Anton Bruckner (1824-1896) – Sinfonia n º 3 em D menor e Richard Strauss (1864-1949) – Serenata para 13 instrumentos de sopro, op. 7


Quando pensamos em obras sinfônicas é impossível não lembrar os trabalhos de Anton Bruckner. O compositor austríaco foi um fenômeno nesse sentido, assim como o foi Gustav Mahler. Bruckner colocou em seus trabalhos a própria existência; a sua visão de mundo; suas disposições espirituais; suas crenças, desejos e esperanças. Sua Sinfonia número 3 não é um dos seus grandes trabalhos, mas mesmo não o sendo, impressiona pela linguagem caudalosa. O compositor a escreveu em homenagem a Richard Wagner, alguém a quem muito admirava. Penso que os trabalhos grandiosos de Bruckner se iniciam a partir da Quarta Sinfonia – um trabalho capaz de nos furtar o fôlego. Neste disco, temos além de Bruckner, o compositor – também – de tradição wagneriana, Richard Strauss. A regência fica a cargo do excelente Gennadi Rozhdestvensky. Uma boa apreciação!

Anton Bruckner (1824-1896) – 

Sinfonia n º 3 em D menor
01. I. mäßig bewegt
02. II. Adagio (etwas bewegt) quase andante – Andante
03. III. Scherzo. Ziemlich schnell
04. IV. Finale. Allegro

Richard Strauss (1864-1949) – 

Serenata para 13 instrumentos de sopro, op. 7
5. Serenata para 13 instrumentos de sopro, op. 7

Grand Symphony Orchestra of Radio and Television
Gennadi Rozhdestvensky, regente

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Carlinus

Alban Berg (1885-1935): Concerto para violino “À Memória de um Anjo”, Concerto de câmara e Três peças orquestrais

Alban Berg (1885-1935): Concerto para violino “À Memória de um Anjo”, Concerto de câmara e Três peças orquestrais

Link revalidado por PQP

Esse CD, fora de série, tava há mais de um ano pedindo pra ser postado, mas não eu queria sair do repertório nacional e das Américas. Chegou a um ponto que não aguentei mais ficar com ele guardado comigo. Aproveitem porque são interpretações de alto nível de “ambas as três” peças.

***

Berg: Chamber Concerto; Three Orchestral Pieces, Op. 6; Violin Concerto

1. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/I. Thema scherzoso con Variazioni – Motto
2. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/Thema scherzoso
listen
3. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/Variation I
4. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/Variation II (langsames Walzertempo)
5. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/Variation III (kräftig bewegt)
6. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/Variation IV (sehr rasch)
7. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/Variation V (Tempo primo)
8. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/II. Adagio (Instrumental)
9. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/III. Rondo ritmico con Introduzione (Cadenza) – Introduzione
10. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/Rondo ritmico
11. Chamber Concerto for Violin, Piano & 13 Wind Instruments/Coda

12. Three Pieces for Orchestra, Op. 6/I. Präludium
13. Three Pieces for Orchestra, Op. 6/II. Reigen
14. Three Pieces for Orchestra, Op. 6/III. Marsch

15. Concerto for Violin and Orchestra (To the Memory of an Angel)/I. Andante, Allegretto
16. Concerto for Violin and Orchestra (To the Memory of an Angel)/II. Allegro, Adagio

Chamber Concerto, for piano, violin, and 13 wind instruments
with Saschko Gawriloff, Daniel Barenboim

Violin Concerto
with Pinchas Zukerman

All pieces
Performed by London Symphony Orchestra
Conducted by Pierre Boulez

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Eu sou humilde, mas faço  música tão bem ou melhor que o Schoenberg...
Eu sou humilde, mas faço música tão bem ou melhor que o Schoenberg, viu?

CVL

William Russo (1928-2003): 3 Pieces for Blues Band and Orchestra – Street Music – Gershwin (1898-1937): An American in Paris / Ozawa, Siegel-Schwall

Seiji Ozawa San Francisco Symphony Bill Russo Street Music + Three Pieces Gershwin An American in ParisO vigor e atualidade do blues não cessam de me fascinar. Faz 45 anos que Seiji Ozawa e a banda Siegel-Schwall estrearam as Três Peças para Blues Band e Orquestra Sinfônica de Bill Russo – e 40 que a Deutsche Grammophon as lançou num vinil com capa como à esquerda, embora sem o “blues concerto” Street Music do próprio Russo, e com as Danças Sinfônicas de West Side Story, de Bernstein, no lugar do “Americano em Paris” de Gershwin.

Foi naquele vinil que o Monge Ranulfus, então adolescente, entrou pela primeira vez em contato com esse gênero de som, com impacto só comparável a, na mesma época, o das Vésperas de Monteverdi: embora separadas por uns 360 anos, as duas obras representaram a descoberta de inteiros universos sonoros “novos”, luxuriantes, viciantes, hallucinantes.

Outra coisa que me impressiona até hoje é a consistência da síntese de tradições alcançada por esse Russo estadunidense: não se trata de blues edulcorados, melecados, por violininhos de salão – nem naufragados naquelas massas sinfônicas que mais parecem tropas de ocupação anglogermânicas: temos é uma orquestra sinfônica autêntica, e isso para os padrões do ousado século XX, dialogando com um som de blues também autêntico, numa alegria de compadres chegados e brincalhões mas que acalentam um baita respeito mútuo.

Bom, não sei se é todo mundo que acompanha essa viagem: meu pai, grande ouvinte de Bach e Beethoven, para quem Ravel parecia o limite do moderno suportável, me pegou ouvindo os gemidos da “blues harp” com lágrimas nos olhos e perguntou: “que Katzenjammer é essa?” (choradeira de gatos) – e ainda agora, ao preparar esta postagem, um amigo confessou que ao chegar à minha porta esteve a ponto de perguntar, a sério: “você agora tem gato?”… (Blues harp é apelido para gaita de boca, ou harmônica – estranhamente, pois não é de cordas, mas com força poética – não duvido que relacionado às harpas que os hebreus penduravam nos salgueiros junto aos rios de Babilônia para lamentar seu exílio, segundo o famoso salmo que acabou emprestando também ao salgueiro o apelido de “chorão”).

Já o American in Paris, de 1928, é um registro de sensações de Gershwin dos tempos que passou por lá bicando aulas de Nadia Boulanger e Ravel, entre outros – sua terceira obra sinfônica, depois do Concerto em Fá (1925) e da Rhapsody in Blue (1924) – ou talvez primeira ou segunda, já que pelo menos a rapsódia foi orquestrada por Ferde Grofé. Legalzinha – mas é a mesma sonoridade orquestral que ainda predominava no rádio nos primeiros anos de vida do Monge Ranulfus, de modo que nunca lhe chegou a soar como descoberta de universo novo. Gershwin inovou, renovou, mas não transgrediu. Russo, eu acho que sim. Como Monteverdi.

Vai aí pra vocês uma palhinha da terceira das “Três Peças para Blues Band…”, com Corky Siegel na gaita mas com outro regente. Aliás, eu se fosse vocês ouviria primeiro essa obra (faixas 5-6-7): a outra, Street Music (faixas 1 a 4) tem sua força, mas não me parece ter a mesma unidade das Três Peças. (Paradoxo? Uai, se a religião pode, porque nós não podemos descobrir unidade no três?!)

William Russo: Street Music – a blues concerto
. . Corky Siegel: gaita (harmonica) e piano
. . faixas 1-2-3-4
William Russo: Three Pieces for Blues Band and Symphony Orchestra
. . Corky Siegel: gaita (harmonica) e piano
. . Jim Schwall, violão eletrificado (blues guitar)
. . faixas 5-6-7
George Gershwin: An American in Paris
. . faixa 8
San Francisco Symphony Orchestra
Seiji Ozawa, regente

Tá, mas vocês querem BAIXAR, fazer DOWNLOAD, né?
Desta vez tem opção entre  MP3  –  FLAC

Ranulfus

Claude Debussy (1862-1918): Prélude à l’après-midi d’un Faune / Béla Bartok (1881-1945): Música para Cordas, Percussão e Celesta / Igor Stravinsky (1882-1971): Agon

Link revalidado por PQP. É a primeira postagem do Carlinus. Então, ele fez uma pequena apresentação e tals.

Faço aqui a minha primeira postagem e começarei inclemente. Simplesmente, derrubando a porta. O primeiro post é em homenagem ao PQP que muito aprecia Bartok e, sobretudo, Yevgeny Mravinsky. Nas duas últimas semanas, eu escutei, com certa prioridade, peças de Bela Bartok. É como é bom descobri-lo. Bartok é instigante. A princípio amedronta. Com certa gradação e paciência, por fim, conseguimos chegar àquele momento em que ele se torna necessário. Essa é a lógica para aqueles que querem se aventurar no seu mundo. Hoje à tarde ao ouvir este CD, que me falta adjetivos para caracterizá-lo, eu fui imediatamente forçado, coagido, a postá-lo. Reune um time extraordinário – Debussy, Bartok e Stravinsky e sedimentando, conectando, tudo isso, Yevgeny Mravinsky. A “Música para cordas, percussão e celesta” de Bartok é uma das coisas mais fabulosas e assustadoras que já ouvir na minha vida. Não há como não se render ao gênio de Bartok. Mravinsky conduz com a autoridade, ao meu modo de ver, de maior regente do século XX este indescritível CD. Há CDs que direcionamos uma atenção demasiada e esse é um que se encaixa nesse quesito. Não hesite em ouvir. Boa contemplação espantada!

