Antonio Vivaldi (1678-1741): Farnace

Antonio Vivaldi (1678-1741): Farnace

Excelente CD triplo com interpretação luxuosa de Savall e turma. Um trabalho de alta categoria.

Farnace (RV 711) é uma ópera em três atos do compositor veneziano Antonio Vivaldi (1678-1741) com libreto de de Antonio Maria Lucchini (1690-1730). A obra teve sua estreia em 10 de fevereiro de 1727 no Teatro de Sant’Angelo, em Veneza. Uma nova versão foi apresentada no outono do mesmo ano, com modificações feitas pelo autor nos atos I e II. O manuscrito conservado na Biblioteca de Turim corresponde a essa segunda montagem.

Diversas outras óperas do século XVIII foram compostas com o mesmo nome a partir de libretos também diversos. A versão de Vivaldi para Farnace tem importância especial na carreira do compositor, pois marca seu retorno à cena operística de Veneza depois de um longo período de viagens. Durante sua ausência dos teatros venezianos, Vivaldi esteve em diversas cidades do Vêneto e nos Estados Papais acompanhando a performance de algumas de suas óperas como Ercule su’l Termodonte (1723) e Il Giustino (1724). A obra de Vivaldi obteve grande sucesso em seu tempo, inclusive em uma remontagem em Praga, em 1730. Nessa ocasião, a ópera foi reapresentada no teatro do conde Franz Anton von Sporck (1662-1738) incluindo cinco árias não compostas originalmente por Vivaldi. Outras reapresentações ocorreram em Pavia (maio de 1731), Mântua e Milão (1732), com arranjos feitos pelo próprio autor, Florença (1733), em versão original e Treviso (1737). Desde então, a Farnace de Vivaldi caiu no esquecimento até o final do século XX, período da redescoberta da produção lírica do autor, quando foi novamente encenada.

No outono do mesmo ano de 1727, estreou também outra ópera de Vivaldi, Orlando Furioso.

Sinopse

A ópera conta a história de Farnace (Pharnaces II, Rei do Ponto). Segundo era hábito na época, o enredo não se preocupa com a veracidade histórica dos fatos narrados. Assim, o destino de Farnace na ópera de Vivaldi é bastante diferente dos fatos reais narrados pelos historiadores. Os três personagens principais, Farnace, Berenice e Pompeu, são grandes antagonistas e confrontam suas ambições políticas e de conquista militar. Alguns críticos [5] consideram que a profundida da caracterização dos personagens nesta obra é um dos pontos altos da produção de Vivaldi.

Ato I
A ação se passa na cidade grega de Heracleia, durante a conquista romanda da Anatólia. Farnace, Rei do Ponto, é filho e sucessor de Mítridates. Ele foi derrotado em batalha pelos romanos e está sitiado em Heracleia, seu último reduto. Para evitar que caiam nas mãos dos inimigos, ordena a sua esposa, Tamiri, que mate o filho deles e cometa suicídio. A mãe de Tamiri, Berenice, rainha da Capadócia, odeia Farnace e mantém um conluio com o vencedor romano, Pompeu, para matá-lo. Os exércitos de Berenice e Pompeu atacam Heracleia, mas Farnace consegue escapar. Berenice impede que Tamiri mate seu filho e cometa suicídio, como havia ordenado Farnace. Mas a chegada das tropas de Pompeu agrava o clima de ódio. Selinda, irmã de Farnace, é mantida prisioneira pelo romando Aquilio que está apaixonado por ela, assim como Gilade, um dos capitães de Berenice. Selinda joga um contra o outro na tentativa de salvar seu irmão.

Ato II
A rivalidade entre Gilade e Aquilio se agrava, favorecendo os planos de Selinda que, na verdade, pretende rejeitar a ambos favorecendo o irmão Farnace. Berenice ordena a captura de Farnace. Este está prestes a cometer suicídio, acreditando que sua mulher e seu filho já estão mortos. Mas Tamiri aparece e o impede de se matar. Berenice aparece em seguida e ordena a destruição do local onde estava Farnace, mas ele consegue se esconder. Ela, então, encontra a filha, Tamiri, e o neto. Tamiri implora a misericórdia da mãe, mas Berenice repudia sua filha e leva consigo o menino. No palácio real, Selinda pede ajuda a Gilade e, depois de obter os favores dele, oferece essa ajuda a Farnace que havia entrado clandestinamente no local. Mas Farnace não aceita a oferta. Gilade e Aquilio insistem com Berenice, defendendo a sobrevivência de seu neto e herdeiro. Mas a guarda dele é deixada com Aquilio por ordem de Pompeu.

Ato III
Na planície de Heracleia, Berenice e Gilade reúnem-se a Pompeu e Aquilio que lideram as tropas romanas. Berenice exige de Pompeu a morte do filho de Farnace, oferecendo ao romano metade de seu reino. Tamiri faz a mesma oferta em troca da vida do filho. Selinda consegue de Gilade a promessa de matar Berenice ao mesmo tempo que obtém de Aquilio a promessa de matar Pompeu. Aqulio e Farnace, disfarçado de guerreiro, aparecem ao mesmo tempo junto a Pompeu com o objetivo de matá-lo. A ação falha e Pompeu interroga o guerreiro que apareceu junto dele sem suspeitar que se trata de Farnace. Berenice entra em cena e revela a identidade de Farnace que é preso e, depois, libertado por Gilade e Aquilio. Ambos tentam matar Berenice por considerar que ela é excessivamente cruel. Mas a rainha da Capadócia é salva pelo general romano, que se mostra clemente. A clemência de Pompeu convence Berenice a esquecer seu ódio por Farnace e a rainha, dizendo que sua raiva está aplacada, abraça Farnace como se fosse seu próprio filho. É o tradicional final feliz e todos são poupados.

Gravações
Em 2002, Jordi Savall gravou esta ópera pelo selo Alia Vox com o Le Concert des Nations durante uma série de apresentações ao vivo no Teatro de la Zarzuela de Madrid, combinando-a com algum material da ópera homônima de François Courselle (conhecido na Itália como Francesco Corselli). Entre os solistas dessa gravação, incluída na série Vivaldi Collection da Naïve, destacam-se Furio Zanasi, Fulvio Bettini e Sara Mingardo.

Antonio Vivaldi (1678-1741): Farnace

CD1
1. Corselli – Sinfonia: [Vivo]
2. Sinfonia: [Allegro e piano]
3. Sinfonia: [Spiritoso]
4. Marcia
5. Recitativo: Ma d’onde, o mia Regina (Gilade e Berenice)
6. Aria: Da quel ferro che ha svenato (Berenice)
7. Vivaldi – Atto I. Sinfonia: [Allegro]
8. Sinfonia: [Andante]
9. Recitativo: Benché vinto e sconfitto (Farnace e Tamiri)
10. Aria: Ricordati che sei (Farnace)
11. Recitativo: Ch’io me tolga col ferro (Tamiri)
12. Aria: Combattono quest’alma (Tamiri)
13. Coro: Dell’Eusino con aura seconda
14. Recitativo: Del nemico Farnace (Gilade e Berenice)
15. Recitativo: Amazzone real dell’Oriente (Pompeo, Berenice e Gilade)
16. Recitativo: Guerrieri eccovi a fronte (Pompeo)
17. Coro: Su campioni, su guerrieri
18. Recitativo: In si gran punto ancora (Farnace)
19. Recitativo: Signor, s’anche fra l’armi (Selinda, Aquilio, Berenice, Pompeo e Gilade)
20. Recitativo: A’nostri danni armata (Selinda, Gilade e Aquilio)
21. Aria: Nell’intimo del petto (Gilade)
22. Recitativo: A’sorprendermi il cor (Aquilio e Selinda)
23. Aria: Penso che que’ begl’occhi (Aquilio)
24. Recitativo: Qual sembianza improvvisa (Selinda)
25. Aria: Al vezzeggiar (Selinda)
26. Recitativo accompagnato: Figlio, non vi è più scampo (Tamiri col piccolo figlio)
27. Recitativo: Fermati, ingrata! (Berenice e Tamiri)
28. Recitativo: Signor, costei ch’audace empie (Berenice e Pompeo)
29. Aria: Da quel ferro che ha svenato (Berenice)
30. Recitativo: L’Asia non è ancor doma (Pompeo e Tamiri)
31. Aria: Leon feroce (Tamiri)
32. Recitativo: Come ben fa veder (Pompeo)
33. Aria: Sorge l’irato nembo (Pompeo)

CD2
1. Corselli – Aria: S’arma il cielo di tuoni e di lampi (Farnace)
2. Vivaldi – Atto II. Recitativo: Principessa gentil (Gilade, Aquilio e Selinda)
3. Aria: Lascia di sospirar (Selinda)
4. Recitativo: Di Farnace e del figlio (Berenice e Gilade)
5. Aria: Langue misero quel valore (Berenice)
6. Recitativo: Non cham’ar non e fallo (Gilade)
7. Aria: C’è un dolce furore (Gilade)
8. Recitativo: Non che ceder (Farnace)
9. Recitativo: Pupille o voi sognate (Tamiri e Farnace)
10. Aria: Gelido in ogni vena (Farnace)
11. Recitativo: Olà, queste superbe (Berenice e Tamiri)
12. Recitativo accompagnato: Quest’è la fe spergiura (Farnace e Tamiri)
13. Recitativo: Dite che v’ho fatt’io (Tamiri)
14. Aria: Arsa da rai concenti (Tamiri)
15. Recitativo: Ah, segli è ver che m’ami (Selinda e Gilade)
16. Aria: Quel tuo ciglio (Gilade)
17. Recitativo: Dove mai ti trasporta (Selinda e Farnace)
18. Aria: Spogli pur l’ingiusta Roma (Farnace)
19. Recitativo: Dell’iniquo Farnace (Berenice, Selinda, Aquilio e Pompeo)
20. Aria: Roma invitta una clement (Pompeo)
21. Recitativo: Fra le libiche serpi (Selinda, Aquilio e Berenice)
22. Aria: Lascerò d’esser spietata (Berenice)
23. Recitativo: Aquilio, eben pensasti? (Selinda e Aquilio)
24. Duetto: Io sento nel petto (Selinda e Aquilio)

