Matinas do Natal – Padre José Maria Xavier – Orquestra Ribeiro Bastos (Acervo PQPBach)

xavierWEBMatinas do Natal
Pe. José Maria Xavier (São João del Rey, 1819-1887)
Orquestra Ribeiro Bastos

 

O Padre José Maria Xavier (1819-1887), foi possuidor de uma linguagem fundamentalmente clássica que, às vezes, lança mão de elementos ora provenientes da ópera, ora da música popular. Dono de uma escritura sólida, ele tem a aparência de um acadêmico, quando ouvido em comparação com os seus contemporâneos europeus. Mas é que, no fundo, a nossa história musical erudita parece ser outra … A orquestra e coro que integram a Ribeiro Bastos, também conduzidos por José Maria Neves, é integrada por alfaiates, comerciantes, estudantes, industriários, ferroviários, donas-de-casa, funcionários públicos, músicos militares, costureiras, operários, professores e até mesmo um cabeleireiro. Toda essa gente toca porque gosta; merece o nosso respeito o mais sincero. (J. Jota de Moraes)

A determinação dos andamentos, sempre presente nas obras do Padre José Maria Xavier, levanta problema de interpretação que pode, talvez, ser alargado para toda a música mineira do passado. De fato, na tradição de interpretação guardada pelas antigas corporações musicais mineiras, todos os andamentos são mais lentos que os marcados pelo metrônomo. Duas respostas se apresentam: ou os andamentos eram realmente mais lentos, ou deu-se o hábito de fazê-los mais lentos em razão das limitações técnicas dos amadores locais, que não conseguiam, no allegro, o movimento pedido. Há, entretanto, interessante observação autógrafa do Padre José Maria Xavier, na primeira folha do Ofício de Ramos, de 1871: “Modifique-se e modere-se os andamentos, principalmente os allegros, a fim de guardar o decoro da Música Sacra. Os graus altos do Metrônomo são da Opera Lírica e mais músicas profanas.”

A data de composição destas Matinas do Natal, provavelmente 1856, não pôde ainda ser confirmada por documento do autor. Ao contrário da quase totalidade dos compositores setecentistas e da maioria dos oitocentistas mineiros, o Padre José Maria Xavier deixou partitura da maioria de suas obras, e não apenas as partes separadas de vozes e instrumentos. Estas partituras estão sempre datadas e assinaladas. A partitura autógrafa destas Matinas, entretanto, foi enviada à Alemanha, onde apareceu edição completa em excelente trabalho gráfico, na qual há a seguinte indicação na capa e folha de rosto: “Música Sacra — Matinas do Natal de Nosso Senhor Jesus Christo a 4 vozes e Pequena Orchestra do Padre José Maria Xavier. Natural de São João del-Rei, no Brasil e província de Minas— Em junho de 1885— München.” A partitura tem 55 páginas em formato 33,3 x 26 cm, sem nenhuma indicação de casa editora.
(José Maria Neves, texto retirado do encarte)

PS – Nosso leitor-ouvinte José Mario indica uma referencia importante escrita por Maria Salomé de Resende Viegas sobre “O solo de flauta do IV Responsório das Matinas de Natal”. Está disponível aqui.

Matinas do Natal
01. Invitatório – Christus natus est nobis
02. 1º Responsório – Hodie nobis coelorum rex
03. 2º Responsório – Hodie nobis de coelo pax
04. 3º Responsório – Quem vidistis pastores ?
05. 4º Responsório – O magnum mysterium
06. 5º Responsório – Beata Dei genitrix
07. 6º Responsório – Sancta et immaculata virginitas
08. 7º Responsório – Beata viscera Mariae Virginis
09. 8º Responsório – Verbo caro factum est

Matinas do Natal – 1979
Orquestra Ribeiro Bastos
Maestro José Maria Neves

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LP de 1979 digitalizado por Avicenna.

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arvoremusica

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Avicenna

José Mauricio Nunes Garcia: Matinas do Natal & Manoel Dias de Oliveira: Magnificat (Acervo PQPBach)

MatinasWEBMatinas do Natal
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830)

Magnificat
Manoel Dias de Oliveira (1735-1813)

Associação de Canto Coral
Maestrina Cleofe Person de Mattos

Camerata Rio de Janeiro
Maestro Henrique Morelenbaum

 

Os oitos responsórios das Matinas do Natal representam sem dúvida um ponto de referência na música composta no Rio de Janeiro em tempos coloniais. Compostos para o último Natal do século dezoito, sua atmosfera, feita de ingênua simplicidade, não anula o sentido devocional que lhe atribui o compositor. Um inequívoco sopro de brasilidade envolve, sobretudo, o Andante em solo de soprano do terceiro responsório: dicite, annunciate, interferência bastante compreensível na pena desse padre que compunha xácaras e cantava modinhas.

Como linguagem musical, ainda que situada a obra em plena evolução de personalidade do compositor, estas Matinas representam o seu mais puro estilo de criação. Não lhe faltam qualidades no tratamento musical de texto tão singelo e ao mesmo tempo tão festivo. Se a obra não tem a dramaticidade que posteriormente vai caracterizar a pena do mestre-de-capela da Sé, é certo que nada perde diante de tanta graça e tanto recolhimento.

(texto recolhido da contra-capa)

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
01. Matinas do Natal (1799): 1º Responsório – Hodie nobis caelorum Rex
02. Matinas do Natal (1799): 2º Responsório – Hodie nobis de caelo pax descendit
03. Matinas do Natal (1799): 3º Responsório – Quem vidistis Pastores?
04. Matinas do Natal (1799): 4º Responsório – O magnum mysterium
05. Matinas do Natal (1799): 5º Responsório – Beata Dei Genitrix
06. Matinas do Natal (1799): 6º Responsório – Sancta et Immaculata Virginitas
07. Matinas do Natal (1799): 7º Responsório – Beata viscera
08. Matinas do Natal (1799): 8º Responsório – Verbum caro
Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
09. Magnificat

José Mauricio Nunes Garcia: Matinas do Natal & Manoel Dias de Oliveira: Magnificat – 1985
Associação de Canto Coral. Maestrina Cleofe Person de Mattos
Camerata Rio de Janeiro. Maestro Henrique Morelenbaum

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LP de 1985 digitalizado por Avicenna.
Conheça o site do Pe. José Maurício AQUI

Boa audição,

vida é curta

 

 

 

 

 

 

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Avicenna

Lobo de Mesquita (1746-1805): Astiterunt Reges Terrae – Noturno nº 3 (Antífona) & Difusa est gratia (Acervo PQPBach)

Captura de Tela 2017-10-05 às 15.41.58De José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita, disse Curt Lange, “ser um mestre que pode figurar condignamente ao lado dos grandes compositores europeus, pela sólida estrutura e surpreendente beleza musical dos seus trabalhos“.

 

Ao entregar ao público o Noturno nº 3 da Antífona “Astiterunt Reges Terrae”, que compõe o lado “A” deste disco, a Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira completa a edição de uma obra inédita de José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita, composta de três noturnos que formam a coleção “Encontro Barroco”.

Esta coleção está destinada a ter profunda repercussão na cultura musical brasileira, pois contribui para resgatar do esquecimento a obra de um dos gênios do barroco mineiro.

De José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita, disse Curt Lange, maestro e pesquisador que recuperou a sua obra valiosa (numerosos “Credo”, “Magnificat”, “Te Deum”, “Officium Defunctorum”, Ladainhas e Antífonas), “ser um mestre que pode figurar condignamente ao lado dos grandes compositores europeus, pela sólida estrutura e surpreendente beleza musical dos seus trabalhos”. (extraído da contra-capa do LP)

Palhinha: ouça 07. Caligaverunt oculi mei & 08. Si est dolor similis, enquanto aprecia várias fotos de Diamantina, MG

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
Astiterunt Reges Terrae – Noturno nº 3 (Antífona)
01. Tradiderunt me in manus impiorum
02. Et sicut gigantes
03. Alieni insurrexerunt
04. Jesum tradidit impius
05. Petrus autem sequebatur
06. Adduxerunt autem eum
07. Caligaverunt oculi mei
08. Si est dolor similis
09. O vos omnes

10. Difusa est gratia

Encontro Barroco – vol. 3 – 1986
Astiterunt Reges Terrae – Noturno nº 3 (Antífona)
Instrumentistas de Orquestra e Coristas da Fundação Clóvis Salgado
Regente: Sergio Magnani

Reconstituição do Maestro Sergio Magnani dos originais inéditos do Museu da Música de Mariana

LP editado pela Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira em 1986 e digitalizado por Avicenna, por isso sejam tolerantes com a qualidade, principalmente na primeira faixa!

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Captura de Tela 2017-10-05 às 15.43.01

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Marília de Dirceu – Thomaz Antonio Gonzaga (Porto,1744 – Ilha de Moçambique, 1810) (Acervo PQPBach)

MemoÃÅria-Musical-BrasileiraWEBMarília de Dirceu, doze árias com textos das Liras de Tomás Antonio Gonzaga, o Dirceu, escritas durante sua prisão na Ilhas das Cobras em fins do século XVIII enquanto aguardava o degredo para Moçambique.

Anna Maria Kieffer (voz)
Gisela Nogueira (viola)
Edelton Gloeden (guitarra)

 

 

01. Árias de Marília de Dirceu 1. Sucede, Marília bela
02. Árias de Marília de Dirceu 2. Já, já me vai, Marília, branquejando
03. Árias de Marília de Dirceu 3. Os mares, minha bela, não se movem
04. Árias de Marília de Dirceu 4. De que te queixas, língua importuna
05. Árias de Marília de Dirceu 5. Eu vejo, ó minha bela, aquele númen
06. Árias de Marília de Dirceu 6. A estas horas eu procurava
07. Árias de Marília de Dirceu 7. Arde o velho barril
08. Árias de Marília de Dirceu 8. Ah! Marília, que tormento
09. Árias de Marília de Dirceu 9. Alma digna de mil avós augustos
10. Árias de Marília de Dirceu 10. Vejo, Marília, que o nédio gado
11. Árias de Marília de Dirceu 11. Por morto, Marília, aqui me reputo
12. Árias de Marília de Dirceu 12. Se o vasto mar se encapela
13. Liras faladas de Marília de Dirceu (Alemão) – Ich bin kein obdachloser Hirtenknabe (traduzido por Ferdinand Schmid, na voz de Walter Weiszflog)
14. Liras faladas de Marília de Dirceu (Espanhol) – Tu no verás, Marília, a cien cautivos (traduzido e interpretado por J. Ruedas de la Serna)
15. Liras faladas de Marília de Dirceu (Francês) – Que la vile calomnie exprime entre ses mains (traduzido por E. de Monglave e P. Chalas, na voz de Jean-Claude Frison)
16. Liras faladas de Marília de Dirceu (Inglês) – I gaze, comely Marília, at your tresses (traduzido por Isaac Goldberg, na voz de José Mindlin)
17. Liras faladas de Marília de Dirceu (Italiano) – Cupido lasciato il greve turcasso (traduzido por G. Veggessi-Ruscalla, na voz de Anna Maria Kieffer)
18. Liras faladas de Marília de Dirceu (Latim) – Omnia cedunt: nil nobis, Amaryllis in orbe (traduzido por Castro Lopes, nas vozes de João Adolfo Hansen e Anna Maria Kieffer)
19. Liras faladas de Marília de Dirceu (Russo) – S portugálskovo (traduzido por A. S. Púchkin, na voz de Boris Schaiderman)

Memória Musical Brasileira – Marília de Dirceu – 2000
Autor: Thomaz Antonio Gonzaga (Porto,1744-Ilha de Moçambique, 1810), musicada por compositor anônimo da mesma época (Marcos Portugal?)
Anna Maria Kieffer (voz), Gisela Nogueira (viola), Edelton Gloeden (guitarra)

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Boa audição!

