
“So go ahead: live dangerously.”
Martha Argerich está impressionante nesta versão do Concerto nº 3 de Rachmaninov. Sai fogo dos seus dedos, e o piano parece que vai explodir a qualquer momento. Ricardo Chailly sofre para acompanhá-la. Com certeza uma das mais fortes e expressivas interpretações deste concerto, e, sem dúvida, uma das melhores gravações já feitas deste concerto. Como é ao vivo, experimentem ouvir com fone de ouvido, para captar os ruídos externos, tosses, ranger de cadeiras… é uma experiência muito interessante, e que dá um toque de realismo a esta gravação.
Isto é loucura em ação. A Terceira de Rachmaninoff, com Martha Argerich, é a mais rápida e fisicamente emocionante que você já ouviu. Ela foi gravada ao vivo, e os equilíbrios são um pouco estranhos. Também dá para perceber que Riccardo Chailly e sua orquestra estão se esforçando muito para acompanhá-la, enquanto antecipam o que ela fará em seguida — mas e daí? Isto é o mais perto que se pode chegar de uma experiência de combustão espontânea e sobreviver. A de Tchaikovsky é, se possível, ainda mais selvagem, com algumas notas perdidas. Mas com uma artista como Argerich, você simplesmente não pode julgar a execução nota por nota. Então, vá em frente: viva perigosamente. — David Hurwitz
Juntamente com o Rach 3 o cd também traz o belo Concerto nº 1 para Piano de Tchaikovsky, um dos favoritos deste que vos escreve. Já conhecia esta gravação do tempo do vinil, na verdade, ainda tenho esse LP. E sempre tive muito carinho por ele. O grande Kiril Kondrashin, já em seus últimos anos de vida, acompanha toda a impetuosidade de Martha Argerich.
Serguei Rachmaninov (1873-1943) – Piano Concerto nº3, in D Minor, op. 30
1. Piano Concerto No.3 in D minor, Op.30 – 1. Allegro ma non tanto
2. Piano Concerto No.3 in D minor, Op.30 – 2. Intermezzo (Adagio)
3. Piano Concerto No.3 in D minor, Op.30 – 3. Finale (Alla breve)
Martha Argerich – Piano
Riccardo Chailly – Conductor
Berlin Radio Symphony Orchestra
Piotr Illich Tchaikovsky (1840-1893) – Piano Concerto nº1, in B Flat Minor, op. 23
4. Piano Concerto No.1 in B flat minor, Op.23 – 1. Allegro non troppo e molto maestoso – Allegro con spirito
5. Piano Concerto No.1 in B flat minor, Op.23 – 2. Andantino semplice – Prestissimo
6. Piano Concerto No.1 in B flat minor, Op.23 – 3. Allegro con fuoco
Martha Argerich – Piano
Kiril Kondrashin – Conductor
Bavarian Radio Symphony Orchestra

FDP







A colaboração de nossos leitores / ouvintes para a manutenção e inspiração deste blog tem sido significativa. Nosso colega que assina como “exigente” gentilmente subiu para o badongo e nos cedeu o link da Manfred Symphony, de Tchaikovsky, versão do próprio Mariss Jansons, e que nos permite concluir o ciclo das sinfonias do mestre russo com esse excepcional regente. Explico para o “exigente” que re-upei a mesma para o rapidshare para podermos ter um melhor controle do número de nossos downloads. Mas fica aqui o agradecimento pela gentileza.


CD 5 – Symphony nº 6, in B Minor, op. 74, “Pathetique”
Eis que passado o período natalino, FDP Bach volta à sua exploração da alma russa. Desta vez, trago mais uma sinfonia de Tchaikovsky, a de nº 4, possivelmente a primeira obra que ouvi desse compositor, quando ainda era criança.
FDP Bach volta às sinfonias de Tchaikovsky. Desta vez, segue a Sinfonia nº3, bela, melancólica, em outros momentos pungente, mas angustiante, é um retrato de um artista angustiado, atormentado, melancólico, eternamente em luta contra seus demônios interiores, mas que ao mesmo tempo produziu uma obra belíssima, com melodias inesquecíveis. A regência de Jansons como sempre é segura e vibrante.


Lembrando de que essa série é uma repostagem, originalmente feita lá em 2016. 




O que mais se pode escrever sobre o Concerto para Piano Nº 1 de Tchaikovsky senão que é uma das mais belas obras já compostas pelo ser humano? Desde seu originalíssimo tema inicial, que simplesmente é abandonado antes da metade do primeiro movimento, até seu magnífico Andante Semplice, de um lirismo sem igual, ao Allegro con Fuoco final, o que mais transparece na música é a beleza de suas melodias. Mano PQP comentou certa vez que tinha ouvido tanto que tinha enjoado. (PQP completa dizendo que prefere o Concerto Nº 2). Eu diria que já ouvi tanto que a cada nova audição mais me apaixono pela obra. Mikhail Pletnev tem a mesma alma eslava daqueles gênios do piano russo como Gilels e Richter. É um pianista de altíssimo nível, assim como um excelente regente, suas gravações das Sinfonias de Rachmaninoff foram elogiadíssimas. Por algum motivo, as outras obras contidas neste cd duplo são dificilmente gravadas, talvez por não estarem no mesmo nível do Concerto Nº 1, mas são igualmente bonitas, E Pletnev não joga a toalha por se tratarem de obras menores, ao contrário, procura realçar suas qualidades.






Quase concluindo as postagens das últimas sinfonias de Haydn, eis a magnífica Sinfonia de º 101, conhecida como “O Relógio”. Magnífica em diversos aspectos, sua orquestração é riquíssima, e Haydn explora todos os recursos disponíveis da orquestra que tem em mãos. O segundo movimento, um andante, é brilhante em sua concepção, ao tentar reproduzir o andamento e o tique-taque de um relógio. Acompanha a também brilhante sinfonia de nº102.




Dando prosseguimento às gravações de Karl Richter com sua Münchener Bach Orchestra, FDP Bach traz mais uma joia de sua coroa: o concerto para Flauta, Harpa e Orquestra de Mozart.
