Henryk Górecki (1933-2010): Symphony No. 3, Op. 36 (“Symphony of Sorrowful Songs”) / 3 Olden Style Pieces

Henryk Górecki (1933-2010): Symphony No. 3, Op. 36 (“Symphony of Sorrowful Songs”) / 3 Olden Style Pieces

Há coisas que são difíceis de entender ou que, decididamente, não dão para entender. Estranho que o mesmo mundo que privilegia autores como Glass em detrimento de outros muito superiores, pesque justo Górecki, dentre um imenso cardume de bons compositores, muitos deles banhando-se no Mar Báltico. Por que a surpresa? Ora, a surpresa deve-se a que Górecki é bom. Quando do lançamento pela Nonesuch (1992, com Dawn Upshaw e a London Sinfonietta sob a direção de David Zinman), a Sinfonia Nº 3 vendeu inacreditáveis 5 milhões de cópias no mundo. Tenho uma, claro. O CD esteve no topo da venda de discos no Reino Unido. Segundo a gravadora, vendeu quatrocentas vezes a expectativa de vendas de uma sinfonia de um compositor relativamente desconhecido no séc XX.

E é boa música. E, para gáudio dos pequepianos, este registro de Antoni Wit, feito para a Naxos em 1994, é ainda melhor. Ocorre algo semelhante com Penderecki (talvez com todos de todas as etnias): sua música soa melhor quando poloneses a interpretam. Aqui repete-se o fenômeno. Esta gravação eclipsa o esforço de americanos e ingleses. Há muito mais profundidade e força. Cada movimento cresce lenta e poderosamente. O engenheiro de som também deu mais atenção ao piano — e o resultado é uma peça muito mais marcante e comovente.

Henryk Górecki (1933-2010): Symphony No. 3, Op. 36 (“Symphony of Sorrowful Songs”)

Movement 1 – Lento sostenuto tranquillo ma cantabile
Movement 2 – Lento e largo – tranquillissimo
Movement 3 – Lento cantabile semplice

3 Olden Style Pieces

4. I
5. II
6. III

Zofia Kilanowicz, soprano
Polish National Radio Symphony Orchestra
Antoni Wit

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Graaaaande Górecki!!!
Graaaaande Górecki!!!

PQP

Béla Bártok (1881-1945) – Violin Concertos nº 1 & 2 – Christian Tezlaff, Hannu Lintu, Finnish Radio Symhony Orchestra

00538d23_mediumIM – PER – DÍ – VEL !!!!

Este CD foi recém lançado pela gravadora Ondine.  Aqui temos o excepcional violinista alemão Christian Tetzlaff dando um show de competência técnica e virtuosística nos apresentando estes incríveis concertos para Violino do húngaro Béla Bártok.
Já ouvi umas duas ou três vezes este CD, e não há como não admirá-lo. Como disse acima, Tetzlaff atingiu um nível altíssimo em suas interpretações, e hoje fácil fácil pode ser considerado um dos grandes nomes do instrumento.
Espero que apreciem. Eu particularmente gostei muito.

1 Violin Concerto No. 2, Sz. 112- I. Allegro non troppo
2 Violin Concerto No. 2, Sz. 112- II. Andante tranquillo
3 Violin Concerto No. 2, Sz. 112- III. Allegro molto
4 Violin Concerto No. 1, Sz. 36- I. Andante sostenuto
5 Violin Concerto No. 1, Sz. 36- II. Allegro giocoso

Christian Tetzlaff – Violin
Finnish Radio Symphony Orchestra
Hannu Lintu – Conductor

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Franz Liszt (1811-1886) – Poemas Sinfônicos, Prelúdios e Fugas para órgão

coverO organista e compositor francês Jean Guillou pode ser comparado ao pianista Glenn Gould em alguns aspectos. É um artista com ideias únicas sobre performance: usa registros de som pouco convencional, fugindo das limitações das interpretações historicamente corretas.

Neste CD aparecem os dois aspectos de Liszt: o virtuose e o místico. Além de ter transcrito dois poemas sinfônicos de Liszt para o órgão, Guillou editou sua versão “sincrética” da Fantasia e Fuga sobre o tema B.A.C.H. Liszt havia publicado a obra em três versões, duas para órgão e uma para piano: Guillou utiliza no órgão alguns dos trechos mais virtuosos da versão para piano, com um resultado extremamente difícil tecnicamente.

A Fantasia e Fuga “Ad nos, ad salutarem undam” se baseia em um coral da ópera Le prophète, de Giacomo Meyerbeer.

A forma “Poema Sinfônico” foi inventada por Liszt: são obras programáticas em um único movimento: associadas a ideias extra-musicais derivadas da literatura, da pintura, da natureza, etc. Liszt acreditava na unidade das artes.

Os dois poemas sinfônicos escolhidos por Guillou evocam personagens heroicos da Grécia antiga, extremamente místicos: Prometeu, ao ensinar o uso do fogo, permitiu que homem ameaçasse os deuses. Orfeu, além de inventar os mistérios de Dionísio – cultos em que o uso do vinho levava a um estado transcendental e místico – era músico e poeta, tocava lira, foi ao mundo dos mortos e voltou. Prometeu é representado por Liszt de forma titânica, enquanto a harpa, sucessora moderna da lira, tem destaque na orquestração original de Orfeu, transcrita para o órgão por Guillou de forma bastante original. Finalizo com dois textos sobre os personagens gregos:

Conta a lenda que Prometeu, após ter roubado o fogo do Olimpo para presenteá-lo aos mortais, foi punido por um Zeus furibundo e vingativo. Os suplícios que Zeus aplica a seus desafetos são um manual prático de crueldade e sadismo e com Prometeu, o ladrão do fogo, a fúria divina também se manifesta em todo o esplendor de sua violência. O titã transgressor é acorrentado por Hefesto a uma rocha, para em seguida ser submetido a uma tortura infinda: uma águia almoça todos os dias o seu fígado, em carne viva, e a cada novo dia o fígado se regenera, sendo novamente devorado. Este mito grego é um daqueles que teve mais profundas repercussões na história da cultura – tendo sido material inspirador da dramaturgia grega clássica (a Prometeu era dedicada uma trilogia trágica de Ésquilo, apenas parcialmente conservada), da poesia (com destaque pros versos de Percy Shelley e Goethe), da pintura (inesquecíveis as imagens de Peter Paul Rubens e Dirck van Baburen) etc.

Também é Prometeu quem Hans Jonas invoca ao iniciar esta obra crucial da filosofia do século XX, O Princípio Responsabilidade: “O Prometeu definitivamente desacorrentado, ao qual a ciência confere forças antes inimagináveis e a economia o impulso infatigável, clama por uma ética que, por meio de freios voluntários, impeça o poder dos homens de se transformar em uma desgraça para eles mesmos. A tese de partida desse livro é que a promessa da tecnologia moderna se converteu em ameaça…”

Ora, Hans Jonas (…) reflete fundamentalmente sobre o efeito da tecnologia sobre as civilizações e com a imagem do Prometeu desacorrentado põe em evidência o perigo, o risco, a ameaça, de um poder titânico, desenfreado, que pode exagerar na dose de seu intervencionismo dominador e transfigurador. O filho do Prometeu desacorrentado é o Antropoceno. (…)

Já que pesa sobre nós, que vivemos na época do Prometeu desacorrentado, a “ameaça de um futuro terrível”, devemos ser prudentes e assumir o dever irrecusável de responsabilidade diante do futuro da vida. Um dos maiores problemas, porém, é que “aquilo que não existe não faz reivindicações”, como escreve Jonas pensando nas futuras gerações, cuja voz ainda não ouvimos mas que nossa conduta presente pode estar lesando. Em nossas escolhas e ações, individuais e coletivas, devemos respeitar o “direito daqueles que virão e cuja existência podemos desde já antecipar”. Devemos ouvir, desde já, as vozes daqueles que ainda estão por nascer. A ética, como formulada por Hans Jonas, precisa considerar “a possível acusação de nossas vítimas futuras”.

(Do site A casa de vidro)

Orfeu é uma figura obscura, mas interessante. Alguns sustentam que ele era um homem de verdade, outros que ele era um deus ou um herói imaginário. Tradicionalmente, ele veio da Trácia, como Dionísio, mas parece mais provável que ele (ou o movimento associado ao seu nome) tenha vindo de Creta, com influência do Egito.

Qualquer que tenha sido o ensinamento de Orfeu (se ele existiu), o ensinamento dos órficos é bem conhecido. Eles acreditavam na transmigração das almas; eles ensinaram que a alma poderia alcançar felicidade eterna ou sofrer tormento eterno ou temporário de acordo com o seu modo de vida aqui na Terra. Eles buscavam tornar-se “puros”, em parte em cerimônias de purificação, em parte evitando certos tipos de contaminação. Os mais ortodoxos entre eles se abstinham de comida de de origem animal, exceto em ocasiões rituais.

(Bertrand Russell)

Liszt by Jean Guillou
1. Symphonic Poem “Prometheus” S.639
2. Prelude and Fugue on B.A.C.H., Syncretic Version S.260
3. Symphonic Poem “Orpheus” S.638
4. Prelude and Fugue on “Ad nos, ad salutarem undam” S.259

1-3: Órgão Kleuker (1978) de Notre-Dame-des-Neiges, L’Alpe d’Huez, França
4: Orgue Marcussen (1973) da Laurenskerk, Rotterdam, Holanda

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Prometeu por Peter Paul Rubens (1577-1640)

Pleyel

J. S. Bach (1685-1750): Peças para teclado com Nelson Freire

J. S. Bach (1685-1750): Peças para teclado com Nelson Freire

Nerso, nerso, mineirim danado, para quê? Acho que todo artista, ainda mais um do calibre de Nelson Freire, tem o direito de dar a sua interpretação da música do passado. Afinal, Freire fez isso a vida inteira tocando maravilhosamente o repertório romântico e tornando-se um dos melhores pianistas do planeta. Mas nós temos o direito de gostar ou não. Ao completar 70 anos, nosso querido pianista resolveu dar uma viradim — ou assinou um contratim — e dirigiu-se a deus, ou seja, a Bach. Pollini já tinha feito o mesmo anos atrás com excelente resultado. Só que Freire ficou oscilando em termos estilísticos. Sua Partita 4 é romântica, é Schumann tocando Bach. Já a Suíte Inglesa 3 e a Cromática são quase simulações de cravo — e, olha, ficaram bem interessantes. Mas nos números finais, talvez por serem peças soltas e ideais para funcionar como bis em concertos, Freire se deu a liberdade de mostrar toda a sua intimidade com… o romantismo. Se eu fosse o grilo falante conselheiro de Freire — e não me considero maior do que um grilo em relação a ele –, pousaria sobre seu ombro esquerdo e diria: parta do romantismo em direção ao futuro, queridim. Nada de baquear nesta altura da vida.

