W. A. Mozart (1756-1791): Violin Sonatas KV. 301, KV. 303, KV. 305, KV. 454 (Dego, Leonardi)

W. A. Mozart (1756-1791): Violin Sonatas KV. 301, KV. 303, KV. 305, KV. 454 (Dego, Leonardi)

Claro que é uma boa gravação, mas já ouvi melhores. As duas Chicas fazem tudo certinho, mas me pareceram um tanto inexpressivas. Essas são leituras realizadas em instrumentos modernos em um estilo historicamente informado. O CD não me fez prender a respiração da mesma forma que ocorreu com Isabelle Faust e Alexander Melnikov em suas leituras em instrumentos de época. Se você está procurando uma versão discreta e de bom gosto, Dego e Leonardi é uma boa pedida. Se você está procurando um som de época com um pouco mais de calor e urgência expressiva, eu o levaria a Faust e Melnikov. Foi a impressão que tive ao ouvir este CD uma única vez.

W. A. Mozart (1756-1791): Violin Sonatas KV. 301, KV. 303, KV. 305, KV. 454 (Dego, Leonardi)

1. Violin Sonata in B-Flat Major, Op. 7 No. 3, KV. 454: I. Largo (10:13)
2. Violin Sonata in B-Flat Major, Op. 7 No. 3, KV. 454: II. Andante (7:15)
3. Violin Sonata in B-Flat Major, Op. 7 No. 3, KV. 454: III. Allegretto (7:33)

4. Violin Sonata in G Major, Op. 1 No. 1, KV. 301: I. Allegro con spirito (11:15)
5. Violin Sonata in G Major, Op. 1 No. 1, KV. 301: II. Allegro (5:09)
6. Violin Sonata in C Major, Op. 1 No. 3, KV. 303: I. Adagio (5:10)

7. Violin Sonata in C Major, Op. 1 No. 3, KV. 303: II. Tempo di Menuetto (6:47)
8. Violin Sonata in A Major, Op. 1 No. 5, KV. 305: I. Allegro di molto (6:34)
9. Violin Sonata in A Major, Op. 1 No. 5, KV. 305: II. Tema con variazioni (10:18)

Francesca Dego, violino
Francesca Leonardi piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Essas fotos de divulgação…

PQP

Franz Schubert (1797-1828): Sinfonia nº 8 “Inacabada”, e Sinfonia nº 9 “Grande” – Janowsky, Dresdner Philharmonie

As duas obras primas incontestes de Schubert estão em muito boas mãos neste CD que recém saiu dos fornos da Gravadora Pentatone. O experiente maestro Marek Janowski nos traz uma leitura atualizada desta obras tão gravadas, mas tão cheias de possibilidades.

A Sinfonia Inacabada tem uma áurea de mistério que a cerca. Nunca deixo de me emocionar com aquele início misterioso, tenso, parece que estamos entrando em uma caverna lúgubre, sem saber direito o que iremos encontrar ali dentro. Janowski coloca um pouco de esperança em sua interpretação, tirando assim um pouco daquele ambiente lúgubre, trazendo uma possibilidade de se enxergar uma luz no final do túnel. Para quem gravou todos os grandes românticos do século XIX, incluindo as óperas wagnerianas, o que ouvimos aqui é um romantismo não tão expressivo e intenso. Confesso que sinto falta daquela carga dramática, tão comum em algumas gravações, principalmente no Primeiro Movimento, onde ele explora mais o lado lírico da obra. Dentre todas as versões que já ouvi desta sinfonia, minha escolha sempre recai sobre a velha guarda, como os bom Günter Wand e Karl Böhm. Ainda não ouvi os mais recentes e elogiados registros de René Jacobs, com uma leitura mais historicamente informada, característica deste excelente maestro, e um especialista neste gênero de interpretação.

O maestro Marek Janowsky, junto a Filarmônica de Dresden, nos oferecem uma interpretação segura e correta destas duas obras primas do repertório sinfônico. Tenho certeza de que os senhores irão gostar.

Franz Schubert (1797-1828): Sinfonia nº 8 “Inacabada”, e Sinfonia nº 9 “Grande” – Janowsky, Dresdner Philharmonie

01. Schubert Symphony in B Minor, D. 759 Unfinished I. Allegro moderato
02. Schubert Symphony in B Minor, D. 759 Unfinished II. Andante con moto

03. Schubert Symphony in C Major, D. 944 The Great I. Andante – Allegro, ma non troppo – Più moto
04. Schubert Symphony in C Major, D. 944 The Great II. Andante con moto
05. Schubert Symphony in C Major, D. 944 The Great III. Scherzo. Allegro vivace – Trio
06. Schubert Symphony in C Major, D. 944 The Great IV. Allegro Vivace

Dredsner Philharmonie
Marek Janowsky

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE 

FDP

 

 

 

Henry Cowell (1897-1965) – Synchrony; Piano Concerto; Lou Harrison (1917-2003) – Organ Concerto; Edgard Varèse (1883-1965) – Amériques (San Francisco Symphony, Tilson Thomas)

O maestro Michael Tilson Thomas anunciou em 2021 que estava tratando um tumor agressivo no cérebro. O que não o impediu de seguir sua carreira como um dos regentes mais respeitados do planeta agora que medalhões como Haitink e Harnoncourt se foram. Sua integral de Mahler gravada em San Francisco foi muito elogiada, inclusive aqui neste blog. Com votos de que sua recuperação ou cuidados paliativos estejam em bom andamento, trazemos hoje outra gravação coma mesma orquestra, com obras radicais de compositores do século XX, dois deles nascidos nos EUA e o terceiro também viveu naquele país.

Henry Cowell foi um dos compositores que expandiram as técnicas dos pianistas para incluir, além de coisas como socos e cotoveladas no teclado (o que provavelmente ele imitou de pianistas de jazz), também ataques nas cordas, o que não é o caso neste seu concerto para piano que tem “apenas” alguns socos e outras formas de execução de clusters, que são grupos de notas próximas tocadas ao mesmo tempo. Pouco lembrado hoje em dia, Cowell influenciou as obras para piano solo e com orquestra de Bartók, Cage e muitos outros.

Lou Harrison foi um pupilo de Cowell, tendo muito em comum com seu professor: o interesse por percussões, por música asiática – inclusive pelo contato com chineses e outros imigrantes na Califórnia – e por clusters, além de ambos se incluírem no espectro hoje chamado LGBT+, assim como Tilson Thomas. Desde jovem explorou sons de percussões pouco comuns, por exemplo latas de lixo. No concerto que aparece neste disco, Harrison utiliza clusters no som potente do órgão, além de criar movimentos lentos com paródias do órgão contrapontístico de J.S. Bach. Ao contrário de outros concertos para órgão, aqui Harrison consegue evitar que o órgão soe demasiado solene e pomposo graças às pitadas de humor e ao acompanhamento sem cordas ou sopros, com uma orquestra apenas de percussões. Eu é que não vou me arriscar a traduzir a formação dessa orquestra: six great bells, three temple blocks, celesta, tube chimes, small Chinese crash cymbals, suspended cymbal, bass drum, snare drum, three wood drums, glockenspiel, three muted gongs, three high suspended gongs, three low suspended gongs, güiro, jangles, maracas, piano, six muted large plumber’s pipes, large rasp, rattle, three tom-toms, and vibraphone. Harrison passou boa parte de sua vida na California e teve várias outras obras tocadas pela San Francisco Orchestra, incluindo uma Parade for MTT (1995) nomeada em homenagem ao maestro Tilson Thomas.

Henry Cowell:
1. Synchrony (1930) 13:38
Piano Concerto (1928)
2. I. Polyharmony 3:48
3. II. Tone Cluster 7:07
4. III. Counter Rhythm 3:58

Lou Harrison:
Concerto for Organ with Percussion Orchestra (1972)
5. I. Allegro 5:47
6. II. Andante (Siciliana in the formof a double canon) 2:10
7. III. Largo 6:56
8. IV. Canons and Choruses (Moderato) 3:16
9. V. Allegro (Finale) 4:51

Edgard Varèse:
10. Amériques (1927 version) 22:02

San Francisco Symphony Orchestra, Michael Tilson Thomas
Piano – Jeremy Denk (2-4)
Organ – Paul Jacobs (5-9)

DOWNLOAD HERE – BAIXE AQUI

PS: a palavra maverick, em inglês, se aplica originalmente a um animal isolado do rebanho, caminhando sozinho, e por extensão a pessoas que fogem às classificações e grupos mais usuais. Para além desde CD, os concertos dedicados a American Mavericks duraram uma longa turnê e deram origem a um site onde você pode ler mais, por exemplo, sobre o concerto de Harrison: aqui.

Cowell com o cotovelo no piano, para desespero dos conservadores (circa 1925)

Pleyel

Se não pode vencê-los, junte-se a eles: twitter.com/pqpbach .:. instagram.com/pqpbach

O órgão essencial de Johann Pachelbel (1653-1706)

[postagem original do Ranulfus em 2010 com este prólogo de 2012]
Acabo de perceber que dentro de 12 dias minha primeira postagem neste blog fará dois anos. (Só dois? Parece uma vida!). Junto com isso lembrei que no início um dos meus objetivos era aumentar a oferta de música organística no blog. Razões mil me afastaram desse objetivo, mas tenho muito gosto em ainda ter comemorado minha primeira semana de blog, em 04.05.2010, fazendo esta postagem, pois a música organística de Pachelbel parece ser das poucas coisas capazes de provocar efeitos de serenidade na alma inquieta do monge Ranulfus.

Agora o Rapidshare ameaça apagar o arquivo. Eu poderia simplesmente fazer um download pra impedir, mas… muito melhor me parece reavivar o post, pois é provável que as novas gerações de ouvintes pequepianos nem tenham reparado em sua existência.

Então vai aqui, para inspirar uma manhã de domingo, a “serenidade emotiva” deste grande músico, tão injustamente tratado como compositor de uma obra só (o Cânon em Re menor). E a partir do próximo parágrafo os senhores têm o texto original da postagem.

. . . . . . .
Como o velho Chico, nosso leitor e amigo Nahum Pereira “vem de Minas / onde o oculto do mistério se escondeu”, e então não é de estranhar que tenha um sentido especial para o sacro – com o qual suspeito que voltará a me assessorar em posts futuros. E, parte disso, ele e eu concordamos que é desejável que se introduza mais o órgão neste blog . . .

Hammm… ah, sim, o Nahum pretende refazer em qualidade melhor que 128 kbps as gravações que já compartilhou – mas avisa que isso pode demorar meses (ele é um sujeito ocupado, tão pensando o quê?) e não quero ficar privando vocês do órgão & prazeres correlatos por tanto tempo. Então comecemos!

Pachelbel é um nome bem esquisito, nem os alemães têm certeza como se pronuncia. Vi um organista de Hamburgo (von Kameke) dizer “Parrélbel”, mas a maior parte parece concordar em “Párrelbel” (claro que a transliteração do CH alemão em RR carioquês é apenas uma aproximação!).

É uma felicidade, portanto, que ele ofereça coisas melhores que o nome pra gente ouvir: sua música – e esta é muuuuito mais que o famoso Cânon.

Como Kerll, Froberger, Muffat pai e filho, Johann Pachelbel é do Sul da Alemanha – e isso significa mais conexão com a Itália e a França que se ele se chamasse Buxtehude, palavra que naquele mundo até soa como um pântano frio do Norte. E essas conexões “latinas” talvez expliquem uma certa vertente melódica em Pachelbel que parece conversar mais fácil com sensibilidades não-germânicas – embora outra parte dele se entenda com Buxtehude muito bem, obrigado.

Pachelbel já tinha 32 anos quando o pai do PQP nasceu, e este ainda estava nos seus 21 quando aquele morreu. Quer dizer: não se trata de um menor que viveu paralelamente, e sim de um dos que levantaram a bola pro JSB cortar, bola que sem eles nem estaria lá.

E acho que por enquanto isto é mais que suficiente a dizer sobre ele. Só, como nota pessoal, comento que tenho um gosto especial pela “Ária Sebaldina com variações”, faixa 16. O arquivo inclui encarte completo em inglês/alemão/francês (trabalhosa cortesia do Nahum!)

Johann Pachelbel, Music for Organ – Werner Jacob, 1990
01 [I] Präludium in dm
02 [II] Fuga in dm
03 [III] Ciacona in dm
04 Choral*: Nun komm, der Heiden Heiland
05 Choral: Meine Seele erhebet den Herren
06 Magnificat – Fuga
07 Choral: Gelobet seist du, Jesu Christ
08 Choral: Vom Himmel hoch, da komm ich her (I)
09 Choral: Vom Himmel hoch, da komm ich her (II)
10 Toccata in F
11 Choral: Wie schön leuchtet der Morgenstern
12 Ciacona in fm
13 Partita s. Choral Christus, der is mein Leben
14 [I] Präludium in cm
15 [II] Fuga in cm
16 Aria Sebaldina com variazioni
17 [I] Toccata in cm
18 [II] Ricercare in cm

* Diferente de “coro”, na tradição luterana “choral” (pron. korál) significa “hino”, bem como peça instrumental elaborada a partir da melodia de um hino – e é com esse sentido que inclusive organistas bem posteriores (como Franck) usam a palavra.

. . . . . . BAIXE AQUI – download here

LINK ALTERNATIVO

Pachelbel

Ranulfus

Franz Schubert (1797-1828): Symphonie Nº 8, D. 759, Symphonie Nº 9, D. 944 (Karajan)

Franz Schubert (1797-1828): Symphonie Nº 8, D. 759, Symphonie Nº 9, D. 944 (Karajan)

Essa gravação realizada pelo Karajan dos anos 60 tem uma característica muito interessante: a alta velocidade com que a 9ª Sinfonia é interpretada. Mas deixa ele, trata-se de Herr Karajan, o maior vendedor de discos da DG. Comentários irônicos diziam que possivelmente o maestro tinha algum compromisso inadiável no dia da gravação da Sinfonia Nº 9, por isso acelerou o tempo dos movimentos, para acabar o quanto antes e não se atrasar. Ou talvez ele quisesse deixar a Grande menor do que ele, quem sabe.

Ironias á parte, o próprio Karajan confessava que se sentia perdido quando interpretava essa obra, pois as indicações deixadas por Schubert na partitura eram muito tênues e muito sujeitas a interpretações. De qualquer forma, trata-se aqui da visão de um regente muito ouvido. Mas há versões melhores como a do CD análogo de Wand ou o de Végh. Ou o de Abbado ou o de Harnoncourt. Ou a do Janowsky, que FDP Bach programou para o próximo dia 27 e você deverá ter a fineza de aguardar.

Franz Schubert (1797-1828): Symphonie Nº 8, D. 759, Symphonie nº 9, D. 944 (Karajan)

Symphonie nº 8 in B Minor, D. 759
1 – Allegro moderato
2 – Andante com moto

Symphony nº 9 in C, D. 944

4 – Andante – Allegro ma non troppo
5 – Andante com moto
6 – Scherzo (Allegro vivace)
7 – Allegro vivace

Berliner Philarmoniker
Herbert von Karajan

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

von Karajan preparando seu Schubert

HvK regendo a 9ª de Schubert

PQP

Jean-Philippe Rameau (1683-1764): Pièces de clavecin en concerts (Rampal / Stern / Ritter)

Jean-Philippe Rameau (1683-1764): Pièces de clavecin en concerts (Rampal / Stern / Ritter)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um disco veterano, mas em bom estado, cheio de frescor e juventude, realizado por 3 grandes artistas na fase final de suas vidas. Ops! Ritter está vivo aos 85 anos. Rampal e Stern é já nos deixaram. É tocado num estilo antigo, só que é Rameau e Rameau garante a qualidade. Ele é um extraordinário compositor, além de nos brindar com belos e frequentes comentários aqui no PQP Bach. Esta é uma bela gravação de música barroca. Um purista pode discordar, mas a maioria dos amantes da música vai gostar. Claro, não é uma performance em instrumentos de época, mas acho que ela está OK. Deixa os velhinhos se divertirem, tchê! Rameau nasceu num 25 de setembro, mesmo dia de Shostakovich e de minha filha Bárbara. Ou seja, ele possui um grande e autêntico selo de qualidade. Vale a pena ouvir o CD!

Jean-Philippe Rameau (1683-1764): Pièces de clavecin en concerts (Rampal / Stern / Ritter)

Premier Concert
1 I La Coulicam 3:04
2 II La Livri 2:29
3 III Le Vézinet 3:13
Deuxième Concert
4 I La Laborde 5:03
5 II La Boucon 3:27
6 III L’ Agaçante 2:24
7 Iv. Premier Menuet; Deuxiéme Menuet (En Rondeau) 3:55
Troisième Concert
8 I La La Popliniére 3:41
9 II La Timide 6:01
10 III Premier Tambourin 2:20
Quartième Concert
11 I La Pantomime 4:10
12 II L’Indiscrète 1:24
13 III La Rameau 3:57
Cinquième Concert
14 I La Forqueray 1:57
15 II La Cupis 4:28
16 III La Marais 2:20

Flute – Jean-Pierre Rampal
Harpsichord – John Steele Ritter
Violin – Isaac Stern

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Jean-Pierre Rampal (1922-2000)

PQP

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): The Mozart Album (Canadian Brass)

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): The Mozart Album (Canadian Brass)

Lembram aquelas seleções de clássicos dos anos 70 e 80 que tinham gatinhos na capa? Ali, o Aleluia de Handel podia vir antes de Rhapsody in Blue, a qual era seguida da Abertura 1812, por exemplo. Aqui também há uma salada, mas uma salada só de Mozart, tudo transcrito para os espetaculares 5 metaleiros do Canadá. Na verdade, Mozart não gostava muito de usar uma tonelada de metais porque seus ouvidos eram muito sensíveis e os registros mais altos podiam ser incômodos para ele. (Quando criança, ele vomitou na primeira vez que ouviu um trompete em ação). No entanto, acho que ele ficaria impressionado e honrado com este álbum fantástico que presta uma verdadeira e respeitosa homenagem a um mestre. Eu recomendo fortemente este álbum para os amantes de Mozart e para os amantes de todas as belas músicas, apesar de ser um gatinho. Se ele tivesse esses sujeitos à disposição, escreveria-lhes peças sob medida.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): The Mozart Album (Canadian Brass)

1 Overture To “The Magic Flute (Die Zauberflöte), K. 620
Arranged By – Fen Watkin
Percussion – Russ Hartenberger
7:01
2 Sarastro’s Aria: “O Isis Und Osiris” From Act II Of “The Magic Flute”
Arranged By – Arthur Frackenpohl
2:48
3 The Queen Of The Night’s Aria: “Der Hölle Rache” From Act II Of “The Magic Flute”
Arranged By – Howard Cable
Percussion – Russ Hartenberger
2:56
4 “Tuba Mirum” From Requiem, K. 626
Arranged By – Frederic Mills
3:13
5 “Alleluia” From Exultate Jubilate, K. 165
Arranged By – Arthur Frackenpohl
2:26
6 Ave Verum Corpus, K. 618
Arranged By – Fen Watkin
2:58
7 Figaro’s Aria: “Non Più Andrai” From “The Marriage Of Figaro,” K. 492
Arranged By – Frederic Mills
Percussion – Russ Hartenberger
2:38
8 Rondo Alla Turca From Piano Sonata In A Major, K. 331
Arranged By – Arthur Frackenpohl
Percussion – Russ Hartenberger
2:22
9 Adagio & Fugue In C Minor, K. 546
Arranged By – Dale Fawcett
7:58
10 Theme & 5 Variations In G Major, K. 501
Arranged By – Arthur Frackenpohl
9:11
11 Adagio & Allegro In F Minor, K. 594
Arranged By – Arthur Frackenpohl
8:39

French Horn – David Ohanian
Trombone, Euphonium – Eugene Watts
Trumpet – Frederic Mills, Ronald Romm
Tuba – Charles Daellenbach

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

Steve Reich (1936): You Are (Variations) / Cello Counterpoint (Gershon)

Steve Reich (1936): You Are (Variations) / Cello Counterpoint (Gershon)

A dificílima You are (Variations) não me apaixonou tanto quanto outros trabalhos de Reich. Reconheço o notável trabalho de todos, mas a coisa não me chegou como deveria. Já Cello Counterpoint me apaixonou totalmente. A violoncelista Maya Beiser entrega-se com competência a uma composição que desafia o amante habitual do instrumento ao utilizar interações concisas e movimentos muito rápidos, normalmente não associadas com ao violoncelo. A composição é escrita para oito violoncelos e pode ser executada por um violoncelo solo, com as outras sete partes tocadas em um recurso pré-gravado, ou por um octeto de violoncelo. Nas notas do programa, Reich descreveu a peça como uma das mais difíceis que já havia escrito, observando “relações rítmicas extremamente estreitas e rápidas, não comumente encontradas na literatura para violoncelo”.  Ivan Moody da Gramophone escreveu: “Beiser consegue fazer as oito partes soarem frequentemente como se fossem um gigantesco instrumento, sem dúvida este é um esplêndido trabalho (e que deve ser extremamente eficaz ao vivo).

Steve Reich (1936): You Are (Variations) / Cello Counterpoint

1. You Are (Variations): You are wherever your thoughts are 13:14
2. You Are (Variations): Shiviti Hashem L’negdi (I place the Eternal before me) 4:15
3. You Are (Variations): Explanations come to an end somewhere 5:24
4. You Are (Variations): Ehmor m’aht, v’ahsay harbay (Say little and do much) 4:04

5. Cello Counterpoint 11:29

Musicians:
You Are (Variations)
Los Angeles Master Chorale
Grant Gershon, conductor
Phoebe Alexander, Tania Batson, Claire Fedoruk, Rachelle Fox, Marie Hodgson, Emily Lin, sopranos
Sarona Farrell, Amy Fogerson, Alice Murray, Nancy Sulahian, Kim Switzer, Tracy Van Fleet, altos
Pablo Corá, Shawn Kirchner, Joseph Golightly, Sean McDermott, Fletcher Sheridan, Kevin St. Clair, tenors
Geri Ratella, Sara Weisz, flutes
Joan Elardo, Joel Timm, oboes
James Faschia, Helen Goode-Castro, Larry Hughes, clarinets
Gloria Cheng, Lisa Edwards, Brian Pezzone, Vicki Ray, pianos
Wade Culbreath, Mike Englander, John Magnussen, Tom Raney, marimbas and vibes
Tamara Hatwan, Ralph Morrison, Susan Reddish, violin 1
Samuel Fischer, Julie Rogers, Steve Schart, violin 2
Darren McCann, Victoria Miskolcsky, Catherine Reddish, violas
Delores Bing, Maurice Grants, Roger LeBow, cellos
Oscar Hidalgo, bass

Cello Counterpoint
Maya Beiser, cello

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Steve Reich

PQP

Joseph Haydn – Concertos para Violoncelo, Sinfonia Concertante – Heinrich Schiff, ASMF, Marriner, Accardo, ECO

Eis um CD delicioso de se ouvir, daqueles que no deixam felizes, assobiando e loucos para ouvir novamente. A parceria Schiff / Marriner / ASMF funciona perfeitamente aqui, corretos, concisos, mostrando os grandes músicos que eram.

Nem teria muito a comentar sobre o CD, ou até mesmo sobre a música. A comparação com Rostropovich é inevitável, mas também creio que é desnecessária. Talvez o que posso dizer é que a alegria que sinto com esta turma tocando aqui é a mesma que senti quando ouvi o gigante russo tocando estes mesmos concertos e não por acaso, com a mesma Orquestra. O que também poderia dizer é que o famoso disco de Rostropovich foi gravado em um momento em que ele já era uma unanimidade, uma lenda viva, enquanto que Schiff ainda tentava se impor como um intérprete de renome.

Infelizmente, dores nos ombros afastaram Heinrich Schiff dos palcos e nunca mais conseguiu se apresentar ao vivo, falecendo precocemente aos 65 anos, em 2016. Realizou belíssimas gravações pelo selo Philips, tendo a oportunidade de gravar com grandes nomes do selo, como Bernard Haitink, Viktoria Mullova e André Previn.

A Sinfonia Concertante, que aparece neste CD da integral do músico, foi retirada de um outro disco que ele gravou com Salvatore Accardo e a English Chamber Orchestra. Nem preciso dizer que o virtuose italiano do violino também nos proporciona excelentes momentos com sua  execução. Infelizmente essa Sinfonia não é tão gravada. Mas o resultado aqui nos deixa perfeitamente satisfeitos.

Sei que estamos em uma época em que estas gravações mais antigas são desconsideradas (e esta aqui nem é tão velha, 1988), consideradas ultrapassadas, diariamente aparecem outros registros com uma nova geração de músicos, mas sempre gosto de voltar a estes ‘dinossauros’. Todos deram sua contribuição para a evolução da interpretação, e até mesmo da gravação. E foram estas gravações que me auxiliaram na descoberta destes repertórios em uma época em que não tínhamos internet, nem streaming, e foram as responsáveis pela nossa formação musical enquanto ouvinte.

Cello Concerto In C, H. VIIb No. 1
1 Moderato
2 Adagio
3 Finale (Allegro Molto)
Cello Concerto In D, H. VIIb No.2
4 Allegro Moderato
5 Adagio
6 Rondo (Allegro)

Heinrich Schiff – Cello
Academy of Saint Martin in the Fields
Sir Neville Marriner – Conductor

Sinfonia Concertante in B flat, Op. 94 Hob. 1:105
Allegro
Andante
Allegro con spirito

Heinrich Schiff – Cello
Neil Back – Oboe
Graham Sheen – Fagott
Salvatore Accardo – Violin & Director
English Chamber Orchestra

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Bach (1685 – 1750): Concertos para Cravo BWV 1052, 1054, 1055, 1059 – Orchestra of the Age of Enlightenment – Steven Devine ֎

Bach (1685 – 1750): Concertos para Cravo BWV 1052, 1054, 1055, 1059 – Orchestra of the Age of Enlightenment – Steven Devine ֎

 

BACH

Concertos para Cravo

OEA

Steven Devine

 

Os Concertos para Cravo de Bach surgiram da necessidade de música para os concertos no Collegium Musicum, uma sociedade musical centrada nos alunos da Universidade em Leipzig, que se reunia semanalmente no Café Zimmerman. Bach foi o diretor dessa sociedade por certo tempo e para conseguir os concertos usou material de outras ocasiões adaptando-o para esse novo formato.

Esses concertos para cravo e orquestra sobreviveram em uma cópia feita pelo próprio Bach, reunindo os Concertos enumerados BWV 1052 – 1059. Na verdade, o manuscrito começa com a inscrição JJ – Jesus juva (Jesus, ajude) e, após o Concerto BWV 1057, encontra-se a inscrição Finis. S.D.Gl. (Soli Deo Gloria). Isso indica que esses seis concertos formam um conjunto de seis peças. A parte de cravo do Concerto BWV 1058 tem muitas correções e o Concerto BWV 1059 contém apenas fragmentos. Apesar disso, este concerto pode ser recomposto, como foi feito neste disco, pelo cravista Steven Devine, uma vez que Bach usou seus movimentos em três números da Cantata BWV 35 – Geist und Seele wird verwirret.

Steven Devine no Castelo do PQP Bach, na Turíngia

O disco foi lançado há poucos dias reunindo a ótima Orchestra of the Age of Enlightenment sob a regência desde o cravo de Steven Devine, com produção do também relativamente novo selo inglês Resonus, fundado em 2011. Steven já tem ótimos discos lançados pelo selo Resonus, que já ganhou alguns prêmios por seus excelentes produtos.

Como bônus para nossos fiéis seguidores, acrescento os três movimentos da Cantata BWV 35 – Espírito e Alma estão confusos, na gravação do contratenor Alex Potter acompanhado pelo conjunto Il Gardelino, pelo selo belga Passacaglie.

 

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)

Concerto em ré maior, BWV 1052

  1. Allegro
  2. Adagio
  3. Allegro

Concerto em lá maior, BWV 1055

  1. Allegro
  2. Larghetto
  3. Allegro ma non tanto

Concerto em ré maior, BWV 1054

  1. [Allegro]
  2. Adagio e piano sempre
  3. Allegro

Concerto em ré menor, BWV 1059 (reconstrução – S. Devine)

  1. [Allegro]
  2. [Adagio]
  3. Presto

Orchestra of the Age of Enlightenment

Steven Devine, cravo e regência

Alex Potter (nenhum parentesco com Harry)

3 Movimentos da Cantata BWV 35

  1. Sinfonia
  2. Aria – Geist und Seele wirdverwirret
  3. Sinfonia

Alex Potter, contratenor

Il Gardelino

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 194 MB

fantastic touch and élan
Gramophone

Steven Devine combines a career as a conductor and director of orchestral, choral and opera repertoire with that of a solo harpsichordist and fortepianist. He is Conductor and Artistic Advisor of The English Haydn Festival; Music Director of New Chamber Opera, Oxford and Director of the Orchestra of the Age of Enlightenment’s “Bach the Universe & Everything” series.

The harpsichord concertos of J.S. Bach form the origins of the keyboard concerto genre that was to continue to flourish through the music of his sons, C.P.E. Bach and J.C. Bach, and onwards.

Here, celebrated keyboardist Steven Devine is joined by members of the Orchestra of the Age of Enlightenment in this recording that features the Concerto in D minor, BWV 1052, Concerto in A major BWV 1055, and the Concerto in D major BWV1054, together with a new reconstruction
 by Steven Devine of the Concerto in D minor BWV 1059.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): The Piano Trios (Beaux Arts Trio)

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): The Piano Trios (Beaux Arts Trio)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Diretamente do acervo de nosso amigo Helio Tavares, eis que finalmente consigo os Trios de Mozart, na interpretação sempre correta e sensível do Beaux Arts Trio. Era um sonho de consumo antigo, que se realizou, com a gentileza de Hélio em disponibilizar de seu acervo. E que acervo… neste mesmo lote, eis que também consigo os trios de Beethoven… é emoção demais para o coração do pobre FDP. Mas esses Beethoven vão esperar um pouco… E para aqueles que diziam que havia pouco Mozart no blog, eis que senti-me sensibilizado com as solicitações, e resolvi abrir meu acervo particular do mestre de Salzburg. Minhas próximas postagens serão mozartianas.

A interpretação está a cargo do Beaux Arts Trio (alguém já deve estar se perguntando por que diabos que os irmãos PQP e FDP têm tanta predileção por este trio? Ouçam e procurem as respostas na qualidade destas interpretações). Quem tocou junto por tantas décadas deve ter algo a acrescentar, não acham?

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): The Piano Trios (Beaux Arts Trio)

Trio In B Flat, K. 254 – B-dur – En Si Bémol (Divertimento)
1-1 1. Allegro Assai 6:23
1-2 2. Adagio 7:22
1-3 3. Rondeau (Tempo Di Minuetto) 6:47

Trio In G, K. 496 – G-dur – En Sol
1-4 1. Allegro 8:29
1-5 2. Andante 7:54
1-6 3. Allegretto (Thema Mit Variationen) 10:39

Trio In B Flat, K. 502 – B-dur – En Si Bémol
2-1 1. Allegro 8:08
2-2 2. Larghetto 9:11
2-3 3. Allegretto 6:00

Trio In E, K. 542 – E-dur – En Mi
2-4 1. Allegro 7:24
2-5 2. Andante Grazioso 4:55
2-6 3. Allegro 6:47

Trio In C, K. 548 – C-dur – En Ut
3-1 1. Allegro 7:27
3-2 2. Andante Cantabile 9:38
3-3 3. Allegro 4:14

Trio In G, K. 564 – G-dur – En Sol
3-4 1. Allegro 5:14
3-5 2. Andante (Thema Mit Variationen) 7:10
3-6 3. Allegretto 4:47

Trio In D Minor, K. 442 – D-moll – En Ré
Arranged By [Completed By] – Karl Marguerre, Abbé Stadler*
3-7 1. Allegro in D Minor – D-moll – En Ré 5:19
3-8 2. Tempo Di Minuetto In G- G-dur – En Sol 6:01
3-9 3. Allegro In D – D-dur – En Ré 5:07

Piano: Menahem Pressler
Violin: Isidore Cohen
Cello: Bernard Greenhouse

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

A clássica formação está neste CD.18

PQP

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – La Nozze di Figaro, K. 492

Para desespero de nossa querida Clara Schumann, que por algum motivo próprio não suporta a soprano neo-zelandesa Kiri Te Kanawa, trago uma deliciosa versão desta que é considerada por muitos a melhor ópera de Mozart, “La Nozze di Figaro” , ou “As Bodas de Fígaro”. O cast é estelar, comandados pelo grande Samuel Ramey e tendo estrelas do porte de Kiri Te Kanawa, Kurt Moll, Lucia Popp, Frederica Von Stade entre outros.

