MOZART
Concerto para Piano No. 25, K. 503
Rondo em lá maior, K. 511
Concerto para Piano No. 20, K. 466
The Saint Paul Chamber Orchestra
Jeremy Denk
Dia destes nosso editor-chefe postou quatro concertos para piano de Mozart numa evidente relação de amor e ódio – sob a perspectiva da interpretação, é claro – com a solista Alicia de Larrocha e o regente, Georg Solti.
É impressionante como algumas gravações sofrem, com o passar do tempo, o efeito de carregarem os usos e modismos do momento em que foram feitas. Basta lembrar os LPs da Archiv Produktion com suas capas de fundo creme ornadas apenas pelo logotipo da AP, títulos e nomes dos compositores e músicos, com um ar que sugeria uma publicação científica, trazendo música antiga gravada pelos experts da época. Karl Richter um notório exemplo.
É fato que algumas gravações desafiam o tempo, enquanto outras rapidamente esmaecem e fenecem e passam a interessar a apenas uma magra fatia dos alucinados melômanos.
Estes não muito organizados pensamentos me ocorrem numa manhã linda de domingo enquanto me debato entre a necessidade de corrigir algumas avaliações, trocar de imóvel e escolher o almoço. Para afastar de vez todas estas maçantes atribuições, Mozart!
Este disco com dois espetaculares concertos para piano, interpretados pelo articuladíssimo pianista e cronista, Jeremy Denk, além de cair, na minha opinião, naquela categoria dos discos que desafiarão o tempo, vem bem a calhar.
A sua audição, acompanhada da leitura do artigo do Jeremy, que você pode encontrar aqui, muito contribuiu para minha boa disposição em chegar contente ao fim do domingo.
Ele menciona que o melhor de Mozart está nas suas óperas e concertos para piano. Eu não poderia concordar mais…
Um disco com dois concertos, primeiro o Concerto em dó maior, que se lança com ares marciais, lembrando a canção do Fígaro, e o outro, em ré menor, tão conhecido por seus tons mais trágicos. Os concertões são separados, ou melhor, unidos, pelo Rondo em lá menor, que devido ao seu caráter mais melancólico e tristonho funciona como um momento de reflexão para o ouvinte, gerando um intervalo entre eles.
Eis um disco que deve agradar a antigos ouvintes de Concertos para Piano de Mozart, assim como aqueles que os estão descobrindo agora. Certo, Miles?
Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)
Concerto para Piano No. 25 em dó maior, K. 503
- Allegro maestoso
- Andante
- Allegretto
Rondo em lá menor, K. 511
- Rondo
Concerto para Piano em ré menor, K. 466
- Allegro
- Romance
- Allegro assai
The Saint Paul Chamber Orchestra
Jeremy Denk
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
FLAC | 315 MB
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 320 KBPS | 165 MB
Conheci o KV 503 com Walter Gieseking e Hans Rosbaud desde 1963, e esta gravação tem sido a minha referência até agora. Já os acordes de abertura, bem como o toque muito preciso do pianista, me mostram uma alternativa emocionante, pela qual só posso expressar os meus sinceros agradecimentos!
Olá, Woody!
Não conheço a gravação do Gieseking, mas o nome Rosbaud sem dúvida eleva a curiosidade… Ouvirei ainda hoje a gravação do Quinteto para Piano e Sopros que ele fez com o Dennis Brain e outros.
Abração!
RD
Excelente texto.
😃
Amigo, abandone esse conceito de arquivos Flac e MP3, hoje em dia temos velocidade de internet e hd de tamanhos surreais, por favor, passe a gravar em WAV que é o arquivo real digital de uma gravação de CD. cada 1 minuto em WAV gasta uns 100 mb, hoje em dia isso não representa mais impecilio ao baixar e arquivar. o audio sai na qualidade máxima e é mais fácil e mais rápido de extrair. Só não esquece de optar pelas configurações máximas na hora da extração. Ao menos faça um teste e poste um único disco, aí faz uma analise se seria uma opção melhor e mais acertada. Forte abraço e parabéns pelo site, acompanho ele há anos!
Olá, Pedro!
Obrigado por mandar sua opinião e sugestão… Você percebeu que o blog está completando, hoje, 15 anos? Uma data bastante significativa, pelo menos para nós, os colaboradores do blog. Tanto que decidimos fazer uma sequência de postagens ‘comemorativas’ e ‘rememorativas’…
Desde o início do blog as postagens tem oferecido a possibilidade de ouvir música no popularíssimo formato mp3.
Com o desenvolvimento da tecnologia, outras opções surgiram e não somos indiferentes a elas.
Veja, por exemplo, esta postagem aqui:
https://pqpbach.ars.blog.br/2020/11/13/ravel-1875-1937-rapsodie-espagnole-%c2%b7-%e2%88%be-%c2%b7-debussy-1862-1918-la-mer-%c2%b7-%e2%88%be-%c2%b7-london-symphony-orchestra-francois-xavier-roth/
Outro grande desafio para este aspecto tecnológico que consideramos é apresentado pelas diversas plataformas de streaming. Para muitos ouvintes de música, a ideia de baixar ‘qualquer’ arquivo para ouvir música soa obsoleta, se é que soa…
Na minha opinião, o que o blog realmente pode oferecer aos ouvintes e seguidores é um espaço (que queremos prazeroso, com uma pitada de irreverência, mas também de muito respeito) para que falemos sobre aquilo que nos enriquece e nos move: a MÚSICA!
Creio também que o blog oferece, com os mp3-arquivos, oportunidade a muitas pessoas de ouvir boa música, mesmo não dispondo de muita tecnologia, e isso nos motiva de maneira muito especial…
Espero que você encontre em nossas páginas bem mais do que só arquivos de música…
Forte abraço do
René
Então amigo, eu entendo, mas a questão é que WAV é um arquivo digital puro, sem compressão, além da qualidade ser a máxima de um CD, a reprodução ou manipulação é muito mais rápida, o processamento é puro na maioria dos reprodutores de audio ou em aplicativos de computador, o Flac é muito bom, concordo, mas alguns aparelhos não reproduz esse tipo de formato. o MP3 com todo respeito de quem goste, nem comento pq acho uma porcaria, mas tem quem não ligue, o que muita gente não sabe é que alguns sons podem ser inaudiveis, mas não quer dizer que não causem peso no som audível, o exemplo é no momento que ligamos um aparelho antigo de tv, vc não escuta o som dela ligando, mas vc sente que ela foi ligada, algumas frequencias podem não ser ouvidas, mas são sentidas. por isso detesto MP3, não que eu não use, pois como eu disse, alguns aparelhos só usam esse formato, mas o Wav é muito usado por muitos aparelhos e como eu disse, por não serem compactados, seu processamento é mais rápido por ser puro. Mas fica a critério de vocês amigos. Bom eu procuro salvar meus audios quase todos em WAV quando é possível, portanto se quiserem algums coisa em WAV, tenho algumas. Bom, foi só uma opinião pra melhorar mais o que já está bom, forte abraço amigos!
Outra coisa, notei seu último comentário “Espero que você encontre em nossas páginas bem mais do que só arquivos de música…”, na verdade é por isso mesmo que opinei por arquivos WAV, justamente porque música clássica pra mim não é música, música clássica é mais do que música, é uma arte sonora universal e a fonte de todos os generos que estão por aí hoje em dia, por isso acho que elas merecem o melhor formato possível, acho que elas merecem qualidade e apreciação totalmente diferenciada de outras músicas quaisquer, não querendo criticar outros gostos, mas infelizmente pros outros generos, a música clássica é a música clássica e ponto final, gosto de rock, eletrónicas e dance music, mas não nego que as clássicas são realmente superiores em praticamente tudo. Forte abraço amigos!
Olá, Pedro! Obrigado por responder as minhas ponderações.
Quando disse Espero que encontre em nossas páginas mais do que só arquivos de música, quis dizer que não vejo o blog como apenas um repositório de arquivos musicais, mas um espaço cultural onde expressamos o que pensamos sobre as músicas e as suas interpretações. Além disso, os eventuais comentários sobre essas mesmas interpretações vindas das pessoas que por aqui passam.
Aproveito para lhe desejar um bom fim de ano, com muita música…
Abração do
René