CD3
1.Corselli – Marcia
2. Vivaldi – Atto III. Recitativo: Gilade, Gran Regina (Berenice, Selinda, Aquilio e Pompeo)
3. Aria: Quel candido fiore (Berenice)
4. Recitativo: Signor; se la clemenza (Tamiri, Pompeo e Farnace)
5. Aria: Forse o caro in questi accenti (Tamiri)
6. Recitativo: Si qualche nume (Farnace)
7. Aria: Quel torrente che s’innalza (Farnace)
8. Recitativo: Gilade, il tuo pensiero (Selinda e Gilade)
9. Aria: Scherza l’aura lusinghiera (Gilade)
10. Recitativo: Aquilio, il braccio forte (Selinda e Aquilio)
11. Aria: Ti vantasti mio guerriero (Selinda)
12. Recitativo: Oh, stelle quale impresa (Aquilio,Pompeo e Farnace)
13. Recitativo: Regina, in costui riconosci (Pompeo, Berenice e Farnace)
14. Recitativo: Oh, Dio fermati i colpi (Tamiri e Farnace)
15. Quartetto: Io crudel? (Berenice, Pompeo, Tamiri e Farnace)
16. Recitativo: Fornace i Numi alfine (Berenice)
17. Recitativo: Voglio che mora (Berenice)
18. Recitativo: Berenice morrà (Gilade, Pompeo, Selinda, Berenice, Farnace, Tamiri)
19. Coro Finale: Coronata di gigli e di rose

Farnace – Furio Zanasi
Tamiri – Sara Mingardo
Berenice – Adriana Fernández
Pompeo – Sonia Prina
Selinda – Gloria Banditelli
Gilade – Cinzia Forte
Aquilio – Fulvio Bettini
Coro del Teatro de la Zarzuela
Le Concert des Nations
Conductor – Jordi Savall

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Jordi Savall, nós é que te aplaudimos

PQP

François Couperin (França, 1668 – 1733) – Leçons de ténèbres: Sandrine Piau, Véronique Gens, Les Talens Lyriques, dir. Christophe Rousset

François Couperin
França, 1668 – 1733

Leçons de ténèbres

Les Talens Lyriques
dir. Christophe Rousset

Sandrine Piau & Véronique Gens – sopranos

1997

5 DIAPASON 

Télèrama ffff

Classics Magazine – rated 10

Para aqueles que amam um soprano barroco fluido, etéreo, elegante, com dissonâncias e resoluções cuidadosamente preparadas e um som que é puro e bonito, esta versão é para você. Dois dos melhores sopranos a emergir da França nas últimas décadas, Véronique Gens e Sandrine Piau, juntaram-se ao experiente especialista musical Christophe Rousset e ao conjunto Les Talens Lyriques para cobrir Leçons de Ténèbres de François Couperin (1714) bem como três obras sagradas anteriores notáveis que não são de maneira alguma insolentes. Pensou que os textos dos Leçons descreveriam a destruição do templo de Jerusalém? Os escritos de Couperin, com voz perspicaz e persuasiva, projetam um catolicismo calmo e luxuriante e não enfatizam esse tema trágico,

Piau, com uma voz mais incomum e mais baixa que sua parceira, assume o primeiro Leçon. Gens, cuja versão extraordinária de “Nuits d’ete” de Hector Berlioz ficou na minha memória, leva a parte superior e a segunda Leçons. A conclusão da seção “Jerusalém” deste segundo Leçons, cantada por Gens, tem que ser nos destaques, graciosa e crescente. Ambas as sopranos se juntam para o 3º Leçons onde a capacidade de contraponto de Couperin está totalmente em exibição. Os executores sequenciaram os Leçons como normalmente são feitos, mas essa ordenação é feita para melhorar a coesão do conjunto e não com base em fontes históricas. De fato, vários Leçons de Couperin foram perdidos, então os três Leçons que chegaram até nós formam um fragmento. Isso pode ser ouvido musicalmente, pois a última seção do terceiro Leçons termina de forma inconclusiva, não como uma conclusão estruturada tradicional. Em contraste, a excelente versão dos Leçons no Erato liderada por Laurence Boulay reorganiza os três Leçons sem nenhum efeito negativo. Ouvir o Boulay também ressalta como os artistas deste disco conceberam e executaram seus Leçons como leves e elegantes. O continuo de Boulay é comparativamente ocupado, enquanto o Rousset usa um mínimo de notas, as linhas de soprano ao redor de um acompanhamento de órgão e baixo constante e relativamente simples. Eu também comparei o desempenho com o de William Christie e Les Arts Florissants e descobri que, embora os dois compartilhem uma abordagem semelhante, Gens e Piau injetam muito mais vida e emoção em sua interpretação, tornando-a preferível.

Dois Motets e o Magnificat, datados de estudiosos da década de 1680, representam um estilo barroco médio anterior, relacionado, mas diferente do dos Leçons que preenche o lançamento. Todos os três são lindos e valem a pena. Com uma apresentação de mais de 10 minutos, o Magnificat pode ser minha única faixa favorita aqui, mais viva e um pouco menos serena do que a outra música.

Este disco é exemplar e bonito. Eu suspeito que alguns ouvintes vão amá-lo absolutamente por seu efeito cumulativo arrebatador e exaltado. Ajudado por uma engenharia de som muito boa, é calorosamente recomendado. (ex-Amazon)

Leçons de ténèbres – 1997
Les Talens Lyriques
dir. Christophe Rousset
Sandrine Piau & Véronique Gens – sopranos

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XLD RIP | FLAC | 256 MB

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MP3 | 320 KBPS | 161 MB

powered by iTunes 12.8.2 | 1 h 07 min

Por gentileza, quando tiver problemas para descompactar arquivos com mais de 256 caracteres, para Windows, tente o 7-ZIP, em https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ e para Mac, tente o Keka, em http://www.kekaosx.com/pt/, para descompactar, ambos gratuitos.

If you have trouble unzipping files longer than 256 characters, for Windows, please try 7-ZIP, at https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ and for Mac, try Keka, at http://www.kekaosx.com/, to unzip, both at no cost.

Sandrine Piau

 

 

 

 

 

 

 

Boa audição!

 

 

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sonatas para Piano Nº 17, 18 e 21

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sonatas para Piano Nº 17, 18 e 21

Assim como eu roubaria e mataria por Juliette Binoche e Maurizio Pollini, há gente que faria o mesmo pelo pianista Artur Schnabel (1882-1951). Realmente, este austríaco foi espantoso, mas, sabem?, sou um pouco reticente com as gravações antigas de som ruim. Respeito também outro Arthur, com agá, Rubinstein, mas o ouço pouco. Não consigo enxergar muito mais do que valor histórico nas gravações. Acho que gente como Gould, Foldes, Anda, Gilels, etc, devem ser ouvidos por sua altíssima qualidade, mas também por terem sido melhor gravados. Ademais, nosso tempo segue produzindo pianistas espetaculares que nada devem ao passado. (Ou que só devem a ele em razão da influência).  O som histórico só me interessa se quem estiver tocando for autores como Bartók, Shosta, etc., suas concepções me interessam, claro.

Então, ouço meio sem emoção o belo trabalho de Schnabel, que infelizmente nasceu em outro tempo. Mas, repito, há gente que mataria e roubaria por ele e que talvez queira fazer o mesmo comigo agora.

Beethoven: Piano Sonatas Nos. 17, 18 and 21 (Gravações de 1932 e 1934)

Piano Sonata No. 17 in D minor, Op. 31, No. 2, “Tempest”
1. I. Largo – Allegro 00:08:55
2. II. Adagio 00:08:17
3. III. Allegretto 00:05:40

Piano Sonata No. 18 in E flat major, Op. 31, No. 3
4. I. Allegro 00:08:20
5. II. Scherzo: Allegro vivace 00:04:45
6. III. Menuetto: Moderato e grazioso 00:04:09
7. IV. Presto con fuoco 00:04:00

Piano Sonata No. 21 in C major, Op. 53, “Waldstein”
8. I. Allegro con brio 00:10:05
9. II. Introduzione: Adagio molto 00:05:10
10. III. Rondo: Allegretto moderato – Prestissimo 00:08:52

Artur Schnabel, piano

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Pollini e Schnabel, depois os outros?

PQP

Bohuslav Martinů (1890-1959): Concertos para Piano Nº 3 e 5 / Concertino

Bohuslav Martinů (1890-1959): Concertos para Piano Nº 3 e 5 / Concertino

Martinů foi um grande compositor. Esses concertos são coloridos, interessantes, bonitos e cheios de vida. A maioria das fotos de Martinů mostram uma pessoa sorridente e sua música também nos sorri. Este tcheco era altamente prolífico. Compôs seis sinfonias, 15 óperas, 14 ballets e uma grande quantidade de obras orquestrais e camerísticas, concertos e peças para instrumentos solo e vocais. Martinů era violinista da Filarmônica Tcheca. Em 1923, deixou a Tchecoslováquia para residir em Paris e deliberadamente abandonou o estilo romântico no qual havia sido formado. Nos anos 1930, experimentou o expressionismo e o construtivismo, tornando-se um admirador dos desenvolvimentos técnicos europeus que aconteciam à época, o que pode ser observado em seus trabalhos orquestrais Half-time e La Bagarre. Também incorporou expressões jazzísticas, como ocorre em Kuchyňské revue (“Revista de cozinha”), por exemplo.

Bohuslav Martinů (1890-1959): Concertos para Piano Nº 3 e 5 / Concertino

Piano Concerto No. 3, H. 316 (30:37)
1 Allegro 9:13
2 Andante Poco Moderato 11:23
3 Moderato – Allegro 9:57

Piano Concerto No. 5 In B Flat Major (Fantasia Concertante), H. 366 (25:19)
4 Poco Allegro Risoluto 8:12
5 Poco Andante 9:59
6 Poco Allegro 7:04

Concertino For Piano And Orchestra, H. 269 (21:29)
7 Allegro Moderato (Comodo) 6:13
8 Lento 8:45
9 Allegro 6:26

Piano – Giorgio Koukl
Orchestra – Bohuslav Martinů Philharmonic Orchestra, Zlín*
Conductor – Arthur Fagen

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O feliz Martinů em 1943.

