Richard Wagner (1813-1883) – Die Walküre (A Valquíria)

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A edição número 51 da Revista Filosofia Ciência e Vida, da qual sou assinante, trouxe um artigo interessante sobre as óperas de Wagner. O título do artigo é “Óperas com um toque de Filosofia”. A seguir segue um fragmento do texto:

As óperas de Richard Wagner (1813-1883) fazem parte do repertório de todo o circuito mundial da música. Se em vida o compositor encontrou, durante longa parte de sua atribulada existência, grande resistência dos círculos musicais mais conservadores, incapazes de conceder o valor devido a seu gênio criativo, a passagem dos anos permitiu que se fizesse justiça histórica a seu talento singular. Como compositor, Wagner subverteu a música ao propor inovações técnicas e estéticas que até então não haviam sido devidamente realizadas por seus predecessores. Tais modificações na estrutura dramática das óperas e da própria concepção sobre a natureza da música foram motivadas por questões de cunho filosófico, o que pode ser percebido ao se analisar o cerne de sua criação teórica, especialmente os escritos A Arte e a Revolução e A Obra de Arte do Futuro. Sua vasta produção intelectual não se encerra nesses dois ensaios, mas o estudo deles permite entender a gênese de suas propostas estéticas. A obra teórica de Wagner é marcada pela assimilação de diversas correntes filosóficas que também se refletem imediatamente nos enredos dramáticos de suas óperas. Dessa maneira, encontramos ecos das ideias de Feuerbach em Tannhäuser, a partir da noção de “sensualidade sadia”; de Proudhon, no caráter libertário do personagem Siegfried, da tetralogia O Anel de Nibelungos, lutando contra toda autoridade sustentada pela opressão e pela maldição da riqueza material como fonte de toda corrupção humana; de Schopenhauer, no libreto de Tristão e Isolda, ópera na qual encontramos uma autêntica aplicação dramática das teses apresentadas em O Mundo como Vontade e como Representação, assim como na obra que é a culminação artística de Wagner, Parsifal. De todos os grandes compositores da tradição musical ocidental, talvez seja Richard Wagner justamente aquele que tenha elaborado uma compreensão filosófica sobre a criação artística, a sociedade moderna e as suas relações políticas de forma mais consistente e enriquecedora para o debate intelectual da cultura oitocentista e mesmo para as pesquisas estéticas posteriores. Wagner se destaca dos compositores de até então por vislumbrar em sua carreira a conciliação entre seu ofício musical e sua produção teórica. Se houve antes dele compositores dotados de sólida formação intelectual, certamente o gênio de Leipzig foi quem soube externar publicamente de forma mais apurada tais qualidades. A obra teórica de Wagner é marcada pela assimilação de diversas correntes filosóficas que também se refletem nos enredos de suas ópera. As contribuições mais importantes de Wagner para a Filosofia se dão em sua estética engajada, marcada pela politização de suas ideias. Nos ensaios A Arte e a Revolução e A Obra de Arte do Futuro encontram-se o projeto de transformação radical das bases valorativas da sociedade europeia oitocentista, mediante a sua reeducação estética e a criação de um gênero artístico que envolvesse efetivamente a participação do povo em seu processo de elaboração. Se até então as condições técnicas que possibilitavam a criação artística se encontravam nas mãos das classes abastadas (primeiramente o mecenato aristocrático e, posteriormente, o financiamento burguês), tornava-se necessário o pertencimento dos recursos artísticos aos maiores interessados nesses bens culturais: a classe dos artistas e aqueles que verdadeiramente dignificam as suas criações.

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Wagner se engajou efetivamente nas revoluções populares ocorridas a partir de 1848 e, refletindo esse anseio de transformação social radical, considerava que o genuíno artista deveria desenvolver a capacidade de utilizar os recursos artísticos em prol da criação de uma instância estética renovadora do ímpeto criativo recalcado pelo conservadorismo musical então vigente, capitaneando- se, assim, meios que permitissem o surgimento da “ópera revolucionária”. Servindo como instrumento de insurreição contra os normativos padrões morais estabelecidos por uma classe social desprovida de refinamento cultural, essa “ópera revolucionária” desenvolveria nos espectadores um conjunto de sentimentos impetuosos em prol da transformação social. Tais disposições seriam propícias para a modificação da decadente estrutura cultural vigente, marcada pela incompreensão do verdadeiro sentido artístico, pois utilizava a criação artística para fins comerciais e impedia o florescimento da genialidade de talentos relegados ao esquecimento. Para que essa situação se modificasse, a sociedade moderna, esteticamente renovada, deveria somar esforços para a formação do homem de gênio, capaz de aliar a nobreza de espírito à disposição criativa necessária para o empreendimento de grandes obras transformadoras da realidade sociocultural existente (WAGNER, A Arte e a Revolução, p. 56).

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Richard Wagner (1813-1883) – Die Walküre (A Valquíria)

DISCO 1

Ato 1

01. Vorspiel – I Act
02. Wes herd dies auch sei
03. Kühlende labung gab mir
04. Müd am herd fand ich den mann
05. Friedmund darf ich nicht heiBen
06. Aus dem wald trieb es mich fort
07. Ich weiB ein wildes geschlecht
08. Ein schwert verhieB mir der vater
09. Schläfts du, gast
10. Winterstürme wichen dem wonnemond
11. Du bist der lenz
12. Wehwalt heiBt du fürwahr

Ato 2

13. Vorspiel – II Act
14. Nun zäume dein roB

DISCO 2

01. Der alte sturm
02. So ist denn aus mit den ewigen göttern
03. Nichts lerntest du
04. Was verlangst du
05. Schlimm, fürcht’ ich, schloB der streit
06. Was keinen in worten ich künde
07. Ein andres ist’s
08. O sag’, künde!
09. Raste nun hier
10. Hinweg! hinweg!
11. Siegmund! sieh auf mich!
12. Hehe bist du, und heilig gewahr’ ich
13. So wenig achtest du ewige wonne

DISCO 3

01. Zauberfest bezämt ein schlaf
02. Kehrte der vater nur heim!

Ato 3

03. Vorspiel – III Act
04. Schüzt mich und helft
05. Nicht sehre dich sorge um mich
06. Steh’! Brünnhild’!
07. Wo ist Brünhild’
08. Hier bin ich, vater
09. Wehe! wehe’! schwester
10. War es so schmählich
11. Nicht weise bin ich
12. So tatest du
13. Du zeugtest ein edles geschlecht
14. Leb’ wohl, du kühnes, herrliches kind!
15. Denn einer nur freie die braut
16. Loge, hör’! lausche hieher!

Ano da gravação: 1954

Wiener Philharmoniker
Wilhelm Furtwängler, regente
Brünnhild…………………………………Martha Möld
Sieglinde…………………………………Leonie Rysanek
Wotan…………………………………….Ferdinad Frantz
Siegmund………………………………….Ludwig Suthaus
Fricka……………………………………Margarete Klose
Hunding…………………………………..Gottlob Frick
Gerhilde………………………………….Gerda Schreyer
Ortlinde………………………………….Judith Hellwig
Waltraute…………………………………Dagmar Schmedes
Schwertleite………………………………Ruth Siewert
Helmwige………………………………….Erika Köth
Siegrune………………………………….Herta Töpper
Grimgerde…………………………………Johanna Blatter
Rossweisse………………………………..Dagmar Hermann

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Carlinus

John Williams ( 1932 – ) Greatest Hits – Star Wars, Superman…

Sabe aqueles posts que despensam comentários ? Pois é, este é um deles. Quem não conheçe John Williams ? Quem nunca ouviu o tema de Star Wars ? E de Indiana Jones ? E de muitos outros ?
Para mim John Williams é um mestre. Andei pensando em alguém com quem comparar e achei que Mahler é uma boa( a sociedade dos amantes de Mahler vai me matar por tal comparação …). Assim como Mahler, John Williams sabe canalizar na música o sentimento. É claro que na época de Mahler, ele escreveu o que ele sentia, e John Williams o que o filme ( musical ) precisa. Pensem que John recebe os textos dos filmes e a partir deles cria a música. É claro que durante a produção são feitas algumas mudanças mais nada muito brusco. Creio ainda que John é um dos maiores compositores da atualidade.
Muitos o menosprezam por ”vender” a sua arte e até por ser compositor de Hollywood, mas eu acho fantástico. Alguns aqui no blog sabem a minha restrição em relação a dissonância e ao atonalismo, mas a música atonal de John é uma das poucas que eu consigo ouvir e apreciar. Muitos ainda não gostam de trilha sonora. Fazer o que então né ?! ? Gosto é gosto. Então é isso, tenham uma boa audição e se alguém quiser complementar, a caixa de comentários está sempre aberta.

John Williams – Greatest Hits

Disc 1
01 Star Wars – Main Title 5:44
02 E.T. – Flying Theme 3:42
03 Superman – Main Title 4:25
04 Indian Jones and the Temple of Doom – Parade of the Children 4:53
05 Sugarland Express – Theme 3:35
06 Jaws – Theme 2:31
07 Olympic Fanfare and Theme 4:28
08 Return of the Jedi – Luke and Leia 5:02
09 The Reivers – Main Title 5:13
10 The Empire Strikes Back – The Imperial March 3:04
11 Indana Jones and the Last Crusade – For Motorcycle and Orchestra 2:48
12 Empire of the Sun – Cadillac of the Skies 4:58
13 Raiders of the Lost Ark – The Raider’s March 5:11
14 Close Encounters of the Third Kind – Suite 9:46
Total Disc Time: 66:11

Disc 2
01 Saving Private Ryan – Hymn to the Fallen 6:10
02 Jurassic Park – Theme 5:29
03 Schindler’s List – Theme 3:32
04 Hook – Flight to Neverland 4:41
05 Seven Years in Tibet – Seven Years in Tibet 7:09
06 JFK – Prologue 4:00
07 Stepmom – The Days Between 6:27
08 1941 – March 4:14
09 Home Alone – Somewhere in My Memory 4:54
10 Summon the Heroes 6:14
11 Rosewood – Look Down, Lord 4:12
12 Far and Away – Theme 5:34
13 Born on the Fouth of July – Theme 6:20
14 Star Wars Episode 1: The Phantom Menace – Duel of the Fates 4:14

Conducter: John Williams

Performers: London Symphony Orchestra, Boston Pops Orchestra, The Skywalker Symphony Orchestra, American Boychoir, Tanglewood Festival Chorus, Pittsburgh Symphony Orchestra, Yo-Yo Ma, Itzhak Perlman, Tim Morrison, Christopher Parkening

Date of release: November 1999

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Gabriel Clarinet

Franz Liszt (1811-1886) – Sinfonia Fausto

Liszt foi uma das primeiras personalidades da música a ter aquela “presença artística” que arrebata o público. O seu atrativo não dependeu das suas faculdades como pianista – para qual não havia competidores – entrementes, da sua elegante presença, modos exagerados (perfomáticos ou não) e até dos seus atavios; tudo isso estava amarrado por uma técnica pianística conseguida no século XIX, talvez não superada até hoje. Na infância estudou com Salieri. Fez grande amizades – Chopin, Berlioz. Fato curioso é que Liszt, com uma personalidade que possuía fortes elementos “tenebrosos” e “escuros”, no final da vida se tornou um clérigo. A Sinfonia Fausto foi estreada no ano de 1857 em homenagem a Goethe e Schiller. A obra é longa, possuindo aproximadamente 70 minutos de duração. Boa apreciação!