J. S. Bach (1685-1750): Peças para teclado com Nelson Freire

01. J.S. Bach: Partita No.4 in D , BWV 828 – 1. Overture
02. J.S. Bach: Partita No.4 in D , BWV 828 – 2. Allemande
03. J.S. Bach: Partita No.4 in D , BWV 828 – 3. Courante
04. J.S. Bach: Partita No.4 in D , BWV 828 – 4. Aria
05. J.S. Bach: Partita No.4 in D , BWV 828 – 5. Sarabande
06. J.S. Bach: Partita No.4 in D , BWV 828 – 6. Menuet
07. J.S. Bach: Partita No.4 in D , BWV 828 – 7. Gigue
08. J.S. Bach: Toccata in C Minor, BWV 911

09. J.S. Bach: English Suite No.3 in G minor, BWV 808 – 1. Prélude
10. J.S. Bach: English Suite No.3 in G minor, BWV 808 – 2. Allemande
11. J.S. Bach: English Suite No.3 in G minor, BWV 808 – 3. Courante
12. J.S. Bach: English Suite No.3 in G minor, BWV 808 – 4. Sarabande
13. J.S. Bach: English Suite No.3 in G minor, BWV 808 – 5. Gavotte I – Gavotte II ou la musette
14. J.S. Bach: English Suite No.3 in G minor, BWV 808 – 6. Gigue

15. J.S. Bach: Chromatic Fantasia and Fugue in D minor, BWV 903 – 1. Fantasia
16. J.S. Bach: Chromatic Fantasia and Fugue in D minor, BWV 903 – 2. Fugue

17. J.S. Bach: Concerto in D Minor, BWV 974 – for Harpsichord/Arranged by Bach from: Oboe Concerto in D minor by Alessandro Marcello (1685-1750) – 2. Andante

18. J.S. Bach: Choral: “Ich ruf zu dir, Herr Jesu Christ”, BWV 639

19. J.S. Bach: Choral: “Komm Gott Schopfer heiliger Geist”, BWV 667

20. J.S. Bach: Choral: “Nun komm der Heiden Heiland”, BWV 659

21. J.S. Bach: Prelude in G Minor, BWV 535

22. J.S. Bach: Jesu, Joy Of Man’s Desiring, BWV 147

Nelson Freire, piano

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Na boa, eu vou matar esse tal de PQP.
Na boa, eu vou matar esse tal de PQP.

PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sinfonia No. 3, Op. 55 – "Eroica"

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sinfonia No. 3, Op. 55 – "Eroica"

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um portento. Uma coisa de louco esta gravação de Fricsay (1914-1963) com a Filarmônica de Berlim. Se não estou errado é uma gravação de 1958. Aqui não estamos falando de curiosidades como esta, mas de uma orquestra fenomenal regida pelo maior dos regentes, ou quase isso.

Esta Sinfonia contém a dedicatória rasgada mais célebre de todos os tempos: a que Beethoven dedicou a Napoleão, pensando-o um libertador, rasgando-a — ou melhor, apagando-a no papel COM UMA FACA — quando percebeu a que sonhos de grandeza vinha o pigmeu corso. É impossível ouvi-la sem a paixão da dedicatória, antes e depois.

A Marcha Fúnebre… Quem quer viver na “Marcia Funebre” todas as dores da perda, só há a gravação de Ferenc Fricsay. E aqui está ela. Não há melhor gravação da Eroica.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sinfonia No. 3, Op. 55 – “Eroica”

1) Allegro con brio
2) Marcia funebre. Adagio assai
3) Scherzo. Allegro vivace
4) Finale. Allegro molto

Berliner Philharmoniker
Ferenc Fricsay

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Nossa, quanta delicadeza ao apagar...
Nossa, quanta delicadeza ao apagar…

PQP

Richard Wagner (1813-1883): Complete Piano Works, Dario Bonuccelli (1985) piano

Richard Wagner (1813-1883): Complete Piano Works, Dario Bonuccelli (1985)  piano

Capa Wagner Álbum duplo lançado no ano de 2013 em comemoração ao bicentenário do nascimento de Richard Wagner. Mostra um lado do compositor que raramente é ouvido, a obra piano solo.

Wagner é um gigante nos dramas de música que influenciaram a muitos compositores do século XX .

Na presente gravação das obras completas para piano, basicamente o jovem Wagner colocou seu “bonezinho” de Beethoven em suas sonatas de piano e sua fantasia, gradualmente foi desenvolvendo e revelando o seu próprio estilo, ouvidos nas pequenas danças e “folhas de álbuns”.

Esta gravação do selo Dynamic evita a ordem cronológica. É dada maior ênfase ao Wagner que conhecemos, especialmente no arranjo de abertura do Prelúdio a Tristan und Isolde, e o punhado de peças que Wagner escreveu a partir da década de 1850.

A interpretação do pianista italiano Dario Bonuccelli (1985) é limpa e focada, o jovem e competente pianista em alguns momentos poderia oferecer um pouquinho mais de envolvimento emocional, uma pimentinha talvez, melhoraria a leitura e não passaria a impressão de uma interpretação apenas mecânica. A interpretação da Fantasia é adequadamente apaixonada. Bonuccelli equalizou de forma convincente a interpretação das sonatas, são interpretações lúcidas e bonitas.

A qualidade da gravação do selo Dynamic dá a Bonuccelli presença e ressonância extraordinárias.

Richard Wagner (1813-1883): Complete Piano Works, Dario Bonuccelli (1985)  piano

01 Wagner – Tristan und Isolde WWV 90
02 Wagner – Albumblatt in E
03 Wagner – Polka in G
04 Wagner – Zuricher Vielliebchen Walzer in Eb
05 Wagner – Albumblatt in C In das Album der Furstin Metternich
06 Wagner – Albumblatt in Ab Ankunft bei den schwarzen Schwane
07 Wagner – Albumblatt in Eb
08 Wagner – Albumblatt in Eb
09 Wagner – Polonaise in D WWV 23a
10 Wagner – Polonaise in D
11 Wagner – Notenbrief fur Mathilde Wesendonck
12 Wagner – Elegie WWV 93
13 Wagner – Fantasia in F# WWV22 Op3
14 Wagner – Piano Sonata in Ab WWV85 Eine Sonate für das Album von Frau Mathilde Wesendonck
15 Wagner – Piano Sonata in Bb Allegro con brio
16 Wagner – Piano Sonata in Bb Largetto
17 Wagner – Piano Sonata in Bb Menuetto Allegro
18 Wagner – Piano Sonata in Bb Finale Allegro vivace
19 Wagner – Piano Sonata in A Grosse Sonate Allegro con moto
20 Wagner – Piano Sonata in A Grosse Sonate Adagio molto ed assai expressivo
21 Wagner – Piano Sonata in A Grosse Sonate Maestoso Fugue Tempo moderato e majestoso
22 Wagner – Piano Sonata in A Grosse Sonate Maestoso Fugue Tempo moderato e maestoso

Dario Bonuccelli – Piano

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O jovem Dario Bonuccelli ao piano
O jovem Dario Bonuccelli ao piano

AMMIRATORE

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Sinfonia Nº 10

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Sinfonia Nº 10

IM-PER-DÍ-VEL !!! Uma estupenda gravação da décima de Shosta.

Este monumento da arte contemporânea mistura música absoluta, intensidade trágica, humor, ódio mortal, tranquilidade bucólica e paródia. Tem, ademais, uma história bastante particular.

Em março de 1953, quando da morte de Stalin, Shostakovich estava proibido de estrear novas obras e a execução das já publicadas estava sob censura, necessitando autorizações especiais para serem apresentadas. Tais autorizações eram, normalmente, negadas. Foi o período em que Shostakovich dedicou-se à música de câmara e a maior prova disto é a distância de oito anos que separa a nona sinfonia desta décima. Esta sinfonia, provavelmente escrita durante o período de censura, além de seus méritos musicais indiscutíveis, é considerada uma vingança contra Stálin. Primeiramente, ela parece inteiramente desligada de quaisquer dogmas estabelecidos pelo realismo socialista da época. Para afastar-se ainda mais, seu segundo movimento – um estranho no ninho, em completo contraste com o restante da obra – contém exatamente as ousadias sinfônicas que deixaram Shostakovich mal com o regime stalinista. Não são poucos os comentaristas consideram ser este movimento uma descrição musical de Stálin: breve, absolutamente violento e brutal, enfurecido mesmo. Sua oposição ao restante da obra faz-nos pensar em alguma segunda intenção do compositor. Para completar o estranhamento, o movimento seguinte é pastoral e tranquilo, contendo o maior enigma musical do mestre: a orquestra para, dando espaço para a trompa executar o famoso tema baseado nas notas DSCH (ré, mi bemol, dó e si, em notação alemã) que é assinatura musical de Dmitri SCHostakovich, em grafia alemã. Para identificá-la, ouça o tema executado a capela pela trompa. Ele é repetido quatro vezes. Ouvindo a sinfonia, chega-nos sempre a certeza de que Shostakovich está dizendo insistentemente: Stalin está morto, Shostakovich, não. O mais notável da décima é o tratamento magistral em torno de temas que se transfiguram constantemente.

PQP Bach adverte: não ouça o segundo movimento previamente irritado. Você e sua companhia poderão se machucar.

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Sinfonia Nº 10

1. Symphony No. 10 in E minor, Op. 93 : I. Moderato 22:45
2. Symphony No. 10 in E minor, Op. 93 : II. Allegro 4:05
3. Symphony No. 10 in E minor, Op. 93 : III. Allegretto 12:11
4. Symphony No. 10 in E minor, Op. 93 : IV. Andante – Allegro 12:56

Royal Liverpool Philharmonic Orchestra
Vasily Petrenko

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Shosta lendo as novidades
Shosta lendo as novidades

PQP

Edvard Grieg (1843 -1907) – Incidental Music to ‘Peer Gynt’ op. 23, Piano Concerto in A Minor – Bavouzet, Bergen Philharmonic Orchestra, Gardner

coverCreio que estas duas obras que estou trazendo hoje são velhas conhecidas de todos. Quem nunca ouviu o ‘Amanhecer’ do Peer Gynt’, ou então a magnífica ‘Canção de Solveig’, uma das mais belas obras do compositor? E o que dizer do belíssimo Concerto para Piano?
Estou trazendo hoje uma versão meio que globalizada, bem recente.

– A Bergen Philharmonic Orchestra é norueguesa, e tem um detalhe interessante a destacar: é uma das mais antigas orquestra da atualidade, tendo sido fundada em 1765, ou seja, recém completou 250 anos de idade, e teve o próprio Edvard Grieg como seu diretor artístico.
– O condutor é o inglês Edward Gardner.
– O solista é o francês Jean-Efraim Bavouzet.

Detalhes como os nomes dos solistas e coros se encontram no booklet em pdf que segue em anexo.