Sou fâ do maestro húngaro-britânico George Solti, que possui um extenso currículo na área, e será com ele que trarei mais a frente o ciclo do Anel dos Nibelungos.

Mas aqui temos um Mozart delicioso e divertido. Espero que gostem.

Sinopse da ópera pode ser encontrada aqui .

O Libreto pode ser encontrado aqui

Wolfgang Amadeus Mozart – Le Nozze di Figaro, K. 492

CD 1

1. Overture
2. Act 1 – “Cinque… deci… venti…” – “Cosa stai misurando”
3. Act 1 – “Se a caso Madama” – “Or bene, ascolta, e taci”
4. Act 1 – Bravo, signor padrone…Se vuol ballare…Ed aspettaste
5. Act 1 – “La vendetta” – “Tutto ancor non ho perso”
6. Act 1 – “Via resti servita” – “Va là, vecchia pedante”
7. Act 1 – Non so più…Ah, son perduto!
8. Act 1 – Cosa sento!…Basilio, in traccia tosto…Giovani
9. Act 1 – “Non più andrai”
10.Act 2 – Porgi amor…Vieni, cara Susanna
11.Act 2 – “Voi che sapete” – “Bravo! che bella voce!”
12.Act 2 – Venite! Inginocchiatevi…Quante buffonerie!

1.Act 2 – “Che novità!”
2.Act 2 – “Susanna, or via, sortite” – “Dunque, voi non aprite”
3.Act 2 – “Aprite, presto” – “O guarda il demonietto!” – “Tutto è come io lasciai”
4.Act 2 – “Esci, ormai, garzon malnato” – “Susanna!… Signore!”
5.Act 2 – “Signore, di fuori” – “Ah! signore… signor!”
6.Act 2 – “Voi signor, che giusto siete” Jane Berbié
7.Act 3 – “Che imbarazzo è mai questo” – “Via, fatti core”
8.Act 3 – “Crudel! perché finora” – “E perché fosti meco”
9.Act 3 – Hai già vinta la causa!…Vedrò mentr’io sospiro…
10.Act 3 – “Riconosci in questo amplesso” – “Eccovi, o caro amico” – “Andiamo, andiam, bel paggio”

1. Act 3 – E Susanna non vien…Dove sono i biei momenti…Io
2. Act 3 – Cosa mi narri!…Che soave zeffiretto…Piegato è
3. Act 3 – Ecco la marcia…Eh, già, solita usanza
4. Act 4 – L’ho perduta…Barbarina, cos’hai?
5. Act 4 – Il capro e la capretta…Nel padiglione a manca
6. Act 4 – “In quegli anni in cui val poco”
7. Act 4 – “Tutto è disposto” – “Aprite un po’ quegli occhi”
8. Act 4 – Giunse alfin il momento…Deh, vieni, non tardar.
9. Act 4 – Pian pianin le andrò più presso…Tutto è tranquillo
10.Act 4 – “Gente, gente, all’armi”

Lucia Popp, Kiri Te Kanawa, Frederica von Stade, Samuel Ramey,Sir Thomas Allen e Kurt Moll – solistas
London Opera Chorus
London Philarmonic Orchestra
Sir George Solti – Director

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 386 MB
Solti gostou de saber a opinião da Clara Schumann sobre sua regência das óperas de Mozart

o Penguin Guide rasga a seda: Solti opta por uma proporção justa de velocidades extremas, tanto lentas quanto rápidas, mas elas raramente, se é que alguma vez, interferem na felicidade essencial do entretenimento. Samuel Ramey, um barítono de voz firme, interpreta um Figaro viril, perfeitamente combinado com a mais encantadora das Susannas gravadas, Lucia Popp, que apresenta uma performance brilhante e radiante. Thomas Allen também está magnífico. Kurt Moll como Don Bartolo canta um La vendetta inesquecível. Frederica von Stade é uma Cherubino muito atraente, mas coroando tudo está a Condessa de Kiri TeKanawa.

Aproveite!

J. S. Bach (1685-1750): Concertos para Flauta Doce (Bosgraaf)

J. S. Bach (1685-1750): Concertos para Flauta Doce (Bosgraaf)

Um bom disco de transcrições. É normal que músicos encontrem maneiras de adaptar as composições de Bach para caber em seus instrumentos, sejam eles tocando saxofone, marimba ou violão. Os instrumentistas do Ensemble Cordevento reconstroem criativamente quatro concertos para a flauta doce, apesar do inconveniente fato de que Bach não ser conhecido por ter escrito nenhum… O primeiro concerto tem seu primeiro e terceiro movimentos adaptados de árias rápidas da Cantata Secular Preise dein Glücke, gesegnetes Sachsen (BWV215), enquanto o movimento lento é baseado em uma ária de diálogo da Cantata Liebster Jesu, mein Verlangen (BWV32). A flauta doce de Erik Bosgraaf é fluente e animada em todas as partes rápidas e seus cinco colegas (cordas e cravo) fornecem acompanhamentos enxutos, elegantes e precisos. Sua passagem rápida é impressionante no Allegro que começa o BWV1055, assim como no Presto final do BWV 1059.

J. S. Bach (1685-1750): Concertos para Flauta Doce (Bosgraaf)

Concerto In G Major Arias From Cantatas Bwv 215 & 32
1 Allegro
2 Adagio
3 Presto

Concerto in B Flat major Bwv 1055
4 Allegro
5 Larghetto
6 Allegro Ma Mon Tanto

Concerto In D Major Bwv 1053
7 Allegro
8 Siciliano
9 Allegro

Concerto In D Minor Bwv 1059
10 Allegro
11 Adagio
12 Presto

Liebster Jesu, Wir Sintd Hier Bwv 731
13 Liebster Jesu, Wir Sintd Hier Bwv 731

Orchestra – Ensemble Cordevento
Recorder – Erik Bosgraaf

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

A capa protegeu a calvície do flautista. Nós a revelamos.

PQP

Domenico Scarlatti (1685-1757): Sonatas tardias (Fabio Bonizzoni, cravo)

A historiadora Laura de Mello e Souza é uma das maiores, talvez a maior especialista brasileira no século 18. No seu livro O Sol e a Sombra (2006), ela escreveu sobre como era possível governar um império de dimensões oceânicas como o português, que ia do Brasil até Goa, na Índia. Utilizando uma expressão do jesuíta Antonio Vieira, ela se refere ao sol enquanto metáfora do poder temporal dos reis, que chegava com tons locais nas zonas de sombra dos confins do império. Nessa toada ela se interessa, entre outras temáticas, pelo “sistema da dádiva, da graça ou da mercê, que sem nomear desta forma Maquiavel já reputava, no início do século 16, como atributo entre os principais do príncipe, essencial à manutenção do poder, e que seu contemporâneo Castiglione insistia dever se pautar antes na magnanimidade do governante que no empenho do súdito”. O rei devia, portanto, dar presentes e prestar favores aos seus súditos de mais renome, não seguindo regras estritas mas sobretudo de acordo com a intuição e preferências de Sua Majestade. Assim, governadores, juízes e outros fidalgos nas distantes possessões de além-mar viviam torcendo pela futura chegada dos favores reais.

Se isso era verdade nos confins dos impérios, onde as ordens do rei demoravam meses para chegar de barco, também era verdade nas proximidades dos reis de Portugal e Espanha, que é onde Domenico Scarlatti se situou nas últimas décadas de sua longa vida. Por volta de 1719, Domenico foi para Lisboa, contratado pelo rei de Portugal: entre suas funções, a de dirigir a Capela Real e a de ensinar música para a Infanta Maria Bárbara de Bragança, filha do rei com oito anos de idade. Ele certamente foi bem sucedido em suas tarefas, pois não as famílias reais não enjoaram dele e lhe garantiram postos estáveis e bem remunerados com ouro espoliado das Américas (ao contrário de seu pai Alessandro Scarlatti, que queria um cargo em Florença mas foi contratado apenas para óperas pontuais pelos Medici e logo dispensado, ). Em 1729, quando Maria Bárbara se casou com o futuro rei da Espanha, ele a seguiu para Madrid, onde viveu até sua morte. Em 1738 foi publicada em Londres a edição mais famosa de sonatas de Scarlatti, os “30 Essercizi” (Exercícios), com dedicatória ao rei de Portugal Dom João V, que ainda reinaria até 1750.

Exceto uma ida à Itália para ver seu velho pai pouco antes da morte deste em 1725, e outra ida alguns anos depois para se casar com uma mulher romana (que ele enterraria, casando-se depois com uma espanhola), até onde se sabe ele não frequentou os outros grandes centros musicais europeus da época como Paris, Londres, Viena e Dresden, ao menos é o que parece. A verdade é que pouco se sabe sobre detalhes biográficos de Domenico, mas uma coisa certa: ele era muito bem tratado pelas famílias reais ibéricas. E, mesmo restringindo sua vida ao mundo mediterrâneo e ibérico, sem dúvida as técnicas de suas primeiras obras para cravo, sobretudo os cruzamentos de mãos, influenciaram diretamente alemães como Händel (que o conheceu pessoalmente) e indiretamente J.S. Bach (os vários cruzamentos rápidos de mãos das Variações Goldberg, de 1741, 3 anos depois da publicação dos Essercizi, que já circulavam por toda parte).

E depois da morte de J.S. Bach, Scarlatti continuava compondo centenas de sonatas. Para quase todas elas, não se sabe a data exata, mas de modo geral as que recebem os números K. entre 100 e 555 – ou seja, a grande maioria! – são todas de quando ele já era um senhor de cabelos brancos, com menos cruzamentos de mãos e um maior número de sonatas com andamento lento ou quase lento como Andante cantabile ou Allegretto. Há mesmo uma história maldosa que circulou entre os ingleses: depois de velho, Scarlatti havia engordado e não conseguia mais cruzar os braços. Em termos estritos a história é falsa, mas contém momentos de verdade: Scarlatti não engordara tanto, mas sua aluna principal (provavelmente intérprete das sonatas), a Rainha Maria Bárbara, sim. E algumas das sonatas tardias, de fato, têm certa tranquilidade madura que encontraremos depois em um repertório como os Noturnos de Chopin e as Valsas de esquina de Mignone.

Algumas das tardias de Scarlatti se encontram dispersas em bibliotecas , mas elas foram foram preservadas sobretudo em um extenso conjunto de manuscritos encadernados que hoje se encontram em Veneza, provavelmente levado à Itália pelo cantor castrato Farinelli, um napolitano que também foi patrocinado pelo rei e rainha da Espanha, e que possivelmente herdou os cadernos de sonatas quando a Rainha Maria Bárbara morreu em 1758.

Neste disco gravado pelo cravista Fabio Bonizzoni, das 15 sonatas selecionadas, 14 são de número K. superior a 500, indicando as sonatas tardias na classificação do editor e cravista R. Kirkpatrick. Bonizzoni mostra grande proximidade com o universo estético de Scarlatti, tratando as melodias com uma certa liberdade rítmica que inclui pequenas pausas ou acelerações cuidadosamente escolhidas, trazendo à fluência sonora irregularidades tipicamente barrocas. O título do disco, porém, não é tão bom: “the last sonatas”, com o artigo “the”, indicaria as últimas mesmo a serem compostas, o que aliás não se tem certeza de quais são, então mais seguro seria falarmos que o material inclui algumas das últimas ou, ainda, sonatas tardias ou da maturidade.

A gravadora espanhola Glossa apresenta assim o álbum:
Generally, the CDs dedicated to Domenico Scarlatti’s harpsichord sonatas are made to include the widest possible sampling of different aspects of the composer’s work, from the youthful pieces, full of vitality, to the mature compositions which give priority to melodic qualities, by way of the works which feature daredevil virtuosity. This is not the case here. After years of preparing his incursion into the world of Scarlatti, the exquisite Fabio Bonizzoni concentrates on the late works of the composer, in the belief that it is there that the real masterpieces are to be found. Extremely beautiful, profound, deeply felt and introspective music on a disc which clearly stands out in every respect.

Domenico Scarlatti (1685-1757): 15 Sonatas tardias

1 Sonata in si b maggiore K 550 – Allegretto
2 Sonata is si b maggiore K 551 – Allegro
3 Sonata in sol minore K 546 – Cantabile
4 Sonata in sol maggiore K 547 – Allegro
5 Sonata in mi b maggiore K 507 – Andante cantabile
6 Sonata in mi b maggiore K 508 – Allegro
7 Sonata in fa maggiore K 540 – Allegretto
8 Sonata in fa maggiore K 541 – Allegretto
9 Sonata in re minore K 552 – Allegretto
10 Sonata in re minore K 553 – Allegro
11 Sonata in fa maggiore K 542 – Allegretto
12 Sonata in fa maggiore K 543 – Allegro
13 Sonata in si b maggiore K 545 – Cantabile
14 Sonata in si b maggiore K 546 – Prestissimo
15 Sonata in si minore K 87 – [senza tempo]

Fabio Bonizzoni, harpsichord (by Willem Kroesbergen, 1976, after Bartholomaeus Stephanini, 1694)
Recorded in Utrecht (Maria Minor), Holland, 2003

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – FLAC

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – MP3 320 kbps

Os napolitanos Farinelli (centro) e Scarlatti (direita) segurando partituras na corte de Madrid, pelo pintor napolitano Jacopo Amigoni (1685 – 1752)

Pleyel

Jakob Theodor Klein (1685–1759): 6 Sonatas for Violoncello, Op. 4 (von der Goltz, Perl, Santana)

Jakob Theodor Klein (1685–1759): 6 Sonatas for Violoncello, Op. 4 (von der Goltz, Perl, Santana)

O termo mestre menor faz-lhe justiça. Mestres menores são as notas de rodapé na história da música — figuras sem tanta  importância a ponto de marcar época. Mas… As Sonatas para Violoncelo e Continuo, que foram encontradas em bibliotecas apenas alguns anos atrás pelo violoncelista e musicólogo holandês Frank Wakelkamp, ​​tinham sido publicadas em 1746 como a Opera Quarta pelo influente editor de Amsterdã Witvogel. É evidente que a Ópera Quarta de Klein foi influenciada por Pietro Locatelli. A ousadia de Klein foi muito além da simples imitação e consistiu principalmente em tentar transferir os gestos expressivos, virtuosos e um tanto presunçosos do estilo concertante italiano para o gênero da sonata de câmara. Kristin von der Goltz aventurou-se na obra de Jakob Klein, que se distingue pela técnica de execução inovadora. No elenco do CD está a notável Hille Perl, uma iniciante na época em que o CD foi gravado.

Jakob Theodor Klein (1685–1759): 6 Sonatas for Violoncello, Op. 4 (von der Goltz, Perl, Santana)

Sonata 5 (a-Moll)
Sonata 2 (A-Dur)
Sonata 4 (E-Dur)
Sonata 1 (B-Dur)
Sonata 3 (G-Dur)
Sonata 6 (e-Moll)

Kristin von der Goltz, violoncello
Hille Perl, viola da gamba
Lee Santana, lute

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Mais um para nossa galeria de mal-humorados.

PQP

Bach (1685 – 1750): Sinfonie & Concerti – Ensemble Baroque Atlantique & Guillaume Rebinguet Sudre ֎

Bach (1685 – 1750): Sinfonie & Concerti – Ensemble Baroque Atlantique & Guillaume Rebinguet Sudre ֎

BACH

Sinfonias e Concertos

Ensemble Baroque Atlantique

Guillaume Rebinguet Sudre

 

Há pouquíssimos instrumentos para os quais Bach nada escreveu. No seu tempo, era costume tocar um concerto ou um solo com algum instrumento durante a comunhão, na igreja, e ele compôs um grande número de obras assim, escrevendo-os de tal forma que eles ajudavam quem os estivesse interpretando a tornar-se um artista ainda melhor – a maior parte deles se perdeu.

J.N.Forkel

Guillaume Rebinguet Sudre

Neste disco Guillaume Rebinguet Sudre dirige o Ensemble Baroque Atlantique e interpreta concertos de J.S. Bach – o Concerto para Violino No. 1 BWV 1041, o Concerto para três Violinos BWV 1096 (uma transcrição do Concerto para três Cravos BWV 1064) e um Concerto para dois Violinos, transcrito pelo próprio Guillaume a partir da Sonata para Órgão (Triosonata) BWV 530. No livreto, Guillaume explica como as conhecidas transcrições do próprio Bach lhe serviram de guia e inspiração.

Funcionando como interlúdios entre os concertos, temos uma sarabanda e duas sinfonias e aberturas de cantatas, que reforçam o lado mais introspectivo e reflexivo da música de Bach, fazendo bom contraste com os movimentos mais solares dos concertos.

O disco não é um primor de produção, mas vale a novidade da transcrição e o amor dos artistas pela música fica evidente em cada trecho.

Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)

Concerto para Dois Violinos em sol maior, BWV 530

Guillaume Rebinguet Sudre e Diana Lee, solistas
  1. Vivace
  2. Lento
  3. Allegro

Suite para Cravo em mi menor, BWV 996

  1. Sarabande
Jean-Luc Ho, cravo

Christ lag in Todesbanden, BWV 4 & 12

  1. Sinfonias

Violin Concerto para Violino No. 1 em lá menor, BWV1041

  1. Andante
  2. Allegro assai

Der Herr denket an uns, BWV 196

  1. Sinfonia. Andante

Concerto para Três Violinos em dó maior, BWV 1096

Guillaume Rebinguet Sudre, Alix Boivert e Simon Pierre, solistas
  1. Adagio
  2. Allegro
  3. Allegro

Ensemble Baroque Atlantique

Guillaume Rebinguet Sudre

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 402 MB

Os músicos do Ensemble Baroque Atlantique são todos apaixonados por instrumentos antigos

Quem é Guillaume Rebinguet Sudre? Professor de violino barroco no Conservatório de Bordeaux, discípulo de Enrico Gatti e Hélène Schmitt. Ele também é um fabricante de cravo em Charente.

Vista do Palácio PQP Bach nas margens do rio Charente

O Chat PQP ajudou na tradução de trechos de uma crítica original em francês: Você quer um jovem conjunto francês imaculado e às vezes até esplêndido, de primeira classe, mas previsível? Veja Pigmalião […]. Quer um coletivo às vezes desajeitado, mas cheio de ideias, que se diverte no seu primeiro disco para sacudir nossos hábitos em Bach? O Ensemble Baroque Atlantique recordará que, até há pouco tempo, a música antiga era movida pelo espírito de aventura.

O Concerto para dois violinos baseado na Sonata para Órgão BVW 530 e é menos legítimo historicamente, mas muito mais convincente musicalmente do que muitas “reconstruções” recentes.

O cartão de visita está pronto. Que a banda Atlantic dedique todo o seu tempo para entregar uma segunda obra à altura de seu talento.

Aproveite!

René Denon

Benedetto Marcello (1686-1739): Sonatas para Violoncelo e Cravo (Slawinska / Duron)

Benedetto Marcello (1686-1739): Sonatas para Violoncelo e Cravo (Slawinska / Duron)

Marcello chegou à história da música por uma obra sua que Bach transcreveu e… Por ser sacana com Vivaldi. Vivaldi viveu 63 anos, até 1741, e dizia sofrer terrivelmente de asma. Há controvérsias. Alguns inimigos o acusavam de fingir ser doente para não perder tempo preparando e conduzindo missas e dedicar-se apenas à música. Vivaldi afirmava que muitas vezes tinha que se retirar também de concertos em razão das frequentes crises. Mas, como poucos viam tais fatos acontecerem, ele acabou sendo denunciado pelo compositor Benedetto Marcello, seu inimigo, que chegou ao ponto de escrever um panfleto contra Vivaldi, alegando ser ele um fingido que não apenas não era doente como tinha amantes — o que realmente era um fato público. Toda Veneza sabia que o Padre Vermelho não era nada adepto do voto de castidade. Novamente, em 1737, um sacerdote atacou-o pelo fato de não oficiar missas e por seu, digamos, estilo de vida. Vivaldi respondeu por escrito:

Há 25 anos que não dou missas e não pretendo fazê-lo novamente, não por causa de alguma proibição ou qualquer ordenança, mas por minha própria vontade, por causa de uma doença que sofro desde a infância e ainda me assombra.

Depois de ser ordenado sacerdote, disse Missas por um ano, mas depois decidi parar porque em três dias consecutivos tive que deixar o altar antes da celebração final por causa da minha doença.

Por esta razão eu vivo principalmente dentro de casa e nunca saio a não ser de gôndola ou de carruagem, já que não posso andar sem dor ou aperto no peito.

Nenhum cavalheiro convida-me para ir a sua casa, mesmo o nosso príncipe, porque todos sabem de minha fraqueza.

Eu passeio após o jantar, mas nunca vou caminhando. Esta é a razão pela qual nunca rezo missas.

Mas estas Sonatas de Marcello são até aceitáveis, sabem?

Benedetto Marcello (1686-1739): Sonatas para Violoncelo e Cravo (Slawisnka / Duron)

1 Sonata En Fa Mayor 9:27
2 Sonata En Mi Menor 8:40
3 Sonata En La Menor 7:24
4 Sonata En Sol Menor 7:16
5 Sonata En Do Mayor 7:19
6 Sonata En Sol Mayor 9:03

Composed By – Benedetto Marcello
Harpsichord – Luisa Duron*
Violin – Bozena Slawinska

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Padreco sacana.

PQP

G. F. Handel (1685-1759): Alexander’s Feast (completo) (Gardiner)

G. F. Handel (1685-1759): Alexander’s Feast (completo) (Gardiner)

Este grande CD duplo está na coleção The Originals, da Deutsche Grammophon, o que já é uma baita credencial.

Alexander’s Feast ou O Poder da Música é baseado numa ode de John Dryden em comemoração ao Dia de Santa Cecília, a padroeira da música. As conexões diretas entre a santa e o texto de Dryden são poucas. O texto faz referência a ela apenas em suas páginas finais. Ele foi organizado para Handel em uma sequência de recitativos, árias, coros e elenco, em duas partes. Quem fez o resumão foi Newburgh Hamilton, um escritor menor.

O ‘entretenimento’, como foi descrito, tem seu cenário na festa de Alexandre na celebração da conquista de Persépolis. Há pouco desenvolvimento dramático, não é uma ópera, mas sobre as imagens pitorescas de Dryden, Handel produz soberbas variações. Há cinco solistas (SAATB), coro e grande orquestra com flautas, oboés, fagotes, trompas, trompetes, tímpanos e cordas.

A estreia da peça foi em Covent Garden em 19 de fevereiro de 1736. Naquela ocasião, o concerto — certamente interminável — foi complementado por vários concertos, incluindo o Concerto Grosso hoje conhecido como Alexander’s Feast.

John Eliot Gardiner dá um banho num repertório que é seua. Stephen Varcoe, Nigel Robson, Donna Brown e Carolyn Watkinson realizam excelentes trabalhos.

A gravação é de 1987.

G. F. Handel (1685-1759): Alexander’s Feast (completo)

Alexander’s Feast Or The Power Of Music
“Alexander’s Feast”, Part One = Erster Teil = Première Partie = Parte Prima
1-1 Overture: (Larghetto E Staccato) – Allegro – Adagio – Andante 6:12
1-2 Recitative: “‘Twas At The Royal Feast” (Tenor) 0:49
1-3 Air And Chorus: “Happy, Happy, Happy Pair!” (Tenor, Chorus, Soloists) 4:45
1-4 Recitative: “Timotheus Placed On High” (Tenor) 0:19
1-5 Accompanied Recitative: “The Song Began From Jove” (Soprano) 0:19
1-6 Chorus: “The Listening Crowd Admired The Lofty Sound!” 2:16
1-7 Air: “With Ravish’d Ears” (Soprano) 3:25
1-8 Recitative: “The Praise Of Bacchus Then” (Tenor) 0:29
1-9 Air And Chorus: “Bacchus, Ever Fair And Young” (Bass, Chorus) 4:40
1-10 Recitative: “Soothed With The Sound, The King Grew Vain” (Tenor) 0:34
1-11 Accompanied Recitative: “He Chose A Mournful Muse” (Contralto) 1:20
1-12 Air: “He Sung Darius, Great And Good” (Contralto) 3:20
1-13 Accompanied Recitative: “With Downcast Looks The Joyless Victor Sate” (Contralto) 0:53
1-14 Chorus: “Behold Darius Great And Good” 3:06
1-15 Recitative: “The Mighty Master Smiled To See” (Countertenor) 0:28
1-16 Air: “Softly Sweet In Lydian Measures” (Countertenor) 3:00
1-17 Air: “War, He Sung, Is Toil And Trouble” (Tenor) 5:19
1-18 Chorus: “The Many Rend The Skies With Loud Applause” 3:56
1-19 Air: “The Prince, Unable To Conceal His Pain” (Soprano) 6:05
1-20 Chorus (Da Capo): “The Many Rend The Skies With Loud Applause” 4:02

Concerto Grosso In C, “Alexander’s Feast”
2-1 Allegro 3:31
2-2 Largo – Adagio 1:51
2-3 Allegro – Adagio 3:25
2-4 Andante Non Presto 4:06

“Alexander’s Feast”, Part Two = Zweiter Teil = Seconde Partie = Parte Seconda
2-5.1 Accompanied Recitative With Chorus: “Now Strike The Golden Lyre Again” (Tenor) 2:20
2-5.2 “Break His Bonds Of Sleep Asunder” (Chorus)
2-5.3 “Hark, Hark! The Horrid Sound” (Tenor)
2-6.1 Air: “Revenge, Revenge, Timotheus Cries” (Bass) 5:06
2-6.2 Accompanied Recitative: “Behold, A Ghastly Band” (Contralto)
2-7 Accompanied Recitative: “Give The Vengeance Due” (Tenor) 1:46
2-8 Air: “The Princes Applaud With A Furious Joy” (Tenor) 2:07
2-9.1 Air: “Thaïs Led The Way” (Soprano) 5:27
2-9.2 Chorus: “The Princes Applaud With A Furious Joy”
2-10 Accompanied Recitative: “Thus, Long Ago” (Tenor) 2:47
2-11 Chorus: “At Last Divine Cecilia Came” 3:08
2-12 Recitative: “Your Voices Tune, And Raise Them High” (Countertenor) 0:32
2-13 Duet: “Let’s Imitate Her Notes Above!” (Soprano, Countertenor) 2:28
2-14 Recitative: “Let Old Timotheus Yield The Prize” (Tenor, Bass) 0:20
2-15 “Let Old Timotheus Yield The Prize” (Soloists, Chorus) 3:46

Donna Brown
Nigel Robson
Ashley Stafford
Stephen Varcoe
Carolyn Watkinson
English Baroque Soloists
John Eliot Gardiner

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 41, 25 e 32 (Wordsworth)

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 41, 25 e 32 (Wordsworth)

Duas notáveis sinfonias de Mozart e outra mais ou menos. A Júpiter é a Júpiter, né? É sua esplêndida última sinfonia e foi composta em circunstâncias incríveis. Geralmente, uma sinfonia leva meses para ser composta. Mozart, entretanto, durante o verão de 1788, compôs três sinfonias em menos de dois meses: a Sinfonia no 39 (K. 543) foi completada no dia 26 de junho; a Sinfonia no 40 (K. 550), em 25 de julho; e a Sinfonia no 41, “Júpiter” (K. 551), em 10 de agosto. Ao que tudo indica, as três não foram encomendadas por ninguém, mas Mozart raramente compunha sem um propósito. Em vista das dificuldades financeiras que passava na época, talvez ele estivesse planejando vendê-las a um editor ou executá-las em algum concerto em Viena.

Composta em apenas dois dias no final de 1773, quando Mozart tinha 17 anos, a espetacular Sinfonia nº 25 em Sol Menor, K.183 representa uma ruptura em relação às obras precedentes do compositor. Em sua perfeição, ela prenuncia suas últimas sinfonias. Seu estilo, cheio de fogo e paixão, é novo em Mozart. Lembra, porém, obras de Johann Christian Bach e Haydn deste mesmo período, conhecidas como Sinfonias Sturm und Drang (Tempestade e Tensão), por analogia ao movimento da literatura alemã.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 41, 25 e 32 (Wordsworth)

Sinfonia nº 41 em dó maior, K. 551, “Júpiter”
1 Allegro vivace 11:22
2 Andante Cantabile 11:24
3 Menuetto: Allegretto 4:45
4 Molto Allegro 9:34

Sinfonia nº 25 em sol menor, K. 183
5 Allegro Con Brio 7:41
6 Andante 3:49
7 Menuetto 3:26
8 Alegro 5:15

9 Sinfonia nº 32 em sol maior, K. 318 7:50

Maestro – Barry Wordsworth
Orquestra – Capela Istropolitana

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

Johann Adolph Hasse (1699 – 1783): Hasse at Home (Veronika Kralova, Le Musiche Nove)

Nascido 30 anos antes de Antonio Soler e morto no mesmo ano, Hasse é outro que desafia as classifcações generalizantes. Tendo vivido nas proximidades de Hamburgo até os 22 anos – seu avô fora um organista-compositor pupilo do holandês Sweelinck – ele foi em seguida para o sul da Itália, Nápoles, onde foi aluno de Porpora e Alessandro Scarlatti, famosos por suas óperas e cantatas. Hasse passaria os anos seguintes entre Dresden, Viena e Veneza, tendo também estado em Londres e Paris, onde foi celebrado por Voltaire e Rousseau. Ao que tudo indica, foi um grande viajador, o que só era possível para pessoas de saúde forte – pensemos por exemplo no Beethoven tardio, famoso em vários cantos, negociando por cartas com editores ingleses mas radicado em Viena onde tratava suas doenças do fígado e gastrointestinais provavelmente causadas por hepatite.

Voltando a Hasse: foi talvez o maior compositor de óperas da geração anterior à de Mozart, mas também compôs muitas cantatas no estilo italiano. Hoje quando falamos em cantata – por exemplo: “vai ter uma cantata de Natal” – pensamos em obras corais cantadas para um grande público, mas esse gênero das cantatas italianas era majoritariamente composto por obras para uma só voz ou duas, sendo executadas dentro da casa de amantes da música para alguns seletos amigos e parentes. Assim foram as cantatas italianas de Händel, bem como, antes dele, as do já citado A. Scarlatti e as de Barbara Strozzi. A cantora ou cantor era acompanhada(o) em alguns casos só por basso continuo (realizado neste disco por cravo e instrumentos de cordas). E em certas cantatas há a presença de instrumentos obbligato como flauta ou dois violinos nestas de Hasse, com algumas melodias marcantes para o instrumento solista, como é o caso ainda da viola da gamba nesta cantata de Rameau. À cantata, se opunham duas formas de música vocal mais públicas e grandiosas: nos teatros a ópera e nas igrejas as missas e similares. Hasse foi reconhecido pelos seus contemporâneos como um mestre nesses três tipos de música vocal: no caso da litúrgica, o alemão do norte compôs missas, dois réquiem, vários salve regina, ou seja, sempre ou quase sempre em latim e para a igreja católica. Suas óperas, estreadas em Nápoles, Viena, Dresden, Veneza, Milão, eram sempre em italiano. E suas cantatas também em italiano: ou seja, a importância da língua alemã para Hasse parecia ser nenhuma, era um cosmopolita e sua herança musical não seria reinvindicada por nenhum dos nacionalistas dos séculos XIX e XX.

Viola Mattioni, a jovem violoncelista desse grupo de jovens italianas/os

Não é só a palavra cantata que mudou ligeiramente de significado corrente: entre as cantatas para soprano, este disco apresenta uma sinfonia a violoncello solo, obra em seis movimentos para violoncelo não estritamente sozinho, mas acompanhado por basso continuo. Temos também uma sonata para flauta e baixo contínuo em quatro movimentos e uma sonata para cravo em três, no esquema rápido-lento-rápido (ou seja, mais ou menos o que esperamos de uma sonata ainda hoje). Por seu faro para melodias que ele abandona poucos compassos depois, Hasse se assemelha a D. Scarlatti e Schubert. Não temos os longos desenvolvimentos temáticos típicos de Bach ou Beethoven. Na tal “sinfonia” para violoncelo, por exemplo, nenhum movimento ultrapassa um minuto e meio, mas cada um tem pérolas de expressividade melódica no instrumento que, dizem, mais lembra a voz humana.

Johann Adolph Hasse (1699 – 1783): Hasse at Home (cantatas and sonatas)
Dite almeno (Aria)
Clori mio ben (Cantata)
Flute Sonata in D Minor, Op. 1/11
Perché leggiadra Irene (Cantata)
Cello Sonata [Sinfonia] in C Major
Della noiosa estate (Aria)
Harpsichord Sonata in G Major
Pallido il volto (Cantata)

Veronika Kralova, soprano
Le Musiche Nove:
Federica Bianchi (harpsichord), Viola Mattioni (violoncello), Elisa Cozzini (flute), etc.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – mp3 320kbps

Giovanni Adolfo Hasse, é o nome que consta no desenho de Hasse por Lorenzo Zucchi (circa 1755)

Pleyel

.: interlúdio :. Geri Allen, Charlie Haden & Paul Motian: Segments

.: interlúdio :. Geri Allen, Charlie Haden & Paul Motian: Segments

Um CD médio, principalmente se considerarmos o excepcional trio. Reeditado a partir da gravação original de 1989, Segments apresenta três dos melhores músicos de jazz modernos: a pianista Geri Allen, o baixista Charlie Haden e o baterista Paul Motian, todos falecidos. Na época, o trio tocava e gravava com frequência e a energia colaborativa que compartilhavam é às vezes palpável neste álbum. Juntamente com peças originais, eles executam versões de “Law Years” de Ornette Coleman, “Marmaduke” e “Segment” de Charlie Parker, juntamente com os clássicos “I’m All Smiles” e “You’ll Never Know”. Mas eu gosto mesmo é de “La Pasionaria”.

.: interlúdio :. Geri Allen, Charlie Haden & Paul Motian: Segments

Track List
01. Law Years 5:46
02. You’ll Never Know 5:00
03. Marmduke 4:42
04. Cabala / Drum Music 7:39
05. Home 4:30
06. I’m All Smiles 6:02
07. Segment 4:26
08. La Pasionaria 9:26
09. Rain 3:35

musicians
Geri Allen – piano
Charlie Haden – double bass
Paul Motian – drums

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Motian, allen e Haden

PQP

Edward Elgar (1857-1934): Variações Enigma / Pompa e Circunstância (1-5) / The Crown of India (Barenboim)

Edward Elgar (1857-1934): Variações Enigma / Pompa e Circunstância (1-5) / The Crown of India (Barenboim)

Edward Elgar, o nome mais expressivo do Romantismo Inglês, foi um autodidata e conheceu relativamente tarde a maturidade como compositor. Compôs muitas obras duradouras, mas suas composições mais populares são as Variações Enigma e a série de cinco marchas militares conhecidas como Pompa e Circunstância, ambas presentes nesta ótima gravação. Particularmente, gosto de músicas com toques marciais, com muitos metais e Elgar é um ótimo exemplo de como esse tipo de música pode agradar até mesmo os mais sensíveis e exigentes ouvidos. Na minha humilde opinião, sem querer desmerecer as outras obras, até porque não escutei todas, temos nesse cd o que de mais interessante e empolgante foi composto pelo compositor britânico.

As Obras

As Variações sobre um Tema Original “Enigma” é composta de um enigmático tema inicial e mais um conjunto de quatorze variações para orquestra que Elgar compôs homenageando os amigos mais chegados. A primeira variação faz alusão a sua esposa, Alice, a décima primeira a um amigo e seu bulldog e a última variação faz alusão ao próprio compositor.

As marchas Pompa e Circunstância são uma sequência de cinco marchas militares compostas para orquestra. Cada uma delas propõe uma passagem inicial rápida e marcial que é depois repetida, após uma seção central mais lenta e lírica. A primeira marcha, em ré maior, é a mais conhecida e seu trecho mais lento é constatemente usado em casamentos.

The Crown of India, título original, foi composta em 1911 para a coroação de Jorge V e Maria, rei e rainha da Inglaterra. A suíte de concerto aqui presente, é uma redução da partitura original e aproveita cinco das partes mais interessantes.

.oOo.

Elgar: Variações Enigma / Pompa e Circunstância / A Coroa da Índia

Variações sobre um Tema Original, Op. 36 – “Enigma”
1. Enigma. Andante
2. Var. 1 (C.A.E.). L’istesso tempo
3. Var. 2 (H.D.S.-P.). Allegro
4. Var. 3 (R.B.T.). Allegretto
5. Var. 4 (W.M.B.). Allegro di molto
6. Var. 5 (R.P.A.). Moderato
7. Var. 6 (Ysobel). Andantino
8. Var. 7 (Troyte). Presto
9. Var. 8 (W.N.). Allegretto
10. Var. 9 (Nimrod). Adagio
11. Var. 10 Intermezzo (Dorabella). Allegretto
12. Var. 11 (G.R.S.). Allegro di molto
13. Var. 12 (B.G.N.). Andante
14. Var. 13 Romanza (***). Moderato
15. Var. 14 Finale (E.D.U.). Allegro – Presto

Pompa e Circunstância – 5 Marchas Militares, Op. 39
16. Nº 1 em Ré Maior
17. Nº 2 em Lá Menor
18. Nº 3 em Dó Menor
19. Nº 4 em Sol Maior
20. Nº 5 em Dó Maior

The Crown of India, Op. 66
21. I. Introduction – Dance of Nautch Girls
22. II. Menuetto
23. III. Warriors’ Dance
24. IV. Intermezzo
25. V. March of the Mongul Emperors

Orquestra Filarmônica de Londres
Daniel Barenboim, Regente

BAIXE AQUI – DONWLOAD HERE 103MB

Já viu nossos mais de 100 endereços para baixar partituras? Clique aqui

Marcelo Stravinsky
Repostado por Bisnaga

Jenő Jandó (1952 – 2023): Uma Pequena Antologia ֎

Jenő Jandó (1952 – 2023): Uma Pequena Antologia ֎

“De muitas maneiras, Jenő Jandó definiu a abordagem que a Naxos tem para o seu catálogo: inovação, completude, qualidade, abrangência e disponibilidade. A isso pode-se acrescentar talvez a supremacia da obra sobre o ego do intérprete.”

Em 4 de julho de 2023 o mundo da música gravada perdeu um de seus mais prolíficos artistas – Jenő Jandó, pianista húngaro. Nascido em Pécs, em 1º de fevereiro de 1952, começou a carreira como a maioria dos pianistas, ganhando concursos e visibilidade. Atuou também como professor da Academia Franz Liszt de Budapest. O acervo de gravações deixado por Jenő Jandó merece as características listadas na página da Naxos – inovação, completude, qualidade, abrangência e disponibilidade.

Gravou para o selo Hungaroton, mas sua carreira de artista de disco se confunde com a do selo Naxos, para o qual deixou um enorme legado.

Para reverenciar tudo o que ele fez pelos amantes da música, especialmente os menos abastados, reuni nesta postagem quatro de seus discos, tentando dar alguma representatividade à sua extensa e bela obra.

Piano e Orquestra: Neste gênero Jenő Jandó deixou muitas gravações memoráveis, como a Integral dos Concertos para Piano de Mozart, que você encontrará aqui no PQP Bach. Há uma gravação da dobradinha com os concertos de Grieg e Schumann e outro disco espetacular com os Concertos de Bartók. Esse último também está aqui no blog. Como neste ano também reverenciamos o último dos românticos, decidi postar o Concerto No. 2 de Rachmaninov, que vem acompanhado da Rapsódia sobre um tema de Paganini. Música para milhões! Veja os louvores do Penguin Guide sobre esse disco, pela tradução feita pelo Chat PQP: As performances dessas obras por Jenő Jandó são muito recomendáveis. Ele tem a completa medida das idas e vindas, a fluência da fraseologia rachmaninoviana e o movimento lento é romanticamente expansivo, a reprise particularmente bela, assim como o final tem bastante energia e um sentimento lírico maduro. A Rapsódia é interpretada brilhantemente, tão boa quanto qualquer performance no catálogo.

Sergei Rachmaninov (1873 – 1943)

Concerto para Piano No. 2 em dó menor, Op. 18

  1. Moderato
  2. Adagio sostenuto
  3. Allegro scherzando

Rapsódia sobre um tema de Paganini, Op. 43

  1. Rapsódia

Jenő Jandó, piano

Budapest Symphony Orchestra

Giőrgy Lehel, regência

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FLAC | 191 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 133 MB

 

Piano Solo: Aqui a lista de gravações é imensa. Nomes como Beethoven, Mozart, Bach, Schubert, Haydn, Schumann, Liszt, Scarlatti estão por lá. De Beethoven, Mozart, Haydn e Schubert gravou as integrais das sonatas para piano e outras cositas… De Bach há gravações do Cravo Bem Temperado e das Variações Goldberg. De qualquer forma, para mim, a Integral das Sonatas para Piano de Beethoven merece uma referência, mesmo tendo seus montes e vales, como disse o Conde Vassily. Desta coleção escolhi o disco que foi lançado como o Volume 2, com três sonatas que têm apelidos: Waldstein, Tempest e Les Adieux. Mais uma vez, o Penguin Guide: Jenő Jandó oferece aqui três das famosas sonatas, interpretadas com muito prazer, e elas soam bem agradáveis devido à sua abordagem direta.

Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)

Sonata para Piano No. 21 em dó maior, Op. 53 “Waldstein”

  1. Allegro con brio
  2. Introduzione: Molto Adagio
  3. Rondo: Allegretto Moderato

Sonata para Piano No. 17 em ré menor Op. 31 No. 2 “Tempest”

  1. Largo – Allegro
  2. Adagio
  3. Allegretto

Sonata para Piano No. 26 em mi bemol maior Op. 81a “Les Adieux”

  1. Adagio – Allegro (Les Adieux)
  2. Andante Espressivo (L’Absence)
  3. Vivacissimamente (Le Retour)

Jenő Jandó, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FLAC | 187 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 146 MB

Alguns dias após está postagem ter ido ao ar, recebemos alguns comentários singelos. Entre eles, uma menção a esse disco, que decidi acrescentar à pequena antologia. Vale!

Ludwig van Beethoven (1770 – 1827)

Sonata para Piano No. 8 em dó menor, Op. 13 ‘Pathetique’

  1. Grave – Allegro di molto e con brio
  2. Adagio cantabile
  3. Rondo: Allegro

Sonata para Piano No. No. 14 em dó sustenido menor, Op. 27 No. 2 ‘Ao Luar’

  1. Adagio sostenuto
  2. Allegretto
  3. Presto agitato

Sonata para Piano No. No. 23 em fá menor, Op. 57 ‘Appassionata’

  1. Allegro assai
  2. Andante con moto
  3. Allegro ma non troppo – Presto

Jenő Jandó, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 128 MB

Música de Câmara: Jenő era ótimo músico camarístico e há vários discos primorosos nesse gênero. Sonatas para Violino e Piano com Takako Nishizaki, música para violoncelo e piano, de Kodaly, por exemplo, com a violoncelista Maria Kliegel, música para clarinete e piano com o clarinetista Kálmán Berkes. Para essa postagem escolhi uma gravação na qual ele faz parceria com o ótimo Quarteto Kodály, outra instituição da Naxos. Veja os comentários sobre a gravação dos Quintetos com Piano de Schumann e Brahms por esses titulares absolutos do time Naxos. Sobre o Quinteto de Brahms: “Essa ótima gravação da Naxos tem muito a oferecer, mesmo que não inclua a repetição da exposição do primeiro movimento. A execução é ousadamente espontânea e possui muita energia e sentimento expressivo. A abertura do final também possui um certo mistério e, de maneira geral, com uma gravação cheia de corpo e muita presença, isso causa uma forte impressão. Certamente, é uma pechincha.” Sobre o Quinteto de Schumann: “Uma performance fortemente caracterizada do belo Quinteto de Schumann, interpretado por Jenő Jandó e o Quarteto Kodály. Esta é uma interpretação vigorosa, romântica em espírito, e sua espontaneidade é bem transmitida por uma gravação vívida, feita em uma acústica atraente e ressonante.”

Robert Schumann (1810 – 1856)

Quinteto com Piano em mi bemol maior, Op. 44

  1. Allegro Brillante
  2. In Modo D’una Marcia. Un Poco Largamente
  3. Scherzo: Molto Vivace – Trio I – Trio II – L’istesso Tempo
  4. Allegro, Ma Non Troppo

Johannes Brahms (1833 – 1897)

Quinteto com Piano em fá menor, Op. 34

  1. Allegro Non Troppo
  2. Andante, Un Poco Adagio
  3. Scherzo: Allegro – Trio
  4. Finale: Poco Sostenuto – Allegro Non Troppo – Presto, Non Troppo

Jenő Jandó, piano

Kodaly Quartet

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FLAC | 245 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 152 MB

 

Música Ligeira: Num outro aspecto da música gravada, decidi trazer esse disco com selo Hungaroton, com música mais leve e despretensiosa – típica do período austro-húngaro, que revela outro aspecto da produção deste verdadeiro maratonista do piano que foi Jenő Jandó. O disco contém peças de Rossini e Schubert arranjadas para piano por Liszt. Rossini era frequentador das soirées nas casas dos abastados Aguado e Rothschild, onde ele geralmente acompanhava trechos mais famosos de suas óperas ao piano. Eventualmente ele acabou compondo novas peças para essas ocasiões. Isso deu surgimento a árias e duetos que foram posteriormente publicadas em ciclos, com o nome Soirées musicales. Liszt gostava bastante dessas peças e acabou fazendo arranjos delas para piano, que é o que ouvimos aqui. Já as Soirées de Vienne foram feitas sobre melodias de Schubert e buscam entreter e encantar.

Arranjos de Ferenc Liszt (1811 – 1886)

Composições de Franz Schubert (1797 – 1828)

Soirées De Vienne

  1. 2 Poco Allegro

Arranjos de Ferenc Liszt

Composições de Gioacchino Rossini (1792 – 1868)

Soirées Musicales R.236: Part One

  1. 1 La Promessa (The Promise) – Canzonetta
  2. 5 Il Rimprovero (Reproach) – Canzonetta
  3. 7 La Partenza (Depart) – Canzonetta
  4. 11 L’Orgia (The Orgy) – Arietta
  5. 3 L’Invito (Invitation) – Bolero
  6. 6 La Pastorella Dell’Alpi (The Shepherdess Of The Alps) – Tirolese
  7. 7 La Gita In Gondola (By Gondola) – Barcarola
  8. 8 La Danza (Dance) – Tarantella Napoletana

Arranjos de Ferenc Liszt

Composições de Franz Schubert

Soirées De Vienne

  1. 7 Allegro Spiritoso

Arranjos de Ferenc Liszt

Composições de Gioacchino Rossini

Soirées Musicales R.236: Part Two

  1. 2 La Regata Veneziana (The Venice Regatta) – Notturno
  2. 8 La Pesca (Fishing) – Notturno
  3. 10 Serenata (Serenade) – Notturno
  4. 12 Li Marinari (The Sailors) – Duetto

Arranjos de Ferenc Liszt

Composições de Franz Schubert

Soirées De Vienne

  1. 8 Allegro Con Brio

Jenő Jandó, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FLAC | 282 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3 | 320 KBPS | 203 MB

 

Aproveite e celebre a obra desse grande artista!

René Denon

Henry Purcell (1659-1695): O Solitude (ou as canções que Purcell fez pra mim) (Lesne)

Henry Purcell (1659-1695): O Solitude (ou as canções que Purcell fez pra mim) (Lesne)

Não, não, esqueçam a bobagem acima. Sabem? Purcell tem uma belíssima coleção de canções, algo verdadeiramente esplêndido. Uma vez, em Porto Alegre, o Pro Cantione Antiqua ofereceu-nos um recital de canções cômicas de Purcell. Foi incrível aquilo, inesquecível. As pessoas riam a valer. Havia imitações de animais que eram verdadeiramente impagáveis, além de melodias que faziam a plateia sorrir mesmo sem entender perfeitamente seus conteúdos poéticos. Sem dúvida, algo de muito original.

Mas há também — e principalmente — as coleções líricas deste autor preferencialmente vocal. Mas parece que a escolha das canções deste disco destacou uma parte tão, mas tão obscura da série das centenas de canções de Purcell que ficou meio, assim, mais ou menos, entende?

Apesar disso, é fundamental dizer que o contratenor Gérard Lesne e Il Seminario Musicale cumprem um trabalho impecável ao interpretar a parte mais desconhecida das canções que Purcell fez para mim…

Henry Purcell (1659-1695): O Solitude

O solitude, my sweetest choice, Z406
If music be the food of love
The fatal hour comes on apace, Z421
What a sad fate is mine
While Thirsis, wrapp’d in downly sleep Z437
The Indian Queen: instrumental air
Distressed Innocence: Air lent
I attempt from Love’s sickness fly
Ask me to love no more, Z358
Beneath a dark and melancholy grove, Z461
If pray’rs and tears, Z380
Incassum Lesbia, incassum rogas (‘The Queen’s Epicedium’), Z383
In Cloris all soft charms agree, Z384
A thousand sev’ral ways I tried Z359
Intermède instrumental
Bacchus is a pow’r divine, Z360
Intermède instrumental
Intermède instrumental
Young Thirsis’ fate, Z473
An Evening Hymn ‘Now that the sun hath veiled his light’, Z193

Gérard Lesne, alto
Il Seminario Musicale

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Gérard Lesne descansando na cama da suíte do PQP Hotel de Paris

PQP

Antonio Vivaldi – As Quatro Estações – Rachel Podger, Brecon Baroque

Começo com esta postagem a trazer as gravações que a violinista inglesa, Rachel Podger, fez da obra de Antonio Vivaldi. A moça é um ‘monxtro’, como dizem cá pelas terras litorâneas do sul, principalmente na Ilha de Santa Catarina. Tem um pleno domínio do violino barroco, que toca com maestria. Sem medo, a coloco entre as maiores especialistas em interpretação historicamente informada, ao lado de outra excepcional violinista, Armandine Beyer.

Esta gravação das indefectíveis “Quatro Estações” é um primor de execução e criatividade. Difícil ficarmos indiferentes à ela. A própria sonoridade do instrumento de Podger é diferente, o som é mais rústico, mais cru.

Peço licença para citar o editorialista da amazon.com :

“A nova gravação de Podger visa acertar o relógio – reorientando os ingredientes que tornam The Four Seasons tão especial e lembrando os ouvintes do notável frescor da invenção de Vivaldi.”

E é exatamente este o destaque que pode se dar a esta gravação: frescor e inovação em sua execução, nos apresentando uma obra revigorada. Nem perderia mais tempo apresentando este CD tão especial, mas preciso falar da última obra executada, Concerto Il Grosso Mogul RV 208, com seu incrível Allegro final, com uma incrível cadenza de cinco minutos de duração, onde Lady Podger explora e expõe toda a sua técnica e virtuosismo. Repetindo os manezinhos da Ilha de Santa Catarina, diria com toda convicção: ‘Lady Podger, éx um monxtro’

Espero que apreciem.

Le Quattro Stagioni
Concerto No. 1 La Primavera – Spring Op. 8 No. 1 RV 269
1 Allegro
2 Largo E Pianissimo
3 Allegro
Concerto No. 2 L’Estate – Summer Op. 8 No. 2 RV 315
4 Allegro Mà Non Molto
5 Adagio
6 Presto
Concerto No. 3 L’Autunno – Autumn Op. 8 No. 3 RV 293
7 Allegro
8 Adagio Molto
9 Allegro
Concerto No. 4 L’Inverno – Winter Op. 8 No. 4 RV 297
10 Allegro Non Molto
11 Largo
12 Allegro

Il Riposo Per Il S.S. Natale RV 270
13 Allegro
14 Adagio
15 Allegro
Concerto L’Amoroso RV 271
16 Allegro
17 Cantabile
18 Allegro
Concerto Il Grosso Mogul RV 208
19 Allegro
20 Grave
21 Allegro

Rachel Podger – Violin & Director
Brecon Baroque

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE