W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano e Orq. do Nº 15 ao 27 (Brendel, Marriner)

W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano e Orq. do Nº 15 ao 27 (Brendel, Marriner)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Os melhores Concertos de Mozart, aqueles que ele fazia questão de estrear como solista, aqui interpretados por Alfred Brendel e a Academy Of St. Martin-in-the-Fields regida por Neville Marriner. Vocês querem mais alguma coisa? Talvez um Veuve Clicquot servido em taças de cristal? Ou um show de ursos pandas patinadores? A gravação é de 1990, mas está em excelente estado. Se você quiser reclamar do bit rate — nem olhei de quanto é — fale para o nosso SAC a fim de ser olimpicamente ignorado.

W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano e Orq. do Nº 15 ao 27 (Brendel, Marriner)

Concerto No.15 In B Flat, KV 450
7-4 1. Allegro 11:00
7-5 2. (Andante) 6:16
7-6 3. Allegro 7:54

Concerto No.16 In D, KV 451
7-7 1. Allegro Assai 10:09
7-8 2. Andante 6:23
7-9 3. Allegro Di Molto 6:09

Concerto No.17 In G,KV 453
6-4 1. Allegro 11:28
6-5 2. Andante 10:25
6-6 3. Allegretto 7:33

Concerto No.18 In B Flat, KV 456
8-1 1. Allegro Vivace 12:01
8-2 2. Andante Un Pocco Sostenuto 9:35
8-3 3. Allegro Vivace 7:01

Concerto No.19 In F, Kv 459
8-4 1. Allegro Vivace 12:13
8-5 2. Allegretto 8:18
8-6 3. Allegro Assai 7:18

Concerto No. 20 In D Minor, KV 466
9-1 1. Allegro 13:26
9-2 2. Romance 9:12
9-3 3. Rondo (Allegro Assai) 7:11

Concerto No.21 In C, KV 467
9-4 1. (Allegro) 13:24
9-5 2. Andante 6:32
9-6 3. Allegro Vivave Assai 6:11

Concerto No.22 In E Flat, KV 482
10-1 1. Allegro 13:20
10-2 2. Andante 9:33
10-3 3. Allegro (Rondo) 11:54

Concerto No. 23 In A, KV 488
10-4 1. Allegro 11:05
10-5 2. Adagio 6:48
10-6 3. Allegro Assai 8:00

Concerto No.24 In C Minor, KV 491
11-1 1. Allegro 13:14
11-2 2. Larghetto 7:12
11-3 3. (Allegretto) 9:00

Concerto No.25 In C, KV 503 (Live Recording)
11-4 1. Allegro Maestoso (Cadenza Alfred Brendel) 14:51
11-5 2. Andante 8:21
11-6 3. (Allegretto) 9:18

Concerto No.26, KV 537 « Coronation »
12-1 1. Allegro (Cadenza Alfred Brendel) 14:21
12-2 2. (Larghetto) 6:07
12-3 3. (Allegretto) 10:07

Concerto No.27 In B Flat, KV 595
12-4 1. Allegro 13:45
12-5 2. Larghetto 6:57
12-6 3. Allegro 8:28

Conductor – Sir Neville Marriner
Orchestra – The Academy Of St. Martin-in-the-Fields
Piano – Alfred Brendel

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Brendel coçando um amigo.

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W.A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano Nº 20 & 21 (Jandó, Concentus Hungaricus, Ligeti)

W.A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano Nº 20 & 21 (Jandó, Concentus Hungaricus, Ligeti)

As duas obras deste CD, o Concerto em ré menor, Nº 20, K. 466 e o ​​Concerto em dó maior, Nº 21, K. 467 foram escritas com um intervalo de um mês entre si, em fevereiro e março de 1785. Mozart escreveu esses concertos e executou a parte do piano para apresentações durante a Quaresma. Essas duas obras são obras-primas na literatura do concerto para piano. Elas são notavelmente diferentes em tom emocional. O concerto Nº 20 foi escrito em fevereiro de 1785. É um dos dois únicos concertos para piano de Mozart em tom menor. (A outra obra em tom menor é o K. 491.) Ele continua sendo o mais frequentemente executado dos concertos de Mozart. É uma obra trágica que com uma introdução dramática para a orquestra na qual cordas e depois sopros se juntam ao tema. Esta obra exemplifica o tipo de escrita de concerto que apresenta um “duelo” entre solista e orquestra. Os concertos de Mozart não são todos deste tipo. O solo entra na obra com um tema tranquilo que é rapidamente trabalhado e desenvolvido em passagens de grande paixão e virtuosismo. O movimento final, allegro assai, prossegue com uma veia trágica e raivosa até a cadência final. Então, ele muda de caráter e termina em uma conclusão rápida e alegre em tom maior. Este concerto é provavelmente o concerto de Mozart mais próximo em espírito de Beethoven. Beethoven, de fato, escreveu as cadências do primeiro e do terceiro movimentos que são executados aqui. O concerto K. 467, tornou-se famoso quando seu segundo movimento, em uma performance de Géza Anda, foi usado no filme Elvira Madigan algumas décadas atrás. Mozart completou esta obra em março de 1785. Enquanto o ré menor é uma obra de tragédia e paixão, o dó maior é uma obra de majestade. A interação entre solista e orquestra é excelente. O pianista Jeno Jando faz uma excelente leitura dessas obras, que é clara e bem pensada.

W.A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano Nº 20 & 21 (Jandó, Concentus Hungaricus, Ligeti)

Piano Concerto No. 20 in D Minor, K. 466
1 I. Allegro 14:09
2 II. Romance 09:02
3 III. Rondo: Allegro assai 07:45

Piano Concerto No. 21 in C Major, K. 467
4 I. Allegro maestoso 13:30
5 II. Andante 06:44
6 III. Allegro vivace assai 06:11

Total Playing Time: 57:21

Conductor(s): Ligeti, András
Orchestra(s): Concentus Hungaricus
Piano: Jandó, Jenő

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Jandó cantava junto enquanto tocava e ficava “desafinado”, então seu produtor colocava um cigarro Marlboro apagado na boca do pianista

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Mozart / Beethoven / Schumann: Piano Quartet KV 478 / Piano Quartet Op. 16 / Piano Trio Op. 80 (Bamberg)

Mozart / Beethoven / Schumann: Piano Quartet KV 478 / Piano Quartet Op. 16 / Piano Trio Op. 80 (Bamberg)

Este é um daqueles discos da MoviePlay que são bastante bons. Ele não chega a ser um monumento, mas grudei nele. O repertório é excelente. Os quartetos são lindos, assim como o trio de Schumann. Em 1785, Mozart recebeu uma encomenda para três quartetos do editor Franz Anton Hoffmeister. Hoff achou que este quarteto, o K. 478, era muito difícil e que o público não o compraria, então ele liberou Mozart da obrigação de completar o conjunto. Nove meses depois, Mozart compôs um segundo quarteto para piano, o K. 493. O medo de Hoffmeister de que a obra fosse muito difícil para amadores foi confirmado por um artigo no Journal des Luxus und der Moden publicado em Weimar em junho de 1788. O artigo elogiou muito Mozart e sua obra, mas expressou consternação com as tentativas de amadores de executá-la. O Op. 16 de Beethoven parece ser um Quinteto. Então talvez a MoviePlay esteja louca, pra variar. Os dois primeiros trios para piano de Schumann foram escritos em sucessão próxima, apesar do grande intervalo entre os números de opus de suas obras. O segundo trio para piano, Op. 80, é mais efervescente e alegre do que o primeiro trio – o próprio compositor disse que ele causa uma “impressão mais amigável e imediata” do que seu antecessor. Excelente CD.

Mozart / Beethoven / Schumann: Piano Quartet KV 478 / Piano Quartet Op. 16 / Piano Trio Op. 80 (Bamberg)

Piano Quartet In G-Minor KV 478 – Wolfgang Amadeus Mozart
1 Allegro 10:31
2 Andante 7:10
3 Rondo: Allegro 7:08

Piano Quartet In E Flat Major Op. 16 – Ludwig van Beethoven
4 Grave: Allegro ma non troppo 9:50
5 Andante cantabile 5:58
6 Rondo: Allegro ma non troppo 5:37

Piano Trio In F Major Op. 80 – Robert Schumann
7 Sehr lebhaft 8:26
8 Mit innigem Andanten 8:31
9 In mässiger Bewegung 4:37
10 Nicht zu rasch 5:36

Bamberger Klavierquartett & Trio
Bamberg Piano Quartet & Trio

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Bob Schu em momento de mau humor.

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W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 21, 33 e 38 “Prague” (Lizzio*, Mozart Festival Orchestra)

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 21, 33 e 38 “Prague” (Lizzio*, Mozart Festival Orchestra)

Novamente: * Alberto Lizzio é um pseudônimo inventado pelo produtor musical e maestro Alfred Scholz e associado a gravações antigas, de antes da época dos CDs, muitas vezes dirigidas por Milan Horvat, Carl Melles ou pelo próprio Scholz. Essas gravações foram compradas por ele e usadas para lançar gravações clássicas baratas para o mercado de massa sob outros nomes, como se fossem novidades. Scholz escreveu uma biografia fictícia de Lizzio, alegando que ele nasceu em Merano, Tirol do Sul, em 30 de maio de 1926, estudou violino, composição e regência em Milão e que sua segunda esposa, com quem teve um filho, morreu em 1980 em um acidente de carro em que Lizzio ficou gravemente ferido. A biografia fictícia termina com a sua morte em 22 de outubro de 1999, em Dresden.

Outro bom disco como o do post anterior. Boa interpretação, bem gravado. E a Praga é muito, sei lá, estimulante. Ela liga neurônios.

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 21, 33 e 38 “Prague” (Lizzio*, Mozart Festival Orchestra)

Symphonie Nr. 21 A-dur KV 134
1 Allegro 5:17
2 Andante 4:25
3 Menuetto 3:25
4 Allegro 5:12

Symphonie Nr. 33 B-dur KV 319
5 Allegro Assai 6:58
6 Andante Moderato 5:10
7 Menuetto 2:43
8 Finale: Allegro Assai 9:05

Symphonie Nr. 38 D-dur KV 504
9 Adagio – Allegro 13:44
10 Andante 11:58
11 Finale: Presto 5:38

Composed By – Wolfgang Amadeus Mozart
Conductor – Alberto Lizzio
Orchestra – Mozart Festival Orchestra

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Alberti Lizzio em ação

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W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 29, 30 e 35 “Haffner” (Lizzio*, Mozart Festival Orchestra)

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 29, 30 e 35 “Haffner” (Lizzio*, Mozart Festival Orchestra)

* Alberto Lizzio é um pseudônimo inventado pelo produtor musical e maestro Alfred Scholz e associado a gravações antigas, de antes da época dos CDs, muitas vezes dirigidas por Milan Horvat, Carl Melles ou pelo próprio Scholz. Essas gravações foram compradas por ele e usadas para lançar gravações clássicas baratas para o mercado de massa sob outros nomes, como se fossem novidades. Scholz escreveu uma biografia fictícia de Lizzio, alegando que ele nasceu em Merano, Tirol do Sul, em 30 de maio de 1926, estudou violino, composição e regência em Milão e que sua segunda esposa, com quem teve um filho, morreu em 1980 em um acidente de carro em que Lizzio ficou gravemente ferido. A biografia fictícia termina com a sua morte em 22 de outubro de 1999, em Dresden.

Mas o que fazer, além de postar, se esta é uma boa gravação de Sinfonias de Mozart? A 29 está sensacional! A Haffner também! O som não é tudo aquilo, mas vale a pena ouvir este CD de um regente e orquestra anônimos.

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 29, 30 e 35 “Haffner” (Lizzio*, Mozart Festival Orchestra)

Symphonie Nr. 29 A-Dur KV 201 = Symphony No. 29 In A Major KV 201
1 Allegro Moderato 10:15
2 Andante 10:06
3 Menuetto 3:37
4 Allegro Con Spirito 5:54

Symphonie Nr. 30 KV 202 = Symphony No. 30 KV 202
5 Molto Allegro 5:41
6 Andantino Con Moto 4:32
7 Menuetto 3:54
8 Presto 4:53

Symphonie Nr. 35 D-Dur KV 385 (Haffner Symphonie) = Symphony No. 35 In D Major KV 385 (Haffner Symphony)
9 Allegro Con Spirito 5:49
10 Andante 8:43
11 Menuetto 3:05
12 Finale: Presto 4:00

Conductor – Alberto Lizzio
Orchestra – Mozart Festival Orchestra

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Alberto Lizzio regendo

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W. A. Mozart (1756-1791): Trios para Piano K. 502, 542, 548

Postagem de 2021, link atualizado

Eu ia postar um álbum de Alberto Ginastera rico em trechos misteriosos, noites cheias de estrelas e cenas impressionistas. Mas Ginastera vai ter que esperar. Após a morte de nosso colega de blog, o saudoso Ammiratore, que nos deixou chocados e indignados, não consigo postar nada que não seja Mozart. O mal tem vencido diariamente. Por isso mesmo, como diria Walter Benjamin (6ª Tese sobre a História), é preciso acender as centelhas, as faíscas da esperança.

Mozart é necessário em tempos de tristeza. A música dele não é sempre solar e esperançosa, é claro. Mas há inúmeras obras que nos deixam de queixo caído com a forma como tudo se encaixa positivamente e tudo se encaminha para a alegria. É o caso de alguns dos concertos para piano, algumas das sinfonias e também estes três trios. Mesmo os movimentos lentos aqui são um larghetto e dois andantes de uma beleza bucólica: um é grazioso, o outro é cantabile.

As interpretações deste disco, em instrumentos de época por um músico holandês e dois japoneses, colocam os três instrumentos no mesmo nível, como três personagens de um diálogo. Mozart foi um dos maiores mestres da ópera (teatro com música) e conhecia a arte de fazer também os instrumentos dialogarem em réplicas e tréplicas mas, como falei logo acima, as discussões aqui sempre tendem para a paz e o entendimento. Todas as gerações têm algo a aprender com o gênio de Salzburgo.

W. A. Mozart (1756-1791): Trios para Piano K. 502, 542 & 548
1 Piano Trio in B-flat major, KV 502: I. Allegro
2 Piano Trio in B-flat major, KV 502: II. Larghetto
3 Piano Trio in B-flat major, KV 502: III. Allegretto

4 Piano Trio in E major, KV 542: I. Allegro
5 Piano Trio in E major, KV 542: II. Andante grazioso
6 Piano Trio in E major, KV 542: III. Allegro

7 Piano Trio in C major, KV 548: I. Allegro
8 Piano Trio in C major, KV 548: II. Andante cantabile
9 Piano Trio in C major, KV 548: III. Allegro

Stanley Hoogland, fortepiano (after Walter, Wien, ca.1795)
Natsumi Wakamatsu, violin (by Tononi, Bologna, 1700)
Hidemi Suzuki, violoncello (after Guadagnini, Parma, 1759)
Recorded: Chichibu Myuzu Park Ongakudo, Saitama, Japan, 2007

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Em 1782 Mozart comprou um piano construído por Anton Walter. Este da foto é uma cópia idêntica ao original de Walter.

PS: Hidemi Suzuki é provavelmente o mais famoso músico deste trio, ao menos aqui no PQPBach, onde ele já apareceu tocando Haydn (aqui) e Bach (aqui).

Pleyel

Johann Nepomuk Hummel (1178-1837) – Sinfonias de Mozart de nº 35 a 41 em arranjo para Quarteto com Piano, Flauta, Violino e Violoncelo

É difícil para quem conhece estas obras há quase uma vida, em gravações históricas, com orquestras com diversos músicos, em gravações historicamente informadas ou não, enfim, é difícil absorver estas gravações destes arranjos das Sinfonias de Mozart para um quarteto formado por uma Flauta, um Piano, um Violino e um Violoncelo. Tudo bem que os arranjos foram feitos por Hummel, aluno e amigo de Mozart, e um dos grandes nomes do classicismo. Mesmo com todo o esforço e competência do ótimo quarteto de músicos reunidos para este projeto, fica a sensação de que falta alguma coisa. Ou não, dependendo do que se for esperar.

Como comentei acima, Hummel foi aluno de Mozart, este já um compositor estabelecido, entrando na fase final de sua vida, enquanto que o aluno ainda era uma criança. Mas se tratava de uma criança bem dotada, que foi um compositor interessante, com muitas obras publicadas, além de exímio pianista, e que acompanhou o mestre na fase de criação de obras primas como das óperas “Don Giovanni” e “Bodas de Fígaro”.

Trago dois CDs para os senhores. No primeiro teremos as Sinfonias de nº 35, 36 e a maior de todas, de nº 41. Deve ter sido uma tarefa difícil para Hummel fazer estes arranjos, afinal a riqueza da orquestração, adaptar os diferentes timbres para apenas quatro instrumentos, enfim, deve ter sido uma tarefa quase ingrata, mas podemos sentir nestes arranjos o amor e o respeito que ele sentia pela obra de Mozart. E ele encarou esta empreitada já na década de 1820, quando ainda era Kappelmeister em Weimar, já entrando nos últimos anos de sua vida, como comentei acima, era um compositor respeitado.

As três sinfonias favoritas de muita gente estão no segundo CD, as de nº 38, 39 e 40, a mais bela de todas, em minha humilde e inútil opinião. Lembro que ainda na adolescência ouvi esta de nº 40 em um belíssimo LP com o Karl Böhm, com a Orquestra Filarmônica de Viena (já postado por aqui). Foi paixão na primeira audição. Eu ainda era um adolescente aprendendo o básico da vida, e aquela música me deixou sem ação. É este o impacto que a música de Mozart provoca em nós em um primeiro momento: nos deixa sem direção, sem rumo.

Para alguns puristas, pode soar blasfêmia transformar estas obras primas orquestrais em um mero Quarteto com Flauta. Não sei, acho que a música de Mozart é tão intensa e perfeita que sempre vai soar bem de qualquer forma. Tirando o estranhamento inicial, as mudanças nos ritmos, a falta da massa orquestral, acabamos por nos acostumar, e de repente, aí está a genialidade mozartiana em todo o seu esplendor. Vale a pena conferir.

Symphony No. 36 in C major, ‘Linz’, K. 425
1 Adagio – Allegro spiritoso
2 Poco adagio
3 Menuetto
4 Presto
Symphony No. 35 in D major, ‘Haffner’, K. 385
5 Allegro con spirito
6 Andante
7 Menuetto
8 Presto
Symphony No. 41 in C major, ‘Jupiter’, K. 551
9 Allegro vivace
10 Andante cantabile
11 Menuetto: Allegretto
12 Molto allegro

Symphony No. 38 in D major, ‘Prague’, K. 504 (AE 546)
1 Adagio – Allegro
2 Andante
3 Presto
Symphony No. 40 in G minor,K. 550 (AE 547)
4 Allegro molto
5 Andante
6 Minuetto: Allegro
7 Finale: Allegro assai 4
Symphony No. 39 in E flat major, K. 543 (AE 548)
8 Adagio – Allegro
9 Andante
10 Minuetto: Allegretto
11 Finale: Allegro

Uwe Grodd – Flute
Friedemann Eichhorn – Violin
Martin Rummel – Cello
Roland Krüger – Piano

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Mozart (1756 – 1791): Concertos para Piano Nos. 9, 12 & 14 – Edna Stern (piano), Orchestre de chambre d’Auvergne & Arie van Beek ֍

Mozart (1756 – 1791): Concertos para Piano Nos. 9, 12 & 14 – Edna Stern (piano), Orchestre de chambre d’Auvergne & Arie van Beek ֍

MOZART

Edna Stern

Aqui pertinho de casa, numa esquina, junto a uma pracinha, mas ainda em frente ao muro de uma casa, há um remanescente do passado, estoico, arcaico, um orelhão. Creio que este remanescente foi deixado lá para que os avós o mostrem aos netos, em seus passeios matinais – foi de um desses que eu convidei sua avó para sair, pela primeira vez…

Imagino que foi de um desses jurássicos objetos que Miles (Miles Kendig, o aposentado espião que ama a música de Mozart, você deve saber) me ligou, dia desses.

MK:       Hey, René, how are ya?

RD:        Kendig! What an unexpected pleasure.

MK:       May I have it, please?

RD:        Have what?

MK:       It has been half an eternity since you posted some Mozart, specially piano concertos. Oh c’mon, this is ultageous!

RD:        Well, it is good that you brought that… I’ve just spotted a great disc with three wonderful piano concertos, including the Jeunehomme. I know you have a soft spot for it.

MK:       So, don’t delay it any further, get it done. And talk with that cranky boss of yours to get it posted as soon as possible. I don’t wanna wait months for it to surface!

RD:        I’ll let him know. And you, now, don’t be a stranger, keep in touch…

MK:       I will! Take care!

Pois assim, a pedidos do Selim Gidnek, como ele às vezes gosta de ser chamado, vamos a postagem do dia… Mozart, Concertos para piano. Este é um disco com três concertos. O primeiro foi composto quando ele ainda estava em Salzburg, mas os outros dois já fazem parte dos primeiros a serem compostos para suas apresentações em Viena. O Concerto ‘Jeunehomme’ pensava-se ter sido composto para uma pianista francesa, Mademoiselle Jeunehomme, que teria visitado Salzburgo em 1777. Em suas cartas Mozart tratava de uma certa Jenomé. Agora acredita-se que o concerto foi escrito para Louise-Victoire Jenamy, filha de um famoso dançarino francês, amigo de Mozart. A obra é um passo a frente dos típicos concertos no estilo galante, com um movimento lento que revela o grande compositor de óperas que foi Mozart.

Os Concertos Nos. 12 e 14 (assim como o irmão do meio, No. 13) foram compostos no primeiro ano de Mozart em Viena e podem parecer até um passo atrás, comparados com o Concerto No. 9, pois que são simples em escopo, podendo ser interpretados apenas com piano e quarteto de cordas. Mas não se deixe iludir por essa aparente simplicidade, pois que ambos concertos reservam belezuras para quem os ouvir com atenção, especialmente em uma interpretação assim como a da postagem.

Edna Stern é uma pianista já bem conhecida aqui do pessoal do blog, onde já se apresentou acompanhando a violinista Amandine Beyer e também em um disco tocando peças de Bach. Ela é especialmente talentosa e teve formação primorosa, estudando com grandes nomes, como Martha Argerich, Krystian Zimerman e Leon Fleisher.

Ela tem fortes ideias sobre como devem ser produzidas suas gravações, evitando ao máximo o exercício de ‘cut and paste’, e a Orchestre d’Auverne colaborou com ela buscando cumprir a risca esse princípio. É ouvir o disco para conferir. Depois, me conte!

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)

Piano Concerto No. 9 in E-flat major, K271 “Jeunehomme”
  1. Allegro
  2. Andantino
  3. Rondo – Presto
Piano Concerto No. 12 in A major, K414
  1. Allegro
  2. Andante
  3. Allegretto
Piano Concerto No. 14 in E flat major, K449
  1. Allegretto vivace
  2. Andantino
  3. Allegro ma non troppo

Edna Stern, piano

Orchestre d’Auvergne

Arie van Beek

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MP3 | 320 KBPS | 167 MB

Seção ‘The Book is on the Table’: Stern’s performances are all about intimacy: intimacy of sound, manifested in a close, dry (and sometimes rather unlovely) recording offering sharp textural clarity and emphasising the tightness for the Orchestre d’Auvergne’s ensemble-playing; and intimacy of thought, for this is an artist with a delicate touch who likes to shape every detail of phrasing and articulation as if polishing a tiny gem.

[Gramophone, May 2011]

 Stern’s instrument is modern, though her dry attack and clarity suggest time spent with a period piano. Even so there’s an ease to phrasing and touch in the Jeunehomme concerto…Sparkling music-making

[The Times, 22nd January 2011]

Aproveite!

René Denon

Mozart (1756-1791): A Flauta Mágica (Klemperer, Philharmonia, Popp, Berry, Frick)


A última ópera de Mozart foi um dos grandes sucessos de público de sua carreira, talvez o maior de todos, com a marca de 100 apresentações sendo batida em pouco mais de um ano, quando o compositor já havia passado desta pra melhor. O que explica esse sucesso? A comoção com a morte do gênio pesa um pouco, claro, mas também as primeiras performances – das quais a primeira, em setembro de 1791, teve Mozart como regente – já haviam sido sucessos gigantes. Tenho uma teoria: nesta ópera, como em pouquíssimas obras, ele conseguiu formar uma unanimidade ao agradar a públicos muito diversos: quem gosta de árias difíceis tem aqui aquela que é talvez a mais famosa, virtuosa e atlética ária para uma voz feminina em toda a música europeia, a 2ª da Rainha da Noite, mas A Flauta Mágica também traz cenas cômicas, um par romântico, alusões à maçonaria, vários tipos de ouvinte encontram aquilo que lhes agrada.

Essa multiplicidade de estilos e histórias em uma só obra me faz até pensar naquelas novelas das nove, antes das oito, que tinham essa ambição de agradar a todo o conjunto da população, neste caso a do Brasil do século XXI e, naquele caso o povo do Império Austro-Húngaro (em Praga a Ópera logo foi um sucesso pouco depois da estreia em Viena, chegando depois à Alemanha). Não é apenas uma comparação superficial: também nas novelas da TV as várias tramas se entrecruzam com relativa independência e não é raro que um casal inicialmente protagonista (como Pamina e Tamino) acabe ganhando menos simpatia do público do que personagens supostamente menores (como Papageno e a Rainha da Noite). Vocês se lembram daquela novela na Índia em que a heroína foi casada à força pela família? Com o carisma do marido – inicialmente um quase-vilão – ganhando o público, o par inicial da heroína – que, no enredo planejado, iria recuperar sua amada do injusto casamento de conveniência – terminou como um coadjuvante secundário.

Temos aqui, então, um tipo de arte que se ajusta aos anseios das massas e, como por um milagre, o grande artista consegue fazê-lo sem rebaixar o nível da música, sem demagogias populistas e usando os lugares-comuns com criatividade. Em todo caso, por mais genial que seja, por esse caráter popular é uma obra que expressa mais uma coletividade do que a interioridade de Wolfgnang Amadeus Mozart: para isso, mais vale ouvir trechos do Requiem ou dos Concertos para Piano. No Concerto nº 20, por exemplo, temos o Mozart misterioso e noturno, nos Concertos nº 25 e 26 o Mozart grandioso, no nº 17 uma alegria mais jovial e no nº 27 uma certa maturidade que evita os excessos. Cada um desses traz, então, algo como retratos da alma do compositor – que era também pianista – enquanto na Flauta Mágica ele escreve mais distanciado, o conceito de personalidade, de individualidade do compositor cabe menos aqui, Mozart torna-se bem maior do que ele próprio e passam por ele os temperamentos dos seus contemporâneos, assim como resquícios musicais dos grandes autores de obras vocais seculares do seu século 18, quase todos italianos (como A. Scarlatti, Vivaldi e vários outros em Veneza) ou tendo vivido na Itália (Händel e Hasse). Por exemplo as melodias de Sarastro soam próximas dos baixos profundos dos italianos (aqui) e poucos seriam momentos semelhantes nas óperas do século XIX, quando os barítonos com voz não tão grave reinariam.

Por esse aspecto que vai além de Mozart tanto em termos de indivíduo quanto de tempo, acho bastante razoável amar essa gravação de Otto Klemperer, maestro que eu dificilmente consideraria uma das primeiras opções para as Sinfonias ou Concertos: nestes últimos, prefiro o Mozart mais leve das gerações mais recentes (Savall, os pianistas Brautigam e Lubimov…) ou nem tão recentes (Brendel/Marriner, Pires/Abbado…) Nessa Flauta Mágica, porém, após a solene abertura – aqui mais solene – Klemperer e Philharmonia Orchestra fazem um acompanhamento sem qualquer exagero ou maneirismo ruim. E os cantores são o que me faz realmente amar, fazem o coração bater mais forte: a Rainha da Noite por Lucia Popp, o Papageno por Walter Berry, o Sarastro por Gottlob Frick alcançam, juntos, um carisma e um nível técnico absurdo e que dificilmente alguma outra gravação alcançaria.

Mozart (1756-1791): A Flauta Mágica (Die Zauberflöte), K. 620
Philharmonia Orchestra, Otto Klemperer (conductor), Wilhelm Pitz (chorus master)
Lucia Popp, Walter Berry, Gottlob Frick, Nicolai Gedda, Gundula Janowitz, Ruth-Margret Pütz, Elisabeth Schwarzkopf, Christa Ludwig, Marga Höffgen
Recording: Kingsway Hall, London 1964
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Em 1964 Klemperer regia assim, de cachimbo na boca

Pleyel

Mozart (1756 – 1791): Sonatas para piano e outras peças solo – Richard Goode ֍

Mozart (1756 – 1791): Sonatas para piano e outras peças solo – Richard Goode ֍

MOZART

Música para Piano

Richard Goode

A música para piano solo de Mozart tem um traço galante, clássico, que pode soar superficial. Muitas peças foram escritas na sua juventude e em vários casos eram dedicadas a seus alunos. Mas, este disco tem um programa bem peculiar, que mostra uma outra dimensão nesse tipo de repertório.

A Sonata em lá menor K. 310 foi escrita sob o impacto da morte de sua mãe, que o acompanhava em uma viagem à Paris. O seu enorme movimento lento, andante cantabile, transcende todos os outros escritos até então. Mas, não espere lacrimosas notas, pois que mesmo na maior das tristezas, o compositor é Wolfgang e sua genialidade e elegância transparecem.

A brilhante marcha que segue após a sonata é uma transcrição feita por Mozart de uma peça orquestral, uma abertura para uma serenata.

A courante e a giga que seguem a marcha refletem o profundo interesse que Mozart teve pela música de Bach e de Handel, com as quais teve contato através do entusiasta por esses mestres, o Barão Gottfried van Swieten.

A próxima peça descrita assim pelo escritor do libreto, Michael Steinberg: O que ouvimos no Rondó em lá menor é tristeza, tristeza que vai além de um possível consolo, vai mesmo além das lágrimas. É a música mais triste que eu conheço que não é de Schubert. Escrito em 1787, reflete o estado de espírito de Wolfgang naqueles dias. Nas cartas escritas nessa época para o amigo Michael Puchberg, colega maçom a quem Mozart recorria em busca de ajuda financeira, e para Constanze, aparecem frases como: ‘uma tristeza constante’ e ‘um vazio que está sempre lá e cresce dia após dia’. O Rondó tem o tipo de tristeza que também está no Quinteto para Cordas K. 516 e na ária de Pamina, ‘Ach, ich fuhl’s’, de A Flauta Mágica. Hã… han, fica a dica, pode ser que você ache essas peças procurando bem, aqui nas páginas do PQP Bach.

Para terminar o disco, outra Sonata para piano K. 533/494, escrita em duas etapas. O último movimento foi escrito em 1786, ano de composição do Fígaro, e que foi posteriormente adaptado para seguir os dois primeiros movimentos da sonata, escritos em 1788.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)

Sonata in A Minor, K. 310
  1. Allegro maestoso
  2. Andante cantabile
  3. Presto
March in C Major, K. 408
  1. Marcha
Courante, K. 399
  1. Courante
Gigue, K. 574
  1. Giga
Rondo in A Minor, K. 511
  1. Rondó
Sonata in F Major, K. 533
  1. Allegro
  2. Andante
  3. Allegretto

Richard Goode, piano

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MP3 | 320 KBPS | 136 MB

Richard visitando a sede do PQP Bach do Panamá…

A Mozart programme such as this, which includes two of the greatest sonatas and the A minor Rondo, leaves absolutely no margin for error or insufficiency, nor indeed for anything at all approximate or generalised. It’s given to very few to play Mozart as well as Richard Goode[…]

It’s quite big playing, and the range of sonority is appropriate to the A minor Sonata, K310, in particular; […] Goode has a characteristic touch of urgency that has nothing to do with impetuosity or agitation of the surface, but rather with carrying the discourse forward and making us curious about what will happen next. In the presto finale, […] Goode is exciting and articulate, wonderfully adept at getting from one thing to another. […] The shorter pieces, enterprisingly chosen, set off the great works admirably. Exceptional sound throughout – like the playing, quite out of the ordinary run. [Gramophone]

Aproveite!

René Denon

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Concertos para Flauta – François Lazarevitch, Sandrine Chatron, Les Musicien de Saint-Julien

Mais um belo lançamento do selo Alpha, com um Mozart impecavelmente interpretado, e historicamente informado. A sonoridade da orquestra nos surpreende primeiramente, mas depois nos acostumamos, e o som amadeirado da flauta de François Lazarevitch ajuda a emoldurar em um belo quadro estas obras primas do repertório para a Flauta.

Já trouxe outras gravações para os senhores destes mesmos concertos, e cada uma delas tem seus méritos, sem exceção. Fã incondicional que sou de Jean Pierre Rampal, ainda considero suas gravações as mais importantes, já históricas, por que não dizer, assim como a de Aurèle Nicolet, todas presentes e com os links ativos para os senhores apreciarem.

O que posso destacar destes registros que ora vos trago é sua atualidade, não apenas pelo fato de ser um CD recém lançado, mas também pela questão de interpretação mesmo. François Lazarevitch é um flautista muito seguro e competente, lembrando que ele também tem de dirigir a orquestra. As cadenzas são de sua própria autoria, e não posso deixar de citar o comentário do próprio solista falando sobre elas, que por sua vez cita um musicólogo do século XVIII, Daniel Gottlob Türk, livremente traduzido por este que vos escreve ( texto incluído no booklet):

“Pode não ser inapropriado comparar uma cadência a um sonho. Muitas vezes sonhamos no espaço de alguns minutos sobre eventos reais que vivenciamos nos termos mais vívidos e marcantes, mas sem coerência ou consciência clara. O mesmo vale para uma cadência: graças às suas mudanças repentinas e às surpresas que cultiva, a cadência é como o sonho do movimento ao qual está ligada”.

Que mais poderia acrescentar a esta belíssima passagem? Espero que apreciem. Como comentei, trata-se de um lançamento muito recente do sempre ótimo selo Alpha.

CONCERTO POUR FLÛTE EN RÉ MAJEUR, KV 314
1 I. Allegro aperto 2 II. Adagio ma non troppo 5’52
3 III. Rondeau. Allegro

CONCERTO POUR FLÛTE ET HARPE EN DO MAJEUR, KV 299
4 I. Allegro
5 II. Andantino
6 III. Rondeau. Allegro

CONCERTO POUR FLÛTE EN SOL MAJEUR, KV 313
7 I. Allegro maestoso
8 II. Adagio ma non troppo
9 III. Rondo. Tempo di Menuetto

François Lazarevitch – Flûte & Direction
Sandrine Chatron – Harpe
Les Musicien de Saint-Julien

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FDP

Mozart (1756 – 1791): Sinfonias Nos. 35 ‘Haffner’, 40 e 36 ‘Linz’ – Deutsche Kammerphilharmonie Bremen & Tarmo Peltokoski ֎

Mozart (1756 – 1791): Sinfonias Nos. 35 ‘Haffner’, 40 e 36 ‘Linz’ – Deutsche Kammerphilharmonie Bremen & Tarmo Peltokoski ֎

MOZART

Sinfonias

Deutsche Kammerphilharmonie Bremen

Tarmo Peltokoski

O que primeiro chama a atenção nesse lançamento é como parece jovem esse regente! Tarmo Peltokoski é finlandês e desde muito jovem decidiu por se tornar regente. Nascido em 2000, já é reconhecido como um “um talento de um século” (Tagesspiegel). Seu conhecimento e versatilidade permitem que ele se apresente em concertos e em óperas – ele conduziu seu primeiro ciclo completo do Anel aos 22 anos – em um repertório que varia do clássico ao contemporâneo. No espaço de apenas dois anos, ele foi nomeado Diretor Musical Designado da Orchestre National du Capitole de Toulouse, Diretor Musical e Artístico da Orquestra Sinfônica Nacional da Letônia e Maestro Convidado Principal da Orquestra Filarmônica de Roterdã, bem como da Deutsche Kammerphilharmonie Bremen. Tarmo sentiu-se atraído para a regência muito cedo, ao assistir no YouTube um trecho da obra de Wagner.

No entanto, em seu primeiro disco, três sinfonias (maravilhosas) de Mozart! O que dizer? Eu digo: gostei do disco! Esse é sempre o critério para que eu escolha um disco para postar. A interpretação é bastante contemporânea, digamos assim. A orquestra usa instrumentos modernos, mas adota uma postura atenta às práticas de instrumentos de época, com pouco vibrato e com tímpanos bem presentes (até demais, poderiam dizer alguns).

Como se fosse um bônus, entre as sinfonias você poderá ouvir o jovem maestro Tarmo exibir seus talentos como pianista, improvisando sobre temas das sinfonias. Eu não sei se ouviria essas improvisações todas as vezes que ouvisse o disco, mas certamente ouvirei as sinfonias mais vezes.

Sobre as obras, eu diria que as sinfonias de Mozart não ocupam em sua obra o mesmo espaço que as óperas e os concertos para piano, mas as seis últimas são obras primas. As primeiras, compostas na infância e juventude são brilhantes e bem-acabadas, mas superficiais. Entre as que foram compostas no período mediano destacam-se as Sinfonias No. 25 em sol menor e No. 29 em lá maior, na minha opinião. Todas essas obras foram compostas no período em que Mozart vivia em Salzburgo, apesar de suas muitas viagens.

A Sinfonia No. 35 é a primeira da série de seis últimas e foi composta em 1782 quando Wolfgang já morava em Viena, mas foi resultado de uma encomenda que viera de Salzburgo, da família Haffner, enviado pelo papá Leopold. O pedido veio na forma de uma serenata, como uma que já havia sido composta quando Wolfie ainda morava lá. Mozart estava atolado de trabalho, aulas, cuidando de terminar o Rapto do Serralho, sem contar as coisas mundanas como casamento, mudanças, essas coisas. Mesmo assim, um a um os movimentos da nova serenata seguiam para Salzburgo, apesar de provavelmente não ter cumprido o prazo. Pois ao fim de tudo, não é que a música ficou supimpa… tanto que ele resolveu adaptá-la na forma de uma sinfonia, que assim tornou-se a Sinfonia No. 35 – ‘Haffner’.

Algum tempo depois, em 1783, Mozart estava de volta de uma visita a Salzburgo, acompanhado da patroa, Sra. Constanze, e decidiu fazer uma parada em Linz, para visitar um velho amigo da família, o Conde de Thun. O conde queria uma apresentação de Mozart com a orquestra local, mas nenhuma partitura de sinfonia estava à mão. Isso não era um problema para o gênio criativo que em apenas três dias compôs um primor de sinfonia, esta belezura que conhecemos como Sinfonia No. 36, propriamente apelidada ‘Linz’.

Mozart ainda comporia quatro mais sinfonias, uma em Praga, em 1786, e as três últimas no verão de 1788. Apenas a Sinfonia No. 40 é em tom menor e é justamente famosa por sua profundidade e intensidade emocional, refletindo um lado mais sombrio e turbulento da personalidade musical de Mozart. Este período foi marcado por dificuldades pessoais e financeiras, o que pode ter influenciado o tom sombrio da peça.

WOLFGANG AMADEUS MOZART (1756 – 1791)

Symphony No. 35 in D major, K385 ‘Haffner’
  1. Allegro con spirito
  2. Andante
  3. Menuetto
  4. Finale. Presto
Improvisation on Mozart’s ‘Haffner’ Symphony
  1. Improvisation
Symphony No. 40 in G minor, K550
  1. Molto alegro
  2. Andante
  3. Menuetto. Allegretto
  4. Finale. Allegro assai
Improvisation on Mozart’s Symphony No. 40
  1. Improvisation
Improvisation on Mozart’s ‘Linz’ Symphony
  1. Improvisation
Symphony No. 36 in C major, K425 ‘Linz’
  1. Adagio – Allegro spiritoso
  2. Andante
  3. Menuetto
  4. Finale. Presto

Deutsche Kammerphilharmonie Bremen

Tarmo Peltokoski

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MP3 | 320 KBPS | 207 MB

Deutsche Kammerphilharmonie Bremen na entrada do PQP Bach Großer Saal de Blumenau

Summing up his relationship with his players and the works on this album, Peltokoski says, “It’s a luxury to perform Mozart with The Deutsche Kammerphilharmonie Bremen, and to put these three symphonies on record is a dream come true.”

Aproveite!

René Denon

Solícitos como nunca, incompetentes como sempre, os membros do departamento de artes do PQP Bach Publishing House forneceram essa foto do jovem maestro Tarmo Peltokoski

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Sinfonias nº 40 & 41, Orquestra da Rádio Bávara, Rafael Kubelik

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Sinfonias nº 40 & 41, Orquestra da Rádio Bávara, Rafael Kubelik

Domingo chuvoso de inverno, e nada melhor que Mozart para nos acompanhar como trilha sonora. É incrível como a música desse gênio é capaz de tornar as coisas mais fáceis, deve atingir certas áreas de nosso cérebro que causam essa sensação de bem estar, de estar bem consigo mesmo. Vocês não sentem isso também?

Lembro que essas sinfonias me foram apresentadas por esse mesmo maestro, em um CD do antigo selo CBS, com essa mesma orquestra, e quando vi aquela capa com aquele homem com cabelo esquisito pensei, será que isso aqui é bom? Mas aí entrou em ação o velho clichê que diz que não devemos julgar um livro pela capa, e nada mais correto em se afirmar com relação àquele CD, que não tenho mais, perdeu-se nas areias do tempo. Mas reencontrei estes três mesmos atores, Orquestra, Maestro e Mozart, em uma bela caixa que traz gravações ao vivo, com o mesmo repertório, a saber, as Sinfonias de nº 40 e 41. Que bela sensação a de sentir as mesmas emoções depois de tanto tempo. Até parece que Rafael Kubelik e a Orquestra da Rádio Bávara nasceram um para o outro, e Mozart serviu de elemento de ligação.

Tudo aqui flui tão facilmente, tão leve, que nem parece que é ao vivo. Só no final das obras ouvimos as palmas, acaloradas como não poderia deixar de ser. Essas últimas sinfonias nunca soaram tão perfeitas, elegantes, quanto nas mãos de Kubelik, mesmo gostando muito de outros maestros regendo. Talvez Karl Böhm seja o que soe mais próximo em termos de coesão e coerências sonoras.

O monumental último movimento da Sinfonia nº 41, provavelmente a mais perfeita tradução da genialidade de Mozart em suas sinfonias, traduz um pouco o que quero dizer. Enxergamos nessa música tão forte, tão envolvente, aquele elemento transformador, aquele “IT”, aquela coisa que torna tudo tão perfeito, e nos faz acreditar que sim, a vida vale a pena, apesar de todo o mal que nos cerca. Kubelik, neste registro, já idoso, maduro, ciente de toda a grandeza daquela partitura, em seus últimos anos de vida, traduz e deixa transparecer essa sensação de bem-estar.

E viva a música !!!

Symphony No. 40 In G Minor, K. 550
1 Molto Allegro
2 Andante
3 Menuetto: Allegretto
4 Allegro Assai

Symphony No. 41 In C Major, K. 551 (“Jupiter”)
5 Allegro Vivace
6 Andante Cantabile
7 Menuetto: Allegretto
8 Molto Allegro

Symphonie-Orchester Des Bayerischen Rundfunks
Rafael Kubelik – Conductor

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FDP

Mozart (1756 – 1791): Die Entführung aus dem Serail (O Rapto do Serralho) – Soloists – The Monteverdi Choir – The English Baroque Soloists – John Eliot Gardiner (HIP) & Soloists – The Academy of St. Martin-in-the-Fields – Colin Davis ֍

Mozart (1756 – 1791): Die Entführung aus dem Serail (O Rapto do Serralho) – Soloists – The Monteverdi Choir – The English Baroque Soloists – John Eliot Gardiner (HIP) & Soloists – The Academy of St. Martin-in-the-Fields – Colin Davis ֍

Mozart

Die Entführung aus dem Serail

RD Postagem # 500

Chega de tanto videogame, eu disse aos meus filhos, vamos assistir a uma ópera de Mozart, algo que alegre o coração e nos afaste dessa violência virtual desses jogos… Assim, fomos ver (no DVD da sala, é claro), o Rapto do Serralho!

Pois eles adoraram e Osmin foi, por um bom tempo, um dos seus personagens preferidos, ao lado do Goku e do Vedita. E eu gostei tanto da música e dos costumes turcos que institui lá em casa uma espécie de ritual. Sempre que voltava do trabalho a esposa colocava em fila quem estivesse na área, filhos, cachorrada, e assim que eu adentrasse pelo portão soava em altos brados o coro dos janissários saudando o Paxá Selim:

Singt dem großen Bassa Lieder
Töne feuriger Gesang;
Und vom Ufer halle wieder
Unsrer Lieder Jubelklang!

Que se elevem ao grande Paxá nossas vozes em ardente aclamação;

Que desde a praia ecoem os alegres sons de nossa canção!

Vivíamos então propriamente em Piratininga…

Paxá Selim, Osmin e os dois casais…

1781 foi um daqueles anos ainda mais complicados na vida de Mozart. Foi o ano no qual ele finalmente levou um pé-no-traseiro, livrando-se de vez do Arcebispo Coloredo, indo morar em Viena. Apesar de todas as incertezas financeiras e das confusões com os assuntos pessoais, em função de sua relação com Constanze, Mozart era agora dono de seu próprio nariz.

O Rapto do Serralho é fruto de uma encomenda para o National Singspiegel, que havia sido fundado há poucos três anos pelo Imperador José II. A obra devia ser uma espécie de ópera cantada em alemão, mas também com diálogos, e era vista como uma forma menor do que as óperas em italiano. Essa perspectiva certamente era reforçada pelos cantores italianos que viviam em Viena, assim como pelos compositores de ópera em italiano.

A obra foi sendo composta calmamente, mas desde sua estreia em julho de 1782 experimentou um enorme e imorredouro sucesso – o primeiro de Mozart em Viena. Tanto que quase instantaneamente suas melodias foram arranjadas para conjuntos de sopros e eram tocadas em todas as partes.

O Serralho é o palácio do Paxá, onde ele mantém seu harém e onde estão presos a mocinha Konstanze (coincidência?), sua criada inglesa, Blonde, e Pedrillo, o servo de um nobre espanhol, o amado da Konstanze, chamado Belmonte, que está em busca dos três. Eles foram raptados por piratas turcos e vendidos como escravos para o Paxá Selim.

É claro que o Paxá está de olho na mocinha, mas ele é do tipo que não gosta de forçar a barra, e está dando um tempo para a moça aceita-lo.

As bastonadas não eram brinquedo, não…

Tudo isso sabemos por ter-nos sido contado por um passarinho verde e a ópera começa com Belmonte chegando ao Serralho em busca de informações, perguntando por Pedrillo a Osmin, o guardião e buldogue do Paxá, e que adoraria mostrar ao rascal Pedrillo todas as belas formas de torturas locais, entre elas as famosas bastonadas…

Como há de se esperar, mil confusões se seguem, com o astucioso Pedrillo apresentando o amo Belmonte ao Paxá como se fosse um arquiteto que dará um repaginada no Serralho.

Neste ponto é impossível não traçar um paralelo entre alguns dos personagens dessa ópera com membros do elenco de outro grande sucesso de Mozart: a Flauta Mágica: O casal Konstanze/Belmonte está para Tamina/Pamino assim como Pedrillo/Blonde está para Papagena/Papageno. O Paxá Selim corresponde a Sarastro e Osmin lembra um de alguma forma a Monostatos, apesar da grande diferença dos tipos vocais – baixo e tenor.

Voltando ao Rapto, o plano de fuga tramado pelos reféns envolve embriagar Osmin e raptar as moças, fugindo em seguida para a Espanha. A trama começa, mas, como se poderia esperar, as coisas desandam e eles são pegos. Belmonte então se apresenta como filho de um nobre espanhol, dando uma clara carteirada, tão nossa conhecida. Pois o tiro sai pela culatra, o tal nobre espanhol pai de Belmonte é o desafeto-mor do Paxá, ele mesmo tendo sido outrora nobre espanhol que fora traído justamente pelo dono da carteira usada pelo Belmonte – vá saber o que bebiam ou fumavam os libretistas daqueles dias.

Reação do Gardiner quando o pessoal do PQP Bach quis saber qual a marca de suas luvas de box: Everlast?

Com o filho de seu arqui-inimigo nas mãos, já se pensa, Osmin em grande alegria planeja os requintes de sofrimentos a serem infligidos aos sacripantas. No entanto, mais uma vez seus desejos serão adiados, o Paxá decide pagar com o bem os maus tratos de outrora e perdoa a todos e os manda de volta para casa. Os quatro partem com os bons votos do magnânimo Paxá que recebe mais uma vez o exultante Coro dos Janízaros, assim como pode ser visto na sequência do lindo filme Amadeus.

Uma das razões para o instantâneo sucesso dessa obra foi o uso da chamada música turca, que andava especialmente no gosto dos vienenses naqueles dias. Quem não conhece o movimento de Sonata para Piano, chamada Marcha Turca, de Mozart? Outros exemplos de música turca são encontrados nas obras de Haydn e mesmo Beethoven. Veja mais aqui e aqui.

Outro aspecto interessante sobre o Rapto é o fato de que Mozart não refrescou para os cantores e criou para ela algumas de suas árias mais difíceis. Uma delas é a ária de Konstanze chamada Martern aller Arten, na qual Konstanze explica ao atônito Paxá que preferiria experimentar os requintes de tortura turca a trair a memória de seu antigo amor.

Escolher uma boa gravação para a postagem se revelou uma tarefa a um só tempo divertida e difícil. Há muitas escolhas e na rodada final restaram muitas possibilidades na mesa. Das gravações mais antigas cogitei uma com Karl Böhm na regência, mas apesar das vozes maravilhosas, achei que a segunda gravação de Josef Krips, com selo EMI, é imbatível nesse segmento. Mas queria alguma coisa mais recente. Uma gravação destas que gostei bastante é a (segunda) de George Solti (quem diria?). Aqui a orquestra é a Wiener Philharmoniker e Kathleen Battle canta lindamente. Acabei optando por uma gravação historicamente informada, mas não apenas por isso. Acho que essa gravação, com a direção do maestro John Eliot (Manitas de Piedra) Gardiner, é uma das que mais facilmente eu retornaria, em qualquer situação.  No entanto, se você tiver a oportunidade, há também gravações com Christopher Hogwood, René Jacobs, William Christie e Nikolaus Harnoncourt que valem a pena de serem ouvidas. De qualquer forma, talvez alguma das versões mencionadas possa aparecer num futuro não muito distante.

Colin mostrando apresentando sua iguana para o pessoal do PQP Bach

Considerei, no processo da montagem da postagem, que uma outra bela possibilidade para a audição seria a gravação com Colin Davis regendo a Academy of St. Martin-in-the-Fields. Essa gravação está na caixa da Philips com a ‘Obra Completa’ de Mozart, editada por volta de 1991, para faturar bastante, na esteira das edições em datas significativas, no caso, duzentos anos de morte de Mozart. Afinal, os filhos dos donos das gravadoras precisam manter suas Ferraris, Lamborghinis ou Bugattis.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)

Die Entführung aus dem Serail (O Rapto do Serralho)

Singspiel (Ópera em alemão) em três atos

Gravação com instrumentos de época -HIP

Konstanze: Luba Orgonášová

Blonde: Cyndia Sieden

Belmonte: Stanford Olsen

Pedrillo: Uwe Peper

Osmin: Cornelius Hauptmann

English Baroque Soloists and Monteverdi Choir

John Eliot Gardiner

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MP3 | 320 KBPS | 304 MB

One of the main attractions to this recording is the rarely recorded Luba Orgonášová. This Slovakian soprano reminds me of what Joan Sutherland might have sounded like if she performed the entirety of Konstanze’s music. She brings a large beautiful sound to the coloratura and long sensitive phrasing, however, at times her interpretation lacks feeling and clear diction.

John Eliot Gardiner

Die Entführung aus dem Serail (O Rapto do Serralho)

Singspiel (Ópera em alemão) em três atos

Gravação com instrumentos modernos:

Konstanze: Christiane Eda-Pierre

Blonde: Norma Burrowes

Belmonte: Stuart Burrows

Pedrillo: Robert Tear

Osmin: Robert Lloyd

Academy of St Martin in the Fields

Sir Colin Davis

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MP3 | 320 KBPS | 303 MB

Trecho de um blog interessante: When I began listening to Mozart, Colin Davis’ interpretations were always my first pick. Not only do his records showcase some of the best singers in these roles, but he also brings out fine details in the orchestra while at the same time letting the voices shine. Despite approaching the score with a full orchestra rather than one with period instruments, Davis still manages to let the music stay light and breathe.

In addition to Davis, this recording is great for beginners because the German dialogue is severally reduced leaving only the essentials.

Colin Davis apreciando a flexibilidade das cordas da PQP Bach Sinfonietta

Aproveite!

René Denon

Ağa / Giray / Gluck / Kraus / Mozart / Süssmayr: Dream Of The Orient (ou A Chegada dos Turcos à Europa)

Ağa / Giray / Gluck / Kraus / Mozart / Süssmayr: Dream Of The Orient (ou A Chegada dos Turcos à Europa)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um lindo CD cheio de obras desconhecidas! Depois de 1683, quando as tropas polonesas salvaram Viena da invasão turca, esta, a Turquia, já não era uma ameaça para a Europa Ocidental e se tornou um símbolo do Oriente misterioso. Para os músicos europeus, no entanto, a Turquia era menos nebulosa. Alguns instrumentos turcos (incluindo tambores, pratos e triângulos) entraram nas orquestras europeias, com compositores emulando o som das bandas militares turcos. A introdução deste orientalismo musical na Europa é mostrada neste sensacional álbum com excelentes performances do Concerto Köln e da Sarband, um conjunto tradicional turco.

Dream Of The Orient, peças de compositores ou inspiradas pelo Oriente

1 –Concerto Köln & Sarband Introduction 1:18
2 –Concerto Köln & Sarband Overture To “Die Entführung Aus Dem Serail” 4:39
Composed By – Wolfgang Amadeus Mozart

3 –Sarband Introduction 1:22
4 –Concerto Köln & Sarband Concerto Turco Nominate “Izia Semaisi” 4:16
5 –Sarband Son Yürük Sema’i 0:55
Composed By – Traditional

6 –Concerto Köln & Sarband Overture To “La Rencontre Imprévue”
Composed By – C. W. Gluck*
2:28
7 –Sarband Introduction 0:59
8 –Sarband Uşşak Peşrevi
Composed By – Zurnazen Ibrahim Ağa 2:31

9 –Sarband & Concerto Köln Mahur Peşrevi 3:02
Composed By – Tatar Han Gazi Giray*

10 –Concerto Köln & Sarband Ballet From “Soliman II, Eller De Tre Sultaninnorna” – Allegro 3:40
Composed By – Joseph Martin Kraus

11 –Sarband Introduction 2:16
12 –Sarband Hünkar Peşrevi 2:31
Composed By – Anon.*

– Ballet From “Soliman II”
Composed By – Joseph Martin Kraus
13 –Concerto Köln & Sarband Marcia Del Sultano 0:58
14 –Concerto Köln Marcia Degli Schiavi 1:32
15 –Concerto Köln & Sarband Danza Di Elmira 1:07
16 –Concerto Köln & Sarband Marcia Dei Giannizzari 1:25
17 –Sarband Neva Ilahi – Improvisation – Neva Ilahi 5:58
Composed By – Traditional

18 –Concerto Köln Ballet from “Soliman II” – Marcia Di Roxelana 1:09
Composed By – Joseph Martin Kraus

19 –Sarband Introduction 1:15
20 –Concerto Köln Ballet from “Soliman II” – La Coronazione 1:34
Composed By – Joseph Martin Kraus

21 –Sarband Hüseyni Ilahi 1:34
Composed By – Traditional

22 –Concerto Köln Ballet from “Soliman II” – Marcia Dei Dervisci 1:12
Composed By – Joseph Martin Kraus

“Sinfonia Turchesca” In C Major
Composed By – Franz Xaver Süssmayr
23 –Concerto Köln & Sarband 1. Allegro 6:58
24 –Concerto Köln & Sarband 2. Adagio 4:08
25 –Concerto Köln & Sarband 3. [Minuetto] – Trio 3:12
26 –Concerto Köln & Sarband 4. Finale 3:51

Concerto Köln & Sarband
Vladimir Ivanoff, Werner Ehrhardt – direção

Maiores detalhes aqui.

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A gente não ganha porra nenhuma fazendo o PQP
A gente não ganha porra nenhuma fazendo o PQP

PQP

Mozart (1756 – 1791): Sinfonias Nos. 35 & 36 – Haffner & Linz – The Academy of Ancient Music & Christopher Hogwood ֎

Mozart (1756 – 1791): Sinfonias Nos. 35 & 36 – Haffner & Linz – The Academy of Ancient Music & Christopher Hogwood ֎

Mozart

Sinfonias Nos. 35 & 36

AAM

Christopher Hogwood

 

Esse incrível disco foi gravado em 1979, no formato analógico, e é parte do projeto de gravar todas as sinfonias de Mozart usando instrumentos e práticas de época. Este pioneiro projeto lançado pelo selo L’Oiseau-Lyre, a versão ‘Archive Produktion’ da companhia inglesa Decca, foi completado e a caça pelas caixinhas com os discos nas lojas daqui, naqueles dias, era uma verdadeira caça ao tesouro. O projeto Haydn, bem mais extenso, não teve a mesma sorte, as agruras das gravadoras o atingiram ainda em pleno voo. O disco da postagem terminou como o terceiro do Volume 5, cuja capa ilustra a abertura da postagem.

Era maravilhosamente surpreendente ouvir essa música interpretada nessa forma autêntica. A música de Mozart surgia sob uma nova luz, como as pinturas de Rembrandt após a limpeza da sujeira e das camadas de verniz. Os grandes intérpretes de Mozart naqueles dias eram regentessáuros tais como Bohm, Karajan, Szell, Kubelik, Jochum, Solti… Entre os mais antigos venerados por muitos, mas que já estavam no caminho da fossilização, tínhamos Bruno Walter, Josef Krips, Otto Klemperer.

Detalhe de “A Ronda Noturna”, feita em 1642, por Rembrandt – antes e depois da restauração

Havia os mais moderninhos, que tocavam com bandas menores, como Marriner e a ASMF, Jeffrey Tate e a ECO, Sir Charles Mackerras e a Orquestra de Câmara de Praga, mas o som da L’Oiseau-Lyre era libertador.

Escolhi esse disco para postar por gostar da música e por achá-lo sempre atual e destacando-o assim da coleção com todas as outras sinfonias. Integralidade nem sempre a maneira mais interessante de ouvir a música de Mozart, na minha opinião.

A Sinfonia No. 35 nasceu como mais uma possível Serenata a ser composta por Mozart para o pessoal da família Haffner, de Salzburgo. A encomenda havia chegado a Viena, onde Mozart morava em 1782, enviada pelo seu pai, Leopold Mozart. Wolfgang havia composto uma ‘Serenata Haffner’ enquanto ainda morava em Salzburgo e que fizera muito sucesso, tanto que ganhou o apelido.

Mas Mozart agora estava ocupadíssimo, trabalhando na ópera ‘O Rapto do Serralho’, às voltas com sua noiva e futura esposa, além de aulas muitas. Mesmo assim, foi compondo partes da Serenata e enviando para Salzburgo. O prazo da encomenda venceu e Mozart pediu de volta o que já havia mandado. Gostou tanto do que estava pronto (imagine a pressa com que foi compondo…) que rearranjou o material, acrescentou instrumentos na orquestração e assim surgiu a que agora conhecemos como ‘Sinfonia Haffner’.

A outra sinfonia (pela qual tenho uma especial afeição) é a Sinfonia No. 36, escrita em 1783: A Sinfonia “Linz” foi escrita em três dias! Em 1783, Mozart e sua mulher, Constanza, fazem uma viagem a Salzburgo, para verem o pai e a irmã do compositor. No regresso a Viena, o casal detém-se em Linz, em visita ao velho conde de Thun, grande amigo da família. O conde queria muito que Wolfgang se apresentasse com a orquestra local, mas Mozart não tinha nenhuma de suas partituras à mão. Desejoso de agradecer a boa acolhida, começa uma nova sinfonia e consegue estreá-la no dia programado. [Veja o texto completo aqui]. Essa seria a ‘Sinfonia Linz’.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)

Symphony No. 35 In D Major “Haffner” K.385

  1. March K. 408 No. 2 [K.385a]
  2. Allegro Con Spirito
  3. Andante
  4. Menuetto & Trio
  5. Presto

Symphony In C Major “Linz” K.425

  1. Adagio – Allegro Spiritoso
  2. Andante
  3. Menuetto & Trio
  4. Presto

The Academy of Ancient Music [on period instruments]

Christopher Hogwood – conductor

Recording locations: St. Jude’s, Hampstead Garden Suburb & St. Paul’s, Arnos Grove,
June & October 1979

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FLAC | 299 MB

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MP3 | 320 KBPS | 154 MB

O disco foi relançado individualmente numa série com preços modestos, como se dizia então…

Nesta gravação eles mantiveram a marcha que havia sido composta para a versão original na forma de uma serenata, mas que foi descartada por Mozart na versão final como Sinfonia. Acho que eles fizeram isso para exibir os tímpanos…

You cannot get any better than this set. It is outstanding. All of the Mozart Symphonies in one package is impressive enough on its own. But this is a very special package. The Academy of Ancient music under Christopher Hogwood have always been a quality act and their work on this set is no exception.

Não posso deixar de concordar…

Aproveite!

René Denon

PS: Não deixe de visitar essa outra postagem com os mesmos artistas…

F. J. Haydn (1732-1809): 4 Sinfonias – The Academy of Ancient Music – Hogwood

Música de Câmara com Trompa (Diversos Compositores) – The Fibonacci Sequence ֍

Música de Câmara com Trompa (Diversos Compositores) – The Fibonacci Sequence ֍

R Strauss • Glazunov

Mozart • Koechlin

Nielsen • Poulenc

Stephen Stirling, trompa

The Fibonacci Sequence

 

1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, …  Você seria capaz de adivinhar qual seria o próximo número? E o outro?

Essa que parece uma charada de Facebook ou pergunta típica de matemático amador é o início da famosa Sequência de Fibonacci.

Fibonacci, o filho de Bonacci, foi um matemático italiano que viveu entre 1170 e 1250, era chamado Leonardo e exatamente por ser filho de Bonacci foi educado no Norte da África, na cidade hoje conhecida como Bugia, na Argélia, onde seu pai era representante comercial da então República de Pisa.

Leonardo desde muito jovem aprendeu a matemática praticada no mundo árabe, especialmente o sistema numérico hindu-arábico e divulgou esses conhecimentos pela Europa Medieval.

Quando meu pai, que havia sido nomeado por seu país como notário público na alfândega de Bugia, atuando em nome dos mercadores de Pisa, me convocou quando eu ainda era uma criança, e pensando na utilidade e conveniência futura, desejou que eu ficasse lá e recebesse instrução na escola de contabilidade. Lá, quando fui apresentado à arte dos nove símbolos hindu através de ensinamentos notáveis, o conhecimento da arte logo me agradou acima de tudo […]

Ele escreveu vários livros, entre eles o Liber abaci, que contém uma coleção de problemas, entre eles o dos coelhos, que se refere à sequência famosa:

Um certo homem colocou um par de coelhos em um lugar cercado por um muro por todos os lados. Quantos pares de coelhos podem ser produzidos a partir desse par num ano se for suposto que todos os meses cada par gera um novo par que a partir do segundo mês se torna produtivo?

Apesar da inicial resistência, típica dos retrógados, as boas novas matemáticas divulgadas por Fibonacci se estabeleceram como a prática. A enorme vantagem do sistema numérico hindu-arábico sobre o sistema numérico greco-romano, então usado, é o fato de ser um sistema posicional. Tente multiplicar, usando algarismos romanos, 17.347 por 23.781…

Mas por que estou falando disso tudo? Bem, porque eu gosto dessas coisas e o nome do conjunto musical que gravou esse belíssimo disco é justamente The Fibonacci Sequence. Há algum tempo postei uma série de cinco discos gravados por eles, três deles destacando um certo instrumento musical, um disco com música de Messiaen e um com o Octeto de Schubert. Esse deve ser um disco deles que eu perdi na pilha que se amontoa aqui, na mesa de trabalho do PQP Bach Co.

As peças são maravilhosas, começando com o famoso poema sinfônico As Aventuras de Till Eulenspiegel, numa redução para cinco instrumentos feita por Franz Hasenöhrl, passando pelo conhecido Quinteto com Trompa, de Mozart e seguido por outros compositores bem diversos. Cada peça tem uma diferente distribuição de instrumentos tornando a audição bastante interessante. Mais um disco para a coleção do conjunto como nome de objeto matemático…

Composto por músicos de renome internacional, o conjunto musical Sequência Fibonancci distingue-se pela variedade e imaginação da sua programação. Aqui, eles exploram o repertório de trompa com o membro fundador e renomado trompista Stephen Stirling como músico de câmara.

Ricahrd Strauss  (1864 – 1949)

Till Eulenspiegel einmal anders!

(arranjo de Franz Hasenöhrl, para violino, contrabaixo, clarinete, fagote e trompa)

  1. Till Eulenspiegels lustige Streiche

Alexander Glazunov (1865 – 1936)

Idyll, para trompa e quarteto de cordas

  1. Idílio

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)

Quinteto para trompa e cordas em mi bemol maior, K407

  1. Allegro
  2. Andante
  3. Allegro

Charles Koechlin (1867 – 1950)

Quatre Petites Pièces

  1. Andante
  2. Très modere
  3. Allegretto
  4. Scherzando

Carl Nielsen (1865 – 1931)

Serenata in Vano, para violoncelo, contrabaixo, clarineta, fagote e trompa

  1. Serenata

Francis Poulenc (1899 – 1963)

Sonata para trompa, trompete e trombone

  1. Allegro moderato
  2. Andante
  3. Rondeau

Stephen Stirling, trompa

The Fibonacci Sequence:

Jack Liebeck – violin (leader)

Mia Cooper – violin/viola

Yuko Inoue – viola

Benjamin Hughes – cello

Adrian Bradbury – cello

Duncan McTier – double bass

Julian Farrell – clarinet

Richard Skinner – bassoon

Paul Archibald – trumpet

Emily White – trombone

Kathron Sturrock – piano

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FLAC | 254 MB

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MP3 | 320 KBPS | 138 MB

“…dazzlingly good chamber ensemble…exuberantly expressive, intimate style…gorgeously idiomatic playing’ – The Times

‘…no praise can be too high for the Fibonacci Sequence’s polished and dashingly committed performances…’ – Gramophone

Aproveite!

René Denon

W. A. Mozart(1756-1791): Quintetos K. 515 & 516 (Talich)

W. A. Mozart(1756-1791): Quintetos K. 515 & 516 (Talich)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Para esta postagem, fiz questão de fotografar e recortar a capa do meu CD. Observem bem o número de prêmios que o Talich recebeu por esta gravação. A gente nem consegue ver direito o quadro reproduzido na capa. Parece que os tchecos acertaram mesmo! Desnecessário dizer que esta é uma gravação maravilhosa dos grandes Quintetos de Cordas K. 515 e K. 516 de Mozart, interpretada pelo Quarteto Talich com Karel Řehák no violoncelo a mais. Aqui, podemos ouvir muita e sólida cultura musical. É um CD de 1990 com excelente som. Comprei-o lá pelos anos 90. Havia algum tempo que me contentava com a excelente versão do Alban Berg Quartet (1986), mas sempre achei que esta era muito suave para obter explorar a profundidade dessas duas grandes obras. Há maior drama e intensidade nos Talichs, um maior senso de urgência que me agrada. O som é próximo, claro e muito envolvente. Pode-se ouvir todos os instrumentos individualmente e eles estão muito bem equilibrados como grupo. São performances poderosas dessas grandes obras e tenho o prazer de recomendá-las.

W. A. Mozart: Quintetos K. 515 & 516 (Talich)

Quintette À Cordes En Sol Mineur K. 516 (34:01)
1 Allegro 10:27
2 Menuetto 5:05
3 Adagio Ma Non Troppo 8:34
4 Adagio. Allegro 9:43

Quintette À Cordes En Ut Majeur K. 515 (36:10)
5 Allegro 13:16
6 Menuetto Allegretto 5:17
7 Andante 9:53
8 Allegro 7:34

Cello – Evžen Rattay, Karel Řehák
Ensemble – Le Quatuor Talich*
Viola – Jan Talich
Violin – Jan Kvapil, Petr Messiereur

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O Quarteto Talich durante um inquérito interno.

PQP

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 40. K. 550, e 41, “Júpiter”, K. 551 (Scholz)

W. A. Mozart (1756-1791): Sinfonias Nº 40. K. 550, e 41, “Júpiter”, K. 551 (Scholz)

Hoje estava ouvindo a Rádio da Ufrgs e, de repente, entrou a Sinfonia N° 99 de Haydn, regida por Alfred Scholz. Esse Scholz foi um sujeito… Bem, ele foi um maestro e produtor musical que comprava a preço de banana gravações feitas atrás da chamada Cortina de Ferro e as vendia no Ocidente com nomes de orquestras, maestros e solistas que simplesmente não existiam. Às vezes, punha seu próprio nome, quando eram muito boas. Aqui no Brasil esses CDs chegavam pela MoviePlay. Alberto Lizzio era o pseudônimo mais usado. A orquestra Musici di San Marco e Philharmonia Slavonica, colaboradoras habituais de Lizzio, também jamais existiram… É claro que a Rádio da Universidade não vai examinar a biografia de cada músico, só que, como disse, Scholz atribuiu a si algumas boas gravações, além de ter escrito a biografia do grande Alberto Lizzio.

Porque falo nisto? Ora, porque me deparei hoje com este bom CD gravado por Scholz. Eu não tenho como saber quem é o verdadeiro maestro, quem vocês estarão ouvindo.

Symphonie Nr. 40 G-moll K 550 = Symphony No.40 In G Minor K 550
1 Molto Allegro 6:34
2 Andante 12:05
3 Menuetto – Allegretto 3:41
4 Finale: Allegro Assai 6:46

Symphonie Nr. 41 C-dur K 551 “Jupiter” = Symphony No.41 In C Major K 551
5 Allegro Vivace 11:20
6 Andante Cantabile 9:26
7 Menuetto – Allegro 5:01
8 Molto Allegro 8:49

Conductor – Alfred Scholz
Orchestra – London Philharmonic Orchestra

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Você é Alfred Scholz? Aparecem vários rostos diferentes no Google Images..

PQP

Mozart (1756-1791): Concertos para Piano nº 20, 22 e 25 / Beethoven (1770-1827): Concerto para Piano nº 3 (A. de Larrocha / A.B. Michelangeli)

Alicia de Larrocha

Dois discos gravados ao vivo com orquestras alemãs na década de 1980. Dois discos com concertos de Mozart, um deles também com um de Beethoven. Dois pianistas de imensa reputação nesse repertório. Nem preciso apresentar Alicia de Larrocha (1923-2009) e Arturo Benedetti Michelangeli (1920-1995), então falarei um pouco das orquestras.

Alicia tocou esses concertos com duas orquestras do sul da Alemanha, em Stuttgart e Baden-Baden, e os concertos foram gravados pelas rádios alemãs: o lançamento em CD foi décadas depois. Em um ou outro detalhe, soam diferentes das orquestras novíssimas que, nos últimos 15 ou 20 anos, têm mostrado um Mozart mais leve. Mas esses músicos alemães, em 1986, defendiam de modo muito convincente o Mozart criador de tensões sonoras que já soam como profecias dos exageros do romantismo. Sobretudo a percussão: neste Concerto nº 22 – como aliás em outros concertos do Mozart maduro: o 25º, o 26… –  as pauladas no tambor são intensas como em Beethoven ou, se corrermos um pouco no túnel do tempo, lembram até os tambores e martelos de Mahler.

E tenho para mim que os músicos de Stuttgart fazem um Mozart mais rico em detalhes do que os da English Chamber Orchestra, com quem Larrocha gravaria este Concerto nº 22 nos anos 90. Também no 3º Concerto de Beethoven o desempenho da orquestra é bastante interessante, ao menos para quem gosta de Beethoven tocado por orquestras com um número generoso de cordas.

Michelangeli (com um cigarrinho)

O disco de Arturo, também ao vivo, é com a orquestra da Rádio do Norte Alemão (NDR-Sinfonieorchester), em Hamburgo. No Concerto nº 20, o primeiro composto por Mozart em um tom menor, a orquestra faz milagres que nunca ouvi em outras gravações deste concerto. Um som cheio de mistérios, sombras e nuvens. Também Michelangeli está em excelente forma e muto bem gravado, fazendo cada um dos ornamentos com o cuidado e perfeccionismo que eram sua marca registrada. E ele usa a cadência de Beethoven. No Concerto nº 25, porém, a orquestra exagera na intensidade do 1º movimento (Allegro maestoso) e hoje em dia, com tantas gravações historicamente mais informadas, fica difícil perdoar alguns exageros que eram comuns na época. Ou seja: pare o que estiver fazendo agora para ouvir o Concerto em ré menor, mas o outro em dó maior dá pra deixar pra ouvir outro dia.


Alicia de Larrocha – Piano Concertos: Mozart 22, Beethoven 3 – mp3

Alicia de Larrocha – Piano Concertos: Mozart 22, Beethoven 3 – flac


Michelangeli – Piano Concertos: Mozart 20, 25 – mp3

Pleyel

Mozart (1756-1791): Concertos para piano Nos. 23 & 19 – Maurizio Pollini (piano) – Wiener Philharmoniker & Karl Böhm & Frédéric Chopin (1810 – 1849): Estudos, op. 10 & 25 – Maurizio Pollini (piano) ֍

Mozart (1756-1791): Concertos para piano Nos. 23 & 19 – Maurizio Pollini (piano) – Wiener Philharmoniker & Karl Böhm & Frédéric Chopin (1810 – 1849): Estudos, op. 10 & 25 – Maurizio Pollini (piano) ֍

Homenagem ao grande pianista

Maurizio Pollini (1942 – 2024)

A notícia surgiu logo de manhã, no grupo de WhatsApp, e depois se confirmou ao longo do dia nas mídias sociais e jornais on line: Maurizio Pollini è morto.

Maurizio Pollini, pianist who defined modernism, dies at 82

Eu não consigo deixar de lembrar o punch line da anedota sobre o político: Pois sim, morreu para você, filho ingrato! É assim que nos sentimos, na morte de certos artistas. Apesar de tudo, a arte e seus efeitos sobre nós continuarão, por mais algum tempo.

O pianista Maurizio Pollini, através de suas gravações, especialmente aquelas das décadas de 1970, 80 e 90, tem feito parte de meu universo musical desde o início e suas interpretações certamente ajudaram a moldar minhas preferências musicais.

O disco mencionado na postagem, dos concertos de Mozart, é de 1976, quando comecei a comprar meus primeiros LPs. Aqui está minha lista de joias, que levaria para aquela ilha deserta:

Estudos de Chopin (1972); Prelúdios de Chopin (1975); Últimas Sonatas para Piano de Beethoven (1976); Concertos de Mozart (1976) e Imperador, de Beethoven (1979), ambos com Böhm regendo a Filarmônica de Viena; Concertos para piano Nos. 1 e 2, de Bartók (1979), com Abbado regendo a Sinfônica de Chicago, o Quinteto com piano de Brahms (1980), com o Quarteto Italiano, as Sonatas para piano Nos. 2 e 3, de Chopin (1986); Últimas Sonatas para piano de Schubert (1989) e um disco no qual Pollini gravou ao vivo algumas Sonatas para piano de Beethoven, especialmente a Waldstein (1998). Os discos de Chopin ainda tenho em uma caixota, que tem também as Polonaises, feitos pela Microservice, Disco é Cultura.

Veja o que foi lembrado sobre o Pollini (nunca consegui chamá-lo Maurizio…) neste dia:

Harris Goldsmith, a critic who made a specialty of writing about the piano, called Mr. Pollini’s playing “almost entirely geometric” and said he was “a musical counterpart of Mondrian.” Harris Goldsmith, um crítico que se especializou em escrever sobre piano, chamou a interpretação de Pollini de “quase inteiramente geométrica” e disse que ele era “uma contraparte musical de Mondrian”.

Conductor and composer Boulez tried to describe Mr. Pollini for the New York Times in 1993. “He does not say very much, but he thinks quite a lot,” Boulez said. “I find him very concentrated on what he is doing. He goes into depth in the music, and is not superficial, and his attitude as a musician is exactly his attitude as a man. He is as interesting as anyone could be.” O maestro e compositor Boulez tentou descrever Pollini para o New York Times em 1993. “Ele não diz muito, mas pensa bastante”, disse Boulez. “Acho ele muito concentrado no que está fazendo. Ele se aprofunda na música, e não é superficial, e sua atitude como músico é exatamente sua atitude como homem. Ele é tão interessante quanto qualquer um poderia ser.”

Pollini não tocava música de Bach ao piano por razões intelectuais, uma vez que o compositor não as havia escrito para piano. Mas, para nossa fortuna, ele reconsiderou isso posteriormente.

“The important thing with him was the structure, the idea, and not so much the sound or the instrument,” Mr. Pollini told Newsday. “And Bach himself made many, many transcriptions of his work, taking it from one instrument and giving it to another. And so I finally decided that the piano was all right.” “O importante com ele era a estrutura, a ideia, e não tanto o som ou o instrumento”, disse Pollini ao Newsday. “E o próprio Bach fez muitas, muitas transcrições de sua obra, pegando-a de um instrumento e dando-a a outro. E então finalmente decidi que o piano estava bem.”

Graças a essa mudança de atitude temos uma gravação feita em 2009 do Primeiro Livro do Cravo Bem Temperado.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)

Concerto para Piano No. 23 em lá maior, K 488

  1. Allegro
  2. Adagio
  3. Allegro assai

Concerto para Piano No. 19 em fá maior, K 459

  1. Allegro vivace
  2. Allegretto
  3. Allegro assai

Maurizio Pollini, piano

Wiener Philharmoniker

Karl Böhm

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FLAC | 228 MB

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MP3 | 320 KBPS | 126 MB

O disco com os Estudos de Chopin foi gravado em setembro de 1960 pela EMI, no famoso Studio No. 1, Abbey Road, Londres, mas não chegou a ser lançado na época. O produtor foi Peter Andry e o disco foi lançado em 2011 pelo selo Testament, em homenagem a Andry. Vale a pena a comparação com a agora consagrada gravação feita posteriormente, para o selo Deutsche Grammophon.

Frédéric Chopin (1810 – 1849)

Études, op. 10 & 25

Maurizio Pollini, piano

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MP3 | 320 KBPS | 163 MB

Além de grande artista, ele também esteve atento aos movimentos políticos, chegando a se filiar ao Partido Comunista Italiano por um tempo. “Corre-se o risco de estar em um compartimento fechado como um pianista de concerto”, disse Pollini em 1975. “Acho que um artista deve manter os olhos abertos para o que está acontecendo ao seu redor.”

Definitivamente, uma ótima sugestão para artistas e amantes das artes em geral.

René Denon

Maurizio Pollini (1942 – 2024)

J. S. Bach / Beethoven / Haydn / Mozart / Schubert: Encores After Beethoven (Bis depois de Beethoven) (András Schiff)

J. S. Bach / Beethoven / Haydn / Mozart / Schubert: Encores After Beethoven (Bis depois de Beethoven) (András Schiff)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Gostei muito. As gravações são todas ao vivo, tomadas na Tonhalle de Zurique, com aplausos. Trata-se de uma coleção dos ‘bis depois de Beethoven’ que András Schiff deu durante seu ciclo das 32 sonatas do mestre entre 2004 e 2006. Com 52 minutos, equivalem a um banquete dos finais clássicos dos recitais do pianista – de Bach, Haydn e Mozart, passando por Beethoven até Schubert. Se você pensa nos bis como coisas leves, bem, eles podem ser ou não ser. Esses compositores escreveram muitas peças características que são menos ambiciosas do que as grandes sonatas, mas que não devem ser descartadas como miniaturas. Composições mais curtas, sim, mas com longas reflexões por trás delas.

