Rachmaninov / Scriabin / Ligeti / Prokofiev: The Berlin Recital (Yuja Wang)

Rachmaninov / Scriabin / Ligeti / Prokofiev: The Berlin Recital (Yuja Wang)

Yuja Wang e Khatia Buniatishvili são livres para se vestirem como quiserem. É justo. Mas boa parte do público as conhecem mais através das pernas de uma e dos seios e costas da outra do que por suas qualidades musicais. É injusto. Wang é efetivamente uma tremenda pianista, mas creio que o mesmo não se possa dizer de Buniatishvili, uma instrumentista que aposta apenas na emoção. Para comprovar o que digo, este CD da DG venceu vários prêmios de melhor disco erudito solo de 2019. Isto é, Wang merece ser ouvida. O Ligeti e o Prokofiev dela são sensacionais. Já Rachmaninov e Scriabin são compositores tão estranhos a meu gosto que não vou falar. A 8ª Sonata de Prokofiev é notavelmente interpretada. Como Sviatoslav Richter, ela consegue integrar o poder e o lirismo que caracterizam os longos movimentos externos. Ao manter o Andante sognando estável, elegante e discreto, os toques expressivos de Wang tornam-se ainda mais significativos. Dos três Estudos de Ligeti, o Vertige é o melhor, e raramente soou tão suave e transparente.

Rachmaninov / Scriabin / Ligeti / Prokofiev: The Berlin Recital (Yuja Wang)

Sergey Vasil’yevich Rachmaninov (1873 – 1943)
1.Prelude in G Minor, Op. 23, No. 5 3:53
Études-Tableaux, Op. 39
2.No. 1 in C Minor 3:25
Études-Tableaux, Op. 33
3.No. 3 in C Minor 4:15
4.Prelude in B Minor, Op. 32, No. 105:32

Alexander Scriabin (1872 – 1915)
5.Piano Sonata No. 10, Op. 70 11:44

György Ligeti (1923 – 2006)
Études pour piano
6.No. 3 “Touches bloquées” 1:53
Études pour piano
7.No. 9 “Vertige” 2:39
Études pour piano
8.No. 1 “Désordre” 2:35

Sergei Prokofiev (1891 – 1953)
Piano Sonata No. 8 in B-Flat Major, Op. 84
9.1. Andante dolce 13:49
10.2. Andante sognando 4:39
11.3. Vivace 10:46

Yuja Wang, piano

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Yuja Wang: excelente pianista que aposta no seu par de pernas

PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Friedrich Gulda spielt Beethoven – Sämtliche Klaviersonaten (7/9) #BTHVN250

gulda_beethoven_32sonatasPUBLICADO POR FDP BACH EM 21/7/2013, RESTAURADO POR VASSILY EM 22/1/2020, DENTRO DAS CELEBRAÇÕES DOS 250 ANOS DE LUDWIG VAN BEETHOVEN – o #BTHVN250

NOTA DE VASSILY: o colega FDP Bach publicou os três últimos discos da integral das sonatas para piano de Beethoven com Gulda numa só postagem. Tomei a liberdade de dividi-la em três partes, uma para cada disco – e, quando vocês ouvirem a “Appassionata” de Gulda, talvez me deem razão, querendo algum sossego para os ouvidos inquietos. Ainda assim, guardem um pouquinho de tímpanos para a Op. 78 – uma das melhores de toda a série, e das preferidas do próprio Beethoven – e para uma Op. 81a com uma constrição e expressividade que refutam alguns dos estereótipos que atribuíam à consumada arte do doidão vienense.

POSTAGEM ORIGINAL DE FDP BACH ACERCA DOS TRÊS ÚLTIMOS DISCOS:

Muito bem, vamos acabar com esta coleção. Nem preciso dizer que são imperdíveis, e Gulda se consolida definitivamente como um grande intérprete de Beethoven.
O sétimo cd começa apenas com a “Apassionata“, um marco da linguagem pianística, e também uma prova de fogo para qualquer pianista. Começa  a 150 km/h e termina a 300 km/h, com uma das mais sensacionais páginas do piano. Simplesmente fantástico o que Ludwig conseguiu fazer aqui. Eis o que meu biógrafo favorito de Beethoven, Maynard Solomon, escreveu esta sonata e sobre a Waldstein:

“Com as Sonatas Waldstein e Appassionata op. 53 e 57, compostas principalmente em 1804-1805, Beethoven transpôs irrevogavelmente as fronteiras do estilo pianístico clássico, criando sonoridades e tessituras que nunca haviam sido antes obtidas. Ele deixou de limitar as dificuldades técnicas de suas sonatas para permitir a execução por amadores competentes mas, pelo contrário, dilatou as potencialidades do instrumento e da técnica até os seus limites exteriores. As dinâmicas foram grandemente ampliadas; as cores são fantásticas e luxuriantes, aproximando-se de sonoridades quase orquestrais. Por esta razão, Lens chamou Waldstein “uma sinfonia heróica para piano“. A Apassionata – a qual a par de op. 78 foi a sonata favorita de Beethoven até o seu op. 106 – suscitou comparações com o Inferno de Dante, com o Rei Lear e Macbeth, e com as tragédias de Corneille, Cada uma das sonatas é em três movimentos, mas em ambos os casos _especialmente no op. 53 – os movimentos lentos estão organicamente ligados aos finales, de modo a dar a impressão de obras em dois movimentos ampliados. Enquanto a Waldstein fecha sobre a típica nota beethoveniana de jubilosa transcendência, a Apassionata mantém do começo ao fim uma incomum atmosfera trágica. (…)” Este mesmo sétimo cd ainda traz outra pintura, a Sonata Les Adieux . 

Alguém talvez possa estranhar a leitura de Gulda, que explora outras possibilidades em sua interpretação, principalmente aqueles que, como eu, são absolutamente viciados na Apassionata e que conhecem diversas outras versões, como os clássicos Kempff, Brendel e Gilels, falando dos antigos, ou mais recentemente, Paul Lewis. Mas basta prestarem atenção que os senhores entenderão a proposta deste grande pianista, Friedrich Gulda.
A partir do oitavo cd o bicho pega, e aí definitivamente é coisa de gente grande. Hammerklavier”, op. 106, nas palavras de Solomon citadas acima a favorita do próprio Beethoven,  e as últimas três, de op. 109, op. 110 e op. 111.

Sem temer ser redundante, tratam-se de três cds absolutamente “IM-PER-DÍ-VEIS” !!!

CD 7
1 Sonata No.23 in F minor Op.57 ”Appassionata” (1804-05) – 1. Allegro assai
2 Sonata No.23 in F minor Op.57 ”Appassionata” (1804-05) – 2. Andante con moto
3 Sonata No.23 in F minor Op.57 ”Appassionata” (1804-05) – 3. Allegro ma non troppo – Presto
4 Sonata No.24 in F-sharp major Op.78 ”A Thérèse” (1809) – 1. Adagio cantabile – Allegro ma non troppo
5 Sonata No.24 in F-sharp major Op.78 ”A Thérèse” (1809) – 2. Allegro vivace
6 Sonata No.25 in G major Op.79 (1809) – 1. Presto alla tedesca
7 Sonata No.25 in G major Op.79 (1809) – 2. Andante
8 Sonata No.25 in G major Op.79 (1809) – 3. Vivace
9 Sonata No.26 in E-flat major Op.81a ”Les Adieux” (1809-10) – 1. Adagio – Allegro
10 Sonata No.26 in E-flat major Op.81a ”Les Adieux” (1809-10) – 2. Andante Espressivo
11 Sonata No.26 in E-flat major Op.81a ”Les Adieux” (1809-10) – 3. Vivacissimamente – Poco andante
12 Sonata No.27 in E minor Op.90 (1814) – 1. ”mit Lebhaftigkeit und majorchaus mit Empfindung und Ausdruck”
13 Sonata No.27 in E minor Op.90 (1814) – 2. ”nicht zu geschwind und sehr singbar vorzutragen”

Friedrich Gulda – Piano

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FDPBach

Friedrich Gulda
Friedrich Gulda
#BTHVN250

Pietro Mascagni (1863-1945): Cavalleria Rusticana

Pietro Mascagni (Livorno a 7 de dezembro de 1863, 2 de agosto de 1945) então professor de piano e diretor da escola municipal de música da cidade de Cerignola (entre a canela e o calcanhar da bota italiana) resolveu participar, em 1890, de um concurso patrocinado pelo editor Sonzogno, que oferecia um belo prêmio à melhor ópera apresentada. Muito jovem ainda Pietro lutava com dificuldades financeiras, então apareceu uma despretensiosa oportunidade: um “Concorso di Incoraggiamento al Giovani Compositori Italiani”. Resolveu entrar na competição na esperança de conseguir ser percebido e até mesmo, quem sabe, ganhar o tão suado dim-dim extra que todos precisamos. Durante dois meses empenhou-se em criar a peça, que pelo regulamento do concurso deveria ter somente um ato. Escolheu então uma peça teatral do escritor siciliano Giovanni Verga (1840-1922), na época um dos autores de maior prestígio na Itália. Verga havia publicado uma coleção de narrativas “da vida real”, Vita dei Campi, que obtivera grande repercussão. “Cavalleria Rusticana” (Cavalheirismo Rústico) de 1884 é uma destas narrativas.

Anuncio do “Concorso”, 1888

Para sintetizar em um único ato a grande densidade dramática do conto de Verga, que Giovanni Targioni-Tozzetti e Guido Menasci haviam transformado em libreto, Mascagni lançou mão do notável artifício – um prelúdio, com canto no meio. Consistia em apresentar, através do tenor e antes do início do drama, uma menção do enredo sugerindo a razão da trama passional que a seguir iria se desenrolar.

No dia da apresentação no concurso o próprio Macagni executou a ópera ao piano para os membros do júri. Tinha apenas 26 anos e era completamente desconhecido. Mas havia criado uma obra surpreendente, que escapava por completo aos padrões de estruturação e desenvolvimento da ação dramática então em voga. O prêmio lhe foi dado e a 17 de maio de 1890, “Cavalleria Rusticana” estreou no Teatro Costanzi, em Roma, para uma plateia numerosa. O sucesso foi absoluto. Depois da terceira apresentação, Mascagni recebeu o título de Cavaleiro da Coroa da Itália e após a sétima o seu nome foi incorporado à famosa antologia operística de Guido Mazzoni. De repente, o jovem e obscuro professor de piano e compositor principiante do interior da Itália, via-se como uma celebridade ( título este que se converteria num sério problema em sua vida, no correr dos anos seguintes: estreara com uma obra prima e o público passaria a exigir que ele criasse apenas obras-primas ). Pietro Mascagni realizara uma façanha sem precedentes no mundo do teatro lírico: chegara ao apogeu da fama, tornando-se um ídolo com sua primeira ópera.

Teatro Costanzi – Roma, século XIX.

Em seis meses, a ópera fora montada em todas as capitais da Europa, conseguindo êxito em todas elas. Embora surpreendente, o sucesso da peça de Mascagni era compreensível: numa Itália efervescente, que experimentava grandes e profundas transformações, os teatros continuavam apresentando os dramas musicais do romantismo wagneriano, que já não diziam quase nada de novo ao público. Na última década do século XIX plateia, editores, músicos, cantores e críticos italianos estavam de saco cheio da teatralidade fantasiosa das grandes óperas. Careciam de boas novidades.

A novidade apareceu na “Cavalleria Rusticana”, toda a ação se passa ao ar livre e o povo subiu ao palco para encenar um episódio dramático do seu cotidiano. E a plateia, que também era povo, sentiu ser sua vida que ali se estava cantando, identificou-se com ela e foi por ela envolvida. Um golaço de placa. Mascagni ofereceu ao mundo um quadro intenso e comovente da vida do interior, que conhecia bem, mostrava um momento da realidade de uma gente simples, de atividade modesta e anônima, de paixões intensas e desencadeadas. Gente rústica do interior da Itália. Musicou um relato simples e sem sutileza analítica: a crônica de um crime passional num vilarejo do interior. Suas personagens não vivem em castelos, entre plumas e armaduras, em mosteiros, prisões e campos de batalha. Elas surgem numa praça e cantam como todos os dias se ouve pelas estradas e campos italianos. Rústicos, reais e expressivas, como verdadeiros aldeões. Até mesmo a “siciliana” ele conservou em dialeto para maior autenticidade.

A música brota unicamente da situação e não segundo o velho esquema da construção baseada na ária, com as consequentes e inevitáveis repetições. De cada cena, de cada situação o compositor soube colher a atmosfera exata, destacando com admirável coerência os diferentes momentos cênicos, para valorizar adequadamente cada particularidade do enredo.

O Enredo

Vizzini em 1892

Podemos dizer que “Cavalleria” é uma sombria história de amor e vingança. Se passa num domingo de Páscoa o que ajuda a aumentar a dramaticidade dos fatos. A ação é centralizada em Turiddu, jovem soldado que mora com a mãe. Ela tem uma espécie de taberna de vinho na praça da vila da aldeia de Vizzini (sul da Sicilia). Depois de prestar serviço militar e dar baixa, o jovem Turiddu volta para casa. Quando foi servir o exército ele era noivo de Lola, mas, ao voltar, encontrou-a casada com Alfio, o carreteiro mais próspero da aldeia. Para esquece-la Turiddu iniciou um namoro com a jovem Santuzza. Mas o amor que um dia havia sentido por Lola não morrera e Turiddu abandonou Santuzza. Lola, apesar de casada, também continuava a amar o antigo noivo e, aproveitando-se das frequentes ausências do marido, voltou a encontrar-se com Turiddu. Este então passa a rondar a casa de Alfio, que nada desconfia. Esta é a situação quando se inicia a ópera.

Pietro Mascagni na época da Cavalleria

O prelúdio orquestral apresenta vários temas que são importantes no desenvolvimento do drama. Após calmos compassos de abertura, que simbolizam a paz do Dia de Páscoa, surge o tema do apaixonado pedido de Santuzza pelo amor de Turiddu. O prelúdio é subitamente interrompido pela voz de Turiddu atrás da cena. Com um marcante acompanhamento de harpa, ele canta a “Siciliana”, que como disse no início do texto, Mascagni escreveu originalmente para o dialeto siciliano em lugar do italiano, e que é uma serenata amorosa no tradicional estilo siciliano. Turiddu compara os lábios de Lola com framboesas vermelhas, fala do brilho de amor em seus olhos, e compara a cor de suas faces com cerejas silvestres. O homem que conquistar estes tesouros para si será mesmo feliz. Então, numa sinistra previsão de tragédia, Turiddu vê sangue na porta da casa de Lola. Mas, acrescenta, mesmo a visão da morte não o amedronta. Somente se entregará ao desespero se não encontrar Lola esperando por ele no Paraíso. A serenata morre lentamente, com notas sustentadas, e a orquestra toca, então, temas vivos da tragédia que se seguirá.

