Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893):Tchaikovsky & Shakespeare

Pra lá de interessante este CD de Dudamel e sua turma da Venezuela. São três peças de longa duração escritas por Tchai sobre temas shakespearianos: Hamlet, A Tempestade e Romeu e Julieta. Um ideia bem óbvia, né? Dudamel parece o Rattle dos primeiros anos, erra pouco e parece levar muito bem sua vida entre um país e outro. Atualmente, é o maestro titular da extraordinária Orquestra Sinfônica de Gotemburgo e diretor musical da Orquestra Filarmônica de Los Angeles, além de ser a grande estrela da Simón Bolívar. Um fenômeno. Afinal, este filho de um trombonista com uma professora de canto é um cara que começou no El Sistema venezuelano e ainda não completou 32 anos. Muito se ouvirá ainda falar deste baixinho que também é violinista. Em Los Angeles, onde passa meses sem ir, é conhecida a expressão Where the hell is Dudamel?, de tal forma sua ausência é sentida.

Tchaikovsky & Shakespeare

1. Hamlet – Fantasy Overture after Shakespeare op. 67 [18:38]
2. The Tempest – Symphonic Fantacy after Shakespeare op. 18 [24:41]
3. Romeo and Juliet – Fantasy Overture after Shakespeare [22:14]

Simón Bolívar Symphony Orchestra of Venezuela
Gustavo Dudamel

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Gustavo Dudamel mandando bala

PQP

Adams, Antheil, Bernstein, Gershwin, Hindemith, Milhaud, Stravinsky, Raskin: New World Jazz

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Sim, sim, um disco extraordinário. Aqui, há várias lições: (1) John Adams ensina como o minimalismo pode ser mais legal sem vidro, (2) como uma orquestra formada por jovens jazzístas acompanhados por músicos eruditos rendem e exploram adequadamente a irreverência deste espetacular repertório, (3) como meu pai tinha razão ao dizer e repetir que da música do século XX, a mais ampla, ventilada, livre e bela fora o jazz e (4) como estão corretos aqueles músicos que olham para cá e para lá. Boa diversão!

Adams, Antheil, Bernstein, Gershwin, Hindemith, Milhaud, Stravinsky, Raskin:
New World Jazz

1. Adams · Lollapalooza 6:33
2. Gershwin · Rhapsodie in Blue 17:24 (Michael Tilson Thomas, piano)
3. Bernstein · Prelude, Fugue and Riffs 8:29
4. Milhaud · La creation du monde 17:54
5. Stravinsky · Ebony Concerto 9:32
6. Hindemith · Ragtime 3:22
7. Antheil · A Jazz Symphony 11:53
8. Raskin · The Bad and the Beautiful 3:47

New World Symphony
Michael Tilson Thomas

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

John Adams: aula máxima de minimalismo

PQP

Vivaldi, Marcello, Quantz, J.C. Bach, Fasch: Florilegium Musicale

Excelente seleção, excelente disco de música barroca protagonizado pela compreensiva Camerata Koln de minha mais profunda alegria. CD excepcional para iniciar a manhã. Para ser ouvido antes, durante e depois do café, desde que não se vá à missa. Programo esta postagem “ontem”, na esperança de que, hoje pela manhã, as notícias de morte tenham cessado em Israel. Tenho muitos amigos judeus e eles sabem o quanto não suporto o sionismo. Chega, né?

Vivaldi – Concerto in g minor RV 104 “La Notte” Flute, 2 violins, bassoon & BC

1. Chamber Concerto (‘La notte’), for flute or violin, 2 violins, bassoon & continuo in G minor, RV 104: La Notte
2. Chamber Concerto (‘La notte’), for flute or violin, 2 violins, bassoon & continuo in G minor, RV 104: Fantasmi
3. Chamber Concerto (‘La notte’), for flute or violin, 2 violins, bassoon & continuo in G minor, RV 104: Il Sonno
4. Chamber Concerto (‘La notte’), for flute or violin, 2 violins, bassoon & continuo in G minor, RV 104: Allegro

A. Marcello – Concerto in d minor Oboe, 2 violins, viola & BC
5. Concerto for oboe, strings & continuo in D minor, SF. 935 (often transposed to C minor): Andante
6. Concerto for oboe, strings & continuo in D minor, SF. 935 (often transposed to C minor): Adagio
7. Concerto for oboe, strings & continuo in D minor, SF. 935 (often transposed to C minor): Allegro

Quantz – Trio in C major Recorder, flute & BC
8. Trio in C: Affettuoso
9. Trio in C: Alla breve
10. Trio in C: Larghetto
11. Trio in C: Vivace

J.C.Bach – Quintett in D major Op.22.1 Fortepiano, flute, oboe, violin & cello
12. Quintet for flute, oboe, violin, cello & keyboard in D major, Op. 22/1, CW B76 (T. 304/6): Allegro
13. Quintet for flute, oboe, violin, cello & keyboard in D major, Op. 22/1, CW B76 (T. 304/6): Andantino
14. Quintet for flute, oboe, violin, cello & keyboard in D major, Op. 22/1, CW B76 (T. 304/6): Allegro assai

Fasch – Quartett in d minor 2 Oboes, bassoon & BC
15. Quartet for 2 oboes, obbligato basson & continuo in D minor, FaschWV N:d2: Largo
16. Quartet for 2 oboes, obbligato basson & continuo in D minor, FaschWV N:d2: Allegro
17. Quartet for 2 oboes, obbligato basson & continuo in D minor, FaschWV N:d2: Largo
18. Quartet for 2 oboes, obbligato basson & continuo in D minor, FaschWV N:d2: Allegro

Vivaldi – Concerto in C major RV 444 Sopranino recorder, 2 violins, viola & BC
19. Piccolo (Flautino) Concerto, for piccolo (or recorder/flute), strings & continuo in C major, RV 444: Allegro non molto
20. Piccolo (Flautino) Concerto, for piccolo (or recorder/flute), strings & continuo in C major, RV 444: Largo
21. Piccolo (Flautino) Concerto, for piccolo (or recorder/flute), strings & continuo in C major, RV 444: Allegro molto

Camerata Koln

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Nossa, o Quantz adorava pegar numa flautinha!

PQP

Paul Hindemith (1895-1963) – Obras para Violoncelo e Piano (Link Restaurado)

Postado originalmente em 15 de fevereiro de 2008.

É interessante como Hindemith colocou-se frente à música de sua época. Depois de uma infância de menino superdotado e de um início de carreira com agudo senso de provocação – revolucionário mesmo -, o compositor sentiu necessidade de ordem e, ao mesmo tempo que Stravinski mergulhava em partituras de Pergolesi, ele fazia sua virada estilística estudando J.S. Bach e Händel. As duas primeiras obras deste CD são do primeiro período e a terceira é de depois da virada. Este “passo atrás” foi acompanhado de um coro de críticas ao seu “neobarroquismo”, porém suas Kammermusik fizeram indesmentível sucesso (já postamos algumas em nosso PQP) e… são concertos de câmara para diversos instrumentos solistas dentro da estrutura dos Concertos de Brandenburgo. O enfant terrible do passado institucionalizou-se. Ao final de sua vida, Hindemith escreveu um Ludus Tonalis, espécie de Cravo bem temperado moderno. De certo modo, seu retorno a Bach foi sem volta… Mas é justamente sua polifonia e barroquismo que me agradam.

Este CD não chega a ser uma obra-prima, mas também não é decepcionante.

Paul Hindemith – Obras para Violoncelo e Piano

Three Pieces for Cello and Piano, Op. 8 (1917)
1. Capriccio In A Major
2. Phantasiestuck
3. Scherzo

Sonata for Cello and Piano, Op. 11 no 3 (1919)
4. 1st Movement
5. 2nd Movement

Sonata for Cello and Piano (1948)
6. I. Pastorale
7. II. Moderately Fast
8. III. Passacaglia

Emil Klein (Cello)
Wolfgang Manz (Piano)


BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

null

Postado pelo PQP. Restaurado pelo Carlinus

.: interlúdio :. Terje Rypdal: Odyssey In Studio & In Concert

Não morri de amores por este elogiadíssimo e ressuscitado Odyssey, onde temos um resumo da carreira de Rypdal desde os anos 70. Bem melhor é o terceiro CD, gravado ao vivo em 2009. Nem todos os CDs dos anos 70 e 80 da ECM eram atemporais e, para utilizar uma expressão antiquada, diria que o Odyssey original era bem datado. Mas, vejam bem, esta é apenas a minha opinião e tem valor bem limitado. Vale baixar pelo terceiro CD, que achei interessante.

Terje Rypdal: Odyssey: In Studio & In Concert

ODYSSEY – CD1 (ex ECM 1067)
01. Darkness Falls
02. Midnite
03. Adagio
04. Better Off Without You

ODYSSEY – CD2 (ex ECM 1067)
01. Over Birkerot
02. Fare Well
03. Ballade
04. Rolling Stone

Unfinished Highballs (previously unreleased) – CD3
01. Unfinished Highballs
02. The Golden Eye
03. Scarlet Mistress
04. Dawn
05. Dine and Dance to the Music of the Waves
06. Talking Back
07. Bright Lights – Big City

Personnel:

Terje Rypdal – electric guitar, synthesizer, soprano saxophone
Torbjørn Sunde – trombone
Brynjulf Blix – organ
Sveinung Hovensjø – bass guitar
Svein Christiansen – drums

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Terje Rypdal

PQP

G. F. Handel (1685-1759): O Messias

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Esta gravação é lá dos primórdios da Naxos, quando ela era uma estranha empresa que produzia discos bons e baratos. Com este Messias descobriu-se que a Naxos poderia fazer discos FANTÁSTICOS e baratos. Lembro que, com este registro da obra-prima de Handel, todas as revistas e o público finalmente abriram as pernas para a gravadora de Klaus Heymann, fundada em 1987.

Agora, meu amigo(a), chegou a hora de você abrir as pernas.

G. F. Handel (1685-1759): O Messias

Disc 1
1. Part I: Sinfonia 00:03:12
2. Part I: Recitative: Comfort ye my people (Tenor) 00:03:08
3. Part I: Aria: Every valley shall be exalted (Tenor) 00:03:35
4. Part I: And the glory of the Lord shall be revealed (Chorus) 00:02:37
5. Part I: Recitative: Thus saith the Lord (Bass) 00:01:24
6. Part I: Aria: But who may abide the day of His coming (Counter – tenor) 00:03:06
7. Part I: And He shall purify the sons of Levi (Chorus) 00:02:29
8. Part I: Recitative: Behold, a virgin shall conceive (Alto) 00:00:25
9. Part I: Aria: O thou that tellest good tidings to Zion (Alto) 00:05:33
10. Part I: Recitative: For behold, darkness shall cover the earth (Bass) 00:02:42
11. Part I: Aria: The people that walked in darkness have seen a great light (Bass) 00:04:25
12. Part I: For unto a child is born (Chorus) 00:04:03
13. Part I: Pifa 00:00:56
14. Part I: Recitative: There were shepherds abiding in the field (Soprano) 00:01:22
15. Part I: Glory to God in the highest (Chorus) 00:01:54
16. Part I: Aria: Rejoice greatly, O daughter of Zion (Soprano) 00:04:04
17. Part I: Recitative: Then shall the eyes of the blind be opened (Alto) 00:00:20
18. Part I: Aria: He shall feed His flock like a shepherd (Alto) 00:05:13
19. Part I: His yoke is easy, His burthen is light (Chorus) 00:02:22
20. Part II: Behold the Lamb of God (Chorus) 00:02:52
21. Part II: Aria: He was despised and rejected of men (Alto) 00:11:11
22. Part II: Surely, He hath borne our griefs and carried our sorrows (Chorus) 00:02:05
23. Part II: And with His stripes we are healed (Chorus) 00:01:54
24. Part II: All we like sheep have gone astray (Chorus) 00:03:55

Disc 2
1. Part II: Recitative: All they that see Him Laugh Him to scorn (Tenor) 00:00:44
2. Part II: He trusted in God that He would deliver Him (Chorus) 00:02:23
3. Part II: Recitative: Thy rebuke hath broken His heart (Tenor) 00:01:48
4. Part II: Arioso: Behold, and see if there be any sorrow like unto His sorrow! (Tenor) 00:01:34
5. Part II: Recitative: He was cut off out of the land of the living (Tenor) 00:00:19
6. Part II: Aria: But thou didst not leave His soul in Hell (Tenor) 00:02:42
7. Part II: Lift up your heads (Chorus) 00:03:04
8. Part II: Recitative: Unto which of the angels said He at any time (Tenor) 00:00:14
9. Part II: Let all the angels of God worship Him (Chorus) 00:01:28
10. Part II: Aria: Thou art gone up high (Counter – tenor) 00:03:17
11. Part II: The Lord gave the word (Chorus) 00:01:10
12. Part II: Duet: How beautiful are the feet of Him that bringeth glad tidings of salvation (Soprano, Counter – tenor) 00:03:22
13. Part II: Aria: Why do the nations so furiosly rage together (Bass) 00:03:08
14. Part II: Let us break their bonds asunder (Chorus) 00:01:50
15. Part II: Recitative: He that dwelleth in heaven shall laugh them to scorn (Tenor) 00:00:12
16. Part II: Aria: Thou shalt break them with a rod of iron (Tenor) 00:02:10
17. Part II: Hallelujah! (Chorus) 00:03:44
18. Part III: Aria: I know that my Redeemer liveth (Soprano) 00:06:07
19. Part III: Since by man came death (Chorus) 00:01:52
20. Part III: Recitative: Behold, I tell you a mystery (Bass) 00:00:32
21. Part III: Aria: The trumpet shall sound (Bass) 00:09:06
22. Part III: Recitative: Then shall be brought to pass the saying that is written (Counter – tenor) 00:00:17
23. Part III: Duet: O Death, where is thy sting (Counter – tenor, Tenor) 00:03:24
24. Part III: Aria: If God be for us, who can be against us (Soprano) 00:04:57
25. Part III: Worthy is the Lamb that was slain (Chorus) 00:07:19

Angus Davidson
Helen Parker
Kym Amps
John Bowen
Robin Doveton
Scholars Baroque Ensemble

Total Playing Time: 02:21:30

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Handel apressa o pintor. Porra, anda com essa merda!

