Samuel Barber (1910-1981): Adágio para Cordas & Aaron Copland (1900-1990): El Salón México, Quatro Episódios de Rodeo e Appalachian Spring

Não achei este CD na Amazon, mas ele existe sim, tanto que quiser comprovar sua existência poderá fazê-lo.

Trata-se de gravações bastante antigas e dignas de obras de Copland e Barber. O Adágio de Barber é aquela música utilizada em Platoon que já encheu o meu saco apesar de bonitinha, e as obras do Copland não lembram filmes de guerra, mas uma atmosfera de interior da California da primeira metade do século misturada à Emerson, Lake & Palmer. O CD não me fez ter orgasmos duplos e não suporto a longuíssima Appalachian, a qual me fez dormir mais uma vez.

Mas, se retirarmos a Appalachian, é boa música.

Importante: CVL já publicou todas ou quase todas estas obras em registros superiores em qualidade a estes que ora vos posto.

Samuel Barber
1. Adagio for Strings
Philadelphia Orchestra
Eugene Ormandy

Aaron Copland
2. El Salón México
3-6. Four Episodes from “Rodeo”
7. Appalachian Spring
Minnesota Orchestra
Neville Marriner

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

.: interlúdio :. Carla Bley / Social Studies

Hoje apresentaremos o tango reacionário e a valsa sinistra. Formação em Sociologia orientada por Carla Bley através de um CD de belíssima capa.

O famoso Reactionary Tango que abre Social Studies é uma obra prima (atenção para o show de Steve Swallow). O restante do CD não fica muito atrás. A irreverência de Bley fica desta vez no nome das músicas, pois o disco é absolutamente sério. A única citação está no Tango e a única paródia é a Valsa. V. A. Bezerra escreveu neste site:

As características da música de Satie estão todas presentes na música de Carla Bley: os títulos irônicos, o gosto pelas sonoridades grotescas, as citações feitas com fins paródicos, a repetição ad nauseam de padrões rítmicos, e o uso abertamente kitsch de clichês da música mais comercial – às vezes claramente irônico, porém às vezes perpetrado com uma candura tal que nos deixa em dúvida se, desta vez, ela está mesmo falando aquilo a sério. Também assim como em Satie, tudo isso vem amarrado por um manejo perversamente competente da técnica composicional e orquestral, que aqui e ali nos lembra que, por baixo de toda aquela aparente anarquia e paródia, existe na realidade uma mente musical solidamente embasada a mexer as cordinhas. Não sendo uma virtuose de seu instrumento, Carla Bley desenvolveu um estilo instrumental bastante peculiar, reservando as passagens mais difíceis a solistas tecnicamente mais bem preparados.

Carla Bley – Social Studies

1 Reactionary Tango (12:52)
2 Copyright Royalties (6:41)
3 Utviklingssang (6:30)
4 Valse Sinistre (4:54)
6 Floater (5:55)
7 Walking Batteriewoman (4:24)

Bass – Steve Swallow
Drums – D. Sharpe
Engineer – Tom Mark
Euphonium – Joe Daley
Organ, Piano, Composed By – Carla Bley
Saxophone [Soprano, Alto] – Carlos Ward
Saxophone [Tenor], Clarinet – Tony Dagradi
Trombone – Gary Valente
Trumpet – Michael Mantler
Tuba – Earl McIntyre

Recorded September through December 1980.
Mixed January 1981 at Grog Kill Studios, Willow, New York.

Originally released 1981

BAIXE AQUI -DOWNLOAD HERE

PQP

.: interlúdio :. Carla Bley / Tropic Appetites

Neste CD de 1973, a magrona Carla Bley demonstra algo do que seria seu estilo anos depois. Os arranjos já são esplêndidos, o espírito ainda não é o da finíssima ironia que iria permear seus trabalhos posteriores, mas aqui há humor. Muito humor. Em minha opinião, o problema do disco é ser “cantado demais”.

Conheci Carla como principal arranjadora da Liberation Music Orchestra, de Charlie Haden, e depois fui trilhando sua evolução musical dos dias atuais em direção ao passado. É uma grande compositora e arranjadora americana, nascida Carla Borg, em Oakland no ano de 1936. Chamar de estranha a música de Bley é o que todos fazem com carradas de razão. Neste Tropic Appetites, ela utiliza sonoridades grotescas (Enormous tots) seguidas de composições cheias de falsa meiguice (Caucasian Bird Riffles). Enfim, é muito feminina… Depois vai para canções quase convencionais, mas sempre com cantores que as interpretam como se fossem atores (Funnybird), às vezes chegando a conversar com o ouvinte. É claro que 1973 está presente na oriental Song Of The Jungle Stream, na qual ela por vezes parece reencarnar George Harrison.

Bley é uma pianista, compositora e arranjadora de enormes recursos e possui CDs de composições eruditas em seu currículo. Gosto muito.

Carla Bley – Tropic Appetites

01 – What Will Be Left Between Us And The Moon Tonight
02 – In India
03 – Enormous Tots
04 – Caucasian Bird Riffles
05 – Funnybird Song
06 – Indonesian Dock Sucking Supreme
07 – Song Of The Jungle Stream
08 – Nothing

Cello, Double Bass, Bass – Dave Holland
Drums, Percussion – Paul Motian
Saxophone [Tenor], Percussion – Gato Barbieri
Trumpet, Trombone [Valve] – Michael Mantler
Violin, Viola – Toni Marcus
Voice – Julie Tippetts
Voice, Clarinet, Clarinet [Bass], Saxophone [Soprano, Baritone, Bass], Tuba – Howard Johnson (3)
Voice, Recorder, Piano, Electric Piano, Clavinet, Organ, Marimba, Celesta, Percussion – Carla Bley

Notes: Recorded September 1973 through February 1974, Blue Rock Studio, New York.
Julie Tippetts recorded November 1973, Island Studios, London.
Mixed February and March 1974, Blue Rock Studios, New York.

Lyrics By – Paul Haines
Music By – Carla Bley

Originally released 1974

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741) – 30 Concertos

Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741) – 30 Concertos

(Postagem publicada em 26 de dezembro de 2008)

Este é um TRABALHO SOCIAL oferecido por PQP Bach. Enquanto todos aqueles HORRÍVEIS BURGUESES locupletam-se com lastimáveis sequências de camarão, enquanto eles queimam seus LOMBOS OCIOSOS em nossas praias, PQP Bach oferece a oportunidade para nossos trabalhadores se VINGAREM de forma eficiente. Nada como poder ouvir, nesta sexta-feira pós-natalina, cinco CDs da grande música do Prete Rosso de forma a minorar nosso RESSENTIMENTO contra aquelas pessoas que SE DOURAM em nosso litoral enquanto trabalhamos como mouros. Não que eu pretenda trabalhar muito. São 9h e estou aqui no escritório de calção e camiseta, pronto para ir à academia malhar um pouco meu CORPINHO ADIPOSO. À tarde, serei obrigado a adquirir uma TONELADA DE ESPUMANTES para o jantar que promoveremos para quem ficou em Porto Alegre. Ah, vida miserável!

Trevor Pinnock e o The English Concert aparecem muito bem nesta caixa de 2001 da DG. Se não fazem aquele VIVALDI ABSOLUTAMENTE SOLAR, colocam BELAS E NADA AMEAÇADORAS NUVENS num lindo parque onde ingleses comem seus sanduíches ao meio-dia.

COMPANHEIRO TRABALHADOR, TOVARICH DE MINH`ALMA, apele para a abstração: imagine que estes 30 concertos sejam, cada um, UM ENORME E PERFEITO CAMARÃO, e VÁ À FORRA contra daquele povo (IN)feliz da praia.

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Vivaldi – Concertos – The English Concert Trevor Pinnock CD1

01. Concerto in G alla rustica -I- Presto
02. Concerto in G alla rustica -II- Adagio
03. Concerto in G alla rustica -III- Allegro
04. Concerto for Oboe and Violin in Bb -I- Allegro
05. Concerto for Oboe and Violin in Bb -II- Largo
06. Concerto for Oboe and Violin in Bb -III- Allegro
07. Concerto in C con molti stromenti -I- Allegro molto
08. Concerto in C con molti stromenti -II- Andante molto
09. Concerto in C con molti stromenti -III- Allegro
10. Concerto for 2 Violins in G -I- Allegro molto
11. Concerto for 2 Violins in G -II- Andante (molto)
12. Concerto for 2 Violins in G -III- Allegro
13. Concerto for Oboe in A Minor -I- Allegro non molto
14. Concerto for Oboe in A Minor -II- Larghetto
15. Concerto for Oboe in A Minor -III- Allegro
16. Concerto for 2 Mandolins in G -I- Allegro
17. Concerto for 2 Mandolins in G -II- Andante
18. Concerto for 2 Mandolins in G -III- Allegro

# Concerto alla rustica, for strings & continuo in G major, RV 151
with English Concert, Trevor Pinnock

# Double Concerto, for violin & oboe, strings & continuo in B flat major, RV 548
with English Concert, David Reichenberg, Simon Standage, Trevor Pinnock

# Concerto in tromba marina, for 2 violins, 2 recorders, 2 mandolins, 2 chalumeaux, 2 theorbos, cello, strings & continuo in C, RV 558
with Nigel North, Colin Lawson, Carlos Riera, Trevor Pinnock, Rachel Beckett, James Tyler, Robin Jeffrey, Micaela Comberti, Philip Pickett, Anthony Pleeth, Simon Standage, Jakob Lindberg

# Double Violin Concerto, for 2 violins, strings & continuo in G major, RV 516
with English Concert, Simon Standage, Elizabeth Wilcock, Trevor Pinnock

# Oboe Concerto, for oboe, strings & continuo in A minor, RV 461
with English Concert, David Reichenberg, Trevor Pinnock

# Double Mandolin Concerto, for 2 mandolins, strings & continuo in G major, RV 532
with James Tyler, Robin Jeffrey, English Concert
Conducted by Trevor Pinnock

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Vivaldi – Concertos – The English Concert Trevor Pinnock CD2

01. Concerto for Strings in A major – I. Allegro
02. Concerto for Strings in A major – II. Adagio
03. Concerto for Strings in A major – III. Allegro
04. Concerto for Violon in E major “L’amoroso” – I. Allegro
05. Concerto for Violon in E major “L’amoroso” – II. Cantabile
06. Concerto for Violon in E major “L’amoroso” – III. (Allegro)
07. Concerto for Bassoon in E minor – I. Allegro poco
08. Concerto for Bassoon in E minor – II. Andante

09. Concerto for Bassoon in E minor – III. Allegro
10. Concerto for Flute in G major – I. Allegro
11. Concerto for Flute in G major – II. Largo
12. Concerto for Flute in G major – III. (Allegro)
13. Concerto for Viola d’Amore and Lute in D minor – I. Allegro
14. Concerto for Viola d’Amore and Lute in D minor – II. Largo
15. Concerto for Viola d’Amore and Lute in D minor – III. Allegro
16. Concerto for Oboe and Bassoon in G major – I. Andante molto
17. Concerto for Oboe and Bassoon in G major – II. Largo
18. Concerto for Oboe and Bassoon in G major – III. Allegro molto

# Concerto for strings & continuo in A major, RV 159
with English Concert, Trevor Pinnock

# Violin Concerto, for violin, strings & continuo in E major (“L’amoroso”), RV 271
with English Concert, Simon Standage, Trevor Pinnock

# Bassoon Concerto, for bassoon, strings & continuo in E minor, RV 484
with English Concert, Milan Turkovic, Trevor Pinnock

# Flute Concerto, for flute, strings & continuo in G major, RV 436
with English Concert, Trevor Pinnock

# Double Concerto, for viola d’amore & lute, strings & continuo in D minor, RV 540
with Nigel North, English Concert, Roy Goodman
Conducted by Trevor Pinnock

# Double Concerto, for oboe & bassoon, strings & continuo in G major, RV 545
with English Concert, David Reichenberg, Milan Turkovic, Trevor Pinnock

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Vivaldi – Concertos – The English Concert Trevor Pinnock CD3

01. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°1 in D major – I. Allegro
02. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°1 in D major – II. Largo e spiccato
03. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°1 in D major – III. Allegro
04. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°2 in G minor – I. Adiago e spiccato
05. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°2 in G minor – II. Allegro
06. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°2 in G minor – III. Larghetto
07. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°2 in G minor – IV. Allegro
08. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°3 in G major – I. Allegro
09. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°3 in G major – II. Largo
10. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°3 in G major – III. Allegro
11. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°4 in E minor – I. Andante
12. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°4 in E minor – II. Allegro assai
13. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°4 in E minor – III. Adiago IV. Allegro
14. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°5 in A major – I. Allegro
15. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°5 in A major – II. Largo
16. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°5 in A major – III. Allegro
17. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°6 in A minor – I. Allegro
18. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°6 in A minor – II. Largo
19. “L’estro armonico” op. 3 – Concerto n°6 in A minor – III. Presto

# Concerto for 4 violins, strings & continuo in D major (“L’estro armonico” No. 1), Op. 3/1, RV 549
with English Concert, Micaela Comberti, Miles Golding, Simon Standage, Elizabeth Wilcock, Jaap ter Linden, Trevor Pinnock