Claude Debussy (1862-1918) – Prelude a l’ ‘Apres-midi d’un faun’
01. Prelude a l’ ‘Apres-midi d’un faun’

Béla Bartok (1881-1945) – Music for string instruments, percussion and celesta, Sz. 106
02. I. Andante tranquillo
03. II. Allegro
04. III. Adagio
05. IV. Allegro molto

Igor Stravinsky (1882-1971) – Agon, ballet for twelve dancers
06. Pas de Quatre
07. Double Pas de Quatre (8 female dancers)
08. Triple Pas de Quatre (8 female dancers and 4 male dancers)
09. Prelude
10. Saraband-step (male dance solo)
11. Gaillliarde (2 female dancers)
12. Coda (1 male and 2 female dancers)
13. Interlude
14. Bransle simple (2 male dancers)
15. Bransle Gay (1 female dancer)
16. Bransle Double (2 male and 1female dancers)
17. Interlude
18. Pas de deux (male dancer and female dancer)
19. Coda
20. Four duos (male and female dancers)
21. Four trios (male and 2 female dancers)
22. Coda (all the dancers)

Leningrad Philharmonic Orchestra
Yevgeny Mravinsky, regente

Recorded live at concerts in Great Hall of Moscow Philharmonics, February, 1965 (1-5), in Great Hall of Leningrad Philharmonics, October 30th, 1968, (6-22)

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Carlinus

Arnold Schoenberg (1874 – 1951): Verklärte Nacht, Pelleas und Melisande

Link revalidado por PQP.

Verklärte Nacht (Noite Transfigurada), escrita em 1899 para um sexteto de cordas, foi um dos raríssimos sucessos que Schoenberg teve em vida. Já velho, quando vivia nos Estados Unidos, ficou surpreso e felicíssimo em perceber que um taxista ouvia sua música no rádio. Ao contrário de suas obras do período atonal, Noite transfigurada é apaixonante logo na primeira audição. O tema da obra é curioso: um casal se encontra numa noite de lua cheia, e no meio do pega-pega a moça revela, arrependida, que está grávida de outro homem. “Não importa” diz o rapaz, “vou cuidar da criança como se fosse minha e viveremos para sempre felizes”. A presente versão que vamos ouvir é uma transcrição feita pelo próprio compositor em 1917 para orquestra de cordas e revista em 1943. Devo confessar que Schoenberg fez certo, pois a orquestra dá mais dramaticidade à obra. Como a composição foi influenciada por Wagner e Brahms, eu diria que a versão para orquestra está para Wagner, assim como o sexteto está para Brahms. E como Karajan foi um perfeito condutor de Wagner, esta gravação é obrigatória. Até os maiores detratores de Schoenberg caem de amor por esta obra.

Pelleas und Melisande, Op. 5, escrita três anos depois, não teve o mesmo sucesso. A obra é tonal, mas tão intrincada, complexa e densa que praticamente sufoca o ouvinte. A peça é um poema sinfônico de Richard Strauss elevado a 10. Dizem alguns especialistas que Schoenberg “exagerou” no empenho de criar algo novo, mas como é recompensador. Em certos momentos eu chego a pular da cadeira: “Isso”. O problema é que o “isso” não é tão freqüente. Novamente, não há melhor defensor da obra que o general Karajan e sua filarmônica de Berlim.

Arnold Schoenberg (1874 – 1951): Verklärte Nacht, Pelleas und Melisande

1. Verklärte Nacht, Op.4 – Arr. String Orch. (second vers. 1943) – 1. Grave
2. Verklärte Nacht, Op.4 – Arr. String Orch. (second vers. 1943) – 2. Molto rallentando
3. Verklärte Nacht, Op.4 – Arr. String Orch. (second vers. 1943) – 3. Pesante
4. Verklärte Nacht, Op.4 – Arr. String Orch. (second vers. 1943) – 4. Adagio
5. Verklärte Nacht, Op.4 – Arr. String Orch. (second vers. 1943) – 5. Adagio
6. Pelleas und Melisande op.5 – Die Achtel ein wenig bewegt
7. Pelleas und Melisande op.5 – Heftig
8. Pelleas und Melisande op.5 – Ciff. 9: Lebhaft
9. Pelleas und Melisande op.5 – Ciff. 16: Sehr rasch
10. Pelleas und Melisande op.5 – Ciff. 33: Ein wenig bewegt
11. Pelleas und Melisande op.5 – Ciff. 36: Langsam
12. Pelleas und Melisande op.5 – Ciff. 43: Ein wenig bewegter
13. Pelleas und Melisande op.5 – Ciff. 50: Sehr langsam
14. Pelleas und Melisande op.5 – Ciff. 55: Etwas bewegt
15. Pelleas und Melisande op.5 – Ciff. 59: In gehender Bewegung
16. Pelleas und Melisande op.5 – Ciff. 62: Breit

Berlin Philharmonic Orchestra
Conducted by Herbert von Karajan

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

fsf
“Vou cuidar da criança como se fosse minha e viveremos para sempre felizes”. É isso aí, tem que assumir!

CDF

Edgard Varèse (1883-1963): The Complete Orchestral Works – Link revalidado pois…

… PQP Bach ama este CD. Com a palavra, CDF Bach.

Observação: este post recebeu uma substancial “reforma” no dia de hoje. O comentarista Karyttus nos enviou este CD duplo em 320 kbps — a versão anterior trazia links de arquivos de 192 kbps. Sugerimos aos nossos fiéis e infiéis visitantes que baixem novamente este extraordinário trabalho.

Quem foi o pai da música moderna? Schoenberg, Stravinsky ou Varèse? Alguns dizem que Schoenberg estava muito preso ao romantismo, por isso não mereceria esse título (haja vista o famoso e polêmico artigo de Boulez, “Schoenberg morreu”), e que Stravinsky abandonou o posto, logo cedo, para vagar no neo-classicismo. Já Varese sim, esse foi aquele cuja música nunca chegou perto dos séculos anteriores. “Moderno” até as raízes. Bem, eu não acho que seja assim. Quem ouviu os dois últimos quartetos de Schoenberg sabe que aquela música não tem nada de romântica, assim como outros exemplos que devo colocar nesse site. E quem acha que Stravinsky recuou, tá muito enganado. O homem olhava para o passado para escrever música nova. Vários compositores importantes foram influenciados pelo neo-classicismo de Stravinsky. Nas suas últimas fases de composição Stravinsky escrevia música atonal à la Webern, até abandonar e escrever outra coisa. Então pela a influência que os três compositores tiveram no século XX, eu diria que a música moderna é filha de três pais, sobrinha de Webern e neta de Debussy. Mas não há dúvida que os traços dessa “moça” são mais parecidos com Varèse.

Vejam um exemplo: Amériques. Composição para grande orquestra feita no início da década de 1920. Só a seção de percussão tem 10 músicos tocando 21 instrumentos. É uma versão extrapolada da sagração da primavera de Stravinsky. Veremos que essa busca por novas sonoridades é o que caracteriza a personalidade do compositor. Por isso, depois de ter escrito obras fantásticas para orquestra, como a mais famosa Arcana ou apenas para um grupo de 13 percussionistas chamada de Ionisation (1931), Varèse passou um longo período parado. Esperava algo que o motivasse, uma sonoridade nova.

Com o aparecimento das fitas magnéticas para gravação e os equipamentos eletrônicos que iam surgindo (Varèse sempre teve bons amigos cientistas) novos timbres foram criados. Nascia a música eletrônica. A mais fascinante obra desse período é Deserts para orquestra e fita cassete. Lembra muito o filme Terminator 2, nas cenas que se passam no futuro. É assombroso. Já Poème èlectronique (1958) precisa de uma pessoa para apertar o botão e rodar a fita.

Muitos dizem que a música eletrônica é fria. Não penso assim, quem ficou dias e dias construindo aquele som foi um ser-humano criativo em busca de novas possibilidades. O processo é similar ao desenvolvimento de instrumentos clássicos, como no caso do aperfeiçoamento do piano. Enfim apenas um meio para criação.

A gravação do Chailly é célebre e premiada, mas imperfeita. Deserts neste disco, por exemplo, é sofrível e nem merece ser ouvido. A melhor versão dessa obra é aquela da gravadora Naxos (talvez eu coloque aqui). O que há de melhor neste cd são as grandes obras orquestrais com a Royal Concertgebouw a todo vapor, com especial atenção a Amériques e Arcana.

As obras anteriores à Amèrique foram queimadas, sobrevivendo uma singela canção esquecível – Un grand sommeil noir.

Edgard Varèse (1883-1963): The Complete Orchestral Works

Disco 1:

1. Tuning up
2. Amériques
3. Poème Electronique
4. Arcana
5. Nocturnal
6. Un grand sommeil noir

Disco 2:

1. Un grand sommeil noir – Version for voice & piano
2-3. Offrandes
4. Hyperprism
5-7. Octandre
8. Intégrales
9. Ecuatorial
10. Ionisation
11. Density 21.5
12-18. Déserts
19. Dance for Burgess

Performed by Royal Concertgebouw Orchestra
Conducted by Riccardo Chailly

BAIXE O CD1 AQUI — DOWNLOAD CD1 HERE

BAIXE O CD2 AQUI — DOWNLOAD CD2 HERE

safsad
Edgard Varèse: pensaram que iam se livrar de mim?

CDF Bach

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – The Well-Tempered Clavier – vols. 1 & 2 (Links restaurados)

Postado inicialmente em 1 de maio de 2012.

Como queria muito que este CD quadrúplo viesse ao ar ainda hoje, resolvi finalizar o post agora. Estou meio sem tempo para escrever, por isso, peguei um trecho da wikipédia. “O Cravo bem Temperado é uma das obras musicais mais importantes da música ocidental, de grande envergadura, profundidade, diversidade musical, estética e psicológica e de grande complexidade que demonstrou tanto tecnicamente como por meio de sua grandiosidade, o potencial musical dos temperamentos musicais circulares. Tais temperamentos, permitiram infinitas modulações em tonalidades bastante diferentes, estabelecendo a base harmônica da música clássica de Bach em diante. Embora a obra de Bach não fosse a primeira composição pan-tonal (utilizando todas as tonalidades), de longe foi a mais influente. Beethoven, que fazia das modulações remotas o núcleo de sua música, foi tremendamente influenciado por O Cravo Bem Temperado, desde sua juventude quando a interpertação de peças dos dois volumes de Bach, em concertos, foi em parte responsável por sua fama e reputação. A possibilidade de modular até regiões harmônicamente remotas e, portanto, de criar efeitos psicológicos e estéticos que foi amplamente desenvolvida no período romântico e pós romântico, finalmente levou à dissolução do próprio sistema tonal na obra de Schoenberg e outros compositores atonais do início do século XX.Além do uso de todas as tonalidades, O Cravo Bem Temperado também é único quanto à grande variedade de técnicas e modos de expressão utilizados por Bach nas fugas. Nenhum outro compositor produziu obras tão ponderosas e características na forma de fuga que freqüentemetne foram consideradas exercícios teóricos. Muitos compositores posteriores estudaram a obra de Bach para melhorar sua própria escrita da forma fuga. Até mesmo Verdi achou-a útil para seu último trabalho, ao ópera Falstaff. A primeira gravação integral do Cravo bem Temperado foi feita por Edwin Fischer entre 1933 e 1936”.Não deixe de ouvir. Boa apreciação!

Johann Sebastian Bach (1865-1750) – The Well-Tempered Clavier – vols. 1 & 2

DISCO 01

01 Book I, BWV 856-860 – Nr. 1 Prelude in C-Dur
02 Book I, BWV 856-860 – Nr. 1 Fuge in C-Dur
03 Book I, BWV 856-860 – Nr. 2 Prelude in C-Moll
04 Book I, BWV 856-860 – Nr. 2 Fuge in C-Moll
05 Book I, BWV 856-860 – Nr. 3 Prelude in Cis-Dur
06 Book I, BWV 856-860 – Nr. 3 Fuge in Cis-Dur
07 Book I, BWV 856-860 – Nr. 4 Prelude in Cis-Moll
08 Book I, BWV 856-860 – Nr. 4 Fuge in Cis-Moll
09 Book I, BWV 856-860 – Nr. 5 Prelude in D-Dur
10 Book I, BWV 856-860 – Nr. 5 Fuge in D-Dur
11 Book I, BWV 856-860 – Nr. 6 Prelude in D-Moll
12 Book I, BWV 856-860 – Nr. 6 Fuge in D-Moll
13 Book I, BWV 856-860 – Nr. 7 Prelude in Es-Dur
14 Book I, BWV 856-860 – Nr. 7 Fuge in Es-Dur
15 Book I, BWV 856-860 – Nr. 8 Prelude in Es-Moll
16 Book I, BWV 856-860 – Nr. 8 Fuge in Es-Moll
17 Book I, BWV 856-860 – Nr. 9 Prelude in E-Dur
18 Book I, BWV 856-860 – Nr. 9 Fuge in E-dur
19 Book I, BWV 856-860 – Nr. 10 Prelude in E-Moll
20 Book I, BWV 856-860 – Nr. 10 Fuge in E-Moll
21 Book I, BWV 856-860 – Nr. 11 Prelude in F-Dur
22 Book I, BWV 856-860 – Nr. 11 Fuge in F-Dur
23 Book I, BWV 856-860 – Nr. 12 Prelude in F-Moll
24 Book I, BWV 856-860 – Nr. 12 Fuge in F-Moll
25 Book I, BWV 856-860 – Nr. 13 Prelude in Fis-Dur
26 Book I, BWV 856-860 – Nr. 13 Fuge in Fis-Dur
27 Book I, BWV 856-860 – Nr. 14 Prelude in Fis-Moll
28 Book I, BWV 856-860 – Nr. 14 Fuge in Fis-Moll
29 Book I, BWV 856-860 – Nr. 15 Prelude in G-Dur
30 Book I, BWV 856-860 – Nr. 15 Fuge in G-Dur

DISCO 02

01 Book I, BWV 861-869 – Nr. 1 Prelude in C-DurNr. 16 Prelude in G-Moll
02 Book I, BWV 861-869 – Nr. 16 Fuge in G-Moll
03 Book I, BWV 861-869 – Nr. 17 Prelude in As-Dur
04 Book I, BWV 861-869 – Nr. 17 Fuge in As-Dur
05 Book I, BWV 861-869 – Nr. 18 Prelude Gis-Moll
06 Book I, BWV 861-869 – Nr. 18 Fuge in Gis-Moll
07 Book I, BWV 861-869 – Nr. 19 Prelude in A-Dur
08 Book I, BWV 861-869 – Nr. 19 Fuge in A-Dur
09 Book I, BWV 861-869 – Nr. 20 Prelude in A-Moll
10 Book I, BWV 861-869 – Nr. 20 Fuge in A-Moll
11 Book I, BWV 861-869 – Nr. 21 Prelude in B-Dur
12 Book I, BWV 861-869 – Nr. 21 Fuge in B-Dur
13 Book I, BWV 861-869 – Nr. 22 Prelude in B-Moll
14 Book I, BWV 861-869 – Nr. 22 Fuge in B-Moll
15 Book I, BWV 861-869 – Nr. 23 Prelude in H-Dur
16 Book I, BWV 861-869 – Nr. 23 Fuge in H-Dur
17 Book I, BWV 861-869 – Nr. 24 Prelude in H-Mull
18 Book I, BWV 861-869 – Nr. 24 Fuge in H-Moll
19 Book II, BWV 870-872 – Nr. 1 Prelude in C-Dur
20 Book II, BWV 870-872 – Nr. 1 Fuge in C-Dur
21 Book II, BWV 870-872 – Nr. 2 Prelude in C-Moll
22 Book II, BWV 870-872 – Nr. 2 Fuge in C-Moll
23 Book II, BWV 870-872 – Nr. 3 Prelude in Cis-Dur
24 Book II, BWV 870-872 – Nr. 3 Fuge in Cis-Dur

DISCO 03

01 Book II, BWV 873-883 – Nr. 4 Prelude in Cis-Moll
02 Book II, BWV 873-883 – Nr. 4 Fuge in Cis-Moll
03 Book II, BWV 873-883 – Nr. 5 Prelude in D-Dur
04 Book II, BWV 873-883 – Nr. 5 Fuge in D-Dur
05 Book II, BWV 873-883 – Nr. 6 Prelude in D-Moll
06 Book II, BWV 873-883 – Nr. 6 Fuge in D-Moll
07 Book II, BWV 873-883 – Nr. 7 Prelude in Es-Dur
08 Book II, BWV 873-883 – Nr. 7 fuge in Es-Dur
09 Book II, BWV 873-883 – Nr. 8 Prelude in Dis-Moll
10 Book II, BWV 873-883 – Nr. 8 Fuge in Dis-Moll
11 Book II, BWV 873-883 – Nr. 9 Prelude in E-Dur
12 Book II, BWV 873-883 – Nr. 9 Fuge in E-Dur
13 Book II, BWV 873-883 – Nr. 10 Prelude in E-Moll
14 Book II, BWV 873-883 – Nr. 10 Fuge in E-Moll
15 Book II, BWV 873-883 – Nr. 11 Prelude in F-Dur
16 Book II, BWV 873-883 – Nr. 11 Fuge in F-Dur
17 Book II, BWV 873-883 – Nr. 12 Prelude in F-Moll
18 Book II, BWV 873-883 – Nr. 12 Fuge in F-Moll
19 Book II, BWV 873-883 – Nr. 13 Prelude in Fis-Dur
20 Book II, BWV 873-883 – Nr. 13 Fuge in Fis-Dur
21 Book II, BWV 873-883 – Nr. 14 Prelude in Fis-Moll
22 Book II, BWV 873-883 – Nr. 14 Fuge in Fis-Moll

DISCO 04

01 Book II, BWV 884-893 – Nr. 15 Prelude in G-Dur
02 Book II, BWV 884-893 – Nr. 15 Fuge in G-Dur
03 Book II, BWV 884-893 – Nr. 16 Prelude in G-Moll
04 Book II, BWV 884-893 – Nr. 16 Fuge in G-Moll
05 Book II, BWV 884-893 – Nr. 17 Prelude in As-Dur
06 Book II, BWV 884-893 – Nr. 17 Fuge in As-Dur
07 Book II, BWV 884-893 – Nr. 18 Prelude in Gis-Dur
08 Book II, BWV 884-893 – Nr. 18 Fuge in Gis-Dur
09 Book II, BWV 884-893 – Nr. 19 Prelude in A-Dur
10 Book II, BWV 884-893 – Nr. 19 Fuge in A-Dur
11 Book II, BWV 884-893 – Nr. 20 Prelude in A-Moll
12 Book II, BWV 884-893 – Nr. 20 Fuge in A-Moll
13 Book II, BWV 884-893 – Nr. 21 Prelude in B-Dur
14 Book II, BWV 884-893 – Nr. 21 Fuge in B-dur
15 Book II, BWV 884-893 – Nr. 22 Prelude in B-Moll
16 Book II, BWV 884-893 – Nr. 22 Fuge in B-Moll
17 Book II, BWV 884-893 – Nr. 23 Prelude in H-Dur
18 Book II, BWV 884-893 – Nr. 23 Fuge in H-Dur
19 Book II, BWV 884-893 – Nr. 24 Prelude in H-Moll
20 Book II, BWV 884-893 – Nr. 24 Fuge in H-Moll

Friedrich Gulda, piano

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(Revalidado pelo Carlinus)

J. S. Bach (1685-1750) & F. F. Chopin (1810-1849): Os Prelúdios [link atualizado 2017]

Este disco duplo em versão vinil, abriu-me as portas para os Prelúdios de Bach e Chopin. Apesar de gostar muito desse álbum, demorei bastante a procurá-lo pela rede. Nesses últimos dias, lembrei dele por causa do aniversário de Chopin e comecei a “cascaviar” por aí. Encontrei o vinil em vários sites de vendas, mas nada de encontrar pra baixar, porém não desisti e continuei a busca, e pra minha surpresa, mas com uma capa bem diferente da versão em vinil, encontrei-o em cd, num desses famosos sites de vendas de novos e usados, e pra tudo ficar mais perfeito ainda, o vendedor morava na minha cidade. Dei o lance imeditamente, contactei o vendedor no mesmo instante e foi só ir buscar o disco, novíssimo e lacradinho. E para o deleite de todos, estou aqui compartilhando a minha mais nova aquisição.

A sequência lógica e meticulosamente pensada com que estes prelúdios são executados, dá um brilho diferente e mostra através desse gênero musical, a genialidade de dois compositores de estilos e épocas tão diferentes, mas que musicalmente se encaixam de forma espetacular obtendo uma incrível unidade harmônica. Não precisei nem escutar muitas vezes para me acostumar com a ideia, quase inevitável e natural, de uma peça “puxando” a outra, como se elas se completassem numa cadência perfeita.

O fato da gravação ser ao vivo e podermos ouvir tosses e outros ruídos desagradáveis, não tiram o brilhantismo do cd, pois a grande ideia do encontro e o virtuosismo dos dois renomados intérpretes brasileiros, compensam todos os pontos negativos que talvez possamos identificar na gravação desse histórico concerto ocorrido em 19 de setembro de 1981 na cidade de Nova York.

Usando o, já famoso, jargão do nosso maior colaborar e dono do blog, PQP Bach…
…este é um cd IM-PER-DÍ-VEL!

.oOo.

Bach & Chopin: Os Prelúdios

Disco 1
01 Bach: Nº 1 em Dó Maior / Chopin: Nº 1 em Dó Maior (4:14)
02 Chopin: Nº 20 em Dó Menor / Bach: Nº 2 em Dó Menor (3:08)
03 Bach: Nº 9 em Mi Maior / Chopin: Nº 9 em Mi Maior (3:17)
04 Chopin: Nº 8 em Fá Sustenido Menor / Bach: Nº 14 em Fá Sustenido Menor (2:45)
05 Bach: Nº 19 em Lá Maior / Chopin: Nº 7 em Lá Maior (2:13)
06 Chopin: Nº 2 em Lá Menor / Bach: Nº 20 em Lá Menor (2:59)
07 Bach: Nº 21 em Si Bemol Maior / Chopin: Nº 21 em Si Bemol Maior (3:28)
08 Chopin: Nº 4 em Mi Menor / Bach: Nº 10 em Mi Menor (4:50)
09 Bach: Nº 13 em Fá Sustenido Maior / Chopin: Nº 13 em Fá Sustenido Maior (6:04)
10 Chopin: Nº 22 em Sol Menor / Bach: Nº 16 em Sol Menor (3:11)
11 Bach: Nº 17 em Lá Bemol Maior / Chopin: Nº 17 em Lá Bemol Maior (4:36)
12 Bach: Nº 12 em Fá Menor / Chopin: Nº 18 em Fá Menor (3:17)

Disco 2

01 Bach: Nº 7 em Mi Bemol Maior / Chopin: Nº 19 em Mi Bemol Maior (6:44)
02 Chopin: Nº 14 em Mi Bemol Menor / Bach: Nº 8 em Mi Bemol Menor (5:24)
03 Bach: Nº 3 em Dó Sustenido Maior / Chopin: Nº 15 em Ré Bemol Maior (7:29)
04 Chopin: Nº 10 em Dó Sustenido Menor / Bach: Nº 4 em Dó Sustenido Menor (3:34)
05 Bach: Nº 5 em Ré Maior / Chopin: Nº 5 em Ré Maior (1:35)
06 Chopin: Nº 12 em Sol Sustenido Menor / Bach: Nº 18 em Sol Sustenido Menor (2:48)
07 Bach: Nº 15 em Sol Maior / Chopin: Nº 3 em Sol Maior (1:45)
08 Chopin: Nº 16 em Si Bemol Menor / Bach: Nº 22 em Si Bemol Menor (4:03)
09 Bach: Nº 23 em Si Maior / Chopin: Nº 10 em Si Maior (2:00)
10 Chopin: Nº 6 em Si Menor / Bach: Nº 24 em Si Menor (4:54)
11 Bach: Nº 11 em Fá Maior / Chopin: Nº 23 em Fá Maior (2:11)
12 Bach: Nº 6 em Ré Menor / Chopin: Nº 24 em Ré Menor (4:20)

Pianos:

Bach: João Carlos Martins
Chopin: Arthur Moreira Lima

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – Dois discos

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Marcelo Stravinsky
Repostado por Gabriel della Clarinet
Trepostado por PQP
Tetrapostado por Bisnaga

Gustav Mahler (1860-1911) – Sinfonia No. 4 em G e Sinfonia No. 5 em Dó Sustenido Menor (Revalidação)

Postado originalmente em 1 de maio de 2010.

Quarta Sinfonia: Muitos biógrafos e musicólogos ainda incluem nesta fase [dos pensamentos profundos sobre a existência humana, o sofrimento e a salvação] a sua Quarta Sinfonia, por ela ainda manter inspiração nos textos do Knaben Wunderhorn, e por seu último movimento ter sido pensado originalmente para o final da Terceira. Mas são universos já bastante distintos, apesar das semelhanças físicas, pois, ao contrário das anteriores, sua Quarta Sinfonia é uma das mais simples e objetivas. Talvez já tendo esgotado os recursos grandiloqüentes da Segunda e Terceira, Mahler procurou nesta a extrema simplicidade, pureza de timbres e de temas, síntese de idéias e evitando os efeitos de massa instrumental das sinfonias precedentes. Com isso conseguiu apurar ainda mais sua técnica de composição, mas ainda aproveitou a voz humana no último movimento, com um texto do Wunderhorn sobre as impressões de uma criança no Paraíso. Um final extremamente simples, mas também muito significativo na obra de Mahler, que prima pelo discurso claro, de transparência cristalina, mas cuja riqueza de idéias e de temas nada fica a dever às Sinfonias anteriores.

Quinta Sinfonia: As três sinfonias que se sucederam são puramente instrumentais, e Mahler inaugura com elas um novo ciclo, mais “musical”, sem interferências de textos e narrativas extra-musicais. Mas, apesar disso, são sinfonias que não abandonam as intenções filosóficas, apenas as deixa mais subjetivas. Sua Quinta Sinfonia é a mais conhecida e também a mais importante, obra divisora de águas, em que Mahler busca uma fusão de suas convicções pessoais com sua poderosa intuição estética, na tentativa de transformar suas idéias em música pura. Dividida em três partes, ela organiza de uma maneira bastante convicta o que antes aparecia de maneira implícita, ou seja, a narrativa musical saindo do trágico e caminhando para o triunfo. A primeira parte abre com uma marcha fúnebre, seguida de um movimento tempestuoso e enérgico (não sem a indicação da esperança, num tema que depois será retomado com alegria abundante no final), caracterizando o conflito e definindo suas metas. A segunda parte engloba um único movimento, o Scherzo, mais descontraído e musicalmente muito bem arquitetado, como se fortalecendo as bases para a terceira e última parte. Esta inicia com o famoso adagietto, talvez a mais conhecida passagem de Mahler, um movimento escrito apenas para cordas, lento e de beleza incomparável em sua obra. Um grande hino de amor e esperança. O final mescla temas dos movimentos anteriores, mas sempre direcionando-os para a resolução dos conflitos, com passagens simples, quase infantis, concluindo com uma grande explosão de alegria. A Quinta é, para muitos, sua mais característica obra, onde suas idéias musicais e convicções pessoais estão dispostas de maneira mais equilibrada e segura (apesar do próprio Mahler ter revisto várias vezes a partitura e se espantava em verificar erros de orquestração cada vez que fazia uma nova revisão).

Extraído DAQUI

Gustav Mahler (1860-1911) – Sinfonia No. 4 em G

Disco 1

01. I. Bedächtig. Nicht eilen
02. II. In gemächlicher Bewegung. Ohne Hast
03. III. Ruhevoll
04. IV. Das himmlische Leben. Sehr behaglich

Concertgebouw Orchestra
Sylvia Stahlman, soprano
Sir George Solti, regente

Disco 2

Sinfonia No. 5 em Dó Sustenido Menor

01. 1. Trauermarsch
02. 2. Stürmisch bewegt. Mit grösster Vehemenz
03. 3. Scherzo – Kraftig, nicht zu schnell
04. 4. Adagietto – Sehr langsam
05. 5. Rondo – Finale – Allegro

Chicago Symphony Orchestra
Sir Georg Solti, regente

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Carlinus

Favourite Cello Concertos – Haydn, Dvorak, Schumann, Elgar, Tchaikovsky, Saint-Säens (Revalidação)

Postado originalmente em 13 de março de 2011.

Este é um baita CD, daqueles que dispensam comentários. Traz um repertório deveras de peso com obras para cello – Haydn, Dvorak, Elgar, Schumann, Tchaikovsky e Saint-Säens. O músico que nos conduzirá por essa jornada é Mischa Maisky, aluno de Rostropovich e Piatigorsky, dois mestres incontestáveis do instrumento no século XX. Maisky tem se apresentado em várias salas de concerto pelo mundo – Orquestra Nacional Russa, Orquestra de Câmara da Europa, Orquestra Sinfônica de Londres e etc. Gravado ao lado de nomes como Martha Argerich e Gidon Kremer. Sendo assim, não hesite em baixar, pois temos aqui as principais obras que já foram compostas para o instrumento. Uma boa apreciação!