PQP

Charles Villiers Stanford (1852-1924): Symphony No. 7 in D minor, Op. 124

Pois bem, um argentino louco resolveu postar este CD, mas tratou de ignorar a Irish Rhapsody Nº 3 e a Concert Piece para Órgão e Orquestra e acompanham a Sinfonia Nº 7. Talvez justificadamente ressentido pela insistência dos ingleses em permanecer nas Malvinas, tratou de cortar pela metade o CD de Sir Charles (diz-se Tials, em pronúncia cockney) Stanford.

A Sinfonia é bastante boa com seus dois últimos movimentos grudadinhos coisa e tal, mas o disco não é tão bom quanto o Stanford anterior que postamos. Vale a pena baixar e ouvir, claro. O fato de não ser tão bom quando o anterior não implica em ruindade.

The rest is silence y la mano de Dios.

C. V. Stanford (1852-1924): Symphony No. 7 in D minor, Op. 124

1. Symphony No. 7 in D minor, Op. 124: I. Allegro 7:20
2. Symphony No. 7 in D minor, Op. 124: II. Tempo di minuetto [Allegretto molto moderato] 5:47
3. Symphony No. 7 in D minor, Op. 124: III. Variations and Finale: Andante 7:52
4. Symphony No. 7 in D minor, Op. 124: III. Variations and Finale: Allegro giusto – Poco piu lento – Allegro maestoso [alla breve] 7:38

Ulster Orchestra
Vernon Handley

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Se você não conhecia Charles Stanford, fique sabendo que o importante é ter saúde.

PQP

Charles Villiers Stanford (1852-1924): Violin Concerto in D, Op. 74 & Suite for Violin and Orchestra, Op. 32

Stanford? Quem é? PQP enlouqueceu?

Não! E mais: digo que é IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um grande disco, muito bem gravado e sedutor desde o primeiro solo de violino, o qual é imediatamente seguido pela orquestra. Stanford é um desses românticos perdidos num mundo que não o era mais. Sua música é muito boa e penso que não seja tão divulgada porque nada se espera de um compositor inglês. Afinal, a Inglaterra têm excelentes orquestras, instrumentistas e concertos. Compositores? Só de rock. O disco foi…

GRAMOPHONE ‘RECORDING OF THE MONTH’,
GRAMOPHONE EDITOR’S CHOICE,
GRAMOPHONE CRITICS’ CHOICE (chosen by three critics) e
CD REVIEW DISC OF THE WEEK.

Não é pouco e é merecido. Confira!

C. V. Stanford (1852-1924):
Violin Concerto in D, Op. 74 & Suite for Violin and Orchestra, Op. 32

1. Suite, Op.32: Overture
2. Suite, Op.32: Allemande
3. Suite, Op.32: Ballade
4. Suite, Op.32: Tambourin
5. Suite, Op.32: Rondo Finale

6. Violin Conc in D, Op.74: Allegro
7. Violin Conc in D, Op.74: Canzona – Andante
8. Violin Conc in D, Op.74: Allegro Moderato

Anthony Marwood, violino
Glasgow BBC Scottish Symphony Orchestra
Martyn Brabbins

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O célebre Charles Stanford. A música erudita pode ser dividida entre antes e depois dele.

PQP

.: interlúdio :. Concert Jazz Orchestra Vienna and Wolfgang Muthspiel: Continental Call

Na Amazon —-> Continental Call (Concerto for Guitar and Jazz Orchestra)

Declaración del productor: “No es una Big Band – es una Orquesta de Jazz!

La respuesta a tres preguntas cruciales:

Por qué?
Como en una orquesta sinfónica estos son los colores que forman el centro de la música. Un juego completo de instrumentos de viento de madera en vez de saxofones, instrumentistas de cobre, cambian colores entre la trompeta, flugelhorn, trombón y bombardino. No sólo está en la pared de sonido, está también en el fino pincel en la pintura. Los músicos no solamente actúan, ellos actúan recíprocamente enturbiando las fronteras de sus instrumentos respectivos. Así la Concert Jazz Orchestra Vienna representa a la tradicional Big Band americana -pensando en Gil Evans, George Gruntz y María Schneider- con el espíritu de música moderna europea.

En la música de jazz una Big Band es un anacronismo vivo. Demasiados músicos fueron forzados a vivir con demasiado poco dinero, la enorme logística, pocos clubs que podrían permitirse o al menos acomodar una Big Band sobre su escenario, y festivales que más bien gastan el dinero en un solista que es la moda de hoy. Por eso:

Por qué una Big Band?
Primero nadie puede evitar la seducción de semejante cantidad. El tamaño realmente importa, y un enorme sonido puede ser la magia pura. Y por otra parte una Big Band reune dos cualidades fundamentales de la música: Composición e Improvisación.

Por qué “Concert Jazz Orchestra Vienna?
La última pregunta nos retrotrae al principio y lleva la respuesta directamente dentro de sí: Una composición de una hora principalmente, que destaca a un solista que concede el espacio para la libertad improvisacional, así como la integración perfecta del sonido del instrumento en la orquesta. Y una Orquesta de Jazz que -lejos de todo cliché de una Big Band- apoya y desafía a este solista al mismo tiempo.

La Concert Jazz Orchestra Vienna. Sonido de hoy en Big Band Jazz. Wolfgang Muthspiel. Un guitarrista excepcional. Una composición que combina la ejecución excepcional de Wolfgang con una gran formación. Continental Call. Sesenta minutos de música para escuchar, para escuchar otra vez, descubrir y redescubrir. Pero principalmente: sesenta minutos de música pura.

Declaración del artista

“De todos los compositores en este planeta soy probablemente la peor opción para escribir una pieza a gran escala para guitarra, para ser franco, odio el instrumento y a la mayoría de la gente que lo toca. Es mi problema y mi sentido de la envidia. La guitarra es fácil para aprender – cualquiera puede rasguear algunas canciones tradicionales o convertirse en una estrella de rock. Todo lo que tienes que hacer es levantar el pedal de volumen para alcanzar la dinámica que revienta los tímpanos. La habilidad técnica es también bastante fácil de lograr -y los guitarristas consiguen a todas las muchachas! Como ejecutante de bronces bajos que ha practicado durante más de 20 años y todavía le tiene miedo a las octavas, quien nunca consigue tocar la melodía, cuyos labios sangran cuando toca demasiado fuerte y quien nunca ha tenido una grupi, esto es obviamente un tema doloroso. Dejando mi problema personal aparte, también he tocado con bastantes guitarristas malos para haber sucumbido a los estereotipos negativos: ellos no pueden leer música y en la mayoría de los casos son inconscientes que la perilla de volumen puede -sólo en circunstancias horribles, desde luego- también ser girada a la izquierda…

Wolfgang Muthspiel es uno del pequeño puñado de guitarristas que no perpetúa estos estereotipos. Él escucha, piensa, es un acompañante sensible, así como un solista musical; él lee (no solamente música, sino también libros), ha viajado mucho y bien, cultivado y bien vestido -debe ser porque su hermano es un trombonista. Él todavía consigue a las muchachas, pero pienso que puedo perdonarlo por esto.

Generalmente concentro mi escritura en la sección de vientos, dejando la sección de ritmo a sus propios dispositivos. Colocar la guitarra en el centro conservando el equilibrio de la orquesta de jazz fue un problema que podría haber tenido el resultado trágico de 60 minutos de solo de guitarra y 18 acompañantes muy aburridos en la banda. Para integrar, sin perder el foco sobre Wolfgang, presentándolo como un miembro de la banda, el compañero de dúo, el acompañante y el puente entre los movimientos, la fundación rítmica y el refuerzo acústico (esto va a once!) fue mi desafío.

El encuentro de puntos en común fue la preocupación principal. Wolfgang y yo venimos de dos mundos musicalmente diferentes. Esto es lo que hace este proyecto interesante. Nosotros encontrándonos al medio -también nuestros viajes respectivos: Wolfgang de Europa a los EE.UU. y el mío a la dirección de enfrente. Por eso Continental Call cuenta la historia de todos estos viajes por estos mundos diferentes.”

Obs.: Do falecido blog http://musicaquecuelga.blogspot.com.br/. RIP.

Continental Call (Concerto for Guitar and Jazz Orchestra)

1. Movement I: Dirge (6:06)
2. Movement II: Seventh Of Nine (18:22)
3. Movement III: Dream Waltz (13:41)
4. Movement IV: Getting Started (21:49)

Composer, arranger, conductor : Ed Partyka
Guitar : Wolfgang Muthspiel

Soprano / alto / tenor sax, flute: Stefan Öllerer
Soprano / alto sax, flute, clarinet, soprano sax solos: Michael Erian
Soprano/tenor sax, flute: Harry Sokal
Tenor/baritone sax, bass clarinet: Herwig Gradischnig
Trumpet, flugelhorn: Thorsten Benkenstein, Aneel Soomary, Martin Ohrwalder, Walter Fend, Thomas Gansch (trumpet solos)
French horn: Thomas Bieber
Trombone, euphonium: Dominik Stöger, Robert Dodge, Robert Bachner (euphonium solos)
Bass trombone, euphonium: Erik Hainzl
Piano: Oliver Kent
Bass: Uli Langthaler
Drums: Christian Salfellner

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

Eu sinto claramente e costumo falar nisso, mas não tinha lido ainda:

“Los públicos de la música clásica se han multiplicado en todo el mundo. El crecimiento en Asia y América del Sur es un ejemplo”.

Obs.: Reportagem do El País de Madrid. Quando eles falam em El ruido eterno, referem-se ao livro OBRIGATÓRIO O resto é ruído, lançado no Brasil pela Cia. das Letras. Boa leitura.

Alex Ross - crítico de The New Yorker. FOTO - SOFÍA MORO

Más allá de las partituras

Destrozó ideas preconcebidas sobre la música en ‘El ruido eterno’. Ahora, el crítico Alex Ross vuelve a ofrecernos su particular visión de un arte cosmopolita y mestizo en ‘Escucha esto’, su nuevo libro, donde tumba prejuicios y amplía barreras para el siglo XXI

Encontrar y ahondar en las jerarquías sociales, montar desajustes económicos, quebrar sistemas con desigualdades configura nuestra mente de una manera un tanto pérfida y viciada. ¿Y si con la música hacemos un esfuerzo y no caemos en determinados vicios? Imaginen, como diría John Lennon, que no existe el paraíso. Resulta fácil si nos ponemos a ello. Ni tampoco el infierno… Que no hay simas, que no hay diferencias, que todo, en lo que se refiere a ese arte, viene de una imbricada y sutil conexión entre el alma, el sentido, el sentimiento y el intelecto…

Así trata de explicar la música Alex Ross, limpiando las fronteras. El crítico de The New Yorker consiguió en El ruido eterno raptar nuestra atención para la lectura y mostrarnos fuera de santidades, elitismos y clichés, alejado de los prejuicios y pegado escrupulosamente a la singularidad de los contextos, lo que aconteció creativamente entre los compositores del aparentemente arduo e indescifrable siglo XX. Y lo hizo con un rigor encomiable, con una altura de miras ambiciosa, pero con una capacidad de comunicación muy efectiva que convirtió el libro en superventas.

En su anterior ensayo, Alex Ross trazaba un recorrido fascinante por ese mundo desde que Richard Strauss estrenara su impactante Saloméhasta nuestros días. Ahora, en Escucha esto (Seix Barral), el escritor va más allá de las barreras impuestas y los géneros. Ahonda en la finísima línea que fluye y conecta de manera fascinante los cinco siglos que aparentemente separan a Monteverdi de Björk o a Bach de Led Zeppelin y a Vivaldi de Radiohead. ¿Alguien lo duda? Pues lo prueba.

Sin límites, sin exclusividades, derribando la premisa de que existen músicas superiores o más complejas que otras. No hay clases. Históricamente. Entre el barroco y el rock, entre el Renacimiento y el pop, entre los alardes románticos de Schubert y Beethoven, y el jazz o elblues, todos somos más o menos iguales.

“Vivimos un cambio profundo. Con todo
lo que guardamos
en nuestros aparatos, podemos trasladarnos
de un género a otro
con un clic”

Al fin y al cabo, venimos de la chacona. Es decir, de un baile popular elevado a los escenarios y santificado ahora por los atentos silencios de los públicos más exclusivos cuando suena desde la caja de un chelo en una suitede Bach. Pero por mucho que algunos paguen a 120 euros la entrada por disfrutar de una chacona y sea el colmo del refinamiento, esa música tiene un origen bastardo. Bach adaptó un estilo que en su día, allá por 1598, el soldado Mateo Rosas de Oquendo, después de haber pasado una década en Perú, incluyó en una lista que agrupaba dentro de las cosas con nombres que el demonio había designado. Eso fue en sus orígenes la perversa y pecaminosa chacona.

Desde esa raíz hasta nuestros días, esa danza ha efectuado un viaje interestelar a través del tiempo hasta poder apreciarse en conciertos de rock o melodías de Broadway. En un solo de guitarra de Ritchie Blackmore o de Jimmy Page, príncipes del hard rock con Deep Purple o Led Zeppelin, a las diabluras con la flauta de Ian Anderson, líder de Jethro Tull. O del jazz, también, en su carácter improvisatorio, pero sobre todo en los grupos de música antigua que la someten a intensas y emocionantes variaciones, como es el caso de Jordi Savall con su viola de gamba.

Pero existe otra conexión más íntima, más pegada a los sentidos y a los silencios del alma que la música termina por exorcizar. Y es lo que Alex Ross califica como el gusto por el lamento: “Puede que para muchos no resulte sorprendente, pero las similitudes que unen a un gran número de culturas con el lamento son impactantes. Se percibe una línea que conecta el Renacimiento, el barroco, el romanticismo, el flamenco o elblues con tantos otros. Parece como si se tratara de emular a través de la música los sonidos que el hombre emite cuando se encuentra sereno, en paz”.

Se entabla un inmenso diálogo sin fin, un eco eterno de sonidos en busca de sentimiento, de estados de ánimo que relativizan el tiempo, porque son los mismos que han configurado nuestra sensibilidad desde las cavernas. “Es un proceso fascinante y misterioso, que nunca sabremos por qué se produce así ni a qué razones se debe”.

“Me encantaría que el término música clásica desapareciera de nuestro vocabulario y fuéramos capaces de encontrar otro”

Por eso, Alex Ross se adentra en las profundidades de los orígenes. Aunque la música popular está en la raíz de muchas cosas, las procedencias son incontables, enormes, inabarcables. “No creo que la música proceda de una única raíz común, aunque es cierto que nuestros orígenes como especie no se diferencian tanto. Pero desde ahí hasta ahora se han desarrollado multitud de lenguajes distintos dependiendo de los sistemas, las creencias, las religiones. Me gusta adentrarme en esas diferencias sobre todo cuando alejan al individuo de su reducto más seguro, más local, más familiar. Creo que en música deberíamos ser todos auténticamente cosmopolitas”.

Heterogéneos, eclécticos, imprevisibles, instintivos y menos racionales, impulsivos y poco reflexivos… Libres, desinhibidos, poco acomplejados, abiertos al sentimiento y no al entendimiento, que llegará —o no— después. Para eso, quizás las tecnologías nos ayuden, o nos estén educando los mecanismos neuronales para apreciar la música de modo diferente de como la hemos venido percibiendo.

Pero no hay que temer los cambios en ese sentido. Siempre ha sido igual. Cada época ha tenido y se ha adaptado a su propia manera de escuchar la música. De las fiestas populares y las iglesias a los salones del XIX, y de la intimidad del cuarto de estar con el gramófono al ensimismamiento con los auriculares y el dejarse llevar por nuestros iPods cuando conectamos el sistema aleatorio hay un mundo. “Ahora vivimos un cambio profundo en ese sentido”, avisa Alex Ross. Tiene que ver con la acumulación, con la avaricia musical. “Con todo lo que guardamos en nuestros aparatos, ya sean MP3, teléfonos u ordenadores, podemos trasladarnos de un género a otro con un clic, fácilmente. Eso hace que prestemos menor atención, que nos concentremos menos en lo que escuchamos. Y resulta un cambio profundo, pero por el momento no afecta a la actitud que el público muestra en las salas de conciertos. Allí, según aprecio, siguen prestando mucha atención incluso a las piezas de larga duración”.

Quizás los teatros, los rituales para la música en directo sean esos lugares donde no admitimos aún la profanación de las prisas, el altercado constante de la aceleración. Pero a quienes sí afecta es a los creadores. Activamente, buscando la manera de adaptarse a los nuevos soportes. Renovarse o morir. “Utilizan esos soportes incluso para componer. Pero eso no es nuevo, no hay más que recordar que los compositores, a lo largo de la historia, siempre se han mostrado líderes respecto a la tecnología, en los sistemas de sonido, en el uso de ordenadores, en las posibilidades que les ha brindado Internet. Es el resto del mundo quien ha tenido que seguirles en muchos casos”.

Leonard Bernstein dirigiendo 'Resurrección', de Mahler, interpretada por la Boston Symphony en Tanglewood (Massachusetts) en 1970. / FOTO: BETTMANN / CORBIS

La lucha por la originalidad ha movido millones de partituras. La búsqueda de la diferencia ha distinguido a los grandes de los pequeños. Luego, la historia juzga. Y muchas veces en contra de las intenciones de los creadores. Muchas veces incluso injustamente, caprichosamente. En esta época de confusa catarsis general quizás resulte complicado adivinar quiénes serán nuestros grandes clásicos. Cada disciplina, cada modo y cada género tendrán los suyos. No debería imponerse un pensamiento único, un canon inapelable, se diversificarán los futuros clásicos y la música tendrá varios en cada una de sus expresiones. Lo mismo pasará a la historia la virulencia del silencio iconoclasta que propone John Cage como el afán revolucionario popular de The Beatles. “Todos ellos y más. Las diferenciaciones han quedado obsoletas. También debemos ser conscientes de que en el siglo XIX, Beethoven era considerado serio, y Rossini, popular. Ahora, ambos son clásicos”.

Pero entre las ventajas que nos brinda la posmodernidad, hay que decir que los grandes no se dan la espalda. Se buscan, se excitan creativamente, se inspiran. ¿Qué tiene que ver Karlheinz Stockhausen con Björk o con Lennon y McCartney? Que les inspira una evidente veneración. “Les une la curiosidad y la voluntad de explorar nuevos caminos. Ninguno de los tres se queda parado, ninguno ha repetido machaconamente una idea, una fórmula que les haya funcionado y se haya convertido en algo popular. Lo profundamente artístico se busca sin descanso. Son lo contrario a aquello que marca una corriente mayoritaria y se deja convertir en una marca”. Alergia al encasillamiento es lo que define a unos y a otros. Por eso se han buscado.

“Los públicos de la música clásica se han multiplicado en todo el mundo. El crecimiento en Asia y América del Sur es un ejemplo”

Ejemplos de esa rabia diferencial son lo que Ross propone en su libro. Lo que él llama la violenta elegancia de Mozart, el éxtasis de la tristeza que nos brinda Schubert, las canciones de un folk abstracto e imaginario que busca Björk, la excesiva sabiduría que encontramos en Dylan… A todos ellos les une una obsesión particular del autor. “Los creadores sobre los que he escrito están en el libro porque hacia cada uno de ellos he sentido la necesidad de ahondar, de saber más. Tanto sobre su arte como sobre sus personalidades, sin importar que estuvieran vivos o muertos”, asegura el crítico.

Entre esas obsesiones, existen rasgos comunes que le mueven a ahondar sobre ellos: “Me atrapan quienes van más allá de la esencia del género que han escogido, o quienes han roto con los cánones de manera traumática, personajes como John Luther Adams, que se retiró a Alaska para crear su vasto universo, en ejemplos como el suyo hallamos otra integridad, la de esa gente fundamental y singular que huye de todo conformismo”.

Pero esas singularidades no deben apartarnos de las corrientes que hoy, desde lugares alejados del centro de Occidente, van adueñándose de territorios supuestamente lejanos para ellos. Fenómenos que vienen de Asia o América Latina y que han conquistado la globalidad de la música más eterna con sus interpretaciones más frescas, más espontáneas, distintas. “Los públicos de la música clásica se han multiplicado en todo el mundo. Son mucho más numerosos hoy que hace cien años. El crecimiento en Asia y América del Sur es un ejemplo. Casos como el pianista chino Lang Lang o el director venezolano Gustavo Dudamel prueban que la gran tradición de la música europea puede echar raíces en distintas culturas y producir talentos extraordinarios. Me gustaría ahora conocer a los compositores de esos lugares, no solo a los intérpretes”.

“Ciertos rituales en las salas de conciertos deberían cambiar. Muchas convenciones se impusieron hacia 1900 y no han evolucionado”

Un nuevo tiempo para nuevos aires donde se trasladan los centros de gravedad. Y quizás sea el momento adecuado también para redefinir conceptos. ¿Por qué reducir la música a simples categorías y paradigmas anticuados cuando lo que nos atrapa es la mezcla, el mestizaje? “Me encantaría que el término música clásica desapareciera de nuestro vocabulario y fuéramos capaces de encontrar otro. Pero aún no he logrado hallar algún término que me convenza. A lo mejor nos hemos encallado en él. El problema más grave es que se refiere a música del pasado, a música que huele a muerto. Existen muchos creadores en activo que exploran esas tradiciones y que se convierten en invisibles porque el término clásico no puede englobarles a ellos”.

Como tampoco estaría mal que desterráramos ciertas convenciones en las salas de conciertos. Ciertas rigideces que nos alejan de la música y nos la convierten en algo antipático. Cuándo, o no, se debe aplaudir en una sala nos lleva a reflexiones de carácter histórico que quitan la razón a los públicos más frígidos, según Alex Ross. “Creo que ciertos rituales en las salas de conciertos deberían cambiar. Muchas convenciones se impusieron hacia 1900 y no han evolucionado. La prohibición de los aplausos resulta artificial y no tiene sentido en piezas como el primer concierto de piano de Chaikovski o el Emperador de Beethoven. En estas obras resulta raro y va contra su naturaleza que no se aplauda al final del primer movimiento. Deberíamos fijarnos en la música y dejarnos llevar por nuestro sentimiento más que ceñirnos a normas abstractas”.

Como abstracción también es contar la música. Algo en lo que Alex Ross viene a ser de los pocos que consiguen la excepción de una comunicación sugerente, visceral, fascinante, divertida, jugosa. “Nunca vamos a lograr traducir la música a palabras, como tampoco se puede en otras artes. Aunque el lenguaje nos resulte insuficiente, nos urge compartir la experiencia y los periodistas representamos un papel fundamental en ese aspecto. Nuestra obligación es plantear una especie de conversación pública sobre los hechos que atestiguamos”.

Aunque ciertos géneros periodísticos anden en crisis hoy. La crítica, por ejemplo. “No está en su mejor momento, ni se la considera como en el pasado. Los periódicos ya no apuestan por ella y es un error. Se han convertido en meros espacios para el cotilleo en Internet y así se van condenando con mucha más rapidez de la que ellos mismos temen. Es hora de que ofrezcan a los lectores lo que les resulta difícil encontrar, una crítica reflexiva y extensa que les diferencie de los demás”.

Joseph Haydn (1732-1809): Complete Violin Concertos

Gents, este CD vale a pena pela raridade do repertório. Os concertos para violino de Haydn são fortemente mais ou menos. Não os achei muito apaixonantes. Como fiz anteontem e ontem com Vivaldi, primeiro um disco médio, depois um arrasa-quarteirão. Então, preparem-se porque programei um SENSACIONAL disco de Haydn para amanhã às 9h.  Um puro mamilo: grande, desfrutável, irrecusável, abordável, indubitável, confortável, inseparável, saudável, violável, estável, palpável, inesgotável, abocanhável, acessível, disponível e leviano. Tudo para você!

Joseph Haydn (1732-1809): Complete Violin Concertos

Concerto for violin and orchestra in A major, ‘melk’, Ohb. VIIa:3
1. Con for vn & orch in A, Melk, Hob. Vlla: 3: I. Allegro moderato
2. Con for vn & orch in A, Melk, Hob. Vlla: 3: II. Adagio
3. Con for vn & orch in A, Melk, Hob. Vlla: 3: III. Allegro

Concerto for violin and orchestra in C major, Hob. VIIa:1
4. Con for vn & orch in C, Hob. Vlla: 1: I. Allegro moderato
5. Con for vn & orch in C, Hob. Vlla: 1: II. Adagio
6. Con for vn & orch in C, Hob. Vlla: 1: III. Presto

Concerto for violin, harpsichord and orchestra in F major, Hob. XVIII:6
7. Con for vn, harpsichord & orch in F, Hob. XVIII: 6: I. Allegro moderato
8. Con for vn, harpsichord & orch in F, Hob. XVIII: 6: II. Largo
9. Con for vn, harpsichord & orch in F, Hob. XVIII: 6: III. Presto

Concerto for violin and orchestra in G major, Hob. VIIa:4
10. Con for vn & orch in G, Hob. Vlla: 4: I. Allegro moderato
11. Con for vn & orch in G, Hob. Vlla: 4: II. Adagio
12. Con for vn & orch in G, Hob. Vlla: 4: III. Allegro

Rainer Kussmaul, violin, conductor
Robert Hill, harpsichord
Amsterdam Bach Soloists

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

Obrigado, Shostakovich

Publicado hoje no blog de Al Reiffer, O Fim, um notável texto de alguém que efetivamente compreende Shosta.