# Concerto for 2 violins, cello, strings & continuo in G minor (“L’estro armonico” No. 2), Op. 3/2, RV 578
with English Concert, Micaela Comberti, Simon Standage, Jaap ter Linden, Trevor Pinnock

# Violin Concerto, for violin, strings & continuo in G major (“L’estro armonico” No. 3), Op. 3/3, RV 310
with English Concert, Simon Standage, Trevor Pinnock

# Concerto for 4 violins, strings & continuo in E minor (“L’estro armonico” No. 4), Op. 3/4, RV 550
with English Concert, Micaela Comberti, Miles Golding, Simon Standage, Elizabeth Wilcock, Trevor Pinnock

# Double Violin Concerto, for 2 violins, strings & continuo in A major (“L’estro armonico” No. 5), Op. 3/5, RV 519
with English Concert, Miles Golding, Simon Standage, Trevor Pinnock

# Violin Concerto, for violin, strings & continuo in A minor (“L’estro armonico” No. 6), Op. 3/6, RV 356
with English Concert, Simon Standage, Trevor Pinnock

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Vivaldi – Concertos – The English Concert Trevor Pinnock CD4

01. Concerto No.7 in F -I- Andante
02. Concerto No.7 in F -II- Adagio
03. Concerto No.7 in F -III- Allegro
04. Concerto No.7 in F -IV- Adagio – Allegro
05. Concerto No.8 in A minor -I- Allegro
06. Concerto No.8 in A minor -II- Larghetto
07. Concerto No.8 in A minor -III- Allegro
08. Concerto No.9 in D -I- Allegro
09. Concerto No.9 in D -II- Larghetto
10. Concerto No.9 in D -III- Allegro
11. Concerto No.10 in B minor -I- Allegro
12. Concerto No.10 in B minor -II- Largo e spiccato
13. Concerto No.10 in B minor -III- Larghetto – Adagio – Largo – Allegro
15. Concerto No.11 in D minor -II- Largo e spicatto
16. Concerto No.11 in D minor -III- Allegro
17. Concerto No.12 in E -I- Allegro
18. Concerto No.12 in E -II- Largo
19. Concerto No.12 in E -III- Allegro

# Concerto for 4 violins, cello, strings & continuo in F major (“L’estro armonico” No. 7) Op. 3/7, RV 567
with English Concert, Micaela Comberti, Miles Golding, Simon Standage, Elizabeth Wilcock, Jaap ter Linden, Trevor Pinnock

# Double Violin Concerto, for 2 violins, strings & continuo in A minor (“L’estro armonico” No. 8), Op. 3/8, RV 522
with English Concert, Micaela Comberti, Elizabeth Wilcock, Trevor Pinnock

# Violin Concerto, for violin, strings & continuo in D major (“L’estro armonico” No. 9), Op. 3/9, RV 230
with English Concert, Simon Standage, Trevor Pinnock

# Concerto for 4 violins, cello, strings & continuo in B minor (“L’estro armonico” No. 10) Op. 3/10, RV 580
with English Concert, Micaela Comberti, Miles Golding, Simon Standage, Elizabeth Wilcock, Jaap ter Linden, Trevor Pinnock

# Concerto for 2 violins, cello, strings & continuo in D minor (“L’estro armonico” No. 11), Op. 3/11, RV 565
with English Concert, Simon Standage, Elizabeth Wilcock, Jaap ter Linden, Trevor Pinnock

# Violin Concerto, for violin, strings & continuo in E major (“L’estro armonico” No. 12), Op. 3/12, RV 265
with English Concert, Simon Standage, Trevor Pinnock

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Vivaldi – Flute Concertos, Op. 10 – Patrick Gallois and Orpheus Chamber Orchestra CD5

01. N° 1 in F major “La tempesta di mare” – I. Allegro
02. N° 1 in F major “La tempesta di mare” – II. Largo
03. N° 1 in F major “La tempesta di mare” – III. Presto
04. N° 2 in G minor “La notte” – I. Largo
05. N° 2 in G minor “La notte” – II. Presto (Fantasmi)
06. N° 2 in G minor “La notte” – III. Largo
07. N° 2 in G minor “La notte” – IV Presto
08. N° 2 in G minor “La notte” – V Largo (Il Sonno)
09. N° 2 in G minor “La notte” – VI. Allegro
10. N° 3 in D major “Il gardellino” – I. Allegro
11. N° 3 in D major “Il gardellino” – II. [without tempo]
12. N° 3 in D major “Il gardellino” – III. Allegro
13. N° 4 in G major – I. Allegro
14. N° 4 in G major – II. Largo
15. N° 4 in G major – III. Allegro
16. N° 5 in F major – I. Allegro ma non tanto
17. N° 5 in F major – II. Largo cantabile
18. N° 5 in F major – III. Allegro
19. N° 6 in G major – I. Allegro
20. N° 6 in G major – II. Largo
21. N° 6 in G major – III. Allegro

# Flute Concerto, for flute, strings & continuo in F major (“La tempesta di mare”), Op. 10/1, RV 433
with Patrick Gallois and Orpheus Chamber Orchestra, Trevor Pinnock

# Flute Concerto, for flute, strings & continuo in G minor (“La Notte”), Op. 10/2, RV 439
with Patrick Gallois and Orpheus Chamber Orchestra, Trevor Pinnock

# Flute Concerto, for flute, strings & continuo in D major (“Il gardellino”), Op. 10/3, RV 428
with Patrick Gallois and Orpheus Chamber Orchestra, Trevor Pinnock

# Flute Concerto, for flute, strings & continuo in G major, Op. 10/4, RV 435
with Patrick Gallois and Orpheus Chamber Orchestra, Trevor Pinnock

# Flute Concerto, for flute, strings & continuo in F major, Op. 10/5, RV 434
with Patrick Gallois and Orpheus Chamber Orchestra, Trevor Pinnock

# Flute Concerto, for flute, strings & continuo in G major, Op. 10/6, RV 437
with Patrick Gallois and Orpheus Chamber Orchestra, Trevor Pinnock

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Johannes Brahms (1833-1897): Quartetos de Cordas (completo) e Quinteto para Piano

Dizer o quê? Este é um daqueles CDs perfeitos e meu único esforço seria o de desfilar os mais severos elogios. O Emerson comemora seus 30 anos de existência com Brahms e convida o grande Leon Fleisher para fazer o Quinteto Op. 34. Uma notável interpretação que me mostrou qualidades que nunca antes tinha suspeitado nos Quartetos de Cordas de um de meus três B`s (que são quatro). É notável como Brahms é beethoveniano no primeiro quarteto e como vai desprendendo-se rapidamente do mestre para adquirir sua voz. Para ouvir de joelhos.

ABSOLUTAMENTE IMPERDÍVEL!!!

Brahms: Quartetos de Cordas (completo) e Quinteto para Piano

1. String Quartet No.1 in C minor, Op.51 No.1 – 1. Allegro 10:27
2. String Quartet No.1 in C minor, Op.51 No.1 – 2. Romanze (Poco adagio) 6:29
3. String Quartet No.1 in C minor, Op.51 No.1 – 3. Allegretto molto moderato e comodo – Un poco più animato 8:20
4. String Quartet No.1 in C minor, Op.51 No.1 – 4. Allegro 5:35

5. String Quartet No.2 in A minor, Op.51 No.2 – 1. Allegro non troppo 12:19
6. String Quartet No.2 in A minor, Op.51 No.2 – 2. Andante moderato 8:54
7. String Quartet No.2 in A minor, Op.51 No.2 – 3. Quasi minuetto, moderato – Allegretto vivace 4:48
8. String Quartet No.2 in A minor, Op.51 No.2 – 4. Finale (Allegro non assai – Più vivace) 6:39

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Disc 2

1. String Quartet No.3 in B flat, Op.67 – 1. Vivace 9:29
2. String Quartet No.3 in B flat, Op.67 – 2. Andante 6:54
3. String Quartet No.3 in B flat, Op.67 – 3. Agitato (Allegretto non troppo) 7:42
4. String Quartet No.3 in B flat, Op.67 – 4. Poco allegretto con variazioni – Doppio movimento 9:29

5. Piano Quintet in F minor, Op.34 – 1. Allegro non troppo 16:31
6. Piano Quintet in F minor, Op.34 – 2. Andante, un poco adagio 8:59
7. Piano Quintet in F minor, Op.34 – 3. Scherzo (Allegro) 8:01
8. Piano Quintet in F minor, Op.34 – 4. Finale (poco sostenuto – Allegro non troppo) 11:05

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Emerson String Quartet
Leon Fleisher, piano

PQP

Georg Friedrich Haendel (1685 – 1759) – O Messias

Exato, a gravação de Richter. Meu colega Ciço Villa-Lobos me presenteou com a gravação através da qual tomei meu primeiro contato com O Messias, lá nos idos anos 70. Karl Richter era a maior das maravilhas. Esta gravação e a da Missa em Si Menor de Bach que ele fez com a Orquestra Bach de Munique eram referências absolutas e imbatíveis. Porém, nada envelheceu tanto quando os registros de música barroca daqueles anos e dos anteriores. Ainda amo esta gravação, mas sua sonoridade é encorpada demais, moderna demais, potente demais. Com o passar dos anos, os registros históricos feitos por “instrumentos originais” ou cópias, as orquestras menores e suas sonoridades rarefeitas tomaram conta de meu cérebro. Mas ainda fico encantado ao ouvir os sons que me colocaram como amante incondicional da música barroca.

Importante: Ciço lembra nos comentários que os arquivos trazem também a partitura do Messias!

Grande Karl Richter!

Handel – O Messias

Disc: 1
1. Symphony (Grave-Allegro Moderato)
2. Accompagnato (Tenor): Comfort Ye My People
3. Aria (Tenor): Ev’ry Valley Shall Be Exalted
4. Chorus: And The Glory Of The Lord Shall Be Revealed
5. Accompagnato (Bass): Thus Saith The Lord Of Hosts
6. Aria (Bass): But Who May Abide The Day Of His Coming
7. Chorus: And He Shall Purify
8. Recitative (Contralto): Behold, A Virgin Shall Conceive/Aria (Contralto): O Thou That Tellest Good
9. Chorus: O AThou That Tellest Good Tidings
10. Accompagnato (Bass): For Behold, Darkness Shall Cover
11. Aria (Bass): The People That Walked In Darkness
12. Chorus: For Unto Us A Child Is Born
13. Pifa (Pastoral Symphony)
14. Recitative (Soprano): There Were Shepherds Abiding In The Fields
15. Chorus: Glory To God In The Highest
16. Aria (Soprano): Rejoice Greatly, O Daughter Of Zion
17. Recitative (Contralto): Then Shall The Eyes Of The Blind /Duet: (Contralto, Soprano): He Shall Feed
18. Chorus: His Yoke Is Easy, His Burthen Is Light
19. Chorus: Behold The Lamb Of God
20. Aria (Contralto): He Was Despised
21. Chorus: Surely, He Hath Borne Our Griefs

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Disc: 2
1. Chorus: And With His Stripes We Are Healed
2. Chorus: All We Like Sheep Have Gone Astray
3. Accompagnato (Tenor): All They That See Him
4. Chorus: He Trusted In God
5. Accompagnato (Tenor): Thy Rebuke Hath Broken His Heart
6. Arioso (Tenor): Behold, And See If There Be Any Sorrow
7. Accompagnato (Tenor): He Was Cut Off Out Of The Land/ Aria (Tenor): But Thou Didst Not leave His So
8. Chorus: Lift Up Your Heads, O Ye Gates
9. Recitative (Tenor): Unto Which Of The Angels/Chorus: Let All The Angels Of God Worship Him
10. Aria (Contralto): Thou Are Gone Up On High
11. Chorus: The Lord Gave The Word
12. Aria (Soprano): How Beautiful Are The Feet
13. Arioso (Tenor): Their Sound Is Gone Out
14. Aria (Bass): Why Do The Nations So Furiously Rage
15. Chorus: Let Us Break Their Bonds Asunder
16. Recitative (Tenor): He That Dwelleth In Heaven/Aria (Tenor): Thou Shalt Break Them
17. Chorus: Hallelujah
18. Chorus: Since By Man Came Death
19. Accompagnato (Bass): Behold, I Tell You A Mystery/Aria (Bass): The Trumpet Shall Sound
20. Recitative (Contralto): Then Shall Be Brought To Pass/Duet (Contralto, Tenor): O Death, Where Is Th
21. Aria (Soprano): If God Be For Us
22. Chorus: Worthy Is The Lamb That Was Slain
23. Chorus: Amen

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Anna Reynolds
Donald McIntyre
Edgar Krapp
Helen Donath
Gordon Webb
Stuart Burrows

Hedwig Bilgram, órgão
London Philharmonic Orchestra
Karl Richter

PQP

Caiu na Rede é Peixe

Por que publico isso? Porque alguns de nossos links — poucos, ainda — estão sumindo e eu estou meio deprimido. É uma guerra que eles já perderam. Até os artistas aprovam a difusão de seus trabalhos. Eles querem ser ouvidos da mesma forma que um escritor quer ser lido. Sabem que ganham com a exposição. Um amigo meu, sabendo de meu desânimo, mandou-me este e-mail ontem:

O intrigante é que as gravadoras nunca se importaram tanto com a defesa dos direitos autorais quando a vantagem era pro lado delas. CDs de compilação, em que músicas de artistas eram vendidas e o próprio não via um centavo de royalties é prática comum até hoje.