O que tocar depois de uma noite de, digamos, cinco sonatas de Beethoven? Nada, afirmariam muitos pianistas. E Schiff está de acordo com aqueles que, depois da última Sonata de todas (a famosa Op. 111), considerariam a adição de qualquer coisa que não fosse o silêncio como um terrível erro. No entanto, ele nos chega com uma atitude do tipo “por que não?, não há razão para negar a um público entusiasmado um pouco mais de música, desde que estejam relacionadas com as sonatas ouvidas anteriormente”. Os bis variam em extensão e escopo, desde a pequena Giga em Sol maior de Mozart, K. 574 (1’42” e bem traiçoeira), até a Sonata em Sol menor de dois movimentos de Haydn (nº 44 em Hob.) que chamou a atenção de vários grandes pianistas, como Sviatoslav Richter. E ainda temos Bach! Uma joia de CD!

J. S. Bach / Beethoven / Haydn / Mozart / Schubert: Encores After Beethoven (Bis depois de Beethoven) (András Schiff)

Three Piano Pieces D 946 (Franz Schubert)
1 No. 1 e- Flat minor. Allegro assai 07:26

2 Allegretto c minor D 915 (Franz Schubert) 04:59

3 Eine kleine Gigue in G Major KV 574 (Wolfgang Amadeus Mozart) 01:42

Sonata g minor Hob XVI :44 (Joseph Haydn)
4 Moderato 09:33
5 Allegretto 04:04

6 Hungarian Melody in b minor D 817 (Franz Schubert) 03:59

7 Andante favori F major WoO 57. Andante grazioso con moto (Ludwig van Beethoven) 08:41

Partita No. 1 B-flat Major BWV 825 (Johann Sebastian Bach)
8 Menuet I & II 02:32
9 Gigue 02:33

Prelude and Fugue b-flat minor BWV 867 (Johann Sebastian Bach)
10 Prelude 02:30
11 Fugue 03:27

András Schiff, píano

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É difícil não chamar Schiff de volta ao palco

PQP

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Concertos para Piano K. 242, K. 365 e K. 315f – AAM, Robert Levin, Ya-Fei Chuang

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Concertos para Piano K. 242, K. 365 e K. 315f – AAM, Robert Levin,  Ya-Fei Chuang

Para os fãs das interpretações historicamente informadas, o nome de Robert Levin é bem conhecido. Trata-se de um exímio pianista, e musicólogo e desde 1993, professor em Harvard, que realizou diversas gravações com a Academy of Ancient Music, em seus áureos tempos com Christopher Hogwood como diretor, pelo saudoso selo L´Oiseau-Lyre, cujos lançamentos aguardávamos ansiosos ali em meados da década de 1980, principalmente suas gravações dos Concertos para Piano de Mozart.

A sonoridade dos instrumentos utilizados nas gravações em um primeiro momento nos deixou boquiabertos, não conhecíamos nada parecido. O som ao qual estávamos acostumados era o dos pianos Steinway, Bossenfelder ou Yamaha, e aquilo ali parecia muito seco, sem nenhuma amplitude sonora. E de Orquestras como Filarmônica de Berlim, de Viena, dentre outros grandes conjuntos europeus e norte americanos.   Eram outros tempos, não tínhamos Internet, nossa opção e talvez única forma de obter maiores informações era ler as matérias assinadas por ‘especialistas’ nos jornais e revistas da época. Então, quando estes LPs começaram a chegar aqui no Brasil, meio que virou uma febre. Aliados à qualidade das interpretações, outro detalhe a se destacar eram as capas.

Capa original do LP do selo LÓiseau-Lyre de gravação da dupla Levin/Hogwood.

Bem, e assim se passaram algumas décadas, e até mesmo aquele estilo de interpretação conhecido como historicamente informado evoluiu, muito devido a pesquisas de musicólogos como o próprio Robert Levin. Os instrumentos utilizados nesta gravação foram construídos baseados em um modelo de pianoforte que o próprio Mozart utilizava.

Ao lado de sua esposa, a também pianista Ya-Fei Chuang, Levin nos brinda com um belo CD para se ouvir o bom e velho Mozart como deveria soar lá no século XVIII. Quem nunca ouviu vai estranhar a sonoridade, não apenas do pianoforte, mas também da própria orquestra, criada há cinquenta anos por Christopher Hogwood exatamente para interpretações historicamente informadas. Atualmente ela é dirigida por Lawrence Cummings, e também já tem seu próprio selo.

Além dos conhecidos Concertos K. 242 (de nº 7) e do K. 365 (nº10), temos também uma rara gravação de uma obra que Mozart nunca concluiu, o K.Anh.56 (K315f), do qual se conheciam apenas fragmentos. A versão aqui apresentada foi reconstruída e concluida pelo próprio Robert Levin, mas com apenas um movimento. Trata-se de um Concerto para Piano e Violino, e aqui temos como solista o Spalla da AAM, Bojan Čičić. O colega René Denon já postou um CD desta mesma turma há alguns meses, que traz o imenso e poderoso Concerto de nº 21, o meu favorito e o de muita gente que conheço.

Ouvir Mozart sempre é um prazer para os ouvidos. E Robert Levin e sua turma aumenta ainda mais este prazer, nos proporcionando um Mozart leve, solto, divertido. Discaço, que vale e muito sua audição.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Concertos para Piano K. 242, K. 365 e K. 315f – AAM, Robert Levin, Ya-Fei Chuang

Concerto No. 7 For Two Pianos And Orchestra In F Major K242
1 I Allegro
2 II Adagio 7:57
3 III Rondo. Tempo Di Minuetto 5:47

4 Concerto Movement For Piano, Violin, And Orchestra In D Major KAnh56 (315f)
Composed By [Completed By] – Robert Levin

Concerto No. 10 In E-flat Major For Two Pianos And Orchestra K365 (316a)
5 I Allegro
6 II Andante
7 III Rondo. Allegro

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FDP

Florence Foster Jenkins – The Glory (???) of Human Voice

Florence Foster Jenkins – The Glory (???) of Human Voice

Obs. de PQP: Neste ano de 2016, o mundo falará muito em Florence Foster Jenkins. Afinal, Stephen Frears acaba de finalizar a cinebiografia desta absurda, patética e desafinadíssima cantora com Meryl Streep no papel principal. Ela é simplesmente hilariante. As plateias desenvolveram uma curiosa convenção. Quando ela chegava em momentos particularmente horríveis em que  eles tinham que rir, eles explodiam em aplausos e assobios para poderem rir livremente, sem machucar tanto a auto-estima — na verdade uma inabalável fortaleza — da pobre cantora. Ouçam o que ela consegue fazer nesta que é sua melhor gravação (não estou ironizando). Ouvir ‘A Faust Travesty’ é algo só para os fortes, mas ‘A Rainha da Noite’, ‘Biassy’ e ‘Like a Bird’ também quase me mataram. Mas deixemos a palavra para Das Chucruten.

Hoje vou postar uma pérola da indústria fonográfica do século XX, que de vez em quando deixa escapar suas máculas de maneira muito divertida. Esta é o que podemos chamar de raridade humorística da música.

Florence Foster Jenkins foi uma moça da alta sociedade americana, nascida ainda no final do séc.XIX, casada durante pouco tempo com um médico, e depois com um ator que virou seu empresário. Ao que parece sua família era muito rica e lhe permitiu manter-se de forma extravagante mesmo depois de uma separação. Consta que ela sempre quis ser cantora, mas nem seus pais nem seu marido deram bola, então ela resolveu seguir por conta própria. O resultado é que ela se autopromoveu e começou a organizar apresentações de canto às próprias custas.

Chamou a atenção dos críticos porque era totalmente desprovida de qualquer musicalidade mínima: não entendia a pulsação rítmica, era incapaz de manter-se no ritmo; não conseguia afinar-se minimamente e tinha uma pronúncia de língua estrangeira que beirava o ridículo. Não obstante, suas apresentações se tornaram “cult”, e, mesmo sabendo que o público ia assisti-la para o escárnio, dizia que os risos eram “inveja profissional”.

Pouco antes de morrer, em 1944, conseguiu apresentar-se no Carnegie Hall e gravou seu único disco de 78 rotações (aos 70 anos de idade!), que é a pérola que aqui vos apresento. O mérito do pianista acompanhador é grande, um verdadeiro malabarista que consegue, com maestria, seguir um motorista bêbado. O CD ainda tem umas faixas bônus com uma sátira ao Fausto de Gounod, cantado de forma invertida, e muito propriamente, chamado “A Faust Travesty”. Agradeço à minha amiga Ana Lucia pela introdução desta Diva na minha discografia

Abraços.

Meryl Streep como Florence em filme de Stephen Frears que será lançado este ano
Meryl Streep como Florence em filme de Stephen Frears que será lançado este ano

FLORENCE FOSTER JENKINS – THE GLORY (???) OF HUMAN VOICE / A FAUST TRAVESTY

01 Mozart: Die Zauberflöte, K 620 – Queen Of The Night Aria
02 Lyadov: Die Musikdose, Op. 32
03 Cosme McMoon: Like A Bird
04 Delibes: Lakme – Ou Va La Jeune Hindoue_
05 Cosme McMoon: Serenata Mexicano
06 David: La Perle Du Bresil – Charmant Oiseau
07 Bach,J.S. / Pavlov:  Biassy
08 Strauss, Jr.: Die Fledermaus – La Chauve-Souris_ Adele’s Laughing Son – Air D’adele – ‘mein Herr Marquis’
09 Gounod: A Faust Travesty: Valentine’s Aria (Ere I Leave My Native Land)
10 Gounod: A Faust Travesty: Jewel Song (O Heavenly Jewels)
11 Gounod: A Faust Travesty: Salut, Demeure Chaste Et Pure (Emotions Strange)
12 Gounod: A Faust Travesty: Final Trio (My Heart Is Overcome With Terror)

Florence Foster Jenkins, Soprano
Cosme McMoon, pianist
Jenny Williams – Thomas Burns, singing the Faust parody

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Ela, a Diva
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W. A. Mozart (1756-1791): Divertimentos K. 287 e 131 (Capella Istropolitana / Nerat)

W. A. Mozart (1756-1791): Divertimentos K. 287 e 131 (Capella Istropolitana / Nerat)

Dois dos melhores Divertimentos de Mozart. O Divertimento K. 287 é formado por seis movimentos tranquilos e gentis, sendo que seu Adágio (4º mov.) tem uma melodia sublime, do melhor Mozart. Não me canso de ouvi-lo. Diga-se de passagem que o K. 131 também apresenta seis movimentos… A performance da Capella Istropolitana é, como sempre, de alto nível. Hoje, eles foram rebatizados como Orquestra de Câmara da Cidade de Bratislava. Aquela região sabe o que é um bom Mozart. Aliás, sabem que Bratislava já foi chamada de Istrópolis? Bem, o Divertimento é uma forma musical que se caracteriza pela leveza. Pode ser composto para um ou vários instrumentos e consta em geral de uma série de movimentos alternados e livres. O termo indica, sobretudo na França, um intermezzo com dança, que no século XVII e XVIII se inseria nas óperas e comédias-balés.

W. A. Mozart (1756-1791): Divertimentos K. 287 e 131 (Capella Ostropolitana / Nerat)

Divertimento No. 15 in B flat major, K. 287, “Lodron Night Music No. 2”
Performed by: Capella Istropolitana
Conducted by: Harald Nerat
1. I. Allegro 09:42
2. II. Andante grazioso con variazioni 08:35
3. III. Menuetto 03:41
4. IV. Adagio 08:35
5. V. Menuetto 04:12
6. VI. Andante – Allegro molto 08:05

Divertimento in D major, K. 131
Performed by: Capella Istropolitana
Conducted by: Harald Nerat
7. I. Allegro 05:19
8. II. Adagio 06:10
9. III. Menuetto 05:35
10. IV. Allegretto 03:06
11. V. Menuetto 04:09
12. VI. Adagio – Allegro molto – Allegro assai 06:12

Total Playing Time: 01:13:21

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Bratislava, meu amigo

PQP