PQP

.: interludio :. Hiromi & Edmar Castaneda – Live In Montreal (2017)

Já ensaiei uma postagem deste CD anteriormente, mas por algum motivo, acabei desistindo. O que é uma sacanagem para com os senhores: isso aqui é absolutamente sensacional. Dois ‘monstros’ em seus respectivos instrumentos, se desafiando constantemente, mostrando todo o seu virtuosismo e possibilidades infinitas de seus instrumentos.

A pianista japonesa Hiromi é um assombro, nunca deixa de nos surpreender, lembra um pouco Keith Jarrett em seu apogeu nos anos 70, revolucionando o ‘tocar piano’, ficamos nos imaginando de onde vem tanto talento, tanta capacidade de improvisação, tanto virtuosismo.

Edmar Castaneda até então me era um ilustre desconhecido. É colombiano, e o que faz com sua Harpa é assustador também. Assustador no bom sentido, claro. Também tira água da pedra, extraindo de seu instrumento sonoridades mil, explora com maestria todas suas nuances. Por vezes nós é difícil entender como ele consegue fazer isso tudo.

O virtuosismo é o que impera neste ‘IM-PER-DÍ-VEL’ CD. Sim, há momentos de virtuosismo extremo, mas também há momentos de puro encantamento, delírio emocional, sei lá como chamar. Tratam-se de dois músicos no apogeu de sua carreira e técnica mostrando até onde podem ir, e se possível, ir mais além.

Deleitem-se, caros mortais… é para se ouvir diversas vezes para melhor ser apreciado em seus detalhes. Melhor ainda é que foi gravado ao vivo …

Hiromi & Edmar Castaneda – Live In Montreal (2017)

1. A Harp In New York
2. For Jaco
3. Moonlight Sunshine
4. Cantina Band
5. The Elements – Air
6. The Elements – Earth
7. The Elements – Water
8. The Elements – Fire
9. Libertango

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FDP

Henry Purcell (1659-1695): The Food Of Love (canções)

Henry Purcell (1659-1695): The Food Of Love (canções)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Henry Purcell, nascido e morto em Londres (sepultado na Abadia de Westminster), foi compositor de vida breve e extensa obra. Até nossos dias, permanece como um dos mais importantes compositores ingleses. Sua facilidade em compor para todos os gêneros e públicos, sua popularidade na corte durante os reinados de três monarcas e sua vasta produção de canções seculares, odes cortesãs, música cênica, hinos sacros, sonatas, fantasias para viola, música de câmara e para órgão são provas claras de seu enorme talento. Compôs a sensacional ópera Dido and Aeneas e a semi-opera A tempestade.

Este disco é maravilhoso. Com instrumentação simples Paul Agnew acentua a grande qualidade melódica das canções, Os temas são o amor, a música, a poesia e a solidão. E eu amo Purcell desde a adolescência!

Henry Purcell (1659-1695): The Food Of Love (canções)

1 –Purcell* If Music Be The Food Of Love
2 –Purcell* Corinna Is Devinely Fair
3 –Purcell* Ah! How Sweet It Is To Love
4 –Purcell* What A Sad Fate Is Mine
5 –Purcell* I See She Flies Me Ev’rywhere
6 –Corbetta* Caprice De Chacone
7 –Purcell* O Sollitude, My Sweetest Choice
8 –Purcell* Music For A While
9 –Purcell* Ground In C For Harpsichord
10 –Purcell* O! Fair Cedaria
11 –Purcell* Man Is For The Woman Made
12 –Purcell* Not All My Torments Can Your Pity Move
13 –Purcell* On The Brow Of Richmond Hill
14 –Purcell* Pious Celinda Goes To Prayers
15 –Purcell* When First I Saw The Bright Aurelia’s Eyes
16 –Simpson* Prelude In D
17 –Purcell* The Cares Of Lovers
18 –Purcell* The Fatal Hour Comes On Apace
19 –Purcell* I Loved Fair Celia
20 –Purcell* When Her Languishing Eyes Said ‘Love!’
21 –Visée* Prelude In D Minor
22 –Purcell* A Morning Hymn
23 –Simpson* Prelude [in E]
24 –Purcell* The Earth Trembled
25 –Purcell* Now That The Sun Has Veil’s His Light
26 –Purcell* If Music Be The Food Of Love

Double Bass – Anne-Marie Lasla
Harpsichord, Organ – Blandine Rannou
Tenor Vocals – Paul Agnew
Theorbo, Guitar – Elizabeth Kenny

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Purcell, em declaração exclusiva para o PQP Bach

PQP

François Couperin (França, 1668 – 1733): Concerts Royaux – Duas versões, duas visões.

François Couperin

Concert Royaux (pour 2 clavecins)

Laurence Boulay & Françoise Lengellé

1996

 

 

 

François Couperin

Concert Royaux

Robert Claire – flauta transversal
Davitt Moroney – cravo
Jaap ter Linden – viola (baixo)
Janet See – flauta transversal

1985

 

Seleção e texto do nosso amigo Eratosthenes. Convidei-o para fazer o texto dos 2 CDs que me enviara, temendo estar criando uma cobra em casa, pois ele mantém olhares lânguidos na minha doce Sandrine! Mas, enfim, alea jacta est!

..oOo..

Estes dois discos com música de François Couperin, os Concerts Royaux (Concertos Reais), nos oferecem a oportunidade de ouvir música de um período maravilhoso sob duas diferentes perspectivas. É como se olhássemos um colar de pequenas gemas sob diferentes luzes.

Couperin, assim como muitos dos compositores contemporâneos seus, era membro de uma família de músicos – compositores e intérpretes. Além disso, ele fez excelentes conexões com toda a comunidade de músicos de seu tempo, assim como com a aristocracia. Recebeu o apoio de Delalande, correspondeu-se com Bach e ganhou por vinte anos o privilégio de publicar música. É desse período, de 1713 a 1730, as publicações de suas Pieces de Clavecin, quatro coleções de peças para cravo, organizadas em suites, chamadas ordres. Faz parte dessas peças a Les Baricades mystérieuses e outras não menos famosas.

Voltando aos Concerts Royaux – coleção de quatro “concertos”, mas que têm o formato de suites: um prelúdio e uma sequência de danças, tais como allemande, sarabande, courante e assim por diante. O que distingue essa coleção das outras suites é explicado pelo próprio Couperin: “Estas peças são diferentes em natureza daquelas que já publiquei até agora. Elas são adequadas não apenas para o cravo, mas também para o violino, a flauta, o oboé, a viola e o fagote. Eu as compus para os pequenos concertos de câmara nos quais Louis XIV me fez tocar quase todos os domingos do ano. Essas peças eram tocadas pelos senhores Duval, Philidor, Alarius e Dubois. Eu tocava o cravo. Eu as arranjei pelas suas tonalidades e mantive os nomes pelas quais eram conhecidas na corte em 1714 e 1715.”

Essa prática de tocar a mesma música por diferentes instrumentos era comum neste período, como sabemos das sonatas de Handel, por exemplo.

O disco com a interpretação usando vários instrumentos é da tradicionalíssima Harmonia Mundi, ótimo selo para música antiga e barroca. Tem no seu time dois craques: Davitt Moroney ao cravo e Jaap ter Linden numa viola baixo (seja lá o que isso for).  O instrumento melódico é uma flauta, a cargo de Robert Claire, e em alguns movimentos é acompanhada também por uma segunda flauta, agora com a Janet See (de lindos concertos de Vivaldi, na mesma HM).

No outro disco, a música é interpretada por dois cravistas: Laurence Boulay e Françoise Lengellé. O selo Erato é garantia de excelente qualidade. A sonoridade dos cravos, tão singular nos nossos dias, é espandida com o uso dos dois instrumentos – uma festa para nossos ouvidos. Neste particular disco, não deixe de apreciar as três peças finais, que são das outras coleções. Eu gosto de maneira muito especial das duas musétes – de Choisi e de Taverni. Só os nomes dessa peças já desperta a nosssa curiosidade.

Entendo que a postagem já vai um pouco longa, mas queria salientar a elegância dessa música – o gesto musical – se é que você me entende, é fundamental. É música de um outro tempo, que transpira a gentileza, sobriedade, mas também contentamento e maturidade. Se você conseguir captar isso, ficarei feliz. Mas, se a música te levar ainda mais longe, que você experiencie ares de outras eras, então ficarei radiante. Não sei como você ouve música… Espero que não seja do tipo – deixo baixinho no fundo, enquanto leio, ela me acalma… Mas, sobre isso, em outra ocasião, outra postagem, caso haja! Enquanto isso, aumente o volume e deixe que os gestos desta música lhe transporte para outros tempos!