… E tem coisa muito pior, como relançamentos dos quais o artista nunca é informado, artista sendo engabelado a vender direitos autorais de suas próprias canções, ou acordos por fora entre gravadoras e canais de distribuição, incluindo aí vendas mascaradas, em que a gravadora tira uma graninha que nem os músicos, nem o Ministério da Fazenda, chegam a ver…

Então, direitos dos artistas é o cacete. Aconteceu a mesma coisa quando o K7 foi lançado, ou quando as rádios começaram a executar música. O que as gravadoras querem é manter o arbítrio unilateral e total sobre o comércio de música… A diferença é que dessa vez eles não estão sabendo cooptar o inimigo, como foi feito com as rádios.

Não é contra a pirataria. É sobre pilhar sozinho nos mares.

Felipe de Amorim

Outro e-mail:

No que concerne à pirataria devemos pensar que ela deve operar, claro que por dinâmicas sociais, junto com outros modos de combate às privatizações da criatividade. No fim, e todos sabemos disso, não há nada mais delicioso do que ser privatizado, se tal processo significa segurança financeira e voz, donde surge uma intensa dor, a de estar à venda sem que ninguém queira comprar. Por isso, julgo que a pirataria deve fazer parte, pelo menos devemos pensar no que fazer, de toda uma rede de novos movimentos criativos. No caso da pirataria da música erudita, devemos produzir movimentos de habitação das salas de concerto e exigência de custos mais baixos, novas disponibilidades. No caso da música popular, penso que o ostracismo deve ser desmontado pela re-povoamento do espaço público pela arte. No caso dos livros, as pequenas editoras devem surgir com tiragens menores, mas fomentando leituras não evidentes. Parece que a internet, no fim das contas, serve para que sejamos capazes de encontrar e agremiar as pequenas coisas. Claro, com uma política atenta! Existem muitas capturas. A pirataria, como outras coisas boas ou ruins, funciona meio que como ácido. Devemos saber o que esperamos ver derretido.

Cesar Kiraly

-=-=-=-=-=-=-

Por Alexandre Sanches – Publicado em CartaCapital

Na noite do domingo 15, a equipe coordenadora da comunidade Discografias, do site de relacionamentos Orkut, jogou a toalha, decretou o fechamento de suas portas virtuais e apagou por conta própria todo o conteúdo acumulado em quase quatro anos por 920 mil integrantes.

O conteúdo era música, toneladas virtuais de música compartilhadas pelos participantes de modo gratuito. Ou era pirataria, ilegalidade, crime, de acordo com o argumento usado por corporações musicais que pressionavam a população da Discografias a parar de infringir direitos autorais de compositores, músicos, produtores, editoras e gravadoras.

Um aviso ficou no lugar do maior fórum brasileiro de troca de música: “Informamos a todos os membros da comunidade Discografias e relacionadas que encerramos as atividades, devido às ameaças que estamos sofrendo da APCM e outros órgãos de defesa dos direitos autorais”. APCM é a sigla para Associação Antipirataria Cinema e Música, criada há um ano pelas indústrias fonográfica e cinematográfica, e dirigida por um ex-delegado.

Em comunicado oficial, a APCM confirmou que havia meses acompanhava e solicitava a retirada de links. “Já estava claro que a comunidade se dedicava a disponibilizar músicas de forma ilegal, ignorando todos os canais legais de divulgação e uma cadeia produtiva de compositores, autores, cantores, produtores fonográficos, etc.” E acrescentou considerar um “avanço positivo” a exclusão da Discografias.

O episódio é apenas a ponta visível de um fenômeno mundial de enormes proporções, que transformou a internet num admirável mundo novo para usuários, tanto quanto um inferno para os produtores da cultura antes vendida no formato de CDs e DVDs. Por baixo da pequena multidão reunida numa comunidade do Orkut, há proliferação vertiginosa de blogs e outros recursos de internet dedicados majoritariamente a ofertar download instantâneo e gratuito de discos, filmes e livros.

Tudo está disponível ali para ser compartilhado em qualquer lugar do planeta, do recente filme Gomorra a Louco por Você, um disco cuja reedição é vetada há 48 anos por Roberto Carlos. No campo editorial, o Portal Detonando desenvolve o chamado Projeto Democratização da Leitura – Biblioteca Virtual Gratuita, de downloads de livros. “Compartilhar, nesses casos, é o equivalente a disponibilizar, que por sua vez é uma forma de distribuição. Conteúdo protegido por direito autoral só pode ser disponibilizado por seus titulares”, reage o diretor-executivo da APCM, Antonio Borges Filho.

Mas, à diferença do que aconteceu na fase da pirataria física, hoje não é uma máfia ou o crime organizado que desrespeitam os cânones do direito autoral. Os blogueiros, a maioria deles anônima, são em geral colecionadores de discos, DVDs e livros que descobriram nos blogs a chave para participar do processo cultural, compartilhando seus acervos privados com o resto do mundo.

Em grande medida, são cidadãos comuns (médicos, fotógrafos, técnicos de informática, estudantes), desacostumados aos holofotes da mídia e distantes, inclusive geograficamente, dos bastidores do mercado cultural. De cinco blogueiros ouvidos por CartaCapital, todos garantiram não ganhar nenhum centavo (ao contrário, dizem investir dinheiro na atividade). Portanto, não aceitam o termo “pirata” nem se consideram como tal.

Cada blogueiro demonstra construir uma ética própria, e às vezes critica o que considera “errado” no comportamento do vizinho, mas não em seu próprio. “Acho estranho jogar na rede o trabalho de alguém que ficou dez anos sem gravar e agora fez um disco. É sacanagem”, afirma Mauro Caldas, de 44 anos, integrante de banda punk no Rio de Janeiro dos anos 80, que hoje trabalha em informática e é o único dos blogueiros entrevistados a abrir publicamente sua identidade.

Ele usa o codinome Zeca Louro no Loronix, um dos mais atuantes e abrangentes blogs musicais do Brasil. Escrito em inglês, recebe em média 3,2 mil visitas por dia e já foi acessado em 191 países, segundo Caldas. “Loronix só publica o que é antigo, sem nenhuma possibilidade comercial. Essa distinção a indústria sabe fazer muito bem”, diz, para justificar o fato de nunca ter sido incomodado ou ameaçado. Ao contrário: “Gente da indústria vem até mim, pergunta se tenho determinado disco, pede a capa se vai relançar. Eu colaboro”.

Outro blogueiro, autoapelidado Eterno Contestador e especializado em compartilhar CDs que ainda não chegaram às lojas, defende sua atitude. Diz que não distribui nada de maneira ilegal ou pirata, apenas copia links existentes na rede. E insinua que esses são vazados por integrantes da própria indústria, como jogada de marketing.

O produtor musical Pena Schmidt, ex-executivo de gravadoras e atual diretor do Auditório Ibirapuera, tem argumento semelhante: “A indústria sempre deitou e rolou com o vazamento do novo disco do Roberto Carlos ou do Michael Jackson, sempre deu para poder vender. Na época do piano de rolo, Chiquinha Gonzaga e Zequinha de Abreu eram demonstradores de lojas, tocavam para chamar a atenção das pessoas. Gravadora tocava música de graça no rádio por quê? Para vender música”. A diferença é que antes os vazamentos podiam ser controlados e se dirigiam a uns poucos “formadores de opinião”. Hoje, basta uma cópia cair na rede e pronto, a obra é de todo mundo e não é mais de ninguém.

O produtor Marco Mazzola, dono da gravadora MZA, defende a estratégia punitiva: “Medidas radicais devem ser tomadas, punindo, prendendo os que praticam. Você fica três meses dentro de um estúdio criando com o artista um CD, gasta em músicos, estúdios, capa, marketing, e antes de o produto estar no mercado já está na rede”. Schmidt discorda: “A lei não se encontra com a realidade digital. Por causa de 22 pessoas, 50 milhões se transformaram em criminosos? Não é mais fácil refazer a legislação?”

Se as gravadoras se desesperam com a perda de valor do material plástico que as sustentava, nebulosa é a posição dos artistas e criadores. “A indústria alega a defesa do direito dos autores, mas não é verdade, é só discurso. É a defesa de um modelo de negócio. Não sabem fazer de outra maneira e querem que o resto do mundo todo pare”, diz Schmidt. “Autor não fala sobre o assunto, a não ser que seja diretor de sociedade arrecadadora, como Fernando Brant, Ronaldo Bastos, Walter Franco.”

CartaCapital procurou ouvir os três citados, entre outros, mas não obteve respostas. Uma possível razão para o silêncio é dada indiretamente pelos blogueiros. Diz um deles, identificado como Fulano Sicrano: “Meu blog adquiriu notoriedade entre artistas e produtores e, atualmente, uma parte do que é publicado é fornecida por eles próprios, à busca de divulgação”. Fulano é mantenedor do Um Que Tenha, que põe na rede novidades musicais, e, segundo ele, recebe 14 mil visitas diárias. “Embora deseje que seu trabalho tenha o máximo de divulgação possível, o artista teme a indisposição com a gravadora, por isso o sigilo”, afirma.

O blogueiro diz receber também e-mails de gravadoras, produtores e artistas que solicitam a retirada de conteúdo. Afirma atendê-los prontamente. Seja repressor ou legitimador, o contato direto com músicos e outros fãs parece ser uma das recompensas pelas dez ou doze horas semanais dedicadas a blogar discos. “Pelo seu ângulo, pode até ser generosidade. Pelo meu, não. Eu me sinto tão bem publicando o UQT que isso passou a ser um ato de puro egoísmo.”

Zeca Louro também cita a notoriedade adquirida no meio musical: “O máximo que me aconteceu foi um ou dois casos de alguém comercialmente ligado a um artista dizer ‘poxa, seria legal você não ter mais o disco aí’. Imediatamente tirei, mas num dos casos o próprio artista reclamou, pediu para contornar. Tem artista que reclama de não ter nada no blog, pergunta se tenho alguma coisa contra ele. Muitos são avessos à tecnologia, eu ajudo”.

Nos bastidores, poucos admitem praticar pirataria virtual, mas há quem o propague aos quatro ventos, caso de Carlos Eduardo Miranda, produtor de grupos de rock e jurado dos programas de tevê Ídolos e Astros. “Sou fã dos blogs de música, muito mesmo. Sou usuário.” Em guerra retórica com a indústria, devolve aos acusadores as acusações de pirataria, roubo, crime: “Deveriam tomar vergonha na cara, porque estão vendendo a mesma música várias vezes, em vinil, depois em CD, depois em MP3. Já paguei, preciso pagar quantas vezes? Quando vão parar de me roubar? Se o artista se acha importante para a cultura, não pode fazer nada que impeça a circulação, senão ele é criminoso também”.

E desafia: “Compro 40 CDs por mês, poucos compram tanto como eu. Sou um criminoso? Os caras estão brigando com quem os sustentou a vida inteira. Deviam contratar os blogueiros para serem executivos deles”. Miranda antevê soluções futuras para o conflito: “Ninguém mais vai precisar guardar nada, e você vai ter acesso a todas as músicas do mundo. Vai ligar o botão como se fosse rádio e escolher. Que se pague uma mensalidade, como paga água e luz, e o problema vai acabar”.

A APCM confirma a pressão sobre os piratas, mas nega fazer “ameaças”. “Não estamos no campo da repressão, muito menos na área policial”, diz Borges Filho. “Fazemos a solicitação ao provedor, no caso o Google, para a retirada de conteúdo ou links.”

“Não aceitamos pressão da indústria fonográfica”, diz Felix Ximenes, diretor de comunicação local do Google, dono do Orkut e do gerador de blogs Blogger. “Nosso compromisso é com o usuário, com quem buscamos compartilhar responsabilidades.” O Google baseia-se na política de receber denúncias, verificar e tirar do ar se for o caso. “Antes, só tínhamos apagado links que levavam a produtos de copyright. O fechamento da Discografias foi um ato do próprio coordenador, que a desarticulou sob protesto, pelas ameaças da APCM. O Orkut é mais visível, eles preferem ir onde há volume.”

“Nunca recebi nenhum e-mail de censura, ameaças ou coisa parecida”, atesta Augusto TM, do Toque Musical, outro dos blogs recheados de raridades. “Isso se deve, acredito, à minha postura de não levar para o blog coisas que se encontram em catálogo nem fazer negócio, comércio ou propaganda.” No início do ano, o Toque Musical protagonizou comoção ao publicar a gravação caseira de uma sessão feita por João Gilberto em 1958, imediatamente antes da fama.

A fita fora vendida para japoneses e já não era propriedade brasileira, como acontece com todo o relicário musical pertencente às multinacionais do disco. Caiu na rede mundial, e o Toque Musical, com média diária de mil visitantes, foi fechado por algumas semanas. Mas isso ocorreu, segundo o blogueiro, devido a seu próprio temor de alguma reação negativa do cantor. Até hoje João Gilberto não reclamou.

J. S. Bach (1685-1750): Concerto Italiano, Abertura no Estilo Francês e Fantasia e Fuga Cromática

No aniversário de Bach, vamos a um bom CD de sua música para teclado. Três grandes obras muito bem interpretadas por Pieter-Jan Belder. O Concerto Italiano e a Abertura Francesa moram em meu coração desde a primeira vez que os ouvi. A sonhadora Fantasia Cromática não perde muito para as duas citadas.

IMPERDÍVEL!!!

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Italian Concerto – French Overture – Chromatic Fantasy & Fugue

ITALIAN CONCERTO in F major BWV 971
1. Allegro 4:08
2. Largo 4:49
3. Presto 4:02

OVERTURE IN THE FRENCH STYLE in B minor BWV 831
4. Ouvertüre 7:24
5. Courante 2:05
6. Gavotte I + II, da capo 3:37
7. Passepied I + II, da capo 2:57
8. Sarabande 3:47
9. Bourrée I + II, da capo 3:05
10. Gigue 2:32
11. Echo 3:02

CHROMATIC FANTASY & FUGUE, in D minor BWV 903
12. Fantasie 5:36
13. Fuge 5:12

Total: 52:22

Pieter-Jan Belder, Harpsichord

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – A Paixão Segundo Mateus, BWV 244

Hoje é aniversário de meu pai. 324 anos. Aproveito a data para revalidar os links desta grande postagem.

Johann Sebastian Bach é o começo e fim de toda a música […] Como fenômeno criador, ele representa o fim de uma época da história da música, o barroco, mas também mais do que isso: Bach é a síntese de toda a música que o precedeu e é, sem dúvida alguma, a chave para toda a música que veio depois.

Günther Ramin, 1954

Certamente, Bach deu muita atenção à composição desta Paixão. Isto fica claro na primorosa partitura, uma partitura que é única entre seus muitos e belos manuscritos. Bach trabalhou nela com régua e compasso e usou tinta vermelha para as falas (recitativos) do Evangelista, a fim de distinguir a mensagem divina do resto do texto. O compositor queria que esta Paixão empolgasse a quantos a escutassem e, de fato, existe nessa obra uma precisão sem circunlóquios difícil de encontrar. A frase que Beethoven escreveu no frontispício da Missa Solemnis também se aplica aqui: “Vem do coração… Que possa chegar ao coração”.

Outra indicação da grande importância que Bach atribuiu à obra são as vastas forças necessárias para executá-la. Elas excedem de longe as de qualquer cantata e as da Paixão Segundo São João. Em sua forma definitiva, a paixão utiliza dois coros mistos, duas orquestras e um outro grupo de meninos cantores para o cantus firmus do primeiro coro. Se não existem partes independentes para cada uma das oito vozes dos dois coros, Bach prescreveu que coro deve interpretar cada número ou se devem unir suas forças.

A predileção do compositor por misturar elementos estilísticos está presente aqui. Os recitativos do Evangelista é acompanhados somente por baixos e órgão, mas isso pode mudar como no caso do pranto de Pedro. As árias são freqüentemente duetos entre um cantor e um instrumento de, aproximadamente, mesmo registro.

Um mar de vozes bachiano não pode ser confundido com nenhum outro.

Johannes Brahms, 1877

A variedade da música dedicada às cenas de multidão é impressionante. A calúnia não poderia ser melhor retratada do que naquele cânone em que uma falsa testemunha repete servilmente cada palavra da acusação de uma outra. Também são formidáveis os três acordes usados na palavra “Barabbas”.

Melodias corais são freqüentemente repetidas na Mateus. Uma delas aparece cinco vezes em diferentes lugares, com letra e harmonia soberbamente ajustadas ao espírito do momento.

É uma obra espantosa que mostramos a vocês na versão de John Eliot Gardiner de 1989. Ela satisfará mesmo ao mais exigente dos ouvintes.

John Eliot Gardiner’s reading of the Matthew Passion is conceived and executed on the highest level, an example of period practice that is unlikely to be bettered any time soon. The performance as a whole vibrates with life: soloists are first-rate, and wonderfully well chosen for their respective parts, and the work of chorus and orchestra is exemplary. The recording, made in 1988 in the spacious ambience of Snape Maltings (England), is well balanced and exceptionally vivid. –Ted Libbey

A Paixão Segundo Mateus, BWV 244 de Johann Sebastian Bach

Durante o coro de abertura da Paixão Segundo Mateus formaram-se à minha frente verdadeiras montanhas de dor.

Rainer Maria Rilke, 1920

CD 1:
1. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.1 Chorus I/II: “ Kommt, ihr Töchter, helft mir klagen” English Baroque Soloists 7:01
2. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.2 Evangelist, Jesus: “ Da Jesus diese Rede vollendet hatte” Anthony Rolfe Johnson 0:35
3. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.3 Choral: “ Herzliebster Jesu, was hast du verbrochen” English Baroque Soloists 0:38
4. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.4 Evangelist, Chorus I/II, Jesus: “ Da versammelten sich die Hohenpriester” Anthony Rolfe Johnson 2:51
5. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.5 Recitative (Alto): “ Du lieber Heiland du” Anne Sofie von Otter 0:52
6. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.6 Aria (Alto): “ Buss und Reu” Anne Sofie von Otter 4:13
7. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.7 Evangelist, Judas: “ Da ging hin der Zwölfen einer” Anthony Rolfe Johnson 0:35
8. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.8 Aria (Soprano): “ Blute nur, du liebes Herz” Ann Monoyios 4:42
9. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.9 Evangelist, Chorus I, Jesus: “ Aber am ersten Tage der süssen Brot” Anthony Rolfe Johnson 1:54
10. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.10 Choral: “ Ich bin’s, ich sollte büssen” English Baroque Soloists 0:42
11. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.11 Evangelist, Jesus, Judas: “ Er antwortete und sprach” Anthony Rolfe Johnson 2:33
12. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.12 Recitative (Soprano): “ Wiewohl mein Herz in Tränen schwimmt” Barbara Bonney 1:17
13. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.13 Aria (Soprano): “ Ich will dir mein Herz schenken” Barbara Bonney 2:56
14. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.14 Evangelist, Jesus: “ Und da sie den Lobgesang gesprochen hatten”  Anthony Rolfe Johnson 0:53
15. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.15 Choral: “ Erkenne mich, mein Hüter” English Baroque Soloists 0:50
16. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.16 Evangelist, Jesus, Petrus: “ Petrus aber antwortete” Anthony Rolfe Johnson 0:51
17. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.17 Choral: “ Ich will hier bei dir stehen” English Baroque Soloists 0:51
18. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.18 Evangelist, Jesus: “ Da kam Jesus mit ihnen zu einem Hofe” Anthony Rolfe Johnson 1:27
19. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.19 Recitative (Tenor, Chorus II): “ O Schmerz! hier zittert das gequälte Herz” Howard Crook 1:57
20. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.20 Aria (Tenor, Chorus II): “ Ich will bei meinem Jesu wachen” Howard Crook 4:56
21. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.21 Evangelist, Jesus: “ Und ging hin ein wenig” Anthony Rolfe Johnson 0:37
22. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.22 Recitative (Bass): “ Der Heiland fällt vor seinem Vater nieder” Olaf Bär 0:53
23. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.23 Aria (Bass): “ Gerne will ich mich bequemen” Olaf Bär 4:01
24. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.24 Evangelist, Jesus: “ Und er kam zu seinen Jüngern” Anthony Rolfe Johnson 1:07
25. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.25 Choral: “ Was mein Gott will, das g’scheh allzeit” English Baroque Soloists 0:57
26. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.26 Evangelist, Jesus, Judas: “ Und er kam und fand sie aber schlafend” Anthony Rolfe Johnson 2:25
27. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.27 Aria (Soprano, Alto, Chorus II): “ So ist mein Jesus nun gefangen”  – Chorus I/II: “ Sind Blitze, sind Donner” Barbara Bonney 5:27
28. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.28 Evangelist, Jesus: “ Und siehe, einer aus denen” Anthony Rolfe Johnson 1:48
29. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part One – No.29 Choral: “ O Mensch, bewein dein Sünde groß” English Baroque Soloists 6:01

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD 2:
1. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.30 Aria (Alto, Chorus II): “ Ach nun ist mein Jesu hin” Anne Sofie von Otter 3:32
2. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.31 Evangelist: “ Die aber Jesum gegriffen hatten” Anthony Rolfe Johnson 0:52
3. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.32 Choral: “ Mir hat die Welt trüglich gericht” English Baroque Soloists 0:39
4. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.33 Evangelist, Pontifex, Testis I/II: “ Und wiewohl viel falsche Zeugen herzutraten” Anthony Rolfe Johnson 1:02
5. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.34 Recitative (Tenor): “ Mein Jesus schweigt zu falschen Lügen stille” Howard Crook 1:15
6. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.35 Aria (Tenor): “ Geduld” Howard Crook 3:34
7. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.36 Evangelist, Pontifex, Jesus, Chorus I/II: “ Und der Hohepriester antwortete” Anthony Rolfe Johnson 1:54
8. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.37 Choral: “ Wer hat dich so geschlagen” English Baroque Soloists 0:42
9. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.38 Evangelist, Ancilla I/II, Petrus, Chorus II: “ Petrus aber sass draussen im Palast” Anthony Rolfe Johnson 2:18
10. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.39 Aria (Alto): “ Erbarme dich” Michael Chance 6:43
11. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.40 Choral: “ Bin ich gleich von dir gewichen” English Baroque Soloists 0:53
12. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.41 Evangelist, Judas, Chorus I/II, Pontifex I/II: “ Des Morgens aber hielten alle Hohepriester” Anthony Rolfe Johnson 1:43
13. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.42 Aria (Bass): “ Gebt mir meinen Jesum wieder” Cornelius Hauptmann 2:52
14. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.43 Evangelist, Pilatus, Jesus: “ Sie hielten aber einen Rat” Anthony Rolfe Johnson 2:01
15. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.44 Choral: “ Befiehl du deine Wege” English Baroque Soloists 0:57
16. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.45 Evangelist, Pilatus, Uxor Pilati, Chorus I/II: “ Auf das Fest aber hatte der Landpfleger Gewohnheit” Anthony Rolfe Johnson 2:09
17. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.46 Choral: “ Wie wunderbarlich ist doch diese Strafe” English Baroque Soloists 0:38
18. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.47 Evangelist, Pilatus: “ Der Landpfleger sagte” Anthony Rolfe Johnson 0:14
19. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.48 Recitative (Soprano): “ Er hat uns allen wohl getan” Ann Monoyios 1:04
20. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.49 Aria (Soprano): “ Aus Liebe will mein Heiland sterben” Ann Monoyios 5:18
21. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.50 Evangelist, Chorus I/II, Pilatus: “ Sie schrieen aber noch mehr” Anthony Rolfe Johnson 1:50
22. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.51 Recitative (Alto): “ Erbarm es Gott” Anne Sofie von Otter 0:56
23. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.52 Aria (Alto): “ Können Tränen meiner Wangen” Anne Sofie von Otter 6:48

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD 3:
1. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.53 Evangelist, Chorus I/II: “ Da nahmen die Kriegsknechte” Anthony Rolfe Johnson 1:02
2. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.54 Choral: “ O Haupt voll Blut und Wunden” English Baroque Soloists 1:46
3. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.55 Evangelist: “ Und da sie ihn verspottet hatten” Anthony Rolfe Johnson 0:52
4. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.56 Recitative (Bass): “ Ja freilich will in uns das Fleisch und Blut” Olaf Bär 0:31
5. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.57 Aria (Bass): “ Komm, süsses Kreuz” Olaf Bär 6:06
6. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.58 Evangelist, Chorus I/II: “ Und da sie an die Stätte kamen” Anthony Rolfe Johnson 3:25
7. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.59 Recitative (Alto): “ Ach Golgatha” Michael Chance 1:25
8. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.60 Aria (Alto, Chorus II): “ Sehet, Jesus hat die Hand”  – “ Wohin?” Michael Chance 3:17
9. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.61 Evangelist, Jesus, Chorus I/II: “ Und von der sechsten Stunde an”  – “ Der rufet dem Elias”  – “ Und bald lief”  – “ Halt!”  – “ Aber Jesus schriee abermal” Anthony Rolfe Johnson 2:03
10. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.62 Choral: “ Wenn ich einmal soll scheiden” English Baroque Soloists 1:08
11. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.63 Evangelist, Chorus I/II: “ Und siehe da, der Vorhang im Tempel zerriss”  – “ Wahrlich, dieser ist Gottes Sohn”  – “ Und es waren viel Weiber da” Anthony Rolfe Johnson 2:27
12. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.64 Recitative (Bass): “ Am Abend, da es kühle war” Cornelius Hauptmann 1:57
13. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.65 Aria (Bass): “ Mache dich, mein Herze, rein” Cornelius Hauptmann 5:57
14. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.66 Evangelist, Chorus I/II, Pilatus: “ Und Joseph nahm den Leib”  – “ Herr, wir haben gedacht”  – “ Pilatus sprach zu ihnen” Anthony Rolfe Johnson 2:30
15. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.67 Recitative (Soprano,Alto,Tenor,Bass,Chorus II): “ Nun ist der Herr zur Ruh gebracht”  – “ Mein Jesu, gute Nacht” Olaf Bär 1:36
16. St. Matthew Passion, BWV 244 / Part Two – No.68 Chorus I/II: “ Wir setzen uns mit Tränen nieder” English Baroque Soloists 5:09

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

St. Matthew Passion (Matthäuspassion), BWV 244 (3 CDs)
Composed by Johann Sebastian Bach
Performed by English Baroque Soloists and Monteverdi Choir
with Ann Monoyios, Cornelius Hauptmann, Howard Crook, Michael Chance, Barbara Bonney, Gilian Ross, Andreas Schmidt, Anne Sofie von Otter, Ruth Holton, Anthony Rolfe Johnson, Olaf Bar
Conducted by John Eliot Gardiner

PQP

.: interlúdio:. Ketil Bjørnstad (1952) – The Nest

(Fanfarras)

P.Q.P. Bach anuncia a entrada de Otto Mahler na insigne e ínclita equipe de postadores do blog.

(Fanfarras, parem agora, por favor, Chega.)

Mahler teve poucos irmãos. Eles eram apenas:

– Isidor Mahler 22 Mar. 1858, Kaliste 1859
– Ernst Mahler 18 Mar. 1862, Jihlava 13 Apr. 1875, Jihlava (heart disease)
– Leopoldine Mahler 18 May 1863, Jihlava 27 Sep. 1889, Vienna
– Karl Mahler 27 Aug. 1864, Jihlava 28 Dec. 1865, Jihlava
– Rudolf Mahler 17 Aug. 1865, Jihlava 21 Feb. 1866, Jihlava
– Alois-Louis Mahler 6 Oct. 1867, Jihlava 14 April 1931, Chicago Bookkeeper and (Sales)
– Justine Mahler (married to Arnold Rosé) 15 Dec. 1868, Jihlava 22 Aug. 1938, Vienna
– Arnold Mahler 19 Dec. 1869, Jihlava 15 Dec. 1871, Jihlava
– Friedrich Mahler 23 Apr. 1871, Jihlava 15 Dec. 1871, Jihlava
– Alfred Mahler 22 Apr. 1872, Jihlava 6 May 1873, Jihlava
– Otto Mahler 18 June, 1873, Jihlava 6 Feb. 1895, Vienna – Musician
– Emma Mahler (married to Eduard Rosé) 19 Oct. 1875, Jihlava 15 May 1933
– Konrad Mahler 17 Apr. 1879, Jihlava 8 Jan. 1881, Jihlava

Otto era músico e o irmão mais velho, Gustav (de 1860), ora atribuia-lhe excepcional talento, ora largava-lhe as patas. Otto era músico e, pior, era compositor. Vamos novamente: o irmão mais velho, Gustav (de 1860), ora atribuia-lhe excepcional talento, ora largava-lhe as patas, dizendo que suas composições eram uma merda.

Resultado: Otto suicidou-se aos 22 anos. Isto é que diz a história oficial. Pura mentira, pois Otto não apenas está alive and kicking como manda CDs para mim. Logo logo, ele terá login e senha, algo que Gustav Mahler nunca teve! Rá, rá, rá, rá!

Ketil Bjørnstad é um pianista e compositor norueguês. Seria um pianista clássico, chegou a apresentar-se, aos 16 anos, interpretando com a Filarmônica de Oslo o notável Concerto Nº 3 para piano e orquestra de Béla Bártok. Mas, ainda jovem, Bjørnstad descobriu o jazz e aderiu com entusiasmo o “European Jazz”.

É hoje um conhecido artista da gravadora ECM, mas também é escritor, tendo publicado cerca de 20 livros (sobretudo romances) além de livros de poesia e ensaios.

The Nest é tão diferente que eu não sei bem o que dizer. O disco é belíssimo, agrada-me muito, mas a concepção é perturbadora e pressinto intenções que não reconheço. E por que desejo tanto classificar este trabalho? Não sei.

Otto Mahler nos envia um artigo que traduzo parcialmente:

Partes da música de The Nest foram escritas para uma peça sobre Sigrid Undset (1882 – 1949), autora norueguesa ganhadora do Nobel, enquanto as canções sobre poemas de Crane foram compostas depois. A vida de Sigrid foi trágica: casamento infeliz, uma filha com retardo mental e um filho morto na II Guerra Mundial. Já Crane morreu afogado no mar num aparente suicídio, depois de lutar contra a família, a pobreza e a discriminação por ser homossexual. A música composta por Bjørnstad é inspirada por estas tragédias. Nesse sentido, são utilizados fragmentos de melodias.

E Otto completa já sem traduzir:

Ketil Bjornstad não reduz aos fragmentos apenas uma melodia, talvez nos reduza ao melhor de nós mesmos. Basta apurar os ouvidos para estas tonalidades, e descobrir o mundo de um escritor, poeta, romancista e compositor e pianista único.

Ketil Bjørnstad – The Nest – 2002

1 Nest (Preludium)
2 In Shadow
3 Window
4 Bridge I
5 Bathers
6 Hope I
7 Excile
8 Circle
9 Darkland
10 Forgetfulness
11 Joy
12 Bridge II
13 Old Song
14 Hope
15 Memory
16 Fear
17 Next (Postludium)

Words from the poetry of Hart Crane (1899 – 1932)

Anneli Drecker vocal
Nora Taksdal viola
Eivind Aarset guitars
Kjetil Bjerkestrand synthesizers, samplers, percussion
Ketil Bjørnstad piano, synthesizers

Recorded in Rainbow Studio, Oslo, Norway, August-December 2002

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE [link atualizado 06/11]

PQP (com OM)

Dietrich Buxtehude (1637-1707) – Obras para Órgão

Se houve alguém “inventou” Bach, este foi Buxtehude. Leiam a seguir o texto que a Sociedade Bach do Brasil publicou nesta página. As intervenções em itálico são minhas.

Prolongando sua licença.

No outono de 1705 (papai tinha apenas 20 anos) Bach pediu uma licença para ausentar-se até Lübeck, lar do brilhante organista Dietrich Buxtehude. Tendo sido concedida uma licença de quatro semanas, Bach foi para Lübeck, percorrendo mais de 400 km em 10 dias. Quando chegou a hora de retornar a Arnstadt, Bach prolongou por mais três meses inteiros sua licença sem comunicar seus empregadores (o eterno criador de casos, mas deixem-no porque sabemos como valeu a pena). É possível que Bach haja partido de Arnstadt pensando em prolongar sua licença para que então pudesse assistir a apresentação de Buxtehude na Abendmusiken, um evento renomado no nordeste da Alemanha em comemoração ao Advento.

Uma oferta que ele poderia recusar.

O cargo do velho Buxtehude chamava a atenção de jovens músicos como Bach. Mas a prática era, que se após a morte de um Diretor Musical, este deixasse alguma filha não casada, o novo Diretor deveria tomá-la como esposa. Uma tradição que foi responsável pelo casamento de Buxtehude. Em 1703 Handel e Mattheson foram a Lübeck, oficialmente para assistir a Abendmusiken, e não oficialmente para verificar a filha solteira de 30 anos de Buxtehude (30 anos?, uma velha para a época!). Bach pode ter prolongado a sua estadia pela mesma razão. Aparentemente ele não gostou do que viu (recusaram o emprego por conta do canhão, certamente!), pois ele retornou a Arnstadt e logo depois se casou com a sua prima Maria Bárbara (sempre as primas…). Mesmo depois de dois anos passados da morte de Buxtehude sua infeliz filha permanecia solteira (coitada).

Ouçam como a música para órgão de Bach deve a tio Bux. Ouçam como a estética de papai é semelhante à do pai do canhão. Obviamente que Bach subiu a alturas que nenhum Bux sequer sonhou, mas foi nos ombros dele que papai ergueu-se para o primeiro salto.

Um grande CD!

Buxtehude: Organ Works

1. Organ Works: Preludium und Ciacona C-dur, Bux WV 137
2. Organ Works: Eine feste Burg ist unser Gott, Bux WV 184
3. Organ Works: Passacaglia d-moll, Bux WV 161
4. Organ Works: Nun komm, der Heiden Heiland, Bux WV 211
5. Organ Works: In dulci jubilo, Bux WV 197
6. Organ Works: Fuge C-dur, Bux WV 174
7. Organ Works: Puer natus in Bethelehem, Bux WV 212
8. Organ Works: Praludium D-dur, Bux WV 139
9. Organ Works: Nun lob, mein Seel, den Herren, Bux WV 212
10. Organ Works: Praludium g-moll, Bux WV 163
11. Organ Works: Wie schon leuchtet der Morgenstern, Bux WV 223
12. Organ Works: Praludium g-moll, Bux WV 149

Ton Koopman, órgão

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Jan Dismas Zelenka (1679-1745) – Complete Orchestral Works

Este é um álbum triplo que transformei em um arquivo dividido em duas partes. Zelenka é bom compositor, escrevia notavelmente para sopros. Sua música orquestral é agradável, de uma simplicidade sedutora. Muito melhor na música vocal (sacra), aqui ele apela para as grandes massas sonoras. Nada de comparações com Handel, por favor.

Zelenka: Complete Orchestral Works

Capriccio No.2 in G major for 2 Horns, 2 Oboes, 2 Violins, Viola & BC
1. [Allegro]
2. Canarie
3. Aria
4. Canarie da capo
5. Gavotte
6. Rondeau
7. Menuett – Trio – Menuett da capo

Hipocondrie a 7 concertanti in A major for 2 Oboes, 2 Violins, Viola, Bassoon & BC
8. [Lentement]
9. Fuge. Allegro – Lentement

Concerto a 8 concertanti in G major for Oboe, Violin, 2 Violins in ripieno, Viola, Violoncello, Basson & BC
10. [Allegro]
11. Largo
12. Allegro

Capriccio No.3 in F major for 2 Horns, 2 Oboes, 2 Violins, Viola & BC
13. [Ouverture] Staccato e forte
14. Allegro
15. Allemande
16. Menuett – [Trio 1] – Menuett da capo [Trio 2] – Menuett da capo
17. [Allegro]

Capriccio No.5 in G major for 2 Horns, 2 Oboes, 2 Violins, Viola & BC
1. [Allegro]
2. Menuett 1 – Menuett 2 – Menuett 1 da Capo
3. Il Contento – Trio – Il Contento da capo
4. Il Furibundo
5. Villanella – Trio – Villanella da capo

Simphonie a 8 concertanti in a minor for 2 Oboes, 2 Violins, Viola, Bassoon, Violoncello & BC
6. [Allegro]
7. Andante
8. Capriccio. Tempo di Gavotta
9. Aria da Capriccio (Andante – Allegro – Andante – Allegro)
10. [Menuett 1] – [Menuett 2] – [Menuett 1 ca capo]

Capriccio No.1 in D major for 2 Horns, 2 Oboes, 2 Violins & BC
11. Andante – [Allegro]
12. Paysan
13. Aria
14. Bourrée
15. Menuett 1 – Menuett 2 – Menuett 1 da capo

Overture a 7 Concertanti in F major for 2 Oboes, 2 Violins, Viola, Bassoon, Violoncello & BC
1. Ouverture. Grave – Allegro – Grave
2. Aria
3. Menuett 1 – Menuett 2 – Menuett 1 da capo
4. [Siciliano]
5. Folie

Symphonia from “Melodrama de S.Wenceslao” in D major for 2 Trumpets, Timpani, 2 Oboes, 2 Violins, Viola & BC
6. Symphonia

Capriccio IV in A major for 2 Corno da caccia, 2 Oboes, 2 Violins & BC
7. Allegro assai
8. Adagio
9. Aria 1 – Aria 2 – Aria 1 da capo
10. In tempo di Canarie
11. Menuett 1 – Menuett 2 – Menuett 1 da capo
12. Andante
13. Paysan 1 – Paysan 2 – Paysan 1 da capo

Das Neu-Eroffnete Orchestre
(on period Instruments)
dir. Jurghen Sonnentheil

BAIXE A PARTE 1 AQUI – DOWNLOAD PART 1 HERE

BAIXE A PARTE 2 AQUI – DOWNLOAD PART 2 HERE

PQP

S. Prokofiev (1891-1953) – Romeu e Julieta (balé completo)

Esta versão de Ozawa é, disparado, a melhor versão que ouvi de Romeu e Julieta. Esqueça Rostropovich e Maazel, fique com Ozawa. Ele mata a pau. E a música de Prokofiev, em grande parte roubada dele mesmo, é absolutamente irresistível. Ozawa está perfeitamente à vontade dentro do espírito bem humorado e apaixonado da obra, apesar do drama final. Um show.

Tenho dúvidas sobre a relação de faixas abaixo, acho que há 54 em meu CD. Seria o correto. Será que uma alma caridosa poderia fazer a correção nos comentários? Já disse ontem que estou com sérios problemas de tempo para postar [nota de Vassily: a relação de faixas foi corrigida]

ABSOLUTAMENTE IMPERDÍVEL!!!

Prokofiev – Romeo & Juliet

CD1
1. Part I, No. 1, “Introduction”
2. Part I, No. 2, “Romeo”
3. Part I, No. 3, “The street awakens”
4. Part I, No. 4, “Morning Dance”
5. Part I, No. 5, “The Quarrel”
6. Part I, No. 6, “The Fight”
7. Part I, No. 7, “The Prince gives his order”
8. Part I, No. 8, “Interlude”
9. Part I, No. 9, “Preparing for the Ball” (Juliet and the Nurse)
10. Part I, No. 10, “Juliet as a young girl”
11. Part I, No. 11, “Arrival of the guests” (Minuet)
12. Part I, No. 12, “Masks”
13. Part I, No. 13, “Dance of the Knights”
14. Part I, No. 14, “Juliet’s Variation”
15. Part I, No. 15, “Mercutio”
16. Part I, No. 16, “Mercutio”
17. Part I, No. 17, “Tybalt recognizes Romeo”
18. Part I, No. 18, “Departure of the guests” (Gavotte)
19. Part I, No. 19, “Balcony scene”
20. Part I, No. 20, “Romeo’s Variation”
21. Part I, No. 21, “Love Dance”
22. Part II, No. 22, “Folk Dance”
23. Part II, No. 23, “Romeo and Mercutio”
24. Part II, No. 24, “Dance of the five couples”
25. Part II, No. 25, “Dance with the five mandolins”

CD2
1. Part II, No. 26, “The Nurse”
2. Part II, No. 27, “The Nurse gives Romeo the note from Juliet”
3. Part II, No. 28, “Romeo with Friar Laurence”
4. Part II, No. 29, “Juliet with Friar Laurence”
5. Part II, No. 30, “The people continue to make merry”
6. Part II, No. 31, “A Folk Dance again”
7. Part II, No. 32, “Tybalt meets Mercutio”
8. Part II, No. 33, “Tybalt and Mercutio fight”
9. Part II, No. 34, “Mercutio dies”
10. Part II, No. 35, “Romeo decides to avenge Mercutio’s death”
11. Part II, No. 36, “Finale”
12. Part III, No. 37, “Introduction”
13. Part III, No. 38, “Romeo and Juliet” (Juliet’s bedroom)
14. Part III, No. 39, “The Last Farewell”
15. Part III, No. 40, “The Nurse”
16. Part III, No. 41, “Juliet refuses to marry Paris”
17. Part III, No. 42, “Juliet alone”
18. Part III, No. 43, “Interlude”
19. Part III, No. 44, “At Friar Laurence’s”
20. Part III, No. 45, “Interlude”
21. Part III, No. 46, “Again in Juliet’s bedroom”
22. Part III, No. 47, “Juliet alone”
23. Part III, No. 48, “Morning Serenade”
24. Part III, No. 49, “Dance Of The Young Girls With The Lilies”
25. Part III, No. 50, “At Juliet’s bedside”
26. Epilogue, No. 51, “Juliet’s funeral”
27. Epilogue, No. 52, “Death of Juliet”

Boston Symphony Orchestra
Seiji Ozawa

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP [restaurado por Vassily em 14.5.2022]

Christoph Willibald Gluck (1714-1787) – Orfeu e Eurídice (completa)

Posto para vocês a extraordinária ópera Orfeu e Eurídice de Glück. Como estou com reais dificuldades de tempo, vou copiar aqui dois textos: o primeiro sobre Gluck e o segundo sobre a ópera:

Christoph Willibald Ritter von Gluck (2 July 1714 Erasbach, Upper Palatinate – 15 November 1787 in Vienna) was an opera composer of the early classical period. After many years at the Habsburg court at Vienna, Gluck brought about the practical reform of opera’s dramaturgical practices that many intellectuals had been campaigning for over the years. With a series of radical new works in the 1760s, among them Orfeo ed Euridice and Alceste, he broke the stranglehold that Metastasian opera seria had enjoyed for much of the century.

The strong influence of French opera in these works encouraged Gluck to move to Paris, which he did in November 1773. Fusing the traditions of Italian opera and the French national genre into a new synthesis, Gluck wrote eight operas for the Parisian stages. One of the last of these, Iphigénie en Tauride, was a great success and is generally acknowledged to be his finest work. Though he was extremely popular and widely credited with bringing about a revolution in French opera, Gluck’s mastery of the Parisian operatic scene was never absolute, and after the poor reception of his Echo et Narcisse, he left Paris in disgust and returned to Vienna to live out the remainder of his life.

Fonte: nem deus sabe.

Orfeu e Eurídice foi a primeira de três óperas conhecidas como as óperas da reforma, onde Gluck, em parceria com Calzabigi, procurou, através da “nobreza da simplicidade” da acção e da música, substituir os complicados enredos e os floreados musicais que se tinham apoderado da Ópera Séria.

A verdade é que Gluck já tinha composto numerosas óperas na estética convencional de Metastasio. Assim, a parceria com Calzabigi, proporcionava-lhe uma oportunidade quase única para se pôr em prática uma nova concepção do teatro musical: mais sóbrio e mais dramático, e que se aproximasse da unidade da tragédia grega.

Orfeu e Eurídice estreia com enorme sucesso, no dia 5 de Outubro de 1762 e tornou-se na obra mais popular de Gluck.

Já traduzida em música por compositores como Monteverdi e Peri, esta é a história de como Orfeu traz de volta Eurídice para o mundo dos vivos. Enfrenta os infernos para recuperar a amada, com a imprescindível ajuda da música-apaziguadora de almas atormentadas.

Apesar do enorme sucesso que foi a estreia de Orfeu e Eurídice em 1762, a partir do ano seguinte até 1769, a ópera nunca mais foi interpretada.

A recuperação desta obra surge pelas mãos do próprio Gluck, quando a dirige, de novo, em Parma. Fazia parte de um tríptico – La Feste d’Apollo – onde Orfeu e Eurídice foi apresentada sem um único intervalo e com a parte destinada ao castrado contralto transposta para um castrado soprano.

Depois, em 1774, Gluck submete a partitura a mais uma revisão para ser posta em cena na Academia Real de Música de Paris: transpõe e adapta o papel de Orfeu para a voz de haute-contre – muito em voga na altura em França, sobretudo para a interpretação de papéis heróicos; altera a orquestração para a tornar mais grandiosa; inclui novas peças, vocais e instrumentais; e encomenda um novo libreto para ser cantado em francês.

Sinopse

I Acto

No primeiro acto, após um breve prelúdio, a cortina ergue-se por cima do túmulo de Eurídice. Orfeu chora a perda da amada, rodeado pelos seus amigos.

Aparece então o Cupido que traz uma mensagem: sensibilizados com a dor de Orfeu, os deuses autorizam-no a descer aos infernos para trazer Eurídice. Mas há uma condição: Orfeu não pode olhar para a amada antes estar de volta sob um céu mais clemente.

II Acto

Orfeu é acolhido nos infernos pelas Fúrias e pelo Cérbero, o cão das três cabeças de Hades. Perante o perigo, Orfeu começa a cantar, fazendo-se acompanhar pela sua lira e consegue apaziguar estes terríveis guardiães. Assim, chega à morada das sombras felizes onde encontra Eurídice. Toma-a pela mão, sem a olhar para ela directamente, e pede-lhe que volte com ele.

III Acto

Euridice não compreende porque é que Orfeu não olha para ela uma única vez. Atribui a atitude à frieza de espírito e não dá oportunidade a Orfeu para se explicar. É então, que depois de muito censurado, Orfeu perde a paciência e se volta para ela. Como consequência Eurídice cai inanimada – uma das cenas mais aguardadas de toda a ópera, à qual se segue a ária “Che farò senza Euridice?”, cantada por Orfeu desesperado. Surge de novo o Cupido. Orfeu provou merecer Eurídice, por isso é-lhe restituída a vida.

Na última cena, no templo do Cupido, Orfeu, Eurídice e Cupido unem as suas vozes às dos pastores e cantam os mistérios e a força do amor.

Fonte: esta.

Gluck: Orfeu e Eurídice

01. Overtura
02. Ah ! se intorno a ques’ urna funesta
03. Basta, basta, o compagni!
04. Ballo
05. Ah! se intorno a quest’ urna funesta 2
06. Chiamo, il mio ben cosi
07. Numi! barbari Numi!
08. T’assiste Amore!
09. Gli sguardi trattieni
10. Che disse Che ascoltai
11. Ballo – Chi mai dell’Erebo
12. Deh! placatebi con me
13. Misero giovane!
14. Mille pene, ombre moleste
15. Ah quale incognito
16. Ballo 3
17. Che puro ciel!
18. Vieni a’regni del riposo
19. Ballo 4
20. Anime avventurose
21. Torna, o bella

01. ATTO III SCENA 1 Vieni, segui i miei passi
02. Vieni, appaga il tuo consorte! (Orfeo,Euridice)
03. Qual vita e questa mai
04. Che fiero momento! (Euridice)
05. Ecco un nuovo tormento! (Orfeo, Euridice)
06. Che faro senza Euridice
07. Ah finisca e per sempre (Orfeo)
08. ATTO III SCENA 2 Orfeo, che fai (Amore, Orfeo, Euridice)
09. ATTO III SCENA 3 Introduzione
10. Ballo I
11. Ballo II
12. Ballo III
13. Ballo IV (Orchestra)
14. Trionfi Amore! (Orfeo,Coro,Amore,Euridice)

Agnes Baltsa
Margaret Marshall
Edita Gruberova
Ambrosian Opera Chorus
John McCarthy
Philharmonia Orchestra
Riccardo Muti

BAIXAR PARTE 1 AQUI – DOWNLOAD PART 1 HERE

BAIXAR PARTE 2 AQUI – DOWNLOAD PART 2 HERE

PQP

Stravinsky Conducts Stravinsky, Vol. 9 e Vol. 10

Quando eu posto com menor frequência, sinto-me na obrigação de fazer uma postagem especial. E eu adoro Stravinsky, aquele danadinho.

Sempre na busca da beleza e da verdade, P.Q.P. Bach abriu e digitalizou a página 69 e as seguintes de seu livro Igor and Vera Stravinsky – a photograph album (presente de um amigo músico que sabe de minha admiração pela MÚSICA de Igor) para revelar o homem, o macho Igor Stravinsky.


Ah, apesar da fraldinha, os CDs postados são ESPETACULARES, resultado do talento de um grande compositor, aqui em sua fase neoclássica.


Mas… vocês viram o tamanho… o tamanho… o tamanho da vaidade do bofe?


Haja vaidade neste minúsculo e — ui! — musculoso russinho.

Stravinsky Conducts Stravinsky, Vol. 9 e Vol. 10

0-01 Fireworks, Op.4 (recorded January.mp3

0-02 Ode.mp3
0-03 Ode.mp3
0-04 Ode.mp3

0-05 Four Norwegian Moods.mp3
0-06 Four Norwegian Moods.mp3
0-07 Four Norwegian Moods.mp3
0-08 Four Norwegian Moods.mp3

0-09 Circus Polka.mp3

0-10 Ebony Concerto.mp3
0-11 Ebony Concerto.mp3
0-12 Ebony Concerto.mp3

0-13 Chanson russe for Violin and Pian.mp3

1-01 Le Baiser de la fee – Scene I -.mp3
1-02 Le Baiser de la fee – Scene II.mp3
1-03 Le Baiser de la fee – Scene III.mp3
1-04 Le Baiser de la fee – Scene III.mp3
1-05 Le Baiser de la fee – Scene III.mp3
1-06 Le Baiser de la fee – Scene III.mp3
1-07 Le Baiser de la fee – Scene III.mp3
1-08 Le Baiser de la fee – Scene III.mp3
1-09 Le Baiser de la fee – Scene IV.mp3

1-10 Symphony in C – Moderato all br.mp3
1-11 Symphony in C – Larghetto.mp3
1-12 Symphony in C – Allegretto.mp3
1-13 Symphony in C – Largo.mp3
1-14 Symphony in C – Rehearsal fragm.mp3

2-01 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-02 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-03 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-04 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-05 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-06 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-07 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-08 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-09 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-10 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-11 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-12 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-13 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-14 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-15 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-16 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-17 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-18 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-19 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-20 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-21 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3
2-22 Pulcinella – Ballet with Song i.mp3

2-23 L’Histoire du Soldat – Suite -.mp3
2-24 L’Histoire du Soldat – Suite -.mp3
2-25 L’Histoire du Soldat – Suite -.mp3
2-26 L’Histoire du Soldat – Suite -.mp3
2-27 L’Histoire du Soldat – Suite -.mp3
2-28 L’Histoire du Soldat – Suite -.mp3
2-29 L’Histoire du Soldat – Suite -.mp3
2-30 L’Histoire du Soldat – Suite -.mp3
2-31 L’Histoire du Soldat – Suite -.mp3
2-32 L’Histoire du Soldat – Suite -.mp3
2-33 L’Histoire du Soldat – Suite -.mp3

2-34 Octet for Wind Instruments – I..mp3
2-35 Octet for Wind Instruments – II.mp3
2-36 Octet for Wind Instruments – Va.mp3
2-37 Octet for Wind Instruments – Va.mp3
2-38 Octet for Wind Instruments – Va.mp3
2-39 Octet for Wind Instruments – Va.mp3
2-40 Octet for Wind Instruments – Va.mp3
2-41 Octet for Wind Instruments – Va.mp3
2-42 Octet for Wind Instruments – Va.mp3
2-43 Octet for Wind Instruments – Fi.mp3

BAIXE AQUI O VOL. 9 – DOWNLOAD VOL. 9 HERE

BAIXE AQUI O VOL. 10 – DOWNLOAD VOL. 10 HERE

PQP

Dino Beghetto (1983) – Distância I e Quatro Movimentos para Sexteto

Minha intenção, ao criar o P.Q.P. Bach, era a mesma dos outros blogs: conquistar o mundo. Ainda não deu, mas estamos fazendo um baita trabalho e nos dá enorme alegria proporcionar aos compositores que frequentam o blog a oportunidade de mostrar seu trabalho para um público qualificado e legal como o nosso. Gilberto Agostinho teve seu arquivo baixado 199 vezes até hoje, é mole? Agora chegou a vez de mais um jovem compositor: Dino Beghetto. Claro que nós nos orgulhamos de receber esses arquivos. O comentário a seguir é minha opinião como ouvinte leigo, mas apaixonado.

O “CD” abre com Distância I. Fico muito surpreso quando ele cita em seu texto ter utilizado “grupos seriais”. Claro que a peça não é tonal, mas seu tom algo jazzístico e de agressividade latente parece estar longe do serialismo. A partir desta observação vocês podem ter uma pequena amostra da estupidez musical deste PQP no qual alguns confiam. Gostei muito da peça e por mim ele poderia desenvolvê-la por maior distância ainda.

A obra seguinte, Quatro Movimentos para Sexteto, é muito mais ambiciosa. Como vocês sabem, sou chato mesmo, então já vou dizendo que não gostei do primeiro movimento e que passei a pulá-lo no iPod. O mesmo não se pode dizer do restante. O segundo movimento, o das quatro danças, me entusiasma desde a primeira, que parece nos remeter ao oriente. Destaco a bem marcada terceira dança neste movimento que me satisfez inteiramente. O terceiro é construído por duplas ou trios de instrumentos, lembrando o Giuoco delle coppie (Jogo das duplas) do Concerto para Orquestra de Bartók. Talvez tenha sido complicado de escrever, mas o suor não é nada perceptível, é excelente e fluida música. O quatro movimento é, como não diz mas sugere o Dino em seu comentário, é uma paródia muito bem feita da música romântica. Ele volta a falar em serialismo, o que me faz um autêntico ignóbil, pois nunca me daria conta e ainda brigaria com quem afirmasse tal absurdo…

A seguir, a palavra está com o Autor. Te mete!

Meu nome é Dino Beghetto Junior, atualmente estou com 26 anos. Sou de São José dos Campos-SP, cidade onde moro até hoje. Tive os primeiros “contatos diretos” com a música aproximadamente aos 9 anos de idade, quando ganhei um violão da minha mãe. Após uns 6 ou 7 meses de aula, parti para o teclado. Depois de 1 ano, mais ou menos, parei de estudar qualquer instrumento musical. No entanto, sempre estive em bastante contato com a música, seja brincando com uma gaita que comprei certa vez ou com o piano do meu tio. No entanto, sempre ouvi música com bastante atenção, não tendo “muito preconceito” se era popular ou erudita.

Com uns 14 anos me reencontrei com o violão aqui em casa, e voltei a ter aulas. No mesmo período também comecei a me interessar por guitarra elétrica, acabei comprando uma e estudando por conta própria. Agora sim me dedicando realmente aos estudos musicais, tomei lições de violão com o mesmo professor numa escola livre de música da cidade até meus 17 anos, enquanto fazia um curso técnico de Meteorologia junto com o colegial. Depois de 6 meses de estágio no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), percebi que aquilo não era pra mim, e entrei para faculdade de música em Pindamonhangaba após me formar no colégio técnico. O curso não me agradou de todo, no entanto alguns professores fizeram o tempo por lá valer a pena. Foi quando realmente comecei a me interessar por Composição Musical.

Fiquei o ano de 2004 dando aulas de guitarra, violão, harmonia e contraponto numa escola livre de música daqui, também atendendo a aulas particulares. Nesse período comecei a ir atrás de muita leitura que envolvesse composição e também filosofia ligada à música. Em 2005 acabei ingressando no curso de pós-graduação de Composição Musical da Faculdade de Música Carlos Gomes em São Paulo, que conclui em 2006 com muito gosto e com nota máxima na monografia. Entre os bons professores, destaco o compositor Doutor Celso Mojola, que foi meu orientador no trabalho final. Aproveito aqui para dizer também que atualmente estou com um grupo com flauta, flauta baixo, piano, violão e guitarra de 7 cordas, onde componho e também executo (no caso, a guitarra).

A música Quatro Movimentos para Sexteto foi feita para a monografia da pós-graduação em especial, entre janeiro e maio de 2006. A formação é flauta, xilofone, prato, piano, violino e contrabaixo. Existe uma característica que aparecerá em todos os movimentos: um enunciado primordial que será desenvolvido e variado de diversas maneiras. O termo “enunciado primordial” usado aqui tem uma conotação relativa ao “tema” clássico. Especifico aqui, também, as características dos materiais utilizados em cada movimento:

I movimento (Prelúdio para uma nova manhã): escalas e séries, tanto individual como simultaneamente. Foi construído com uma divisão A – B – A’ – C, seguindo o seguinte padrão: A e A’ usam escalas, B usa série e C mistura ambos os materiais.

II movimento (Uma única sombra dança): escalas. Aqui existe uma divisão por grupos principais chamados de “danças”, pelo aspecto estético criado. São quatro danças ao longo deste segundo movimento, com transições e variações sobre o enunciado primordial e/ou pedaços das danças entre elas. O nome desse movimento se refere ao tipo de material usado, ou seja, somente escalas. Como este é o único movimento dessa obra que utiliza somente escalas, é como se fosse “uma única sombra” no contexto geral.

III e IV movimentos (Para poder entender os limites e Sonhos sobre um dia precedente): séries. O terceiro movimento é o mais longo dos quatro, com aproximadamente 10 minutos e 49 segundos. O título se refere exatamente a esse fato: aqui procurei “entender os limites” de duração do uso estritamente serial das notas em um mesmo movimento, de acordo com a maneira que eu organizei as séries escolhidas.

Criei uma divisão no uso dos instrumentos (todos os instrumentos seguem tal divisão, a não ser o xilofone e o prato, que são usados livremente por todo este terceiro movimento) pelos compassos, o que gerou os seguintes grupos: Compassos 1 ao 5: piano, Compassos 6 ao 22: piano e flauta, Compassos 23 ao 39: piano e violino, Compassos 40 ao 56: piano, flauta e violino, Compassos 57 ao 73: flauta, violino e contrabaixo, Compassos 74 ao 86: todos os instrumentos, Compassos 87 ao 103: violino e contrabaixo, Compassos 104 ao 120: piano, violino e contrabaixo, Compassos 121 ao 128: piano.

Estes grupos definem aproximadamente onde se situam as nove seções encontradas neste terceiro movimento. Esta divisão foi feita com o intuito de se obter uma grande variedade de conjuntos de timbres, devido ao fato do tamanho do movimento. Entretanto, é facilmente perceptível o uso abundante do piano.

O material utilizado neste quarto movimento é o mesmo do movimento anterior (séries), porém a estética aqui tem uma relação mais próxima do romantismo, contrastando com o terceiro movimento. Daí a justificativa do título: “sonhos sobre um dia precedente” é uma referência ao material já utilizado e também a uma estética “precedente”, romântica, que já é antiga. Contudo, a peça não soa como uma obra do romantismo (é apenas um “sonho” sobre a estética da época), entre outros motivos por ser serial. Temos duas grandes divisões aqui. Mas é bom salientar que, apesar de se tentar separar algumas seções, este movimento tende a soar mais como uma “linha reta”, única, sem separações.

A outra peça é para piano solo, chamada Distância I. Foi escrita também em 2006, inicialmente como exercício proposto pelo professor Celso Mojola também no curso da pós-graduação. É resultado de um estudo feito sobre o material proposto pelo professor: as notas do, mi e sol. Então as utilizei como material pré-composicional gerador de outros materiais. Portanto, essa música usa materiais escalares de maneira a formar “grupos seriais”, não sendo então uma música serial no sentido restrito, tampouco tonal ou modal.

Os timbres dos instrumentos foram retirados do programa Garritan Personal OrchestraSibelius Edition, com o auxílio do Kontakt Player Gold, da empresa Native Instruments, para adicionar ambiência (reverb) ao arquivo sonoro final.

Obviamente, como compositor, tenho a tendência de querer mostrar como foi o processo de composição e os porquês. Entretanto, meu intuito aqui é explicar um pouco sobre as peças, na intenção de auxiliar a audição das mesmas. Espero não ter sido muito longo nas explanações. Se alguém quiser conversar mais sobre o assunto, é só mandar um email para dbeghetto — aquela arrobinha básica — yahoo.com.br. Será um prazer conversar!

Agradeço ao pessoal do blog, principalmente ao PQP, pela abertura desse espaço para compositores novos. Agradeço também ao Gilberto Agostinho, indiretamente, pois foi o pioneiro dessa “safra nova” no site, e foi pelo post sobre ele que obtive espaço para entrar em contato com o PQP para conversar sobre o assunto.

Dino Beghetto – Distância I e Quatro Movimentos para Sexteto

Distância I
1 Distância I (1min46)

Quatro movimentos para sexteto
2 I Prelúdio para uma nova manhã (3min11)
3 II Uma única sombra dança (7min04)
4 III Para poder entender os limites (10min57)
5 IV Sonhos sobre um dia precedente (4min03)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Mendelssohn (1809-1847): Sinfonia Nº 4, “Italiana” / Shostakovich (1906-1975): Sinfonia Nº 5

Estranho repertório para um disco, mas talvez menos estranho se considerarmos que é um registro de um concerto realizado em Viena no ano de 1993 e os concertos, vocês sabem, costumam apresentar repertórios malucos… O grande Solti, morto em 1997, dá um show de competência em ambas as obras. A Italiana está como deve ser, muito agitada e jovial. Solti tenta obedecer Shostakovich ao fazer uma finale menos triunfante do que a versão de Bernstein, mas não chega à lentidão de Mravinsky que, ao que parece, fazia o que Shosta desejava. Na verdade, Solti obedece pela metade, faz uma bagunça Bernstein-like e, na parte lenta, é Mravinsky-like. Mas, afora estas questões, são interpretações altamente satisfatórias de duas obras famosas e sempre presentes no repertório sinfônico. Há também o DVD deste concerto à venda na Amazon.

O estranho é que gosto tanto de gravações ao vivo que, após ouvir o CD, achei a coisa mais natural do mundo ver as sinfonias mais célebres de Felix e Dmitri juntas e together.

Mendelssohn: Symphony No. 4 in A major (“Italian”), Op. 90
1. Allegro vivace
2. Andante con moto
3. Con modo moderato
4. Saltarello, Presto

Shostakovich: Symphony No. 5 in D minor, Op. 47
5. Moderato
6. Allegretto (Scherzo)
7. Largo
8. Allegro non troppo

Vienna Philharmonic Orchestra
Georg Solti

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

J.S. Bach (1685-1750) – A Grande Paixão Doente – A Paixão Segundo João, BWV 245

Truffaut criou a categoria dos Grandes Filmes Doentes. A definição desta categoria está no parágrafo a seguir. Na minha opinião, ela serve à Paixão Segundo São João, nitidamente inferior à São Mateus, mas preferida por mim e outros. Na explicação de Truffaut, troquei as palavras relativas ao cinema por outras relativas à música. Por exemplo, troquei filme por obra ou música, diretor por compositor, cinefilia por melofilia, etc. Com a palavra criminosamente alterada, deixo-vos com François Truffaut:

“Abro um parêntese para definir rapidamente o que chamo de uma “grande obra doente”. Não é senão um obra-prima abortada, um empreendimento ambicioso que sofreu erros de percurso. Esta noção só pode aplicar-se, evidentemente, a compositores muito bons, àqueles que, em outras circunstâncias, demonstraram que podem atingir a perfeição. Um certo grau de melofilia encoraja, por vezes, a preferir, na obra de um compositor, sua grande música doente à sua obra-prima incontestada. Se se aceita a idéia de que a perfeição chega, na maior parte das vezes, a dissimular as intenções, admitir-se-á que as grandes músicas doentes deixam transparecer mais cruamente sua razão de ser. Diria, enfim, que a “grande música doente” sofre geralmente de um extravasamento de sinceridade, o que paradoxalmente a torna mais clara para os aficionados e mais obscura para o público, levado a engolir misturas cuja dosagem privilegia o ardil de preferência à confissão direta.”

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – A Paixão Segundo João, BWV 245

Composer: Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)
Performers: Kirkby, Emma (Soprano), van Evera, Emily (Soprano), Iconomou, Panito (Alto), Covey-Crump, Rogers (Tenor), Thomas, David (Bass), Bonner, Tessa (Soprano), Fliegner, Christian (Boy Soprano), Gunther, Christian (Boy Soprano), Trevor, Caroline (Alto), Roberts, Nicholas (Tenor), Tusa, Andrew (Tenor), Charlesworth, Stephen (Bass), Grant, Simon (Bass), Daniels, Charles [Classical] (Tenor), Kooy, Peter (Bass), Tubb, Evelyn (Soprano), Cable, Margaret (Alto), Jochens, Wilfried (Tenor)
Orchestras/Ensembles: Taverner Consort, Taverner Players, Tolz Boys Choir Members

Regência: Andrew Parrot

Disc: 1
1. No.1 Herr, Unser Herscher
2. No.2a Jesus Ging Mit Seinen Jungern/No.2b Jesum Von Nazareth/No.2c Jesus Spricht Zu Ihnen/No.2d Jesum Von Nazareth/No.2e Jesus Antwortet
3. No.3 O GroBe Lieb
4. No.4 Auf Dass Das Wort Erfullet Wurde
5. No.5 Dein Will Gescheh, Herr Gott, Zugleich
6. No.6 Die Schar Aber Und Der Oberhauptmann
7. No. 7 Von Den Stricken Meiner Sunden
8. No.8 Simon Petrus Aber Folgte Jesum Nach
9. No.9 Ich Folge Dir Gleichfalls
10. No.10 Derselbige Junger War Dem hohenpriester Bekannt
11. No.11 Wer Hat Dich So Geschlagen
12. No.12a Und Hannas Sandte Ihn Gebunden/No.12b Bist Du Nicht Seiner Junger Einer?/No.12c Er Leugnete Aber Und Sprach
13. No.13 Ach, Mein Sinn
14. No.14 Petrus, Der Nicht Denkt Zuruck

BAIXE AQUI O CD1 – DOWNLOAD CD1 HERE

Disc: 2

1. No.15 Christus, Der Uns Selig Macht
2. No.16a Da Fuhreten Sie Jesum/No.16b Ware Dieser Nicht Ein Ubeltater/No.16c Da Sprach Pilatus Zu Ihnen/No.16d Wir Durfen Niemand Toten/No.16e Auf Dass Erfullet Wurde
3. No.17 Ach, GroBer Konig
4. No.18a Da Sprach Pilatus Zu Ihm/No.18b Nicht Siesen, Sondern Barrabam/No.18c Barrabas Aber War Ein Morder
5. No.19 Betrachte, Meine Seel
6. No.20 Mein Jesu, Ach!
7. No.21a Und Die Kriegsknechte Flochten/No.21b Sei GegruBet, Lieber Judenkonig!/No.21c Und Gaben Ihm Backenstreiche/No.21d Kreuzige, Kreuzige!/No.21e Pilatus Sprach Zu Ihnen/No.21f Wir Haben Ein Gestez/No.21g Da Pilatus Das Wort Horete
8. No.22 Durch Dein Gefangnis, Gottes Sohn
9. No.23a Die Juden Aber Schrien/No.23b Lassest Du Diesen Los/No.23c Da Pilatus Das Wort Horete/No.23d Weg, Weg Mit Dem/No.23e Spricht Pilatus Zu Ihnen/No.23f Wir Haben Keinen Konig/No.23g Da Uberantwortete Er Ihn
10. No.24 Eilt, Ihr Angefocht’nen Seelen
11. No.25a Allda Kreuzigten Sie Ihn/No.25b Schreibe Nicht: Der Juden Konig/No.25c Pilatus Antwortet
12. No.26 In Meines Herzens Grunde
13. No.27a Die Kriegsknechte Aber/No.27b Lasset Uns Den Night Zerteilen/No.27c Auf Dass Erfullet Wurde Die Schrift
14. No.28 Er Nahm Alles Wohl In Acht
15. No.29 Und Von Stund An Nahm Sie
16. No.30 Es Ist Vollbracht
17. No.31 Und Neigte Das Haupt Und Verschied
18. No.32 Mein Teurer Heiland
19. No.33 Und Siehe Da, Der Vorhang Im Tempel Zerriss
20. No.34 Mein Herz, In Dem Die Ganze Welt
21. No.35 ZerflieBe, Mein Herze
22. No.36 Die Juden Aber, Dieweil Es Der Rusttag War
23. No.37 O Hilf, Christe, Gottes Sohn
24. No.38 Darnach Bat Pilatum Joseph Von Arimathia
25. No.39 Ruht Wohl, Ihr Heiligen Gebeine
26. No.40 Ach Herr, Lass Dein’ Lieb’ Englelein

BAIXE AQUI O CD2 – DOWNLOAD CD2 HERE

PQP

Wilhelm Friedemann Bach (1710–1784) – Keyboard Works

E lá fui eu alegremente juntar em um só arquivo os dois volumes editados pela Naxos da música para teclado de meu irmão devasso. Fi-lo e comecei a ouvi-lo, posto que era um CD, se fosse líquido bebê-lo-ia. E o Sr. Hill começou o Vol. 1 em seu pianoforte. Para minha surpresa, quando o Vol. 2 começou, a Sra. Brown fê-lo ao cravo. Então a junção ficou uma bosta, mas vai assim mesmo. Sim, sei: está escrito na capa de um “Pianoforte” e na do outro “Harpsicórdio”, só que eu não prestei atenção. Favor culpar a Naxos. A música de W.F. é estranha pra mais de metro, mas muito boa. Gosto bastante.

A seguir copio uma nota biográfica de meu irmão (fonte).

Wilhelm Friedmann Bach nasceu em Weimar (Alemanha), em 22 de novembro de 1710. Segundo filho de J.S.Bach e de Maria Barbara (o mais velho dos rapazes). Fez os seus estudos gerais em Cöthen e, depois, na Thomasschule de Leipzig e os seus estudos de Direito na universidade de Leipzig. Seu pai, que o considerou sempre como o mais dotado dos seus filhos, encarregou-se da sua formação musical e compôs, para ensinar, os Pequenos prelúdios e fugas (9), o Klavierbüehlein vor Wilhelm Friedmann Bach, 6 sonatas para órgão e os primeiros prelúdios e fugas de O cravo bem temperado.

A natureza das suas composições confirma a opinião dos contemporâneos segundo a qual W.F.Bach era um grande virtuose do teclado. Foi nomeado, sucessivamente, organista de Santa Sofia, de Dresden (1733), depois, chantre de Notre-Dame de Halle (1746), com o título de diretor de música da cidade; aí, tinha à sua disposição excelentes conjuntos.

No entanto, em 1762, aceitou as funções de mestre de capela em Darmstadt, mas ignora se, efetivamente, ocupou o lugar. Só se demitiu das suas funções em Halle em 1764 e, a partir de então, parece ter levado uma vida independente, sem emprego fixo, primeiro em Halle e, depois, em Brunswick e Berlim. Os seus recitais de órgão causaram sensação, arranjou alguns alunos influentes, mas durante os 20 últimos anos da sua vida, a sua situação material tornou-se cada vez mais precária.

Em Brunswick, deixou empenhada uma parte dos manuscritos de seu pai (entre as quais, A arte da fuga: nunca se chegou a saber se tinham sido vendidos) e viveu de expedientes de todo tipo; foi assim que atribuiu a seu pai algumas das suas composições, na esperança de facilitar a sua venda. W.F.Bach morreu na miséria, devido a uma infecção pulmonar. Ignora-se a localização da sua sepultura.

A sua negligência, a sua extravagância, a sua falta de delicadeza, granjearam-lhe muitas inimizades; mas há que atribuir à malevolência a lenda de um músico boêmio, ébrio e devasso.

W.F.Bach demonstrou possuir um talento verdadeiramente profético, que alia a velha ciência do contraponto e uma inspiração romântica e até impressionista (Fantasias) . Contribuiu tanto como o seu irmão C.P.E.Bach, para o aperfeiçoamento das formas modernas da sonata e do concerto. As suas composições, muito pouco conhecidas, revelam a mais forte personalidade entre todos os filhos do grande J.S.Bach.

Deixou uma Missa alemã em ré menor, 21 cantatas, 9 sinfonias, obras para órgão (fugas, prelúdios de coral), música de instrumentos de tecla (12 sonatas, 8 fugas, 42 polonesas, 10 fantasias, uma dezena de concertos).

Wilhelm Friedemann Bach – Keyboard Works

Vol. 1

12 Polonaises, F. 12
1. Polonaise No. 1 in C major 00:02:41
2. Polonaise No. 2 in C minor 00:03:24
3. Polonaise No. 3 in D major 00:03:55
4. Polonaise No. 4 in D minor 00:01:23
5. Polonaise No. 5 in E flat major 00:03:40
6. Polonaise No. 6 in E flat minor 00:05:28
7. Polonaise No. 7 in E major 00:03:30
8. Polonaise No. 8 in E minor 00:03:24
9. Polonaise No. 9 in F major 00:01:51
10. Polonaise No. 10 in F minor 00:04:58
11. Polonaise No. 11 in G major 00:03:37
12. Polonaise No. 12 in G minor 00:03:33

Keyboard Sonata in D major, F. 3
13. I. Un poco Allegro 00:05:08
14. II. Adagio 00:06:02
15. III. Vivace 00:06:48

16. Fantasia in A minor, F. 23 00:03:08

Robert Hill, pianoforte

Total Playing Time: 01:02:30

Vol. 2

1. Fantasia in C minor, F. 15 00:18:58

8 Fugues, F. 31: Fugues Nos. 1 and 2
2. Fugue No. 1 in C major 00:01:48
3. Fugue No. 2 in C minor 00:02:47

4. Fantasia in E minor, F. 21 00:10:03

8 Fugues, F. 31: Fugues Nos. 3 and 4
5. Fugue No. 3 in D major 00:01:14
6. Fugue No. 4 in D minor 00:01:15

7. Fantasia in D minor, F. 19 00:07:04

8 Fugues, F. 31: Fugues Nos. 5 and 6
8. Fugue No. 5 in E flat major 00:03:41
9. Fugue No. 6 in E minor 00:03:19

10. Fantasia in C minor, F. nv2 00:07:39

8 Fugues, F. 31: Fugues Nos. 7 and 8
11. Fugue No. 7 in B flat major 00:01:36
12. Fugue No. 8 in F minor 00:05:46

13. Fantasia in A minor, F. 23 00:04:31

14. Fantasia in D minor, F. 18 00:03:26

Julia Brown, cravo

Total Playing Time: 01:13:07

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Béla Bartók (1881-1945): Música para Cordas, Percussão e Celesta / Francis Poulenc (1899-1963): 8 Noturnos

Encontrei esses arquivos perdidos no meu micro. São duas gravações interessantes, mas não sei nada a respeito. Uma não tem nada a ver com a outra… Foram presentes de vocês e espero ser auxiliado para saber os detalhes das gravações. Me ajudem. Não me deixem só!

Bartók: Música para Cordas, Percussão e Celesta

1. Andante tranquillo
2. Allegro
3. Adagio
4. Allegro molto

Amsterdam Concertgebouw Orchestra.
(Transmissão de rádio “Stereo” data desconhecida, gravado em cassette da rádio WNCN de Nova York em 17 de Fevereiro de 1982 – POst original em http://statework.blogspot.com/)
Kiril Kondrashin, regência (gravação ao vivo)

Poulenc: 8 Noturnos

05_poulenc – 8 nocturnes no.1 in c major.mp3
06_poulenc – 8 nocturnes no.2 in f major, bal de jeunes filles.mp3
07_poulenc – 8 nocturnes no.3 in f major, les cloches de malines.mp3
08_poulenc – 8 nocturnes no.4 in c minor.mp3
09_poulenc – 8 nocturnes no.5 in d minor.mp3
10_poulenc – 8 nocturnes no.6 in g major.mp3
11_poulenc – 8 nocturnes no.7 in e flat major.mp3
12_poulenc – 8 nocturnes no.8 in g major, pour servir de coda au cycle.mp3

Pianista: Certamente, não é Deus

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

F. Chopin (1810 – 1849): Polonaises, com Ele

A Fundação para a Divulgação e Inevitável Imortalização do Guia Genial dos Pianistas Maurizio Pollini fundada por Lais Vogel e P.Q.P Bach descobriu, no último momento, que nossa querida Clara Schumann já tinha postado este CD em 2007. Aqui está seu curto texto de apresentação:

O sexto concurso internacional Chopin (1960) tornar-se-ia célebre porque nem um polaco, nem um russo ganhariam o prémio, mas um italiano de dezoito anos, de nome Maurizio Pollini. Pollini, nestas Polonaises, caracteriza-se por uma interpretação equilibrada, disciplinada, com um forte sentido de ritmo e de tempo, sem , no entanto, perder a sua beleza estética. Uma outra contribuição de Clara Schumann para o acervo de Chopin no PQP Bach.

Mais uma gravação extraordinária que a DG republica em sua coleção “The Originals”, uma das coisas mais legais e honestas produzidas pela gravadora alemã.

IMPERDÍVEL!

Chopin (1810 – 1849): Polonaises

1. Polonaise in C sharp minor, Op. 26 No. 1
2. Polonaise in E flat minor, Op. 26 No. 2
3. Polonaise in A major, Op. 40 No. 1
4. Polonaise in C minor, Op. 40 No. 2
5. Polonaise for piano No. 5 in F sharp minor, Op. 44, CT. 154
6. Polonaise for piano No. 6 in A flat major (“Héroique”), Op. 53, CT. 155
7. Polonaise-fantasy for piano No. 7 in A flat major, Op. 61, CT. 156

Maurizio Pollini, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP