Eu não sou a pessoa mais adequada para escrever a respeito de uma sinfonia que só pode ser boa mas pela qual não sou apaixonado. OK, é uma limitação pessoal de ama Mahler de 1 a 7 e a 10… Fazer o quê? Esta coleção é tão boa que não posso deixar incompleta, né? Aos que discordam e concordam comigo, pedras e bombons nos comentários e só lá, está bem?
Gustav Mahler: Symphony No. 9
Disc 1:
1. Symphony No. 9 in D Major: I. Andante comodo 30:31
2. Symphony No. 9 in D Major: II. Im Tempo eines gemächlichen Ländlers 17:04
Disc 2:
1. Symphony No. 9 in D Major: III. Rondo burleske 13:58
2. Symphony No. 9 in D Major: IV. Adagio 27:49
Já disse isso: quando olho minha discoteca e decido por Mahler, jamais pego a oitava ou a nova para ouvir. Não são as minhas preferidas. Mas aqui neste CD tem a primeiro movimento da décima, que ficou infelizmente incompleta em razão da morte do compositor. Então, ao invés de irritar os admiradores da oitava sinfonia, direi que acho que esta série de gravações de Michael Tilson Thomas vai ocupar lugar de destaque na discografia mahleriana. E tenho dito!
Gustav Mahler (1860-1911)
Symphony No. 10
Symphony No. 8
Disc 1:
1. Symphony No. 10: I. Adagio 27:56
2. Symphony No. 8 in E-Flat Major: Part I – I. Veni Creator Spiritus 7:28
3. Symphony No. 8 in E-Flat Major: Part I – II. Accende lumen sensibus 4:29
4. Symphony No. 8 in E-Flat Major: Part I – III. Infunde amorem cordibus 8:55
5. Symphony No. 8 in E-Flat Major: Part I – IV. Gloria Patri Domino 2:40
Disc 2:
1. Symphony No. 8 in E-Flat Major: Part II – I. Poco Adagio 11:12 Album Only
2. Symphony No. 8 in E-Flat Major: Part II – II. Waldung sie schwankt heran 4:57
3. Symphony No. 8 in E-Flat Major: Part II – III. Ewiger Wonnebrand Quinn Kelsey 1:15
4. Symphony No. 8 in E-Flat Major: Part II – IV. Wie Felsenabgrund mir zu Füßen 4:36
5. Symphony No. 8 in E-Flat Major: Part II – V. Gerettet ist das edle Glied 5:40
6. Symphony No. 8 in E-Flat Major: Part II – VI. Hier ist die Aussicht frei 4:19
7. Symphony No. 8 in E-Flat Major: Part II – VII. Dir der Unberührbaren 5:02
8. Symphony No. 8 In E-Flat Major: Part II – VIII. Du Schwebst Zu Höhen 1:19
9. Symphony No. 8 in E-Flat Major: Part II – IX. Bei dem Bronn zu dem schon weiland 7:59
10. Symphony No. 8 in E-Flat Major: Part II – X. Komm! Hebe dich zu höhern Sphären! 1:16
11. Symphony No. 8 in E-Flat Major: Part II – XI. Blicket auf 6:32
12. Symphony No. 8 in E-Flat Major: Part II – XII. Alles Vergängliche 6:15
Erin Wall, soprano
Enza van den Heever, soprano
Laura Claycomb, soprano
Katarina Karnéus, mezzo-soprano
Yvonne Naef, mezzo-soprano
Anthony Dean Griffey, tenor
Quinn Kelsey, baritone
James Morris, bass-baritone
San Francisco Symphony Chorus. Ragnar Bohlin, director
Pacific Boychoir. Kevin Fox, director
San Francisco Girls Chorus. Susan McMane, director
Podem me jogar pedras, mas vou escrever mesmo assim. Amo as sinfonias de números 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 10 de Mahler. Mas não tenho o mesmo amor pela 8ª e 9ª. Esta Sétima de Tilson Thomas é a própria perfeição. Gosto desta sinfonia por ser melodiosíssima e lindíssima, só isso. Passei quatro dias ouvindo-a com exclusividade. A estrutura é simétrica, são cinco movimentos: uma paulada no começo, outra no final; duas músicas da noite no segundo e quarto movimentos, com direito a bandolim no quarto; e uma fantástica valsa bem no coração da sinfonia. E agora digo mais: nesta sinfonia, Tilson Thomas venceu o maior regente mahleriano, Leonard Bernstein. Venceu, sim, basta ouvir.
Mahler: Symphony No. 7
1. Symphony No. 7 in E minor: I. Langsam?Allegro risoluto ma non troppo 20:43
2. Symphony No. 7 in E minor: II. Nachtmusik I: Allegro moderato – Molto moderato (Andante) 15:35
3. Symphony No. 7 in E minor: III. Scherzo: Schattenhaft 10:11
4. Symphony No. 7 in E minor: IV. Nachtmusik II: Andante amoroso 13:33
5. Symphony No. 7 in E minor: V. Rondo – Finale: Allegro ordinario?Allegro moderato ma energico 18:05
O fim, meus caros, nada mais é do que um retorno ao início.
Não sejam tão afoitos, com isso não quis sugerir que a nona sinfonia de Schnittke é semelhante ou igual à de número zero, na verdade elas são completamente diferentes.
A sinfonia “Nagasaki”, numerada vulgarmente como No. 0, nos surpreende por nada ter do Schnittke com quem estamos habitualmente acostumados. Parece ser uma espécie de neoclássico que bebe um pouco de Shostakovich. Não é possível dizer ao certo as intenções do jovem Schnittke ao compor essa obra. Tendo ela sido completada nos anos 50, a referência histórica de seu nome é clara. Apesar disso, as forças históricas e sociais que iriam dilacerar os paradigmas acadêmicos de composição do jovem compositor e leva-lo a compor obras como a sua Primeira Sinfonia ainda estavam longe.
Sua Nona Sinfonia aparentemente começou a ser escrita dois anos antes da morte de Schnittke, e não se sabe ao certo se foi completada ou não, já que Schnittke não a publicou. Dela sobraram esboços que foram reunidos e “decifrados” a pedido de Irina Schnittke, mulher do compositor. Quem teve a árdua tarefa de decifrar os manuscritos dos garranchos de Schnittke foi o jovem compositor Alexander Raskatov, que também de embalo fez uma obra em homenagem ao compositor.
A Nona Sinfonia é divida em três movimentos, sendo um lento, um moderado e um rápido. Ela têm um sentimento muito tênue e belo, que nos passa uma sensação de algo etéreo. Como diz William C. White:
“Dennis Russell Davies comments that this is “a testament by someone who knows he’s dying,” I have a different view: I think this is music of someone who is already dead — as Schnittke had been, having been pronounced clinically dead on several occasions during his strokes. Much of the music sounds like the exploratory wanderings of a ghost during his first encounter with a new, otherworldly universe.”
Ou seja, Schnittke se perde, acaba por atingir um estado como o de uma assombração ambulante numa velha mansão.
É assim que termina a saga sinfônica desse grande compositor, mas não sejamos tristes. Schnittke deu exemplo fantástico de sua criatividade em outras obras, principalmente naquelas de cunho “sacro”, pois parecia tentar ali se encontrar como qualquer indivíduo socialmente anômico precisa se ancorar em algum “paradigma cultural”. Mais pra frente eu trarei esses belos exemplos de sua maestria.
Schnittke: The Ten Symphonies
CD 6
Alfred Schnittke (1934-1998):
Symphony No. 0 “Nagasaki”
01 I. Allegro ma non tropo
02 II. Allegro vivace
03 III. Andante
04 IV. Allegro
Cape Philharmonic Orchestra
Owain Arwel Hughes, conductor
Symphony No. 9 (Copyist, Researcher) [Reconstruction of the Original Manuscript] – Alexander Raskatov
05 I. [Andante]
06 II. Moderato
07 III. Presto
Cape Philharmonic Orchestra
Owain Arwel Hughes, conductor
É espantoso o trabalho que faz Michael Tilson Thomas e a orquestra de São Francisco nesta integral das Sinfonias de Gustav Mahler. Esta deve ser a terceira integral que vou postando e ainda tenho mais duas… Estou indo na minha ordem… Postei a 2ª e a 3ª e agora vou para a 4ª, 5ª e 6ª. Depois virá a 7ª e voltarei à 1ª, tá? A melhor integral ainda é, na minha opinião, a de Lenny, mas eu acho muito legal que outros tentem batê-lo. Assim a gente ouve bastante Mahler.
Gustav Mahler (1860-1911) – Sinfonia No. 4
01. I. Bedächtig. Nicht eilen
02. II. In gemächlicher Bewegung. Ohne Hast
03. III. Ruhevoll
04. IV. Das himmlische Leben. Sehr behaglich
01. I. Allegro energico, ma non troppo. Heftig, aber markig
02. II. Scherzo. Wuchtig
03. III. Andante moderato
04. Finale Allegro moderato – Allegro energico
É a mais extensa das sinfonias de Mahler e, em minha opinião, uma das três melhores. Sou totalmente apaixonado. Tilson Thomas poderia ter sido mais enfático no primeiro movimento, mas mata a pau em todos os outros. Curiosamente, mesmo os que elogiaram veementemente o ciclo mahleriano de Tilson, receberam com restrições esta terceira. Faltaria-lhe caráter e originalidade interpretativa. Haveria cuidado exagerado com a perfeição técnica. Porém, eu apenas noto isso, repito, no primeiro movimento. Aliás, é o primeiro e único (pequeno) escorregão deste maravilhoso registro da orquestra de São Francisco.
Symphony No. 3 in D minor
1 Part I. Introduction. 1. Kräftig, entschieden 36:16
2 Part II. 2. Tempo di menuetto. Sehr mässig 10:10
3 Part II. 3. Comodo. Scherzando. Ohne Hast 18:58
4 Part II. 4. Sehr langsam. Misterioso 10:25
5 Part II. 5. Lustig im Tempo und keck im Ausdruck 4:24
6 Part II. 6. Langsam. Ruhevoll. Empfunden 26:31
Kindertotenlieder, song cycle for voice & piano (or orchestra)
7 1. Nun will die Sonn’ so hell aufgeh’n 6:13
8 2. Nun seh’ ich wohl 5:02
9 3. Wenn dein Mütterlain tritt zur Tür herein 4:54
10 4. Oft denk’ ich, sie sind nur ausgegangen 3:19
11 5. In diesem Wetter, in diesem Braus
Michelle DeYoung
San Francisco Symphony
Michael Tilson Thomas
Há mais um mistério no ar. Os regentes americanos e Mahler, Mahler e os regentes americanos. O melhor mahleriano morto talvez seja Leonard Bernstein, mas Tilson Thomas vem logo atrás, junto com outros pouquíssimos e compreensivos maestros. E ele tem uma vantagem, está vivinho da silva. Esta Ressurreição, por exemplo é espetacular e dá sequencia a estapostagem, que comprova que o cara-de-fuínha Tilson Thomas é um dos melhores mahlerianos que andam sobre duas pernas em nosso planeta.
Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia No. 2 “Ressurreição”
1. Symphony No. 2 in C minor: II. Andante moderato 11:49
2. Symphony No. 2 in C minor: III. In ruhig fliessender Bewegung 10:46
3. Symphony No. 2 in C minor: IV. “Urlicht”: Sehr feierlich, aber schlicht 5:43
4. Symphony No. 2 in C minor: V. Finale?Im Tempo des Scherzos 21:30
5. Symphony No. 2 in C minor: V. …Chorus: “Aufersteh’n” 15:25
Isabel Bayrakdarian
Lorraine Hunt Lieberson
San Francisco Symphony
Michael Tilson Thomas
Enfim, mais uma coleção fica finalizada! E esta é das boas! Como somos um bando de revoltados de meia-idade, terminamos pelo primeiro CD da série, uma sensacional versão da Titã (1884-1888). A primeira sinfonia de Mahler já trazia todo um mundo. O próprio Mahler, numa carta de 26 de Março de 1896: Gostaria que ficasse enfatizado ser a sinfonia maior do que o caso de amor em que se baseia, ou melhor, que a precedeu, no que se refere à vida emocional do criador. O caso amoroso tornou-se a razão para a existência da obra, mas não em absoluto, o significado real da mesma. (…) Assim como considero uma vulgaridade inventar música para se ajustar a um programa, também acho estéril dar um programa para uma obra completa. O fato de a inspiração ou base de uma composição ser uma experiência de seu autor não altera as coisas.
Um bom final de domingo!
Gustav Mahler (1860-1911): Symphony No. 1 (Tilson Thomas)
1. Symphony No. 1 in D major (‘Titan’): 1. Langsam. Schleppend [Slow. Dragging]
2. Symphony No. 1 in D major (‘Titan’): 2. Kräftig bewegt, doch nicht zu schnell [With powerful movement, but not too fast]
3. Symphony No. 1 in D major (‘Titan’): 3. Feierlich und gemessen, ohne zu schleppen [Solemn and measured, without dragging]
4. Symphony No. 1 in D major (‘Titan’): 4. Stürmisch bewegt [With violent movement]
John Adams nasceu em Massachusetts e estudou composição em Harvard. Quando jovem procurava distanciar-se de uma formação musical europeia. A, na minha opinião, sensacional Shaker Loops, escrita no auge do minimalismo norte-americano, ajudou a dar-lhe um lugar como um dos mais importantes compositores vivos americanos. Ele utiliza a técnica de fragmentos da melodia em looping do primeiro Steve Reich. É, de longe, sua obra mais gravada e interpretada. Também estão neste disco Short Ride in a Fast Machine, quatro minutos de pura adrenalina e The Wound-Dresser, uma adaptação do poema de Walt Whitman sobre sua experiência como enfermeiro durante a guerra civil. A adaptação da obra de Busoni, acomodou-se muito bem em meu estômago. Marin Alsop é o regente titular Orquestra Sinfônica de Bournemouth desde 2002. Em 2003, ela recebeu o prêmio da revista Gramophone como regente do ano e o Prêmio do Royal Philharmonic Society de condução. Já gravou Weill e Bartók, bem como o completo ciclo das sinfonias de Brahms.
Adams: Short Ride in a Fast Machine / The Wound-Dresser / Berceuse elegiaque / Shaker Loops (version for string orchestra)
1. Short Ride in a Fast Machine 4:14
2. The Wound-Dresser 19:11
3. Berceuse elegiaque, Op. 42 (arr. J. Adams): Berceuse elegiaque (arr. J. Adams) 9:30
* Obra de Ferruccio Busoni (1866-1924) *
4. Shaker Loops (version for string orchestra): Shaking and Trembling 8:27
5. Shaker Loops (version for string orchestra): Hymning Slews 5:31
6. Shaker Loops (version for string orchestra): Loops and Verses 7:13
7. Shaker Loops (version for string orchestra): A Final Shaking 4:09
Se alguma peça serve para comprovar a beleza e o poder hipnótico de trabalhos finais de Morton Feldman, é este Piano e Quarteto de Cordas, composto em 1985, apenas dois anos antes de sua morte. Suas performances geralmente duram entre 80 e 90 minutos, algo relativamente modesto para os padrões habituais de Feldman. A música é aparentemente simples, mas cheia de intenções. “Você passa uma hora pensando na forma”. O tempo nunca muda, o material musical é escasso. São acordes que nunca se repetem exatamente um igual ao outro, além de notas individuais e arpejos ascendentes que servem como ponto de referência ao todo. Há relações claras entre Feldman e Webern, com vantagem para o primeiro, mas há Webern ao fundo na forma como cada gesto, cada nota, cada frase, importa.
O trabalho do Kronos e de Takahashi é impecável, as usual.
Morton Feldman (1926-1987):
— Piano and String Quartet [79:33]
Kronos Quartet:
David Harrington, violin
John Sherba, violin
Hank Dutt, viola
Joan Jeanrenaud, cello
with Aki Takahashi, piano
A obra prima ‘Sheherazade’ do compositor russo Rimsky-Korsakov nas mãos de Ansermet torna-se algo ainda mais espetacular. Desde os primeiros acordes já entendemos o que virá pela frente. Confesso que minha versão favorita é a que Herr Karajan gravou nos anos 60, ou 70, não tenho certeza, mas esta aqui não fica atrás. Não é tão espetaculosa quanto a do Kaiser, mas Ansermet soube destacar as nuances e detalhes da obra com a maestria de sempre.
O CD se completa com a Sinfônica Nº 2 ‘Antar’. Em poucas palavras, um CD para se ouvir à exaustão, para ser apreciado sem moderação.
Nikolai Rimsky-Korsakov (1844-1908): Sheherazade, Antar (Ansermet)
1 Scheherazade, Op.35 – The Sea and Sinbad’s Ship 10:11
2 Scheherazade, Op.35 – The Story of the Calender Prince 11:15
3 Scheherazade, Op.35 – The Young Prince and the Young Princess 9:39
4 Scheherazade, Op.35 – Festival at Bagdad – The Sea – The Shipwreck against a rock surmounted by a bronze warrior (The Shipwreck) 12:27
5 Symphony No.2, Op.9 “Antar” – 1. Largo – Allegro giocoso – Adagio – Largo – (Tempo I) – Allegretto Vivace – Largo (Tempo I) 11:55
6 Symphony No.2, Op.9 “Antar” – 2. Allegro – Molto allegro – Meno mosso, allargando – Allegro (Tempo I) 5:11
7 Symphony No.2, Op.9 “Antar” – 3. Allegro risoluto alla marcia 5:42
8 Symphony No.2, Op.9 “Antar” – 4. Allegretto vivace – Andante amoroso – Animato assai – Tempo I 8:29
L´Orchestre de La Suisse Romande
Ernest Ansermet – Conductor
Chega um momento na vida de uma pessoa em que ela acaba conhecendo Leonardo Leo. Tá, comecemos novamente. Dentro do verdadeiro mar de compositores barrocos de alto nível, destacamos o extraordinário e raro e napolitano Leonardo Leo. Os concertos deste CD são efetivamente notáveis, o que pode ser ouvido de cara, desde os primeiros compassos do Concerto Nº 2 que abre a seleção. O grande Anner Bylsma, habitual parceiro de Leonhardt e Harnoncourt, dá um banho ao lado da Tafelmusik de Jeanne Lamon. Se você gosta do barroco ou mesmo se é apenas curioso, baixe logo esta porra.
Leonardo Leo (1694-1744) : Six Cello Concertos
1. Cello Concerto No. 2 in D major (1737): 1. Andante grazioso
2. Cello Concerto No. 2 in D major (1737): 2. Con bravura
3. Cello Concerto No. 2 in D major (1737): 3. Larghetto, con poco moto – mezza voce
4. Cello Concerto No. 2 in D major (1737): 4. Fuga.
5. Cello Concerto No. 2 in D major (1737): 5. [Allegro di molto]
6. Cello Concerto No. 5 in F minor (undated): 1. Andante grazioso
7. Cello Concerto No. 5 in F minor (undated): 2. Allegro
8. Cello Concerto No. 5 in F minor (undated): 3. Segue il cantabile – Largo e gustoso
9. Cello Concerto No. 5 in F minor (undated): 4. Allegro
10. Cello Concerto No. 4 in A major (1738): 1. Andante piacevole
11. Cello Concerto No. 4 in A major (1738): 2. Allegro
12. Cello Concerto No. 4 in A major (1738): 3. Larghetto e gustoso
13. Cello Concerto No. 4 in A major (1738): 4. Allegro
14. Cello Concerto No. 3 in D minor (1738): 1. Andante grazioso
15. Cello Concerto No. 3 in D minor (1738): 2. [Con spirito]
16. Cello Concerto No. 3 in D minor (1738): 3. Amoroso – mezza voce
17. Cello Concerto No. 3 in D minor (1738): 4. Allegro
18. Cello Concerto No. 1 in A major (1737): 1. Andantino grazioso
19. Cello Concerto No. 1 in A major (1737): 2. Allegro
20. Cello Concerto No. 1 in A major (1737): 3. Larghetto a mezza voce
21. Cello Concerto No. 1 in A major (1737): 4. Allegro
22. Sinfonia concertata (Cello Concerto No. 6) in C minor (1737): 1. Andante grazioso
23. Sinfonia concertata (Cello Concerto No. 6) in C minor (1737): 2. Molto presto
24. Sinfonia concertata (Cello Concerto No. 6) in C minor (1737): 3. Larghetto
25. Sinfonia concertata (Cello Concerto No. 6) in C minor (1737): 4. Allegro
Este é um daqueles CDs que você é obrigado a ouvir mais de uma vez. Poucos grupos têm tanto sucesso, fazendo a ponte entre popular e erudito, quanto o Kronos Quartet. Quem quiser se aprofundar, vai verificar que o Kronos possui em seu repertório rock, jazz, world music e etc. Originalmente formado por David Harrington no primeiro violino, John Sherba no segundo violino, Hank Dutt na viola, e Joan Jeanrenaud no violoncelo, o Kronos Quartet foi formado em San Francisco em 1973. Embora todos os quatro membros sejam profundos conhecedores da música dita erudita, eles rapidamente dispensaram as formalidades rígidas de seu ofício, fazendo uma música de câmara com toda a energia apaixonada comumente associado com o rock. É que pode se verificar nesse lacônico registro. A primeira faixa é de uma beleza comovente que faz bem aos sentidos. A segunda faixa presentifica o Woodstock. Jimmy Hendrix, o anjo negro da guitarra, ganha vida. As distorções são como gritos, pedidos de liberdade, orgia dionísiaca ao meio dia. Boa apreciação!
Anna Magdalena Bach (née Wilcken) foi a segunda esposa de meu pai, Johann Sebastian. Ela era excelente cantora e boa cravista. Quando do casamento, a família deu-lhe de presente um enorme caderno de notas para que ela praticasse sua arte em casa. Ah, nada como o amor dos primeiros anos! O caderno era realmente imenso e há diversas coletâneas gravadas com repertórios bastante diferentes. A sedução destes CDs é sua diversidade e alta qualidade. Neste aqui, McGegan e grupo fizeram uma bela escolha e a interpretam de forma entusiasmante. O disco é nada menos do que sensacional, trazendo para nós um pouco do som e da cerveja da casa de meu pai. Nós éramos mais ou menos pobres, mas assevero-vos, só materialmente.
J. S. Bach / C. P. E. Bach / François Couperin:
Caderno de Notas de Anna Magdalena Bach
1. French Ste No.1 in d BWV 812: Allemande
2. French Ste No.1 in d BWV 812: Courante
3. French Ste No.1 in d BWV 812: Sarabande
4. French Ste No.1 in d BWV 812: Minuet I & II
5. French Ste No.1 in d BWV 812: Gigue
6. Aria,’Bist Du Bei Mir’ BWV 508
7. Aria,’Willst Du Mein Herz Mir Schenken’ BWV 518
8. C.P.E.Bach: Solo
9. C.P.E.Bach: Polonaise in g
10. C.P.E.Bach: March in D
11. March in E flat
12. F. Couperin: Rondeau in b flat
13. Chorale, ‘Wer Nur Den Liebe Gott Lasst Walten’ BWV 691
14. ‘Goldberg’ Vars: Aria BWV 998,1
15. BWV 82: (Recitative, ‘Ich Habe Genug’
16. BWV 82: Aria, ‘Schlummert Ein’
17. Aria ‘Gedenke Doch, Mein Geist’ BWV 509
18. French Ste No.2 in c BWV 813,1-3 : Allemande
19. French Ste No.2 in c BWV 813,1-3 : Courante
20. French Ste No.2 in c BWV 813,1-3 : Sarabande
21. Prld No. 1 in C BWV 846,1 (From The Well-Tempered Clavier, Book 1)
22. Hasse: Polonaise in G
23. Polonaise in d
24. Polonaise in g
25. Polonaise in F
26. Petzold: Minuets (Da Capo))
27. Musette in A, BWV Anh.126
28. Bohm: ‘Menuet Fait Par M. Bohm’
29. Minuet in G, BWV Anh.116
Lorraine Hunt-Lieberson, mezzo-soprano
David Bowles, cello
Nicholas McGegan, harpsichord & clavichord
Ragna Schirmer tenta uma gravação mais poética das Goldberg neste CD duplo. E ela obtém momentos sublimes, totalmente diferentes do habitual. Esquecida de Gould, a pianista devaneia placidamente sobre a obra de variações que PQP Bach mais aprecia. Está longe de ser a melhor versão das Goldberg, mas é um registro profundo, reflexivo, pessoal e bonito. Foi muito bom vir ao trabalho com esta gravação nos ouvidos hoje pela manhã. Impossível caminhar rapidamente, tudo para não perturbar a moça.
As Goldberg consistem de uma belíssima ária, sucedida de trinta variações, seguidas pela repetição da ária. As Variações foram escritas, provavelmente, por volta de 1741 para o Conde Hermann Karl von Keyserling. Sua finalidade era a de curar a insônia do Conde e tal intenção já está clara na encomenda feita a Bach. Elas foram interpretadas para o conde por seu jovem e talentoso cravista Johann Gottlieb Goldberg, a quem elas foram dedicadas.
As Variações Goldberg eram tidas no passado como um exercício técnico árido e aborrecido. Hoje, entretanto, o conteúdo e a abrangência emocional da obra tem sido reconhecido e se tornou a peça favorita de muitos ouvintes de música erudita. As variações são largamente executadas e gravadas e têm sido objeto de muitos artigos, livros e estudos analíticos.
J. S. Bach (1685-1750): Variações Goldberg
1. Goldberg Vars, BWV988: Aria
2. Goldberg Vars, BWV988: Var 1
3. Goldberg Vars, BWV988: Var 2
4. Goldberg Vars, BWV988: Var 3
5. Goldberg Vars, BWV988: Var 4
6. Goldberg Vars, BWV988: Var 5
7. Goldberg Vars, BWV988: Var 6
8. Goldberg Vars, BWV988: Var 7
9. Goldberg Vars, BWV988: Var 8
10. Goldberg Vars, BWV988: Var 9
11. Goldberg Vars, BWV988: Var 10
12. Goldberg Vars, BWV988: Var 11
13. Goldberg Vars, BWV988: Var 12
14. Goldberg Vars, BWV988: Var 13
15. Goldberg Vars, BWV988: Var 14
16. Goldberg Vars, BWV988: Var 15
Disc: 2
1. Goldberg Vars, BWV988: Var 16
2. Goldberg Vars, BWV988: Var 17
3. Goldberg Vars, BWV988: Var 18
4. Goldberg Vars, BWV988: Var 19
5. Goldberg Vars, BWV988: Var 20
6. Goldberg Vars, BWV988: Var 21
7. Goldberg Vars, BWV988: Var 22
8. Goldberg Vars, BWV988: Var 23
9. Goldberg Vars, BWV988: Var 24
10. Goldberg Vars, BWV988: Var 25
11. Goldberg Vars, BWV988: Var 26
12. Goldberg Vars, BWV988: Var 27
13. Goldberg Vars, BWV988: Var 28
14. Goldberg Vars, BWV988: Var 29
15. Goldberg Vars, BWV988: Var 30
16. Goldberg Vars, BWV988: Aria Da Capo
Um CD que contém algumas das maiores melodias que já ouvi. Purcell era um genial melodista e, neste álbum duplo de Nancy Argenta para a Virgin, todo o seu talento exposto da forma mais clara possível. Se o primeiro CD já é maravilhoso, o segundo é aquele que possui as maiores obras-primas de Purcell no gênero canção. Retir’d from any mortal’s sight, Halcyon days, Music for a While e To arms, heroic prince, além de outras que seria enfadonho de citar moram no ventrículo esquerdo do coração deste ouvinte. Trata-se de uma das melhores antologias de Purcell que já ouvi e, para que fiquemos ainda mais felizes, há 74 minutos no CD 1 e 77 no 2.
Faça como eu. Dê este CD de presente a alguém. É uma série da Virgin Classics na qual um álbum duplo é vendido pelo preço de um. A mulher fica enternecida por receber um CD duplo e nem imagina que o custo foi a metade… Aprendam com o mestre!
IMPERDÍVEL!!!
Henry Purcell: Songs and Airs
CD 1
1. O solitude, my sweetest choice, song, Z. 406
with Nigel North, Nancy Argenta
2. Ah! How sweet it is to love (from “Tyrannic Love”), song, Z. 613/2
with Richard Boothby, Nancy Argenta, Paul Nicholson
3. Not all my torments can your pity move, song, Z. 400
with Nigel North, Nancy Argenta, Paul Nicholson
4. Stript of their green our groves appear, song, Z. 444
with Nigel North, Richard Boothby, Nancy Argenta, Paul Nicholson
5. Tell me, some pitying angel, (The Blessed Virgin’s Expostulation), sacred song, for soprano & continuo, Z. 196
with Nigel North, Richard Boothby, Nancy Argenta, Paul Nicholson
6. If music be the food of love, song, Z. 379 (3 settings)
with Richard Boothby, Nancy Argenta, Paul Nicholson
7. Hark! now the echoing air (from “The Fairy Queen”), soprano aria and chorus, Z. 629/48
with Nigel North, Richard Boothby, Nancy Argenta, Paul Nicholson
8. The fatal hour comes on apace, song, Z. 421
with Nigel North, Nancy Argenta
9. Incassum, Lesbia, incassum rogas (The Queen Epicedium), song, Z. 383
with Nigel North, Nancy Argenta, Paul Nicholson
10. Sweeter than roses (from “Pausanius”), song, Z. 585/1
with Nigel North, Richard Boothby, Nancy Argenta
11. Cupid, the slyest rogue alive, song, Z. 367
with Nigel North, Richard Boothby, Nancy Argenta, Paul Nicholson
12. From silent shades and the Elysian groves (Bess of Bedlam), song, Z. 370
with Nigel North, Richard Boothby, Nancy Argenta, Paul Nicholson
13. Dear pretty youth (from “The Tempest”), aria, Z. 631/10
with Nigel North, Richard Boothby, Nancy Argenta
14. From rosir bow’rs (from “Don Quixote”), song, Z. 578/9
with Nigel North, Richard Boothby, Nancy Argenta, Paul Nicholson
15. Now that the sun hath veiled his light, sacred song for soprano & continuo, Z. 193
with Nancy Argenta, Paul Nicholson
16. Beneath the poplar’s shadow (from Sophonisba or Hannibal’s Overthrow) Z. 590/1
with Nigel North, Richard Boothby, Nancy Argenta
17. I attempt from Love’s Sickness to Fly (from “The Indian Queen”), Z630/17a
with Nancy Argenta, Paul Nicholson
18. Let Us Dance (from “Prophetess”), aria for soprano, Z. 627/app3
with Nigel North, Richard Boothby, Nancy Argenta, Paul Nicholson
19. Fairest Isle (from “King Arthur”), aria for soprano, Z. 628/38
with Nigel North, Nancy Argenta
20. O solitude, my sweetest choice, song, Z. 406
with Richard Boothby, Nancy Argenta
CD2:
1. Nymphs and Shepherds (from “The Libertine”), song, Z. 600/1
with Nigel North, Fiona Huggett, Richard Boothby, John Toll, Nancy Argenta, Trevor Jones
2. Amidst the shades and cool and refreshing streams, for soprano & continuo, Z. 355
with Nigel North, Nancy Argenta
3. Love in their little veins inspires (from “Timon of Athens”), aria for soprano, 2 flutes and continuo, Z. 632/3
with Nigel North, Richard Boothby, Nancy Argenta, Marion Scott, Rachel Beckett
4. Fly swift, ye hours, song, Z. 369
with Nigel North, Richard Boothby, John Toll, Nancy Argenta
5. They tell us that you mighty powers above (from “The Indian Queen”), soprano aria, Z. 630/19
with Nigel North, Fiona Huggett, Richard Boothby, John Toll, Nancy Argenta, Trevor Jones
6. O let me weep (“The Plaint” from “The Fairy Queen”), aria, Z. 629/40
with Nigel North, Richard Boothby, John Toll, Nancy Argenta, Pauline Nobes
7. In the black, dismal dungeon of despair, sacred song for soprano & continuo, Z. 190
with Nigel North, John Toll, Nancy Argenta
8. See even Night herself is here (from “The Fairy Queen”), soprano aria, Z. 629/11
with Fiona Huggett, Nancy Argenta, Trevor Jones
9. Why should men quarrel (from “The Indian Queen”), soprano aria, Z. 630/4c-4d
with Richard Boothby, John Toll, Nancy Argenta, Marion Scott, Rachel Beckett
10. Seek not to know what must not be reveal’d (from “The Indian Queen”), aria, Z. 630/15
with Nigel North, Richard Boothby, John Toll, Sophia McKenna, Nancy Argenta, Paul Goodwin
11. Retir’d from any mortal’s sight (from “The History of King Richard II”), song, Z. 581/1
with Nigel North, Nancy Argenta
12. To arms, heroic prince, (from “The Libertine”), prelude & song, Z. 600/3
with Nigel North, Richard Boothby, Mark Bennett, John Toll, Nancy Argenta
13. O lead me to some peaceful gloom (from “Bonduca”), song, Z. 574/17
with Nigel North, Richard Boothby, John Toll, Nancy Argenta
14. Halcyon days (from “The Tempest”), sopoano aria, Z. 631/15
with Nigel North, Richard Boothby, John Toll, Nancy Argenta, Pauline Nobes, Paul Goodwin
15. Come ye sons of art away (Birthday ode for Queen Mary), for soloists, chorus & instruments, Z. 323 No. 7, Bid the virtues
with Nigel North, Richard Boothby, John Toll, Nancy Argenta, Paul Goodwin
16. Lord, what is man?, sacred song for soprano & continuo, Z. 192
with Nigel North, Richard Boothby, John Toll, Nancy Argenta
17. Music for a While (from “Oedipus”), song, Z. 583/2
with John Toll, Nancy Argenta
18. If music be the food of love, song, Z. 379 (3 settings)
with Richard Boothby, John Toll, Nancy Argenta
19. Sawney is a bonny lad, song, Z. 412
with Nigel North, Nancy Argenta
20. When I have often heard (from “The Fairy Queen”), soprano aria, Z. 629/23
with Nigel North, Fiona Huggett, Richard Boothby, John Toll, Nancy Argenta
21. Ah cruel, bloody fate (from “Theodosius”), song, Z. 606/9
with Nigel North, John Toll, Nancy Argenta
22. Thy hand, Belinda…When I am laid in Earth (from “Dido and Aeneas”), soprano aria, Z. 626/37
with Nigel North, Fiona Huggett, Richard Boothby, Nancy Argenta, Trevor Jones
Sempre tive receio de discos com Dowland, Byrd e seus contemporâneos. Mas sou obrigado a retirar quaisquer restrições a este CD de Andreas Scholl e Concerto di Viole. Em primeiro lugar porque Scholl é espetacular, inigualável; seu cantar de contratenor realmente pertence a outro mundo. Em segundo lugar pelo extraordinário repertório escolhido. Disco perfeito para iniciar o domingo em beleza e paz.
Obs.: o CD original possui 21 faixas de canções escolhidas. Mas só obtive as 11 primeiras. Se alguém encontrar o CD completo em mp3, favor deixar o link nos comentários. Mesmo assim, vale a pena ouvir as 11 primeiras faixas deste tremendo trabalho.
John Dowland and his contemporaries: Crystal Tears
1. John Dowland: Go crystal tears 6:29
2. John Ward: Fantasia No. 4 3:30
3. John Dowland: Now, O now, I needs must part 4:32
4. John Dowland: Go nightly cares 4:02
5. John Ward: Fantasia No. 3 2:55
6. John Dowland: Sorrow, come! 3:59
7. John Dowland: Semper Dowland, semper dolens 3:31
8. John Dowland: The Lady Rich her galliard 2:04
9. Robert Johnson: Have you seen the bright lily grow? 2:51
10. William Byrd: Though Amaryllis dance in green 3:43
11. John Bennet: Venus’ birds whose mournful tunes 3:35
As Missas que fecham a coleção de Gardiner são esplêndidas. a Missa de Teresa e a Missa em Tempo de Guerra são obras-primas. Se a segunda é reflexiva, a primeira é cheia de melodias arrebatadoras e inesquecíveis, tanto que este que vos escreve não ouvia a Teresa há vinte anos e começou a cantá-la como se a tivesse ouvido ontem. Aqui, novamente, não se nota muita distinção entre religioso e profano. As Missas de Haydn são carregadas de elementos profanos e nelas se sente a sombra do sinfonista, que se revela no contraste entre os solistas e o coro e no estilo concertante. São sinfonias corais. Belíssimas sinfonias corais.
Disc 3:
Mass for soloists, chorus, organ & orchestra in B flat major (“Theresienmesse”), H. 22/12
1. Kyrie – Kyrie 5:03
2. Gloria – Gloria 2:35
3. Gratias – Gratias 6:56
4. Quoniam – Quoniam 2:51
5. Credo – Credo 1:51
6. Et incarnatus – Et incarnatus 3:44
7. Et resurrexit – Et resurrexit 4:03
8. Sanctus – Sanctus 2:16
9. Benedictus – Benedictus 6:17
10. Agnus Dei – Agnus Dei 2:30
11. Dona nobis pacem – Dona nobis pacem 3:58
Missa in Tempore belli, for soloists, chorus, organ & orchestra in C major (“Paukenmesse”), H. 22/9
12. Kyrie – Kyrie 4:45
13. Gloria: Gloria in excelsis Deo – Gloria: Gloria in excelsis Deo 2:40
14. Gloria: Qui tollis peccata mundi – Gloria: Qui tollis peccata mundi 4:39
15. Gloria: Quoniam tu solus sanctus – Gloria: Quoniam tu solus sanctus 2:23
16. Credo: Credo in unum Deum – Credo: Credo in unum Deum 1:10
17. Credo: Et incarnatus est – Credo: Et incarnatus est 3:57
18. Credo: Et resurrexit tertia die – Credo: Et resurrexit tertia die 4:16
19. Sanctus – Sanctus 2:21
20. Benedictus – Benedictus 5:47
21. Agnus Dei – Agnus Dei 2:58
22. Dona Nobis – Dona Nobis 2:53
Monteverdi Choir
English Baroque Soloists
John Eliot Gardiner
A Missa Nelson ou Missa in Angustiis é o destaque deste segundo CD. Como estamos atrasados, pediremos auxílio ao grande maestro Emanuel Martinez.
Quando Josef Haydn assumiu pela segunda vez o posto de mestre-capela do castelo Esterhazy, em Viena, ele tinha por incumbência compor a cada ano uma missa para festejar o dia onomástico da princesa Maria Josefa Emernegilda . A “Missa Nelson”, composta em 1798 por um Haydn aos 66 anos de idade e dono de uma muito fértil inspiração musical, é a terceira de uma série de seis grandes missas assim compostas.
A designação “Nelson” é com certeza um dado posterior à composição, como ocorre aliás com muitas outras obras suas, sobretudo com as sinfônias , denominadas a partir de um fato significativo das circunstâncias da estréia (ex. sinfonia da despedida) ou a partir de um elemento temático saliente (ex sinfonia do relógio).
“Missa in angustiis” (missa nos tempos de aflição) é seu primeiro nome, pois ela estava sendo composta em tempos muito difíceis, quando as ameaças das guerras napeleônicas afligiam a todos. E é num contexto napoleônico que seuge o nome Nelson, o almirante britânico que me 1 de agosto de 1798, exatamente quando Haydn compunha sua “Missa in angustiis”, abateu a frota de Napoleão na batalha de Abicur no Nilo. Dois anos mais tarde, num visita do mesmo almirante Nelson ao castelo do príncipe Estechazy onde Haydn era o mestre da música fez-se ouvir a “Missa in angustiis”. Esta poderia ter sido uma razão suficiente para que a missa passasse a se chamar “Missa de Nelson”.
A Orquestração usada por Haydn nesta obra destoa da riqueza orquestral diferenciada de suas últimas sinfonias. É que o compositor dispunha na ocasião apenas de uma orquestra reduzida, pois o príncipe Estehazy tinha demitido na época os instrumentistas de sopro, sobretudo as madeiras. Assim o coro e os solistas tem como acompanhamento a orquestra de cordas e a fanfarra às vezes militar, às vezes festiva dos trompetes e tímpanos.
Disc 2:
Mass for soloists, chorus, organ & orchestra in D minor (“Missa in Angustiis”, “Lord Nelson”, “Missa Nelson”), H. 22/11
1. Kyrie – Kyrie 4:39
2. Gloria: Gloria in excelsis Deo – Gloria: Gloria in excelsis Deo 3:30
3. Gloria: Qui tollis – Gloria: Qui tollis 4:27
4. Gloria: Quoniam – Gloria: Quoniam 2:45
5. Credo: Credo in unum Deum – Credo: Credo in unum Deum 1:41
6. Credo: Et incarnatus est – Credo: Et incarnatus est 4:05
7. Credo: Et resurrexit – Credo: Et resurrexit 3:36
8. Sanctus – Sanctus 2:26
9. Benedictus – Benedictus 6:12
10. Agnus Dei: Agnus Dei qui tollis – Agnus Dei: Agnus Dei qui tollis 2:48
11. Agnus Dei: Dona nobis pacem – Agnus Dei: Dona nobis pacem 2:29
Mass for soloists, chorus, organ & orchestra in B flat major (“Schöpfungsmesse”), H. 22/13
12. Kyrie – Kyrie 6:29
13. Gloria – Gloria 7:11
14. Quoniam – Quoniam 0:37
15. In gloria Dei patris – In gloria Dei patris 2:37
16. Credo – Credo 1:57
17. Et incarnatus est – Et incarnatus est 2:47
18. Et resurrexit – Et resurrexit 2:35
19. Et vitam venturi saeculi – Et vitam venturi saeculi 1:21
20. Sanctus – Sanctus 3:13
21. Benedictus – Benedictus 5:35
22. Agnus Dei – Agnus Dei 3:10
23. Dona nobis – Dona nobis 3:25
Monteverdi Choir
English Baroque Soloists
John Eliot Gardiner
As Missas de Haydn são um capítulo à parte da História da Música. São belíssimas e criticadíssimas. Em primeiro lugar, seriam alegres, felizes demais para o serviço religioso. Em segundo lugar, cada uma delas teria (e tem!) tal unidade que seriam inúteis para a igreja — onde normalmente as Missas são interrompidas pelas preces. Mas, gente, são tão lindas que as salas de concerto as abraçaram como se fossem filhas queridas que tivessem sofrido sequestros por parte de um comando de padres.
A Harmoniemesse que abre esta coleção é exuberante e feliz e a Heiligmesse não fica muito atrás. Agora, uma alerta: não se engane, estas 6 Missas compostas no final da década de 1790 para o patrão Esterházy são as melhores obras vocais de Haydn. Deixe as insinceras A Criação e As Estações de lado. Aqui está o verdadeiro tesouro. Gardiner não me deixa mentir.
Disc 1:
Mass for soloists, chorus, organ & orchestra in B flat major (“Harmoniemesse”. “Missa para Banda de Sopros”), H. 22/14
1. Kyrie – Kyrie 8:03
2. Gloria – Gloria 2:04
3. Gratias – Gratias 5:46
4. Quoniam – Quoniam 3:10
5. Credo – Credo 2:43
6. Et incarnatus – Et incarnatus 3:44
7. Et resurrexit – Et resurrexit 2:38
8. Et vivam venturi saeculi – Et vivam venturi saeculi 1:38
9. Sanctus – Sanctus 3:05
10. Benedictus – Benedictus 3:55
11. Agnus Dei – Agnus Dei 2:54
12. Dona nobis – Dona nobis 2:53
Missa Sancti Bernardi von Offida, for soloists, chorus, organ & orchestra in B flat major (“Heiligmesse”), H. 22/10
13. Kyrie – Kyrie 4:22
14. Gloria in excelsis Deo – Gloria in excelsis Deo 2:03
15. Gratias agimus tibi – Gratias agimus tibi 3:39
16. Quoniam tu solus Sanctus – Quoniam tu solus Sanctus 2:35
17. Credo in unum Deum – Credo in unum Deum 1:16
18. Et incarnatus est – Et incarnatus est 3:55
19. Et resurrexit – Et resurrexit 3:46
20. Sanctus – Sanctus 1:43
21. Benedictus – Benedictus 4:56
22. Agnus Dei – Agnus Dei 3:11
23. Dona nobis pacem – Dona nobis pacem 2:41
Monteverdi Choir
English Baroque Soloists
John Eliot Gardiner
Eis a segunda parte da postagem iniciada uma semana atrás, com 4 CDs de Debussy por Jean Martinon: agora são quatro de Ravel, e desta vez Martinon rege não a Orchestre de l’ORTF, mas a Orchestre de Paris.
Não quero falar muito, mas também não quero perder a oportunidade de dizer que não acredito na lenda de que Ravel era altamente criativo no início da carreira e teria decaído gradualmente, possivelmente devido aos graves problemas de saúde que o acompanharam em boa parte da vida, terminando por afetar seriamente o sistema nervoso central.
Acredito que Ravel seja, sim, um compositor desigual – mas qual não é, alguns em maior medida (como, entre nós, Caetano Veloso e Milton Nascimento), alguns em medida menor (como Chico Buarque)? Pois minha impressão é que Ravel é igualmente desigual em todas as épocas de sua vida.
Vejamos: aos 33 anos Ravel compôs algumas de suas peças que considero mais inspiradas – talvez até mesmo sua obra prima: os cinco movimentos originais de Ma Mère l’Oye (faixas destacadas em negrito no CD 5), baseados em contos de fadas e escritos inicialmente para piano a quatro mãos, como presente para duas não pouco privilegiadas garotinhas. Mais tarde o compositor os orquestrou, atingindo neles alguns de seus mais belos efeitos de instrumentação – mas ao mesmo tempo, tendo em vista um ballet, escreveu e enxertou mais seis movimentos que me parecem incomparavelmente inferiores – puro enchimento, ainda que cintilante. Exemplo da perda de inspiração que teria vindo com os anos? Ora, os seis movimentos complementares foram compostos meros três anos depois dos cinco originais – e vinte anos mais adiante encontramos Ravel produzindo os dois concertos para piano, que é preciso ser muito metido a besta para avaliar como obras de um compositor que perdeu sua inspiração e habilidades… (Ainda a propósito de Ma Mère l’Oye: muitos regentes optam por apresentar e gravar apenas os cinco movimentos originais. Assim, confesso que para meu uso pedi licença à sombra de Martinon e criei uma pasta separada só com eles).
Pra terminar o papo, duas curiosidades sobre solistas desta gravação: o solista de violino em Tzigane (última faixa da coletânea) é ninguém menos que Itzhak Perlman, então com 28-29 anos – e, mais surpreendente, quem faz o solo de corne inglês no segundo movimento do Concerto em Sol é Jean-Claude Malgoire – que a essa altura já dirigia o extraordinário conjunto renascentista e barroco que é La Grande Écurie et la Chambre du Roy.
CD 5
01. Bolero (ballet) (Marcel Galiègue, trombone)
02. Une Barque Sur L’Ocean (Miroirs: No.3) MA MERE L’OYE (ballet)
03. Prelude
04. Premier Tableau: Danse Du Rouet et Scene
05. Deuxieme Tableau: Pavane De La Belle Au Bois Dormant
06. Interlude
07. Troisieme Tableau: Les Entretiens De La Belle Et De La Bete
08. Interlude
09. Quatrieme Tableau: Petit Poucet
10. Interlude
11. Cinquieme Tableau: Laideronnette, Imperatrice Des Pagodes
12. Interlude
13. Sixieme Tableau: Le Jardin Feerique . . .
14. Alborada Del Gracioso (Miroirs: No.4) (Andre Sennedat, fagote) RAPSODIE ESPAGNOLE
15. I: Prelude A La Nuit
16. II: Malaguena
17. III: Habanera
18. IV: Feria
CD 6
01. Sheherazade: ouverture de féerie
02. La Valse (poème choregraphique) LE TOMBEAU DE COUPERIN
03. I: Prelude
04. II: Forlane
05. III: Menuet
06. IV: Rigaudon
07. Menuet Antique
08. Pavane Pour Une Infante Defunte – Michel Garcin-Marrou, trompa VALSES NOBLES ET SENTIMENTALES
09. 1. Moderé
10. 2. Assez Lent
11. 3. Moderé
12. 4. Assez Animé
13. 5. Presque Lent
14. 6. Assez Vif
15. 7. Moins Vif
16. 8. Epilogue: Lent
CD 7
DAPHNIS ET CHLOE (symphonie choréorgraphique)
Avec les Choeurs du Theatre National de L’Opera
01. Première partie: Introduction
02. Danse Religieuse
03. Scene
04. Danse Generale
05. Scene
06. Danse Grotesque de Dorcon
07. Danse Legere et Gracieuse de Daphnis
08. Scene
09. Nocturne
10. Danse Lente et Mysterieuse des Nymphes
11. Interlude
12. Deuxième partie: Introduction
13. Danses Guerrieres et Diverses
14. Danse Suppliante de Chloe
15. Troisième partie: Introduction
16. Lever du Jour
17. Pantomime
18. Danse Generale – Bacchanale
CD 8 CONCERTO POUR LA MAIN GAUCHE (Aldo Ciccolini, piano)
01. Lento
02. Piu Lento
03. Allegro CONCERTO EN SOL MAJEUR
(Aldo Ciccolini, piano; Jean-Claude Malgoire, solo cor anglais)
04. I: Allegramente
05. II: Adagio Assai
06. III: Presto TZIGANE – rapsodie de concert pour violon et orchestre
(Itzhak Perlman, violon)
07. Lento, Quasi Cadenza – Moderato
Jean Martinon regendo a Orchestre de Paris (1973-74)
Na tarde de 18 de Junho de 1964, Eric Dolphy caiu nas ruas de Berlim e foi levado a um hospital. Os enfermeiros, que não sabiam que ele era diabético, pensaram que ele (como acontecia a muitos jazzistas) havia tido uma overdose, deixaram-no, então, num leito até que passasse o efeito das “drogas”. E Dolphy morreu após tal coma diabético. Aos 36 anos. Bastava-lhe uma injeção.
Sua música foi absolutamente extraordinária. Saxofonista de grande peso, primeiro claronista importante como solista no jazz, excelente flautista. Em todos esses instrumentos era um impecável improvisador. Seu estilo caracterizava-se por uma anárquica torrente de ideias, Fato que faz com alguns o coloquem erradamente no free jazz, erro imperdoável para quem faz blues tão melodiosos. Este Outward Bound é uma obra-prima absoluta. Confiram Dolphy, mas também a espetacular banda que o acompanha.
Eric Dolphy Quintet: Outward Bound
1. G.W.
2. On Green Dolphin Street
3. Les
4. 245
5. Glad To Be Unhappy
6. Miss Toni
7. G.W. (Alternate Take 1)
8. 245 (Alternate Take 1)
9. April Fool
O Quinteto:
Eric Dolphy: alto saxophone, bass clarinet, flute;
Freddie Hubbard: trumpet;
Jaki Byard: piano;
George Tucker: bass;
Roy Haynes: drums.
Nos últimos dias, além de estar tentando recuperar os atrasos na academia estive aproveitando a 39ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que estava saturada de coisas boas. E é justamente sobre o cinema que é feita a postagem de hoje.
Não sei quanto a vocês, mas pra mim uma boa trilha sonora pode fazer que o filme valha muito mais a pena do que se fosse uma mera história contada sem nenhuma música. Quando eu estava nos meus 15 anos, pra mim a principal função da música era servir de trilha sonora para minha vida. Hoje eu já não penso assim, mas penso que no mundo do cinema a música deve exercer uma função semelhante, mas não tão subalterna, a música deve de preferência fazer o espectador sentir o mundo que ele observa no filme, e nos fazer sentir a alegria, a tristeza ou a saudade daquilo que vemos na tela.
Apesar de haver tido uma diminuição do interesse público pelas salas de ópera e de concerto no último século, existe um grande interesse público pelo cinema, e é ai que muitos compositores conseguem ganhar a vida, substituindo assim a antiga função que tinham nos séculos passados de musicar as histórias contadas nos teatros. Ou melhor, transformando, já que a função é análoga. E mais ou menos o contrário também acontece. Muitas orquestras profissionais das últimas décadas se estagnaram em um repertório dos períodos barroco, clássico e romântico e mal absorveram as transformações da música no século XX, que não só eram esteticamente menos populares como também possuíam arranjos para sua execução muitas vezes pouco convencionais. Agora no século XXI esse conservadorismo continua, embora com menos força, tanto é que não só os compositores de música erudita estão trabalhando muito com trilhas sonoras, como também algumas orquestras profissionais renomadas estão começando a abrir mais espaço para a apresentação em suas salas de concerto para obras que originalmente foram compostas para o cinema.
Esse álbum que posto aqui foi composto por Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo, os caras por trás dos capacetes da dupla Daft Punk, para o filme Tron: O Legado, na sua tradução no Brasil. Este filme é uma sequência para o filme de 1982 com o mesmo título. Thomas Bangalter já havia composto para um filme, Guy-Manuel não, mas essa é a primeira vez que a dupla compõe como Daft Punk para um filme. O filme por si só acredito não ser o tipo de filme que os leitores deste blog mais apreciem, mas a trilha sonora consegue criar um ambiente para o filme que, a meu ver, o torna espetacular. E independentemente de ver o filme, ou não, acredito que para aqueles que curtem o mínimo de música eletroacústica (ou não têm medo de experimentá-la), vale a pena ouvir um pouco dessa “mescla de temas de música orquestral clássica com eletrônica minimalista”, como diz Joseph Kosinski sobre a ideia por trás da produção dessa trilha sonora.
O interessante é que eles não compuseram a música como estamos acostumados de nossos compositores favoritos da música erudita, ou seja, com um piano e um score, mas com um sintetizador e um PC. Eu conheço só mais um compositor que faz isso e obtém um resultado tão bom (ou até melhor) quanto o dessa dupla, mas essa história meus caros, é uma outra história e deve ser contada em um outro momento.
Daft Punk: Tron Legacy Soundtrack
1. Overture
2. The Grid
3. The Son of Flynn
4. Recognizer
5. Armory
6. Arena
7. Rinzler
8. The Game Has Changed
9. Outlands
10. Adagio for TRON
11. Nocturne
12. End of Line
13. Derezzed
14. Fall
15. Solar Sailer
16. Rectifier
17. Disc Wars
18. C.L.U.
19. Arrival
20. Flynn Lives
21. TRON Legacy (End Titles)
22. Finale
Bônus:
Encom Part I
Encom Part II
Round One
Castor
Reflections
Father and Son
Outlands Part II
Sea of Simulation
Sunrise Prelude
Joseph Trapanese, arranjos e orquestração
London Orchestra
Gavin Greenaway, regente
Na wikipedia diz que Guy-Manuel (a direita da primeira foto) possui descendência portuguesa, e que seu verdadeiro nome seria Guillaume Emmanuel Paul de Homem-Christo, ou seja, mais difícil e estranho do que já é a adaptação.
Uma das minhas recentes descobertas foi o compositor americano Michael Daugherty. Há três anos tive o primeiro contato com sua música, num concerto na Holanda, onde tocaram sua obra mais popular Metropolis Symphony , que foi escrita em homenagem ao superman. A obra é despretensiosa e engraçada, mas extremamente bem escrita. O passado desse compositor é estranho e eclético, já foi músico de Jazz, Rock, Funk, …mas percebeu que pra escrever música sinfônica ou “clássica” tinha que suar a camisa. Foi pra Europa estudar com Boulez e Ligeti (boas referências, não?).
Vamos ao disco que foi gravado ao vivo. Fire and Blood é um concerto para violino inspirado nos murais de Detroit, concebidos pelo pintor mexicano Diego Rivera. A música é muito empolgante. O violino virtuoso e sempre presente. O segundo movimento é lindíssimo, forte presença da música mexicana (ex: ouçam o que acontece em 02:40). O terceiro movimento é arrebatador, o público no fim vai ao delírio. MotorCity Triptych é outra obra que também merece nossa atenção.
Espero que vocês apreciem esse joker que, de certa forma, indica um novo rumo da música clássica.
CDF
Michael Daugherty (1954-): Fire & Blood, Motorcity Triptych and Raise the Roof
1. Fire and Blood: I. Volcano
2. Fire and Blood: II. River Rouge
3. Fire and Blood: III. Assembly Line
4. MotorCity Triptych: I. Motown Mondays
5. MotorCity Triptych: II. Pedal-to-the-Metal
6. MotorCity Triptych: III. Rosa Parks Boulevard
7. Raise the Roof
Detroit Symphony Orchestra
Ida Kavafian (violin) and Brian Jones
Neeme Jarvi