Christoph Willibald Gluck – Orfeo ed Euridice – Sylvia McNair & Cyndia Sieden & Derek Lee Ragin & The Monteverdi Choir & English Baroque Soloists & John Eliot Gardiner

Ainda não consigo acreditar que esta ópera nunca havia sido postada aqui no PQPBach. Provavelmente foi por esquecimento. Todos achavam que ela já havia aparecido por aqui, porém nunca nenhum dos colegas postou.
Vamos suprir esta falha. Uma obra prima desta envergadura é obrigatória na CDteca de qualquer fã da boa música. E como ando bonzinho ultimamente por ter conseguido consertar meu computador, vou lhes antecipar o presente de Natal, com direito a libreto e tudo.
O verbete sobre Gluck em português na Wikipedia é um dos mais completos que já tive a oportunidade de ler. Bem pesquisado, amparado em boa bibliografia, pode-se identificar que quem o escreveu conhece o assunto. Por isso lhes passo o link. O texto abaixo foi tirado de lá:

A ocasião para levar à cena a sua primeira ópera reformada ocorreu em 5 de outubro de 1762 por ocasião dos festejos em homenagem ao imperador Francisco I. A coreografia foi de Gasparo Angiolini e a cenografia de Giovanni Maria Quaglio. O libreto de Calzabigi para Orfeo ed Euridice era radical. Ao contrário de todas as versões anteriores da lenda grega levadas aos palcos, a ação começa com Euridice já morta. Os personagens são reduzidos a três: Orfeu, que domina a cena na maior parte do tempo, Euridice e o deus Amor, além de um coro que assume várias funções. A poesia é simples, leve e nobre e o coro desempenha papel fundamental em toda a trama. A inspiração principal do libretista foi o teatro clássico; dizia: “Reduzido à forma da tragédia grega, o drama [cantado] tem o poder de despertar a piedade e o terror e atuar sobre a alma da mesma forma que as tragédias faladas”. Apesar disso, ele rejeitou o cânone aristotélico da unidade de ação e deu liberdade ao desenvolvimento. Em termos musicais, Gluck baniu a ária da capo (AABBAA), inibindo os excessos de virtuosismo dos cantores. Não há espaço para improvisações e os recitativos acompanhados se tornaram tão importantes para a evolução do enredo quanto as árias, bailados e coros. A história dos amantes é narrada muito direta e intensamente, inserida em uma arquitetura integrada e contínua, sem as repetições e interrupções que caracterizavam a ópera italiana. Foi essencial para o sucesso a extraordinária performance do castrato Gaetano Guadagni no papel de Orfeu. Dono de uma voz poderosa e treinado pelo ator David Garrick, levou para a caracterização do personagem um profundo entendimento da proposta de Gluck e um vasto repertório de movimentos e gestos que enfatizavam o texto e aproveitavam a dinâmica da música.[12][13]
Na versão francesa de 1774, estreada em 2 de agosto no Palais Royal e intitulada Orphée et Eurydice, várias coisas importantes foram modificadas. Orfeu foi cantado por um tenor e teve sua parte rearranjada, a orquestração mudou e foram acrescentadas várias árias e cenas de dança. O efeito não se perdeu: artigos na imprensa parisiense louvaram a obra entusiasticamente dizendo que ela exibia o poder prodigioso que a Antiguidade atribuía à Música: o poder de tocar as almas, e registros do público se multiplicavam dizendo-se “transportados para o coração de um templo grego”, ou “imersos no tempo das antigas tragédias”. Outros diziam-se perturbados e iam às lágrimas, “tomados das mais violentas emoções”.
Embora no mito original Orfeu no fim perca sua Eurídice para sempre por violar um voto feito aos deuses, e ao contrário de outras versões de outros autores, na sua ópera o final é feliz, o erro de Orfeu é perdoado pelo Amor e o herói é recompensado por sua fidelidade à amada, que lhe é restituída, encerrando a obra com um alegre bailado. Após as dificuldades o bem é recompensado e o equilíbrio é restaurado. Isso significava que o destino não era pré-determinado, ou pelo menos não tão absolutamente como no drama grego, e sua música inovadora provava que a mudança era possível, apelando a uma sensibilidade emergente em um público novo, que buscava uma âncora para anseios difusos. A proposta de Gluck e seus amigos era a proposta de uma revolução moral e social, tanto quanto estética, como foi reconhecido ainda em sua geração, especialmente pelos franceses. Orfeo é a obra mais popular de Gluck, uma de suas realizações mais importantes e um marco na história da música ocidental. Berlioz fez uma adaptação pesadamente rearranjada da versão francesa, muito estimada no século XIX e ainda executada.”

1. Orfeo ed Euridice, Wq. 30 – Overtura
2. Orfeo ed Euridice (Orphée et Euridice) – Act 1 – “Ah, se intorno a quest’urna funesta”
3 Orfeo ed Euridice (Orphée et Euridice) – Act 1 – “Basta, basta, o compagni!”
4 Orfeo ed Euridice (Orphée et Euridice) – Act 1 – Ballo (Larghetto)
5 Orfeo ed Euridice (Orphée et Euridice) – Act 1 – “Ah, se intorno a quest’urna funesta”
6 Orfeo ed Euridice (Orphée et Euridice) – Act 1 – “Chiamo il mio ben così”
7 Orfeo ed Euridice (Orphée et Euridice) – Act 1 – “T’assiste Amore!”
8 Orfeo ed Euridice (Orphée et Euridice) – Act 1 – “Gli sguardi trattieni”
9 Orfeo ed Euridice (Orphée et Euridice) – Act 1 – “Che disse? che ascoltai?”
10 Orfeo ed Euridice, Wq. 30 / Act 2 – Ballo (Maestoso) – “Chi mai dell’Erebo”
11 Orfeo ed Euridice, Wq. 30 / Act 2 – “Deh! placatevi con me”
12 Orfeo ed Euridice, Wq. 30 / Act 2 – “Misero giovane”
13 Orfeo ed Euridice, Wq. 30 / Act 2 – Ballo (Andante)
14 Orfeo ed Euridice (Orphée et Euridice) – Act 2 – “Che puro ciel, che chiaro sol”
15 Orfeo ed Euridice (Orphée et Euridice) – Act 2 – “Vieni a’ regni del riposo”
16 Orfeo ed Euridice (Orphée et Euridice) – Act 2 – Ballo (Andante)
17 Orfeo ed Euridice (Orphée et Euridice) – Act 2 – “Anime avventurose”

Disc 2
1 Orfeo ed Euridice (Orphée et Euridice) – Act 3 – “Vieni, segui i miei passi”
2 Orfeo ed Euridice (Orphée et Euridice) – Sung in Italian/Vienna version (1762) – Act 3 – “Vieni, appaga il tuo consorte!”
3 Orfeo ed Euridice, Wq. 30 / Act 3 – “Qual vita è questa mai”
4 Orfeo ed Euridice, Wq. 30 / Act 3 – “Che fiero momento”
5 Orfeo ed Euridice, Wq. 30 / Act 3 – “Ecco un nuovo tormento”
6 Orfeo ed Euridice, Wq. 30 / Act 3 – “Che farò senza Euridice?”
7 Orfeo ed Euridice (Orphée et Euridice) – Act 3 – “A finisca e per sempre”
8 Orfeo ed Euridice (Orphée et Euridice) – Act 3 – Maestoso – Ballo: 1. (Grazioso) 2. Allegro 3. Andante 4. Allegro
9 Orfeo ed Euridice, Wq. 30 / Act 3 – “Trionfi Amore!”

Derek Lee Ragin (mez) Orfeo
Sylvia McNair (sop) Euridice
Cyndia Sieden (sop) Amore
Monteverdi Choir
English Baroque Soloists
John Eliot Gardiner Conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
[mp3-320 kbps] – 2 CDs – 301 MB

Link restaurados em 28 de Dezembro de 2023 por RD

Jean-Philippe Rameau (França, 1683-1764) – Les fêtes d’Hébé ou Les talens lyriques – Les Arts Florissants, dir. William Christie, Daneman, Connolly, Fouchécourt, Agnew, Félix – 1997

Jean-Philippe Rameau
França, 1683-1764

Les fêtes d’Hébé ou Les talens lyriques

Les Arts Florissants
dir. William Christie

Daneman, Connolly, Fouchécourt
Agnew, Félix

1997

Les fêtes d’Hébé, ou Les talens lyriques é uma opera-ballet com um prólogo e três entradas (atos) do compositor francês Jean-Philippe Rameau. O libreto foi escrito por Antoine Gautier de Montdorge (1707-1768). O trabalho foi realizado pela primeira vez em 21 de maio de 1739 pela Académie Royale de Musique em seu teatro no Palais Royal em Paris.

Les fêtes d’Hébé toma a forma de uma típica ópera-ballet: uma série de atos autônomos vagamente baseados em torno de um tema, neste caso as “artes líricas” da poesia, da música e da dança.

Les fêtes d’Hébé foi a segunda ópera-balé de Rameau; seu primeiro, Les Indes galantes, apareceu em 1735. Foi apresentado pela primeira vez na Opéra de Paris em 21 de maio de 1739. A famosa dançarina Marie Sallé apareceu como Terpsichore na terceira entrada. Montdorge era amigo do patrono de Rameau, Alexandre Le Riche de La Poupelinière. Seu libreto foi alvo de pesadas críticas e a segunda entrada teve que ser revisada com a ajuda de Simon-Joseph Pellegrin, que escrevera as palavras para a primeira ópera de Rameau, Hippolyte et Aricie. Apesar do libreto fraco, o trabalho foi um sucesso imediato e se tornou uma das óperas mais populares de Rameau, desfrutando de 80 apresentações em seu primeiro ano. Foi revivido em 1747, 1756 e 1764 (com projetos de conjuntos supervisionados por François Boucher e o papel de Iphise assumido por Sophie Arnould). Posteriormente, as produções do século XVIII deram apenas versões parciais do trabalho. (Wikipedia)

Depois do escândalo de criar Hippolyte et Aricie e de representações tempestuosos e controversas como Les Indes galantes, Jean-Philippe Rameau finalmente adquire uma fama inegável com a ópera-ballet Les Fêtes d’Hebe ou Les talens lyriques.

Criado na Royal Academy of Music em Paris 21 de maio de 1739, o trabalho será repetido com sucesso consistente até 1770. O prólogo retrata Hebe, deusa da juventude, assediada por prazeres e forçada a fugir para o Olimpo para encontrar sua salvação nos braços do Amor. Um espetáculo traça as vitórias deste deus através de três entradas, intituladas “Poesia”, “Música” e “Dança”.

Com um livreto projetado principalmente para brilhar, cantar e dançar em tons sucessivamente épicos, líricos e pastorais, Rameau pode dar livre curso à sua genialidade. O coreógrafo Thomas Lebrun faz uma leitura resolutamente contemporânea do ballet de ópera de Rameau.(https://www.operadeparis.fr/saison-16-17/opera/les-fetes-dhebe-ou-les-talens-liriques)

As 80 faixas podem ser encontradas aqui.

Les fêtes d’Hébé ou Les talens lyriques – 1997
Les Arts Florissants
dir. William Christie

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – CD1 + CD2
XLD RIP | FLAC | 720 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – CD1 + CD2
MP3 | 320 KBPS | 470 MB

powered by iTunes 12.8.0 |   2h 30 min

Por gentileza, quando tiver problemas para descompactar arquivos com mais de 256 caracteres, para Windows, tente o 7-ZIP, em https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ e para Mac, tente o Keka, em http://www.kekaosx.com/pt/, para descompactar, ambos gratuitos.

.
If you have trouble unzipping files longer than 256 characters, for Windows, please try 7-ZIP, at https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ and for Mac, try Keka, at http://www.kekaosx.com/, to unzip, both at no cost.

Boa audição!

Avicenna

 

 

J. S. Bach (1685-1750): Sonatas e Partitas para Violino Solo & Suítes para Violoncelo Solo transcritas para o Cravo por Gustav Leonhardt

J. S. Bach (1685-1750): Sonatas e Partitas para Violino Solo & Suítes para Violoncelo Solo transcritas para o Cravo por Gustav Leonhardt

Uma interessantíssima curiosidade este CD triplo. Trata-se da primeira gravação completa das Sonatas e Partitas (para violino) e Suites para Violoncelo Solo de Bach na transcrição para cravo de Gustav Leonhardt. Ou, melhor dizendo, a gravação tem tudo aquilo que Leonhardt transcreveu, que não foram todas as 12 peças, OK? A transcrição dessas obras, originalmente escritas para um instrumento solo de cordas requeria a mão de um mestre e aqui Gustav Leonhardt certamente comprova sua profunda percepção do mundo sonoro de Bach e das possibilidades do cravo nessas transcrições, que apresentam contraponto e harmonias complexas. O próprio Bach transcreveu muitos de seus próprios trabalhos e os de outros para diferentes instrumentos. Ou seja, estamos no barroco e a postura não é abusiva, tá?

J. S. Bach (1685-1750): Sonatas e Partitas para Violino Solo & Suítes para Violoncelo Solo transcritas para o Cravo

1. Sonata in D Minor, BWV 1001: I. Adagio 03:37
2. Sonata in D Minor, BWV 1001: II. Fuga allegro 04:48
3. Sonata in D Minor, BWV 1001: III. Siciliana 02:40
4. Sonata in D Minor, BWV 1001: IV. Presto 02:59

5. Partita in E Minor, BWV 1002: I. Allemanda 03:49
6. Partita in E Minor, BWV 1002: II. Double 02:13
7. Partita in E Minor, BWV 1002: III. Corrente 02:38
8. Partita in E Minor, BWV 1002: IV. Double. Presto 03:14
9. Partita in E Minor, BWV 1002: V. Sarabande 02:21
10. Partita in E Minor, BWV 1002: VI. Double 02:06
11. Partita in E Minor, BWV 1002: VII. Tempo di borea 02:03
12. Partita in E Minor, BWV 1002: VIII. Double 02:14

13. Partita in G Minor, BWV 1004: I. Allemanda 04:41
14. Partita in G Minor, BWV 1004: II. Corrente 02:55
15. Partita in G Minor, BWV 1004: III. Sarabanda 03:54
16. Partita in G Minor, BWV 1004: IV. Giga 04:56
17. Partita in G Minor, BWV 1004: V. Ciaccona 13:57

18. Sonata in G Major, BWV 1005: I. Adagio, BWV 968 03:14
19. Sonata in G Major, BWV 1005: II. Fuga 09:32
20. Sonata in G Major, BWV 1005: III. Largo 02:20
21. Sonata in G Major, BWV 1005: IV. Allegro assai 05:23

22. Partita in A Major, BWV 1006: I. Preludio 04:23
23. Partita in A Major, BWV 1006: II. Loure 02:28
24. Partita in A Major, BWV 1006: III. Gavotte en rondeau 02:54
25. Partita in A Major, BWV 1006: IV. Menuet I 01:03
26. Partita in A Major, BWV 1006: V. Menuet II 01:38
27. Partita in A Major, BWV 1006: VI. Bourrée 01:43
28. Partita in A Major, BWV 1006: VII. Gigue 02:05

29. Suite in E-Flat Major, BWV 1010: I. Praeludium 03:52
30. Suite in E-Flat Major, BWV 1010: II. Allemande 04:55
31. Suite in E-Flat Major, BWV 1010: III. Courante 03:13
32. Suite in E-Flat Major, BWV 1010: IV. Sarabande 03:46
33. Suite in E-Flat Major, BWV 1010: V. Bourrée I 01:53
34. Suite in E-Flat Major, BWV 1010: VI. Bourrée II 00:49
35. Suite in E-Flat Major, BWV 1010: VII. Bourée I 01:34
36. Suite in E-Flat Major, BWV 1010: VIII. Gigue 02:57

37. Suite in C Minor, BWV 1011: I. Prelude 05:44
38. Suite in C Minor, BWV 1011: II. Allemande 05:11
39. Suite in C Minor, BWV 1011: III. Courante 02:10
40. Suite in C Minor, BWV 1011: IV. Sarabande 03:15
41. Suite in C Minor, BWV 1011: V. Gavotte I 01:49
42. Suite in C Minor, BWV 1011: VI. Gavotte II en rondeau 00:50
43. Suite in C Minor, BWV 1011: VII. Gavotte I 58
44. Suite in C Minor, BWV 1011: VIII. Gigue 02:16

45. Suite in D Major, BWV 1012: I. Prelude 04:09
46. Suite in D Major, BWV 1012: II. Allemande 04:21
47. Suite in D Major, BWV 1012: III. Courante 03:31
48. Suite in D Major, BWV 1012: IV. Sarabande 03:44
49. Suite in D Major, BWV 1012: V. Gavotte I 01:27
50. Suite in D Major, BWV 1012: VI. Gavotte II 01:16
51. Suite in D Major, BWV 1012: VII. Gavotte I 00:45
52. Suite in D Major, BWV 1012: VIII. Gigue 04:05

53. Allemande in A Minor, BWV 1013 04:52
54 Sarabande in C Minor, BWV 997 04:18

Roberto Loreggian, cravo

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Muito interessante, signore Roberto.

PQP

Jean-Philippe Rameau (França, 1683-1764) – Les Boréades – English Baroque Soloists, dir. John Eliot Gardiner

Jean-Philippe Rameau

Les Boréades

English Baroque Soloists
dir. John Eliot Gardiner

Jennifer Smith
Philip Langridge
1990

A surpreendente obra final de Rameau foi ensaiada pela Opéra de Paris em 1764, mas abandonada após sua morte. Permaneceu sem apresentação até que John Eliot Gardiner conduziu sua própria edição em Aix-en-Provence em 1982. Graças à garantia de caracterização rítmica de Gardiner, texturas elegantes dos solistas barrocos ingleses, precisão elegante do Coro de Monteverdi e um excelente elenco liderado por Jennifer Smith e Philip Langridge, esta gravação permanece como uma conquista seminal. (Gramofone)

Les Boréades (Os Descendentes de Boreas) ou Abaris é uma ópera em cinco atos de Jean-Philippe Rameau. Foi a última das cinco tragédias musicais de Rameau. O libreto, atribuído a Louis de Cahusac (1706–1759), é vagamente baseado na lenda grega de Abaris, o hiperbóreo, e inclui elementos maçônicos.

Não houve performances conhecidas desta ópera durante a vida de Rameau. O trabalho estava em ensaio em 1763 na Ópera de Paris, provavelmente para uma apresentação privada na corte de Choisy. Não se sabe por que a apresentação foi abandonada, embora muitas teorias tenham sido apresentadas, incluindo que facções no corte lutaram por ela, a música era muito difícil, havia elementos de enredos subversivos, e que a Opéra foi incendiada no mês de ensaios. A primeira performance conhecida do trabalho foi em 1770 em uma performance de concerto em Lille. J. J. M. Decroix havia coletado os trabalhos de Rameau após a morte do compositor, e assim garantiu a sobrevivência desse escore. A Bibliothèque Nationale abrigou as obras coletadas, incluindo vários manuscritos relacionados a esta ópera.

A primeira apresentação moderna da obra foi realizada pela Office de Radiodiffusion Télévision Française em 16 de setembro de 1964 (celebrando o 200º aniversário da morte de Rameau) na Maison de la Radio, em Paris, gravada para transmissão no mês seguinte; o elenco incluiu Christiane Eda-Pierre e Andre Mallabrera.

Deve seu renascimento moderno ao maestro John Eliot Gardiner, que deu uma versão de concerto da peça (na qual Trevor Pinnock tocou cravo continuo) no Queen Elizabeth Hall, em Londres, em 14 de abril de 1975, para o qual ele havia preparado o material orquestral dos manuscritos originais no ano anterior. Em julho de 1982, Gardiner fez a primeira performance completa com Catherine Turocy, coreógrafa e sua companhia de dança barroca nova-iorquina no Festival de Aix-en-Provence. Desde então, a reputação e a popularidade da ópera cresceram consideravelmente. (Wikipedia)

As 58 faixas podem ser encontradas aqui.

Palhinha: ouça: Acte 3; Scène IV – “Regnez, belle Alphise” (Chœur, Calisis, Borilée)

Les Boréades – 1990
English Baroque Soloists
dir. John Eliot Gardiner

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – CD1 + CD2 + CD3
XLD RIP | FLAC | 771 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – CD1 + CD2 + CD3
MP3 | 320 KBPS | 512 MB

powered by iTunes 12.8.0 |   2h 42 min

Por gentileza, quando tiver problemas para descompactar arquivos com mais de 256 caracteres, para Windows, tente o 7-ZIP, em https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ e para Mac, tente o Keka, em http://www.kekaosx.com/pt/, para descompactar, ambos gratuitos.

.
If you have trouble unzipping files longer than 256 characters, for Windows, please try 7-ZIP, at https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ and for Mac, try Keka, at http://www.kekaosx.com/, to unzip, both at no cost.

Boa audição!

Avicenna

Richard Wagner (1813-1883): Parsifal

Richard Wagner (1813-1883): Parsifal

“Esse é o mais lindo monumento erigido para a eterna glória da música”, assim declarou Debussy, que sempre foi um grande crítico da música de Richard Wagner, a respeito da ópera Parsifal, a última ópera composta pelo mestre alemão, sendo considerada por muitos críticos o ápice do cenário wagneriano. Tá bom…. “o mais lindo…” é muito, mas entre as 5 melhores obras, acho que aí sim fica mais coerente.

Na prazerosa busca em melhor informar aos leitores do PQP acabamos aprendendo muito com a experiência dos outros. Começamos com o que sabemos, partimos para a pesquisa em bibliografias que possuímos e, tendo um esqueleto do que pretendemos, partimos para a pesquisa na Internet. Até aí nada original. O que é interessante é chegar a algum site que já tenha pesquisado sobre o assunto sobre o qual pretendemos escrever e obter subsídios valiosos para adicionar ao nosso esqueleto. Hoje pela manhã, estava dando tratos à bola de como seria a abordagem da ópera Parsifal, para aqueles que não têm conhecimento da obra e resolvi pesquisar o fundamento histórico que Wagner musicou. Nesta ópera em particular existem diversos sites com as mais diferentes opiniões, misticismo, esoterismo, influências, simbolismos… e tantos outros “ismos”.

Vamos lá então: A ópera de Richard Wagner, “Parsifal”, tem sido, desde sua primeira apresentação no Festival de Bayreuth em 1882, um objeto de imensa fascinação para músicos, intelectuais e simples admiradores apaixonados pela música. Para os primeiros, o trabalho antecipa os desenvolvimentos do compositor desde “Tristão e Isolda”, e atinge um nível de complexidade além de qualquer composição anterior. Para os intelectuais, a mistura de várias teologias e filosofias de Wagner cria um esoterismo irresistível. A longa partitura é envolvida por uma mística incomparável e é, em uma palavra, sublime. Para os admiradores de música um monumento a beleza.
Na abertura do libreto de sua última obra, Richard Wagner escreveu as seguintes instruções: “A ação da ópera Parsifal se passa no território dos guardiões do Graal, o castelo de Monsalvat, situado nas montanhas ao norte da Espanha Gótica”. A localização geográfica escolhida por Wagner não foi fruto de fantasia. Sua decisão foi tomada após uma série de pesquisas baseadas em fatos históricos (é baseada em Parzival, atribuído a Wolfram von Eschenbach (~1170 – ~1220)). Quem se deslocar de Barcelona em direção ao noroeste, após quarenta quilômetros de viagem irá divisar a montanha de Montserrat. Trata-se, sem dúvida alguma, da paisagem natural mais impressionante da Catalunha. Diz a lenda que São Pedro depositou em uma das centenas de cavernas que existem no maciço rochoso de Montserrat, uma estátua de madeira da virgem Maria, esculpida por São Lucas. A imagem foi descoberta no século VII e recebeu o nome de Virgem de Montserrat. No ano 976, foi construída uma pequena igreja perto do topo da montanha. Com o passar dos anos, começaram a se multiplicar uma série de milagres provocados por intermediação da virgem. Isto motivou as autoridades religiosas a construir em 1027, o mosteiro beneditino de Nossa Senhora de Montserrat. Hoje ele é considerado, após Santiago de Compostela, o segundo maior centro de peregrinações da Espanha. Em 1811, o mosteiro e a biblioteca foram saqueados e incendiados pelas tropas napoleônicas. Durante os trabalhos de restauração foi construído em um anexo, o museu de Montserrat, que possui em seu acervo obras de Caravaggio e El Greco. A ordem militar dos cavaleiros templários foi fundada na época das cruzadas, para defender o Santo Sepulcro. Sua primeira sede foi na mesquita al-Aqsa situada no monte do Templo, em Jerusalém. Com o passar dos anos, a ordem se transformou no mais poderoso braço militar dos cruzados, espalhando-se por toda a Europa. Dezenas de castelos dos templários foram construídos na Inglaterra, França, Alemanha, Portugal e Espanha, além daqueles espalhados pelo oriente médio. A ordem passou a ser indispensável ao governo pontifício e recebia total apoio dos papas. No século XIV, o Papa Clemente V e o rei da França, Felipe o Belo, se aliaram para destruir os templários e se apossar de suas imensas riquezas. Em 1307, Clemente V editou a Bula Pastoralis praeeminentiae ordenando a prisão de todos os membros da ordem. Acusados de heresia, os templários foram detidos, torturados e tiveram suas propriedades e bens confiscados. Seu líder máximo, Jacques de Molay foi queimado vivo. Antes de sua execução, protestando inocência perante os membros da inquisição, ele implorou a Deus para que no prazo de um ano, o Papa e o rei fossem chamados aos céus para se submeterem ao julgamento divino. A prece de Molay foi atendida. Em menos de um ano tanto Clemente V como Filipe IV morreram. Após a execução do Grão-Mestre do Templo, a Inquisição intensificou a perseguição dos membros remanescentes da ordem. Os últimos sobreviventes foram os templários da Catalunha, que receberam a proteção dos monges beneditinos e se refugiaram no mosteiro de Montserrat. Diz a lenda que o Santo Graal foi levado para este refúgio e escondido numa das grutas da montanha. Baseado nesses fatos, Richard Wagner foi buscar inspiração na história da Abadia de Montserrat, para criar o fictício castelo de Monsalvat, último território dos guardiões do Santo Graal. Até os dias de hoje, Wagner é um dos compositores mais apreciados na Catalunha e todas suas óperas foram traduzidas para idioma catalão.

Wagner concebeu a ideia de escrever “Parsifal” em 1857, mas tal como o ciclo do “Anel”, passou por um período de amadurecimento de 25 anos, tendo sido finalizada somente em janeiro de 1882. Vários críticos de arte inibem o público, desencorajando-o a assistir ou ouvir a ópera, ao afirmarem que a obra é tão séria e solene que apenas os entusiastas por Wagner conseguem apreciá-la. Na verdade, para quem gosta do gênero, e ignora as mensagens subliminares (criadas pelos tais e criativos intelectuais aproveitando os ganchos que o Wagner deixou), o enredo se torna simples e agradável, abordando conhecidas lendas e mitos medievais da época das Cruzadas. Mas gosto muito de enxergar o “algo além”, aquela dúvida que diz: “será que é isso” ? Acredito que o drama Parsifal ensina suas lições de vida. No entanto pelo que pesquisamos vamos dar algumas sugestões de interpretação do poema que podem não estar tão erradas, pois Parsifal é uma das mais místicas óperas. Podemos enxergar simbolismos por toda parte. A lenda pode ser considerada como representação da luta entre o paganismo e o cristianismo nos primeiros séculos da Igreja, os poderes da magia e as quentes paixões do coração humano lutando contra o poder crescente da verdade cristã e o poder vitorioso da pureza como retratado no herói inocente. Ou pode ser considerado como representando em uma lenda mística a história espiritual de Cristo vindo em presença posterior entre os filhos dos homens e imaginada no Parsifal místico. Wagner menciona que esta Escritura estava sempre em sua mente ao escrever Parsifal: “Porventura não fez Deus tola a sabedoria deste mundo? A loucura de Deus é mais sábia que os homens; e a fraqueza de Deus é mais forte que os homens”. Ou além disso, pode representar, de maneira marcante e inspiradora, que os puros de coração obtenham as vitórias na vida; que os inocentes são os valentes filhos de Deus; que o coração que resiste à paixão do mal e é tocado pela piedade é o coração que

Estreia Parsifal 1882 Amalie Materna, Emil Scaria and Hermann Winkelmann

reencarna a pureza apaixonada do Cristo e pode revelar novamente o poder de cura, o Santo Graal de Deus. “Por mais medieval que a linguagem e o simbolismo de Parsifal possam ser”, diz um crítico moderno, “não podemos deixar de reconhecer a simplicidade e o poder da história. Seu significado espiritual é universal. Qualquer que seja o significado disso, vemos claramente que o cavaleiro inocente é Pureza, Kundry é a Maldade do mundo expressa em sua forma mais sedutora, e o Rei Amfortas sofrendo com sua ferida aberta é a Humanidade. Não se pode ler o drama sem emoção, sem se agarrar ao coração, em seu maravilhoso significado, lições edificantes e enobrecedoras “. Nas “Wagner’s Letters”, 1880, páginas 270, 365, 339 o mestre comenta: “O fundador da religião cristã não era sábio: Ele era divino. Acreditar Nele é imitá-lo e buscar a união com Ele … Em conseqüência de Sua morte expiatória, tudo o que vive e respira pode conhecer a si mesmo redimido … Somente o amor enraizado na simpatia e expresso em ação ao ponto de uma completa destruição da auto-vontade, é o amor cristão “. A ideia dominante em Parsifal é a compaixão como a essência da santidade, pode também sugerir que todas as grandes religiões em sua essência de paz e amor são semelhantes…. eita, chega…. !!! Vamos à música, podemos ficar filosofando aqui por muitas e muitas páginas, o mar de informação desta obra na net é incrível. Quem se interessar pode viajar por horas lendo e se divertindo.

Curiosidades e esquisitices: Quando de sua estreia no ano de 1882, as 16 apresentações foram regidas por Hermann Levi, filho de um importante rabino da cidade de Karlsruhe, que, apesar da insistência de Wagner para que se convertesse ao cristianismo antes do começo dos Festivais, permaneceu fiel ao judaísmo. Por coincidência, a regência do “Parsifal” no ano de seu centenário foi entregue por Wofgang Wagner, neto do compositor, ao maestro judeu James Levine. Outra curiosidade que envolve “Parsifal”, diz respeito aos aplausos: por ocasião da estréia, Wagner estabeleceu que ao final do 1º e 2º atos, o público deveria se abster de aplaudir, a fim de que fosse mantido o clima provocado pela música. O reconhecimento aos cantores e músicos seria reservado para o final do 3º ato. Com a morte de Wagner, sua família e seus admiradores quiseram ser mais exigentes que o falecido e ficou decidido que a ópera não seria aplaudida nem em seu encerramento. Esta tradição foi mantida até 1965, e atualmente existe o compromisso tácito da platéia de não aplaudir somente o final do 1º ato. Portanto, se um dia você tiver o privilégio de assistir Parsifal, não cometa o sacrilégio de aplaudir o final do primeiro ato. Nem respire.

Hermann Levi

Resumo (extraído do site: www.barroconabahia.com.br/parsifal/default.asp)

Parsifal foi estreada em 26 de julho de 1882 em Bayreuth. Tem 3 atos e 5 cenas

O Santo Graal, cálice com o qual Cristo celebrou a última ceia e com o qual José de Arimatéia recebeu o sangue derramado abaixo da cruz, e a Lança Santa com que o soldado romano feriu o Crucificado, foram entregues, por anjos que desceram à terra, para o puro e justo cavaleiro Titurel. Para guardar esta Santa Relíquia, ele construiu um castelo e fundou uma irmandade com outros cavaleiros puros, para defender as relíquias na terra. Foi também consagrado como o primeiro rei do Santo Graal e em todas as vezes que ele, com a irmandade, revelaram o Graal para celebrar os Santos Mistérios, uma força divina fortalecia os cavaleiros. Após a morte de Titurel, o filho deste, Amfortas, foi o sucessor como rei do Santo Graal. Mesmo morto, Titurel ainda vivia na cova, graças à força divina. Klingsor, um antigo candidato a membro da irmandade, e que não foi aceito por falta de pureza e capacidade moral, tornou-se inimigo da irmandade, um demônio. Amparado pelas forças do mal, ele tenta destruir a irmandade e, para isso, está procurando roubar e abusar das Santas Relíquias. Muitos cavaleiros já caíram nas armadilhas de Klingsor. Para acabar com a perseguição, Amfortas foi, um dia, para o jardim encantado, lutar contra o inimigo, Klingsor. Porém, aconteceu que mesmo o rei do Santo Graal foi vítima de sua maldade. Kundry, uma bruxa, amiga de Klingsor, incorporando uma personagem de belíssima mulher, roubou a consciência de Amfortas e, desta forma, ele caiu nos braços dela. Klingsor então pode roubar a Lança Santa e, com ela, ferir Amfortas. Somente graças à ajuda de Gurnemanz, um nobre cavaleiro, o rei conseguiu escapar no último momento, mas sua chaga foi grave e não quer se cicatrizar. A chaga traz dores e terríveis sofrimentos para Amfortas. Ele deseja a salvação, preferindo morrer a continuar com uma vida de sofrimentos. Mas a força do Santo Graal, a cada vez que Amfortas celebra os mistérios, fortalece-o, ainda que não o cure, uma vez que ele recebeu a chaga por força do pecado que cometeu com Kundry, contra sua própria natureza. Toda a irmandade perdeu força, acompanhando a fraqueza do rei, sendo o roubo da Lança Santa um sinal preocupante. Nas orações de Amfortas apareceu-lhe, certa vez, uma profecia do Santo Graal: “um dia aparecerá um tolo inocente que irá trazer a salvação e ser o novo rei.”

Parsifal e os Cavaleiros do Graal

Primeiro Ato: Gurnemanz, o mais velho cavaleiro da irmandade, ensina aos jovens escudeiros o serviço dos cavaleiros do Graal. Kundry, como bruxa selvagem, aparece trazendo um bálsamo para Amfortas, que ela conseguiu na Arábia. Durante o caminho para banhar-se em um lago na floresta, o rei Amfortas aparece carregado em uma cadeira de arruar, acompanhado por alguns cavaleiros. No banho, ele procura aliviaras dores da chaga. Gurnemanz e Amfortas contam a origem do Santo Graal e as circunstâncias do roubo trágico, por Klingsor, aos escudeiros e cavaleiros, que se admiram. Após o retorno de Amfortas para o castelo, um cisne branco cai do céu. Os cavaleiros e escudeiros ficam escandalizados: “Quem cometeu um crime deste na floresta do Graal, onde todos os animais são considerados santos?” Logo os cavaleiros encontram o delinquente, o jovem que atirou a flecha improvisada no cisne branco. Durante o interrogatório do jovem atirador, Gurnemanz percebe que Parsifal nem sabe seu próprio nome, nem sua origem, nem tem noção da culpa por ter atirado no cisne na floresta santa. Gurnemanz tem a primeira noção de que este jovem poderia ser o anunciado tolo inocente. Desse modo, convida o jovem Parsifal para acompanhá-lo até o castelo do Graal, onde serão, naquele dia, celebradas as cerimônias da revelação do Graal. Em um cortejo solene, os cavaleiros entram, acompanhados por anjos, no templo do Graal. Parsifal, acompanhado por Gurnemanz, entra no templo e testemunha uma cerimônia grandiosa. Ele não demonstra reação alguma, permanecendo mudo e quieto em um canto. Amfortas entra, trazido em seu trono de arruar, pelos cavaleiros. Titurel, o pai de Amfortas e antigo rei que ainda vive na cova, pela força do Santo Graal, pede ao filho para iniciar a celebração. Mas Amfortas, fraco e cansado, sofrendo pela chaga, recusa celebrar a cerimônia. Os cavaleiros não se importam com isso e insistem, novamente, no início da celebração. Isolado e sofrendo as maiores dores, Amfortas finalmente cumpre sua função como rei do Graal, que coros de anjos acompanham solenemente. Parsifal permanece impassível em um canto, até o fim da cerimônia. Certamente Parsifal não pode ser a pessoa anunciada: mesmo um tolo completo, ele não demonstrou um único sinal de compaixão. Decepcionado, Gurnemanz expulsa Parsifal do templo do Graal.

Parsifal no jardim das Donzelas

Segundo ato: O que Gurnemanz ainda não descobriu é que Parsifal pode ser, de fato, o anunciado tolo inocente, o que o feiticeiro Klingsor já percebeu. Para acabar com Parsifal, Klingsor prepara as mais fortes armadilhas contra ele: mulheres sedutoras e a bruxa Kundry, incorporando a linda mulher, para fazê-lo também cair em tentação. Parsifal, que depois de expulso do Castelo do Graal já andou o mundo todo e aprendeu bastante, chega ao jardim encantado de Klingsor. Muitas mulheres, de beleza excepcional, tentam seduzi-lo, mas ele, inexperiente, pensa que são lindas flores. Kundry, a mais bela de todas, aparece e pede que as outras se retirem. Ela lança, agora, sua mais forte arma: ela chama Parsifal pelo seu nome, pois havia dois dias que ele não ouvia sua mãe o chamar e tinha-o esquecido. Parsifal lembra-se de seu nome e da própria mãe que o chamava, sempre, pelo nome. Recordações e muitas emoções inundam sua mente. Assim, Parsifal começa a compreender a vida, e tem início um processo de maturação. Kundry não consegue seduzir Parsifal, mas um único beijo que ela soltou foi suficiente para ele acordar: Parsifal começa a ter noção do que era o amor de sua mãe, do sofrimento e das dores que ele deu a ela através da fuga sem motivo. Parsifal agora entende as dores e os sofrimentos de Amfortas, como Rei do Graal de um lado, e pecador de outro. Entende, também, Kundry, que está querendo seduzi-lo, porém procura a libertação da possessão do demônio. Compreende a paixão do Salvador para a salvação de todos os homens. Depois dessa transformação de Parsifal, Klingsor não consegue nada contra ele. A Lança Santa que Klingsor joga, com toda raiva, contra Parsifal, para milagrosamente em pleno vôo, acima da cabeça deste. Assim ele pega a Lança Santa e, com ela, faz o sinal da cruz. Imediatamente Klingsor e o jardim desaparecem.

Tradicional encerramento da ópera

Terceiro ato: Por muito tempo a irmandade do Santo Graal vive sem a força sagrada, porque Amfortas foi fraco demais para cumprir a função da celebração do Graal. A irmandade está muito triste e Titurel morreu definitivamente. Naquela Sexta-feira Santa, a irmandade irá se reunir pela última vez para celebrar o funeral de Titurel. Gurnemanz vive perto do Castelo do Graal, como eremita. Nesta Sexta-feira-Santa, pela manhã bem cedo, Gurnemanz encontra Kundry, perto da casa dele, no meio da mata. Mas desta vez Kundry parece bem diferente, não há mais a mulher selvagem e bruxa como antes: ela mudou. Está vestida como uma penitente. Gurnemanz interpreta essa mudança como um bom sinal. Logo após, aparece mais alguém, um cavalheiro estranho, com um capacete fechado e armado, com uma lança. Quando o cavalheiro abre finalmente o capacete, Gurnemanz reconhece o que Kundry sentira antes: o estranho cavaleiro é Parsifal. E logo depois ele reconhece, também, a Lança Santa que Klingsor roubou e que Parsifal traz de volta. Assim, Gurnemanz descobre que Parsifal é, realmente, o anunciado redentor que trará a salvação para Amfortas. Como o cavaleiro mais nobre da irmandade do Santo Graal, Gurnemanz consagra Parsifal, com óleo, como novo rei do Graal. Como primeira tarefa, ele batiza a convertida Kundry, que lava os pés dele, seguindo o exemplo de Maria Madalena. Gurnemanz acompanha, novamente, Parsifal, agora como o novo rei, para a cerimônia no castelo, onde as últimas celebrações do Santo Graal, em homenagem a Titurel, falecido, irão acontecer. Amfortas, sofrendo muito, não quer saber da celebração do Graal, desejando apenas a morte. Recusa-se, veementemente, realizar a cerimônia, desejando ver-se livre do seu sofrimento. Naquele momento, quando a irmandade estava prestes a forçar Amfortas a cumprir sua função, Parsifal aparece com a Lança Santa. Ele toca com a lança a chaga de Amfortas e imediatamente a chaga se cicatriza. A anunciada salvação para Amfortas chegou. Como novo rei do Santo Graal, Parsifal preside a Santa Cerimônia, elevando o Santo Graal, abençoando toda a irmandade, anunciando que nunca mais deverá ser coberto o Santo Graal, e que todos tenham acesso a sua força. Coros de anjos cantam o apoteótico final: “Salvação para o Redentor”.

Para finalizar, Parsifal é pai de Lohengrin, um individuo que também teve direito a uma ópera de Wagner quando este era um rapazinho mais novo, ópera essa que futuramente postaremos !

Pessoal, o poema em português e a história “passo a passo” com fotos dos encartes originais estão junto no arquivo de download com as faixas, o resumo da ópera foi extraído do livro “As mais Famosas Óperas”, Milton Cross (Mestre de Cerimônias do Metropolitan Opera). Editora Tecnoprint Ltda., 1983.

PARSIFAL Opera em três atos de Richard Wagner, libreto do compositor.

PARSIFAL com M. Callas, B. Christoff, Vittorio Gui
Anos atrás, quando ouvi pela primeira vez essa apresentação de Parsifal , achei muito estranho ser cantada em italiano e ao mesmo tempo curioso. Após algumas outras audições, descobri um excelente desempenho tanto da adaptação para o italiano como dos cantores. A intensidade, o comprometimento e os momentos fascinantes que Callas, então com 27 aninhos, nos proporcionam particularmente em seu monólogo do ato II, “Grausamer”, no qual ela descreve o sucedido depois de ter rido de Cristo na cruz, é notável, a diva interpreta Kundry como uma pantera escura e neurótica, encantadora e antipática, sobretudo muito bem cantada. Baldelli, tenor, tem uma interpretação mediana, as vezes acho que grita demais. Já Christoff, que é abençoado com sua bela voz trovejante, parece um padre guardião ainda mais pontificável. Panerai, pinta Amfortas com muita gentileza, nobreza e grande força. Modesti é um Klingsor frio e calculista. Gui e a Orquestra Sinfonica Della Rai estão um pouco lento mas competentes. Não é exatamente uma gravação ao vivo esta feita entre 20 e 21 de novembro de 1950, mas uma gravação para rádio, que é muito diferente.

Kundry – Maria Callas
Parsifal – Africo Baldelli
Gurnemanz – Boris Christoff
Amfortas – Rolando Panerai
Titurel – Dimitri Lopatto
Klingsor – Giuseppe Modesti
Cavaleiros do Santo Graal – Aldo Bertocci e Mario Frosini
Escudeiros do Graal – Silvana Tenti, Miti Truccato Ritmo, Franco Baldaccini, Aldo Bertocci
Donzelas das Flores – Lina Pagliughi, Renata Broilo, Anna María Canali, Liliana Rossi, Silvana Tenti, Miti Truccato Pace

Orquestra sinfônica e coro do Rai de Roma
Gaetano Riccitelli, maestro do coro

Vittorio Gui, Maestro

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PARSIFAL com Placido Domingo, Jessye Norman, James Levine
Sem dúvida Plácido Domingo se encaixou muito bem no papel de Parsifal, ele não se arrisca muito, mas exige exatamente o tipo de tons médios e baixos, ricos e poderosos, característicos do Placidão. Lembrando que ele é um “Jovem Tolo” de meia-idade. Kundry de Jessye Norman, retratando a sedutora enlouquecida figura, sugere credibilidade a psique torturada por trás dos gritos de cortar a respiração, tradicionais de Kundry. Gurnemanz, em muitos aspectos, o personagem mais interessante do trabalho, parece exatamente assim na performance ricamente peculiar de Robert Lloyd. Franz Mazura, um veterano Klingsor, competente, sua voz gotejando o mal, ele conspirou com amargura compreensível como o vilão. Ekkehard Wlaschiha era um Amfortas bastante sonoro, melodramático ! A regência de James Levine, um modelo de arrebatamento concentrado durante o período de cinco horas, colocou justamente a ênfase na partitura orquestral. Seus andamentos em seu estado mais lânguido dramatizam mais ainda esta ópera wagneriana. Gravação 01 de Junho de 1994.

Kundry – Jessye Norman
Parsifal – Placido Domingo
Amfortas – Ekkehard Wlaschiha
Gurnemanz – Robert Lloyd
Titurel – Paul Plishka
Klingsor – Franz Mazura
The Metropolitan Opera Orchestra and Chorus
James Levine, Maestro

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PARSIFAL com Peter Hofmann, Dunja Vejzovic, Karajan
Parsifal de Karajan parece crescer em estatura como uma interpretação em cada nova audição; ouvi há um tempão atrás, na época do vinil , esta versão que ora posto foi gentilmente cedida pelo FDPBach e ouvindo de novo na sua remasterização para o CD, parece ter adquirido uma nova profundidade, em termos de som, devido ao maior alcance da gravação e à maior presença de cantores e orquestra. Como em praticamente todos os casos, o CD oferece uma experiência mais imediata. A leitura de Karajan, um pouco distante no Ato 1, cresce em intensidade e sentimento com o próprio trabalho, alcançando uma força quase aterrorizante no Prelúdio para o Ato 3, que é sustentado até o fim da ópera. O Gurnemanz de Moll é uma performance profundamente expressiva e suavemente moldada de notável beleza. Vejzovic, cuidadosamente construída por Karajan, dá a performance de sua vida como Kundry. O tom de Hofmann como Parsifal descreve a angústia e a eventual serenidade do personagem em sua interpretação sincera e interior. Van Dam é um tanto plácido como Amfortas, mas seu canto exibe poder admirável e boa estabilidade. Nimsgern é malícioso como Klingsor. Eu gosto muito do tom sensual de Barbara Hendricks como a primeira donzela de flores. Os efeitos dos sinos e do coro distante dos meninos no domo da abadia são extraordinariamente belos e há vários momentos de arrepiar nesta leitura que são inigualáveis. A Filarmônica de Berlim é magnífica. Das gravações comerciais, a de 1979-80 de Herbert von Karajan para a Deutsche Grammophon é para mim a melhor gravação de “Parsifal”. Segundo comentários da Amazon nenhuma partitura se adequava às predileções de von Karajan mais do que essa ópera. Este é o maior Parsifal já registrado. Na minha opinião quando se trata de escolher uma gravação para viver numa ilha deserta essa seria uma das primeiras a levar, Karajan fodástico nesta gravação de março de 1981. A melhor de todas !!!!

Parsifal – Peter Hofmann
Amfortas – José van Dam
Gurnemanz – Kurt Moll
Kundry – Dunja Vejzovic
Klingsor – Siegmund Nimsgern
Titurel – Victor von Halem
Donzelas das Flores – Barbara Hendricks, Janet Perry, Inga Nielsen, Audrey Michael.

Berlin Deutsche Oper Chorus
Berlin Philharmonic Orchestra

Herbert von Karajan , Maestro

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Boas festas com muita música ! Divirtam-se !

Wagnão posando para o PQP com o gorrinho do Papai Noel !

Ammiratore

Johannes Brahms (1833-1897): Sonatas para Clarinete e Trio

Johannes Brahms (1833-1897): Sonatas para Clarinete e Trio

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Os clarinetistas tem muita sorte. Mozart compôs obras para o instrumento quando era um compositor maduro. São obras-primas. E Brahms foi reinspirado pelo… clarinete. Por um ano o compositor escreveu pouco, sentindo que seu trabalho estava finalizado. Mas, em 1891, ele iria para Meiningen, na Alemanha, e conheceria o grande clarinetista Richard Mühlfeld. Foi revigorante. Em contato com este músico extraordinário, Brahms obteria uma compreensão mais profunda das possibilidades de interpretação, bem como do potencial técnico e musical do instrumento. Assim, ele compôs suas quatro últimas músicas de câmara com o clarinete: o Trio Op. 114 e o Quinteto Op. 115 em 1891 e, no verão de 1894, suas duas Sonatas para Clarinete, op. 120.

Johannes Brahms (1833-1897): Sonatas para Clarinete e Trio

1 Clarinet Trio in A Minor, Op. 114: I. Allegro 7:40
2 Clarinet Trio in A Minor, Op. 114: II. Adagio 7:32
3 Clarinet Trio in A Minor, Op. 114: III. Andantino grazioso 4:33
4 Clarinet Trio in A Minor, Op. 114: IV. Allegro 4:45

5 Clarinet Sonata No. 2 in E-Flat Major, Op. 120 No. 2: I. Allegro amabile 8:31
6 Clarinet Sonata No. 2 in E-Flat Major, Op. 120 No. 2: II. Allegro appassionato 5:13
7 Clarinet Sonata No. 2 in E-Flat Major, Op. 120 No. 2: III, Pt. 1. Andante con moto 5:01
8 Clarinet Sonata No. 2 in E-Flat Major, Op. 120 No. 2: III, Pt. 2. Allegro 2:09

9 Clarinet Sonata No. 1 in F Minor, Op. 120 No. 1: I. Allegro appassionato 8:02
10 Clarinet Sonata No. 1 in F Minor, Op. 120 No. 1: II. Andante un poco adagio 4:55
11 Clarinet Sonata No. 1 in F Minor, Op. 120 No. 1: III. Allegretto grazioso 4:16
12 Clarinet Sonata No. 1 in F Minor, Op. 120 No. 1: IV. Vivace 5:07

Pascal Moraguès
Frank Braley
Christian Poltéra

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

Un Opéra pour trois rois: A Versailles entertainment for Louis XIV, Louis XV & Louis XVI – Music by Lully, Rameau, Gluck et al

Un Opéra pour trois rois

Purcell Choir
Orfeo Orchestra
dir. György Vashegyi

Chantal Santos-Jeffery
Emöke Barát
Thomas Dolié

2016

 

Por quase um século e meio na França – nos reinados de Luís XIV, XV e XVI – o Palácio de Versalhes foi palco, tanto em ambientes internos como externos, de uma extraordinária seqüência de espetáculos musicais dramáticos. Un Opéra pour trois rois, conduzido por György Vashegyi, representa o legado da época, um entretenimento operístico especialmente construído, extraído de obras de compositores de Lully a Gluck, comissionados – e mesmo, ocasionalmente, executados – por reis, rainhas e inamoratas

Há muitos favoritos – “Tristes apprêts” (Castor et Pollux) e “Forêts paisibles” (Les Indes galantes), de Rameau, mas uma das atrações adicionais desta extravagância em disco duplo lançada pela Glossa é a chance de ouvir música de qualidade de composições até então lamentavelmente ignoradas (Le Retour du printemps, Antoine Dauvergne, Les Caractères de la Folie, Bernard de Bury ou Le Pouvoir de l’Amour, Pancrace Royer), todas demonstrando as profundidades de qualidade ainda à espera de serem redescobertas. E há seleções a serem tiradas das óperas de Mondonville, Destouches, Leclair e Francoeur e Rebel também. Outras atrações são as performances dos três solistas (cada um adotando o papel de uma figura alegórica para o evento): Chantal Santon-Jeffery, Emöke Barath e Thomas Dolié, junto com o Coro Purcell de Vashegyi e a Orfeo Orchestra. Em seu ensaio de livreto, Benoît Dratwicki baseia-se em seu imenso conhecimento para ambientar a residência real de Versalhes para essa fête musicale imaginária cheia de lirismo e duetos, música sombria e alegre, sinfonias e bailados.

Un Opéra pour trois rois

CD I
Première Partie

01. Ouverture (Lully – Les Plaisirs de l’Île enchantée) 
02. Choeur : « Dans ce paisible séjour » (Rameau – Hippolyte et Aricie) 
03. Duo : « Quels sons ! quel bruit soudain » (Destouches – Issé) 
04. Ritournelle (Mondonville – Les Fêtes de Paphos)
05. Choeur et récit : « Dieux ! Quel succès ! le monstre perd la vie ! » (Destouches – Issé) 
06. Trio et choeur : « Que ces rois chéris des mortels » (Destouches – Les Stratagèmes de l’Amour) 
07. Bourrée (Lalande – Les Folies de Cardenio) 
08. Marche (Jean-Baptiste Lully – Le Bourgeois gentilhomme) 
09. Récit et choeur : « Quel nuage en ces lieux vient se précipiter ? »
(Colin de Blamont – Zéphyre et Flore)
10. Orage (Rameau – Platée) 
11. Récit et choeur : « Dieu cruel, vous voyez mes pleurs » (Colin de Blamont – Zéphyre et Flore) 
12. Air : « Vents furieux, tristes tempêtes » (Rameau – La Princesse de Navarre) 
13. Prélude et choeur : « Obéissons à notre maître » (Dauvergne – Le Retour du printemps) 
14. Récit et choeur : « La volonté du ciel va se faire connaître »
(Dauvergne – Le Retour du printemps)
15. Air et choeur : « Viens, Amour, quitte Cythère » (Leclair – Scylla et Glaucus) 
16. Symphonie (Rameau – Les Surprises de l’Amour) 
17. Récit, trio et choeur : « Pour vous dont je reçois et l’encens et les voeux »
(Leclair – Scylla et Glaucus) 
18. Chaconne : « Divin Bacchus, tes fureurs » (Royer – Le Pouvoir de l’Amour) 

CD II
Deuxième Partie

01. Ouverture (Dauvergne – 2e Concert de symphonie) 
02. Air et choeur : « Liberté charmante » (Mondonville – Le Carnaval du Parnasse)
03. Duo : « Quoi ! vous m’abandonnez, mon père ! » (Philidor – Ernelinde, Princesse de Norvège)
04. Duo : « Souverain maître des dieux » (Bury – Les Caractères de la Folie)
05. Combat (Rameau – Castor et Pollux – 1770)
06. Choeur : « Que tout gémisse » (Rameau – Castor et Pollux – 1770) 
07. Air : « Tristes apprêts, pâles flambeaux » (Rameau – Castor et Pollux – 1770) 
08. Duo et choeur : « Amour, c’est trop troubler mon âme » (Dauvergne – Canente) 
09. Choeur : « Régnez, divin sommeil » (Piccinni – Atys)
10. Prélude, tempête, récit et choeur : « Grands dieux ! soyez-nous secourables »
(Gluck – Iphigénie en Tauride) 
11. Danse des Peuples (Gluck – Iphigénie en Tauride) 
12. Air : « Ô malheureuse Iphigénie » (Gluck – Iphigénie en Tauride) 
13. Prélude, récit et choeur: « Quel éclat dans ces lieux » (Rebel et Francoeur – Ballet de la Paix)
14. Symphonie (Destouches et Dauvergne – Callirhoé – 1773)
15. Air des Sauvages : « Forêts paisibles » (Rameau – Les Indes galantes) 

Un Opéra pour trois rois – 2016
Purcell Choir
Orfeo Orchestra
dir. György Vashegyi

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – CD1 + CD2
XLD RIP | FLAC | 509 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE – CD1 + CD2
MP3 | 320 KBPS | 354 MB

powered by iTunes 12.8.0 |   1h 32 min

Por gentileza, quando tiver problemas para descompactar arquivos com mais de 256 caracteres, para Windows, tente o 7-ZIP, em https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ e para Mac, tente o Keka, em http://www.kekaosx.com/pt/, para descompactar, ambos gratuitos.

.
If you have trouble unzipping files longer than 256 characters, for Windows, please try 7-ZIP, at https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ and for Mac, try Keka, at http://www.kekaosx.com/, to unzip, both at no cost.

Boa audição!

 

 

 

 

 

Avicenna

Igor Stravinsky (1882-1971): O Pássaro de Fogo / Jogo de Cartas

Igor Stravinsky (1882-1971): O Pássaro de Fogo / Jogo de Cartas

Eu não sou apaixonado por O Pássaro de Fogo, mas a maioria acha que é a peça é fundamental na obras de Stravinsky. Então tá, eu me curvo. L’Oiseau de feu (1910) é um balé de Igor Stravinsky baseado em contos populares russos sobre um pássaro mágico brilhante que é tanto uma bênção como uma perdição para o seu captor. A música foi pela primeira vez apresentada como balé pelos Ballets Russes de Sergei Diaghilev e foi a primeira das produções da companhia feita com música especialmente composta para ela. O Pássaro tem significado histórico por ser a peça que deu a Stravinsky o primeiro grande êxito, e por ter sido o início de uma colaboração entre Diaghilev e Stravinsky de que iria também resultar nas obras-primas PetrushkaA Sagração da Primavera. Jeu de cartes (Jogo de Cartas) é outro balé de Igor Stravinsky, composto em 1936-37, com libreto do compositor em colaboração com M. Malaieff e coreografia de George Balanchine. O balé foi estreado pelo American Ballet no Metropolitan Opera House, em Nova York, em 27 de abril de 1937, com a condução do compositor. A ideia é o pôquer. Diferentemente de O Pássaro, Jogo de Cartas foi escrito durante o período neoclássico de Stravinsky, iniciado pelo maravilhoso Pulcinella, lá por 1920.

The Firebird • Der Feuervogel • L’Oiseau De Feu (Complete Original 1910 Version)
1 Introduction (Molto Moderato) 2:59
Tableau I:
2 Kashchei’s Enchanted Garden 1:39
3 The Firebird Appears, Pursued By Prince Ivan (Allegro Assai) 2:15
4 Dance Of The Firebird 1:23
5 The Firebird Is Captured By Prince Ivan 0:52
6 The Firebird’s Pleading (Adagio) 6:02
7 Appearance Of The Thirteen Enchanted Princesses 2:21
8 The Princesses Play With The Golden Apples (Scherzo: Allegretto) 2:15
9 Prince Ivan Suddenly Appears (Larghetto) 1:07
10 Khorovod (Round Dance) Of The Princesses (Moderato) 4:51
11 Day Break (Più Mosso) 1:24
12 Prince Ivan Enters Kashchei’s Palace. Fairy Carillon. Kashchei’s Guardian-Monsters Appear And Capture Prince Ivan 1:16
13 Arrival Of Kashchei The Immortal (Sostenuto) 1:08
14 Dialogue Between Kashchei And Prince Ivan (Poco Meno Mosso) 1:07
15 The Princesses Intercede (Andantino Dolente) 1:10
16 The Firebird Appears 0:32
17 Dance Of Kashchei’s Court, Bewitched By The Firebird (Allegro) 0:44
18 Infernal Dance Of Kashchei’s Subjects (Allegro Feroce) 4:22
19 Lullaby (The Firebird) 2:44
20 Kashchei Awakens 1:07
Tableau II:
21 Death Of Kashchei 1:19
22 The Palace And Creatures Of Kashchei Disappear. The  Petrified Knights Come To Life. General Rejoicing. 3:07

Jeu De Cartes
23 First Deal 5:16
24 Second Deal 9:19
25 Third Deal 7:41

Philharmonia Orchestra
Esa-Pekka Salonen

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Strava jogava mesmo

PQP

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Gran Partita K. 361 / Sérénade Pour Vents K. 388

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Gran Partita K. 361 / Sérénade Pour Vents K. 388

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Na página não parecia… Nada! O princípio simples, quase cômico. Só uma pulsação. Trompas, fagotes… Como uma sanfona enferrujada. E depois, subitamente… Lá bem no alto… Um oboé. Uma única nota, ali pendurada, decidida. Até que um clarinete a substitui, adoçando-a numa frase de tal voluptuosidade… Isto não era uma composição de um macaco amestrado. Era música como eu nunca tinha ouvido. Cheia de uma saudade, de uma saudade não realizada. Parecia-me que estava a ouvir a voz de Deus.

Este é o texto de uma das mais belas cenas de Amadeus (1984), de Milos Forman. Quem o diz é F. Murray Abraham no papel de Salieri. Ele recebeu o Oscar de Melhor Ator.

De cabo a rabo, a Gran Partita para 13 instrumentos (sopros e baixos) é um milagre da genialidade mozartiana e o destaque deste maravilhoso CD de 1995 (reeditado 3 vezes com capas diferentes) e capitaneado por Philippe Herreweghe. Junto da gravação do Collegium Aureum este é o melhor registro desta notável obra. A Serenata K. 388 também é boa e recebe tratamento igualmente luxuoso, mas não há nada como a Gran Partita. Um disco espetacular, para se guardar.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Gran Partita K. 361 / Sérénade Pour Vents K. 388

Sérénade N°10 “Gran Partita” K.361 [370 a]
1 Largo. Molto Allegro 9:08
2 Menuetto. Trios I & II 8:27
3 Adagio 5:14
4 Menuetto. Allegretto. Trios I & II 4:51
5 Romanze. Allegretto 7:27
6 Tema Con Variazioni. Andante 9:47
7 Finale. Molto Allegro 3:22

Sérénade N°12 “Nacht Musique” K.388 [384 a]
8 Allegro 7:15
9 Andante 4:33
10 Menuetto In Canone. Trio In Canon Al Rovescio 4:04
11 Allegro 6:16

Harmonie De L’Orchestre Des Champs Élysées
Philippe Herreweghe

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

Gaetano Donizetti – Le Fille du Régiment – Sutherland, Pavarotti, Bonynge, Orchestra & Chorus of The Royal Opera House, Convent Garden

‘La fille du régiment” (A Filha do Regimento) é uma ópera cômica em dois atos de Gaetano Donizetti. Escrita enquanto o compositor estava vivendo em Paris, o libretto em francês é da autoria de Georges Henri Vernoy de Saint-Georges e Jean-François Bayard.
Detalhes sobre o enredo podem ser encontrados na WIKIPEDIA. O Libretto também está disponível em diversos sites na internet.
Como não poderia deixar de ser, o elenco é espetacular, destacando-se Luciano Pavarotti e Joan Sutherland. A regência impecável de Richard Bonynge frente à Orquestra e Coro da Royal Opera House também ajudou a tornar esta gravação histórica e com certeza leva o selo de IM-PER-DÍVEL do PQPBach.

Deliciem-se … é de se ouvir de joelhos e agradecer pelo fato de termos acesso a esta jóia da indústria fonográfica.

CD 1

01. I. Ouverture
02. AKT 1 – L’Ennemi S’Avance
03. Pour Une Femme De Mon Nom
04. Sacre Nom D’Une Pipe!
05. Au Bruit De La Guerre
06. Allons, Allons, March’, March’
07. La La La… Chacun Le Sait, Chacun Le Dit
08. Des Que L’Appel Sonne
09. Ils L’Ont Emmene Brutalement
10. Quoi! Vous M’Aimez
11. Rataplan, Rataplan, Rataplan
12. Ah! Mes Amis, Quel Jour De Fete!
13. Le Camarade Est Amoureux!
14. Je Suis Soldat

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD 2

01. Entr’acte
02. Act Two – La romance perdue, on l’a retrouvee
03. Le jour naissait dans le bocage
04. C’en est donc fait
05. Tous les trois reunis
06. Ecoutez – moi, de grace!
07. Ah! c’est elle!
08. Oui! Quand le destin, au milieu de la guerre

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Marie – Joan Sutherland
Tonio – Luciano Pavarotti
La Marquise de Berkenfield – Monica Sinclair
Hortensius – Jules Bruyère
Sulpice – Spiro Malas
Le Caporall – Eric Garrett
La Duchesse de Crakentorp – Edith Coates
Un paysan – Alan Jones
Un Notaire – Omar Gorde

 

.: interlúdio :. Fred Hersch Trio: Live In Europe

.: interlúdio :. Fred Hersch Trio: Live In Europe

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Meu deus, que disco bom! O piano de Hersch é nítido e belo como o nascer do sol no inverno. Cada nuance da intrincada e enérgica bateria de McPherson tem clareza cristalina e as linhas empáticas do baixo de Hebert surgem sempre com oportuna lucidez. Esta é a gravação de um show apresentado no Flagey Studio 4, ex-Instituto Nacional de Radiodifusão de Bruxelas. Hersch inicialmente não sabia que o espetáculo — que ele considerara uma de suas melhores performances em trio — havia sido gravado. Ao descobrir que tinha sido e ao ouvi-lo, teve sua opinião confirmada e resolveu botar na roda pra nóis. Hersch está feliz, é um mestre brincando com ideias musicais. Ele tem boas razões para estar assim. Sobreviveu milagrosamente ao Armagedon médico (*), está relativamente livre de problemas médicos e viajando pelo mundo com seu extraordinário trio. Tudo bem.

(*) Em decorrência da Aids, que contraiu em 1984, Hersch entrou em coma em 2008 por dois meses. Quando recuperou a consciência, perdera toda a função muscular como resultado da longa inatividade e não podia tocar piano. Após a reabilitação, ele é apenas este monstro que vocês podem ouvir.

Fred Hersch Trio: Live In Europe

1 We See
Written-By – Thelonious Monk
5:51
2 Snape Maltings
Written-By – Fred Hersch
7:24
3 Scuttlers
Written-By – Fred Hersch
2:39
4 Skipping
Written-By – Fred Hersch
4:49
5 Bristol Fog (For John Taylor)
Written-By – Fred Hersch
8:26
6 Newklypso (For Sonny Rollins)
Written-By – Fred Hersch
8:40
7 The Big Easy (For Tom Piazza) 6:56
8 Miyako
Written-By – Wayne Shorter
7:10
9 Black Nile
Written-By – Wayne Shorter
6:44
10 Blue Monk (Solo Encore)
Written-By – Thelonious Monk
5:17

Bass – John Hebert
Drums – Eric McPherson
Piano – Fred Hersch

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Hersch, Hebert e McPherson, trio fantástico

PQP

Un Viaggio a Roma – Händel, Scarlatti, Corelli, Stradella, Muffat – Concerto Italiano – Sandrine Piau, Sara Mingardo – 2018

Un Viaggio a Roma

Händel, Scarlatti
Corelli, Stradella, Muffat

Concerto Italiano
Rinaldo Alessandrini

Sandrine Piau – soprano
Sara Mingardo – contralto

2018

Händel, Scarlatti, Corelli, Stradella, Muffat… De 1650 a princípios do século XVIII, Roma exerceu um imenso poder de atração a compositores de toda a Europa e experimentou um momento intenso de atividade musical, por causa da – ou apesar de – administração papal. Foi um período próspero com um caldeirão de influências. 

O programa idealizado pelo maestro romano Rinaldo Alessandrini oferece uma visão pessoal e completa da época, apaixonada e secular, lírica (feita sublime por Sandrine Piau) e orquestral, romântica em todos os sentidos. Rinaldo Alessandrini é uma das principais figuras da cena musical internacional. Sua predileção pelo repertório italiano e sua constante preocupação com as características expressivas próprias do estilo italiano dos séculos XVII e XVIII são os fatores decisivos que orientam sua abordagem musical e suas opções interpretativas, tanto como chefe do Concerto Italiano, de que é o fundador e diretor, como solista e maestro convidado. (ex-internet)

Georg Friedrich Händel (Germany,1685-England,1759)
01. Overture in B-Flat Major, HWV 336
02. Aci, Galatea e Polifemo, HWV 72 – I. Duetto. Sorge il di-Spunta l’aurora
03. La resurrezione, HWV 47 – Aria. Disserratevi, o porte d’averno
04. Il trionfo del Tempo e del Disinganno, HWV 46a – Pure del cielo, intelligence eterne
05. Il trionfo del Tempo e del Disinganno, HWV 46a – Tu del ciel ministro eletto
Antonio Alessandro Boncompagno Stradella, (Itália, 1643 – 1682)
06. Sonata a 8 viole con una tromba in D Major – I. Allegro
07. Sonata a 8 viole con una tromba in D Major – II. Aria
08. Sonata a 8 viole con una tromba in D Major – III. Canzona
09. Sonata a 8 viole con una tromba in D Major – IV. Aria
10. San Giovanni Battista – Sinfonia
11. San Giovanni Battista – Deh, che piu tardi
12. San Giovanni Battista – Queste lagrime, e sospiri
Georg Muffat (França, 1653 – Alemanha, 1704)
13. Concerto grosso No. 12 in G Major ‘Propitia sydera’ – V. Ciacona
Alessandro Scarlatti (Italy, 1660 – 1725)
14. Su le sponde del tebro, H. 705 – I. Sinfonia
15. Su le sponde del tebro, H. 705 – II. Recitativo. Su le sponde del tebro
16. Su le sponde del tebro, H. 705 – III. Aria. Contentatevi, o fidi pensieri
17. Su le sponde del tebro, H. 705 – IV. Recitativo. Mesto, stanco, e spirante
18. Su le sponde del tebro, H. 705 – V. Aria. Infelici miei lumi 18 de 25
19. Su le sponde del tebro, H. 705 – VI. Aria. Dite almeno, astri crudeli
20. Su le sponde del tebro, H. 705 – VII. Recitativo. All’ aura, al cielo, ai venti
21. Su le sponde del tebro, H. 705 – VIII. Aria. Tralascia Pur Di Piangere
Arcangelo Corelli (Itália, 1653-1713)
22. Concerto grosso in D Major, Op. 6 No. 4 – I. Adagio-Allegr
23. Concerto grosso in D Major, Op. 6 No. 4 – II. Adagio
24. Concerto grosso in D Major, Op. 6 No. 4 – III. Vivace
25. Concerto grosso in D Major, Op. 6 No. 4 – IV. Giga. Allegro

Un viaggio a Roma – 2018
Concerto Italiano
dir. Rinaldo Alessandrini
Sandrine Piau & Sara Mingardo

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC | 680 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 320 KBPS | 158 MB

powered by iTunes 12.8.0 |   1h 11 min

Por gentileza, quando tiver problemas para descompactar arquivos com mais de 256 caracteres, para Windows, tente o 7-ZIP, em https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ e para Mac, tente o Keka, em http://www.kekaosx.com/pt/, para descompactar, ambos gratuitos.

.
If you have trouble unzipping files longer than 256 characters, for Windows, please try 7-ZIP, at https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ and for Mac, try Keka, at http://www.kekaosx.com/, to unzip, both at no cost.

“…nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
senão, amor, eu morro”.
                        Neruda

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Boa audição!

Avicenna

 

J. S. Bach (1685-1750): Trio Sonatas

J. S. Bach (1685-1750): Trio Sonatas

Este é um disco meio amalucado. Uma versão bastante selvagem deste repertório maravilhoso. Quando entra uma nova voz, não pensem que os outros abrem espaço. Parece que todos os integrantes do The Rare Fruits Council estavam brigados quando da gravação. Os violinos são rasgados com verdadeiro ódio. Olha, que gente nervosa! Eu gostei moderadamente. Talvez, se ouvisse mais duas vezes, me apaixonasse. Esse disco é do ano 2000. Depois, Pablo Valetti fundaria o impecável e adorável Café Zimmermann. Mas vale conferir isso aqui, como não?

J. S. Bach (1685-1750): Trio Sonatas

Sonata, BWV 527, En Ré Mineur / In D Minor / In d-Moll
1 Andante 4:00
2 Adagio E Dolce 5:07
3 Vivace 3:06

Sonata, BWV 1030, En Sol Mineur / In G Minor / In g-Moll
4 Andante 6:16
5 Largo E Dolce 2:49
6 Presto 1:40
7 Allegro 3:25

Sonata, BWV 1037, En Do Majeur / In C Major / In C-Dur
8 Adagio 3:49
9 Alla Breve 2:54
10 Largo 1:51
11 Gigue – Presto 4:18

Sonata, BWV 1029, En La Mineur / In A Minor / In a-Moll
12 Vivace 5:00
13 Adagio 4:50
14 Allegro 3:28

Sonata, BWV 530, En Sol Majeur / In G Major / In G-Dur
15 Vivace 3:21
16 Lento 6:59
17 Allegro 3:17

Cello – Balázs Máté
Harpsichord – Dirk Boerner*
Organ – Alessandro De Marchi
Viola – Pablo Valetti
Violin – Manfredo Kraemer
Ensemble – The Rare Fruits Council

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Vanitas com violino e bola de vidro (1628), de Pieter Claesz

PQP

Jean-Philippe Rameau (França, 1683-1764) – Une Symphonie Imaginaire – Les Musiciens du Louvre, dir. Marc Minkowski – 2005

Une Symphonie Imaginaire

Jean-Philippe Rameau
França, 1683-1764

Les Musiciens du Louvre
dir. Marc Minkowski

2005

 

Selecionando a fascinante música orquestral e para ballet de Rameau, Marc Minkowski cria uma sinfonia imaginária com ritmos de dança irresistíveis, harmonias engenhosas e orquestração inovadora.(do catálogo)

Une Symphonie Imaginaire
01. Ouverture – Zais
02. Scene funebre – Castor et Pollux
03. Air tendre – Les Fetes d’Hebe
04. Tambourines I and II – Dardanus
05. Air tendre pour les Muses – Le Temple de la Gloire
06. Contredanse – Les Boreades
07. Air gracieux – La Naissance d’Osiris
08. Gavottes I and II – Les Boreades
09. Orage – Platee
10. Prelude – Les Boreades
11. La Poule – Six concerts en sextuor
12. Musette – Les Fetes d’Hebe
13. Ritournelle – Hippolyte et Aricie
14. Rigaudons I and II – Nais
15. Danse des Sauvages – Les Indes galantes
16. Entrée de Polymnie – Les Boreades
17. Chaconne – Les Indes galantes

Palhinha: ouça este encantamento: 16. Entrée de Polymnie – Les Boreades

PS – Merece destaque o comentário agora feito pelo nosso ouvinte Woody: Tanto quanto eu aprecio os contemporâneos de Rameau como Bach e Haendel, eu ainda sou tão fascinado por este maravilhoso compositor, a quem nós não apenas devemos nossa harmonia, mas também tesouros orquestrais maravilhosos como este álbum, muito obrigado!

Une Symphonie Imaginaire – 2005
Jean-Philippe Rameau
Les Musiciens du Louvre
dir. Marc Minkowski

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC | 271 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 320 KBPS | 160 MB

powered by iTunes 12.8.0 |   57 min

Por gentileza, quando tiver problemas para descompactar arquivos com mais de 256 caracteres, para Windows, tente o 7-ZIP, em https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ e para Mac, tente o Keka, em http://www.kekaosx.com/pt/, para descompactar, ambos gratuitos.

.
If you have trouble unzipping files longer than 256 characters, for Windows, please try 7-ZIP, at https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ and for Mac, try Keka, at http://www.kekaosx.com/, to unzip, both at no cost.

Boa audição!

Avicenna

 

Igor Stravinsky (1882-1971): Apollon Musagète • Concerto In D • Cantata

Igor Stravinsky (1882-1971): Apollon Musagète • Concerto In D • Cantata

Apollon Musagète (Apolo, líder das Musas) é um bailado em duas cenas de Igor Stravinsky, encomendado por Elizabeth Sprague Coolidge e composto entre 1927 e 1928. Na década de 1950, o título da obra foi abreviado para Apollo.

Foi coreografado e estreado em 27 de abril de 1928 pela companhia de Adolph Bolm, em Washington, D.C., mas o autor ignorou esta estreia, pois havia vendido os direitos para os Ballets Russes de Sergei Diaghilev, estreando na Europa em 12 de junho de 1928, no Teatro Sarah Bernhardt, em Paris, com coreografia de George Balanchine, cenário de André Bauchant e figurino de Coco Chanel.

A história está centrada em Apolo, que é visitado pelas musas Terpsícore, Polímnia e Calíope. O deus ensina-lhes as suas artes, conduzindo-as ao Parnaso, numa reinvenção da tradição dos mitos clássicos. A música é executada por uma orquestra de cordas de 34 instrumentos, e a obra tem uma feição intencionalmente classicista.

O Concerto in D para orquestra de cordas foi composto em Hollywood entre o início de 1946 e estreado em 8 de agosto do mesmo ano. A grana veio de Paul Sacher para celebrar o vigésimo aniversário do Basler Kammerorchester, e por esta razão é por vezes referido como o Concerto “Basileia”.

A Cantata de Igor Stravinsky é uma obra para soprano, tenor, coro feminino e conjunto instrumental (de duas flautas, oboé, cor anglais) e foi composta de abril de 1951 a agosto de 1952.

Tudo aqui, mas tudíssimo mesmo, é do período neoclássico de Strava. O trabalho de Salonen é impecável. Eu gosto moderadamente das obras.

Igor Stravinsky (1882-1971): Apollon Musagète • Concerto In D • Cantata

Apollo (Apollon Musagète) — Ballet In Two Scenes (1947 Revised Version) First Scene (Prologue)
1 Apollo’s Birth 5:18
Apollo (Apollon Musagète) — Ballet In Two Scenes (1947 Revised Version) Second Scene
2 Apollo’s Variation (Apollo And The Muses) 2:45
3 Pas D’action (Apollo And The Three Muses: Calliope, Polyhymnia, And Terpsichore) 3:37
4 Calliope’s Variation (Alexandrine) 1:18
5 Polyhymnia’s Variation 1:14
6 Terpsichore’s Variation 1:35
7 Apollo’s Variation 2:42
8 Pas De Deux (Apollo And Terpsichore) 2:33
9 Coda (Apollo And The Muses) 3:04
10 Apotheosis 3:25

Concerto In D For String Orchestra (1946 Revised Version)
11 I. Vivace 5:43
12 II. Arioso: Andantino 2:33
13 III. Rondo: Allegro 3:26

Cantata
14 A Lyke-Wake Dirge (Versus I): Prelude (Chorus) 1:40
15 Ricercar I: “The Maidens Came…” (Soprano) 3:27
16 A Lyke-Wake Dirge (Versus II): 1st Interlude (Chorus) 1:40
17 Ricercar II: “Tomorrow Shall Be…” (Sacred History) (Tenor) 9:32
18 A Lyke-Wake Dirge (Versus III): 2nd Interlude (Chorus) 1:40
19 Westron Wind (Soprano & Tenor) 1:55
20 A Lyke-Wake Dirge (Versus IV): Postlude (Chorus) 2:19

Stockholm Chamber Orchestra
London Sinfonietta Orchestra
London Sinfonietta Chorus
Yvonne Kenny
John Aler
Esa-Pekka Salonen

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Stravinsky conversando com Mazzaropi e Audrey Hepburn

PQP

.: interlúdio :. The PQP Festival of Ray Charles (Dedicated to You + Ray Charles & Betty Carter + Genius Loves Company + Bonus Tracks by PQP )

The PQP Festival of Ray Charles

Dedicated to You

Ray Charles & Betty Carter

Genius Loves Company

Bonus Tracks by PQP

 

O culpado por esta postagem é o FDP com sua maravilhosa Sarah Vaughan de ontem! Entrei no clima e posto o Ray Charles para acompanhar!

Em 1960 apareceu no cenário musical um novo cantor norte americano chamado Ray Charles que, mesmo cego desde a infância, dominou as paradas de sucesso e o show business.

É desse fenômeno que destacamos o primeiro LP do nosso festival: Dedicated to you, lançado em 1961. Com uma canção chamada “Stella by Starlight” estorou nas paradas de sucesso que nem um tsunami! Todas as canções desse LP tinham um nome de mulher. Dai o nome deste que foi o segundo LP de sua carreira e o primeiro dele que conheci. Ah, o primeiro Ray Charles a gente nunca esquece!!

Dedicated to you

01. Hardhearted Hannah
02. Nancy
03. Margie
04. Ruby
05. Rosetta
06. Stella By Starlight
07. Cherry
08. Josephine
09. Candy
10. Marie
11. Diane
12. Sweet Georgia Brown

..oOo..

O próximo LP que apresentamos, Ray Charles & Betty Carter, gravado também em 1961, mostra a versatilidade de Ray Charles no campo do blues/jazz. Betty Carter, sua companheira de gravação, foi uma cantora de jazz norte-americana, conhecida por sua técnica de improvisação e outras habilidades musicais complexas que demonstrou com seu talento vocal e interpretação imaginativa das letras e melodias. 

Ray Charles & Betty Carter

01. Ev’ry Time We Say Goodbye
02. You and I
03. Intro: Goodbye/We’ll Be Together Again
04. People Will Say We’re in Love
05. Cocktails for Two
06. Side By Side
07. Baby, It’s Cold Outside
08. Together
09. For All We Know
10. Takes Two to Tango
11. Alone Together
12. Just You, Just Me
13. But on the Other Hand Baby
14. I Never See Maggie Alone
15. I Like to Hear it Sometime

..oOo..

O terceiro album, Genius Loves Company, foi gravado em 2004, alguns meses antes da morte de Ray, teve um lançamento post-mortem. Nele, Ray interpreta grandes sucessos com grandes amigos. Ficou meses em primeiro lugar nas paradas de sucessos dos Estados Unidos e do Canadá. Ganhou 8 Grammy !

Genius Loves Company

1. “Here We Go Again” (with Norah Jones)
2. “Sweet Potato Pie” (with James Taylor)
3. “You Don’t Know Me” (with Diana Krall) 
4. “Sorry Seems to Be the Hardest Word” (with Elton John)
5.”Fever” (with Natalie Cole)
6. “Do I Ever Cross Your Mind?” (with Bonnie Raitt)
7. “It Was a Very Good Year” (with Willie Nelson)
8. “Hey Girl” (with Michael McDonald)
9. “Sinner’s Prayer” (with B.B. King)
10. “Heaven Help Us All” (with Gladys Knight)
11. “Over the Rainbow” (with Johnny Mathis)
12. “Crazy Love” (with Van Morrison)
13. “Ary My Love” (with Itoshi No Ary)

..oOo..

Por último, separei 16 músicas que não estavam em nenhum dos 3 albuns anteriores e que mereciam estar nesta postagem e juntei tudo num album chamado Bonus Tracks by PQP.

Bonus Tracks by PQP

01. I can’t stop lovin’ you
02. Hey good lookin’
03. Take these chains from my heart
04. Cry
05. Seven Spanish Angels
06. Hit the road, Jack
07. Oh, lonesome me
08. That lucky old sun just rolls around heaven
09. Amazing Grace
10. Crying time
11. Someday you’ll want me to want you
12. What’d I say
13. Sweet memories
14. You Don’t Know Me
15. Over the Rainbow
16. I’ll never stand in your way

Esta postagem vai dedicada a todas as semi-novas e a todos os semi-novos que viveram e usufruíram os Anos Dourados! Tim-tim! ?

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 320 KBPS | 399 MB

Boa audição!

 

 

 

 

 

 

Avicenna

 

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 98, 180, 56, 55

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 98, 180, 56, 55

Aqui, boa parte desta coleção.

As maravilhas escondidas nas Cantatas de Bach são (muito) numerosas. A gente olha para cada canto e encontra uma ária ou coral encantador, perfeito. Nem me apaixonei tanto pela Cantata BWV 98, mas aí vem a 180 e a gente fica pasmo com sua beleza. E então tudo fica lindo. A interpretação de La Petite Bande, de seu mentor Sigiswald Kuijken e dos cantores merece todos os elogios. Um belo CD.

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 98, 180, 56, 55

21st Sunday After Trinity
“Was Gott tut das ist Wohlgetan” BWV 98
1 Chorale: Was Gott tut das ist wohlgetan 3:34
2 Recitative: Ach Gott! Wenn wirst Du mich 1:05
3 Aria: Hört, ihr Augen auf zu weinen 3:40
4 Recitative: Gott hat ein Herz 1:02
5 Aria: Menen Jesum lass ich nicht 3:57

20th Sunday After Trinity
“Schmücke Dich o liebe Seele” BWV 180
6 Chorale: Schmücke Dich o liebe Seele 6:11
7 Aria: Ermuntre dich dein Heiland klopft 6:16
8 Recitative and Chorale: Wie teuer sind des heilgen Mahles 2:32
9 Recitative: Mein Herz fühlt sich in Furcht und Freuden 1:32
10 Aria: Lebens Sonne, Licht der Sinnen 4:04
11 Recitative: Herr, lass an mir dein treues Lieben 1:03
12 Chorale: Jesu, wahres Brot des Lebens 1:35

19th Sunday After Trinity
“Ich will den Kreuzstab gerne tragen” BWV 56
13 Aria: Ich will den Kreuzstab gerne tragen 7:06
14 Recitative: Mein Wandel auf der Welt 2:13
15 Aria: Endlich, endlich wird mein Joch 7:09
16 Recitative: Ich stehe fertig und bereit 1:33
17 Chorale: Komm o Tod du Schlafes Bruder 1:43

22th Sunday After Trinity
“Ich armer Mensch ich Sündenknecht” BWV 55
18 Aria: Ich armer Mensch ich Sündenknecht 5:44
19 Recitative: Ich habe wider Gott gehandelt 1:31
20 Aria: Erbarme dich! 4:44
21 Recitative: Erbarme dich, jedoch nun töst ich mich 1:17
22 Chorale: Bin ich gleich von dir gewichen 1:06

Alto Vocals – Petra Noskaiová
Bass Vocals, Baritone Vocals – Dominik Wörner
Soprano Vocals – Sophie Karthäuser
Tenor Vocals – Christoph Genz
Ensemble – La Petite Bande
Conductor – Sigiswald Kuijken

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Ai, jisuis, lá vem ele repetir os mesmos conselhos de sempre…

PQP

.: interlúdio :. Sarah Vaughan – The Best Of The Roulette Years 1960-1963

Ai vai meu presente de Natal para os fãs da Divina Sarah Vaughan: três cds com o melhor de suas interpretações no começo dos anos 60, pelo selo Roulette. Só fico lhes devendo a ficha técnica dos cds, para saber quem a acompanha: Orquestra, maestro, solistas … enfim, creio que uma busca mais atenta pela internet os senhores conseguem estas informações.
De qualquer forma, são três finíssimos CDs, de altíssimo nível, como não poderia deixar de ser, em se tratando de Sarah Vaughan.
Divirtam-se, curtam, deliciem-se… trata-se de papa finíssima …

CD 1

Sarah Vaughan – 01 – The More I See You
Sarah Vaughan – 02 – My Favorite Things
Sarah Vaughan – 03 – Call Me Irresponsible
Sarah Vaughan – 04 – Star Eyes
Sarah Vaughan – 05 – Perdido
Sarah Vaughan – 06 – I Got Rhythm
Sarah Vaughan – 07 – Baubles, Bangles And Beads
Sarah Vaughan – 08 – Great Day
Sarah Vaughan – 09 – I’m Gonna Live ‘Til I Die
Sarah Vaughan – 10 – Lover Man
Sarah Vaughan – 11 – I Believe In You
Sarah Vaughan – 12 – Ev’ry Time We Say Goodbye
Sarah Vaughan – 13 – Always On My Mind
Sarah Vaughan – 14 – Sophisticated Lady
Sarah Vaughan – 15 – In A Sentimental Mood
Sarah Vaughan – 16 – The Lady’s In Love With You
Sarah Vaughan – 17 – You Stepped Out Of A Dream
Sarah Vaughan – 18 – A Garden In The Rain
Sarah Vaughan – 19 – Moonglow
Sarah Vaughan – 20 – Fly Me To The Moon
Sarah Vaughan – 21 – Maria
Sarah Vaughan – 22 – Falling In Love With Love
Sarah Vaughan – 23 – On Green Dolphin Street
Sarah Vaughan – 24 – If I Had You
Sarah Vaughan – 25 – As Long As He Needs Me

CD 2

Sarah Vaughan – 01 – Honeysuckle Rose
Sarah Vaughan – 02 – I Can’t Give You Anything But Love
Sarah Vaughan – 03 – These Foolish Things
Sarah Vaughan – 04 – Solitude
Sarah Vaughan – 05 – Nobody Else But Me
Sarah Vaughan – 06 – I Could Write A Book
Sarah Vaughan – 07 – The Lonely Hours
Sarah Vaughan – 08 – You’re Driving Me Crazy
Sarah Vaughan – 09 – Mama He Treats Your Daughter Mean
Sarah Vaughan – 10 – ‘Round Midnight
Sarah Vaughan – 11 – Moanin’
Sarah Vaughan – 12 – What Kind Of Fool Am I
Sarah Vaughan – 13 – The Man I Love
Sarah Vaughan – 14 – The Good Life
Sarah Vaughan – 15 – Easy Street
Sarah Vaughan – 16 – I Guess I’ll Hang My Tears Out To Dry
Sarah Vaughan – 17 – Gravy Waltz
Sarah Vaughan – 18 – Baby Won’t You Please Come Home
Sarah Vaughan – 19 – Midnight Sun
Sarah Vaughan – 20 – I Hadn’t Anyone ‘Til You
Sarah Vaughan – 21 – Look To Your Heart
Sarah Vaughan – 22 – I Remember You
Sarah Vaughan – 23 – Dreamy

CD 3

Sarah Vaughan – 01 – I Fall In Love Too Easily
Sarah Vaughan – 02 – Oh You Crazy Moon
Sarah Vaughan – 03 – Serenata
Sarah Vaughan – 04 – Have You Met Miss Jones
Sarah Vaughan – 05 – I Cried For You
Sarah Vaughan – 06 – Snowbound
Sarah Vaughan – 07 – When Lights Are Low
Sarah Vaughan – 08 – The Best Is Yet To Come
Sarah Vaughan – 09 – Blah Blah Blah
Sarah Vaughan – 10 – The Second Time Arround
Sarah Vaughan – 11 – One Mint Yulep
Sarah Vaughan – 12 – This Cant Be Love
Sarah Vaughan – 13 – Wonder Why
Sarah Vaughan – 14 – Vanity
Sarah Vaughan – 15 – All Or Nothing All
Sarah Vaughan – 16 – My Reverie
Sarah Vaughan – 17 – Moonlight Love
Sarah Vaughan – 18 – Till The End Of Time
Sarah Vaughan – 19 – None But The Lonely Heart
Sarah Vaughan – 20 – Wrap Your Troubles In Dreams
Sarah Vaughan – 21 – I Cover The Waterfront
Sarah Vaughan – 22 – Dont Blame Me
Sarah Vaughan – 23 – A Ghost Of A Chance
Sarah Vaughan – 24 – Time After Time
Sarah Vaughan – 25 – Body And Soul

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 3 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Dmítri Shostakóvitch (Rússia, 1906 – 1975) – Lady Macbeth of Mtsensk – Dir. Mstislav Rostropovich, London Philharmonic Orchestra, Ambrosian Opera Chorus, Galina Vishnevskaya, Nicolai Gedda – 1978

Lady Macbeth of Mtsensk

Dmítri Shostakóvitch (Rússia, 1906 – 1975)

London Philharmonic Orchestra
Ambrosian Opera Chorus
Dir. Mstislav Rostropovich

Galina Vishnevskaya
Nicolai Gedda

1978

Lady Macbeth do Distrito de Mtsensk (em russo: Леди Макбет Мценского уезда, transl. Ledi Makbet Mtsenskogo Uyezda) é uma ópera em quatro atos do compositor russo Dmitri Shostakovitch, estreada em 1934.

O libreto é inspirado na novela curta de mesmo nome publicada em 1865 por Nikolai Leskov. Ambientada na Rússia do século XIX, conta a história de uma mulher casada e solitária, Katerina Lvovna Izmaylova, que apaixona-se por outro homem e termina cometendo assassinatos. O argumento é sombrio, com bastante violência e sexo. O título faz referência a Lady Macbeth, a anti-heroína da tragédia shakespeareana Macbeth (1606).

Estreou em 1934 no Teatro Mikhaylovsky em São Petersburgo (então Leningrado), com enorme sucesso de público e crítica. Nos anos seguintes foi encenada pelos palcos de todo o mundo. A ópera, porém, fez-se ainda mais famosa pela intervenção das autoridades soviéticas: em 1936, funcionários do governo comunista – incluindo Josef Stálin – assistiram uma apresentação no Teatro Bolshoi. Na edição de 28 de janeiro do jornal Pravda foi publicada uma severa crítica que descrevia a ópera como “ruído ao invés de música”, entre outras coisas. Frente a essa denúncia, Shostakovitch passou a temer por sua liberdade artística e até por sua vida, e em 1937 escreveu sua Quinta Sinfonia em um tom muito mais convencional, descrita pelo próprio artista como “a resposta de um artista soviético à crítica justa”.

Esta foi a última ópera de Shostakovich. Nos anos 1960 compôs uma nova versão, suprimindo as partes mais controversas. Atualmente, porém, a composição original é a mais executada. (Wikipedia)

As 53 faixas podem ser vistas aqui.

Lady Macbeth of Mtsensk – 1978
Dmítri Shostakóvitch
London Philharmonic Orchestra
Ambrosian Opera Chorus
Dir. Mstislav Rostropovich

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC | 734 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 320 KBPS | 354 MB

powered by iTunes 12.8.0 |   2h 35 min

Por gentileza, quando tiver problemas para descompactar arquivos com mais de 256 caracteres, para Windows, tente o 7-ZIP, em https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ e para Mac, tente o Keka, em http://www.kekaosx.com/pt/, para descompactar, ambos gratuitos.

.
If you have trouble unzipping files longer than 256 characters, for Windows, please try 7-ZIP, at https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ and for Mac, try Keka, at http://www.kekaosx.com/, to unzip, both at no cost.

Boa audição!

Avicenna

 

Franz Joseph Haydn (1732-1809): Symphonies Nº 92 “Oxford” & 91

Franz Joseph Haydn (1732-1809): Symphonies Nº 92 “Oxford” & 91

FDP traz nessa postagem as sinfonias de Nº 91 e de Nº 92, de Joseph Haydn. A interpretação estará a cargo da Orquestra do Concertgebouw de Amsterdam, regida por Sir Colin Davis. Trata-se aqui de uma grande orquestra, com grande massa sonora, ao contrário de outras gravações que até agora postei, sempre com orquestras menores. A leitura de Colin Davis é como sempre correta, e essa Orquestra possui uma sonoridade maravilhosa e que sempre atraiu a todos os grande regentes.

Franz Joseph Haydn – Symphony nº 92 “Oxford” in G Major e nº 91, em F Flat

1 – Symphony nº 92 “Oxford” – Adagio – Allegro spirituoso
2 – Symphony nº 92 “Oxford” – Adagio
3 – Symphony nº 92 “Oxford” – Menuet (Allegretto)
4 – Symphony nº 92 “Oxford” – Presto

5 – Symphonie nº 91 – Largo – Allegro assai
6 – Symphonie nº 91 – Andante
7 – Symphonie nº 91 – Menuet (un poco allegretto)
8 – Symphonie nº 91 – Finale (Vivace)

Concertgebow Orchestra, Amsterdam
Sir Colin Davis – Conductor

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Haydn divertindo-se em quarteto.

FDP Bach

Jean-Philippe Rameau (França, 1683-1764) – Hippolyte et Aricie – Les Arts Florissants, dir. William Christie – Padmore, Panzarella, Lieberson, Naouri – 1995

Hippolyte et Aricie

Les Arts Florissants
dir. William Christie

Mark Padmore
Anna Maria Panzarella
Lorraine Hunt Lieberson
Laurent Naouri
Patricia Petibon

1995

Considerada uma das 10 melhores óperas barrocas com respectivas gravações, pela revista Gramophone em 2013. [1º lugar ??]

..oOo..

Giulio Cesare in Egitto (HWV 17) é uma ópera em três atos do compositor alemão naturalizado britânico Georg Friedrich Händel (1685-1759), completada em dezembro de 1723 e que teve sua estreia em 20 de fevereiro de 1724 no King’s Theatre em Londres, quando a carreira lírica do compositor estava no auge. 

O enredo retrata alguns personagens como indivíduos fortes e complexos, o que permitiu a Händel jogar com um amplo leque emocional. César é mostrado na ópera como o típico grande herói, comparado a Hércules (ou Alcide, no libreto italiano). Cleópatra tem uma personalidade multifacetada, revelando astúcia política, capacidade de sedução, força e emotividade. Ptolomeu (ou Tolomeo, no libreto italiano), irmão de Cleópatra é o grande vilão, traiçoeiro, lascivo e usurpador. Cornélia e Sexto, seu filho com Pompeu, mostram personalidades bem mais estáticas e seus papéis giram continuamente em torno do sofrimento com a morte do esposo (no caso de Cornélia) e o desejo de vingança contra Ptolomeu (no caso de Sexto).

A trama decorre em Alexandria em 48 a.C., quando o cônsul romano Pompeu, derrotado na batalha de Farsália, procura refugiar-se no Egito, país com o qual mantivera relações importantes, políticas e militares. O país encontra-se sob o governo de um casal de irmãos: Cleópatra e Ptolomeu, os quais mantêm uma disputa de poder. Sabendo da vitória de Júlio César em Farsália, Ptolomeu manda assassinar Pompeu, oferecendo sua cabeça de presente a César. O restante do libreto é bem menos fiel à história real. Entre outros detalhes, mostra Ptolomeu e Cleópatra praticamente com a mesma idade. Na verdade, ele era bem mais jovem que a irmã. O envolvimento amoroso entre Júlio César e Cleópatra é sabidamente verídico. (Wikipedia)

As 67 faixas podem ser vistas aqui.

Hippolyte et Aricie – 1995
Jean-Philippe Rameau
Les Arts Florissants
dir. William Christie

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC | 879 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 320 KBPS | 400 MB

powered by iTunes 12.8.0 |   3h 03 min

Por gentileza, quando tiver problemas para descompactar arquivos com mais de 256 caracteres, para Windows, tente o 7-ZIP, em https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ e para Mac, tente o Keka, em http://www.kekaosx.com/pt/, para descompactar, ambos gratuitos.

.
If you have trouble unzipping files longer than 256 characters, for Windows, please try 7-ZIP, at https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ and for Mac, try Keka, at http://www.kekaosx.com/, to unzip, both at no cost.

Boa audição!

Avicenna

 

Johannes Brahms (1833-1896): Symphonies 1 & 3 – Günter Wand – NDR Sinfonieorchester

Johannes Brahms (1833-1896): Symphonies 1 & 3 – Günter Wand – NDR Sinfonieorchester

Dia desses foi postado pelo mano PQP Bach uma gravação deste bom velhinho, Günter Wand, creio que da Nona de Bruckner. Resolvi então procurar e achei suas gravações das sinfonias de Brahms.

Amo, adoro e venero estas sinfonias, e não canso de procurar outras versões delas. Já devo ter umas 6, pelo menos. E ainda procuro aquela que poderei considerar definitiva. Toscanini, Fürtwangler, Karajan, Bernstein, Abbado, Wand, Klemperer, Jochum, todos eles sem exceção deram suas contribuições. Não consegui estabelecer um ranking entre estas gravações, nem pretendi fazê-lo, pois os vejo de diferentes perspectivas. Alguns críticos consideram as gravações de Toscanini e de Fürtwangler imbatíveis. Porém os métodos de gravação da época ainda eram precários, e por mais que os engenheiros de som trabalhassem, não conseguiam fazer milagres. Os outros acima citados viram a evolução das gravações, a criação do estéreo, do som digital.

Vejo nas obras dele um embate constante entre a razão e a emoção, e dependendo do regente, vemos este conflito quase que explícito. Por exemplo, o primeiro e o quarto movimentos da Sinfonia nº1, este último já discutido aqui no blog. Wand nos brinda com uma gravação impecável do ponto de vista do equilíbrio e dinâmica. O registro da massa orquestral nos momentos mais expressivos não soa tão grandiloquente quanto ao que Karajan imprimiu à Filarmônica de Berlim (tremo ao lembrar da abertura da primeira sinfonia na sua gravação dos anos 80), ou o Bernstein, um pouco mais contido, é verdade, à Filarmônica de Viena, porém acho que o resultado soou mais agradável, não tão assustador quando a de Herr Karajan. Wand é grande em todos os sentidos. Conseguiu colocar a excelente NDR Sinfonieorchester nos níveis de excelência de outras orquestras tradicionais alemãs, e a sonoridade que ele consegue extrair é exemplar, contando também com a ajuda da engenharia de som da RCA.

Deixem-me contar uma pequena crônica de minha vida, que se passou há exatos 20 anos atrás, quando morava em São Paulo. Minha casa tinha uma varanda nos fundos, de onde tinhamos uma vista privilegiada do bairro da Aclimação. Certo final de tarde de sábado, sozinho em casa, coloquei minha velha fita cassete da Sinfonia nº1 com o Karajan no walkman, sentei-me em uma cadeira, e fiquei ali ouvindo o velho Herbert regendo a sua Filarmônica de Berlim. Senti minha alma ser transportada para outra dimensão. Naquele dia fui agraciado com um pôr-de-sol de outubro deslumbrante, com nuvens assustadoras no céu, e quando soavam os timpanos da orquestra parecia que era a voz de Deus querendo falar comigo, ou pelo menos tentando. Não, não fumei nem tomei nada antes, e não arrisco dizer que foi uma experiência quase mística. Aqueles foram um dos momentos mais marcantes de minha vida. Nunca mais consegui experimentar a mesma emoção. Já ouvi esta sinfonia milhares de vezes, e ouvirei quantas mais forem possíveis, mas sei que nunca mais ter a mesma sensação.

Com relação á terceira sinfonia, bem, só tenho a dizer que se Brahms só tivesse composto o terceiro e o quarto movimentos desta sinfonia já teria dado sua contribuição para história da música ocidental. É uma sinfonia romântica em sua essência, talvez a mais desavergonhadamente romântica das quatro. Seu terceiro movimento é de um lirismo pungente, emocionante, quase nos leva às lágrimas. Nela Brahms extravasa suas emoções.

Espero que apreciem.

Johannes Brahms – Symphonies 1 & 3 – Günter Wand – NDR Sinfonieorchester

01 – Brahms Symphony No.1 in C minor, Op.68 – I. Un poco sostenuto, Allegro
02 – Brahms Symphony No.1 in C minor, Op.68 – II. Andante sostenuto
03 – Brahms Symphony No.1 in C minor, Op.68 – III. Un poco allegretto e grazioso
04 – Brahms Symphony No.1 in C minor, Op.68 – IV. Adagio non troppo ma con brio

05 – Brahms Symphony No.3 in F, Op.90 – I. Allegro con brio
06 – Brahms Symphony No.3 in F, Op.90 – II. Andante
07 – Brahms Symphony No.3 in F, Op.90 – III. Poco allegretto
08 – Brahms Symphony No.3 in F, Op.90 – IV. Allegro

NDR-Sinfonieorchester
Günter Wand – Director

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Este carinha foi um gênio.

FDPBach

Georg Friedrich Händel (Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759) – Giulio Cesare in Egitto – Il Complesso Barocco, dir. Alan Curtis. Lemieux, Gauvin, Basso, Baráth, Mineccia, Weisser, Storti, Buratto – 2012

Giulio Cesare in Egitto

Georg Friedrich Händel (Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759)

Il Complesso Barocco
dir. Alan Curtis

2012

Considerada uma das 10 melhores óperas barrocas com respectivas gravações, pela revista Gramophone em 2013. [2º lugar]

..oOo..

Giulio Cesare in Egitto (HWV 17) é uma ópera em três atos do compositor alemão naturalizado britânico Georg Friedrich Händel (1685-1759), completada em dezembro de 1723 e que teve sua estreia em 20 de fevereiro de 1724 no King’s Theatre em Londres, quando a carreira lírica do compositor estava no auge.

O enredo retrata alguns personagens como indivíduos fortes e complexos, o que permitiu a Händel jogar com um amplo leque emocional. César é mostrado na ópera como o típico grande herói, comparado a Hércules (ou Alcide, no libreto italiano). Cleópatra tem uma personalidade multifacetada, revelando astúcia política, capacidade de sedução, força e emotividade. Ptolomeu (ou Tolomeo, no libreto italiano), irmão de Cleópatra é o grande vilão, traiçoeiro, lascivo e usurpador. Cornélia e Sexto, seu filho com Pompeu, mostram personalidades bem mais estáticas e seus papéis giram continuamente em torno do sofrimento com a morte do esposo (no caso de Cornélia) e o desejo de vingança contra Ptolomeu (no caso de Sexto).

A trama decorre em Alexandria em 48 a.C., quando o cônsul romano Pompeu, derrotado na batalha de Farsália, procura refugiar-se no Egito, país com o qual mantivera relações importantes, políticas e militares. O país encontra-se sob o governo de um casal de irmãos: Cleópatra e Ptolomeu, os quais mantêm uma disputa de poder. Sabendo da vitória de Júlio César em Farsália, Ptolomeu manda assassinar Pompeu, oferecendo sua cabeça de presente a César. O restante do libreto é bem menos fiel à história real. Entre outros detalhes, mostra Ptolomeu e Cleópatra praticamente com a mesma idade. Na verdade, ele era bem mais jovem que a irmã. O envolvimento amoroso entre Júlio César e Cleópatra é sabidamente verídico. (Wikipedia)

As 77 faixas podem ser vistas aqui.

Giulio Cesare in Egitto – 1994

Georg Friedrich Händel
Il Complesso Barocco
dir. Alan Curtis

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
XLD RIP | FLAC | 1.220 MB

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
MP3 | 320 KBPS | 563 MB

powered by iTunes 12.8.0 |  3 h  40 min

Por gentileza, quando tiver problemas para descompactar arquivos com mais de 256 caracteres, para Windows, tente o 7-ZIP, em https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ e para Mac, tente o Keka, em http://www.kekaosx.com/pt/, para descompactar, ambos gratuitos.

.
If you have trouble unzipping files longer than 256 characters, for Windows, please try 7-ZIP, at https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ and for Mac, try Keka, at http://www.kekaosx.com/, to unzip, both at no cost.

Boa audição!

Avicenna

Clóvis Pereira (1932) e Franz Joseph Haydn (1732-1809): Concertos para violoncelo

Clóvis Pereira (1932) e Franz Joseph Haydn (1732-1809): Concertos para violoncelo

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Eu tava na agonia para postar este CD desde quando o comprei, em agosto. Queria compartilhar com vocês não os Concertos de Haydn e sim o Concertino do pernambucano Clóvis Pereira, escrito a pedido de Antonio Meneses. (Apesar de que as versões de Meneses para os dois Concertos de Haydn serem simplesmente ESPLÊNDIDAS).

Segundo apurei numa matéria na revista Concerto de julho ou junho, não me lembro, Meneses estava na casa do maestro Rafael Garcia, no Recife, quando o regente chileno mostrou uma gravação das Três peças nordestinas de Clóvis Pereira (creio que exatamente a mesma gravação postada há um ou dois anos aqui no Blog, do CD A música erudita de compositores populares pernambucanos).

Meneses gostou tanto do Aboio, o segundo movimento, que Rafael Garcia acabou apresentando por telefone o celista ao compositor e testemunhou a encomenda da obra, saída a pulso devido ao receio do autor de não fazer algo à altura do intérprete. Para se ter ideia da auto-exigência de Clóvis Pereira, ele — que é o maior compositor pernambucano erudito vivo, depois de Marlos Nobre — tem um catálogo que não deve passar de 25 obras (contabilizei 15 até agora), com a compensação de a maior parte delas ter sido gravada e ser eventualmente executada.

Quanto ao Concertino em si, creio que a maior virtude dele é a de se adequar a qualquer programa de concerto sem maiores dificuldades, por ser tonal e respeitar a estrutura tradicional dos concertos clássico-românticos além de se valer de temas e ritmos nordestinos marcantes, desenvolvidos através de um tratamento harmônico neoclássico que evitasse qualquer tentação de modalismo exoticista — vale lembrar que Clóvis Pereira foi aluno de Guerra-Peixe e um dos primeiros compositores armoriais. Prova dessa citada virtude é a sua inclusão entre os dois concertos de Haydn no presente disco.

Clóvis Pereira parece ter nomeado a obra de concertino, em vez de concerto, por conta das cadências curtas e da ausência de dificuldades extremas para o solista (o que ele compensou na Suíte Macambira (2008), para cello solo, já postada também aqui no blog). Essa prudência, já explicada dois parágrafos atrás, é até boa para evitar excesso de expectativa e comparações com obras estabelecidas.

O primeiro movimento, assim como o tema rondó do terceiro, é calcado em ritmo de galope nordestino e se vale da forma-sonata de uma maneira interessante e pouco usual: estabelecendo uma alternância tensão-afrouxamento a partir de um único tema em andamentos diferentes, o segundo mais lento.

O segundo movimento, monotemático, utiliza o mesmíssimo aboio das já mencionadas Três peças nordestinas, mas agora com um acompanhamento orquestral diferente e que atinge o clímax em fortíssimo no meio do movimento, imprimindo uma forma de arco ao direcionamento da dinâmica ao longo dos cinco minutos desta parte da obra.

O terceiro movimento alterna um outro tema de galope nordestino com um de frevo, o qual vem a revisar simbolicamente uma omissão histórica do Movimento Armorial na década de 70 – que rejeitou o frevo pelo fato de ser um gênero musical popular urbano e tonal quando os compositores armoriais bebiam majoritariamente da música folclórica rural e modal.

Dito isto, o concertino de Clóvis Pereira colocou-se como a mais apresentável e bem recebida peça para cello e cordas do repertório nacional não só pelo empenho de Meneses (que inclusive toca o Aboio em uma versão para cello solo como bis em alguns recitais e pediu a Clóvis Pereira a exclusividade de execução durante alguns anos) mas pelos próprios méritos: a não opção pelo virtuosismo extremado, pela dramaticidade, e pelo folclórico apelativo acabou favorecendo uma obra com melodiosidade e boa comunicação e soube fazer uma concessão ao público sem perder em termos estéticos.

PS.: O tema original do aboio, com extensão de quatro frases (a quarta com coda), foi gravado por Ariano Suassuna no interior da Paraíba e, fora o emprego por Clóvis Pereira em duas ocasiões, foi usado por Cussy de Almeida em seu próprio Aboio e no Gloria da Missa Sertaneja. Cada compositor criou desenvolvimentos temáticos diferentes para a toada de vaqueiro.

Clóvis Pereira (1932) e Joseph Haydn (1732-1809): Concertos para violoncelo

Haydn

1. Concerto For Cello And Orchestra No. 1 In C Major, Hob. VIIb:1: I. Moderato
2. Concerto For Cello And Orchestra No. 1 In C Major, Hob. VIIb:1: II. Adagio
3. Concerto For Cello And Orchestra No. 1 In C Major, Hob. VIIb:1: III. Allegro Molto

Pereira

4. Concertino For Cello And String Orchestra: I. Allegro Con Moto
5. Concertino For Cello And String Orchestra: II. Aboio. Adagio
6. Concertino For Cello And String Orchestra: III. Rondo Agalopado. Allegro

Haydn

7. Concerto For Cello And Orchestra No. 2 In D Major, Hob. VIIb:2: I. Allegro Moderato
8. Concerto For Cello And Orchestra No. 2 In D Major, Hob. VIIb:2: II. Adagio
9. Concerto For Cello And Orchestra No. 2 In D Major, Hob. VIIb:2: III. Rondo. Allegro

Antonio Meneses
Northern Sinfonia

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Antônio Gênio Meneses (1957)

CVL / PQP

Domenico Gaetano Maria Donizetti (1797-1848): L’elisir d’amore ´Pavarotti, Battle, Nucci, Dara, Upshaw, Levine, Metropolitan Orchestra & Chorus

Começando a semana com ópera. Que tal? Donizetti, Pavarotti, Kathleen Batthle, Metropolitan Orchestra … quer mais o que, cara pálida? Corre para baixar …

Ato I

Nemorino, um pobre camponês, está apaixonado por Adina, uma bela proprietária de terras, que o atormenta com sua indiferença. Quando Nemorino ouve Adina lendo para seus trabalhadores a história de Tristan e Isolda, ele está convencido de que uma poção mágica irá ajudá-lo a conquistar o amor de Adina. O sargento Belcore aparece com seu regimento e imediatamente começa a cortejar Adina na frente de todos. Nemorino fica ansioso (apesar de Adina secretamente ridicularizar a complacência de Belcore) e, sozinho com Adina, revela seu amor por ela. No entanto, Adina o rejeita, dizendo que ela quer um amante diferente a cada dia e seguisse seu exemplo faria Nemorino melhor. Nemorino declara que seus sentimentos nunca vão mudar. O charlatão ambulante médico, Dulcamara (o autoproclamado Dr. Encyclopedia), chega, vendendo sua bebida engarrafada para as pessoas da cidade. Nemorino inocentemente pergunta a Dulcamara se ele tem alguma poção de amor de Isolda. Apesar de não reconhecer o nome “Isolda”, os talentos comerciais de Dulcamara permitem-lhe vender uma garrafa da cura-tudo – na realidade apenas vinho barato – a Nemorino, retirando todas as suas economias.
Para poder fugir com mais segurança, Dulcamara diz a Nemorino que a poção precisa de 24 horas para entrar em vigor – quando o médico já terá ido embora. Nemorino bebe a poção com pressa para assistir ao efeito amanhã. Encorajado pelo “elixir” (na verdade, bêbado), Nemorino finge indiferença quando encontra Adina, pois espera que o elixir facilite sua conquista de Adina no dia seguinte. Ela fica cada vez mais irritada; talvez ela tenha sentimentos por Nemorino afinal de contas? Belcore retorna e propõe casamento para Adina. Ainda irritada por Nemorino e desejando dar-lhe uma lição, Adina promete falsamente se casar com Belcore em seis dias. No entanto, Nemorino apenas ri em resposta: tal confiança é sustentada na crença na poção mágica. No entanto, quando Belcore descobre que seu regimento deve sair na manhã seguinte, Adina promete casar com ele antes de sua partida. Isso, é claro, entra em pânico para Nemorino, que clama pelo Dr. Dulcamara para ajudá-lo. Adina, enquanto isso, convida todos para o casamento.
Ato 2
A festa de casamento de Adina e Belcore está em pleno andamento. Dr. Dulcamara encoraja Adina a cantar um dueto com ele para entreter os convidados. O notário chega para oficializar o casamento. Adina fica aborrecida ao ver que Nemorino não apareceu, pois o negócio todo se destina apenas a puni-lo. Enquanto todo mundo vai para testemunhar a assinatura do contrato de casamento, Dulcamara fica para trás, ajudando-se a comida e bebida. Tendo visto o notário, Nemorino aparece deprimido, pois acredita que perdeu Adina. Ele vê Dulcamara e implora freneticamente por um elixir mais poderoso e de ação mais rápida. Embora Dulcamara se orgulhe de se orgulhar de sua filantropia, ao descobrir que Nemorino agora não tem dinheiro, ele muda de tom e se afasta, recusando-se a fornecer-lhe qualquer coisa. Belcore emerge, refletindo sobre o motivo pelo qual Adina adiou o casamento e assinou o contrato. Ele vê Nemorino e pergunta ao seu rival por que ele está deprimido. Quando Nemorino diz que precisa de dinheiro, Belcore sugere que se junte ao exército, pois ele receberá fundos no local. Belcore tenta empolgar Nemorino com contos de vida militar, enquanto Nemorino só pensa em conseguir a poção e, assim, ganhar Adina, mesmo que apenas por um dia antes da partida. A Belcore produz um contrato, que a Nemorino assina em troca do dinheiro. Nemorino promete em particular se apressar e comprar mais poção, enquanto Belcore reflete sobre como o envio de Nemorino para a guerra despachou tão facilmente seu rival.
Depois que os dois homens foram embora, Giannetta fofoca com as mulheres da aldeia. Jurando-os todos ao sigilo, ela revela que o tio de Nemorino acabou de morrer e deixou uma grande fortuna para o sobrinho. No entanto, nem Nemorino nem Adina ainda estão cientes disso. Nemorino entra, tendo gasto seu bônus de assinatura militar em – e consumido – uma grande quantidade do falso elixir do Dr. Dulcamara. Esperando compartilhar sua fortuna, as mulheres se aproximam de Nemorino com saudações excessivamente amistosas. Portanto, fora do personagem é isso que Nemorino toma como prova da eficácia do elixir. Adina vê Nemorino com as mulheres, está abalada com sua recém descoberta popularidade e pede uma explicação ao Dr. Dulcamara. Sem saber que Adina é o objeto do carinho de Nemorino, Dulcamara explica que Nemorino gastou seu último centavo no elixir e se juntou ao exército para conseguir mais dinheiro, tão desesperado era ganhar o amor de alguma beleza cruel sem nome. Adina imediatamente reconhece a sinceridade de Nemorino, lamenta seu comportamento e percebe que ela amou Nemorino o tempo todo. Embora Dulcamara aproveite a oportunidade para tentar vender-lhe um pouco de sua poção para reconquistar Nemorino, Adina declara que tem plena confiança em seus próprios poderes de atração.
Nemorino aparece sozinho, pensativo, refletindo sobre uma lágrima que viu nos olhos de Adina quando a ignorou mais cedo. Apenas baseado nisso, ele se convence de que Adina o ama. Ela entra e pergunta por que ele escolheu se juntar ao exército e deixar a aldeia. Quando Nemorino explica que ele estava buscando uma vida melhor, Adina responde que ele é amado e que ela comprou de volta seu contrato militar com o sargento Belcore. Ela oferece o contrato cancelado para Nemorino e garante que, se ele ficar, ele ficará feliz. Enquanto ele aceita o contrato, Adina se vira para sair. Nemorino acredita que ela está abandonando-o e voa para um ataque desesperado, prometendo que, se ele não for amado, ele também poderia sair e morrer como soldado. Profundamente movido por sua fidelidade, Adina finalmente declara que vai amar Nemorino para sempre. Nemorino está em êxtase. Adina implora a ele para perdoá-la, o que ele faz com um beijo. Belcore retorna para ver Nemorino e Adina em um abraço. Quando Adina explica que ela ama Nemorino, o sargento leva a notícia no tranco, observando que há muitas outras mulheres no mundo. Adina e Nemorino aprendem sobre a herança de seu tio. Dulcamara retorna e se vangloria do sucesso de seu elixir: Nemorino é agora não apenas amado, mas também rico. Ele exulta no impulso que isso trará para as vendas de seu produto. Enquanto ele se prepara para sair, todo mundo faz fila para comprar o elixir e elogia Dulcamara como um grande médico.

A tradução do resumo acima foi feita pelo Google Tradutor e foi ‘emprestado’ da Wikipedia inglesa. Existem diversos sites que oferecem o link do Libretto, basta procurar.

A dupla Luciano Pavarotti e Kathleen Battle está perfeita aqui, com a sempre e correta direção de James Levine, que dirige a Orquestra e o Coral do Metropolitan, principal casa de Ópera de Nova York. Eis o comentário do editor da amazon.com sobre esse CD:
“It would be hard to imagine a better performance of Donizetti’s comic masterpiece. If there was one role that ideally suited Luciano Pavarotti’s voice and stage personality, it was Nemorino, the impoverished and not-very-bright peasant who worships the village’s prettiest and richest young woman from a distance, is swindled by a traveling vendor of “miracle” medicines, but wins her hand by dumb luck. The story has comedy, pathos, and a put-down of Wagner’s Tristan und Isolde (or at least the Tristan story) written long before Wagner composed it.
Kathleen Battle is not only a wonderful singer and convincing actress; as Adina, she is pretty enough to make Nemorino’s infatuation totally credible. Juan Pons struts convincingly as Belcore, Nemorino’s self-important rival, and Enzo Dara is properly spectacular as Dr. Dulcamara, who sells Nemorino the magic potion guaranteed to improve his love life, or at least to get him drunk. The melodies in this opera include some of the best ever written, and James Levine, his extraordinary orchestra, and his wonderful chorus know exactly what to do with them. Everything comes together in this production to make it one of the best opera DVDs available”. –Joe McLellan

Libretto em Italiano

CD 1

01. Preludio
02. Bel conforto al mietitore
03. Quanto e bella, quanto e cara!
04. Benedette queste carte!…Della crudele Isotta
05. Marziale
06. Come Paride vezzoso
07. Una parola, o Adina
08. Chiedi all’aura lusinghiera
09. Che vuol dire codesta suonata
10. Udite, udite, o rustici
11. Ardir! Ha forse il cielo mandato
12. Voglio dire, lo stupendo elisir
13. Caro elisir! sei mio!
14. Lallarallara…Esulti pur la barbara
15. Tran, tran, tran
16. Signor sargente, di voi richiede la vostra gente
17. Adina credimi, te ne scongiuro
18. Andiam, Belcore

CD 2

01. Andiam, Belcore
02. Poiche cantar vi alletta
03. Io son ricco e tu sei bella, Silenzio!…, Le feste
04. La donna e un animale stravagante, Venti scudi!
05. Qua la mano, giovinotto
06. Saria possible
07. Dell ‘elisir mirabile
08. Come sen va contento!
09. Quanto amore! Ed io, spietata!
10. Una tenera occhiatina
11. Una furtiva lagrima
12. Eccola. Oh! qual le accresce belta
13. Prendi, per me sei libero
14. Alto! Fronte!
15. Ei corregge ogni difetto

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE