série de ataques, diria até que o ínicio do quarteto dissonante de Mozart pode ser visto como um pequeno exemplo dessa procura do novo mundo. As fantásticas “monstruosidades” sonoras de Wagner e Strauss que deixaram o sistema tonal esgotadíssimo. O Adágio da Décima de Mahler. As últimas sonatas de Scriabin…Mas foi realmente Schoenberg quem atravessou a barreira. O sistema tonal é quebrado no último movimento do quarteto n.2, nele uma voz feminina inicia seu canto (texto do poeta Stefan George) com as célebres palavras: “Ich fuhle luft von anderem planeten…” (Eu sinto o ar de um novo mundo…). Não dá para ouvir isso sem ficar arrepiado. Todo o quarteto é belíssimo, um mundo se misturando com outro.

Mas devo confessar que minha maior paixão é mesmo o quarteto n.1. Aqui o sangue fervilha. Apesar de ter quatro movimentos (todos os quatro quartetos de Schoenberg tem 4 movimentos), o quarteto não tem pausa, um movimento conectado ao outro, temas iniciais que vão sendo revisitados até o fim. Nesta época (1905) Schoenberg estudava a sinfonia Eroica. Com Beethoven “eu aprendi como evitar a monotonia e o vazio, como criar variedade fora da unidade…”.

A interpretação do “arditti string quartet” é excelente. E a voz que sai da soprano Dawn Upshaw é assombrosa.

Disco: 1
1. Quarteto n.1, Op. 7: I. Nicht Zu Rasch (Pas Trope Vite)
2. Quarteto n.1 , Op. 7: II. Kraftig (Energique)
3. Quarteto n.1, Op. 7: III. Massig (Modere)
4. Quarteto n.1, Op. 7: IV. Massig (Modere)
5. Quarteto n.2, Op. 10: I. Massig (Moderato)
6. Quarteto n.2, Op. 10: II. Sehr Rasch (Tres Rapide)
7. Quarteto n.2, Op. 10: III. ‘Litanei’ Langsam (Lent) – Dawn Upshaw
8. Quarteto n.2, Op. 10: IV. ‘Entruckung’ Sehr Landsam (‘Eloignement’ Tres Lent) – Dawn Upshaw

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Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Sinfonia Nº 10, Op. 93 (1953)

41007Algumas orquestras e regentes soviéticos eram motivo de orgulho nacional e isto não era tolo ufanismo. Naqueles anos, o trabalho de Evgeny Mravinsky  e sua Orquestra de Leningrado quase sempre me chegaram em gravações ao vivo, como esta que publico aqui hoje. E eram sempre espantosas. Por exemplo, sua gravação da Música para Cordas, Percussão e Celesta de Bartók é imbatível e ainda vinha com a 7ª Sinfonia de Sibelius! É dos poucos LPs que ouço até hoje.

Além de Mravinsky havia Kondrashin, Svetlanov e Roszdesvensky, um super-quarteto.

Agora, de forma inteiramente casual, encontrei na rede este registro ao vivo da 10ª de Shostakovich. Apesar da tosse da platéia e do som mono. Mravinsky demonstra seu vigor um ano após a morte de Shostakovich. A tensão dramática a que Mravinsky chega aqui é digna de nota. Ele era amigo de Shosta, que havia-lhe dedicado a 8ª Sinfonia.

Este monumento da arte contemporânea mistura música absoluta, intensidade trágica, humor, ódio mortal, tranqüilidade bucólica e paródia. Tem, ademais, uma história bastante particular.

Em março de 1953, quando da morte de Stalin, Shostakovich estava proibido de estrear novas obras e a execução das já publicadas estava sob censura, necessitando autorizações especiais para serem apresentadas. Tais autorizações eram, normalmente, negadas. Foi o período em que Shostakovich dedicou-se à música de câmara e a maior prova disto é a distância de oito anos que separa a nona sinfonia desta décima. Esta sinfonia, provavelmente escrita durante o período de censura, além de seus méritos musicais indiscutíveis, é considerada uma vingança contra Stalin.

Primeiramente, ela parece inteiramente desligada de quaisquer dogmas estabelecidos pelo realismo socialista da época. Para afastar-se ainda mais, seu segundo movimento – um estranho no ninho, em completo contraste com o restante da obra – contém exatamente as ousadias sinfônicas que deixaram Shostakovich mal com o regime stalinista. Não são poucos os comentaristas consideram ser este movimento uma descrição musical de Stálin: breve, é absolutamente violento e brutal, enfurecido mesmo, e sua oposição ao restante da obra faz-nos pensar em alguma segunda intenção do compositor. Para completar o estranhamento, o movimento seguinte é pastoral e tranqüilo, contendo o maior enigma musical do mestre: a orquestra pára, dando espaço para a trompa executar o famoso tema baseado nas notas DSCH (ré, mi bemol, dó e si, em notação alemã) que é assinatura musical de Dmitri SCHostakovich, em grafia alemã. Para identificá-la, ouça o tema executado a capela pela trompa. Ele é repetido quatro vezes. Ouvindo a sinfonia, chega-nos sempre a certeza de que Shostakovich está dizendo insistentemente: Stalin está morto, Shostakovich, não. O mais notável da décima é o tratamento magistral em torno de temas que se transfiguram constantemente.

P.Q.P. Bach adverte: não ouça o segundo movimento previamente irritado. Você e sua companhia poderão se machucar.

Evgeny Mravinsky Conducts Shostakovich
(Leningrad Masters 1995)

Shostakovich`s Symphony No. 10, in E Minor, Op. 93
(gravação mono e ao vivo de 1976)

1. Moderato (22min 24)
2. Allegro (4min 08)
3. Allegretto (11min 10)
4. Andante – Allegro (11min 17)

Orquestra Filarmônica de Leningrado
Reg.: Evgeny Mravinsky

Tempo Total: 48min 58

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PQP Bach

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Adventskantaten – BWV 36, 61 e 62

Cover+Front+Small

Já envolvido pelo clima natalino, e também cumprindo uma parte do que prometera, de postar obras relacionadas ao Natal, FDP Bach resolveu voltar a prestar homenagens ao seu pai, já há muito tempo por ele deixado de lado. Em outras palavras, temos aqui o clássico caso de um filho ingrato tentando recuperar a estima de seu progenitor.
Tratam-se das cantatas de compostas por nosso pai em homenagem ao Advento. FDP reconhece que está atrasado com esta postagem, afinal, este já é o segundo domingo do advento. Tiremos o atraso, portanto.
A gravação está a cargo de Philippe Herreweghe e seu Collegium Vocale, especialistas em barroco.