Aqui vai uma palhinha da Les Baricades mistérieuses (Sexième Ordre): 

Concert Royaux (pour 2 clavecins)
Laurence Boulay & Françoise Lengellé
01. Premier concert – Prélude, gravement
02. Premier concert – Allemande, légèrement
03. Premier concert – Sarabande, mesuré
04. Premier concert – Gavotte, notes égales et coulées
05. Premier concert – Gigue, légèrement
06. Premier concert – menuet en trio
07. Deuxième concert – Prélude
08. Deuxième concert – Allemande guguée, gayement
09. Deuxième concert – Air tendre
10. Deuxième concert – Air contrefugué, vivement
11. Deuxième concert – Echos, tendrement
12. Deuxième concert – Prélude, lentement
13. Deuxième concert – Allemande, légèrement
14. Deuxième concert – Corante
15. Deuxième concert – Sarabande, grave
16. Deuxième concert – Gavotte
17. Deuxième concert – Muzette, naïvement
18. Deuxième concert – Chaconne légère
19. Quatrième concert – Prélude, gravement
20. Quatrième concert – Allemande, légèrement
21. Quatrième concert – Courante françoise, galament
22. Quatrième concert – Courante à l’italienne, gayement
23. Quatrième concert – Sarabande, très tendrement
24. Quatrième concert – Rigaudon, légèrement et marqué
25. Quatrième concert – Foriane, rondeau, gayement
26. Neuvième ordre (2ième livre de pièces de clavecin, 1717) – Allemande à 2 clavecins
27. Quinzième ordre (3ième livre de pièces de clavecin, 1722) – Muséte de Choisi à 2 clavecins
28. Quinzième ordre (3ième livre de pièces de clavecin, 1722) – Muséte de Taverni à 2 clavecins
29. Quinzième ordre (3ième livre de pièces de clavecin, 1722) – Muséte de Taverni à 2 clavecins

Concert Royaux (pour 2 clavecins) – 1996
Laurence Boulay & Françoise Lengellé

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Concert Royaux

Robert Claire – flauta transversal
Davitt Moroney – cravo
Jaap ter Linden – viola (baixo)
Janet See – flauta transversal

01. Premier Concert: I. Prélude
02. Premier Concert: II. Allemande
03. Premier Concert: III. Sarabande
04. Premier Concert: IV. Gavotte
05. Premier Concert: V. Gigue
06. Premier Concert: VI. Menuet en trio (2 flûtes)
07. Second Concert: I. Prélude
08. Second Concert: II. Allemande Fuguée
09. Second Concert: III. Air Tendre
10. Second Concert: IV. Air contrefugué
11. Second Concert: V. Echos
12. Troisième Concert: I. Prélude (2 flûtes)
13. Troisième Concert: II. Allemande
14. Troisième Concert: III. Courante
15. Troisième Concert: IV. Sarabande grave (2 flûtes)
16. Troisième Concert: V. Gavotte
17. Troisième Concert: VI. Muzette
18. Troisième Concert: VII. Chaconne Legere
19. Quatrième Concert: I. Prélude
20. Quatrième Concert: II. Allemande
21. Quatrième Concert: III. Courante Françoise
22. Quatrième Concert: IV. Courante à l’italiéne
23. Quatrième Concert: V. Sarabande (2 flûtes)
24. Quatrième Concert: VI. Rigaudon
25. Quatrième Concert: VII. Forlane
 

Concert Royaux (pour 2 clavecins) – 1985
Robert Claire – flauta transversal
Davitt Moroney – cravo
Jaap ter Linden – viola (baixo)
Janet See – flauta transversal

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Segue também um retrato do François, feito enquanto ele pensava em mais uma muséte para o rei.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Seleção e texto – Eratosthenes
Lay-out & mouse operator – Avicenna

Boa audição!

 

Anne Sophie von Otter – A Simple Song

Esse CD é assim apresentado no site da Gravadora BIS:

Uma breve olhada na lista de faixas é suficiente para revelar quem é o cantor – somente Anne Sofie von Otter poderia ter um programa tão variado e abrangente. E somente von Otter poderia mantê-lo unido, encontrando as ressonâncias entre essas peças muito diferentes, e trazendo-as para fora com uma rara habilidade de abraçar diferentes estilos de canto e registros expressivos: parafraseando Bernstein em A Simple Song, Anne Sofie von Otter nunca não consegue cantar como ela gosta de cantar.

De Liszt a Pärt e da Sinfonia de Ressurreição de Mahler ao Sound of Music de Richard Rodgers, von Otter é apoiado por seu acompanhante de longa data, Bengt Forsberg, aqui no órgão, em vez de seu piano habitual. Em vários pontos do programa, elas se juntam a vários amigos musicais, no órgão da Igreja de St. James, no centro de Estocolmo – a mesma igreja onde a jovem von Otter começou sua carreira como corista e, junto com Forsberg, deu um de seus primeiros shows públicos.

Com esta apresentação, o que preciso falar mais? Anne Sophie Von Otter é uma das maiores cantoras líricas de sua geração, ninguém tem dúvidas a respeito disso. Sua voz pode ser robusta e encorpada quando necessário, mas também suave e delicada. Ouçam com atenção a primeira faixa, ‘A Simple Song’, de Leonard Bernstein, e irão entender o que estou falando.

Leonard Bernstein
01 A Simple Song, from Mass

Aaron Copland
02 I’ve heard an organ talk sometimes

Charles E. Ives
03 Serenity 2’33

Gustav Mahler
04 Es sungen drei Engel

05 Urlicht

Richard Strauss
06 Traum durch die Dämmerung

07 Morgen

Arvo Pärt
08 My Heart’s in the Highlands

Maurice Duruflé
09 Pie Jesu, from Requiem

Olivier Messiaen
Trois mélodies (1930)
10 Pourquoi ? 2’03
11 Le sourire 1’44
12 La fiancée perdue

Francis Poulenc
13 Priez pour paix 2’08

Frank Martin
14 Agnus Dei, from Requiem
Arvo Pärt
15 Es sang vor langen Jahren

Franz Liszt
16 Ave Maria III (Sposalizio), S. 60

Richard Rodgers
from The Sound of Music
17 Climb ev’ry mountain

Mezzo-soprano Anne Sofie von Otter
Electric guitar Fabian Fredriksson
Organ Bengt Forsberg
Flute Sharon Bezaly
Harp Margareta Nilsson
Violin Nils-Erik Sparf
Cello Marie McLeod
Viola Ellen Nisbeth

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Benjamin Britten (1913-1976): Variations & Fugue / Peter Grimes (excertos com a Passacaglia) / Suite on English Folk Themes

Benjamin Britten (1913-1976): Variations & Fugue / Peter Grimes (excertos com a Passacaglia) / Suite on English Folk Themes

IM-PER-DÍVEL !!!

Um belo CD de Bernstein com a Filarmônica de Nova Iorque. O maestro teve longa e prolífica relação com a orquestra. E Britten é um dos melhores compositores do século XX. Porém, curiosamente, Leonard Bernstein praticamente ignorou a obra de Benjamin Britten e vice-versa. Isto é muito ruim porque os fragmentos dos raros encontros entre eles são simplesmente brilhantes. O desempenho de Bernstein na Suíte é sensacional. O mesmo vale para os excertos de Peter Grimes e para as Variações. Mas uma das maiores obras do século XX, em minha opinião, é a Passacaglia, que mora no meu coração. Aqui, ela está LINDA. Um disco para se ouvir com muita atenção. 

Benjamin Britten (1913-1976): Variations & Fugue / Peter Grimes (excertos com a Passacaglia) / Suite on English Folk Themes

Variations And Fugue On A Theme Of Purcell, Op. 34 “The Young Person’s Guide To The Orchestra” (Without Spoken Text)
1 Theme. Allegro Maestoso E Largamente 3:00
2 Variations A. Presto / B. Lento / C. Moderato / D. Allegro Alla Marcia 3:12
3 Variations E. Brillante – Alla Polacca / F. Meno Mosso / G. (No Tempo Marking) / H. Cominciando Lento Ma Poco A Poco Accelerando 3:29
4 Variations I. Maestoso / J. L’Istesso Tempo / K. Vivace / L. Allegro Pomposo / M. Moderato 5:03
5 Fugue. Allegro Molto 2:39

Four Sea Interludes, Op. 33a from “Peter Grimes”
6 I. Dawn. Lento E Tranquillo 3:38
7 II. Sunday Morning. Allegro Spiritoso 3:45
8 III. Moonlight. Andante Comodo E Rubato 5:07
9 IV. Storm. Presto Con Fuoco – Molto Animato – Largamente – Tempo I 4:16

10 Passacaglia, Op. 33b from “Peter Grimes” – Andante Moderato 6:18

Suite On English Folk Tunes “A Time There Was…:, Op. 90
11 I. “Cakes And Ale”. Fast And Rough 2:24
12 II. “The Bitter Withy”. Allegretto 2:48
13 III. “Hankin Booby”. Heavily 2:19
14 IV. “Hunt The Squirrel”. Fast And Gay 1:20
15 V. “Lord Melbourne”. Slow And Languid

New York Philharmonic
Leonard Bernstein

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O curioso caso de Benjamin Britten

PQP

Frédéric Chopin (1810-1849) – Barcarolle, Mazurkas, Polonaise-Fantaisie In A Flat Major, Op. 61, etc. – Maurizio Pollini

Não precisam se assustar, não estou repetindo postagem. Ontem postei o segundo CD lançado por Pollini, dedicado aos últimos opus de Chopin. Este aqui é o primeiro, que tem a magnífica Polonaise-Fantaisie, uma das mais belas obras do repertório pianístico. E Pollini é Pollini.  Admirável, perfeito, divino, sei lá, ficar aqui relacionando adjetivos para este músico é chover no molhado.

Ouçam, ouçam, ouçam, e depois tirem suas conclusões. Aos 77 anos de idade ele continua em atividade, gravando, realizando espetáculos enfim, uma lenda viva.

01. Chopin Barcarolle In F Sharp Major, Op. 60
02. Chopin 3 Mazurkas, Op. 59-No. 1 In A Minor. Moderato
03. Chopin 3 Mazurkas, Op. 59-No. 2 In A Flat Major. Allegretto
04. Chopin 3 Mazurkas, Op. 59-No. 3 In F Sharp Minor. Vivace
05. Chopin Polonaise-Fantaisie In A Flat Major, Op. 61
06. Chopin 2 Nocturnes, Op. 62-No. 1 In B Major. Andante
07. Chopin 2 Nocturnes, Op. 62-No. 2 In E Major. Lento
08. Chopin 3 Mazurkas, Op. 63-No. 1 In B Major. Vivace
09. Chopin 3 Mazurkas, Op. 63-No. 2 In F Minor. Lento
10. Chopin 3 Mazurkas, Op. 63-No. 3 In C Sharp Minor. Allegretto
11. Chopin 3 Valses, Op. 64-No. 1 In D Flat Major. Molto vivace
12. Chopin 3 Valses, Op. 64-No. 2 In C Sharp Minor. Tempo giusto
13. Chopin 3 Valses, Op. 64-No. 3 In A Flat Major. Moderato
14. Chopin Mazurka In F Minor, Op. Posth. 68-No. 4 Andantino

Maurizio Pollini – Piano

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.: interlúdio :. Charlie Haden: The Montreal Tapes V (com Paul Bley & Paul Motian)

.: interlúdio :. Charlie Haden: The Montreal Tapes V (com Paul Bley & Paul Motian)

Aqui, toda a série e mais um baita CD de brinde.

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Neste quinto disco dos Montreal Tapes de Charlie Haden, ele vem com o pianista — intérprete de longa data de Ornette Coleman — Paul Bley e o baterista free Paul Motian para um set fortemente abastecido por músicas de Ornette. A primeira música, uma mistura de “Turnaround” e “When Will The Blues Leave?” é guiada por Bley — ex de Carla –, que dá o tom com as notas iniciais de “Turnaround”. A coisa se encerra com “Turnaround”, desta vez sob a direção de Charlie Haden, que lidera o trio em uma interpretação mais bluesier do clássico de Ornette Coleman. Cada membro contribui uma balada e eles também tocam “Ida Lupino”, de Carla Bley, música gravada por Paul Bley tantas vezes que sei lá. O Quinteto de Paul Bley gravou um disco ao vivo no Hillcrest Club em 1956 com Bley apoiado pelo quarteto clássico de Ornette Coleman (Ornette, Cherry, Haden, Higgins), tocando algumas músicas de Coleman. Quarenta anos depois, temos uma nova gravação desses “standards” executados para uma audiência muito conhecedora (e grande) de jazz. Excelentes performances, ótimo material.

Charlie Haden: The Montreal Tapes V (com Paul Bley & Paul Motian)

1 “Turnaround/When Will the Blues Leave?” (Ornette Coleman) – 13:17
2 “New Beginning” – 8:47
3 “Cross Road” (Coleman) – 6:40
4 “So Far, So Good” (Paul Bley) – 7:27
5 “Ida Lupino” (Carla Bley) – 11:19
6 “Latin Genetics” (Coleman) – 4:35
7 “Body Beautiful” (Paul Motian) – 8:03
8 “Turnaround” (Coleman) – 7:51

Charlie Haden – bass
Paul Bley – piano
Paul Motian – drums

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Bley, Haden e Motian sob a sombra de Ornette, o gigante

PQP

Frédéric Chopin (1810-1849) – Nocturnes op. 55, Mazurkas, op. 56, Sonata op. 58 – Maurizio Pollini

O imenso pianista italiano Maurizio Pollini deixa sua marca registrada nestes CD dedicado a Chopin. E Pollini, como não poderia deixar de ser diferente, está impecável, temos aqui um artista no apogeu de sua arte, independente das faces enrugadas, da calvície pronunciada e da idade avançada. Pollini já transcendeu em sua arte, não precisa provar mais nada. Depois de cinquenta anos de carreira, tudo o que vier é lucro.
Neste CD, na verdade o segundo dedicado a Chopin, lançados em um período de dois anos, o grande mestre continua seu  projeto em que se dedica aos último opus de Chopin. Noturnos, Mazurkas, a magnífica Sonata nº 3, entre outras obras recebem um tratamento delicado e intimista.

“Há uma certeza e maestria consumada em seu desempenho que só pode vir de décadas interpretando e amando esse repertório … As páginas finais da sonata, com sua enxurrada de semicolcheias deslumbrantes, oferecem ampla prova, se fosse necessário provar, que a velha magia de Pollini ainda está muito presente e correta” James Longstaffe, Presto Classical.

01. Chopin – Nocturne in F Minor, Op. 55 No. 1
02. Chopin – Nocturne in E-Flat Major, Op. 55 No. 2
03. Chopin – Mazurka in B Major, Op. 56 No. 1
04. Chopin – Mazurka in C Major, Op. 56 No. 2
05. Chopin – Mazurka in C Minor, Op. 56 No. 3
06. Chopin – Berceuse in D-Flat Major, Op. 57
07. Chopin – Piano Sonata No. 3 in B Minor, Op. 58 – 1. Allegro maestoso
08. Chopin – Piano Sonata No. 3 in B Minor, Op. 58 – 2. Scherzo (Molto vivace)
09. Chopin – Piano Sonata No. 3 in B Minor, Op. 58 – 3. Largo
10. Chopin – Piano Sonata No. 3 in B Minor, Op. 58 – 4. Finale (Presto non tanto)

Maurizio Pollini – Piano

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Antonio Vivaldi (1678-1741): Concerti per Viola d’Amore

Antonio Vivaldi (1678-1741): Concerti per Viola d’Amore

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Belo disco. Uma boa coleção de concertos de Vivaldi com a linda sonoridade da viola d`amore, tocada pelo também regente Fabio Biondi.

Biondi tem uma carinha de querubim, mas não se enganem, por trás daquelas santas feições esconde-se um sátiro concupiscente, louco para perseguir as meninas do conservatório de Ospedale della Pietà, um dos quatro grandes orfanatos as meninas abandonadas de Veneza às quais era ensinada música. A abordagem da Europa Galante e de seu maestro à música de Vivaldi é, no mínimo, concu… agressiva e bela. Este CD é dedicado é um tipo raro de concertos do mestre: os para Viola d`Amore. Especialmente indicado para os amantes do barroco! Baita disco!

Antonio Vivaldi (1678-1741): Concerti per Viola d’Amore

1. Concerto in D minor, RV 394: I Allegro 4:05
2. Concerto in D minor, RV 394: II Largo 1:43
3. Concerto in D minor, RV 394: III Allegro 3:15

4. Concerto in A major, RV 396: I Allegro 3:07
5. Concerto in A major, RV 396: II Andante 2:57
6. Concerto in A major, RV 396: III Allegro 2:59

7. Concerto in D major, RV 392: I Allegro 4:13
8. Concerto in D major, RV 392: II Largo 2:52
9. Concerto in D major, RV 392: III Allegro 2:56

10. Concerto in D minor, RV 393: I Allegro 3:18
11. Concerto in D minor, RV 393: II Adagio 2:03
12. Concerto in D minor, RV 393: III Presto 3:07

13. Concerto in D minor, RV 395: I Allegro 4:04
14. Concerto in D minor, RV 395: II Largo 3:26
15. Concerto in D minor, RV 395: III Allegro 3:13

16. Concerto in A minor, RV 397: I Allegro 2:51
17. Concerto in A minor, RV 397: II Largo 2:07
18. Concerto in A minor, RV 397: III Allegro 2:53

19. Concerto in F major, RV 97: I Largo & II Allegro 4:31
20. Concerto in F major, RV 97: III Adagio 3:15
21. Concerto in F major, RV 97: IV Allegro 2:37

22. Concerto in D minor, RV 540: I Allegro 4:44
23. Concerto in D minor, RV 540: II Largo 3:44
24. Concerto in D minor, RV 540: III Allegro 3:00

Europa Galante
Fabio Biondi

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Biondi e sua viola… d`amore, o que evita que ele seja vítima de bullying como os demais violistas

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Luigi Boccherini (1743-1805): Concertos para Violoncelo – Sinfonias (Bylsma / Lamon)

Luigi Boccherini (1743-1805): Concertos para Violoncelo – Sinfonias (Bylsma / Lamon)

Um bom CD, sem chegar ao altíssimo nível do Pisendel que postei anteontem. É o tal negócio: há orquestras e solistas que nos deixam de tal modo mesmerizados que só ouvindo muitas vezes para saber se a música é boa mesmo ou se o solista, por suas artes diabólicas, convenceu-nos disso. Bylsma e a Tafelmusik estão maravilhosos neste CD da Harmonia Mundi alemã; assim sendo, reconheço minhas dificuldades para julgar as obras postadas de Boccherini, para mim um compositor menor, simpático, daqueles para os quais cabe nossa indulgência.

A Sinfonia La Casa del Diavolo possui um tema do Orfeu e Eurídice de Gluck, não? O daquela célebre Dança das Fúrias que há antes dos balés do segundo ato, estou certo?

Então, música agradável, muito bem interpretada.

Luigi Boccherini (1743-1805): Concertos para Violoncelo – Sinfonias (Bylsma / Lamon)

Concerto Pour Violoncelle En Sol Majeur G 480
01 – Allegro
02 – Adagio
03 – Allegro

Sinfonia En Si Majeur G 497
04 – Allegro Spiritoso
05 – Andantino Con Moto
06 – Allegro Vivace Assai

Concerto Pour Violoncelle En Re Majeur G 483
07 – Allegro Maestoso
08 – Andante Lentarello
09 – Allegro E Con Moto

Sinfonia la Casa Del Diavolo En Re Mineur G 506
10 – Andante Sostenuto
11 – Andantino Con Moto
12 – Andante Sonstenuto

Anner Bylsma
Tafelmusik Baroque Orchestra
Jean Lamon

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Anner Bylsma: mestre

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.: interlúdio :. Bela Fleck & The Marcus Roberts Trio – Across the Imaginary Divide (2012)

.: interlúdio :. Bela Fleck & The Marcus Roberts Trio – Across the Imaginary Divide (2012)

Segundo li, fazia algum tempo que Béla Fleck namorava os caras do Marcus Roberts Trio e vice-versa. Mas, sacumé, a agenda dos dois estava sempre lotada e só recentemente deu para compatibilizar. O resultado foi um excelente trabalho em comum. O estilo ficou mais MRT do que BF. É normal, ao tocar com vários músicos diferentes, Fleck parece mais costumado ao mimetismo, mas jamais pensem num disco pior que o habitual. O CD é absolutamente fantástico! Há ótimos temas, notável tratamento para eles e momentos onde que Béla Fleck parece ter nascido para o Marcus Roberts Trio! Vale a pena ouvir.

Bela Fleck & The Marcus Roberts Trio – Across the Imaginary Divide (2012)

01. Some Roads Lead Home [0:06:16.78]
02. I’m Gonna Tell You This Story One More Time [0:05:41.97]
03. Across the Imaginary Divide [0:04:42.78]
04. Let Me Show You What To Do [0:04:54.94]
05. Petunia [0:05:01.22]
06. Topaika [0:04:33.52]
07. One Blue Truth [0:04:26.72]
08. Let’s Go [0:05:57.98]
09. Kalimba [0:06:22.33]
10. The Sunshine and the Moonlight [0:05:36.96]
11. That Old Thing [0:05:07.81]
12. That Ragtime Feeling [0:04:08.42]

Béla Fleck, banjo

Marcus Roberts Trio:
Marcus Roberts, Piano
Jason Marsalis, Drums
Rodney Jordan, Bass

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Bela Fleck e o Marcus Roberts Trio

PQP

Costanzo Festa (ca. 1485–1490 – 1545): La Spagna — 32 Contrapunti

Costanzo Festa (ca. 1485–1490 – 1545): La Spagna — 32 Contrapunti

Este é mais um arquivo que nos foi repassado pelo querido amigo pequepiano WMR.

Este disco tem sonoridade muito colorida, é agradabilíssimo e cada pequena peça tem caráter e formação orquestral próprias. Costanzo Festa foi um compositor italiano da Renascença. Ainda que mais conhecido por seus madrigais, também escreveu música sacra e instrumental. Foi o primeiro polifonista italiano de fama continental. O Huelgas Ensemble é um esplêndido grupo belga de música antiga criado por Paul Van Nevel em 1971. O desempenho do grupo e sua extensa discografia estão focados na polifonia do renascimento. O nome do conjunto refere-se a um manuscrito de música polifônica, o Codex Las Huelgas. Van Nevel é conhecido por seu estilo de realizar muitas peças vocais, com ele mesmo e seus cantores em um grande círculo, girando. Porém, aqui, a coisa é muito mais instrumental.

Costanzo Festa (ca. 1485–1490 – 1545): La Spagna — 32 Contrapunti

1 Contrapunto 46 à 4, Cantus Firmus Au Ténor
2 Contrapunto 41 à 4, Cantus Firmus à la Troisième Voix
3 Contrapunto 105 à 5, Cantus Firmus à la Quatrième Voix
4 Contrapunto 101 à 4, Cantus Firmus à la Troisième Voix
5 Contrapunto 88 à 4, Cantus Firmus à Troisième Voix
6 Contrapunto 76 à 4, Cantus Firmus à la Troisième Voix
7 Contrapunto 124 à 8, Cantus Firmus à la Sixième Voix
8 Contrapunto 81 à 4, Cantus Firmus à la Deuxième Voix
9 Contrapunto 60 à 4, Cantus Firmus à la Première Voix
10 Contrapunto 77 à 4, Cantus Firmus à la Troisième Voix
11 Contrapunto 122 à 7, Cantus Firmus à la Cinquième Voix
12 Contrapunto 25 à 4, Cantus Firmus à la Troisième Voix
13 Contrapunto 118 à 5, Cantus Firmus à la Quatrième Voix
14 Contrapunto 47 à 4, Cantus Firmus à la Troisième Voix
15 Contrapunto 35 à 4, Cantus Firmus à la Troisième Voix
16 Contrapunto 40 à 4, Cantus Firmus à la Quatrième Voix
17 Contrapunto 8 à 3, Cantus Firmus à la Quatrième Voix
18 Contrapunto 14 à 3, Cantus Firmus à la Troisième Voix
19 Contrapunto 108 à 5, Cantus Firmus à la Troisième Voix
20 Contrapunto 9 à 3, Cantus Firmus à la Troisième Voix
21 Contrapunto 85 à 4, Cantus Firmus à la Troisième Voix
22 Contrapunto 37 à 4, Cantus Firmus à la Troisième Voix
23 Contrapunto 70 à 4, Cantus Firmus à la Troisième Voix
24 Contrapunto 125 à 11, Cantus Firmus à la Neuvième Voix
25 Contrapunto 71 à 4, Cantus Firmus à la Troisième Voix
26 Contrapunto 117 à 5, Cantus Firmus à la Quatrième Voix
27 Contrapunto 28 à 4, Cantus Firmus à la Troisième Voix
28 Contrapunto 104 à 5, Cantus Firmus à la Quatrième Voix
29 Contrapunto 58 à 4, Cantus Firmus à la Première Voix
30 Contrapunto 121 à 6, Cantus Firmus à la Quatrième Voix
31 Contrapunto 123 à 8, Cantus Firmus à la Sixième Voix
32 Contrapunto 34 à 4, Cantus Firmus à la Troisième Voix

Huelgas-Ensemble
Paul Van Nevel

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Piemonte é uma festa

PQP

.: interlúdio :. Renato Teixeira & Pena Branca e Xavantinho – Ao Vivo em Tatuí – 1992

Renato Teixeira & Pena Branca e Xavantinho

Zé Gomes ao violino

Ao Vivo em Tatuí

1992

Para alegrar estes dias brasileiros!

Ao vivo estes três expoentes da verdadeira música caipira com vários clássicos compostos do estilo. Com toda a simplicidade e a verdade lúdica da música que influenciou toda uma geração. Em 1992, este disco recebeu o Prêmio Sharp de melhor disco e o Prêmio APCA. Destaques para: Tocando em Frente, Romaria e Calix Bento. Além de uma homenagem à arte de Pena Branca e Xavantinho. (https://www.livrariascuritiba.com.br/cd-renato-teixeira-e-pena-branca-e-xavantinho-ao-vivo-em-tatui-1992-av041690/p)

Palhinha: ouça 08. Vide, Vida Marvada (Ao Vivo), de Rolando Boldrin

Renato Teixeira & Pena Branca e Xavantinho
01. Amanheceu, Peguei A Viola (Ao Vivo)
02. Chalana (Ao Vivo)
03. Rio De Lágrimas (Ao Vivo)
04. Raízes (Ao Vivo)
05. Romaria (Ao Vivo)
06. O Cio Da Terra (Ao Vivo)
07. Gente Que Vem De Lisboa / Peixinho Do Mar (Ao Vivo)
08. Vide, Vida Marvada (Ao Vivo)
09. O Violeiro Toca (Ao Vivo)
10. Meu Veneno (Ao Vivo)
11. Amora (Ao Vivo)
12. Tocando Em Frente (Ao Vivo)
13. Canto Do Povo De Um Lugar (Ao Vivo)
14. Jardim Da Fantasia (Ao Vivo)
15. Vaca Estrela E Boi Fubá (Ao Vivo)
16. Cuitelinho (Ao Vivo)
17. Quebra De Milho (Ao Vivo)
18. Chuá Chuá (Ao Vivo)
19. Rapaz Caipira (Ao Vivo)
20. De Papo Pro Á (Ao Vivo)
21. Calix Bento (Ao Vivo)

Renato Teixeira & Pena Branca e Xavantinho – 1992
Ao Vivo em Tatuí

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Almeida Júnior – Caipira picando fumo, OST, 1893

 

 

 

 

 

 

 

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Boa audição!

Hector Berlioz – Symphonie Fantastique, Op. 14, Lélio, ou le retour à la vie, Op. 14bis – Jean Martinon,

Dando continuidade às comemorações aos 150 anos da morte de Hector Berlioz, o que trago hoje provavelmente é sua obra mais conhecida, amada por uns, odiada por outros, a ‘Sinfonia Fantástica’. Deixei nas mãos de Jean Martinon a responsabilidade de mostrar a obra a quem não conhece. mesmo sendo gravações realizadas lá na década de 1960 e que ainda nos atraem. Graças a tecnologia temos acesso a este fantástico material.

Épisodes de la vie d’un artiste I
Symphonie fantastique Op.14 H48 (1830)
1 I. Rêveries – Passions: Largo – Allegro agitato e appassionato assai – Religiosamente -15.13
2 II. Un Bal (Valse): Allegro non troppo*  – 6.44
3 III. Scène aux champs: Adagio† – 17.24
4 IV. Marche au supplice: Allegretto non troppo – 4.56
5 V. Songe d’une nuit de sabbat: Larghetto – Allegro – 9.59
*Jacques Lecointre cornet · †Paul Taillefer cor anglais & Jean Dupin oboe
Orchestre National de l’O.R.T.F. · Jean Martinon

Épisodes de la vie d’un artiste II
Lélio, ou le Retour à la vie Monodrame lyrique en six parties Op.14bis H55b (1831/1855) for narrator, soloists, chorus & orchestra
6 No. 1 Monologue: « Dieu ! Je vis encore » (Lélio) – 2.13
7 No. 2 Ballade de Goethe: « L’onde frémit » (Horatio) – 5.55
8 No. 3 Monologue: « Étrange persistance » (Lélio) – 2.30
9 No. 4 Chœur d’ombres: « Froid de la mort » (Chorus) – 6.22
10 No. 5 Monologue: « Ô Shakespeare ! » (Lélio) – 3.03
11 No. 6 Chanson de brigands: « J’aurais cent ans » (Le Capitaine, Chorus) – 4.20

Lélio: Jean Topart narrator · Horatio un pêcheur: Charles Burles tenor
Voix imaginaire de Lélio: Nicolai Gedda tenor · Le Capitaine: Jean van Gorp baritone
Marie-Claire Jamet harp · Michel Sendrez piano
Chœur & Orchestre National de l’O.R.T.F. · Jean Martinon

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Isaac Albéniz (1860 – 1909) – Iberia (Rafael Orozco, piano)

A música de Isaac Albéniz tem forte influência da música folclórica espanhola, especialmente das regiões Catalunha e Andaluzia. Essas melodias de influências mouras e ciganas tiveram grande impacto sobre Debussy, que se atraía por sons exóticos, viessem eles do sul da Europa ou do Extremo Oriente.

As obras anteriores de Albéniz eram, normalmente, curtas e simples, como por exemplo seu famoso Tango em ré maior, de 1890. Iberia, considerada a principal obra do período maduro do compositor, é harmonicamente muito mais complexa, com peças mais longas que não devem nada a qualquer outra obra para piano do século XX. Para Messiaen, era uma das mais brilhantes peças já compostas para o instrumento.

A maior parte dos movimentos de Iberia tem influência da Andaluzia, talvez seja por isso que o pianista Rafael Orozco, natural dessa mesma região espanhola, parece tão à vontade com as melodias que às vezes lembram cantigas de roda ou de ninar… Quando ele toca os quatro livros de Iberia, em uma ordem diferente da original, tudo parece muito natural e até simples, mas não se engane, vários trechos são diabolicamente difíceis. Já ia me esquecendo: a gravação é ao vivo e vem de uma transmissão em rádio FM.

Esse é minha primeira postagem aqui em 2019. Pretendo trazer música do século XX para piano e para órgão este ano. Sem mais rodeios, vamos logo a esta maravilha espanhola:

Isaac Albéniz (1860 – 1909)
Iberia
Livro II (composto em 1907 em St. Jean de Luz)
01 1. Rondeña, D major 7:13
02 2. Almería, G major 9:30
03 3. Triana, F-sharp minor 5:18

Livro III (composto em 1908 em Paris)
04 1. El Albaicín, B-flat minor, B-flat major 7:20
05 2. El Polo, F minor 7:06
06 3. Lavapies, D-flat major 6:35

Livro I (composto em 1906 em Paris)
07 1. Evocación, A-flat minor, A-flat major 5:26
08 2. El Puerto, zapateado in D-flat major 4:04
09 3. Fête-dieu à Seville (El Corpus Christi en Sevilla), F-sharp minor, F-sharp major 8:26

Livro IV (composto em 1909 em Paris)
10 1. Málaga, B-flat minor, B-flat major 5:13
11 2. Jerez, A minor, arguably E Phrygian, E major 10:01
12 3. Eritaña, E-flat major 5:01

13. Encore: El Puerto, zapateado in D-flat major 4:13

Rafael Orozco (1946-1996), piano
Live in de grote zaal (great hall) of the Concertgebouw, 2-11-1993, Amsterdam

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El Puerto de Sta. Maria, na Andaluzia, inspirou um dos movimentos de Iberia

Pleyel

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 177, 93 e 135

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 177, 93 e 135

Aqui, boa parte desta coleção.

CD lindamente interpretado, mas de Cantatas menores do mestre. É claro que vale a pena ouvir. Afinal, quem cansa de Bach? E quem cansa de ouvir a competência e o conhecimento do barroco quem tem Sigiswald Kuijken? Eu fiquei bem feliz com o CD nos ouvidos. Os cantores são sempre sensacionais. Só que não há árias nem corais memoráveis aqui. Ao menos é minha opinião.

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 177, 93 e 135

“Ich ruf zu dir, Herr Jesu Christ” – Cantata BWV 177 (22:03)
1 Chor: Ich ruf zu dir, Herr Jesu Christ 6:30
2 Aria: Ich bitt noch mehr, o Herre Gott 4:29
3 Aria: Verleih, dass ich aus Herzensgrund 5:05
4 Aria: Lass mich kein Lust noch Frucht von dir 4:40
5 Chorale: Ich lieg im Streit und widerstreb 1:19

“Wer nun den lieben Gott lässt walten” – Cantata BWV 93 (19:42)
6 Chor: Wer nur den lieben Gott lässt walten 6:00
7 Chorale: Was helfen uns die schweren Sorgen 1:57
8 Aria: Man halte nur ein wenig stille 3:01
9 Duett: Er kennt die rechten Freudenstunden 2:46
10 Chorale: Denk nicht in deiner Drangsalhitze 2:30
11 Aria: Ich will auf den Herren schaun 2:28
12 Chorale: Sing, bet und geh auf Gottes Wegen 1:00

“Ach Herr, mich armen Sünder” – Cantata BWV 135 (14:57)
13 Chor: Ach Herr, mich armen Sünder 5:24
14 Recitativo: Ach heile mich 1:10
15 Aria: Tröste mir, Jesu, mein Gemüte 3:17
16 Recitativo: Ich bin von Seufzen müde 1:07
17 Aria: Weicht, all ihr Übeltäter 2:53
18 Chorale: Ehr sei ins Himmels Throne 1:06

Alto Vocals – Petra Noskaiová
Baritone Vocals – Jan van der Crabben
Soprano Vocals – Siri Thornhill
Tenor Vocals – Christoph Genz
Orchestra – La Petite Bande
Conductor – Sigiswald Kuijken

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PQP

Johannes Brahms (1833-1897): Sonatas para Piano Nº 1 e 2 / Scherzo Op. 4

Johannes Brahms (1833-1897): Sonatas para Piano Nº 1 e 2 / Scherzo Op. 4

Um bonito disco da Harmonia Mundi, com Melnikov tocando um piano da época de Brahms. São obras bem iniciais — de opus 1 a 4 — que demonstram que Brahms não nasceu pronto, mas quase. A Sonata Op. 1 me parece ser bem melhor do que a de Nº 2, meio histérica. Esta Sonata para Piano Nº 1 em Dó Maior, Op. 1, foi escrita em Hamburgo em 1853 e publicada mais tarde naquele ano. Ele tinha composto outras coisas antes, mas escolheu este trabalho para ser seu primeiro trabalho publicado porque sabia que era de boa qualidade. A peça foi enviada junto com sua segunda sonata — sim, a que eu acho histérica — para a Breitkopf & Härtel com uma carta de recomendação de Robert Schumann. Sua abertura assemelha-se ao início da Sonata “Hammerklavier” de Beethoven. O segundo movimento é um tema e variações inspiradas na canção Verstohlen geht der Mond auf. Brahms foi reescrevê-la para coro feminino em 1859 (WoO 33). O terceiro movimento é um scherzo e um trio. O quarto é um rondo cujo tema é claramente alterado a cada recorrência.

Johannes Brahms (1833-1897): Sonatas para Piano Nº 1 e 2 / Scherzo Op. 4

Piano Sonata In F-Sharp Minor, Op. 2
1 I. Allegro Non Troppo, Ma Energico 6:39
2 II. Andante Con Espressione 5:54
3 III. Scherzo. Allegro – Trio 4:01
4 IV. Finale. Introduzione – Allegro Non Troppo E Rubato 13:01

5 Scherzo In E Flat Minor, Op. 4 9:53

Piano Sonata In C Major, Op. 1
6 I. Allegro 11:58
7 II. Andante (nach Einem Altdeutschen Minnelied) 5:10
8 III. Scherzo. Allegro Molto E Con Fuoco 5:38
9 IV. Finale. Allegro Con Fuoco 7:05

Piano – Alexander Melnikov

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O pulmão de Melnikov parece estar bom.

PQP

Béla Bartók (1881-1945): Concertos para Piano Nº 1, 2 e 3

Béla Bartók (1881-1945): Concertos para Piano Nº 1, 2 e 3

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O Concerto Nº 3 para Piano e Orquestra de Bartók é o maior desmentido de que a música moderna seja fria. Composto quando Bartók já estava condenado pela leucemia, a obra deveria servir de presente de aniversário, além de aumentar o repertório e os ganhos de sua mulher, a pianista Ditta Pásztory. Na época, em 1945, nos EUA, ambos eram pobres exilados. Mais simples que o Primeiro e Segundo Concertos, o Terceiro compensa pela altíssima temperatura emocional e por mostrar que o húngaro e socialista Bartók ainda carregava em si alguma alegria e esperança no mundo. Esta é uma das obras que mais amo e um dos motivos pelo qual sempre brinco que meus três compositores preferidos têm seus nomes começando pela letra “B”. São eles Bach, Beethoven, Brahms e Bartók. Mas os Concertos 1 e 2 também são indubitáveis obras primas! Um baita CD!

Béla Bartók (1881-1945): Concertos para Piano Nº 1, 2 e 3

Piano Concerto No. 1, Sz 83
1 Allegro Moderato – Allegro 9:25
2 Andante 7:12
3 Allegro – Allegro Molto 6:47

Piano Concerto No. 2, Sz 95
4 Allegro 9:45
5 Adagio – Presto – Adagio 12:37
6 Allegro Molto 6:05

Piano Concerto No. 3, Sz 119
7 Allegretto 7:44
8 Adagio Religioso 9:43
9 [Allegro Vivace] 6:42

András Schiff
Budapest Festival Orchestra
Iván Fischer

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Bartók brincando com o filho sob a temperatura ideal para seres humanos.

PQP

Stravinsky (1882-1971): Petruschka / Prokofiev (1891-1953): Sonata Nº 7 / Webern (1883-1945): Variações / Boulez (1925-2016): Segunda Sonata

Stravinsky (1882-1971): Petruschka / Prokofiev (1891-1953): Sonata Nº 7 / Webern (1883-1945): Variações / Boulez (1925-2016): Segunda Sonata

O disco perfeito. Ou quase, não fora a presença de Webern… Mesmo assim, é um dos que levaria para a ilha deserta. Os três movimentos de Petruschka e a Sonata de Prokofiev foram gravados em 1971 e a notável Sonata de Boulez e as Variações de Webern são de 1976. Eram dois discos, viraram um CD. Um grande CD que é reeditado e reeditado pela DG, que o publicou nas Legendary Recordings da gravadora.

Meu Deus – e notem que sou ateu! – o que Pollini faz na Petruschka e nas Sonatas de Prokofiev e Boulez só pode ser explicado pelo diabo. Já na obrinha de Webern, o diabo tem mais é que explicar a existência destas variações… Porém, meu caro Pollini, eu te perdôo tudo neste mundo e tu podes até tocar toda a obrinha de menos de duas horas de Webern que eu não me importo.

Bom, vocês sabem que Pollini é meu pianista preferido. Não sou muito original nisto. Abaixo, duas notícias sobre ele.

Retirada daqui: Maurizio Pollini nasceu em 1942 em Milão e estudou piano com Carlo Lonati e Carlo Vidusso. Depois de vencer o Concurso Internacional Chopin de Varsóvia em 1960, percorreu uma destacada carreira internacional, apresentando-se nas mais importantes salas de concerto e festivais, colaborando com as mais prestigiadas orquestras e com maestros de renome, como Karl Böhm, Sergiu Celibidache, Herbert von Karajan, Claudio Abbado, Pierre Boulez, Riccardo Chailly, Zubin Mehta, Wolfgang Sawallisch, e Riccardo Muti, entre muitos outros.

Em 1987, após a interpretação dos concertos para piano de Beethoven, em Nova Iorque, Maurizio Pollini foi galardoado pela Orquestra Filarmónica de Viena com o prestigiado Ehrenring. Em 1996 recebeu o prémio Ernst-von-Siemens, em Munique, e em 1999 o prémio A Life for Music – Arthur Rubinstein, em Veneza. No ano 2000, foi distinguido com o prémio Arturo Benedetti Michelangeli, em Milão.

Em 1995, Maurizio Pollini abriu o festival que a cidade de Tóquio dedicou a Pierre Boulez. No mesmo ano e em 1999, organizou e interpretou os seus próprios ciclos de concertos e recitais no Festival de Salzburgo, seguindo-se o Carnegie Hall de Nova Iorque (em 1999-2000 e 2000-2001), a Cité de la Musique, em Paris, e Tóquio (ambos em 2002) e o Parco della Musica, em Roma (Março de 2003). Reflectindo o vasto leque das sua preferências musicais, a programação escolhida para estes eventos incluiu música orquestral e de câmara, abarcando compositores desde Gesualdo e Monteverdi até aos contemporâneos. No Verão de 2004, foi o «Artist Étoile» do Festival Internacional de Lucerna, dando um recital e concertos com orquestra sob a direcção de Claudio Abbado e Pierre Boulez.

O repertório de Maurizio Pollini estende-se de Johann Sebastian Bach até aos compositores contemporâneos (incluindo estreias de obras de Nono, Manzoni e Sciarrino) tendo, como componente central, o ciclo integral das sonatas de Beethoven, que o pianista apresentou em Berlim, Munique, Milão, Nova Iorque, Londres, Viena e Paris.

Maurizio Pollini gravou numerosos discos dedicados ao repertório clássico, romântico e contemporâneo. Neste último domínio, possui uma extensa discografia dedicada à obra pianística de Schönberg, Berg, Webern, Nono, Manzoni, Boulez e Stockhausen, que foi largamente aclamada pela crítica e que constitui um testemunho eloquente da grande paixão que o intérprete nutre pela música do século XX.

A recente gravação dos Nocturnos de Chopin foi também recebida com grande entusiasmo pelo público e pelos críticos: em 2007 ganhou um Grammy na categoria de «Melhor Interpretação solista». Em 2006 recebeu os prémios Echo (Alemanha), «Choc» da revista Le Monde de la Musique, e Diapason d’Or de l’Année (França).

Sua primeira gravação pela Deutsche Grammophon: “Três Movimentos de Petrushka” de Stravinsky e a Sonata nº 7 de Prokofiev, feita em 1971, é o início de uma notável discografia.

Pollini é artista de grande refinamento, de alto rigor técnico e extremamente intelectual. A música contemporânea tem sido parte do repertório de Pollini desde que este pianista começou a sua carreira de concertista internacional.

Arnold Schoenberg teve seu centenário de nascimento comemorado em 1974.No mesmo ano, em Londres, Pollini tocou a integral das obras para piano deste compositor. Berg, Webern, Pierre Boulez e até mesmo Stockhausen tem lugar no repertório deste pianista.

Em 1987, toca os cinco Concertos de Beethoven com a Orquestra Filarmônica de Viena, sob a regência de Claudio Abbado. Pollini apresenta o ciclo completo das 32 sonatas de Beethoven em 1993-94 em Berlim, Munique, Nova Iorque, Milão, Paris, Londres e Viena.

Em 2001, sua gravação das Variações Diabelli de Beethoven , ganha o prêmio ” Diapason d’or”.

Stravinsky (1882-1971): Petruschka / Prokofiev (1891-1953): Sonata Nº 7 / Webern (1883-1945): Variações / Boulez (1925-2016): Segunda Sonata

Igor Stravinsky (1882-1971) – Petruschka
1. Three movements ‘Petruschka’ – Danse russe. Allegro giusto 2:34
2. Three movements ‘Petruschka’ – Chez Pétrouchka 4:17
3. Three movements ‘Petruschka’ – La semaine grasse. Con Moto – Allegretto – Tempo giusto – Agitato 8:29

Sergei Prokofiev (1891-1953) – Sonata Nro. 7
4. Piano Sonata No.7 in B flat, Op.83 – 1. Allegro inquieto – Andantino – Allegro inquieto – Andantino – Allegro inquieto 7:37
5. Piano Sonata No.7 in B flat, Op.83 – 2. Andante caloroso – Poco più animato – Più largamente – un poco agitato – Tempo I 6:12
6. Piano Sonata No.7 in B flat, Op.83 – 3. Precipitato 3:17

Anton Webern (1883-1945) – Variações
7. Piano Variations, Op.27 – 1. Sehr mässig 1:59
8. Piano Variations, Op.27 – 2. Sehr schnell 0:40
9. Piano Variations, Op.27 – 3. Ruhig, fliessend 3:29

Pierre Boulez (1925) – Segunda Sonata
10. Piano Sonata No.2 – 1. Extrèmement rapide 6:09
11. Piano Sonata No.2 – 2. Lent 11:04
12. Piano Sonata No.2 – 3. Modéré, presque vif 2:14
13. Piano Sonata No.2 – 4. Vif 10:12

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Pollini: o maior pianista da época dos registros gravados

PQP

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Sinfonia nº 13 (Babi Yar), Kirill Kondrashin

Prometi esta gravação para nosso mentor, PQPBach, já há algumas semanas, mas a falta de tempo me impediu de liberar antes. Hoje pretendo cumprir esta promessa.

Temos aqui Kiril Kondrashin, um dos maiores e mais influentes maestros do período soviético, regendo a monumental Sinfonia nº 13, de Shostakovich. Não se trata de obra fácil, de fácil ‘digestão’, não apenas por seu tamanho mas principalmente pela sua temática.

Esta gravação que ora vos trago é a ‘World Premiere”, ou seja, foi a primeira vez em que a obra foi apresentada ao público, lá no longínquo ano de 1962. Kiril Kondrashin encarou a empreitada, após Evgeny Mravinski desistir.

Em postagem de 2017, temos uma descrição completa da obra. Você encontra esta postagem aqui.

Dmitri Shostakovich – Sinfonia nº 13
1.1. Symphony No. 13 in B-Flat Minor, Op. 113 Babi yar I. Babi Yar Adagio
1.2. Symphony No. 13 in B-Flat Minor, Op. 113 Babi yar II. Yumor (Humour) Allegretto
1.3. Symphony No. 13 in B-Flat Minor, Op. 113 Babi yar III. V Magazine (In the Store) Adagio –
1.4. Symphony No. 13 in B-Flat Minor, Op. 113 Babi yar IV. Strachi (Fears) Largo –
1.5. Symphony No. 13 in B-Flat Minor, Op. 113 Babi yar V. Kariera (a Career) Allegretto

Vitaly Gromadsky, bass
Male Bass Choir of the A.Yurlov
Republican Russian Choir Capella
Moscow Philharmonic Orchestra
Kirill Kondrashin

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PQP

J. S. Bach / B. Bartók / N. Paganini: Peças para Violino Solo

J. S. Bach / B. Bartók / N. Paganini: Peças para Violino Solo

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um bom disco começa por um repertório de primeira linha, que combine e que seja bem interpretado. É o caso, à exceção de Paganini. Achei a performance da Partita de Bach bastante envolvente. Utilizando 100% dos recursos de seu excepcional violino, ela parece ter adotado de forma inteligente o que os violinistas historicamente informados vêm mostrando. Além disso, ela não tem nada da tendência moderna de uniformizar o som de um instrumento. Ela gosta do fato de que o violino tem quatro cordas, cada uma das quais soando diferente e essa percepção lhe dá vida e cor. O Bartók é muito impressionante também. Mullova mantém-se atenta ao metrônomo do compositor e, para nossa sorte, deixa tempo nenhum para a retórica. Bartók estimou a duração da Sonata a 23min. Mullova a toca em um minuto a menos, mas nunca parece apressada, há uma abundância de cantabile lindamente expressivos e o final é vividamente atlético. As variações vulgares de Paganini são um grande choque depois do Bartók. Ela toca com grande desenvoltura e afeição óbvia pela pequena canção Paisiello, que Paganini ocasionalmente permite emergir. Ali, há a sugestão de uma sobrancelha divertidamente erguida.

J. S. Bach / B. Bartók / N. Paganini: Peças para Violino Solo

Partita No. 1 In B Minor, BWV 1002
Composed By – Johann Sebastian Bach
1 Allemanda 5:48
2 Double 2:48
3 Corrente 3:16
4 Double (Presto) 3:35
5 Sarabande 3:25
6 Double 2:20
7 Tempo Di Borea 3:48
8 Double 3:42

Sonata For Solo Violin = Sonate Für Solovioline · Pour Violon Seul
Composed By – Béla Bartók
9 Tempo Di Ciaccona 8:57
10 Fuga 4:21
11 Melodia 5:53
12 Presto 5:27

Introduction And Variations · Introduktion Und Variationen On · Über · Sur «Nel Cor Più Non Mi Sento»
Composed By – Niccolò Paganini
13 Capriccio1:12
14 Tema (Andante) 1:33
15 Variation 1 (Brillante) 1:34
16 Variation 2 1:44
17 Variation 3 (Più Lento) 1:31
18 Variation 4 (Allegro) 0:58
19 Variation 5 0:59
20 Variation 6 (Appassionato) 1:26
21 Variation 7 (Vivace) 1:37

Viktoria Mullova, violino

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Mullova no sítio exclusivo do blog PQP Bach após conversa com ocupantes do MSM (Movimento dos Sem Música)

PQP