Johannes Brahms (1833-1897): Sinfonia Nº 4

Johannes Brahms (1833-1897): Sinfonia Nº 4

Um gravação decepcionante do grande Dudamel. Um Brahms frouxo e bastante sem graça este realizado pela orquestra norte-americana do venezuelano. Ficou tudo muito parecido com o time do Inter, que ronda a área adversária sem penetrar. Deixemos estas lentidões para quem sabe, alguém tipo Celibidache ou Ademir da Guia. Na boa, não me caiu bem esta versão.

Johannes Brahms (1833-1897): Sinfonia Nº 4

1 Brahms: Symphony No.4 In E Minor, Op.98 – 1. Allegro non troppo 14:02
2 Brahms: Symphony No.4 In E Minor, Op.98 – 2. Andante moderato 12:15
3 Brahms: Symphony No.4 In E Minor, Op.98 – 3. Allegro giocoso – Poco meno presto – Tempo I 6:22
4 Brahms: Symphony No.4 In E Minor, Op.98 – 4. Allegro energico e passionato – Più allegro 11:46

Los Angeles Philharmonic
Gustavo Dudamel

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Um Brahms meio caído, né, Dudamel?
Um Brahms meio caído, né, Dudamel?

PQP

George Friedrich Händel (1685-1759) – Music For The Royal Fireworks, Water Music – Robert King, King´s Consort

Cover FrontJá ouvi estas duas obras em mais de uma dúzia de versões, mas estas aqui do Robert King estão entre as melhores. São absolutamente espetaculares. Nem vou falar muito, apenas recomendar a leitura do booklet que anexei ao arquivo compactado, que lhes darão todas as informações necessárias.

Enquanto subo o arquivo para o pqpshare vou aumentar o volume e ir ali fora apreciar o nascer da lua sob os morros que cercam minha casa. Um espetáculo dessa natureza tem direito a uma trilha sonora a altura.

01 – Musick For The Royal Fireworks – 1. Ouverture
02 – Musick For The Royal Fireworks – 2. Bourrée
03 – Musick For The Royal Fireworks – 3. La Paix
04 – Musick For The Royal Fireworks – 4. La Réjouissance
05 – Musick For The Royal Fireworks – 5. Menuet I & II
06 – Water Music, Suite In F, HWV348 – 1. Ouverture
07 – Water Music, Suite In F, HWV348 – 2. Adagio & Staccato
08 – Water Music, Suite In F, HWV348 – 3. Allegro; Andante; Allegro
09 – Water Music, Suite In F, HWV348 – 4. Menuet
10 – Water Music, Suite In F, HWV348 – 5. Air
11 – Water Music, Suite In F, HWV348 – 6. Menuet
12 – Water Music, Suite In F, HWV348 – 7. Bourrée
13 – Water Music, Suite In F, HWV348 – 8. Hornpipe
14 – Water Music, Suite In F, HWV348 – 9. Andante
15 – Water Music, Suite In D-G, HWV349-50 – 01. Ouverture
16 – Water Music, Suite In D-G, HWV349-50 – 02. Alla Hornpipe
17 – Water Music, Suite In D-G, HWV349-50 – 03. Menuet
18 – Water Music, Suite In D-G, HWV349-50 – 04. Rigaudon
19 – Water Music, Suite In D-G, HWV349-50 – 05. Lentement
20 – Water Music, Suite In D-G, HWV349-50 – 06. Bourrée
21 – Water Music, Suite In D-G, HWV349-50 – 07. Menuet I
22 – Water Music, Suite In D-G, HWV349-50 – 08. Menuet II
23 – Water Music, Suite In D-G, HWV349-50 – 09. Country Dance I & II
24 – Water Music, Suite In D-G, HWV349-50 – 10. Trumpet Menuet

The King´s Consort
Robert King – Conductor

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Olivier Messiaen (1908-1992): Et exspecto resurrectionem mortuorum

Olivier Messiaen (1908-1992): Et exspecto resurrectionem mortuorum

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Et exspecto resurrectionem mortuorum (E eu espero a ressurreição dos mortos) é uma obra para orquestra de sopros e percussão de Olivier Messiaen, escrita em 1964 e estreada no ano seguinte. É composta por cinco movimentos. Encomendada pelo Ministro da Cultura (há isso na França) e escritor André Malraux para lembrar os mortos das duas guerras mundiais, a peça foi escrita para ser executada em grandes espaços como igrejas, catedrais e ao ar livre. Messiaen inspirou-se na paisagem dos Alpes com suas grandes montanhas, mas também nas imagens imponentes das igrejas góticas e românicas, assim como nos monumentos religiosos antigos do México e do Egito Antigo. Também também estudou A Ressurreição, parte da Summa Teológica de Tomás de Aquino. A peça utiliza seções de madeiras, metais e percussão. A seção de cordas é totalmente omitida.

A voz musical poderosamente expressiva de Olivier Messiaen usa a força da fé religiosa e da natureza. Ah, Le tombeau resplendissant e Hymne são obras da juventude de Messiaen, também cheias de mistério e simbolismo.

Olivier Messiaen (1908-1992): Et exspecto resurrectionem mortuorum

1. I. Des profondeurs de l’abime, je crie vers toi, Seigneur: Seigneur, ecoute ma voix! 04:26
2. II. Le Christ, ressuscite des morts, ne meurt plus; la mort n’a plus sur lui d’empire 06:13
3. III. L’heure vient ou les morts entendront la voix du Fils de Dieu … 04:57
4. IV. Ils ressusciteront, glorieux, avec un nom nouveau, dans le concert joyeux des etoiles et les acclamations des fils du Ciel 09:21
5. V. Et j’entendis la voix d’une foule immense … 07:34

Le tombeau resplendissant
6. Le tombeau resplendissant 18:13

Hymne
7. Hymne 15:11

Orchestre National de Lyon
Jun Märkl

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Olivier Messiaen reclama da arbitragem
Olivier Messiaen reclama da arbitragem

 

PQP

Antonio Salieri (1750-1825) – Concerto para pianoforte em Si bemol maior, Concerto para flauta e oboé em Dó maior (REVALIDADO)

617birm6BaLREVALIDADO POR VASSILY  EM 4/8/2015

Em mais uma ação surpreendentemente ágil de nosso SAC, eis o CD com obras de Antonio Salieri cujos links tinham sido perdidos no naufrágio do Megaupload. A verve de Claudio Scimone e seus Solisti Veneti valoriza as obras desse bom compositor. Paul Badura-Skoda, como esperado, brilha ao pianoforte e mostra que merece outras aparições aqui no PQP Bach. Lembro, aliás, duma aparição sua com a Orquestra Sinfônica de Dogville, nos idos anos 80: uma ave-do-paraíso solando com javalis.

Ah, o tal Francesco Salieri que compõs a Tempesta del Mare que completa o álbum foi o irmão mais velho de Antonio e, também, seu primeiro professor.

Vassily

POSTAGEM ORIGINAL DE CARLINUS EM 30/8/2010

Salieri foi um importante músico à sua época. Cabe ainda ao compositor a honra de ter sido professor de Liszt, de Schubert e Beethoven. Reinou absoluto em seus dias. Suas peças tomaram os salões da Europa. Foram reverenciadas, apreciadas. Era o compositor oficial da Corte do príncipe José II da Áustria. Hoje, não se dá o mesmo crédito a Salieri como se dá a Mozart ou a Haydn, por exemplo. Em torno do compositor gravitam as mais questionáveis fábulas. Após o filme Amadeus (1984), que ganhou 7 oscares, há a retratação de um Salieri invejoso do génio de Mozart e medíocre musicalmente. Tal imagem é resultante da liberdade ficcional dos realizadores do filme, não correspondendo à figura histórica do compositor. Potocas à parte, o fato é que ainda não conhecia as obras deste delicioso CD. Aparece ainda o desconhecido Francesco Salieri. Boa apreciação!

Antonio Salieri (1750-1825) – Concerto para pianoforte e Orquestra in B flat major, Concerto para flauta, oboé e orquestra em C maior

Concerto for Fortepiano and Orchestra, B-flat major
1. Allegro moderato
2. Adagio
3. Tempo di Minuetto

Concerto for Flute, Oboe, and Orchestra, C major
4. Allegro spirituoso
5. Largo
6. Allegretto

Francesco Salieri (1741-?) – Sinfonia “Tempesta di Mare” em B flat maior

Sinfonia “La Tempesta di Mare”, B-flat major

7. Allegro
8. Andante
9. Allegro assai

I Solisti Veneti & Claudio Scimone, Director
Paul Badura-Skoda, pianoforte
Clementine Hoogendoorn, flute
Pietro Borgonovo, oboe

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Carlinus

George Friedrich Handel (1685-1759) – Chamber Music – CD 3 de 6 – Trio Sonatas, op. 2 – Holloway, Preston, Wooley, et. all

Box FrontA natureza tem sido generosa conosco nestes últimos dias cá pras bandas do sul do país, e está nos proporcionando um veranico de julho, com dias belíssimos, surpreendentemente quentes, e noites iluminadas por uma Lua Cheia magnífica. Ontem, inclusive tivemos a famosa Lua Azul, ou Blue Moon.
Então, em homenagem a estes belos dias, nada como belíssimas obras para servirem de trilha sonora para a nossa desgastante rotina. Portanto, dou prosseguimento ao Festival Händel, voltando hoje à obra de câmara do genial compositor, que nunca me decepciona. E a prova disso está nestas obras que estão gravadas neste terceiro CD, desta preciosíssima caixa, que traz as Trio Sonatas, op. 2, e novamente o destaque fica por conta deste excepcional músico que é John Holloway.

Deleitem-se, mortais.

1 Trio Sonata in B minor for Flute, Violin and bc (Op – 21) HWV386b
2 Trio Sonata in G minor for 2 Violins and bc (Op – 22) HWV387
3 Trio Sonata in B flat major for 2 Violins and bc (Op – 23) HWV388
4 Trio Sonata in F major for Recorder, Violin and bc (Op – 24) HWV389
5 Trio Sonata in G minor for 2 Violins and bc (Op – 25) HWV390
6 Trio Sonata in G minor for 2 Violins and bc (Op – 26) HWV391

John Holloway – Violin
Micaela Comberti – Violin
Stephen Preston – Flute
Philip Pickett – Recorder
Susan Sheppard – Cello
Robert Wolley – Harpsichord
John Toll – Harpsichord

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Frederic Chopin (1810-1849) – Chopin – Khatia Buniatishvili, Järvi, Orchestre de Paris

P1Um enorme talento aliado a uma sensualidade à flor da pele, assim eu poderia descrever a georgiana Khatia Buniatishvili. Já nos seus vinte e oito anos de idade, ela continua desfilando talento pelos palcos e nos cds, quando se entrega de corpo e alma à música. Sua descrição da música de Chopin meio que traduz o que pretendo dizer:
“Chopin´s music is like a breath of a young soul, with no time to be indifferent to love”.
Detalhe: este é apenas o segundo CD da moça, lançado em 2002. Mas mesmo tão jovem, se entrega como gente grande à profundidade da música de Chopin. Extrava-se não apenas uma sensualidade inerente á idade, mas principalmente, uma sensibilidade única, e isso é um dom, não apenas técnica e talento, que transmite à sua interpretação uma maturidade única para alguém tão jovem.
Lembro que todos os grandes músicos sempre retornaram a estas obras para, depois de anos de estrada, de prática e principalmente de maturidade, reforçarem o que tem efetivamente a expressar a respeito, acrescentando todos estes anos de maturidade à sua técnica e sensibilidade.
Khatia Buniatischvili tinha vinte e cinco anos de idade quando gravou este CD, e já se expressava como alguém com anos de estrada, de experiência, de maturidade. Imagina o que vai fazer quando estiver mais adentrada em anos, como dizia minha mãe, e encarar essas obras primas chopinianas.
O CD é impecável, mas meu destaque fica com a minha amada Balada nº 4, cujo antigo LP de Arthur Rubinstein riscou de tanto que ouvi na minha adolescência e início de vida adulta.
Sem mais, vamos ao que viemos.

01 – Waltz  in C sharp minor Op.64 No.2 Tempo giusto
02 – Sonata No.2 in B flat minor Op.35 I. Grave-Doppio movimento
03 – Sonata No.2 in B flat minor Op.35 II. Scherzo
04 – Sonata No.2 in B flat minor Op.35 III. Marche funebre. Lento
05 – Sonata No.2 in B flat minor Op.35 IV. Finale. Presto
06 – Ballade No.4 in F minor Op.52 Andante con moto
07 – Piano Concerto No.2 in F minor Op.21 I. Maestoso
08 – Piano Concerto No.2 in F minor Op.21 II. Larghetto
09 – Piano Concerto No.2 in F minor Op.21 III. Allegro vivace
10- Mazurka in A minor Op.17 No.4 Lento ma non troppo

Khatia Buniatishvili – Piano
Orchestre de Paris
Paavo Järvi – Conductor

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https://youtu.be/GdlLDEh59JY

 

Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Complete Symphonies – Cds 10 e 11 de 11 – Kondrashin, MPSO

CD10 (1)Então vamos acabar essa coleção, trazendo os dois últimos cds, com as duas últimas sinfonias compostas por esse incrível compositor.
A sinfonia nº14 foi composta para uma orquestra de câmara, que consiste apenas de cordas e percussão, e vozes solistas, aqui com uma soprano, Yevgenia Tselovalnik,  e um incrível baixo, Yevgeni Nesterenko. O adagio inicial, baseado em um poema de Lorca, é uma loucura. Enfim, cada movimento da sinfonia é baseada em um poema, devidamente descritos abaixo, na relação das faixas.
CD11 (1)A Sinfonia nº 15, ao contrário da anterior, pede uma orquestra completa, foi a última que Shostakovich compôs, em 1971, e sua estréia ocorreu em 1971, sob a direção de Maxim Shostakovich, filho do compositor. A gravação que ora vos trago, continua sobe a batuta competentíssima de Kirill Kondrashin.
Ah, de bônus os senhores terão apenas o Segundo Concerto para Violino, com ninguém mais ninguém menos que David Oistrakh. É mole, ou tá bom assim?

CD 10

01. Symphony No. 14, Op. 135 – Adagio. “De profundis” (Federico García Lorca)
02. Symphony No. 14, Op. 135 – Allegretto. “Malagueña” (Federico García Lorca)
03. Symphony No. 14, Op. 135 – Allegro molto. “Loreley” (Guillaume Apollinaire)
04. Symphony No. 14, Op. 135 – Adagio. “Le Suicidé” (Guillaume Apollinaire)
05. Symphony No. 14, Op. 135 – Allegretto. “Les Attentives I” (On watch) (Guillaume Apollinaire)
06. Symphony No. 14, Op. 135 – Adagio. “Les Attentives II” (Madam, look!) (Guillaume Apollinaire)
07. Symphony No. 14, Op. 135 – Adagio. “À la Santé” (Guillaume Apollinaire)
08. Symphony No. 14, Op. 135 – Allegro. “Réponse des Cosaques Zaporogues au Sultan de Constantinople” (Guillaume Apollinaire)
09. Symphony No. 14, Op. 135 – Andante. “O, Del’vig, Del’vig!” (Wilhelm Küchelbecker)
10. Symphony No. 14, Op. 135 – Largo. “Der Tod des Dichters” (Rainer Maria Rilke)
11. Symphony No. 14, Op. 135 – Moderato. “Schlußstück” (Rainer Maria Rilke)

Yevgenia Tselovalnik – Soprano
Yevgeni Nesterenko – Bass
Essemble of Soloists of the Moscow Philharmonics Symphony Orchestra
Kirill Kondrashin – Conductor

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CD 11

01. Symphony No. 15 in A major, Op. 141 I. Allegretto
02. Symphony No. 15 in A major, Op. 141 II. Adagio
03. Symphony No. 15 in A major, Op. 141 III. Allegretto
04. Symphony No. 15 in A major, Op. 141 IV. Adagio – Allegretto

Moscow Philharmonics Symphony Orchestra
Kirill Kondrashin – Conductor

05. Concerto for Violin and Orchestra No. 2 in C-sharp minor, Op. 129 I. Moderato
06. Concerto for Violin and Orchestra No. 2 in C-sharp minor, Op. 129 II. Adagio
07. Concerto for Violin and Orchestra No. 2 in C-sharp minor, Op. 129 III. Adagio – Allegro

David Oistrakh – Violin
Moscow Philharmonics Symphony Orchestra
Kirill Kondrashin – Conductor

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.: intermezzo :. Jazz Contemporaries ‎– Reasons In Tonality (1972)

.: intermezzo :. Jazz Contemporaries ‎– Reasons In Tonality (1972)

jazz contemporaries

Esse não é o Jazz Contemporaries que Freddie Hubbard montou em 1957 com James Spaulding e Larry Ridley. É o grupo cujo único rastro é esse raríssimo disco, uma gravação ao vivo no Village Vanguard em 13/02/1972, lançado pela lendária Strata-East. Rip de vinil, fora de catálogo (como a maioria das edições da Strata).

E, por pura falta de informações disponíveis, isso é tudo* que eu tenho a dizer sobre a postagem de hoje.

Ah! Embora os discos da Strata-East tenham forte relação com o soul jazz (spiritual, afro etc), esse é um caso de “aumenta que isso aí é post-bop”. Aproveite a oportunidade de ouvir Watkins e seu french horn — e Coleman tem tanto fôlego que não só derrubaria a casa dos porquinhos como os sopraria a 3km de distância. O lado B é absolutamente fantástico. Não sei porque permitem que esse disco permaneça esquecido.

Jazz Contemporaries – Reasons In Tonality (1972)

Lado A: Reasons In Tonality 24:00
Composed By – Julius Watkins
Lado B: 3-M.B. 22:45
Composed By – Keno Duke

Bass – Larry Ridley
Drums – Keno Duke
French Horn – Julius Watkins
Piano – Harold Mabern
Saxophone [Tenor] – Clifford Jordan, George Coleman

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Blue Dog

Revalidado – Niccolò Paganini – 24 Caprices – Shlomo Mintz

0001381706_350REVALIDADO POR VASSILY em 31/7/2015 e, novamente, em 6/6/2020

Apesar das intrigas dos infieis, nosso pachorrento SAC (Serviço de Atendimento ao Chororô) não é nem a casa de tolerância, nem o balde de estrume que alguns dizem ser, não.

Provo: anteontem um pessoal pediu para revalidar os links dessa baita gravação dos Caprichos de Paganini com Shlomo Mintz e – voilà – eis que eles ressurgem aqui sob a guarda do ultraconfiável servidor PQPShare  – não, não há servidor confiável.

Faço minhas as palavras do camarada FDP: a gravação é um banquete pantagruélico de dificuldades de arrepiar os cabelos. O israelense Mintz – apesar de já ter as madeixas ruivas naturalmente arrepiadas – tira de letra, sem arrepios adicionais, as velhaquices propostas por Paganini. Os contemporâneos acreditavam que o legendário violinista e compositor, distinto tanto pelo virtuosismo quanto pelo que chamaram de “fealdade fascinante”, estudara violino com o Cramulhão. Mintz logra uma proeza inatingível a uma boa parte dos intérpretes, com ou sem a mãozinha do Canhoto: fazer estas peças horrendamente difíceis soarem como música, que chega até – como no célebre Capricho no.24 – a ser muito boa.

A impressão que realmente se tem é de que as possibilidades técnicas do instrumento estejam todas exploradas, tocadas e exauridas – ainda que nessa obra, estranhamente, o cadavérico genovês não tenha lançado mão dos célebres harmônicos duplos (efeitos semelhantes a silvos, muito agudos e de difícil execução) de que tanto abusou em seus concertos.

Vassily Genrikhovich

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POSTAGEM ORIGINAL DE FDP BACH, EM 7/5/2013

O cara tem de ter um pé na insanidade para encarar a gravação destes 24 caprichos de Paganini, porque o negócio não é brincadeira não. Não conheço o linguajar técnico do violino, mas acho que todas as possibilidades do instrumento foram exploradas nestas pequenas peças para violino solo. Reconheço que ainda prefiro seus concertos para violino de Paganini e que esse excesso de técnica e virtuosismo me cansa por vezes, mas não seria louco a ponto de dizer que Shlomo Mintz não dá um show de interpretação e de virtuosismo neste CD e que não tem uma  técnica apuradíssima. O ruivinho mata a pau… Divirtam-se…

01. Capriccio 1 – Andante en mi major
02. Capriccio 2 – Moderato en si minor
03. Capriccio 3 – Sostenuto – Presto – Sostenuto en mi minor
04. Capriccio 4 – Maestoso en do minor
05. Capriccio 5 – Agitato en la minor
06. Capriccio 6 – Lento en sol minor/
07. Capriccio 7 – Posato en la minor
08. Capriccio 8 – Maestoso en mi bemol major
09. Capriccio 9 – Allegretto en mi minor
10. Capriccio 10 – Vivace en sol minor
11. Capriccio 11 – Andante – Presto – Tempo I en do major
12. Capriccio 12 – Allegro en la bemol major
13. Capriccio 13 – Allegro en si bemol major
14. Capriccio 14 – Moderato en mi bemol major
15. Capriccio 15 – Posato en mi minor
16. Capriccio 16 – Presto en sol minor
17. Capriccio 17 – Sostenuto – Andante en mi bemol major
18. Capriccio 18 – Corrente – Allegro en do major
19. Capriccio 19 – Lento – Allegro assai en mi bemol major
20. Capriccio 20 – Allegretto en re major
21. Capriccio 21 – Amoroso – Presto en la major
22. Capriccio 22 – Marcato en fa major
23. Capriccio 23 – Posato en mi bemol major
24. Capriccio 24 – Tema, Quasi Presto – Variazioni – Finale en la minor

Shlomo Mintz – Violin

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Shlomo+Mintz
Mas esse guri toca muito esse violino…!!!

Prayer: Música para Voz e Órgão com Magdalena Kozena e Christian Schmitt

Prayer: Música para Voz e Órgão com Magdalena Kozena e Christian Schmitt

Um disco de música sacra desta que é uma das maiores estrelas do canto lírico atual. Ela canta maravilhosamente peças que, na verdade, tira de letra. É uma utilidade, pois raramente um duo de voz e órgão é gravado, ainda mais neste nível. Aqui, ela passa por Franz Schubert, Johann Sebastian Bach, Hugo Wolf, Maurice Ravel, Bizet, Verdi, Purcell… e outros compositores dos quais a gente nem sabia de momentos carolas. Sabiam que ela vai gravar todas as canções de Schubert em uma série de recitais no Wigmore Hall? Ah, pois é, as pessoas têm de se informar. Vai gravar, sim..

Prayer: Música para Voz e Órgão com Magdalena Kozena e Christian Schmitt

Franz Schubert (1797-1828)
1. Totengräbers Heimweh, D 842 05:42
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
2. Komm, süßer Tod, komm, sel’ge Ruh!, BWV 478 03:16
Hugo Wolf (1860-1903)
3. Karwoche 03:54
Maurice Ravel (1875-1937)
4. Kaddisch 04:34
Georges Bizet (1838-1875)
5. Agnus Dei 03:08
Franz Schubert (1797-1828)
6. Ellens Gesang III (Hymne an die Jungfrau), D 839 05:44
Hugo Wolf (1860-1903)
7. Mühvoll komm ich und beladen 04:42
Henry Purcell (1659–1695)
8. Tell Me, Some Pitying Angel (The Blessed Virgin’s… 07:15
Antonin Dvorak (1841-1904)
9. Ave Maria, Op.19b 03:01
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
10. So gibst du nun, mein Jesu, gute Nacht!, BWV 501 02:10
Franz Schubert (1797-1828)
11. Himmelsfunken, D 651 02:54
Hugo Wolf (1860-1903)
12. Zum neuen Jahr 01:43
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
13. Die güldne Sonne, BWV 451 01:13
Franz Schubert (1797-1828)
14. Vom Mitleiden Mariä, D 632 03:46
Hugo Wolf (1860-1903)
15. Schlafendes Jesukind 03:11
Franz Schubert (1797-1828)
16. Litanei auf das Fest Allerseelen, D 343 04:41
Giuseppe Verdi (1813–1901)
17. Ave Maria 05:03
Hugo Wolf (1860-1903)
18. Gebet 02:02
Franz Schubert (1797-1828)
19. Der Leidende, D 432 01:52
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
20. Mein Jesu, was für Seelenweh, BWV 487 02:32
Maurice Duruflé
21. Notre Père, Op.14 01:25
Johann Sebastian Bach (1685-1750)
22. Kommt, Seelen, dieser Tag, BWV 479 01:06
Petr Eben (1929-2007)
23. Die Hochzeit zu Kana 06:54
Leos Janacek (1854-1928)
24. Glagolitic Mass – 7. Varhany Solo 02:53

Magdalena Kozena, mezzo-soprano
Christian Schmitt, órgão

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A Sr.a Rattle sabe o que faz. Canta demais!
A Sra. Rattle sabe o que faz. Canta demais!

PQP

Ernest Chausson (1855-1899) / Gabriel Fauré (1845-1924): Quartetos para Piano

Ernest Chausson (1855-1899) / Gabriel Fauré (1845-1924): Quartetos para Piano

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Eu, PQP Bach, estava em férias e voltei hoje. Sou uma humilde pessoa que não ganha muito, mas que guarda algum. Então, estive em Londres, Roma e Praga, onde — adivinhem? — assisti um monte de concertos. O Rudolfinum de Praga à beira do Moldávia… A Saint-Martin-in-the-fields… O Queen Elisabeth Hall… O Royal Festival Hall… O Barbican Hall… O festival The Rest is Noise, baseado na obra de Alex Ross no Southbank Center…

Então, ainda sob a influência destes 20 maravilhosos dias, deixo para vocês um CD espetacular e cheio de prêmios Diapason d`Or, Choc, etc.

O Quarteto Schumann interpreta dois Quartetos para Piano, um melhor do que o outro. É música da melhor qualidade e a interpretação é sensacional.

Ernest Chausson (1855-1899) / Gabriel Fauré (1845-1924): Quartetos para Piano

Ernest Chausson (1855-1899)
Piano Quartet in A major Op.30
1. Piano Quartet in A major Op.30 : Animé 11:55
2. Piano Quartet in A major Op.30: Très calme 10:07
3. Piano Quartet in A major Op.30: Simple et sans hâte 4:05
4. Piano Quartet in A major Op.30: Animé 12:19

Gabriel Fauré (1845-1924)
Piano Quartet no.1 in C minor Op.15
5. Piano Quartet N°1 in C minor Op.15 : Allegro molto moderato 9:57
6. Piano Quartet N°1 in C minor Op.15 : Scherzo (Allegro vivo) 5:40
7. Piano Quartet N°1 in C minor Op.15 : Adagio 7:18
8. Piano Quartet N°1 in C minor Op.15 : Allegro molto 8:11

Quatuor Schumann

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quatuor-schumann

PQP

George Frideric Handel (1685-1759) – Complete Chamber Works -Cd 2 de 5 – Violin Sonatas, Oboe Sonatas – L’Ecole D´Orphé

Box FrontO segundo cd da coleção de música de câmara de Handel traz sonatas para violino e para oboé. O violinista é o John Holloway, que já passou aqui pelo PQPBach diversas vezes. É figurinha carimbada quando se trata de interpretações históricas, um dos pioneiros da área e um grande especialista em violino barroco.
Gosto de trazer estas coleções para os senhores poderem entender o processo de evolução criativa do compositor. Quando se trata de Handel, estamos falando de um dos principais compositores da história da música ocidental, um gênio do barroco, contemporâneo de Bach, inclusive nasceram no mesmo ano, e que assim como o gênio de Leipzig, foi fundamental no desenvolvimento da própria escrita musical, desenvolvendo estilos, criando novas possibilidades para os mais diversos instrumentos.

1 – Violin Sonata in A major, HWV361
2 – Violin Sonata in G minor, HWV364a
3 – Oboe Sonata in B flat major, HWV357
4 – Violin Sonata in D minor, HWV 359a
5 – Oboe Sonata in C minor, HWV366
6 – Violin movement in A minor
7 – Violin movement (allegro) in C minor, HWV 408
8 – Oboe Sonata in F major, HWV 363a
9 – Violin Sonata in D major, HWV371

John Holloway – Violin
Davi Reichenberg – Oboe
Susan Sheppard – Cello
Lucy Carolan – Harpsichord

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George Frideric Händel (1685-1759) – Complete Chamber Music – CD 1 de 6 – L´Ecole d´Orphée

Box FrontNão sei o que aconteceu com os colaboradores do PQPBach ! verifiquei agora que já algum tempo ignoramos totalmente George Frideric Haendel, um dos maiores compositores do barroco, e um gênio da mesma estatura de nosso pai musical, Johann Sebastian.
Vou tentar suprir essa falta tremenda, trazendo algumas preciosidades que tenho em meu acervo. Começo com essa coleção, que lembro de já ter começado há algum tempo atrás. Trata-se da obra de câmara dele, pouquíssimo gravada e divulgada, e não entendo o porque, já que existem verdadeiras jóias escondidas ali. Essa caixa é uma pequena maravilha, e traz músicos do nível de John Holloway, um dos principais nomes do violino barroco, do flautista Stephen Preston, do cravista Robert Wooley, entre outros, não tão conhecidos, mas igualmente brilhantes.
O primeiro CD traz as Sonatas para flauta, magnificamente interpretadas por Preston.
Espero que apreciem, pois eu já sou suspeito para falar qualquer coisa, temendo ser repetivo ou óbvio.

01 – Flute Sonata in E minor (Op.11a), HWV 379
02 – Flute Sonata in A minor (Halle Sonata No.1), HWV 374 (possibly spurious)
03 – Flute Sonata in E minor (Halle Sonata No.2), HWV 375 (possibly spurious)
04 – Flute Sonata in B minor (Halle Sonata No.3), HWV 376 (possibly spurious)
05 – Flute Sonata in D major, HWV 378
06 – Flute Sonata in G major (Op.15), HWV 363b
07 – Flute Sonata in B minor (Op.19b), HWV 367b
08 – Flute Sonata in E minor (Op.11b) HWV 359b

Stephen Preston – Flute
Susan Sheppard – Cello
John Toll – Harpsichord
Lucy Carolan – Harpsichord

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Sacra Vox – Música coral sacra contemporânea brasileira

Sacra Vox – Música coral sacra contemporânea brasileira

sacra voxPelo título do CD, percebe-se o nicho de repertório no qual o grupo coral carioca Sacra Vox é especializado. Estive no concerto de lançamento deste álbum – em junho de 2007, na Casa de Rui Barbosa, Rio de Janeiro – e fiquei contentei por um segmento tão específico ter conseguido fazer florescer obras tão boas quanto as deste disco. Se seus ouvidos são abertos às linguagens contemporâneas, quando bem utilizadas, eis uma boa experiência à qual você pode se lançar sem receios.

Porém, se você acha que tudo que se faz aqui no Brasil é reciclagem do que se faz no resto do mundo, que as gravações sempre deixam a desejar, que as interpretações idem etc. etc. não discordo totalmente – apenas lamento que isso seja muitas vezes um ponto de partida para não se experimentar a música clássica brasileira. Fiz esse adendo porque, por exemplo, ainda me surpreendo com a relativamente baixa quantidade de downloads dos concertos para violino de Guarnieri ou das obras de Amaral Vieira em geral (ainda que este tenha uma claque fiel no blog). Se não consigo ser persuasivo o suficiente pra quebrar uma resistência irracional ou pelo menos para fazer alguém experimentar e me dizer “não gostei” (no caso do Concerto para piano de Hekel Tavares), só me resta forjar dados nas próximas postagens, tal qual: José Siqueira com a Filarmônica de Berlim, Radamés Gnatalli por Maurizio Pollini ou Francisco Mignone nas mãos de Martha Argerich (risos).

***

Sacra Vox – Música coral sacra contemporânea brasileira

1-2. Kyrie & Gloria – Rodrigo Cicchelli
3. Árvore da vida – Eduardo Biato
4-7. Atalanta Fugiens II – Pauxy Gentil Nunes
8. Buscando a Cristo – Marcos Vinicio Nogueira
9-12. Missa Brevis in honorem Sancti Francisci Assisiensis – Ernani Aguiar
13. Glória – Roberto Macedo Ribeiro
14-18. Sacra Cantilena – João Guilherme Ripper
19. Ave Maria – Jorge Armando

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Sacra Vox: alto nível de interpretação
Sacra Vox: alto nível de interpretação

CVL

Dmitri Shostakovich (1906-1975) – Complete Symphonies – CD 8 de 11 – Symphony nº 12 in G Minor, “1917” – Op. 112- Kodrashin, MPSO

CD8 (1)Mais um volume desta série incrível, longa, porém altamente recomendável, com as sinfonias de Shostakovich, interpretadas pelo seu amigo pessoal, Kirill Kondrashin.
Aqui temos a sinfonia que o compositor fez em homenagem à Revolução de 1917 e é dedicada à memória de Lenin.
Como já comentei anteriormente, nosso querido mentor PQPBach está trazendo outra série de gravações de Shostakovich, e, como especialista que é na obra do russo, descreve com maiores detalhes essa sinfonia. Sugiro sua leitura.

01. Symphony No. 12 in D minor, Op. 112 ‘1917’ I. Revolutionary Petrograd Moderato – Allegro
02. Symphony No. 12 in D minor, Op. 112 ‘1917’ II. Razliv (The Flood) Allegro – Adagio
03. Symphony No. 12 in D minor, Op. 112 ‘1917’ III. ‘Aurora’ L’istesso tempo – Allegro
04. Symphony No. 12 in D minor, Op. 112 ‘1917’ IV. The Dawn of Humanity L’istesso tempo – Allegretto
05. The Execution of Stepan Razin, Poem, Op. 119

Vitaly Gromadski – Bass
Russian State Choral Chapel
Moscow Philharmonic Symphony Orchestra
Kirill Kondrashin – Conductor

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.: intermezzo :. Marcondes Falcão Maia (1957): A besteira é a base da sabedoria (1995)

.: intermezzo :. Marcondes Falcão Maia (1957): A besteira é a base da sabedoria (1995)

Bem, caros visitantes. O CD ora postado possui uma importância tão capital no contexto da música clássica brasileira contemporânea que nem sei.

A besteira é a base da sabedoria (1995) – terceiro álbum do cantor e compositor cearense Falcão, preconceituosamente intitulado de “brega” – talvez seja um dos mais ricos em elementos de paráfrase e paródia na década de 90, não só partindo da música popular, mas (inconscientemente ou não) também da música erudita.

Uma análise das referências musicais do disco pode, sem titubeios, auxiliar a compreender a síntese de várias correntes estéticas que emergiram ao longo do século XX, e ali presentes. Em Esculhambação, sim. Frescura, não, por exemplo, evidencia-se a mensagem de cunho político, influenciada por obras como a Sinfonia das Diretas de Jorge Antunes ou Mamãe, eu quero votar de Gilberto Mendes, porém dentro da verve satírica peculiar a Falcão (“Será o caralho?!”)

Sem precedentes pode considerada a concepção de um moteto responsorial para um réquiem em A terra há de comer (já que eu não comi), enquanto Homem é homem teve de mudar seu subtítulo original, Hommage (ou Femmage) pour Britten, por conta da previsível falta de conhecimento do público sobre o compositor britânico.

Porém nada supera a genial transformação de My world dos Guns N’Roses num minicompêndio da música de concerto do século XX, o Concerto em qualquer tom para triângulo e roi-roi. Em nenhuma outra composição brasileira dos últimos tempos é possível achar um entrecruzamento de matizes estéticos tão díspares quanto o deboche à la Satie; o percussionismo de Edgard Varèse e Amadeo Roldan; a sobreposição da própria voz gravada em diferentes canais, como Ute Lemper ao gravar canções de cabaré de Spoliansky; a utilização estilizada do rap e da polifonia semifalada, tal qual – respectivamente – em O anjo esquerdo da história e Beba Coca-Cola de Gilberto Mendes; a predominância do minimalismo e a marca stravinskiana nos poucos acordes bitonais sampleados.

***

A Besteira é a base da sabedoria

1.”Esculhambação sim. Frescura, não!”  3:39
2.”A terra há de comer (já que eu não comi)”  3:07
3.”Lends picantis in anus autrem q’sucus est”  4:41
4.”A besteira é a base da sabedoria”  3:22
5.”Caubói do Ceará”  3:13
6.”Mais antes mamãe não tivesse me(n)tido”  3:42
7.”Confesso que fresquei”  3:13
8.”Se eu morrer sem gozar do seu amor, minha alma lhe persegue de pau duro”  3:12
9.”Todo castigo pra corno é pouco”  3:25
10.”Não tem jeito que dê jeito”  3:59
11.”Holliday foi muito”  3:26
12.”Concerto em qualquer tom para triângulo e roe-roe”  2:24

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PS 1: Este post é dedicado aos ouvintes puristas e carracudos deste blog.
PS 2: Licença, que tá na hora de tomar meu comprimido de Zyprexa.

Elegância
Elegância

CVL

.: interlúdio :. Dinah Washington sings the Blues, 1954-61

Publicado originalmente em 12.08.2012

Acho que conheci o nome Dinah Washington lendo James Baldwin, nos anos 70 – a década onde, sinceramente, parece terminar toda cultura estadunidense que agrada & interessa o monge Ranulfus.

Mas em qual livro desse tremendo prosador que foi Baldwin, nem sempre condignamente traduzido em português? Quero crer que foi em Numa Terra Estranha (Another Country), dignissimamente traduzido por Érico Veríssimo, e escrito em 1962, um ano antes da morte de Dinah aos 39. Se a memória não está a fantasiar, em mais de uma ocasião algum personagem sentia que as letras cantadas por Dinah dialogavam com suas situações de vida, o que contribuiu para a sensação de identificação existencial, pois também nós, no Brasil, costumamos (ou costumávamos?) levar nosso cotidiano como que em diálogo com letras do nosso cancioneiro popular.

Porém, apesar de a prosa de Baldwin ser certamente a que mais me arrastou, entre todos os autores dos EUA que eu tenha lido, foi só dois anos atrás que ouvi Dinah Washington pela primeira vez. Afinal, nos anos 70 o acesso a música era bem mais limitado; eu já gastava quase integralmente meus parcos ganhos em LPs (traduzindo para as novas gerações: vinis), mas não conseguia adquirir nem 20% do que queria conhecer. Tristes tempos em que não havia mp3… nem (para mim) o Avicenna, que em março de 2010 me postou aqui uma coleção de suas badaladas baladas.

Na ocasião Ranulfus ainda nem era oficialmente da gang, mas tramou-se num vasto papo sobre como a voz da moça lhe agradava, mas não os arranjos violinosos das baladas, que lhe soavam como vinho adoçado, quando seus ouvidos costumam preferir bebida seca… E através desse papo acabou adquirindo este Dinah Washington sings the Blues, bem mais ao seu gosto.

Dia desses, então, uma amiga andava à procura de Dinah e eu recomendei que baixasse os dois discos do PQP, o das baladas e o dos blues. E aí pra minha surpresa ela me revelou que não havia nenhum disco da Dinah cantando blues no PQP – quer dizer: de onde foi que eu baixei?

Ora, o que menos importa é como a coisa baixou, desde que esteja lá em cima quando se precisar dela – e foi assim que o monge Ranulfus decidiu fazer esta pequena contribuição para o enriquecimento do repertório dinahwashingtoniano do PQP.

Quem foi Dinah Washington? Como viveu? Qual sua importância e diferencial entre as divas do jazz e do blues? Ora, para isso vocês têm o Google, seus preguiçosos! Se eu procurei e achei em minutos, por que não vocês? – hehehe. Mas compartilho – por que não? – algumas expressões que me pareceram especialmente pertinentes: “fantástico senso de fraseado e de ataque”, “voz aguda arenosa, salgada, marcada por uma clareza de dicção absoluta, e por um fraseado em recortes (clipped), tipicamente blues”.

De resto, encontrei também que as dezesseis faixas desta seleção foram gravadas entre 1954 e 1961, com músicos como Charlie Shavers, Clark Terry, Urbie Green, Lucky Thompson, Milt Hinton e Wynton Kelly, sendo muitas delas arranjadas e produzidas pelo onipresente Quincy Jones.

E agora chega de fala e vamos ao canto, né?

DINAH WASHINGTON SINGS THE BLUES

1. Show Time 2:55
2. Time Out For Tears 2:54
3. Trouble In Mind 2:22
4. A Bad Case Of The Blues 2:36
5. Is You Is Or Is You Ain’t My Baby? 2:42
6. Bad Luck 2:50
7. You Don’t Know What Love Is 3:59
8. Trouble In The Lowlands (Back Water Blues) 9:10
9. Blue Gardenia 5:15
10. Soft Winds 3:00
11. Somewhere Along The Line 2:38
12. Salty Papa Blues 2:27
13. Make The Man Love Me 5:30
14. Lingering 2:24
15. Since I Fell For You 3:14
16. No More 3:18

. . . . . . . BAIXE AQUI – download here

Ranulfus

O Mestre Esquecido, Capítulo I (Chopin: Scherzi – Antonio Guedes Barbosa)

PUBLICADA ORIGINALMENTE EM 24/7/2015

Quem foi Antonio Guedes Barbosa?

Um pianista paraibano, pessoense, que estudou com ninguém menos que Arrau e Horowitz, viveu a maior parte de sua carreira nos Estados Unidos e foi fulminado por um infarto com meros cinquenta anos?

Sim, respostas corretas.

Nada disso, no entanto, poderia prepará-los para o estupor de escutá-lo pela primeira vez. Façam um favor a si mesmos: baixem a gravação dos scherzi de Chopin logo abaixo e, depois de escutá-la, digam-me se não tenho razão.

O sujeito tocava DEMAIS. Era um verdadeiro MONSTRO do teclado.

E se vocês virarem instantaneamente tietes dele, como eu virei ao conhecer seu talento há já um quarto de século, certamente quererão mais, não é?

Pois é aí que vem a surpresa:

NÃO TEM MAIS.

Isso mesmo:

NÃO.

TEM.

MAIS.

Quer dizer, até tem, mas não muito: uma gravação das valsas e das mazurcas de Chopin, um álbum de Liszt, as Bachianas Brasileiras no. 4 (todas lançadas pelo falecido selo Kuarup Classics), esta gravação dos scherzi que ora lhes apresento (“ripada” de um LP), as sonatas nos. 2 e 3 de Chopin (disponíveis no YouTube, também a partir de um LP), e um que outro vídeo pingado pelo YouTube.

E só.

O sujeito foi um dos maiores pianistas do seu tempo, mas tudo o que a gente encontra sobre ele é um punhado de gravações, menções a outras, e algumas notas biográficas esparsas.

Eu acho isso uma desgraça inexplicável. Pior ainda: fora um que outro melômano fanático, parece que poucos já ouviram falar dele.

Consta que ele gravou para o selo Connoisseur Society, dos Estados Unidos, pelo qual lançou, entre outros, os LPs dos scherzos e das sonatas já citados. Procurei em toda parte o catálogo de tal gravadora, sem encontrá-lo. Daí me lembrei da clássica gravação do tcheco Ivan Moravec tocando os noturnos de Chopin, que também era da Connoisseur e que encontrei republicada pela Nonesuch. Naveguei pelo catálogo desta outra, salivando de expectativa, e tudo o que encontrei de Barbosa foi…

NADA.

N-A-D-A

Com o perdão por meu desabafo, que terá que ser em maiúsculas, sublinhado e em negrito, eu pergunto:

– ONDE FORAM PARAR AS GRAVAÇÕES DO GRANDE PIANISTA PARAIBANO ANTONIO GUEDES BARBOSA???

Destruídas por alguém? Sumiram? Estarão guardadas a sete chaves? Ou no limbo por conta de algum imbróglio familiar ou com alguma gravadora?

Enquanto eu preparo sua paradigmática gravação das valsas de Chopin para uma próxima postagem, vocês tentam resolver minha doída dúvida, enchendo a caixa de comentários esclarecedores.

ooOoo

Fryderyk Franciszek CHOPIN (1810-1849)

01 – Canções Polonesas, Op. 74 – No. 1: “Życzenie ” (transcrição de Franz Liszt, S.480 no. 1)
02 – Scherzo no.1 em Si menor, Op. 20
03 – Scherzo no .2 em Si bemol menor, Op. 31
04 – Scherzo no. 3 em Dó sustenido menor, Op. 39
05 – Scherzo no. 4 em Mi maior, Op. 54
06 – Canções Polonesas, Op. 74 – No. 12: “Moja pieszczotka” (transcrição de Franz Liszt, S.480 no. 5)

Antonio Guedes Barbosa, piano
LP do selo Connoisseur Society (New York, EUA), dos anos 70.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

NOTA: já avisei que se trata de uma gravação “ripada” do vinil, não avisei? Não reclamem dos estalidos, portanto, e agradeçam pela oportunidade de escutarem um mestre em ação!

Convidamos os fãs do Mestre Esquecido a acompanharem o GRUPO “ANTONIO GUEDES BARBOSA” no Facebook.

Vassily [revalidado em 15/1/2021]

Isaac Albéniz – Iberia – Alicia de Larrocha (links revalidados)

LINKS REVALIDADOS POR VASSILY EM 21/7/2015 e em 6/10/2020

Porque uma gravação tão essencial não poderia sumir assim, no éter.

Mais abaixo, a postagem original do colega FDP Bach, com links revalidados.

E, como ligeiro “tapa” antes do prato principal, aqui vai a deliciosa interpretação de Larrocha para o Tango em Ré maior, Op. 165, também de Albéniz. Difícil imaginá-lo melhor:

¡Buen provecho!

Vassily

ooOoo

POSTAGEM ORIGINAL DE 12/7/2009, POR FDP BACH:

>Continuando a série dedicada à música espanhola, trago um cd duplo com a grande pianista espanhola Alicia de Larrocha interpretando a obra prima de seu conterrâneo Isaac Albéniz, Iberia. Eis a descrição da obra, de acordo com a Wikipedia:

La suite Iberia, escrita por Isaac Albéniz, fue compuesta entre 1905 y 1909 (fecha de la muerte del compositor), y es quizás la más importante obra de la literatura pianística española, así como una de las cimas de la música para piano de todos los tiempos. De ella dijo Olivier Messiaen: “es la maravilla del piano, ocupa quizá el más alto puesto entre las más brillantes muestras del instrumento rey por excelencia”. No debe confundirse con la Suite española Op. 47, también de Albéniz.

Consta de cuatro cuadernos de tres piezas cada uno.

* Cuaderno 1. Fue dado a conocer en la Sala Pleyel de París el 9 de mayo de 1906 por Blanche Selva, enversión simplificada. La misma pianista fue la encargada de estrenar el resto de la obra.
– Evocación. Consta de cuatro partes que recuerdan vagamente la forma sonata: un primer tema en la bemol menor (con la indicación “alegreto expresivo”) seguido de un intermedio con ritmo de fandanguillo y un segundo tema en do bemol mayor. Continua con reapariciones del intermedio, y de los dos temas (el segundo en la bemol mayor). Termina con un recuerdo al fandanguillo en pianísimo.

– El Puerto. Es la pieza más corta de la colección. Hace referencia al puerto de Cádiz (la tacita de plata). Comienza con una introducción que servirá como fórmula de acompañamiento de gran parte de la pieza. Le siguen el primer tema (con la indicación allegro commodo) y el segundo tema, en el que utiliza el mismo acompañamiento de la introducción pero con un matiz suave. El desarrollo viene indicado como “muy lángido” y en él podemos encontrar influencias claras de Debussy tanto en la sutileza armónica como en el empleo de la escala por tonos.
– Fragmento de ‘El Corpus Christi en Sevilla’ en el que se realiza la notación en 3 pentagramas.

– El Corpus en Sevilla. Es la pieza más larga del primer cuaderno y a la vez la que entraña una mayor complejidad técnica en su ejecución. Cabe destacar a este respecto la escritura en tres pentagramas de algunos pasajes de la obra y las numerosas indicaciones de matices, expresión y fraseo que el compositor dejó plasmadas. La pieza comienza con una representación pianística de unos redobles de tambor a los que le sigue el primer tema, la marcha, con la indicación “allegro giocoso”. Le sigue un segundo tema, la saeta, con un aire más tranquilo. Después de una transición de carácter flamenco llegamos a un desarrollo muy rico contrapuntística y rítmicamente hablando. Concluye la pieza con un nuevo tema muy calmado en pianísimo.

* Cuaderno 2. Las tres piezas que componen este cuaderno se estrenaron en San Juan de Luz el 11 de septiembre de 1907.

– Rondeña. Saltarina pieza que alterna ritmos 6/8 y 3/4, propios de la petenera. La sección central, a modo de copla, pone el contraste por su brillantez.

– Almería. Extraña pieza llena de contrastes, con tonos melancólicos y alegres en alternancia, pasajes de poética ensoñación frente a otros de opulencia sonora y ritmo marcado. El final de esta pieza es bellísimo.

– Triana. Una de las más divulgadas piezas de Albéniz. Evoca el barrio sevillano a través de una seguiriya bulliciosa y colorista, dentro de una estilización poética que no cae en el folclore tópico. Hay en toda la pieza una elegancia de fraseo y un señorío de la mejor ley.

* Cuaderno 3. Se dio a conocer en París, en casa de la Princesa de Polignac, en 2 de enero de 1908. Está formada por <<El Albaicín>>, <<El Polo>> y <<Lavapiés>>.

–  El Albaicín. Pieza inspirada en este barrio granadino que mantiene un extraordinario y original juego rítmico. Éste se mantiene a lo largo de toda la página, con infinitas facetas. Parece un cante jondo melancólico, unas veces misterioso y otras apasionado. Son de destacar el rítmico y originalísimo arranque de la pieza así como las numerosas referencias a arpegios y rasgueos característicos de la guitarra flamenca. La primera sección alterna una rica y viva colección de temas de resonancias flamencas con otro tema más pausado, misterioso y profundo, como el cantaor que desgrana su quejío con un ligero acompañamiento de fondo. La segunda sección, de gran contraste con la anterior, presenta un bellísimo tema de un lirismo apasionado, arrebatador. Finalmente, una tierna, casi amorosa reexposición del mismo tema remata la pieza de manera magistral. El Albaicin es considerada por muchos la obra maestra dentro de esa gran obra maestra que es Iberia.

–  El Polo. Esta pieza nos lleva a un ámbito mucho más sosegado que la anterior. Pese a que <<El Polo>> es un cante jondo de tendencias trágicas, Albéniz da una visión desenfada y voluptuosa, sobre todo en su segunda parte, de ecos ravelianos.

–   Lavapiés. Pieza que evoca el popular barrio madrileño mediante un curioso ritmo de habanera en el que se entremezcla, en una ensoñación señorial y levemente melancólica, el tono castizo y chulesco propio del organillo.
Cuaderno 4. Se estrenó el 9 de febrero de 1909 en París, en la Sociedad Nacional de Música.

– Málaga. Nos encontramos con ua extraordinaria dificultad rítmica que aumenta a medida que avanza la pieza. Se repiten reminiscencias de cante que se hacen más poderosas y que, tras un breve pasaje en piano, se rematan en dos contundentes acordes.

– o Jerez. Controlada en su apasionamiento, de la línea más cantabile -aúnque con pasajes rítmicos endiablados-, es esta pieza señorial y refinada.

– Eritaña. Una de las páginas más deslumbrantes del pianismo español. Sobre unas sevillanas a moto perpetuo, se trazan imágenes que alcanzan un ritmo arrollador. Estamos ante una apoteosis de la danza. Hay color, alegría y una complejidad para el pianista verdaderamente terrible. Debussy dijo de ella: “Nunca la música ha alcanzado expresiones tan diversas. Los ojos se cierran como fatigados de haber contemplado tantas imágenes”.

Além de Iberia, também temos nestes cds a “Suite Española” . Novamente recorro à ajuda da Wikipedia para a descrição dessa obra:

La Suite Española Op. 47 del compositor español Isaac Albéniz está compuesta principalmente de obras escritas en 1886 que se agruparon en 1887, en honor de la Reina de España. Como muchas de las obras para piano de Albéniz, estas piezas son cuadros de diferentes regiones y músicas de España. Esta obra se inscribe dentro de la corriente nacionalista relacionada con el Romanticismo. Albéniz estaba entonces bajo el influjo de Felipe Pedrell, quien lo apartó de la música de salón estética europeística y lo atrajo hacia el nacionalismo, en este caso español. Pero, por otro lado, el suyo es un nacionalismo pasado por el tamiz del refinamiento y la estilización.

Los ocho títulos originales son Granada, Cataluña, Sevilla, Cádiz, Asturias, Aragón, Castilla y Cuba; pero sólo los tres primeros títulos y Cuba aparecieron en la colección original. Las demás piezas se publicaron en ediciones posteriores y a menudo con títulos distintos. El editor Hofmeister publicó los ocho títulos de la Suite española en 1912, después de la muerte de Albéniz. Lo hizo tomando otras piezas para los cuatro títulos restantes, ya que esas piezas no reflejan muy exactamente la región geográfica a la que se refieren. Un caso muy claro es el de Asturias (Leyenda), cuyos ritmos de flamenco andaluz poco tienen que ver con la música de la región atlántica de Asturias. El Op. 47, número asignado por Hofmeister, no guarda relación con ningún tipo de orden cronológico en la obra de Albéniz, en la que los números de opus fueron dados aleatoriamente por los publicadores o por el mismo Albéniz. Algunas obras incluso aparecen en más de una colección.

En las obras que conforman la Suite española, el primer título hace referencia a la región que representan y el subtítulo entre paréntesis indica la forma musical de la pieza o la danza de la región retratada.

Consta de cuatro cuadernos de tres piezas cada uno.

Piezas

* Granada (Serenata)
* Cataluña (Curranda)
* Sevilla (Sevillanas)
* Cádiz (Saeta)
* Asturias (Leyenda)
* Aragón (Fantasía)
* Castilla (Seguidillas)
* Cuba (Nocturno)

Cuba formó parte de España hasta 1898. El nocturno tiene el estilo de una habanera. La fantasía de Aragón tiene forma de jota. Asturias (Leyenda) y Cádiz (Saeta) no son muy precisas en cuanto a la relación entre la pieza y la región. A pesar del carácter artificial de la Suite Española Op.47, con el tiempo se ha convertido en una de las obras de Albéniz para piano más interpretadas y conocidas tanto por pianistas como por el público.

Descripción

* Granada: se trata de una serenata reposada y sensual en la que la mano izquierda presenta una rica melodía que constituye el tema principal. Un segundo tema, en modo menor, contrasta con su atmósfera melancólica y de misterio.
* Cataluña: el manuscrito, conservado en el Conservatorio de Madrid, aparece fechado el 24 de marzo de 1886. Es una corranda, danza que se baila en corro con las manos de las mujeres sobre los hombros de los varones.
* Sevilla: compuesta y estrenada esta pieza en Madrid en 1886, utiliza en ella Albéniz una sevillana, con su estilizado garbo y sabor popular y aristocrático. Tiene un intermedio, en forma de copla, presentado por ambas manos al unísono.
* Cádiz: es una canción en la que escuchamos el rasgueo de la guitarra, encomendado a la mano izquierda, mientras que la derecha entona la canción en un diseño sencillo. La parte central, en modo menor, pone un punto de suave melancolía.
* Asturias: es acaso la más conocida de todas las piezas de esta Suite. El autor la subtituló Leyenda. Pese a su adscripción a la región cantábrica, evoca una soleá de sabor hondo y andaluz, con una copla de sabor también andaluz.
* Aragón: se recrea a modo de fantasía el ámbito de la jota aragonesa con su gran riqueza rítmica, que aparece a través de varios temas que desembocan en un final de espectacular virtuosismo.
* Castilla: pese a su título, se trata de unas seguidillas, con su ritmo y su carácter que le son propios.
* Cuba: el manuscrito de este capricho, fechado el 25 de mayo de 1886, se guarda en el Conservatorio de Madrid. Refleja esta pieza la estancia del compositor en Cuba en 1875, aún adolescente, y en 1881, cuando tenía veintiún años. Es una pieza rica y contrastada en ritmo
s, de atmósfera evocadora y sensual.

Um belo cd, que deve ser ouvido com toda a tranquilidade de um sábado a tarde chuvoso, exatamente o que estou fazendo neste momento.

Isaac Albéniz – Iberia – Suite Española – Alicia de Larrocha

01 Iberia – Evocacion
02 El Puerto
03 El Corpus Christi en Sevilla
04 Rondeña
05 Almeria
06 Triana
07 El Albaicin
08 El Polo
09 Lavapies

CD 2

01 Iberia – Malaga
02 Iberia – Jerez
03 Iberia – Eritaña
04 Navarra
05 Suite espanola – Granada (Serenata)
06 Suite espanola – Cataluña (Corranda)
07 Suite espanola – Sevilla (Sevillanas)
08 Suite espanola – Cadiz (Cancion)
09 Suite espanola – Asturias (Leyenda)
10 Suite espanola – Aragon (Fantasia)
11 Suite espanola – Cuba (Capricho)
12 Suite espanola – Castilla (Seguidillas)

Alicia de Larrocha – Piano

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDP Bach

Links revalidados por Vassily

.: interlúdio :. Charles Mingus & Eric Dolphy – Immortal Concerts (1960)

.: interlúdio :. Charles Mingus & Eric Dolphy – Immortal Concerts (1960)

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Poucas vezes ouvi um CD original e AO VIVO de Charlie Mingus com tamanha qualidade de som. É espantosa a gravação do som daquele Festival de Antibes de 1960. Não é uma gravação de rádio como tantas. Sua qualidade é notável. Este ESPETACULAR CONCERTO, gravado em Paris na década de 60, apresenta Charlie Mingus e Eric Dolphy junto com o baterista e melhor amigo Dannie Richmond, o saxofonista Booker Ervin e o trompetista Ted Curson. Charles Mingus toca o solo de piano em “Better Git Hit In Your Soul” e há uma aparição — em “I’ll Remember April” — do pai do bebop, na época residente em Paris, Bud Powell.

Enormes composições e interpretações de artistas em seu auge. Ervin é sensacional, mas quando Dolphy entra, ele nos fala com outro sotaque e numa língua familiaríssima à da nossa sempre efêmera felicidade.

Que GRANDE CD!!!

Charles Mingus & Eric Dolphy – Immortal Concerts (1960)

1. Better Git Hit In Your Soul
2. Wednesday Night Prayer Meeting
3. Prayer For Passive Resistance
4. I’ll Remember April
5. What Love?
6. Folk Forms No. 1

Músicos:
Ted Curson (trumpet)
Eric Dolphy (clarinet, sax alto)
Booker Ervin (sax tenor)
Charles Mingus (bass, piano)
Bud Powell (piano)
Dannie Richmond (drums)

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Mingus + Dolphy: sim, aconteceu
Mingus + Dolphy: sim, aconteceu

PQP

.: interlúdio :. Sony Boy Williamson II Songbook – VA

FrontEsse CD é espetacular, não apenas por trazer composições de um grande mestre do Blues, Sonny Boy Williamson II, o que seria suficiente, mas também por trazer um timaço de músicos de Blues, interpretando os clássicos desse grande compositor. Sim, é um songbook, alguns torcem o nariz para esse fomato, mas eu gosto por mostrar a diversidade de possibilidades que estas canções oferecem. Na verdade, o que vale aqui são as canções, verdadeiros hinos do Blues, e que influenciaram muita gente, e falo de gente do nível de Keith Richards, Jimmy Page, Eric Clapton, Jeff Beck, entre tantos outros. Minha faixa favorita nesse ótimo CD é “On Way Out” com a formação clássica do The Almann Brothers Band, ainda nos tempos de Duane Almann. O dueto de guitarras de Duane e Dickey Betts é sensacional.
Para animar os ânimos depois da última postagem de Shostakovich.

01. Sonny Boy Williamson II – Help Me (3:05)
02. Jonny Lang – Good Morning Little School Girl (4:13)
03. The Allman Brothers Band – One Way Out (4:54)
04. Buddy Guy – Keep It To Myself (2:42)
05. John Mayall & The Bluesbreakers – Checkin’ Up On My Baby (4:00)
06. B.B. King – Eyesight To The Blind (4:03)
07. Howlin’ Wolf – Decoration Day (3:14)
08. John Mayall & The Bluesbreakers – Bye Bye Bird (2:46)
09. Howlin’ Wolf – Crazy About You Baby (2:19)
10. James Cotton – Dealin’ With The Devil (3:34)
11. Muddy Waters – Nine Below Zero (4:50)
12. Clarence ‘Gatemouth’ Brown – Cross My Heart (3:09)
13. Ten Years After – Help Me (9:47)
14. John Mayall & The Bluesbreakers – Your Funeral And My Trial (3:53)
15. Sonny Boy Williamson II – Bring It On Home (2:37)

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Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Suítes para Violoncelo Solo – Julius Berger

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Suítes para Violoncelo Solo – Julius Berger

MI0001033551Depois de minha estreia neste eudaimônico blogue, ainda sob os auspícios do patrono PQP Bach, prossigo em minha bicicleta, e já sem rodinhas, a largar música por suas veredas.

Começo com uma gravação que toca em cheio as fibras deste coração ademais durão: nada menos do que o primeiro CD importado que comprei, ainda no século passado.

Para os jovens entre vós outros que não entendem nem o fascínio de um CD importado, nem muito menos como poderia ele amaciar miocárdio tão rijo, eu explico:

Naqueles medonhos tempos em que não só se votava no Collor com esperança, mas também no Afif por causa do jingle, eu comprei meu primeiro CD player, então conhecido como “toca-discos-laser”. A indústria fonográfica brasileira já investia sua sanha caça-níqueis em explorar, como é de sua praxe, os veios do lucro fácil e abundante. Como bem se sabe, aqui ao sul do Equador tais mananciais estão sempre mais próximos do telecoteco e das letras marotas do que de qualquer coisa que envolva arcos, espigões e cordas de tripa. Por conta disso, os lançamentos nacionais em música erudita restringiam-se essencialmente a um punhado de gravações remixadas em compact discs por uma empresa, cujo nome não mencionarei aqui por, assim digamos, responsabilidade jurídica. Pois aquele inominado moedor de som tinha o peculiar talento de fazer até mesmo a Filarmônica de Berlim completa, tocando a “Abertura 1812” de Tchaikovsky com coro, carrilhões e canhão, soar como a charanga do Brasil de Pelotas (nada contra) a tocar do fundo de um tarro de leite – e, cúmulo do ultraje, ainda acondicionar os tristes produtos em caixinhas meio foscas e ganhar dinheiro com isso.

Havia, lógico, alternativas à agonia e ao desespero. Lojas especializadas e ar-condicionadas ofereciam uma cornucópia de gravações importadas para quem – em dólares, de preferência – se dispusesse a pagar por elas. A mim, espinhudo estudante, que não só vivia de mesada, mas ainda por cima mesada em cruzados novos (eu lhes falei que os tempos eram medonhos!), restavam só dois expedientes: o plantão permanente ao pé do dito três-em-um, munido de minhas fitas virgens, pronto para pulsar o “REC” a cada anúncio de obra favorita, ou, como já se disse, os fanhosos lançamentos da gravadora-da-qual-não-se-diz-o-nome.

Entre minhas jornadas no purgatório de melômano de classe média, eu peregrinava aos frescos templos ladrilhados de CDs da Deutsche Grammophon e ficava lá a gastar as horas, que me sobravam mais do que o dinheiro, a sorver o ar gelado, escutar os entreveros dos ubíquos anciãos que pareciam capazes de matar ou morrer por Karajan ou Celibidache – e, ah sim, salivar muito de cobiça.

Antes que encontremos Pollyana Moça e comecemos com ela o jogo do contente, eu pego a contramão, engato a segunda e lhes conto que houve um dia em que me caíram no colo cinquenta dólares, cuja origem não revelo nem sob tortura chinesa, que me eram suficientes para não somente uma, mas sim para DUAS daquelas cobiçadas caixinhas repletas de prazer aural.

Corri, claro, feito um Dodge à minha loja preferida. Quando cheguei, o proprietário – um híbrido do Homer Simpson com o Shylock d’O Mercador de Veneza – acabara de colocar uma gravação no toca-discos-laser, que é a mesma que vocês escutarão na faixa 1 do primeiro CD a seguir.

Que dizer daquilo?

Ainda hoje não saberia responder. Se daquele transe me sobrasse um neurônio sequer para uma palavra, ele me gritaria “SUBLIME”. E, enquanto meus sentidos viravam suco, um violoncelo – instrumento que eu tolamente acreditara ser monódico – tecia, em semicolcheias, engenhosas ilusões de harmonia e movimento.

Nem percebi o dinheiro trocando de mãos. Para Shylock Simpson, aquele foi tão só o tilintar de mais um punhado de dobrões. Para mim, jovem melômano, eram as chaves para um devoto amor que eu nunca mais deixaria.

E mais não lhes digo acerca da música, pois se eu lhe pudesse descrever a beleza em palavras, ela não precisaria, enfim, ser música.

JOHANN SEBASTIAN BACH (1685-1750)

SEIS SUÍTES PARA VIOLONCELO SOLO, BWV 1007-1012

CD 01

SUÍTE NO. 1 EM SOL MAIOR, BWV 1007

01 – Prélude
02 – Allemande
03 – Courante
04 – Sarabande
05 – Menuet I & II
06 – Gigue

SUÍTE NO. 4 EM MI BEMOL MAIOR, BWV 1010

07 – Prélude
08 – Allemande
09 – Courante
10 – Sarabande
11 – Bourrée I & II
12 – Gigue

SUÍTE NO. 5 EM DÓ MENOR, BWV 1011

13 – Prélude
14 – Allemande
15 – Courante
16 – Sarabande
17 – Gavotte I & II
18 – Gigue

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CD 02

SUÍTE NO. 2 EM RÉ MENOR, BWV 1008
01 – Prélude
02 – Allemande
03 – Courrante
04 – Sarabande
05 – Menuet I & II
06 – Gigue

SUÍTE NO. 3 EM DÓ MAIOR, BWV 1009

07 – Prélude
08 – Allemande
09 – Courante
10 – Sarabande
11 – Bourrée I & II
12 – Gigue

SUÍTE NO.6 EM RÉ MAIOR, BWV 1012

13 – Prélude
14 – Allemande
15 – Courante
16 – Sarabande
17 – Gavotte I & II
18 – Gigue

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JULIUS BERGER, violoncelo de cinco cordas (Jan Pieter Rambouts, Amsterdam, 1700)

Julius Berger, todo faceirão
Julius Berger, todo faceirão

Vassily

Dmitri Shostakovich (1906-1975) – CD 9 DE 11 – Symphony nº 13 for Bass Solist, Choir of Basses and Symphony Orchestra in B Flat Minor, op. 113 “Babi Yar” – Eizen, MPSO, Kondrashin

CD9 (1)Dentro de alguns dias entrará no ar outra postagem com essa mesma sinfonia, na verdade uma repostagem, com outro regente e orquestra. Especialista na obra de Shostakovich, PQPBach dará maiores detalhes a respeito dessa impressionante sinfonia, que sempre me chamou a atenção, desde o primeiro contato que tive com ela. Afinal, convenhamos, uma obra para baixo solista e coro de baixos chama a atenção.
Em uma obra deste porte tudo tem de ser grandioso, começando pela orquestração. Grandes momentos, grandes corais, um solista com um fôlego impressionante, enfim, junte tudo isso com um regente do quilate de Kirill Kondrashin dirigindo e você terá um CD facilmente classificável como IM-PER-DÍ-VEL !!!
Espero que apreciem. Não é uma obra de fácil assimilação, é densa, que cria um ambiente pesado, como não poderia deixar de ser, afinal é baseada em um poema que trata do massacre de judeus em Babi Yar, ocorrido em 1941, ou seja, em plena Segunda Guerra Mundial.

01. Symphony No. 13 in B-flat minor, Op. 113 ‘Babi Yar’ I. Babi Yar Adagio
02. Symphony No. 13 in B-flat minor, Op. 113 ‘Babi Yar’ II. Humour Allegretto
03. Symphony No. 13 in B-flat minor, Op. 113 ‘Babi Yar’ III. At the Store Adagio
04. Symphony No. 13 in B-flat minor, Op. 113 ‘Babi Yar’ IV. Fears Largo
05. Symphony No. 13 in B-flat minor, Op. 113 ‘Babi Yar’ V. Progress Allegretto

Artur Eizen – Bass
Bass Group of The Russian State Choral Chapel
Moscow Philharmonic Symphony Orchestra
Kirill Kondrashin – Conductor

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – The Five Cello Sonatas – Tortelier, Heidsieck

frontFaz algum tempo que estas sonatas para violoncelo e piano de Beethoven não aparecem por aqui. Lembro de ter trazido a histórica gravação do selo Philips com a dupla Rostropovich / Richter, mas com certeza o link já expirou há muito tempo.
E como são lindas estas sonatas e como fazem falta… Paul Tortelier foi um dos grandes violoncelistas do século XX. Estas gravações foram realizadas em 1972, esse que vos escreve ainda era uma criança com pouca compreensão da realidade e da vida que o cercava, ainda ia demorar um pouco para entender os mistérios da existência humana.
Mas vamos ao que viemos. Beethoven está em muitas boas mãos.

CD 1

01. Sonata No.1 in F – I. Adagio sostenuto – Allegro
02. Sonata No.1 in F – II. Allegro vivace
03. Sonata No.2 in G minor – I. Adagio Sostenuto ed espressivo
04. Sonata No.2 in G minor – II. Allegro molto più tosto presto
05. Sonata No.2 in G minor – III. Rondo (Allegro)

CD 2

01. Sonata No.3 in A – I. Allegro, ma non tanto
02. Sonata No.3 in A – II. Scherzo (Allegro molto)
03. Sonata No.3 in A – III. Anadante cantabile – Allegro vivace
04. Sonata No.4 in C – I. Andante – Allegro vivace
05. Sonata No.4 in C – II. Adagio – Tempo d’Andante – Allegro vivace
06. Sonata No.5 in D – I. Allegro con brio
07. Sonata No.5 in D – II. Adagio con molto sentimento d’affetto
08. Sonata No.5 in D – III. Allegro – Allegro fugato

Paul Tortelier – Violoncelo
Eric Heidsieck – Piano

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Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847): Symphony nº 3 “Scottish” / Overture “The Fair Melusina” / “Trumpet Overture” / Ruy Blas

Felix Mendelssohn Bartholdy (1809-1847): Symphony nº 3 “Scottish” / Overture “The Fair Melusina” / “Trumpet Overture” / Ruy Blas

Mais um CD da integral das sinfonias e aberturas de Mendelssohn. Desta vez, a famosa Sinfonia nº 3, também conhecida como “Escocesa”, concebida em 1829, logo após uma viagem do compositor para a Escócia, porém só concluída em 1842,e estreada em 3 de março daquele ano. É dedicada a Rainha Victoria e ao Reino Unido.

Apesar de ter vivido apenas 38 anos, a produção de Mendelssohn foi grande. Música de câmara, concertos para piano, violino, sinfonias, e até mesmo dois oratórios, que devo postar num futuro próximo.

A regência, como sempre, está a cargo de Claudio Abbado, à frente da Sinfônica de Londres, e mais um grande momento da carreira deste maestro.

Felix Mendelssohn Bartholdy – Symphony nº 3 in A Minor, op. 56 “Scottish”, Overture “The Fair Melusina”, op. 32, “Trumpet Overture”, op. 101, Ruy Blas, op. 95

01 Symphony No3-Andante con moto-Allegro un poco agitato
02 Symphony No3-Vivace non troppo
03 Symphony No3-Adagio
04 Symphony No3-Allegro vivacissimo-Allegro maestoso assai
05 Ouvertüre-Märchen von der schönen Melusine
06 Trompeten-Ouvertüre
07 Ruy Blas

London Symphony Orchestra
Claudio Abbado

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Notaram meu penteado emo?
Notaram meu penteado quase emo?

FDP (revalidado por PQP)