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Adventskantaten – BWV 36, 61 e 62

01 – BWV 36 Part 1 – Chorus
02 – BWV 36 Part 1 – Choral
03 – BWV 36 Part 1 – Aria
04 – BWV 36 Part 1 – Chorale
05 – BWV 36 Part 2 – Aria
06 – BWV 36 Part 2 – Chorale
07 – BWV 36 Part 2 – Aria
08 – BWV 36 Part 2 – Chorale
09 – BWV 61 – Ouverture
10 – BWV 61 – Recitativo
11 – BWV 61 – Aria
12 – BWV 61 – Recitativo
13 – BWV 61 – Aria
14 – BWV 61 – Chor
15 – BWV 62 – Choral
16 – BWV 62 – Aria
17 – BWV 62 – Recitativo
18 – BWV 62 – Aria
19 – BWV 62 – Recitativo
20 – BWV 62 – Choral

Sibylla Rubens, Sarah Connoly, Christoph Prégardien e Peter Kooy – Solistas

Collegium Vocale
Philippe Herreweghe – Director

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Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) – Symphony nº 1 in G Menor, op. 13 “Winter Daydreams”, Symphony nº 2 in C Minor, op. 17 Little Russian

Começo a postar as sinfonias de Tchaikowsky, inúmeras vezes solicitadas aqui no blog.
Optei por essa versão do jovem Mariss Jansons (lituano, nascido em 1943)devido aos comentários elogiosos lidos em alguns sites especializados. E creio que ninguém irá se decepcionar com a escolha. Quando gravou essa integral, Jansons tinha pouco mais de 40 anos, e já era diretor da Filarmônica de Oslo, após ter estudado no conceituado Conservatório de Leningrado (atual St. Petersburg)e após ter sido assistente de nunguém mais, ninguém menos do que Herr Karajan na Filarmônica de Berlim. Currículo invejável.
Mas temos aqui as duas primeiras sinfonias de Tchaikowsky. Obras de juventude, porém que já mostram o espírito e a alma russas devidamente impregnadas, e que também já mostram um compositor preparado para vôos maiores.
À elas, pois…

Symphony nº 1, in G minor, op. 13, “Winter Daydreams”
1 – Allegro tranquilo
2 – Adagio cantabile ma non tanto
3 – Scherzo. Allegro scherzando giocoso
4 – Finale. Andante lugubre – Allegro maestoso

Symphony nº 2, in C Minor, op. 17, “Little Russian”
5 – Andante sostenuto – Allegro vivo
6 – Andantino marziale, quasi moderato
7 – Scherzo and Trio – Allegro molto vivace
8 – Finale. Moderato assai – Allegro vivo.

Oslo Philarmonic Orchestra
Mariss Jansons

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W. A. Mozart (1756-1791) – Grande Missa em Dó Menor K.427

51XddEDboAL AA280 Nada como terminar a semana com uma grande obra-prima numa clássica interpretação que já recebeu três capas diferentes da EMI. Pensei até que fosse outra gravação, pois tenho o CD desde 1989 e não achava minha edição… (A capa que mostramos é a mais recente.) Quem não se arrepiar no Kyrie inicial ou não gosta de música ou acabou de deixar de gostar.

CD obrigatório com Leppard em perfeita forma e Kiri nem se fala. Esta nasceu para cantar Mozart.

Missa em Dó Menor K. 427 de Wolfgang Amadeus Mozart

01.Mass In C Minor, K.427: I Kyrie (Raymond Leppard/New Philharmonia Orchestra/Dame Kiri Te Kanawa) 08:09
02.Mass In C Minor, K.427: Gloria In Excelsis (Raymond Leppard/New Philharmonia Orchestra/Dame Kiri Te Kanawa) 02:52
03.Mass In C Minor, K.427: Laudamus Te (Raymond Leppard/New Philharmonia Orchestra/Dame Kiri Te Kanawa) 04:53
04.Mass In C Minor, K.427: Gratias Agimus Tibi (Raymond Leppard/New Philharmonia Orchestra/Dame Kiri Te Kanawa) 01:30
05.Mass In C Minor, K.427: Domine Deus (Raymond Leppard/New Philharmonia Orchestra/Dame Kiri Te Kanawa) 02:52
06.Mass In C Minor, K.427: Qui Tollis Peccata Mundi (Raymond Leppard/New Philharmonia Orchestra/Dame Kiri Te Kanawa) 06:27
07.Mass In C Minor, K.427: Quoniam Tu Solus Sanctus (Raymond Leppard/New Philharmonia Orchestra/Dame Kiri Te Kanawa) 04:17
08.Mass In C Minor, K.427: Jesu Christe (Raymond Leppard/New Philharmonia Orchestra/Dame Kiri Te Kanawa) 00:46
09.Mass In C Minor, K.427: Cum Sancto Spiritu (Raymond Leppard/New Philharmonia Orchestra/Dame Kiri Te Kanawa) 04:12
10.Mass In C Minor, K.427: Credo In Unum Deum (Raymond Leppard/New Philharmonia Orchestra/Dame Kiri Te Kanawa) 03:58
11.Mass In C Minor, K.427: Et Incarnatus Est (Raymond Leppard/New Philharmonia Orchestra/Dame Kiri Te Kanawa) 08:28
12.Mass In C Minor, K.427: IV Sanctus (Raymond Leppard/New Philharmonia Orchestra/Dame Kiri Te Kanawa) 02:03
13.Mass In C Minor, K.427: Osanna (Raymond Leppard/New Philharmonia Orchestra/Dame Kiri Te Kanawa) 02:16
14.Mass In C Minor, K.427: V Benedictus (Raymond Leppard/New Philharmonia Orchestra/Dame Kiri Te Kanawa) 06:30

Kiri te Kanawa
Ilena Cotrubas
Werner Krenn
Hans Sotin
John Aldis Choir
New Philharmonia Orchestra
Raymond Leppard (Dirigent)

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PQP Bach

Jean-Philippe Rameau (1683-1764) – Cantates Profanes e Pièces en Concert

41EB99R3KXL AA240 Um belo CD. Principalmente na parte exclusivamente instrumental. Um show. Mas não apressemos as coisas.

P.Q.P. Bach estava preocupadíssmo com a situação da música francesa por aqui. Estava dormindo mal, até. A história deste blog demonstra que as observações desconfiadas de PQP sobre a música francesa foram recebidas, certa vez, com a hostilidade de alguns europeus. Pois agora, paradoxalmente, é ele quem levanta bem alto (Raise high the roof beam, carpenters) a bandeira da França de tão belas mulheres e de música tão desigual.

Mas nem sempre foi assim: houve Rameau e outros. E há este grande CD que mistura a música instrumental (extraordinária, meus amigos) do compositor com sua música vocal.

Jean-Philippe Rameau nasceu em Dijon e faleceu em Paris. Filho do organista da catedral Notre-Dame de Dijon, distinguiu-se, desde cedo, como um organista de especial talento para a composição musical. Também tinha grande talento para a matemática embora não tenha contribuído para ela.

Foi enquanto organista em Clermont-Ferrand que ele escreveu seu famoso tratado de harmonia. Era também muito conhecido como professor de cravo, bastante em moda na Paris de sua época. A técnica da dedilhação dos instrumentos de teclado deve muito a Rameau e só foi modificada por meu pai, Johann Sebastian Bach, seu contemporâneo, com o uso mais efetivo do polegar. No final de sua vida, tornou-se “compositor do rei” e, ao falecer, teve todas as honras da nobreza e funeral público com grande pompa e circunstância.

Teórico eminente e amigo de Voltaire, protegido de poderosos representantes da nova burguesia, era bem o homem novo, que os progressistas de então tiveram a loucura de não reconhecer. As suas óperas (especialmente as suas obras-primas criadas entre 1733 e 1745) representam, no campo musical, um renascimento da ópera clássica francesa, apesar dos temas e encenações convencionais que ligam às “pompas de Versalles”. Aí, notam-se, especialmente, algumas aquisições italianas (ária da capo, grandes melodias do bel canto, importância da orquestra): arte muito mais audaciosa do que a de Lully, tanto do ponto de vista melódico como harmônico. As peças descritivas, especialmente notáveis, têm origem numa arte totalmente nova (o tremor de terra das Indes galantes, por exemplo).

A música religiosa, pelo contrário, adotou, de forma bastante convencional, o grande estilo italiano: parece que, ao contrário dos seus antecessores, Rameau considerou a composição para igreja uma obrigação fastidiosa. A música religiosa é ótima, prezado Jean-Philippe, mas a igreja é, com efeito, fastidiosa.

(O texto acima é meu, mas também é da Wiki e daqui.)

P.Q.P. Bach.

Jean-Philippe Rameau (1683-1764) – Cantates Profanes e Pièces en Concert

1. Pièce En Concert N.1 : La Coulicam
2. Pièce En Concert N.1 : La Livri
3. Pièce En Concert N.1 : La Vezinet
4. L’ Impatience : Récit : Ces Lieux Brillent …
5. L’ Impatience : Air Gai : Ce N’est Plus …
6. L’ Impatience : Récit : Les Oiseaux …
7. L’ Impatience : Air Tendre : Pourquoi Leur Envier …
8. L’ Impatience : Récit : Mais Corine Parait
9. L’ Impatience : Air Léger : Tu Te Plais …
10. Pièce En Concert N.3 : La Poplinière
11. Pièce En Concert N.3 : La Timide
12. Pièce En Concert N.3 : 1er Et 2e Tambourin
13. Thétis : Prélude
14. Thétis : Récit : Muses, Dans Vos Divin Concerts
15. Thétis : Air : Volez Tirans Des Airs
16. Thétis : Récit : Neptune En Ce Moment
17. Thétis : Air : Parlez, Volez …
18. Thétis : Récit : Quel Aveugle …
19. Thétis : Air Gracieux : Beauté …
20. Pièce En Concert N.5 : La Forqueray
21. Pièce En Concert N.5 : La Cupis
22. Pièce En Concert N.5 : La Marais

Christophe Coin (Violoncelliste, Gambiste),
Bernard Deletre (Basse),
Willem Jansen (Clavecin),
Sandrine Piau (Soprano),
Irene Troi (Violon)

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George Friederich Handel (1685-1759) – Concerti Grossi op. 3 nºs 1 a 6

FDP Bach ficou extremamente feliz quando conseguiu essa gravação, do grande Karl Richter regendo sua Münchener Bach Ochestra, tocando os Concerti Grossi op. 3 e op. 6 de Handel. Já era objeto de desejo antigo, pois é fã desde a sua infância deste grande regente do barroco, infelizmente falecido um tanto quanto precocemente aos 54 anos.
Vou postar os 4 cds aos poucos, para poderem ser devidamente apreciados, pois trata-se de uma gravação histórica do catálogo da Archiv, selo que pertence à poderosa Deutsche Grammophon.

George Friederich Handel (1685-1759) – Concerto Grosso in B Flat, op. 3 nºs 1 a 6 CD 1

1 – Concerto Grosso in B Flat, op. 3 nº 1 – Allegro
2 – Concerto Grosso in B Flat, op. 3 nº 1 – Largo
3 – Concerto Grosso in B Flat, op. 3 nº 1 – Allegro
4 – Concerto Grosso in B Flat, op. 3 nº 2 – Vivace – Grave
5 – Concerto Grosso in B Flat, op. 3 nº 2 – Largo
6 – Concerto Grosso in B Flat, op. 3 nº 2 – Allegro
7 – Concerto Grosso in B Flat, op. 3 nº 2 – ……………….
8 – Concerto Grosso in B Flat, op. 3 nº 2 – ……………….
9 – Concerto Grosso in G, op. 3 nº 3 – Largo e stacatto
10 – Concerto Grosso in G, op. 3 nº 3 – Allegro
11 – Concerto Grosso in G, op. 3 nº 3 – Adagio
12 – Concerto Grosso in G, op. 3 nº 3 – Allegro
13 – Concerto Grosso in F, op. 3 nº 4 – Andante – Allegro – Lentamente
14 – Concerto Grosso in F, op. 3 nº 4 – Andante
15 – Concerto Grosso in F, op. 3 nº 4 – Allegro
16 – Concerto Grosso in F, op. 3 nº 4 – Minuetto
17 – Concerto Grosso in F, op. 3 nº 4 bis – largo
18 – Concerto Grosso in F, op. 3 nº 4 bis – Allegro
19 – Concerto Grosso in F, op. 3 nº 4 bis – Largo
20 – Concerto Grosso in F, op. 3 nº 4 bis – Allegro
21 – Concerto Grosso in F, op. 3 nº 5 – (sem indicação de tempo)
22 – Concerto Grosso in F, op. 3 nº 5 – Fuga (allegro)
23 – Concerto Grosso in F, op. 3 nº 5 – Adagio
24 – Concerto Grosso in F, op. 3 nº 5 – Allegro, ma non troppo
25 – Concerto Grosso in F, op. 3 nº 5 – Allegro
26 – Concerto Grosso in F, op. 3 nº 6 – Vivace
27 – Concerto Grosso in F, op. 3 nº 6 – Allegro

Gerhart Hetzel, Hedwig Bilgram, Kurt-Christian Stier, Fritz Kiskalt – solistas
Münchener Bach Orchestra
Karl Richter

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Gustav Mahler (1860-1911) – Canções de “Das Knaben Wunderhorn”

Gosto muito desta versão para piano do ciclo de canções “Das Knaben Wunderhorn”. O nome, que significa algo como “A trompa mágica do menino”, é uma coleção de poemas populares, publicada em três volumes em Heidelberg pelos poetas e escritores alemães Achim von Arnim e Clemens Brentano entre 1805 e 1808. A coleção contém canções da Idade Média até o Século XVIII.

As canções foram musicadas – entre outros – por Gustav Mahler entre 1892 a 1901. Alguns autores as mencionam em número de 13, porém o compositor musicou, na verdade, 24 daqueles poemas. Cada intérprete escolhe o quais deseja cantar. Também não há uma seqüência de apresentação.

Acho o ciclo divertidíssimo e minha preferência vai para “Wer hat dies Liedlein erdacht?!”, “Des Antonius von Padua Fischpredigt” e “Wo die schnen Trompeten blasen”, talvez a primeira música de Mahler que tenha ouvido. Sim, há mais de 30 anos.

O barítono Thomas Hampson, há pouco tempo, esteve em São Paulo apresentando este programa.

P.Q.P. Bach.

1. Der Schildwache Nachtlied
2. Revelge
3. Rheinlegendchen
4. Wer hat dies Liedlein erdacht?!
5. Verlorne Mh’!
6. Trost im Unglck
7. Lob des hohen Verstands
8. Des Antonius von Padua Fischpredigt
9. Lied des Verfolgten im Turm
10. Der Tamboursg’sell
11. Wo die schnen Trompeten blasen
12. Das irdische Leben
13. Das himmlische Leben
14. Urlicht
15. “Es sungen drei Engel einen sen Gesang”

Thomas Hampson (Baritone)
Geoffrey Parsons (Piano)

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Correção

Retirei a postagem do Karajan/Schubert pois está com um pequeno problema, acabei fazendo confusão na separação das faixas. Corrijo assim que possível para postá-la novamente. Os que a baixaram irão verificar que o scherzo da sinfonia nº 9 simplesmente foi suprimido. Falha nossa.

FDP Bach.

Sob a influência do jazz – Gershwin, Milhaud, Ravel, Stravinski e Weill regidos por Bernard Herrmann

O CD (ex-LP) Classic Jazz, de 1966, traz uma série de obras “eruditas” muito influenciadas pelo jazz. A seleção é notável e a interpretação é sempre adequada: divertida, alegre e espalhafatosa. Um grande disco, sem dúvida.

A idéia deste trabalho foi do imenso Bernard Herrmann (1911-1975), o maior compositor de músicas para o cinema. Parceiríssimo de Alfred Hitchcock, Herrmann escreveu a trilha sonora de oito filmes: O terceiro tiro (1955), O homem que sabia demais (1956), O homem errado (1957), Um corpo que cai – Vertigo (1959), Intriga internacional (1959), Psicose (1960) e Os pássaros (1963). Herrmann foi o consultor de som de Marnie, confissões uma ladra (1964). Na realidade, Cortina rasgada também teve uma trilha musical composta por Herrmann. No entanto, Hitchcock queria música pop e desistiu da partitura de Herrmann, o que gerou uma boa briga e rompimento definitivo de uma parceria que rendeu o reconhecimento de críticos e público.

Mas não foi só isso. É de Herrmann a trilha de Taxi Driver (Scorsese), de Cidadão Kane (Welles) e de Fahrenheit 451 (Truffaut). Não, não é mole.

Aqui, ele torna-se regente de interessantes obras que nasceram a partir do jazz. Destaque para Rhapsody in Blue, para o Ragtime de Stravinski, para Milhaud – que aparece pela primeira vez neste blog – e para a divertida brincadeira de Ravel. Ou seja, quase tudo!

P.Q.P. Bach.

Classic Jazz

1. Rhapsody In Blue
Composição de George Gershwin
London Festival Orchestra
Stanley Black, piano e regência

2. The Threepenny Opera: Mack the Knife / Instead-of Song / The Good Life (Foxtrot) / Polly’s Song / Tango / The Bis Shots: Charleston
Composição de Kurt Weill
London Festival Orchestra [members of]
Bernard Herrmann

3. Ragtime
Composição de Igor Stravinsky
London Festival Orchestra [members of]
Bernard Herrmann

4. La Création du Monde
Composição de Darius Milhaud
London Festival Orchestra [members of]
Bernard Herrmann

5. Five O’Clock Foxtrot (de L’enfant et les sortilèges)
Composição de Maurice Ravel
London Philharmonic Orchestra
Bernard Herrmann

6. Variations on ‘I got rhythm’ (para piano e orquestra)
Composição de George Gershwin
London Festival Orchestra [members of],
David Parkhouse, piano
Bernard Herrmann

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Georg Philip Telemann (1681-1767) – Passion Oratorio / 2 Cantatas

Apesar da excelente orquestra, regente e cantores, não é um CD de enlouquecer. Aliás, segundo F.D.P. Bach, nem a Ino é. Trata-se de um bom disco que prova que Telemann era mais instrumental do que vocal.

MaxQuando vi o CD, a cara de maluco de Hermann Max me assustou. Tinha me esquecido. O cara parece saído de uma comédia dos anos 60. Em vez de Telemann, fiquei pensando nas quantidades oceânicas de laquê que ele deve usar. Igualzinho a minha mãe há quarenta anos atrás.

P.Q.P. Bach.

1. Betrachtung Der 9: Acccompagnato – Wilfried Jochens/Hans-Georg Wimmer/Harry Van Der Kamp/David Cordier
2. Betrachtung Der 9: Chorale – Rheinische Kantorei
3. Betrachtung Der 9: Recitativo – Wilfried Jochens
4. Betrachtung Der 9: Aria – Harry Van Der Kamp
5. Betrachtung Der 9: Chorale – Rheinische Kantorei/Das Kleine Konzert/Hermann Max
6. Betrachtung Der 9: Recitativo – David Cordier
7. Betrachtung Der 9: Acccompagnato – Hans-Georg Wimmer
8. Betrachtung Der 9: Aria – Hans-Georg Wimmer
9. Betrachtung Der 9: Chorale – Rheinische Kantorei/Das Kleine Konzert/Hermann Max

Composed by Georg Philipp Telemann
with David Cordier, Kleine Konzert Orchestra, Wilfried Jochens, Harry van der Kamp, Rheinische Kantorei, Stephan Schreckenberger, Kai Wessel
Conducted by Hermann Max

10. Ein Mensch Ist In Seinem Leben Wie Gras: Tenor Solo & Chorus – Wilfried Jochens
11. Ein Mensch Ist In Seinem Leben Wie Gras: Recitativo – Wilfried Jochens
12. Ein Mensch Ist In Seinem Leben Wie Gras: Aria – Wilfried Jochens
13. Ein Mensch Ist In Seinem Leben Wie Gras: Chorus – Rheinische Kantorei/Das Kleine Konzert/Hermann Max
14. Ein Mensch Ist In Seinem Leben Wie Gras: Recitaivo – Kai Wessel
15. Ein Mensch Ist In Seinem Leben Wie Gras: Duetto – Stephan Schreckenberger/Kai Wessel
16. Ein Mensch Ist In Seinem Leben Wie Gras: Chorus – Rheinische Kantorei/Das Kleine Konzert/Hermann Max
17. Ein Mensch Ist In Seinem Leben Wie Gras: Chorale – Rheinische Kantorei/Das Kleine Konzert/Hermann Max

Composed by Georg Philipp Telemann
with David Cordier, Kleine Konzert Orchestra, Wilfried Jochens, Harry van der Kamp, Rheinische Kantorei, Stephan Schreckenberger, Kai Wessel
Conducted by Hermann Max

18. Herr, Ich Habe Lieb Die Statte Deinse Hasues: Son – Rheinische Kantorei/Das Kleine Konzert/Hermann Max
19. Herr, Ich Habe Lieb Die Statte Deinse Hasues: Chorus – Rheinische Kantorei/Das Kleine Konzert/Hermann Max
20. Herr, Ich Habe Lieb Die Statte Deinse Hasues: Aria – Maria Zadori
21. Herr, Ich Habe Lieb Die Statte Deinse Hasues: Chorus – Rheinische Kantorei/Das Kleine Konzert/Hermann Max
22. Herr, Ich Habe Lieb Die Statte Deinse Hasues: Aria – Wilfried Jochens
23. Herr, Ich Habe Lieb Die Statte Deinse Hasues: Aria – Kai Wessel
24. Herr, Ich Habe Lieb Die Statte Deinse Hasues: Chorus – Rheinische Kantorei/Das Kleine Konzert/Hermann Max
25. Herr, Ich Habe Lieb Die Statte Deinse Hasues: Aria – Stephan Schreckenberger
26. Herr, Ich Habe Lieb Die Statte Deinse Hasues: Chorus – Rheinische Kantorei/Das Kleine Konzert/Hermann Max

Composed by Georg Philipp Telemann
with David Cordier, Kleine Konzert Orchestra, Wilfried Jochens, Harry van der Kamp, Rheinische Kantorei, Stephan Schreckenberger, Kai Wessel
Conducted by Hermann Max

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Wilhelm Richard Wagner (1813-1883) – Tannhäuser

Gostaria de fazer algumas considerações à respeito desta postagem de Wagner. Estou começando por Tannhauser, talvez por ser mais conhecida, com o famoso “coro dos peregrinos”, além de outras passagens memoráveis. Consegui-a, como não poderia deixar de ser, com a Comunidade Richard Wagner Brasil, do Orkut. Wagnerianos apaixonados, eles fazem o possível e o impossível para conseguir gravações fantásticas, como essa que ora disponibilizo, e onde se discutem temas os mais variados sobre as óperas em si.

A parte as discussões mais acaloradas como as que suscitaram o texto do Milton Ribeiro, minha preocupação com estas postagens é simplesmente estética e musical… não me interessam debates sobre sua influência no pensamento nazista, etc., etc, etc. Quero apenas que se preocupem com a música… estarei me esforçando em disponibilizar as gravações mais famosas, com seus melhores intérpretes… se Windgassen é o melhor Tannhauser, ou Siegfried, ou se Nilsson é superior à Flagstad, são discussões que deixo à cargo de quem conhece. O que vale na postagem é o que mais vier a me emocionar.

Esta gravação que estou postando de Tannhäuser é especial em diversos aspectos. Começando pelo elenco, com um Wolfgang Windgassen em plena forma como Tannhäuser, e Dietrich Fischer-Dieskau como Wolfram von Eschenbach, além de termos a grande Victoria de Los Angeles como Elizabeth. A regência é do grande Wolfgang Sawallisch, à frente da Bayreuth Festival Chorus and Orchestra, gravado ao vivo, em pleno festival de Bayreuth de 1961. Ou seja, a gravação terá todos os ruídos, tosses, ranger de cadeiras, etc., que caracterizam estas gravações ao vivo. À seu favor, um time de primeiríssima, no apogeu de sua forma,e o que é o principal, gravado no templo wagneriano por excelência.. a emoção de ouvir uma gravação dessas é indiscritível.

Estou me propondo a fornecer a sinopse das óperas a partir do livro “História das Grandes Óperas e de Seus Compositores”¹, de Ernest Newman, em seu primeiro volume, inteiramente dedicado à Wagner. Neste livro, as óperas são analisadas minuciosamente, cena a cena, ato a ato. Newman tem seus críticos, mas ainda é a melhor opção que temos em português para conhecermos melhor essas obras. Portanto, escaneei e transformei em arquivo .pdf o capitulo referente à Tannhäuser. O farei com todas as outras que vier a postar.

Não encontrei na Internet uma tradução do libretto de Tannhäuser. O incrível trabalho de Luiz de Lucca (http://www.luiz.delucca.nom.br/wep/wagneremportugues.html) ainda não tem à disposição a tradução desta ópera, mas para compensar, todo o ciclo do Anel dos Nibelungos se encontra ali devidamente analisado e traduzido, além do “Parsifal”, além de outras discussões pertinentes à questão.

Wilhelm Richard Wagner (1813-1883) – Tannhäuser

Libretto by the composer

First performance: Königlich Sächsisches Hoftheater, Dresden, 19 October 1845

Hermann, Landgrave of Thuringia ………………… Josef Greindl
Tannhäuser ……………………………………… Wolfgang Windgassen
Wolfram von Eschenbach ……………. Dietrich Fischer-Dieskau
Werther von der Vogelweide ……………………… Gerhard Stolze
Biterolf ……………………………………………………………. Franz Crass
Heinrich der Schreiber ………………………………. Georg Paskuda
Reinmar von Zweter ……………………………………….. Theo Adam
Elisabeth, niece to the Landgrave ….. Victoria de Los Angeles
Venus …………………………………………………………. Grace Bumbry
A shepherd boy …………………………….. Else-Margrete Gardelli

Bayreuth Festival Chorus and Orchestra
Wolfgang Sawallisch, conductor
Recorded live, Bayreuth 1961

CD 1 – BAIXE AQUI

CD 2 – BAIXE AQUI

CD 3 – BAIXE AQUI

SINOPSE DA ÓPERA – BAIXE AQUI

J. S. Bach (1685-1750) – Magnificat BWV 243 e Cantata BWV 82 Ich habe genug

O Magnificat com suas esplêndidas árias curtas precisa de comentários? Acho que não. E a lindíssima Cantata BWV 82, a preferida por nove entre dez barítonos, também não.

Enjoy!

P.Q.P. Bach.

Johann Sebastian Bach
Magnificat in D Major, BWV 243
Oxford Schola Cantorum – Jeremy Summerly, Conductor
Northern Chamber Orchestra – Nicholas Ward, Conductor

1 Magnificat 3:15
2 Et exsultavit 2:29
3 Quia respexit 2:39
4 Omnes generationes 1:17
5 Quia fecit mihi magna 2:12
6 Et misericordia 3:57
7 Fecit potentiam 2:00
8 Deposuit potentes 2:09
9 Esurientes 3:06
10 Suscepit Israel 2:18
11 Sicut locutus est 1:39
12 Gloria Patri 2:35

Johann Sebastian Bach
Cantata: Ich habe genug, BWV 82
Oxford Schola Cantorum – Jeremy Summerly, Conductor
Northern Chamber Orchestra – Nicholas Ward, Conductor

13 Aria: Ich habe genug 8:01
14 Recitative: Ich habe genug 1:21
15 Aria: Schlummert ein 9:25
16 Recitative: Mein Gott 0:51
17Aria: Ich freue mich 4:01

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Aviso:

O CD1 das Bachianas Brasileiras de Villa-Lobos estava aparentemente apresentando problemas. Aqui está o arquivo que substitui as faixas 7 e 8 do CD. Acho estranho que, após 634 downloads, tais faixas passem a apresentar problemas, ainda mais se considerarmos que ouvi os arquivos mp3 que foram upados e eles estavam OK. Coloco as duas faixas porque um comentarista disse que o problema estava localizado na faixa 7, Prelúdio das Bachianas Nº 3, só que a faixa 7 é O Trenzinho Caipira, último movimento das Bachianas Nº 2. Então, subi as duas.

Sobre Richard Wagner

Pouco antes da publicação de nossa primeira postagem de Richard Wagner, o blog de Milton Ribeiro apresentou um texto sobre o compositor que talvez interesse aos ouvintes/leitores do P.Q.P. Bach. Copio o texto para cá com as fotos e gravura que constam no original.

P.Q.P. Bach.

Richard Wagner e o Nazismo

Uma mente madura deve ser capaz de admitir a coexistência de dois fatos contraditórios: que Wagner foi um grande artista e, segundo, que Wagner foi um ser humano abominável.

Edward Said

Você deve pensar que se a música é algo impalpável e transitório – se, como disse Busoni, “é apenas ar sonoro” -, não haveria espaço para muita ideologia ou nacionalismo nela. Mesmo no terreno da ópera, com a necessidade de se contar uma história, fazer “poesia”, ser teatro e música ao mesmo tempo, seria complicado estabelecer teses. Mas há Wagner e Wagner, o autor e o homem. Curiosamente, Wagner deixou quaisquer referências diretas aos judeus fora de sua música. Aliás, é estranha a culpa de alguns autores que são capazes de escrever pequenos ensaios como Das Judentum in der Musik (O Judaísmo na Música, de 1850), mas deixam sua obra maior livre destas referências seculares… Também Céline, Hamsun e Pound não entremearam sua obra com referências anti-semitas ou nazistas, deixando essas coisas para os panfletos e jornais. O fato é que Wagner foi trazido pelo próprio Hitler ao centro da discussão, tornando-o o maior dos anti-semitas, postura que está longe de ser um privilégio exclusivo. Em Das Judentum in der Musik ele vai longe e como! Primeiro, ataca a influência dos judeus na música e cultura alemãs, descreve os judeus como ex-canibais de fato e agora canibais das finanças. Logo após afirma que são de natureza muito pouco profunda, acusa-os de corruptores da língua alemã e ataca Meyerbeer e Mendelssohn, compositores judeus que considerava inimigos… Em uma carta para Lizst, Wagner completa sua obra ao confessar que “Sinto um ódio, por muito tempo reprimido, contra os judeus e esta luta é tão necessária à minha natureza como meu sangue… Quero que deixem de ser nossos amos. Afinal, não são nossos príncipes, mas nossos banqueiros e filisteus…”.

Siegfried MimeEmbora não haja referências anti-semitas em suas óperas, é bastante claro o significado da existência de Beckmesser em Os Mestres Cantores de Nurenberg e de Mime no Anel. São associações muito claras e ao final ambos são derrotados. Uma mesma canção interpretada por Beckmesser nos Mestres Cantores causa riso e rejeição, enquanto que a interpretação de Stolzing dá vida à música… E o discurso de Hans Sachs ao final da mesma ópera traz uma apologia da santa arte alemã, alertando para os perigos que vêm de fora. Mime estranhamente se declara hipócrita, pois esconde “pensamentos íntimos”, mas o pior é a associação de seu nome (mine, mímesis em grego, significa “imitação”) com a descrição dos judeus em O Judaísmo na Música acrescida pelo fato de Wagner obrigar o personagem a registros altíssimos e a cantar em intervalos semelhantes aos de um pássaro – um corvo, uma gralha –, reservando-lhe ao final uma morte brutal sob a espada de Siegfried.

Grande admirador de Wagner, Gustav Mahler escreveu:

No doubt with Mime, Wagner intended to ridicule the Jews with all their characteristic traits — petty intelligence and greed — the jargon is texually and musically so cleverly suggested; but for God’s sake it must not be exaggerated and overdone as Julius Spielmann does it… I know of only one Mime and that is myself… you wouldn’t believe what there is in that part, nor what I could make of it.

Hitler Und WagnersOra, tais coisas, quando em contato com quem necessita de justificativas para seus ódios… só pode criar uma idolatria. Não por acaso, caíram na mão de um certo Adolf Hitler. Ele ia com freqüência assistir às óperas de Wagner e orgulhava-se de ter lido tudo o que dele havia. Era amigo dos netos do compositor – fez-se fotografar com eles – e visitava Bayreuth mesmo durante os anos de guerra. Em 1923, foi conhecer a viúva de Wagner, Cosima. Ou seja, fazia absoluta questão de ligar-se ao compositor. Claro que o nazismo não é uma conseqüência direta disto, mas é indiscutível que Wagner influenciou a sociedade alemã com suas sagas nórdicas – tão ao gosto do nazismo -, com sua pompa e anti-semitismo. Imaginem que Hitler era tão influenciado que tornou-se vegetariano… por causa e tal como o compositor!

Agora, há grandes méritos em Wagner. Foi compositor, regente, libretista, ensaísta, político (principalmente no sentido de que era suscetível a alterar suas posições subitamente, era um casuísta), polemista, amigo e referência de toda a intelectualidade alemã da época, entendido em acústica, publicitário dos bons, e era quase tudo o que você imaginar. Sem dúvidas, era um gênio. Construiu em Bayreuth um teatro revolucionário que até hoje é o melhor para suas óperas serem apresentadas, devido ao grande palco e ao fato da posição da orquestra ficar sob o mesmo, no chamado Abismo Místico (mystischer Abgrund), o qual produz um som absolutamente espetacular, escondendo inteiramente a orquestra dos espectadores – pois Wagner queria atenção absoluta ao palco – e permitindo que a orquestra abuse dos fortíssimo porque, por misteriosa ciência acústica, a posição da orquestra garante que tudo será ouvido claramente pelos espectadores da ópera, apesar dos músicos sofrerem com o calor do aposento. A acústica do teatro está mais para o milagre do que para qualquer outra coisa.

Sua imaginação melódica e suas texturas harmônicas são de um refinamento ao qual é impossível associar imagens como, por exemplo, as dos assassinatos em massa. Há um enorme descompasso quando Goebbels utiliza sua música na propaganda nazista. Na verdade, é uma música revolucionária destinada a entendidos. Mas Goebbels vê nela a música do autor de O Judaísmo na Música, a música de um nacionalista que odiava os judeus, porém apenas algumas aberturas e a tal Cavalgada das Valquírias serviam aos propósitos propagandistas do regime e não suas vastas e complexas óperas que, em seu contexto, fizeram a efetiva ligação entre a música dó século XIX e a moderna. Sua música sempre aparece descontextualizada sob o nazismo e eu imagino o que não sofriam os nazistas que faziam a peregrinação anual à Bayreuth para assistir por horas e horas óperas destinadas a uma elite intelectual… Só que eles tinham que gostar, não? Na opinião do chefe, era a expressão de uma superioridade.

Hitler3Eu leio Céline – um dos maiores romancistas que conheço – e abomino seu lado B; também leio Pound e gosto de Dali, um admirador de Franco. Por que não ouviria Wagner? É ilógico, mas confesso que não o evito. Sinto como se houvesse muito de demasiado na personalidade de Wagner e isto invade a esfera artística de tal modo que é quase impossível ouvi-lo (não há erro na expressão “muito de demasiado”). Ele queria tudo: a obra de arte total, a criação de uma nova música, o tea
tro ideal para ela, procurava a maior controvérsia, escrevia panfletos, fazia tudo para aparecer e era tudo para si. É demais para mim saber de tudo isso, mesmo não ignorando seus indiscutíveis e tão audíveis méritos. Para vocês terem uma idéia, a cena em estética nazista do filme Apocalipse Now – a dos helipcópteros bombardeando os surfistas tendo a Cavalgada como fundo – provoca-me náusea… E detesto o filme de Coppola! E nem sou judeu! É irracional, mas é assim. Defendo-me com o auxílio de Thomas Mann que denunciou o substrato racista das obras de Wagner sob aquelas confusas sagas nórdicas, das quais também não gosto nem um pouco, mas sei que é isso é apenas colocar uma grife numa rejeição para a qual não encontro explicação. Por que posso preterir o grande Richard Wagner e não o não menos enorme Louis-Ferdinand Céline? Sei lá.

Richard Wagner (1823-1883) – Tannhauser Overture & Venusberg, The Mastersingers Of Nuremberg: Prelude To Act III & Tristan And Isolde: Prelude

Ok, os pedidos foram tantos e tão insistentes que resolvi ceder, em parte. Afora alguns desbocados, devidamente removidos, os demais pedidos foram feitos com educação e de certa forma vieram de encontro à um antigo desejo de postar Wagner, mas sempre aparecia alguma coisa que impedia.
Resolvi, portanto, começar pelo começo, com o perdão da redundãncia. Fâ desde criança do gênio wagneriano, tive meus horizontes abertos ao ter o privilégio de participar da comunidade orkutiana Richard Wagner Brasil, moderada pelo incrível Velius, que possui um acervo de fazer inveja a qualquer um. Pois ali nesta comunidade aprendi a conhecer intérpretes, regentes, gravações famosas, outras meia bocas, sempre com os comentários e análises de quem realmente entende do assunto.
Mas , vou como comentei acima, vou começar pelo começo. Digamos que esta postagem seja uma introdução para o que virá pela frente. Pretendo postar um ciclo do Anel dos Nibelungos, na sua versão mais famosa, a de George Solti, um Tannhauser também famoso, do Sinopoli, e ainda não sei mais o que poderá vir pela frente. Dependerá apenas da recepção que estas postagens terão.
Este cd ´que estou postando pertence à serie “KARAJAN GOLD”, uma homenagem da gravadora Deutsche Grammophone ao seu “best-seller”, a um dos maiores regentes do século XX, Herbert von Karajan. Foi uma série de 31 cds, com as gravações mais destacadas deste maestro austríaco. Um destes cds é dedicado à Wagner. Nele, são interpretadas a famosa Abertura de Tannhauser, além de sua seqüência, “Venusberg”. Em seguida, temos o Prelúdio do 3º ato de “Os Mestres Cantores de Nüremberg”,e para finalizar, um Prelúdio de “Tristão e Isolda” além de “A Morte de Isolda”, da mesma ópera.
Espero que apreciem.

Richard Wagner (1823-1883) – Tannhauser Overture & Venusberg, The Mastersingers Of Nuremberg: Prelude To Act III & Tristan And Isolde: Prelude

1 – Tannhauser und der Sängerkrieg auf Wartburg – Overtüre – Bacchanale (Venusberg)
2 – Die Meistersinger von Nürnberg – Vorspiel zum 3. Aufzug
3 – Tristan und Isolde – Vorspiel – Isoldes Liebestod

Berliner Philarmoniker
Herbert von Karajan

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Francesco Geminiani (1687-1762) – Concerti Grossi

Ninguém mais suportava a ausência de Geminiani neste blog. As pressões eram demasiadas e fui obrigado a me curvar.

Mas, falando sério, gosto muito deste aluno de Corelli, cuja notícia bibliografica coloco abaixo. Sua música é agradável e, desde algumas antigas gravações de Hogwood, passei a admirar Geminiani, principalmente quando interpretado em instrumentos originais e sob uma orquestra com tesão como a Tafelmusik de Jeanne Lamon.

Francesco Geminiani nasceu em Lucca (Itália), em dezembro de 1687. Aluno de Corelli em Roma, foi, ao que parece, um virtuose extraordinário. Mas o seu estilo exuberante poderia parecer excêntrico se tomássemos como referência o nobre classicismo do seu professor. A grande vivacidade de seu temperamento, a falta de compasso, fecharam-lhe as portas da carreira de mestre de capela (perdeu a direção da Ópera de Nápoles, cujos músicos não conseguiam acompanhar a sua batuta fantasista).

Em 1714, fixou-se na Inglaterra, onde se apresentou com grande êxito, acompanhado por Händel. Entre 1733 e 1740 viveu em Dublin, numa casa magnífica anexa a uma sala de concertos. Aí recebia os seus alunos e dava concertos privados. Durante o resto do tempo viveu em Londres até 1749. Instalou-se então, em Paris, onde montou nas Tulherias, uma peça fantástica espetacular, La forêt enchantée (31 de março de 1754). Em 1755, voltou para Londres e Dublin (Irlanda), onde Geminiani morreu 17 de setembro de 1762.

Geminiani aperfeiçoou consideravelmente a técnica do violino. Não só tocava com à-vontade as obras de Corelli que, na época, eram consideradas difíceis, como acumulava ousadias técnicas nas suas próprias obras. Entre as suas obras teóricas encontra-se um tratado de uma importância considerável, uma vez que encontramos nele todos os princípios da técnica moderna do violino, A arte de tocar o violino: esta obra, escrita em inglês, faz dele o mestre da escola britânica de violino.

Todavia, nas suas composições, é muito menos original do que os seus grandes contemporâneos italianos, nomeadamente Vivaldi ou Tartini. Permaneceu fiel à antiga forma da sonata de igreja que Corelli lhe ensinara, mas sem nunca ter atingido a perfeição e o esplendor das obras de seu mestre. Escreveu 42 sonatas para violino, 18 concertos para violino, concertos grossos, trios, peças para cravo (arranjos de concertos) e 7 obras teóricas.

(Retirado daqui.)

P.Q.P. Bach.

1. Concerto Grosso In D Minor, Op. 2, No. 3: I – Presto
2. Concerto Grosso In D Minor, Op. 2, No. 3: II – Adagio
3. Concerto Grosso In D Minor, Op. 2, No. 3: III – Allegro

4. Concerto Grosso In C Minor, Op. 2, No. 1: I – Andante
5. Concerto Grosso In C Minor, Op. 2, No. 1: II – Allegro
6. Concerto Grosso In C Minor, Op. 2, No. 1: III – Adagio
7. Concerto Grosso In C Minor, Op. 2, No. 1: IV – Allegro

8. Concerto Grosso In A Major, Op. 2, No. 6: I – Andante
9. Concerto Grosso In A Major, Op. 2, No. 6: II – Allegro
10. Concerto Grosso In A Major, Op. 2, No. 6: III – Allegro

11. Concerto Grosso In C Minor, Op. 2, No. 2: I – Adagio
12. Concerto Grosso In C Minor, Op. 2, No. 2: II – Allegro
13. Concerto Grosso In C Minor, Op. 2, No. 2: III – Adagio
14. Concerto Grosso In C Minor, Op. 2, No. 2: IV – Allegro

15. Concerto Grosso In D Major, Op. 2, No. 4: I – Andante
16. Concerto Grosso In D Major, Op. 2, No. 4: II – Allegro
17. Concerto Grosso In D Major, Op. 2, No. 4: III – Adagio
18. Concerto Grosso In D Major, Op. 2, No. 4: IV – Allegro

19. Concerto Grosso In D Minor, Op. 2, No. 5: I – Grave
20. Concerto Grosso In D Minor, Op. 2, No. 5: II – Allegro
21. Concerto Grosso In D Minor, Op. 2, No. 5: III – Adagio
22. Concerto Grosso In D Minor, Op. 2, No. 5: IV – Allegro

23. Concerto Grosso In C Major After Corelli, Op. 5, No. 3: I – Adagio
24. Concerto Grosso In C Major After Corelli, Op. 5, No. 3: II – Allegro
25. Concerto Grosso In C Major After Corelli, Op. 5, No. 3: III – Adagio
26. Concerto Grosso In C Major After Corelli, Op. 5, No. 3: IV – Allegro

27. Concerto Grosso In G Minor After Corelli, Op. 5, No. 5: I – Adagio
28. Concerto Grosso In G Minor After Corelli, Op. 5, No. 5: II – Vivace
29. Concerto Grosso In G Minor After Corelli, Op. 5, No. 5: III – Adagio
30. Concerto Grosso In G Minor After Corelli, Op. 5, No. 5: IV – Allegro

Tafelmusik – Jeanne Lamon

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Franz Joseph Haydn (1732-1809) – Divertimenti a otto voci

180px EsterhazybarytonUm excelente Haydn na postagem anterior, este nem tanto. Uma amiga me visitou e me emprestou este estranho CD. Baryton é um estranho instrumento de cordas que havia na corte dos Esterhazy, onde Haydn trabalhava. Tem mais ou menos o tamanho de um violoncelo e parece que é complicadíssimo de tocar. Talvez tão complicado que Haydn escreveu música fácil demais para ele. Você não precisa fugir deste de ouvi-lo, mas saiba que o CD vale apenas pela curiosidade. É música simples, agradável; mas que não garantiria a imortalidade que Haydn possui por seus altos méritos.

P.Q.P. Bach.

Divertimento a 8, for baryton, 2 violins, viola, cello, bass & 2 horns in D major, H. 10/2
1 Allegro Moderato
2 Allegro
3 Allegro: Theme and variations

Divertimento a 8, for baryton, 2 violins, viola, cello, bass & 2 horns in A major, H. 10/6
4 Moderato
5 Adagio
6 Finale: Allegro

Divertimento a 8, for baryton, 2 violins, viola, cello, bass & 2 horns in D major, H. 10/1
7 Allegro
8 Moderato
9 Presto Rondo

Divertimento a 8, for baryton, 2 violins, viola, cello, bass & 2 horns in G major, H. 10/4
10 Moderato: Theme and variations
11 Adagio
12 Tempo di menuetto

Ricercar Consort

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Franz Josef Haydn (1732-1809) – “Imperador”, “Quintas” e “Sunrise”

Antes de partir para mais um “completismo”, venho pressurosamente aqui corrigir uma enorme falha em nossa cedeteca de mais de trezentos posts. Não há um quarteto de Haydn!!!

Agora há. Começo postando talvez os três maiores deles, todos do famoso opus 76. Não sei estou sendo original ou não; o fato é que adoro o quarteto das Quintas, principalmente seu minueto. Os minuetos são, em minha opinião, normalmente, a parte mais fraca dos quartetos, mas este é uma espetacular perseguição… O Adagio e o restante também são lindos. E quanto ao Imperador o que dizer??? Que é o quarteto mais conhecido de Haydn? Que virou hino da Alemanha? E o Sunrise que ouço neste minuto? Lindo, não?

Cai o mundo em Porto Alegre. É um toró como há muito não via e a coisa não parece muito para Haydn lá fora. Fiquemos aqui dentro, pois.

P.Q.P. Bach.

String Quartet No. 62 in C major, Op. 76, No. 3, Hob.III:77, “Emperor”
I. Allegro 06:46
II. Poco adagio, cantabile 07:42
III. Menuetto: Allegro 04:45
IV. Finale: Presto 05:26

String Quartet No. 61 in D minor, Op. 76, No. 2, Hob.III:76, “Fifths”
I. Allegro 06:42
II. Andante o piu tosto allegretto 05:18
III. Menuetto: Allegro ma non troppo 03:37
IV. Finale: Vivace assai 04:03

String Quartet No. 63 in B flat major, Op. 76, No. 4, Hob.III:78, “Sunrise”
I. Allegro con spirito 08:08
II. Adagio 05:33
III. Menuetto: Allegro 04:39
IV. Finale: Allegro ma non troppo 04:25

Kodaly Quartet

Total Playing Time: 01:07:04

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Restaurado – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Symphonie nº 9, in D Minor, op. 125

Falar sobre a Nona sinfonia de Beethoven é chover no molhado. Existem quase dois séculos de pesquisa sobre a obra, uma das últimas de Beethoven, composta quando o mestre já se encontrava surdo. Não entrarei em detalhes mais específicos. Basta digitar sobre o assunto na Wikipedia, no Google, ou onde quer que seja, se encontrarão inúmeras análises, sejam musicais, sejam antropológicas, sejam históricas, ou sei lá mais o que.

Em minha opinião, e creio que esta opinião seja quase unânime (e aí não me importa com a unanimidade burra, de que falava Nelson Rodrigues), é uma das maiores produções do ser humano, uma das maiores obras que o homem já criou desde que botou o pé sobre a terra. Um atestado de que, apesar de tudo, ainda temos esperança. Esperança de um mundo melhor, sem guerras, assassinatos, etc., etc., etc.
Beethoven fecha seu ciclo de sinfonias com chave de ouro, e até hoje ninguém foi capaz de suplantá-la. E nem será… essa obra é a obra maior de um gênio da humanidade. Daqueles que surgem a cada século, e olha lá.
Harnoncourt presta sua homenagem com uma interpretação coerente, firme, sem cair em tentações. O “Arnold Schoenberg Choir” é magnífico, e todos os solistas, apesar de desconhecidos para FDP Bach, sabem o que fazem, e o fazem com muita competência.
Me permitam citar estas belas palavras de Mainard Solomon, em sua clássica biografia:

“A Nona foi percebida por gerações subseqüentes como um modelo insuperável de cultura afirmativa, uma cultura que, por sua beleza e idealismo, acreditam alguns, anestesia a angústia e o terror da vida moderna, interpondo-se assim no caminho de uma percepção realista da sociedade. (…)se perdemos a nossa percepção dos domínios transcendentes de alegria lúdica, beleza e fraternidade que são retratados nas grandes obras afirmativas de nossa cultura, se perdemos o sonho da Nona Sinfonia, não resta um contrapeso para os terrores abissais da civilização, nada a opor a Auschwitz e Vietnã como paradigma das potencialidades da humanidade.” (SOLOMON, Maynard. Beethoven. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1987. p. 419)

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Symphonie nº 9, in D Minor, op. 125

1 – Symphony N°9 en D minor – Allegro ma non troppo, un poco maestoso
2 – Symphony N°9 en D minor – Molto vivace
3 – Symphony N°9 en D minor – Presto, allegro assai
4 – Symphony N°9 en D minor – Presto recitativo – allegro assai alla marcia – allegro ma non troppo

The Chamber Orchestra of Europe
Nikolaus Harnoncourt

Charlotte Margiono – Soprano
Birgitt Remmert – Contralto
Rudolf Schasching – Tenor
Robert Holl – Baixo

Arnold Schoenberg Chor
Erwin Ortner – Chorus Master

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[restaurado por Vassily em 29/5/2020]

INÉDITO! SENSACIONAL CONCURSO! GANHE PRÊMIOS COM P.Q.P. BACH!

Uma amiga utilizou uma obra retirada de nosso blog como trilha sonora para um filme que fez com seus alunos. Eles, os alunos, são como nós e têm necessidades especiais, só que as deles são mais aparentes. Foi um trabalho de fim de ano organizado por ela – uma excelente pedagoga – e ficou realmente muito bom. O casamento da música com a ação ficou melhor do que todos os casamentos que tenho observado. O gênero do filme de 6 minutos é o “terrir”.

Bem, mas o que interessa é que o primeiro dos “ouvintes” do PQP que descobrir qual é a obra que toca de cabo a rabo no filme, com compositor, nome da música e movimento, ganhará, INTEIRAMENTE GRÁTIS, o livro Tudo o que você precisa saber sobre Música para nunca passar vergonha, também conhecido como Manual do Blefador (Música), do inglês Peter Gammond. A edição virá assinada pelo autor deste blog… O que é apenas uma das qualidades que o excelente opúsculo cômico apresenta.

E não adianta esperar pelo créditos finais porque pedi para minha amiga retirar quaisquer referências a compositor e obra utilizada.

O primeiro comentarista que escrever o que é ouvido no filme será o vencedor. Os casos omissos, problemáticos e dúbios serão decididos por nossa comissão julgadora, a qual é formada apenas por mim, P.Q.P. Bach. Desde já, a comissão alerta que estará se lixando para as reclamações. A comissão, aliás, comunica que está indo ao cinema e só apontará o vencedor, se houver, quando de seu retorno.

BAIXE O FILME AQUI – BOA SORTE