Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 7/9 – Devocionário Popular aos Santos (Acervo PQPBach)

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Projeto Acervo da Música Brasileira – vol 7/9

Museu da Música de Mariana

As celebrações litúrgicas quotidianas compreendem, além de um Ciclo Temporal, também um Ciclo Santoral, destinado ao louvor das personalidades santificadas pela Igreja. Existe uma hierarquia nas festas dos Santos, encabeçadas pelas da Virgem Maria, que define sua solenidade e posição no calendário. Paralelamente, além das cerimônias estabelecidas pelo Rito Romano, foram comuns, no universo luso-brasileiro, cerimônias paralitúrgicas de louvor aos Santos, promovidas principalmente por irmandades e ordens terceiras, tais como Tríduos, Quinquenas, Setenários, Novenas e Trezenas, que constituem, portanto, cerimônias de  caráter popular, uma vez que não constam nos livros litúrgicos romanos. Para este volume, foram selecionadas composições encontradas em manuscritos do Museu da Música de Mariana que ilustram o devocionário popular a Nossa Senhora, São Francisco de Paula, São Francisco de Assis, Santo Antônio de Pádua, São Caetano e Santa Cecília.

Anônimo séc. XVIII
Trezena de São Francisco de Paula
A Trezena de São Francisco de Paula é uma cerimônia celebrada em treze dias consecutivos, culminando no dia 2 de abril
01. Trezena de São Francisco de Paula – 1. Invitatório – Regem Confessorum
02. Trezena de São Francisco de Paula – 2. Veni Sancte Spiritus – Veni Sancte Spiritus.
03. Trezena de São Francisco de Paula – 3. Hino – Germen o mirum. Andante
04. Trezena de São Francisco de Paula – 4. Antífona – Mihi omnium. Largo
05. Trezena de São Francisco de Paula – 5. Responsório – Si quœris miracula. Moderato
06. Trezena de São Francisco de Paula – 6. Responsório – Cedit mare. Andante
07. Trezena de São Francisco de Paula – 7. Responsório – Quot pereunt. Moderato
08. Trezena de São Francisco de Paula – 8. Responsório – Cedit mare. Andante
09. Trezena de São Francisco de Paula – 9. Responsório – Gloria patri (Sem andamento)
10. Trezena de São Francisco de Paula – 10. Responsório – Cedit mare. Andante

Oração Litânica
11. Oração Litânica – 1. Kyrie. Allegro
12. Oração Litânica – 2. Franciscus triador. Allegro

Trezena de Santo Antônio de Pádua
A Trezena de Santo Antônio de Pádua, como a precedente, é celebrada em treze dias, porém culminando em 13 de junho. Obra singela, sem rebuscamentos, compõe-se apenas de Invitatório e Responsório, aos quais se somariam certamente trechos de cantochão ou de música tradicional.
13. Trezena de Santo Antônio de Pádua – 1. Invitatório – Regem Dominum. Andante
14. Trezena de Santo Antônio de Pádua – 2. Responsório – Si quœris miracula.
15. Trezena de Santo Antônio de Pádua – 3. Responsório – Cedunt mare. Allegro
16. Trezena de Santo Antônio de Pádua – 4. Responsório – Pereunt pericula. Moderato
17. Trezena de Santo Antônio de Pádua – 5. Responsório – Cedunt mare. Allegro
18. Trezena de Santo Antônio de Pádua – 6. Responsório – Gloria Patri. Andante
19. Trezena de Santo Antônio de Pádua – 7. Responsório – Cedunt mare. Allegro

 Anônimo, séc. XVIII e Pe. João de Deus de Castro Lobo (Vila Rica, 1794 – Mariana, 1832)
Novena de São Francisco de Assis
Celebrada nos nove dias que antecedem o dia 4 de outubro, esta Novena, da maneira como está apresentada nesta gravação, não foi composta por um único autor. Trata-se, provavelmente, da reunião, em um mesmo manuscrito, de peças isoladas ou de unidades funcionais extraídas de obras diversas, procedimento não incomum em muitas fontes que transmitem esse repertório.

Anônimo, séc. XVIII
20. Novena de São Francisco de Assis – 1. Veni Sancte Spiritus. Andante assai
21. Novena de São Francisco de Assis – 2. Deus in adjutorium – Deus in adjuntorium. Domine, ad adjuvandum. Cantochão. Allegro
22. Novena de São Francisco de Assis – 3. Gloria Patri – Gloria Patri. Sicut erat. Largo.
23. Novena de São Francisco de Assis – 4. Hino – Iste Confessor. Amen. Allegro. Allegro
24. Novena de São Francisco de Assis – 5. Antífona I – Salve, Sancte Pater. Andante
25. Novena de São Francisco de Assis – 6. Antífona II – Salve, Sancte Pater. Andantino
26. Novena de São Francisco de Assis – 7. Antífona III – Salve, Sancte Pater. Largo assai

Pe. João de Deus de Castro Lobo (Vila Rica, 1794 – Mariana, 1832)
Plorans ploravit
Toques mixolídios e insistentes pedais harmônicos marcam esta breve peça. Extraído de Jeremias, Lamentação 1, 1-2, o Profeta lastima a sorte de Jerusalém, retratando-a como uma viúva em prantos.
27. Plorans ploravit – Moderato

Miguel Teodoro Ferreira (Caeté, 1788 – 1818)
Responsório de São Caetano
O texto latino deste Responsório exalta o poder de cura atribuído a São Caetano, tanto das enfermidades do corpo quanto da mente e da alma, fazendo referência a Nápoles, onde o Santo passou os quatro últimos anos de sua vida. A festa em seu nome é celebrada em 7 de agosto, inclusive com Novena, para o qual deve ter sido escrito este Responsório.
28. Responsório de São Caetano – 1. Si quœris beneficia. (Sem andamento)
29. Responsório de São Caetano – 2. Arœquœ flore. Allegro
30. Responsório de São Caetano – 3. Scit ista gens. Andante
31. Responsório de São Caetano – 4. Arœquœ flore. Allegro
32. Responsório de São Caetano – 5. Gloria Patri. (Sem andamento)
33. Responsório de São Caetano – 6. Arœquœ flore. Allegro

Anônimo séc. XVIII
Responsório de Santo Antônio de Pádua
As síncopas e a harmonia, sempre no campo de Ré maior, favorecem a manifestação expansiva de afeto e alegria, tão características dos festejos populares.
34. Responsório de Santo Antônio de Pádua – 1. Si quœris miracula. Largo
35. Responsório de Santo Antônio de Pádua – 2. Cedunt mare. Allegro
36. Responsório de Santo Antônio de Pádua – 3. Pereunt pericula. Andante
37. Responsório de Santo Antônio de Pádua – 4. Cedunt mare. Allegro
38. Responsório de Santo Antônio de Pádua – 5. Gloria Patri. Andante moderato
39. Responsório de Santo Antônio de Pádua – 6. Cedunt mare. Allegro

Emílio Soares de Gouveia Horta Júnior (Séc. XIX)
Hino a Santa Cecília
Este Hino, dedicado à festividade de Santa Cecília (22 de novembro), apresenta características bastante semelhantes à Ária do Pregador Maria Mater Gratiæ, do mesmo autor, sendo igualmente um claro exemplo de influência da ópera italiana no gosto musical brasileiro do século XIX. (extraído do encarte)
40. Hino a Santa Cecília – 1. Jesu corona. Qui pergis. Allegro. Cantabile
41. Hino a Santa Cecília – 2. Te deprecamur. Allegro moderato

Grupo Arcade da UFMG e músicos convidados
Maestro Rafael Grimaldi
Museu da Música de Mariana – 2003
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. VII – Devocionário Popular aos Santos

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Avicenna

Béla Bártok (1881-1945): Os Três Concertos para Piano

Béla Bártok (1881-1945): Os Três Concertos para Piano

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um disco arrebatador: música do mais alto nível em notável interpretação! Este disco mais parece um sonho de tão bom. Só encontra rival no campeão deste extraordinário repertório. Era de se prever: os húngaros entendem melhor Bartók do que os outros… Esta é uma gravação em 1996 de András Schiff e da Orquestra do Festival de Budapeste, liderada por Ivan Fischer. O time toca um Bartók elegante e majestoso. Schiff está excelente e o som da orquestra chega cheio e reverberante. E Schiff reclama: “O Segundo Concerto é provavelmente a peça mais difícil que já toquei. Geralmente acabo com o teclado sujo de sangue, machuco os dedos”. E, bem, falar destes três concertos é bobagem. Talvez seja o que de melhor tivemos no século XX. Para ouvir este disco e aquele que está no link acima, basta apertar os cintos e viajar. Você estará num passeio surpreendente e feliz.

Béla Bártok (1881-1945): Os Três Concertos para Piano

Piano Concerto No. 1, Sz 83
01. Allegro moderato. Allegro
02. Andante
03. Allegro. Allegro molto

Piano Concerto No. 2, Sz 95
04. Allegro
05. Adagio. Presto. Adagio
06. Allegro molto

Piano Concerto No. 3, Sz 119
07. Allegretto
08. Adagio religioso
09. [Allegro vivace]

Budapest Festival Orchestra
Iván Fischer, regente
András Schiff piano

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Béla Bartók
Béla Bartók

Carlinus

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 6/9 – Quinta-Feira Santa (Acervo PQPBach)

1z1him8Quinta-Feira Santa

Conjunto Calíope & Orquestra Santa Tereza
Julio Moretzsohn, regente

Museu da Música de Mariana

Projeto Acervo da Música Brasileira

Para esta postagem foram selecionados manuscritos do Museu da Música de Mariana com composições para as Matinas; para o Salmo 50 (Miserere) cantado nas Laudes; para o Gradual e Ofertório da Missa e para a Procissão do Santíssimo Sacramento.

Jerônimo de Souza Queiróz (V. Rica, sec. XVIII – 1826?)
01. Matinas de Quinta-Feira Santa – 1. Antífona – Zelus domus. Andante
02. Matinas de Quinta-Feira Santa – 2. Lição I – Incipit Lamentatio… Aleph. Andante moderato
03. Matinas de Quinta-Feira Santa – 3. Responsório I – In monti Oliveti. Andante
04. Matinas de Quinta-Feira Santa – 4. Responsório I – Spiritus quidem. Allegro
05. Matinas de Quinta-Feira Santa – 5. Responsório I – Vigilate. Adaggio
06. Matinas de Quinta-Feira Santa – 6. Responsório I – Spiritus quidem. Allegro
07. Matinas de Quinta-Feira Santa – 7. Responsório II – Tristis est. Moderato
08. Matinas de Quinta-Feira Santa – 8. Responsório II – Vos fugam. Allegro
09. Matinas de Quinta-Feira Santa – 9. Responsório II – Ecce appropinquat. Adagio
10. Matinas de Quinta-Feira Santa – 10. Responsório II – Vos fugam. Allegro
11. Matinas de Quinta-Feira Santa – 11. Responsório III – Ecce vidimus. Andante
12. Matinas de Quinta-Feira Santa – 12. Responsório III – Cujus livore. Allegro
13. Matinas de Quinta-Feira Santa – 13. Responsório III – Vere languores. Adagio
14. Matinas de Quinta-Feira Santa – 14. Responsório III – Cujus livore. Allegro
15. Matinas de Quinta-Feira Santa – 15. Responsório III – Ecce vidimus. Andante
16. Matinas de Quinta-Feira Santa – 16. Responsório III – Cujus livore. Allegro
17. Matinas de Quinta-Feira Santa – 17. Lição IV – Ex Tractatu… Exaudi, Deus. Cantochão. Moderato. Adagio. Tempo I
18. Matinas de Quinta-Feira Santa – 18. Responsório IV – Amicus meus. Andante
19. Matinas de Quinta-Feira Santa – 19. Responsório IV – Infelix. Allegro
20. Matinas de Quinta-Feira Santa – 20. Responsório IV – Bonum. Adagio
21. Matinas de Quinta-Feira Santa – 21. Responsório IV – Infelix. Allegro
22. Matinas de Quinta-Feira Santa – 22. Responsório V – Judas mercator. Adagio
23. Matinas de Quinta-Feira Santa – 23. Responsório V – Denariorum. Allegro
24. Matinas de Quinta-Feira Santa – 24. Responsório V – Melius. Adagio
25. Matinas de Quinta-Feira Santa – 25. Responsório V – Denariorum. Allegro
26. Matinas de Quinta-Feira Santa – 26. Responsório VI – Unus. Adagio
27. Matinas de Quinta-Feira Santa – 27. Responsório VI – Melius. Allegro
28. Matinas de Quinta-Feira Santa – 28. Responsório VI – Qui intingit. Adagio
29. Matinas de Quinta-Feira Santa – 29. Responsório VI – Melius. Allegro
30. Matinas de Quinta-Feira Santa – 30. Responsório VI – Unus. Adagio
31. Matinas de Quinta-Feira Santa – 31. Responsório VI – Melius. Allegro
32. Matinas de Quinta-Feira Santa – 32. Lição VII – De Epistola… Hoc autem. Cantochão. Moderato
33. Matinas de Quinta-Feira Santa – 33. Responsório VII – Eram quase. Andante
34. Matinas de Quinta-Feira Santa – 34. Responsório VII – Venite. Allegro
35. Matinas de Quinta-Feira Santa – 35. Responsório VII – Omnis. Moderato
36. Matinas de Quinta-Feira Santa – 36. Responsório VII – Venite. Allegro
37. Matinas de Quinta-Feira Santa – 37. Responsório VIII – Una hora. Largheto. Allegro. Adagio. Allegro
38. Matinas de Quinta-Feira Santa – 38. Responsório VIII – Vel Judam. Allegro
39. Matinas de Quinta-Feira Santa – 39. Responsório VIII – Quid dormitis. Adagio
40. Matinas de Quinta-Feira Santa – 40. Responsório VIII – Vel Judam. Allegro
41. Matinas de Quinta-Feira Santa – 41. Responsório IX – Seniores populi. Adagio
42. Matinas de Quinta-Feira Santa – 42. Responsório IX – Ut Jesum. Allegro
43. Matinas de Quinta-Feira Santa – 43. Responsório IX – Collegerunt. Adagio
44. Matinas de Quinta-Feira Santa – 44. Responsório IX – Ut Jesum. Allegro
45. Matinas de Quinta-Feira Santa – 45. Responsório IX – Seniores populi. Adagio
46. Matinas de Quinta-Feira Santa – 46. Responsório IX – Ut Jesum. Allegro
Anônimo (Séc. XVIII)
47. Miserere (Salmo 50) – 1. Miserere mei, Deus. Et secundum. Amplius. Quoniam. Tibi soli. Andante
48. Miserere (Salmo 50) – 2. Ecce enim in iniquitatibus. Ecce enim veritatem. Asperges. Auditui. Averte. Cantochão
49. Miserere (Salmo 50) – 3. Cor mundum. Ne projicias. Redde mihi. Docebo. Andante
50. Miserere (Salmo 50) – 4. Lebera me. Domine. Quoniam si. Cantochão
51. Miserere (Salmo 50) – 5. Sacrificium Deo. Benigne fac. Tunc acceptabis. Andante
Anônimo (Séc. XVIII)
52. Gradual e Ofertório de Quinta-feira Santa em Fá – 1. Gradual – Christus factus est. Propter quod. Andante
53. Gradual e Ofertório de Quinta-feira Santa em Fá – 2. Ofertório – Dextera Domini. Andante
54. Gradual e Ofertório de Quinta-feira Santa em Ré – 1. Gradual – Christus factus est. Andante
55. Gradual e Ofertório de Quinta-feira Santa em Ré – 2. Ofertório – Dextera Domini. Comodo
Bento Pereira (de Magalhães?) (Séc. XVIII)
56. Pange  lingua – 1. Pange lingua (sem andamento)
57. Pange  lingua – 2. Nobis datus (sem andamento)
58. Pange  lingua – 3. In supremæ (sem andamento)
59. Pange  lingua – 4. Verbum caro (sem andamento)
60. Pange  lingua – 5. Tantum ergo (sem andamento)
61. Pange  lingua – 6. Genitori, Genitoque (sem andamento)

Palhinha: ouça 02. Matinas de Quinta-Feira Santa – 2. Lição I – Incipit Lamentatio… Aleph.

Conjunto Calíope & Orquestra Santa Tereza
Julio Moretzsohn, regente
Museu da Música de Mariana
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. VI – Quinta-Feira Santa – 2003
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Avicenna

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 5/9 – Natal (Acervo PQPBach)

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Brasilessentia & Orquestra de Câmara Engenho Barroco.
Maestro Vitor Gabriel

Museu da Música de Mariana

Projeto Acervo da Música Brasileira

O ano litúrgico, na tradição cristã, foi dividido em vários períodos, para orientar o caráter das celebrações religiosas, mantendo-se, em tal divisão, algumas heranças judaicas e romanas pré-cristãs.

A fórmula adotada no rito tridentino prevê, para o período de doze meses, dois grandes ciclos: o do Natal e o da Páscoa. O Ciclo do Natal, que celebra o mistério da encarnação, corresponde, aproximadamente, ao inverno do hemisfério norte, sendo calculados os seus tempos em relação ao dia da semana em que figura a Natividade ou dia de Natal (25 de dezembro). Nessa ocasião, eram normalmente celebrados os Ofícios Divinos (principalmente as Vésperas, Matinas e Laudes) e as tres Missas (da noite, da aurora e do dia), cerimônias mais comuns em igrejas regulares e diocesanas (especialmente catedrais) que em capelas de irmandades ou ordens terceiras. Além dessas funções, também foi comum a inserção, nas Missas, de um solo ou Moteto ao Pregador, gênero paralitúrgico bastante utilizado no Brasil durante os séculos XVIII e XIX.

Para este volume foram selecionadas duas composições especificamente escritas para o Natal (Matinas e Solo ao Pregador), além de um Te Deum sem especificação cerimonial, mas que também poderia ser utilizado como Responsório IX das Matinas. (extraído do encarte e do livro de partituras)

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. V – Natal
Anônimo Mineiro séc XVIII
01. Matinas do Natal – 1. Invitatório – Christus natus est/venite, adoremus
02. Matinas do Natal – 2. Responsório I – Hodie nobis cœlorum
03. Matinas do Natal – 3. Responsório I – Gaudet exercitus – Allegro
04. Matinas do Natal – 4. Responsório I – Gloria in excelsis
05. Matinas do Natal – 5. Responsório I – Gaudet exercitus – Allegro
06. Matinas do Natal – 6. Responsório I – Gloria Patri – Cantochão
07. Matinas do Natal – 7. Responsório I – Hodie nobis cœlorum
08. Matinas do Natal – 8. Responsório I – Gaudet exercitus – Allegro
09. Matinas do Natal – 9. Responsório II – Hodie nobis de cœlo – Allegro
10. Matinas do Natal – 10. Responsório II – Hodie per totum – Allegro
11. Matinas do Natal – 11. Responsório II – Hodie illuxit
12. Matinas do Natal – 12. Responsório II – Hodie per totum – Allegro
13. Matinas do Natal – 13. Responsório III – Quem vidistis – Allegro
14. Matinas do Natal – 14. Responsório III – Natum vidimus – Allegro
15. Matinas do Natal – 15. Responsório III – Dicite, quidnam
16. Matinas do Natal – 16. Responsório III – Natum vidimus – Allegro
17. Matinas do Natal – 17. Responsório III – Gloria Patri – Cantochão
18. Matinas do Natal – 18. Responsório III – Natum vidimus – Allegro
19. Matinas do Natal – 19. Responsório IV – O magnum – Allegro
20. Matinas do Natal – 20. Responsório IV – Beata Virgo – Allegro
21. Matinas do Natal – 21. Responsório IV – Ave, Maria
22. Matinas do Natal – 22. Responsório IV – Beata Virgo – Allegro
23. Matinas do Natal – 23. Responsório V – Beata Dei – Allegro
24. Matinas do Natal – 24. Responsório V – Hodie geniut – Allegro
25. Matinas do Natal – 25. Responsório V – Beata, quæ credidit
26. Matinas do Natal – 26. Responsório V – Hodie geniut – Allegro
27. Matinas do Natal – 27. Responsório VI – Sancta et immaculata – Allegro
28. Matinas do Natal – 28. Responsório VI – Quia quem – Allegro
29. Matinas do Natal – 29. Responsório VI – Benedicta
30. Matinas do Natal – 30. Responsório VI – Quia quem – Allegro
31. Matinas do Natal – 31. Responsório VI – Gloria Patri – Cantochão
32. Matinas do Natal – 32. Responsório VI – Quia quem – Allegro
33. Matinas do Natal – 33. Responsório VII – Beata viscera – Allegro
34. Matinas do Natal – 34. Responsório VII – Qui hodie – Allegro
35. Matinas do Natal – 35. Responsório VII – Dies santificatus
36. Matinas do Natal – 36. Responsório VII – Qui hodie – Allegro
Francisco da Luz Pinto (c.1798-1865)
37. Te Deum – 1. Te Deum/Te Dominum – Cantochão. Allegro maestoso
38. Te Deum – 2. Te æternum Patrem – Cantochão
39. Te Deum – 3. Tibi omnes – Larghetto
40. Te Deum – 4. Tibi Cherubim – Cantochão
41. Te Deum – 5. Sanctus – Allegro non molto
42. Te Deum – 6. Pleni sunt – Cantochão
43. Te Deum – 7. Te gloriosis – Allegro
44. Te Deum – 8. Te Prophetarum – Allegro maestoso
45. Te Deum – 9. Te Martyrum – Allegro maestoso
46. Te Deum – 10. Te per orbem – Cantochão
47. Te Deum – 11. Patrem immensæ – Allegro
48. Te Deum – 12. Venerandum tuum verum – Cantochão
49. Te Deum – 13. Sanctum quoque – Andante
50. Te Deum – 14. Tu Rex gloræ – Cantochão
51. Te Deum – 15. Tu Patris – Allegro brillante
52. Te Deum – 16. Tu ad liberandum – Cantochão
53. Te Deum – 17. Tu devicto – Andante un poco sostenuto
54. Te Deum – 18. Aperuisti credentibus – Allegro
55. Te Deum – 19. Tu ad dexteram – Cantochão
56. Te Deum – 20. Judex crederis – Allegro maestoso
57. Te Deum – 21 Te ergo – Larghetto
58. Te Deum – 22. Æterna fac – Cantochão
59. Te Deum – 23. Salvum fac – Allegro moderato
60. Te Deum – 24. Et rege eos – Cantochão
61. Te Deum – 25 Per singulos dies – Allegro non molto
62. Te Deum – 26. Et laudamus – Cantochão
63. Te Deum – 27. Dignare Domine – Allegro
64. Te Deum – 28. Misere nostri – Cantochão
65. Te Deum – 29 Fiat misericordia – Larghetto
66. Te Deum – 30. In te, Domine – Alegro
C. G. de Moura
67. Hodie Christus natus est (Solo ao Pregador) – 1. Hodie Christus natus – Larghetto maestoso
68. Hodie Christus natus est (Solo ao Pregador) – 2. Hodie Christus natus – Allegretto

Brasilessentia & Orquestra de Câmara Engenho Barroco
Vitor Gabriel, regente
Museu da Música de Mariana – 2002
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. V – Natal

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Avicenna

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Suíte Inglesa No.2 BWV 807, Toccata BWV 912, Abertura Francesa BWV 831 (Avdeeva)

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Suíte Inglesa No.2 BWV 807, Toccata BWV 912, Abertura Francesa BWV 831 (Avdeeva)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

A moscovita Yulianna Avdeeva (1985) ganhou fama internacional ao vencer em 2010 o primeiro prêmio da 16ª edição do Concurso Chopin em Varsóvia. Quem já ganhou este prêmio? Ora, Maurizio Pollini, Martha Argerich, Bella Davidovich, Krystian Zimerman… Curiosamente, às vezes o juri desta competição pensa que ninguém merece o primeiro prêmio e dá os prêmios apenas a partir do segundo lugar. Tudo para que o Concurso Chopin tenha seu prestígio preservado. Ela estudou com Konstantin Scherbakov, mas isto não interessa agora. Interessa é dizer que ela faz seu piano cantar como poucas vezes ouvi. Este disco é excelente. Sua versão da Suíte Inglesa #2 demonstra que Avdeeva tem voz própria e grande personalidade. Ela faz tudo com originalidade. Já a Toccata e a Abertura em Estilo Francês nos chegam como verdadeiras pérolas.

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Suíte Inglesa No.2 BWV 807, Toccata BWV 912, Abertura Francesa BWV 831

1 English Suite No. 2 in A Minor, BWV 807: I. Prélude 5:00
2 English Suite No. 2 in A Minor, BWV 807: II. Allemande 3:37
3 English Suite No. 2 in A Minor, BWV 807: III. Courante 1:38
4 English Suite No. 2 in A Minor, BWV 807: IV. Sarabande 3:30
5 English Suite No. 2 in A Minor, BWV 807: V. Bourrée I/II 4:15
6 English Suite No. 2 in A Minor, BWV 807: VI. Gigue 3:33

7 Toccata in D Major, BWV 912 10:30

8 Overture in the French Style in B Minor, BWV 831: I. Ouverture 12:35
9 Overture in the French Style in B Minor, BWV 831: II. Courante 2:14
10 Overture in the French Style in B Minor, BWV 831: III. Gavotte I/II 3:22
11 Overture in the French Style in B Minor, BWV 831: IV. Passepied I/II 2:27
12 Overture in the French Style in B Minor, BWV 831: VI. Sarabande 3:35
13 Overture in the French Style in B Minor, BWV 831: VI. Bourrée I/II 2:29
14 Overture in the French Style in B Minor, BWV 831: VII. Gigue 2:28
15 Overture In The French Style In B Minor, Bwv 831: VIII. Echo 3:01

Yulianna Avdeeva, piano

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Yulianna Avdeeva, um espanto só
Yulianna Avdeeva, um espanto só

PQP

.:interlúdio:. Libertango – Astor Piazzolla

.:interlúdio:. Libertango – Astor Piazzolla

Libertango foi gravado na Itália em 1974 com excelentes arranjos e intérpretes em torno do mestre. É uma suíte – assim como foi no princípio, para todo o sempre, desde o Pai João Sebastião de Eisenach, que também gostava de suítes. Libertango, Tristango, Undertango… Um trem bala de emoções, ou talvez um Expresso do Oriente – para ser mais clássico, com rosas e navalhas; pois que a música do mestre argentino talvez pudesse ser representada numa flor com pétalas de gillettes. Acho que furei o vinil desta gravação há umas três décadas atrás e por falar em vinil, falemos a boca pequena como as remasterizações costumam ser mal vindas, pois que os técnicos dos artefatos sonoros não são artistas, apenas cientistas e não fazem ideia que existem faces e interfaces em uma gravação. Existem solistas e acompanhadores e no seu ‘nobre’ esforço por ressaltar todos os matizes dos antigos registros, acabam por impor a cozinha à frente da sala. Dissecam as gravações e os mergulham em alguma mistura daquelas que o Heródoto em sua História nos aponta como a receita ideal para ser fazer múmias. Depois penduram os sons em algum varal no terraço de algum laboratório por uns dias e recolhem para colar tudo, nivelando com precisão geométrica as alturas. O resultado é que se ouvem mais os acompanhadores que os solistas e é uma bosta. Mas fazer o que… Sempre pagamos algum preço nesta vida.

25s283mMas a qualidade soberba do material não se discute. Sobre o tema que intitula o disco, é um dos mais reciclados do mestre, por ele mesmo e por uma infinidade de artistas. Já se comentou que se referiria á liberdade composicional do seu Tango Nuevo e quando estive em Buenos Aires numa formidável casa de espetáculos na qual até os cavalos dançavam tango – é sério! Serviram o tema com uma coreografia de caráter sexual, o que não me parece ter nada a ver, embora certamente Astor nada tivesse contra isso. Mas me parece que Libertango se referiria à sua sensação de liberdade ao se instalar nos EUA e lá dar curso às suas inovações sem o enchimento de saco dos conservadores da Argentina. Sabe-se que ele e sua família chegaram a sofrer ameaças e que ele mesmo foi atacado durante um ensaio, porém, homem precavido, armara-se de um sifão de metal e o estrago foi apreciável. Em uma entrevista ele ressalta a importância do músico fazer karatê e estar preparado a literalmente lutar por sua música – concordo inteiramente.

Sobre Astor comentamos à farta nas postagens anteriores, assim, pedindo socorro à poesia, trago aqui um dos meus poemas preferidos do formidável Ferreira Gullar. Me parece que neste arranjo de palavras estaria inscrito algo do sentido e intensidade e beleza deste disco, mas não pontifico sobre nada:

Pela rua

Sem qualquer esperança
detenho-me diante de uma vitrina de bolsas
na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, domingo,
enquanto o crepúsculo se desata sobre o bairro.
Sem qualquer esperança
te espero.
Na multidão que vai e vem
entra e sai dos bares e cinemas
surge teu rosto e some
num vislumbre
e o coração dispara.
Te vejo no restaurante
na fila do cinema, de azul
diriges um automóvel, a pé
cruzas a rua
miragem
que finalmente se desintegra com a tarde acima dos edifícios
e se esvai nas nuvens.
A cidade é grande
tem quatro milhões de habitantes e tu és uma só.
Em algum lugar estás a esta hora, parada ou andando,
talvez na rua ao lado, talvez na praia
talvez converses num bar distante
ou no terraço desse edifício em frente,
talvez estejas vindo ao meu encontro, sem o saberes,
misturada às pessoas que vejo ao longo da Avenida.
Mas que esperança! Tenho
uma chance em quatro milhões.
Ah, se ao menos fosses mil
disseminada pela cidade.
A noite se ergue comercial
nas constelações da Avenida.
Sem qualquer esperança
continuo
e meu coração vai repetindo teu nome
abafado pelo barulho dos motores
solto ao fumo da gasolina queimada.

Toda Poesia 1950 – 1980 – Ferreira Gullar
Editora Civilização Brasileira – 2ª edição 1981

2469gr7

(…) Uma das faixas é o seu maior sucesso de público, Adios Nonino, tema pelo qual homenageou seu pai Dom Nonino. A quem devemos muito, como foi contado em postagens anteriores. Boa sorte a todos que aqui entrais – o que poderia estar escrito nos portais da música de Piazzolla, se acaso fosse alguma espécie de Inferno de dantescas maravilhas.

Libertango – Astor Piazzolla

  1. Libertango
  2. Meditango
  3. Undertango
  4. Adiós Nonino
  5. Violentango
  6. Novitango
  7. Amelitango
  8. Tristango

Bandoneon – Astor Piazzolla
Bass Guitar [E-BassGui] – Giuseppe Prestipino
Cello [1.Cello] – Paolo Salvi (tracks: 1)
Drums [Schlagzeug], Percussion [Perkussion] – Tullio De Piscopo
Flute [Baßflöte] – Gianni Bedori, Marlene Kessik
Flute [Flöten] – Gianni Baiocco, Hugo Heredia
Guitar [Gitarre] – Filippo Daccò
Marimba – Gianni Zilioli
Organ [Hammond C3] – Felice Da Vià, Gianni Zilioli
Piano – Felice Da Vià
Timpani, Percussion [Perkussion] – Andrea Poggi
Viola [1.Bratsche] – Elsa Parravicini
Violin [1.Geige] – Umberto Benedetti Michelangeli

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Wellbach

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 4/9 – Conceição e Assunção de Nossa Senhora (Acervo PQPBach)

34tan1tProjeto Acervo da Música Brasileira
Vol. IV – Conceição e Assunção de Nossa Senhora

Um excelente texto do Museu da Música de Mariana sobre o Dogma da Assunção! Aqui

Este é o 4º CD de uma série de 9 do Projeto Acervo da Música Brasileira – Restauração e Difusão de Partituras, uma das mais completas e arrojadas iniciativas de recuperação, preservação e divulgação do patrimônio musical do país. Obras preciosas da música religiosa brasileira dos séculos XVII a XX, antes restritas ao espaço do Museu da Música de Mariana foram reconstituídas, reorganizadas, editadas e oferecidas ao grande público na forma de concertos, CDs e livros de partituras, também acessíveis pela Internet. (http://www.mmmariana.com.br)

Pela profundidade, abrangência e volume de ações e recursos envolvidos, o projeto alcançou proporções inéditas no país. O Museu da Música de Mariana é um dos mais importantes acervos latino-americanos de música religiosa manuscrita, com mais de duas mil partituras. Muitas delas foram salvas pelo trabalho de restauração, já que estavam em estado precário de preservação. Foi recuperada a estrutura original das partituras tal como concebidas por seus autores.

O projeto envolveu 150 profissionais, com destaque para a equipe de musicólogos recrutada entre os melhores do país. A reorganização e nova catalogação foram realizadas com uma metodologia desenvolvida no final da década de 90 e pela primeira vez aplicada, em sua total potencialidade, em um acervo brasileiro do gênero. O modelo de inventário adotado já se qualifica como referência latino-americana na área de acervos de manuscritos musicais.

Ao cabo de 4 anos, de 2001 a 2003, foram produzidos 9 CDs de músicas sacras dos séculos XVIII e XIX, cantadas nas igrejas brasileiras durante as celebrações litúrgicas da época. Todos os 9 CDs apresentam músicas inéditas, foram produzidos e distribuidos somente 1.000 exemplares de cada. Hoje é considerada uma coleção rara e está esgotada! Este 4º CD é dedicado à Conceição e Assunção de Nossa Senhora.

Em Portugal, o culto à Assunção já era comum na Idade Média mas, após a vitória contra os castelhanos na Batalha de Aljubarrota, em 15 de agosto de 1385, D. João I determinou que todas as catedrais do reino fossem consagradas à Nossa Senhora da Assunção, tradição que se estendeu também ao Brasil.

O culto à Conceição foi oficialmente instituído no reino de Portugal e suas conquistas por D. joão IV em 25 de março de 1646 e representa, desde o século XVII, a mais popular das festas marianas celebradas no Brasil. Minas Gerais é, por excelência, a terra de Nossa Senhora da Conceição, não havendo uma só matriz, capela filial de outras invocações ou ermida sem um altar ou imagem de Maria Imaculada.

Nos séculos XVIII e XIX, eram principalmente musicadas, nas celebrações brasileiras da Conceição e da Assunção, as Matinas, as Vésperas e a Missa, mas também foi comum a prática de gêneros paralitúrgicos, como as Novenas e a música ao Pregador (em forma de ária ou solo ou moteto coral).  O Museu da Música de Mariana reune dezenas de obras para tais ocasiões, nove delas selecionadas para esta gravação. (resumo do encarte e do livro de partitura)

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. IV – Conceição e Assunção de Nossa Senhora
Anônimo (Séc. XVIII)
01. Novena de Nossa Senhora da Conceição – 1. Invitatório – Conceptionem Virginis Mariæ (Sem andamento)
02. Novena de Nossa Senhora da Conceição – 2. Invitatório – Deus in adjutorium (Sem andamento)
03. Novena de Nossa Senhora da Conceição – 3. Invitatório – Veni Sancte Spiritus. Largo
04. Novena de Nossa Senhora da Conceição – 4. Jaculatória – Virgem sagrada (Sem andamento)
05. Novena de Nossa Senhora da Conceição – 5. Hino – Lux ecce. Choris triumphat. Andante. Largo
06. Novena de Nossa Senhora da Conceição – 6. Conceptio tua Dei Genitrix – Conceptio tua Dei Genitrix. Largo
07. Novena de Nossa Senhora da Conceição – 7. Antífona – Tota pulchra es, Maria. Largo
08. Invitatório e Jaculatória da Novena de Nossa Senhora da Conceição 1. Invitatório – Conceptionem Virginis Mariæ. (Sem andamento)
09. Invitatório e Jaculatória da Novena de Nossa Senhora da Conceição 2. Jaculatória – Virgem sagrada. Moderato
10. Novena de Nossa Senhora da Assunção – 1. Invitatório – Venite, adoremus. Cujus hodie. Largo. Andante
11. Novena de Nossa Senhora da Assunção – 2. Deus in adjutorium – Deus in adjutorium. Gloria Patri. Andante assai
12. Novena de Nossa Senhora da Assunção – 3. Sicut erat – Sicut erat. Allegro
13. Novena de Nossa Senhora da Assunção – 4. Hino – Ave maris stella. Andante
14. Novena de Nossa Senhora da Assunção – 5. Antífona – Exaltata est. Largo
15. Tota pulchra es, Maria
16. Sicut cedrus – 1. Sicut cedrus – Sicut cedrus. Andante
17. Sicut cedrus – 2. Sicut cedrus – Dedi suavitatem. Allegro
18. Sicut cedrus – 3. Sicut cedrus – Et sicut cinnamomum. Andante
19. Sicut cedrus – 4. Sicut cedrus – Dedi suavitatem. Allegro
20. Beatam me dicent – 1. Beatam me dicent. Andante
21. Beatam me dicent – 2. Quia fecit. Allegro molto
22. Beatam me dicent – 3. Gloria Patri. Moderato
23. Beatam me dicent – 4. Quia fecit. Allegro molto
24. Ofertório de Nossa Senhora da Assunção – Assumpta est Maria. Comodo
Francisco Manuel da Silva (1795-1865)
25. Ladainha em Sol – 1. Kyrie eleison. Christie eleison. Andante
26. Ladainha em Sol – 2. Kyrie eleison. Christie eleison. Christie exaudi nos. Cantochão
27. Ladainha em Sol – 3. Pater de cœlis. Andante
28. Ladainha em Sol – 4. Fili Redemptor. Cantochão
29. Ladainha em Sol – 5. Spiritus Sancte. Andante
30. Ladainha em Sol – 6. Sancta Trinitas. Cantochão
31. Ladainha em Sol – 7. Sancta Maria. Un poco adagio
32. Ladainha em Sol – 8. Sancta Dei Genitrix. Cantochão
33. Ladainha em Sol – 9. Sancta virgo. Allegro
34. Ladainha em Sol – 10. Mater Christi. Cantochão
35. Ladainha em Sol – 11. Mater divinæ. Allegro
36. Ladainha em Sol – 12. Mater purissima. Cantochão
37. Ladainha em Sol – 13. Mater castissima. Allegro comodo
38. Ladainha em Sol – 14. Mater inviolata. Cantochão
39. Ladainha em Sol – 15. Agnus Dei I. Un poco sostenuto
40. Ladainha em Sol – 16. Agnus Dei II. Cantochão
41. Ladainha em Sol – 17. Agnus Dei III. Un poco sostenuto
Emílio Soares de Gouveia Horta Júnior (séc. XIX)
42. Maria, Mater gratiæ (Ária ao Pregador) – 1. Maria, Mater gratiæ. Vivo
43. Maria, Mater gratiæ (Ária ao Pregador) – 2. Maria, Mater gratiæ. Allegro moderato

Ars Nova Coral da UFMG e músicos convidados
Maestro Carlos Alberto Pinto Fonseca (1933-2006)
Museu da Música de Mariana – 2002
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. IV – Conceição e Assunção de Nossa Senhora

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Boa audição!

de insunuações

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 3/9 – Sábado Santo (Acervo PQPBach)

2rokyzd Projeto Acervo da Música Brasileira
Vol. III – Sábado Santo

Último dia da Quaresma e do Tríduo Pascal, o Sabbato Sancto possui cerimônias nitidamente estruturadas em torno de dois climas distintos: primeiramente, o caráter penitencial do Tempo da Paixão, especialmente da Semana Santa; a partir do Gloria da Missa, entretanto, cessam todas as manifestações de pesar e soam os sinos, que estavam em silêncio desde o Gloria da Missa de Quinta-feira Santa, iniciando-se a jubilosa solenidade preparatória da Páscoa, que celebra a Ressurreição. Como depois do Gloria canta-se o Alleluia, que não era pronunciado desde o início da Quaresma, este Sábado também é conhecido como de Aleluia.

A liturgia tridentina previa para esse dia, especialmente nas catedrais, o canto dos Ofícios Divinos, iniciando-se com as Matinas e Laudes (conjuntamente denominado Ofício de Trevas) e celebrando-se, depois da Nona e antes das Completas, um complexo cerimonial em torno da Missa e das Vésperas, iniciado pela Procissão do Fogo Novo.

Este volume está constituído de composições para as principais partes corais das Matinas, do Próprio da Missa (incluindo as cerimônias a ela anexas) e das Vésperas do Sábado Santo, com base em manuscritos musicais do Museu da Música de Mariana. (adaptado do encarte)

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita é por muitos considerado o mais eminente dos compositores da “Escola Mineira”; cópias de suas obras foram conservadas em quase todos os arquivos musicais de Minas Gerais e de outros estados. Há inclusive registros do uso regular de algumas de suas obras em ofícios religiosos nas cidades de São João Del Rey e Prados. É patrono da cadeira nº 4 da Academia Brasileira de Música. Todas as obras conhecidas de Lobo de Mesquita são essencialmente vocais (solos ou coro), religiosas e em grande parte com acompanhamento orquestral.
(http://www.abmusica.org.br/patr04.htm)

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
1. Matinas do Sábado Santo – 1. Primeiro Noturno – In pace in idipsum (Antífona I)
2. Matinas do Sábado Santo – 2. Primeiro Noturno – De Lamentatione Jeremiæ (Lição I)
3. Matinas do Sábado Santo – 3. Primeiro Noturno – Sicut ovis (Responsório I)
4. Matinas do Sábado Santo – 4. Primeiro Noturno – Jerusalem,surge  (Responsório II)
5. Matinas do Sábado Santo – 5. Primeiro Noturno – Plange quasi virgo (Responsório III)
6. Matinas do Sábado Santo – 6. Segundo Noturno – Ex Tractatu… Accedet homo (Lição IV)
7. Matinas do Sábado Santo – 7. Segundo Noturno – Recessit pastor noster (Responsório IV)
8. Matinas do Sábado Santo – 8. Segundo Noturno – O vos omnes (Responsório V)
9. Matinas do Sábado Santo – 9. Segundo Noturno – Ecce quomodo (Responsório VI)
10. Matinas do Sábado Santo – 10. Terceiro Noturno – De Epistola beati Pauli (Lição VII)
11. Matinas do Sábado Santo – 11. Terceiro Noturno – Astiterunt regis terræ (Responsório VII)
12. Matinas do Sábado Santo – 12. Terceiro Noturno – Æstimatus sum (Responsório VIII)
13. Matinas do Sábado Santo – 13. Terceiro Noturno – Sepulto Domino (Responsório IX)

Anônimo (Séc. XVIII) – Tractos, Missa e Vésperas do Sábado Santo
14. 1. Lições da Vigília Pascal – Cantemus Domino (Tracto I)
15. 2. Lições da Vigília Pascal – Vinea facta est (Tracto II)
16. 3. Lições da Vigília Pascal – Attende cælum (Tracto III)
17. 4. Benção da Fonte – Sicut cervus (Tracto IV)
18. 5. Missa da Vigília Pascal – Alleluia
19. 6. Missa da Vigília Pascal – Confitemini Domino (Versículo)
20. 7. Missa da Vigília Pascal – Laudate Dominum (Tracto)
21. 8. Missa da Vigília Pascal – Quoniam confirmata est (Versículo)
22. 9. Vésperas – Alleluia (Antífona)
23. 10. Vésperas – Laudate Dominum (Versículo I)
24. 11. Vésperas – Quoniam confirmata est (Versículo II)
25. 12. Vésperas – Gloria Patri (Doxologia: Parte I)
26. 13. Vésperas – Sicut erat (Doxologia: Parte II)
27. 14. Vésperas – Alleluia (Antífona)
28. 15. Vésperas – Vespere autem sabbati (Antífona do Magnificat)

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
29. Magnificat – 1. Magnificat anima mea. Cantochão
30. Magnificat – 2. Et exsultavit. Andante non tanto
31. Magnificat – 3. Quia respexit humilitatem. Cantochão
32. Magnificat – 4. Quia fecit mihi magna. (Sem indicação de tempo)
33. Magnificat – 5. Et misericordia. Cantochão
34. Magnificat – 6. Fecit potentiam. (Sem indicação de tempo)
35. Magnificat – 7. Deposuit potentes. Cantochão
36. Magnificat – 8. Esurientes. (Sem indicação de tempo)
37. Magnificat – 9. Suscepit Israel. Cantochão
38. Magnificat – 10. Sicut locutus est. Andante
39. Magnificat – 11. Gloria Patri. (Doxologia: Parte I). Cantochão
40. Magnificat – 12. Sicut erat. (Doxologia: Parte II). Allegro
Anônimo (Séc. XVIII)

41. Antífona do Magnificat – Vespere autem sabbati. Andante

Conjunto Calíope
Júlio Moretzsohn, regente
Museu da Música de Mariana – 2002
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. III – Sábado Santo
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Boa audição!

_ e la nave va ...
_ e la nave va …

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Anton Arensky (1861-1906): Suites 1 e 3 para Orquestra e Introdução à Ópera Nal and Damajantil

Anton Arensky (1861-1906): Suites 1 e 3 para Orquestra e Introdução à Ópera Nal and Damajantil

Querem saber o que tem de melhor este CD? A orquestra e o sotaque autenticamente russo dado pelos músicos e pela regência de Evgeni Svetlanov. Isso é fascinante e faz Arensky brilhar. Arensky foi precoce musicalmente, compondo algumas canções e peças para piano ao nove anos de idade. Mudou-se com os pais para São Petersburgo em 1879, onde estudou composição no Conservatório de São Petersburgo com Nikolai Rimsky-Korsakov. Após sua formatura em 1882, Arensky tornou-se professor no Conservatório de Moscou. Entre seus alunos estiveram Alexander Scriabin, Sergei Rachmaninoff e Alexander Gretchaninov. Em 1895, Arensky retorna à São Petersburgo como diretor co Coro Imperial, posição para a qual havia sido recomendado por Mily Balakirev. Arensky aposentou-se em 1901, passando o resto da vida como pianista, regente, e compositor. Arensky morre de tuberculose em um sanatório em Perkijarvi, Finlândia. Existem boatos que a bebida e o jogo afetaram sua saúde.

Tchaikovsky foi a maior influencia nas composições de Arensky. De fato, Rimsky-Korsakov disse, “na juventude Arensky não escapou de alguma influência minha; mais tarde a influência foi de Tchaikovsky”. A percepção de que não possuía um estilo pessoal forte contribuiu à longa negligência pela qual passou sua música, contudo recentemente grande número de suas composições têm sido gravadas. Especialmente populares são as Variações sobre um tema de Tchaikovsky, para orquestra, baseadas em uma das Canções para crianças, Op. 54 do Tchai. Possivelmente as melhores composições de Arensky sejam as de música de câmara, principalmente os dois Trios para Piano, mui dignamente românticos. Compôs também dois quartetos de cordas e um quinteto para piano.

Neste disco, vocês verão que o cara é um injustiçado, apesar de efetivamente não possuir um estilo pessoal.

Anton Arensky – Suite 1 e 3 para Orquestra e Introdução à Ópera Nal and Damajanti.

01 – Suite Nº 01 – Variations
02 – Suite Nº 01 – Dance
03 – Suite Nº 01 – Scherzo
04 – Suite Nº 01- Basso Ostinato
05 – Suite Nº 01 – March

06 – Suite Nº 03 – Theme
07 – Suite Nº 03 – Dialogue
08 – Suite Nº 03 – Waltz
09 – Suite Nº 03 – March
10 – Suite Nº 03 – Menuet
11 – Suite Nº 03 – Gavote
12 – Suite Nº 03 – Scherzo
13 – Suite Nº 03 – Funeral March
14 – Suite Nº 03 – Nocturne
15 – Suite Nº 03 – Polonaise

16 – Ópera Nal and Damajanti – Introduction

Orquestra Sinfônica da URSS
Evgeni Svetlanov

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Arensky: "Noutras palavras, sou muito romântico"
Arensky: “Noutras palavras, sou muito romântico”

PQP

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 2/9 – Missa (Acervo PQPBach)

mkz09hProjeto Acervo da Música Brasileira
Vol. II – Missa

Diferentemente das partes do Próprio (Intróito, Gradual, Ofertório, Comúnio, etc.), cujos textos variam de uma festa para outra, as partes do Ordinário são cantadas na Missa sempre com o mesmo texto ou, em alguns casos, com texturas referentes a determinado tempo litúrgico.

Desde fins da Idade Média, a polifonia foi preferencialmente aplicada a seis partes do Ordinário: Kyrie, Credo, Gloria, Sanctus, Benedictus e Agnus Dei. Com o aumento da duração das composições a partir de meados do século XVIII, em Portugal e no Brasil, o Ordinário das Missas passou a ser dividido em dois grandes blocos: o primeiro – denominado Missa – era integrado pelo Kyrie e pelo Gloria, enquanto o segundo – denominado Credo – era constituído pelo Credo, Sanctus, Benedictus e Agnus Dei.

Por essa razão, o Ordinário completo de uma missa festiva era normalmente denominado Missa e Credo, embora nem sempre seja possível definir hoje, nos acervos de manuscritos musicais, quais Missas correspondem a quais Credos e vice-versa. O Ordinário da Missa, que contém os textos mais utilizados nas celebrações católicas, é uma das categorias mais representadas na produção musical brasileira dos séculos XVIII e XIX. No Museu da Música de Mariana (http://www.mmmariana.com.br), existem mais de duzentas composições diferentes para Missas e/ou Credos, com vozes e instrumentos.

Nesta gravação estão representadas três Missas festivas na acepção dos séculos XVIII e XIX (Kyrie e Gloria) e uma Missa ferial para o Advento e a Quaresma (Kyrie). (adaptado do encarte)

Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
1. Missa Abreviada em Ré – 1. Kyrie – Kyrie I, Christe, Kyrie II. Adagio. Allegro. Adagio. Allegro
2. Missa Abreviada em Ré – 2. Gloria – Gloria. Allegro
3. Missa Abreviada em Ré – 3. Gloria – Domine Deus. Andante
4. Missa Abreviada em Ré – 4. Gloria – Qui tollis. Andante moderato
5. Missa Abreviada em Ré – 5. Gloria – Quoniam. Andantino. Adagio
6. Missa Abreviada em Ré – 6. Gloria – Cum Sancto Spirito. Allegro
7. Missa de Oitavo Tom – 1. Kyrie – Kyrie I. Sem andamento
8. Missa de Oitavo Tom – 2. Kyrie – Christie. Sem andamento
9. Missa de Oitavo Tom – 3. Kyrie – Kyrie II. Sem andamento

Joaquim de Paula Sousa “Bonsucesso” (Prados, c. 1760 – idem, c. 1820)
10. Missa Pequena em Dó – 1. Kyrie – Kyrie I. Largo. Allegro
11. Missa Pequena em Dó – 2. Kyrie – Christie. Moderato
12. Missa Pequena em Dó – 3. Kyrie – Kyrie II. Allegro
13. Missa Pequena em Dó – 4. Gloria – Gloria. Allegro
14. Missa Pequena em Dó – 5. Gloria – Domine Deus. Andante moderato
15. Missa Pequena em Dó – 6. Gloria – Qui sedes. Allegro molto
16. Missa Pequena em Dó – 7. Gloria – Quoniam. Andante
17. Missa Pequena em Dó – 8. Gloria – Cum Sancto Spiritu. Largo. Allegro

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
18. Missa em Mí Bemol (Missa Diamantina) – 1. Kyrie – Kyrie I. Christe. Kyrie II. Larghetto
19. Missa em Mí Bemol (Missa Diamantina) – 2. Gloria – Gloria. Allegro vivo
20. Missa em Mí Bemol (Missa Diamantina) – 3. Gloria – Laudamus. Andante
21. Missa em Mí Bemol (Missa Diamantina) – 4. Gloria – Gratias. Larghetto. Allegro
22. Missa em Mí Bemol (Missa Diamantina) – 5. Gloria – Domine Deus. Allegro maestoso
23. Missa em Mí Bemol (Missa Diamantina) – 6. Gloria – Qui sedes/Quoniam. Larghetto. Allegro
24. Missa em Mí Bemol (Missa Diamantina) – 7. Gloria – Cum Sancto Spirito. Larghetto. Allegro vivo

Coral de Câmara São Paulo & Orquestra de Câmara Engenho Barroco
Naomi Munakata, regente
Museu da Música de Mariana – 2001
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. II – Missa

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Boa audição!

de audácia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. 1/9 – Pentecostes (Acervo PQPBach)

16t4dcProjeto Acervo da Música Brasileira
Vol. I – Pentecostes

O Pentecostes – Celebrada pelos cristãos no domingo da última semana do Tempo Pascal, a Dominica Pentecostes ocorre cinquenta dias após a Páscoa (ou no sétimo domingo depois da Ressurreição), estendendo-se a solenidade da festa até a véspera do domingo seguinte, quando se comemora a Santíssima Trindade, que encerra o Ciclo da Páscoa. O Pentecostes, que representa a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos (Atos 2, 1-13), era mais conhecida nos séculos XVIII e XIX como o Espírito Santo ou Divino Espírito Santo, dando origem também às festas populares já muito difundidas nessa época com o nome de Folias do Divino. No Pentecostes foi comum a celebração dos Ofícios Divinos, da Missa e da Novena.

Para este volume foram selecionadas as Matinas (o primeiro dos Ofícios Divinos), o Vidi aquam (Antífona da aspersão da água benta no início da Missa), o Gradual e Ofertório (do Próprio da Missa), a Novena e o Te Deum (Hino de Ação de Graças), este último antigamente utilizado como anexo às Matinas ou às Novenas.

Além de ser cantado no Ofício Divino, em substituição ao terceiro ou nono Responsório das Matinas (à exceção de certos períodos penitenciais) e no final de algumas Novenas (ao menos em Minas Gerais), o Te Deum também era executado em ação de graças em determinadas ocasiões: a eleição de um papa, a canonização de um santo ou, como era comum em Portugal e no Brasil, o nascimento, aniversário, bodas ou coroação de um membro da corte.

A obra Te Deum em Sol, de Francisco Manuel da Silva, foi composta para quatro vozes, violino I e II, baixo, flauta, clarineta, trompas I e II e tímpano. O contraste entre a extroversão marcial e operística dos trechos polifônicos e a sobriedade solene do cantochão, evidencia o paradoxo entre o religioso e o profano que persistiu na prática sacro-musical brasileira do período. No Judex crederis e no Fiat misericordia, os compassos iniciais profetizam o Hino Nacional Brasileiro, que garantiu à posteridade o nome de seu compositor.
(adaptado do encarte)

Pe. João de Deus Castro Lobo (Vila Rica, 1794 – Mariana, 1832)
1. Matinas do Espírito Santo – 1. Invitatório – Alleluia. Andante
2. Matinas do Espírito Santo – 2. Invitatório – Venite. Allegro
3. Matinas do Espírito Santo – 3. Hino – Jam Christus. Andante
4. Matinas do Espírito Santo – 4. Responsório I – Cum complerentur. Andante majestoso
5. Matinas do Espírito Santo – 5. Responsório I – Tamquam spiritus. Allegro
6. Matinas do Espírito Santo – 6. Responsório I – Dum ergo essent. Largo
7. Matinas do Espírito Santo – 7. Responsório I – Tamquam spiritus. Allegro
8. Matinas do Espírito Santo – 8. Responsório II – Repleti sunt. Andante majestoso
9. Matinas do Espírito Santo – 9. Responsório II – Et convenit. Allegro
10. Matinas do Espírito Santo – 10. Responsório II – Loquebantur. Largo
11. Matinas do Espírito Santo – 11. Responsório II – Et convenit. Allegro
12. Matinas do Espírito Santo – 12. Responsório II – Gloria Patri. Largo
13. Matinas do Espírito Santo – 13. Responsório II – Et convenit. Allegro

Anônimo (Séc. XVIII)
14. Vidi aquam. Egredientem de templo. Andate
João de Araújo Silva (séc. XVIII)
15. Gradual do Espírito Santo – 1. Alleluia. Sem andamento
16. Gradual do Espírito Santo – 2. Emitte Spiritum. Sem andamento
17. Gradual do Espírito Santo – 3. Alleluia. Sem andamento

Miguel Teodoro Ferreira (Caeté, 1788-1818)
18. Gradual e Ofertório do Espírito Santo – 1. Alleluia. Emitte Spiritum.Alleluia (Gradual). Poco andante
19. Gradual e Ofertório do Espírito Santo – 2. Confirma hoc Deus. Andante. Allegro

Frutuoso de Matos Couto (séc. XIX)
20. Novena do Espírito Santo – 1. Alleluia (Invitatório). Andante mosso
21. Novena do Espírito Santo – 2. Veni Sancte Espírito Jaculatória I). Andante
22. Novena do Espírito Santo – 3. Vinde, Divino Espírito (Jaculatória I). Andante
23. Novena do Espírito Santo – 4. Vinde, Divino Espírito (Jaculatória II). Andante
24. Novena do Espírito Santo – 5. Vinde, Divino Espírito (Jaculatória III). Andante
25. Novena do Espírito Santo – 6. Vinde, Divino Espírito (Jaculatória IV). Andante
26. Novena do Espírito Santo – 7. Non vos relinquam (Antífona). Andante sostenuto
Francisco Manuel da Silva (1795-1865)
27. Te Deum em Sol – Te Deum. Te Dominum. Cantochão. Maestoso. Allegro
28. Te Deum em Sol – Te æternum Patrem. Cantochão
29. Te Deum em Sol – Tibi omnes. Andante comodo
30. Te Deum em Sol – Tibi Cherubim. Cantochão
31. Te Deum em Sol – Sanctus. Allegro comodo. Un poco più mosso
32. Te Deum em Sol – Pleni sunt. Cantochão
33. Te Deum em Sol – Te gloriosus. Allegro comodo
34. Te Deum em Sol – Te Prophetarum. Cantochão
35. Te Deum em Sol – Te Martyrum. Andante mosso
36. Te Deum em Sol – Te per orbem. Cantochão
37. Te Deum em Sol – Patrem imensæ. Allegro
38. Te Deum em Sol – Venerandum tuum verum. Cantochão
39. Te Deum em Sol – Sanctum quoque. Allegro moderato
40. Te Deum em Sol – Tu Rex gloriæ. Cantochão
41. Te Deum em Sol – Tu Patris. Allegro comodo
42. Te Deum em Sol – Tu ad liberandum. Cantochão
43. Te Deum em Sol – Tu devicto. Recitatvo (Ária)
44. Te Deum em Sol – Tu ad dexteram. Cantochão
45. Te Deum em Sol – Judex crederis. Allegro maestoso
46. Te Deum em Sol – Te ergo. Sostenuto
47. Te Deum em Sol – Æterna fac. Cantochão
48. Te Deum em Sol – Salvum fac. Allegro non troppo
49. Te Deum em Sol – Et rege eos. Cantochão
50. Te Deum em Sol – Per singulos dies. Allegro non troppo
51. Te Deum em Sol – Et laudamus. Cantochão
52. Te Deum em Sol – Dignare Domine. Andante moderato
53. Te Deum em Sol – Miserere nostri. Cantochão
54. Te Deum em Sol – Fiat misericordia. Andantino sostenuto
55. Te Deum em Sol – In te Domine. Allegro vivo. Mais vivo

Orquestra e Coral de Câmera da Escola de Música da UFMG e músicos convidados
Afrânio Lacerda, regente
Museu da Música de Mariana – 2001
Projeto Acervo da Música Brasileira – Vol. I – Pentecostes

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Boa audição!

ilha

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Anthoine Boesset (1587-1643): Je meurs sans mourir (Le Poème Harmonique)

Anthoine Boesset (1587-1643): Je meurs sans mourir (Le Poème Harmonique)

Mais um trabalho da Alpha com o Le Poème Harmonique, este apresentando Anthoine Boesset (1587-1643). Não é um CD tão espetacular quanto aquele de Charles Tessier, mas é fortemente indicado para os amantes do barroco inicial. Este CD foi lançado em 2003 e agora retornou em nova e merecida edição. São belas melodias antigas, árias que combinam poesia, canto e acompanhamento — aqui, espetacular — e que foram as delícias dos salões da época. Falemos sério: há música que amamos sem realmente tentar descobrir o motivo: eu morro sem morrer, ou “Je meurs sans mourir”, é um desses.

Anthoine Boesset (1587-1643): Je meurs sans mourir (Le Poème Harmonique)

1 Una Musiqua 4:10
2 Départ Que Le Devoir Me Fait Précipiter 5:32
Ballet Des Fous & Des Estropiés De La Cervelle (7:27)
3 Entrée De L’Embabouinée 2:22
4 Entrée Des Demy-Fous 1:26
5 Entrée Des Fantasques 2:10
6 Ballet Des Vaillans Combattans 1:29
7 Récit De Syrènes : Quel Soleil 2:05
8 Récit D’Amphion & Des Syrènes : Quels Doux Supplices 0:58
9 Récit Du Dieu Des Songes : Quelle Merveilleuse Advanture 2:47
10 Récit De Mnémosyne : Quelles Beautés, Ô Mortels 1:39
11 Récit Du Temps : Bien Que Je Vole Toutes Choses & Aux Voleurs, Au Secours, Accourez Tous 2:16
12 Je Meurs Sans Mourir 2:32
13 A La Fin Cette Bergère 3:55
14 Entrée Des Laquais 1:29
15 Dove Ne Vai, Crudele 4:27
16 Frescos Ayres Del Prado 3:56
17 La Gran Chacona
Composed By – Luis de Briceño 2:55
18 La Pacifique
Composed By – Louis Constantin 3:08
19 Ô Dieu ! 4:23
20 Nos Esprits Libres & Contents
Composed By – Anonyme* 5:28

Le Poème Harmonique
Direction Vincent Dumestre

Baritone Vocals [Basse-Contre] – Arnaud Marzorati
Baroque Guitar – Massimo Moscardo, Vincent Dumestre
Countertenor Vocals [Haute-contre] – Bruno Le Levreur
Directed By – Vincent Dumestre
Ensemble – Le Poème Harmonique
Lute – Benjamin Perrot
Lute [Archiluth] – Massimo Moscardo
Percussion – Joël Grare
Soprano Vocals [Dessus] – Claire Lefilliâtre
Tenor Vocals [Taille] – Jean-François Novelli
Theorbo – Benjamin Perrot, Vincent Dumestre
Viol [Basse De Viole] – Anne-Marie Lasla, Florence Bolton (tracks: 18), Sylvia Abramowicz
Viol [Dessus De Viole] – Kaori Uemura, Sylvie Moquet
Violone – Françoise Enock

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Musical Company | Pieter Codde (1639)
Musical Company | Pieter Codde (1639)

PQP

.: interlúdio :. The New Tango – Astor Piazzolla & Gary Burton

.: interlúdio :. The New Tango – Astor Piazzolla & Gary Burton

Uma rosa numa mão e uma navalha na outra – esta impressão me veio quando de uma aula na qual fizemos a audição de diversos gêneros musicais e uma das faixas era Piazzolla. O que poderia escrever sobre sua música não cabe aqui, talvez nem em palavras. Posso dizer que é uma música que não costumo partilhar quando a ouço, porque há muito que compreendi o quanto a música pode incomodar os espíritos menos permeáveis, à beleza e a certas intensidades; talvez também pelo quanto a música pode dizer de nós mesmos; talvez porque certos whiskys só podem ser partilhados com muito poucos. Piazzolla, abrindo a cancela das impressões e da emoção, é abismo de maravilhas, é caminho sem fim e fim de caminho, também caminho perdido; é partida, volta e revolta. Tanguédia, tragédia, tragicomédia, melodinâmica – na impressão do amigo flautista Marco Moreno Pio (em memória); “pulsacion” e síncope, por vezes cardíaca. Densidade, intensidade e ansiedade. Lirismo e facada. A lona do ringue e o enfrentamento. A música de Piazzolla pode ser chamada de erudita, caindo no balaio das terminologias muitas vezes mal vindas ou falhas. É toda escrita com o rigor das peças chamadas eruditas, com espaços naturalmente para reinterpretações e improvisações – sempre muito benvindas. Astor, assim como outros tantos compositores do século passado, peregrinou ao templo da maga musical do século XX, Nadia Boulanger (1887-1997). E dela ouviu o mesmo que ouviu George Gershwin: “você já sabe escrever como Ravel, agora vá ser você mesmo”. Com este batismo de fogo na testa, Astor podia então dar curso à revolução do Tango; revolução essa que para muitos conservadores, até hoje, seria herética. Em uma viagem a Buenos Aires, perambulando por uma rua de antiquários no Bairro San Telmo, um respeitável senhor, me vendo passar com meu chapéu de aba larga, me indagou: “Buscas a Gardel?” Respondi: “Não, busco a Piazzolla!” Ele me olhou com estranheza e reprovação (risos). O pequeno Astor, que foi amigo e escudeiro de Gardel (que era de Toulouse – França, conforme revelado recentemente), que lhe comprava jornais e cigarros. Gardel, vendo-o tocar tão bem o Bandoneon, queria que o acompanhasse numa viagem – aquela que lhe seria derradeira e fatal. O pai de Astor não o permitiu, alegando que ele somente teria esta liberdade quando concluísse os estudos. Salvou assim o filho para si e para a nós salvou o gênio – Viva Dom Nonino!

Este estupendo registro musical, conheci em vinil há décadas e diria que poderíamos considerar uma das melhores sínteses da música do mestre de Mar del Plata – o que em absoluto vem a excluir tudo o mais, ao contrário. O honradíssimo convidado é o vibrafonista Gary Burton, jazzman, da tradição de Lionel Hampton e Milt Jackson, entre outros. Nascido em Indiana, Burton foi autodidata em vibrafone e marimba desde os seis anos de idade; mais tarde encontraria sua grande inspiração no pianista Bill Evans. A assimilação do estilo de Astor por Gary é perfeita. O digo porque para outros não foi fácil, a exemplo do Kronos Quartet. Este formidável grupo de cordas, apesar de exímio, não satisfez ao mestre, que em meio a uma madrugada telefonou para o seu compadre violinista Fernando Suarez Paz, rogando que fosse imediatamente para os Estados Unidos, pois o quarteto não conseguia assimilar o que a sua música exigia nem reproduzir os efeitos necessários. Só assim foi possível o disco ‘Five Tango Sensations’. Burton se destaca e o faz, para além de sua habilidade e feeling, também através dos excelentes arranjos: Piazzolla estende o tapete vermelho para o vibrafone e Burton o honra devidamente, brilhantemente. A única ressalva que faria ao disco, só pra ser chato, é que o bandoneon e violino ficam em segundo plano em volume na gravação. Houve um excesso de cuidados na captação do vibrafone.

i592c5A atuação do mestre dispensa qualquer comentário. Ao seu lado, o fidelíssimo escudeiro Fernando Suarez Paz, para mim um dos maiores violinistas de todos os tempos. Assim como Duke não seria Ellington sem a paleta de cores de sua orquestra, nas figuras de Johnny Hodges, Cootie Williams, Harry Carney, Barney Bigard… Assim como Sherlock seria menos Holmes sem Watson e Dom Quixote menos poético sem Sancho Pança, Astor seria menos Piazzolla sem o seu grande comparsa de belezas musicais indizíveis. Um daqueles encontros através dos quais a arte conspira para nos legar espetáculos; ainda como Billie Holiday e Lester Young, enfim… Também o magnífico pianista Pablo Ziegler, outro fidelíssimo companheiro de intensidades sonoras, mais Hector Console no baixo. Convido-os então para o abismo de beleza que é a música de Astor Piazzolla.

“Suite for Vibraphone and New Tango Quintet”

  • Milonga Is Coming
  • Vibraphonissimo
  • Little Italy 1930
  • Nuevo tango
  • Laura’s Dream
  • Operation Tango
  • La Muerte del Angel

Astor Piazzolla – Bandoneon
Gary Burton – Vibraphone
Fernando Suarez Paz – Violino
Pablo Ziegler – Piano
Horácio Malvicino – Guitar
Hector Console – Bass
Recorded in the Montreux Festival, 1986.

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Retrato do menino Astor Piazzolla aos 12 anos, por Diego Rivera. New York, 1933.
Retrato do menino Astor Piazzolla aos 12 anos, por Diego Rivera. New York, 1933.

Wellbach

 

Coral Altivoz – Desenredos – 1999: (Acervo PQPBach)

30jlpbcCoral Altivoz

Regente: Mário Assef
Acompanhadora: Bianca Malafaia

 

Fundado em 1993, o Coral Altivoz é composto, atualmente, por quarenta integrantes, entre alunos de diversos cursos, professores, funcionários e pessoas da comunidade em geral. O Altivoz participa frequentemente de eventos acadêmicos nos diversos campi regionais da UERJ e de acontecimentos externos à Universidade, tendo sua agenda repleta durante todo o ano, cumprindo uma média de 35 apresentações anuais.

34fm9h3Coral Altivoz

Desenredos
Autor desconhecido
01. Bumba-Meu-Boi
Ernst Mahle (Alemanha, 1929-hoje em Piracicaba, SP) sobre poema de Cassiano Ricardo Leite (S J dos Campos, SP, 1895-R de Janeiro, 1974)
02. Categiró
Ivan Lins (1945) e Gonzaguinha (Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior )(Rio de Janeiro, 1945-Renascença, PR, 1991)
03. Desenredo
Cláudio Nucci (Jundiaí, SP, 1956) e Juca Filho (Rio de Janeiro, 1956)
04. Dos Rios
Sérgio Oliveira de Vasconcellos Corrêa (São Paulo, 1934) – fuga baseada em tres temas indígenas: Dança dos Coroados; Canide Ioune e Nozani-na
05. Moacaretá
Antífona para Domingo de Ramos, Manuscrito do Piranga, MG, 1ª metade do séc. XVIII. Autor desconhecido, transcrição Paulo Castagna
06. Pueri Hebraeorum
Osvaldo Costa de Lacerda (São Paulo, 1927-2011)
07. Ofulú Lorêrê
Francisco Mignone (S. Paulo, 1897-Rio de Janeiro, 1986)
08. Congada
Ernst Mahle (Stuttgart, Germany 1929-hoje em Piracicaba, SP)
09. Quatro Maracatus
Heitor Villa-Lobos (Rio de Janeiro, 1887-1959), sobre poema de Ferreira Goulart (São Luiz, MA, 1930)
10. Trenzinho Caipira
Caio Senna (Rio deJaneiro, 1959) sobre poema de Manuel Inácio da Silva Alvarenga (Vila Rica, 1749-Rio de Janeiro, 1814)
11. Madrigal 1
Moraes Moreira (Ituaçu, BA, 1947) e Armandinho
12. Davi Licença
Gilberto Gil (Salvador, BA, 1942) e Torquato Neto (Teresina, PI, 1944-Rio de Janeiro, 1972)
13. Geléia Geral
Ernani Aguiar (Petrópolis, RJ, 1950) sobre poemas de Carlos Drummond de Andrade (Itabira, MG, 1902- Rio de Janeiro, 1987) e Mário de Andrade (S. Paulo, 1893-1945)
14. Cantos Pro Rio
Sérgio Oliveira de Vasconcellos Corrêa (São Paulo, 1934)
15. Moacaretá (A Capella)

Desenredos – 1999
Coral Altivoz
Regente: Mário Assef (desde 1996)
Acompanhadora: Bianca Malafaia

memoria
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MP3 320 kbps – 127,4  – 48,8 min
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Mais outro CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

Boa audição.

surpresas

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Brasileiro Profissão Esperança – 1974: Clara Nunes & Paulo Gracindo

2e2j80gUm trabalho inteligentíssimo de Paulo Pontes. Não é preciso dizer nada sobre o espetáculo: é maravilhoso. Prefiro falar mais às quatro forças deste show, diretamente: Gracindo, Clara, Bibi e Paulinho. Uma beleza.
Chico Buarque

 

Antonio Maria (1921 – 1964) e Dolores Duran (1930 – 1959) se tivessem sido irmãos não seriam tão parecidos. Os dois gostavam de viver mais de noite que de dia, os dois faziam canções, os dois precisavam de amor para respirar, eram puxados pra gordo e, mesmo na hora da morte, os dois foram atingidos por um só inimigo: o coração. A obra que os dois deixaram , hoje espalhada pelos jornais e gravadoras do País, reflete essa indisfarçável identidade. Mas prestando atenção nas coisas que disseram e escreveram e nas músicas que eles fizeram é que a gente descobre a expressão maior dessa semelhança: os dois se refugiavam do absurdo do mundo, que eles revelaram com humor e amargura, na desesperada aventura afetiva. O amor era o último reduto dos dois. A montagem do texto de “Brasileiro Profissão Esperança” se apoia no permanente cruzamento dessas duas vidas, de tal forma que ninguém sabe o que é de Antonio Maria e o que é de Dolores. Uma crônica de Maria vira um dado para explicar a existência de Dolores, assim como uma canção de Dolores exprime e sensibilidade de Maria.
Bibi Ferreira/Paulo Pontes, extraído da contra-capa.

Ouça a abertura do show, no Canecão em 1974:

Brasileiro Profissão Esperança
Clara Nunes & Paulo Gracindo

Lado 1
Ternura Antiga (J. Ribamar – Dolores Duran)
Ninguém me ama (Fernando Lobo – Antonio Maria)
Valsa de uma cidade (Ismael Neto – Antonio Maria)
Menino grande (Antonio Maria)
Estrada do sol (Antonio C. Jobim – Dolores Duran)
A noite do meu bem (Dolores Duran)
Manhã de carnaval (Luiz Bonfá – Antonio Maria)
Frevo número dois do Recife (Antonio Maria)
Castigo (Dolores Duran)
Fim de caso (Dolores Duran)
Por causa de você (Antonio C. Jobim – Dolores Duran)

Lado 2
Pela rua (J. Ribamar – Dolores Duran)
Canção da volta (Ismael Neto – Antonio Maria)
Suas mãos (Antonio Maria – Pernambuco)
Solidão (Dolores Duran)
Se eu morresse amanhã (Antonio Maria)
Noite de paz (Durando)

Brasileiro Profissão Esperança – 1974
Clara Nunes (1943 – 1983) & Paulo Gracindo (1911 – 1995)
Texto de Paulo Pontes (1940 – 1976)
Direção de Bibi Ferreira

LP de 1974, do acervo do poeta e músico Oscar Iskin Jr. (não tem preço!) e digitalizado por Avicenna

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MP3 320 kbps – 87,7 MB – 39 min
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Boa audição.

 

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Avicenna

Franck, Lekeu, Brahms, Schumann – Sonatas para violino e piano

Todo mês a revista francesa Classica faz uma escuta às cegas de uma obra: ouvem várias gravações sem saber quem está tocando e elegem a melhor. É engraçado pois muitas vezes eles espinafram e desmoralizam músicos consagrados. Vejamos o que os franceses disseram sobre gravações da famosa sonata para piano e violino de César Franck…

Kaja Danczowska e Krystian Zimerman (1996), Gidon Kremer e Oleg Maisenberg (1980) adotam a mesma abordagem: flexibilidade nos fraseados e sensualidade na bela linha vocal.
Martha Argerich, “sempre espirituosa e fogosa” ofusca, em duas gravações diferentes, seus parceiros Itzhak Perlman e Dora Schwarzberg. Esta última “copia Brahms” e é “totalmente sufocada” por Martha”. Sobre Perlman com Vladimir Ashkenazy, os franceses dizem: “belas passagens, apesar de um violino muito sentimental”, “violino canta bem, mas muito monocromático”.
“Confundir César Franck com Brahms ou Schumann é, infelizmente, muito comum na interpretação da Sonata em Lá maior.” Este é o caso de Joshua Bell e Jean-Yves Thibaudet (1989) ou Sarah Chang e Lars Vogt (EMI, 2003). Quanto à gravação de Anne-Sophie Mutter, o conselho é: “fujam” pois ela “dominou um pálido e muito tímido Lambert Orkis”.
Sobre a dupla Oïstrakh/Richter: “a intensidade dramática, o calor expressivo, a generosidade, que emergem deste duo são surpreendentes”, “o diálogo entre os dois é constante, eles atravessam um turbilhão de sentimentos” mas o final é mais discutível: “óbvia falta de simplicidade”, “parece um Beethoven piorado”. O bronze fica com eles.
A medalha de prata vai para Arthur Grumiaux e Georgy Sebök, em gravação de 1978. “Os dois artistas, respeitando o texto, criam uma atmosfera serena de mistério, ternura modéstia: uma atmosfera de música de câmara francesa”, “clareza e naturalidade”, “uma bela versão em que falta um pouco mais de veemência”
O topo do pódio fica com Christian Ferras e Pierre Barbizet nesta gravação de 1965 que aparece no CD de hoje. No allegretto “tudo é pensado, refletido e se torna claro”, “violino e piano cantam naturalmente, sem nunca tentar qualquer hegemonia”. O Allegro final é “igualmente perfeito”, com “uma multidão de climas que são perfeitamente executados: tanto o caráter popular do primeiro tema como o lado um pouco religioso do motivo central”, “muita elegância e inteligência nos fraseados”.

Esses dois CDs trazem ainda as três sonatas para violino e piano de Brahms, em gravações que FDP Bach anos atrás disse que estão entre suas favoritas, e os três Romances de Robert Schumann, originalmente compostos para oboé e piano, mas que Clara Schumann, aparentemente, foi a primeira a tocar com um violinista. Temos ainda a sonata em lá menor de Schumann, romântica e obsessiva, da época e que a saúde mental do compositor já se encontrava em estado delicado. No 3º movimento, convivendo com todos esses sentimentos, há também uma forte influência do contraponto de Bach, que o casal Schumann estudou profundamente.

Last but not least, a sonata do belga Guillaume Lekeu, também absolutamente romântica e melancólica. Tendo morrido na França aos 24 anos de febre tifóide, esse compositor deixou poucas obras, dentre as quais a mais conhecida é essa sonata que encarna perfeitamente o romantismo tardio.
Todo esse repertório é muito bem executado pela dupla francesa. Existem outros violinistas com som mais brilhante, mas pouquíssimos conseguiram tirar do violino sonoridades tão melancólicas, atormentadas e ao mesmo tempo elegantes.
CD 1:
César Franck – Sonate pour piano et violon
1. Allegretto moderato – 6:00
2. Allegro – 7:54
3. Recitativo – Fantasia – 6:45
4. Allegretto poco mosso – 5:40
Guillaume Lekeu – Sonate pour piano et violon
5. I Très modéré – 10:52
6. II Très lent – 8:55
7. III Très animé – 8:57
Johannes Brahms – Sonate pour violon et piano n° 2
8. I Allegro amabile – 7:51
9. II Andante tranquillo… – 6:23
10. III Allegretto grazioso – 5:08
CD 2:
Johannes Brahms – Sonate pour violon et piano n° 1
1. Vivace ma non troppo – 9:47
2. Adagio – 7:52
3. Allegro molto moderato – 8:35
Johannes Brahms – Sonate pour violon et piano n° 3
4. I Allegro – 7:44
5. II Adagio – 4:24
6. III Un poco presto e con sentimento – 3:07
7. IV Presto agitato – 5:58
Robert Schumann – Sonate pour violon et piano n° 1, op. 105
8. I Mit Leidenschaftlichem Ausdruck – 7:06
9. II Allegretto – 3:42
10. III Lebhaft – 5:02
Robert Schumann – 3 Romances pour violon et piano, op. 94
11. I Nicht schnell (Moderato) – 2:28
12. II Einfach, innig (Semplice, affettuoso) – 3:19
13. III Nicht schnell (Moderato) – 3:37
Christian Ferras – violino
Pierre Barbizet – piano

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Brahms
Pleyel

Johannes Brahms (1833-1897): Concerto para Violino e Concerto Duplo (Repin / Chailly)

Johannes Brahms (1833-1897): Concerto para Violino e Concerto Duplo (Repin / Chailly)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Grandes composições de Brahms interpretadas fantasticamente por esta nova estrela do violino — o russo Vadim Repin — e um regente veterano — Riccardo Chailly. Repin começa bem sua relação com Brahms: a frase A música de Brahms me move para as profundezas do meu ser pode ser grandiloquente, mas só para quem não conhece a densidade do homem que — quem sabe? — comia Clara Schumann. O Concerto de Brahms já fazia parte de seu repertório há bastante tempo, apesar de Repin ter apenas 38 anos, assim como os concertos de Beethoven, Mendelssohn e Tchaikovsky. Riccardo Chailly e a Orquestra Gewandhaus de Leipzig são seus velhos conhecidos porém A última vez que executei o Concerto para Violino de Brahms com Chailly foi há quase dez anos atrás, em uma turnê norte-americana com a Orquestra do Concertgebouw. Pois nesta gravação eles reaparecem tocando demais.

O Concerto está absolutamente sem reparos. Já o Concerto Duplo parece bem mais rápido do que o habitual (talvez eu esteja errando ao considerar aquela gravação de Mutter-Meneses-Karajan como o gold standard, não?). Tal concepção não me incomodou, todavia sinto uma certa intenção de fazê-lo mais brusco e afirmativo, em contraste com a absoluta perfeição do Concerto para violino.

Johannes Brahms (1833 – 1897): Concerto para Violino e Concerto Duplo (Repin / Chailly)

Violin Concerto in D, Op.77

1) 1. Allegro non troppo [22:51]
2) 2. Adagio [9:11]
3) 3. Allegro giocoso, ma non troppo vivace – Poco più presto [7:56]

Vadim Repin, violino
Riccardo Chailly
Gewandhausorchester Leipzig

Concerto for Violin and Cello in A minor, Op.102
4) 1. Allegro [16:43]
5) 2. Andante [7:40]
6) 3. Vivace non troppo – Poco meno allegro – Tempo I [8:29]

Vadim Repin, violino
Truls Mörk, violoncelo
Gewandhausorchester Leipzig
Riccardo Chailly

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Vadim Repin hoje, demonstrando que todos envelhecem.
Vadim Repin hoje, demonstrando que todos envelhecem.

PQP

A música de Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)

screen-shot-2016-11-22-at-14-42-37Maestro Adhemar Campos Filho rege instrumentistas e cantores convidados

A música de Manoel Dias de Oliveira

Dentre os compositores do chamado Barroco Mineiro, divulgado por Curt Lange, emerge a figura de Manoel Dias de Oliveira que, por ter seu campo de atuação centrado em São José Del Rey -atual Tiradentes – escapou a uma análise mais cuidada do eminente musicólogo alemão, que atuou principalmente em Ouro Preto, Mariana e Diamantina. Tal feito estaria reservado ao maestro Adhemar Campos Filho, que vem de de um família que há cinco gerações pratica e preserva a música nessa região do Campo das Vertentes, onde a música de Manoel Dias de Oliveira continuou a fazer, desde então e ininterruptamente, parte do repertório das entidades musicais da região.

Sobre a vida e atividades de Manoel Dias de Oliveira existem escassos documentos que estão restritos em sua maioria àqueles do Arquivo Eclesiástico da Paróquia de Santo Antonio, em Tiradentes.

Também em São João Del Rey e Prados, a música de Manoel Dias de Oliveira pode ser encontrada principalmente nos arquivos das seculares orquestras Lira Sanjoanense, Ribeiro Bastos e Lira Ceciliana de Prados.

Fora de região das Vertentes, o Museu de Mariana detém alguns de seus originais. A mesma pergunta que se faz a respeito dos músicos brasileiros do passado, também é feita sobre Manoel Dias de Oliveira. Onde e com quem ele aprendeu a arte musical? A resposta será com hipóteses e suposições. Nos livros eclesiásticos da Paróquia de Tiradentes encontra-se já em 1727 o nome de Lourenço Dias como músico. Seria o genitor de Manoel Dia de Oliveira também seu mestre? Os estudos musicais realizados por Manoel Dias de Oliveira não podem ser aventados como estudos práticos pela audição e manuseio de obras de autores europeus. O que se pode supor é que Manoel Dias de Oliveira foi um talento nato.

O domínio do baixo cifrado faz ver seu conhecimento do barroco europeu e sua maneira de compor revela um homem perfeitamente integrado à sua época. A linguagem musical empregada por Manoel Dias de Oliveira é essencialmente pré-clássica, porém, com fraseado próprio, num estilo peculiarmente mineiro, onde com um mínimo de recursos consegue realizar o máximo de efeito.

Adepto da música coral, especialmente a 8 vozes e conhecedor da técnica instrumental de vários instrumentos pelo emprego correto na orquestração, Manoel Dias de Oliveira domina perfeitamente o contraponto e a fuga. Pela leitura de suas obras, nota-se o estudioso à procura de efeitos sonoros, fugindo às vezes às regras harmônicas empregadas em sua época, com incursões à Renascença e experiências futuristas com emprego de acordes dissonantes, coisa incomum nos compositores de sua época. Para este disco, o maestro Adhemar Campos Filho escolheu sete peças representativas da genialidade do compositor (texto extraído de originais de Aluízio José Viegas)

Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
01. Popule meus
02. Sepulto Domino
03. Surrexit Dominus
04. Miserere
05. Visitação dos Passos
06. Magnificat
07. Te Deum

Adhemar Campos Filho rege a música de Manoel Dias de Oliveira – 1985
Colaboração do nosso ouvinte Jhota Rodrigues. Não tem preço! Obrigado!!!!!

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MP3 – 320 kbps – 93,7 MB

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Avicenna

Jograis de São Paulo – Moderna Poesia Brasileira: Antologia – 1956

Captura de Tela 2017-11-03 às 18.18.36Este LP de 1956 notabilizou algumas poesias, tais como José, de Carlos Drummond de Andrade, “E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José ?; O Dia da Criação, de Vinicius de Morais, “porque hoje é sábado …“, que nos remete às sempre deliciosas páginas do escritor Milton Ribeiro. E não nos esqueçamos de citar a memorável poesia de Murilo Mendes, Jandira, “O mundo começava nos seios de Jandira. Depois surgiram outras peças da criação“.

 

Este LP de 1956 foi emprestado pelo meu amigo Oscar Iskin Júnior, amante de música, poesia, cinema e gastronomia – só coisa boa!, dono do restaurante Rick’s Café onde costumo almoçar e onde já tive o prazer em ouvi-lo declamar essas poesias. Não tem preço!

Embora a prática não os soubesse distinguir tão facilmente, já a teoria literária medieval estabelecia diferença entre os “jograis” e os “trovadores”: êstes eram os que sabiam trobar , inventar canções e poemas, capazes de recitar também ou não. Os “jograis” não sabiam tirar versos; colocavam o seu talento, a sua arte de dizer, a serviço da poesia alheia.

Os Jograis de São Paulo – Ruy Affonso, Carlos Vergueiro, Rubens de Falco e Armando Bogus – não pretendem passar por mais que seus colegas da Idade Média: nenhum deles faz alarde de poeta, nem o repertório inclui nenhuma página de sua autoria. Uniram-se com finalidade expressa de se tornarem intérpretes, e o título que se deram traduz bem o espírito que os anima.

Acontece todavia com eles uma coisa que os diferencia dos jongleurs medievos: os “trovadores” antigos que ou não tinham voz ou não entoavam, contratavam “jograis” que os acompanhassem nas visitas e excursões e lhes recitassem os versos nas ocasiões indicadas – a um amigo, a um fidalgo, a uma dama … Tal não se dá com os Jograis de São Paulo: são eles que a bem dizer adotam os poetas, escolhem os poemas; são eles e só eles os responsáveis pelo êxito da empresa.

(extraído da contra-capa)

Palhinha: ouça 08. Jandira

Jograis de São Paulo – Moderna Poesia Brasileira: Antologia
Mário de Andrade (1893 – 1945)
01. Carnaval Carioca
Manuel Bandeira (1886 – 1968)
02. Evocação do Recife
Ascenso Ferreira (1895 – 1965)
03. Catimbó
Augusto Frederico Schmidt (1906 – 1965)
04. Poema
Carlos Drummond de Andrade (1902 – 1987)
05. José
Guilherme de Almeida (1890 – 1969)
06. O Estrangeiro
Cecilia Meireles (1901–1964)
07. Canção da Alta Noite
Murilo Mendes (1901 – 1975)
08. Jandira
Vinicius de Moraes (1913 – 1980)
09. O Dia da Criação
Mário de Andrade (1893 – 1945)
10. O “Alto”

Jograis de São Paulo – Moderna Poesia Brasileira: Antologia – 1956
Ruy Affonso, Carlos Vergueiro, Rubens de Falco e Armando Bogus
Capa de Darcy Penteado, 1956
LP digitalizado por Avicenna

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MP3 320 kbps – 197,6 MB – 24 min
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pianoborboletas

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Marin Marais (1656-1728): Pieces de Viole du IV Livre, 1717

Marin Marais (1656-1728): Pieces de Viole du IV Livre, 1717

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O gênio da música para viola da gamba Marin Marais com seu maior intérprete Jordi Savall. Não tinha como dar errado. A onipresente e nada dramática melancolia de Marais está toda aqui. Em cada peça, mesmo na que exige maior virtuosismo, há um toque agridoce. Não vou escolher peças porque achei tudo um só deleite. Savall, com sua musicalidade, senso de estilo e, claro, virtuosismo está além de qualquer crítica. Seu time é monstruoso, é um Barcelona: Pierre Hantaï, Rolf Lislevand, Xavier Díaz-Latorre, Philippe Pierlot e, claro, Pedro Estevan, são a melhor companhia possível. A qualidade de som é espantosa. Usaram microfones DPA (como a maioria dos CDs de Savall, Elena!). Ouvimos tudo, os ruídos dos dedos, os giros de páginas, as respirações, gemidos, etc., e isso dá à música uma vibração que você se sente como se estivesse em Saint-Michel en Thiérache, na França, onde as sessões de gravação ocorreram em agosto e setembro 2006.

Marin Marais (Marin Marais (1656-1728): Pieces de Viole du IV Livre, 1717

disc 1:
01. Marche Tartare, IV.55 02:11
02. Allemande, IV.56 02:11
03. Sarabande, IV.57 02:50
04. La Tartarine, IV.58 00:57
05. Double, IV.59 01:12
06. Gavotte, IV.60 01:42
07. Feste Champêtre, IV.61 05:45
08. Gigue la Fleselle, IV.62 02:26
09. Rondeau le Bijou, IV.63 05:58
10. Le Tourbillon, IV.64 01:39
11. L’Uniforme, IV.65 01:24
12. Suitte, IV.66 00:56
13. Suitte, IV.67 02:24
14. L’Ameriquaine, IV.68 04:21
15. Allemande pur le Sujet et Gigue pour la Basse, IV.69 02:36
16. Allemande l’Asmatique, IV.70 01:41
17. La Tourneuse, IV.71 02:36
18. Muzette, IV.72 05:00

disc 2:
01. 1. Caprice ou Sonate IV.73 05:29
02. 2. Le Labyrinthe IV.74 10:51
03. 3. La Sauterelle IV.75 02:33
04. 4. La Fougade IV.76 04:06
05. 5. Allemande la Bizare IV.77 02:42
06. 6. La Minaudiere IV.78 01:56
07. 7. Allemande la Singuliere IV.79 02:34
08. 8. L’Arabesque IV.80 04:49
09. 9. Allemande la Superbe IV.81 03:01
10. 10. La Reveuse IV.82 07:39
11. 11. Marche IV.83 02:01
12. 12. Gigue IV.84 01:20
13. 13. Piece Luthee IV.85 01:42
14. 14. Gigue la Caustique IV.86 01:53
15. 15. Le Badinage IV.87 03:55

Performers:
Jordi Savall, basse de viole
Rolf Lislevand, Xavier Díaz Latorre, théorbes, guitares
Philippe Pierlot, basse de viole
Pierre Hantaï, clavecin

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E o cara esquece de anotar o autor... Que também não vai reclamar, né?
E o cara esquece de anotar o autor… Que também não vai reclamar, né?

PQP

Ensemble Turicum: Musique napolitaine des archives portugaises: Pergolesi, Gallasi, Leonardo Leo, David Perez

rawwljA produção musical italiana observada através de um filtro português.

 

As impressionantes bibliotecas e arquivos musicais portugueses ainda não estão plenamente descobertos para o mundo. Notícias sobre a livraria d’El Rey D. João IV já circulam amiúde, mas sem que se saiba algo mais para além do seu malfadado destino, desde o falecimento daquele monarca até os trágicos acontecimentos de 1755. Entrementes, é também verdade que pouca consciência ainda se tem sobre os tesouros que sobreviveram ao terramoto e de toda a música que se produziu e ouviu em solo lusitano nos sucessivos reinados de D. João V, D. José I, D. Maria I e D. João VI. Que a corte portuguesa, desde os primórdios do século XVIII, se entregaria completamente às vicissitudes da estética italiana é assunto já bastante escorreito. O que ainda escapa ao interesse da musicologia internacional é o facto de que Portugal, por conta desta dependência estética — facto que por si só não representa qualquer demérito -, se tornaria num dos mais convulsivos importadores de música durante mais dois séculos. Hábito que, aliás, remonta ao reinado de D. João IV, no frémito de constituir a sua tão decantada quanto ecléctica colecção musical.
Neste sentido, os arquivos portugueses conservam inúmeras páginas de música (óperas, música religiosa e instrumental) absolutamente inéditas, ou em cópias que em muito tornam interessantes as comparações que se podem desprender do confronto entre estas e os manuscritos italianos espalhados dentro e fora da península.

Sérgio Dias, Nápoles/Lisboa, inverno de 2003

Ensemble Turicum

Fundado em 1990 pelo cantor brasileiro Luiz Alves da Silva, o Ensemble Turicum [Turicum é o nome latino de Zurich] consagra a sua actividade à redescoberta, ao relance e à interpretação com a maior autenticidade possível da música de câmara e vocal da época barroca, executada com instrumentos históricos. Os seus membros têm uma longa experiência de colaboração com numerosos conjuntos barrocos de renome internacional (entre outros: Hesperion XX, a Capella Reial Barcelona, a Folia Madrid, Concerto Këln, Clemencic Conzert Wien, Ensemble 415 Genève).

O Ensemble Turicum, na sua formação de base, é composto por um quarteto de cordas, um instrumento de baixo contínuo e um cantor solista. Naturalmente, consoante os programas, convida outros cantores ou instrumentalistas para completar o conjunto. Entre as múltiplas actividades do Ensemble Turicum, destaca-se uma digressão pela Alemanha, em 1990, com as “Lamentações de Jeremias” no programa. Este programa compreendia música vocal de Antonio Vivaldi, por ocasião do 250º aniversário da sua morte, apresentado ao público em várias cidades suiças, uma representação do “Stabat Mater” de G.B. Pergolesi, com a participação da conhecida soprano espanhola, Isabel Rey. Para além dos célebres compositores já citados, o Ensemble Turicum sempre se preocupou em apresentar obras escolhidas de mestres menos conhecidos como, por exemplo, peças de Christian Geist, Francisco Vias, Domenico Gherardeschi e outros.

(extraído do encarte)

Giovanni Battista Pergolesi (Iesi, 1710-Pozzuoli, 1736)
01. Messa a 5 Voci – 1. Kyrie
02. Messa a 5 Voci – 2. Christe
03. Messa a 5 Voci – 3. Gloria
04. Messa a 5 Voci – 4. Laudamus (Soprano)
05. Messa a 5 Voci – 5. Gratias
06. Messa a 5 Voci – 6. Domine Deus (Soprano/Alto)
07. Messa a 5 Voci – 7. Qui tollis
08. Messa a 5 Voci – 8. Quoniam (Soprano)
09. Messa a 5 Voci – 9. Cum Sancto Spiritu
Leonardo Leo (San Vito, 1694-Napoli, 1744)
10. Sinfonia “Il Demetrio” – 1. Allegro
11. Sinfonia “Il Demetrio” – 2. Andantino
12. Sinfonia “Il Demetrio” – 3. Allegro
Antonio Galassi (Italie, c.1750-Portugal, 1790)
13. Te Deum – 1. Te Deum Laudamus
14. Te Deum – 2. Te gloriosus Apostolorum chorus
15. Te Deum – 3. Tu Patris sempiternus
16. Te Deum – 4. Tu devicto
17. Te Deum – 5. Tu ergo quaesumus
18. Te Deum – 6. Aeterna fac cum sanctis tuis
19. Te Deum – 7. Fiat misericordia
20. Te Deum – 8. In te Domine speravi
David Perez (Napoli, 1711-Lisboa, 1778)
21. Trio – 1. Andante
22. Trio – 2. Minuete

Ensemble Turicum: Musique napolitaine des archives portugaises – 2004
Luiz Alves da Silva & Mathias Weibel

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320 kbps .mp3 – 154,7 MB – 58,6 min
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Boa audição.

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Avicenna

Paulo Gracindo diz • 1975

zo88dzPaulo Gracindo declama a letra de grandes sucessos da música popular brasileira, acompanhado pelo Maestro Gaya.

 

Coisa sempre espantosa é o fenômeno que representa a força criadora da palavra, quando falada por Paulo Gracindo. E este disco de Paulo Gracindo pode abrir um caminho inédito para a música popular brasileira: o sentido da percepção e recuperação global da LETRA da canção popular.

Eu penso isso porque a verdade mesmo é que quando uma canção qualquer ganha a boca do povo ela acaba por incorporar-se aos mecanismos de automatização do inconsciente de cada um de nós; e de tal ordem e de tal força, que música e letra se tornam um bloco só, monolítico e coeso. E nisso, nessa integração “música + letra”, ou nessa indissocialibilidade de ambas , a LETRA da música acaba perdendo ao poucos sua força e, em algum casos, até anula-se por completo. Quantas vezes a gente mesmo se surpreende cantarolando uma canção conhecida sem sequer reparar no que ela transmite ou quer dizer?

E este disco prova exatamente isso; ele representa não apenas a valorização da estrutura literária contida na canção popular, senão também uma quase descoberta de alguns de seus valores poéticos até então não percebidos pela grande maioria dos ouvintes.

E ninguém melhor para recuperar todos esses valores tantas vezes perdidos que existem dentro de letras conhecidas da canção popular que esse mago da arte de dizer que é Paulo Gracindo.

Paulo Gracindo, a par de ser um dos melhores e mais rigorosamente completos atores do Brasil, é dono de voz privilegiada e famosíssima; não é a toa que desde as inesquecíveis novelas (ou dos auditórios) da Rádio Nacional nos anos 50, a voz de Paulo Gracindo já se incorporou ao patrimônio cultural deste País.

Neste disco, contudo, Paulo atinge a um momento definitivo na arte de sacralizar a palavra que emite; o artista celebra a palavra, dizendo-a com tal emoção, que cada uma por si só já tem quase sua força própria. E todas elas juntas em frases, em versos, em estrofes, quando ditas por Paulo Gracindo, atingem a níveis inesperados em beleza e em liberação de cargas emocionais diversas.

(Ricardo Cravo Albin, 1975 – parcialmente extraído da contra-capa)

Paulo Gracindo diz
01. Meiga presença (Paulo Valdez/Otávio)
02. Chão de estrelas (Sylvio Caldas/Orestes Barbosa)
03. Com açucar, com afeto (Chico Buarque de Hollanda)
04. Prá você (Silvio Cesar)
05. Por causa desta cabocla (Ary Barroso/Luiz Peixoto)
06. O mais que perfeito (Jards Macalé/Vinicius de Moraes)
07. Viagem (João de Aquino/Paulo Cesar Pinheiro)
08. Estrada branca (Antonio Carlos Jobim/Vinicius de Moraes)
09. Valsinha (Vinicius de Moraes/Chico Buarque de Hollanda)
10. Preciso aprender a ser só (Marcos Valle/Paulo Sérgio Valle)
11. Maria (Ary Barroso/Luiz Peixoto)
12. Suas mãos (Antonio Maria/Pernambuco)

Paulo Gracindo diz – 1975
LP de 1975, emprestado pelo meu amigo Oscar Iskin (não tem preço!) e digitalizado por Avicenna.

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MP3 320 kbps – 73,2 MB – 34,0 min
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Boa audição.

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Avicenna

Bernstein / Carreño / Castellanos / Estévez / Ginastera / Márquez / Revueltas / Romero: Gustavo Dudamel – Fiesta

Bernstein / Carreño / Castellanos / Estévez / Ginastera / Márquez / Revueltas / Romero: Gustavo Dudamel – Fiesta

Dudamel, grande revelação da regência da atualidade e figurinha repetida daqui do blog não? Mas sempre é bom falar mais um pouco sobre ele.

Dudamel já foi abençoado pela santíssima trindade da regência da capital musical do planeta, Berlim. Claudio Abbado, o mítico maestro da Filarmônica entre 1989 e 2002, viajou várias vezes à Venezuela para reger a Orquestra Sinfônica Juvenil Simón Bolívar, com a qual Dudamel tem percorrido o planeta. Sir Simon Rattle, sucessor de Abbado na Filarmônica, chamou o jovem de “o maestro mais dotado que já vi”, e dividiu com ele o pódio da turnê norte-americana da Simón Bolívar. Daniel Barenboim, diretor da Ópera de Berlim, atuou como pianista sob a batuta do jovem prodígio, ao lado da Filarmônica de Viena, e o convidou a reger em seu teatro. Se Dudamel é bom para Abbado, Rattle e Barenboim, é bom também para a gravadora Deutsche Grammophon. Além de um DVD, com um concerto em homenagem ao aniversário do papa Bento XVI, o mais prestigiado selo clássico do planeta já lançou três discos do prodígio venezuelano: um com a Filarmônica de Los Angeles, no Concerto para Orquestra, do húngaro Béla Bartók, e dois regendo a Simón Bolívar em sinfonias de Beethoven e Mahler.

Achei esse CD quase completo, se tirassem Sensemaya , que é um pé no saco o resto é a mais bela das coisas. Neste CD também entram o Danzón Nº 2 também figura repetida do blog mais a desse CD é incrível ! Na música o tema principal é tocado várias vezes em tons diversos e em variações do tema principal. Essa música poderia até ser um pé no saco, mas Dudamel consegue deixar a música orgãnica, ou seja, que seja de compreenção de todos e ainda por cima sem ficar chata. Além disso a música é altamente sincopada, o que realmente te dá uma vontade de dançar. (Será que é por isso que se chama Danzón?)

Fuga con Pajarillo.  Na composição musical o tema é repetido por outras vozes que entram sucessivamente e continuam de maneira entrelaçada. Começa com um tema, declarado por uma das vozes isoladamente. Uma segunda voz entra, então, “cantando” o mesmo tema mas noutra tonalidade, enquanto a primeira voz continua desenvolvendo com um acompanhamento contrapontista. As vozes restantes entram, uma a uma, cada uma iniciando com o mesmo tema. O restante da fuga desenvolve o material posterior utilizando todas as vozes e, usualmente, múltiplas declarações do tema. Ouça e entenderás…

Depois entra as quatro danças do balé Estância, do arentino Alberto Ginastera, cuja articulação rítmica impressiona tanto pela percussão quanto pela unicidade das cordas. Composto de 4 faixas :Los Trabajadores Agricolas, Danza del trigo, Los peones de hacienda e Danza Final.

Após esse turbilhão vem o conhecido Mambo, de West Side Story, de Bernstein, é conhecida para caramba.

Então, é isso.

Trechos do texto acima tirados daquidaqui.

Gustavo Dudamel – Orquestra Simon Bolívar – Fiesta

01 – Revueltas – Sensemaya
02 – Carreño -Margaritena
03 – Estévez  – Melodia en El Llano
04 – Marquéz –  Danzón Nª 02
05 – Romero – Fuga con Pajarillo
06 – Ginastera – Los Trabajadores Agricolas
07 – Ginastera – Danza del trigo
08 – Ginastera – Los peones de hacienda
09 – Ginastera – Danza Final
10 – Castellanos – Santa Cruz de Pacairigua
11 – Bernstein – Dance from West Side Story ( Mambo )

Orquestra Simón Bolívar
Gustavo Dudamel – Regente

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Hum... Bem, deixa assim.
Hum… Bem, deixa assim.

Gabriel Clarinet
Repostado por PQP
Trepostado por Bisnaga

O Cantochão dos Mercedários do Grão-Pará

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Este CD foi gravado pelo Coral da Fundação Carlos Gomes, dirigido pela maestrina cubana Maria Antonia Jimenez Rodriguez, produzido em parceria com a SECULT, e reúne, até então, a inédita música sacra cantada na Amazônia nos primeiros tempos de sua integração ao universo cultural europeu.

 

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O cantochão dos mercedários do Pará

Em janeiro de 1992 tomei conhecimento da existência desta raríssima obra do cantochanista paraense João da Veiga, oferecida pelo alfarrabista lisboeta J. A. Telles da Sylva no seu Boletim 0046, novembro de 1961, por moeda equivalente a 1,500 dólares.

O livro, todo escrito em latim, tem o longo título RnuALL / SACRI, REGALIS, AC MII IIARIS ()FUNIS / B. V Mari de Mercede / Redemptionis Captivorum, / ad usum / fratum ejusdem ordnis, / in Congregatione Magni Paraensi commorantium,/ Jussu / R. P Praedicatoris fr. Joannis da Veiga, in Civitate Paraensi ejusdem Ordinis Commendatoris elaboratum, & lucem editum [etc.]. Traduzido: Ritual da Sagrada e Real Ordem Militar de Nª. Sª. das Mercês, da Redenção dos Cativos, para uso dos frades da mesma ordem, residentes na Congregação do Pará, por mandado do R. P Pregador Fr. João da Veiga, Comendador da mesma ordem, na cidade do Pará.

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Como na ocasião não dispunha daquela apreciável soma, tentei interessar na aquisição do raríssimo antifonário instituições do Pará. Concretizada a aquisição, teríamos de volta ao nosso Estado o mais antigo documento musical localizado, obra do século XVIII, o que situa a documentação da música sacra praticada no Grão-Pará na contemporaneidade, por exemplo, do barroco mineiro, o maior foco de criação artístico-musical remanescente no continente americano.

Nossa contribuição, comparativamente, é bem modesta, Mas, o livro de João da Veiga comprova a extensão da prática da música religiosa, no caso o cantochão, às plagas amazônicas, com tão abundantes referências na literatura dos cronistas coloniais, recolhidas no meu livro A Música e o Tempo no Grão- Pará, publicado em 1980.

Vicente Salles. Brasília, 14 de outubro 2003 (extraído do encarte)

O Cantochão dos Mercedários do Grão-Pará
Autor desconhecido, compilado por Frei João da Veiga, em 1780
01. Asperges me (Soprano: Marianne Lima)
02. Popule meus
03. Ave maris stella
04. Deprecationes
05. Sancti Petri Nolasci
06. Vivit Dominus
07. Veni, Sancte Spiritus
08. In Mari viae tuae
09. Sub tuum praesidium
10. Tota pulchra est Maria (Tenor: Heitor Carneiro)
11. Leitura do martirolólio na véspera da festa do fundador Pedro Nolasco (Soprano: Marianne Lima)
12. Martyrologium in vigilia nativitatis Domini (Barítono: Eduardo Nascimento)

O Cantochão dos Mercedários do Grão-Pará – 2003
Coral Carlos Gomes & Coro Infantil do Conservatório Carlos Gomes
Maestrina Maria Antonia Jiménez

Mais outro CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

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Boa audição.

musica-e-sonhos

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Avicenna

.: interlúdio :. Paulo Autran interpreta Carlos Drummond de Andrade

Paulo-AutranWEBPaulo Autran
interpreta crônicas e poemas de
Carlos Drummond de Andrade

 

Gravações realizadas na extinta e saudosa Rádio Eldorado de São Paulo, entre 1965 e 1966, para o programa “Cinco Minutos com Paulo Autran”. Longplay produzido em 1986.

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Paulo Autran interpreta Carlos Drummond de Andrade
01. Assalto
02. Cantiga de viúvo
03. Eterno
04. Consolo na praia
05. Poema de sete faces / Também já fui brasileiro
06. O mar visto uma vez
07. Resíduo
08. Sweet home
09. Anúncio de João Alves
10. Coração numeroso
11. Poesia
12. Cantando para si mesmo
13. José
14. Economia dos mares terrestres

Paulo Autran interpreta Carlos Drummond de Andrade – 1986

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XLD RIP | FLAC | 120,2 MB

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MP3 | 320 kbps | 57,5 MB

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LP de 1986 digitalizado por Avicenna.

Boa audição,

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Avicenna