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Avicenna

Lobo de Mesquita (1746-1805) : Astiterunt Reges Terrae – Noturno nº 2 (Antífona) (Acervo PQPBach)

Captura de Tela 2017-10-04 às 15.55.23
Lobo de Mesquita é o mais prolífico compositor da época áurea da expressão e do profissionalismo musical em Minas Gerais. Se o seu nascimento em 1746 na atual cidade do Serro é discutível, são certos a sua presença e o seu trabalho como organista e compositor em Diamantina, a partir de 1776. Permaneceu ali 22 anos e ali produziu a maior parte de suas obras.

 

Na segunda metade do século XVIII, os centros urbanos mineradores das Gerais atingiram a sua máxima densidade humana e a riqueza mais ostensiva: todos os tipos de profissionais e artesãos responderam à atração. A maior parte dos melhores arquitetos, escultores e dos compositores conhecidos em Minas Gerais ali viviam e produziam as suas obras mais notáies nos últimos 30 anos do século. Irmandades e Ordens Terceiras eram instrumentos de organização social e promotores competitivos das artes. O culto da fé católica, em Minas, um mistura original “barroca” de ostentação flamejante e de contrição, inspirava não somente a decoração e os frontispícios das igrejas, mas ganhava as ruas em procissões tão frequentes como teatrais. Compositores, orquestras e coros foram contratados para produzir missas, novenas, ofícios e ladainhas inéditos, complementos indispensáveis aos efeitos cênicos da liturgia barroca.

Pontos culminantes eram as liturgias relacionadas com a Paixão de Cristo; espetáculo de máxima festividade a Semana Santa, da qual o Noturno nº 2 para Vozes e Orquestra, da Antífona “Astiterunt” aquí apresentado, é um episódio.

Se é possível que padres ou artesãos portugueses tenham trazido as primeiras técnicas musicais para Minas Gerais, é certo que nos últimos decênios do século XVIII os compositores mineiros tinham facilidade de acesso às obras contemporâneas européias (Haydn, Mozart, Boccherini, Pleyel e outros). Talvez por modelos fornecidos pelas autoridades eclesiásticas, a manufatura das obras mineiras desta época já é pré-clássica e operística.

Em 1790, a Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, em Diamantina, decidiu que era tempo de reduzir as anuidades dos irmãos, face à “decadência das utilidades do país”. Mesquita já encontra dificuldades no pagamento do aluguel; em seguida as suas atividades de organista são encerradas. Em 1798 aparece em Ouro Preto, em 1800 no Rio de Janeiro. O declínio da economia urbana, mineradora, em Minas, e do poder econômico das instituições patrocinadoras significa o fim próximo da arte urbana barroca, e da criatividade e produção musical em Minas Gerais. Muitos, além de Mesquita, procuram o Rio de Janeiro. O compositor morre lá em 1805.

(extraído da contra-capa do LP)

Palhinha: ouça 04. Tenebrae facta est enquanto aprecia várias telas sobre Ouro Preto

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
Astiterunt Reges Terrae – Noturno nº 2 (Antífona)
01. Tamquam ad latronem
02. Quotidie apud vos eram
03. Cumque injecissent manus in Jesum
04. Tenebrae facta est
05. Et inclinato capite
06. Exclamans Jesus voce magna
07. Tradidit in manus iniquorum
08. Quia non est inventus
09. Insurrexerunt in me viri

Encontro Barroco – vol. 2 – 1985
Astiterunt Reges Terrae – Noturno nº 2 (Antífona)
Instrumentistas de Orquestra e Coristas da Fundação Clóvis Salgado
Regente: José Maria Florêncio Jr

Reconstituição do Maestro Sergio Magnani dos originais inéditos do Museu da Música de Mariana

LP editado pela Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira e gentilmente cedido pelo nosso ouvinte das Gerais, Alisson Roberto Ferreira de Freitas. Não tem preço!
Digitalizado por Avicenna.

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elevador chamando

 

 

 

 

 

 

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Avicenna

Lobo de Mesquita (1746-1805) : Astiterunt Reges Terrae – Noturno nº 1 (Antífona) (Acervo PQPBach)

Captura de Tela 2017-10-03 às 15.52.49

Versátil e avançado, pioneiro no uso de certos recursos, exímio na montagem de contrapontos, Lobo de Mesquita precedeu ao próprio Beethoven na utilização de alguma técnicas de composição. Insuplantável como organista, ele, no entanto, produziu para a trompa a maior parte de sua extensa e valiosa obra.

 

Marcado pela exuberância e caracterizado ideologicamente como uma contraposição espiritualista às tendências antropocêntricas do Renascimento, o Barroco teve sua primeiras e mais significativas manifestações nos meados do Século XVI, florescendo até o final do Século XVII, quando entrou em declínio.

Grandes vultos enriqueceram o Barroco com o seu talento, na literatura, nas artes, na música, na arquitetura e na escultura. Já na obra de Miguel Ângelo se vislumbram os primeiros traços deste estilo, que teve no Padre Antonio Vieira, em Luiz de Góngora, em Vivaldi e Bach, em El Greco e no imortal Aleijadinho e outros grandes expoentes.

Minas Gerais tem o Barroco impregnado nas sua raízes culturais e sua contribuição é marcante para a disseminação do estilo em todo o País. Além da expressão máxima do Barroco brasileiro – o Aleijadinho -, Minas deu ao Brasil a genialidade de José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita, cuja obra musical – só recentemente descoberta e divulgada – se compara em riqueza e criatividade à dos grandes mestres europeus.

De sua pessoa se sabe muito pouco. Tem-se como certo que nasceu no Arraial de Tejuco, hoje Diamantina, em data ignorada. Gênio instrumental, foi organista da Irmandade do Sacramento, em sua terra, transferindo-se no final do Século XVIII para Vila Rica, onde – graças à fama conquistada – não teve dificuldade em se tornar o organista titular da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar.

Dele é o Noturno para Orquestra e Coro que compõe um dos lados deste disco.

(extraído da contra-capa do LP)

Palhinha: ouça a integral do Noturno nº 1 (Antífona), enquanto aprecia as obras do ‘Aleijadinho’.

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José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
Astiterunt Reges Terrae – Noturno nº 1 (Antífona)
Noturno nº 1 (Antífona): 01. Astiterunt Reges Terrae
Noturno nº 1 (Antífona): 02. De Lamentatione Jeremiae
Noturno nº 1 (Antífona): 03. Cogitavit Dominus
Noturno nº 1 (Antífona): 04. Defixae Sunt
Noturno nº 1 (Antífona): 05. Consperserunt Cinere
Noturno nº 1 (Antífona): 06. Omnes Amici
Noturno nº 1 (Antífona): 07. Et Terribilibus Oculis
Noturno nº 1 (Antífona): 08. Inter Iniquos
Noturno nº 1 (Antífona): 09. Velum Templi
Noturno nº 1 (Antífona): 10. Et Omnis Terra
Noturno nº 1 (Antífona): 11. Petrae Scissae Sunt
Noturno nº 1 (Antífona): 12. Vinea Mea Electa
Noturno nº 1 (Antífona): 13. Sepivi Te
Noturno nº 1 (Antífona): 14. Tenebrae Factae Sunt
Noturno nº 1 (Antífona): 15. Et Inclinato Capite

Encontro Barroco – vol. 1 – 1983
Instrumentistas de Orquestra e Coristas da Fundação Clóvis Salgado
Regente: Sergio Magnani

LP editado pela Companhia Siderúrgica Belgo-Mineira e gentilmente cedido pelo nosso ouvinte das Gerais, Alisson Roberto Ferreira de Freitas. Não tem preço!
Digitalizado por Avicenna.

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Boa audição.

vida-é-curta

 

 

 

 

 

 

 

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Avicenna

Alma Latina: Les Chemins du Baroque – ¡Salga el Torillo!

Capa-Solo-WEB¡ Salga el Torillo !
México – Séc. XVIII

 

Excelentes gravações da série ‘Les Chemins du Baroque’, K617, gravadas em 1993, que se destacam pela presença de consagrados maestros: Gabriel Garrido, Josep Cabre e Jean-Claude Malgoire.

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Les Chemins du Baroque – ¡ Salga el Torillo !
Diego José de Salazar (Spain, ca.1659 – 1709)
01. ¡Salga el torillo hosquillo!
Juan de Araujo (Villafranca, España, 1646 – Chuquisaca, Bolívia 1712)
02. Dixit Dominus
Tomás de Torrejón y Velasco (España 1664 – Perú 1728)
03. Magnificat
Anonymous
04. Faux bourdon
Manuel de Sumaya (Manuel de Zumaya) (México, c.1678-1755)
05. Laetatus sum
Juan de Lienas, Mexico, ca. 1617 – 1654)
06. Sanctus
07. Agnus Dei
Francisco Guerrero (Sevilha, 1528-1599)
08. Pan Divino
09. Optimam Partem
Tomás Luis de Victoria (Spain, 1548-1611)
10. Ave Maria a double choeur
Domenico Zipoli (Prato, Itália, 1688 – Córdoba, Argentina 1726)
11. Psaume Beatus Vir
Martin Schmid (Suiss, 1694 – 1772)
12. Pastoreta Ichepe Flauta
Anonymous
13. Te Deum Laudamus
Diego José de Salazar (Spain, ca.1659 – 1709)
14. ¡Salga el torillo hosquillo!

Les Chemins du Baroque – K617
¡ Salga el Torillo ! – 1993

Ensemble Elyma & Coro de Niños Cantores de Cordoba
Maestro Gabriel Garrido

La Grande Ecurie et la Chambre du Roy
La Maîtrise Nationale de Versailles
Maestro Jean-Claude Malgoire

La Compañia Musical de las Americas
La Fenice
Maestro Josep Cabre

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Outro CD do acervo do Prof. Paulo Castagna. Valeu !

Boa audição,

Caravela

 

 

 

 

 

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Avicenna

Coral Ford/Willys • Pe. José Maurício Nunes Garcia: Laudate Pueri + Te Deum (Acervo PQPBach)

Captura de Tela 2017-10-02 às 16.18.36Coral Ford/Willys
Integrantes da Orquestra de Câmara de S. Paulo
e do Teatro Municipal de S. Paulo
1969

Um faxineiro cantar num coral? Um ferramenteiro entende de máquinas; e de música, ele entende alguma coisa?

Muita gente acha que música é privilégio. Mas, nós não vemos as coisas assim.

Hoje, trabalho com quarenta cantores, no Coral Ford/Willys, vindo de todas as partes funcionais da empresa. São ajudantes, desenhistas, faxineiros, torneiros, advogados, operadores de máquinas, ferramenteiros, engenheiros, mecânicos, eletricistas, supervisores, gerentes, tapeceiros, auxiliares de escritório, secretárias. Tudo formando uma unidade só, musicalmente…. Ao todo já fizemos centos e dez apresentações públicas …
(Geraldo Menucci, diretor artístico, 1969)

Coral Ford/Willys
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
1. Laudate pueri 1. Alegro maestoso
2. Laudate Pueri 2. Andante. Allegro giusto
3. Laudate pueri 3. Allegro maestoso
4. Te Deum 1. Maestoso
5. Te Deum 2. Larghetto
6. Te Deum 3. Allegro moderato. Più allegro

Coral Ford/Willys – 1969
Coral Ford/Willys & Integrantes das Orquestras de Câmara de S. Paulo e do Teatro Municipal de S. Paulo
LP de 1969 digitalizado pelo Avicenna, sendo que a última faixa estava muito judiada.

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Conheça o site do Pe. José Maurício AQUI

Boa audição.

estatuas

 

 

 

 

 

 

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Avicenna

.: interlúdio :. Johnny Mathis – Open Fire, Two Guitars – 1959

Open_Fire,_Two_Guitars_(Johnny_Mathis_album_-_cover_art)Johnny Mathis
Al Caiola
Tony Mottola
1959

Johnny Mathis canta com o apoio de duas guitarras interpretadas pelos excelentes Al Caiola e Tony Mottola, mais um contra-baixo (Frank Carroll em nove das faixas, Milt Hinton as outras) para suporte rítmico.

O resultado é que a pureza, a sensibilidade e a beleza da voz de Johnny Mathis brilham surpreendentemente. O álbum é uma prova da estatura de Johnny Mathis em 1959, de tal maneira que Columbia Records registrou este álbum fora da fórmula comprovada de seus álbuns anteriores, bem como a coragem do artista em permitir que seu instrumento vocal fosse tão completamente exposto, sem a segurança de uma orquestra completa.

Uma façanha para um cantor de 23 anos de idade, com apenas dois anos de experiência de gravação atrás dele.

O resultado é um triunfo artístico para Mathis e o álbum continua a ser um dos seus mais valiosos entre sua legião de fãs. O álbum foi o 4º mais vendido e tocado nos USA em 1959, segundo a revista Billboard.

A dificílima My Funny Valentine é uma demonstração da qualidade artística de Johnny Mathis.

Open Fire, Two Guitars
01. Open Fire
02. Bye Bye Blackbird
03. In The Still Of The Night
04. Embraceable You
05. I’ll Be Seeing You
06. Tenderly
07. When I Fall In Love
08. I Concentrate On You
09. Please Be Kind
10. You’ll Never Know
11. I’m Just A Boy In Love
12. My Funny Valentine

Open Fire, Two Guitars – 1959
Johnny Mathis – vocal
Al Caiola & Tony Mottola – guitars
Frank Carroll & Milt Hinton – upright bass

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Dedicado ao Luke D. Chevalier, pois foi quem me deu a inspiração para esta postagem!!

agradecendo_o_papai_noelWEB

 

 

 

 

 

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Avicenna

Concerto Barroco – Collegium Musicum da Rádio MEC – LP de 1961 (Acervo PQPBach)

Captura de Tela 2017-10-01 às 15.41.26Recitativo e Ária: Herói, Egrégio, Douto, Peregrino (Cantata Acadêmica), de 1759

Documento revelado em 1923 por Alberto Lamego, no seu livro “A Academia Brasílica dos Renascidos”, sua fundação e trabalhos inéditos, Paris, Bruxelas, e reproduzido por Joaquim Ribeiro em “Capítulos inéditos da História do Brasil“, em 1954. Com a descoberta dos originais completos, por Régis Duprat, musicólogo de S. Paulo, foi esta obra apresentada em primeira audição em concerto público por Olga Maria Schroeter, no Teatro Municipal de São Paulo, no dia 6 de dezembro de 1960, com a Orquestra de Câmara de São Paulo, sob a regência de Olivier Toni.

Desde as pesquisas do Professor Curt Lange, as obras mais remotas da produção musical brasileira remontavam à segunda metade do século XVIII. Os conhecedores olvidavam, injustamente, uma publicação de Alberto Lamego, onde fora publicada a parte de canto da peça que ora se apresenta em gravação inédita. A raridade das pesquisas históricas, no setor musical, nos privava do conhecimento integral da mesma. O Recitativo e Ária pertence a Salvador, capital da colônia (1759) e sua importância não se explica por si só apenas, mas por uma tendência estilística própria e pela promessa de outras produções, que poderão vir à luz através de pesquisas organizadas. Isso porque, sua apresentação, sua feitura e as condições de sua realização como composição musical, sugerem que vislumbraremos, naquela Bahia esplendorosa, a música vinculada familiarmente a todas as atividades sociais da época, que implicassem em sua integração embelezadora.

“Recitativo e Ária”, de autor anônimo do século XVIII, integra, com seus originais a coleção Lamego doada por este à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da U.S.P, num códice juntamente com outras produções literárias e históricas da Academia Brasileira dos Renascidos. O professor Alberto Lamego, ao publicar seu livro sôbre aquela Academia, naturalmente interessado apenas no aspecto literário e histórico da mesma, limitou-se a inserir na obra a parte do canto do Recitativo e ária, que traz o texto literário. Uma circunstância fortuita, numa pesquisa organizada na coleção referida, fez deparar com os originais completos, revivendo então a obra quase integralmente, considerando que os citados originais constam de: uma parte de 1º violino, uma parte de 2º violino, uma parte de baixo e uma parte de Canto.

O Diretor do Collegium Musicum da Rádio MEC convidou o conhecido Maestro Roberto Schnorrenberg (S. Paulo), que teve por seu encargo a reconstituição do baixo contínuo e a necessária correção cuidadosa dessa obra prima.

Joseph Mascarenhas Pacheco Pereira Coelho de Melo, a quem é dedicada a obra anônima, chegou à Bahia em agosto de 1785, com importantes encargos administrativos, ou seja, a criação dos Tribunais do Conselho de Estado e Guerra, e o da Mesa de Consciência, bem como com instruções secretas para agir contra os Jesuítas: esta últimas, não cumpridas, lhe valeram, meses após, prisão de vinte anos. Seu nome está intimamente ligado à Academia Brasileira dos Renascidos (que revive aquela dos Esquecidos, cuja última sessão fora a 4.7.1725), de vida efêmera mas intensa, da qual foi membro correspondente Cláudio Manuel da Costa. Fundada sob os auspícios de Mascarenhas, a 6.6.1759, reunem-se quarenta acadêmicos em magnífico salão do Convento dos Carmelitas Descalços, luxuosamente ornamentado, ficando “o coro da música defronte a uma porta da entrada principal”. Alberto Lamego, que fez uso de documentos de arquivos portugueses, nos dá, na obra citada, detalhada descrição daquela festa. Conta-nos o autor que logo após a primeira Assembléia, Mascarenhas caiu gravemente enfermo, tendo sido realizadas missas em ação de graças pelo seu restabelecimento, e a Academia “ofereceu-lhe uma festa íntima aos 2 de julho e dedicou-lhe um Recitativo executado por boa orquestra”. É este Recitativo e Ária, que o “Collegium Musicum” da Rádio MEC oferece ao público discófilo, em gravação inédita.

memoria

 

Concerto Barroco – 1961
Anônimo, Bahia, 1759
Recitativo e Ária: Herói, Egrégio, Douto, Peregrino (Cantata Acadêmica)

Collegium Musicum da Rádio MEC
Maestro George Kiszely
Soprano Olga Maria Schroeter

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LP de 1961, do acervo do Prof. Paulo Castagna (não tem preço!) e digitalizado por Avicenna

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Boa audição.

 

enceradeira

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Alma Latina: Les Chemins du Baroque – Messe de l’Assomption de la Vierge Mexico

Capa-Solo-WEBMesse de l’Assomption de la Vierge
Mexico

(Não confundir com a postagem anterior de nome parecido)

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Da série ‘Les Chemins du Baroque’, K617, gravada em 1992 na igreja de Gorze, Moselle, França.

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Les Chemins du Baroque – Messe de l’Assomption de la Vierge Mexico
Francisco Guerrero (Sevilha, 1528-1599)
01. O Celestia Medicina – 1589
Gaspar Fernández (Portugal, 1570?- Puebla, Mexico, 1629)
02. Elegit Eum Dominus
03. Introitus – Gaudeamus Omnes In Domino
Juan de Lienas, Mexico, ca. 1617 – 1654) – Códice del Carmen
04. Kyrie
05. Gloria
Francisco Guerrero (Sevilha, 1528-1599)
06. Trahe Me Post Te
07. Graduale Et Alleluia – Assumpta Est Maria
Juan de Lienas, Mexico, ca. 1617 – 1654)
08. Credo
Sebastian Aguillera de Heredia (España, 1561 – 1627)
09. Sebastien Aguilera De Heradia: Salve De 1er Tono Por De La Sol Re
10. Offertorium: Assumpta Est Maria
Juan de Lienas, Mexico, ca. 1617 – 1654)
11. Sanctus
12. Agnus Dei
Francisco Guerrero (Sevilha, 1528-1599)
13. Pan Divino, Gracioso
14. Communio – Optimam Partem Elegit
Tomás Luis de Victoria (Spain, 1548-1611)
15. Victoria: Ave Maria À Double Chœur – 1600

Les Chemins du Baroque – K617
Messe de l’Assomption de la Vierge Mexico – 1992
La Fenice
La Compañia Musical de las Americas
Maestro Josep Cabré

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Um CD do acervo do Prof. Paulo Castagna. Valeu, Seu Paulo!

Boa audição,

Caravela-clara

Avicenna

Luis Álvares Pinto (Recife, 1719-1789): Te Deum & Händel (1685-1759): Laudate Pueri Dominum – Camerata Antiqua de Curitiba (Acervo PQPBach)

Camerata Antiqua de CuritibaCamerata Antiqua de Curitiba

Luis Álvares Pinto
Te Deum

Georg Friedrich Händel
Laudate Pueri Dominum (Salmo 112)

Há dois dias o Avicenna e eu postamos a primeira gravação da mais antiga obra brasileira preservada: o Recitativo e Ária de 1759 que vem sendo atribuído ao Padre Caetano de Melo Jesus, de Salvador – e hoje queríamos postar a primeira gravação da que é provavelmente a segunda mais antiga: o Te Deum do recifense Luís Álvares Pinto, talvez composto no ano seguinte (1760).

Acontece que ainda não conseguimos a primeira gravação, que é a da reestréia moderna da obra em 1968, regida pelo também pernambucano Padre Jaime Cavalcanti Diniz (biografia aqui), que a havia encontrado e restaurado pouco antes, à frente do Coro Polifônico do IV Curso Internacional de Música de Curitiba com acompanhamento de uma organista estadunidense chamada (juro!) Marilyn Mason.

Por que queremos a 1.ª gravação? Entre outras coisas, porque este blog já tem uma de 1994 realizada na Suíça (Ensemble Turicum) e outra de 2000 na França (Jean-Christophe Frisch). Ou seja: mais uma obra brasileira que goza de reconhecimento e admiração no exterior antes que a maior parte dos brasileiros sequer saibam que ela existe… e isso apesar de serem brasileiras as 4 outras gravações que conheço.

Uma é parte do notável panorama da nossa produção mais antiga gravado pelo ‘Armonico Tributo’ de Campinas dirigido pelo baiano Edmundo Hora, no CD duplo ‘América Portuguesa’, disponível em alguns outros blogs – o qual contém também uma nova realização do Recitativo e Ária de 1759 (inseri retroativamente umas palavras sobre ela no post de 24/05).

Quanto às outras três, parece que Curitiba quis retribuir a honra de ter sido palco da reestréia desse Te Deum: são todas da Camerata Antiqua, com regência do carioca Roberto de Regina, em diferentes momentos: 1981, 1995, 2000. A terceira ainda não ouvi. Gosto bastante da segunda, com a parte orquestral reconstruída pelo nosso amigo Harry Crowl, a mais encorpada e clássica das 5 que ouvi, e com a Camerata num nível de precisão técnica ainda nem sonhado em 1981. Apesar disso, eu e o Avicenna encontramos um encanto especial justamente na singeleza da primeira, de sonoridade excepcionalmente transparente e ‘tridimensional’, e foi essa que resolvemos postar.

E a música em si? Quem leu a postagem de 24/05 deve lembrar que as sugestões de observação da transição barroco-clássico terminavam falando de Gluck e de Carl Philipp Emmanuel Bach, nascidos os dois em 1714. Pois bem: o mulato pernambucano era 5 anos mais novo, de 1719. Gluck morreu em 87. CPE em 88. Álvares Pinto em 89.

Disse ainda que C.P.E. ‘barroqueava’ em alguns momentos, em outros ‘classicava’ (ou ‘mozarteava’). Esse é precisamente o caso também de Álvares Pinto. E aí vocês dirão “Mas com certo atraso em relação à Europa, como de costume, não?” – Pois desta vez absolutamente não! Há diferenças de escola composicional, não do estágio de transformação estilística (para não usar o discutível ‘evolução’). Ouçam mais uma vez a ‘Ressurreição e Ascenção’ de CPE, e ouçam este Te Deum – mas sem esquecer que aquela é 14 anos posterior à data estimada deste: 1760, só 10 anos após a morte de Bach Pai e um após a de Händel.

Acontece que, se foi em 1760, Álvares Pinto compôs o Te Deum em Lisboa, onde ficou muito tempo como aluno do organista da Catedral, Henrique da Silva Negrão, e foi violoncelista da Capela Real, e isso em plena época do Marquês de Pombal, quando Lisboa havia voltado a ser uma metrópole de importância. Luís teria aí 41 anos.

Abandonou sua gente? Não é bem assim. Um ano depois Luís estava de volta ao Recife, onde passou o resto vida se desdobrando como capitão, mestre de capela, poeta (diz-se que em várias línguas), comediógrafo, autor de obras didáticas e, ao que parece, até precursor de Paulo Freire: alfabetizador! Cadê a estátua desse homem?!

Tentando finalizar, vejo que restam 3 pensamentos na mesa: um, o da antigüidade e perenidade da importância do Nordeste, e de Pernambuco em particular, como um dos principais pólos de produção e inovação em todas as áreas da cultura deste país.

Outro: e o salmo de Händel do outro lado do disco? Ah, sim: muito bonito; e a realização também mostra em muitos pontos que poderia ser arrebatadora, não fosse o mesmo problema da postagem de 23/05 (o LP de 1965 da Orquestra de Câmara de São Paulo): solista vocal não suficientemente madura para a obra na época da gravação.

Finalmente, este post marca também a estréia no blog de um dos mais importantes – e insuficientemente reconhecidos – músicos brasileiros dos últimos 50 anos: o hoje octogenário Roberto de Regina. Não considero a regência do barroco e pós-barroco o seu melhor, e mesmo assim seu trabalho nessa área é indispensável. Foi ‘nosso Wanda Landowska’, o reintrodutor do cravo no Brasil, como virtuose e como construtor. Mas coloco acima de tudo seus 3 discos dos anos 60, ‘Cantos e Danças da Renascença’, pioneiros no mundo na abordagem viva a esse repertório, e ainda hoje poucas vezes igualados.

Isso tudo enquanto ainda se sustentava como médico anestesista! – o que costumava tratar com humor: “tenho só dois medos: o paciente acordar na operação, e o público dormir no concerto”. Quero apostar que não será o caso desta e de nenhuma postagem de suas gravações!

Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
01. Te Deum – 1. Te Dominum
02. Te Deum – 2. Tibi Angeli
03. Te Deum – 3. Sanctus
04. Te Deum – 4. Te Gloriosus
05. Te Deum – 5. Te martyrum
06. Te Deum – 6. Patrem imensae majestatis
07. Te Deum – 7. Sanctum Quoque
08. Te Deum – 8. Tu Patris Sempiternus
09. Te Deum – 9. Tu Devicto
10. Te Deum – 10. Judex crederis
11. Te Deum – 11. Salvum fac
12. Te Deum – 12. Per singulos dies
13. Te Deum – 13. Dignare Domine
14. Te Deum – 14. Fiat, Fiat
15. Te Deum – 15. In te Domine Speravi

Georg Friedrich Händel (1685 – 1759)
16. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 01. Laudate Pueri
17. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 02. Licut nomem Domini
18. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 03. A solis ortu
19. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 04. Excelsus super omnes
20. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 05. Quis sicut Dominus
21. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 06. Suscitans a terra
22. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 07. Qui habitare facit
23. Laudate Pueri Dominum (Salmo 112) 08. Gloria Patri

Camerata Antiqua de Curitiba
Fátima Alegria, soprano – Roberto de Regina, maestro
Gravado na Igreja da Ordem Terceira de S.Francisco das Chagas, Curitiba, 1981
Capa do gravurista curitibano Poty Lazzarotto
2jcbrls

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Boa audição.

macaco pensante

 

 

 

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Avicenna, com texto do Ranulfus

Alma Latina: Les Chemins du Baroque – Vêpres de l’Assomption de la Vierge Mexico-Versailles – II

 Capa-Solo-WEBVêpres de l’Assomption de la Vierge
Mexico-Versailles

 

Mais uma apresentação da série ‘Les Chemins du Baroque’, K617, gravada em 1992 na igreja dos Carmos em Tavira, Portugal.
Músicas compostas no México e em Versailles, em uma mesma época, caracterizam esta gravação.

Les Chemins du Baroque – Vêpres de l’Assomption de la Vierge Mexico-Versailles
Anonymous (Bogota 1701)
01. Deus in Adjutorium
Juan de Araujo (Villafranca, España, 1646 – Chuquisaca, Bolívia 1712)
02. Dixit Dominus (Ps 109)
Marc-Antoine Charpentier (France, 1643-1704)
03. 1e Kyrie, Laudate Pueri (Ps 112), 3e Kyrie
Manuel de Sumaya (Manuel de Zumaya) (México, c.1678-1755)
04. Lætatus sum / 5e Kyrie
Marc-Antoine Charpentier (France, 1643-1704)
05. Nisi Dominus (Ps 126)
Manuel de Sumaya (Manuel de Zumaya) (México, c.1678-1755)
06. Laudate Jerusalem (Ps 147)
Marc-Antoine Charpentier (France, 1643-1704)
07. Kyrie / Ave Maris stella / Offerte à deux chœurs
08. Magnificat

Les Chemins du Baroque – K617
Vêpres de l’Assomption de la Vierge Mexico-Versailles – 1992
La Grande Ecurie et la Chambre du Roy
La Maîtrise Nationale de Versailles
La Compañia Musical de las Americas
Maestro Jean-Claude Malgoire

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Mais um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Valeu, Seu Paulo!

Boa audição,

Caravela-texto

 

 

 

 

 

 

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Avicenna

Coral Artis Canticum & Os Cameristas: Lobo de Mesquita & Padre José Maurício (Acervo PQPBach)

Artis Canticum“Esta produção foi realizada com a colaboração do Sindicato dos Músicos Profissionais do Rio de Janeiro e integra a Plano de Ação Cultural da Associação dos Produtores de Discos”

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita
Tercio

Repostagem para apresentar novos links com melhores digitalizações, incluindo-se um link para arquivo flac.

Inexistem, na formação histórica brasileira, períodos sem música da vida coletiva. As investigações do nosso passado, no tempo e no espaço, estabelecem, via de regra, não só a presença, mas ainda a intensidade das manifestações musicais do nosso povo. O que cumpre admitir-se, tomando-se por base o material englobado desde os primeiros cronistas até os modernos historiadores e sociólogos, é que recolhemos antes fortes indícios da riqueza da prática da música no Brasil do que a configuração do quadro exato.

Torna-se lícito admitir a grandeza do quadro, mas suas proporções são ainda maiores do que supomos, ao nos louvarmos na documentação já recolhida. A música, certamente, escapa aos propósitos da grande maioria dos historiadores. E a despeito da vasta e preciosa documentação que tende a desaparecer na voragem do tempo, cada sondagem a que se proceda no passado musical do Brasil trará o testemunho da palpitante e generosa prática da arte, cujos primeiros expoentes surgiram no período colonial.

O Tercio (e não Tercis como anteriormente publicado), que inicia esta valiosa gravação, data de 1783. Esta gravação torna a mostrar-nos – na partitura elaborada, bem assim como o respectivo contínuo, pelo Maestro Toni – que a denominação de música barroca dada à criação dos compositores que floresceram àquela época, nas zonas de mineração aurífera de Minas, é imprópria, porque se trata de música que recebe a influência direta do classicismo europeu. Com quinteto de cordas, o Andante Lento, para soprano, contralto e baixo, impressiona pela extrema, ideal pureza, da inspiração, em um contraponto sempre límpido, de comovente inocência. O Padre Nosso, para coro – que o admirável Coral Artis Canticum, regido pelo Maestro Nelson de Macêdo, explode logo no primeiro compasso – é uma página de alta eloquência mística. A Ave-Maria, tem um largo dueto de soprano e contralto, de delicadeza extrema, que vai até a metade da oração. O Glória é majestoso, com seu dueto, que tem uma célula rítmica incisiva, de soprano e contralto.

Estas composições, bem como as demais que constam desta gravação, são pela primeira vez apresentadas em disco. O fenômeno da criação da grande música, em um meio sem nenhum contato direto com os centros da cultura universal, é provavelmente único no mundo. Há muito de mistério e de milagre na arte musical que floresceu em Minas e se equiparam, por sua força, à arte escultórica – esta sim, barroca – do Aleijadinho.

Padre José Maurício Nunes Garcia: Alleluia Emitte Spiritum Tuum

Grande figura de músico do Brasil-Colônia, o Padre José Maurício nasceu no Rio de Janeiro em 1767, na antiga Rua da Vala, que é hoje a Uruguaiana. Se a dispersão da sua obra, em parte perdida, o tornou semilendário, ele aguarda ainda uma revalidação, que o projete para o círculo dos especialistas, junto ao grande público. Para esse fim contribui o trabalho de musicologia e pesquisa empreendido pela Maestrina Cleofe Person de Matos.

Nunca transpôs o padre os limites desta cidade, onde foi mestre de capela da Catedral e Sé do Rio de Janeiro e, mais tarde, da Real Capela, que depois se chamou Capela Imperial. De origem humílima, mestiço, hauriu os rendimentos da arte musical com Salvador José – e progrediu sozinho, até as culminâncias dos monumentos de música religiosa que nos legou. Ordenado em 1792, já então havia composto as primeiras obras, que se sucederam, ininterruptas, em número de quatrocentos, segundo estimativas de Taunay. Morreu em 1830.

Alleluia Emitte Spiritum Tuus é uma breve página que se notabiliza pela mestria do contraponto real a quatro partes. Mostra-se, por isso, diversa em estilo das página anteriores, do mestre mineiro Lobo de Mesquita, onde o espírito harmônico preside à gênese polifônica. A execução do Coral Artis Canticum, sob a regência do Maestro Nelson de Macêdo, é igualmente de primeira ordem.

(Eurico Nogueira França, 1977, extraído da contra-capa)

Palhinha: ouça 01. Tercio – 1. Difusa est Gratia – Andante Lento

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
Coral Artis Canticum & Os Cameristas
01. Tercio – 1. Difusa est Gratia – Andante Lento
02. Tercio – 2. Padre Nosso
03. Tercio – 3. Ave Maria
04. Tercio – 4. Gloria
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
Coral Artis Canticum
05. Alleluia emitte spiritum Tuum

Artis Canticum – 1977
Coral Artis Canticum & Os Cameristas
Maestro Nelson de Macêdo

Para esta postagem foi utilizado um LP de 1977, do acervo do nosso ilustre ouvinte das Gerais, Dr. Alisson Roberto Ferreira de Freitas (não tem preço!) e digitalizado por Avicenna.

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Boa audição.

 

evolucao

 

 

 

 

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Avicenna

Alma Latina: Domenico Zipoli (1688 – 1726): Missa Santo Inácio & Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830): Salmos 115, 119 e 139 (Acervo PQPBach)

Captura de Tela 2017-09-29 às 16.04.33O que podem ter em comum esses dois mestres da música sacra do continente latino-americano, José Maurício Nunes Garcia e Domenico Zipoli, além de terem vivido no cone sul do continente e defenderem o canto litúrgico?

Ambos provinham de famílias pobres e tiveram que custear os estudos musicais com o seu trabalho, dado aula e sendo organista de capelas e catedrais. Ambos demonstraram, desde cedo, a vocação musical e os dotes necessários para a carreira. Tanto Zipoli quanto José Maurício foram precoces em suas composições (o primeiro, com 20 anos, ombreava com compositores renomados, fazendo parte de uma obra coletiva, o segundo, aos 16 anos compunha a sua primeira obra. Os dois, quando decidiram pela vida religiosa e pelo sacerdócio, já possuíam um nome e um respeito no mundo musical. Zipoli era um homem do mundo. Antes de vir para o continente latino-americano, para as missões jesuítas, circulou por grandes centros musicais da Itália e da Espanha. O Pe. José Maurício jamais saiu do Rio de Janeiro. Entretanto, possuía conhecimento invulgar sobre toda a tendência musical na época. Zipoli conseguiu estudar com os melhores mestres da Itália. O Pe. José Maurício teve seus mestres no Rio de Janeiro. Entretanto, a sua capacidade e talento invulgares permitem-nos imaginar que, com os mestres de Zipoli, quão maior teria sido o Pe. José Maurício. Quanto à filiação musical, Zipoli era barroco, ao passo que o Pe. José Maurício era clássico.

Por último, ambos tiveram uma produção musical extensa e variada. Durante muito tempo, a quase totalidade dessa obra esteve perdida. Pelo trabalho incessante de pesquisadores, grande parte da produção artística desses dois compositores foi recuperada.
(extraído do encarte)

Domenico Zipoli (1688 – 1726)
01. Missa Santo Inácio – 1. Kyrie – Kyrie eleison
02. Missa Santo Inácio – 2. Kyrie – Christie eleison
03. Missa Santo Inácio – 3. Kyrie – Kyrie eleison
04. Missa Santo Inácio – 4. Gloria – Gloria in excelsis Deo
05. Missa Santo Inácio – 5 .Gloria – Et in terra pax hominibus
06. Missa Santo Inácio – 6. Gloria – Gratias agimus tibi
07. Missa Santo Inácio – 7. Gloria – Domine Deus, Rex celestis
08. Missa Santo Inácio – 8. Gloria – Domine Fili unigenite, Jesu Christe
09. Missa Santo Inácio – 9. Gloria – Domine Deus, Agnus Dei
10. Missa Santo Inácio – 10. Gloria – Qui tollis peccata mundi, miserere nobis
11. Missa Santo Inácio – 11. Gloria – Qui tollis peccata mundi
12. Missa Santo Inácio – 12. Gloria – Suscipe, deprecationem nostram
13. Missa Santo Inácio – 13. Gloria – Qui sedes ad dexteram Patris
14. Missa Santo Inácio – 14. Gloria – Quoniam Tu solus Sanctus, Tu solus Dominus
15. Missa Santo Inácio – 15. Gloria – Quoniam Tu solus Sanctus, Tu solus Altissimus
16. Missa Santo Inácio – 16. Gloria – Cum Sancto Spiritu
17. Missa Santo Inácio – 17. Credo – Patrem omnipotentem
18. Missa Santo Inácio – 18. Credo – Et incarnatus est de Spiritu Sancto
19. Missa Santo Inácio – 19. Credo – Crucifixus etiam pro nobis
20. Missa Santo Inácio – 20. Credo – Et resurrexit tertia die
21. Missa Santo Inácio – 21. Credo – Et vitam venturi saeculi
22. Missa Santo Inácio – 22. Sanctus – Sanctus, Sanctus, Sanctus

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
23. Salmo 115 – 01. Credidi, propter quod locutus sum
24. Salmo 115 – 02. Gloria Patri
25. Salmo 115 – 03. Sicut erat in principio
26. Salmo 119 – 01. Ad dominum cum tribularer clamavi
27. Salmo 119 – 02. Gloria Patri
28. Salmo 119 – 03. Sicut erat in principio
29. Salmo 139 – 01. Eripe me, Domine, ab homine malo
30. Salmo 139 – 02. Gloria Patri
31. Salmo 139 – 03. Sicut erat in principio

Missa Santo Inácio & Salmos I, II e III – 2004
Orquestra e Madrigal Unisinos
Roberto Duarte, regente
Flávia Fernandes, soprano
Angela Diel, mezzo-soprano
Marcos Liesenberg, tenor
Daniel Germano, baixo-barítono
Gravado na Igreja de Nossa Senhora das Dores, em Porto Alegre, RS, nos dias 11, 12 e 13 de junho de 2004.
Trilhas sonoras e encarte gentilmente cedidos pelo nosso ouvinte Fernando Santos. Não tem preço!!

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Boa audição.

 

caravela

 

 

 

 

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Avicenna

Alma Latina: El Gran Barroco de Bolivia – Coro de Cámara Exaudi de La Habana

aaaaaaaaaO Coro Exaudi realiza todo um bordado artesanal com esta obra, carregada de um fortíssimo componente artístico e de um cuidado extremo pelo detalhe.

O timbre agudo dos indígenas consegue um contraponto nada habitual com os instrumentos barrocos, que produzem um resultado preciosista. Roque Ceruti, o autor mais interpretado nesta apresentação, nasceu em Milão, e trouxe consigo a grande influência de Monteverdi.
(traduzido e adaptado da internet)

Roque Ceruti (Milan, ca. 1685 – Lima, 1760)
01. Laudate pueri Dominum – Salmo 112 a seis con dos violines y bajo
Anónimo (Chuquisaca y Cusco, con bajones hacia 1650)
02. Dixit Dominus – Salmo 109 para el Oficio de Vísperas, a dos coros con bajones
Roque Ceruti (Milan, ca. 1685 – Lima, 1760)
03. Hoy la tierra produce una rosa – Vilancico a quatro a la Natividad de Na. Señora
Anónimo (Chuquisaca y Cusco hacia 1670)
04. Cierto es – Dúo para Nuestra Reina y Señora
Anónimo (1º mitad del siglo XVII)
05. Desde un laurel frondoso – Cantada a dúo con violines
Anónimo (1º mitad del siglo XVII)
06. Miserere mei, Deus – Salmo 50 para el Oficio de Laudes del Jueves Santo
Anónimo (principios del s. XVIII)
07. ¿A quién no mueve a dolor? – Solo para desagravios. Tonada sacra
Roque Ceruti (Milan, ca. 1685 – Lima, 1760)
08. ¿A dónde, remontada mariposa? – Vilancico a dúo, con violines y bajo
Roque Ceruti (Milan, ca. 1685 – Lima, 1760)
09. ¿Quien será?  ¿Quien será? – Vilancico a tres, al Santíssimo
Anónimo (Chuquisaca, año de 1722)
10. A este festejo y concurso – Juguete de Navidad. Dúo del 5º Tono

El Gran Barroco de Bolivia – 2006
Coro de Cámara Exaudi de La Habana & Capilla Virreinal de Lima & Solistas Instrumentales de La Habana
Regência: Maria Felícia Pérez

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Companhia+Telephonica+Brasileira+1956

 

 

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Avicenna

Alma Latina: Domenico Zipoli (1688 – 1726): Bolivian Baroque: Music from the Missions of the Chiquitos and Moxos Indians

Screen Shot 2016-05-10 at 10.39.07 AMOs missionários jesuítas, vindos da Espanha e da Itália, estabeleceram suas primeiras missões na Bolívia em Chiquitos (entre 1691 e 1767) e em Moxos (entre 1681 e 1767).

Em 1991 a UNESCO declarou seis dessas missões como Patrimônio Cultural da Humanidade. Durante a restauração dos templos de várias dessas cidades, nos anos 70, aproximadamente 10.000 folhas de música barroca dos séculos XVII e XVIII foram descobertas dentro dos templos. E a humanidade então descobriu o gênio Domenico Zipoli, considerado um dos maiores compositores de música sacra da América Latina dos séculos XVII e XVIII.

Em Santa Cruz de la Sierra foi também fundada a APAC (Asociación Pro Arte y Cultura) para promover a cultura e a tradição dessa região. Nos anos pares a APAC organiza  o Festival Internacional de Música Renacentista y Barroca Americana, nas missões de Chiquitos.  Veja mais em: http://www.festivalesapac.com, e conheça mais sobre as missões na Bolívia em http://www.boliviabella.com/baroque-music-festival.html.

Esta gravação é um dos mais ambiciosos projetos do Florilegium Ensemble: gravar a música barroca boliviana na Catedral de Concepción, no meio da floresta boliviana, com 4 solistas locais, selecionados e treinados pelo maestro Ashley Solomon. A maioria das peças abaixo foi recentemente descoberta em uma cripta da Catedral de Concepción, e datam de 1707.

Domenico Zipoli (1688 – 1726) – Os jesuítas da época usavam o Beatus Vir para ensinar e treinar os nativos a cantar.
1. Beatus Vir 1. Beatus Vir
2. Beatus Vir 2. Exortum Est
3. Beatus Vir 3. Incundus Homo
4. Beatus Vir 4. Pecator Videbit
5. Beatus Vir 5. Gloria Patri
6. Beatus Vir 6. Sicut Erat

Anonymous (Séc. XVIII)
7. Sonata Chiquitana XVIII 1. Allegro
8. Sonata Chiquitana XVIII 2. Andante
9. Sonata Chiquitana XVIII 3. Presto
10. Aqui Ta Naqui Iyai
11. Chapie, Iyai Jesu Christo

Domenico Zipoli (1688 – 1726)
12. In Hoc Mundo 1. Sonata
13. In Hoc Mundo 2. Recitative
14. In Hoc Mundo 3. In Te Spero
15. In Hoc Mundo 4. Recitative: Eia Iohannes
16. In Hoc Mundo 5. Tune Iectus Organis

Anonymous (Séc. XVIII)
17. La Folia 1. Allegro
18. La Folia 2. Largo
19. La Folia 3. Alegro
20. In Hoc Mensa Novi Regis – Aria
21. Motet Caima: Iyai Jesus 1. Sonata
22. Motet Caima: Iyai Jesus 2. Recitative Caima
23. Motet Caima: Iyai Jesus 3. Acuacirica Inema
24. Pastoreta Ychepe Flauta 1. Untitled
25. Pastoreta Ychepe Flauta 2. Allegro
26. Pastoreta Ychepe Flauta 3. Adagio
27. Pastoreta Ychepe Flauta 4. Alegro
28. Ascendit Deus In Jubilatione – Aria
29. Exaltate Regem Regum

Henry Villca Suntura (Séc. XX)
30. Improvisation

Bolivian Baroque: Music from the Missions of the Chiquitos and Moxos Indians – 2005
Florilegium Ensemble & Bolivian Soloists – Regente: Ashley Solomon

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balão

 

 

 

 

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Boa audição!

Avicenna

Brasil 500 Anos – Quadro Cervantes

Captura de Tela 2017-09-27 às 15.11.22Considerado pela crítica especializada como um dos melhores conjuntos brasileiros de música antiga, o Quadro Cervantes apresenta um CD em homenagem aos 500 anos do descobrimento do Brasil. Escolhido cuidadosamente, o repertório do disco reflete quatro momentos estilísticos da história musical luso-brasileira.

Com instrumentos de época. On period instruments.

O Quadro Cervantes utiliza urna série de instrumentos que são cópias fieis (o máximo possível) de exemplares da época. Em alguns casos, porém, a fidelidade absoluta é impossível, por não existir mais exemplares da época. Um exemplo é a vielle empunhada por Mário Orlando – este tipo de instrumento é reproduzido por fabricantes modernos a partir da iconografia. Também, apesar de seguir, quando possível, as práticas instrumentais dos diversos períodos estilísticos da música antiga, em alguns momentos o conjunto se dá o direito de inovar, uma vez que não existe a possibilidade de autenticidade total.

Captura de Tela 2017-09-27 às 15.12.43Atualmente integram o conjunto: Clarice Szajnbrum (soprano), Helder Parente (flautas, baixo e percussão) – Professor de Percepção Musical e Prosódia da UNI-Rio, Mário Orlando (vielle, viola da gamba, flautas, contratenor e percussão) – Diretor Musical do Conjunto de Música Antiga da UFF, e Nícolas de Souza Barros (alaúdes, guitarras renascentista e barroca, violão, coro e percussão) – Professor de Violão Erudito e Música de Câmara da UNI-Rio.

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SÉCULO XIII – Portugal – Cancioneiro Martin Códax
01. Mandad’ei comigo
02. Ondas do mar de Vigo
03. Mia irmana fremosa

SÉCULO XVI – Portugal e Espanha
Luís Milan (Espanha, c.1500-c.1561)
04. Falai miña amor
05. Fantasia 22
Cancioneiro de Hortência, Portugal, séc. XVI
06. Que é q’ vejo
07. Sempre fiz vossa vontade
Diego Ortiz (Espanha, c.1510–c.1570)
08. Recercada Quarta
Cancioneiro de Hortência, Portugal, séc. XVI
09. Ia dei fim
Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa
10. Não tragais borszeguis pretos
Luís Milan (Espanha, c.1500-c.1561)
11. Perdido teñyo mi color
Diego Ortiz (Espanha, c.1510–c.1570)
12. Quinta pars
Cancioneiro da Biblioteca Nacional de Lisboa
13. Na fomte está Lianor
Cancioneiro de Hortência, Portugal, séc. XVI
14. Señora bem poderey

SÉCULOS XVII e XVIII – Portugal e Brasil
Manuel Rodrigues Coelho (Portugal, 1582-1647)
15. Segundo verso do primeiro tom
Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
16. Beata Virgo

SÉCULO XIX – Modinhas e Lundus Brasileiros
Antonio da Silva Leite (Portugal, 1759-1833)
17. Amor concedeu-me um prêmio
Anônimo (modinha imperial coligida por José Maria Neves)
18. Estas lágrimas
Xisto Bahia (1841 – 1894)
19. Iaiá, você quer morrer?
Anônimo (modinha imperial coligida por José Maria Neves)
20. Sinto-me aflita
Danças populares brasileiras recolhidas por Spix & Martius, 1819
21. Lundu
Anônimo (modinha imperial coligida por José Maria Neves)
22. Ausente, saudoso e triste
Anônimo (modinha imperial coligida por Mário de Andrade)
23. Hei de amar-te até morrer
F. M Fidalgo, 1900
24. La no Largo da Sé

Brasil 500 Anos – 2000
Quadro Cervantes
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Um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

Boa audição.

motorola

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Alma Latina: Domenico Zipoli (1688-1726) – Les Vêpres solennelles de Saint-Ignace – Ensemble Elyma

Domenico ZipoliCaptura de Tela 2017-09-27 às 15.29.15
Vépres de San Ignacio

Ensemble Elyma
Coro de Niños Cantores de Cordoba

Domenico Zipoli (Prato, Itália, 1688 – Córdoba, Argentina, 1726) foi um padre jesuíta, compositor, cravista e organista da Itália. Foi aluno de Alessandro Scarlatti e Bernardo Pasquini e trabalhou na Igreja de Jesus em Roma. Como jesuíta ele se voluntariou para trabalhar nas Reduções do Paraguai onde sua experiência musical muito ajudou a desenvolver os talentos musicais naturais dos Guaranís. Ele é lembrado como o mais completo músico dentre os missionários Jesuítas. Sua reputação na Europa é baseada na sua música para cravo e órgão e deixou uma importante contribuição para a música sacra da América do Sul.

Gabriel Garrido é um regente argentino especializado em recuperar a herança musical barroca da América Latina. A partir de 1977 tornou-se professor no Conservatoire de Musique de Genève onde, em 1981, fundou o Ensemble Elyma. Em 1992 começou a gravar as primeiras gravações fundamentais das séries Les Chemins du Baroque para o selo francês K617.

Palhinha: ouça: 06. Serve Bone

Domenico Zipoli (1688 – 1726)
Les Vêpres solennelles de Saint-Ignace
01. Deus In Adjutorium – Domine Ad Adjuvandum
02. Domine Quinque / Dixit Dominus
03. Euge Serve / Confitebor Tibi Domine
04. Fidelis Servus / Beatus Vir
05. Beatus Ille Servus / Laudate Pueri Dominum
06. Serve Bone / Laudate Dominum
07. Iste Confessor
08. Hic Vir / Magnificat
09. Ichepe Flauta
10. Te Deum Laudamus

Vêpres de Saint-Ignace – 1992
Ensemble Elyma & Coro de Niños Cantores de Cordoba
Gabriel Garrido, regente
Série Les Chemis du Baroque * Réductions Jésuites de Chiquitos

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Boa audição.

Captura de Tela 2017-09-27 às 15.30.42

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Cantata BWV 4 & Cantata BWV 80 – J. S. Bach – Gesualdo Consort

Cantata BWV 4 para o 1º dia da Festa de Páscoa
Cantata BWV 80 para a festa da Reforma (31 de outubro)
Johann Sebastian Bach (1685-1750)

Captura de Tela 2017-09-26 às 18.10.04Dia desses eu, monge Ranulfus, quis mostrar a um amigo um “aleluia” que considero muito mais exuberante que o famosíssimo do “Messias” de Handel: o do final da 1ª estrofe da Cantata 4 de Bach. Saí a procurar no YouTube uma versão com algum coral volumoso, pois me parecia mais apropriado, quando topei com esta onde o quarteto de solistas faz ele mesmo as partes corais. Resolvi dar uma espiada bastante desconfiada e aí… pimba: fui fisgado!

Isso mesmo, senhores: viciei desavergonhadamente. Passei a OUVER várias vezes por dia; parar no meio do serviço para uma dose; faz quase uma semana, acordo no meio da noite com os clamores do tenor ou do baixo que proclamam a derrota vergonhosa da morte… e o surto não cede. Ainda bem que o amigo Avicenna, apesar ser um cientista muçulmano, como todos sabem, veio em socorro do monge, tomando providências no sentido de espalhar o surto numa população maior, para ver se arrefece um pouco nesta pobre e deliciada vítima. Funcionará? Ou terminará todo mundo igualmente doido?

Enfim: temos aqui dois fantásticos exemplos das chamadas “Choralkantaten” do pai do PQP – com o que não se quer dizer que sejam cantadas por um coral no sentido de conjunto de vozes, e sim que sejam inteiramente baseadas em um coral no sentido de hino luterano – e aqui em sentido duplamente literal: tanto a letra quanto a melodia dos hinos-base das duas cantatas estão entre as dezenas de autoria do próprio Lutero, sendo sem dúvida o mais conhecido o da Cantata 80, “Ein feste Burg ist unser Gott” (usualmente traduzido em português como “Castelo forte é nosso Deus”), que no século 19 o poeta Heinrich Heine chamou de “A Marselhesa da Reforma”. Reforma que, a propósito, completou seus 496 anos neste 31 de outubro (ontem), o que seria um bom pretexto para esta postagem – caso ela precisasse de algum!

Não bastasse, são exemplos de dois tipos diferentes de Choralkantaten: a de nº 80 traz material temático complementar, inventado pelo próprio Bach – e por belíssima que seja (gosto especialmente do solo de soprano, 4º movimento), não a comentarei mais. Quem quiser o texto original e uma boa tradução ao inglês acha aqui.

Confesso que a Cantata 4 me fascina mais: não existe nela uma única frase melódica que não seja derivada da melodia do hino, o que resulta numa combinação da textura contrapontística bachiana com uma atmosfera muito mais antiga – talvez possamos dizer “gótica”, com todas as ressonâncias que essa palavra ganhou desde a época do Romantismo – para o que colabora decisivamente o tema: a Morte, representada mais ou menos como um tirano, e sua derrota por uma espécie de herói de cavalaria chamado Cristo. Cada uma das 7 estrofes repete um trajeto da escuridão e opressão para a luz e a vitória, culminando em seu próprio “aleluia”. (Texto e versão inglesa aqui).

E aqui sugiro que vocês não deixem de apreciar o vídeo desta realização do Gesualdo Consort de Amsterdã. Uma, pela própria beleza dos instrumentos, como o “violone” que nós chamaríamos de contrabaixo, e os 3 trombones e o corneto que reforçam as vozes nas partes corais – este último um fantástico instrumento de madeira preta, com buracos como a flauta doce, tubo cônico como um sax soprano, bocal como um trompete, e o som mais doce que já conheci na Terra – de uma doçura dourada como mel.

Mas, além disso, pelo reforço que a imagem da atuação física dos cantores traz aos sons, que por sua vez são como gestos muitas vezes dramáticos no mundo do Imaginário – como nos versos 4-7 do solo do tenor, que dizem que Cristo “tomou da morte sua jurisdição e prepotência, não deixou NADA (NICHTS – pausa dramática) senão uma aparência de morte: seu ferrão, ela o perdeu”. Ou no verso 7 do solo do baixo: “der Wüüüüür…ger [o carrasco] pode nos não!… não!… não!… não mais fazer mal”. Sem falar do tocante dueto logo após o coro inicial – onde a barba do contralto-contratenor traz um contraponto hoje em dia inusitado às alturas por onde passeia sua voz.

Apesar de concebida para a Páscoa, a Cantata 4 me parece extraordinariamente adequada para amanhã, Dia de Finados – e assim esta nossa postagem conjunta se equilibra aqui, entre Finados e Reforma… junto com Todos os Santos.

Palhinha: veja a integral, com 6 minutos de preleção em holandês e uma peça em órgão de 4 minutos (Koraalbewerking ‘Ein Feste Burg ist Under Gott’ BWV 720 (orgel solo), não presentes nos links abaixo para download.

(1 a 8) Cantata BWV 4 para o 1º dia da Festa de Páscoa:
I. Sinfonia
II. Chor Versus I – Christ lag in Todesbanden
III. Duett (Sopran, Contralt) Versus II – Den Tod niemand zwingen kunnt
IV. Arie (Tenor) Versus III – Jesus Christus, Gottes Sohn
V. Chor Versus IV – Es war ein wunderlicher Krieg
VI. Arie (Bass) Versus V – Hier ist das rechte Osterlamm
VII. Duett (Sopran, Tenor) Versus VI – So feiern wir das hohe Fest
VIII. Choral Versus VII – Wir essen und leben wohl

(9 a 16) Cantata BWV 80 para a festa da Reforma (31 de outubro):
I. Chor – Ein feste Burg ist unser Gott
II. Duett (Sopran, Bass)
III. Rezitativ (Bass) – Erwäge doch, Kind Gottes, die so grosse Liebe
IV. Arie (Sopran) – Komm in mein Herzenshaus
V. Choral – Und wenn die Welt voll Teufel wär
VI. Rezitativ (Tenor) – So stehe
VII. Duett (Contralt Tenor) – Wie selig
VIII. Choral – Das Wort, sie sollen lassen stahn

Gesualdo Consort – 2012

Dorothee Mields, soprano
Terry Wey, alto (contratenor)
Charles Daniels, tenor
Harry van der Kamp, baixo
Pieter-Jan Belder, direção geral e cravo
Leo van Doeselaar, órgão
Gesualdo Consort Amsterdam o.l.v. Harry van der Kamp
Musica Amphion o.l.v. Pieter-Jan Belder e Rémy Baudet

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Boa audição.

Captura de Tela 2017-09-26 às 18.11.00

 

 

 

 

 

 

 

Texto – Monge Ranulfus
Lay-out & Mouse Conductor – Avicenna

Livro “Uma grande glória brasileira: José Maurício Nunes Garcia”, de Alfredo Taunay (Visconde de Taunay)

rhtwrhtrJOSÉ MAURÍCIO POR ALFREDO TAUNAY

Alfredo Maria Adriano d’Escragnolle Taunay (Rio de Janeiro, 22/02/1843 – 25/01/1899), mais conhecido como Visconde de Taunay, foi o escritor responsável pelo primeiro livro dedicado a um dos mais significativos compositores brasileiros: o Padre José Maurício Nunes Garcia (Rio de Janeiro, 22/09/1767 – 18/04/1830). Mas foi uma longa história até esse livro chegar às lojas e até nós.

Alfredo Taunay não conheceu Nunes Garcia, pois nasceu 13 anos após o falecimento desse compositor sacro, mas vivenciou um período no qual sua música ainda era bastante executada nas cerimônias religiosas nas igrejas do Rio de Janeiro. Encantado com as composições do padre mestre, Taunay empreendeu várias iniciativas para tentar salvá-la do esquecimento, entre elas uma campanha para tentar imprimi-las, na década de 1890, mas que resultaram apenas na impressão de seu Requiem de 1816, pela Casa Bevilacqua, em 1897.

Mas essa campanha teve alguns outros resultados: outra das importantes ações de Alfredo Taunay foi a realização de intensas pesquisas biográficas sobre José Maurício Nunes Garcia, que resultaram em vários artigos publicados no Rio de Janeiro, especialmente na Revista Brasileira, entre 1895-1896, e no Jornal do Comércio, entre 1896-1898.

Três décadas após o falecimento do Visconde de Taunay, seu filho, o historiador catarinense Afonso d’Escragnolle Taunay, resolveu organizar os inúmeros artigos do pai sobre José Maurício Nunes Garcia, para publicá-los em um único volume, por ocasião do centenário do falecimento do compositor carioca, em 1830. O enorme trabalho de Afonso Taunay, que requereu ainda a consulta de outros textos sobre o assunto, para completar lacunas e corrigir imprecisões, resultou no livro Uma grande glória brasileira: José Maurício Nunes Garcia (São Paulo: Melhoramentos, 1930).

No mesmo ano, Afonso Taunay e o editor Walther Weiszflog também uniram a esse livro os textos que Alfredo Taunay havia escrito sobre o compositor de óperas Antônio Carlos Gomes (Campinas, 11/07/1836 – Belém, 16/09/1896), para lançar, no mesmo ano, o livro Dois artistas máximos: José Maurício e Carlos Gomes (São Paulo: Melhoramentos, 1930). Esses dois livros ajudaram a reacender o interesse sobre Nunes Garcia e Carlos Gomes, demonstrando que somente as ações apaixonadas de homens como os que trabalharam nessas edições são capazes de preservar a memória musical brasileira do esquecimento, pois quase nenhum setor nos nossos sistemas de governo são conscientes da importância dessa preservação.

Uma grande raridade, o livro Uma grande glória brasileira: José Maurício Nunes Garcia, de Alfredo Taunay (Visconde de Taunay), organizado por seu filho Afonso Taunay em 1930, foi digitalizado pela primeira vez pelo Avicenna do PQP Bach, a partir do seu exemplar pessoal, e agora disponibilizado online, em um mais um gesto característico do seu altruísmo e interesse na difusão do patrimônio histórico-musical brasileiro. Com isso podemos usufruir um raro texto escrito no final do século XIX sobre o compositor brasileiro José Maurício Nunes Garcia, que requereu muitas mãos e muita dedicação para chegar até nossa casa como um presente.

Valeu, Seu Alfredo, Seu Afonso e Seu Avicenna, os três grandes ‘A’s que nos ajudaram a manter vivo no Brasil o interesse pela música de José Maurício Nunes Garcia, um dos maiores compositores brasileiros e latino-americanos de nossa história, e um dos mais importantes autores de música sacra em todo o mundo!

Prof. Paulo Castagna
[email protected]

_----------hklhjkhLivro “Uma grande glória brasileira: José Maurício Nunes Garcia”

Autor: Alfredo Maria Adriano d’Escragnolle Taunay (Rio de Janeiro,1843-1899), mais conhecido como Visconde de Taunay.

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Saiba muito mais sobre a vida e obra de José Mauricio no site www.josemauricio.com.br/

Avicenna

PS: –  Personagem importante desta história é o nosso amigo e colega Bisnaga. Ele comprou este livro num sebo online e deu como endereço o da minha casa !  Valeu, Seu Bisnaga!!!

Alma Latina: Roque Ceruti (c.1685-1760) – Vêpres Solennelles de Saint-Jean Baptiste – La Plata

Captura de Tela 2017-09-25 às 14.15.40Roque Ceruti (c.1685-1760)
Vêpres Solennelles de Saint-Jean Baptiste
La Plata

Los salmos de vísperas

Este programa es mucho más que las “vísperas de Ceruti”, pero las obras de este compositor forman la columna dorsal del proyecto. Ceruti viajó a Lima como parte del séquito del virrey marqués de Castelldosrius en 1707. Llegó para quedarse. Fue maestro de capilla en Trujillo, al norte del Perú, de donde fue llamado para suceder a Tomás de Torrejón y Velazco en el magisterio de capilla de Lima (1728). Permaneció al frente de la capilla de la catedral hasta su muerte en 1760.

Su música influenció decisivamente la de Lima y los otros centros coloniales: el maestro italiano la distribuyó por correo, enviándola a los principales centros virreinales, a cambio de otras piezas o para obtener un dinero extra de la venta. A partir de Ceruti, el estilo italiano del Barroco Tardío fue paulatinamente aceptado, y terminó por convertirse en el principal y más prestigioso referente musical durante la segunda mitad del siglo XVIII.

Los salmos y Magnificat de estas vísperas son un buen ejemplo del arte del italiano: música efectiva, brillante y adecuada a la liturgia que sigue las convenciones italianas de c. 1710. Tipico del compositor – que era violonista- es un empleo más interesante de los violines que de las voces. De vez en cuando, su inspiración está a la altura de su técnica, y resultan movimientos excepcionalmente atractivos: así ocurre, por ejemplo, con el verso Judica bit in nationibus, del Dixit Dominus.

Ceruti, dijimos, no es la única personalidad relacionada con las vísperas. Los manuscritos revelan el modus operandi habitual del maestro de capilla local de la época, Eustaquio Franco Revollo. Franco era mejor cantante que compositor: prefirió adquirir piezas ajenas y arreglar repertorio más antiguo que componer obras nuevas. Las vísperas caen dentro de la segunda categoría. Por lo menos el Magnificat de este juego ya pertenecía al repertorio de la catedral, por cuanto dos de sus movimientos fueron utilizados por Blas Tardío (m. 1762) para compilar un villancico a la Virgen (Naced antorcha brillante); es posible que los tres salmos también hubieran sido incorporados al repertorio antes de que Franco asumiera el cargo.

Captura de Tela 2017-09-25 às 14.16.37El juego parece, en realidad, fruto de reunir obras originalmente separadas. Uno de los salmos, el Beatur vir, aparece también en el Archivo del Seminario de San Antonio Abad de Cusco, mismo archivo de Sucre, en una copia anterior a la de las vísperas. El juego mismo fue copiado en dos etapas distintas (el Dixit Dominus antes, el resto de los número después): así lo prueban, sin lugar a dudas, los detalles de caligrafía y papel de las particelas del único juego que tenemos. La copia fue concluida en julio de 1775, cuando la catedral pagó nueve pesos por resma y media de papel y 25 pesos al copista Matías de Baquero y Aguilar por su trabajo en “los Salmos y tonos”.

Pero Franco no se limitó a copiar juntas obras que pueden haber estado separadas, sino que las amplificó. Los originales pueden haber sido a dos y tres coros. La versión a cuatro coros parece fruto de una delicada operación quirúrgica, por la cual se le añadieron voces a obras ya completas para agrandar su sonoridad hasta extremos nunca escuchados en la catedral. El cuarto coro presenta disonancias y errores en la conducción de las voces en cantidad tal, que delata la intervención de una mano distinta a la del compositor. Que se trate de errores de copia queda descartado por la seguridad que en general exhiben los copistas en el resto de las obras. Ahora bien, el mismo tipo de problemas aparece en la música conocida de Franco, lo cual lo señala como autor del arreglo.

La ambición sonora de Franco probó ser demasiada para las posibilidades del medio local. A poco tiempo de realizadas las copias, hubo otra revisión de los manuscritos, esta vez por medio de parches de papel y agregados en los espacios en blanco, con versiones alternativas. Se trata de modificaciones en las partes de violines, por las cuales se agregó música para que tocaran en lugar del coro 4. La caligrafía delata al autor de este segundo arreglo: Manuel Mesa y Carrizo, el más importante de los compositores locales del momento.

Copias de fines de siglo XVIII, del Beatus vir y del Laudate Dominum, cada uno por separado, revelan que el reemplazo del cuarto coro por los violines fue definitiva, y que por lo menos estos salmos eran utilizados fuera del juego compilado por Franco. Todavía a principios del siglo XIX, el maestro de capilla Matías de Baquero y Aguilar -quien treinta años antes había actuado como copista del juego- continuaba utilizando el juego completo: de su puño y letra se conserva una indicación en la portada con una lista de seises o niños de coro que corresponde a 1804, el año en que ganó el cargo.

(extraido do encarte)

Palhina: ouça 04. Ex utero senectutis / Beatus vir

Roque Ceruti – Vepres Solennelles de Saint-Jean Baptiste
Anónimo – Missions jésuites de Juli (Pérou)
01. Deus in adjutorium
Cathédrale de Sucre / Roque Ceruti (Milan, ca. 1685 – Lima, 1760) & Eustaquio Franco Rebollo (Revollo) (?-1786)
02. Ipse praebit ante illum / Dixit Dominus
Antonio Martín y Coll (Espagne, died c. 1734)
03. Joannes est nomen eius / Confiteor tibi Domine
Roque Ceruti (Milan, ca. 1685 – Lima, 1760) & Eustaquio Franco Rebollo (Revollo) (?-1786)
04. Ex utero senectutis / Beatus vir
Jose Elias (Madrid, ?)
05. Iste puer magnus / Laudate Pueri Dominum
Roque Ceruti (Milan, ca. 1685 – Lima, 1760) & Eustaquio Franco Rebollo (Revollo) (?-1786)
06. Nazareus vocabitur / Laudate Dominum
Juan de Araujo (Villafranca, Spain 1646 – Chuquisaca, Bolívia 1712)
07. Ut queant laxis
Roque Ceruti (Milan, ca. 1685 – Lima, 1760) & Eustaquio Franco Rebollo (Revollo) (?-1786)
08. Ingresso Zacharia / Magnificat
Roque Jacinto de Chavarría (1688-1719) & Blas Tardío de Guzmán (Bolívia, c.1750)
09. Afuera densas sombras
10. Benedicamus Domino Deo Gratias
Anónimo – Cathédrale de Sucre
11. Salve Regina

Roque Ceruti – Vepres Solennelles de Saint-Jean Baptiste – 1998
Coro de Niños Cantores de Córdoba
Ensamble Louis Berge
Ensemble Elyma
Maestro Gabriel Garrido

Festival Internacional de Música Renacentista y Barroca Americana
Misiones de Chiquitos

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Outro CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

Boa audição.

Catedral da Sé, São Paulo, SP, Brasil
Catedral da Sé, São Paulo, SP, Brasil

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

.: interlúdio :. The Rat Pack (Frank Sinatra, Dean Martin & Sammy Davis Jr.)

ratpack Certa vez Lauren Bacall, irritada com os constantes bebuns que seu marido, Humphrey Bogart, tomava com os amigos, principalmente com Frank Sinatra, Dean Martin e Sammy Davis Jr., exclamou: “Vocês parecem um maldito bando de ratos” (You look like a goddamn rat pack).

Pronto, foi o estopim para a formação do famoso grupo vocal “The Rat Pack”, e a Lauren Bacall ficou sendo a madrinha.

Gravaram bem humorados LPs, filmes e apresentaram shows inesquecíveis.

A seguir, algumas apresentações do “The Rat Pack”, celebrando o 100º aniversário do unforgettable Ol’ Blue Eyes.

Mais sobre Frank Sinatra, AQUI.

The Rat Pack
01. I Left My Heart in San Francisco
02. I’ve Got You Under My Skin
03. That Old Black Magic
04. Night And Day
05. What Kind Of Fool Am I
06. Sam’s Song
07. Oo-Shoo-Be-Doo-Be
08. Dream A Little Dream Of Me
09. The Lady is a Tramp
10. Bewitched, Bothered and Bewildered
11. Let’s Fall in Love
12. Come fly with me
13. You’re Nobody Till Somebody Loves You
14. Mack The Knife
15. My Funny Valentine
16. That’s Amore
17. Volare
18. You’ll never get rid of me

https://youtu.be/wz1DPR5EDqM

The Rat Pack (Frank Sinatra, Dean Martin & Sammy Davis Jr.) – anos 60

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MP3 +/- 192 kbps | 57 MB

Powered by iTunes 12.3.1 | 54 min |

Boa audição.

Frank_Sinatra_100

Avicenna

Alma Latina: Segundo Festival de Música Renacentista y Barroca Americana, Misiones de Chiquitos vol. II

Capa-solo-WEBSegundo Festival de Música Renacentista y Barroca Americana
Misiones de Chiquitos
vol. II
1998

El material aquí presentado es tan solo una pequeña muestra de lo que fue el II Festival “Misiones de Chiquitos”. Las obras seleccionadas para los dos CDs sirven para documentar el desarrollo de música occidental en todos los mayores centros de su presencia en la Américas, desde los primeros años de su establecimiento hasta bien estrado siglo XIX.

La contribución del ambiente en la formación y desarrollo de los estilos musicales ha sido abundante. Una de las cosas sobresalientes en este documento es el spectrum y la originalidad del material incluído. Al lado de las tradiciones catedralicias, misionales o monásticas contamos con una impresionante contribución del medio de donde proviene la música.

Hablando tan solo de la letra de las obras, hay textos no solo en latín y español (propios al ambiente urbano) sino que muchos de ellos se sirvieron de lenguas originarias (ambiente de las misiones), como por ejemplo: maya, qheshwa, chiquitano, moxo o mapuche.

Los conciertos del Festival incluyeron obras de los múltiples archivos musicales americanos que poseen la música de la época de la Colonia: Puebla, Oaxaca, México, Guatemala (San Juan Ixcoi, la Catedral), Cuba, Santa Fé de Bogotá, Lima, Cuzco, Trujillo, La Plata (hoy Sucre), Tarija, las misiones de Chiquitos, Moxos, Guarayos y Mapuches, Minas Gerais, Rio de Janeiro y Bahía. Además, se presentaron, también, cantos de los anónimos sefardíes, un corpus de música instrumental y obras de los compositores de España, Italia, Alemania e Inglaterra.

El arreglo de los 2 CDs refleja la riqueza de estos programas, aunque no todo ha sido posible encerrar en ellos. Las grabaciones se las hizo en vivo, sin posibilidad alguna de repetición o corrección. El fin que hemos buscado ha sido producir un documento sonoro del Festival.

(Piotr Nawrot s.v.d. Festival “Misiones de Chiquitos” Director Artístico)

Ensemble Louis Berger. Maestro Ricardo Massun (Argentina)
Fray Esteban Ponce de León (Perú, ca.1692-175¿?)
01. Veni, venid Deidades (Opera – Serenata)

De Profundis Ensemble Vocal e Instrumental & Marcela Redalli. Maestrina Cristina Garcia Banegas (Uruguay)
Fr. Juan Pérez de Bocanegra (Cusco, ca. 1610)
02. Hanac Pachap Cussi Cuinin (A felicidade dos céu) – Himno procesional a la Virgen en lengua quechua
Anónimo, España
03. Con qué la lavaré
Anónimo
04. Diferencias
Manuel José de Quirós (Guatemala, ? – 1765)
05. Luzid, fragante Rosa

Capilla Virreinal de la Nueva España. Director: Aurelio Tello (México)
Gaspar Fernández (Portugal, 1570?- Puebla, Mexico, 1629)
06. Eso rigor e repente (Oaxaca)
Manuel de Sumaya (Manuel de Zumaya) (Mexico, c.1678-1755)
07. Como aunque culpa (Oaxaca)
Alfonso Mallén (? – ?)
08. Como chamorro es el alcaide (Puebla)

Grupo Vocal Contrapunto (Bolivia)
Tomás Luis de Victoria (Spain, 1548-1611)
09. Ave Maria

Música Ficta. Mastro Carlos Serrano (Colombia)
Manuel Blasco (Ecuador, Quito c1628 – c1696)
10. Versos al órgano con dúo para chirimías
Juan Antonio Vargas y Guzmán (México, 1776)
11. Sonata no. 1 em La mayor

Grupo Zarabanda. Maestro Alvaro Marías (España)
Georg Philipp Telemann (Alemanha, 1681-1767)
12. Trío en Fa mayor 1. Vivace
13. Trío en Fa mayor 2. Maesto
Anónimo. Sonata no. 4
14. Sonatas ‘Chiquitanas’, AMCH 264 – Allegro
Georg Philipp Telemann (Alemanha, 1681-1767)
15. Dúo en Re menor 1. Largo
16. Dúo en Re menor 2. Vivace

Carlos Enrique Marchena, guitarra (Perú)
Anónimo, Lima, siglo XVIII
17. Giga en Re mayor
Anónimo
18. Cuaderno de Música para Vihuela

Segundo Festival de Música Renacentista y Barroca Americana, Misiones de Chiquitos vol. II
Santa Cruz de la Sierra, Bolivia, 1998

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XLD RIP | FLAC 353,0 MB |

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MP3 | 320 kbps | 154,8 MB

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Um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. ¡¡¡ Gracias !!!

Boa audição.

rezar antes de comer

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Alma Latina: Musiques pour Aréquipa – L’Orchestre et les Chœurs de l’Ecole Municipale de Musique de Sarrebourg

Capa-Solo-WEBMusiques pour Aréquipa, Perou
L’Orchestre et les Chœurs de l’Ecole Municipale de Musique de Sarrebourg
France, 1997

A primeira sensação que marca o visitante europeu que desembarca em Cuba, no México ou na Bolívia, diz respeito à música. Uma música não confinada a raros lugares de expressão para públicos especializados, mas onipresente: nas praças, nas boates ou nas esplanadas de cafés e, claro, nas igrejas onde o som dos mariachis muitas vezes conseguiu suceder antigas missas polifônicas.

mapaA América Latina é primordialmente uma enorme paisagem sonora que combina legados distantes do entrelaçamento cultural que este continente hospeda desde o século XV. E o interesse desta gravação, fugindo da especialização, é na verdade oferecer algumas das facetas desse mundo de riqueza incomparável, agrupadas em duas rubricas de música sacra e de música tradicional secular. (extraído e traduzido do encarte)

 

 

 

Musiques pour Aréquipa
Compositeur indigene/Bolivie (atrib. siècle XVIII)
01. Misa apostoles – 1. Kyrie
02. Misa apostoles – 2. Gloria
03. Misa apostoles – 3. Credo
04. Misa apostoles – 4. Sanctus
Domenico Zipoli (Prato, Itália, 1688 – Córdoba, Argentina 1726)
05. Beatus vir (Psalme 111)
José Francisco Velásquez “El Viejo” (Caracas, 1755- 1805)
06. Nino Mio (tono de Navidad)
Guillermo Graetzer (nacido Wilhelm Grätzer, Viena 1914 – Buenos Aires 1993 )
07. Musique folklorique – La chombita se murio (Mexique)
08. Musique folklorique – En el nombre de Jose (Venezuela)
09. Musique folklorique – Yo soy la blanca paloma (Argentine)
10. Musique folklorique – Ojos azules (Chili)
11. Musique folklorique – Un negrito (Chili)
12. Musique folklorique – Soy tolimense (Colombie)
René Rojas Lucambio (Venezuela, 1928 – 2000)
13. Chansons populaires – Canto triste
14. Chansons populaires – De qué vale decirlo
Joaquín Silva-Díaz (Venezuela, 1886-1977)
15. Serenata pour violoncelle et piano
Jaime Mirtenbaum Zenamon (Bolivia, 1953)
16. Tango pour violon et guitare
Moisés Moleiro (Venezuela, 1904–1979)
17. Piano solo – Contradanza venezolana
18. Piano solo – Canción de Cuna
19. Piano solo – Tocata en do sostenido menor

Musiques pour Aréquipa – 1997
L’Orchestre et les Chœurs de l’Ecole Municipale de Musique de Sarrebourg, France
Maestro Jean-Franck Anselme

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XLD RIP | FLAC 292,4 MB

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MP3 | 320 kbps | 139,7 MB

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Um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Merci !!!

Boa audição.

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Avicenna