DISCO 01

Joseph Haydn (1732-1809) – Cello Concerto #2 In D, Op. 101, H 7B_2
01. 1. Allegro Moderato
02. 2. Adagio
03. 3. Rondo_ Allegro

Chamber Orchestra of Europe

Antonín Dvorák (1841-1904) – Cello Concerto op. 104
04. 1. Allegro
05. 2. Adagio, Ma Non Troppo
06. 3. Finale_ Allegro Moderato

Israel Philharmonic Orchestra
Leonard Bernstein, regente

From The Bohemian Forest, Op. 68 – Silent Woods
07. From The Bohemian Forest, Op. 68 – Silent Woods

Orchestra de Paris
Semyon Bychkov, regente

DISCO 02

Robert Schumann (1810-1856) – Cello Concerto In A Minor, Op. 129
01. 1. Nicht Zu Schnell
02. 2. Langsam
03. 3. Sehr Lebhaft

Wiener Philharmoniker
Leonard Bernstein, regente

Edward Elgar (1857-1934) – Cello Concerto In E Minor, Op. 85
04. 1. Adagio Moderato
05. 2. Lento, Allegro Molto
06. 3. Adagio
07. 4. Allegro Moderato

Peter Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) – Variations On A Rococo Theme, Op. 33
08. Moderato Semplice
09. Var. #1, Tempo Della Tema
10. Var. #2, Tempo Del Tema
11. Var. #3, Andante Sostenuto
12. Var. #4, Andante Grazioso
13. Var. #5, Allegro Moderato
14. Var. #6, Andante
15. Var. #7, Coda_ Allegro Vivo

Philharmonia Orchestra
Giuseppe Sinopoli, regente

Camille Saint-Saens (1835-1921) – Carnival Of The Animals
16. 14. The Swan

Orchestre de Paris
Semyon Bychkov, regente

Mischa Maisky, violoncelo

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Carlinus

: Claude Debussy – Pierre Boulez conducts Debussy (1862-1918) – Prélude à L' Après-Midi D' Un Faune, Jeux (Poème Dansé), Images Pour Orchestre e Danses (CD 2 de 5)

Postado originalmente em 21 de janeiro de 2011.

Seguindo com as postagens boulezianas: há algumas semanas atrás eu li uma poesia do poeta Manuel Bandeira chamada Debussy. Bandeira é um dos poetas mais brilhantes do Modernismo. Pertence àquela safra de intelectuais pernambucanos na qual se incluem ainda Gilberto Freyre, João Cabral de Melo Neto, Paulo Freire, Nelson Rodrigues, José Condé, entre tantos nomes que abrilhatam a história das ideias e da produção de pensamento no Brasil do século XX. O que me chamou a atenção na poesia denominada Debussy, do autor de um dos livros de poesia que mais gosto, Libertinagem & Estrela da Manhã, foi o quanto ele conseguiu captar o espírito da música debussyana. Acredito que nem mesmo uma tese de doutorado explicite o caráter da música de Debussy como a poesia homônima de Bandeira, de caráter cândido, repleta de cicios e rumores brandos. Assim diz a poesia:

Para cá, para lá…
Para cá, para lá…
Um novelozinho de linha…
Para cá, para lá…
Para cá, para lá…

Oscila no ar pela mão de uma criança…

(Vem e vai…)
Que delicadamente e quase a adormecer o balança
– Psiu…
Para cá, para lá…
Para cá e…
O novelozinho caiu.

Curiosamente, é como se o poema acompanhasse o movimento pendular de alguma coisa. É como se os versos tivessem a velocidade de um metrônomo, que segue um ritmo lógico, matematizado: para cá, para lá… Depois de ter-nos informado que esse para cá, para lá (contínuo como mostram as reticências) é o movimento de um novelozinhoo de linha que oscila no ar pela mão de uma criança que delicadamente e quase a adormecer o balança, o poeta impede nossa manifestação com um psiu ciciante, para que não se acorde a criança que quase dorme. Belíssimo. Isso, de fato, é Debussy. Já vi muitos comentários de pessoas que não simpatizam com o compositor francês justamente por causa dessa atmosfera, desse halo invísivel de sonho etéreo, arrancado da indecisão de dois mundo, de um para cá, para lá… Por exemplo, basta que ouçamos a peça Prélude à L’ Après-Midi D’ Un Faune, para que percebamos essa atmosfera carregada de sugestão, lubricidade, indecisão, eroticidade e tons pictóricos. É como se Debussy pintasse com música os quadros de sonho que pervagavam sua mente. Não deixe de ouvir mais este maravilhoso CD conduzido por Pierre Boulez. Bom deleite!

Claude Debussy (1862-1918) – Prélude à L’ Après-Midi D’ Un Faune, Jeux (Poème Dansé), Images Pour Orchestre e Danses

Prélude à L’ Après-Midi D’ Un Faune
01. Prélude à L’ Après-Midi D’ Un Faune

Jeux (Poème Dansé)
02. Jeux (Poème Dansé)

New Philharmonia Orchestra
Pierre Boulez, regente

Images Pour Orchestre
03. I. Gigues
04. II. Iberia, Par Les Rues Et Par Les Chemins
05. II.Iberia, Les Parfums De La Nuit
06. II.Iberia, Le Matin D’ Un Jour De Fete
07. III. Rondes De Printemps

Danses
08. I. Danse Sacree
09. II. Danse Profane

The Cleveland Orchestra
Pierre Boulez, regente
Alice Chalifoux, harpa

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Carlinus

Claude Debussy – Pierre Boulez conducts Debussy (1862-1918) – La Mer (Trois Esquisses Symphoniques), Nocturnes (Triptyque Symphonique), Printemps e Rhapsodie No. 1 (CD 1 de 5) – Link Revalidado

Postagem realizada originalmente em 30 de dezembro de 2010.

Eu e FDP conversamos e resolvemos “boulezar”. Ou seja, faremos algumas postagens para que se conheça com mais profundidade os trabalhos de Pierre Boulez. FDP inciou os trabalhos com Bartok e eu me resolvi por Debussy. Lá vai, então, o primeiro post. Julgo eu que vai ser um belo presente de início de ano e de despedida de 2010, seguindo mais ou menos as ideias aventadas por CDF. Alguns comentários: La Mer é uma das peças que mais ouvi em minha vida e mais me impressionei. A obra obedece a um programa muito bem montado, o que nos faz construir uma imagem impressionista do mar. É como se a imagem do mar se dissolvesse. O caráter vago, quase étereo, dispersivo da música do compositor francês sempre me chamou a atenção. Um exemplo são os Noturnos. Debussy me seduz. Mas, a obra dele que mais gosto é La Mer, verdadeiramente. Amaral Vieira diz que “em 1903, Claude Debussy escreveu ao seu colega André Messager: ‘Estou trabalhando em três esboços sinfônicos. Talvez não seja de seu conhecimento que eu havia sido destinado à bela profissão de marujo e que somente os acasos da vida desviaram-me de tal propósito. Apesar disso, tive sempre pelo Mar uma sincera paixão’. O tríptico La Mer tornou-se uma das mais conhecidas obras sinfônicas de Debussy. O músico começou a trabalhar nos primeiros esboços de La Mer um ano após a estreia de sua ópera Pélleas et Melisande, encenada em 1902. As primeiras ideias musicais foram escritas na Borgonha, curiosamente bem distante do mar. Em 1904, Debussy instalou-se em Jersey, dando continuidade à elaboração de sua obra sinfônica, mas foi somente em 1905 que a partitura pôde ser completada, após um longo processo criativo. A estreia deu-se em outubro do mesmo ano em Paris nos célebres Concerts Lamoureux, mas o público reagiu com frieza e hostilidade. Os críticos tampouco apreciaram a nova criação, na qual não viam nenhuma relação com o título e censuraram o compositor por ter empregado uma linguagem musical tão diferente daquela de sua ópera. Três anos mais tarde La Mer foi apresentada nos Concerts Colonne, sob a direção do próprio compositor, e obteve estrodoso sucesso, impondo-se desde então como uma das importantes composições do repertório sinfônico. Os três movimentos de La Mer obedecem a um plano de composição extremamente bem definido e equilibrado. Todos os recursos e fantasias orquestrais do Universo de Debussy são aqui utilizados e os títulos indicados pelo compositor ajudam-nos a mergulhar nas imagens marítimas que esta obra-prima suscita”. A obra possui três movimentos: (1) Da madrugada ao meio dia no mar; (2) O movimento das ondas; e (3) Diálogo do vento e do mar. Esta gravação com o Boulez e formidável. Não é a minha preferida. Gosto de uma interpretação feita por Claudio Abbado no Festival de Lucerne. Abbado empregou mais força na interpretação, o que deu um caratér mais pungente e firme à obra. Aparecem ainda neste post Nocturnes, Printemps e Première Rapsodie, Uma boa apreciação!

Claude Debussy (1862-1918) – La Mer (Trois Esquisses Symphoniques), Nocturnes (Triptyque Symphonique), Printemps (Suite Symphonique) e Rhapsodie No. 1 Pour Orchestre Avec Clarinette Principale

La Mer (Trois Esquisses Symphoniques)
01. I. De L’ Aube A Midi Sur La Mer
02. II. Jeux De Vagues
03. III. Dialogue Du Vent Et De La Mer

Nocturnes (Triptyque Symphonique)
04. I. Nuages
05. II. Fetes
06. III. Sirenes

Printemps (Suite Symphonique)
07. I. Tres Modere
08. II. Modere

Rhapsodie No. 1 Pour Orchestre Avec Clarinette Principale
09. Rhapsodie No. 1 Pour Orchestre Avec Clarinette Principale

New Philharmonia Orchestra
Pierre Boulez, regente
John Alldis Choir (4-6)
Gervase de Peyer, clarinete (9)

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Revalidado pelo Carlinus

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – The Musikalisches Opfer, BWV 1079

Este CD estava separado já há alguns dias. Traz uma música espessa e ao mesmo tempo espiritualmente delicada. É a segunda vez que escuto esse disco e fico com uma sensação de que saí de uma sala de sensações turbulentas e que me conduziu a pensar em coisas sérias. Estamos falando de Johann Sebastiam Bach. E quando isso acontece, a certeza que temos é a de que estamos diante de vozes celestiais. É como se o tempo parasse e o momento presente fosse o único espaço. Nem o ontem nem o hoje. Apenas o presente com sua voz aveludada. Passageiros de uma nau que nos leva pelos espaços cósmicos. A natureza deixa de ser um espaço de beligerâncias e se torna um espaço holístico onde tudo se integra. Ora o cravo se une com a flauta; a flauta se une com o violoncelo e o cravo; ora o violino se une com a flauta e com o violino e formam uma espetáculo emudecedor. Novamente: estamos falando da música de Johann Sebastian Bach. O mestre Jordi Savall faz um trabalho notável. Não deixe de ouvir.Uma boa apreciação!

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – The Musikalisches Opfer, BWV 1079

01 – Thema Regium – Traverso Solo
02 – Ricercar A 3 – Clavecin
03 – Canon Perpetuus Super Thema Regium
04 – Canon 1 A 2 (Cancrizans) – Clavecin
05 – Canon 2 A 2 Violini In Unisono
06 – Canon 3 A 2 Per Motum Contrarium
07 – Canon 4 (A) Per Augmentationem, Contrario Motu
08 – Ricercar A 6 – Clavecin
09 – Sonata Sopr’ll Soggetto Reale_ Largo
10 – Sonata Sopr’ll Soggetto Reale_ Allegro
11 – Sonata Sopr’ll Soggetto Reale_ Andante
12 – Sonata Sopr’ll Soggetto Reale_ Allegro
13 – Canon A 2 Quarendo Invenietis (9A) – Clavecin
14 – Canon A 2 Quarendo Invenietis (9B) – Clavecin
15 – Canon 5 A 2 Per Tonos ‘Ascendenteque Modulatione Ascendat Gloria Regis’
16 – Fuga Canonica In Epidiapente (6)
17 – Canon4 (B) Per Augmentationem, Contrario Motu
18 – Canon Perpetuus (Per Justi Intervali) (8)
19 – Canon A 4 (10)
20 – Ricercar A 6 – Ensemble

Les Concerts des Nations
Jordi Savall, direção

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OK, OK, enquanto o Carlinus não retorna usem este link. Baixei o arquivo logo após a publicação do post. Assinado: PQP, o filho do homi.

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Carlinus

Fryderyk Chopin (1810-1849) – Nocturnes (LINK REVALIDADO)

Blog com muita história. Postado há cinco anos atrás – 19/09/2007

A magistral dupla Chopin / Rubinstein está de volta. Desta vez, teremos os noturnos. FDP reconhece que demorou a decidir qual a versão que postaria, mas acabou optando pelo gênio de Rubinstein, em sua especialidade. Creio existirem poucos pianistas que foram tão especializados em um compositor. E Rubinstein nunca deixou de afirmar qual era seu compositor favorito. Esses noturnos em suas mãos tornam-se obras únicas, extremamente introspectivas, que conseguem captar a alma do gênio chopiniano. Enfim, trata-se de gravação indispensável em qualquer cdteca. Arrau, Baremboim, Ashkenazy, Pollini, entre outros, deram suas contribuições para perpetuar essas obras tão pessoais, mas foi Rubinstein quem conseguiu atingir o seu ápice.

Frideryk Chopin – Nocturnes

DISCO 01

01. nocturne no. 1, op. 9 in b-flat
02. nocturne no. 2, op. 9 in e-flat
03. nocturne no. 3, op. 9 in b
04. nocturne no. 1, op. 15 in f
05. nocturne no. 2, op. 15 in f-sharp
06. nocturne no. 3, op. 15 in g
07. nocturne no. 1, op. 27 in c-sharp
08. nocturne no. 2, op. 27 in d-flat
09. nocturne no. 1, op. 32 in b
10. nocturne no. 2, op. 32 in a-flat

DISCO 02

01. nocturne no. 1, op. 37 in g minor
02. nocturne no. 2, op. 37 in g major
03. nocturne no. 1, op. 48 in c minor
04. nocturne no. 2, op. 48 in f-sharp minor
05. nocturne no. 1, op. 55 in f minor
06. nocturne no. 2, op. 55 in f-flat major
07. nocturne no. 1, op. 62 in b major
08. nocturne no. 2, op. 62 in e major
09. nocturne no. 1, op. 72 in e minor

Arthur Rubinstein, piano

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Link revalidado pelo Carlinus

Franz Joseph Haydn (1732-1809): Cello Concertos – Sinfonia Concertante – Steven Isserlis, Chamber Orchestra of Europe, Sir Roger Norrington


Link revalidado por PQP. Disco absurdamente bom!

Um post de peso. Mais uma vez trago Steven Isserlis para vocês. Pessoal, o cara é bom mesmo, fazer o que? Bom pra nós. Creio que a Chamber Orchestra of Europe dispense apresentações não é verdade? Os dois concertos de Haydn para violoncelo são simplesmente magníficos. A genialidade do compositor, a sensibilidade, a inteligência na condução dos movimentos é fantástica. Adoro esses concertos, lindos do início ao fim. A Sinfonia Concertante e o Adagio cantabile da Sinfonia No. 13 vem de brinde. O mestre Haydn é um dos meus compositores favoritos. A música de Haydn é tão poderosa e encantadora que muitas vezes não sabemos se o cello e a orquestra estão conduzindo a música ou se a música está conduzindo o cello e a orquestra. É uma fusão perfeita. Tudo é belo. Tanto as passagens solo do cello, quanto as partes da orquestra. Música. Pura, absoluta, linda, encantadora. Simples e inteligente. Nada profético ou apocalíptico. Apenas a música, de corpo e alma. É o que torna Haydn tão especial. É o que encontramos neste cd.

Franz Joseph Haydn(1732-1809) – Cello Concertos – Sinfonia Concertante – Steven Isserlis, Chamber Orchestra of Europe, Sir Roger Norrington

1. Cello Concerto in C/C-dur/ut majeur H. VIIb:1/Moderato 10:01
2. Cello Concerto in C/C-dur/ut majeur H. VIIb:1/Allegro molto 7:21
3. Cello Concerto in C/C-dur/ut majeur H. VIIb:1/Adagio 7:04

4. Symphony No. 13 in D Major/Adagio cantabile II. 6:40

5. Cello Concerto in D/D-dur/ré majeur H.VIIb:2/Allegro moderato 14:11
6. Cello Concerto in D/D-dur/ré majeur H.VIIb:2/Adagio 4:39
7. Cello Concerto in D/D-dur/ré majeur H.VIIb:2/Allegro 4:40

8. Sinfonia Concertante in B-Flat/B-dur/si bémol majeur for Violin, Cello, Oboe, Bassoon/Allegro 9:32
9. Sinfonia Concertante in B-Flat/B-dur/si bémol majeur for Violin, Cello, Oboe, Bassoon/Andante 4:28
10. Sinfonia Concertante in B-Flat/B-dur/si bémol majeur for Violin, Cello, Oboe, Bassoon/Allegro con spirito 6:42

Steven Isserlis; cello
Chamber Orchestra of Europe
Sir Roger Norrington; conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Raphael Cello

Alfred Schnittke (1934-1998) – The Pianos Concertos nos. 1 – 3

Um CD fenomenal para quem gosta de música contemporânea. Alfred Schnittke é daquelas grandes personalidades da música. Quem o escuta, pode, lá no fundo, ouvir ressonâncias da música de Shostakovich. Seu poli-estilismo pode levar para qualquer parte. Conhecer a sua personalidade é presenciar refletida a imagem do compositor que era das mais complexas. Sua música possui matizes curiosos, o que não nos permite colocá-lo em determinada escola. Schnittke é múltiplo. Este CD é excelente. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Alfred Schnittke (1934-1998) –  The Pianos Concertos nos. 1 – 3

Piano Concerto
01. I. Allegro
02. II. Andante
03. III. Allegro

Concerto for Piano and String Orchestra

04. Concerto for Piano and String Orchestra

Concerto for Piano 4-hands and Chamber Orchestra
05. Concerto for Piano 4-hands and Chamber Orchestra

Rundfunk-Sinfonieorchester
Frank Strobel, regente
Ewa Kupiec, piano
Maria Lettberg, piano

BAIXAR AQUI

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Carlinus

.: interlúdio :. Bardet-Valentini-Vollenweider: Poesie und Musik (1977) – uma abordagem 'kabarettiana' à poesia de Heinrich Heine (1797-1856) – REVALIDADO

http://i50.tinypic.com/242ubgy.jpgNos comentários à recente postagem do Carlinus da Ópera dos três vinténs de Weill/Brecht, mencionei o gênero artístico conhecido como Kabarett em alemão: “não tem nada a ver com o que nós chamamos de cabaré, e está realmente mais próximo da origem da palavra, o italiano camaretto – ‘quartinho’ ou ‘salãozinho’, porém aqui mais no sentido de ‘um pequeno espetáculo de câmara’. Geralmente se trata de um pianista e um cantor/ator ou cantora/atriz desenvolvendo num pequeno palco um espetáculo de texto cantado e/ou falado com tom fortemente político”.

Essa conversa me deu vontade de compartilhar aqui este trabalho dos anos 70 que me parece a junção de palavra falada e música instrumental mais bem resolvida que já vi (vocês sabem: é uma combinação que com muita facilidade fica brega. Aqui ficou qualquer coisa menos isso).

Não se trata literalmente de Kabarett, no sentido de se valer de um piano: são três multi-instrumentistas que compuseram todo o conjunto de 1974 a 77 em trabalho coletivo (fato a que dão destaque na capa, por evidente motivação política): Andreas Vollenweider (harpista que depois ficaria famoso com trabalhos bem menos críticos puxando para o ‘new age’), Orlando Valentini, e René Bardet – suíço que, além de tocar, dá voz a diversos poemas do romântico alemão Heinrich Heine, numa interpretação falada tão expressiva que não deixa de tocar mesmo quem não entende uma palavra de alemão.

Só não se deixem enganar pela palavra ‘romântico’, pois do mesmo modo que ‘cabaré’ isso pode significar uma coisa bem diferente no espaço cultural germânico: trata-se de poesia fortemente crítica sobre a exploração econômica, a religião e a política a serviço dessa exploração, a convencionalidade social burguesa inclusive quanto a sexo (‘a flor não pergunta à borboleta: você já não andou borboleteando em torno de outra ?’), variando da sátira impiedosa à indignação candente – porém também com uma profunda devoção pela vida, a que Bardet, com sua voz tantas vezes áspera, consegue dar expressão com contida porém infinita ternura: liebes Leben, ‘minha cara vida…’

Fiquei muitos anos sem ouvir isso depois que o meu velho cassete ‘furou’, mas recentemente encontrei ripado do vinil em dois arquivos: lado A e lado B. Não cabe detalhar as faixas aqui: vocês encontram isso no encarte (totalmente home made em tempos pré-informatização, vocês vão ver; ao que parece até mimeografado). E quem quiser os textos completos pode garimpá-los neste site ligado à Universidade de Trier: Heinrich Heine Portal.

Espero que apreciem!

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Ranulfus
postagem original em 26.06.2010

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concerto No.1 in D minor Op.15 (Zimerman / Rattle)

Link revalidado por PQP especialmente para uma amiga.

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O Concerto no. 1 de Brahms para piano e orquestra é uma das coisas mais avassaladoras que eu conheço em matéria de música. As notas iniciais são um torrente de drama, desespero e tensão. Mas, aos poucos a paisagem vai serenando, ganhando contornos suaves, mansamente idílica. O que segue até o final não pode ser retratado com as palavras. Este concerto é uma bela metáfora do que é a vida – tensa, dramática, mas cheia de encantos selvagens e, quiçá, paraísos. Toda metáfora é um salto sobre o abismo. É ver o mundo iluminado pela chama de uma vela. Os contornos são tenebrosos, poucos divisáveis, mas enquanto caminhamos vamos construindo intuições. Ouvi este concerto já por três vezes desde ontem à noite e fiquei com a sensação de algo grande. Restou-me apenas o desejo de compartilhá-lo. Afinal, Brahms merece nossas mais veneradas impressões. Um bom deleite!

Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Concerto No.1 in D minor Op.15

Piano Concerto No.1 in D minor Op.15
01. 1. Maestoso
02. 2. Adagio
03. 3. Rondo. Allegro non troppo

Berliner Philharmoniker
Simon Rattle, regente
Krystian Zimerman, piano

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Carlinus

Xenakis (1922 – 2001) – Orchestral Works & chamber music

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Em 2001, Xenakis morreu em Paris. De família grega, nasceu na Romênia em 1922. Voltou pra Grécia. Fez parte da resistência grega durante a Segunda Guerra Mundial. Foi gravemente ferido, perdeu um olho e ficou com metade do rosto desfigurado. Depois foi condenado à morte. Fugiu. Queria ir aos Estados Unidos. Mas acabou ficando em Paris. Trabalhava como arquiteto e estudava música nas horas vagas. Foi estudar composição com Honegger. Mas brigaram feio. Foi estudar com Messiaen. Ouviu o seguinte conselho do mestre francês: não posso te ensinar nada, você tem mais de 30, é grego, arquiteto e matemático, use isso e faça sua própria música. Xenakis seguiu o conselho, escreveu música usando equações matemáticas e probabilidade, e praticamente todas as suas peças tem nomes e temas gregos. Em 2001, morreu um grande compositor.

Esse disco é tão breve quanto esta minha esdrúxula introdução. Traz um panorama de toda a carreira de Xenakis, da sua primeira e polêmica obra Metastasis (1954) até uma de suas últimas obras, Ioolkos (1996). Mas Xenakis junto com Vàrese também foi um dos pioneiros da música eletrônica, algo que escapa deste pequeno retrato que é este disco.

Temos seis obras importantes aqui. No entanto, eu começaria minha jornada em ordem cronológica com Metastasis, a terceira faixa do disco, que por sinal foi gravada em 1955 (a gravação é ótima). Não pretendo descrever esta música nem em termos líricos ou matemáticos (quem estuda caos controlado pode se interessar). É sentar na cadeira (se possível, no escuro) e ouvir. Esta obra é um divisor de águas, assim como a Sagração da Primavera, guardando, claro, as devidas proporções. Em seguida vem uma pequena e virtuosa peça para clarinete e violoncelo chamada Charisma de 1971.

N´Shima de 1975 é fantástica e originalíssima. Uma obra pra duas mezzo-sopranos, duas trompas, dois trombones e um violoncelo. Há passagens de perturbador confronto entre as cantoras e os trombonistas. É de arrepiar a sincronização. Em Jonchaies de 1977, Xenakis usa uma orquestra completa com 109 músicos. É minha obra preferida neste disco. Quem pensava que a sonoridade de uma orquestra estava esgotada precisa ouvir isso aqui. Percussão fantástica começando em 3:43; e o ritmo, no minuto 7:35, lembra vagamente o ragtime. Uma das melhores obras modernas que conheço.

Ata (1987) é a obra que abre o disco, ela também é para grande orquestra e extremamente empolgante. Já a última obra, Ioolkos (1996), é a mais difícil de se tocar e de ouvir. Os 89 músicos tocam como se fossem um único instrumento, acho que é a música mais densa e pesada já escrita. São praticamente 7 minutos insuportáveis, mas compensadores. Após um ano, Xenakis, devido à doença, deixava de escrever.

1 – Ata, for 89 musicians
Performed by SWF Sinfonieorchester Baden-Baden
Conducted by Michael Gielen

2 – N’Shima, for 2 amplified voices, 2 amplified French horns, 2 tenor trombones & amplified cello
Conducted by Rachid Safir

3 – Metastasis, for 60 musicians (Anastenaria, Part 3)
Composed by Iannis Xenakis
Performed by SWF Sinfonieorchester Baden-Baden
Conducted by Hans Rosbaud

4 – Ioolkos, for 89 musicians
Performed by SWF Sinfonieorchester Baden-Baden
Conducted by Kwame Ryan

5 – Charisma, for clarinet & cello
with Siegfried Palm, Hans Deinzer

6 – Jonchaies, for 109 musicians
Performed by Nouvel Orchestre Philharmonique de Radio France
Conducted by Gilbert Amy

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CDF Bach

Johann Strauss I (1804-1849), Johann Strauss II (1825-1899) – Valses Célèbres

Toda a beleza de Johann Strauss II

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Atendendo a uma solicitação, trago um belo cd de Lorin Maazel regendo Johann Strauss, tanto o I quanto o II. É música para alegrar o dia. A Orquestra Filarmônica de Viena dispensa apresentações, e toca seus conterrâneos como nenhuma outra. É imbatível nesse repertório. Lorin Maazel também está em seu elemento, com um repertório que conhece de cor. Não consegui encontrar este cd que postei no site da amazon. O que está aí na caixinha ao lado é similar. Creio que a RCA francesa deva ter feito uma seleção das diversas vezes em que Maazel dve ter regido a Filarmônica de Viena. De qualquer forma, é Strauss…

Johann Strauss I, Johann Strauss II – Valses Célèbres

01 Johann Strauß II – Jubel-Marsch op. 126
02 Johann Strauß II – Kaiser Walzer op. 437
03 Johann Strauß II – Ein Herz ein Sinn op. 323
04 Johann Strauß II – Bitte schön op. 372 (Polka francaise)
05 Johann Strauß II – Geschichten aus dem Wiener Wald op. 325 (Walzer)
06 Johann Strauß II – Spleen op. 197 (Polka Mazur)
07 Johann Strauß II – Tritsch-Tratsch-Polka op. 214 (Polka schnell)
08 Johann Strauß I – Walzer à la Paganini op. 11
09 Johann Strauß II – Fledermaus Quadrille op. 363
10 Johann Strauß II – An der schönen blauen Donau op. 314 (Walzer)
11 Johann Strauß I – Radetzky-Marsch op. 228

Wiener Philarmoniker
Lorin Maazel – Conductor

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FDP Bach

Peter Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) – Sinfonias Nos. 4, 5 e 6 – "Patética".

Gosto de Tchaikovsky. Ele é uma das melhores coisas que a música russa legou ao Mundo Ocidental. A genialidade do compositor está misturada a uma força e uma elegância únicos, algo que sempre nos instiga a compreensão. Suas obras possuem um colorido, um impacto estético capaz de provocar bons momentos de apreciação. Sempre fico com um sensação de “fenômeno” quando o escuto. Seus ballets, obras para violino, para piano e, especialmente, a fineza impactante de suas sinfonias fazem parte de uma obra densa e que deve ser respeitada por todo amante da boa música. Quando apreciamos as suas sinfonias, notamos um certo crescendo, uma gradação, como se a cada obra o autor maturasse as suas convicções e estilo. Aqui, nesse CD, trazemos três delas (entre as numeradas). A número 4 foi composta em 1877. O que é curioso nessa sinfonia é que o terceiro movimento é todo pizzicato. Já número 5 é, entre as sinfonias de Tchaikovsky, aquela que mais ouvi. Conheço cada pedaço, cada espaço dos seus quatro movimentos. Em minha adolescência foi uma das músicas que mais ouvi. A número 5 é do ano de 1888. E a última é a número 6, ou seja, aquela que possui um linguagem fortemente trágica. Tchaikovsky ao compô-la se encontrava bastante doente, solitário e angustiado. A atmosfera que permeia a obra é de tristeza e partida. Mas, o que toca mesmo nessa obra, são as melodias, os conflitos, algo para o qual o compositor russo não possuía competidores. Entre as versões dessas três sinfonias, a que mais gosto é de Evgeny Mravinsky. As versões de Bernstein e Haitink também são sólidas. Todavia, este CD é bom. O maestro italiano Antonio Papano faz um excelente trabalho. Não deixe de ouvir. Uma boa apreciação!

Peter Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) – Sinfonias Nos. 4, 5 e 6 – “Patética”. 

DISCO 01

Sinfonia No. 4 em F menor, Op. 36

01. I. Andante sostenuto – Moderato con anima – Moderato assai, quasi Andante – Allegro vivo
02. II. Andantino in modo di canzone
03. III. Scherzo. Pizzicato ostinato. Allegro
04. IV. Finale. Allegro con fuoco

Sinfonia no. 5 em E menor, Op. 64

05. I. Andante – Allegro con anima
06. II. Andante cantabile, con alcuna licenza – Moderato con anima – Andante nosso – Allegro non troppo – Tempo I

DISCO 2

07. III. Valse. Allegro moderato
08. IV. Finale. Andante maestoso – Allegro vivace – Molto vivace – Moderato assai e molto maestoso – Presto

Sinfonia no. 6 em B menor, 74 – “Patética”

09. I. Adagio – Allegro non troppo
10. II. Allegro con grazia
11. III. Allegro molto vivace
12. IV. Finale. Adagio lamentoso

Orchestra dell’Accademia Nazionale di Santa Cecilia
Antonio Pappano, regente

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Carlinus

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Piano Concertos, n° 17 & 18 – Perahia – ECO


Ah, como adoro os concertos para piano de Mozart… tão bem escritos, tão leves, tão suaves… ótimo para acalmar os ânimos, para sentir aquela famosa paz de espírito…estado tão difícil de se atingir na correria do dia-a-dia… sempre procuro ter um destes concertos no meu mp3 player. Basta ouvirmos um adagio destes concertos. A genialidade de Mozart está presente em cada nota, em cada melodia.
Não sei dizer qual deles é o meu favorito. Em minha juventude rebelde eu tinha uma velha fita cassete com os concertos de n° 19 e 21 com o Rubinstein. Depois comprei aqueles LPs da Archiv, com aquelas belíssimas capas que retratavam algum tipo de flor, e que era interpretado por Malcolm Bilson e os English Baroque Soloists, do Gardiner. Aíi então conheci os concertos de n° 17 e 18. Qual deles era o mais belo nunca consegui definir. E para que, quando não estamos participando de algum concurso? Prestem atenção, por exemplo, no segundo movimento do de n°18, um “andante un poco sostenuto”. São pequenas variações sobre um tema maravilhoso, e cada variação é mais bela que outra.
Mas trago exatamente os de n° 17 e 18, só que com o Murray Pehahia novinho, novinho, e já muito talentoso (mas com esse cabelo?). E regendo a English Chamber Orchestra, excelente grupo de Câmera que gravou muito nos anos 70 e 80, com diversos outros músicos. Tenho outras duas integrais destes mesmos concertos de Mozart, com esta mesma orquestra com a MItsuko Uchida e com o Daniel Baremboim.   Ambas excelentes, nem preciso dizer.
A vida de Murray Perahia é uma vida de superações, e fico muito feliz acompanhando sua trajetória. Devido a um corte no dedão da mão direita, que acabou por infeccionar, acabou afastado do piano e dos palcos por um bom tempo. Mas quando voltou, voltou mais maduro, e como todo bom vinho, ainda melhor intérprete. Gravou Bach, em registros muito elogiados pela imprensa especializada.
Mas o papo aqui é Mozart.

01 – Piano Concerto No.17 in G major K.453 I. Allegro
02 – Piano Concerto No.17 in G major K.453 II. Andante
03 – Piano Concerto No.17 in G Major K.453 III. Allegretto
04 – Piano Concerto No.18 in B-flat major K.456 I. Allegro vivace
05 – Piano Concerto No.18 in B-flat major K.456 II. Andante un poco sostenuto
06 – Piano Concerto No.18 in B-flat major K.456 III. Allegro vivace

Murray Perahia – Piano & Conductor
English Chamber Orchestra

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FDPBach

Antonin Dvorák (1841-1904) – Concerto for Cello & Orchestra in B Minor – Richard Strauss (1864-1949) – Don Quixote – Maisky, Mehta, BPO


Trago mais uma versão do maravilhoso Concerto para Cello, de Dvorák, para desespero do mano PQPBach, que simplesmente não suporta a música do tcheco. Mas fazer o que, né? Ele é minoria, e como em uma democracia, a maioria vence, então, eis outra versão do Concerto para Cello. E desta vez, ao contrário da anterior, com o Rostropovich, da qual declarei não me sentir muito entusiasmado, o papo aqui é outro. Para começar, é gravado ao vivo. Só isso garante diversão. E traz Mischa Maisky, que também já gravou este concerto em outras ocasiões, e que também o conhece muito bem. E Maisky está muito inspirado. Traz sangue para a música, emoção. Quem já teve a oportunidade de assistir alguma apresentação dele ao vivo, nem que seja pela televisão, sabe o quanto ele se entrega à música. Começando pelo visual, com os cabelos sempre compridos, não se preocupando muito em penteá-los, sua maca registrada, por sinal. Mas o som que sai de seu instrumento é de alguém que realmente ama o que faz. De alguém que sabe o que está fazendo. E esta sua leitura de Dvorák é absolutamente apaixonante. Para ajudá-lo, tem “apenas” a Filarmônica de Berlim, regida pelo sempre competente Zubin Mehta. Por se tratar de uma gravação ao vivo, temos rangidos de cadeira, tosses, etc, mas a engenharia de som da DG é perfeita, nada atrapalha a audição, ao contário, até traz um certo charme.
Richard Strauss não aparece com muita frequência por aqui. Admiro muito sua obra, porém na hora de postar alguma coisa, acabo esquecendo dele. Como a proposta é postar aquilo que estamos ouvindo, reconheço portanto que não o estou ouvindo com muita frequência. Mas cubro esta ausência trazendo a bela versão ao vivo do Maisky.

01 – Applause
01 – Dvorak – Cello Concerto in b, Op.104 – I Allegro
02 – Dvorak – Cello Concerto in b, Op.104 – II Adagio, ma non troppo
03 – Dvorak – Cello Concerto in b, Op.104 – III Finale_ Allegro moderato
04 – 17 – Richard Strauss – Don Quixote, Op.35
18 – Applause

Mischa Maisky – Cello
Berliner Philharmoniker
Zubin Mehta – Conductor

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FDPBach

Antonin Dvorák (1841-1904) – Cello Concerto in B Minor, op. 104 – Camille Saint-Säens (1835-1921) – Cello Concerto nº1 in A Minor, op. 33 – Rostropovich, Giulini, LPO

Rostropovich gravou o concerto de Dvorák diversas vezes, e é dele a gravação considerada a definitiva, realizada ainda nos anos 60 com Karajan e já postada aqui. Não vou entrar nos méritos da discussão, gosto é gosto e não se discute. A verdade, e vantagem, é que existem diversas gravações excelentes destes dois concertos que ora trago e que podemos apreciá-las devidamente. Uma gravação antiga de Pierre Fournier me acompanhou durante anos, ainda nos tempos do LP, Janos Starker também tem uma versão excelente, assim como Jacqueline Du Pré. Sem esquecer do excepcional russo Misha Maisky, parando por aqui a lista, sabendo que vou esquecer de muitos, e que sei que serão citados nos comentários. Mas Mstislav Rostropovich era o cara. Mesmo em pleno século XXI ele é considerado o grande nome do instrumento. E dominava estes dois concertos como poucos, o de Dvórak e o de Saint-Saens.

Mas tem alguma coisa nesta gravação que não me convence. Poxa, os senhores podem perguntar, Rostropovich, Giulini e Filarmônica de Londres fora de sintonia? Sei lá, pode ser frescura minha, e deve ser mesmo. Ouçam e me digam que estou errado. Sinto falta da alma russa de Rostropovich falando mais alto, mais emoção, mais sangue. Me soa burocrática, meio automática. Espero estar errado e que possa mudar de opinião à medida em que ouvir este cd mais vezes. Os leitores e clientes da amazon lhe deram cinco estrelas. Eu daria quatro. Mas gosto é gosto. Talvez seja esta a gravação que os senhores aguardavam.

1 – Dvorák – Concerto for Cello in B Minor, op. 104 – 1 – Allegro
2 – Adagio ma non troppo
3 – Finale (Allegro moderato)
4 – Saint~Säens – Cello Concerto nº1 in A Minor, op. 33 – 1 – Allegro ma non troppo
5 – Allegreto com moto
6 – Un peu moins vite

Mstislav Rostropovich – Cello
London Philharmonic Orchestra
Carlo Maria Giulini – Conductor

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Johannes Brahms (1833-1896) – Violin Concerto, op 77 – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Violin Concerto, op.61, Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Preludio from Partita n°3 in E


Os dois cds aqui postados fazem parte de minha cdteca já há mais de 20 anos, e tenho muito carinho por eles. Os motivos são muitos e óbvios: são duas versões top de linha dentre todas as que já ouvi destes concertos, e Nigel Kennedy com o grande regente Klaus Tennstedt estão impecáveis. A versão do concerto de Brahms é a mais escancaradamente romântica que já ouvi, e o andamento dos movimentos só reforçam o que digo, mas não há como não se emocionar com o adagio, o violino de Kennedy quase chora de emoção. E como se trata de Nigel Kennedy, não podemos nem nos surpreender com suas escolhas. E este romantismo exacerbado que destaco não faz mal a ninguém, ao contrário, só realça a beleza do concerto.


E reconheço também que para alguns, este excesso de romantismo, de quase se chegar às lágrimas, pode até prejudicar a obra, mas não é o caso aqui, exatamente por se tratar de um músico tão sem medo de arriscar e ousar como Nigel Kennedy em sua juventude. Não sei se ele continua tão ousado e sempre disposto a quebrar convenções quanto em seus vinte e poucos anos, mas em minha modesta opinião de fã incondicional destes dois concertos, tendo já os ouvido dezenas, quiçá centenas de vezes, estas duas gravações com certeza estão entre as minhas Top-ten, junto de Oistrakh, Szering, Grumiaux, Perlmann, Heifetz, entre tantas outras.

Ludwig van Beethoven – Violin Concerto, op.61, Johann Sebastian Bach – Preludio from Partita n°3 in E 

01 Applause
02 Violin Concerto in D, op. 61 – Allegro ma non troppo
03 Larghetto
04 Rondo (Allegro)
05 Bach – Preludio from Partita n°3, BWV1006
06 Bach – Allegro assai from Sonata n°3 in C, BWV1005

Nigel Kennedy – Violin
Sinfonie-Orchester des NDR
Klaus Tennstedt – Conductor

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Johannes Brahms (1833-1896) – Violin Concerto, op 77

01 Violin Concerto in D major, Op. 77- Allegro non troppo
02 Violin Concerto in D major, Op. 77- Adagio
03 Violin Concerto in D major, Op. 77- Allegro giocoso, ma non troppo vivace

Nigel Kennedy – Violin
The London Philharmonic Orchestra
Klaus Tennstedt – Conductor

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