01. Peer Gynt, Op. 23 No. 1, Prelude. I bryllupsgården
02. Peer Gynt, Op. 23 No. 3a, Halling
03. Peer Gynt, Op. 23 No. 3b, Springar
04. Peer Gynt, Op. 23 No. 4, Prelude. Bruderovet-Ingrids klage
05. Peer Gynt, Op. 23 No. 5, Peer Gynt og seterjentene
06. Peer Gynt, Op. 23 No. 8, I Dovregubbens hall
07. Peer Gynt, Op. 23 No. 9, Dans av Dovregubbens datter
08. Peer Gynt, Op. 23 No. 14, Åses død
09. Peer Gynt, Op. 23 No. 15, Prelude. Morgenstemning
10. Peer Gynt, Op. 23 No. 17, Arabisk dans
11. Peer Gynt, Op. 23 No. 18, Anitras dans
12. Peer Gynt, Op. 23 No. 19, Peer Gynts serenade
13. Peer Gynt, Op. 23 No. 21, Solveigs sang
14. Peer Gynt, Op. 23 No. 23, Prelude. Peer Gynts hjemfart. Stormfull aften på havet
15. Peer Gynt, Op. 23 No. 27, Pinsesalme. Velsignede morgen
16. Peer Gynt, Op. 23 No. 28, Solveigs vuggevise

Bergen Pikekor
Bergen Guttekor
Edvard Grieg Ungdomskor
Edvard Grieg Kor
Bergen Philharmonic Choir
Bergen Philharmonic Orchestra
Edward Gardner – Conductor

17. Piano Concerto in A Minor, Op. 16 I. Allegro molto moderato
18. Piano Concerto in A Minor, Op. 16 II. Adagio
19. Piano Concerto in A Minor, Op. 16 III. Allegro moderato molto e marcato

Jean-Efflam Bavouzet – Piano
Bergen Philharmonic Orchestra
Edward Gardner – Conductor

20. Folkelivsbilder, Op. 19 No. 2, Brudefølget drager forbi (Arr. J. Halvorsen)

Bergen Philharmonic Orchestra
Edward Gardner – Conductor

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FDP

Benjamin Britten (1913-1976): War Requiem

Benjamin Britten (1913-1976): War Requiem

Benjamin Britten foi autenticamente um grande compositor num país que ama a música, mas que estava agarrado no pincel desde Purcell e a presença de Handel. No entremeio, houve equívocos com Elgar e outros menos votados.

Britten era um compositor muito especial. De refinada cultura e bom gosto literário, Britten, coisa inédita, PREOCUPAVA-SE QUE SUAS ÓPERAS TIVESSEM BONS TEXTOS. E obtinha isto de seus colaboradores. Foi companheiro de toda vida do tenor Peter Pears, para quem escreveu suas maiores obras, como Serenade for Tenor, Horn and Strings, os Cânticos, às óperas Peter Grimes e Albert Herring (papéis título), The Beggar’s Opera (Macheath), Owen Wingrave (Sir Philip Wingrave), Billy Budd (Captain Vere), The Turn of the Screw (Quint), Death in Venice (Aschenbach) e as três Church Parables.

Em 1962, ao final da reconstrução da Catedral de Coventry, Britten foi encarregado de escrever a música para a consagração do novo templo, surgindo assim o War Requiem, que seria interpretado por Peter Pears (sempre ele), o alemão Dietrich Fischer-Dieskau e a russa Galina Vichnevskaia — cuja participação seria negada pela União Soviética. Esta gravação, com a presença de Galina, mulher de Rostropovich, já foi postada aqui no PQP, mas… vá saber onde enfiei! Era também a época em que Britten começara a visitar a URSS frequentemente, quer na qualidade de intérprete, quer na de regente. Nestes anos, escreveu muitas peças para violoncelo, onde se inclui a Sinfonia para Violoncelo e Orquestra e a Suíte para Violoncelo Solo. O motivo? Era amicíssimo de Rostropovich, a quem dedicou várias obras e gravou alguns discos. Também conhecia Shostakovich, a quem sempre visitava na URSS.

Benjamin Britten (1913-1976): War Requiem

1. Requiem aeternam 9:23
2. Dies irae 27:47
3. Offertorium 9:51
4. Sanctus 11:04
5. Agnus Dei 3:09
6. Libera me 23:07

George McPhee; Thomas Randle; Lynda Russell; Michael Volle
Scottish Festival Chorus; St. Mary’s Episcopal Cathedral Choristers, Edinburgh
BBC Scottish Symphony Orchestra
Martyn Brabbins

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Britten: grandes música e nariz
Britten: grandes música e nariz

PQP

Johannes Brahms (1833-1897) – Brahms String Quintets – WDR Symphony Orchestra Cologne Chamber Players

coverA WDR Symphony Orchestra, de Colônia, é uma velha conhecida daqui do blog, principalmente devido as gravações de um de seus grandes regentes, o bom velhinho Günther Wand. Este conjunto de câmara que encara os Quintetos para Cordas de Brahms é formado por músicos desta orquestra. E são muito bons. Gostei bastante deste CD. Tratam-se de músicos muito competentes, acostumados a tocarem juntos, e que tornam a riqueza contrapontística, harmônica e melódica das referidas obras mais agradáveis de serem absorvidas por quem não tem muita familiaridade com estas peças.

Johannes Brahms (1833-1897) – Brahms String Quintets – WDR Symphony Orchestra Cologne Chamber Players

01. String Quintet No. 1 in F major, Op. 88 – I. Allegro non troppo, ma con brio
02. String Quintet No. 1 in F major, Op. 88 – II. Grave ed appassionato – Allegretto vivace – Tempo I – Presto – Tempo I
03. String Quintet No. 1 in F major, Op. 88 – III. Allegro energico – Presto
04. String Quintet No. 2 in G major, Op. 111 – I. Allegro non troppo ma con brio
05. String Quintet No. 2 in G major, Op. 111 – II. Adagio
06. String Quintet No. 2 in G major, Op. 111 – III. Un poco allegretto
07. String Quintet No. 2 in G major, Op. 111 – IV. Vivace ma non troppo presto – Animato

Ye Wu 1. Violine
Andreea Florescu Violine
Mischa Pfeiffer, Tomasz Neugebauer – Violas
Susanne Eychmüller, Violoncello

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FDP

Ludwig van Beethoven (1770-1827): As Criaturas de Prometeu, Op. 43 – Die Geschöpfe des Prometheus

Ludwig van Beethoven (1770-1827): As Criaturas de Prometeu, Op. 43 – Die Geschöpfe des Prometheus

Em 1800, o mestre de balé na Hoftheater Viena Salvatore Vigano pediu Beethoven a compor a música para seu novo balé sobre a astúcia de Prometeu, que roubou o fogo de Zeus e deu aos mortais. E Beethoven escreveu de forma primorosa a obra ora postada. Não deixe de ouvir esta maravilhosa peça do mestre alemão. Boa apreciação!

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – As Criaturas de Prometeu, Op. 43 – Die Geschöpfe des Prometheus

01. Overture Adagio – Allegro molto con brio –
02. Introduction ‘La Tempesta’ Allegro non troppo

Ato I

03. Poco adagio
04. Adagio – Allegro con brio
05. Allegro vivace

Ato II

06. Maestoso – Andante
07. Adagio – Andante quasi allegretto
08. Un poco adagio – Allegro
09. Grave
10. Allegro con brio – Presto
11. Adagio – Allegro molto
12. Pastorale Allegro
13. Andante
14. Solo di Gioia Maestoso – Allegro
15. Allegro – Comodo
16. Solo della Casentini Andante – Adagio – Allegro
17. Solo di Vigan Andantino – Adagio – Allegro
18. Finale Allegretto – Allegro molto

Scottish Chamber Orchestra
Sir Charles Mackerras, regente

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Prometeu era fortão.
Prometeu era fortão.

Carlinus

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Complete Masterpieces cds 40 a 45 – Piano Sonatas

CD40 - Beethoven - Front (max)Entrando na reta final desta imensa série, adentramos o território das Sonatas para Piano, já tão presentes aqui no PQPBach por meio de diversos intérpretes. Beethoven foi o grande inovador deste formato, melhorando o que já Haydn e Mozart já vinham aperfeiçoando naqueles anos finais do século XVIII, vindo a revolucionar a escrita pianística.
Mas vamos começar pelo começo, desde as primeiras, que levam o op. 2, até a de op. 28, intitulada ‘Pastorale’. Já declarei antes, que gosto de ouvi-las assim na sequência, para melhor apreciar a evolução do gênio de Beethoven.
Ah, uma informação importante. A Sony optou em trazer estas obras com diferentes pianistas, desde medalhões pré históricos, como Robert Casadesus, passando por Gehard Oppitz, Justus Frantz, entre outros, mas o nome que mais se destaca é o japonês Yukio Yokohama.

CD 40

01. Piano Sonata No.1 in F minor Op.2 No.1 – Allegro
02. Piano Sonata No.1 in F minor Op.2 No.1 – Adagio
03. Piano Sonata No.1 in F minor Op.2 No.1 – Menuetto – Allegretto
04. Piano Sonata No.1 in F minor Op.2 No.1 – Prestissimo

Yukio Yokohama – Piano

05. Piano Sonata No.2 in A Major Op.2 No.2 – Allegro vivace
06. Piano Sonata No.2 in A Major Op.2 No.2 – Largo appassionato
07. Piano Sonata No.2 in A Major Op.2 No.2 – Scherzo – Allegretto

Robert Casadesus – Piano

08. Piano Sonata No.2 in A Major Op.2 No.2 – Rondo – Grazioso
09. Piano Sonata No.3 in C Major Op.2 No.3 – Allegro con brio
10. Piano Sonata No.3 in C Major Op.2 No.3 – Adagio
11. Piano Sonata No.3 in C Major Op.2 No.3 – Scherzo – Allegro
12. Piano Sonata No.3 in C Major Op.2 No.3 – Allegro assai

Yukio Yokohama – Piano

CD 41

01. Piano Sonata No.4 in E-flat Major Op.7 – Allegro molto e con brio
02. Piano Sonata No.4 in E-flat Major Op.7 – Largo con gran espressione
03. Piano Sonata No.4 in E-flat Major Op.7 – Allegro
04. Piano Sonata No.4 in E-flat Major Op.7 – Rondo – Poco allegretto e grazioso
05. Piano Sonata No.5 in C minor Op.10 No.1 – Allegro molto e con brio
06. Piano Sonata No.5 in C minor Op.10 No.1 – Adagio molto
07. Piano Sonata No.5 in C minor Op.10 No.1 – Finale – Prestissimo
08. Piano Sonata No.6 in F Major Op.10 No.2 – Allegro
09. Piano Sonata No.6 in F Major Op.10 No.2 – Allegretto
10. Piano Sonata No.6 in F Major Op.10 No.2 – Presto

Yukio Yokohama – Piano

CD 42

01. Piano Sonata No.7 Op.10 No.3 in D Major – Presto
02. Piano Sonata No.7 Op.10 No.3 in D Major – Largo e mesto
03. Piano Sonata No.7 Op.10 No.3 in D Major – Menuetto – Allegro
04. Piano Sonata No.7 Op.10 No.3 in D Major – Rondo – Allegro
05. Piano Sonata No.8 Op.13 in C minor – Grave – Allegro di molto e con brio
06. Piano Sonata No.8 Op.13 in C minor ‘Pathetique’ – Andante cantabile
07. Piano Sonata No.8 Op.13 in C minor ‘Pathetique’ – Rondo – Allegro
08. Piano Sonata No.9 Op.14 No.1 in E Major – Allegro
09. Piano Sonata No.9 Op.14 No.1 in E Major – Allegretto
10. Piano Sonata No.9 Op.14 No.1 in E Major – Rondo – Allegro comodo

Yukio Yokohama – Piano

CD 43

01. Piano Sonata No.10 in G Major Op.14 No.2 – Allegro
02. Piano Sonata No.10 in G Major Op.14 No.2 – Andante
03. Piano Sonata No.10 in G Major Op.14 No.2 – Scherzo – Allegro assai
04. Piano Sonata No.11 in B-flat Major Op.22 – Allegro con brio
05. Piano Sonata No.11 in B-flat Major Op.22 – Adagio con molto espressione
06. Piano Sonata No.11 in B-flat Major Op.22 – Minuetto
07. Piano Sonata No.11 in B-flat Major Op.22 – Rondo Allegretto
08. Piano Sonata No.12 in A-flat Major Op.26 – Andante con variazioni
09. Piano Sonata No.12 in A-flat Major Op.26 – Scherzo – Allegro molto
10. Piano Sonata No.12 in A-flat Major Op.26 – Marcia funebre
11. Piano Sonata No.12 in A-flat Major Op.26 – Allegro

Yukio Yokohama – Piano

CD 44

01. Piano Sonata No.13 in E-flat Major Op.27 No.1 – Andante – Allegro – Tempo
02. Piano Sonata No.13 in E-flat Major Op.27 No.1 – Allegro molto e vivace
03. Piano Sonata No.13 Op.27 No.1 – Adagio con espressione – Allegro vivace

Yukio Yokohama – Piano

04. Piano Sonata No.14 Op.27 No.2 ‘Mondscheinsonate’ – Adagio sostenuto
05. Piano Sonata No.14 in C-sharp minor Op.27 No.2 ‘Mondscheinsonate’ – Allegretto
06. Piano Sonata No.14 in C-sharp minor Op.27 No.2 ‘Mondscheinsonate’ – Presto

Justus Frantz

07. Piano Sonata No.15 in D Major Op.28 ‘Pastorale’ – Allegro
08. Piano Sonata No.15 in D Major Op.28 ‘Pastorale’ – Andante
09. Piano Sonata No.15 in D Major Op.28 ‘Pastorale’ – Scherzo – Allegro vivace
10. Piano Sonata No.15 Op.28 – Rondo – Allegro ma non troppo. Piu allegro, quasi presto

Gehard Oppitz – Piano

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Alma Latina: Les Routes de l’Esclavage – Hespèrion XXI, Savall

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Repostagem com novos links, agregando no arquivo o encarte completo (540 páginas), compartilhado pelo ilustre João Ferreira. Valeu, João!

Postagem marcando o retorno do Bisnaga, depois de quase dois anos sem postar

Eita! Jordi Savall e seu toque de Midas…
E como fazer de uma longa história de opressão e sofrimento uma coisa bela?

Savall já vem há alguns anos trabalhando com temas de música mais antiga e mais periférica para os domínios europeus: música cipriota, música armênia… Aqui o maestro e violista catalão avança pelo universo da África e o que a une à Europa e à América: infelizmente, a escravidão… Seguindo o rastro da maior imigração forçada da história, coleta aqui e ali relatos, leis, decretos, mostrando a visão oficial, e canções, ritmos e danças, apresentando o outro lado, o da resistência dos negros levados às colônias de todo o continente americano, episódio terrível da nossa história e da história de tantos povos desses três continentes ligados pela escravidão…

De um lado, o álbum trata dos horrores da escravidão:

Uma das grandes coisas que se vêm hoje no mundo, e nós pelo costume de cada dia não admiramos, é a transmigração imensa de gentes e nações etíopes, que da África continuamente estão passando a esta América. (…) Já se, depois de chegados, olharmos para estes miseráveis, e para os que se chamam seus senhores, o que se viu nos dois estados de Jó é o que aqui representa a fortuna, pondo juntas a felicidade e a miséria no mesmo teatro. Os senhores poucos, os escravos muitos; os senhores rompendo galas, os escravos despidos e nus; os senhores banqueteando, os escravos perecendo à fome; os senhores nadando em ouro e prata, os escravos carregados de ferros; os senhores tratando-os como brutos, os escravos adorando-os e temendo-os, como deuses; os senhores em pé, apontando para o açoite, como estátuas da soberba e da tirania, os escravos prostrados com as mãos atadas atrás, como imagens vilíssimas da servidão e espetáculos da extrema miséria. Oh! Deus! quantas graças devemos à fé que nos destes, porque ela só nos cativa o entendimento, para que à vista destas desigualdades, reconheçamos, contudo, vossa justiça e providência. Estes homens não são filhos do mesmo Adão e da mesma Eva? Estas almas não foram resgatadas com o sangue do mesmo Cristo? Estes corpos não nascem e morrem, como os nossos? Não respiram com o mesmo ar? Não os cobre o mesmo céu? Não os aquenta o mesmo sol? Que estrela é logo aquela que os domina, tão triste, tão inimiga, tão cruel? (Padre Antonio Vieira – Sermão Vigésimo Sétimo – trecho que é recitado, reduzido, na faixa 10)

… Do outro, a beleza que reside justamente na resistência (e talvez aqui esteja uma parte da resposta), na insistência dos povos africanos transplantados para as Américas e aqui misturados em suas etnias e credos, de celebrar a vida, de zombar dos patrões, de cantar a sua crença ou as crenças que forçosamente aprendeu. O álbum então se enche das misturas, das festas e das danças dos negros que chegaram aqui e dos que ficaram no continente natal, num envolvente colorido musical, tão bem lapidado e acabado, como era de se esperar das produções dirigidas pelo velho Savall.

É uma produção de vulto, patrocinada pela UNESCO: um verdadeiro livro multilígue de 540 páginas em francês, inglês, castelhano, catalão, alemão e italiano (eu escaneei os dados gerais e a parte em castelhano para vocês, já que não há texto em português, por ser a língua mais próxima da nossa e a Espanha ser o segundo país que mais acessa o PQPBach – ainda assim, deu 105 páginas!). Possui um DVD com filmagem do concerto e 2 CDs com os mesmos áudios (disponibilizo aqui os CDs). O encarte ainda traz, além das letras das músicas, pequenos artigos sobre o trabalho forçado escritos por antropólogos e sociólogos, uma cronologia do trabalho escravo no mundo e um Índice Global da Escravidão em 2016 da UNESCO. Informações ricas, importantes e chocantes sobre a realidade da servidão.

O resultado é grande, abrangente e muito equilibrado, com pesquisadores, musicólogos e músicos de França, Mali, Madagascar, México, Colômbia, Brasil (uhú!), Argentina, Venezuela e Espanha. O som é riquíssimo, como é a cultura africana, redondo: há um discurso muito bem alinhavado e coerente de cada récita para cada música. Enfim, um material de grandissíssima qualidade, que leva inexoravelmente o selo de IM-PER-DÍ-VEL !!!

Ouça! Ouça ! Deleite-se!

Um teaser do álbum, pra vocês terem uma ideia:

Les Routes de l’Esclavage
As Rotas da Escravidão

Aristóteles (Estagira, Grécia, 384 a.C. – Cálcis, Grécia, 322 a.C.)
01. Recitado: 400 a.C. L’humanité est divisée en deux: Les maîtres et les esclaves.
Anônimo (Portugal)
02. Recitado: 1444. La 1ère cargaison africaine, avec 235 esclaves, arrive à l’Algarve
Tradicional (Mali)
03. Djonya (Introduction) Kassé Mady Diabaté voix
Mateo Flecha, el Viejo (Prades, Espanha, 1481 – Poblet, Espanha, 1553) / Tradicional (México), Son jarocho
04. La Negrina / Gugurumbé
Tradicional (Brasil – rec. por Lazir Sinval)
05. Vida ao Jongo (Jongo da Serrinha)
Fernando II de Aragão (Aragão, 1452 – Granada, 1516)
06. Recitado: 1505. Le roi Ferdinand le Catholique écrit une lettre à Nicolas de Ovando
Juan Gutierrez de Padilla (Málaga, Espanha, 1590 – Puebla, México, 1665)
07. Tambalagumbá (Negrilla à 6 v. et bc.)
Tradicional (Colômbia)
08. Velo que bonito (ou San Antonio)
Tradicional (Mali), canto griote
09. Manden Mandinkadenou
Padre Antônio Vieira (Lisboa, Portugal, 1608 – Salvador, BA – 1697)
10. Recitado: 1620. Les premiers esclaves africains arrivent dans les colonies anglaises. Sermões, 1661.
Tradicional (Brasil – rec. por Erivan Araújo)
11. Canto de Guerreiro (Caboclinho paraibano)
Tradicional (Mali)
12. Kouroukanfouga (instr.)
Richard Ligon (1585?-1662)
13. Recitado: 1657. Les musiques des esclaves. Histoire…de l’Île de la Barbade
Tradicional (México)
14. Son de la Tirana: Mariquita, María
Frei Felipe da Madre de Deus (Lisboa, Portugal, c.1630 – c.1690)
15. Antoniya, Flaciquia, Gasipà (Negro à 5)
Hans Sloane (Killyleagh, Irlanda, 1660 – Londres, 1753)
16. Recitado: 1661. Les Châtiments des esclaves. A voyage to the islands
Tradicional (Mali), canto griote
17. Sinanon Saran
Luís XIV (Saint-Germain-en-Laye, França, 1638 – Versalhes, França 1715)
18. Recitado: 1685. Le “Code Noir” promulgué par Louis XIV s’est imposé jusqu’à 1848
Roque Jacinto de Chavarría (Bolívia, 1688-1719)
19. Los Indios: ¡Fuera, fuera! ¡Háganles lugar!
Tradicional (ciranda – Brasil)
20. Saí da casa
Montesquieu (Brède, França, 1689 – PArias, França, 1755)
21. Recitado: 1748. De l’Esprit des lois. XV, 5: “De l’esclavage des nègres
Tradicional (Madagascar)
22. Véro (instrumental)
Tradicional (Colômbia)
23. El Torbellino
Juan de Araujo (Villafranca, Espanha, 1646 – Lima, Peru, 1712)
24. Gulumbé: Los coflades de la estleya
Escrava Belinda (Estado Unidos)
25. Recitado: 1782. Requête de l’esclave Belinda, devant le Congrès du Massachusetts
Tradicional (Mali), canto griote
26. Simbo
Tradicional (México), Son jarocho
27. La Iguana
Parlamento Francês
28. Recitado: 1848. Décret sur abolition de l’esclavage, dans toutes les colonies françaises
Anônimo (Codex Trujillo, Peru, século XVIII)
29. Tonada El Congo: A la mar me llevan
Tradicional (Brasil – rec. por Paolo Ró & Águia Mendes), maracatu e samba
30. Bom de Briga
Martin Luther King (Atlanta, Estados Unidos, 1929 – Memphis, Estados Unidos, 1968)
31. Recitado: 1963. “Pourquoi nous ne pouvons pas attendre
Tradicional (Mali), canto griote
32. Touramakan
Juan García de Céspedes/Zéspedes (Puebla, México, 1619 – 1678)
32. Guaracha: Ay que me abraso