O subir das cortinas é acompanhado do repique de sinos. Vemos uma praça deserta de uma aldeia da Sicília. À direita, a entrada de uma igreja; à esquerda, a taberna e a casa de Mamma Lúcia. Amanhece. A medida que a música se torna brilhante e alegre, camponeses e aldeões cruzam a praça, suas vozes cobrindo o acompanhamento da orquestra com frases simples e curtas. Algumas pessoas entram na igreja, enquanto outras passeiam na rua. Ouvem-se vozes femininas cantando a alegria do Domingo de Páscoa, como os gorjeios dos pássaros e a fresca beleza da primavera que, desperta, se misturam com as ternas confissões de amor.

Quando as mulheres entram lentamente na cena, ouvem-se as vozes masculinas louvando a diligência feminina e os encantos das mulheres que dominam os corações. Surgem os homens depois, e todas as vozes se misturam num melodioso coro saudando as alegrias da primavera e o amor. As últimas notas ecoam encantadoras atrás da cena, à distância. As pessoas deixam a praça, que mais uma vez fica vazia.

Abruptamente, a tonalidade musical muda para um sombrio motivo anunciando a tragédia. A medida que ela cresce em intensidade, surge Santuzza, e encontra Mamma Lúcia saindo da taberna. A moça pergunta por Turiddu. Quando Lúcia pergunta por que ela veio procurar seu filho, Santuzza simplesmente responde que deseja vê-lo. Agitada, Lúcia replica que não sabe onde está seu filho, acrescentando que não deseja brigas. Desesperada, Santuzza implora-lhe que tenha piedade, como Cristo teve piedade de Madalena. Suplica que Lúcia lhe diga onde está Turiddu.

Lúcia responde afinal que ele foi buscar vinho em Francofonte. Santuzza declara que Turiddu foi visto na aldeia na noite passada. Alarmada, Lúcia pergunta quem lhe disse isso, por que Turiddu não voltou para casa. Depois, comovida pela tristeza da jovem, Lúcia convida a entrar em casa. Santuzza exclama que não pode entrar porque foi excomungada. Temerosa, Lúcia pergunta o que Santuzza sabe a respeito de seu filho, mas Santuzza fala apenas da angústia em seu coração.

Nesse momento, a música se transforma lentamente em um rítmico staccato que vai crescendo. Ouvem-se o estalar de um chicote e o badalar alegre dos sinos quando Álfio entra na praça, acompanhado por amigos. Canta uma viva canção acerca de seu belo cavalo, dos sinos que repicam, e do chicote que estala (“II cavallo scalpita”). Ele trabalha com sol e chuva. Os homens unem suas vozes, saudando o carroceiro como um bravo rapaz em cujo trabalho não tem rival. Alegremente, Álfio canta da felicidade que o espera em casa sua bela mulher, Lola, nessa comemoração da Páscoa. Cada vez mais chegam pessoas para ouvir Álfio, unindo-se a ele num poderoso coro.

Quando a multidão se dispersa, Lúcia cumprimenta Álfio, que pergunta-lhe se ela ainda tem algum do seu bom vinho. Lúcia responde que Turiddu foi a uma vila próxima para reabastecê-la. Outra vez ela é contraditada, pois o carreteiro diz que viu Turiddu naquela manhã perto de sua casa. Quando Lúcia faz uma indagação de surpresa, Santuzza pede que ela se cale. Álfio então se vai, exortando os outros a irem à igreja.

Dentro da Igreja, o coro inicia o majestoso incrível e belo “Regina Coeli”. Pessoas que estão na praça, calmamente assumem atitudes de oração respondendo ao coro com “Aleluias”. Então, todos se unem no profundamente comovedor Hino da Ressurreição, tão apropriado para aquele Domingo de Páscoa. A voz de Santuzza soa acima do coro quando ela conduz a melodia em frases marcadas e respeitosas até seu clímax.

Em seguida, as pessoas entram na igreja, e finalmente apenas duas ficam na praça, Santuzza e Lúcia. Em um recitativo, Lúcia pergunta a Santuzza por que ela lhe pediu que se calasse quando falava com Álfio. Santuzza responde na famosa ária “Voi lo sapete”, na qual conta à velha toda a amarga história. Diz que Turiddu, antes de ir servir no exército, tinha um compromisso com Lola. Quando voltou, encontrou-a casada com outro. Para se consolar, prossegue Santuzza, despertou o seu amor, e ela amou-o loucamente por sua vez. Mas Lola, cheia de inveja e ciúmes, roubou outra vez Turiddu de seus braços. Agora, conclui Santuzza, nada mais lhe resta senão chorar.

Lúcia expressa horror por aquela terrível história contada num dia santo. Santuzza exclama que está condenada, e pede a Lúcia que reze por sua alma. Acrescenta que irá procurar Turiddu mais uma vez, e lhe implorará o amor. Fazendo uma prece por Santuzza, Lúcia lentamente entra na igreja, deixando a jovem sozinha na praça.

Nesse ponto, Turiddu aparece, demonstrando surpresa por ver Santuzza (“Tu qui Santuzza?”). Tenta evitar responder suas perguntas sobre onde ele estava, dizendo que acaba de chegar de Francofonte. Santuzza retruca que ela própria o viu na aldeia, e, ainda mais, ele foi visto perto da casa de Lola naquela mesma manhã. Irritado, Turiddu acusa-a de espioná-lo. Santuzza nega, dizendo que o próprio Álfio contou a história, e a espalhou através da aldeia.

Tentando blefar, Turiddu repreende a jovem por suas suspeitas, e ordena que o deixe. Nega amar Lola. Santuzza, agora se recobrando, acusa-o, e como Turiddu recua aterrado, ela declara que Lola o roubou de si. Então, as furiosas acusações dos dois conduzem a um dueto intensamente dramático (“Bada, Santuzza, schiavo non sono”). Violentamente, Turiddu ordena que Santuzza se cale, protestando que ele não é escravo do ciúme dela. Angustiada, Santuzza exclama que ele pode bater-lhe ou insultá-la que ela continuará a adorá-lo.

Santuzza, Turidu e Lola

De súbito, eles são interrompidos por uma voz feminina ao longe. Com alegre sarcasmo, ela fala de seu “rei das rosas” (“Fior di giaggiolo”), e logo surge Lola. Fingindo surpresa, pergunta a Turiddu se viu Álfio. Não dá atenção à resposta embaraçada de Turiddu, acrescentando com despreocupação que Álfio provavelmente está tratando com o ferreiro. Com deliberada malícia, Lola pergunta a Turiddu e Santuzza se eles estão assistindo à missa da praça. Turiddu, agora completamente confuso, tenta explicar. Santuzza, irritada, responde que é Páscoa e que Deus vê tudo. Lola pergunta se ela vai à missa. Intencionalmente, Santuzza replica que somente vão à missa aqueles que não têm pecado. Com irreverência, Lola agradece a Deus por não ter pecado, enquanto Santuzza sardonicamente cumprimenta-a por essas belas palavras. Impaciente, Turiddu interrompe o diálogo, e começa a seguir Lola à igreja. Com um riso, ela lhe diz que deve ficar com Santuzza, que renova seus pedidos a Turiddu. Mais como uma blasfêmia do que como uma prece a Santuzza, Lola entra na igreja.

No, No Turiddu !

Furioso, Turiddu se volta para Santuzza, iniciando-se uma nova discussão, que conduz de novo a um apaixonado dueto. Santuzza, desesperadamente, tenta evitar que Turiddu entre na igreja, implorando-lhe que a deixe (“No, no! Turiddu, rimani, rimani ancora”). Brutalmente, Turiddu lhe pergunta por que ela persiste em espioná-lo. O dueto cresce até um poderoso ápice quando Santuzza implora a Turiddu que não a abandone, enquanto ele, irado, ordena-lhe que o deixe. Subitamente, raivoso, grita-lhe que não se preocupa com a ira da jovem, e entra na igreja. Ela lhe lança uma maldição, e o acusa de traidor.

Santuzza vê Álfio se aproximar. Rapidamente, ela se recompõe e segue seus passos. Foi o próprio Senhor quem o enviou naquele momento, diz ela a Álfio. O carroceiro lhe pergunta em que ponto está a missa. Ela responde que a missa já vai adiantada, acrescentando significativamente que Lola e Turiddu estão assistindo à missa juntos. Sem perceber, Álfio pergunta o que ela quer dizer com isso. Em gélida fúria, Santuzza lhe diz que, enquanto ele está fora ganhando a vida, Lola procura prazer com outro. Álfio, transtornado, quer saber o que ela está dizendo. A verdade, responde Santuzza simplesmente. Turiddu abandonou-a porque não conseguiu resistir aos encantos de Lola. Álfio ameaça arrancar-lhe o coração se ela estiver mentindo. Santuzza replica que não tem o hábito de mentir, e confessa que, para sua verdadeira desonra e vergonha, o que ela diz é verdade.

Há uma longa pausa. Calmamente, então, Álfio agradece a Santuzza. Ela expressa vergonha por ter falado, mas Álfio declara que infames são os dois. Eles pagarão, e ele terá sua vingança antes que o dia acabe. Segue-se um tempestuoso dueto, no qual Santuzza expressa sua agonia e remorso por ter traído Turiddu, enquanto Álfio deseja terrível vingança (“Infami loro”). No final do número, ambos saem, deixando a cena completamente deserta. Segue-se, então, o famoso Intermezzo, tocado pela orquestra, enquanto a praça permanece vazia, e esta calma e doce música traz um momento de distensão à ópera. Mas esta calma é como aquela terrível calma que precede a tempestade. A tragédia já está anunciada, e é apenas adiada a vingança de Álfio porque os amantes estão na igreja. Quando termina o Intermezzo, os aldeões e os camponeses deixam a igreja. Todos estão alegres. Alguns se reúnem na frente da taberna de Lúcia e enchem seus copos. Os homens, cantando mansamente, pedem a todos que vão para suas casas para as alegrias do lar após os deveres religiosos do dia. As mulheres repetem o refrão, e depois todos cantam juntos. Lola e Turiddu chegam da igreja. Turiddu, indicando as pessoas, pergunta alegremente a Lola se ela vai embora sem cumprimentar os velhos amigos. Lola diz que tem de ir para casa porque ainda não viu Álfio. Despreocupadamente, Turiddu replica que ela provavelmente verá o marido na praça. Turiddu convida as pessoas a beber, iniciando, então, o Brindisi, o famoso brinde, “Viva il vino spumeggiante”. Quando o número termina num vibrante coro, surge Álfio de repente. Faz uma saudação, respondida pelos seus amigos.

Turiddu desafia Alfio

Turiddu oferece-lhe um copo. Álfio recusa, dizendo que não pode aceitar beber o vinho de Turiddu, pois poderia estar envenenado. Turiddu reconhece o insulto, e joga fora o vinho. Lola dá uma exclamação de medo, enquanto as outras mulheres aconselham-na a sair. Quando elas saem, os dois homens se defrontam. Turiddu pergunta a Álfio se ele tem alguma coisa a dizer. Quando a resposta é não, Turiddu dá início ao tradicional desafio, colocando-se “às ordens” de Álfio. Álfio aceita. Então, de acordo com o verdadeiro costume siciliano, os dois se abraçam e Turiddu morde a orelha de Álfio. Significativamente, Álfio nota que eles parecem se conhecer um ao outro.

Numa súbita mudança de comportamento, Turiddu confessa que errou com Álfio, e que merece a morte de um cão. Lamenta que, se for morto no duelo, sua “pobre Santuzza” ficará sem seu amado. Mas, acrescenta desafiador, saberá certamente enterrar sua faca no coração de Álfio. Friamente, o carroceiro aconselha-o a pensar melhor no que acaba de dizer. Diz que esperará Turiddu atrás do muro do jardim, e vai embora.

Turiddu, subitamente tomado de pânico, chama sua mãe. Hesitante, conta-lhe que bebeu muito vinho, e que está indo dar um passeio para clarear as ideias. Antes de ir quer a bênção dela, da mesma maneira quando ele foi servir no exército. Então, em frases apaixonadas, pede que Lúcia prometa que será uma mãe para Santuzza, se ele não voltar, pois tinha prometido levá-la ao altar (“Voi dovrete fare”).

Mataram o compadre Turiddu !

Lúcia, aflita, pergunta-lhe por que ele está dizendo aquelas palavras estranhas. Ele explica que foi o vinho que lhe subiu à cabeça. Incisivamente, implora perdão a Deus, e pede à sua mãe um último beijo de adeus. Numa frase musical forte, Turiddu pede outra vez que sua mãe cuide de Santuzza, saindo em desespero.

Aterrada, Lúcia tenta segui-lo, chamando-o. Santuzza corre para ela, e a toma nos braços. Pessoas correm nervosamente pela praça. Subitamente, uma mulher grita angustiada: “Turiddu foi morto!” “Mataram o compadre Turiddu!” Todos gritam horrorizados. Santuzza e Lúcia caem desmaiadas. A cortina desce rapidamente.

Cavalleria no cinema
A incrível meia hora final do filme de 1990 de Francis Ford Coppola, “O Poderoso Chefão: Parte III”, temos uma série de assassinatos por vingança cuidadosamente coordenados mostrada em vários locais, enquanto a família Corleone chefiada pelo chefe da máfia Don Michael Corleone (Al Pacino) – assiste a uma performance na Sicília da “Cavalleria Rusticana” no qual Tony filho de Michael interpreta Turiddu. Notadamente estas cenas coordenadas com o coro do Hino da Páscoa é marcante. Quando saem da casa de ópera em Palermo, a ação culmina com a tentativa de assassinato do próprio Don Corleone. Em vez disso, sua filha Mary, interpretada por Sofia Coppola, é baleada na frente dele. Em câmera lenta, ao som do Intermezzo, assistimos à família Corleone entrar em pânico e o Don desabar nos degraus abraçando desesperadamente o corpo inerte da filha baleada, com o rosto chocado com a terrível realização do que aconteceu. A função estrutural da ópera no filme é incrivelmente bem elaborada e a dramaticidade se encaixa perfeitamente sobretudo no final… grande Coppola.

Um copo de vinho, algumas torradas com queijo, azeite e orégano, uma cadeira confortável, se tiver sorte uma companhia que também goste de ópera ….. Olhos fechados enquanto a música de Mascagni enche a sala e absorve pensamentos de estresse ou as atividades do dia a dia …. esta ópera pede um ambiente assim. Pessoal abrem-se as cortinas e apreciem a soberba Cavalleria Rusticana, desta vez compartilho quatro versões nota dez !!!! O Enredo foi baseado no livro do Milton Cross, “As mais famosas Óperas”.