Em 25 de setembro de 1906, nascia, em São Petersburgo, Rússia, o genial compositor Dmitri Shostakovich (1906-1975). O texto a seguir não conta a história de Shostakovich, não trata de sua vida, não é uma análise, não é uma dissertação. É um agradecimento em forma de uma humilde homenagem a um dos meus compositores favoritos. Portanto, é um texto altamente subjetivo, é uma forma de expressar a minha visão da obra daquele que considero como o maior compositor nascido no século XX.

Obrigado, Shostakovich, por mostrar ao homem do século XX o que o homem do século XX era. E ainda é. Porque o agora é o fruto do século XX. Obrigado por colocar a humanidade em seu devido lugar. Obrigado por não sonhar, mas ter pesadelos. Por dizer à tua época, à nossa época, a todas as épocas aquilo que cada uma das épocas não gostaria de ouvir. Obrigado pela verdade quase palpável da tua música. Pela expressão do teu mundo que indicou o caminho que a humanidade seguiria nos anos presentes e subsequentes.  

Obrigado, Shostakovich, por não ter piedade ou sentimentalismos. Obrigado, por desnudar o ser humano sem misericórdia, por retirar o ranço de todas as suas máscaras, das suas falsidades, hipocrisias e mentiras. Obrigado por devastar nossos ouvidos com a imensidão da miséria humana. E por debochar, ridicularizar, fazer escárnio, escracho de toda a vergonha desses ideais falhos que ainda insistem em apregoar que nos levarão a algum lugar, que atingirão algum substancial objetivo. Obrigado pela força apocalíptica do teu pessimismo. Pelo teu cuspe na cara do homem. Do homem da riqueza e da empresa. Do homem da guerra e da política. Do homem do nada e da desgraça.

Obrigado, Shostakovich, pela gravidade tensa e ao mesmo tempo sarcástica da forma como nos revelaste. Obrigado pelo teu pesar rítmico sem freios e sem meio-termos. Pela tua obsessão nervosa em expressar o caos e a loucura, a desesperança e a fatalidade. Aquilo que persistem em negar. Em esconder. Em esquecer. Obrigado pela coragem da tua obra. Pela fúria dos teus compassos.  Pela sombra das tuas notas densas. Pelo áspero tom de nunca que atravessa as ondas do teu tempestuoso mar.

Obrigado, Shostakovich, pelo teu mistério. Pela névoa aflita das tuas florestas noturnas. Pela morte que paira em cada canto das tuas funerárias partituras que nunca cedem. Pelo agouro de entre céus nublados. Pelo desconhecido que falou através de ti. Talvez sem mesmo tu conheceres. Pelo grito insano entre risos e ânsias que preenche a treva dos tempos. Obrigado pela tua angústia frente à existência.

E obrigado por venceres. Por te ergueres assustador e invencível diante do vazio humano. E, obrigado, com tua sombria vitória, por teres desvendado nossa essência. E o nosso ego. Eu te agradeço, amigo, pela companhia, pela catarse, pela compreensão. Obrigado, Shostakovich.

J.S. Bach (1685-1750): Fantasia and Fugue in A minor; Aria Variata; Sonata in D major; Suite in F minor

Tudo o que é bom um dia acaba. Este é o último CD que FDP Bach me enviou naquele lendário pen drive. Há mais umas coisinhas, mas estas não são Hewitt + Bach. Acho que vale a pena ouvir, reouvir e guardar toda a coleção. Tenho profundo amor por aquele Adagio avulso e que leva o BWV 968. A interpretação de Hewitt é surpreendentemente diferente de todas as que tinha ouviado até hoje. Gosto muito também da Aria Variata. Divirtam-se.

J.S. Bach (1685-1750): Fantasia and Fugue in A minor; Aria Variata; Sonata in D major; Suite in F minor

1. Fantasia and Fugue, for keyboard in A minor, BWV 904 (BC L136): Fantasia
2. Fantasia and Fugue, for keyboard in A minor, BWV 904 (BC L136): Fugue
3. Aria variata, for keyboard in A minor (‘In the Italian Style’), BWV 989 (BC L179): Aria
4. Aria variata, for keyboard in A minor (‘In the Italian Style’), BWV 989 (BC L179): Variation I
5. Aria variata, for keyboard in A minor (‘In the Italian Style’), BWV 989 (BC L179): Variation II
6. Aria variata, for keyboard in A minor (‘In the Italian Style’), BWV 989 (BC L179): Variation III
7. Aria variata, for keyboard in A minor (‘In the Italian Style’), BWV 989 (BC L179): Variation IV
8. Aria variata, for keyboard in A minor (‘In the Italian Style’), BWV 989 (BC L179): Variation V
9. Aria variata, for keyboard in A minor (‘In the Italian Style’), BWV 989 (BC L179): Variation VI
10. Aria variata, for keyboard in A minor (‘In the Italian Style’), BWV 989 (BC L179): Variation VII
11. Aria variata, for keyboard in A minor (‘In the Italian Style’), BWV 989 (BC L179): Variation VIII
12. Aria variata, for keyboard in A minor (‘In the Italian Style’), BWV 989 (BC L179): Variation IX
13. Aria variata, for keyboard in A minor (‘In the Italian Style’), BWV 989 (BC L179): Variation X
14. Sonata for keyboard in D major, BWV 963 (BC L182): First Movement
15. Sonata for keyboard in D major, BWV 963 (BC L182): Second Movement
16. Sonata for keyboard in D major, BWV 963 (BC L182): Fugue
17. Sonata for keyboard in D major, BWV 963 (BC L182): Adagio
18. Sonata for keyboard in D major, BWV 963 (BC L182): Thema all’ imitatio Gallina Cuccu
19. Suite for keyboard in A major, BWV 832 (BC L174): Allemande
20. Suite for keyboard in A major, BWV 832 (BC L174): Air pour les trompettes
21. Suite for keyboard in A major, BWV 832 (BC L174): Sarabande
22. Suite for keyboard in A major, BWV 832 (BC L174): Gigue
23. Suite for keyboard in F minor (fragment), BWV 823 (BC L167): Sarabande en Rondeau
24. Suite for keyboard in F minor (fragment), BWV 823 (BC L167): Gigue
25. Adagio, for keyboard in G major, BWV 968 (BC L185)
26. Fantasia and Fugue, for keyboard in A minor, BWV 944 (BC L135): Fantasia
27. Fantasia and Fugue, for keyboard in A minor, BWV 944 (BC L135): Fugue

Angela Hewitt, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Níver e Doodle de Clara Schumann hoje!

Hoje homenageio Clara Schumann (1819-1896), pianista e compositora alemã do período romântico que faz aniversário hoje e é o Doodle do dia.

Seu pai, Friedrich Wieck, era professor de piano e foi com ele que a Clara começou seu aprendizado do instrumento. Era uma família de pianistas: a mãe, Marianne, era famosa concertista. Quando Clara tinha 4 anos, seus pais se divorciaram. Friedrich recebeu a custódia da filha e, um ano depois, começou a ensinar-lhe o instrumento. A partir dos 13 anos, ela já apresentava-se em concertos por toda a Europa. Destacava-se por suas interpretações de outros românticos da época, como Chopin e Weber. Ainda adolescente, compôs o Concerto para piano em lá menor, estreado por ela sob a regência de Felix Mendelssohn. Um merecido sucesso.

Foi neste período que conheceu Robert Schumann, nove anos mais velho, na época aluno de seu pai. Apaixonou-se por ele. Ao tomar conhecimento da ligação da filha com Robert, o velho Wieck ficou furioso, pois Schumann tinha problemas com bebida, fumo e era suscetível a crises depressivas. Assim sendo, foi contra o pai que Clara travou sua primeira batalha. Por fim, obteve autorização judicial para casar-se com quem quisesse, mas só após completar 21 anos.

Depois do casamento, Clara e Robert iniciaram longa colaboração, ele compondo e ela interpretando e divulgando a obra do marido. Clara seguia compondo, mas a vida em comum tornava pouco a pouco inviável tal atividade, pois, apesar de Schumann aparentemente encorajar sua criação musical, cada vez mais insistia para que ela interpretasse suas obras, o que a obrigava a deixar de lado sua carreira de compositora. Ademais, houve oito gestações com pequenos intervalos. A situação era agravada por outras diferenças: Clara adorava turnês, Robert as odiava; mais: ele precisava de silêncio e tranqüilidade para trabalhar em sua obra “maior e mais importante”, o que levava Clara novamente a um segundo plano, pois somente após as horas e horas de estudos do marido ela poderia ter as suas.

Outro problema eram as constantes crises nervosas do marido, que lentamemte fizeram Clara assumir o sustento familiar. Quando Schumann entrou em crise depressiva crônica, a família viu-se obrigada a interná-lo num manicômio, onde ficou até a morte, dois anos depois. Após 14 anos de casamento, Clara ficou sozinha com os filhos, tendo que dar aulas e apresentações para garantir o necessário à família.

Compreensivelmente, a partir daí, Clara ficou livre para compor, dar concertos e sua carreira reacendeu-se. A amizade com Johannes Brahms – quatorze anos mais moço – foi o principal sustentáculo nesse período, o que deu margem a suposições de que os dois teriam um romance. Para aumentar os boatos, Brahms dizia ser celibatário, mas a visitava muito. Ela revisava as obras dele e dava-lhe sugestões. Ele fazia o mesmo com as obras de Clara. Foram anos de colaboração mútua, ainda mais que os dois artistas eram defensores de uma estética romântica ligada a padrões mais formais, em oposição a Wagner, Bruckner e Liszt, românticos mais escabelados. (À exceção do careca Bruckner, é claro.)

Era uma mulher considerada muito bonita por seus contemporâneos. Não se sabe de nenhum outro caso amoroso posterior ao casamento com Schumann, além do suposto com Brahms. A amizade entre eles durou até o final da vida de Clara. Seus anos de maturidade foram marcados por uma brilhante carreira como professora e pelo reconhecimento como concertista.

Foi uma mulher extremamente digna, talentosa e de bela carreira num campo à sua época inteiramente masculino, que lembro neste dia.

Principais Obras:

Para piano:
Quatro polonesas, Op. 1 (1828-30)
Etudes (década de 1830)
Valses romantiques, Op. 4 (1833-35)
Quatro peças características, Op. 5 (1835-6)
Soirées musicales, Op. 6 (1835-6)
Scherzo em Dó menor, Op. 14 (1845)
Quatre pièces fugitives, Op. 15 (1845)

Para orquestra:
Concerto para piano em lá menor, Op. 7 (1835-6)
Scherzo para orquestra (1830-31,perdido)

Obras de câmara:
Piano Trio em Sol menor, Op. 17 (1846)

Lieder:
Volkslied (1840)
Die gute Nacht, die ich dir sage(1841)
Gedichte aus Rückert’s Liebesfrühling Op. 12 (1841)
Lorelei -poema musicado de Heine-(1843)
Oh weh des Scheidens, das er tat(1843)
Mein Stern (1846)
Das Veilchen –sobre poema de Goethe-(1853)

Fontes: Nem vou detalhar, pois se trata de uma série de textos decididamente ruins que encontrei na rede e que me obrigaram a reformas radicais e a todo cruzamento de informações. Era tanta coisa errada que nem pude dar a muita atenção ao que estava escrevendo. Meus amados livros de música? Esqueça, estão fora de ordem e não encontro nada.

PQP

W.F. Bach (1710-1784): Kantaten, Vols. 1 e 2

Se há uma coisa de que faço absoluta questão é de ser democrático. Então, se publiquei fotos da bela Hélène Grimaud, nada mais justo que escolhesse um belo tipo de homem para estampar em nosso blog. O escolhido foi Hermann Max, um nanico que procura chegar aos céus através do laquê. Sei que tal escolha pode ser considerada de natureza polêmica, mas como as mulheres não costumam nos avaliar pelo que mostramos externamente, informo o que lhes interessa: Max é um serzinho de extremo talento, carinhoso, cheio de atenções e de atitudes irrepreensíveis. Tendo cumprido minha obrigação moral, passo ao CD.

Na verdade aos CDs, posto que são dois que empacotei no mesmo arquivo. Wilhelm Friedemann Bach é meu irmão mais velho, o preferido de papai. Suas Cantatas são boas, são até muito boas, mas, se têm a grife Bach — tal como nosso blog –, falta-lhes o crucial e inalcançável Johann Sebastian.

É um bom disco, bem interpretado e com regência segura de Max, mas são cantatas de meu mano, não de meu pai. Faz alguma diferença.

W.F. Bach (1710-1784): Kantaten, Vols. 1 e 2 


1. Chor: Lasset uns ablegen die Werke der Finsternis (Let us cast off the works of darkness)
2. Recitativo: Es ist nun hohe Zeit (It is now high time)
3. Choral: Steh auf vom Sündenschlaf (Arise from the sleep of sin)
4. Recitativo: Drum, Vater (Then, Father)
5. Aria: Höre, Vater, mit Erbarmen (Father, hearken with mercy)
6. Recitativo accompagnato: Ich weiß, die Nacht ist schon dahin (I know the night is already past)
7. Aria: Ich ziehe Jesum an im Glauben (I appeal to Jesus in the belief)
8. Choral: Den Geist, der heilig ist (Let the holy spirit guide you)
9. Chor: Lasset uns ablegen die Werke der Finsternis (Let us cast off the works of darkness) (No. 1 da

10. Chor: Es ist eine Stimme eines Predigers in der Wüste (The voice of him that crieth in the wilderne
11. Recitativo: Gott hat uns Gnad und Heil in Christo angetragen (God has offered us grace and salvatio
12. Aria: Der Trost gehöret nur vor Kinder (Solace belongs only to children)
13. Recitativo accompagnato: Dein Heiland läßt die Bahn (Your Saviour lets the path)
14. Aria: Holdseligster Engel (Most gracious angel)
15. Choral: Wir Menschen sind zu dem, o Gott (We men are unfit, O God)


16. Sinfonia: Allegro maestoso
17. Sinfonia: Andante
18. Sinfonia: Vivace

19. Kantate: Recitativo accompagnato: Dies ist der Tag (This is the day)
20. Kantate: Aria: Süßer Hauch von Gottes Throne (Sweet breath from the throne of God)
21. Kantate: Recitativo: Ich folge dir (I follow you)
22. Kantate: Aria: Entzünde mich, du Kraft der größten Liebe! (Kindle me, you power of supreme love!)
23. Kantate: Choral: Heilger Geist in Himmels Throne (Holy Spirit in heaven’s throne)

24. Chor: Erzittert und fallet (Tremble and fall)
25. Aria: Was für reizend sanfte Blicke (What enchanting gentle glances)
26. Recitativo: Das Grab ist leer (The tomb is empty)
27. Duett: Komm mein Hirte, laß dich küssen (Come, my shepherd, and let me kiss you)
28. Recitativo: Mein Heiland kommt (My Saviour is coming)
29. Aria: Rausch, ihr Fluten, donnernd Blitzen (Roar, ye floods and thunderous lightnings)
30. Choral: Heut triumphieret Gottes Sohn (Today the Son of God triumphs)

Barbara Schlick, s
Claudia Schubert, c
Wilfried Jochens, t
Stephan Schreckenberger, b

Rheinische Kantorei
Das Kleine Konzert
Hermann Max (Conductor)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

J. S.Bach (1685-1750): Variações Goldberg (Angela Hewitt)

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

É comum comparar Glenn Gould a Angela Hewitt. Ambos são canadenses e tocam maravilhosamente Bach ao piano. No caso de Gould, tocava. Algumas frases são de efeito e nos fazem pensar. Uma que li dia desses dizia mais ou menos assim: “Quando Gould toca Bach, fica claro que o pianista é genial; enquanto que, quando Hewitt toca Bach, fica claro o quanto o autor é genial”. Bem, eu não sei, mas ouvindo essas Goldberg — para mim uma das três melhores composições de todos os tempos — fico meio hesitante entre escolher um e outro, mas acho que ainda ficaria com a segunda gravação de Gould. Minha hesitação é um tremendo elogio a Hewitt. Como melhor versão — incluindo as versões nos mais diversos instrumentos (já tivemos até harpa, acordeon e instrumentos de metal nas Goldberg aqui no PQP) — , ainda fico com a de Pierre Hantaï, ao cravo, claro.

J. S. Bach (1685-1750): Variações Goldberg

01. Aria
02. Variation 1
03. Variation 2
04. Variation 3: Canona all’unisono
05. Variation 4
06. Variation 5
07. Variation 6: Canone alla seconda
08. Variation 7
09. Variation 8
10. Variation 9: Canone alla terza
11. Variation 10: Fughetta
12. Variation 11
13. Variation 12: Canona alla quarta
14. Variation 13
15. Variation 14
16. Variation 15: Canona alla quinta
17. Variation 16: Ouvertüre
18. Variation 17
19. Variation 18: Canona alla sesta
20. Variation 19
21. Variation 20
22. Variation 21: Canona alla settima
23. Variation 22: Alle breve
24. Variation 23
25. Variation 24: Canona all’ottava
26. Variation 25
27. Variation 26
28. Variation 27: Canona alla nona
29. Variation 28
30. Variation 29
31. Variation 30: Quodlibet
32. Aria

Angela Hewitt, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

J.S. Bach (1685-1750): Concerto Italiano / Caprichos / Duetos / Abertura Francesa

Mais um presente de nosso querido FDP Bach. Inicia com o espetacular Concerto Italiano para teclado solo, segue por algumas peças pouco conhecidas como o belíssimo Capricho para a partida de seu amado irmão, mais um Capricho, os 4 Duetos e finaliza com a extraordinária Abertura Francesa. Nada mal para um sábado quente deste falso inverno de Porto Alegre.

J.S. Bach (1685-1750): Concerto Italiano / Caprichos / Duetos / Abertura Francesa

1-3. Italian Concerto, BWV971
4-9. Capriccio sopra la lontananza del suo fratello dilettissimo, BWV992
10. Capriccio in E major, BWV993
11-14. Duets Nos. 1-4, BWV802-805
15-28. French Overture in B minor, BWV831

Angela Hewitt, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Abaixo, o Presto do Concerto Italiano de Bach com Angela Hewitt:

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Variações Goldberg em gravação pirata com Angela Hewitt

Hoje, um amigo escreveu no Facebook:

— Aliás, música limpinha cada vez menos me interessa. Tirando João Gilberto e Bach…

E eu respondi:

— Idem. No mesmo sentido, cresce minha preferência por gravações ao vivo. Hoje, no PQP, entrará uma gravação pirata das Goldberg ao vivo onde a Angela Hewitt erra bastante. E daí? A qualidade da interpretação e o contexto concertístico estão inteirinhos lá. É sensacional.

Encontrei esta gravação no rapidlibrary, espécie de index do rapidshare. Fiquei desagradavelmente surpreso ao ver que ela vinha numa faixa só. E felicíssimo ao ouvi-la. Trata-se de uma gravação amadora de boa qualidade, feita num concerto. Adoro gravações ao vivo e sem tratamento. A plateia tossindo é horrível, mas o importante, é claro, é a música, e nela Angela Hewitt toca e erra maravilhosamente. Há variações onde ela se perde MESMO, prova que mesmo os pianistas mais geniais têm seus momentos de absoluta bocabertice. Já a interpretação, a concepção, reafirma Hewitt como a maior pianobachiana viva. Na minha opinião, IM-PER-DÍ-VEL !!!

Ah, vêm aí 9 gravações de Hewitt. Todas da Hyperion. Um tesouro.

J.S. Bach (1685-1750): Variações Goldberg, BWV 988, em gravação ultra pirata com Angela Hewitt

1. Aria
2. Variation 1
3. Variation 2
4. Variation 3
5. Variation 4
6. Variation 5
7. Variation 6
8. Variation 7
9. Variation 8
10. Variation 9
11. Variation 10
12. Variation 11
13. Variation 12
14. Variation 13
15. Variation 14
16. Variation 15
17. Variation 16
18. Variation 17
19. Variation 18
20. Variation 19
21. Variation 20
22. Variation 21
23. Variation 22
24. Variation 23
25. Variation 24
26. Variation 25
27. Variation 26
28. Variation 27
29. Variation 28
30. Variation 29
31. Variation 30
32. Aria da capo

Angela Hewitt, piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

Jean-Philippe Rameau (1682-1764): Hippolyte et Aricie

Post revalidado. Era de março de 2009.

Eu nem avisei vocês quando Clara Schumann pediu para retirar-se do blog, há cerca de dois meses. Passa por graves problemas de saúde em sua familia. Esperamos que ela um dia retorne com seu amor aos elisabetanos, à Schubert, à Brendel e à música francesa em geral. Hoje, ataco com outro CD enorme, um álbum triplo que posto em duas partes: a ópera Hippolyte et Aricie do grande Jean-Philippe Rameau. Ele é daqueles autores que sempre tem uma bela melodia e orquestração a mostrar e às vezes ainda coloca um colorido orquestral efetivamente escandaloso, o que me causa sempre euforia. Sim, eu adoro Jean-Philippe. Foi um grande gênio, com voz própria e distinta, tanto em sua obra instrumental quanto na vocal. Ele substituiu com vantagem Jean-Baptiste Lully como o maior compositor de óperas francês. Hippolyte et Aricie é sua estréia no gênero, ocorrida em 1733, causou alguma celeuma pelo uso revolucionário de harmonias inaceitáveis na época de Lully.

O homem é genial. Confiram!

Rameau: Hippolyte et Aricie

Disc 1

1. Hippolyte et Aricie – Overture Les Musiciens du Louvre 3:01
2. Hippolyte et Aricie / Prologue – Choeur des nymphes:”Accourez, habitants des bois!” Ensemble Vocal Sagittarius 1:12
3. Hippolyte et Aricie / Prologue – Entrée des habitants de la forêt Ensemble Vocal Sagittarius 2:01
4. Hippolyte et Aricie / Prologue – Sur ces bords fortunés je fais régner la paix Thérèse Feighan 1:06
5. Hippolyte et Aricie / Prologue – Vous êtes dans ces mêmes lieux Thérèse Feighan 0:30
6. Hippolyte et Aricie / Prologue – Quels doux concerts se font entendre? Thérèse Feighan 1:17
7. Hippolyte et Aricie / Prologue – Au doux penchant qui les entraîne Thérèse Feighan 1:25
8. Hippolyte et Aricie / Prologue – Duo: “Non, je ne souffrirai pas” Thérèse Feighan 0:50
9. Hippolyte et Aricie / Prologue – Invocation: “Arbitre souverain du ciel et de la terre” Thérèse Feighan 1:18
10. Hippolyte et Aricie / Prologue – Diane, j’étais prêt à défendre tes droits Thérèse Feighan 1:27
11. Hippolyte et Aricie / Prologue – Nymphes, aux lois du sort il faut que j’obéisse Thérèse Feighan 0:44
12. Hippolyte et Aricie / Prologue – Peuples, Diane enfin vous libre à ma puissance Annick Massis 1:40
13. Hippolyte et Aricie / Prologue – Plaisirs, doux vainqueurs Annick Massis 3:32
14. Hippolyte et Aricie / Prologue – A l’Amour rendez les armes Annick Massis 1:02
15. Hippolyte et Aricie / Prologue – La tranquille indifférence n’a que d’ennuyeux… plaisiplaisirs” Annick Massis 1:08
16. Hippolyte et Aricie / Prologue – Premier Menuet – Deuxième Menuet – Premier Menuet Annick Massis 1:32
17. Hippolyte et Aricie / Prologue – Par de nouveaux plaisirs couronnons ce grand jour! Annick Massis 1:06
18. Hippolyte et Aricie / Prologue – Marche Les Musiciens du Louvre 0:37
19. Hippolyte et Aricie / Prologue – Ent’racte: reprise de l’Ouverture Les Musiciens du Louvre 1:56
20. Hippolyte et Aricie / Act 1 – “Temple sacré, séjour tranquille” Veronique Gens 3:28
21. Hippolyte et Aricie / Act 1 – “Princesse, quels apprêts me frappent” Veronique Gens 2:26
22. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Hypolyte amoureux m’occupera sans cesse Veronique Gens 1:06
23. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Je vous affranchirai d’une loi si cruelle! Veronique Gens 0:30
24. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Duo:”Tu règnes sur nos coeurs” Veronique Gens 1:17
25. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Marche…Dieu d’amour Veronique Gens 1:58
26. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Choeur des prêtresses: “Dans ce paisible séjour” Ensemble Vocal Sagittarius 1:17
27. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Dieu d’amour, pour nos asiles Kiyoko Okada 2:56
28. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Rendons un éternel hommage Monique Simon 1:59
29. Hippolyte et Aricie / Act 1 – “Princesse, ce grand jour par des noeuds éternels” Veronique Gens 0:35
30. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Non, non, un coeur forcé n’est pas digne des dieux Bernarda Fink 1:07
31. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Du moins par d’injustes regueurs Ensemble Vocal Sagittarius 1:01
32. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Prélude: “Dieux vengeurs, lancez le tonnerre!” Ensemble Vocal Sagittarius 1:06
33. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Tonnerre -“Nos cris sont montés jusqu’aux cieux” Monique Simon 1:18
34. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Prélude…”Ne vous alarmez pas d’un projet téméraire” Thérèse Feighan 1:36
35. Hippolyte et Aricie / Act 1 – Prélude..”Quoi! La terre et le ciel contre moi” Bernarda Fink 1:15
36. Hippolyte et Aricie / Act 1 – G malheur! G funeste sort! Bernarda Fink 1:18
37. Hippolyte et Aricie / Act 1 – “C’en est assez”-Prélude – “Mes yeux commencent …” Bernarda Fink 2:15

Disc 2

1. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Ritournelle Les Musiciens du Louvre 0:40
2. Hippolyte et Aricie / Act 2 – “Laisse-moi respirer, implacable Furie!” Russell Smythe 0:32
3. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Dieux, n’est-ce pas assez des maux j’ai soufferts? Russell Smythe 1:30
4. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Duo: “Contente-toi d’une victime!” Russell Smythe 0:44
5. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Prélude..Inexorable Roi de L’Empire infernal!” Russell Smythe 2:00
6. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Sous les drapeaux de Mars Russell Smythe 0:41
7. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Mais cette gloire, enfin, fallait-il la ternir? Russell Smythe 0:29
8. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Air mesuré: “Pour prix d’un projet téméraire” Russell Smythe 0:59
9. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Eh bien! je remets ma victime” Russell Smythe 0:22
10. Hippolyte et Aricie / Act 2 – “Qu’à servir mon courroux tout l’enfer se prépare!” Laurent Naouri 2:14
11. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Premier Air infernal Laurent Naouri 1:30
12. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Deuxième Air – Laurent Naouri 1:17
13. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Pluton commande, vengeons notre Roi! Ensemble Vocal Sagittarius 1:23
14. Hippolyte et Aricie / Act 2 – “Dieux! que d’infortunés gémissent” Russell Smythe 0:47
15. Hippolyte et Aricie / Act 2 – La mort, la seule mort a droit de vous unir Russell Smythe 0:27
16. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Trio des Parques: “Du destin le vouloir suprême” Jerome Varnier 1:36
17. Hippolyte et Aricie / Act 2 – “Ah! qu’on daigne du moins…Puisque Pluton” Jerome Varnier 3:00
18. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Choeur: “Non, Neptune aurait beau t’entendre” Ensemble Vocal Sagittarius 0:52
19. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Prélude…Neptune vous demande grâce” Laurent Naouri 0:53
20. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Air: “Jupiter tient les cieux sous son obéissance” Jean-Louis Georgel 0:34
21. Hippolyte et Aricie / Act 2 – C’en est fait, je me rends’ Laurent Naouri 1:22
22. Hippolyte et Aricie / Act 2 – Quelle soudaine horreur ton destin nous inspire! Jerome Varnier 3:16
23. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Prélude..”Cruelle mère des amours” Bernarda Fink 5:58
24. Hippolyte et Aricie / Act 3 – “Eh bien! viendra-t-il en ces lieux” Bernarda Fink 0:39
25. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Reine, sans l’ordre exprès qui dans ces lieux… ,’appell Bernarda Fink 2:41
26. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Ma fureur va tout entreprendre Bernarda Fink 1:37
27. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Terribles ennemis des perfides humains Jean-Paul Fouchécourt 0:19
28. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Ah! cesse, par tes voeus, d’allumer le tonnerre! Jean-Paul Fouchécourt 1:04
29. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Que vois-je? Quel affreux spectacle! Jean-Paul Fouchécourt 0:42
30. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Sur qui doit tomber ma colère? Jean-Paul Fouchécourt 0:42
31. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Quoi! tout me fuit, tout m’abandonne Russell Smythe 1:14
32. Hippolyte et Aricie / Act 3 – De mon heureux retour, au Dieu des vastes mers Russell Smythe 0:40
33. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Marche Les Musiciens du Louvre 0:50
34. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Que ce rivage retentisse Ensemble Vocal Sagittarius 2:41
35. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Premier Air des Matelots Ensemble Vocal Sagittarius 1:47
36. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Deuxième Air des Matelots Ensemble Vocal Sagittarius 1:07
37. Hippolyte et Aricie / Act 3 – L’amour comme Neptune invite à s’embarquer Ensemble Vocal Sagittarius 1:55
38. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Pour l’auteur de mes jours j’aime à voir votre zèle Russell Smythe 0:37
39. Hippolyte et Aricie / Act 3 – “Quels biens! Je frémis quand j’y pense” Russell Smythe 4:00
40. Hippolyte et Aricie / Act 3 – Mais de courroux l’onde s’agite Russell Smythe 1:11

Disc 3

1. Hippolyte et Aricie / Act 4 – Prélude…”Ah! faut-il, en un jour” Jean-Paul Fouchécourt 3:15
2. Hippolyte et Aricie / Act 4 – “C’en est donc fait, cruel, rien n’arrête vos pas” Veronique Gens 1:16
3. Hippolyte et Aricie / Act 4 – Air tendre:”Dieux! pourquoi séparer deux coeurs” Veronique Gens 1:01
4. Hippolyte et Aricie / Act 4 – Eh bien! daignez me suivre! Veronique Gens 1:10
5. Hippolyte et Aricie / Act 4 – Duo:”Nous allons nous jurer une immortelle foi!” Veronique Gens 1:26
6. Hippolyte et Aricie / Act 4 – Le sort conduit vers nous ces sujets de Diane Veronique Gens 0:23
7. Hippolyte et Aricie / Act 4 – “Faisons partout voler nos traits!” Ensemble Vocal Sagittarius 1:19
8. Hippolyte et Aricie / Act 4 – Amants, quelle est votre faiblesse! Meredith Hall 1:53
9. Hippolyte et Aricie / Act 4 – A la chasse, armez-vous! Meredith Hall 2:33
10. Hippolyte et Aricie / Act 4 – Premier Menuet – Deuxième Menuet en Rondeau Meredith Hall 2:15
11. Hippolyte et Aricie / Act 4 – Quel bruit! Quels vents, ô ciel! Jean-Paul Fouchécourt 1:58
12. Hippolyte et Aricie / Act 4 – “Quelle plainte en ces lieux m’appelle?” Bernarda Fink 4:07
13. Hippolyte et Aricie / Act 5 – “Grands Dieux! de quels remords je me sens dechiré! Russell Smythe 1:59
14. Hippolyte et Aricie / Act 5 – “Arrête!..Pour un fils quelle pitié vous presse?” Russell Smythe 3:24
15. Hippolyte et Aricie / Act 5 – “Où suis-je? De mes sens j’ai recouvré l’usage” Russell Smythe 5:16
16. Hippolyte et Aricie / Act 5 – “Descendez, brillante immortelle” Veronique Gens 2:07
17. Hippolyte et Aricie / Act 5 – “Peuples toujours soumis à mon obéissance” Thérèse Feighan 1:06
18. Hippolyte et Aricie / Act 5 – G trop heureux bergers! Thérèse Feighan 1:03
19. Hippolyte et Aricie / Act 5 – Vol des zéphirs Veronique Gens 0:20
20. Hippolyte et Aricie / Act 5 – Où suis-je transporté? Veronique Gens 0:35
21. Hippolyte et Aricie / Act 5 – Que mon sort est digne d’envie! Veronique Gens 0:30
22. Hippolyte et Aricie / Act 5 – Les habitants de ces retraites Thérèse Feighan 0:31
23. Hippolyte et Aricie / Act 5 – Marche…”Chantons sur la musette” Thérèse Feighan 2:06
24. Hippolyte et Aricie / Act 5 – “Bergers, vous allez voir combien” Thérèse Feighan 1:22
25. Hippolyte et Aricie / Act 5 – Que tout soit heureux sous les lois Ensemble Vocal Sagittarius 1:30
26. Hippolyte et Aricie / Act 5 – Chaconne Les Musiciens du Louvre 2:48
27. Hippolyte et Aricie / Act 5 – “Rossignols amoureux, répondez à nos voix” Annick Massis 5:12
28. Hippolyte et Aricie / Act 5 – Première Gavotte – Deuxième Gavotte – Première Gav. Annick Massis 1:31

Jean-Paul Fouchecourt
Veronique Gens
Bernarda Fink
Laurent Naouri
Annick Massis
Russell Smythe
Thérèse Feighan

Les Musiciens du Louvre
Marc Minkowski

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

.: interlúdio :. Elizete Cardoso: Canção do amor demais (1958)

IM-PER-DÍ-VEL  !!!

Creio que nem precise apresentar longamente este disco, né? Os pequepianos certamente conhecem a importância histórica de Canção do amor demais. Então, provando mais uma vez que o PQP é cultura, abrimos uma janela para um disco histórico e necessário. O disco fundador da Bossa Nova é, infelizmente, coisa rara na discoteca de qualquer brasileiro. Este antológico LP traz pela pimeira vez Chega de Saudade, Serenata do AdeusLuciana, As Praias Desertas, Modinha e Outra Vez. O acompanhamento é feito em grande parte por um jovem baiano que tocava o violão de maneira original, inédita: o jovem João Gilberto. Sim, antes do primeiro LP de João Gilberto, Chega de Saudade, Tom, Vinícius e João Gilberto ensinavam Elizete Cardoso na

Rua Nascimento Silva, cento e sete
Você ensinando prá Elizete as canções de canção do amor demais
Lembra que tempo feliz, ai que saudade, Ipanema era só felicidade
Era como se o amor doesse em paz
Nossa famosa garota nem sabia
A que ponto a cidade turvaria este Rio de amor que se perdeu
Mesmo a tristeza da gente era mais bela e além disso se via da janela
Um cantinho de céu e o Redentor

Trecho da letra de Carta ao Tom, de Vinícius de Moraes

Abaixo o texto de Vinícius de Moraes da primeira edição do LP em abril de 1958:

Dois anos são passados desde que Antonio Carlos Jobim (Tom, se preferirem) e eu nos associamos para fazer os sambas de minha peça “Orfeu da Conceição”, de que restou um grande sucesso popular, “Se Todos Fossem Iguais a Você” e, sobretudo, uma grande amizade. É notório que parceiros se desentendem: e a história da música popular brasileira está cheia dessas brigas de comadres, provocadas geralmente por vaidades e ciumadas, por um não querer o seu nome em baixo do nome do outro, quando não por motivos mais deselegantes e mesquinhos. Mas no nosso caso, não só essa amizade como um profundo afinamento de sensibilidades para a música, que constitui, sem dúvida, nossa distração máxima, tem determinado que fazer sambas e canções seja para nós um ato extraordinariamente livre e gratuito, no sentido da fatalidade.

Este LP, que se deve ao ânimo de Irineu Garcia, é a maior prova que podemos dar da sinceridade dessa amizade e dessa parceria. A partir dos sambas de “Orfeu da Conceição”, raras têm sido as vezes em que, de um encontro meu com o maestro, não resulte alguma composição nova, por isso que eu creio ser essa a verdadeira linguagem da nossa relação. Ponha-se Antonio Carlos Jobim ao piano – e é difícil encontrá-lo longe de um – e em breve, de dois ou três acordes, nascerá entre nós um olhar de entendimento; e de seus comentários cifrados (“–Isto são as pedras, poeta!”; “–Os pequenos caracois listados debaixo das folhas secas…”; “– As grandes migrações corais…”; “–O outro lado do riacho…”; “–Chegamos à galaxia…”) eu terei sabido extrair exatamente o que ele me quer ouvir dizer em minha letra. E nunca houve entre nós quaisquer reservas no sentido de um tirar o outro de um impasse durante o trabalho. É possível mesmo que tudo isso se deva ao fato de que ele crê na poesia da música e eu creio na música da poesia. Porque a verdade é que eu gosto das letras que, eventualmente, Tom também escreve, como “As Praias Desertas”; e a prova de que ele considera as músicas que eu, vez por outra, também faço, está no carinho com que orquestrou a minha “Serenata do Adeus” e o meu “Medo de Amar” – todos neste LP.

Nem com este LP queremos provar nada, senão mostrar uma etapa do nosso caminho de amigos e parceiros no divertidíssimo labor de fazer sambas e canções, que são brasileiros mas sem nacionalismos exaltados, e dar alimento aos que gostam de cantar, que é coisa que ajuda a viver.

A graça e originalidade dos arranjos de Antonio Carlos Jobim não constituem mais novidade, para que eu volte a falar delas aqui. Mas gostaria de chamar a atenção para a crescente simplicidade e organicidade de suas melodias e harmonias, cada vez mais libertas da tendência um quanto mórbida e abstrata que tiveram um dia. O que mostra a inteligência de sua sensibilidade, atenta aos dilemas do seu tempo, e a construtividade do seu espírito, voltado para os valores permanentes na relação humana.

Não foi somente por amizade que Elizete Cardoso foi escolhida para cantar este LP. É claro que, por ela interpretado, ele nos acrescenta ainda mais, pois fica sendo a obra conjunta de três grandes amigos; gente que se quer bem para valer; gente que pode, em qualquer circunstância, contar um com o outro; gente, sobretudo, se danando para estrelismos e vaidades e glórias. Mas a diversidade dos sambas e canções exigia também uma voz particularmente afinada; de timbre popular brasileiro mas podendo respirar acima do puramente popular; com um registro amplo e natural nos graves e agudos e, principalmente, uma voz experiente, com a pungência dos que amaram e sofreram, crestada pela pátina da vida. E assim foi que a Divina impôs-se como a lua para uma noite de serenata.

Vinícius de Moraes

Rio, abril de 1958.

Elizete Cardoso: Canção do amor demais (1958)

Lado A

01 chega de saudade [antonio carlos jobim, vinicius de moraes]
02 serenata do adeus [vinicius de moraes]
03 as praias desertas [antonio carlos jobim]
04 estrada branca [antonio carlos jobim, vinicius de moraes]
05 luciana [antonio carlos jobim, vinicius de moraes]
06 janelas abertas [antonio carlos jobim, vinicius de moraes]

Lado B

07 eu nao existo sem voce [antonio carlos jobim, vinicius de moraes]
08 outra vez [antonio carlos jobim]
09 medo de amar [vinicius de moraes]
10 caminho de pedra [antonio carlos jobim, vinicius de moraes]
11 vida bela [antonio carlos jobim, vinicius de moraes]
12 modinha [antonio carlos jobim, vinicius de moraes]
13 cancao do amor demais [antonio carlos jobim, vinicius de moraes]

Voz: elizete cardoso
Arranjos, regência e piano: antonio carlos jobim
Violão: joão gilberto
Violino e arregimentador: irany pinto
Flauta: nicolino copia [copinha]
Trombones: gaúcho e maciel
Trompa: herbet
Contrabaixo: vidal
Bateria: juquinha
Sete violinos, duas violas e dois cellos não identificados

Coro em “chega de saudade”: joão gilberto, antonio carlos jobim e walter santos
Gravado no estúdio [três canais] da odeon, no rio de janeiro, em janeiro de 1958
Transcrição análogo/digital: golden slumbers studio [SP]
Masterização: sun trip, por albertho iessus [SP]
Produtor fonográfico: estúdio eldorado ltda
Gerência artística: murilo pontes
Produto licenciado por “selo festa de irineu garcia ltda”
Produção gráfica e digitalização de LP/CD: luiz katmandu

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Elizete Cardoso

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750): O Cravo Bem Temperado (completo) — Versão de 2008 com Angela Hewitt

IM-PER-DÍ-VEL !!!

( <— Capa da versão de 2008. Da Hyperion. )

E aqui está a versão de 2008, prometida e explicada aqui. Eu a ouvi inteirinha e lhes digo que a canadense — com cidadania inglesa e que reside atualmente em Londres — Angela Hewitt faz um retrabalho de gênio. Notei muitas diferenças, ou fui traído pela memória. Para caracterizar o que ouvi teria que recorrer a tais metáforas poéticas que perderia minha fama de macho alfa. Além disso, vocês sabem que sou um sujeito pudico que não se mostra para qualquer um.

Com efeito, o caso desta moça Angela, nascida em 1958, é muito sério e creio que cada prêmio que esta maravilhosa gravação recebeu é minuciosamente merecido. Se eu fosse você baixava os discos, comprava o DVD e ainda me mandava bombons. Aliás, isto deveria ser lei. Estou de aniversário no dia 19, caralho!

Das wohltemperirte Klavier ‘The well-tempered Clavier’ Book 1, BWV846-869

CD1
1 No 01 in C major, BWV846. Movement 1:Prelude [2’20]
2 No 01 in C major, BWV846. Movement 2: Fugue [2’08]
3 No 02 in C minor, BWV847. Movement 1: Prelude [1’35]
4 No 02 in C minor, BWV847. Movement 2: Fugue [1’52]
5 No 03 in C sharp major, BWV848. Movement 1: Prelude [1’23]
6 No 03 in C sharp major, BWV848. Movement 2: Fugue [2’19]
7 No 04 in C sharp minor, BWV849. Movement 1: Prelude [3’04]
8 No 04 in C sharp minor, BWV849. Movement 2: Fugue [5’24]
9 No 05 in D major, BWV850. Movement 1: Prelude [1’24]
10 No 05 in D major, BWV850. Movement 2: Fugue [2’13]
11 No 06 in D minor, BWV851. Movement 1: Prelude [1’40]
12 No 06 in D minor, BWV851. Movement 2: Fugue [2’59]
13 No 07 in E flat major, BWV852. Movement 1: Prelude [3’44]
14 No 07 in E flat major, BWV852. Movement 2: Fugue [1’40]
15 No 08 in E flat minor, BWV853. Movement 1: Prelude [3’58]
16 No 08 in E flat minor, BWV853. Movement 2: Fugue [5’16]
17 No 09 in E major, BWV854. Movement 1: Prelude [1’24]
18 No 09 in E major, BWV854. Movement 2: Fugue [1’06]
19 No 10 in E minor, BWV855. Movement 1: Prelude [2’19]
20 No 10 in E minor, BWV855. Movement 2: Fugue [1’10]
21 No 11 in F major, BWV856. Movement 1: Prelude [1’02]
22 No 11 in F major, BWV856. Movement 2: Fugue [1’38]
23 No 12 in F minor, BWV857. Movement 1: Prelude [2’12]
24 No 12 in F minor, BWV857. Movement 2: Fugue [4’55]

CD2
1 No 13 in F sharp major, BWV858. Movement 1: Prelude [1’31]
2 No 13 in F sharp major, BWV858. Movement 2: Fugue [2’19]
3 No 14 in F sharp minor, BWV859. Movement 1: Prelude [1’01]
4 No 14 in F sharp minor, BWV859. Movement 2: Fugue [3’16]
5 No 15 in G major, BWV860. Movement 1: Prelude [0’54]
6 No 15 in G major, BWV860. Movement 2: Fugue [2’50]
7 No 16 in G minor, BWV861. Movement 1: Prelude [2’15]
8 No 16 in G minor, BWV861. Movement 2: Fugue [1’41]
9 No 17 in A flat major, BWV862. Movement 1: Prelude [1’22]
10 No 17 in A flat major, BWV862. Movement 2: Fugue [3’10]
11 No 18 in G sharp minor, BWV863. Movement 1: Prelude [1’30]
12 No 18 in G sharp minor, BWV863. Movement 2: Fugue [2’07]
13 No 19 in A major, BWV864. Movement 1: Prelude [1’28]
14 No 19 in A major, BWV864. Movement 2: Fugue [2’00]
15 No 20 in A minor, BWV865. Movement 1: Prelude [0’59]
16 No 20 in A minor, BWV865. Movement 2: Fugue [5’33]
17 No 21 in B flat major, BWV866. Movement 1: Prelude [1’25]
18 No 21 in B flat major, BWV866. Movement 2: Fugue [1’45]
19 No 22 in B flat minor, BWV867. Movement 1: Prelude [3’51]
20 No 22 in B flat minor, BWV867. Movement 2: Fugue [3’08]
21 No 23 in B major, BWV868. Movement 1: Prelude [0’57]
22 No 23 in B major, BWV868. Movement 2: Fugue [2’24]
23 No 24 in B minor, BWV869. Movement 1: Prelude [4’40]
24 No 24 in B minor, BWV869. Movement 2: Fugue [6’57]

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Das wohltemperirte Klavier ‘The well-tempered Clavier’ Book 2, BWV870-893

CD3
1 No 01 in C major, BWV870. Movement 1: Prelude [3’04]
2 No 01 in C major, BWV870. Movement 2: Fugue [1’39]
3 No 02 in C minor, BWV871. Movement 1: Prelude [2’27]
4 No 02 in C minor, BWV871. Movement 2: Fugue [2’53]
5 No 03 in C sharp major, BWV872. Movement 1: Prelude [1’41]
6 No 03 in C sharp major, BWV872. Movement 2: Fugue [2’08]
7 No 04 in C sharp minor, BWV873. Movement 1: Prelude [4’47]
8 No 04 in C sharp minor, BWV873. Movement 2: Fugue [2’22]
9 No 05 in D major, BWV874. Movement 1: Prelude [5’49]
10 No 05 in D major, BWV874. Movement 2: Fugue [2’59]
11 No 06 in D minor, BWV875. Movement 1: Prelude [1’34]
12 No 06 in D minor, BWV875. Movement 2: Fugue [2’22]
13 No 07 in E flat major, BWV876. Movement 1: Prelude [2’47]
14 No 07 in E flat major, BWV876. Movement 2: Fugue [1’55]
15 No 08 in D sharp minor, BWV877. Movement 1: Prelude [4’18]
16 No 08 in D sharp minor, BWV877. Movement 2: Fugue [5’00]
17 No 09 in E major, BWV878. Movement 1: Prelude [4’41]
18 No 09 in E major, BWV878. Movement 2: Fugue [4’17]
19 No 10 in E minor, BWV879. Movement 1: Prelude [3’40]
20 No 10 in E minor, BWV879. Movement 2: Fugue [2’51]
21 No 11 in F major, BWV880. Movement 1: Prelude [3’31]
22 No 11 in F major, BWV880. Movement 2: Fugue [1’46]
23 No 12 in F minor, BWV881. Movement 1: Prelude [5’06]
24 No 12 in F minor, BWV881. Movement 2: Fugue [1’49]

CD4
1 No 13 in F sharp major, BWV882. Movement 1: Prelude [3’35]
2 No 13 in F sharp major, BWV882. Movement 2: Fugue [2’35]
3 No 14 in F sharp minor, BWV883. Movement 1: Prelude [3’21]
4 No 14 in F sharp minor, BWV883. Movement 2: Fugue [3’38]
5 No 15 in G major, BWV884. Movement 1: Prelude [2’32]
6 No 15 in G major, BWV884. Movement 2: Fugue [1’14]
7 No 16 in G minor, BWV885. Movement 1: Prelude [4’03]
8 No 16 in G minor, BWV885. Movement 2: Fugue [2’45]
9 No 17 in A flat major, BWV886. Movement 1: Prelude [4’17]
10 No 17 in A flat major, BWV886. Movement 2: Fugue [3’47]
11 No 18 in G sharp minor, BWV887. Movement 1: Prelude [4’06]
12 No 18 in G sharp minor, BWV887. Movement 2: Fugue [3’21]
13 No 19 in A major, BWV888. Movement 1: Prelude [2’21]
14 No 19 in A major, BWV888. Movement 2: Fugue [1’13]
15 No 20 in A minor, BWV889. Movement 1: Prelude [4’15]
16 No 20 in A minor, BWV889. Movement 2: Fugue [1’42]
17 No 21 in B flat major, BWV890. Movement 1: Prelude [7’19]
18 No 21 in B flat major, BWV890. Movement 2: Fugue [2’39]
19 No 22 in B flat minor, BWV891. Movement 1: Prelude [3’29]
20 No 22 in B flat minor, BWV891. Movement 2: Fugue [4’54]
21 No 23 in B major, BWV892. Movement 1: Prelude [1’52]
22 No 23 in B major, BWV892. Movement 2: Fugue [3’50]
23 No 24 in B minor, BWV893. Movement 1: Prelude [2’29]
24 No 24 in B minor, BWV893. Movement 2: Fugue [1’53]

Angela Hewitt, piano (Fazioli).
Recorded in Berlin’s Jesus-Christus-Kirche
PQP

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Sinfonias Nº 5, Op. 47, e Nº 9, Op. 70

A Inglaterra é monstruosa. Há as orquestras de Londres, as escocesas e as do interior. Primeiro era foi a de Bournemouth, depois a de Birmingham e agora é a de Liverpool. Todas espetaculares.

A Sinfonia Nº 5, Op. 47 (1937) é a obra mais popular de Dmitri Shostakovich. Recebeu incontáveis gravações e não é para menos. O público costuma torcer o nariz para obras mais modernas e aqui o compositor retorna no tempo para compor uma grande sinfonia ao estilo do século XIX. Sim, é em ré menor e possui quatro movimentos, tendo bem no meio, um scherzo composto por um Haydn mais parrudo. Mesmo para os aficcionados, é uma obra apetitosa, por transformar a linguagem do compositor em algo mais sonhador do que o habitual. Foi a primeira sinfonia de Shostakovich que ouvi. Meu pai, um romântico, apresentou-me a sinfonia dizendo que era muito melhor que as de Prokofiev, exceção feita à Nº 1, Clássica, que ele amava. Alguns consideram esta obra uma grande paródia; eu a vejo como uma homenagem ao glorioso passado sinfônico do século anterior. A abertura e a coda do último movimento (Allegro non troppo) costuma aparecer, com boa frequência, em programas de rádio que se querem sérios e influentes… Apesar de não ser típica, ela reflete de forma absoluta a sintaxe, o discurso e o sotaque do compositor. É a música ideal para o primeiro contato com Shostakovich.

Desde Schubert, com sua Sinfonia Nº 9 “A Grande”, passando pela Nona de Beethoven e pelas nonas de Bruckner e Mahler, que espera-se muito das sinfonias Nº 9. Há até uma maldição que fala que o compositor morre após a nona, o que, casualmente ou não, ocorreu com todos os citados menos Shostakovitch. Esta sinfonia — por ser a “Nona” — foi muito aguardada e, bem, digamos que não seria Shostakovitch se ele não tivesse feito algo inesperado. Stálin ficou muito decepcionado com ela. Muito. Ele foi na noite da estreia e confessou-se puto, mas com outras palavras.

Leonard Bernstein lia esta partitura dando gargalhadas desta piada musical dirigida a Stalin, cujas muitas citações formam um todo no mínimo sarcástico. O compositor declarou que faria uma música que expressaria “a luta contra a barbárie e grandeza dos combatentes soviéticos”, mas os severos críticos soviéticos, adeptos do realismo socialista, foram mais exatos e apontaram que a obra seria debochada, irônica e de influência stravinskiana. Bingo! Na verdade é uma das composições mais agradáveis que conheço. O material temático pode ser bizarro e bem humorado (primeiro e terceiro movimentos), mas é também terno e melancólico (segundo e largo introdutório do quarto), terminando por explodir numa engraçadíssima coda. Apesar dos cinco movimentos, é uma sinfonia curta, muito parecida em espírito com a primeira sinfonia “Clássica” de Prokofiev e com a Sinfonia “Renana” de Schumann, também em cinco movimentos. Deixando de lado a geopolítica soviética e detendo-se na obra, podemos dizer que esta Nona é uma consciente destilação de experiências e, talvez uma reação muito cuidadosamente pensada, contra as enormidades musicais oriundas da guerra das duas sinfonias anteriores.

Cá entre nós, é puro divertimento.

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Sinfonias Nº 5, Op. 47, e Nº 9, Op. 70

Sinfonia Nº 5 em Ré menor, Op. 47

01. Moderato
02. Allegretto
03. Largo
04. Allegro non troppo

Sinfonia Nº 9 in E flat major, Op. 70
05. Allegro
06. Moderato
07. Presto
08. Largo
09. Allegretto – Allegro

Royal Liverpool Philharmonic Orchestra
Vasily Petrenko

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750): O Cravo Bem Temperado (completo) — Versão de 1997-99 com Angela Hewitt

IM-PER-DÍ-VEL !!!

( <— Capa da versão de 97-99, ainda em catálogo. Da Hyperion. )

Deixa eu explicar:

1. Não sei bem os problemas que ocorreram na postagem deste CD pelo FDP, sei apenas que houve reclamações sobre o arquivo e a ordem das faixas, etc.

2. O final de uma faixa — bem no final da mesma — também apresenta problemas no primeiro arquivo que ora posto. O resto é ouro sobre azul. Perfeição total.

3. Nos próximos dias, vou postar a outra versão de Hewitt. Por quê? Ora, há quinze anos, Angela Hewitt gravou uma versão do Livro I do Cravo Bem Temperado que deslumbrou o mundo. Verdade. Basta ler as revistas da época. Este foi seguido pouco depois pelo Livro II, que foi recebido da mesma forma. Só que, entre agosto de 2007 até o final de outubro de 2008, ela fez uma turnê mundial onde tocou o Cravo Bem Temperado completo em 58 cidades de 21 países de seis continentes. E tudo mudou.

Em uma nota pessoal que está na nova gravação, Angela explicou suas razões, tanto artísticas quanto emocionais, para esta importante decisão criativa de regravar tudo. Ela fala de uma “recém-descoberta liberdade” que ela adquiriu em suas performances de 2007 e 2008 e elogiou especialmente os pianos Fazioli, “cujos luminosos, poderosos e também delicados sons abriram novos mundos para mim e permitiram que a minha imaginação voasse para outros lugares”.

É óbvio que nós, pequepianos e, portanto, seres privilegiados, precisamos ter a experiência de ouvir ambas as versões, vai dizer que não?

P.S. — O nome dos arquivos falam em 95-97, mas é 97-99. Não enche o saco, Vanderson!

Johann Sebastian Bach (1685-1750): O Cravo Bem Temperado (completo) —
Versão de 1997-99 com Angela Hewitt

Book I, CD 1
1. Prelude #1 in C major, BWV 846 [2:08]
2. Fugue #1 in C major, BWV 846 [1:56]
3. Prelude #2 in C minor, BWV 847 [1:31]
4. Fugue #2 in C minor, BWV 847 [1:45]
5. Prelude #3 in C sharp major, BWV 848 [1:24]
6. Fugue #3 in C sharp major, BWV 848 [2:14]
7. Prelude #4 in C sharp minor, BWV 849 [2:31]
8. Fugue #4 in C sharp minor, BWV 849 [5:27]
9. Prelude #5 in D major, BWV 850 [1:21]
10. Fugue #5 in D major, BWV 850 [2:09]
11. Prelude #6 in D minor, BWV 851 [1:42]
12. Fugue #6 in D minor, BWV 851 [2:34]
13. Prelude #7 in E flat major, BWV 852 [3:34]
14. Fugue #7 in E flat major, BWV 852 [1:42]
15. Prelude #8 in E flat minor, BWV 853 [3:40]
16. Fugue #8 in E flat minor, BWV 853 [5:36]
17. Prelude #9 in E major, BWV 854 [1:27]
18. Fugue #9 in E major, BWV 854 [1:07]
19. Prelude #10 in E minor, BWV 855 [2:19]
20. Fugue #10 in E minor, BWV 855 [1:10]
21. Prelude #11 in F major, BWV 856 [1:02]
22. Fugue #11 in F major, BWV 856 [1:35]
23. Prelude #12 in F minor, BWV 857 [1:52]
24. Fugue #12 in F minor, BWV 857 [4:38]

Book I, CD 2
1. Prelude #13 in F sharp major, BWV 858 [1:31]
2. Fugue #13 in F sharp major, BWV 858 [2:19]
3. Prelude #14 in F sharp minor, BWV 859 [1:01]
4. Fugue #14 in F sharp minor, BWV 859 [3:16]
5. Prelude #15 in G major, BWV 860 [0:55]
6. Fugue #15 in G major, BWV 860 [3:00]
7. Prelude #16 in G minor, BWV 861 [2:01]
8. Fugue #16 in G minor, BWV 861 [1:45]
9. Prelude #17 in A flat major, BWV 862 [1:26]
10. Fugue #17 in A flat major, BWV 862 [3:06]
11. Prelude #18 in G sharp minor, BWV 863 [1:29]
12. Fugue #18 in G sharp minor, BWV 863 [2:22]
13. Prelude #19 in A major, BWV 864 [1:27]
14. Fugue #19 in A major, BWV 864 [2:00]
15. Prelude #20 in A minor, BWV 865 [1:03]
16. Fugue #20 in A minor, BWV 865 [5:38]
17. Prelude #21 in B flat major, BWV 866 [1:20]
18. Fugue #21 in B flat major, BWV 866 [1:51]
19. Prelude #22 in B flat minor, BWV 867 [4:01]
20. Fugue #22 in B flat minor, BWV 867 [3:10]
21. Prelude #23 in B major, BWV 868 [1:03]
22. Fugue #23 in B major, BWV 868 [2:24]
23. Prelude #24 in B minor, BWV 868 [4:47]
24. Fugue #24 in B minor, BWV 868 [6:48]

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Book II, CD 3
1. Prelude #1 in C major, BWV 870 [2:34]
2. Fugue #1 in C major, BWV 870 [1:36]
3. Prelude #2 in C minor, BWV 871 [2:29]
4. Fugue #2 in C minor, BWV 871 [2:48]
5. Prelude #3 in C sharp major, BWV 872 [1:56]
6. Fugue #3 in C sharp major, BWV 872 [1:52]
7. Prelude #4 in C sharp minor, BWV 873 [4:48]
8. Fugue #4 in C sharp minor, BWV 873 [2:14]
9. Prelude #5 in D major, BWV 874 [5:34]
10. Fugue #5 in D major, BWV 874 [2:57]
11. Prelude #6 in D minor, BWV 875 [1:30]
12. Fugue #6 in D minor, BWV 875 [2:10]
13. Prelude #7 in E flat major, BWV 876 [2:30]
14. Fugue #7 in E flat major, BWV 876 [1:48]
15. Prelude #8 in D sharp minor, BWV 877 [4:03]
16. Fugue #8 in D sharp minor, BWV 877 [4:32]
17. Prelude #9 in E major, BWV 878 [4:53]
18. Fugue #9 in E major, BWV 878 [3:28]
19. Prelude #10 in E minor, BWV 879 [4:13]
20. Fugue #10 in E minor, BWV 879 [2:47]
21. Prelude #11 in F major, BWV 880 [3:22]
22. Fugue #11 in F major, BWV 880 [1:39]
23. Prelude #12 in F minor, BWV 881 [4:44]
24. Fugue #12 in F minor, BWV 881 [1:52]

Book II, CD 4
1. Prelude #13 in F sharp major, BWV 882 [3:28]
2. Fugue #13 in F sharp major, BWV 882 [2:32]
3. Prelude #14 in F sharp minor, BWV 883 [3:06]
4. Fugue #14 in F sharp minor, BWV 883 [3:42]
5. Prelude #15 in G major, BWV 884 [2:40]
6. Fugue #15 in G major, BWV 884 [1:13]
7. Prelude #16 in G minor, BWV 885 [3:39]
8. Fugue #16 in G minor, BWV 885 [2:37]
9. Prelude #17 in A flat major, BWV 886 [4:08]
10. Fugue #17 in A flat major, BWV 886 [3:39]
11. Prelude #18 in G sharp minor, BWV 887 [4:11]
12. Fugue #18 in G sharp minor, BWV 887 [3:20]
13. Prelude #19 in A major, BWV 888 [2:10]
14. Fugue #19 in A major, BWV 888 [1:13]
15. Prelude #20 in A minor, BWV 889 [4:27]
16. Fugue #20 in A minor, BWV 889 [1:29]
17. Prelude #21 in B flat major, BWV 890 [7:22]
18. Fugue #21 in B flat major, BWV 890 [2:36]
19. Prelude #22 in B flat minor, BWV 891 [3:09]
20. Fugue #22 in B flat minor, BWV 891 [4:36]
21. Prelude #23 in B major, BWV 892 [2:05]
22. Fugue #23 in B major, BWV 892 [3:27]
23. Prelude #24 in B minor, BWV 893 [2:13]
24. Fugue #24 in B minor, BWV 893 [1:44]

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Angela Hewitt, piano Steinway

Recorded in the Beethovensaal, Hannover, on 5-7 June 1997 (CD1),
17-19 December 1997 (CD2), 17-19 August 1998 (CD3)
and 21-23 March 1999 (CD4)

Angela Hewiit
PQP

Edvard Grieg (1843-1907): Sonata e outras peças para Violoncelo e Piano

Ao lado da única Sonata para Violoncelo e Piano de Grieg, a de Op.36, Emmanuelle Bertrand e Amoyel Pascal transcreveram algumas de suas peças líricas. Eles refazem a vida de Grieg, desde a Arietta de 1867 até o lento olhar para o passado de Remembrances (1901). O programa também inclui duas peças originais para cello e piano: o Intermezzo e a transcrição do próprio Grieg para o Scherzo de sua 3ª Sonata para Violino e piano. A dupla de instrumentistas escalada pela Harmonia Mundi é espantosa, como de hábito.

Edvard Grieg (1843-1907): Sonata e outras peças para Violoncelo e Piano

1. Arietta, lyric piece for piano, Op. 12/1
2. Erotik, lyric piece for piano, Op. 43/5
3. Allegretto expressivo, for cello & piano in E major
4. Troldtog (March of the Dwarfs), lyric piece for piano, Op. 54/3
5. For dine fødder (At your Feet), lyric piece for piano, Op. 68/3
6. Sonata for cello & piano in A minor, Op. 36: 1. Allegro agitato
7. Sonata for cello & piano in A minor, Op. 36: 2. Andante molto tranquillo
8. Sonata for cello & piano in A minor, Op. 36: 3. Allegro
9. Intermezzo for cello & piano in A minor, EG 115
10. Vöglein (Little Bird), lyric piece for piano, Op. 43/4
11. Drømmesyn (Phantom), lyric piece for piano, Op. 62/5
12. Geheimniss (Secret), lyric piece for piano, Op. 57/4
13. Gangar (Norwegian March), lyric piece for piano, Op. 54/2
14. Heimweh (Homesickness), lyric piece for piano, Op. 57/6
15. Entschwundene Tage (Vanished Days), lyric piece for piano, Op. 57/1
16. Efterklang (Remembrances), lyric piece for piano, Op. 71/7

Emmanuelle Bertrand: cello
Pascal Amoyel: piano

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

J. S. Bach (1685-1750): 75 Cantatas (Karl Richter) — Vol. 1 de 5 (4 CDs)

Hoje, 28 de julho, é a data do aniversário da morte de Bach e Vivaldi.

Depois de algumas semanas, como o paciente não apresentasse melhoras, houve uma nova operação, além de sangrias, ventosas e bebidas laxativas para limpá-lo. Apareceu um outro médico que brigou com Taylor (o médico que estava tratando Bach). Então foi utilizado sangue de pombo nos olhos do compositor, além de açúcar moído e sal torrado.

Com um tratamento destes, descrito neste post cheio de detalhes, Johann Sebastian Bach acabou por perder não somente a visão, mas a vida, alguns dias depois.

Não tenho grande amor pelas gravações de música instrumental de Karl Richter (1926–1981) e sua Orquestra Bach de Munique, porém seus registros de música vocal são estupendos. Quem tiver dúvidas, ouça isso aqui. Então, hoje começo a mostrar as Cantatas que Richter e sua turma nos deixou gravadas na Archiv. São 75. Estou terminando de ouvir os CDs do primeiro volume, que ora posto. Olha, também são estupendos.

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Volume 1 – Advent and Christmas

CD 1
«Nun komm, der Heiden Heiland», BWV 61
«Bereitet die Wege, bereitet die Bahn», BWV 132
«Christen, ätzet diesen Tag», BWV 63

BAIXE O CD1 AQUI — DOWNLOAD CD1 HERE

CD 2
«Christum wir sollen loben schon», BWV 121
«Sehet, welch eine Liebe hat uns der Vater erzeiget», BWV 64
«Gottlob! nun geht das Jahr zu Ende», BWV 28
«Gott, wie dein Name, so ist auch dein Ruhm», BWV 171

BAIXE O CD2 AQUI — DOWNLOAD CD2 HERE

CD 3
«Ach Gott, wie manches Herzeleid», BWV 58
«Sie werden aus Saba alle kommen», BWV 65
«Meinem Jesum laß ich nicht», BWV 124
«Meine Seufzer, meine Tränen», BWV 13

BAIXE O CD3 AQUI — DOWNLOAD CD3 HERE

CD 4
«Was mein Gott will, das g’scheh’ allzeit», BWV 111
«Jesus schläft, was soll ich hoffen?», BWV 81
«Ich habe genug», BWV 82

BAIXE O CD4 AQUI — DOWNLOAD CD4 HERE

.oOo.

Edith Mathis, Sheila Armstrong, Lotte Schädle
Ursula Buckel, Maria Stader – Sopranos

Anna Reynolds, Herthe Töpper
Trudeliese Schmidt, Julia Hamari – Contraltos

Peter Schreier, Ernst Haefliger
John van Kesteren – Tenores

Dietrich Fischer-Dieskau, Theo Adam
Kurt Moll, Kieth Engen – Baixos

Coro Bach de Munique
Orquestra Bach de Munique
Karl Richter

PQP