França
Bakary Sangaré, voz (recitativos)
Mali
3MA
Kassé Mady Diabaté, voz
Ballaké Sissoko, kora
Mamami Keita, voz (coro)
Nana Kouyaté, voz (coro)
Tanti Kouiaté, voz (coro)
Madagascar
Rajery, valiha
Marrocos
Driss El Maloumi, alaúde
México / Colômbia
Tembembe Ensamble Continuo
Ada Coronel, vihuela, wasá e voz
Leopoldo Novoa, marimbol, marimba de chonta, triple colombiano e voz
Enrique Barona, vihuela, leona, jarana, quijada de caballo e voz
Ulisses Matínez, violon, vihuela, leona e voz
Brasil
Maria Juliana Linhares, voz
Zé Luís Nascimento, percussão
Argentina
Adriana Fernández, soprano
Venezuela
Iván García, voz
Espanha
   La Capella Reial de Catalunya
David Sagastume, contratenor
Víctor Sordo, tenor
Lluís Villamajó, tenor
Daniele Carnovich, baixo
   Hespèrion XXI
Pierre Hamon, flautas
Jean-Pierre Canihac, corneto
Béatrice Delpierre, chalémie
Daniel Lassalle, sacqueboute
Josep Borràs, dulciana
Jordi Savall, violas
Phillippe Pierlot, baixo de viola
Xavier Puertas, violon
Xavier Díaz-Latorre, teorba, guitarra romanesca e vihuela de mão
Andrew Lawrence-King, harpa barroco espanhola
Pedro Estevan, percussão
Jordi Savall, direção

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BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (MP3) – (530Mb)

Dança de escravos – Johann Moritz Rugendas (1802-1858)

Bisnaga

W. A. Mozart (1756-1791): Árias com Magdalena Kožená

W. A. Mozart (1756-1791): Árias com Magdalena Kožená

Mozart compôs ao todo 22 óperas. Todas são belos trabalhos. Não sou muito ligado à ópera, mas as de Mozart eu costumo ouvir – principalmente sete delas. Essas óperas possuem árias que se imortalizaram na história da música. Como, por exemplo, ‘Voi che sapete che è amor”, da ópera “As Bodas de Fígaro”, que aparece no registro que ora posto. Este CD consagra as árias das óperas mozartianas na voz da bela Magdalena Kožená. No último domingo, 28, PQP postou um CD da moça celebrando a poesia de Handel com as  valorosas “Cantatas Italianas”. Há quem a tenha comparado à italiana Bartoli. Claro, cada uma possui sua singularidade. O fato é que aqui temos um trabalho lindíssimo. Kožená é casada com Simon Rattle, atual quase ex-diretor da Filarmônica de Berlim. São dois importantes nomes do cenário da música erudita. Boa apreciação dessas belíssimas árias.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Árias

01. Le nozze di Figaro, K.492 / Act 4 – Giunse alfin il momento…Deh, vieni, non tardar…
02. Le nozze di Figaro, K.492 – with embellishments by Domenico Corri / Act 2 – Voi che sapete
03. Ch’io mi scordi di te… Non temer, amato bene, K.505
04. Così fan tutte ossia La scuola degli amanti, K.588 / Act 1 – “In uomini, in soldati”
05. Così fan tutte ossia La scuola degli amanti, K.588 / Act 2 – “Ei parte…Per pietà”
06. Così fan tutte ossia La scuola degli amanti, K.588 / Act 2 – “E amore un ladroncello”
07. La clemenza di Tito, K.621 / Act 2 – “Non più di fiori”
08. Idomeneo, re di Creta, K.366 / Act 1 – “Quando avran fine omai” – “Padre, germani, addio!”
09. Vado, ma dove? oh Dei!, K.583
10. Le nozze di Figaro, K.492 / Act 1 – “Non so più cosa son, cosa faccio”
11. Alma grande e nobil core, K.578
12. Le nozze di Figaro, K.492 / Act 3 – “Giunse alfin…” _ “Al desio di chi t’adora” (K.577)
13. Le nozze di Figaro, K.492 Act 2 Voi che sapete – e-album Bonus track.mp3

Magdalena Kožená, mezzo-soprano
Orchestra of the Age of Enlightenment
Sir Simon Rattle, regente
Jos van Immerseel, pianoforte

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Ah, vocês pensavam que eu ia colocar iuma imagem de Mozart aqui? Essa não!
Ah, vocês pensavam que eu ia colocar iuma imagem de Mozart aqui? Essa não!

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750): A Arte da Fuga, BWV 1080

Johann Sebastian Bach (1685-1750): A Arte da Fuga, BWV 1080

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Obs. de PQP, hoje: Muitos dizem que A Arte da Fuga é uma música tão abstrata e complexa que serve melhor ao leitor de sua partitura do que ao ouvinte. Eu até concordo, mas esta gravação faz música de A Arte da Fuga. E sem perder a erudição e a complexidade. Uma coisa de louco! Mas deixemos a palavra ao Carlinus.

E eis que o PQP Bach chega às 2000 postagens. Isso mesmo! 2000 postagens. (Estávamos em 2010, senhores… Hoje temos 5000). Não é brincadeira. Iria postar Shostakovich, mas acredito que não postar o grande patriarca do blog, que empresta o nome ao espaço, seria uma grande heresia, um verdadeiro sacrilégio. Por isso, resolvi postar A arte da fuga, uma daquelas peças que nos deixa boquiabertos. Esta peça é para ouvir e chorar. Simplesmente, indescritível. É como se Bach pegasse todas as suas composições e dissesse: “Em suma, a síntese de tudo aquilo que produzi está em A Arte da Fuga”. Alguns dados objetivos da peça: “A Arte da Fuga (Die Kunst der Fuge, em alemão), BWV 1080, é uma peça inacabada do compositor alemão Johann Sebastian Bach. A composição da obra provavelmente se iniciou em 1742. A primeira versão de Bach que continha 12 fugas e dois cânones foi copiada em 1745. Este manuscrito tinha um título ligeiramente diferente, acrescentado posteriormente por seu genro, Altnickol: Die Kunst der Fuga. A segunda versão da obra foi publicada depois de sua morte em 1750, contendo 14 fugas e quatro cânones. A obra demonstra o completo domínio de Bach da mais complexa forma de expressão musical da música clássica européia, conhecida como contraponto. A obra é composta de combinações engenhosas e particularmente elaboradas de temas relativamente simples desenvolvidos como composições da mais alta musicalidade. A Arte da Fuga se situa entre os pontos mais altos a que chegou a música européia devido à complexidade única de sua forma e estrutura”. Boa apreciação!

Alguns dados extraídos DAQUI

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – A arte da Fuga, BWV 1080

DISCO 01

01. Contrapunctus 1 BWV 1080-1
02. Contrapunctus 2 BWV 1080-2
03. Contrapunctus 3 BWV 1080-3
04. Contrapunctus 4 BWV 1080-4
05. Contrapunctus 5 BWV 1080-5
06. Contrapunctus 6 a 4 in Stylo Francese BWV 1080-6
07. Contrapunctus 7 a 4 per et Diminut[ionem] BWV 1080-7
08. Contrapunctus 8 a 3 BWV 1080-8
09. Contrapunctus 9 a 4 alla Duodecima BWV 1080-9
10. Contrapunctus 10 a 4 alla Decima BWV 1080-10

DISCO 02

01. Contrapunctus 11 a 4 BWV 1080-11
02. Contrapunctus inversus a 4 BWV 1080-12.1
03. Contrapunctus inversus 12 a 4 BWV 1080-12.2
04. Contrapunctus inversus a 3 BWV 1080-13.1
05. Contrapunctus a 3 BWV 1080-13.2
06. Fuga a 3 Soggetti BWV 1080-19
07. Canon alla Ottava BWV 1080-15
08. Canon alla Decima Contrap[p]unto alla Terza BWV 1080-16
09. Canon alla Duodecima in Contrap[p]unto alla Quinta BWV 1080-17
10. Canon per Augmentationem in Contrario Motu BWV 1080-14
11. Fuga a 2 Clav. BWV 1080-18.1 [13.1bis]
12. Alio modo Fuga a 2 Clav. 1080-18.2 [13.2bis]

Sergio Vartolo & Maddalena Vartolo, cravos

BAIXE O CD1 AQUI — DOWNLOAD CD1 HERE
BAIXE O CD2 AQUI — DOWNLOAD CD2 HERE

Bach Alfabeto

Carlinus

Lamento: Obras da Família Bach com Magdalena Kožená

Lamento: Obras da Família Bach com Magdalena Kožená

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IM-PER-DÍ-VEL !!!

Lamento é um CD obrigatório para quem aprecia a música barroca. Trata-se de uma coleção de obras de minha família — de meu pai Johann Sebastian, de meu irmão Carl Philipp Emanuel (C.P.E.), e de parentes como Johann Christoph (aqui não podemos usar siglas, pois faríamos confusão com meu irmão Johann Christian), Johann Christoph Friedrich (J.C.F.) e até uma transcrição de uma cantata escrita pelo italiano Francesco Conti (1682-1732), feita por meu pai.

O mezzo soprano Magdalena Kožená (1973) é a própria perfeição e a Musica Antiqua de Colônia, conduzida por Reinhard Goebel, dispensa apresentações, creio. Esse é dos campeões. A orquestra fica TRANSLÚCIDA para receber a voz LÍMPIDA de Kožená. Baixe, compre, depois compre outros para dar de presente para os amigos de quem você gosta. Só a ária de abertura do CD já é uma obra belíssima, inesquecível, tocante. Vai lá e ouve, rapaz.

Lamento: Obras da Família Bach com Magdalena Kožená

1. Ach, Dass Ich Wassers G’nug Hatte
2.. Recitativo: Languet Anima Mea Amore Tuo
3.. Aria: O Vulnera, Vita Coelestis
4.. Recitativo: Amoris Tui Jaculo
5. Aria: Tu Lumen Mentis Es
6. Alleluja
7. Aria: Vergnugte Ruh, Beliebte Seelenlust
8.  Recitative: Die Welt, Das Sundenhaus
9. Aria: Wie Jammern Mich Doch Die Verkehrten Herzen
10. 4. Recitative: Wer Solte Sich Demnach
11. 5. Aria: Mir Ekelt Mehr Zu Leben
12. Bekennen Will Ich Seinen Namen
13. Selma
14. Saide, Komm, Mein Wunsch, Mein Lied!
15. Schon Ist Mein Madchen, Wie Die Traube
16. Du Quell, Der Sich Durch Goldsand Schlangelt
17. Mein Herz, Mein Herz Fleucht Ihr Entgegen

Faixa 1: Ach, daß ich Wassers genug hätte, vocal concerto
Composed by Johann Christoph Bach with Rachael Yates, Maren Ries,
Cologne Musica Antiqua, Magdalena Kožená, Stephan Schardt
Conducted by Reinhard Goebel

Faixas de 2 a 6: Languet anima mea, cantata for voice, 2 oboes & strings
Composed by Francesco Bartolomeo Conti with
Cologne Musica Antiqua, Magdalena Kožená
Conducted by Reinhard Goebel

Faixas de 7 a 11: Cantata No. 170, “Vergnügte Ruh, beliebte Seelenlust,” BWV 170 (BC A106)
Composed by Johann Sebastian Bach with
Cologne Musica Antiqua, Magdalena Kožená
Conducted by Reinhard Goebel

Faixa 12: Cantata No. 200, “Bekennen will ich seinen Namen” (fragment), BWV 200 (BC A192)
Composed by Johann Sebastian Bach with
Cologne Musica Antiqua, Magdalena Kožená, Stephan Schardt
Conducted by Reinhard Goebel

Faixa 13: Selma (I), secular cantata for voice, 2 flutes, strings & continuo, H. 739, Wq. 236 Sie liebt! Mich liebt die Auserwählte
Composed by Carl Philipp Emanuel Bach with
Cologne Musica Antiqua, Magdalena Kožená
Conducted by Reinhard Goebel

Faixas de 14 a 17: Die Amerikanerin, cantata for soprano & orchestra, HW18/3
Composed by Johann Christoph Friedrich Bach with
Cologne Musica Antiqua, Magdalena Kožená
Conducted by Reinhard Goebel

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Magdalena Kožená: coisa de louco
Magdalena Kožená: coisa de louco

PQP

Gustav Mahler (1860-1910) – Symphony nº 5, Des Knaben Wunderhorn – Solti, Chicago Symphony Orchestra

61u1GQ552+LChego ao final da minha primeira semana de férias, e estou aproveitando para ouvir alguns discos que me marcaram muito. Posso estar enganado, mas creio que minha primeira gravação da Quinta Sinfonia de Mahler foi esta aqui, em um LP comprado em algum sebo ainda nos meus tempos de estudante morando em Curitiba. Ouvia em um velho toca discos 3 x 1, cujo motor não estava muito bom, então a rotação variava bastante. No final das contas, era engraçado.
Sir George Solti foi um dos maiores regentes do século XX, e esta sua incursão no universo mahleriano como condutor da Sinfônica de Chicago foi marcante. Lembrando que esta versão que ora vos trago é a versão de 1970, muitos a consideram superior a uma outra gravação que realizou com a mesma orquestra alguns anos mais tarde.

Espero que apreciem. Eu particularmente a considero uma das melhores gravações já realizadas desta sinfonia.

01 – Symphony No. 5 in C sharp minor – I. Trauermarsch. In gemessenem Schritt
02 – Symphony No. 5 in C sharp minor – II. Stürmisch bewegt
03 – Symphony No. 5 in C sharp minor – III. Scherzo. Kräftig, nicht zu schnell
04 – Symphony No. 5 in C sharp minor – IV. Adagietto
05 – Symphony No. 5 in C sharp minor – V. Rondo-Finale. Allegro
06 – Des Knaben Wunderhorn – Das irdische Leben
07 – Des Knaben Wunderhorn – Verlorne Müh’
08 – Des Knaben Wunderhorn – Wo die schönen Trompeten blasen
09 – Des Knaben Wunderhorn – Rheinlegendchen

Yvonne Minton – Mezzo Soprano
Chicago Symphony Orchestra
Sir George Solti – Conductor

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Dietrich Buxtehude (1637-1707): Cantatas

Dietrich Buxtehude (1637-1707): Cantatas

Um raio “torrou” o meu modem no último domingo. Uma chuva torrencial que caiu aqui em Brasília trouxe uma série de problemas – inclusive o meu silêncio compulsório nos últimos dois dias. Somente hoje à noite a coisa foi solucionada. A seguir, este delicioso post com a música de Buxtehude. O compositor foi um dos principais nomes a influenciar Johann Sebastian Bach. Há alguns dias li um livro em que o autor afirma que Bach se deslocava cerca de 300 quilômetros a fim de ver Buxtehude tocando. Imagine se não vale a pena ouvir a música de Dietrich! “Dietrich Buxtehude (provavelmente Bad Oldesloe, 1637 – Lübeck, 9 de maio de 1707) foi um compositor e organista teuto-dinamarquês do período barroco. Apesar de nascido provavelmente na cidade de Bad Oldesloe, na época pertencente à Dinamarca (hoje território alemão), Buxtehude era de ascendência alemã e é considerado um dos representantes mais importantes do período barroco alemão.

O pai, organista e mestre de escola em Bad Oldesloe, muda-se para Hälsingburg, na Suécia, quando Buxtehude tinha um ano. O pai, também seu único professor de música por toda a vida, ainda se mudará para Helsingor, na Dinamarca, onde morrerá em 1674. Esta havia sido a cidade na qual Buxtehude cursara a Lateinschule. Buxtehude assume a função do pai, de organista na igreja em Hälsingburg em 1658 e, em 1660 vai para Helsingor, e, posteriormente, para Lübeck, na Alemanha, onde é nomeado Werkmeister (gerente geral) e organista da Marienkirche em 11 de abril de 1668, após concorrido concurso para um dos cargos mais cobiçados do norte do país. Casa-se, em agosto desse ano, com Anna Margarethe Tunder, filha de Franz Tunder, seu antecessor nesta igreja. Esse era o costume da época, no qual o sucessor do organista da igreja deveria se casar com a filha do seu antecessor. A partir daí, e nos 40 anos seguintes, Buxtehude entraria na parte mais prolífica de sua carreira, principalmente considerando que sua obra era praticamente nula até então. Buxtehude ganha prestígio com a retomada da tradição dos Abendmusik, que eram saraus vespertinos organizados na igreja, idealizados por seu antecessor inicialmente apenas como entretenimento para os homens de negócios da cidade, previstos para ocorrerem em cinco domingos por ano, precedendo o Natal. Mas Buxtehude ampliou grandemente o escopo destes saraus e para eles compôs algumas de suas melhores obras, em forma de cantata, das quais se preservam cerca de 120 em manuscrito, com textos retirados da Bíblia, dos corais da tradição Protestante e mesmo da poesia secular. Também dedicou-se a outros gêneros, como solos para órgão (variações corais, canzonas, toccatas, prelúdios e fugas) e os concertos sacros. Todos os oratórios se perderam, mas guardam-se os registros de que existiram. Em diversas ocasiões, foi visitado por compositores promissores da época, como Haendel e Mattheson, que o procuravam principalmente quanto à sua fama de organista. De todas as visitas, a mais notável foi a de Bach, grande admirador de sua obra. Bach prorroga a estada de quatro semanas inicialmente planejadas para quatro meses. Buxtehude, a despeito da importância para a música alemã e de sua origem também alemã (a família era de Buxtehude, uma cidade a sudoeste de Hamburgo), sempre se considerou dinamarquês”.

Extraído DAQUI

Dietrich Buxtehude (1637-1707) – Cantatas

01. Canite Jesu nostro
02. Mein Herz ist bereit
03. Salve, Jesu, patris gnate unigenite
04. Motetto: Cantate Domino
05. Fürchtet euch nicht
06. Herr, wenn ich nur dich habe
07. Ich bin eine Blume zu Saron
08. In dulci jubilo

Arcadia
Margaret Pearce & Helen Gagliano, soprano
Michel Leighton Jones, baixo
Catherine Shugg, Ross Mitchel & John Quaine, violino
Ruth Wilkinson, viola da gamba
Jacqueline Ogeil, órgão e direção

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Bux véio de guerra
Bux véio de guerra

Carlinus

Nicola Porpora (1686-1768): L’amato nome, Cantatas Op. 1

Nicola Porpora (1686-1768): L’amato nome, Cantatas Op. 1

O conjunto de Cantatas da Câmara Italianas, Op. 1, de Nicola Porpora, recebe uma nova e impressionante leitura dirigida por Stefano Aresi, um dos principais intérpretes deste compositor barroco tardio. Porpora, nascido em Nápoles, levou sua nuove musiche a Londres lá por 1730. Na verdade, Porpora tentou imitar Handel, que ficou famoso (e rico?) na Inglaterra. Porpora rapidamente se deu bem com a nobreza britânica e suas 12 cantatas, embora provavelmente escritas em Nápoles, foram publicadas sob o patrocínio de Frederico Luís, príncipe de Gales. Elas desfrutaram de grande sucesso, refletindo a posição de liderança da música italiana em toda a Europa da época. Estas 12 obras são interpretadas pelas quatro cantoras do Stile Galante: Francesca Cassinari e Emanuela Galli, sopranos, Giuseppina Bridelli e Marina De Liso, contraltos. Um belo CD! Há joias espalhadas nele.

Nicola Porpora (1686-1768): L’amato nome, Cantatas Op. 1

CD1
01. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata V: Scrivo in te ‘amato nome
02. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata V: O pianta avventurosa
03. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata V: Per te d’amico Aprile
04. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata X: Oh se fosse il mio core
05. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata X: Se lusinga il labbro e ‘l ciglio
06. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata X: Mi fa barbara e ingrata
07. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata X: Sento pietade
08. All’Altezza Reale Di Federico Prencipe Reale Di Vallia, Op. 1, Cantata VIII: Or Che Una Nube Ingrata
09. All’Altezza Reale Di Federico Prencipe Reale Di Vallia, Op. 1, Cantata VIII: Senza Il Misero Piacer
10. All’Altezza Reale Di Federico Prencipe Reale Di Vallia, Op. 1, Cantata VIII: M’Intendi? Io Tutto Dissi
11. All’Altezza Reale Di Federico Prencipe Reale Di Vallia, Op. 1, Cantata VIII: Contemplar Almen Chi S’Ama
12. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata III: Tirsi chiamare a nome
13. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata III: Se in amor che sia vicino
14. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata III: Sì, sì, benché l’aspetto
15. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata III: So ben che la speranza
16. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata IX: Destatevi, o pastori
17. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata IX: Nei campi e nelle selve
18. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata IX: Tornerò fra le gregge
19. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata IX: Silvio amante disperato
20. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata VI: Già la notte s’avvicina
21. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata VI: Lascia una volta, o Nice
22. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata VI: Non più fra’ sassi algosi

CD2
01. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata XI: Oh Dio, che non è vero
02. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata XI: Quella ferita
03. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata XI: Passano i fiumi e i rivi
04. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata XI: Se mi prestasse i vanni
05. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata IV: Queste che miri, o Nice
06. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata IV: Sei mio ben, sei mio conforto
07. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata IV: Credimi, sì, mio sole
08. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata IV: Amo, né sarà mai
09. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata VII: Veggo la selva e il monte
10. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata VII: Le direi mormorando fra’ sassi
11. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata VII: Poscia quando il pasto guida
12. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata VII: Ma la selva, il monte, intanto
13. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata II: Nel mio sonno almen talora
14. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata II: Pria dell’aurora, o Fille
15. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata II: Partì con l’ombra, è ver
16. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata I: D’Amore il primo dardo
17. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata I: Fra gl’amorosi lacci
18. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata I: Ch’io mai vi possa
19. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata XII: Dal povero mio cor
20. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata XII: Mensogniera dici
21. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata XII: Pallido, ancor tremante
22. All’altezza reale di Federico Prencipe reale di Vallia, Op. 1, Cantata XII: Ha scogli e rie procelle

Stefano Aresi
Stile Galante

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Nicola Porpora se fazendo de gostoso.
Nicola Porpora se fazendo de gostoso.

PQP

Serguei Prokofiev (1891-1953) – Violin Concertos – Mintz, Abbado, CSO

A1c-yO4xp3L._SL1500_Eis uma tremenda gravação dos Concertos para Violino de Prokofiev. Gosto muito desse violinista, Shlomo Mintz, nosso colega Das Chucruten recém citou ele entre seus violinistas favoritos para o Concerto de Beethoven.

Com Prokofiev sua abordagem é mais suave, eu diria, que a de David Oistrakh, ou de Viktoria Mullova, para citar uma gravação mais recente. Ele tirou a tensão implícita na obra, mas ao mesmo tempo destacou exatamente este lado mais delicado, se podemos usar este termo. Lembro que Prokofiev tinha vinte e seis anos de idade quase a mesma idade de Mintz quando compôs o Concerto nº1, quase a mesma idade do solista nesta gravação.

Não tenho o que falar de Abbado nestes seus anos de Chicago. Impecáveis, como não poderia deixar de ser.

Então vamos ao que viemos.

Serguei Prokofiev (1891-1953) – Violin Concertos – Mintz, Abbado, CSO

1. Violin Concerto No. 1 in D major, Op. 19: I. Andantino
2. Violin Concerto No. 1 in D major, Op. 19: II. Scherzo. Vivacissimo
3. Violin Concerto No. 1 in D major, Op. 19: III. Finale. Moderato
4. Violin Concerto No. 2 in G minor, Op. 63: Allegro Moderato
5. Violin Concerto No. 2 in G minor, Op. 63: Andante Assai
6. Violin Concerto No. 2 in G minor, Op. 63: Allegro Ben Marcato

Shlomo Mintz – Violin
Chicago Symphony Orchestra
Claudio Abbado – Conductor

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FDP

Telemann / Pfeiffer / Graun / Abel: Concertos

Telemann / Pfeiffer / Graun / Abel: Concertos

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Mais um belo CD que envolve a esplêndida Freiburger Barockorchester. Porém, desta vez, a grande estrela não é a orquestra e sim a gambista alemã Hille Perl. A competência da moça é efetivamente notável. Sua sonoridade nos consola ao apresentar um programa com trabalhos bem conhecidos e outros inteiramente fora do repertório habitual. Gravação lúcida, detalhada e suave. Dá para ouvir o CD por horas e horas, sem cansar. A música é profunda e a performance, soberba.

Telemann / Pfeiffer / Graun / Abel: Concertos

Georg Philipp Telemann
Concerto For Recorder, Viola Da Gamba & Orchestra TWV 52:a1
1 Grave 4:05
2 Allegro 4:22
3 Dolce 3:45
4 Allegro 3:41

Carl Friedrich Abel
From MS Drexel 5871
5 Adagio & Allegro 6:55

Johann Pfeiffer
Concerto In A Major For Viola Da Gamba, Two Violins & Basso Continuo
6 À Tempo Guisto 3:29
7 Allegro 2:56
8 Lerog 4:26
9 Allegro 2:59

Carl Friedrich Abel
From MS Drexel 5871
10 Interludium In D 2:24

Johann Gottlieb Graun
Concerto In G Major For Viola Da Gamba, Strings & Basso Continuo
11 Allegro 5:24
12 Adagio Ma Non Tanto 8:44
13 Allegro 7:22

Carl Friedrich Abel
From MS Drexel 5871
14 Arpeggiata & Fantasia 6:27

Viola da Gamba – Hille Perl
Alto Recorder – Han Tol
Violin – Petra Müllejans
Orchestra – Freiburger Barockorchester
Directed By – Petra Müllejans

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Hille Perl, que tremenda gambista!
Hille Perl, que tremenda gambista!

PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Complete Masterpieces cds 36 – 39 – Os Quartetos para Cordas (Final)- Alexander String Quartet

81qUOSQaXZL._SL1500_Vamos completar a segunda parte dos quartetos aqui nestes últimos quatro cds, onde só temos obras primas, principalmente os três últimos quartetos, considerados as principais obras já compostas para esta formação. Existem milhares de páginas já escritas sobre estas peças, basta pesquisarem.
Lembro de ter tido o privilégio de ter assistido a uma apresentação do Quarteto Kódaly, quando interpretaram magistralmente o op. 132. Curioso foi antes de começarem a tocar pediram desculpas por eventuais falhas na execução, eles ainda estavam estudando a obra. Alguns anos depois lançaram a integral dos Quartetos pelo selo NAXOS. Foi um dos momentos mais mágicos de minha vida. A precisão e virtuosismo daqueles quatro músicos me marcou profundamente.

 

CD 36

01. String Quartet No.11 Op.95 in F minor – Allegro con brio
02. String Quartet No.11 Op.95 in F minor – Allegretto, ma non troppo
03. String Quartet No.11 Op.95 – Allegro assai vivace ma serioso. Piu Allegro
04. String Quartet No.11 Op.95 – Larghetto espressivo. Allegro agitato. Allegro
05. String Quartet No.12 Op.127 in E-flat Major – Maestoso. Allegro
06. String Quartet No.12 Op.127 – Adagio, ma non troppo e molto cantabile
07. String Quartet No.12 Op.127 in E-flat Major – Scherzando vivace
08. String Quartet No.12 Op.127 in E-flat Major – Finale

CD 37

01. String Quartet No.13 Op.130 in B-flat Major – Adagio ma non troppo. Allegro
02. String Quartet No.13 Op.130 in B-flat Major – Presto
03. String Quartet No.13 Op.130 in B-flat Major – Andante con moto ma non troppo
04. String Quartet No.13 Op.130 in B-flat Major – Alla danza tedesca. Allegro assai
05. String Quartet No.13 Op.130 in B-flat Major – Cavatina. Adagio molto espressivo
06. String Quartet No.13 Op.130 in B-flat Major – Finale. Allegro
07. Grand Fugue Op.133 in B-flat Major

CD 38

01. String Quartet No.14 Op.131 – Adagio ma non troppo e molto espressivo
02. String Quartet No.14 Op.131 in C-sharp minor – Allegro molto vivace
03. String Quartet No.14 Op.131 in C-sharp minor – Allegro moderato
04. String Quartet No.14 Op.131 – Andante, ma non troppo e molto cantabile
05. String Quartet No.14 Op.131 in C-sharp minor – Presto
06. String Quartet No.14 Op.131 in C-sharp minor – Adagio quasi un poco andante
07. String Quartet No.14 Op.131 in C-sharp minor – Allegro
08. String Quartet No.16 Op.135 in A Major – Allegretto
09. String Quartet No.16 Op.135 in A Major – Vivace
10. String Quartet No.16 Op.135 in A Major – Lento assai, cantate e tranquillo
11. String Quartet No.16 Op.135 in A Major – Grave, ma non troppo tratto. Allegro

CD 39

01. String Quartet No.15 Op.132 in A minor – Assai sostenuto – Allegro
02. String Quartet No.15 Op.132 in A minor – Allegro ma non tanto
03. String Quartet No.15 Op.132 in A minor – Molto adagio
04. String Quartet No.15 Op.132 in A minor – Alla Marcia, assai vivace
05. String Quartet No.15 Op.132 in A minor – Allegro appassionato

Alexander String Quartet
Ge-Fang, Frederick Lifsit – Violin
Paul Yarbrough – Viola
Sandy Wilson – Cello

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CD 37 BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 38 BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
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Johannes Brahms (1833-1897): Sonatas para Violino e Piano (Dumay, Pires)

Johannes Brahms (1833-1897): Sonatas para Violino e Piano (Dumay, Pires)

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Todos vocês desconfiam que meu compositor preferido seja meu pai Johann Sebastian Bach, não? E todos mais ou menos sabem que eu desprezo Dvorak, Rachmaninov, Debussy e até Wagner. Mas não sabem que meus três prediletos começam com a letra B: Bach, Beethoven, Brahms e Bartók. Johannes Brahms, claro! Sei que tal fato apenas tem importância dentro das paredes de meu cérebro e que estas impressões de ouvinte cinquentenário não devem ser vendidas como verdades ou garantia de qualidade, mas Brahms é o máximo!

É claro que tenho dezenas de gravações deste série de sonatas, mas não ouvi ainda nada melhor do que dupla Dumay-Pires e a formada por Mutter-Orkis. Certamente, esta é uma das mais belas gravações das sonatas de Brahms para violino e piano disponíveis e uma de minhas first choices.

Há que rebolar muito para espremer mais beleza destas obras de melancolia, paixão, intimidade e delicadeza.

Brahms: Sonatas para Violino e Piano

Sonata For Violin And Piano No.1 In G, Op.78
1. 1. Vivace ma non troppo
2. 2. Adagio
3. 3. Allegro molto moderato

Sonata For Violin And Piano No.2 In A, Op.100
4. 1. Allegro amabile
5. 2. Andante tranquillo – Vivace – Andante – Vivace di più – Andante vivace
6. 3. Allegretto grazioso (Quasi andante)

Sonata For Violin And Piano No 3 In D Minor, Op.108
7. 1. Allegro
8. 2. Adagio
9. 3. Un poco presto e con sentimento
10. 4. Presto agitato

Augustin Dumay, violino
Maria João Pires, piano

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Domenico Scarlatti (1685–1757): Sonatas e mais Sonatas, ¿como no?

Domenico Scarlatti (1685–1757): Sonatas e mais Sonatas, ¿como no?

A música erudita nos causa curiosos problemas. Imaginem que eu formatei este post colocando os discos na ordem de qualidade que esperava encontrar. Coloquei em primeiro lugar Rousset, depois Kirkpatrick, seguido de Yepes. Bem, é exatamente o contrário. Após ouvir os três CDs que não possuem sonatas em comum, diria que o melhor é o das transcrições de Yepes, seguido pelo do cravista-estudioso de Scarlatti Ralph Kirkpatrick e depois pelo francês Rousset.

Os três são bons, mas Yepes vence. Confiram!

Ah, Domenico não é tão talentoso quanto seu pai Alessandro, mas as 555 sonatas em um movimento que escreveu para comer a princesa portuguesa Maria Magdalena Bárbara são bem legais.

Christophe Rousset – Domenico Scarlatti: 15 Harpsichord Sonatas

1. Scarlatti – Kk 461 – Sonata in C major (4:01)
2. Scarlatti – Kk 124 – Sonata in G major (5:19)
3. Scarlatti – Kk 147 – Sonata in E minor (7:39)
4. Scarlatti – Kk 531 – Sonata in E major (3:40)
5. Scarlatti – Kk 44 – Sonata in F major (5:57)
6. Scarlatti – Kk 469 – Sonata in F major (3:17)
7. Scarlatti – Kk 426 – Sonata in G minor (7:37)
8. Scarlatti – Kk 427 – Sonata in G major (2:25)
9. Scarlatti – Kk 52 – Sonata in D minor (8:16)
10. Scarlatti – Kk 53 – Sonata in D major (3:39)
11. Scarlatti – Kk 120 – Sonata in D minor (4:15)
12. Scarlatti – Kk 144 – Sonata in G major (4:22)
13. Scarlatti – Kk 450 – Sonata in G minor (3:52)
14. Scarlatti – Kk 140 – Sonata in D major (3:59)
15. Scarlatti – Kk 141 – Sonata in D minor (4:24)

Christophe Rousset, cravo

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Ralph Kirkpatrick – Domenico Scarlatti: Sonatas for Harpsichord

01. Sonata for keyboard in G minor, K. 347 (L. 126)
02. Sonata for keyboard in G major, K. 348 (L. 127)
03. Sonata for keyboard in D minor, K. 213 (L. 108) “The Lover”
04. Sonata for keyboard in D major, K. 214 (L. 165)
05. Sonata for keyboard in F sharp major, K. 318 (L. 31)
06. Sonata for keyboard in F sharp major, K. 319 (L. 35)
07. Sonata for keyboard in E major, K. 380 (L. 23) “Cortege”
08. Sonata for keyboard in E major, K. 381 (L. 225)
09. Sonata for keyboard in C major, K. 356 (L. 443)
10. Sonata for keyboard in C major, K. 357 (L. S45)
11. Sonata for keyboard in C minor, K. 526 (L. 456)
12. Sonata for keyboard in C major, K. 527 (L. 458)
13. Sonata for keyboard in D major, K. 478 (L. 12)
14. Sonata for keyboard in D major, K. 479 (L. S16)
15. Sonata for keyboard in F major, K. 524 (L. 283)
16. Sonata for keyboard in F major, K. 525 (L. 188)
17. Sonata for keyboard in G major, K. 454 (L. 184)
18. Sonata for keyboard in G major, K. 455 (L. 209)
19. Sonata for keyboard in B flat major, K. 248 (L. S35)
20. Sonata for keyboard in B flat major, K. 249 (L. 39)
21. Sonata for keyboard in D major, K. 436 (L. 109)

Ralph Kirkpatrick, harpsichord

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Narciso Yepes – Domenico Scarlatti: Sonatas Transcribed for 10-String Guitar

1. Sonata in G major, K.146: [Allegretto] [3’16]
2. Sonata in D minor, K.34: Larghetto [3’37]
3. Sonata in F minor, K.238: Andante [3’07]
4. Sonata in Bb major, K.42: Minuetto [1’29]
5. Sonata in Eb major, K.474: Andante e cantabile [6’05]
6. Sonata in D minor, K.32: Aria [2’10]
7. Sonata in A major, K.322: Allegro [2’56]
8. Sonata in D minor, K.77: Moderato e cantabile [7’58]
9. Sonata in G major, K.283: Andante allegro [4’57]
10. Sonata in D minor, K.64: Gavotte [2’29]
11. Sonata in F major, K.446: Pastorale [4’50]
12. Sonata in B minor, K.377: Allegrissimo [3’23]

Narciso Yepes, 10-String Guitar

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Flagrante nada posado de Domenico, o que cara que namorou a princesa portuguesa Maria Magdalena Bárbara (Maria Bárbara de Bragança). Espalhem!
Flagrante nada posado de Domenico, o que cara que namorou a princesa portuguesa Maria Magdalena Bárbara (Maria Bárbara de Bragança). Espalhem!

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Philip Morris Glass (1937): Akhnaten

Philip Morris Glass (1937): Akhnaten

Um dos compositores mais influentes do final do século XX, Philip Glass descreve-se como um compositor de “música com estruturas repetitivas”.

A música composta por Philip Glass (31/01/1937 Baltimore, EUA) e o texto vocal extraído de fontes originais por Shalom Goldman. O Libretto de Philip Glass com colaboração de Shalom Goldman, Robert Israel e Richard Riddell. Akhnaten é uma ópera em três atos baseados na vida e convicções religiosas do Faraó Akhenaton (Amenhotep IV), a ópera foi escrita em 1983. Teve sua estréia mundial em 24 de março de 1984 no Staatstheater Stuttgart, Alemanha.

O texto da ópera, retirado de fontes originais, é cantado nas línguas originais (egípcio, arcadiano, hebraico e linguagem do público), vinculado com o comentário de um narrador em uma linguagem moderna, como inglês ou alemão.

Os textos egípcios do período são tirados de um poema do próprio Akhenaton do Livro dos Mortos e de extratos de decretos e cartas do período de dezessete anos do governo de Akhenaton. O Hino de Akhnaten para o Sol é cantado na língua da audiência (CD2 faixa03). Música e músicos de altíssima qualidade muito inspirados, logo no início (CD1 faixa03) temos cerca de 9 minutos ininterruptos com as batidas de tambores (incrível o ritmo perfeito e agressivo em toda a cena). Gosto muito desta ópera moderna, recomendo sem medo.

A ópera é dividida em três atos:

Ato 1: Ano 1 do reinado de Akhnaten em Tebas
Tebas, 11370aC

Prelúdio, verso 1, verso 2, verso 3
As cordas iniciam a ópera dando um clima místico. O escriba recita textos funerários das pirâmides. “Aberto são as portas duplas do horizonte, desbloqueadas estão suas trancas”.
Cena 1: Funeral do pai de Akhnaten Amenhotep III
A cena apresenta o funeral do pai de Akhenaton, Amanhotep III. Como ponto de partida do trabalho, representa o momento histórico imediatamente anterior ao “período de Amarna” ou ao reino de Akhenaton Ele retrata a sociedade em que as reformas de Akhenaton foram realizadas (reformas tão extremas que pode ser chamado de revolucionário). A ação da cena se concentra nos ritos funerários do Novo Reino da XVIII dinastia. Eles são dominados pelos sacerdotes de Ammon e aparecem como rituais de caráter extraordinariamente tradicional, derivada do livro egípcio dos mortos. A procissão do funeral entra na cena liderado por dois bateristas e seguido por um pequeno grupo de sacerdotes Ammone que era dele O tempo é precedido por Aye (pai de Nefertiti, conselheiro do faraó falecido e do futuro Faraó). Aye e um pequeno coro masculino cantam um hino funerário em egípcio. A música é basicamente uma marcha, e cresce até a intensidade de êxtase no final.
Cena 2: A Coroação de Akhnaten
Após uma longa introdução orquestral, durante a qual Akhnaten aparece, anunciada por uma trombeta solo, o Sumo Sacerdote, Aye e Horemhab cantam um texto ritual. Depois disso, o Narrador recita uma lista de títulos reais concedidos a Akhnaten, enquanto ele é coroado. Após a coroação, o coro repete o texto ritual desde o início da cena.
Cena 3: A janela
Depois de uma introdução dominada por sinos tubulares, Akhnaten canta um louvor ao Criador (em egípcio) na janela de aparições públicas. Esta é a primeira vez que ele canta, depois de já estar no palco há 20 minutos (e 40 minutos para a ópera) e o efeito de sua voz, contratenor,é surpreendente. Ele é acompanhado por Nefertiti, que na verdade canta notas mais baixas do que ele, e mais tarde pela Rainha Tye, cuja soprano sobe bem acima das vozes entrelaçadas do casal real.

Ato 2: Anos 5 a 15 em Tebas e Akhetaten
Cena 1: o templo
A cena abre com o Sumo Sacerdote e um grupo de sacerdotes cantando um hino para Amun, deus principal da velha ordem, em seu templo. A música torna-se cada vez mais dramática, já que Akhnaten, juntamente com a Rainha Tye e seus seguidores, ataca o templo. Esta cena tem apenas um canto sem palavras. As harmonias crescem muito cromáticas. O telhado do templo é removido e o sol deus que os raios de Aten invadem o templo, terminando assim o reinado de Amun e sentando os alicerces para o culto do único deus Aten.
Cena 2: Akhnaten e Nefertiti
Dois solistas introduzem um “tema do amor”. Acompanhado por um trombone solo o Narrator recita um poema parecido com a oração ao deus do sol. As cordas suavemente assumem a música, e o mesmo poema é recitado de novo, desta vez como um poema de amor de Akhnaten para Nefertiti. Então Akhnaten e Nefertiti cantam o mesmo texto um para o outro (em egípcio), como um dueto de amor íntimo. Depois de um tempo, a trombeta associada a Akhnaten se junta a eles como a voz mais alta, transformando o duo em um trio.
Cena 3: A Cidade – Dança
O Narrador fala um texto tirado das pedras da nova capital do império, Akhet-Aten (The Horizon of Aten), descrevendo a construção da cidade, com espaços grandes e cheios de luz. Depois de uma fanfarra de bronze, a conclusão da cidade é celebrada em uma dança alegre, contrastando com a música ritual e ritual com a qual este ato começou. (Na estréia de Stuttgart, a dança realmente descreveu a construção da cidade)
Cena 4: Hino
O que agora segue é um hino ao único deus Aten, uma longa ária de Akhnaten. É excelente, pois é o único texto cantado na linguagem da platéia, louvando o sol dando vida a tudo. Após a aria, um coro fora do palco canta o Salmo 104 em hebraico, datando cerca de 400 anos depois, que tem fortes semelhanças com o Hino de Akhnaten, enfatizando assim Akhnaten como o primeiro fundador de uma religião monoteísta.

Ato 3: Ano 17 e presente
Akhnaten, 1358aC
Cena 1: a família
Dois oboe d’amore interpretam o “tema do amor” do ato 2. Akhnaten, Nefertiti e suas seis filhas, cantam sem palavras em contemplação, são alheios ao que acontece fora do palácio. À medida que a música muda o Narrador lê cartas de vassalos sírios, pedindo ajuda contra seus inimigos. Como o rei não manda tropas, sua terra está sendo apreendida e saqueada por seus inimigos. A cena se concentra novamente em Akhnaten e sua família, ainda inconsciente do país se destruindo.
Cena 2: Ataque e Queda da Cidade
Horemhab, Aye e o Sumo Sacerdote de Aten começam a instigar as pessoas (coro), cantando parte das cartas do vassalo até que finalmente o palácio seja atacado, a família real morreu e a cidade do sol destruída .
Cena 3: as ruínas
A música do início da ópera retorna. O escriba recita uma inscrição no túmulo de Aye, louvando a morte do “herege” e o novo reinado dos deuses antigos. Ele então descreve a restauração do templo de Amun pelo filho de Akhnaten, Tutenkhamun. A música Prelúdio cresce e a cena se move para o atual Egito, para as ruínas de Amarna, a antiga capital Akhet-Aton. O Narrador aparece como um guia turístico moderno e fala um texto de um guia, descrevendo as ruínas. “Não resta nada desta gloriosa cidade de templos e palácios”.
Cena 4: Epílogo
Os fantasmas de Akhnaten, Nefertiti e Rainha Tye aparecem, cantando sem palavras entre as ruínas. A procissão fúnebre do início da ópera aparece no horizonte, e eles se juntam a ela.

CD1
Act I: Year 1 of Akhnaten’s Reign – Thebes
1. Prelude: Refrain, Verse 1, Verse 2 10:44
2. Prelude: Verse 3 0:40
3. Scene 1: Funeral of Amenhotep III 8:59
4. Scene 2: The Coronation of Akhnaten 17:15
5. Scene 3: The Window of Appearances 9:03

Act II: Years 5 to 15 – Thebes and Akhetaten
6. Scene 1: The Temple 12:47
7. Scene 2: Akhnaten and Nefertiti 10:10

CD2
1. Scene 3: The City 2:30
2. Scene 3: Dance 5:10
3. Scene 4: Hymn 13:35

Act III: Year 17 and the Present – Akhetaten
4. Scene 1: The Family 11:36
5. Scene 2: Attack and Fall 7:43
6. Scene 3: The Ruins 7:28
7. Scene 4: Epilogue 10:37

Akhnaten – Paul Esswood
Neferetiti – Milagro Vargas
Queen Tye – Melinda Liebermann
Horemhab – Tero Hannula
Amon High Priest – Helmut Holzapfel
Aye – Cornelius Hauptmann
Scribe – David Warrilow

The Stuttgart State Opera Orchestra & Chorus
Dennis Russel Davies – Maestro

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Philip se distraindo com suas pequenas células rítmicas
Philip se distraindo com suas pequenas células rítmicas

Ammiratore