Antonio Vivaldi – 6 Cello Sonatas, Op.14 – Christophe Coin, Christopher Hogwood, Ageet Zweistra, Tom Finucane

61Xii12+jTL._SS500_SS280Então agora teremos o terceiro e último CD da parceria Hogwood / Coin, que traz as seis sonatas para violoncelo, op. 14.  Outra baita gravação da L´Oiseau Lyre e que é meio que unanimidade como uma das melhores gravações já realizadas destas obras. Um cliente da amazon comentou que é difícil conceber outra forma de interpretação a estas peças.

Li, gostei e trago para vocês o comentário do crítico da conceituada revista Gramophone:

“Nine cello sonatas by Vivaldi have survived. Six of them were published as a set in Paris in about 1740; that set, mistakenly known as the composer’s Op. 14, contains the sonatas recorded in this release. The three remaining sonatas come from manuscript collections. All but one of the six works are cast in the slow-fast-slow-fast pattern of movements of the sonata da chiesa. The odd one out, RV46, in fact, retains the four movement sequence but inclines towards the sonata da camera in the use of dance titles.

The music of these sonatas is almost consistently interesting, often reaching high points of expressive eloquence, as we find, for example, in the justifiably popular Sonata in E minor, RV40. It is in slow movements,perhaps, that Vivaldi’s understanding of the instrument’s cantabile possibilities is most readily apparent; faster movements, on the other hand, are tautly and idiomatically constructed. Everywhere Vivaldi reveals a pleasing feel for gesture and, indeed it would seem at times, caricature. Some of the gestures are bold as, for instance, those which introduce the opening movement of the A minor, RV43, whereas others are more flamboyant. In short, there is a considerable variation in mood ranging from athletic high spirits to profound elegy.

Christophe Coin brings to life these details in the music with technical assurance and a spirit evidently responsive to its poetic content. Particularly affecting instances of this occur in the third movements of the A minor and the E minor Sonatas where Coin shapes each phrase, lovingly achieving at the same time a beautifully sustained cantabile. In the E minor, furthermore, the guitar accompaniment adds gilt to the gingerbread. Fast movements are played with disciplined panache and with lightly articulated bowing. Intonation is very sure for the most part yet occasionally even an artist of this calibre has difficulty in finding the centre of his notes. This was a weak area in the otherwise fine CRD account of the same sonatas given by Susan Sheppard and L’Ecole d’Orphee. Whilst Coin has the edge over Sheppard in technical matters I would not hesitate to place her interpretations on a comparable level. Coin can be more demonstrative and he is freer in his approach to ornaments, but both artists have highly developed feelings for the poignant content of the music. There is a greater variety of continuo colour in the new issue, for whereas Susan Sheppard is accompanied by cello and harpsichord, Coin has a baroque guitar, archlute, cello and harpsichord variously at his disposal; CRD, however, offer all nine sonatas on two discs (available separately).

To sum up, this is a difficult choice. I shall require both versions since not only does the music itself amply justify several interpretations but also both these performances are fine ones.”
— Nicholas Anderson, Gramophone [4/1989]

 

1 Sonata for cello and Continuo in B flat, RV.47: 1. Largo
2 Sonata for cello and Continuo in B flat, RV.47: 2. Allegro
3 Sonata for cello and Continuo in B flat, RV.47: 3. Largo
4 Sonata for cello and Continuo in B flat, RV.47: 4. Allegro
S Sonata for Cello and Continuo in F major, R.41: 1. Largo
6 Sonata for Cello and Continuo in F major, R.41: 2. Allegro
7 Sonata for Cello and Continuo in F major, R.41: 3. Largo
8 Sonata for Cello and Continuo in F major, R.41: 4. Allegro
9 Sonata for Cello and Continuo in A minor, R.43: 1. Largo
10 Sonata for Cello and Continuo in A minor, R.43: 2. Allegro poco
11 Sonata for Cello and Continuo in A minor, R.43: 3. Largo
12 Sonata for Cello and Continuo in A minor, R.43: 4. Allegro
13 Sonata for Cello and Continuo in B flat, R.45: 1. Largo
14 Sonata for Cello and Continuo in B flat, R.45: 2. Allegro
15 Sonata for Cello and Continuo in B flat, R.45: 3. Largo
16 Sonata for Cello and Continuo in B flat, R.45: 4. Allegro
17 Sonata for Cello and Continuo in E minor, R.40: 1. Largo
18 Sonata for Cello and Continuo in E minor, R.40: 2. Allegro
19 Sonata for Cello and Continuo in E minor, R.40: 3. Largo
20 Sonata for Cello and Continuo in E minor, R.40: 4. Allegro
21 Sonata for Cello and Continuo in B flat, R.46: 1. Preludio (Largo)
22 Sonata for Cello and Continuo in B flat, R.46: 2. Allemanda (Allegro)
23 Sonata for Cello and Continuo in B flat, R.46: 3. Largo
24 Sonata for Cello and Continuo in B flat, R.46: 4. Corrente (Allegro)

Christopher Hogwood – Harpsichord
Ageet Zweistra – Cello
Christophe Coin – Cello
Tom Finucane – Archlute

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Joseph Haydn – Trumpet Concerto in E Flat Major, Leopold Mozart – Trumpet Concerto in D Major,

FrontNa verdade quem deveria estar assinando esta postagem seria nosso colega Wellbach, trompetista profissional e professor do mesmo instrumento. Mas como sei que é difícil para ele encontrar um tempo em sua agenda, resolvi então escrever estas mal traçadas linhas.
Maurice Andre provavelmente é o maior de todos os trompetistas, me corrijam se eu estiver errado, e se existiu algum outro trompetista deste quilate, me apresentem, pelo menos neste repertório.
Imagino que o repertório para um trompetista concertista seja muito limitado, por este motivo as adaptações são necessárias, que o digam os concertos para Oboe de Mozart e de Haydn aqui tocados. E a própria transcrição deve ser muito complicada, pois tratam-se de dois instrumentos bem diferentes.
Peço ajuda aos universitários, digo ao Wellbach, para fazer algum outro comentário sobre as obras aqui interpretadas e sobre o músico.

01. Haydn – Trumpet Concerto in E flat major – 1 – Allegro
02. Haydn – Trumpet Concerto in E flat major – 2 – Andante Cantabile
03. Haydn – Trumpet Concerto in E flat major – 3 – Allegro

Bamberg Symphony Orchestra
Theodor Guschlbauer – Conductor

04. Leopold Mozart – Trumpet Concerto in D major – 1 – Adagio
05. Leopold Mozart – Trumpet Concerto in D major – 2 – Allegro moderato

Jean-François Paillard Chamber Orchestra
Jean-François Paillard – Conductor

06. Haydn – Oboe Concerto in C major – 1 – Allegro spirituoso
07. Haydn – Oboe Concerto in C major – 2 – Andante
08. Haydn – Oboe Concerto in C major – 3 – Rondo
09. Mozart – Oboe Concerto in C major – 1 – Allegro aperto
10. Mozart – Oboe Concerto in C major – 2 – Adagio non troppo
11. Mozart – Oboe Concerto in C major – 3 – Rondo

Franz Liszt Chamber Orchestra
Frygies Sándor – Conductor
Maurice André – Trumpet

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Carl Nielsen (1865-1931): Concerto para Violino e Sinfonia Nº4, “Inextinguível”

Carl Nielsen (1865-1931): Concerto para Violino e Sinfonia Nº4, “Inextinguível”

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Sibelius é considerado o grande compositor escandinavo da virada do século. Nada contra o grande careca, mas Nielsen merece ter sua posição revista, o cara foi genial e mereceria estar ao lado do finlandês. Seu Concerto para Violino e Orq. é belíssimo. Por alguma razão, é muito estimulante ouvi-lo. (Seria a introdução de plácidos temas folclóricos no primeiro movimento e seus desenvolvimentos?) E o excelente violinista Arve Tellefsen sendo regido pelo também violinista e lenda Yehudi Menuhin? Que show! O mesmo se pode dizer da Sinfonia Nº 4, Inextinguível, um petardo para ser tocado em um movimento. De peças que deveriam fazer parte do repertório de orquestras e conjuntos de sopros, Nielsen tem seis sinfonias — todas merecem ser conhecidas –, um Quinteto de Sopros e concertos para violino, flauta e clarinete.

Crescido no seio de uma família de poucos recursos financeiros, Nielsen foi maestro, violinista e professor da Real Academia de Música Dinamarquesa. Durante a sua vida, a reputação de Nielsen era considerada como marginal, tanto no seu país como internacionalmente. Apenas mais tarde é que os seus trabalhos foram incluídos no repertório internacional, sendo a década de 1960 um marco de aumento da sua popularidade através de Leonard Bernstein e outros. Na Dinamarca, a sua reputação ficou definitivamente marcada em 2006 quando três das suas composições passaram a ser consideradas nos Cânones da Cultura Dinamarquesa entre as doze grandes peças musicais da música daquele país. Durante muitos anos, sua imagem apareceu em notas de dinheiro dinamarquesas. O Museu Carl Nielsen em Odense, documenta a sua vida e a da sua mulher. Entre 1994 e 2009, a Real Biblioteca Dinamarquesa, completou a Edição Carl Nielsen, disponível na internet, contendo a história e as pautas dos trabalhos de Nielsen, algumas das quais nunca publicadas.

Carl Nielsen (1865-1931): Concerto para Violino
1. I Praeludium: Largo –
2. Allegro Cavalleresco
3. II Poco Adagio –
4. Rondo: Allegretto Scherzando

Carl Nielsen (1865-1931): Sinfonia Nº4, “Inextinguível”
5. I Allegro -/II Poco Allegretto –
6. III Poco Adagio Quasi Andante – Con Anima -/IV Allegro

Arve Tellefsen, violino
Royal Philharmonic Orchestra
Yehudi Menuhin

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Carl Nielsen num momento assim.
Carl Nielsen num momento assim.

PQP

Felix Mendelssohn (1809-1847): Piano Trios Nos. 1 & 2, Op. 49 e 66

Felix Mendelssohn (1809-1847): Piano Trios Nos. 1 & 2, Op. 49 e 66

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Os três são grandes solistas, porém, nesta gravação, Emanuel Ax, Itzhak Perlman e Yo-Yo Ma provam suas qualidades como músicos de câmara. Não há luta pela supremacia. Os músicos honram o fluxo da música e as melodias fluem suavemente do violoncelo para o violino e daí para o piano em qualquer ordem. Eles parecem vir da primavera, dando-nos vontade de cantar junto. A música é romântica, elegante e melódica, refinada como convém a um talentoso intelectual do século XIX, membro de uma rica família de banqueiros e intelectuais judeus da Europa Central.

Felix Mendelssohn (1809-1847): Piano Trios Nos. 1 & 2, Op. 49 e 66

1 Piano Trio No. 1 In D Minor, Op. 49: I. Molto Allegro E Agitato 9:59
2 Piano Trio No. 1 In D Minor, Op. 49: II. Andante Con Moto Tranquillo 6:15
3 Piano Trio No. 1 In D Minor, Op. 49: III. Scherzo: Leggiero E Vivace 3:52
4 Piano Trio No. 1 In D Minor, Op. 49: IV. Finale: Allegro Assai Appassionato 8:56

5 Piano Trio No. 2 In C Minor Op. 66: I. Allegro Energico E Con Fuoco 11:13
6 Piano Trio No. 2 In C Minor Op. 66: II. Andante Espressivo 6:41
7 Piano Trio No. 2 In C Minor Op. 66: III. Scherzo: Molto Allegro Quasi Presto 3:47
8 Piano Trio No. 2 In C Minor Op. 66: IV. Finale: Allegro Appassionato 8:25

Yo-Yo Ma, cello
Itzhak Perlman, violino
Emanuel Ax, piano

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Completando o texto, Mendelssohn depois converteu-se ao cristianismo
Completando o texto, Mendelssohn depois converteu-se ao cristianismo

PQP

.: interlúdios :. Dois Kennies, o Werner e o Wheeler, e uma confusão

.: interlúdios :. Dois Kennies, o Werner e o Wheeler, e uma confusão

Pois eu peguei dois CDs de Kenny Wheeler e botei para tocar no carro. Achei estranho. O primeiro não parecia ser de Wheeler. Ele estaria tocando uma música dos The Animals, House Of The Rising Sun? Mais do que estranho, mas mesmo assim era bom, muito bom até. Um sonzaço de big band. Aí fui ver e era de Kenny WERNER, de uma big band de Bruxelas. Fui ver o segundo e era mesmo de Wheeler. Os dois Kennies estão aí para vocês os compararem. Menos mal que não era o Kenny G.

Duas excelentes big bands para esta terça-feira.

Kenny Werner & Brussels Jazz Orchestra – Institute of Higher Learning (2011)

1. Cantabile 1st 10:46
2. Cantabile 2nd 10:53
3. Cantabile 3rd 6:28
4. Second Love Song 7:46
5. House Of The Rising Sun 10:11
6. Compensation 13:00
7. Institute Of Higher Learning 10:24

Personnel:
Kenny Werner: piano; Peter Hertmans: guitar; Jos Machtel: double bass; Martijn Vink: drums; Frank Vaganee: artistic director, lead alto and soprano saxphones; Dieter Limbourg: alto and soprano saxophones, clarinet, flute; Kurt Van Herck: tenor saxophone, flute; Bart Defoort: tenor saxophone, clarinet; Bo Van der Werf: baritone saxophone, bass clarinet; Serge Plume: lead trumpet, flugelhorn; Nico Schepers: trumpet, flugelhorn; Pierre Drevet: trumpet, flugelhorn; Joeroen Van Malderen: trumpet, flugelhorn; Marc Godfried: lead trombone; Lode Mertens: trombone; Ben Fleerakkers: trombone; Laurent Hendrick: bass trombone.

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Kenny Wheeler Big Band – The Long Waiting (2012)

1. Canter N.6 [04:18]
2. Four, Five, Six [09:50]
3. The Long Waiting [07:27]
4. Seven, Eight, Nine [05:33]
5. Enowena [11:23]
6. Comba N.3 [07:58]
7. Canter N.1 / Old Ballad [14:11]
8. Upwards [07:47]

Personnel:

John Parricelli – Guitar
Julian Arguelles – Soprano & Tenor Sax
Martin France – Drums
John Taylor – Piano
Kenny Wheeler – Trumpet, Flugelhorn
Pete Churchill – Conductor
Diana Torto – vocals
Ray Warleigh – Alto Sax
Duncan Lamont – Alto Sax
Stan Sulzmann – Tenor Sax
Julian Siegel – Tenor Sax
Henry Lowther – Trumpet
Derek Watkins – Trumpet
Tony Fisher – Trumpet
Nick Smart – Trumpet
Mark Nightingale – Trombone
Barnaby Dickinson – Trombone
Dave Horler – Trombone
Dave Stewart – Bass Trombone
Chris Laurence – Bass

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Werner
Werner
Wheeler
Wheeler

PQP

Franz Joseph Haydn (1732-1809): Cello Concertos / Sinfonia concertante

Franz Joseph Haydn (1732-1809): Cello Concertos / Sinfonia concertante

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Difícil encontrar melhores gravações destes concertos. Steven Isserlis e Roger Norrington fazem misérias nos belíssimos concertos de Haydn e na Concertante. Não é nada surpreendente o fato deste CD ter aparecido em todas as listas de melhores do ano quando de seu lançamento. Equilíbrio, musicalidade, senso de estilo, tudo parece ter sido minuciosamente pensado e executado. Um CD para se ouvir por anos.

(A imagem acima é a do CD relançado, que inclui a Sinfonia Nº 13. Utilizamos o CD completo da primeira edição, sem esta pequena faixa única da 13ª).

Franz Josef Haydn (1732-1809):
Cello Concertos / Sinfonia concertante

1. Cello Concerto No. 1 in C major, H. 7b/1: 1. Moderato
2. Cello Concerto No. 1 in C major, H. 7b/1: 2. Adagio
3. Cello Concerto No. 1 in C major, H. 7b/1: 3. Allegro molto

5. Cello Concerto No. 2 in D major, H. 7b/2 (Op. 101): 1. Allegro moderato
6. Cello Concerto No. 2 in D major, H. 7b/2 (Op. 101): 2. Adagio
7. Cello Concerto No. 2 in D major, H. 7b/2 (Op. 101): 3. Rondo. Allegro

8. Sinfonia Concertante for violin, cello, oboe, bassoon & orchestra, H. 1/105: 1. Allegro
9. Sinfonia Concertante for violin, cello, oboe, bassoon & orchestra, H. 1/105: 2. Andante
10. Sinfonia Concertante for violin, cello, oboe, bassoon & orchestra, H. 1/105: 3. Allegro con spirito

Steven Isserlis, violoncelo
Chamber Orchestra of Europe
Roger Norrington

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Sir Roger Norrington: trabalho esplêndido
Sir Roger Norrington: trabalho esplêndido

PQP

Richard Strauss (1864-1949) – Don Juan Op. 20, Tod und Verklärung, Op.24, Salome Op. 54 Dance of the Seven Veils, 4. Till Eulenspiegels lustige Streiche Op. 28

FrontDescaradamente wagnerianas, as obras deste CD fazem parte da coleção ‘Klemperer Legacy’ da EMI, e não por acaso uma das caixas é dedicada a Wagner, sendo este o quinto cd da dita caixa.
Como não poderia deixar de ser, Klemperer está muito a vontade com este repertório, e cada vez que ouço uma gravação sua me convenço ainda mais de que foi um dos grandes regentes do século XX. Este é um daqueles cds que não cansamos de ouvir.

1. Don Juan Op. 20
2. Tod und Verklärung, Op.24
3. Salome Op. 54 Dance of the Seven Veils
4. Till Eulenspiegels lustige Streiche Op. 28 (1998 Digital Remaster)

Philharmonia Orchestra
Otto Klemperer – Conductor

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Klemperer Legacy – Richard Wagner – CD 4 de 5 – Otto Klemperer, New Philharmonia Orchestra

Front1. Die Walküre, ACT 3, Dritte Szene Leb’ wohl, du kühnes, herrliches Kind! (Wotan’s farewell) (1991 Digital Remaster)
2. Wesendonk Lieder (orch. Mottl) Der Engel
3. Wesendonk Lieder (orch. Mottl) Stehe still
4. Wesendonk Lieder (orch. Mottl) Im Treibhaus
5. Wesendonk Lieder (orch. Mottl) Schmerzen
6. Wesendonk Lieder Träume (2006 – Remaster)
7. Tristan und Isolde, Act 3, Scene 3 Mild und leise wie er lächelt (Isoldes Liebestod Isolde)
8. Metamorphosen Studie für 23 Solostreicher (1999 – Remaster)

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Klemperer Legacy – Richard Wagner – Cd 3 de 5 – Otto Klemperer, New Philharmonia Orchestra

Front

1. Die Walküre Vorspiel Prelude Prélude (Orchester)
2. Die Walküre, Erste SzeneScene 1Première Scène Wes Herd dies auch sei (Siegmund)
3. Die Walküre, Erste SzeneScene 1Première Scène Einen Unseligen labtest du (Siegmund Sieglinde))
4. Die Walküre, Zweite Szene Scene 2.Deuxième Scène Müde am Herd fand ich den Mann (Sieglinde)
5. Die Walküre, Zweite SzeneScene 2.Deuxième Scène Friedmund darf ich nicht heißen (Siegmund)
6. Die Walküre, Zweite Szene Scene 2.Deuxième Scène Die so leidig Los dir beschied (Sieglinde Hunding Siegmund)
7. Die Walküre, Zweite Szene Scene 2.Deuxième Scène Ich weiss ein wildes Geschlecht (Hunding)
8. Die Walküre, Dritte Szene Scene 3Troisième Scène Ein Schwert verheiß mir der Vater (Siegmund)
9. Die Walküre, Dritte Szene Scene 3 Troisième Scène Schläfst du, Gast (Sieglinde)
10. Die Walküre, Dritte Szene Scene 3Troisième Scène Winterstürme wichen dem Wonnemond (Siegmund)
11. Die Walküre, Dritte Szene Scene 3Troisième Scène Du bist der Lenz (Sieglinde)
12. Die Walküre, Dritte Szene Scene 3Troisième Scène O süßeste Wonne! Seligstes Weib! (Siegmund)
13. Die Walküre, Dritte Szene Scene 3Troisième Scène Siegmund heiß’ ich und Siegmund bin ich! (Siegmund Sieglinde)

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J.S. Bach (1685-1750): Cantatas Seculares BWV 210 e 204

J.S. Bach (1685-1750): Cantatas Seculares BWV 210 e 204

Mais um bom CD de Cantatas de Bach. Grande trabalho do soprano Dorothea Röschmann, do excelente Les Violons Du Roy e de Bernard Labadie. A BWV 210 é imensa, dura mais de 30 minutos e a 204 não lhe fica muito atrás em dimensões e qualidade. A Cantata é o gênero mais importante de música de câmara vocal do período barroco, o principal elemento musical do culto luterano. Desde o final do século XVIII, o termo foi aplicado a uma ampla variedade de obras, sacras e seculares, na maioria para coro e orquestra, desde as cantatas de Beethoven por ocasião da morte e sucessão de imperadores, até as cantatas soviéticas patrióticas de Shostakovich.

J.S. Bach (1685-1750): Cantatas Seculares BWV 210 e 204

1 O holder Tag, erwunschte Zeit, BWV 210: Recitative: O holder Tag, erwunschte Zeit 1:02
2 O holder Tag, erwunschte Zeit, BWV 210: Aria: Spielet, ihr beseelten Lieder 7:00
3 O holder Tag, erwunschte Zeit, BWV 210: Recitative: Doch, haltet ein, ihr munter Saiten 1:11
4 O holder Tag, erwunschte Zeit, BWV 210: Aria: Ruhet hie, matte Tone 6:24
5 O holder Tag, erwunschte Zeit, BWV 210: Recitative: So glaubt man denn, dass die Musik verfuhre 2:09
6 O holder Tag, erwunschte Zeit, BWV 210: Aria: Schweigt, ihr Floten, schweigt, ihr Tone 4:11
7 O holder Tag, erwunschte Zeit, BWV 210: Recitative: Was Luft? was Grab? 1:46
8 O holder Tag, erwunschte Zeit, BWV 210: Aria: Grosser Gonner, dein Vergnugen 3:09
9 O holder Tag, erwunschte Zeit, BWV 210: Recitative: Hochteurer Mann, so fahre ferner fort 1:22
10 O holder Tag, erwunschte Zeit, BWV 210: Aria: Seid begluckt, edle beide 5:33

11 Ich bin in mir vergnugt, BWV 204: Recitative: Ich bin in mir vergnugt 1:47
12 Ich bin in mir vergnugt, BWV 204: Aria: Ruhig und in sich zufrieden 7:13
13 Ich bin in mir vergnugt, BWV 204: Recitative: Ihr Seelen, die ihr ausser euch 2:03
14 Ich bin in mir vergnugt, BWV 204: Aria: Die Schatzbarkeit der weiten Erden 4:15
15 Ich bin in mir vergnugt, BWV 204: Recitative: Schwer ist es zwar, viel Eitles zu besitzen 2:22
16 Ich bin in mir vergnugt, BWV 204: Aria: Meine Seele sei vergnugt 6:27
17 Ich bin in mir vergnugt, BWV 204: Recitative – Arioso: Ein edler Mensch ist Perlenmuscheln gleich 2:35
18 Ich bin in mir vergnugt, BWV 204: Aria: Himmlische Vergnugsamkeit 4:16

Dorothea Röschmann, soprano
Les Violons Du Roy
Bernard Labadie

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Felizes e de boas: Le Violons du Roy
Felizes e de boas: Le Violons du Roy

PQP

Klemperer Legacy – Richard Wagner – CD 2 de 5 – Otto Klemperer, New Philharmonia Orchestra

Front

O nosso mentor PQPBach reclamou que não havia texto nesta postagem então resolvi escrever alguma coisa. E escrevi isso aqui.

1. Der Fliegende Holländer – Overture (2002 – Remaster)
2. Das Rheingold – Entry of the Gods into Valhalla (2002 – Remaster)
3. Die Walküre – Ride of the Valkyries (2002 – Remaster)
4. Siegfried Idyll (2002 – Remaster)
5. Siegfried – Forest Murmurs (2002 – Remaster)
6. Götterdämmerung – Siegfried’s Rhine Journey (2002 – Remaster)
7. Götterdämmerung – Siegfried’s Funeral March, Act III (2002 – Remaster)
8. Tristan und Isolde – Prelude and Liebstod (2002 – Remaster)

New Philharmonia Orchestra
Otto Klemperer – Conductor

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dutchman_01
Montagem do ‘Holandês Voador’ no Madison Square Garden

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Quarteto No. 9 K.169, Quarteto No. 18 K. 464 e Quarteto No. 22 K. 589

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Quarteto No. 9 K.169, Quarteto No. 18 K. 464 e Quarteto No. 22 K. 589

O Quarteto de Cordas é uma forma musical inventada por F. J. Haydn. Poucas coisas parecem ter dado tão certo. Ele foi adotado imediatamente pela maioria dos compositores e mais: mostrou-se como o espaço ideal para experimentações. Beethoven, Bartók, Shosta, Mozart, Schubert, Ligeti, poucos foram grandes sem utilizar o quarteto. Até o Titanic tinha um!

Mozart foi um dos grandes do gênero que, na época, ainda copiava a estrutura básica de quatro movimentos da sinfonia clássica: um movimento rápido inicial, um lento, um minueto e outro rápido para fechar. Logo depois, tudo mudou. O Armida é um excelente quarteto e seu Mozart é ótimo. Parece ser formado por dois casais que se relacionam amorosamente. Um perigo, pois falta o cara mais velho que acalma todo mundo. Espero que nunca briguem!

O primeiro violinista é casado com a violista. E parece que o violoncelista namora o segundo violino. Confusão à vista.
O primeiro violinista é casado com a violista. E parece que o violoncelista namora o segundo violino. Confusão à vista.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Quarteto No. 9 K.169, Quarteto No. 18 K. 464 e Quarteto No. 22 K. 589

String Quartet No. 9 in A Major, K.169
01. I. Molto adagio
02. II. Andante
03. III. Menuetto
04. IV. Rondeau. Allegro

String Quartet no. 18 in A major, K. 464
05. I. Allegro
06. II. Menuetto-Trio
07. III. Andante
08. IV. Allegro non troppo

String Quartet No. 22 in B Flat Major K. 589
09. I. Allegro
10. II. Larghetto
11. III. Menuetto-Moderato
12. IV. Allegro assai

Armida Quartett

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Armida Quartett: duas belas baixinhas e dois caras grandes
Armida Quartett: duas belas baixinhas e dois caras grandes

PQP

L’Arpeggiata e Phillipe Jaroussky, contratenor: Icônes du Seicento – ao vivo (2009)

Icones du SeicentoEntrei em contato com o grupo L’Arpeggiata aos poucos, através de postagens esparsas dos colegas do blog, como esta, esta, e esta.

Gostei de imediato, mas foi só a partir da terceira que me percebi em risco de ficar viciado. Comecei a ver tudo que é vídeo do grupo no YouTube, e foi aí que viciei mesmo: a paixão contida porém visível com que os músicos tocam, o bom humor e discreta teatralidade aqui e ali, e sobretudo o encanto visual dos instrumentos fazem do L’Arpeggiata algo ainda mais rico quando se vê, além de ouvir.

Talvez seja por isso que este lindo trabalho com peças italianas dos anos 1600 nem foi lançado em CD, apenas em vídeo. As faixas disponibilizadas aqui foram extraídas do vídeo. – Mas então por que postar no PQP, se já está no YouTube? – alguém poderá perguntar… e eu responderei: há abundância de ocasiões em que não se pode ver mas se gostaria de ouvir – e nessas ocasiões é prático ter o material dividido em faixas, não é?

Falando de faixas… das cantadas pelo extraordinário contratenor que é Jaroussky, minhas preferidas são a 07 (onde faz valer o sentido das palavras ‘Oh gloriosa senhora!), 09, 11 (Stabat Mater) e 13 (um setting por Monteverdi do tratado de instrumentação da antiguidade que é o Salmo 150). Jaroussky também é magnífico na faixa tratada com mais liberdade estilística, que é a versão jazzy de outra peça de Monteverdi (faixa 15), onde me encantam especialmente os efeitos à Louis Armstrong extraídos do cornetto pelo californiano Doron Sherwin – que, de resto, empresta brilho a quase todas as faixas. Mas quem compete seriamente com Jaroussky pelo estrelato máximo do show é o violinista Alessandro Tampieri, sobretudo nas faixas 06, 08 e 12. E não se deve deixar de mencionar a bela toccata de G. Kapsberger, à qual o grupo deve seu nome, solada à tiorba por sua diretora, a austríaca Christina Pluhar (faixa 10). Espiem lá!

Palhinha: um bis de Monteverdi em versão jazzy (faixa 15)

Philippe Jaroussky com L’Arpeggiata
ICONES DU SEICENTO – ao vivo / live

01 Abertura do vídeo: vinheta da faixa 10 (instrumental) – 01’00
02 Anônimo – Ninna nanna al bambino Gesù – 05’34
03 Maurizio Cazzati – Ciaccona (instrumental) – 03’36
04 Benedetto Ferrari – Queste pungenti spine – 03’16
05 Maurizio Cazzati – Passacaglia (instrumental) – 03’32
06 Pandolfo Mealli – La vinciolina (instrumental) – 02’12
07 Ignazio Donati – O gloriosa domina – 04’00
08 Marco Uccellini – La Luciminia contenta (instrumental) – 04’02
09 Luigi Rossi – Lasciate averno – 06’07
10 Girolamo Kapsberger – Toccata l’Arpeggiata (instrumental) – 02’35
11 Giovanni Felice Sances – Stabat mater dolorosa – 07’00
12 Antonio Bertali – Ciaccona (instrumental) – 04’32
13 Claudio Monteverdi – Laudate Dominum (Salmo 150) – 04’17
14 Anônimo – Ciaccona di paradiso et dell’Inferno – 03’36
15 Claudio Monteverdi – Ohimè, ch’io cado – versão jazzy – 04’19
16 Domenico Maria Melli – Dispiegate, guance amate – 02’05
17 Claudio Monteverdi – Sì dolce è’l tormento – 04’38
__

Philippe Jaroussky – contratenor

L’Arpeggiata
Christina Pluhar, tiorba e direção
• Alessandro Tampieri, violino
• Doron Sherwin, corneto
• Eero Palviainen, arquialaúde e guitarra barroca
• Charles Edouard Fantin, alaúde, guitarra barroca
• Margit Übellacker, saltério
• Haru Kitamika, órgão, cravo
• Richard Myron, violone
• Michèle Claude, percussão

Gravado na Abadia de Ambronay, França, em 18 de setembro de 2008,
dentro do 29º Festival de Ambronay

Website do conjunto: http://www.arpeggiata.com

Material não lançado em CD
Áudio extraído do vídeo disponível no YouTube, código ?v=KFRMwgQLHLk
Directed by Olivier Simonnet © Broadcast by Mezzo, 2008

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Ranulfus

Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893): Symphony Nº2 in C Minor, op 17 ‘Little Russian’ / Modest Mussorgsky (1839-1881): Night on the Bare Mountain, Pictures at an Exhibition – Bournemouth Symphony Orchestra, Karabitz

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À PEDIDOS, TRAGO NOVO LINK DESTA GRAVAÇÃO.

Vamos deixar um pouco de lado o clarinete e vamos voltar então para este instrumento maior chamado Orquestra. E temos aqui dois mestres da orquestração, Tchaikovsky e Mussorgsky, dois russos sim, contemporâneos sim, mas com linguagens diferentes.

A Segunda Sinfonia apareceu pouco aqui no PQPBach, ao contrário de suas irmãs mais conhecidas, como a Quarta, Quinta e Sexta Sinfonias, consideradas as obras primas de Tchaikovsky no gênero. Não quero me ater a questão de melhor ou pior, apenas mostrar uma obra não tão conhecida.

Muito se tem falado na Ucrânia nas últimas semanas, graças à intervenção russa que está ocorrendo naquela região, mais especificamente na Criméia. Pois sem saber até então, estou trazendo para os senhores uma obra que tem tudo a ver com aquela região. Segundo o booklet que acompanha esse cd, Tchaikovsky compôs essa sinfonia enquanto visitava sua irmã que morava em cidade chamada Kamenka, situada na Ucrânia, e que era então conhecida como “Little Russia”, daí vindo portanto a denominação da obra, apesar de que o apelido foi dado por um crítico da época, mais devido ao uso que Tchaikovsky fez de temas folclóricos daquela região do que necessariamente ao “engajamento” do compositor às questões nacionalistas, presente em obras de Borodin, Rimsky-Korsákov, Mussorgsky, Cuy e Balakirev.

E é exatamente com Mussorgsky que o cd se completa. Temos então duas obras primas desse compositor tão singular: A Night on the Bare Mountain e a sensacional “Pictures at Exhibition”, em sua versão orquestral para fechar com chave de ouro esse excelente cd, que traz o jovem maestro ucraniano Kirill Karabits frente à ótima Bournemouth Symphony Orchestra. Um belo cd, para se ouvir com calma e atenção, na nossa melhor poltrona, apreciando um bom vinho.

Pyotr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) –
Symphony nº2 in C Minor, op 17 ‘Little Russian’ –
Modest Mussorgsky (1839-1881) – Night on the Bare Mountain (original version), Pictures at an Exhibition
Bournemouth Symphony Orchestra, Karabitz

01 – Tchaikovsky – Symphony No.2 in C minor (‘Little Russian’), Op.17 – I. Andante sostenuto – Allegro vivo
02 – Tchaikovsky – Symphony No.2 in C minor (‘Little Russian’), Op.17 – II. Andantino marziale, quasi moderato
03 – Tchaikovsky – Symphony No.2 in C minor (‘Little Russian’), Op.17 – III. Scherzo. Allegro molto vivave
04 – Tchaikovsky – Symphony No.2 in C minor (‘Little Russian’), Op.17 – IV. Finale. Moderato assai – Allegro vivo
05 – Mussorgsky – Night on the Bare Mountain
06

– 20 – Mussorgsky – Pictures at an Exhibition

Bournemouth Symphony Orchestra
Kirill Karabits – Conductor

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FDPBach

Camile Saint-Saens – Cello Concertos nº 1 & 2, Suite for Cello & Orchestra, op. 16, Allegro Apassionato, op. 43 – Christine Walevska, Inbal

61OeCgh7peLHoje trago um baita CD com uma violoncelista que até então me era desconhecida, Christine Walevska, que toca primorosamente os dois concertos para Violoncelo de Camile Saint-Säens e também a pouco executada Suite para Violoncelo e Orquestra. O acompanhamento de Eliahu Inbal também é primoroso, a frente da excelente orquestra da Orquestra do Teatro Nacional de Monte Carlo.
Fui procurar informações sobre Christine Walevska e me surpreendi com os comentários. Já foi chamada de ‘A Deusa do Violoncelo’ e  Arthur Rubinstein certa vez comentou que o som de seu instrumento o deixava sem ar, além de gigantes do nível de Jascha Heifetz que também a consideravam uma excepcional musicista. Diversos compositores dedicaram concertos a ela, como Kachaturian.

1. Cello Concerto No. 1 in A minor, Op. 33
2. Cello Concerto No. 2 in D minor, Op. 119: Allegro moderato e maestoso – Andante sostenuto
3. Cello Concerto No. 2 in D minor, Op. 119: Allegro non troppo – Molto allegro
4. Suite for cello & orchestra, Op. 16bis: Prélude (Moderato assai)
5. Suite for cello & orchestra, Op. 16bis: Sérénade (Andantino)
6. Suite for cello & orchestra, Op. 16bis: Gavotte (Allegro non troppo)
7. Suite for cello & orchestra, Op. 16bis: Romance (Molto adagio)
8. Suite for cello & orchestra, Op. 16bis: Tarantelle (Presto non troppo)
9. Allegro appassionato, for cello & piano (or orchestra) in B minor, Op. 43

Christine Walevska – Cello
Orchestre National de L’Opera de Monte Carlo
Eliahu Inbal – Conductor

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.: interlúdio :. Richard Galliano Septet – Piazzolla Forever

51C+9yZfJRLO excelente acordeonista francês Richard Galliano meio que incorporou Astor Piazzolla neste CD, em que dá um show de versatilidade, talento e virtuosismo. Detalhe: a gravação foi realizada ao vivo, com direito a palmas e tudo.
Na verdade, ele consegue dar um toque mais europeu, menos portenho, à obra do fantástico Piazzolla, mas isso não significa que estou depreciando este CD, ao contrário, o vejo como uma releitura, uma livre adaptação, como Gidon Kremer ou Al di Meola, ou YoYo Ma já o fizeram diversas vezes. A música de Piazzolla é tão intensa que os músicos a acabam incorporando, e suas execuções sempre são muito fortes e, com o perdão da redundância, intensas. O editorialista e crítico do site ‘All Music’ definiu o CD:
The impression is often one of roller coasters on a collision course that miraculously arc past one another at the last moment to escape fatal impact. The flow between players is seamless, as the ensemble shifts from careening off in multiple directions to more delicate melodic passages to inspired solo turns, all as if it were a single organism. This is music that commands the listener to indulge. It is a dense, heavy, and heady spread that will sustain and nourish those who abandon themselves to its riches.

01 – Otoño porteño
02 – Invierno porteño
03 – Sur – Regreso al amor
04 – Concerto pour bandonéon et orchestre ”Aconcagua”
05 – Milonga del angel
06 – Michelangelo
07 – Improvisation sur le thème ”Libertango”
08 – Laura et Astor
09 – Escualo
10 – Présentation du Septet
11 – Verano porteño
12 – Primavera porteña

Richard Galliano Septet

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Restaurado – J. S. Bach (1685-1750): Sonatas and Partitas for Solo Violin, BWV 1001-1006 – Christian Tetzlaff

Restaurado – J. S. Bach (1685-1750): Sonatas and Partitas for Solo Violin, BWV 1001-1006 – Christian Tetzlaff

Nos últimos dias, publicamos duas versões destas mesmas obras: a primeira por Holloway e a segunda uma estranha transposição para o violoncelo feita por Luolajan-Mikkola. Há dois anos atrás publicamos a melhor gravação que conheço, a de Beyer. Faz parte do jogo da música erudita ouvir várias versões. É um longo diálogo que visa abordar cada vez melhor cada obra. Os nomes citados acima são gente de primeira linha, ninguém é perna de pau, longe disso. Beyer dá, na minha opinião, a versão mais convincente, redonda e firme. Também chega com uma sonoridade linda, assim como Holloway. Tetzlaff é meio mão pesada, mas tem qualidades extraordinárias. Sua Chacona é espetacular.

Numa noite fria do século XVIII, Bach escrevia a Chacona da Partita Nº 2 para violino solo. A música partia de sua imaginação (1) para o violino (2), no qual era testada, e daí para o papel (3). Anos depois, foi copiada (4) e publicada (5). Hoje, o violinista lê a Chacona (6) e, de seus olhos, passa o que está escrito ao violino (9) utilizando para isso seu controverso cérebro (7) e sua instável, ou não, técnica (8). Do violino, a música passa a um engenheiro de som (10) que a grava em um equipamento (11), para só então chegar ao ouvinte (12), que se desmilingui àquilo.

Na variação entre todas essas passagens e comunicações, está a infindável diversidade das interpretações. Mas ainda faltam elos, como a qualidade do violino – e se seu som for divino ou de lata, e se ele for um instrumento original ou moderno? E o calibre do violinista? E seu senso de estilo e cultura? E o ouvinte? E… as verdadeiras intenções de Bach? Desejava ele que o pequeno violino tomasse as proporções gigantescas e polifônicas do órgão? Mesmo?

E depois tem gente que acha chata a música erudita…

J. S. Bach (1685-1750): Sonatas and Partitas for Solo Violin, BWV 1001 – 1006

Sonata I G-Moll / In G Minor, BWV 1001 (15:35)
1-1 Adagio 3:51
1-2 Fuga. Allegro 5:11
1-3 Sicilana 3:16
1-4 Presto 3:17
Partita I H-Moll / B Minor, BWV 1002 (25:59)
1-5 Allemanda 4:29
1-6 Double 2:21
1-7 Corrente 2:46
1-8 Double. Presto 3:02
1-9 Sarabanda 4:05
1-10 Double 3:09
1-11 Tempo Di Bourrée 3:11
1-12 Double 2:56
Sonata II A-Moll / A Minor, BWV 1003 (21:13)
1-13 Grave 3:52
1-14 Fuga 7:24
1-15 Andante 5:01
1-16 Allegro 4:56

 

Partita II D-Moll / D Minor, BWV 1004 (27:43)
2-1 Allemanda 4:15
2-2 Corrente 2:15
2-3 Sarabanda 4:03
2-4 Giga 3:43
2-5 Ciaccona 13:27
Sonata III C-Dur / C Major, BWV 1005 (21:17)
2-6 Adagio 3:48
2-7 Corrente 9:18
2-8 Largo 3:36
2-9 Allegro Assai 4:35
Partita III E-Dur / E Major, BWV 1006 (17:54)
2-10 Preludio 3:18
2-11 Loure 4:40
2-12 Gavotte En Rondeau 2:55
2-13 Menuet I 1:39
2-14 Menuet II 2:26
2-15 Bourrée 1:14
2-16 Giga 1:42

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Christian Tetzlaff, violin

 

Tetzlaff dando uma aulinha
Tetzlaff dando uma aulinha

PQP

[restaurado por Vassily em 6/6/2020]

Klemperer Legacy – Richard Wagner – Operatic Highlights CD 1 de 5 – Klemperer

FrontMe senti obrigado a postar esta caixa, que faz parte de um pacote bem maior, aproximadamente 80 cds, lançado pela EMI em homenagem ao seu grande maestro, Otto Klemperer.

Enfim, esta caixa de cinco CDs é dedicada a Richard Wagner, que confesso, aparece bem pouco por aqui. Vou tentar cobrir esta falha, na medida do possível.
As aberturas mais famosas e peso pesado estão neste CD: de Rienzi a Parsifal, passando pela minha favorita, dos Mestres Cantores de Nuremberg. Falem o que quiserem de Wagner, mas nas aberturas de suas óperas ele era insuperável.

1. Rienzi – Overture
2. Tannhäuser – Overture
3. Tannhäuser – Prelude, Act III
4. Lohengrin – Prelude, Act I
5. Lohengrin – Prelude, Act III
6. Die Meistersinger von Nürnberg – Overture
7. Die Meistersinger von Nürnberg – Dance of the Apprentices & Entry of the Masters, Act III
8. Parsifal – Prelude

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Fanny Mendelssohn (1805-1847): Canções e Trio

Fanny Mendelssohn (1805-1847): Canções e Trio

frontFanny Cäcilie Mendelssohn, mais tarde Fanny Hensel, foi uma pianista e compositora da Alemanha, irmã de Felix Mendelssohn; ambos netos do filósofo Moses Mendelssohn. Depois de Hildegard von Bingen (1098-1179), foi a primeira importante mulher compositora. Fanny Mendelssohn nasceu em Hamburgo, primeira de quatro filhos. Em 1811, a família fugiu das atrocidades do exército de Napoleão para Berlim. A família era de origem judia, mas tornou-se protestante. Fanny e seus irmãos foram batizados em 1816 em Berlim; neste dia Fanny recebeu o segundo nome Cäcilie. Como mulher, Fanny não podia pensar em exercer uma profissão séria. Por isso, recebeu aulas de música somente para ser amadora e não profissional como seu irmão Felix. Mesmo assim Fanny aprendeu muito e com grande velocidade. Tornou-se uma pianista extraordinária e começou a compor desde criança. Presa aos preconceitos da época, a própria família teve vergonha do fato de que Fanny queria ser compositora e não somente uma dona de casa em uma família tradicional da classe média alta. Em 1829, depois de um namoro de vários anos, Fanny casou com o pintor Wilhelm Hensel e no ano seguinte deu à luz seu único filho, Sebastian Ludwig Felix Hensel. O marido gostava das atividades musicais de sua esposa e ela teve oportunidades de organizar apresentações em casa. Em 1838, ela tocou publicamente, e, em 1846, publicou algumas obras no estilo lied (canção), como as deste disco — faixas de 1 a 14. São conhecidas 466 composições de Fanny. Entre elas predominam os lieder, muito populares na época, e obras para piano — faixa 14. A maior obra dela é o “Oratorium nach Bildern der Bibel” (Oratório segundo imagens da Bìblia), 1831, para coral, orquestra e solistas, uma belíssima obra romântica. Pelos preconceitos da época, a obra nunca foi apresentada e estreou somente em 1987

Além dos belos lieder, o Trio que está neste CD também é esplêndido, pleno de calma e beleza.

Fanny Mendelssohn (1805-1847): Canções e Trio

Lieder
1 Italien 1:47
2 Im Herbste 3:23
3 Sehnsucht 2:38
4 Bergeslust 1:40
5 Ferne 2:47
6 Harfners Lied 2:36
7 Warum Sind Denn Die Rosen So Blaß 2:17
8 Ach! Die Augen Sind Es Wieder 1:30
9 Ich Wandelte Unter Den Bäumen 3:43
10 Abenbild 2:45
11 Nach Süden 1:58
12 Kommen Und Scheiden 2:20
13 Gondellied 3:35

Lied
14 Lied Für Klavier 7:00

Trio Op. 11
15 Allegro Molto Vivace 12:22
16 Andante Espressivo 5:56
17 Lied 2:08
18 Finale 6:03

Donna Brown
Françoise Tillard
Trio Brentano

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Fanny Hensel, antes Fanny Mendelssohn, irmã de Felix
Fanny Hensel, antes Fanny Mendelssohn, irmã de Felix

PQP

Mario Casltelnuovo-Tedesco (1895-1968) – Complete Music for Two Guitars – Duo Pace Poli Cappelli

BrilliantConheci Mario Castelnuovo-Tedesco ainda criança, quando ouvi seu belíssimo Concerto para Violão nas mãos de John Williams, disco que ainda trazia o famigerado Concierto de Arranjuez, do Joaquin Rodrigo. Curiosamente, quase não encontrei outras gravações daquele concerto, acho que talvez nas mãos de Pepe Romero. Não sei o porque de não ter sido tão gravado, ao contrário da obra de Rodrigo.
Fui então surpreendido dia destes ao encontrar este CD duplo, com obras para dois violões do compositor italiano. E fiquei surpreso duplamente ao ouvi-lo. O primeiro CD traz uma série de 24 prelúdios e fugas denomimados, em tosca tradução para o português, de Os Violões Bem Temperados, nos mesmos moldes da imortal obra do velho João Sebastião. De acordo com o libreto, Castelnuovo-Tedesco teria composto estas peças já no final de sua vida, em homenagem a Ida Presti e Alexandre Lagoya, dois dos grandes violonistas do século XX. Eu particularmente nunca tinha ouvido falar de Ida Presti, até encontrar estas obras. Li que foi a maior violonista do século XX, quiçá de todos os tempos.
Exageros ou não a parte, tratam-se de obras obrigatórias de se conhecer, principalmente aqueles que são apaixonados pelo instrumento, como este que vos escreve.
O Duo Pace Polli Paccelli começou sua parceria há poucos anos, mas o entrosamento que se ouve entre os dois é de quem toca junto há décadas. Coisa de gente grande.

CD 1

01. Les guitares bien tempérées, Op.199 – I. Prelude and Fugue No.1 in G minor
02. Les guitares bien tempérées, Op.199 – II. Prelude and Fugue No.2 in D major
03. Les guitares bien tempérées, Op.199 – III. Prelude and Fugue No.3 in A minor
04. Les guitares bien tempérées, Op.199 – IV. Prelude and Fugue No.4 in E major
05. Les guitares bien tempérées, Op.199 – V. Prelude and Fugue No.5 in B minor
06. Les guitares bien tempérées, Op.199 – VI. Prelude and Fugue No.6 in F sharp m
07. Les guitares bien tempérées, Op.199 – VII. Prelude and Fugue No.7 in C sharp
08. Les guitares bien tempérées, Op.199 – VIII. Prelude and Fugue No.8 in A flat
09. Les guitares bien tempérées, Op.199 – IX. Prelude and Fugue No.9 in E flat minor
10. Les guitares bien tempérées, Op.199 – X. Prelude and Fugue No.10 in B flat major
11. Les guitares bien tempérées, Op.199 – XI. Prelude and Fugue No.11 in F minor
12. Les guitares bien tempérées, Op.199 – XII. Prelude and Fugue No.12 in C major
13. Les guitares bien tempérées, Op.199 – XIII. Prelude and Fugue No.13 in G major
14. Les guitares bien tempérées, Op.199 – XIV. Prelude and Fugue No.14 in D minor

CD 2

01. Les guitares bien tempérées, Op.199 – XV. Prelude and Fugue No.15 in A major
02. Les guitares bien tempérées, Op.199 – XVI. Prelude and Fugue No.16 in E minor
03. Les guitares bien tempérées, Op.199 – XVII. Prelude and Fugue No.17 in B major
04. Les guitares bien tempérées, Op.199 – XVIII. Prelude and Fugue No.18 in F sharp
05. Les guitares bien tempérées, Op.199 – XIX. Prelude and Fugue No.19 in C sharp
06. Les guitares bien tempérées, Op.199 – XX. Prelude and Fugue No.20 in G sharp
07. Les guitares bien tempérées, Op.199 – XXI. Prelude and Fugue No.21 in E flat
08. Les guitares bien tempérées, Op.199 – XXII. Prelude and Fugue No.22 in B flat
09. Les guitares bien tempérées, Op.199 – XXIII. Prelude and Fugue No.23 in F major
10. Les guitares bien tempérées, Op.199 – XXIV. Prelude and Fugue No.24 in C minor
11. Fuga elegiaca, Op.210a
12. Sonatina canonica, Op.196 – I. Mosso (Grazioso e leggero)
13. Sonatina canonica, Op.196 – II. Tempo di Siciliane (Andantino)
14. Sonatina canonica, Op.196 – III. Fandango en Rondeau

Andrea Pace & Cristiano Poli – Violões

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J.S. Bach (1685-1750): Cantatas Seculares (Cantata do Café, dos Camponeses e Para Leopoldo) (Les Violons Du Roy / Labadie)

J.S. Bach (1685-1750): Cantatas Seculares (Cantata do Café, dos Camponeses e Para Leopoldo) (Les Violons Du Roy / Labadie)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Excelente versão de três Cantatas Seculares de Bach, as famosas “do Café”, “dos Camponeses” e aquela composta para Leopoldo. A versão de Bernard Labadie e seus Les Violons Du Roy valorizam sobremaneira a música e o estilo destas Cantatas não religiosas. A Cantata do Café tem uma curiosa história:

Schlendrian é um pai grosseiro e está preocupadíssimo porque sua filha Lieschen entregou-se à nova mania de tomar café. Todas as promessas e ameaças para desviá-la de tão detestável hábito foram infrutíferas até que, para dissuadi-la, ofereceu-lhe um marido. Lieschen aceita a idéia com entusiasmo e o pai parte apressadamente para conseguir-lhe um. Esta é a idéia principal da Cantata do Café, obra cômica de J. S. Bach, uma mini-ópera, que foi apresentada entre 1732 e 1735 na Kaffeehaus de Zimmermann, em Leipzig. A primeira Kaffeehaus da cidade foi aberta em 1694 — o café chegara à Alemanha em 1670 — e em 1735 a burguesia podia escolher entre oito privilegiadas casas.

A Kaffeekantate, BWV 211, foi encomendada a Bach por Zimmermann e é, em parte, uma ode ao produto (sim, puro merchandising) e, de outra parte, uma punhalada no movimento existente na Alemanha para impedir seu consumo pelas mulheres. Acreditava-se que o “negro veneno” pudesse causar descontrole e esterilidade ao sexo frágil, mas Bach, em troca do pagamento de Zimmermann, ignorou estes terríveis perigos. Senão, talvez não musicasse uma ária que diz: “Ah, como é doce o seu sabor. / Delicioso como milhares de beijos, / mais doce que um moscatel. / Eu preciso de café”; e nem nos brindaria com estas delicadezas…: “Paizinho, não sejas tão mau. / Se eu não beber meu café / as minhas curvas vão secar / as minhas pernas vão murchar / ninguém comigo irá casar”.

Bach aprendera muito bem, em sua vida familiar e em seu trabalho como professor, que influenciar os jovens não era assim tão fácil. Portanto, adicionou um recitativo no qual os planos de Lieschen são revelados: o homem que quiser casar com ela terá de consentir numa cláusula: o contrato matrimonial preverá que ela possa tomar café sempre que lhe apetecer.

No final, há um breve coro de três cantores, onde o café e a evolução são admitidos como coisas inevitáveis. Esta Cantata — ao lado de outras poucas obras vocais profanas — é uma evidente exceção na obra de Bach. O compositor, que possui a injusta fama de sério, aceitou o convite de Zimmermann para compor uma propaganda de seu Café e, como quase sempre fazia, produziu uma obra-prima, uma pequena comédia que funciona tanto no palco quanto nas salas de concertos. O efeito da primeira apresentação deve ter sido consideravelmente ampliado pelo fato de que às mulheres não era permitido cantar em cafés (nem em igrejas) e o papel de Lieschen foi, provavelmente, interpretado por um cantor em falsete. Bach, com o auxílio do poeta Picander, construiu dois personagens muito humanos e verossímeis: um pai resmungão e rústico e uma filha obstinada e cheia de caprichos. O compositor parece estar à vontade ao traçar a caricatura do pai com o baixo pesado, os ritmos acentuados e a prescrição con pompa, enquanto os violinos rosnam para indicar seu temperamento irascível.

Quando ele ameaça privar Lieschen de sua saia-balão de última moda, Bach indica seu tremendo diâmetro de forma escandalosa. A ária de Lieschen em louvor ao café é convencional, tão convencional que parece que o compositor quer insinuar que ela futilmente adotara tal hábito apenas para seguir a moda, o que seria um gol contra para Zimmermann. Entretanto, seu entusiasmo por um possível marido não é simulado… A alegria expressa na melodia em ritmo de dança popular é contagiosa. Para os puristas, o divino e sacro Bach chega a ser grosseiro: afinal, quando Lieschen diz que quer um amante fogoso e robusto, os violinos e as violas silenciam, como para deixar bem clara aos ouvintes a afirmativa sem rodeios. O Café Zimmermann deve ter vindo abaixo…

J.S. Bach (1685-1750): Cantatas Seculares (Cantata do Café, dos Camponeses e Para Leopoldo)

1. Serenata: Durchlauchtster Leopold, BWV 173a: Recit: Durchlauchster Leopold
2. Serenata: Durchlauchtster Leopold, BWV 173a: Aria: Guldner Sonnen frohe Stunden
3. Serenata: Durchlauchtster Leopold, BWV 173a: Aria: Leopolds Vortrefflichkeiten
4. Serenata: Durchlauchtster Leopold, BWV 173a: Aria: Unter seinem Purpursaum
5. Serenata: Durchlauchtster Leopold, BWV 173a: Recit: Durchlauchtigster, den Anhalt Vater nennt
6. Serenata: Durchlauchtster Leopold, BWV 173a: Aria: So schau dies holden Tages Licht
7. Serenata: Durchlauchtster Leopold, BWV 173a: Aria: Dein Name gleich der Sonnen geh
8. Serenata: Durchlauchtster Leopold, BWV 173a: Chorus: Nimm auch, grosser Furst, uns auf

9. Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211 (Coffee Cantata): Recit: Schweigt stille, plaudert nicht
10. Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211 (Coffee Cantata): Aria: Hat man nicht mit seinen Kindern
11. Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211 (Coffee Cantata): Recit: Du boses Kind, du loses Madchen
12. Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211 (Coffee Cantata): Aria: Ei! wie schmeckt der Coffee susse
13. Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211 (Coffee Cantata): Recit: Wenn du mir nicht den Coffee lasst
14. Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211 (Coffee Cantata): Aria: Madchen, die von harten Sinnen
15. Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211 (Coffee Cantata): Recit: Nun folge, was dein Vater spricht!
16. Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211 (Coffee Cantata): Aria: Heute noch, lieber Vater, tut es doch
17. Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211 (Coffee Cantata): Recit: Nun geht und sucht der alte Schlendrian
18. Schweigt stille, plaudert nicht, BWV 211 (Coffee Cantata): Chorus: Die Katze lasst das Mausen nicht

19. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Sinfonia
20. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria (duetto): Mer hahn en neue Oberkeet
21. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Nu, Mieke, gib dein Guschel immer her!
22. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria: Ach, es schmeckt doch gar zu gut
23. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Der Herr ist gut
24. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria: Ach, Herr Schosser, geht nicht gar zu schlimm
25. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Es bleibt dabei
26. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria: Unser trefflicher lieber Kammerherr
27. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Er hilft uns allen, alt und jung
28. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria: Das ist galant
29. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Und unsre gnadge Frau
30. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria: Funfzig Taler bares Geld
31. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Im Ernst ein Wort!
32. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria: Klein-Zschocher musse
33. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Das ist zu klug fur dich
34. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria col Corne de Chasse: Es nehme zehntausend Dukaten
35. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Das klingt zu liederlich
36. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria: Gib, Schone
37. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Du hast wohl recht
38. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria: Dein Wachstum sei feste
39. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Und damit sei es auch genung
40. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Aria: Und dass ihrs alle wisst
41. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Recit: Mein Schatz! erraten!
42. Cantate burlesque: Mer hahn en neue Oberkeet, BWV 212: Chor: Wir gehn nun, wo der Tudelsack

Les Violons Du Roy
Bernard Labadie

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Cantata do Café

PQP

.: interlúdio :. Herbie Hancock – Maiden Voyage

coverDentro da imensa discografia do pianista Herbie Hancock este com certeza é um de seus melhores discos. Gravado quando tinha apenas vinte e cinco anos de idade, traz um timaço de músicos, em uma das melhores formações de quinteto da história do Jazz. Freedie Hubbard, George Coleman , Ron Carter & Tony Williams já estavam se consolidando como grandes músicos que eram, naquele longinquo 1965, ano em que este que vos escreve nasceu. A faixa título, ‘Maiden Voyage’, se tornou um clássico do jazz.
Em outras palavras, cinco excepcionais jovens músicos fazendo seus nomes serem inscritos na história. Para se ouvir a exaustão, sem medo de ser feliz.

01 Maiden Voyage
02 The Eye Of The Hurricane
03 Little One
04 Survival of the Fitest
05 Dolphin Dance

Herbie Hancock – Piano
George Coleman – Tenor Sax
Freddie Hubbard – Trumpet
Ron Carter – Bass
Tony Williams – Drums

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Aram Khachaturian (1903-1978): Spartacus; Gayaneh / Alexander Glazunov (1865-1936): The Seasons

Aram Khachaturian (1903-1978): Spartacus; Gayaneh / Alexander Glazunov (1865-1936): The Seasons

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Nada posso fazer, este é mais um CD imperdível. Trata-se do próprio Khachaturian regendo a Filarmônica de Viena em duas de suas obras mais importantes, os balés SpartacusGayaneh. Não é uma música tímida, muito pelo contrário, a coisa é boa e barulhenta pacas. Este armênio é pouco divulgado, mas gosto muito do que conheço dele. A música vai do sereno ao agitado, da tradição ocidental ao exótico e é tão extraordinária que me dá uma estranha vontade de ver balé. Vejam só.

O único problema deste disco é suportar o Glazunov. Que bosta.

Aram Khachaturian (1903-1978): Spartacus; Gayaneh / Alexander Glazunov (1865-1936): The Seasons

1 Khachaturian: Spartacus – Adagio Of Spartacus And Phrygia 9:10
2 Khachaturian: Spartacus – Variation Of Aegina & Bacchanalia 3:19
3 Khachaturian: Spartacus – Scene & Dance With Crotalums 3:39
4 Khachaturian: Spartacus – Scene Of The Gaditanae Maidens & Victory Of Spartacus 6:55

5 Khachaturian: Gayaneh – Sabre Dance 2:32
6 Khachaturian: Gayaneh – Ayesha’s Dance 5:11
7 Khachaturian: Gayaneh – Lezghinka 2:43
8 Khachaturian: Gayaneh – Gayaneh’s Adagio 4:17
9 Khachaturian: Gayaneh – Gopak 2:57

10 Glazunov: The Seasons, Op.67 – 1. Winter 9:53
11 Glazunov: The Seasons, Op.67 – 2. Spring 5:28
12 Glazunov: The Seasons, Op.67 – 3. Summer 11:12
13 Glazunov: The Seasons, Op.67 – 4. Autumn 9:29

Faixas 1 a 9:
Wiener Philharmoniker
Aram Khachaturian

Faixas 10 a 13:
L’Orchestre de la Suisse Romande
Ernest Ansermet

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Khachaturian ficando bonitinho para o concerto.
Khachaturian ficando bonitinho para o concerto.

PQP