Continuando nossa saga, nesta terceira postagem da integral das sinfonias de Joseph Haydn (1732 — 1809), vamos compartilhar mais doze sinfonias com os amigos do blog, da vigésima quinta a trigésima sétima. A época destas sinfonias o príncipe Eszterházy havia construído, em seu suntuoso castelo em Eisenstadt, um ‘prédio exclusivo para os músicos’, em que os instrumentistas, cantores e o próprio Haydn viviam durante os movimentados meses de verão. O Kapellmeister trabalhou duro para manter seus músicos abastecidos de sinfonias originais, óperas e música de câmara seja para eventos cerimoniais ou sociais. Devido ao contrato inédito na Europa e com a moral em alta, sua reputação como compositor logo conseguiu alcançar centros musicais em outras partes do Velho Continente, provavelmente através da influência dos visitantes nas performances em Eisenstadt.
Nesta postagem, algumas sinfonias se destacam e no CD 07 temos a sinfonia 25 que é uma sinfonia “híbrida”, com uma introdução lenta no estilo sonata de igreja. A sinfonia 26 é a primeira escrita pelo mestre em tonalidade menor (ré menor), intitulada “Lamentação”, tem a estrutura de três movimentos. O agitado início com sua emocionante sincopação do começo até o lamento apaixonado do minueto, este trabalho atinge uma nota de sofrimento e desespero. Estas duas sinfonias mostram bem como Haydn foi capaz de assumir e usar as formas antigas, mesmo arcaicas, que ele herdara, enquanto as transformava com sua própria criatividade. O CD 08 começa com a linda sinfonia número 30 conhecida como “Alleluja”, o primeiro movimento lembra muito a principal linha melódica do final da sinfonia número 41 de Mozart. A sinfonia 31 é uma das maiores sinfonias que Haydn escreveu, inventiva e encantadora, nesta obra ele dá chance a cada grupo de instrumentistas a mostrar o seu talento, muito bacana. Essa era, supostamente, a maneira de Haydn sugerir ao seu patrono, o príncipe Eszterházy, que seus músicos mereciam seu apoio. No CD 09 inicia com a segunda sinfonia em tom menor escrita pelo mestre, o adagio de abertura da sinfonia 34 adota o plano de movimento lento-rápido-lento-rápido da sonata barroca, um movimento de notável beleza. A número 35 é um trabalho
mais leve. Seu movimento lento, nos lembra um dos movimentos de concerto de Mozart. Já a sinfonia número 37 é daquelas em que a numeração é completamente enganosa, uma cópia desta partitura encontrada é datada de 1758. Pode-se presumir que foi escrita para a orquestra do conde Morzin, na qual Haydn foi empregado até fevereiro de 1761. Essa sinfonia é candidata à primeira que ele deve ter escrito. Divirtam-se com mais este conjunto de sinfonias, sempre com o maestro Adam Fischer à frente da ótima Austro-Hungarian Haydn Orchestra.
Disc: 7 (Recorded June 1989 (#27), September 1990 (#25) and June 2000 (#26 & 28))
1. Symphony No. 25 in C major, H. 1/25: Adagio-allegro molto
2. Symphony No. 25 in C major, H. 1/25: Menuet & trio
3. Symphony No. 25 in C major, H. 1/25: Presto
4. Symphony No. 26 in D minor (‘Lamentatione’), H. 1/26: Allegro assai con spirito
5. Symphony No. 26 in D minor (‘Lamentatione’), H. 1/26: Adagio
6. Symphony No. 26 in D minor (‘Lamentatione’), H. 1/26: Menuet & trio
7. Symphony No. 27 in G major (‘Brukenthal’), H. 1/27: Allegro molto
8. Symphony No. 27 in G major (‘Brukenthal’), H. 1/27: Andante: siciliano
9. Symphony No. 27 in G major (‘Brukenthal’), H. 1/27: Finale, presto
10. Symphony No. 28 in A major, H. 1/28: Allegro di molto
11. Symphony No. 28 in A major, H. 1/28: Poco adagio
12. Symphony No. 28 in A major, H. 1/28: Menuet & trio, allegro molto
13. Symphony No. 28 in A major, H. 1/28: Presto assai
14. Symphony No. 29 in E major, H. 1/29: Allegro ma non troppo
15. Symphony No. 29 in E major, H. 1/29: Andante
16. Symphony No. 29 in E major, H. 1/29: Menuet & trio, allegretto
17. Symphony No. 29 in E major, H. 1/29: Finale, presto
Disc: 8 (Recorded April 2001 (#30-32) and May 2001 (#33))
1. Symphony No. 30 in C major (‘Alleluja’), H. 1/30: Allegro
2. Symphony No. 30 in C major (‘Alleluja’), H. 1/30: Andante
3. Symphony No. 30 in C major (‘Alleluja’), H. 1/30: Finale, tempo di menuet, piu tosto allegretto
4. Symphony No. 31 in D major (‘Hornsignal’), H. 1/31: Allegro
5. Symphony No. 31 in D major (‘Hornsignal’), H. 1/31: Adagio
6. Symphony No. 31 in D major (‘Hornsignal’), H. 1/31: Menuet & trio
7. Symphony No. 31 in D major (‘Hornsignal’), H. 1/31: Finale, moderato molto-presto
8. Symphony No. 32 in C major, H. 1/32: Allegro molto
9. Symphony No. 32 in C major, H. 1/32: Menuet & trio
10. Symphony No. 32 in C major, H. 1/32: Adagio, ma non troppo
11. Symphony No. 32 in C major, H. 1/32: Finale, presto
12. Symphony No. 33 in C major, H. 1/33: Vivace
13. Symphony No. 33 in C major, H. 1/33: Andante
14. Symphony No. 33 in C major, H. 1/33: Menuet & trio
15. Symphony No. 33 in C major, H. 1/33: Finale, allegro
Disc: 9 (Recorded May 2001)
1. Symphony No. 34 in D minor/D major, H. 1/34: Adagio
2. Symphony No. 34 in D minor/D major, H. 1/34: Allegro
3. Symphony No. 34 in D minor/D major, H. 1/34: Menuet & trio, moderato
4. Symphony No. 34 in D minor/D major, H. 1/34: Presto assai
5. Symphony No. 35 in B flat major, H. 1/35: Allegro di molto
6. Symphony No. 35 in B flat major, H. 1/35: Andante
7. Symphony No. 35 in B flat major, H. 1/35: Menuet & trio, un poco allegretto
8. Symphony No. 35 in B flat major, H. 1/35: Finale, presto
9. Symphony No. 36 in E flat major, H. 1/36: Vivace
10. Symphony No. 36 in E flat major, H. 1/36: Adagio
11. Symphony No. 36 in E flat major, H. 1/36: Menuetto & trio
12. Symphony No. 36 in E flat major, H. 1/36: Allegro
13. Symphony No. 37 in C major, H. 1/37: Presto
14. Symphony No. 37 in C major, H. 1/37: Menuet & trio
15. Symphony No. 37 in C major, H. 1/37: Andante
16. Symphony No. 37 in C major, H. 1/37: Presto
Rainer Küchl, violin
Wolfgang Herzer, cello
Gerhard Turetschek, oboe
Michael Werba, bassoon
Austro-Hungarian Haydn Orchestra
Conductor: Adam Fischer
Mas que danado de CD bonito, meus queridos… que dupla!!! Provavelmente uma das melhores gravações destas obras…
Dia destes o colega René Denon apresentou uma outra gravação da Primeira Sonata de Gabriel Fauré, mas essa obra é tão linda que me dá a liberdade de trazer para para os senhores uma outra possibilidade de leitura, mais antiga, mas com os então tão jovens Shlomo Mintz e Yefim Bronfman. Por algum motivo inexplicável me veio a cabeça estes versos daquela belíssima canção do Johnny Alf, imortalizada na voz de João Gilberto:
“Ah, se a juventude que essa brisa canta
Ficasse aqui comigo mais um pouco
Eu poderia esquecer a dor
De ser tão só
Pra ser um sonho”
Sim, porque o que sinto ouvindo esse CD é uma brisa soprando, empurrando a dor e o lamento para longe, ainda mais nestes tão tristes tempos em que estamos vivendo.
Gabriel Fauré viveu em um período de transformações sociais intenso, quando nasceu Chopin ainda era vivo, e quando morreu, aos 79 anos de idade, o mundo já conhecia o atonalismo e o Jazz, e recém passara por uma violentíssima Grande Guerra, que ceifou milhões de vidas. Além de compositor, Fauré foi educador e influenciou toda uma geração de músicos e compositores, vindo inclusive a receber um prêmio das mãos do Presidente francês pela sua importância na história da cultura francesa.
Então vamos deixar que estes dois excepcionais músicos nos apresentem estas belíssimas obras e nos ajudem a encarar a nossa triste realidade com um pouco mais de luz e esperança.
01. Violin Sonata op.13 – I. Allegro molto
02. Violin Sonata op.13 – II. Andante
03. Violin Sonata op.13 – III. Allegro vivo
04. Violin Sonata op.13 – IV. Allegro quasi presto
05. Violin Sonata op.108 – I. Allegro non troppo
06. Violin Sonata op.108 – II. Andante
07. Violin Sonata op.108 – III. Final. Allegro non troppo
Pessoal, depois de um tempão novamente volto a postar algumas das grandes gravações do imenso maestro que foi Leopold Stokowski (1882 – 1977). Esta que é a sétima parte da mini biografia do “hómi” se estende no período de 1940 até 1954. O contrato de Stokowski com a Philadelphia Orchestra expirou na virada de 1940. Então, ele anunciou a criação de uma nova orquestra a All-American Youth Orchestra. Stokowski fez um teste com cerca de 1000 jovens músicos já pré-selecionados de todas as partes dos Estados Unidos, selecionando 90 jovens. Stokowski ainda mesclou músicos experientes da Orquestra da Filadélfia. Nesta postagem AQUInós descrevemos as peripécias de Leopold e sua jovem orquestra na América do Sul em 1940. As performances de Stokowski em 1940 com esta orquestra eram geralmente novas e excitantes e bem recebidas pelos críticos.
Com a renúcia de Toscanini, Leopold Stokowski subiu ao posto da NBC Symphony para realizar a temporada de 1941-1942. Esta nomeação de Stokowski foi salutar para os concertos da NBC Symphony, não só por causa de suas grandes habilidades de condução, mas também por sua programação tipicamente inovadora, Stokowski fez a estréia americana da cantata sinfônica de Prokofiev, “Alexander Nevsky” , trechos da ópera de Prokofiev, “The Love for Three Oranges” , com apenas duas décadas, a suíte “Firebird” de Stravinsky, o balé de “Ramuntcho” de Deems Taylor, “The Planets” de Gustav Holst, várias orquestrações de Bach e Chopin. Muitas dessas performances também foram gravadas pela RCA Victor. O Departamento do Tesouro dos EUA pediu ao maestro para conduzir uma série de concertos beneficentes de guerra Stokowski então realizou uma série de concertos entre 1943 e 1944, incluindo 25 transmitidos por ondas curtas para entreter as tropas.
Em 1944, o prefeito da cidade de Nova York, Fiorello La Guardia, convidou Leopold Stokowski para formar e conduzir a Sinfônica de Nova York, que seria baseada em um Templo Muçulmano, que se tornara propriedade da cidade de Nova York devido ao não pagamento de impostos. Uma orquestra popular com preços de entrada muito baixos era o que naquele momento queria Stokowski. Seus concertos foram realizados geralmente com lotação total. Mas em pouco tempo o conflito entre a Diretoria da orquestra buscando cortar gastos e Stokowski buscando expandir o tamanho e a atividade da orquestra,resultou em ruptura na qual Stokowski renunciou. Leonard Bernstein, no início de sua carreira como diretor, assumiu a Sinfônica de Nova York.
Em 1946, Arthur Judson, o gerente da New York Philharmonic e presidente da Columbia Artists Management (gerente de vários maestros e solistas famosos) convidou Stokowski para se tornar o principal regente convidado da Filarmônica de Nova York. O primeiro concerto de Stokowski na Filarmônica foi em 26 de dezembro de 1946. Stokowski e a Filarmônica também gravaram Mozart – Symphony no 35 “Haffner”. Curiosamente esta foi a única gravação de Stokowski de uma sinfonia de Mozart, além da gravação acústica de 9 de maio de 1919 do terceiro movimento do Symphony no 40 K550.
Com a introdução do disco 33 1/3 RPM de longa duração pela Columbia em 1948, Stokowski fez uma série de LPs bem recebidos com a New York Philharmonic, demonstrando mais uma vez sua capacidade de vender seu amplo repertório. Em 1950 Stokowski e a Orquestra Filarmônica de Nova York também apresentaram uma performance monumental da oitava sinfonia de Mahler. Após a decisão da Filarmônica de Nova York de nomear Mitropoulos como diretor de música, Stokowski cortou suas relações com a orquestra para a temporada seguinte e partiu para a Europa durante o verão de 1950. Durante 1951-1954, Stokowski era maestro convidado de orquestras na Europa.
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A gravação que ora compartilho com os amigos do novo blog eu gosto bastante, sobretudo da interpretação da sinfonia número sete do gênio renano. Leopold está com nada menos que 93 aninhos, é uma interpretação com muita intensidade e impacto dramático, existem poucos exageros “Stokowskianos” na execução da sinfonia, no geral, é uma leitura de imensa vitalidade rítmica e o conjunto é formidável ! Apreciem sem moderação !
To be continued…..
Beethoven (1770-1827): Sinfonia No. 7 / Egmont
01 – Beethoven – ‘Egmont’ Overture, op.84
02 – Beethoven – Symphony No.7 in A major, op.92, I. Poco sostenuto–Vivace
03 – Beethoven – Symphony No.7 in A major, op.92, II. Allegretto
04 – Beethoven – Symphony No.7 in A major, op.92, III. Presto
05 – Beethoven – Symphony No.7 in A major, op.92, IV. Allegro con brio
“Egmont” – New Philharmonia Orchestra, Kingsway Hall, January 1973
“Symphony No 7” – New Philharmonia Orchestra, Kingsway Hall, 16 June 1975
Nesta segunda postagem da integral das 104 sinfonias do Mestre austríaco Franz Joseph Haydn (1732 — 1809) vamos trazer aos amigos do blog as sinfonias de número 13 até a de número 24. Em meados do século XVIII, os Eszterházy eram a família mais rica e poderosa da aristocracia húngara e também estavam entre os mais influentes culturalmente, com Haydn trabalhando e sendo o ponto central de uma infraestrutura musical altamente desenvolvida, apresentando regularmente concertos de orquestra e também eventos especiais como a semana dedicada a ópera. Por volta de 1766, o príncipe Paul Anton foi sucedido por Nikolaus, que se tornou conhecido como um dos os patronos mais culturalmente esclarecidos do final do século XVIII. Ele logo começou uma reorganização completa da infraestrutura musical da corte, aumentando principalmente a orquestra e empregando muitos dos maiores instrumentistas da época. Aqui, mesmo na ausência do príncipe, concertos de orquestra eram realizados toda terça e sábado exigindo de Haydn um fluxo constante de novas sinfonias e outras obras. É notável que, ao compor mais de cem sinfonias durante um período de trinta e seis anos, Haydn nunca tomou o caminho mais fácil, recorrendo a fórmulas fáceis ou a prática barroca de emprestar música de outras fontes. Assim, Haydn constantemente procurava novas soluções originais de forma sinfônica e deliberadamente tornando cada nova sinfonia diferente da última.
O grande salão do palácio em Eisenstadt era amplo e tinha ótima acústica, algo que Haydn levou em conta nas suas vinte e tantas sinfonias escritas ali entre 1761 e 1765. Isso é notável no primeiro movimento da sinfonia n° 13, cujos acordes sustentados, como os de órgãos, contrabalançam e apoiam as vigorosas repetições rítmicas do tema uníssono de cordas de arpejo que domina o primeiro movimento. Apesar de sua numeração, as quatro sinfonias do CD 04 não foram escritas consecutivamente. É mais provável que sua ordem de composição seja o inverso de 16, 15, 14, 13. Estas sinfonias já mostram a propensão de Haydn para movimentos sinfônicos monotemáticos. Deste conjunto eu achei, em minha humilde opinião, a Sinfonia nº 15 uma das obras mais interessantes desse período. Seu primeiro movimento é invulgarmente no estilo de uma abertura francesa, extensas seções do adagio emoldurando um animado presto. O segundo movimento também possui um caráter francês, principalmente nos ritmos pontilhados da seção principal do minueto.
No CD 04 estão mais cinco sinfonias. Seguindo a confusão cronológica das primeiras composições elas provavelmente foram escritas na seguinte ordem: 18, 19, 20, 17 e 21, durante um período possivelmente de até sete anos e com um bom número de outras sinfonias se intercalaram entre elas. A interessante sinfonia número 18 é uma das obras com estrutura mais antiquadas de termos de forma com três movimentos. O aspecto mais característico desta forma é o movimento lento de abertura, simpaticíssima obra, contém um tema de abertura no qual Haydn parece aludir às origens barrocas. A de número 17 Haydn aproveita mais os instrumentos de sopro porém eles ainda são usados amplamente como suporte harmônico e na duplicação das linhas dos violinos, enquanto entre as próprias cordas o tema está concentrado nos primeiros violinos.
No Cd 06 encontramos talvez a primeira sinfonia datada no manuscrito original sobrevivente, a de número 21 com data de 1764. Da mesma forma que a sinfonia número 18, essa sinfonia novamente volta na forma sonata de igreja, embora Haydn mantenha os quatro movimentos completos na estrutura. O presto final apresenta algumas formas alternadas bem bacanas entre os violinos. A linda sinfonia 22 denominada “Der Philosoph”, tem um primeiro movimento que é praticamente um prelúdio de coral orquestral e seu andamento lento e muito bonito nos conduz a natureza pensativa da a sinfonia também se distingue por sua bela orquestração. A sinfonia 23 tem um incrível finale com um movimento de sonata, com a característica favorita de Haydn das primeiras sinfonias, ritmos acelerados em um verdadeiro “perpetuum mobile”, e um belo exemplo do compositor nos mostrando na surpreendentemente conclusão fazendo com que a música acabe num coral pianissimo pizzicato. Já na sinfonia 24 o movimento de abertura do é um dos mais dramáticos compostos no primeiro período das sinfonias de Haydn. Dispensando a sutilezas de crescendos e diminuendos, a pontuação está cheia de alternâncias frequentes das marcações de piano e forte, enquanto o desenvolvimento se torna uma sucessão de fortíssimos. Haydn gostava de prestigiar os instrumentistas mais talentosos com trechos em sinfonias feito para eles brilharem o movimento lento desta sinfonia ele introduz um magnífico solo de flauta provavelmente um teste já que levaria alguns anos até que o instrumento encontrasse um lugar permanente na orquestra sinfônica de Haydn. As sinfonias 22 a 24 podem ser datadas com precisão de manuscritos que sobreviveram até hoje. Divirtam-se com mais estes três CD’s !
Disc: 4 (Recorded April 1991)
1. Symphony No. 13 (1763) in D major, H. 1/13: Allegro molto
2. Symphony No. 13 (1763) in D major, H. 1/13: Adagio cantabile
3. Symphony No. 13 (1763) in D major, H. 1/13: Menuet & trio
4. Symphony No. 13 (1763) in D major, H. 1/13: Finale, allegro molto
5. Symphony No. 14 (1764) in A major, H. 1/14: Allegro molto
6. Symphony No. 14 (1764) in A major, H. 1/14: Andante
7. Symphony No. 14 (1764) in A major, H. 1/14: Menuetto & trio, allegretto
8. Symphony No. 14 (1764) in A major, H. 1/14: Finale, allegro
9. Symphony No. 15 (1764) in D major, H. 1/15: Adagio-presto-adagio
10. Symphony No. 15 (1764) in D major, H. 1/15: Menuet & trio
11. Symphony No. 15 (1764) in D major, H. 1/15: Andante
12. Symphony No. 15 (1764) in D major, H. 1/15: Finale, presto
13. Symphony No. 16 (1766) in B flat major, H. 1/16: Allegro
14. Symphony No. 16 (1766) in B flat major, H. 1/16: Andante
15. Symphony No. 16 (1766) in B flat major, H. 1/16: Finale, presto
Disc: 5 (Recorded April 1991 (#17 & 18) and May 1991 (#19 & 20))
1. Symphony No. 17 (1765) in F major, H. 1/17: Allegro
2. Symphony No. 17 (1765) in F major, H. 1/17: Andante, ma non troppo
3. Symphony No. 17 (1765) in F major, H. 1/17: Finale, allegro molto
4. Symphony No. 18 (1766) in G major, H. 1/18: Andante moderato
5. Symphony No. 18 (1766) in G major, H. 1/18: Allegro molto
6. Symphony No. 18 (1766) in G major, H. 1/18: Tempo di menuet
7. Symphony No. 19 (1766) in D major, H. 1/19: Allegro molto
8. Symphony No. 19 (1766) in D major, H. 1/19: Andante
9. Symphony No. 19 (1766) in D major, H. 1/19: Presto
10. Symphony No. 20 (1766) in C major, H. 1/20: Allegro molto
11. Symphony No. 20 (1766) in C major, H. 1/20: Andante cantabile
12. Symphony No. 20 (1766) in C major, H. 1/20: Menuet & trio
13. Symphony No. 20 (1766) in C major, H. 1/20: Presto
Disc: 6 (Recorded April 1989 (#22 & 24) and June 2000 (#21 & 23))
1. Symphony No. 21 (1764) in A major, H. 1/21: Adagio
2. Symphony No. 21 (1764) in A major, H. 1/21: Presto
3. Symphony No. 21 (1764) in A major, H. 1/21: Menuet & trio
4. Symphony No. 21 (1764) in A major, H. 1/21: Finale, allegro molto
5. Symphony No. 22 (1764) in E flat major (‘Philosopher’), H. 1/22: Adagio
6. Symphony No. 22 (1764) in E flat major (‘Philosopher’), H. 1/22: Presto
7. Symphony No. 22 (1764) in E flat major (‘Philosopher’), H. 1/22: Menuetto & trio
8. Symphony No. 22 (1764) in E flat major (‘Philosopher’), H. 1/22: Finale, presto
9. Symphony No. 23 (1764) in G major, H. 1/23: Allegro
10. Symphony No. 23 (1764) in G major, H. 1/23: Andante
11. Symphony No. 23 (1764) in G major, H. 1/23: Menuet & trio
12. Symphony No. 23 (1764) in G major, H. 1/23: Finale, presto assai
13. Symphony No. 24 (1764) in D major, H. 1/24: Allegro
14. Symphony No. 24 (1764) in D major, H. 1/24: Adagio
15. Symphony No. 24 (1764) in D major, H. 1/24: Menuet & trio
16. Symphony No. 24 (1764) in D major, H. 1/24: Finale, allegro
Rainer Küchl, violin
Wolfgang Herzer, cello
Gerhard Turetschek, oboe
Michael Werba, bassoon
Austro-Hungarian Haydn Orchestra
Conductor: Adam Fischer
Eu tomava o bondinho da St. Charles Avenue quase no ponto final, próximo à St. Clairborne Avenue e fazia uma adorável viagem de uns quarenta minutos, em direção ao French Quarter. Depois de uma curva de noventa graus, o bondinho seguia em um trajeto que parece um arco, por uma região lindíssima. Eu preferia sentar à esquerda, para avistar as margens do Mississipi. Passávamos o Audubon Park com suas magníficas árvores, pelo Uptown com suas grandes mansões, seguindo justamente a St. Charles Avenue até o cruzamento com a Jackson Avenue, onde normalmente descia do bondinho.
À direita, o rio Mississipi, em frente, o velho mercado, e à esquerda um emaranhado de ruas e avenidas repletas de cultura, belezas, sons e sabores. New Orleans é uma das cidades mais belas dos Estados Unidos da América. Certamente é uma das mais ricas em cultura. O melting pot, Big Easy. Os nomes das avenidas e dos lugares revelam as diferentes culturas que por lá passaram e deixaram suas marcas e costumes, num rico caldo cultural. Jefferson Avenue, Napoleon Avenue, Tchoupitoulas, Calle Real ou Royal Street.
Depois de tomar um café com beignets no Café Du Monde, uma paradinha na La Madeleine, um passeio pelas lindas lojas de antiguidades, você chega à Jackson Square. Um pouco de preguiça, espiar a fauna do lugar, música nas ruas. Aí, você enfia pela St. Peter street para ir a um lugar que não se pode deixar de ir – Preservation Hall.
Este disco me fez lembrar disso tudo, com saudade, mas saudade boa, daquela que conforta, que revigora a gente.
É verdade, este disco foi gravado uns trinta anos antes de que eu andasse por lá, mas é ainda mais autêntico por isso.
O Preservation Hall foi criado em 1961 e o disco gravado em 1963, you do your math…
A criação do Preservation Hall foi fundamental para (perdão pelo trocadilho, mas a ideia é exata) preservar a autêntica cultura musical, o jazz como havia nascido por lá. Nos comentários que estão na contracapa do disco pode-se entender a importância desta instituição. ‘Tocar no Preservation Hall tirou a demanda comercial, a pressão artificial da Banda do Barbarin e também de sua seleção (de músicas): nada do tradicional atacar de The Saints, nada de acelerar o tempo da música. A música de Barbarin, The Second Line, surge com uma inocência e simplicidade que mostra o trompete de Cagnolatti e o clarinete de Cottrell, ao lado do suave dedilhar de Sayles, no que eles têm de melhor’.
O disco é composto de duas sessões. Uma ocupada pela banda de Paul Barbarin e a outra pela turma do “Punch” Miller. Eles eram tão autênticos músicos de New Orleans quanto pode haver.
Vamos começar mais uma incrível e inédita série no novo PQPBach, que agora está hospedado em outro domínio: as 104 sinfonias do mestre austríaco Franz Joseph Haydn (1732 — 1809) que foi um dos expoentes máximos do período clássico na história da música. Tendo vivido entre o finzinho do período Barroco até o início do Romantismo. Nasceu em 31 de março de 1732, na aldeia de Rohrau, na fronteira entre a Áustria e a Hungria, um entre 12 irmãos. Foi reverenciado por toda a Europa, amado por Mozart e Beethoven, poucos compositores desenvolveram um crescimento profissional tão notável quanto Haydn, despretensiosamente pretendemos mostrar nesta série a sua evolução através das suas belíssimas sinfonias. Nas primeiras sinfonias (1-21), vemos experimentos sinfônicos do material que era contemporâneo. Nas sinfonias 22-80, vemos um novo desenvolvimento, a criação de um estilo próprio. Quando Haydn escreveu as Sinfonias de Paris na década de 1780, ele já mostrava uma grande maturidade. E quando escreveu as Sinfonias de Londres na década de 1790, ele finalmente aperfeiçoara a sinfonia como uma forma. Não era mais um estilo que introduzia a ópera barroca ou uma série de interlúdios instrumentais, mas agora era uma importante forma musical, que Beethoven continuaria a aperfeiçoar no início do século XIX. Para quem ainda não teve a oportunidade de ouvir as 104 sinfonias de Haydn na sequência, esta série vai deixar claro a gostosa evolução do Mestre em belíssimas composições, aliás uma mais bela que a outra. Vale muuuito a pena. A música de Haydn nunca envelhece e é sempre uma delícia! Os textos serão baseados nos encartes dos 33 CDs assinados pelo maestro Adam Fischer, são anotações muito informativas, a cereja do bolo (em tradução livre deste que vos escreve).
Haydn não foi exceção à sua época: de família modesta, passou por dificuldades na juventude. Em 1749, aos 17 anos, ele trabalhava no coral da Escola da Catedral de St. Stephan, em Viena, quando sua voz de adolescente começou a mudar ele acabou por ser demitido, sua voz parecia que não estava correspondendo em qualidade e seu mestre de coro tentou convencê-lo a seguir uma carreira como “castrato”. Não rolou, e o jovem Franz decidido a seguir carreira de músico partiu e começou a se virar, no início ensinava cravo (com pouca recompensa financeira) durante o dia, enquanto à noite tocava em festas de serenata (um passatempo popular durante o verão vienense) e se entregava à sua vontade quase fanática de compor. Escreveu em suas memórias: “…eu tive que passar oito anos inteiros, dando lições para as crianças, muitos músicos talentosos ganham seu pão dessa maneira, quase miserável, sofrem com a falta de tempo para estudar e se aperfeiçoar. Essa foi a minha primeira experiência e eu nunca teria feito tanto progresso se não tivesse perseguido meu zelo pela composição e estudo durante a noite.”
Diz a tradição que Haydn era o “pai” do quarteto de cordas e da sinfonia. Enquanto o primeiro certamente alcançou sua forma definitiva em suas mãos, no caso da sinfonia, Haydn estava trabalhando em com um modelo já existente, o modelo vienense, ainda que relativamente embrionário da primeira metade do século XVIII, era uma combinação de vários gêneros instrumentais, entre eles o concerto grosso barroco, a “sonata da igreja” e a abertura de ópera italiana (ou “Sinfonia avanti”). Foi na ópera a fonte da qual a sinfonia ganhou seu nome e a forma de três movimentos, rápida – lenta – rápida.
Lentamente, e de forma consistente, Haydn foi ficando conhecido pela aristocracia e por volta de 1757, ele foi contratado como mestre de música da família do barão von Furnberg, em cuja casa de verão perto de Melk, no Danúbio, Haydn compôs seus primeiros quartetos de cordas para as festas dos membros da casa do barão. O mais importante, porém, para que ele pudesse compor sinfonias, foi a recomendação do seu patrão para que ele pudesse ser nomeado Kapellmeister e Kammercompositeur no castelo de Lukavec do Conde Morzin na Boêmia. O conde tinha uma orquestra de sopro, para a qual Haydn compunha suítes para apresentações ao ar livre, e também uma pequena orquestra de cordas. Haydn enxergou uma oportunidade: porque não juntar as duas orquestras? Foi para essa orquestra ampliada, por volta de 1759, que ele compôs suas primeiras sinfonias – certamente da primeira a quinta.
Como acontece com quase todos os compositores desta época a numeração convencional das primeiras obras são bastante confusas, em termos de cronologia, geralmente dá pouca indicação da época real em que foram compostas. As primeiras sinfonias seguem a tradição de sua cidade natal, Viena. Suas cinco primeiras sinfonias mostram-no experimentando uma variedade de formas. As de números 1, 2 e 4 seguem o padrão de três movimentos, derivado da abertura italiana, enquanto a quinta tem o modelo da “sonata de igreja” (primeiro movimento lento). A terceira sinfonia já é um trabalho de quatro movimentos completo com minueto.
Porém, o primeiro emprego permanente do jovem músico durou pouco: o conde Morzin teve dificuldades financeiras e dissolveu a orquestra. Por sorte, o príncipe Paul Anton Esterhazy, um grande admirador da música, assistiu a um dos concertos no castelo de verão de Morzin, no qual Haydn provavelmente conduziu sua sinfonia nº 1. O príncipe ficou impressionado com a qualidade da música do jovem compositor e ao saber que o conde estava falido ofereceu a Haydn o cargo de Kapellmeister na sua corte de Eisenstadt, no Burgenland, ao sul de Viena. E assim, com o contrato assinado em 1º de maio de 1761, Haydn então com 29 anos de idade, iniciou um dos mais notáveis e longevos casos de patrocínio musical já registrados na história, um período que durou quase trinta anos.
Desde o início, Haydn pode de forma livre moldar a orquestra com um corpo de músicos completo (cordas, sopros e percussão) sendo a orquestra mais original da época, instigando a criatividade experimental do jovem mestre austríaco. Com recursos disponíveis e com liberdade como chefe de orquestra, praticamente isolado do mundo sem ninguém para o azucrinar ou fazer o jovem a duvidar de sua própria capacidade inventiva, se tornou um compositor original. Pode experimentar, observar as nuances orquestrais o que funcionou ou o que ficou fora do esperado, e assim, poderia melhorar, expandir, cortar, correr riscos. O príncipe gostava dos concertos no estilo italiano, sobretudo de Vivaldi e Corelli, solicitando ao seu novo compositor a seguir por este estilo mais para o barroco, porém em vez de concertos, Haydn escolheu a forma sinfônica, embora dominada por elementos do concerto barroco e do concerto italiano. As três sinfonias resultantes dos seus primeiros esforços na corte foram as sinfonias 6, 7 e 8. Foi a chance de mostrar a nova orquestra e, em particular sem esquecer dos violinos carregados de influência italiana. O movimento lento da sinfonia número 7 introduz duas flautas pela primeira vez na sinfonia. A sinfonia número 9, de 1762, pode muito bem ter suas origens na abertura de óperas, uma vez que não possui final convencional, terminando com um minueto. Sempre experimentando, Haydn mostra sua originalidade aqui alterando novamente a estrutura orquestral, expande para dois oboés, duas trompas, adiciona um par de flautas e fagote solo além de dobrar os instrumentos de cordas. Já na sinfonia número 10 Haydn mostra um grau de desenvolvimento do gênero no papel mais independente dado aos instrumentos de sopro. A sinfonia número 12, de 1763, é um de seus trabalhos sinfônicos mais curtos, embora Haydn evite o padrão de movimento característico de seus primeiros trabalhos, é uma sinfonia alegre e seu final é inebriante.
Divirtam-se com estas doze primeiras sinfonias do mestre Franz Joseph Haydn, a apresentação da Orquestra Austro-Húngara Haydn é sensacional, lindamente sintonizada pela leveza das obras. Em suma, não se poderia pedir uma orquestra melhor para empreender esse imenso projeto que durou 14 anos para ser realizado. O ótimo maestro Adam Fischer usa instrumentos modernos combinados com um estilo de tocar de época, achei a combinação muito bonita de ouvir. Esta coleção que ora vamos compartilhar com os amigos do blog é impressionante e merece ser ouvida por todos os que amam a música de Josef Haydn. As performances são excelentes, as gravações impecáveis. Originalmente gravado entre 1987 e 2001 no “Haydnsaal of the Esterházy Palace” na Hungria (no mesmo salão em que Haydn executava seus concertos como “Kapellmeister”), os músicos escolhidos a dedo para a formação da “Austro-Hungarian Haydn Orchestra” para as gravações são os músicos da “Vienna Philharmonic”, “Vienna Symphony” e “Hungarian State Symphony Orchestras” o resultado é sublieme!
Interpretações transparentes, presumivelmente da maneira com a qual Haydn esperava que sua música fosse tocada – sem uma pitada de romantismo ou exageros modernos. Fischer e sua orquestra tem momentos em que o entusiasmo é muito perceptíve, um imenso trabalho! São gravações lindas. Eu experimentei e gostei muito de ouvir todas as sinfonias em sucessão, é diversão garantida do começo ao fim, a música de Haydn é muito leve, feliz e alegre, que é a marca infalível desse mestre de que tanto gostamos!
Disc: 1 (Recorded June 1990)
1. Symphony No. 1 (1759) in D major, H. 1/1: Presto
2. Symphony No. 1 (1759) in D major, H. 1/1: Andante
3. Symphony No. 1 (1759) in D major, H. 1/1: Presto
4. Symphony No. 2 (1764) in C major, H. 1/2: Allegro
5. Symphony No. 2 (1764) in C major, H. 1/2: Andante
6. Symphony No. 2 (1764) in C major, H. 1/2: Finale, presto
7. Symphony No. 3 (1762) in G major, H. 1/3: Allegro
8. Symphony No. 3 (1762) in G major, H. 1/3: Andante moderato
9. Symphony No. 3 (1762) in G major, H. 1/3: Menuet & Trio
10. Symphony No. 3 (1762) in G major, H. 1/3: Finale, alla breve, allegro
11. Symphony No. 4 (1762) in D major, H. 1/4: Presto
12. Symphony No. 4 (1762) in D major, H. 1/4: Andante
13. Symphony No. 4 (1762) in D major, H. 1/4: Finale, tempo di menuetto
14. Symphony No. 5 (1762) in A major, H. 1/5: Adagio, ma non troppo
15. Symphony No. 5 (1762) in A major, H. 1/5: Allegro
16. Symphony No. 5 (1762) in A major, H. 1/5: Minuet & trio
17. Symphony No. 5 (1762) in A major, H. 1/5: Finale, presto
Disc: 2 (Recorded April 1989)
1. Symphony No. 6 (1761) in D major (‘Le Matin’), H. 1/6: Adagio-allegro
2. Symphony No. 6 (1761) in D major (‘Le Matin’), H. 1/6: Adagio-andante-adagio
3. Symphony No. 6 (1761) in D major (‘Le Matin’), H. 1/6: Menuet & trio
4. Symphony No. 6 (1761) in D major (‘Le Matin’), H. 1/6: Finale, allegro
5. Symphony No. 7 (1761) in C major (‘Le midi’), H. 1/7: Adagio-allegro
6. Symphony No. 7 (1761) in C major (‘Le midi’), H. 1/7: Recitativo: adagio
7. Symphony No. 7 (1761) in C major (‘Le midi’), H. 1/7: Menuetto & trio
8. Symphony No. 7 (1761) in C major (‘Le midi’), H. 1/7: Finale, allegro
9. Symphony No. 8 (1761) in G major (‘Le soir’), H. 1/8: Allegro molto
10. Symphony No. 8 (1761) in G major (‘Le soir’), H. 1/8: Andante
11. Symphony No. 8 (1761) in G major (‘Le soir’), H. 1/8: Menuetto & trio
12. Symphony No. 8 (1761) in G major (‘Le soir’), H. 1/8: La Tempesta, presto
Disc: 3 (Recorded June 1990)
1. Symphony No. 9 (1762) in C major, H. 1/9: Allegro molto
2. Symphony No. 9 (1762) in C major, H. 1/9: Andante
3. Symphony No. 9 (1762) in C major, H. 1/9: Finale-menuetto & trio
4. Symphony No. 10 (1766) in D major, H. 1/10: Allegro
5. Symphony No. 10 (1766) in D major, H. 1/10: Andante
6. Symphony No. 10 (1766) in D major, H. 1/10: Finale, presto
7. Symphony No. 11 (1769) in E flat major, H. 1/11: Adagio cantabile
8. Symphony No. 11 (1769) in E flat major, H. 1/11: Allegro
9. Symphony No. 11 (1769) in E flat major, H. 1/11: Minuet & trio
10. Symphony No. 11 (1769) in E flat major, H. 1/11: Finale, presto
11. Symphony No. 12 (1763) in E major, H. 1/12: Allegro
12. Symphony No. 12 (1763) in E major, H. 1/12: Adagio
13. Symphony No. 12 (1763) in E major, H. 1/12: Finale, presto
Rainer Küchl, violin
Wolfgang Herzer, cello
Gerhard Turetschek, oboe
Michael Werba, bassoon
Austro-Hungarian Haydn Orchestra
Conductor: Adam Fischer
A Nona Sinfonia faz parte de nossa cultura artística de tal forma que é praticamente impossível abordá-la como se fosse uma novidade. E é uma obra tão respeitada que não suportaríamos grandes audácias de quem quer que fosse. Este CD é algo realmente especial. Ele é uma tremenda demonstração de competência e segurança da Orquestra Sinfônica Simón Bolívar da Venezuela. É uma gravação que tornou-se referencial em razão da grandiosidade, da emoção envolvida e de vários acertos em termos de abordagem. As forças de Dudamel nos chegam incrivelmente precisas e polidas, produzindo linhas esplêndidas de belos sons. Dudamel também demonstra um agudo senso de drama, respeitando pausas que parecem eternidades para depois catapultar a orquestra com magníficas explosões. Tudo muito perfeito, respeitoso e enérgico,. Os corais e vocais também estão impecáveis. É ouvir e se apaixonar.
Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sinfonia Nº 9 (Dudamel)
1. Beethoven: Symphony No. 9 in D Major: I, Allegro ma non troppo
2. Beethoven: Symphony No. 9 in D Major: II, Scherzo, Multo vivace
3. Beethoven: Symphony No. 9 in D Major: III, Adagio molto e cantabile
4. Beethoven: Symphony No. 9 in D Major: IV, Finale Part I
4. Beethoven: Symphony No. 9 in D Major: IV, Finale Part II
Simón Bolívar Symphony Orchestra of Venezuela
Gustavo Dudamel
Se levarmos em conta apenas a imagem estabelecida pelos retratos de Johann Sebastian Bach chegamos a acreditar que ele já nasceu enrugado, com peruca e cara de quem está sofrendo de gota. Uma espécie assim de Benjamin Button da música.
Mas como todos os outros mortais, Bach passou todas as fases da vida, incluindo uma adolescência sob os cuidados dos irmãos mais velhos. Na juventude foi impetuoso e cabeçudo. No libreto as palavras em inglês usadas para explicar essa fase incluem hothead, brawl e rows (with the employers). Houve até uns dias em uma cadeia.
A música deste álbum é deste tempo de juventude.
O termo toccata é do italiano toccare, assim como o nosso tocar. Tocar qualquer tipo de instrumento de teclado. Estas peças são obras que foram compostas por Johann Sebastian antes 1708, período de formação e afirmação de sua linguagem pessoal. Assim como os prelúdios e fantasias, as toccatas são peças que emergiram da prática de improvisação, comuns para os músicos especialistas em instrumentos de tecla, como o cravo ou o órgão.
Estas sete peças de Bach diferem das outras quatro toccatas escritas para órgão no sentido de terem sido compostas para instrumento de tecla sem pedais. Nas partituras das obras para órgão há uma extra pauta para os pedais. Mesmo assim estas sete toccatas também visavam o treinamento de candidatos a organistas, que não tinham a sua disposição muitos instrumentos para isso. Mesmo os cravos não eram assim abundantes e clavicórdios também eram comumente usados. Para saber mais sobre a diferença entre estes instrumentos você pode acessar este link aqui.
Aqui temos uma gravação feita usando o piano moderno por um artista de origem e formação russa. Ele estudou com Pavel Nersessian e Evgeni Koroliov. A gravação feita pelo selo Genuin é de ótima qualidade técnica e a interpretação do Stepan esbanja beleza e virtuosismo. No entanto é preciso dizer que o setor de artes visuais e capas ainda está em desenvolvimento. Se você tem arroubos puristas e quer comparar com uma gravação feita ao cravo, pode gostar desta postagem aqui. Uma outra gravação interessante, feita por uma pianista muito bem estabelecida nas interpretações das obras de Bach ao piano, pode ser ouvida acessando esta postagem aqui.
Para uma reflexão sobre o tema de qual tipo de instrumento usar na interpretação da música do passado, temos aqui um link para um texto curto, mas excelente, escrito por Rosalyn Tureck.
Para terminar, nosso momento Babel (sem merchandising…).
Crítica escrita por José E. Pérez Díaz, atribuindo 5 estrelas para o disco da postagem.
★ ★ ★ ★ ★
Bach al piano. una versión estupenda.
Reviewed in Spain on 27 November 2018
Un muy buen sonido y un pianista que toca con dominio absoluto. Las obras suenan como lo que son: luminosos y profundos alardes de maestría y musicalidad. Parece que cada vez más pianistas se deciden a acercarse a Bach sin complejos ni fundamentalismos. No es un Bach “romántico”, sino maravillosamente bien tocado.
Oficialmente, esta é a minha primeira postagem no novo PQPBach, que está hospedado em outro domínio, mais livre, leve e solto.
Nestes tempos sombrios em que vivemos, nada como a música de Haydn para nos ajudar a superar estes momentos de incertezas. Uma Missa de Haydn tem um poder único de nos envolver em uma espécie de áurea mística, barrando algum mal que deseje nos atingir. Para os incrédulos, isso pode soar ingênuo, respeito sua opinião, portanto respeitem a nossa. Lhes garanto que não sou nenhum beato, ao contrário, apenas aprecio o belo em suas mais diversas manifestações.
Obra da juventude de Haydn, essa Missa foi composta logo após o compositor assumir como Kappelmaister do Príncipe Nikolaus Esterházy, a “Missa Cellensis in honorem Beatissimæ Virginis Mariæ, Hob. XXII:5” é extensa, mais de uma hora de duração e exige muito da orquestra, dos músicos e dos solistas. Mas nos traz uma satisfação muito grande, uma grande paz de espírito, ao menos em mim causou essa impressão. Amo os corais de Haydn, já declarei em outras postagens que fiz com obras deste genial compositor. A interpretação da obra está a cargo da sempre eficiente Akademie für Alte Musik Berlin, que acompanha outro excepcional conjunto, o “RIAS Kammerchor”, um dos melhores conjuntos corais alemães, todos dirigidos pelo jovem maestro Justin Doyle, que tem a sua disposição um excelente grupo de solistas. O booklet em anexo traz todas as principais informações que os senhores precisam, incluindo o libreto da Missa, traduzido em três idiomas. A gravadora Harmonia Mundi nos brinda mais uma vez com uma excelente gravação. Admirador confesso que sou do grande compositor austríaco, principalmente de suas missas e sinfonias. Espero que apreciem.
JOSEPH HAYDN (1732-1809) Missa Cellensis in honorem Beatissimæ Virginis Mariæ, Hob. XXII:5
1. Kyrie eleison I – Chor
2 Christe eleison – Chor
3 Kyrie eleison II – Chor
4 Gloria in excelsis Deo – Chor
5 Laudamus te – Soprano
6 Gratias agimus tibi – Chor
7 Domine Deus – Alto, Tenor ,Bass
8 Qui tollis peccata mundi Chor – Soprano, Alto
9 Quoniam tu solus Sanctus – Soprano
10 Cum Sancto Spiritu – Chor
11Credo in unum Deum Chor – Soprano
12 Et incarnatus est Alto, Tenor – Bass
13 Et resurrexit Chor,Soprano – Tenor
14 Sanctus – Chor
15 Benedictus – Chor
16 Agnus Dei – Bass
17 Dona nobis pacem – Chor
Johanna Winkel, soprano (S) Sophie Harmsen, alto (A) Benjamin Bruns, tenor (T) Wolf Matthias Friedrich, bass (B) RIAS Kammerchor Akademie für Alte Musik Berlin Justin Doyle, Direction
Antes de Google e Wikipedia, valíamos de enciclopédias e publicações desta sorte para escavar informações sobre compositores e suas obras. Mas as informações sobre Dario Castello não eram abundantes. E o advento de tanta tecnologia não acrescentou muita coisa.
As poucas evidências de sua existência se devem às duas publicações de suas obras, assim como reedições das mesmas. Em 1621 temos Sonate concertate in stil moderno, que nos conta que ele era Capo di Compagnia de Musichi d’Instrumenti da fiato, em Veneza – piffari!
Em 1624 ele constava como sonador di violino no grupo liderado por Claudio Monteverdi.
Sua segunda publicação, de 1929, música que preenche este álbum, diz que era Musico della Serenissima Signoria di Venetia, em San Marco e Capo di Compagnia de Instrumenti.
Encontrei o trabalho de Eleanor Selfridge-Field, do qual pude ler a apenas primeira página, com o sugestivo título ‘Dario Castello: A Non-Existent Biography’. Uma biografia não-existente! Além das evidências de suas publicações, há apenas confirmações duvidosas de sua existência. Isto é tanto surpreendente quando consideramos a qualidade, a popularidade e a dificuldade de suas obras, que são instrumentais, nos dias em que a música predominante era a música vocal.
Há registros de dois outros nomes com o sobrenome Castello. Um Francesco e outro Giovanni Battista. O Francesco foi contratado como trombonista em San Marco em 1624 e mais tarde no mesmo ano, Giovanni Battista como violinista e posteriormente como fagotista.
Um Francesco Castello, que seria o melhor violinista de Veneza, foi contratado por Heinrich Schütz para a Orquestra da Corte de Dresden em 1627 e teria morrido lá em 1631. O nome Giovanni Battista era muito comum na época (Viva São João!!!!) e pode ser que Dario e Giovanni tenham sido a mesma pessoa, talvez apenas uma mudança de nome.
Uma possibilidade é que ele teria morrido em 1630 de peste bubônica. Batendo três vezes na madeira, espero que tenha ocorrido outra possibilidade, pela qual ele teria vivido até os anos de 1650. De qualquer forma, uma nota em uma reedição de 1658 de suas sonatas sugere que então ele já havia morrido.
A importância da obra de Castello é ter levado a maturidade a música instrumental em um período no qual prevalecia a música coral. O livreto que acompanha os arquivos musicais nos diz que nestas revolucionárias sonatas, seus conceitos são tão consumados que permaneceram como modelo básico para os próximos cinquenta anos e mais.
No prefácio de sua publicação de 1629 Castello expressou seu desejo de que, assim como os pais desejam uma vida feliz para seus filhos, os ‘filhos’ de seu intelecto, concebidos com árduo trabalho, tivessem uma longa vida. Seu desejo realizou-se, uma vez que suas obras não só tiveram uma longa vida pelo século XVII como também têm experimentado vida nova em nossos dias.
A música vocal do inovador Claudio Monteverdi, como os duetos que observamos nas Vésperas da Virgem, certamente influenciaram a obra de Dario Castello. Veja lá e depois me conte…
Apesar do que esta coleção gravada sugere, poucas obras instrumentais de Vivaldi têm títulos programáticos. Il Riposo e L’amoroso são exemplos dessas exceções e foram escritos no reluzente tom mi maior. O caso de Il Grosso Mogul é mais estranho. Parece não haver ligação conhecida entre Vivaldi e a corte indiana do Grand Mughal, Akbar. O extremo virtuosismo exigido pelo solista nos movimentos externos, bem como as longas e complexas cadências, sugerem uma função teatral. Talvez Vivaldi o tenha apresentado como um “concerto de teatro” como parte de uma trama de ópera ambientada na Índia.
Esta versão de As Quatro Estações de Rachel Podger foi gravada em 2018, quando ela completou 50 anos, acompanhada por seu supergrupo Brecon Baroque. A fluência virtuosa e serena de Podger, maravilhosamente apoiada por seus colegas — falo especialmente dos violinistas Johannes Pramsohler e Sabine Stoffer –, é algo. Mas é uma versão muito inglesa e particular. Também é uma bela gravação, cheia de originalidade e classe, mas ainda fico fácil fácil com o melhor: Carmignola.
Antonio Vivaldi (1678-1741): As Quatro Estações / Il Grosso Mogul / Il Riposo / L’Amoroso (Podger)
Le Quattro Stagioni
Concerto No. 1 La Primavera – Spring Op. 8 No. 1 RV 269
1 Allegro 3:18
2 Largo E Pianissimo 2:41
3 Allegro 3:40
Concerto No. 2 L’Estate – Summer Op. 8 No. 2 RV 315
4 Allegro Mà Non Molto 5:11
5 Adagio 2:00
6 Presto 2:43
Um disco quase todo russo! Rimsky-Korsakov faz as honras da composição contribuindo com três obras largamente conhecidas: o Capricho Espanhol, a Abertura ‘A Grande Páscoa Russa’ e a suíte orquestral ‘Scheherazade’. O regente também é russo – Vasily Petrenko. Bom, pelo menos nascido, que agora o cara anda lá pela Inglaterra e outras paragens também. Tem sido diretor da orquestra da gravação, a Oslo Philharmonic Orchestra, até este difícil ano de 2020. A orquestra não é russa, é norueguesa, mas tornou-se uma das melhores do mundo pelas mãos do grande Mariss Jansons. Assim, é norueguesa, mas sabe falar russo também.
Prepare-se para um disco com sonoridades exóticas e maravilhosas, que Rimsky-Korsakov era o cara da orquestração. Fez escola e entre seus alunos mais ilustres ninguém menos do que Igor Stravinsky. Rimsky-Korsakov dedicou seis anos de sua vida à Marinha Russa, como cadete naval. Três destes anos passou viajando e visitando os portos do mundo afora. Mas já sabia que dedicar-se-ia à música. Assim, depois disto, retornou à Mãe-Rússia para não sair mais.
Eu adoro estas peças, especialmente o Capricho e a Abertura. Esta última está entre uma das primeiras peças musicais que ouvi. Vejam o disco aí, numa foto gentilmente cedida pelo nosso colaborador Ammiratore. Grazie mille, commendatore!!
Portanto, aproveitem para mergulhar neste mundo de contos de fadas, de encantamentos sonoros, com lindos solos de violino, belíssimas melodias. Este disco é para quem gosta de música e não tem vergonha de ser feliz!!
Nikolay Rimsky-Korsakov (1844 – 1908)
Capricho Espanhol
Alborada
Variazioni
Alborada
Scena e canto gitano. Allegretto & Fandango asturiano
Vejam como são lisonjeiras as palavras desta crítica sobre o álbum da postagem: ‘The playing from the Oslo Philharmonic is flawless. All the solos are played with sophisticated levels of expression; phrasing throughout is architectural, but not predictable. String tones are varied and percussion timbres are nicely chosen, adding something distinctive to Petrenko’s vision‘.
Um CD arrasta-corações! Tem muita música aqui, apesar da capa genérica da Lawo! Este disco de Nils Anders Mortensen e do Engegård Quartet é dedicado ao quarteto e quinteto de Schumann para piano e cordas, sem dúvida duas das mais belas obras de Bob. Robert Schumann produziu um grande número de obras de música de câmara em 1842, entre elas o Quinteto Op. 44 e o Quarteto Op. 47, ambos na mesma tonalidade. Os trabalhos foram compostos ao mesmo tempo, lado a lado, e o vocês poderão ouvir semelhanças claras entre eles, tanto na estrutura quanto no humor.
Ambas as obras contêm movimentos externos vigorosos e expressivos, nos quais a vitalidade de Mozart e o contraponto de Bach são combinados à imaginação de Schumann em trechos sonhadores e dramáticos. Os scherzi dos dois trabalhos são virtuosos, com seções intermediárias nitidamente contrastantes. Mas o quinteto contém um célebre movimento, in modo d’una marcia, que tanto é suficientemente solene para ser uma marcha fúnebre, como tem de natureza poética e ardente. Este movimento foi maravilhosamente bem utilizado por Ingmar Bergman em Fanny e Alexander. Quanto ao quarteto, possui um movimento cantabile com uma melodia imortal levada pelo violoncelo. Um CD arrasta-corações.
Robert Schumann (1810-1856): Quarteto para Piano, Op. 47 e Quinteto para Piano, Op. 44
01. Piano Quintet, Op. 44 I. Allegro brillante
02. Piano Quintet, Op. 44 II. In modo d’una Marcia. Un poco largamente
03. Piano Quintet, Op. 44 III. Scherzo. Molto vivace
04. Piano Quintet, Op. 44 IV. Finale. Allegro, ma non troppo
05. Piano Quartet, Op. 47 I. Sostenuto assai. Allegro, ma non troppo
06. Piano Quartet, Op. 47 II. Scherzo. Molto vivace
07. Piano Quartet, Op. 47 III. Andante cantabile
08. Piano Quartet, Op. 47 IV. Finale. Vivace
Uma gravação de altíssimo nível artístico de Suzuki e do Bach Collegium Japan. Fazia tempo que não ouvia algo com tanto senso de estilo e sensibilidade ao barroco quanto isto. Os concertos existentes de Johann Sebastian Bach para um cravo e cordas foram todos compostos antes de 1738, o que os torna alguns dos primeiros, se não os primeiros, concertos para teclado (o Primeiro não seria o Concerto Nº 5 de Brandenburgo?) — um gênero destinado a se tornar um dos mais populares na música clássica. Com toda a probabilidade, Bach os escreveu para seu próprio uso (ou o de seus filhos talentosos, tais como eu) – provavelmente para ser apresentado no Collegium Musicum de Leipzig, do qual ele assumiu o cargo de diretor em 1729. O persona exuberante que se encontra nos concertos parece refletir o quanto Bach aproveitou a oportunidade de se envolver com seus colegas músicos. Mas grande parte da música em si não era nova, muitos dos concertos de cravo de Bach são quase certamente transcrições de trabalhos anteriores escritos para outros instrumentos.
J.S. Bach (1685-1750): Concertos para Cravo Vol. 1
Harpsichord Concerto No. 1 in D Minor, BWV 1052 21’40
01 I. Allegro 7’23
02 II. Adagio 6’20
03 III. Allegro 7’57
Harpsichord Concerto No. 5 in F minor, BWV 1056 9’25
04 I. Allegro 3’11
05 II. Adagio 2’33
06 III. Presto 3’41
Harpsichord Concerto No. 8 in D minor, BWV 1059 R (reconstruction by M. Suzuki) 15’54
07 I. Allegro 6’17
08 II. (Siciliano) 6’05
09 III. Presto 3’32
Harpsichord Concerto No. 2 in E Major, BWV 1053 19’29
10 I. (Allegro) 8’04
11 II. Siciliano 4’31
12 III. Allegro 6’54
Masato Suzuki, cravo
Bach Collegium Japan
Masato Suzuki, regência
“Música Clássica para Leigos” (“Classical Music For Dummies”) é uma série de lançamentos projetados pela Deutsche Grammophon para oferecer aos leigos recém-chegados uma introdução perfeita ao mundo da música clássica.
A série é composta por 50 CDs de música clássica dedicados a diferentes compositores, maestros, pianistas, violinistas e cantores, a maioria contratados ou ex-contratados pela gravadora.
Rachmaninoff – The Essencials
Sergei Vasilievich Rachmaninoff (Semyonovo, 1 de abril de 1873 — Beverly Hills, 28 de março de 1943) foi um compositor, pianista e maestro russo, um dos últimos grandes expoentes do estilo Romântico na música erudita ocidental.
Rachmaninoff é tido como um dos pianistas mais influentes do Século XX. Seus trejeitos técnicos e rítmicos são lendários, e suas mãos largas eram capazes de cobrir um intervalo de uma 13ª no teclado (um palmo esticado de cerca de 30 centímetros). Especula-se se ele era ou não portador da Síndrome de Marfan, já que se pode dizer que o tamanho de suas mãos correspondia à sua estatura, algo entre 1,91 e 1,98 m. Ele também possuía a habilidade de executar composições complexas à primeira audição. Muitas gravações foram feitas pela Victor Talking Machine Company, com Rachmaninoff executando composições próprias ou de repertórios populares.
Sua reputação como compositor, por outro lado, tem gerado controvérsia desde sua morte. A edição de 1954 do Grove Dictionary of Music and Musicians notoriamente desprezou sua música como “monótona em textura… consistindo principalmente de melodias artificiais e feias” e previu seu sucesso como “não duradouro”. Harold C. Schonberg, em seu livro A Vida dos Grandes Compositores, considerou que a referência “figura entre as mais esnobes e estúpidas jamais encontradas em um livro que supostamente deve ser objetivo”. De fato, não apenas os trabalhos de Rachmaninoff tornaram-se parte do repertório padrão, mas sua popularidade tanto entre músicos quanto entre ouvintes vem, no mínimo, crescendo desde a segunda metade do Século XX, com algumas de suas sinfonias e trabalhos orquestrais, canções e músicas de coral sendo reconhecidas como obras-primas ao lado dos trabalhos para piano, mais populares.
Suas composições incluem, dentre várias outras: quatro concertos para piano; a famosa Rapsódia sobre um tema de Paganini; três sinfonias; duas sonatas para piano; três óperas; uma sinfonia para coral (The Bells, ou Os Sinos, baseado no poema de Edgar Allan Poe); vinte e quatro prelúdios(incluindo o famoso Prelúdio em Dó Sustenido Menor); dezessete études; muitas canções, sendo as mais famosas a V molchanyi nochi taynoi (No Silêncio da Noite), Lilacs e a sem-letra Vocalise; e o último de seus trabalhos, as Danças Sinfônicas. A maioria de suas peças é carregada de melancolia, um estilo romântico tardio lembrando Tchaikovsky, embora apareçam fortes influências de Chopin e Liszt. Inspirações posteriores incluem a música de Balakirev, Mussorgsky, Medtner e Henselt.
Rachmaninoff – The Essencials 01. Mischa Maisky – Vocalise, Op. 34, No. 14 – Version For Cello And Piano 02. Lilya Zilberstein – 13 Preludes, Op. 32 : No. 12 in G-Sharp Minor: Allegro 03. Lilya Zilberstein – 13 Preludes, Op. 32 : No. 4 in E Minor: Allegro con brio 04. Lilya Zilberstein – 13 Preludes, Op. 32 : No. 5 in G Major: Moderato 05. Lilya Zilberstein – 13 Preludes, Op. 32 : No. 2 in B-Flat Minor: Allegretto 06. Tamás Vásáry – Rhapsody On A Theme Of Paganini, Op.43 : Introduction, Variation 1, 2, 3, 4, 5, 6 07. Tamás Vásáry – Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 : Variation 16 und 17 08. Tamás Vásáry – Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 : Variation 18 09. Sergej Larin – The Bells, Op. 35 : 1. Allegro ma non tanto (Silver Bells) 10. Sviatoslav Richter – Piano Concerto No. 2 in C Minor, Op. 18 : 1. Moderato 11. Sviatoslav Richter – Piano Concerto No. 2 in C Minor, Op. 18 : 2. Adagio sostenuto 12. Sviatoslav Richter – Piano Concerto No. 2 in C Minor, Op. 18 : 3. Allegro scherzando 13. Sviatoslav Richter – 10 Preludes, Op. 23 : No. 5 Alla marcia in G Minor 14. Galina Vishnevskaya – 15 Romances, Op.26 : No. 12 Noch′ pechal′na 15. Galina Vishnevskaya – 6 Romances, Op.4 : No. 4 Ne poy, krasavitsa, pri mne 16. Galina Vishnevskaya – 14 Romances, Op. 34 : No. 8 Muzyka 17. Galina Vishnevskaya – 12 Romances, Op. 14 : No. 11 Vesenniye vody 18. Berliner Philharmoniker – Symphony No. 1 in D Minor, Op. 13 : 2. Allegro animato 19. Berliner Philharmoniker – Symphonic Dances, Op. 45 : I. Non allegro 20. Berliner Philharmoniker – Symphonic Dances, Op. 45 : II. Andante con moto (Tempo di valse) 21. Berliner Philharmoniker – Symphonic Dances, Op. 45 : 3. Lento assai – Allegro vivace 22. Tamás Vásáry – Piano Concerto No. 3 in D Minor, Op. 30 : 1. Allegro ma non tanto 23. Berliner Philharmoniker – Symphony No. 2 in E Minor, Op. 27 : 3. Adagio 24. Berliner Philharmoniker – The Isle Of The Dead, Op. 29 25. Berliner Philharmoniker – The Rock, Op. 7
Palhinha –08. Tamás Vásáry – Rhapsody on a Theme of Paganini, Op. 43 : Variation 18.
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Um bonito disco de peças francesas do século XVIII para cravo. Luc Beauséjour é um músico muito elogiado não apenas por seu virtuosismo e pela sutileza de sua execução, mas porque nunca deixa de ter ideias quando se trata de oferecer programas cheios de originalidade. Para este álbum, Le rappel des oiseaux, o cravista propõe uma seleção de obras de compositores barrocos franceses, incluindo Rameau, Couperin, d’Agincourt e Daquin, inspiradas em pássaros. Muito mais do que exercícios técnicos para imitar o cantar de algumas belas criaturas emplumadas, o programa apresenta peças que oferecem tanto lindas melodias quanto sofisticados comentários musicais. Esses curtos retratos de aves — cucos, rouxinóis, galinhas, etc. — escritos por compositores franceses da primeira metade da década de 1700, são pequenas joias.
Rameau e vários outros compositores franceses: ‘Le Rappel des Oiseaux’ e outras peças (Luc Beauséjour)
1 Jean-Philippe Rameau – Le Rappel des Oiseaux
2 François D’Agincour – Les Tourterelles
3 Louis-Claude Daquin – Le Coucou
4 François Couperin – Le Rossignol-en-amour
5 François Couperin – La Linote-éfarouchée
6 François Couperin – Les Fauvétes Plaintives
7 François Couperin – Le Rossignol-Vainqueur
8 Antoine Dornel – Les Tourterelles
9 Louis-Claude Daquin – L’Hirondelle
10 Jacques Duphly – Les Colombes
11 François D’Agincour – La Fauvette
12 François Couperin – Les Coucous Bénévoles
13 Antoine Dornel – Le Chant de l’Alloüette
14 Antoine Dornel – Le Petit Ramage
15 Jean-François Dandrieu – Le Concert des Oiseaux
16 François Couperin – Le Gazoüillement
17 Pierre Février – Les Tendres Tourterelles
18 Jean-Philippe Rameau – La Poule
Este é um dos mais extraordinários discos do jazz. Tentarei dizer porquê. Não basta ser belo. Os bastidores do belo envolvem um infinito – e deflagram também um infinito em cada um que o contempla. Imagine-se de repente desperto num planeta no qual tudo é novo, você caiu ali de paraquedas e precisa sobreviver, em meio aos inquietos e intensos habitantes. Você quer interagir, encontrar seu lugar naquele contexto – não tem escolha. Você quer ser aceito e luta por conhecer as regras da casa. Para, olha, escuta, fala, segue e não quer ser atropelado nem pisar em falso. Próximo vê uma flor no chão da esquina, acolá uma avalanche! Corre! Quem são aqueles? Quem sou eu aqui? Procura entender e ser entendido. Parece que caiu num livro do Ray Bradbury (ou Kafka!). Pois bem. Neste disco o fabuloso saxofonista Stan Getz se vê diante de desafios semelhantes. O compositor Eddie Sauter (discípulo de Bartok) elaborou uma suíte, uma estupenda orquestração de cordas, uma floresta de timbres, uma metrópole de harmonias, onde o intrépido improvisador é atirado sem qualquer linha melódica definida. Ele poderá contar se muito com algumas cifras harmônicas, como ventoinhas para se guiar conforme as brisas e tempestades sonoras. A orquestra é um Golias, ele um Davi. Precisa lutar, algumas vezes para não profanar a delicada textura orquestral que o envolve, outras vezes para não ser engolido, esmagado, tolhido pela dinâmica endiabrada da orquestra; pela variedade de situações harmônicas e rítmicas. A orquestra o provoca, o seduz, por vezes cobra sedução. Em certo momento se vê numa verdadeira arena, diante da bateria infernal de Roy Haines. Briga, dialoga, sobrevive, como o Superman na vasta Metrópolis. Mas chega de delongas. Ouçamos esta maravilha jazzística na qual o jazz reside precisamente no improvisador. Todo o resto é escrito com rigor ‘erudito’. Este é certamente um dos melhores e bem-sucedidos experimentos neste sentido. Ouçam, abandonem-se aos sons. Como disse algum poeta do qual me foge o nome, “a confiança no apoio invisível confere ao pássaro a coragem de se atirar no vazio”. Lamento que o compositor não tenha intentado regravar sua orquestração com diversos artistas, numa série de discos. Seria um tesouro inestimável para a música. Este breve texto, agradeço ao Black & White, que me permitiu produzi-lo de improviso – diríamos, jazzisticamente. Confesso que o cachorrinho branco do rótulo me incomoda. Vou pintá-lo de azul, assim fica ‘Black n Blues’.
FOCUS – STAN GETZ & EDDIE SAUTER
I’m Late, I’m Late
Her
Pan
I Remember When
Night Rider
Once Upon a Time
A Summer Afternoon
I’m Late, I’m Late – Bonus track
I Remember When – Bonus track
Stan Getz – Sax Tenor
Steve Kuhn – Piano
John Neves – Bass
Roy Haynes – Drums
Alan Martin, Norman Carr, Gerald Tarack – Violins
Jacob Glick – Viola
Bruce Roger – Cello
Eddie Sauter – Arranger
Hershy Kay – Conductor
A questão aqui é saber se o álbum é bom ou é irrelevante. The Cats é um disco de hard bop creditado ao saxofonista tenor John Coltrane e ao pianista Tommy Flanagan. Com eles, estão Idrees Sulieman no trompete e Kenny Burrell na guitarra, mais Louis Hayes na bateria e Doug Watkins no baixo. Os quatro primeiros fazem solos em todas as faixas, com a exceção de “How Long Has This Been Going On?” que apresenta Tommy Flanagan em um trio de piano com Doug Watkins e Louis Hayes. Os solos são certamente obras de profissionais, mas comparado a outros álbuns, esse em particular não tem muitos momentos memoráveis. Um disco apenas médio de uma época do jazz — 1957 — onde nasciam quase só obra-primas memoráveis. Seria bom mencionar que o susto que Flanagan nós dá em Solacium, onde ele cita o início da Fantaisie Impromptu de Chopin. Ou seja, os gatos deste CD são meio vagabundos.
Tommy Flanagan, John Coltrane, Kenny Burrell e Idrees Sulieman: The Cats
1 “Minor Mishap” – 7:26
2 “How Long Has This Been Going On?” (George and Ira Gershwin) – 5:58
3 “Eclypso” – 7:57
4 “Solacium” – 9:10
5 “Tommy’s Tune” – 11:58
Personnel
Idrees Sulieman – trumpet
John Coltrane – tenor saxophone
Tommy Flanagan – piano – trio track 2
Kenny Burrell – guitar
Doug Watkins – bass
Louis Hayes – drums
On “How Long Has This Been Going On” Sulieman, Coltrane and Burrell do not play.
“Música Clássica para Leigos” (“Classical Music For Dummies”) é uma série de lançamentos projetados pela Deutsche Grammophon para oferecer aos leigos recém-chegados uma introdução perfeita ao mundo da música clássica.
A série é composta por 50 CDs de música clássica dedicados a diferentes compositores, maestros, pianistas, violinistas e cantores, a maioria contratados ou ex-contratados pela gravadora.
Verdi – The Essencials
Giuseppe Verdi (1813-1901) foi músico italiano. Autor das óperas, “Otello”, “La Traviata”, “Rigoletto”, “Il Travatore”, “Aída”, entre outras. Foi o maior músico italiano do século XIX.
Giuseppe Verdi nasceu em Roncolle, hoje Roncole Verdi, ducado de Parma, próximo de Busseto, Itália, no dia 10 de outubro de 1813.
Quando nasceu, Roncole estava ocupada pelos franceses e Giuseppe Fortunino Francesco foi obrigatoriamente registrado como Joseph Fortunin François.
De família humilde, Verdi estudou música graças a seu benfeitor Antonio Barezzi. Em 1831, Ferdinando Povesi, regente da orquestra de Roncole, o enviou para estudar em Milão.
Porém, Verdi não foi aceito pelo Conservatório de Milão e passou três anos estudando com um músico do Scala. Na volta, obteve o cargo de diretor musical de sua cidade.
Nessa época, casa-se com Margherita, filho ade seu primeiro protetor. Juntos tiveram dois filhos.
Em 1939, estreou no Scala de Milão com a ópera, Oberto, Conde de San Bonifácio, conseguindo imediata aceitação de parte do público.
A apresentação da ópera foi seguida da morte de sua filha Virgínia, de seu filho Icílio e de sua esposa Margherita.
Desesperado, o compositor jurou que jamais ariaria outra ópera. Em 1842, no entanto, Nabuco obteve extraordinário sucesso em Milão, em parte por sua descrição do cativeiro judeu na Babilônia.
A celebridade de Verdi consolidou-se com uma série de óperas de temas literários e históricos: Ernani (1844), Joana d’Arc e Macbeth (1847).
Depois de uma estada em Paris, Verdi estabeleceu-se perto de Busseto com a soprano Giuseppina Strepponi, com quem manteve uma feliz e duradoura união, oficializada em 1859.
Em 1848, satisfeito com os acontecimentos da revolução, Verdi abandonou o gênero patriótico em suas óperas e escreveu três obras-primas: Rigoletto (1851), Il Trovatore (1853) e La Traviata (1853).
Tendo alcançado grande prestígio internacional, Verdi alternou a criação de obras para a Ópera de Paris com trabalhos artisticamente mais ambiciosos, como: “Simon Boccanegra” (1857), “Um Ballo in Maschera” (1859) e “La Forza del Destino” (1862).
Em 1860, com a Itália unificada, Verdi livrou-se dos censores austríacos. Por insistência do conde Cavour, tornou-se deputado por um breve período e não teve ativa participação política.
Em 1871, recebeu o convite e a encomenda de uma ópera para a inauguração do Canal de Suez. Verdi compôs a célebre Ainda, com que atingiu o auge de sua carreira, sempre auxiliado por sua nova companheira, a soprano Giuseppina, que faleceu em 1879.
Giuseppe Verdi, Também influenciado por sua mulher, compôs temas shakespearianos como as óperas “Otello” (1887) e “Falstaff” (1893), suas duas últimas óperas, que representaram o auge da integração entre os elementos musicais e dramáticos.
Verdi escreveu também um Requiem e muitas composições para piano e orquestra. Em seus últimos anos Verdi dedicou-se à composição de peças religiosas.
Em 1895, Giuseppe Verde recebeu do rei da Itália o título de Marquês de Busseto.
Giuseppe Verdi faleceu em Milão, Itália, no dia 27 de janeiro de 1901 cercado de respeito de toda a Itália.(ex-https://www.ebiografia.com/giuseppe_verdi/)
Verdi – The Essentials 01. La Traviata : Libiamo ne’lieti calici 02. Rigoletto : La donna è mobile 03. Nabucco : Va pensiero, sull’ali dorate 04. Aida : Grand March 05. Messa da Requiem : 2. Dies irae 06. La Traviata : Sempre libera 07. Aida : Se quel guerrier io fossi!..Celeste Aida 08. La Traviata : E strano! – Ah, fors’è lui 09. Il Trovatore : Stride la vampa! 10. Don Carlo : O don fatale 11. Falstaff : Dal labbro il canto estasiato vola 12. Otello : Esultate! 13. Rigoletto : Preludio 14. Un ballo in maschera : Ecco l’orrido campo 15. Il Trovatore : D’amor sull’ali rosee 16. La forza del destino : Overture (Sinfonia) 17. La Traviata : Tenesta la promessa…Attendo, né a me giungon mai…Addio del passato 18. Il Corsaro : Eccomi prigionero! 19. Macbeth- Version 1865 For The Paris Opéra : Una macchia è qui tuttora 20. La Traviata : Ah! Dite alla giovine 21. Il Trovatore : Di quella pira 22. Macbeth : Una macchia è qui tuttora 23. Nabucco / Act 1 : Gli arredi festivi 24. Aida : Overture 25. String Quartet In E Minor : 3. Prestissimo
Palhinha –03. Nabucco : Va pensiero, sull’ali dorate
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Martyn Hill é um nome inglês e a qualquer desavisado lembra nome de piloto de Fórmula 1. Realmente, Martyn é um inglês nascido em Kent, mas em vez de seguir na direção dos autódromos, dedicou-se à música. Estudou no King’s College, Cambridge e depois no Royal College of Music. Cantor de ópera e de recitais de canções, contribuiu com o Volume 10 do grande projeto de Graham Johnson reunindo em gravações pelo selo Hyperion todas as canções de Schubert. Martyn Hill também contribuiu para incontáveis gravações de óperas, oratórios e toda a sorte de música.
Neste disco ele revela uma outra abordagem para as principais canções do grande Ludovico, bastante diferente daquela oferecida pelos consagrados barítonos alemães. Acompanhado ao fortepiano pelo saudoso Christopher Hogwood, ele quase nos convence ser fácil cantar estas canções. Podemos pensar, mesmo que só por diversão, que podemos cantarolar lado a lado com ele, pelo menos aqueles trechos que já sabemos de cor.
Se você não conhece as principais canções do grande Ludovico, em especial o ciclo da Amada Distante, tem aqui uma boa oportunidade. Certamente esta não é a interpretação mais convencional, mas eu a considero a mais singela e humana entre as que conheço.
Este disco não foi muito bem recebido pela crítica quando lançado e submergiu com o fim dos LPs. Sua reencarnação como CD só ocorreu em meio a estas imensas coleções do tipo ‘todas as gravações da L’Oiseau-Lyre’. Mesmo que você volte posteriormente a ouvir as gravações por cantores mais incisivos, digamos assim, encontrará aqui um certo refrigério e uma boa hora de ótima música. Alerto, no entanto, que esta postagem ainda não esgotou as versões do ciclo de canções da Amada Distante!
Adrian Chandler e sua maravilhosa banda – La Serenissima – tem produzido alguns álbuns de música barroca que se destacam pela excelência musical, mas também por sair da rotina da escolha de repertório e pelos títulos. Já postamos alguns deles aqui, mais notoriamente ‘The Italian Job’, que reúne música de vários mestres do barroco italiano, maiores e menores.
Pois ele volta aqui com força total em um álbum que traz na capa o vestiário de um time de futebol cuja escalação enche os olhos de qualquer cartoleiro da música barroca. Vivaldi entra com a camisa 7. Não poderia pensar em melhor ponta esquerda!
Este novo projeto (o lançamento do disco é recente) surgiu de obras previamente escolhidas para projetos anteriores e que por esta ou aquela razão acabaram ficando de fora. Assim a propriedade do nome do álbum – Extra Time – nossa tradicional ‘Prorrogação’. E cada golaço fazem estes nossos compositores. Se bem que o Albinoni atua sob os arcos, como diriam os patrícios. Mas ouvindo sua Sinfonia com trompetes e oboés, diria que o Tadeu diria lá no Fantástico – Albinoni, como um gato… impediu o gol que era certo.
Enquanto Albinoni e Vivaldi são nomes bastante conhecidos dos amantes do barroco, os outros dois titulares do time são Giuseppe Antonio Brescianello e Nicola Matteis. Sobre o Nicola já demos informações em uma antiga postagem, que você pode revisitar clicando aqui. Italiano, atuou principalmente em Londres. Foi um excepcional violinista. Segundo Roger North, seria o reserva oficial de Arcangelo Corelli, titular de qualquer seleção.
Brescianello nasceu em Bologna (La Dotta, La Grassa, La Rossa!) mas há registros de suas atuações como músico e compositor em cortes e cidades que hoje se encontram na Alemanha.
De qualquer forma, temos um disco repleto de ótimas peças do repertório barroco que se alternam entre tradicionais concertos para violino e cordas e música para outras ocasiões, envolvendo trompetes, oboés e tímpanos. Viva o Barroco!
Tomaso Albinoni (1671 – 1751)
Sinfonia de ‘La Statira’ para 2 Trompetes, 2 Oboés, Cordass & Continuo
Allegro
Andante
Allegro
Antonio Vivaldi (1678 – 1740)
Concerto per la Solennità di S. Lorenzo para Violino, Cordas & Continuo em fá maior, RV 286
Largo molto e spiccato
Andante molto
Largo
Allegro non molto
Giuseppe Antonio Brescianello (1690 – 1758)
Concerto para Violino, Cordas & Continuo em sol maior, Bre 9
Allegro
Largo
Allegro
Nicola Matteis (c. 1670 – c. 1690)
Balletto di Cavalieri Romani, Spagnuoli, e Africani do Ato III de ‘Scipione nelle Spagne’ (Antonio Caldara) para 4 Trompetes, Timpani, 2 Oboés, Fagote, Cordas & Continuo em dó maior
Balletto
Antonio Vivaldi (1678 – 1740)
Concerto per Sua Maestà Cattolica Cesarea para Violino, Cordas & Continuo em dó maior, RV 171
Allegro
Largo
Allegro non molto
Concerto para Violino, Cordas & Continuo em si bemol maior, RV 365
Allegro poco
Largo
Allegro
Nicola Matteis (c. 1670 – c. 1690)
Ballo do Ato III de ‘Cajo Marzio Coriolano’ para 4 Trompetes, Timpani, 2 Oboés, Fagote, Cordas & Continuo em dó maior
Momento ‘I adore my English teacher’: The entire repertoire of La Serenissima is edited by director Adrian Chandler from manuscript or contemporary printed sources, a testament to its vision to enrich life by sharing its passion for Italian baroque music.
Já dizia o grande J. Jota de Moraes que os concertos de Bach eram “atléticos”. E são mesmo. São movimentados, com pulso constante e rápido. Há urgência mesmo nos movimentos lentos. E também são joias que, se bem trabalhadas, rendem muita música. Este disco tem uma curiosidade: a transcrição da Suíte (ou Abertura) Orquestral Nº 1 para dois cravos. Fujo deste tipo de coisa, mas fiquei alegremente surpreso com o lindo trabalho. O resultado me convenceu totalmente, assim como os outros 3 concertos do CD. Um disco absolutamente feliz para nos ajudar a enfrentar os dias de que correm. Precisamos disso. O trabalho dos Suzuki e do Bach Collegium Japan é maravilhoso. Vale muito a audição.
J. S. Bach (1685-1750): Concertos para dois cravos
Concerto in C minor, BWV1062 13’48
01 I. 3’32
02 II. Andante e piano 5’54
03 III. Allegro assai 4’22
Concerto in C major, BWV1061 18’15
04 I. 7’21
05 II. Adagio ovvero Largo 4’55
06 III. Fuga. Vivace 5’59
Orchestral Suite No.1 in C major, BWV1066 24’06
07 I. Ouverture 9’59
08 II. Courante 2’24
09 III. Gavotte I/II 2’44
10 IV. Forlane 1’17
11 V. Menuet I/II 2’42
12 VI. Bourrée I/II 2’14
13 VII. Passepied I/II 2’46
Concerto in C minor, BWV1060 13’18
14 I. Allegro 4’47
15 II. Largo ovvero Adagio 5’02
16 III. Allegro 3’29
Masaaki Suzuki, cravo
Masato Suzuki, cravo
Bach Collegium Japan
Esse belíssimo CD caiu-me em mãos por acaso, quando procurava novidades na internet. Primeiramente, o nome de Jean-Pierre Rampal se destacava, e qualquer gravação deste genial flautista me atrai. O clarinetista francês Paul Meyer me era desconhecido até então, e quando fui procurar maiores informações a seu respeito descobri que, além de termos a mesma idade, ele nasceu apenas poucos dias após o meu nascimento. Curioso, não acham? Pensei comigo mesmo que se ele estava tocando com um músico da estatura de Rampal, com certeza tinha suas qualidades. E não me decepcionei.
Destaco que ele gravou este CD com pouco menos de trinta anos, e já demonstrava uma tremenda maturidade artística aliada a uma técnica muito apurada. Os dois concertos de Pleyel são obras para serem tocadas por virtuoses, reza a lenda que foram compostos para um dos maiores clarinetistas do começo do século XIX. Além disso tudo, o próprio Meyer escreveu as cadenzas.
Rampal dispensa apresentações, foi um dos maiores flautista de todos os tempos, e aqui encara a aventura da regência, frente à ótima Franz Liszt Chamber Orchestra, conjunto húngaro que o acompanhou por muitos anos.
Estou anexando ao arquivo o booklet. Espero que apreciem.
01. Concerto pour clarinette en si bémol majeur – Allegro vivace
02. Concerto pour clarinette en si bémol majeur – Adagio
03. Concerto pour clarinette en si bémol majeur – Allegro
04. Concerto pour clarinette en ut majeur – Allegro
05. Concerto pour clarinette en ut majeur – Adagio
06. Concerto pour clarinette en ut majeur – Allegro molto
07. Sinfonie concertante pour flûte & clarinette en si bémol majeur – Allegro mod
08. Sinfonie concertante pour flûte & clarinette en si bémol majeur – Larghetto
09. Sinfonie concertante pour flûte & clarinette en si bémol majeur – Allegretto
Paul Meyer – Clarinette
Jean-Pierre Rampal – Flute, Conductor
Franz Liszt Chamber Orchestra
Um disco FANTASQUE! Com sabor gálico! Eu disse gálico, não gárlico… Brincadeiras à parte, temos aqui um disco maravilhoso reunindo quatro sonatas para violino e piano de quatro mestres franceses, compostas ao longo de um período de perto de 70 anos. Da Sonata No. 1 de Gabriel Fauré, composta em sua juventude, passamos para a Sonata para violino de Debussy, escrita quando ele já estava no fim de sua vida e faz parte de um conjunto planejado para seis sonatas, das quais apenas três chegaram a ser completadas. Depois a segunda sonata de Ravel, pois acabaram descobrindo uma primeira sonata mais de juventude, e a sonata de Poulenc, já mais modernosa, mas ainda com todos as características da tradição de sonatas para violino francesas.
Claro, há outras belíssimas sonatas que poderiam ter chegado ao disco, como a de César Franck, que nasceu em Liège, mas classifica para nossas ‘sonatas francesas’, para citar apenas uma. Para que olhar para a grama verde do vizinho, se já temos aqui um painel esplêndido para um recital e tanto, não acham?
Falando um pouco nos intérpretes, Franziska Pietsch é violinista nascida em Berlim Oriental de uma família de músicos, foi criança prodígio. Mudou-se para Berlim Ocidental em 1986 e estudou com Ulf Hoelscher e depois com Dorothy DeLay, na Julliard School, em Nova Iorque. Foi spalla em várias orquestras e também atou com solista e como musicista de câmera.
O pianista Josu De Solaun é um pianista espanhol que ganhou o primeiro prêmio em uma edição da Competição Internacional de Piano de Bucareste, como antes dele o fizeram Radu Lupu e Elisabeth Leonskaja. Seus principais professores foram Nina Svetlanova e Horacio Gutiérrez.
O libreto que está no pacote tem muito bom texto escrito pelo De Solaun, no qual ele explica a escolha do repertório do disco feita pela dupla de músicos: ‘Debussy e seu mundo de sonhos aforísticos; a mistura de humor sardônico com a sensualidade e gravitas sutilmente disfarçada de Poulenc; a urbanidade eclética, pastoral, melancólica de Ravel; e a nostálgica finesse e a aristocrática verve de Fauré’.
Realmente, um disco muito, muito bom. Dos adjetivos usados pelo De Solaun, sensualidade é o que transparece no som produzido pela dupla. Achei, na primeira audição, que o andamento escolhido era um pouquinho lento, mas depois, me rendi completamente. Gostei demais. Especialmente da sonata do Ravel. O movimento lento, um Blues, moderato, é especial. E a maneira como o piano e o violino provocam um ao outro, logo no início do último movimento, vale o disco. Não se faça de rogado, estes dois músicos não são ícones dos seus respectivos instrumentos, mas são espetaculares!
Em abril de 2019 éramos felizes sem o saber e eu postei um álbum maravilhoso – uma coletânea de peças barrocas interpretadas pelo Palladian Ensemble, com o cativante nome An Excess of Pleasure. Duas faixas daquele álbum me chamaram demais a atenção – Aria sopra la Bergamasca, de Marco Uccellini, e uma Ayre de Nicola Matteis chamada Diverse bizzarie sopra la Vecchia Sarabanda o pur Ciaccona.
Pois não foi com pouco espanto que reencontrei as duas peças neste álbum da postagem, aqui com outras plumas, interpretadas por um conjunto de bandolins. Em italiano, mandolinos. Como gostei do disco todo, presto postei-o.
A palavra mandola surgiu pela primeira vez como referência a um instrumento musical nas descrições do casamento de Ferdinando de Medici e Christiane of Lorraine, em Florença. O grande construtor de instrumentos Stradivarius definiu mandola como um instrumento de tamanho médio com o tampo em forma de uma amêndoa, um tipo de alaúde, e usou a palavra mandolino para descrever o mesmo instrumento em tamanho menor. Outras denominações são leutino e armandolino.
A esta altura você deve estar impressionado com minha erudição e perguntando-se como o René sabe de tudo isto? Bom, revelo o segredo: li no livreto que acompanha o arquivo de músicas…
Além das lindas peças de Uccellini e Matteis, temos um concertinho de Vivaldi, sonatas de Evaristo Felice dall’Abaco, Carlo Arrigoni e Dario Castello, Domenico Scarlatti e duas peças dos teutônicos John Sigismund Weiss e Johann Friedrich Fasch. John Sigismund era irmão de Silvius Leopold Weiss e de Jiuliana Margaretha, filhos de Johann Jacob Weiss. Todos grandes alaudistas. Silvius Leopold era amigo de Wilhelm Friedemann Bach e conheceu Johann Sebastian por ele.
O disco é uma festa de sonoridades agradabilíssimas, com produção impecável e variação suficiente nos andamentos das peças. Prepare-se para uma hora de grandes prazeres…
Evaristo Felice dall’Abaco (1675 – 1742)
Concerto a più instrumenti Op. V. 6
Allegro
Aria cantabile
Ciacona alegro spiccato – Rondeau
Allegro
Carlo Arrigoni (1697 – 1744)
Sonata per mandolino basso
Preludio
Allegro
Adagio
Allegro
Dario Castello (Veneza, século 17)
Sonata seconda a soprano solo
Sonata
Nicola Matteis (1670 – 1749)
Ayr
Diverse bizzarie sopra la Vecchia Sarabanda o pur Ciaccona
Na contracapa do álbum podemos ler muitas loas ao conjunto… Their playing is expressive, their dinamics extremely flexible, the suppleness of their phrasing inpregnated with warmth and generosity, and their virtuosityis extraordinary.