Cavalleria Rusticana – Pietro Mascagni

Esta é uma performance profundamente comovente da Cavalleria Rusticana (a trilha sonora original do filme de Franco Zeffirelli). Os cinco cantores são soberbos, o coro é maravilhosamente ressonante e finamente equilibrado com a orquestra, e o famoso interlúdio é tocado de maneira bonita em um ritmo bem lento. Placido Domingo dá vida a esta obra-prima, junto com Elena Obraztsova (estelar !!), simplesmente imbatíveis. A maneira como Georges Pretre conduz é original, magnífico. Esta é a versão que mais gosto. Meu amor por esta ópera é gigantesco ouvi-la traz à tona memórias de criança e memórias genéticas que nunca soube que tinha !

Elena Obraztsova – Santuzza
Placido Domingo – Turiddu
Fedora Barbieri – Mamma Lucia
Renato Bruson – Alfio
Axelle Gall – Lola

Maestro – Georges Pretre
Teatro alla Scala, Milão 1983

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Esta gravação de 1953 está com um som muito bom. Mostra Maria Callas no auge dramático. O momento em que ela começa a cantar a voz é distintamente diferente da de qualquer outra cantora, não tem jeito, ela é poderosa demais para transmitir emoções. Muitos afirmam ser esta a melhor Cavalleria. Maria Callas é a Santuzza definitiva e canta o papel com grande emoção. Ela estava no auge vocal quando a gravação foi feita (1953), Callas já havia retirado Santuzza de seu repertório, esta é uma de suas performances que podem ser apreciadas sem reservas – a voz é segura e firme e ela demonstra sua capacidade de transmitir uma gama completa de emoções sem exagero. Di Stefano também é excelente, fazendo Turiddu parecer muito machista. Panerai é um Alfio verdadeiramente excepcional, cantando a música magnificamente e fornecendo uma caracterização que é muito mais sutil do que o marido traído padrão de inúmeras óperas. A regência de Serafin é típica: ampla e pesada, sem ser lenta, e suas seções de sopros e cordas “cantam” tão eloquentemente quanto seus solistas. Esta é a gravação que eu recomendo para o pessoal que nunca a ouviu antes. Esta foi uma época de ouro da ópera, na minha simples opinião.

Maria Callas – Santuzza
Guiseppe Di Stefano – Turiddu
Rolando Panerai – Alfio
Anna Maria Canali – Lola
Ebe Ticozzi – Mamma Lucia

Ochestra e Coro del Teatro alla Scala, Milano
Chorus Master: Vittore Veneziani
Conducted by Tullio Serafin YEAR: 1953
Gravado em 1953, Basilica di Santa Euphemia, Milano

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Maravilhosa esta gravação da Cavalleria Rusticana com a incrível voz de Pavarotti com seu inconfundível canto cheio de paixão, drama e fogo. A gravação oferece um elenco fantástico, Julia Varady como Santuzza está muito bem, seu canto comovente está perfeito. O Alfio de Piero Cappuccilli está bem convicente, ótimo cantor. Não há mais nada a acrescentar aqui. No dueto “Ah! Io vedi, che hai tu detto?” Pavarotti e a Julia Varady estão bem entrosados, lindo dueto que rouba a cena da gravação. Um grande momento, um festival de vozes e a grande e trágica ópera italiana. Recomendação incondicional para todos os amantes de ópera.

Julia Varady – Santuzza
Luciano Pavarotti – Turiddu
Piero Cappuccilli – Alfio
Carmen Gonzales – Lola
Ida Bormida – Mamma Lucia

National Philharmonic Orchestra, 1976
Maestro – Gianandrea Gavazzeni

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Esta gravação do início dos anos 60 tem del Monaco e MacNeill em seu auge. Esta gravação, foi a primeira versão integral que ouvi desta ópera, era um antigo disco estéreo FFRR da London, fui fisgado. Muito tempo depois , fiquei emocionado ao encontrar em CD. Giulietta Simionata é uma bela Santuzza, às vezes suplicante, irritante, mal-humorada e patética … e você não pode deixar de sentir por ela. Mario Del Monaco, nem sempre apreciado porque era uma voz “grande” sem muita restrição, é muito emocionante como Turiddu. Poderoso “tenori di forza”. A ária onde Santuzza implora para Turiddu ficar com ela é cheia de clímax, e a música de despedida de Turiddu para sua mãe quando ele sabe que vai morrer é arrepiante. MacNeil, excelente barítono, entregando um Alfio muito bom. A orquestra e a direção são perfeitas. Serafin mantém a orquestra quase tensa às vezes, o ritmo é sem pressa, mas não silencioso, e cria um nervosismo que muitas performances mais modernas, como a de Levine, carecem. Um conjunto que para mim é um verdadeiro tesouro! Fico feliz em poder compartilhar esta versão tão cara para mim.

Mario Del Monaco – Turiddu
Guilietta Simionato – Santuzza
Anna di Stasio – Mamma Lucia
Cornell MacNeil – Alfio
Ana Raquel Satre – Lola

Coro e orquestra dell’Accademia di Santa Cecília
Maestro – Tullio Serafin, 1961

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Frase dita na última visita que o Dom fez na sede do PQP.

BTHVN250 – Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Violin Concerto in D, Op.61, Violin Romance Nos.1 & 2 – Shlomo Mintz, Sinopoli, Philharmonia Orchestra

Trago hoje uma das melhores gravações do Concerto para Violino de Beethoven que já tive a oportunidade de ouvir. Não foi a primeira gravação que tive desta obra, mas provavelmente a segunda ou terceira. Sei lá, já faz bastante tempo.
Por algum motivo inexplicável, Shlomo Mintz pouco apareceu aqui no PQPBach. Nasceu em Moscou em 1957 mas com apenas dois anos de idade seus pais se mudaram para Israel. Violinista virtuose, teve Isaac Stern como mentor. E foi com a Filarmônica de Israel que estreou como solista, com apenas 11 anos de idade. Atualmente se apresenta tanto como solista quanto como como maestro aclamado. É com certeza um dos grandes violinistas que surgiram a partir do último quarto do século XX.
Este registro que ora vos trago é histórico. Ele está ao lado de Giuseppe Sinopoli, que aqui dirige a Philharmonia Orchestra. Vale e muito sua audição.
Para completar o CD, temos também os dois Romances para Violino.
Mais um CD que leva o registro de qualidade PQPBach de IM-PER-DÍ-VEL !!!

01. Violin Concerto In D, Op.61 – 1. Allegro ma non troppo – Cadenza Fritz Kreisler
02. Violin Concerto In D, Op.61 – 2. Larghetto – Cadenza Fritz Kreisler
03. Violin Concerto In D, Op.61 – 3. Rondo. Allegro – Cadenza Fritz Kreisler
04. Violin Romance No.1 in G major, Op.40
05. Violin Romance No.2 in F major, Op.50

Shlomo Mintz – Violin
Philharmonia Orchestra
Giuseppe Sinopoli – Conductor

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#BTHVN250, por René Denon

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Friedrich Gulda spielt Beethoven – Sämtliche Klaviersonaten (6/9) #BTHVN250

gulda_beethoven_32sonatasPUBLICADO POR FDP BACH EM 11/7/2013, RESTAURADO POR VASSILY EM 21/1/2020, DENTRO DAS CELEBRAÇÕES DOS 250 ANOS DE LUDWIG VAN BEETHOVEN – o #BTHVN250

NOTA DE VASSILY: a trinca do Op. 31 é aqui concluída com a sonata em Mi bemol maior, em cuja pujança Gulda se esbalda. Segue o minipar de sonatas do Op. 49, das quais a de no. 2 é tão fácil que até eu a conseguia tocar, que mal e mal servem como um modesto prelúdio para a genial “Waldstein”, que deveria terminar o disco, mas só não o faz porque a Amadeo resolveu nele atochar também a concisa, enigmática Op. 54.

POSTAGEM ORIGINAL DE FDP BACH:

Hoje é dia de Greve Geral, convocada pelas centrais sindicais, e resolvi ficar em casa, claro que com a autorização do chefe, ouvindo Friedrich Gulda, sempre impecável, encarando o repertório beethoveniano, e dar uma geral na minha bagunça.
Aliás, quando contei para minha esposa, que está viajando, que ia receber a visita do Carlinus, ela se exasperou: você está recebendo seu amigo no meio daquela bagunça? O Carlinus, educado e diplomático como só ele consegue ser, apenas sorriu quando falei do comentário dela, e mais tarde elogiou como organizo meus arquivos nos trocentos terabytes que tenho de material, até já perdi a conta. Mas é curioso como a cabeça da gente funciona: não sei tudo o que tenho, mas sei o que não tenho. Vai entender…
Mas vamos ao que interessa…

Sonata No.18 in E-flat major Op.31-3 (1801-02) – 1. Allegro
Sonata No.18 in E-flat major Op.31-3 (1801-02) – 2. Scherzo – Allegretto vivace
Sonata No.18 in E-flat major Op.31-3 (1801-02) – 3. Menuetto – Moderato e grazioso
Sonata No.18 in E-flat major Op.31-3 (1801-02) – 4. Presto con fuoco
Sonata No.19 in G minor Op.49-1 (1795-1798) – 1. Andante
Sonata No.19 in G minor Op.49-1 (1795-1798) – 2. Rondo – allegro
Sonata No.20 in G major Op.49-2 (1705-1798) – 1. Allegro ma non troppo
Sonata No.20 in G major Op.49-2 (1705-1798) – 2. Tempo di Menuetto
Sonata No.21 in C major Op.53 ”Waldstein” (1803-04) – 1. Allegro con brio
Sonata No.21 in C major Op.53 ”Waldstein” (1803-04) – 2. Introduzione – Adagio molto
Sonata No.21 in C major Op.53 ”Waldstein” (1803-04) – 3. Rondo – Allegro moderato – Prestissimo
Sonata No.22 in F major Op.54 (1804) – 1. In tempo d’un Menuetto
Sonata No.22 in F major Op.54 (1804) – 2. Allegretto

Friedrich Gulda – Piano

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FDP Bach

#BTHVN250

 

Haydn (1732-1809) & Beethoven (1770-1827): Sonatas para Piano – Olivier Cavé #BTHVN250

Haydn (1732-1809) & Beethoven (1770-1827): Sonatas para Piano – Olivier Cavé #BTHVN250

 

Haydn ֍ Beethoven

Sonatas para Piano

 

O pianista suíço Olivier Cavé chamou a minha atenção com um ótimo álbum – três lindos concertos para piano de Mozart, de períodos diferentes. O disco foi postado aqui mesmo no PQP Bach…

Assim, quando me deparei com este álbum, mais do que depressa, apanhei-o! E não é que gostei deste também? E então, os senhores sabem, se eu gosto, eu posto.

Você poderia achar estranho, reunir em um disco duas sonatas de Haydn com três de Beethoven. Mas, pensando um pouco, a ideia é boa. Permite que tenhamos uma perspectiva de quanto o compositor mais velho influenciou o voluntarioso Ludovico, mesmo que este não o admitisse.

Papa Haydn

As sonatas de Haydn são de períodos diferentes na carreira do compositor. A Sonata em si menor é do período em que Haydn trabalhava para a família Esterházy e não podia negociar diretamente com os editores. Assim, a sonata é, por assim dizer, para consumo interno. Já a outra sonata, em dó maior, foi composta sob comissão do editor Breitkopf, de Leipzig, e visava público mais amplo.

As três sonatas de Beethoven são de seu primeiro período de composição, nos seus primeiros anos em Viena. As duas primeiras do Opus 2, dedicadas a Haydn, e a segunda sonata do Opus 10.

O jovem Ludovico

Estas sonatas são obras típicas do período clássico, cheias de ótimas ideias e muito bom humor. Especialmente bonito é o movimento lento da Sonata Op. 2, 2 – Largo appassionato. E veja que todos os movimentos finais das sonatas do disco são grazioso, presto e prestíssimo!

A seguir, uma tradução livre do texto da página do disco.

Ludwig van Beethoven havia acabado de fazer vinte anos quando encontrou-se com Joseph Haydn pela primeira vez, em 1790. Dois anos depois, o jovem compositor reuniu-se aos muitos alunos do mestre vienense. Mas, cansado das constantes faltas do professor e incomodado por suas críticas, ele logo deixou as aulas, afirmando anos depois, de maneira amarga, não ter aprendido qualquer coisa com Haydn. É esta distância, esta diferença de estilos e de aspirações entre Beethoven e seu antigo professor que está para ser ouvida neste novo álbum de Olivier Cavé […]. A Sonata Hob. XVI: 32 (1776) de Haydn aponta para um estilo clássico mas vigoroso, Hob. XVI: 48, composta apenas quatro anos depois, é mais moderada e acadêmica. Beethoven almejou quebrar com este classicismo, permitindo-se um escopo expressivo maior e trocando o tradicional terceiro movimento – minueto – por um scherzo, na sua segunda sonata, um claro sinal de seu espírito revolucionário.

Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)

Sonata para piano No. 1 em fá menor, Op. 2, 1
  1. Allegro
  2. Adagio
  3. Allegretto
  4. Prestissimo

Franz Joseph Haydn (1732 – 1809)

Sonata para piano em si menor, Hob. XVI: 32
  1. Allegro moderato
  2. Minuet – Trio
  3. Presto

Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)

Sonata para piano No. 2 em lá maior, Op. 2, 2
  1. Allegro vivace
  2. Largo appassionato
  3. Scherzo: Allegretto
  4. Rondo: Grazioso

Franz Joseph Haydn (1732 – 1809)

Sonata para piano em dó maior, Hob. XVI: 48
  1. Andante con espressione
  2. Presto

Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)

Sonata para piano No. 6 em fá maior, Op. 10, 2
  1. Allegro
  2. Allegretto
  3. Presto

Olivier Cavé, piano

Gravação feita em setembro de 2017 – Studio TELDEX, Berlim
Produção: Johannes Kammann

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FLAC | 400 MB

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MP3 | 320 KBPS | 181 MB

Olivier dando um rolé em Veneza, após um almoço com a turma do PQP Bach…

Esta postagem é parte de nossas homenagens ao grande Ludovico: Vivat, vivat Beethoven! – 2020

Aproveitem!

René Denon

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Friedrich Gulda spielt Beethoven – Sämtliche Klaviersonaten (5/9) #BTHVN250

gulda_beethoven_32sonatasPUBLICADO POR FDP BACH EM 2/7/2013, RESTAURADO POR VASSILY EM 20/1/2020, DENTRO DAS CELEBRAÇÕES DOS 250 ANOS DE LUDWIG VAN BEETHOVEN – o #BTHVN250

NOTA DE VASSILY: neste disco, a ordenação das sonatas por parte da Amadeo acaba sendo, mais por coincidência do que por juízo, bastante feliz. Gulda abre os trabalhos com a ótima “Pastoral”, numa das melhores interpretações do ciclo, e prossegue com as duas primeiras da trinca do essencial Op. 31, talvez as primeiras sonatas com a linguagem beethoveniana, inconfundível, altamente pessoal com que Lud Van nos presentearia em suas melhores obras: a no. 1, em Sol maior, repleta de senso de humor, com seu Adagio grazioso altamente ornamentado e prolixo, e a obra-prima em Ré menor, a no. 2, apelidada de “Tempestade”, como o toró que caía sobre o telhado de FDP Bach enquanto ele preparava a postagem original, e não pouco afim a esta que ora encharca minhas redondezas.

POSTAGEM ORIGINAL DE FDP BACH:

Pois bem, eis o quinto cd desta excelente integral de Gulda, e que traz outras duas peças fundamentais do repertório pianístico, a de op 28, “Pastorale”, e a de op. 31-2, intitulada “Der Sturm”. Pois foi uma legítima “Sturm” que me impediu de preparar essa postagem antes. Caiu uma tempestade violenta durante a madrugada e durante boa parte da manhã aqui em minha cidade. Com direito a raios e trovões.

Enfim, espero que gostem deste cd. Eu gosto, e muito. Como diria nosso colega Carlinus, uma boa apreciação. Com ou sem “Sturm”. Por aqui, ela voltou… e com toda a força.

Sonata No.15 in D major Op.28 ”Pastorale” (1801) – 1. Allegro
Sonata No.15 in D major Op.28 ”Pastorale” (1801) – 2. Andante
Sonata No.15 in D major Op.28 ”Pastorale” (1801) – 3. Scherzo – Allegro vivace
Sonata No.15 in D major Op.28 ”Pastorale” (1801) – 4. Rondo – Allegro ma non troppo
Sonata No.16 in G major Op.31-1 (1801-02) – 1. Allegro vivace
Sonata No.16 in G major Op.31-1 (1801-02) – 2. Adagio grazioso
Sonata No.16 in G major Op.31-1 (1801-02) – 3. Rondo – Allegretto – Adagio – Presto
Sonata No.17 in D minor Op.31-2 ”Der Sturm” (1801-02) – 1. Largo – Allegro
Sonata No.17 in D minor Op.31-2 ”Der Sturm” (1801-02) – 2. Adagio
Sonata No.17 in D minor Op.31-2 ”Der Sturm” (1801-02) – 3. Allegretto

Friedrich Gulda – Piano

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FDP Bach

Jean-Baptiste Lully (1632-1687): Symphonies, Ouvertures & Airs À Jouer

Jean-Baptiste Lully (1632-1687): Symphonies, Ouvertures & Airs À Jouer

A orquestra de Savall… Nada pode sair ruim com um time desses. Grande disco. Como caminho de fones e é verão, acelerava meus passos conforme o ritmo das muitas danças deste disco. Lully era dançarino, dançava e faz ainda dançar. Resultado: cheguei suando como um porco no trabalho.

Jean-Baptiste de Lully, nascido Giovanni Battista Lulli (Florença, 28 de novembro de 1632 – Paris, 22 de março de 1687), foi um compositor italiano, naturalizado francês. Passou a maior parte da vida trabalhando na corte de Luís XIV . Compositor prolixo, seu estilo foi largamente imitado na Europa. Casou-se com Madeleine Lambert, filha do compositor Michel Lambert. Considerado mestre do barroco francês, tornou-se súdito francês em 1661. Começou a trabalhar para Luís XIV da França no final de 1652 e início de 1653, como dançarino. Compôs algumas das músicas para o Ballet de la nuit, agradando imensamente ao rei. Foi nomeado compositor de músicas instrumentais do rei, conduzindo vinte e quatro violinos da Grande Bande. Cansado com a falta de disciplina da Grande Bande e com a autorização do rei, formou os Petits Violons. Lully compôs muitos balés para o Rei durante as décadas de 1650 e 1660, nos quais o Rei e Lully dançaram. Teve também um tremendo sucesso compondo a música para as comédias de Molière, incluindo Le Mariage forcé (1664), L’Amour médecin (1665) e Le Bourgeois gentilhomme (1670). Quando conheceu Molière, Lully formou o Comédie-ballet. Entretanto, o interesse de Luís XIV pelo balé foi diminuindo com o passar dos anos, e suas habilidades para a dança declinaram (sua última performance foi em 1670) e então Lully dedicou-se inteiramente à ópera. Ele comprou o privilégio para a ópera de Pierre Perrin e com o apoio de Jean-Baptiste Colbert e do próprio Rei, criou um novo privilégio, que dada exclusivamente a Lully o controle completo de toda música apresentada na França, até sua morte,quando morreu de gangrena em 1687. Era conhecido por ser um libertino. Em 1661, em cartas de naturalização e em seu contrato de casamento com Madeleine Lambert, filha do seu amigo e companheiro Michel Lambert, Giovanni Battista Lulli declarou-se como “Jean-Baptiste de Lully” filho de “Laurent de Lully, cavalheiro florentino”. Em 8 de janeiro de 1687, Lully estava conduzindo um Te Deum em honra de Luís XIV, recém recuperado de uma doença. O compositor marcava o tempo, batendo com um grande bastão (o precursor da Batuta) no chão, como era usual nesse período, quando atingiu o próprio pé, provocando uma infecção. Essa ferida evoluiu para uma gangrena, mas Lully recusou-se a amputar o pé. Acho que o compreendo. Em consequência, acabou morrendo em 22 de março de 1687. Ele deixou sua última ópera, Achille et Polyxène inacabada. Seus dois filhos, Jean-Louis Lully e Louis Lully também tiveram uma carreira musical na corte.

Jean-Baptiste Lully (1632-1687): Symphonies, Ouvertures & Airs À Jouer

1ère Suite: Le Bourgeois Gentilhomme, 1670
1 Ouverture 2:59
2 Gavotte 1:41
3 Canaries 1:16
4 Marche Pour La Cérémonie Turque 2:03
5 1er Air Des Espagnols: Sarabande 2:08
6 2ème Air Des Espagnols: Gigue 1:12
7 L’Entrée Des Scaramouches, Trivelins Et Arlequins 2:33
8 Chaconne Des Scaramouches, Trivelins Et Arlequins 3:30

2ème Suite: Le Divertissement Royal, 1664-1670
9 Danse De Neptune 1:36
10 Les Suivants De Neptune 1:46
11 Prélude Des Trompettes 1:44
12 Les Hommes Et Femmes Armés 1:54
13 Rondeau Du Mariage Forcé (1664) 2:31
14 Second Air (Le Mariage Forcé) 2:36
15 Bourrée Du Mariage Forcé (1664) 1:52
16 Bourrée Du Divertissement De Chambord (1669) 1:25
17 Symphonie Des Plaisirs 3:06
18 Les Esclaves 1:38
19 Menuet Pour Les Trompettes 1:41

3ème Suite: Alceste, 1674
20 Marche Des Combattans 2:36
21 Menuet 1:49
22 Loure Pour Les Pêcheurs 1:31
23 Echos 1:02
24 Rondeau De La Gloire 1:13
25 La Pompe Funèbre 3:24
26 Rondeau Pour La Fête Marine 2:30
27 Les Vents 1:15
28 La Fête Infernale: 1er Air 1:19
29 2ème Air: Les Démons 3:28
30 Marche Des Assiégeants 1:12

31 Chaconne De’ L’Amour Médecin (1665) 3:32

Bassoon – Claude Wassmer, Josep Borràs
Cello [Basse De Violon] – Antoine Ladrette, Claire Giardelli, Detmar Leertower, Laura Folch, Michel Murgier
Contrabass – Richard Myron, Xavier Puertas
Flute [Flûte Traversière] – Charles Zebley, Frank Theuns, Marc Hantaï
Oboe [Hautbois] – Alessandro Piqué*, Alfredo Bernardini, Ann Vanlancker, Marcel Ponseele, Paolo Grazzi, Taka Kitazato, Xavier Blanch
Percussion, Timbales – Michèle Claude, Pedro Estevan
Theorbo [Théorbe], Guitar [Guitare] – Rolf Lislevand, Xavier Díaz*
Trumpet [Trompette] – Guy Ferber, Pascal Geay, Roland Callmar
Viola [Hautes-contre De Violon] – Angelo Bartoletti, Giovanni De Rosa, Judit Földes, Martín Barrera
Viola da Gamba [Viole De Gambe] – Eunice Brandao, Sergi Casademunt, Sophie Watillon
Violin [Dessus De Violon] – Alba Roca, Davide Amodio, Helène Plouffe, Lydia Cevidalli, Mauro Lopes*, Santi Aubert, Silvia Mondino
Violin [Premier Violon], Concertmaster – Manfredo Kraemer
Violin [Violon Il] – Pablo Valetti
Orchestra – Le Concert Des Nations
Jordi Savall

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PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Complete Cantatas – Vol. 17 de 22 – Ton Koopman, Sandrine Piau, Paul Agnew, Klaus Mertens, etc, Amsterdam Baroque Orchestra

COMPACT DISC 1 

“Gott soll allein mein Herze haben” BWV 169
Dominica 18 post Trinitatis

01. Sinfonia
02. Arioso (Alto): “Gott soll allein mein Herze haben”
03. Aria (Alto): “Gott soll allein mein Herze haben”
04. Recitative (Alto): “Was ist die Liebe Gottes?”
05. Aria (Alto): “Stirb in mir, Welt”
06. Recitative (Alto): “Doch meint es auch dabei”
07. Choral: “Du süße Liebe, schenk uns deine Gunst”

“Liebster Jesu, mein Verlangen” BWV 32
Concerto in Dialogo
Dominica 1 0post Epiphanias

08. Aria (Soprano): “Liebster Jesu, mein Verlangen”
09. Recitative (Bass): “Was ists, daß du mich gesuchet?”
10. Aria (Bass): “Hier in meines Vaters Stätte”
11. Recitative (Soprano, Bass): “Ach! heiliger und großer Gott”
12. Aria (Duet: Soprano, Bass): “Nun verschwinden alle Plagen”
13.Choral: “Mein Gott, öffne mir die Pforten”

“Ach Gott, wie manches Herzeleid” BWV 58
Dominica post Festum Circumcisionis Christ

14. Duetto (Soprano, Bass): “Ach Gott, wie manches Herzeleid”
15. Recitative (Bass): “Verfolgt dich gleich die arge Welt”
16. Aria (Soprano): “Ich bin vergnügt in meinem Leiden”
17. Recitative (Soprano): “Kann es die Welt nicht lassen”
18. Duet (Soprano, Bass): “Ich hab für mir ein schwere Reis”

“Ich bin vergnügt mit meinem Glücke” BWV 84
Dominica Septuagesima At the Sunday Septuagesima

19. Aria: “Ich bin vergnügt mit meinem Glücke”
20. Recitative: “Gott ist mir ja nichts schuldig”
21. Aria: “Ich esse mit Freuden mein weniges Brot”
22. Recitative: “Im Schweiße meine Angesichts”
23. Choral: “Ich leb indes in dir vergnüget”

COMPACT DISC 2

“Es erhub sich ein Streit” BWV 19
Festo Michaelis St. Michael and All Angel

01. Chorus: “Es erhub sich ein Streit”
02. Recitative (Bass): “Gottlob! der Drache liegt”
03. Aria (Soprano): “Gott schickt uns Mahanaim zu”
4. Recitative (Tenor): “Was ist der schnöde Mensch”
6. Recitative (Soprano): “Laßt uns das Angesicht”
7. Chorale: “Laß dein Engel mit mir fahren”

“Meine Seufzer, meine Tränen” BWV 13
dominica 2 post Epiphanias

08. Aria (Tenor): “Meine Seufzer, meine Tränen”
09. Recitative (Alto): “Mein liebster Gott läßt mich annoch”
10. Chorale: “Der Gott, der mir hat versprochen”
11. Recitative (Soprano): “Mein Kummer nimmet zu”
12. Aria (Bass): “Ächzen und erbärmlich Weinen”
13. Chorale: “So sei nun, Seele, deine”

“Ich will den Kreuzstab gerne tragen” BWV 56
Dominica 19 post Trinitatis

14. Aria (Bass): “Ich will den Kreuzstab gerne tragen”
15. Recitative (Bass): “Mein Wandel auf der Welt”
16. Aria (Bass): “Endlich wird mein Joch”
17. Recitative (Bass): “Ich stehe fertig und bereit”
18. Chorale: “Komm, o Tod, du Schlafes Bruder”

COMPACT DISC 3 

“Geist und Seele wird verwirret” BWV 35
Dominica 12 post Trinitatis

Prima parte
01. Concerto
02. Aria (Alto): “Geist und Seele wird verwirret”
03. Recitative (Alto): “Ich wundre mich”
04. Aria (Alto): “Gott hat alles wohlgemacht”

Seconda parte
05. Sinfonia
06. Recitative (Alto): “Ach, starker Gott, laß mich doch dieses stets bedenken”
07. Aria (Alto): “Ich wünsche nur bei Gott zu leben”

“Wer Dank opfert, der preiset mich” BWV 17
Dominica 14 post Trinitatis

Prima parte
08. Chorus: “Wer Dank opfert, der preiset mich”
09. Recitative (Alto): “Es muß die ganze Welt”
10. Aria (Soprano): “Herr, deine Güte reicht”

Seconda parte

11. Recitative (Tenor): “Einer aber unter ihnen”
12. Aria (Tenor): “Welch Übermaß der Güte schenkst du mir!”
3. Recitative (Bass): “Sieh meinen Willen an”
4. Chorale: “Wie sich ein Vatr erbarmet”

“Selig ist der Mann” BWV 57
Dialogus Feria 2 Nativitatis Christi

15. Aria (Bass): “Selig ist der Mann”
16. Recitative (Soprano): “Ach! dieser süße Trost!”
17. Aria (Soprano): “Ich wünschte mir den Tod”
18. Recitative (Bass, Soprano): “Ich reiche dir die Hand”
9. Aria (Bass): “Ja, ich kann die Feinde schlagen”
20. Recitative (Bass, Soprano): “In meinem Schoß liegt Ruh’ und Leben”
21. Aria (Soprano): “Ich ende behende mein irdisches Leben”
22. Chorale: [Jesus]: “Richte dich, Liebste, nach meinem Gefallen und gläube”

Sandrine Piau, Johannette Zomer, Sibylla Rubens – Sopranos
Bogna Bartosz, Nathalie Stutzmann – Altos
Paul Agnew, Jörg Dürmüller, Christoph Prégardien – Tenor
Klaus Mertens – Bass

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Friedrich Gulda spielt Beethoven – Sämtliche Klaviersonaten (4/9) #BTHVN250

gulda_beethoven_32sonatas

PUBLICADO POR FDP BACH EM 26/6/2013, RESTAURADO POR VASSILY EM 19/1/2020, DENTRO DAS CELEBRAÇÕES DOS 250 ANOS DE LUDWIG VAN BEETHOVEN – o #BTHVN250

NOTA DE VASSILY: prometêramos parar de reclamar do selo Amadeo, não? Pois nos calamos em boa hora, já que o empenho da gravadora de organizar as sonatas em ordem cronológica de publicação funciona muito bem por aqui. O CD abre com a boa sonata op. 22, uma das preferidas de Beethoven, que talvez só não seja conhecida como merece porque não lhe deram um apelido como, por exemplo, “Appassionata”. Em seguida, uma de minhas sonatas favoritas, a Op. 26, que abre com belíssimas variações, às quais Gulda atribui uma gravidade tão grande quanto o cerne da obra, a marcha fúnebre que, muitas vezes, apelida a obra. Concluindo, o ótimo duo do Op. 27, das quais a mais conhecida é a no. 2, a de epíteto famoso. Gulda adere ao Adagio sostenuto prescrito pelo compositor e encerra o disco com um Presto realmente feérico. Minha favorita, no entanto, ainda é a no. 1, que assim como seu par foi alcunhada por Beethoven de “quasi una fantasia”, mas injustamente eclipsada, também suponho, pela falta de um apelido famoso.

POSTAGEM ORIGINAL DE FDP BACH:

Ah, a “Sonata ao Luar”… quantos romances já se iniciaram após os casais ouvirem tal peça… sublime, uma das maiores criações humanas, sem dúvida. E Gulda, ao tocar um pouco mais lentamente, transforma esse verdadeiro poema musical em algo ainda mais leve, mais apaixonado, mais introspectivo. Um gigante esse pianista.

Ideal para ouvir ao lado da amada, ainda mais com essa lua cheia maravilhosa que tivemos nos últimos dias. acompanhados, é claro, de um bom vinho.

Sonata No.11 in B-flat major Op.22 (1799-1800) – 1. Allegro con brio
Sonata No.11 in B-flat major Op.22 (1799-1800) – 2. Adagio con molto espressione
Sonata No.11 in B-flat major Op.22 (1799-1800) – 3. Menuetto
Sonata No.11 in B-flat major Op.22 (1799-1800) – 4. Rondo – Allegretto
Sonata No.12 in A-flat major Op.26 (1800-01) – 1. Andante con Variazioni
Sonata No.12 in A-flat major Op.26 (1800-01) – 2. Scherzo – Allegro molto
Sonata No.12 in A-flat major Op.26 (1800-01) – 3. Marcia funebre
Sonata No.12 in A-flat major Op.26 (1800-01) – 4. Allegro
Sonata No.13 in E-flat major Op.27-1 (1800-01) – 1. Andante – Allegro
Sonata No.13 in E-flat major Op.27-1 (1800-01) – 2. Allegro molte e vivace
Sonata No.13 in E-flat major Op.27-1 (1800-01) – 3. Adagio con espressione
Sonata No.13 in E-flat major Op.27-1 (1800-01) – 4. Allegro vivace – Presto
Sonata No.14 in C-sharp minor Op.27-2 ”Mondscheinsonate” (1801) – 1. Adagio sostenuto
Sonata No.14 in C-sharp minor Op.27-2 ”Mondscheinsonate” (1801) – 2. Allegretto – Trio
Sonata No.14 in C-sharp minor Op.27-2 ”Mondscheinsonate” (1801) – 3. Presto agitato

Freidrich Gulda – Piano

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Friedrich+Gulda+gulda
Friedrich Gulda pensando em como tornar o belo ainda mais sublime…!

J. S. Bach (1685-1750): Concertos para Pianos – Anna Vinnitskaya & Kammerakademie Potsdam

J. S. Bach (1685-1750): Concertos para Pianos – Anna Vinnitskaya & Kammerakademie Potsdam

 

J.S. Bach

Concertos para Pianos

 

O piano é o instrumento que melhor realiza a música, na minha opinião. É o instrumento que produz o som que eu mais gosto de ouvir. Depois, o piano e outro instrumento, o piano e ainda mais alguns instrumentos, e também o piano e muitos instrumentos, enfim o piano e vozes. Bem, vocês devem ter pego a ideia.

Os concertos para piano são as peças que eu mais frequentemente escolho para ouvir, aquelas que normalmente preenchem meus CDs preferidos assim como meus pendrives.

Bruckner, Mahler, Debussy, Schubert não escreveram concertos para piano, mas ninguém é perfeito.

Os concertos, estes começaram com ELE, o grande, João Sebastião Ribeiro. Bach em sua genialidade e simplicidade (há algum tipo de genialidade que não seja simples?) adaptou concertos que já funcionavam bem com outros instrumentos para instrumentos de teclas como solistas.

Adaptou o concerto para quatro violinos do Padre Vermelho, depois suas próprias obras, concertos para violino ou dois violinos. Tão genial que escreveu para piano (claro, para piano, ouça as peças deste disco se não acreditas) antes mesmo deste instrumento estar completamente desenvolvido.

Anna Vinnitskaya

Ouvir uma seleção como a que está neste álbum é uma fonte de prazer. Para realizar este álbum, reuniu-se um time de pianistas vindo do frio. Os solistas são eslavos – Anna Vinnitskaya, Evgeni Koroliov e Ljupka Hadzi-Georgieva – e se conhecem muito bem. Anna Vinnitskaya foi aluna de Evgeni Koroliov na Hochschule für Musik und Theater, em Hamburgo, e Evgeni é casado com a Ljupka.

A orquestra é a Kammerakademie Potsdam e é excelente também na música de Bach.

O álbum começa com o mais famoso e mais robusto dos concertos para piano, em ré menor, BWV 1052, tendo como solista Evgeni Koroliov. Na sequência temos os concertos para dois ou três pianos, intercalados eventualmente por um concerto para piano solo. Os solistas também vão se alternando.

Ljupka e Evgeni

NÃO é uma postagem com TODOS os concertos, não é uma INTEGRAL dos concertos, mas é uma coleção ainda mais adorável por isso. Parece que os concertos foram escolhidos pelos músicos devido as suas próprias predileções.

Fechando o cortejo temos o maravilhoso e já mencionado Concerto para Quatro Pianos em lá menor, BWV 1065, mas adaptado para três pianos, uma vez que temos apenas três solistas. Não tem por isto, caro seguidor do blog, com o que preocupar-se. Lembremos, o próprio concerto é uma transcrição feita por Bach do maravilhoso concerto de Vivaldi!

KAP

A gravação é excelente, as interpretações balanceadas entre a excelência técnica e a sensibilidade dos intérpretes, especialmente nos movimentos lentos. Para se ter uma ideia, basta ouvir o Alla siciliana do Concerto para Três Pianos em ré menor, BWV 1063.

Enfim, prepare-se para uma festa, um banquete de boa música. Difícil ficar melhor…

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)

CD1

Concerto para piano No. 1 em ré menor, BWV 1052
  1. Allegro
  2. Adagio
  3. Allegro
Concerto para dois pianos em dó menor, BWV 1060
  1. Allegro
  2. Largo ovvero adagio
  3. Adagio
Concerto para piano No. 7 em sol menor, BWV 1058
  1. […]
  2. Andante
  3. Allegro assai
Concerto para dois pianos em dó menor, BWV 1062
  1. […]
  2. Andante e plano
  3. Allegro assai
Concerto para três pianos em dó maior, BWV 1064
  1. Allegro
  2. Adagio
  3. Allegro assai

CD2

Concerto No. 4 em lá maior, BWV 1055
  1. Allegro
  2. Larghette
  3. Allegro ma non tanto
Concerto No. 5 em fá menor, BWV 1056
  1. […]
  2. Largo
  3. Presto
Concerto para dois pianos em dó maior, BWV 1061
  1. […]
  2. Largo ovvero adagio
  3. Vivace
Concerto para três pianos em ré menor, BWV 1063
  1. […]
  2. Alla siciliana
  3. Allegro
Concerto para quatro pianos (arranjado para três pianos) em lá menor, BWV 1065
  1. […]
  2. Adagio
  3. Allegro assai

Emil Koroliov, piano

[1053, 1060, 1058, 1064, 1061, 1063, 1065]

Anna Vinnitskaya, piano

[1062, 1064, 1055, 1056, 1061, 1063, 1065]

Ljupka Hadzi-Georgieva, piano

[1060, 1062, 1064, 1063, 1065]

Kammerakademie Potsdam

Concertmaster: Suyeon Kang

Gravado na Jesus-Christus-Kirche, Berlim

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FLAC | 469 MB

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MP3 | 320 KBPS | 330 MB

Aqui um pequeno vídeo com os intérpretes. Não é necessário saber alemão para entender tudo. Aproveite!

René Denon

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Friedrich Gulda spielt Beethoven – Sämtliche Klaviersonaten (3/9) #BTHVN250

gulda_beethoven_32sonatas

PUBLICADO POR FDP BACH EM 23/6/2013, RESTAURADO POR VASSILY EM 18/1/2020, DENTRO DAS CELEBRAÇÕES DOS 250 ANOS DE LUDWIG VAN BEETHOVEN – o #BTHVN250

NOTA DE VASSILY: Gulda segue sua série, e a Amadeo segue com seu expediente de encaixar as sonatas de Beethoven nos discos, do jeito que couberem, como melancias numeradas talhadas a facão, na ordem de publicação. Prometo que reclamarei menos do selo, até porque há muito aqui o que elogiar, mas não sem antes, entre resmungos, dizer que acho estranho abrir um recital com algo da estirpe da Op. 10 no. 3 e encerrá-lo com algo levinho como a quase-sonatina Op. 14 no. 2. Gulda, sempre meio alheio a todos e a tudo, exceto ao teclado, encerra a tríade das Op. 10 com brilho e nos entrega uma “Patética”  sensacional.

POSTAGEM ORIGINAL DE FDP BACH:

Mais um cd da série que traz o grande pianista austríaco Friedrich Gulda tocando as sonatas para piano de Beethoven. E este cd traz pelo menos dois monumentos da literatura pianística, as sonatas de n° 7 e 8. Creio que depois da sonata ao luar, que conheço desde que me conheço por gente, a sonata de n° 8 também me é conhecida há incontáveis eras, graças a um velho Lp do grande Alfred Brendel que trazia algumas destas sonatas. Coisa finíssima. E curiosamente ainda devo ter o LP, em uma edição da Philips alemã.
Mas aqui temos Gulda, outro mito do piano. E se preparem pois ele não deixa pedra sobre pedra, já desde o Presto inicial da Sonata de n°7.

Sonata No.07 in D major Op.10-3 (1796-98) – 1. Presto
Sonata No.07 in D major Op.10-3 (1796-98) – 2. Largo e maesto
Sonata No.07 in D major Op.10-3 (1796-98) – 3. Menuetto – Allegro
Sonata No.07 in D major Op.10-3 (1796-98) – 4. Rondo – Allegro
Sonata No.08 in C minor Op.13 ”Pathétique” (1798-1799) – 1. Grave – Allegro di molto e con brio
Sonata No.08 in C minor Op.13 ”Pathétique” (1798-1799) – 2. Adagio cantabile
Sonata No.08 in C minor Op.13 ”Pathétique” (1798-1799) – 3. Rondo – Allegro
Sonata No.09 in E major Op.14-1 (1798-99) – 1. Allegro
Sonata No.09 in E major Op.14-1 (1798-99) – 2. Allegretto
Sonata No.09 in E major Op.14-1 (1798-99) – 3. Rondo – Allegro commondo
Sonata No.10 in G major Op.14-2 (1798-99) – 1. Allegro
Sonata No.10 in G major Op.14-2 (1798-99) – 2. Andante
Sonata No.10 in G major Op.14-2 (1798-99) – 3. Scherzo – Allegro assai

Friedrich Gulda – Piano

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#BTHVN250, por René Denon

C.P.E. Bach (1714-1788) – Symphonies, Cello Concertos – Leonhardt – Bylsma

coverMais uma vez tenho o maior prazer em repostar este CD duplo, que já me proporcionou momentos muito prazerosos.

Emprestei do blog do aliomodo o seguinte texto, que ele tirou da conceituada revista Gramophone:

Preciso dizer mais alguma coisa? Ah sim, podem apreciar sem moderação.

C.P.E. Bach – Symphonies, Cello Concertos – Leonhardt – Bylsma

CD 1

1. Symphony No. 1 in D Wq 183 (H663): I. Allegro di molto
2. Symphony No. 1 in D Wq 183 (H663): II. Largo
3. Symphony No. 1 in D Wq 183 (H663): III. Presto
4. Symphony No. 2 in E flat Wq183 (H664): I. Allegro di molto
5. Symphony No. 2 in E flat Wq183 (H664): II. Larghetto
6. Symphony No. 2 in E flat Wq183 (H664): III. Allegretto
7. Symphony No. 3 in F Wq183 (H665): I. Allegro di molto
8. Symphony No. 3 in F Wq183 (H665): II. Larghetto
9. Symphony No. 3 in F Wq183 (H665): III. Presto
10. Symphony No. 4 in G Wq183 (H666): I. Allegro assai
11. Symphony No. 4 in G Wq183 (H666): II. Poco andante
12. Symphony No. 4 in G Wq183 (H666): III. Presto
13. Symphony No.5 in B minor Wq182 (H661): Allegretto
14. Symphony No.5 in B minor Wq182 (H661): Larghetto
15. Symphony No.5 in B minor Wq182 (H661): Presto

Cd 2

1. Cello Concerto in A major Wq.172 / H.439 (Cadenzas: Anner Bylsma): I. Allegro
2. Cello Concerto in A major Wq.172 / H.439 (Cadenzas: Anner Bylsma): II. Largo con sordini, mesto
3. Cello Concerto in A major Wq.172 / H.439 (Cadenzas: Anner Bylsma): III. Allegro assai
4. Cello Concerto in A minor, Wq.170 / H.439 (Cadenzas: Anner Bylsma): I. Allegro assai
5. Cello Concerto in A minor, Wq.170 / H.439 (Cadenzas: Anner Bylsma): II. Andante
6. Cello Concerto in A minor, Wq.170 / H.439 (Cadenzas: Anner Bylsma): III. Allegro assai
7. Cello Concerto in B flat major, Wq.171 / H.436 (cadenzas: Anner Bylsma): I. Allegretto
8. Cello Concerto in B flat major, Wq.171 / H.436 (cadenzas: Anner Bylsma): II. Adagio
9. Cello Concerto in B flat major, Wq.171 / H.436 (cadenzas: Anner Bylsma): III. Allegro assai

Anner Bylsma – Cello
Orchestra Of The Age Of Enlightenment
Gustav Leonhardt – Conductor

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

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FDPBach

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Friedrich Gulda spielt Beethoven – Sämtliche Klaviersonaten (2/9) #BTHVN250

gulda_beethoven_32sonatas

PUBLICADO POR FDP BACH EM 15/6/2013, RESTAURADO POR VASSILY EM 17/1/2020, DENTRO DAS CELEBRAÇÕES DOS 250 ANOS DE LUDWIG VAN BEETHOVEN – o #BTHVN250

NOTA DE VASSILY: segue a série do genial bicho-grilo Gulda tocando a integral das sonatas de Lud Van. O selo Amadeo, cujo dístico em alemão só pode ser “Fick dich, lausige Zuhörer“, atocha de maneira que lhe é muito típica as sonatas, todas em faixa única, e em ordem crescente de numeração, sem qualquer consideração ao pútrido ouvinte. Assim, a peculiar Sonata Op. 7 abre o disco só porque veio antes das Op. 10, e deixa o coeso trio das Op. 10 incompleta, por ficar de fora justamente a melhor delas, a Op. 10 no. 3, a primeira das grandes sonatas de Beethoven. Gulda, que não estava nem aí para isso (porque “Fick dich” também era decerto seu lema), dá-nos a ótima leitura que poderíamos esperar dele.

POSTAGEM ORIGINAL DE FDP BACH:

Fiquei contente com a repercussão que essa postagem do Gulda tocando Beethoven trouxe. Realmente trata-se de um excelente pianista, com muitos recursos, e sua leitura destas sonatas são muito conceituadas. Pena que não a postei antes, mas antes tarde que nunca, não é mesmo?

Lembro que já foram postados outros cds dele aqui no PQPBach, mas não sei se os links estão ativos. E não lembro se em algum destes cds ele incursiona pelo jazz, outro terreno em que também se notabilizou. Seria a praia do velho cão sarnento, bluedog, mas ele ainda está escondido em algum canto, sem nos dar o prazer de seu retorno, curtindo seu acervo …

Sonata No.04 in E-flat major Op.7 (1796-97) – 1. Allegro molto e con brio
Sonata No.04 in E-flat major Op.7 (1796-97) – 2. Largo- con gran espressione
Sonata No.04 in E-flat major Op.7 (1796-97) – 3. Allegro
Sonata No.04 in E-flat major Op.7 (1796-97) – 4. Rondo – Poco allegretto e grazioso

Sonata No.05 in C minor Op.10-1 (1796-98) – 1. Allegro molto e con brio
Sonata No.05 in C minor Op.10-1 (1796-98) – 2. Adagio molto
Sonata No.05 in C minor Op.10-1 (1796-98) – 3. Finale – Prestissimo

Sonata No.06 in F major Op.10-2 (1796-98) – 1. Allegro
Sonata No.06 in F major Op.10-2 (1796-98) – 2. Allegretto
Sonata No.06 in F major Op.10-2 (1796-98) – 3. Presto

Friedrich Gulda – Piano

CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Friedrich Gulda
Friedrich Gulda
#BTHVN250, por René Denon

François Couperin (1668-1733) e Claude Debussy (1862-1918): Les ondes – Amandine Habib, piano

François Couperin (1668-1733) e Claude Debussy (1862-1918): Les ondes – Amandine Habib, piano

Couperin  ֎  Debussy

Músicos Franceses

 

Um álbum reunindo obras de Couperin e Debussy não é algo com o que nos deparamos a todo o instante. Assim, este aqui chamou-me a atenção no momento que o notei em meio a vários outros. A capa de fundo escuro com uma flor dente-de-leão estilizada, letras dispostas na vertical e estilo minimalista, como o belíssimo nome – Les ondes – deram o empurrão final.

Você deve estar se perguntando: o que há em comum entre estes dois compositores que viveram duzentos anos um do outro, além de serem franceses?

Pois há várias coisas, como nos adianta e explica no interessante texto do livreto, incluído nos arquivos, a ótima pianista Amandine Habib. Para começar, ambos foram inovadores e dedicaram-se à música para o teclado. Couperin foi deixando o formalismo das danças que predominava nos seus dias – minuetos, gavotas e outras  – mantendo seus ritmos em suas músicas, mas cobrindo-as com mais poesia. Os nomes de suas peças dão-nos um prazer e um estímulo a mais. Poesia e imaginação também estão presentes nas peças de Debussy, assim como a arte de escolher os nomes – que não se impõem, mais se insinuam.

No disco, Amandine intercala Couperin e Debussy e disto eu muito gostei. Percebemos nas obras de Couperin uma faixa tonal mais estreita, afinal suas peças não foram compostas para grande piano. Mas não lhes faltam vivacidade e cores. Podemos perceber certos ecos destes ritmos nas peças de Debussy, que teve o privilégio de conhecer bem as peças do mestre mais antigo.

A escolha das peças também é enorme mérito da pianista e dos produtores, e eleva este disco bem acima da média dos que tenho ouvido.

Amandine nasceu em Marseille em uma família que ama a música, de maneira eclética, e estudou em Marseille e Lyons. Tem já uma carreira de concertista e de atuação em música de câmera bem estabelecida, além de fazer duo com Raphaël Imbert, um saxofonista de jazz.

Gostei muitíssimo de suas interpretações neste disco, que já ouvi muitas vezes. Espero que isso aconteça também com você.

François Couperin (1668-1733)

Claude Debussy (1862-1918)

  1. L’Étincelante ou la Bontemps (Couperin)
  2. Doctor Gradus ad Parnassum (Debussy)
  3. La Flore (Couperin)
  4. Bruyères (Debussy)
  5. Les lis naissans (Couperin)
  6. Les colliens d’Anacapri (Debussy)
  7. Le dodo ou L’amour au berceau (Couperin)
  8. Toccata (Debussy)
  9. Le tic-toc-choc ou Les maillontins (Couperin)
  10. Les Jumèles (Couperin)
  11. La Cathédrale engloutie (Debussy)
  12. Les ondes (Couperin)
  13. Poissons d’or (Debussy)
  14. Les Ombres errantes (Couperin)
  15. Les tierces alternées (Debussy)
  16. Les Tricoteuses (Couperin)
  17. Les rozeaux (Couperin)
  18. L’Isle joyeuse (Debussy)

Amandine Habib, piano

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FLAC | 207 MB

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MP3 | 320 KBPS | 150 MB

Para explorar mais o tema da influência sobre Debussy e sua relação com a música de Couperin e Rameau, sugiro a leitura deste texto, que é proveniente da página de Jeffrey La Deur.

Aproveite!

René Denon

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Violin Concertos – Shunske Sato, Il Pomo D´oro, Zefira Valova

Já há algum tempo que ensaio postar este CD, mas enfim, ei-lo. Mais uma sensacional gravação do Conjunto Barroco Il Pomo D´Oro, com um excelente solista japonês, um especialista no violino barroco, Shunske Sato.
Temos diversas gravações destes concertos aqui mesmo no PQPBach, mas não canso de postar outras versões, que saem às dezenas anualmente. Tratam-se de obras fundamentais no repertório violinístico, obrigatórias no currículo de qualquer violinista que queira se destacar. Já ouvi estas obras dezenas, quiçá centenas de vezes e nunca canso de ouvir as novas gravações para exatamente indentificar as novidades que podem ser extraídas da partitura. São obras que nunca irão se esgotar.
Shunske Sato me era um total desconhecido até ter acesso a esse CD. Aí fui pesquisar a biografia do rapaz e me supreendi pelo seu currículo. Possui uma carreira estável já há duas décadas, e vem se apresentando com as mais diversas orquestras e maestros ao redor do planeta. Atualmente é o Diretor Artístico do prestigiada Netherlands Bach Society.
Um belo CD, sem dúvida, para quem admira o violino barroco. Rachel Podger e Amandine Beyer já tem seu sucessor.

1 Violin Concerto No. 1 in A Minor, BWV 1041- I. Allegro moderato
2 Violin Concerto No. 1 in A Minor, BWV 1041- II. Andante
3 Violin Concerto No. 1 in A Minor, BWV 1041- III. Allegro assai
4 Violin Concerto No. 2 in E Major, BWV 1042- I. Allegro
5 Violin Concerto No. 2 in E Major, BWV 1042- II. Adagio
6 Violin Concerto No. 2 in E Major, BWV 1042- III. Allegro assai
7 Concerto for 2 Violins in D Minor, BWV 1043- I. Vivace
8 Concerto for 2 Violins in D Minor, BWV 1043- II. Largo ma non tanto
9 Concerto for 2 Violins in D Minor, BWV 1043- III. Allegro
10 Violin Concerto No. 5 in G Minor, BWV 1056R- I. Allegro (Arr. Forkel)
11 Violin Concerto No. 5 in G Minor, BWV 1056R- II. Largo (Arr. Forkel)
12 Violin Concerto No. 5 in G Minor, BWV 1056R- III. Presto (Arr. Forkel)

Shunske Sato, Zefira Valova – Violins
Il Pomo D´Oro

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Friedrich Gulda spielt Beethoven – Sämtliche Klaviersonaten (1/9) #BTHVN250

gulda_beethoven_32sonatas

PUBLICADO POR FDP BACH EM 12/6/2013, RESTAURADO POR VASSILY EM 16/1/2020, DENTRO DAS CELEBRAÇÕES DOS 250 ANOS DE LUDWIG VAN BEETHOVEN – o #BTHVN250

NOTA DE VASSILY: Lud Van merece, e por isso celebraremos seu jubileu de maneira que, até o dia de seu 250° aniversário, a integral de suas obras esteja disponível em nosso acervo – das obras de infância até os sublimes, derradeiros quartetos de cordas -, alcançando-lhes novas interpretações, particularmente do ciclo das sonatas para piano, bem como restaurando gravações importantes de suas obras que se perderam no “internéter”. Começamos por esta leitura do notável maluco-beleza vienense, repleta do inconfundível “toque Gulda”, talvez por demais frenética para alguns ouvidos, mas sem dúvidas indispensável a qualquer acervo fonográfico. A qualidade do som não é o forte do selo Amadeo, que também não se dá ao trabalho de separar os movimentos entre faixas, atochando-nos obras inteiras em faixas simples. Ainda assim, e particularmente nestas sonatas da juventude do compositor, Gulda faz a amolação valer a pena.

POSTAGEM ORIGINAL DE FDP BACH:

Em um primeiro momento pensei em postar a coleção toda de uma só vez, mas pensei melhor e decidir postar um por um, para ser melhor degustado, afinal trata-se de Friedrich Gulda tocando Beethoven, e isso definitivamente não é pouca coisa. Tenho essa coleção há algum tempo e a ouço também de vez em quando. Como se tratam-se de gravações da década de 60, esta caixa fica numa pasta chamada gravações históricas, à qual volto de vez em quando. Ultimamente tenho ouvindo os pianistas mais novos, como Lewis e Brautigam, ou Angela Hewitt, mas de vez em quando preciso ouvir esses caras da velha, pero non mucho, guarda.

Este primeiro cd traz, é claro, as três primeiras sonatas, de op. 2. Deleitem-se.

Sonata No.01 in F minor Op.2-1 (1795) – 1. Allegro
Sonata No.01 in F minor Op.2-1 (1795) – 2. Adagio
Sonata No.01 in F minor Op.2-1 (1795) – 3. Menuetto – Allegretto
Sonata No.01 in F minor Op.2-1 (1795) – 4. Prestissimo
Sonata No.02 in A major Op.2-2 (1795) – 1. Allegro vivace
Sonata No.02 in A major Op.2-2 (1795) – 2. Largo apassionato
Sonata No.02 in A major Op.2-2 (1795) – 3. Scherzo – Allegretto
Sonata No.02 in A major Op.2-2 (1795) – 4. Rondo – Grazioso
Sonata No.03 in C major Op.2-3 (1795) – 1. Allegreo con brio
Sonata No.03 in C major Op.2-3 (1795) – 2. Adagio
Sonata No.03 in C major Op.2-3 (1795) – 3. Scherzo – Allegro
Sonata No.03 in C major Op.2-3 (1795) – 4. Allegro assai

Friedrich Gulda – Piano

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FDPBach

#BTVHN250, por René Denon

Prokofiev (1891-1953): Sonata para Violino, Percussão e Orquestra de Cordas, Op. 80

Prokofiev (1891-1953): Sonata para Violino, Percussão e Orquestra de Cordas, Op. 80

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Vi Sebastian Bohren em ação no Piano Salon Christophori, em Berlim. (Como se pode descrever este lugar? O Piano Salon Christophori é uma espécie de garagem, na verdade uma ex-fábrica de pianos. Imagine uma garagem semi-abandonada, imagine que ela seja utilizada como sala de concertos e centro cultural, decorada com parte de pianos penduradas nas paredes, quadros, cadeiras, velhos sofás e lustres pendurados por correntes. E que tenha uma bela acústica. É mais ou menos isso). Bem, foi uma apresentação impressionante de Bohren. Trata-se de um extraordinário violinista de habilidade, musicalidade e sonoridade espetaculares. Esta versão da sonata para violino solo, orquestra de cordas e percussão foi uma iniciativa dele. A transcrição do Op. 80 de Prokofiev foi encomendada a Andrei Pushkarev, percussionista da “Kremerata Baltica” de Gidon Kremer, um arranjador talentoso cujos arranjos podem ser encontrados no repertório de inúmeros músicos. Esta Sonata é absolutamente esplêndida, ficando entre o sublime, a tristeza e o agressivo. Ela foi escrita entre 1938 e 1946 e completada dois anos após a Sonata para Violino Nº 2. É uma das obras mais sombrias do compositor e Prokofiev recebeu o prêmio Stalin de 1947 por ela. O disco é, sim, imperdível.

Violin Sonata No. 1 in F Minor, Op 80 (Sonata for Violin, Percussion and String Orchestra (Live)
I. Andante assai (Arr. for Violin, Percussion and String Orchestra) [Live] 7:10
II. Allegro brusco (Arr. for Violin, Percussion and String Orchestra) [Live] 7:12
III. Andante (Arr. for Violin, Percussion and String Orchestra) [Live] 8:45
4 IV. Allegrissimo (Arr. for Violin, Percussion and String Orchestra) [Live] 8:57

Sebastian Bohren
Georgian Chamber Orchestra

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O excelente Sebastian Bohren

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Complete Cantatas – Volume 16 de 22 – Sandrine Piau, Annette Markert James Gilchrist, etc., Amsterdam Baroque Orchestra, Ton Kopman

COMPACT DISC 1
Ich habe genung BWV 82
Festo Purificationis Mariae

1. Aria: “Ich habe genung”
2. Recitative: “Ich habe genung! Mein Trost ist nur allein”
3. Aria: “Schlummert ein, ihr matten Augen”
4. Recitative: “Mein Gott! wenn kömmt das schöne: Nun!”
5. Aria: “Ich freue mich auf meinen Tod”

Wer weiß, wie nahe mir mein Ende BWV 27
Dominica 16 post Trinitatis
6. Chorale and Recitative (S, A, T): “Wer weiß, wie nahe mir mein Ende”
7. Recitative (Tenor): “Mein Leben hat kein ander Ziel”
8. Aria (Alto): “Willkommen! will ich sagen”
9. Recitative (Soprano): “Ach, wer doch schon im Himmel war!”
10. Aria (Bass): “Gute Nacht, du Weltgetümmel!”
11. Chorale: “Welt, ade! ich bin dein müde”

Herr Gott, dich loben wir BWV 16
Festo Circumcisionis Christi
12. Chorus: “Herr Gott, dich loben wir”
13. Recitative (Bass): “So stimmen wir bei dieser frohen Zeit”
14. Aria (Bass) and Chorus: “Laßt uns jauchzen”
15. Recitative (Alto): “Ach treuer Hort”
16. Aria (Tenor): “Geliebter Jesu, du allein”
17. Chorale: “All solch dein Gut wir preisen”

Appendix:
Herr Gott, dich loben wir BWV 16
18. Aria (Tenor): “Geliebter Jesu, du allein” 8’55

Ich habe genung BWV 82
19. Aria (Bass): “Schlummert ein, ihr matten Augen”

COMPACT DISC 2

Vergnügte Ruh, beliebte Seelenlust BWV 170
Dominica 6 post Trinitatis
1. Aria: “Vergnügte Ruh, beliebte Seelenlust”
2. Recitative: “Die Welt, das Sündenhaus”
3. Aria: “Wie jammern mich doch die verkehrten Herzen”
4. Recitative: “Wer sollte sich demnach”
5. Aria: “Mir ekelt mehr zu leben”

Herr, deine Augen sehen nach dem Glauben BWV 102
Dominica 10 post Trinitatis
Prima parte
6. Chorus: “Herr, deine Augen sehen nach dem Glauben”
7. Recitative (Bass): “Wo ist das Ebenbild”
8. Aria (Alto): “Weh der Seele, die den Schaden nicht mehr kennt”
9. Arioso (Bass): “Verachtest du den Reichtum seiner Gnade”

Seconda parte 10. Aria (Tenor): “Erschrecke doch, du allzu sichre Seele”
11. Recitative (Alto): “Beim Warten ist Gefahr”
12. Chorale: “Heut lebst du, heut bekehre dich”

Gott der Herr ist Sonn und Schild BWV 79
Festo Reformationis
13. Chorus: “Gott der Herr ist Sonn und Schild”
4. Aria (Alto): “Gott ist unsre Sonn und Schild!”
15. Chorale: “Nun danket alle Gott” 2’05
16. Recitative (Bass): “Gottlob, wir wissen den rechten Weg zur Seligkeit”
17. Aria (Soprano, Bass): “Gott, ach Gott, verlaß die Deinen nimmermehr”
18. Chorale: “Erhalt uns in der Wahrheit”

COMPACT DISC 3

Ich geh und suche mit Verlangen (Dialogus) BWV 49
Dominica 20 post Trinitatis

1. Sinfonia
2. Aria (Bass): “Ich geh und suche mit Verlangen”
3. Recitative (Soprano, Bass): “Mein Mahl ist zubereit”
4. Aria (Soprano): “Ich bin herrlich, ich bin schön”
5. Recitative (Soprano, Bass): “Mein Glaube hat mich selbst so angezogen”
6. Aria and Chorale (Soprano, Bass): “Dich hab ich je und je geliebet”

Gott fähret auf mit Jauchzen BWV 43
1737 Festo Ascensionis Christi

Prima parte
7. Chorus: “Gott fähret auf mit Jauchzen”
8. Recitative (Tenor): “Es will der Höchste sich ein Siegsgepräng bereiten”
9. Aria (Tenor): “Ja tausend mal tausend begleiten den Wagen”
10. Recitative (Soprano): “Und der Herr, nachdem er mit ihnen geredet hatte”
11. Aria (Soprano): “Mein Jesus hat nunmehr”

Seconda parte

12. Recitative (Bass): “Es kommt der Helden Held”
13. Aria (Bass): “Er ists, der ganz allein die Kelter hat getreten”
14. Recitative (Alto): “Der Vater hat ihm ja ein ewig Reich bestimmet”
15. Aria (Alto): “Ich sehe schon im Geist”
16. Recitative (Soprano): “Er will mir neben sich”
17. Chorale: “Du Lebensfürst, Herr Jesu Christ”

Brich dem hungrigen dein Brot BWV 39
Dominica 1 post Trinitatis

Prima parte
18. Chorus: “Brich dem hungrigen dein Brot”
19. Recitative (Bass): “Der reiche Gott wirft seinen Überfluß auf uns”
20. Aria (Alto): “Seinem Schöpfer noch auf Erden”

Seconda parte
21. Aria (Bass): “Wohlzutun und mitzuteilen”
22. Aria (Soprano): “Höchster, was ich habe”
23. Recitative (Alto): “Wie soll ich dir, o Herr, denn sattsamlich vergelten”
24. Chorale: “Selig sind, die aus Erbarmen”

Appendix:
Gott fähret auf mit Jauchzen BWV 43

13. Aria (Bass): “Er ists, der ganz allein”

Johannette Zomer, Sandrine Piau, Sibylla Rubens soprano
Bogna Bartosz, Annette Markert alto
James Gilchrist, Paul Agnew, Christoph Prégardien tenor
Klaus Mertens bass

THE AMSTERDAM BAROQUE ORCHESTRA & CHOIR
TON KOOPMAN

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O Mestre Esquecido, capítulo IX (Liszt – Sonata Dante – Consolação no. 3 – Transcrições de Lieder de Schubert – Antonio Guedes Barbosa)

O Mestre Esquecido, capítulo IX (Liszt – Sonata Dante – Consolação no. 3 – Transcrições de Lieder de Schubert – Antonio Guedes Barbosa)

Depois de mais de quatro anos, e por mea maxima culpa, retomamos com uma postagem inédita a série dedicada ao Mestre Esquecido, enquanto esperamos concluí-la antes de 2023, ano em que Antonio completaria 80 anos, e no qual lamentaremos os 30 anos de sua morte.

As obras que ora apresentamos foram gravadas nos Estados Unidos em dois momentos distintos da carreira de Barbosa. Os arranjos de Liszt para os Lieder de Schubert foram gravados em 1979, e são as mais belas leituras que conheço dessas partituras que, convenhamos, são bem mais Liszt do que Schubert, e que sob mãos menos hábeis acabam soando como pichações sonoras das sublimes melodias inventadas pelo Franz mais velho. Já a Consolação e a Sonata Dante, gravadas em abril de 1993, mostram o Mestre no auge de sua forma e, salvo melhor juízo, foram seu canto de cisne fonográfico – as últimas gravações que faria antes de sucumbir, no setembro seguinte, a um infarto fulminante.

LISZT – SONATA DANTE – 9 TRANSCRIÇÕES DE LIEDER DE SCHUBERT – CONSOLAÇÃO NO. 3 – ANTONIO GUEDES BARBOSA

Franz LISZT (1811-1886)

1 – Années de pèlerinage, deuxième année, S, 161,”Italie” – no. 7: Après une lecture du Dante
2 – Six Consolations pour piano, S. 172: no. 3 em Ré bemol maior – Lento placido

Franz Peter SCHUBERT (1797-1828), transcrições de Franz LISZT

3 – Die Forelle, S. 564
4 – Erlkönig, S. 558
5 – Auf dem Wasser zu singen, S. 558 no. 2
6 – Du bist die Ruh’, S, 558 no. 3
7 – Ständchen, S. 558 no. 9
8 – Wohin?, S. 565 no. 5
9 – Frühlingsglaube, S. 558 no. 7
10 – Gretchen am Spinnrade, S. 558 no. 8
11. – Ellens Dritter Gesang  (“Ave Maria”), S. 558 no. 12

Antonio Guedes Barbosa, piano

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Abaixo, o registro da participação de Antonio no programa “Espaço Livre” da Rádio MEC, em 1987:

Capa do mesmo álbum nos Estados Unidos, onde foi lançado pela Connoisseur Society. Barbosa faleceria poucos dias depois do lançamento brasileiro, pela saudosa Kuarup

Vassily [revalidado em 15/1/2021]

François Couperin (1668-1733): Les Nations / Jean-Féry Rebel (1666-1747): Les caractères de la danse

François Couperin (1668-1733): Les Nations / Jean-Féry Rebel (1666-1747): Les caractères de la danse

Não é um grande disco, é um bom disco. Jean-Féry Rebel é um dos compositores barrocos franceses mais fascinantes. Sua suíte Les elements inclui um acorde dissonante e pioneiro de 12 notas. Nenhuma dissonância atonal ocorre aqui em seu mais educado Les caractères de la danse, uma suíte de danças populares que fazem alusões a canções favorita da época. A música é leve em comparação com a riqueza das suítes elaboradas por Couperin em Les Nations, representando os gostos francês e espanhol em uma sequência de movimentos de dança, cada um incluindo uma fina e nobre Passacaille. Mas, sabem?, prefiro os 9 minutinhos de Rebel à quase uma hora de Couperin. O Florilegium é ótimo, com duas flautas particularmente bem equilibradas.

Francois Couperin (1668-1733): Les Nations / Jean-Féry Rebel (1666-1747): Les caractères de la danse

Francois Couperin
1. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Sonate – Couperin 07:08
2. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Suite – Couperin 03:45
3. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Courante – Couperin 01:35
4. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Seconde courante – Couperin 02:14
5. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Sarabande – Couperin 02:19
6. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Gigue – Couperin 01:16
7. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Chacone ou Passacaille – Couperin 02:52
8. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Gavotte – Couperin 00:58
9. Les Nations Premiere Ordre_La Francoise – Menuet – Couperin 01:12

10. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Sonate – Couperin 08:47
11. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Suite – Couperin 02:51
12. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Courante – Couperin 03:23
13. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Seconde Courante – Couperin 01:44
14. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Sarabande – Couperin 02:45
15. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Gigue Louree – Couperin 02:21
16. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Gavotte – Couperin 01:01
17. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Rondeau – Couperin 02:39
18. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Bouree – Couperin 00:50
19. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Double de la Bouree prededente – Couperin 01:37
20. Les Nations Deuxieme Ordre_ L’Espagnole – Passacaille – Couperin 04:47

Jean-Féry Rebel
21. Les Caracteres de la danse – Rebel 09:12

Florilegium Chamber Ensemble

Total time: 65:24

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As danças muito gentis e estudadas da Corte Francesa pré-corte… de cabeças.

PQP

Beethoven (1770-1827): Sinfonia nº 3, “Eroica” – Monteux/Concertgebouw #BTHVN250

Este ano, vocês sabem, as orquestras por todo o mundo vão homenagear os 250 anos de Beethoven. No Brasil, teremos sinfonias em todas as grandes cidades (se as salas e teatros não fecharem até lá), além de grandes solistas tocando os cinco concertos para piano até cansar: Arnaldo Cohen, Linda Bustani e convidados estrangeiros como Paul Lewis e Alexander Melnikov.

Aqui no P.Q.P.Bach também teremos grandes homenagens com integrais de peso. Mas vamos com calma! Afinal, ainda faltam muitos meses para o aniversário do sagitariano Ludwig… Vamos começar o ano com algumas pérolas do passado: dias atrás foi o trio Michelangeli/Giulini/Filarmônica de Viena. Hoje, uma dupla igualmente notável: Monteux/Concertgebouw de Amsterdam.

Pierre Benjamin Monteux (1875-1964) foi um dos grandes nome da regências no século XX. Ele forma, com o suíço Ansermet (amigo de Debussy) e o alemão Klemperer (discípulo de Mahler), uma tríade de maestros que conheceram a tradição sinfônica europeia pré-primeira-guerra e, como viveram mais de 80 anos, deixaram gravações em stereo com qualidade de som muito superior à dos registros deixados por Furtwängler ou Mengelberg.

O currículo de Monteux é extenso: tocou viola em formações de câmara com Saint-Saëns e Fauré ao piano, foi membro de um quarteto de cordas até 1911, com o qual tocou para Brahms em Viena. Segundo Monteux, o compositor teria dito: “Os franceses tocam minha música corretamente. Os alemães a tocam de forma muito pesada.”

Mas a parte mais famosa da biografia de Monteux foi quando estreou, como maestro dos Ballets Russes em Paris, os Jeux de Debussy e em seguida a Sagração da Primavera de Stravinsky, ambos na mesma primavera de 1913.

A primeira reação, ao ler a partitura com Stravinsky ao piano, foi de espanto: “Eu decidi que as sinfonias de Beethoven e Brahms eram a minha música, não a música daquele russo maluco… Meu desejo era fugir daquela sala e achar um canto para ver se passava minha dor de cabeça. Então [o coreógrafo Diaghilev] virou para mim e disse: Essa é uma obra-prima, Monteux, que vai revolucionar a música e torná-lo famoso, porque você vai regê-la. E, claro, eu regi”. Apesar da reação inicial, Monteux trabalhou longos meses com Stravinsky, dando sugestões sobre a orquestração. Para fazer a orquestra dos Champs-Élysées tocar aquela música difícil e diferente, foram nada menos que dezessete ensaios.

Depois, em sua longa carreira, Monteux se associou a orquestras em Nova York, Boston, Amsterdam, Paris, San Francisco e Londres – peregrinação comum naquelas décadas com duas grandes guerras e uma crise do capitalismo global. Cavalheiro à moda antiga, ele não gostava de gravações em estúdio, mas deixou como legado uma parte razoável do seu repertório, especialmente Beethoven, Schubert, Brahms, Debussy e Stravinsky.

Gravada em 1962, em stereo, com os naipes da orquestra divididos como nos mais clássicos discos dos anos 60 (me vem à cabeça: Argerich/Abbado e Lennon/McCartney), esta Heróica tem como bônus a gravação do ensaio da Marcha Fúnebre. Em um francês de senhor idoso, Monteux trabalha cuidadosamente o som da orquestra de Amsterdam: “O difícil são as duas primeiras notas: PAN-pan-pan…”, corrige o maestro, com o mesmo cuidado meticuloso que ele tinha com a inovadora orquestração de Stravinsky. Ese ensaio nos mostra que não bastam os nomes famosos do maestro, da orquestra e do compositor: é preciso muito esforço e muita autocrítica para se fazer uma gravação histórica de Beethoven.

Ludwig van Beethoven – Symphony No. 3 In E Flat major, Op. 55 “Eroica”
1. Allegro con Brio
2. Marcia Funebre (Adagio Assai)
3. Scherzo (Allegro Vivace)
4. Finale (Allegro Molto)

5. Rehearsal: Marcia Funebre
Pierre Monteux, Concertgebouworkest
Recorded in Amsterdam 7/1962

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Pleyel

Gabriel Yared (1949) – Trilha Sonora Original para “Camille Claudel”, de Bruno Nuytten (1988)

Gabriel Yared - Camille Claudel front and backLongo, belo e seriíssimo, Camille Claudel parece muito mais antigo do que seus meros trinta e um anos fazem parecer. Claro que não nos debruçaremos aqui sobre suas virtudes e problemas. Limitar-nos-emos a uma menção à interpretação maiúscula de Gérard Dépardieu como Auguste Rodin e ao papel da vida de Isabelle Adjani, absurdamente bela e transcendentemente imbuída da personagem-título dessa obra que também produziu. Camille Claudel interessa-nos, dentro do escopo deste blogue, pela grande música que lhe compõs o libanês Gabriel Yared, que se inspirou escarradamente em Mahler, Schönberg e Richard Strauss para criar uma trilha que, acredito, se sustenta sozinha. E aos tantos fãs do filme que a gente sempre encontra pelos caminhos do planeta, e que estavam desesperados à cata de sua “bande originale”, a busca acabou: ei-la, direto de um sebo de Bonn!

CAMILLE CLAUDEL – BANDE SONORE ORIGINALE DU FILM – GABRIEL YARED

01 – Camille
02 – Rodin
03 – Danande
04 – Folie Neubourg
05 – Portrait
06 – Lettre
07 – Camille et Rodin
08 – Banquet
09 – Camille et Paul
10 – Rupture
11 – Seule
12 – Enterrement
13 – Internement

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Isabelle Adjani como Camille Claudel: visceral e transcendente
Isabelle Adjani como Camille Claudel: bela e transcendente

 

 

 

 

 

 

 

Vassily

G. F. Handel (1685-1759): Suítes para Teclado – /|\ – D. Scarlatti (1685-1757): Sonatas – \|/ – Murray Perahia, piano

G. F. Handel (1685-1759): Suítes para Teclado – /|\ – D. Scarlatti (1685-1757): Sonatas – \|/ – Murray Perahia, piano

Handel – Suítes Nos. 2, 3 e 5

&

Chaconne

Scarlatti – 7 Sonatas

 

O que torna um disco avassaladoramente bom? Qual é a medida? Quais são os ingredientes ou as circunstâncias? A norma atual são discos tecnicamente bem produzidos com ótimos intérpretes, não há muito espaço para amadores. Mas há circunstâncias que permitem um disco quebrar, de longe, todas as possíveis graduações de bom, muito bom, ótimo, excelente…

Pois é o caso deste disco, um caso bem acima da curva. É certamente um dos meus dez melhores discos, talvez fique entre os cinco melhores…

Sei, estou um pouco eufórico, mas este disco faz isto comigo. Portanto, peço-vos, ouçam a música!

Mr. Handel

Vamos às circunstâncias do disco. Imagine um pianista renomado, no auge de sua carreira, sofre um corte em um de seus polegares, feito por uma folha de papel. O corte inflama e a coisa toda torna-se um pesadelo. Antibióticos, complicações diversas, até cirurgias. Como resultado, o pianista é forçado a um sabático de suas atividades. Mas música é a sua vida e ele precisa viver. Ouvir música, estudar música, talvez um pouco de regência.

Foi isso o que aconteceu com Murray Perahia no início da década de 1990. As complicações realmente o deixaram sem poder tocar por anos. Talvez para variar de suas principais escolhas musicais: Mozart, Beethoven, Schubert, Brahms, um pouco de música barroca. Afinal, na juventude convivera em Vermont com Pablo Casals e CIA. Bach, é claro, mas também os outros dois fenomenais compositores que nasceram no ano de 1685. Deve ter havido um grande alinhamento de planetas!

Diz a lenda que em um passeio qualquer, Perahia entrou em um sebo de livros e saiu de lá com uma partitura das Grandes Suítes de Handel. As sonatas de Scarlatti ele certamente conhecia de sua amizade e convivência com Horowitz. Se bem que suas interpretações são diferentes das do Volodya. Pois foi assim que, ao recobrar-se, Perahia gravou uma série de discos excepcionais com música de Bach, além deste aqui, com algumas das Suítes de Handel e umas Sonatas de Scarlatti.

Don Domenico

Entre as oito Grandes Suítes de Handel, escolheu as de Nos. 5, 3 e 2. A Suíte No. 5 termina com o mais famoso de todos os movimentos, as variações chamadas “The Harmonious Blacksmith” – “O Ferreiro Harmonioso”. Estas e a belíssima Chaconne.

A música de Handel, se comparada à música de Bach, parece mais simples, mais fácil, para não dizer mundana (a comparação me faz pensar em Tamino e Papageno). Mas a interpretação de Perahia realiza esta simplicidade, naturalidade, mas também um aspecto de solenidade que é fundamental. A fluidez desta música é irresistível. Se você não conseguir parar de ouvir a Chaconne, vez e de novo, não se preocupe, isto ocorre com frequência entre os ouvintes deste disco. Lembre-se que Handel era muito admirado por Mozart, Beethoven e Brahms.

No disco, a transição de Handel para Scarlatti é impactante. Saímos da solene Inglaterra para a estonteante Espanha, com suas procissões e igrejas, cavalheiros, guitarras e lindas damas. Preste atenção, está tudo aí na música. Se não perceberes, é só ouvir novamente.

Ande, baixe o disco e prepare-se para um período puro deleite musical.

George Frideric Handel (1685-1759)

Suíte No. 5 em mi maior, HWV 430

  1. Preludio
  2. Allemande
  3. Courante
  4. Air con Variazioni – ‘The Harmonious Blacksmith’

Chaconne em sol maior, HWV 435

  1. Chaconne

Suíte No. 3 em ré menor, HWV 428

  1. Preludio – Presto
  2. Allegro
  3. Allemande
  4. Courante
  5. Air con Variazioni
  6. Presto

Suíte No. 2 em fá maior, HWV 427

  1. Adagio
  2. Allegro
  3. Adagio
  4. Allegro [Fugue]

Domenico Scarlatti (1685-1757)

  1. Sonata em ré maior, K. 491
  2. Sonata em si menor, K. 27
  3. Sonata em dó sustenido menor, K. 247
  4. Sonata em ré maior, K. 29
  5. Sonata em lá maior, K. 537
  6. Sonata em mi maior, K. 206
  7. Sonata em lá maior, K. 212

Murray Perahia, piano

Produção: Andreas Neubronner
Gravado em 1996

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FLAC |210 MB

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MP3 | 320 KBPS | 158 MB

Murray Perahia

Você poderá ler uma interessante entrevista com Murray Perahia aqui. Lamentavelmente há notícias que ele passa novamente por um período de dificuldades com a saúde. Que seja rápida a recuperação!

Enquanto isso, aproveite! Este disco merece o nosso selo altíssima qualidade!René Denon

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Complete Cantatas – Volume 15 de 22 – Sandrine Piau, Paul Agnew, Christoph Pregardién, James Gilchrist, etc, Amsterdam Baroque Orquestra, Ton Koopman

“Unser Mund sei voll Lachens” BWV 110
Feria Nativitatis Christi At the 1st day of Christmas
1. Chorus (Solo S, A, T, B): “Unser Mund sei voll Lachens”
2. Aria (Tenor): “Ihr Gedanken und ihr Sinnen”
3. Recitative (Bass): “Dir, Herr, ist niemand gleich”
4. Aria (Alto): “Ach Herr, was ist ein Menschenkind”
5. Aria (Duet Soprano, Tenor): “Ehre sei Gott in der Höhe”
6. Aria (Bass): “Wacht auf, ihr Adern und ihr Glieder”
7. Chorale: “Alleluia! Gelobt sei Gott”

“Wir müssen durch viel Trübsal” BWV 146
Dominica Jubilate
8. Sinfonia
9. Chorus: “Wir müssen durch viel Trübsal in das Reich Gottes eingehen”
10. Aria (Alto): “Ich will nach dem Himmel zu”
11. Recitative (Soprano): “Ach! Wer doch schon im Himmel war”
12. Aria (Soprano): “Ich säe meine Zähren”
13. Recitative (Tenor): “Ich bin bereit”
14. Aria (Duet Tenor, Bass): “Wie will ich mich freuen, wie will ich mich laben”
15. Chorale: “Freu dich sehr, o meine Seele”

“Gottlob! nun geht das Jahr zu Ende” BWV 28
Dominica post Nativitatis Christi

16. Aria (Soprano): “Gottlob! nun geht das Jahr zu Ende”
17. Chorus: “Nun lob, mein Seel, den Herren”
18. Recitative • Arioso (Bass): “So spricht der Herr”
19. Recitative (Tenor): “Gott ist ein Quell, wo lauter Güte fleußt”
20. Aria (Duet Alto, Tenor): “Gott hat uns im heurigen Jahr gesegnet”
21. Chorale: “All solch dein Gut wir preisen”

COMPACT DISC 2

“Tue Rechnung! Donnerwort” BWV 168
Dominica 9 post Epiphanias
1. Aria (Bass): “Tue Rechnung! Donnerwort”
2. Recitative (Tenor): “Es ist nur fremdes Gut”
3. Aria (Tenor): “Kapital und Interessen”
4. Recitative (Bass): “Jedoch, erschrocknes Herz”
5. Aria (Duet Soprano, Alto): “Herz, zerreiß des Mammons Kette”
6. Chorale: “Stärk mich mit deinem Freudengeist”

“Er rufet seinen Schafen mit Namen” BWV 175
Feria 3 Pentecostes bass
7. Recitative (Tenor): “Er rufet seinen Schafen mit Namen”
8. Aria (Alto): “Komm, leite mich”
9. Recitative (Tenor): “Wo find ich dich?”
10. Aria (Tenor): “Es dünket mich, ich seh dich kommen”
11. Recitative (Alto, Bass): “Sie vernahmen aber nicht”
12. Aria (Bass): “Öffnet euch, ihr beiden Ohren”
13. Chorale: “Nun, werter Geist, ich folg dir”

“Bisher habt ihr nichts gebeten in meinem Namen” BWV 87
Dominica Rogate At Rogation Sunday
14. Aria (Bass): “Bisher habt ihr nichts gebeten in meinem Namen”
15. Recitative (Alto): “O Wort, das Geist und Seel erschreckt”
6. Aria (Alto): “Vergib, O Vater, unsre Schuld”
7. Recitative (Tenor): “Wenn unsre Schuld bis an den Himmel steigt”
18. Aria (Bass): “In der Welt habt ihr Angst”
19. Aria (Tenor): “Ich will leiden, ich will schweigen”
20. Chorale: “Muß ich sein betrübet?”

“Ach Gott, wie manches Herzeleid” BWV 3
Dominica 2 post Epiphanias
21. Chorus: “Ach Gott, wie manches Herzeleid”
22. Chorale and Recitative (S, A, T, B; Choir): “Wie schwerlich läßt sich Fleisch und Blut”
23. Aria (Bass): “Empfind ich Höllenangst und Pein”
24. Recitative (Tenor): “Es mag mir Leib und Geist verschmachten”
25. Aria (Duet Soprano, Alto): “Wenn Sorgen auf mich dringen”
26. Chorale: “Erhalt mein Herz im Glauben rein”

COMPACT DISC 3

“Es ist ein trotzig und verzagt Ding” BWV 176
Festo Trinitatis At Trinity
1. Chorus: “Es ist ein trotzig und verzagt Ding”
2. Recitative (Alto): “Ich meine, recht verzagt”
3. Aria (Soprano): “Dein sonst hell beliebter Schein”
4. Recitative (Bass): “So wundre dich, o Meister, nicht”
5. Aria (Alto): “Ermuntert euch, furchtsam und schüchterne Sinne”
6. Chorale: “Auf daß wir also allzugleich”

“Es ist euch gut, daß ich hingehe” BWV 108
Dominica Cantate At the Sunday
7. Aria (Bass): “Es ist euch gut, daß ich hingehe”
8. Aria (Tenor): “Mich kann kein Zweifel stören”
9. Recitative (Tenor): “Dein Geist wird mich also regieren”
10. Chorus: “Wenn aber jener, der Geist der Wahrheit, kommen wird”
11. Aria (Alto): “Was mein Herz von dir begehrt”
12. Chorale: “Dein Geist, den Gott vom Himmel gibt”

“Ich bin ein guter Hirt” BWV 85
Dominica Misericordias Domini A

13. Aria (Bass): “Ich bin ein guter Hirt”
14. Aria (Alto): “Jesus ist ein guter Hirt”
15. Chorale (Soprano): “Der Herr ist mein getreuer Hirt”
16. Recitative (Tenor): “Wenn die Mietlinge schlafen”
17. Aria (Tenor): “Seht, was die Liebe tut”
18. Chorale: “Ist Gott mein Schutz und treuer Hirt”

“Auf Christi Himmelfahrt allein” BWV 128
Festo Ascensionis Christi

19. Chorus: “Auf Christi Himmelfahrt allein”
20. Recitative (Tenor): “Ich bin bereit, komm, hole mich”
21. Aria (Bass): “Auf, auf, mit hellem Schall”
22. Aria (Duet Alto, Tenor): “Sein Allmacht zu ergründen”
23. Chorale: “Alsdenn so wirst du mich”

“Sie werden euch in den Bann tun” BWV 183
Dominica Exaudi
24. Recitative (Bass): “Sie werden euch in den Bann tun”
25. Aria (Tenor): “Ich fürchte nicht des Todes Schrecken”
26. Recitative (Alto): “Ich bin bereit, mein Blut und armes Leben”
27. Aria (Soprano): “Höchster Tröster, heiiger Geist”
28. Chorale: “Du bist ein Geist, der lehret”

Deborah York, Sandrine Piau, Johannette Zomer, Sibylla Rubens soprano
Bogna Bartosz alto
Jörg Dürmüller, Paul Agnew, Christoph Prégardien, James Gilchrist tenor
Klaus Mertens bass

THE AMSTERDAM BAROQUE ORCHESTRA & CHOIR
TON KOOPMAN

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