Franz Liszt (1811-1886) – Sinfonia Fausto

01. Faust [29:41]
02. Gretchen (Margherita) [23:02]
03. Mephistopheles – Schlußchor ‘Alles Vergängliche ist nur ein Gleichnis’ (Te… [24:18]

Boston Symphony Orchestra
Tanglewood Festival Chorus

Leonard Bernstein, regente
Kenneth Riegel, tenor

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Carlinus

Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Piano sonata no.2, Op.61, Three fantastic dances, Op.5 , Five preludes, e etc (CD 3 de 5)

Mais um excelente CD dessa caixa fantástica. Shosta tinha uma intimidade pouco comum para com o piano. Se tivesse se dedicado à carreira de pianista, teria feito fama internacional com muita facilidade. As peças aqui encontradas expressam de modo singular o que estou tentando esboçar. Não deixe de ouvir a música do russo que pagou um preço bastante caro por conta de suas intuições artísticas. Boa apreciação!

Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Piano sonata no.2, Op.61, Three fantastic dances, Op.5 , Five preludes, Lyric waltz (Dances of the dolls), Short piece (The gadfly, op.97), Spanish dance (The gadfly, op.97), Nocturne – The Limpid Stream, op. 39, Aphorisms, Op.13 e Polka – The Golden Age, op. 22


Piano sonata no.2, Op.61

01. I. Allegretto
02. II. Largo
03. III. Moderato con moto

Three fantastic dances, Op.5
04. I. Allegretto
05. II. Andantino – Allegretto
06. III. Allegretto

Five preludes
07. I. Allegro moderato e scherzando
08. II. Andante
09. III. Allegro moderato
10. IV. Moderato
11. V. Andantino

Lyric waltz (Dances of the dolls)
12. Lyric waltz (Dances of the dolls)

Short piece (The gadfly, op.97)
13. Short piece (The gadfly, op.97)

Spanish dance (The gadfly, op.97)
14. Spanish dance (The gadfly, op.97)

Nocturne – The Limpid Stream, op. 39
15. Nocturne – The Limpid Stream, op. 39

Aphorisms, Op.13
16. I. Recitative
17. II. Serenade
18. III. Nocturne
19. IV. Elegy
20. V. Marche funebre
21. VI. Etude
22. VII. Dance of Death
23. VIII. Canon
24. IX. Legend
25. X. Lullaby

Polka – The Golden Age, op. 22
26. Polka – The Golden Age, op. 22

Vladimir Ashkenazy, piano

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Carlinus

Charles Ives (1874-1954) – Sinfonia No. 1, Sinfonia No. 4 e Central Park in the Dark

Ives tinha uma vida extraordinariamente ativa. Após sua formação profissional como organista e compositor, ele trabalhou durante 30 anos no setor dos seguros, escrevendo no seu tempo livre. Usou uma grande variedade de estilos – desde o Romantismo tonal até a experimentação radical, mesmo em peças escritas no mesmo período. Suas principais obras muitas vezes lhe custaram anos de trabalho, desde o primeiro esboço até a revisão final, e muitas delas não foram executadas durante décadas. Suas auto-publicações no início dos anos 1920 trouxeram um pequeno grupo de admiradores que trabalhou para promover a sua música. Ele logo deixaria de escrever novas obras, dedicando-se a revisões e preparações para execuções de obras já compostas. Quando morreu, Ives já era um compositor reconhecido e muitas de sua obras tinham sido publicadas. Sua reputação continuou a crescer postumamente, e por ocasião do seu centenário, em 1974, ele foi reconhecido mundialmente como o primeiro compositor a criar uma “música distintamente americana”. Desde então, sua música tem sido mais freqüentemente executada e registrada e a sua reputação cresceu, menos tanto por suas inovações mas sobretudo pelo mérito intrínseco da sua música. As circunstâncias únicas da carreira de Charles Ives criaram alguns mal-entendidos. Seu trabalho no setor dos seguros, combinado com a diversidade da sua produção e do pequeno número de performances durante os seus anos de compositor, conduziram Ives a uma imagem de amador. No entanto, ele tinha uns 14 anos de carreira como organista profissional e um meticuloso treinamento formal na composição. Dado que se desenvolveu como compositor longe dos olhos do público, as suas obras maduras pareceram radicais e desconectas do passado, quando publicadas. No entanto, quando a sua música se tornou conhecida, as suas raízes profundas no Romantismo do século XIX e o desenvolvimento gradual de uma expressão pessoal altamente moderna e idiomática tornaram-se evidentes. As primeiras obras de Ives apresentadas ao público foram: Orchestral Set nº.1: Three Places in New England, The Concord Sonata, os movimentos da Sinfonia nº 4 e A Symphony: New England Holidays. Eram altamente complexas, incorporavam diversos estilos musicais e faziam uso freqüente de “empréstimos musicais”. Estas características levaram à conclusão de que algumas de suas obras só poderiam ser entendidas através das explicações programáticas que ele ofereceu e não foram especificamente organizadas com princípios musicais. Ainda traçando a evolução das suas técnicas através de suas obras anteriores, estudiosos demonstraram o trabalho que há por trás até de partituras aparentemente caóticas e mostraram a estreita relação de seus processos com os dos seus predecessores e contemporâneos europeus. O resultado do caminho incomum de Ives é que a cronologia da sua música é difícil de estabelecer. Sua prática de compor e as revisões das obras ao longo dos anos muitas vezes torna impossível atribuir a um pedaço uma única data. Ele trabalhou em diversas composições com muitas linguagens diferentes ao mesmo tempo e isso fez a relação cronológica entre as obras ainda mais complexa. Há, muitas vezes, obras sem verificação das datas que Ives atribuiu a elas, que podem ser anos ou décadas antes da primeira publicação ou execução. Foi sugerido, também, que ele datou várias peças muito cedo e ocultou revisões significativas, a fim de reivindicar prioridade sobre os compositores europeus que utilizavam técnicas semelhantes (Solomon, C1987) ou a esconder de seus negócios quanto tempo ele estava gastando na música(Swafford, C1996). Recentes estudos, no entanto, estabeleceram datas firmes pelos tipos de papel usado por Ives e refinou-se a estimativa de datas pelas diversas caligrafias, permitindo mais manuscritos para serem colocados dentro de um breve espaço de anos (Sherwood, C1994 e E1995, com base Kirkpatrick ,A1960, e Baron, C1990). Estes métodos têm muitas vezes confirmado as datas de Ives, o que demonstra que ele, na verdade, desenvolveu inúmeras técnicas inovadoras antes de seus contemporâneos europeus, incluindo politonalidade, clusters, acordes baseados em 4ªs ou 5ªs, atonalidade e poliritmia. Quando há discrepância – no caso de várias obras longas, por exemplo – esta pode resultar de sua prática de datar as peças em sua concepção inicial, nas primeiras idéias elaboradas no teclado ou em esboços já perdidos. As datas que aqui estão, então, são baseadas em manuscritos existentes, completadas por documentos recentes e depoimentos de Ives.

(…)

Extraído DAQUI

Charles Ives (1874-1954) – Symphony No. 1, Symphony No. 4 e Central Park in the Dark

Sinfonia No. 1
01. 1. Allegro (con moto)
02. 2. Adagio molto (sostenuto)
03. 3. Scherzo- Vivace
04. 4. Allegro molto

Sinfonia No. 4
05. 1. Prelude- Maestoso
06. 2. Comedy- Allegretto
07. 3. Fugue- Andante moderato con moto
08. 4. Very slowly (Largo maestoso)

Central Park in the Dark
09. Central Park in the Dark

Dallas Symphony Orchestra
Andrew Litton, regente

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Carlinus

Gustav Mahler ( 1860 – 1911 ) Sinfonia Nº 02 – Ressurreição – Kubelik – Bavarian Symphonic Orchestra

Depois do enorme sucesso que Mahler teve aqui no blog, eu realmente resolvi antecipar essa postagem. Sabe como é… feridão chegando ( para os estudantes ) nada melhor do que Mahler e reflexão para o feriado.
A segunda de Mahler é a minha sinfonia preferida, quiçá a música que eu mas gosto, a que eu mais me encontro. Penso que a questão que essa sinfonia aborda, é o tema que rege o mundo. Para que Vivemos? Para aonde vamos ? Qual é o sentido de vivermos ? É claro que para mim tem um valor um pouco mais religioso do que o comum. Mas mesmo para o povo ateu, essas perguntas ainda são válidas. Como de sempre, separei alguns textos de outros blogs e sites para integrar o comentário. Está um pouquinho grande, mas vale a pena. Quem tiver alguma coisa que queira acrescentar, a caixa de comentários está sempre aberta. Boa audição

SINFONIA No.2 (para soprano, contralto, coro misto e orquestra)
Apelido: Ressurreição (oficial)
Tonalidade principal: Dó menor
Composição: 1888-94
Revisão: 1910
Estréia: 3 primeiros movimentos: Berlim, 4 de março de 1895 (BPO, regência de Mahler)Completa: Berlim, 13 de dezembro de 1895 (BPO, regência de Mahler)
1a.Publicação: 1897 (Leipzig, Hofmeister)
Instrumentação:
4 flautas (todas alternando com 4 piccolos)
4 oboés (2 alternando com corne-inglês)
3 clarinetes (Sib, La, Do – um alternando com clarone)
2 clarinetes em Mib
3 fagotes
1 contrafagote
10 trompas em fá (4 usadas fora do palco, menos no final)
8-10 trompetes em fá e dó (4 a 6 usados fora do palco, menos no final)
4 trombones
1 tuba contrabaixo
7 tímpanos (um fora do palco)
2 pares de pratos (um fora do palco)
2 triângulos (um fora do palco)
Caixa clara
Glockenspiel
3 sinos (Glocken, sem afinação)
2 bombos (um fora do palco)
2 tam-tams (alto e baixo) – (percussão requer 7 instrumentistas)
2 harpas
Órgão
Quinteto de Cordas (violinos I, II, violas, cellos e baixos com corda Dó grave)(‘Largest possible contingent of all strings’)
Soprano Solo
Contralto Solo
Coro Misto SCTB
Duração: aprox. 85-90 minutos
Movimentos:
I- Allegro Maestoso. Mit durchaus ernstem und feierlichem Ausdruck
II- Andante Moderato. Sehr gemächlich. Nie eilen
III- In ruhig fliessender Bewegung
IV- ‘Urlicht’ . Sehr feierlich, aber schlicht
V- Im Tempo des Scherzo’s. Wild Wild herausfahrend – Aufersteh’n
Texto: Há três textos na sinfonia:
1) ‘Urlicht’, de ‘A Trompa Mágica do menino’, para contralto solo no IV movimento
2) ‘Resurrection’ de Friedrich Klopstock, solistas e coro no V movimento
3) Conclusão do próprio Mahler, no final do V movimento
Programa: Segundo indicação do próprio Mahler, o primeiro movimento lança uma pergunta: ‘Com que finalidade viveu você?’. O Último movimento responde.

*retirado do blog: http://repertoriosinfonico.blogspot.com/

A Sinfonia no 2, em Dó Menor (termina em Mi Bemol Maior) por Gustav Mahler foi escrita entre 1888 e 1894. Ela foi publicada em 1897 (Leipzig, Hofmeistere) e passou por uma revisão em 1910. Ela também é conhecida como Sinfonia da Resurreição porque faz referências à citada crença cristã.

Histórico

Mahler compôs o primeiro movimento em 10 de setembro de 1888. Em 1893 completou o Andante e o Scherzo.

Em fevereiro de 1894, durante os funerais do pianista e regente Hans von Büllow, Mahler ouviu um coro de meninos cantarem o hino Auferstehen (Ressurreição), da autoria de Friedrich Klopstock. O hino impressionou tanto Mahler que ele resolveu incorporá-lo ao Finale da sinfonia que estava em preparação. Ao mesmo tempo decidiu que a Ressurreição seria o tema principal da obra.
[editar] Características

A Segunda Sinfonia é a primeira sinfonia em que Mahler usa a voz humana. Ela aparece na última parte da obra, no clímax, tal qual a Sinfonia no 9 de Beethoven. Além da influência de Beethoven, percebe-se traços de Bruckner e Wagner na composição.

Apesar da origem judia, Mahler sentia fascínio pela liturgia cristã, principalmente pela crença na Ressurreição e Redenção. A Segunda Sinfonia propõe responder à pergunta: “Por que se vive?”. Simbolicamente ela narra a derrota da morte e a redenção final do ser humano, após este ter passado por uma período de incertezas e agrúrias.

A Sinfonia no 2 foi escrita para uma orquestra com as seguintes composição: 4 flautas (todas alternando com 4 piccolos), 4 oboés (2 alternando com corne-inglês), 3 clarinetes (Sib, La, Do – um alternando com clarone), 2 clarinetes em Mib, 3 fagotes, 1 contrafagote, 10 trompas em fá (4 usadas fora do palco, menos no final), 8-10 trompetes em fá e dó (4 a 6 usados fora do palco, menos no final), 4 trombones, 1 tuba contrabaixo, 7 tímpanos (um fora do palco), 2 pares de pratos (um fora do palco), 2 triângulos (um fora do palco), Caixa clara, Glockenspiel, 3 sinos (Glocken, sem afinação), 2 bombos (um fora do palco), 2 tam-tams (alto e baixo), 2 harpas, órgão,quinteto de Cordas (violinos I, II, violas, cellos e baixos com corda Dó grave). Há ainda: Soprano Solo, Contralto Solo e um Coro Misto.
[editar] Os movimentos

Na sua forma final a sinfonia, cuja duração aproximada é de 80 minutos, é formada por cinco movimentos distribuídos da seguinte forma:

1. ‘Totenfeier’: Allegro maestoso. Mit durchaus ernstem und feierlichem Ausdruck
2. Andante moderato. Sehr gemächlich. Nicht eilen
3. In ruhig fliessender Bewegung
4. ‘Urlicht’ . Sehr feierlich, aber schlicht
5. Im Tempo des Scherzos. Wild herausfahrend (‘Aufersteh’n’)

A sinfonia narra a queda e morte do herói sinfônico, as suas dúvidas, fé e ressurreição no Dia do Juízo Final.

O primeiro movimento é sobre a morte, no segundo a vida é relembrada e o terceiro apresenta as dúvidas quanto à existência e ao destino. No quarto movimento o herói readquire a sua fé e a esperança. No quinto e último movimento ocorre a Ressurreição, na forma imaginada por Mahler.

**Retirado da Wikipédia

Um acto de fé? Provavelmente não, mas serve pelo menos para a meditação acerca da pergunta “há vida depois da morte?” que cada um de nós se faz em cada funeral, retratado no Primeiro Andamento e a recordação de uma existência feliz do falecido, celebrada no Segundo. A peça prossegue, entre dúvidas e questões que de certa forma permitem a reconciliação entre Deus e o homem, terminando com uma mensagem de esperança segundo a qual ninguém deve temer o Dia do Juízo Final, independentemente da fé que professe.

Voltamos então à pergunta: “um acto de fé?”. Seguramente que não, por não haver a referência a um Deus explícito. Tudo se cinge ao simples “eu” humano. E quando dizemos “eu”, é mesmo de Mahler que se trata. Donde, a necessidade da pausa entre a primeira parte da peça (o Primeiro Andamento) e a segunda parte (composta pelos quatro andamentos seguintes). De resto, é um tema caro ao compositor, que o repete nas suas sinfonias seguintes. Disto isto, refira-se, a parte musical é sublime (a mais interessante peça de Mahler?), fazendo lembrar a “nona” de Beethoven a espaços, quiça por culpa de um coro que repete vozes de andamentos anteriores? Mas como evitá-lo, se as dúvidas e os pensamentos que reflecte são emuladas dos versos anteriores, enquanto preparam o apoteótico e optimista final?

Apague a luz e deixe-se guiar. No final encontrará, com comoção garantida, outro “eu”.

***retirado de: http://cantodosul.blogspot.com/2009/11/blog-post.html

A Ressureição, por Matthias Grünewald.

****retirado da Wikipédia

Sinfonia Nº 2 – Quarto Movimento Gustav Mahler

O Röschen rot!
Der Mensch liegt in größter Not!
Der Mensch liegt in größter Pein!
Je lieber möcht ich im Himmel sein.
Da kam ich auf einen breiten Weg;
da kam ein Engelein und wollt’ mich abweisen.
Ach nein! Ich ließ mich nicht abweisen!
Ich bin von Gott und will wieder zu Gott!
Der liebe Gott wird mir ein Lichten geben,
wird leuchten mir bis an das ewig selig Leben!

Tradução automática:

O vermelha rosa!
O homem encontra-se em maior necessidade!
O homem encontra-se em maior dor!
Oh, como eu estaria no céu.
Então cheguei a um caminho largo;
Veio um anjo e queria me afaste.
Oh não! Eu não podia recusar-me!
Eu sou de Deus e vai voltar a Deus!
Deus vai me dar uma luz,
vai brilhar pra mim a vida bem-aventurança!

*****retirado de : http://www.vagalume.com.br/gustav-mahler/sinfonia-n-2-quarto-movimento.html

Sinfonia Nº 2 – Quinto Movimento Gustav Mahler
AUFERSTEHUNG (Ressurreição)

CHOR, SOPRAN (CORO, SOPRANO):
Auferstehn, ja auferstehn wirst du,
mein Staub, nach kurzer Ruhn’!
Unsterblich Leben
wird, der dich rief, dir geben!

Wieder aufzublühn wirst du gesät!
Der Herr der Ernte geht
und sammelt Garben
uns ein, die starben!

ALT (CONTRALTO):
O glaube, mein Herz, o glaube:
Es geht dir nichts verloren!
Dein ist, ja dein, was du gesehnt!
Dein, was du geliebt, was du gestritten!

SOPRAN (SOPRANO):
O glaube: Du wardst nicht umsonst geboren!
Hast nicht umsonst gelebt, gelitten!

CHOR (CORO):
Was entstanden ist, das muß vergehen!
Was vergangen, auferstehen!

CHOR, ALT (CORO, CONTRALTO):
Hör auf zu beben!
Bereite dich zu leben!

SOPRAN, ALT (SOPRANO, CONTRALTO):
O Schmerz! Du Alldurchdringer!
Dir bin ich entrungen!
O Tod! Du allbezeinger!
Nun bist du bezwungen!

CHOR (CORO):
Mit Flügeln, die ich mir errungen,
in heißem Liebesstreben,
werd’ ich entschweben
zum Licht, zu dem kein Aug’ gedrungen!
Sterben werd’ ich, um zu leben!

CHOR, SOPRAN, ALT (TODOS):
Auferstehn, ja auferstehn wirst du,
mein Herz, in einem Nu!
Was du geschlagen,
zu Gott wird es dich tragen!

Tradução Automática:

Sinfonia Nº 2 – Quinto Movimento
Gustav MahlerRevisar tradução
tradução automática via
Ferramentas de idioma
RESSURREIÇÃO (Ressurreição)

CORO, soprano (CORO, soprano):
Ressurgir, sim, você vai subir novamente,
meu pó, após um curto Ruhn!
A vida eterna
é aquele que vos chamou, dar-lhe!

Novamente mais justo que você plantou!
O Senhor da colheita vai
e coleta feixes
nós, que morreu!

ALT (contralto):
O acreditar, o meu coração, acredite:
Você está fazendo nada perdido!
Tua é, sim, o seu, o que você desejar!
Atenciosamente, o que você amava o que vocês lutaram!

SOPRANO (soprano):
O acreditar: você não nasceu em vão!
Já não viveu em vão, sofreu!

REFRÃO (Coro):
O que foi criado, que devem passar longe!
O que se passou ressuscitado!

CORO, ALT (Coro, contralto):
Pare de tremer!
Prepare-se para viver!

Soprano, Alto (soprano, contralto):
Ó dor! Está tudo permeia!
Você apertou-me!
Ó morte! Você allbezeinger!
Agora você está conquistada!

REFRÃO (Coro):
Com asas que eu ganhei para mim
Amor em perseguição,
“Eu vou entschweben
a luz que penetrou nenhum olho!
Die devo, viver!

CORO, ALT soprano, (TODOS)

Ressurgir, sim, você vai subir novamente,
meu coração, em um instante!
O que você sofreu,
a Deus vai levar você!

******retirado de :http://www.vagalume.com.br/gustav-mahler/sinfonia-n-2-quarto-movimento.html#ixzz12O6O7Uw7

O post tá um pouquinho grande mas vale a pena dá uma ”lidinha” nele.

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Gabriel Clarinet

Ástor Pantaleón Piazzolla ( 1921 – 1992 ) – The Unknown Piazzolla

Sabe aquele CD que você baixa aqui no blog pensando: ah, essa aí não é para nada, não tem nada de bom aí. Pois é. Quando baixei esse CD pensei: Piazzolla, é bom, mas…. Pois é amigo leitor daqui do blog. Esse CD é muito bom. Principalmente por tratar de obras não muito conhecidas de Piazzolla. Chamo um pouco de atenção à Suite op. 2, a Sonata e a Suite No. 2. São obras porretas. A maioria das peças são para Piano solo, mais tem também para Violino e Piano, Viola e Piano, Voz e muito mais.
Peço desculpa a pobreza do comentário da obra, pois não encontrei informações decentes para por aqui para vocês. Se alguém aí tiver, a seção de comentários fica sempre aberta
Boa Audição.

1. Vayamos al diablo, tango
Composed by Astor Piazzolla
with Allison Brewster Franzetti

2. Piezas Breves (2) [Two Short Pieces], for viola & piano – Tanguango
Composed by Astor Piazzolla
with Nardo Poy, Allison Brewster Franzetti

3. Piezas Breves (2) [Two Short Pieces], for viola & piano – Noche
Composed by Astor Piazzolla
with Nardo Poy, Allison Brewster Franzetti

4. Preludio 1953, prelude for piano
Composed by Astor Piazzolla
with Allison Brewster Franzetti

5. Milonga en ré, tango for violin (or cello) & piano
Composed by Astor Piazzolla
with Allison Brewster Franzetti, Hector Falcon

6. Suite for piano, Op. 2 – Preludio
Composed by Astor Piazzolla
with Allison Brewster Franzetti

7. Suite for piano, Op. 2 – Siciliana
Composed by Astor Piazzolla
with Allison Brewster Franzetti

8. Suite for piano, Op. 2 – Toccata
Composed by Astor Piazzolla
with Allison Brewster Franzetti

9. Milonga sin palabras, for bandoneón & piano
Composed by Astor Piazzolla
with Allison Brewster Franzetti, Hector Falcon

10. Prelude (Preludio) No. 1, for violin & piano
Composed by Astor Piazzolla
with Allison Brewster Franzetti, Hector Falcon

11. Suite No. 2, for piano – Nocturno
Composed by Astor Piazzolla
with Allison Brewster Franzetti

12. Suite No. 2, for piano – Miniatura
Composed by Astor Piazzolla
with Allison Brewster Franzetti

13. Suite No. 2, for piano – Vals
Composed by Astor Piazzolla
with Allison Brewster Franzetti

14. Suite No. 2, for piano – Danza Criolla
Composed by Astor Piazzolla
with Allison Brewster Franzetti

15. Piezas Breves (3) [Three Short Pieces], for cello & piano – Pastoral
Composed by Astor Piazzolla
with Eugene Moye, Allison Brewster Franzetti8. Suite No. 2, for piano – Danza Criolla
Composed by Astor Piazzolla
with Allison Brewster Franzetti

16. Piezas Breves (3) [Three Short Pieces], for cello & piano – Serenade
Composed by Astor Piazzolla
with Eugene Moye, Allison Brewster Franzetti

17. Piezas Breves (3) [Three Short Pieces], for cello & piano – Siciliana
Composed by Astor Piazzolla
with Eugene Moye, Allison Brewster Franzetti

18. Sonata No. 1 for piano, Op. 7 – Presto
Composed by Astor Piazzolla
with Allison Brewster Franzetti

19. Sonata No. 1 for piano, Op. 7 – Coral con Variaciones
Composed by Astor Piazzolla
with Allison Brewster Franzetti

20. Sonata No. 1 for piano, Op. 7 – Rondo
Composed by Astor Piazzolla
with Allison Brewster Franzetti

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Gabriel Clarinet

Gustav Mahler ( 1860 – 1911 ) Sinfonia Nº 01 – Titã- Kubelik – Bavarian Symphonic Orchestra

Que tal dar os parabéns atrasados ? Parabéns para o Mahler que fez 150 de nascimento: 7 de julho de 1860. Quem imaginava que nos confins da Boêmia estava nascendo um dos maiores compositores da história da música ?
Vamos ao que interessa.
Eu, no âmago da minha boa vontade, e na colaboração do FDP, que me deu um livro falando só das sinfonias de Mahler, eu pretendo postar uma integral das sinfonias de Mahler com a regência de nada mais nada menos que Rafael Kubelik. O livro está em inglês, e eu pedi a um amigo meu que traduzisse. Tudo 0800. O grande problema é que isso vai demorar um pouco e não quero atrasar mais essas homenagens. Enchi o saco de procurar um texto único e decente sobre as sinfonias de Mahler. Separei alguns textos de outros blogs para estas postagens. Eu mesmo gostaria de escrever, mais não disponho de tempo hábil para isso. Esse final de ano meu está uma loucura. Mas novamente vamos ao que interessa.

SINFONIA no.1
Apelido: Titã (oficial)
Tonalidade principal: Ré Maior
Composição: 1884-1888
Revisão: 1893 e 1896
Estréia: Budapeste, 20 de Novembro de 1889 (regência de Mahler)
1a.Publicação: 1899 (Viena, Weinberger)
Instrumentação:
4 flautas (2 alternando com piccolos)
4 oboés (um alternando com corne inglês)
4 clarinetes (Sib, Dó, Mib, La – um altenando com Clarone em Sib)
3 fagotes (um alternando com contrafagote)
7 trompas (8 com ‘reserva’)
4 trompetes (se possível, com reforço no último movimento)
3 trombones
1 tuba
4 tímpanos
Pratos
Triângulo
Tam-tam
Bombo
1 harpa
Quinteto de cordas (violinos I, II, violas, cellos e baixos)
Duração: aprox. 55 minutos
Movimentos:
I- Langsam. Schleppend – Immer sehr gemächlich
II- Kräftig Bewegt
III- Feierlich und gemessen, ohne zu schleppen
IV- Stürmisch bewegt
Programa: O terceiro movimento é uma marcha fúnebre de fina ironia, com o tema da canção folclórica Frère Jacques em modo menor. Descreve o enterro de um caçador, num corteja promovido pelos próprios animais que ele ameaçava.
Comentários: Originalmente concebida para ser um poema sinfônico, em 5 movimentos. Na primeira revisão, ela foi reduzida para 4 e adotada a disposição sinfônica.

( retirado do blog:http://repertoriosinfonico.blogspot.com )

PRIMEIRA SINFONIA

Assim, sua Primeira Sinfonia, nasceu depois de um longo percurso de trabalho e reflexão estética. Conhecida com o subtítulo de Titã, pela inspiração literária de uma novela homônima, a Primeira é, curiosamente, um resumo, um intróito, um prefácio que ao mesmo tempo introduz e resume todo o universo sonoro de Mahler. Poucas sinfonias iniciam num clima de tanta expectativa, tanta juventude e energia: É impossível ouvir alheio às fanfarras triunfantes dos trompetes que explodem na alegria do final, advinda de um tempestuoso conflito (o início do último movimento). Nesta sinfonia está patente o potencial melódico de Mahler (as melodias no cello e na trompa, no primeiro movimento; bem como o magnífico Scherzo dançante), sua fina ironia (o terceiro movimento, paródia musical da canção Frère Jacques), e suas preocupações filosóficas e espirituais (A agonia conflitante do último movimento, que culmina numa explosão de alegria e solenidade).

Sua música reflete com particular maestria todas as facetas de sua personalidade: A busca incessante pelo ideal da beleza, pela harmonia, pela renovação da vida e pela salvação do mundo. Era judeu de nascimento, mas nunca foi praticante. Converteu-se ao catolicismo em 1897, dizem, para poder assumir o posto na Ópera de Viena, mas que, sem dúvida, também por convicções muito pessoais, já que pouco antes disso, havia escrito sua Segunda Sinfonia com o subtítulo ‘A Ressurreição’, com coros no final sobre textos do poeta alemão Klopstock sobre a Ressurreição de Cristo.

**(retirado: http://www.mnemocine.com.br/filipe/mahler.htm )

E por último esse texto retirado das tortas linhas da Wikipédia.

Como costumava fazer com outras obras suas, Mahler revisou a Sinfonia 1, entre os anos de 1893 e 1896. A mudança mais significativa foi retirada de um movimento andante chamado “Blumine”, sobra de uma música incidental que Mahler tinha escrito para Der Trompeter von Säkkingen (1884). Em 1894, depois de três apresentações, Mahler descartou o movimento e só permaneceram as referências a ele no segundo motivo do finale.
O movimento “Blumine” só foi redescoberto em 1966, por Donald Mitchell. Benjamin Britten conduziu a primeira apresentação da Sinfonia 1 com o movimento “Blumine”, desde que ele tinha sido executado pela última vez por Mahler em Aldeburgh. As maiorias das apresentações modernas da sinfonia não incluem o “Blumine”, ainda que seja possível não raramente se deparar com execuções do movimento em separado. De forma análoga, poucas gravações da sinfonia 1 incluem o movimento.
A obra inclui vários temas de um ciclo de canções composto por Mahler entre 1883 e final de 1884 chamado: Lieder Eines fahrenden Gesellen (Canções de um Viajante). Existem influências também de Das klagend Lied (A Canção da Lamentação), completada por Mahler em 1 de Novembro de 1880 para participar de um concurso de 1881 conhecido como Prêmio Beethoven.
A Sinfonia 1 de Mahler é uma sinfonia primaveril, semelhante em alguns aspectos com a Sinfonia 1 de Robert Schumann. Ela não é contudo uma simples descrição visual da natureza. Ela reflete uma natureza sob os inocentes olhos de uma criança, que ao mesmo tempo toma consciência da fragilidade e da morbidez inerentes à condição humana.

Os movimentos

Na sua forma final a sinfonia, cuja duração aproximada é de 55 minutos, é formada por quatro movimentos distribuídos da seguinte forma:
Langsam, schleppend – Devagar, arrastando (~ 16 minutos)
Scherzo, Kraeftig bewegt – Poderosamente agitado (~ 8 minutos)
Feierlich und gemessen, ohne zu schleppen – Solene e moderado, sem se arrastar (~ 11 minutos)
Stuermisch bewegt – Agitado (~ 20 minutos)
A sinfonia inicia de forma misteriosa no primeiro movimento. Sons do cuco e de outros pássaros, representados musicalmente, anunciam o despertar da natureza e dão fim à tensão e às dúvidas. Um tema lírico segue.
O segundo movimento é um Landler-scherzo, parecido com os landlers de Anton Bruckner e de Haydn.
O terceiro movimento causou uma certa polêmica na época devido a sua aparente bizarrice. Adaptada como marcha fúnebre, é usada de forma paródica uma melodia infantil bastante conhecida, chamada em alguns países de Frère Jacques e em outros de Bruder Martin. A seu respeito Mahler escreveu no programa para os concertos em 1893 e 1894:
A idéia dessa peça veio ao autor por intermédio de uma gravura paródica conhecida por qualquer criança da Alemanha do Sul e intitulada “Os funerais do caçador”. Os animais da floresta acompanham o caixão do caçador morto; lebres empunham uma bandeira; à frente uma trupe de músicos boêmios acompanhados por instrumentistas gatos, corujas e corvos… Cervos, corças e outros habitantes da floresta, de pêlo ou pena, seguem o cortejo com fisionomias afetadas. A peça, com uma atmosfera ora ironicamente alegre, ora inquientante, é seguida de imediato pelo último movimento “d’all Inferno al Paradiso”, expressão súbita de um coração ferido no mais profundo de si…
O silêncio do terceiro movimento é abruptamente interrompido, de forma histérica, pela orquestra no quarto movimento. Conta-se que durante uma das primeiras apresentações da Sinfonia 1, uma senhora espantou-se e derrubou todos os objetos que carregava na mão.
Após alguns minutos a fúria inicial do último movimento é contida e cede lugar a uma melodia lírica. Os temas dos movimentos anteriores são lembrados. Perto do final, ocorre uma nova tempestade sonora, porém, ao contrário do início, que lembrava uma “luta”, agora o sentimento é de “triunfo”. Nesta parte Mahler pede para que os trompetistas da orquestra toquem de pé.

Então é isso.

Gustav Mahler ( 1860 – 1911 ) Sinfonia Nº 01 – Titã – Kubelik – Bavarian Symphonic Orchestra

01 – Langsam, schleppend
02 – Scherzo, Kraeftig bewegt
03 – Feierlich und gemessen, ohne zu schleppen
04 – Stuermisch bewegt

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Gabriel Clarinet

Giuseppe Verdi (1813-1901) – La Traviata (ópera em três atos)

Como estou numa preguiça danada de escrever, decidi utilizar o texto da wikipédia. Já fazia um certo tempo que eu tencionava postar esta ópera. Não sou muito afeito às óperas, mas abrirei uma exceção a esta linda e comovente obra de Verdi.

La traviata (em português A transviada) é uma ópera em quatro cenas (três ou quatro atos) de Giuseppe Verdi com libreto de Francesco Maria Piave. Foi baseada no romance A Dama das Camélias, de Alexandre Dumas Filho. Foi estreada em 6 de março de 1853 no Teatro La Fenice, em Veneza.

Ato I

É noite de festa na casa da socialite Violetta Valéry. Violetta, prometida ao Barão Douphol, é apresentada por seu amigo Gastone de Letorières a seu amigo Alfredo Germont. Gastone conta que ele já conhecia Violetta há algum tempo e a amava em segredo. Alfredo, então, ergue um brinde a Violetta e lhe faz uma declaração de amor. Violetta responde a Alfredo que, sendo uma mulher mundana, não sabe amar e que só lhe poderia oferecer a amizade, sendo que Alfredo deveria procurar outra mulher. Mas ainda assim, entrega-lhe uma camélia que carrega entre os seios e solicita a ele que volte no dia seguinte. Após o fim da festa, Violetta permanece só e começa a se dar conta do quão profundamente lhe tocaram as palavras de Alfredo, um amor que ela jamais conheceu anteriormente.

Ato II

Violetta e Alfredo iniciam um relacionamento amoroso e vão morar numa casa de campo, nos arredores de Paris. Aninna, a criada de Violetta, conta a Alfredo que Violetta tem ido constantemente a Paris vender seus bens, para custear as despesas da casa de campo. Giorgio Germont, pai de Alfredo, visita Violetta e lhe suplica que abandone Alfredo para sempre. Giorgio conta-lhe sobre sua família e especialmente sua filha, na Provença, e acredita que ver Alfredo envolvido com uma mulher mundana destruiria sua reputação. Contrariada, Violetta atende as súplicas de Giorgio e lacra um envelope endereçado a Alfredo. Violetta parte para uma festa na casa de sua amiga Flora Bervoix e Alfredo lê a carta. Desconfiado de que Violetta possa tê-lo traído, Alfredo vai até a casa de Flora, para se vingar.

Ato III

A festa tem início com um grupo de mascarados que lhes proporcionam um divertimento. Violetta chega à festa acompanhada do Barão Douphol. Alfredo surge logo em seguida. Alfredo começa a jogar com o Barão e ganha. Em um momento em que o jantar é servido, Violetta e Alfredo permanecem a sós no salão e Alfredo força-a a confessar a verdade. Violetta, mentindo, diz amar o barão. Furioso, Alfredo convoca todos para o salão e atira na cara de Violetta todo o dinheiro conseguido no jogo e desafia Douphol para um duelo. Violetta desmaia, Alfredo é reprimido por todos e a festa termina.

Ato IV

Violetta está doente e empobrecida, depois de se desfazer de todos os bens. Tomada pela tuberculose, recebe cartas de vários amigos e uma, em especial, chama a atenção. É de Giorgio Germont, arrependido por ter colocado Violetta contra Alfredo. Giorgio e Alfredo visitam Violetta, e eles todos se reconciliam. Violetta e Alfredo começam a fazer planos para a vida depois de que Violetta se recuperar. Entretanto, Violetta está muito debilitada fisicamente e começa a sentir o corpo falhar. Entrega a Alfredo um retrato seu e avisa-o para que o entregue à próxima mulher por quem ele se apaixonar. Violetta sente os espasmos da dor cessarem, mas em seguida expira.

Importante: Observação: em algumas montagens, o terceiro ato é representado como sendo a segunda cena do segundo ato. O quarto ato, nesse caso, corresponderia ao terceiro. É o caso desta gravação.

Giuseppe Verdi (1813-1901) – La Traviata (ópera em três atos)

DISCO 1

01. Preludio

Ato I
02. Introduzione. Dell’invito trascorsa è già l’ora
03. Brindisi. Libiamo ne’ lieti calici
04. Valzer e Duetto. Che è ciò?
05. Valzer e Duetto. Un dì felice, eterea
06. Valzer e Duetto. Ebben? che diavol fate?
07. Stretta dell’Introduzione. Si ridesta in ciel l’aurora
08. Scena ed Aria – Finale. È strano! – Ah, fors’è lui
09. Scena ed Aria – Finale. Follie! Follie! Delirio vano è questo! – Sempre libera

Ato II

10. Scene 1. Scena ed Aria. Lunge da lei – De’ miei bollenti spiriti
11. Scene 1. Scena ed Aria. Annina, donde vieni? – Oh mio rimorso!
12. Scene 1. Scena e Duetto. Alfredo? / Per Parigi or or partiva
13. Scene 1. Scena e Duetto. Pura siccome un angelo
14. Scene 1. Scena e Duetto. Non sapete quale affetto
15. Scene 1. Scena e Duetto. Un dì, quando le veneri
16. Scene 1. Scena e Duetto. Ah! Dite alla giovine
17. Scene 1. Scena e Duetto. Imponete / Non amarlo ditegli
18. Scene 1. Scena. Dammi tu forza, o cielo!
19. Scene 1. Scena. Che fai? / Nulla
20. Scene 1. Scena ed Aria. Ah, vive sol quel core
21. Scene 1. Scena ed Aria. Di Provenza il mar, il suol
22. Scene 1. Scena ed Aria. Né rispondi d’un padre all’affetto? – No, non udrai rimproveri

DISCO 2

01. Scene 2. Finale 2. Avrem lieta di maschere la notte
02. Scene 2. Finale 2. Noi siam zingarelle
03. Scene 2. Finale 2. Di Madride noi siam mattadori
04. Scene 2. Finale 2. Alfredo! Voi!
05. Scene 2. Finale 2. Invitato a qui seguirmi
06. Scene 2. Finale 2. Ogni suo aver tal femmina
07. Scene 2. Finale 2. Di sprezzo degno se stesso rende
08. Scene 2. Finale 2. Alfredo, Alfredo, di questo core

Ato III

09. Preludio
10. Scena ed Aria. Annina? / Comandate?
11. Scena ed Aria. Teneste la promessa – Attendo, attendo, né a me giungon mai! – Addio del pass
12. Baccanale. Largo al quadrupede
13. Scena e Duetto. Signora… / Che t’accadde? / Parigi, o cara, noi lasceremo
14. Scena e Duetto. Ah, non più! – Ah, gran Dio! Morir sì giovine
15. Finale ultimo. Ah, Violetta! – Voi, Signor?
16. Finale ultimo. Prendi, quest’è l’immagine

Bayerisches Staatsorchester Bayerischer Staatsopernchor
Ileana Cotrubas———-Violetta Valery
Placido Domingos——–Alfredo Germont
Sherrill Milnes———-Giorgio Germont
Carlos Kleiber, regente

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Carlinus

French Ballet Music of the 1920s – Les Mariés de la Tour Eiffel & L'Eventail de Jeanne

Estes, curiosamente, são balés compostos a várias mãos, por compositores franceses da primeira metade do século XX, época em que Paris era o point das artes e em que as apresentações de balés rivalizavam de igual para igual com os espetáculos operísticos.

Les Mariés de la Tour Eiffel é um balé de um ato, com libreto de Cocteau e música de Auric, Milhaud, Tailleferre, Honegger, e Poulenc, que teve sua estréia em 18 de junho de 1921. Embora L. Durey não estivesse envolvido no balé, este é, no entanto, considerado uma obra-prima para as idéias musicais do grupo de compositores conhecidos coletivamente como Les Six. Nesta gravação foi suprimido o texto narrativo de Jean Cocteau, muito chato, por sinal, para quem, como eu, não entende “p. n.” de francês.

L’Eventail de Jeanne é um balé infantil coreografado em 1927 por Alice Bourgat e Franck Yvonne. A música foi composta por 10 compositores franceses, cada um contribuiu com uma dança estilizada em forma clássica. São eles, Maurice Ravel, Pierre-Octave, Jacques Ibert, Alexis Roland-Manuel, Delannoy Marcel, Albert Roussel, Darius Milhaud, Francis Poulenc, Georges Auric e Florent Schmitt.

“Jeanne” se refere a uma hospedeira parisiense e patrona das artes, Jeanne Dubost, que dirigia uma escola infantil de balé. Na primavera de 1927, ela entregou a dez dos seus amigos compositores, folhas de seus fãs, pedindo que cada um deles escrevesse uma pequena dança para seus alunos. As crianças estavam vestidas com trajes de conto de fadas e a decoração foi animada por um conjunto projetado com espelhos. Tal foi o sucesso que, dois anos mais tarde, foi realizada na Ópera de Paris com a pequena Tamara Toumanova, que mais tarde viria a se tornar uma famosa bailarina internacional.

É interessante salientar que apenas Poulenc, Auric e Milhaud, participaram dos dois projetos colaborativos. Enfim, este é um cd que me agrada bastante. É ouvir e apreciar!

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French Ballet Music of the 1920s

L’eventail de Jeanne
01. Fanfare (Maurice Ravel) 1:25
02. Marche (Pierre-Octave Ferroud) 03:12
03. Valse (Jacques Ibert) 03:44
04. Canarie (Roland-Manuel) 02:11
05. Bourree (Marcel Delannoy) 03:20
06. Sarabande (Albert Roussel) 03:30
07. Polka (Darius Milhaud) 02:14
08. Pastourelle (Francis Poulenc) 01:58
09. Rondeau (Georges Auric) 03:28
10. Kermesse-Valse (Florent Schmitt) 04:54

Les Mariés de la Tour Eiffel
11. Ouverture: Le 14 juillet (Georges Auric) 02:29
12. Marche nuptiale (Darius Milhaud) 01:57
13. Discours de general: Polka pour 2 cornets a pistons (Francis Poulenc) 00:46
14. La Baigneuse de Trouville: Carte postale en couleurs (Francis Poulenc) 02:03
15. Fugue du massacre (Darius Milhaud) 01:46
16. Valse de depeches (Germaine Tailleferre) 02:33
17. Marche funebre (Arthur Honegger) 03:46
18. Quadrille: Pantalon – Ete – poule – Pastourelle – Final (Germaine Tailleferre) 03:04
19. Ritournelles (Georges Auric) 02:01
20. Sortie de la noce (Darius Milhaud) 00:25

Philharmonia Orchestra, Geoffrey Simon

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Marcelo Stravinsky

Modest Mussorgsky – Uma noite no Monte Calvo (Leibowitz) & Quadros de uma Exposição (Ravel) – The Power of the Orchestra

Vocês querem mais uma versão de Uma Noite no Monte Calvo? Na verdade, pra mim, essa versão do Leibowitz, não é apenas mais uma, e sim, a versão definitiva – do caralho mesmo! Extremamente agressiva e sem aquelas trombetinhas chatas , no estilo de cavalaria que só servem para dar uma quebra na ideia da obra (me perdoem os mais conservadores), da versão original. A versão orquestrada por Ravel de Quadros de Uma Exposição, ficou ainda mais interessante nas mãos de René Leibowitz e a Royal Philharmonic Orchestra.

Esclarecimento: Apesar da Amazon apontar Stokowski como o autor do arranjo de Uma noite no Monte Calvo gravado nesse álbum, essa versão é na realidade de René Leibowitz, sendo essa é a mais famosa de suas orquestrações/arranjos. Vide: http://www.angelfire.com/music2/reneleibowitz/rl.html

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The Power of the Orchestra
Mussorgsky: Pictures at an Exhibition, Night on Bare Mountain

01 Night on Bare Mountain (arr. Leibowitz)
02-16
Pictures at an Exhibition (arr. Ravel)

Royal Philharmonic Orchestra, René Leibowitz

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Marcelo Stravinsky

Ludwig van Beethoven(1770-1827) – Concertos para piano, Seis Bagatelas e Für Elise

Eis que surge o inominável Ludwig van Beethoven. Diante de nome tão celso, o que dizer, o que afirmar? É o sujeito mais refinado do Romantismo musical. Uma das minhas paixões! Outro dia conversava com um amigo sobre música. Falavámos sobre nossas preferências musicais. Afirmei quais os compositores que mais gosto, respeito, admiro. Citei Mozart, Mahler, Bach, Brahms, Shostakovich. Mas ele fez uma pergunta indelicada. A inquirição dele: “Se fossem retiradas todas as peças de música da história e restasse apenas um compositor, qual você gostaria que ficasse?” Sei que é uma pergunta medonha. Como ficar sem Mahler, sem Shostakovich, sem Bach, sem Mozart? Para aquele que se devota perante estes nomes, como alguém que se devota perante um ícone sagrado, aquela pergunta era um sacrilégio. Pensei. Ponderei. Até que respondi: “Beethoven!” Ludwig possui os matizes certos, o espírito mais avassalador no que tange à composição, à inquietude do grande homem. Nas suas peças grita o homem angustiado, cheio de valores elevados, sonhos, frustrações e utopias. Beethoven é um romântico no bom sentido do termo. Aqui temos os seus 5 concertos para piano e orquestra com Vladimir Ashkenazy ao piano, sob a regência de Georg Solti. Simplesmente um excelente registro. Não farei a menção “imperdível”, pois Beethoven não precisa de tamanho patrocínio. O bom ouvinte sabe distinguir isso. Bons momentos com Ludwig, o gênio de Bonn. Boa apreciação!

Ludwig van Beethoven(1770-1827) – Concertos para piano, Seis Bagatelas e Für Elise

CD1

Piano Concerto No.1 In C major, op. 15
1. Allegro con brio
2. Largo
3. Rondo – Allegro

Six Bagatelles, Op. 126
4. Andante con moto, cantabile e compiacevole
5. Allegro
6. Andante cantabile e grazioso
7. Presto
8. Quasi allegretto
9. Presto – Andante amabile e con moto
10. Fur Elise

Tempo total: 58:29

CD2

Piano Concerto No.3 in C minor, op.37
1. Allegro con brio
2. Largo
3. Rondo Allegro

Piano Concerto No.4 in G major, op.58
4. Allegro moderato
5. Andante con moto
6. Rondo Vivace

Tempo total: 71:03

CD3

Piano Concerto No.5 in E flat major, Op. 73
1. Allegro
2. Adagio un poco mosso
3. Rondo Allegro

Piano Concerto No.2 in B flat major, Op. 19
4. Allegro con brio
5. Adagio
6. Rondo – Molto Allegro

Tempo total: 69:37

Chicago Synphony Orchestra
Georg Solti, regente
Vladimir Ashkhenazy, piano

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BAIXAR AQUI CD2
BAIXAR AQUI CD3

Carlinus

Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Sinfonia No. 1 em Fá menor, op. 10 e Sinfonia No. 7 em Dó maior, op. 60 -"Leningrado"

Já fazia algum tempo que eu tencionava postar este CD com duas das sinfonias de Shostakovich, um dos meus compositores favoritos. É uma grande gravação com o Bernstein. Podemos ver duas versões de Shostakovich neste post: primeiro a do jovem que compõe a sinfonia número 1; habitado por aspirações intelectuais e sonhos de mocidade; e, segundo, a do compositor maduro que compôs a sinfonia número 7, alcançando o domínio da arte da composição sinfônica. Para alguns, a sinfonia número 7 – juntamente com a 8 – são as grandes obras de Shosta. Incluiria em minha humildade as de número 5, 11, 13 e 14. Lauro Machado Coelho diz que “Foi em Kúbishev que a Sétima estreou, em 5 de março de 1942, transmitida pelo rádio para todo país, sob a regência de Samossúd. A orquestra do Bolshói, que também fora evacuada, teve que ser aumentada com vários músicos extras, trazidos da frente de batalha. Foi um acontecimento político cercado de divulgação mais intensa. E em 22 de março, tendo podido retornar a Moscou, Samossúd e a orquestra do Bolshói, reforçada pela Vsiosoyúznaia Radio Orkiestra (a Orquestra da Rádio União), a executaram na capital”. O mais surpreendente no relato do Lauro Machado é a inclusão do depoimento do musicólogo Geórgui Shnêirson que descreve como se deu a execução da obra: “Antes do início do quarto movimento, o responsável pela defesa antiárea surgiu, de repente, ao lado do maestro. Ergueu a mão e anunciou, num tom calmo, para não semear pânico, que o alarme de ataque aéreo tinha soado. Ninguém abandonou seu assento e a sinfonia foi tocada até o fim. O seu poderoso finale, que anuncia a vitória sobre o inimigo, criou uma atmosfera inesquecível, que não deixou ninguém indiferente. O homem uniformizado apareceu de novo e repetiu as palavras que, naqueles dias, as pessoas já se tinham acostumado a ouvir: “Um alarme antiaéreo acaba de soar”. As pessoas responderam: “Nós já sabemos!” e a interminavel ovação continuou”. A Sétima Sinfonia está vinculada à guerra. Nasceu para ser eternizada. Ela fez nascer um sentimento nacionalista no povo soviético. Não deixe de ouvir esse relevante documento artístico fecundado no século XX, mas imortalizado como evento do mais alto valor para a arte. Boa apreciação!

Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Sinfonia No. 1 em F menor, op. 10 e Sinfonia No. 7 em C maior, op. 60 -“Leningrado”

Disco 1

Sinfonia No. 1 em F menor, op. 10
01. I. Allegretto [08:58]
02. II. Allegro, Meno Mosso [04:52]
03. III. Lento, Largo [10:19]
04. IV. Allegro Molto [10:50]

Sinfonia No. 7 em C maior, op. 60 -“Leningrado”
05. I. Allegretto [31:43]

Disco 2

01. II. Moderato [14:54]
02. III. Adagio [19:25]
03. IV. Allegro Non Troppo [18:51]

Chicago Symphony Orchestra
Leonard Bernstein, regente

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Carlinus

Richard Strauss (1864-1949) – Metamorphosen, study for 23 solo strings, Op. 142, Piano Quartet in C minor, Op. 13 (TrV 137) e Prelude to Capriccio, Op. 85

No verão de 1944, Strauss começou a planejar uma longa peça para um conjunto de cordas na linha de uma oração fúnebre ou lamento. Havia décadas que ele não compunha uma grande trabalho monumental; seu último esforço realmente significativo nessa linha fora Uma Sinfonia Alpina, composta pouco depois da morte de Mahler. A nova peça se chamaria Metamorphosen – uma outra homenagem a Ovídeo. Strauss tinha em mente o processo pelo qual as almas revertiam de um estado a outro -, porém, como sugeriu o acadêmico Timothy Jackson, a transformação poderia soar negativa, as coisas poderiam retornar a seu estado primordial. O compositor se inspirou também em um pequeno poema de Goethe, cuja obra completa havia lido do começo ao fim nos últimos anos:

Ninguém pode se conhecer
Separado do seu eu

Mesmo assim todo o dia ele tenta se tornar
Aquilo que visto de fora esta claro afinal.

Aquilo que ele é e o que ele foi

Aquilo de que ele é capaz e o que é possível

Strauss esboçou um arranjo de coral baseado no texto de Goethe e, como Jackson descobriu, parte desse material foi usado por Metamorphosen. O compositor estava imerso numa reflexão profunda sobre a trajetória de sua vida, talvez questionando a filosofia individualista que havia muito o orientava.

(…)

(Extraído do livro O Resto é Ruído – Escutando o Século XX, de Alex Ross)

Richard Strauss (1864-1949) – Metamorphosen, study for 23 solo strings, Op. 142, Piano Quartet in C minor, Op. 13 (TrV 137) e Prelude to Capriccio, Op. 85

Metamorphosen, study for 23 solo strings, Op. 142
01. Metamorphosen, study for 23 solo strings, Op. 142

Piano Quartet in C minor, Op. 13 (TrV 137)
02. Allegro
03. Scherzo: Presto –
04. Andante
05. Finale: Vivace

Prelude to Capriccio, Op. 85
06. Prelude To Capriccio, Op. 85

The Nash Ensemble
Marianne Thorsen, Malin Broman. violino
Lawrence Power, Philip Dukes, viola
Paul Watkins, Pierre Doumenge, cello
Duncan McTier, bass
Ian Brown, piano

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Carlinus

Giuseppe Verdi (1813-1901) – Abertura da ópera A Força do Destino, Franz Liszt (1811-1886) – Poema Sinfônico No. 3, 'Os Prelúdios' e Pyotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893) – Sinfonia No. 5 in E menor, Op. 64

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Devo fazer alguns esclarecimentos sobre esta postagem: (1) A atuação de Valery Gergiev. Ele tem sido, para mim, um dos maestros mais maduros e importantes da atualidade. Gosto bastante da sua condução. (2) As obras que aparecem neste post fazem parte da minha caminhada como admirador da música dita clássica. Desde a adolescência tenho ouvido estas peças. A Abertura da ópera A Força do Destino de Verdi possui uma orquestração envolvente, cheia, repleta de um espírito de força. (3) Apesar de não ser uma ouvinte “assíduo” das peças de Liszt, eu tenho uma imensa admiração pelo Poema Sinfônico ‘Os Prelúdios'” cuja orquestração possui aquela carga dramática de algumas obras de Wagner. Os Prelúdios é resultado de um Liszt maduro. A obra surgiu a partir de textos de Alphonse de Lamartine (1790-1869), considerado um dos mais importantes poetas românticos franceses – admirado não apenas pela excelência literária, mas também pelo seu papel na revolução popular de 1848. (4) Das seis sinfonias de Tchaikovsky que receberam numeração, a que mais gosto é a de número 5. Aqui, ela aparece de modo digno de elogios. Claro, a melhor versão desta Sinfonia que já ouvi foi feita por Mravinsky (encontrada aqui no PQP Bach. Foi postada por FDP, um entusiasmado ouvinte da obra de Tchaikovsky). Por enquanto, ouçamos este extraordinário post ao vivo sob a condução do russo Valery Gergiev. Boa apreciação!

Giuseppe Verdi (1813-1901) – Abertura da ópera A Força do Destino
01. Abertura da ópera A Força do Destino

Franz Liszt (1811-1886) – Poema Sinfônico No. 3, ‘Os Prelúdios
02. Poema Sinfônico No. 3, ‘Os Prelúdios’

Pyotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893) – Sinfonia No. 5 in E menor, Op. 64
03. Andante – Allegro con anima
04. Andante cantabile, con alcuna licenza – Moderato con anima
05. Valse- Allegro moderato
06. Andante maestoso – Allegro vivace

Vienna Philharmonic Orchestra
Valery Gergiev, regente

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Carlinus

Franz Schubert (1797-1828) – Sinfonias nos. 7, 10, 9 e Fragmento Sinfônico em Ré maior (CDs 5 e 6 de 6 – final)

Chegamos ao final dessa monumental caixa com 6 CDs com o material sinfônico de Franz Schubert. Gosto o suficiente das sinfonias de Schubert para ouvir, entregar-me à audição por horas a fio sem cansar. É uma beleza. Schubert foi um prodígio. Viveu pouco, mas produziu muito. E produziu com uma qualidade indiscutível. Suas sinfonias estão eivadas pelas tradição Haydn-Mozart-Beethoven. Inclusive vale salientar que Schubert foi contemporâneo de Beethoven. Viveram à mesma época, na mesma cidade. Schubert morreu um ano após a morte de Beethoven. Franz alcançou sua maturidade quando Beethoven havia se consagrado como o grande nome na música na Europa. Uma possível visita de Schubert a Beethoven teria se dado no ano de 1822. Não se sabe se de fato essa visita se configurou. É indiscutível a qualidade dos trabalhos schubertianos. E as suas sinfonias são uma oportunidade de testemunharmos o mundo e o gênio de Schubert. Por isso, boa apreciação dessa excelente material de Neville Marriner.

Franz Schubert (1797-1828) -Symphony No.7 In E Minor – Major, D.729, Symphony No.10 In D Major, D.936a, Symphony No. 9 In C Major, D.994 – “A Grande e Symphonic Fragments In D Major, D.615

DISCO 5

Symphony No.7 In E Minor – Major, D.729
01. I. Adagio-Allegro
02. II. Andante
03. III. Scherzo (Allegro)
04. IV. Allegro Giusto

Symphony No.10 In D Major, D.936a
05. I. (Allegro Maestoso)
06. II. Andante
07. III. Scherzo (Allegro Moderato)

DISCO 6

Symphony No. 9 In C Major, D.994 – “A Grande
01. I. Andante – Allegro Ma Non Troppo
02. II. Andante Con Moto
03. III. Scherzo (Aleegro Vivace)
04. IV. Allegro Vivace

Symphonic Fragments In D Major, D.615
05. I. Adagio – Allegro Moderato
06. II. Alegretto

Academy St. Martin in the Fields
Neville Marriner, regente

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Carlinus

Heifetz Concertos – Sibelius, Prokofiev, Glazunov

Jascha Heifetz foi um dos maiores violinistas do século XX. Outro dia li – não lembro onde – sobre a tradição dos judeus de legarem bons executores de intrumentos de cordas – Itzhak Perlman, Pinchas Zukerman, David Oistrakh, Yehudi Menuhin, o próprio Heifetz entre outros. Fato este realmente curioso, dadivoso. Este é um CD que impõe respeito. Apenas um adendo: o CD traz uma das melhores interpretações do Concerto para violino de Sibelius que eu já ouvi. Não deixe de se deleitar. Boa apreciação!

Jean Sibelius (1865-1957) -Violin concerto in D minor, op. 47
01. 1. Allegro Moderato
02. 2. Adagio Di Molto
03. 3. Allegro Ma Non Tanto

Chicago Symphony Orchestra
Walter Hendi, regente

Sergei Prokofiev (1891-1953) – Violin concerto No. 2 in G minor, op. 63
04. 1. Allegro Moderato
05. 2. Andante Assai
06. 3. Allegro Ben Marcato

Boston Symphony Orchestra
Charles Munch, regente

Alexander Glazunov (1865-1936) – Violin concerto in A minor, op. 82
07. 1. Moderato
08. 2. Andante Sostenuto
09. 3. Tempo 1
10. 4. Allegro

RCA Victor Symphony Orchestra
Walter Hendi, regente

Jascha Heifetz, violino

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Carlinus

Coleção Grandes Compositores 08/33: Beethoven (1770-1827) (2)

Escrita exatamente ao som da Sinfonia Heróica, esta postagem revela através da magnífica interpretação de Leonard Bernstein e a Filarmônica de Viena, uma das mais belas e significativas páginas sinfônicas de todos os tempos.  O álbum ainda traz outras duas grandes obras do mestre alemão – a Abertura Egmont e o Concerto para Violino.

***

Tinha eclodido a Revolução Francesa, Napoleão chegara, e estava em suas mãos levar à Europa uma parte, pelo menos, dos ideais dessa revolução. E Beethoven admirava Bonaparte. Não podia ser de outra maneira. Por isso lhe dedicou a sua Terceira Sinfonia, conhecida pelo título de Heróica, a primeira completamente beethoveniana, em que aparece uma majestosa marcha fúnebre. Mas Napoleão não tardou a sucumbir à ambição do poder e fez-se nomear imperador. Furioso ao inteirar-se dessa passagem dos ideais à ambição de poder, Beethoven manchou e riscou a dedicatória da obra: “À memória de um grande homem”. Quando o imperador morreu em Santa Helena, quem lhe comunicou a notícia obteve como resposta uma simples frase: “Já lhe cantei o elogio fúnebre há anos”.

Texto de Eduardo Rincón

.oOo.

Coleção Grandes Compositores Vol. 08: L. van Beethoven (2)

DISCO A
Symphony Nº 3 in E Flat, Op. 55 “Eroica”

01. Allegro con brio 17:40
02. Marcia funebre: Adagio assai 17:33
03. Scherzo: Allegro vivace 6:16
04. Finale: Allegro molto 11:44

Egmont Overture, Op. 84
05. Sostenuto, ma non  troppo; Allegro 8:54

Vienna Philharmonic Orchestra, Leonard Bernstein

DISCO B
Violin Concert in D, Op. 61

01. Allegro ma non troppo 24:55
02. Larghetto 10:15
03. Rondo: Allegro 9:37
Chicago Symphony Orchestra, Daniel Barenboim
Pichas Zukerman, violin
Candeza: Fritz Kreisler

04. Violin Romance Nº 1 in G, Op. 40 6:35
05. Violin Romance Nº 2 in F, Op. 50 9:30
London Philharmonic Orchestra, Daniel Barenboim
Pichas Zukerman, violin

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Marcelo Stravinsky

Leos Janácek (1854-1928) – Quarteto de Cordas No. 1 – "Sonata a Kreutzer, inspirado em Tolstoi" e Quarteto de Cordas No. 2 – "Cartas Íntimas"

Atendendo às solicitações de Ciço (CVL), que ontem ouviu os dois quartetos presentes neste post em Olinda, Pernambuco, e se entusiasmou.

As duas obras do compositor checo Leos Janácek encontradas neste CD são emblemáticas. O Quarteto de Cordas No. 1, também conhecido como Sonata a Kreutzer, baseado na novela do escritor russo Leon Tolstoi, foi composto num curto espaço de tempo – entre 13 e 28 de outubro de 1923. O compositor já utilizara em 1908 dos escritos do autor de Guerra e Paz para compor um trio para piano. A obra teve a sua estreia em 1924. A segunda peça do CD se refere a correspondências amorosas entre ele e uma amante platônica. A estreia da obra se deu no dia 11 de setembro de 1928. Um mês após a estreia da obra, o compositor faleceu. Milan Kundera, o autor de A Insustentável Leveza do ser, que também era patrício de Janacek, disse certa vez que estes dois quartetos de cordas celebram o ápice da obra do compositor. Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

Leos Janácek (1854-1928) – Quarteto de Cordas No. 1 – “Sonata a Kreutzer, inspirado em Tolstoi” e Quarteto de Cordas No. 2 – “Cartas Íntimas”

Quarteto de Cordas No. 1 – “Sonata a Kreutzer, inspirado em Tolstoi
01. Adagio. Con moto
02. Con moto
03. Con moto. Vivo. Andante
04. Con moto. (Adagio). Più mosso

Quarteto de Cordas No. 2 – “Cartas Íntimas
05. Andante
06. Adagio
07. Moderato
08. Allegro

Panocha Quartet
Jiri Panacho, violino
Pavel Zejfart, violino
Miroslav Sehnoutka, viola
Jaroslav Kulhan, cello

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Carlinus

Ludwig van Beethoven (1770-1827) -Missa solemnis in D, op. 123 e Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Symphony No. 38 in D, K. 504 'Prague'

Apesar de não ter ouvido ainda este CD, conheço as peças. Como estou com certa pressa neste domingo pela manhã, não farei maiores comentários sobre o post. Ficará assim. Simplesmente não dar para perder. Abaixo segue um texto explicando a obra:

Dentro das principais Missas, consideradas clássicas (Bach e Bruckner), a de Beethoven possui uma forma sinfônica, em 5 movimentos: Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus e Agnus Dei. A obra possui um estilo dramático, é só observar as palavras do próprio Beethoven: “do coração! Que possa retornar aos corações”. Primeira audição em 6 de abril 1824 em São Petersburgo Ludwig van Beethoven compôs duas missas e um singular oratório intitulado Cristo no Monte das Oliveiras, além de duas cantatas compostas na juventude; essa foi toda a sua produção religiosa. A segunda missa, a impressionante Missa Solemnis, op. 123, por sua alta qualidade musical já seria suficiente para garantir a Beethoven um lugar na história da música. Composta para homenagear o arquiduque Rodolfo, a Missa Solemnis é tão extraordinária que a sua audição fora de uma sala de concertos é praticamente impossível. Os elementos que necessita para a sua execução extrapolam as dimensões de uma igreja de tamanho normal: quatro solistas (soprano, contralto, tenor e baixo), um grande coro, uma orquestra de cordas, duas flautas, dois oboés, dois clarinetes, dois fagotes, corno de bassetto, quatro trompas, dois trompetes, três trombones, timbales e um órgão. Sua estrutura segue as seções tradicionais de Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus/Benedictus e Agnus Dei, apesar de ser longa demais para a utilização litúrgica convencional. Além disso, seus textos em certas partes se afastam do dogma católico. Tremendamente complexa, a Missa Solemnis não se parece a nada: é única.
Assim o Kyrie, é um hino piedoso e solene, deve ser cantada com devoção. A parte central em forma de moteto (si menor e fa# menor) , é cantada pelos solistas e termina em pianíssimo. A volta do Kyrie, reintroduz a tonalidade principal e intensifica a harmonia numa bela alternância do coro e dos solistas em comovida prece que se extingue lentamente. O texto sagrado conduz aos movimentos seguintes, o Gloria e o Credo. Enquanto que na Missa em si menor de Bach, e o Gloria é cheio de alegria sobre humana, o canto de louvor de Beethoven encontra-se animado de incessante agitação. O Et in terra pax, traz o primeiro repouso porém o arrebatamento retorna com o Laudamus Te. A expressão, bem como a tonalidade é a seguir variável, até que a tonalidade principal seja reencontrada com o Pater omnipotens. A segunda parte do Gloria contem um expressivo Larghetto, o Qui tollis peccata mundi, que Beethoven concebeu como lamento e uma prece de tão comovente humanidade, de tal personalidade que ele próprio acrescentou um “o” para os solistas, e um “ah” para o coro, antes dos apelos finais do Miserere. A parte conclusiva deste movimento principia na tonalidade principal com um Quoniam tu solus Sanctus, espantosamente curto e agitado, culminando na grandiosa fuga coral do In gloria Dei Patris, onde Beethoven desenvolve uma arte contrapontística excepcional. Na conclusão, o início do Gloria que retorna acelerado até ao Presto dá desta maneira uma unidade sinfônica ao movimento.
O Credo, em sib maior, de acordo com o caráter do texto, é ainda mais variado e expressivo. Desde o início, sentimos o esforço tremendo que Beethoven realiza para nos transmitir sua fé. O Et incarnatus est e as outras seções que se seguem, falando da vida, crucificação, ressurreição e ascensão de Cristo; em Cuius regni non erit finis, a palavra non é expressamente repetida para maior ênfase, do mesmo modo que mais tarde a palavra credo. O final constitui, em duas fugas sobre o mesmo tema, a visão da vida eterna, Et vitam venturi saeculi, e nas exclamações finais do Amen, reaparece o tema original do Credo.
No Sanctus, o canto de louvores reflete uma prece humana, um Adágio e a meditação. Após o curto Pleni sunt coeli, fugado, e o Osanna, a meditação se expande em figuração. A melodia o solo de violino, desce flutuando das mais elevadas paragens, reconstitui o milagre da descida de Jesus e da transubstanciação. O Benedictus, é no amplo sentido, a música de transição, cujo caráter se infiltra no desenvolvimento posterior, indo além da repetição do Osanna.
O Agnus Dei, constitui o Finale deste grande sinfonia coral. Miserere nobis! É aqui, com o solo inicial do baixo, em si menor, e após com o expressivo refrão do coro, que a lamentação alcança maior profundidade. Depois a severidade diminui e a prece de paz que é o Dona nobis pacem, introduz e faz retornar suavemente a tonalidade original de re maior. Sem embargo, ainda não reina paz no mundo exterior. Oração pela paz interior e exterior, foi o substituto anotado pelo autor para esta parte. O primeiro interlúdio orquestral sugere uma perturbação na paz exterior. O equilíbrio íntimo parece se estabelecer. Dona nobis pacem soa como se fora uma fuga solene. O tema é uma reminiscência do Messias de Haendel, cujo texto Der Herr regiert von nun na auf ewig (Agora o Senhor reinará para sempre). Todavia não são as tempestades exteriores as que verdadeiramente nos perturbam; são os da alma. O Scherzo orquestral que se segue é extraordinário pelo rude, veemente contraponto. O Dona nobis pacem, que se sucede, é cantado pelo coro, na tonalidade de sib maior, e constitui autêntico apelo pela paz. Então a tonalidade principal de re maior e o compasso de 6/8, são alcançados após um lento desdobramento. Nessa atmosfera de esperança ante a paz ainda incerta do Dona nobis pacem do coro final, ouvimos os tímpanos em si bemol ribombarem ainda duas vezes – eco da paz perturbada. Beethoven conclui a missa sem acrescentar o grande final redentor.

Extraído DAQUI

DISCO 1

Elisabeth Schwarzkopf talks about the recording in a recent interview

Ludwig van Beethoven (1770-1827) -Missa solemnis in D, op. 123 01. Kyrie
02. Gloria
03. Credo
04. Sanctus

DISCO 2

01. Agnus Dei

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Symphony No. 38 in D, K. 504 ‘Prague’
02. Adagio
03. Andante
04. Finale, Presto

Karajan rehearses Beethoven’s Missa solemnis
05. Part 1
06. Part 2
07. Part 3
08. Part 4
09. Part 5

Singverein der Gesellschaft der Musikfreunde, Vienna Philharmonia Orchestra
Herbert von Karajan, regente
Elisabeth Schwarzkopf, soprano
Christa Ludwig, mezzo-soprano
Nicolai Gedda, tenor
Nicola Zaccarla, bass

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Carlinus

Mozart, Haydn, Albinoni, Pachelbel, Boccherini e Beethoven

Um CD para apreciadores iniciais de música clássica. Explico: esse CD traz peças de forte fragrância popular. São obras de catálogo; ou daquelas coletâneas criadas por revistas com intuito de agradar a um público não conhecedor de música erudita. Mas não faz mal. Estas obras são imortais pela simplicidade que evocam. Quem nunca ouviu o primeiro movimento da Serenata em Sol maior (“O pequeno serão musical”)? Ou o Canon de Pachelbel? Sendo assim, não deixe de ouvir este agradável CD! Boa apreciação!

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Serenade in G major, K 525 “Eine kleine Nachtmusik”
01. Allegro
02. Romanze (Andante)
03. Menuett (Allegretto)
04. Rondo (Allegro)

Joseph Haydn (1732-1809) – Serenade from String Quartet in F, Op. 3/5
05. Andante cantabile

Tomaso Albinoni (1671-17151) – Adagio in G minor
06. Adagio in G minor

Johann Pachelbel (1653-1706) – Canon
07. Canon

Luiggi Boccherini (1743-1805) – Minuet from the String Quintet in E
08. Minuet from the String Quintet in E

Ludwing van Beethoven (1770-1827) – Minuet in G
09. Minuet in G

I Musici

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Carlinus

Restaurado – Robert Schumann (1810-1856) – Symphony No. 4 in D minor Op. 120 (1841 Version) & Symphony No. 2 in C major Op. 61 (CD 2 de 3) – 200 anos!!!

O texto do Carlinus tem algumas informações imprecisas, que podem gerar certa confusão. A Sinfonia no. 4 foi a segunda a ser composta, em 1841, mas ainda era uma obra embrionária, com o título provisório de “Fantasia sinfônica”. Schumann recuperou esta obra em 1851 (após, portanto, a composição das Sinfonias nos. 2 e 3), modificando bastante coisa e a publicando como Sinfonia no. 4.

A Sinfonia no. 4 que existe no repertório é *somente a versão definitiva* de 1851. A versão de 1841 é uma curiosidade que, se não me engano, foi gravada somente pelo Gardiner, neste ciclo realizado em instrumentos de época.

Outra coisa importante: a Sinfonia no. 4 nunca teve cinco movimentos, em versão alguma. É uma sinfonia nos quatro movimentos clássicos, mas encadeados, tocados sem interrupção. Algumas gravadoras, notadamente a Deutsche Grammophon (que tem mania de separar bastante as faixas de seus discos), colocam a transição entre terceiro e quarto movimentos em uma faixa separada. Mas isso não cria um movimento adicional. Com faixa própria ou sem faixa própria, a transição continua sendo apenas… uma transição!

(É uma transição extremamente bonita, aliás, em tudo próxima à transição entre scherzo e finale da Quinta de Beethoven.)

Texto do leitor-ouvinte José Eduardo.

Robert Schumann (1810-1856) – Sinfonia No. 4 in D minor Op. 120 (1841 Version) e Sinfonia No. 2 in C major Op. 61

Sinfonia No. 4 in D minor Op. 120 (1841 Version) (1841)
01. Andante con moto – Allegro di molto [08:18]
02. Romanza- Andante [03:48]
03. Scherzo- Presto [05:07]
04. Largo – Finale- Allegro vivace [06:47]

Sinfonia No. 2 in C major Op. 61 (1845-46)
05. Sostenuto assai – Allegro, ma non troppo [12:12]
06. Scherzo- Allegro vivace [07:01]
07. Adagio espressivo [10:08]
08. Allegro molto vivace [08:29]

Orchestre Révolutionnaire et Romantique
John Eliot Gardiner, regente

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Carlinus

[restaurado por Vassily em 23/5/2020]

Johannes Brahms (1833-1897) – Concerto para Violino e Orquestra em D maior, Op. 77

FDP andou impossível no final de semana passado. Postou petardos sinfônicos de Brahms, “guiados” por Günther Wand. Fiquei meio zonzo com a disposição do moço. Certamente, FDP não estava para brincadeira. Por isso, andei pensando no que eu ia postar. Havia separado alguns CDs. Pensei em Bach, Britten, Mozart, Beethoven e etc. Mas me recordei dessa gravação do concerto para violino e orquestra, Op. 77, de Brahms. É uma das peças que mais aprecio. A gravação que ora apresento traz um grande nome da regência no século XX, pelo menos na primeira metade do século, Pierre Monteux. O maestro franco-americano fez importantes incursões musicais na primeira metade do século passado. Tocou violino, viola e tornou-se regente. A wikipédia diz que ” [No ano de] 1911, ele tornou-se condutor [regente] da compania de ballet Sergei Diaghilev, uma compania Russa. Nesta compania, ele conduziu as estréias de Petrushka, em 1911, e O Rito da Primavera em 1913, ambas de Stravinsky; Jeux de Debussy em 1913 e Daphnis et Chloé de Ravel em 1912. Estas interpretações mudaram o curso de sua carreira, sendo conhecido no resto de sua vida, por ser um grande condutor para obras da música francesa e russa”. Inclusive, qualquer dias desses, postarei Petrushka e o Rito da Primavera de Stravinsky com o próprio Monteux. Fato interessante é que Monteux fundou a Orquestra Sinfônica de Paris em 1929. Foi professor de importantes regentes Lorin Maazel, Neville Marriner, André Previn, David Zinman, entre outros. Por ora fiquemos com esta fabulosa gravação do concerto para violino e orquestra de Brahms, um dos maiores compositores de todos os tempos. Boa apreciação!

P.S. O CD custa U$ 250,00 (duzentos e cinquenta dólares) na Amazon. Um susto!

Johannes Brahms (1833-1897) – Concerto para Violino e Orquestra em D maior, Op. 77

01 I. Allegro non troppo (21:54)
02 II. Adagio (9:22)
03 III. Allegro giocoso,ma non troppo vivace (7:58)

London Symphony Orchestra
Henryk Szeryng, violino
Pierre Monteux, regente

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Carlinus

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Cello Sonatas 1 – 5

Dois CDs para ninguém colocar defeito. Todo aquele mundo mágico de sensibilidade e razões humanizantes a se juntarem. Ouvir Beethoven é acercar-se de uma experiência, de um enlevo, que nos permite construir uma ponte sobre o abismo do mistério, que é existir. A música soa como um badalo que traz as cores do arco-íris e nos faz verbalizar razões sonhadoras. Beethoven nos faz entender que a vida é dura, é trágica, mas vale a pena ser vivida. Não é sábio despediçá-la. É preciso agarrar-se a cada fiapo que ela revela e nos oferece. Convido-o a ouvir estes dois belos CDs com as obras para violoncelo e piano do mestre Beethoven. Em Beethoven podemos encontrar paixão, heroísmo, angústia, humor, alegria, todos os altos ingredientes de uma grande experiência espiritual verdadeira. Vá direto, por exemplo, ao primeiro movimento da sonata número 2 encontrada no primeiro CD. Isso corrobora com o que estou falando. Boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Cello Sonatas 1 – 5

DISCO 1

Sonata No.1 in F major, op.5 no.1
1. Adagio sostenuto
2. Allegro
3. Rondo- Allegro vivace

Sonata No.2 in G minor, op.5 no.2
4. Adagio sostenuto e espressivo
5. Allegro molto e piu tosto presto
6. Rondo- Allegro

DISCO 2

Sonata No.3 in A major, op.69
o1. Allegro ma non tanto
o2. Scherzo- Allegro molto
o3. Adagio cantabile
o4. Allegro vivace

Sonata No.4 in C major, op.102 no.1
o5. I. Andante
o6. II. Allegro vivace
o7. III. Adagio
o8. IV. Tempo d’andante
09. V. Allegro vivace

Sonata No.5 in D major, op.102 no.2
10. Allegro con brio
11. Adagio con molto sentimento d’affetto
12. Allegro

Lynn Harrell, cello
Vladimir Ashkenazy, piano

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