Serguei Prokofiev (1891-1953): Symphony No. 5 in B flat / Ala and Lolly (Scythian Suite)

Serguei Prokofiev (1891-1953): Symphony No. 5 in B flat / Ala and Lolly (Scythian Suite)

Simon Rattle faz uma esplêndida excursão através da 5ª Sinfonia de Prokofiev, sua segunda mais popular sinfonia. No meio da Segunda Guerra Mundial, Prokofiev escreveu esta sinfonia que é surpreendentemente otimista. Ela tem momentos de tensão, mas, em sua maior parte, é leve e luminosa, com os instrumentos de sopro e cordas fazendo a maior parte do trabalho. Há uma linda serenata no primeiro movimento.  O segundo movimento é para assobiar na rua. O terceiro movimento, o adagio, é bonito, suave e sensual, com os contrabaixos e violoncelos proporcionando um cenário sombrio. O movimento final, um allegro, é igualmente impressionante. Não é de admirar sua popularidade. A Suíte Cita (povo nômade da Eurásia ocidental, que remonta ao século 8 A.C.) era para ser um balé, mas foi rejeitado como tal. Prokofiev reformulou a peça como uma suíte. É muito boa. O Emerson, Lake & Palmer tratou de deixar famoso o terceiro movimento.

Serguei Prokofiev (1891-1953):
Symphony No. 5 in B flat / Ala and Lolly (Scythian Suite)

1. Symphony No. 5 in B Flat, Op.100: I. Andante 13:05
2. Symphony No. 5 in B Flat, Op.100: II. Allegro marcato 8:32
3. Symphony No. 5 in B Flat, Op.100: III. Adagio 12:24
4. Symphony No. 5 in B Flat, Op.100: IV. Allegro giocoso 9:45

5. Scythian Suite, Op.20: I. L’adoration de Vélè et de Ala 6:22
6. Scythian Suite, Op.20: II. Le dieu ennemi et la danse des esprits noirs 2:57
7. Scythian Suite, Op.20: III. La nuit 5:43
8. Scythian Suite, Op.20: IV. Le départ glorieux de Lolly et la cortèege de Soleil 5:11

City Of Birmingham Symphony Orchestra
Sir Simon Rattle

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Prokofeiz aos 26 anos, num hotel de Chicago. O público norte-americano o ovacionou
Prokofiev aos 26 anos, num hotel de Chicago. O público norte-americano não lhe deu muita bola.

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Felix Mendelssohn-Bartholdy (1809-1847) – Symphony No.4 In A, Op.90, “Italian”, Symphony No.5 in D minor, Op.107 – “Reformation” – Bernstein, IPO

Leonard_Bernstein-Schubert_Mendelssohn_SchumannEntão, os senhores estão gostando dessa série de postagens dedicadas a Bernstein? Sempre fui fá desse incrível maestro, que se tornou uma celebridade logo cedo, e que ajudou a tornar a Filarmônica de Nova York uma das principais orquestras do século XX.  A previsão de conclusão desta série é dia 14 de outubro, quando se completarão vinte e cinco anos da morte do maestro.
Vamos continuar então? Bernstein e a Filarmônica de Israel continuam com Mendelssohn, agora temos as duas últimas sinfonias, as belíssimas sinfonias de nº 4, conhecida como “Italiana” e a de nº 5, também conhecida como Sinfonia “Reforma”.

1. Mendelssohn: Symphony No.4 In A, Op.90 – “Italian” – 1. Allegro vivace
2. Mendelssohn: Symphony No.4 In A, Op.90 – “Italian” – 2. Andante con moto
3. Mendelssohn: Symphony No.4 In A, Op.90 – “Italian” – 3. Con moto moderato
4. Mendelssohn: Symphony No.4 In A, Op.90 – “Italian” – 4. Saltarello (Presto)
5. Mendelssohn: Symphony No.5 in D minor, Op.107 – “Reformation” – 1. Andante – Allegro con fuoco
6. Mendelssohn: Symphony No.5 in D minor, Op.107 – “Reformation” – 2. Allegro vivace
7. Mendelssohn: Symphony No.5 in D minor, Op.107 – “Reformation” – 3. Andante
8. Mendelssohn: Symphony No.5 in D minor, Op.107 – “Reformation” – 4. Choral “Ein’ Feste Burg ist unser Gott!”
9. Mendelssohn: The Hebrides, Op.26 (Fingal’s Cave) – Allegro moderato

Israel Philharmonic Orchestra
Leonard Bernstein – Conductor

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Gustav Mahler (1860-1911): Mahler Lieder

Gustav Mahler (1860-1911): Mahler Lieder

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Para tirar o gosto do Maazel de ontem, um álbum indiscutível: Canções de Mahler com regência de Pierre Boulez, a Filarmônica de Viena e os cantores Thomas Quasthoff, Violeta Urmana e Anne Sofie von Otter. Meio besta ficar comentando. Mesmo assim, alguns detalhes: são três ciclos de completos Mahler, interpretados por três cantores e um só regente e orquestra. É inacreditavelmente belo. Ouça ou ouça.

Gustav Mahler – Mahler Lieder

Lieder eines fahrenden Gesellen

1) Wenn mein Schatz Hochzeit macht [4:12]
2) Ging heut’ morgen übers Feld [3:53]
3) Ich hab’ ein glühend Messer [3:09]
4) Die zwei blauen Augen von meinem Schatz [5:37]

Thomas Quasthoff
Wiener Philharmoniker
Pierre Boulez

Rückert-Lieder

5) Blicke mir nicht in die Lieder [1:18]
6) Ich atmet’ einen linden Duft [2:37]
7) Liebst du um Schönheit [2:45]
8. Ich bin der Welt abhanden gekommen [7:02]
9) Um Mitternacht [5:54]

Violeta Urmana
Wiener Philharmoniker
Pierre Boulez

Kindertotenlieder

10) Nun will die Sonn’ so hell aufgeh’n [5:44]
11) Nun seh’ ich wohl, warum so dunkle Flammen [4:51]
12) Wenn dein Mütterlein [4:57]
13) Oft denk’ ich, sie sind nur ausgegangen [3:01]
14) In diesem Wetter [6:08]

Anne Sofie von Otter
Wiener Philharmoniker
Pierre Boulez

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Pessoalmente, Boulez pode ser um chato mal-humorado, mas bota ele na frente de orquestra para ver o resultado...
Pessoalmente, Boulez pode ser um chato mal-humorado, mas bota ele na frente de orquestra para ver o resultado…

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Franz Schubert (1797-1828) – Rosamunde (Incidental Music) – Overture Preciosa, Op.78, Overture Genoveva, Op.81 – Münchinger, WPO

4197XJ7Y64LAs grandes gravações com os grandes maestros do passado precisam sempre estar disponíveis para todos. Ao menos sou desta opinião, e creio que seja compartilhada por todos, inclusive pelos executivos das grandes gravadoras. Se assim não fosse, não teríamos acesso a esta magnífica versão de uma obra de Schubert pouco gravada atualmente, “Rosamunde”.
Schubert compôs essa obra como música incidental de uma peça de teatro chamada “Rosamunde, Fürstin von Zypern” (Rosamunde, Princesa de Chipre), escrita por Helmina von Chézy, e a estreou em 1823. Com o passar do tempo, o texto da peça se perdeu, porém uma versão alternativa da mesma foi encontrada em uma Biblioteca e publicada em 1996.
Mas o que nos interessa aqui é a música. E que música. Foi uma das últimas composições de Schubert e como não poderia deixar de ser, trata-se de uma belíssima obra, com melodias memoráveis. O que também chama a atenção é a maturidade da música, lembrando que Schubert tinha meros vinte e sete anos de idade quando a escreveu. Sua orquestração é riquíssima, com direito a uma contralto e um Coro. Para quem ainda não conhece, eis uma ótima oportunidade para confirmar a genialidade de Schubert.
A Filarmônica de Viena e o Coro Estatal da Ópera de Viena dispensam apresentações, e Karl Münchinger está perfeito. Com certeza, essa é uma das grandes gravações do passado que precisavam ser resgatadas, como comentei acima. Tenho certeza de que os senhores irão gostar muito.

1. Overture
2. No. 1 Entr’ Acte Following Act 1
3. No. 2 Ballet
4. No. 3a Entr’ Acte Following Act II
5. No. 3b Romanze Der Vollmond Strahlt Auf Bergeshoh ‘N’
6. No. 4 Geisterchor In Der Tiefe Wohnt Das Licht
7. No. 5 Entr’ Acte Following Act III
8. No. 6 Hirtenmelodien
9. No. 7 Hirtenchor Hier Auf Den Fluren’
10. No. 8 Jagerchor Wie Lebt Sich’s So Frohlich Im Grunen
11. No. 9 Ballet
12. Overture Preciosa, Op.78
13. Overture Genoveva, Op.81

Rohangiz Yachmi – Contralto
Vienna Philharmonic Orchestra
Vienna State Opera Chorus
Karl Münchinger – Conductor

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Franz Schubert (1897-1828) – Schubert: Symphony No.5 in B flat, D.485, Felix Mendelssohn-Bartholdy – Mendelssohn: Symphony No.3 in A minor, Op.56 – “Scottish” – Bernstein, RCO, IPO

Leonard_Bernstein-Schubert_Mendelssohn_SchumannEsqueci de dizer aos senhores na postagem anterior de Schubert que iria postar uma série de CDs de Lenny Bernstein, realizadas já no final de sua vida, pelo selo Deutsch Grammophon. Neste primeiro momento, serão seis cds, dedicados a Schubert, Mendelssohn e Schumann.
Com este segundo CD com essa sinfonia de nº 3 de Schubert concluímos a fase dedicada a Schubert, ainda com a Orquestra do Concertgebow de Amsterdam.
A partir de Mendelssohn teremos a Filarmônica de Israel e a Filarmônica de Viena. Mas não se preocupem, tudo será devidamente identificado.
Então vamos ao que viemos, pois o tempo urge.

1. Schubert: Symphony No.5 in B flat, D.485 – 1. Allegro
2. Schubert: Symphony No.5 in B flat, D.485 – 2. Andante con moto
3. Schubert: Symphony No.5 in B flat, D.485 – 3. Menuetto (Allegro molto)
4. Schubert: Symphony No.5 in B flat, D.485 – 4. Allegro vivace

Concertgebow Orchestra
Leonard Bernstein – Conductor

5. Mendelssohn: Symphony No.3 in A minor, Op.56 – “Scottish” – 1. Andante con moto – Allegro un poco agitato – Assai animato – Andante come prima
6. Mendelssohn: Symphony No.3 in A minor, Op.56 – “Scottish” – 2. Vivace non troppo
7. Mendelssohn: Symphony No.3 in A minor, Op.56 – “Scottish” – 3. Adagio
8. Mendelssohn: Symphony No.3 in A minor, Op.56 – “Scottish” – 4. Allegro vivacissimo – Allegro maestoso assai

Israel Philharmonic Orchestra
Leonard Bernstein – Conductor

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Franz Schubert (1897-1828) – Symphonies nº 8 e nº 9 – Bernstein, Royal Concertgebow Orchestra

Leonard_Bernstein-Schubert_Mendelssohn_SchumannQuando digo que considero essa orquestra holandesa como a melhor das últimas décadas, alguns dizem que exagero. Mas ouçam o que o maestro norte americano Leonard Bernstein faz com ela tocando as duas últimas sinfonias de Schubert e me digam se não tenho razão. É impressionante como eles mantém um padrão de altíssima qualidade já há tanto tempo e com os mais diversos maestros.
Claro que além da orquestra não podemos esquecer de Lenny, que é um destaque a parte. Quem já o viu ao vivo regendo uma orquestra sabe do que estou falando. Procurem lá no Youtube, os senhores irão encontrar bastante coisa e então vão entender o que estou falando.
Chega de falar. Baixem esse CD, sentem-se em suas melhores poltronas e sintam tudo o que se pode extrair de uma obra quando se tem um grupo de músicos desse nível.

01 – 01 Schubert – Symphony nº 8 in D MInor, 1 Allegro moderato
02 – 02 Andante con moto
03-  Symphony nº 9 in 01 Andante – Allegro ma non troppo
04- 02 Andante con moto
05 – 03 Scherzo Allegro vivace
06 – 04 Allegro vivace

Concertgebow Orchestra
Leonard Bernstein – Conductor

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Michael Daugherty (1954): Mount Rushmore / Radio City / The Gospel According to Sister Aimee

Michael Daugherty (1954): Mount Rushmore / Radio City / The Gospel According to Sister Aimee

Está na hora de conhecer Michael Daugherty, gente!

Mount Rushmore é um oratório dramático inspirado na escultura de quatro presidentes norte-americanos esculpida nas Black Hills de Dakota do Sul. Radio City é uma fantasia sinfônica sobre o lendário Arturo Toscanini, que conduziu a Orquestra Sinfônica da NBC em transmissões de rádio ao vivo ouvidas por milhões de pessoas nos EUA. O Evangelho Segundo a Irmã Aimee é um concerto para órgão inspirado na ascensão, queda e redenção de celebridade religiosa Aimee McPherson.

É um CD coerente e notável. O extraordinário compositor norte-americano Michael Daugherty explora três símbolos da “The Greatest Generation”, período turbulento da história dos Estados Unidos da América que vai da Grande Depressão da década de 1930 até a Segunda Guerra Mundial. Sob a esplêndida regência Carl St Clair, a Pacific Symphony dá um show, acompanhado pelo Pacific Chorale, um dos melhores coros do país e pelo Paul Jacobs.

Michael Daugherty (1954):
Mount Rushmore / Radio City / The Gospel According to Sister Aimee

Mount Rushmore
1. I. George Washington 00:04:04
2. II. Thomas Jefferson 00:06:17
3. III. Theodore Roosevelt 00:07:51
4. IV. Abraham Lincoln 00:13:36

Radio City: Symphonic Fantasy on Arturo Toscanini and the NBC Symphony Orchestra
5. I. O Brave New World 00:07:28
6. II. Ode to the Old World 00:12:18
7. III. On the Air 00:05:50

The Gospel According to Sister Aimee
8. I. Knock Out the Devil 00:07:30
9. II. An Evangelist Drowns – Desert Dance 00:04:57
10. III. To the Promised Land 00:08:02

Paul Jacobs, orgão
Pacific Chorale
Pacific Symphony Orchestra
Carl St Clair

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Michael Daugherty
Michael Daugherty

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Matthew Locke (1621-1677) e Henry Purcell (1659-1695): The Theater of Musick – Musique Pour Les Théâtres Londoniens

Matthew Locke (1621-1677) e Henry Purcell (1659-1695): The Theater of Musick – Musique Pour Les Théâtres Londoniens

IM-PER-DÍ-VEL para os amantes do barroco !!!

A música de cena, ou música incidental, é a música usada para uma produção dramática. A música incidental foi muito usada nas peças teatrais na Inglaterra, nas semi-óperas ou masques. Também eram usadas na França para as comédies-ballets de Molére e Lully. Essa prática musical perpassou toda história da música, chegando até os dias de hoje, encontrando um novo campo no cinema. Na ópera, o papel da música é preponderante. Há a fusão da música, drama e espetáculo. Em comum, esses gêneros foram feitos com a função de entreter, com cenas e música esplendorosas, conquistando um público ávido por divertimento, feitos para recém-criados teatros construídos especialmente para acomodar público, músicos e todo o aparato cênico que despontava naquela época. A música de cena para teatro, de tão extensa, recebia o nome de ópera na Inglaterra. Tinha abertura, entreatos e longos ballets ou cenas musicais.

Este CD dá uma visão de todo este esplendor.

(O texto em itálico foi adaptado a partir de um original de Gilberto Chacur)  

Matthew Locke (1621-1677)
1 Introduction 1:07
2 The Fantastick / Corant 2:45
3 Where The Bee Sucks – Composed By Pelham Humfrey 1:04
4 The Pleasures That I Now Possess – Composed By Giovanni Battista Draghi 2:31
5 Saraband 2:25
6 Symphony 0:54
7 Curtain Tune 2:00
8 Where Are Thou, God Of Dreams Composed By Giovanni Battista Draghi 2:52
9 Act Tune 1:08
10 Full Fathom Five – Composed By John Banister 1:31
11 Fantazie 3:39
12 Saraband 1:17
13 Adieu To The Pleasures – Composed By James Hart 5:12
14 Fantazie 3:01

Henry Purcell (1659-1695)
15 Overture 2:33
16 Rondeau Minuet (Act Tune) 1:27
17 What Hope For Us Remains (On The Death Of His Worthy Friend Mr. Matthew Locke) 3:16
18 Chacone 2:05
19 Hornpipe (Act Tune) 0:48
20 Seek Not To Know 3:26
21 So When The Glit’ring Queen Of Night 4:14
22 Butterfly Dance 1:53
23 How Vile Are The Sordid Intrigues Of The Town 2:11
24 From Rosie Bow’rs (The Last Song The Author Sett, It Being In His Sickness) 6:12
25 Hornpipe On A Ground 1:24

La Rêveuse:
Harp [Triple] – Angélique Mauillon
Harpsichord, Organ, Virginal [Double] – Bertrand Cuiller
Painting – Wenceslaus Hollar
Recorded By – Manuel Mohino
Soprano Vocals – Julie Hassler
Theorbo, Classical Guitar, Directed By – Benjamin Perrot
Viol [Classical Viol] – Florence Bolton
Viola – Alain Pégeot
Violin – Stéphan Dudermel, Yannis Roger

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Purcell nos mostra uma das razões pelas quais o teatro inglês é o que é
Purcell nos mostra uma das razões pelas quais o teatro inglês é o que é

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Gioachino Rossini (1792-1868) – Petite Messe Solennelle – Rebeka, Mingardo, Meli, Esposito, Pappano

81ceKJmkWSL._SL1417_Por algum motivo que não posso explicar, creio que esta obra de Rossini nunca apareceu por aqui, na verdade, Rossini não frequenta muito o PQPBach. O que é uma pena, pois é uma maravilha essa sua Missa, aqui belamente interpretada por um grupo de músicos sensacional, liderados por Antonio Pappano.
Já li críticas da obra sacra de Rossini reclamando que elas são por demais operísticas, fugindo de sua função litúrgica, por assim dizer. Pode até ser, alguns de seus corais realmente lembram os corais mais famosos de suas óperas, mas não creio que isso possa ser considerado um defeito. Ao contrário, dão à obra uma nova possibilidade, fugindo das regras mais tradicionais de uma Missa.
Antonio Pappano é um maestro experiente exatamente no repertório operístico, e aqui nesta gravação ele está em casa, com a fantástica Orchestra Dell’Accademia Nazionale di Santa Cecilia e seu impecável coral, contando com excepcionais solistas. Tudo para realizar uma gravação, com o perdão da redundância, impecável.

Aproveitem seu final de semana para melhor apreciarem esta obra, em minha opinião, um primor da escrita musical de Rossini.

P.S. Em anexo ao arquivo do segundo CD vai o interessante e explicativo booklet.

Gioachino Rossini (1792-1868) – Petite Messe Solennelle

1 – Kyrie eleison
2 – Christe eleison
3 – Gloria in excelsis Deo
4 – Gratias agimus tibi
5 – Domine Deus
6 – Qui tollis peccata mundi
7 – Quoniam tu solus Sanctus
8 – Cum Sancto Spiritu
9 – Credo in unum Deum
10 – Crucifixus
11 – Et resurrexit
12 – Et vitam venturi saeculi

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CD 2

1 – Prelude religieux pendant l’Offertoire – Retournelle
2 – Sanctus – Benedictus
3 – O salutaris hostia
4 – Agnus Dei

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Marina Rebeka – Soprano
Sara Mingardo – Contralto
Francesco Meli – Tenor
Alex Sposito – Bass
Coro dell’Accademia Nazionale di Santa Cecilia  Roma
Orchestra dell’Accademia Nazionale di Santa Cecilia  Roma
Sir Antonio Pappano – Conductor

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Moonlight, Waldstein, Storm – Alexei Lubimov

CoverInteressantíssima essa gravação de Lubimov, que se utiliza de um piano fabricado de acordo com um modelo de 1802. Curioso para entendermos como era a sonoridade dos instrumentos da época, e para entendermos como soava para os contemporâneos de Beethoven estas suas três obras primas, as nossas mui amadas “Sonata ao Luar”, a “Waldstein” e a “Sonata Tempestade”. Excelente a escolha do pianista.

Como falei, aqueles que não estão muito familiarizados com a sonoridade destes pianos, em um primeiro momento vão estranhar, mas é uma questão de acostumar os ouvidos, a música faz o resto.

Espero que apreciem. O selo Alpha prima pela qualidade de suas gravações.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Moonlight, Waldstein, Storm

01. Piano Sonata No. 14 in C-sharp minor ‘Quasi una fantasia’ Op. 27 No. 2 I. Adagio sostenuto
02. II. Allegretto
03. III. Presto agitato
04. Piano Sonata No. 21 in C major Op. 53 I. Allegro con brio
05. II. Introduzione Adagio molto – attacca (in F major)
06. III. Rondo. Allegretto moderato – Prestissimo
07. Piano Sonata No. 17 in D minor Op. 31 No. 2 I. Largo – Allegro
08. II. Adagio
09. III. Allegretto

Alexei Lubimov – Pianoforte Erard 1802 copy by Christopher Clarke

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pianoforte Erard
Instrumento utilizado por Lubimov para estas gravações .

Stravinsky, Schubert, Ravel, Clara Schumann – Katia Labeque & Viktoria Mullova – Recital

41tg5Dsxp2L._SS280Mas que encontro dos sonhos …!!! Duas de minhas musas tocando juntas, em um repertório impecável, um encontro de duas excepcionais musicistas, e volto a repetir, um verdadeiro encontro dos sonhos.
O repertório abrange aproximadamente 100 anos de história da música, começando com a incrível Sonata barroca de Stravinsky, passando pela modernidade de Ravel e o romantismo de Schubert e Schumann.
Discaço, sem dúvida alguma, que merece sua atenção.

01. Stravinsky Suite Italienne – Introduction Allegro Moderato
02. Stravinsky Suite Italienne – Serenata Larghetto
03. Stravinsky Suite Italienne – Tarantella Vivace
04. Stravinsky Suite Italienne – Gavotte Con Due Variazioni – Allegretto – Alleg
05. Stravinsky Suite Italienne – Scherzino Presto Alla Breve
06. Stravinsky Suite Italienne – Minuetto – Finale
07. Schubert Fantasie For Violin And Piano D.934 – I Andante Molto
08. Schubert Fantasie For Violin And Piano D.934 – II Allegretto
09. Schubert Fantasie For Violin And Piano D.934 – III Andantino
10. Schubert Fantasie For Violin And Piano D.934 – IV Tempo Primo – Allegro Viva
11. Ravel Sonata For Violin And Piano – I Allegretto
12. Ravel Sonata For Violin And Piano – II Blues Moderato
13. Ravel Sonata For Violin And Piano – III Perpetuum Mobile Allegro
14. Schumann, Clara Romanze Fur Violine Und Klavier, Op.221 Db Major. re bemol major

Katia Labeque – Piano
Viktoria Mullova – Violin

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Carl Phillip Emanuel Bach: Symphonies For Strings – Trevor Pinnock, The English Concert

1aAdoro essas obras do mano Carl Phillip. Mostram todo o seu talento e versatilidade. E o mais importante, mostram um compositor maduro, conhecedor do momento histórico que viveu, rompendo definitivamente com o barroco e trazendo ao mundo o estilo que ficou conhecido como Clássico, ou classicismo. Em sua obra podemos reconhecer Haydn, Mozart, este último mesmo foi muito influenciado pela obra de Carl Phillip.

Sou absolutamente fascinado por essa gravação de Trevor Pinnock. Ele conseguiu dar um brilho único e uma vivacidade única à essas obras.

Para quem não conhece a obra de C.P.E. Bach, com certeza essa é uma grande introdução.

Carl Phillip Emanuel Bach: Symphonies For Strings – Trevor Pinnock, The English Concert

1 – I Allegro di molto (Symphony no.1 in G major)
2 – II Poco Adagio (Symphony no.1 in G major)
3 – III Presto (Symphony no.1 in G major)
4 – I Allegro di molto (Symphony no.2 in B flat major )
5 – II Poco Adagio (Symphony no.2 in B flat major )
6 – III Presto (Symphony no.2 in B flat major )
7 – I Allegro Assai (Symphony no.3 in C major)
8 – II Adagio (Symphony no.3 in C major)
9 – III Allegretto (Symphony no.3 in C major)
10 – I Allegro, ma non troppo (Symphony no.4 in A major)
11 – II Largo ed innocentemente (Symphony no.4 in A major)
12 – III Allegro assai (Symphony no.4 in A major)
13 – I Allegretto (Symphony no.5 in B minor)
14 – II Larghetto (Symphony no.5 in B minor)
15 – III Presto (Symphony no.5 in B minor)
16 – I Allegro di molto (Symphony no.6 in E major)
17 – II Poco Andante (Symphony no.6 in E major)
18 – III Allegro Spirituoso (Symphony no.6 in E major)

The English Concert
Trevor Pinnock – Conductor

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Restaurado – Os DOIS encontros de Guiomar e Beethoven no Quarto – e ainda Ao Luar!

Restaurado – Os DOIS encontros de Guiomar e Beethoven no Quarto – e ainda Ao Luar!

http://www.tropis.org/imagext/guiomar novaes beethoven swarowsky.jpgIM-PER-DÍ-VEL !!!

Publicado originalmente em 07.05.2010

Este post só foi possível graças a uma rede de colaborações. Primeiro, nosso leitor Eduardo Maia Bandeira de Melo enviou a gravação do concerto com Klemperer. Eu só conhecia a outra, e fiquei pasmo de ouvir como a mesma pianista pôde produzir duas versões tão diferentes da mesma obra – e as duas antológicas.

Aí veio a vontade irresistível de ouvi-las lado a lado – e obviamente de compartilhar essa audição com vocês – mas trombei com que a versão com Swarowsky anda inincontrável em CD e internet. E aí entrou nosso companheiro de equipe Avicenna, grande mestre em ripagem de LPs de vinil e pós-processamento dos arquivos. E de repente…

… eis que ouço saindo pela primeira vez do micro aqueles sons que me atingiam vindos da vitrola de meu pai quando eu ainda nem havia saído da barriga da minha mãe. (Parece que eram esse concerto e a Pastoral com Walter Goehr. Pouco depois esta era o único jeito de acalmar um certo sujeito um tanto indignado por ter nascido…)

Aí, uma decisão delicada: o CD oferecido pelo Eduardo contém mais 7 peças de recital, desacompanhadas, de Bach-Silotti, Brahms, Gluck-Sgambatti, Saint-Saëns sobre Gluck… em interpretações espantosas por diferentes motivos. Imperdível, mas inseridos artificialmente no mesmo disco. Totalmente fora do campo desse Beethoven. E decidi transferi-las para outro post, a ser feito em breve.

Por outro lado, o disco de Swarowsky contém ainda a Sonata ao Luar – provavelmente a leitura mais clássica, desapaixonada, cool, que já ouvi dessa obra. Ela ficaria totalmente desenturmada entre aquelas outras peças (quando vocês ouvirem vão entender…) e definitivamente não destoa do clima geral deste post. E então ficou aqui, de bis – ou tris, pois aparece depois que o concerto inteiro é bisado!

Antes de deixar com vocês, só quero dizer que não vejo o objetivo de “eleger a melhor” nessa audição lado a lado; acho mesmo que seria uma atitude mesquinha demais para matérias desta ordem. São diferentes, e ponto. Mas confesso que tendo a achar Klemperer mais interessante nos movimentos rápidos, enquanto o Andante com Swarowsky… ouçam em silêncio e atenção até a ÚLTIMA nota e depois me digam.

E ainda: Klemperer perderá um pouco na qualidade de som, e não por culpa do Eduardo: a gravação é de 1951 (informação do leitor Flavio Dutra), e a de Swarowsky foi lançada em 1962 já em stereo.

Finalmente: não parece notável que as duas versões tenham sido gravadas em Viena – a cidade que Beethoven adotou, e onde compôs e apresentou ao mundo esta música toda?

Beethoven, Concerto para piano e orquestra n.º 4, em Sol, op.58
Orquestra Sinfônica de Viena – Regente: Otto Klemperer
Solista: Guiomar Novaes

Ano de lançamento: 1951

01 I Allegro moderato
02 II Andante con moto
03 III Rondo, Vivace

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As outras peças contidas no mesmo CD (Bach, Brahms, Gluck etc.) serão postadas separadamente.

Beethoven, Concerto para piano e orquestra n.º 4, em Sol, op.58
Orquestra Pro-Musica de Viena – Regente: Hans Swarowsky
Solista: Guiomar Novaes

Ano de lançamento: 1962

01 I Allegro moderato
02 II Andante con moto
03 III Rondo, Vivace

Beethoven, Sonata para piano n.º 14, em Do sustenido menor, op.27 nº 2
“Ao Luar”, “Moonlight”, “Mondschein”
Pianista: Guiomar Novaes

Incluído no LP (vinil) do 4.º Concerto com Swarowsky (1962)

04 (faixa única)
. . . 0:00 I Adagio Sostenuto
. . . 5:20 II Allegreto
. . . 7:42 III Presto Agitato

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Guiomar, dois encontros com homens diferentes
Guiomar, dois encontros com homens diferentes

Ranulfus

[restaurado por Vassily em 22/5/2020]

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – English Suites 1,3 e 5 – Piotr Anderszewski

bach_english_suitesThe way he has considered the touch and dynamic of every phrase means that these are readings that constantly impress with fresh details each time you hear them’”

Este é comentário da conceituada revista Gramophone ao premiar este CD de Piotr Anderszewski como o melhor de 2014 na categoria Instrumental, em sua tradicional premiação anual. O  texto integral da resenha está aqui . 

Que mais podemos dizer desse CD além de ter sido escolhido o melhor do ano em sua categoria? Conheci este pianista em uma gravação em que ele acompanha Viktoria Mullova em sua leitura das sonatas de Brahms. E não lhe dei muito mais atenção depois disso. O que foi um erro. Sua carreira é muito sólida e suas gravações são muito recomendadas e bem avaliadas.

01 – 08 English Suite No.3 in G Minor BWV 808

09 – 17 English Suite No.1 in A Major BWV 806

18 – 24 18 – English Suite No.5 in E Minor BWV 810

Piotr Anderszewski – Piano

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Faixa 24 em formato MP3

Carl Friedrich Abel (1723-1787): Concertos para Flauta

Carl Friedrich Abel (1723-1787): Concertos para Flauta

Pois é. Eu não sou exatamente um amante do instrumento flauta e nem de seu repertório. Na minha opinião inútil, há as Sonatas de Bach, a Triosonata da Oferenda, o Concerto para Flauta e Harpa de Mozart, o de Nielsen e pouca coisa além. É um tremendo instrumento de orquestra, isso sim. Os Concertos de Abel são bons mais pela qualidade do solista e da orquestra deste CD do que pela música. Abel era um obediente às regras de seu tempo. Os concertos são convencionais, sem chegarem a ser inventivos. Mas é agradável de se ouvir numa manhã fria e nublada como a de hoje — vocês está no dia 23 de setembro, eu em 11 de setembro. Ah, as principais obras de Abel foram escritas para seu instrumento, a viola da gamba. E ela está na ilustração de Gainsborough abaixo, ao lado daquele lindo cachorro que eu gostaria de ter como amigo.

Carl Friedrich Abel (1723-1787): Concertos para Flauta

1. Fl Con in C, Op.6 No.1: Allegro Moderato
2. Fl Con in C, Op.6 No.1: Adagio
3. Fl Con in C, Op.6 No.1: Allegro

4. Fl Con in e, Op.6 No.2: Allegro
5. Fl Con in e, Op.6 No.2: Adagio Ma Non Troppo
6. Fl Con in e, Op.6 No.2: Allegro

7. Fl Con in D, Op.6 No.3: Moderato
8. Fl Con in D, Op.6 No.3: Adagio Ma Non Troppo
9. Fl Con in D, Op.6 No.3: Allegro Assai

10. Fl Con in G, Op.6 No.5: Allegro
11. Fl Con in G, Op.6 No.5: Adagio
12. Fl Con in G, Op.6 No.5: Presto

Karl Kaiser, flauta
La Stagione Orchestra
Michael Schneider

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Escreve, Abel, escreve
Escreve, Abel, escreve (gravura de Thomas Gainsborough)

PQP

Manuel de Falla – Paco de Lucia interpreta Falla

PUBLICADO ORIGINALMENTE POR FDP BACH EM 27/6/2009, REVALIDADO POR VASSILY EM 25/9/2015.

Cover artSe tudo tiver corrido bem, ou ao menos sofrivelmente bem, a esta altura já terei cruzado o Congo, terminado inteiro a odisseia centroafricana e, no final da noite, chegado ao Brasil.

Finalizo este mês de postagens racionadas com a revalidação dum tremendo álbum postado pelo FDP no longínquo 2009, e que estava indisponível aqui desde então. O grande Paco aqui está especialmente fodástico, e a gravação é eletrizante.

Assim que tomar um bom banho e me livrar dos ectoparasitas, volto à vida – e ao blogue.

Vassily

POSTAGEM ORIGINAL DE FDP BACH EM 27/6/2009

Começo a fazer uma série diferente, que dedicarei à música espanhola dos séculos XIX e XIX, com destaque para Falla, Albéniz, Rodrigo, e mais alguns outros.

Vou começar com um disco que me fez tornar fã deste gênio do violão flamenco, Paco de Lucia. Comprei ainda nos tempos do LP, e não conseguia acreditar no que o cara fazia com o mesmo instrumento de seis cordas que eu tinha jogado num canto de meu quarto. Como diz o mano PQP, parece que ele toca com um espanador. Alguns anos depois, já na faculdade, escrevi uma pequena monografia sobre a música flamenca, mas, após entregá-lo nunca mais tive acesso ao trabalho, pois o professor veio a falecer no decorrer do semestre e não sei onde foi parar. Era uma disciplina chamada “História da Cultura Ibérica”, e o professor era um grande especialista na área.

Pois bem, o que Paco de Lucia faz aqui neste pequeno disco é uma releitura de alguns trechos conhecidíssimos da obra de Falla, como a “Dança Ritual del Fuego”, “Dança del Fuego Fátuo”, entre outros. Este disco está fora de catálogo e tem um doido querendo vender o seu por U$S 115 na amazon. Tem doido para tudo, inclusive para pagar este preço. Ainda tenho o meu velho LP, e cuido muito bem dele.

Para os mais puristas, informo que a leitura que Lucia faz é muito peculiar, pois mistura elementos da música flamenca com o Jazz.

Abaixo, transcrevo o texto que consta no meu velho vinil:

“A principios de la década de los 20 (a poco más de un siglo de distancia del nascimento publico del cante) Manuel de Falla, el más universal, el más grande de los músicos españoles, deseando pagar al flamenco la deuda que tenia contraíd con esa música de incomparable majestad, resuelve presentear al cante como una parte sustancial de la grand música del mundo: contra el fanático antiflamenquismo de la época, don Manuel lleva a cabo ese acto de reinvindicación e de justicia mediante la preparación e la culminación del Concurso de Canto Jondo de Granada. El amor de Falla al flamenco venía de muy antigo. Nacido Falla en Cádiz y en lá época de gran eclósion cantaora, su propia madre lo dormia sussurrrándole nanas andaluzas. Una jovem servienta, “La Morilla”, cantaba al niño Falla los cantes gaditanos y los cantes mineros. Más tarde, don Manuel nos dejaria un trabajo de investigación sobre los origenes del flamenco (El cante jondo, canto primitivo andaluz) cuyas líneas maestras tejen la plataforma sobre la que se han baseado todas las investigaciones posteriores, la plataforma sin la cual no existe ni una sola opinión solvente en torno a los rasgos primitivos del cante. Don Manuel solia pedir a Antonio El Polinario, a Pastora Imperio, a Rosario La Mejorana y a anonimos gitanos, del Albaicin que le cantaran las viejas siguirillas, las antiguas tonás, las remotas saetas, y con sus signos pacientes y menudos anotaba las melodias. Toda su producción entre 1904 y 1912, es decir, desde el princípio de su madurez como artista hasta la fecha del Concurso de Granada, es un sucesivo homenaje a la forma expresiva más sobrecogedora de una Andalucia verdadeiramente esencial. La Vida Breve, El Amor Brujo, El sombrero de tres picos, La fantasia bética, las Noches en los jardines de España, son ya músicas del planeta, pero antes y en sucesivo, son transfiguraciones  incomparables de las músicas andaluzas y pruebas sucesivas del amor y el respecto  que Don Manuel sintió por ellas. (Cuando murió, en Alta Gracia, en la Córdoba de Argentina, su hermano y sus amigos encontraron, entre sus muy escasas propriedades, un ejemplar de una grabación que le habia regalado el anciano ganado del Concurso, Diego Bermúdez, El Tenazas. Falla se habia llevado al exilio, a la muerte, unos cantes de aquel viejo remoto).

A finales de la decada de los años 70, (a poco más de un siglo de distancia del nacimiento de Don Manuel de Falla) Paco de Lucia, el más grande de los creadores de música para guitarra andaluza que há tenido jamás la historia del flamenco, deseando pagar a Don Manuel siguiera parte de la deuda que el flamenco tiene de antiguo contraída con aquele hombre pequeñito y a la vez gigantesco, se sumerge en una selva de partituras del maestro. Acelerada y laboriosamente aprende a leer música para decifrar esas obras que ama y que él sabe que suenan al más recóndito metal de la fragua flamenca (Falla -escribio Orozco Diaz – es un andaluz puro, pero en él incide la raíz, no la apariencia; lo profundo no lo superficial. No sólo lá temática de sus obras, sino la misma inspiración íntima preceden de una Andalucia honda, que sólo se entrevé en la expresión y el sentimiento del cante jondo). Paco de Lucia elige algunas partituras de Falla, efectua várias transcriciones (a algunas de las cuales será preciso denominar versiones, ya que el auténtico respeto aquí no excluye la incorporación de ciertos agregados rítmicos y algunos compases dialogados, formas de amor más que licencias) y las graba con jubilo angustiado, doblando él mismo la guitarra una vez y otra vez, interpretando la parte melódica, luego las harmonias más tarde otros efectos sonoros, levantando de manera tentacular, avariciosa, el edificio de su fidelidad a la música del maestro; y tocando en todo momento con esa potencia en las escalas, esa seguridad en los agudos, ese brillo en los bajos, esa sensualidad y perfección en los rasgueos, ese sonido, en fin que sólo posee la técnica flamenca y mediante el que, súbitamente, descubrimos a un Falla no nuevo sino definitivo. Siempre supimos que en la música de Falla habitaba el flamenco. Nos faltaba una sola prueba: los es esta grabación.

El mayor genio de la guitarra flamenca se proclama deudor del mayor genio de la música andaluza medio siglo después de que áquel músico immortal proclamara su deuda a unas músicas que, con ele nombre de flamenco, ya es justo llamar imortales. Esta grabación es, pues, algo más que un novo disco de Paco de Lucia. Por si solo, esto seria un acontecimiento> pero cyabdi se escuche, escúchese algo más: el respecto y la gratitud de Paco de Lucia por Don Manuel de Falla hacia el flamenco, y el abrazo ya indisoluble de la música culta ya la flamenca a través del abraço que mediante esta guitarra y aquellas partituras se dan, por entre el ciego tiempo, un grand andaluz de Algeciras e un immenso andaluz de la milenaria Gadir. Félix Grande

Infelizmente o disco não traz maiores informações sobre os acompanhantes de Lucia. Destacam um grupo chamado Dolores, o cantor Pepe de Lucia, na faixa 4, e Ramon de Algeciras tocando uma segunda guitarra.

O único pecado desta pérola discográfica e sua duração: Meros 30 minutos, mas como tudo que diz respeito à música flamenca e principalmente à genialidade da dupla Falla / Lucia, são 30 minutos muito intensos. Espero que apreciem.

P.S. – Caso alguém venha a se interessar por outras incurssões de Lucia na música flamenca possuo uma discografia considerável dele. Basta pedir, que com o tempo posso vir a postar.

Uma biografia mais detalhada de Falla pode ser encontrada aqui .

Manuel de Falla (1876-1946) – Paco de Lucia interpreta a Manuel de Falla

1. Danza de los Vecinos [De “El Sombrero de Tres Picos”]
2. Danza Ritual del Fuego [De “El Amor Brujo”]
3. Introduccion y Pantomima [De el Amor Brujo]
4. Paño Moruno [De “Siete Canciones Populares”]
5. Danza del Molinero [De “El Sombrero de Tres Picos”]
6. Danza (De “La Vida Breve”)
7. Escena (De “El Amor Brujo”)
8. Cancion del Fuego Fatuo (De “El Amor Brujo”)
9. Danza del Terror [De “El Amor Brujo”]
10. Danza de la Molinera [De “El Sombrero de Tres Picos”]

Paco de Lucia – Violão Flamenco
Pepe de Lucia – Cantor da faixa 4
Ramon de Algeciras – 2º Violão
Grupo Dolores

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FDP Bach

 

Joseph Haydn (1732-1809): Haydn – Italian Arias – Quasthoff, Freiburger Barockorchester

Haydn-Quasthoff_01Pense em um CD delicioso, com um grande cantor, acompanhado por uma excepcional orquestra .. e o principal: um repertório um tanto quanto desconhecido da grande maioria silenciosa, apesar de ter sido composto por um dos grandes compositores do Século XVIII, um gênio da sinfonia, dos Quartetos de Cordas …

Pensou em Thomas Quasthoff interpretando árias de óperas de Haydn? Pois é, nem eu pensaria. Vamos ver o que o próprio Quasthoff tem a dizer:

“I have often sung Haydn´s Creation and Seasons, but it was only because of this recording that I really came to terms with his operas. Here we encounter an unknown Haydn whom the singer needs to approach differently from the Haydn of the oratorios. But the risk is amply rewarded.”

E que grande CD  … tenho certeza que os senhores irão apreciar …

Joseph Haydn (1732-1809): Haydn – Italian Arias – Quasthoff, Freiburger Barockorchester

01 – Untreue lohnt sich nicht – 1. Akt – Non v’e rimedio
02 – Der Ritter Roland – 2. Akt – Mille lampi d’accese faville
03 – 3. Akt – Ombre insepolte
04 – Armida – 1. Akt – Se dal suo braccio oppresso
05 – 2. Akt – Teco lo guida al campo
06 – Die unbewohnte Insel – 1. Teil – Chi nel cammin d’onore
07 – Die belohnte Treue – 2. Akt – Di questo audace ferro
08 – 1. Akt – Mi dicia il mio signore
09 – 2. Akt – Sappa che la bellezza
10 – Die unverhoffte Begegnung – 1. Akt – Noi pariamo santarelli
11 – Die wahre Bestandigkeit – 1. Akt – Non sparat … mi disdico
12 – Die Welt auf dem Mond – 2. Akt – Che mondo amabile
13 – 2. Akt – Non aver di me sospetto
14 – Der Deserteur – 2. Akt – Un cor si tenero in petto forte  (f.F.Bianchi)
15 – Die Schule der Eifersuchtigen – 2. Akt – Dice benissimo chi si Marita (f.A.Sa…
16 – Die Seele des Philosophen (Orpheus & Eurydike) – 2. Akt – Chi spira e non spera
17 – 2. Akt – Il pensier sta neglio oggetti
18 – 2. Akt – Mai non sia inulto

Thomas Quasthoff – Bass, Baritone
Freiburger Barockorchester
Gottfried von der Goltz – Conductor

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FDP

 

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 4 (CD 4 de 14)

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 4 (CD 4 de 14)

Fala a Sociedade dos Amantes de Mahler, patrocinadora desta série de posts:

Caro PQP,

aí temos o texto relativo à Quarta Sinofnia.

Abraços,

SAM.

A Quarta Sinfonia em sol maior de 1899-1900 pode ser considerada um epílogo para as três primeiras sinfonias. É a sinfonia mais intimista e em menor escala de Mahler, com orquestra reduzida e virtualmente nenhum efeito grandioso. Não se pode falar de simplismo ingênuo em ligação com uma composição tão sutil e disciplinada, mas a atmosfera é certamente infantil, de modo sumamente apropriado. Não admira que seja a mais popular e acessível sinfonia de Mahler, e é a primeira em que ele se conservou fiel aos quatro movimentos do modelo clássico. Pensou em subintitulá-la Humoresque – uma pista (se alguma fosse necessária) para suas ligacoes com as canções Wunderhorn e, em especial, com Wir geniessen die himmlischen Freuden, composta em março de 1892. Um dos primeiros planos para a sinfonia mostra que sua concepção precedeu a Segunda e a Terceira – mais uma prova de que as sinfonias de Mahler são uma cadeia contínua e interligada ou, para usar um paralelo literário, uma vasta novela autobiográfica, da qual cada sinfonia é um capítulo. A teoria de Paul Bekker, depreciada por Neville Cardus, de que toda a sinfonia foi germinada por essa canção, parece-me convincente. Cada movimento está tematicamente inteligado à maneira usual e alusivamente sutil de Mahler. Em todo caso, eis as próprias palavras de Mahler a Natalie Bauer-Lechner em 1901 : “Eu queria realmente escrever uma humoresque sinfônica que acabou se convertendo numa sinfonia completa, enquanto que antes, quando queria que se tornasse uma sinfonia, ganhou o tamanho de três (dois pontos) as minhas Segunda e Terceira”.

O primeiro movimento é melodicamente profuso, sua tessitura e estrutura constituindo um avanço sobre tudo o que Mahler compusera até então. Nunca um contraponto foi mais inventivo. A lucidez e o frescor do material recordam, com freqüência, mais Haydn do que Schubert. O estado de espírito de Mahler é aqui dominado pela descontração, o mundo dos conflitos e agressões é ignorado, quando não esquecido. É inesquecível a sua vibrante abertura – ele qualificou-a de “melodia divinamente alegre e profundamente melancólica” (…).

Dessa obra tão conhecida e amada dificilmente será necessário fazer mais do que lembrar suas belezas : a delicada coda do primeiro movimento, por exemplo – sancta simplicitas, se alguém jamais a ouviu; e o levemente fantasmagórico scherzo, associado de forma tão maravilhosa por Cardus às sombras projetadas pela luz de vela na parede de um quarto de criança. Nessa fantasia-Ländler, Mahler faz muito uso de um violino solo, com uma scordatura que permite tocar um tom inteiro mais alto do que o resto e faz o instrumento soar como “ein Fiedel”, o precursor medieval do violino e a origem da palavra inglesa fiddle. Num dos primeiros esboços, Mahler escreveu dessa passagem : “Freund Hain spielt auf”. O amigo Hain que toca era um violino espectral que guiava o caminho para a eternidade ou a perdição. Os demônios de Mahler estão de folga nessa sinfonia e o amigo Hain é mais pitoresco do que macabro. Entretanto, cumpre recordar a descrição que Mahler fez da composição dessa sinfonia:

Por causa da lógica irresistível de uma peça que tive de alterar, todo o trabalho subseqüente tornou-se confuso para mim e, para minha estupefação, eu tinha penetrado num domínio totalmente diferente, tal como num sonho nos imaginamos vagueando pelos jardins do Eliseu, entre flores de suaves aromas, e subitamente o sonho converte-se num pesadelo em que nos vemos lançados num Hades cheio de terrores. As pistas e emanações desses mundos, para mim horrendos e misteriosos, são freqüentemente encontradas em minhas composições. Desta vez, é uma floresta com todos os seus mistérios e horrores que força minha mão e se entretece em minha obra. Está ficando cada vez mais claro para mim que um indivíduo não compõe, mas esta sendo composto.

Daí o calafrio que, com freqüência, se apodera dessa obra luminosa, mesmo no adágio.

O final do scherzo, após uma sutil alusão ao tema do finale, tem um toque de severidade que se dissipa no adágio, o mais sereno movimento de Mahler, embora seu fluir tranqüilo seja interrompido, primeiro por dança e, depois, por uma “desintegração” apaixonada, tão poderosa quanto qualquer outra passagem da Quinta e da Sexta Sinfonias e, obviamente, o “Hades cheio de horrores” acima mencionado. Numa soberba passagem perto do final, a música explode sobre o ouvinte como um religioso afresco do Paraíso. Mahler usou a forma variação nesse movimento e pode assim, com extraordinária habilidade, manter lado a lado e interligadas as atmosferas de contentamento infantil do céu, um “céu azul sem nuvens” com Marta cozendo o pão e vozes angélicas entoando hinos a Santa Cecília.

A Sinfonia em sol maior foi publicada em 1902, mas Mahler reviu-a diversas vezes. É difícil acreditar que uma obra tão encantadora pudesse ter tido um acolhimento inicial tão frio – até mesmo a Alma ela desagradou – e que Mahler a descrevesse como uma “enteada perseguida”. Sua revisão final, para suas duas récitas de Nova York, foi feita em 11 de outubro de 1910, mas Erwin Stein, na década de 1920, descobriu uma coleção de provas com revisões ainda mais extensas visando, como de costume, uma clareza cada vez maior. Incluíam mudanças de dinâmica e de sinais de expressão, e alterações tais na partitura como o reforço da melodia do oboé em quatro compassos no movimento lento pelo trompete com surdina, corne inglês e trompa, e uma redução do acompanhamento no finale. Também foram mudadas varias direções de ritmo. É como se Mahler, toda vez que regia suas próprias obras, voltasse a compô -las.

(KENNEDY, Michael. Mahler. Tradução Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1988 P. 109-112).

Mahler (1860-1911): Sinfonia Nº 4
01. Bedächtig. Nicht eilen – Recht gemächlich
02. In gemächlicher Bewegung. Ohne Hast
03. Ruhevoll
04. Sehr behaglich `Wir geniessen die himmlischen Freuden` (soprano solo)

Amanda Roocroft: soprano
City of Birmingham Symphony Orchestra
Simon Rattle

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Sir Simon Rattle hoje
Sir Simon Rattle hoje

PQP

Piotr Ilich Tchaikovsky (1840-1893): Obras para Violino e Orquestra – Ehnes, Ashkenazy, Sidney Symphony

ON+4076Preparei esta postagem ontem de manhã (domingo) e a postei em seguida. De repente, por algum motivo inexplicável, ela simplesmente sumiu, desapareceu, escafedeu-se. Sabe-se lá o que aconteceu. Nossa área técnica também não soube dar uma explicação. E tanto é verdade que a postei que tenho registrado sete downloads do arquivo no PQPShare.

Mas enfim, problemas internéticos à parte, esse realmente é um baita CD. James Ehnes é um dos grandes nomes do violino na atualidade, e todas as suas gravações são de primeira.

Neste CD ele é acompanhado pelo veterano Condutor / Pianista Vladimir Ashkenazy, um grande especialista em Tchaikovsky.

Espero que desta vez a postagem não desapareça.

Piotr Ilich Tchaikovsky (1840-1893): Violin Concerto in D major, Op. 35 / Sérénade mélancolique, for violin & orchestra (or piano) in B minor, Op. 26 / Valse-scherzo, for violin & orchestra (or violin & piano) in C major, Op. 34 / Souvenir d’un lieu cher, for violin & piano (or orchestra), Op. 42

1.  Violin Concerto in D major, Op. 35 – 1. Allegro moderato
2. Violin Concerto in D major, Op. 35 – 2. Canzonetta Andante
3. Violin Concerto in D major, Op. 35 – 3. Finale Allegro vivacissimo
4. Sérénade mélancolique, for violin & orchestra (or piano) in B minor, Op. 26
5. Valse-scherzo, for violin & orchestra (or violin & piano) in C major, Op. 34
6. TSouvenir d’un lieu cher, for violin & piano (or orchestra), Op. 42 – 1. Meditation
7. Souvenir d’un lieu cher, for violin & piano (or orchestra), Op. 42 – 2. Scherzo
8. Souvenir d’un lieu cher, for violin & piano (or orchestra), Op. 42 – 3. Melodie

James Ehnes, violino
Sydney Symphony Orchestra
Vladimir Ashkenazy

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FDP

.: interlúdio :. Meredith Monk (1942): Dolmen Music

.: interlúdio :. Meredith Monk (1942): Dolmen Music

IM-PER-DÍ-VEL !!!

No início dos anos 80, era impossível a sobrevivência intelectual sem conhecer a gravadora ECM. A música disco e o mau gosto grassavam e todos os que tinham ouvidos de boa qualidade corriam para o refúgio de Manfred Eicher. E quase todos os que se interessavam por música tinham o vinil de Dolmen Music, de Meredith Monk, da ECM, claro. Ouvindo-o novamente no dia de hoje, curti muito, muito mais do que imaginava minha memória. Meredith Jane Monk (nascida em 20 de novembro de 1942 em Nova Iorque) é uma compositora, performer, diretora, vocalista, cineasta e coreógrafa norte-americana. Desde os anos sessenta, Monk tem criado trabalhos multidisciplinares que combinam música, teatro e dança, gravando sempre para a ECM Records.

Meredith Monk é principalmente conhecida por suas inovações vocais, incluindo uma vasta gama de técnicas estendidas, as quais ela desenvolveu pela primeira vez em suas performances solo antes de formar seu próprio grupo. Em dezembro de 1961, ela apareceu na “Actor’s Playhouse” no Greenwich Village (Nova Iorque) como dançarina solo em uma adatação de teatro musical para crianças de “A Christmas Carol”, de Charles Dickens na Off Broadway intitulada “Scrooge” (música e letra de Norman Curtis; dirigido e coreografado por Patricia Taylor Curtis). Em 1964, Monk formou-se no Sarah Lawrence College depois de estudar com Beverly Schmidt Blossom, e em 1968 ela fundou The House, uma companhia dedicada a uma abordagem multidisciplinar da performance.

Meredith Monk na Casa Branca
Meredith Monk na Casa Branca

As performances de Monk têm influenciado muitos artistas, incluindo Bruce Nauman, o qual ela conheceu em San Francisco em 1968. Em 1978 Monk formou o Meredith Monk and Vocal Ensemble (modelado segundo grupos similares de seus colegas de música como Steve Reich and Philip Glass), para explorar novas e mais amplas formas e texturas vocais, as quais eram frequentemente contrastadas com texturas instrumentais minimalistas. Monk iniciou um relacionamento duradouro com o Walker Art Center de Minneapolis, o qual continua a divulgar seu trabalho até hoje. Peças dessa época incluem Dolmen Music (1979), que foi também gravada em seu primeiro álbum, lançado pelo selo ECM de Manfred Eicher em 1981.

Nos anos oitenta, Monk roteirizou e dirigiu dois filmes, Ellis Island (1981) e Book of Days (1988), os quais se desenvolveram de uma única ideia: “Um dia, durante o verão de 1984, quando eu estava varrendo o chão de minha casa no campo, a imagem de uma jovem (em preto e branco) e uma rua medieval em uma comunidade judaica (também em preto e branco) veio à minha mente.” Monk conta essa história nas notas de encarte da gravação da ECM. Duas versões musicais existem desta peça, uma para salas de concerto e a outra um álbum, produzido por Meredith Monk e Manfred Eicher, que é “um filme para os ouvidos”.

No início dos anos 1990 Monk compôs a ópera Atlas, que estreou em Houston, Texas em 1991. Ela também escreveu peças para grupos instrumentais e orquestras sinfônicas. Seu primeiro trabalho sinfônico foi Possible Sky (2003). A ele se seguiu Stringsongs (2004) para quarteto de cordas, que foi encomendado pelo Kronos Quartet. Em 2005, realizaram-se eventos em todo o mundo para celebrar o quadragésimo aniversário de sua carreira, incluindo um concerto no Carnegie Hall com participação de Björk, Terry Riley, DJ Spooky (que sampleou Monk em seu álbum Drums of Death), Ursula Oppens, Bruce Brubaker, John Zorn, e os novos grupos musicais Alarm Will Sound e Bang on a Can All-Stars, em conjunto com o Pacific Mozart Ensemble.

Meredith Monk (1942): Dolmen Music

1. Fear And Loathing In Gotham – Gotham Lullaby 4:17
2. Education Of The Girlchild – Travelling 6:19
3. Education Of The Girlchild – The Tale 2:49
4. Education Of The Girlchild – Biography 9:28
5. Dolmen Music 23:47

Meredith Monk
Colin Walcott
Steve Lockwood
Andrea Goodman
Julius Eastman
Monica Solem
Paul Langland
Robert Een

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Meredith Monk
Meredith Monk

PQP

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonias Nros. 7 e 8, com Bernard Haitink

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonias Nros. 7 e 8, com Bernard Haitink

Finalizando a divulgação da integral das sinfonias de Mahler por Bernard Haitink e o Concertgebouw de Amsterdam, aqui temos as de Nº 7 e 8. Vou contar uma coisa para vocês: mesmo sendo um mahleriano de quatro costados, não gosto muito da oitava. Não faço críticas ao gigantismo, faço à música mesmo. À exceção do coral inicial e de suas múltiplas e belas variações, a sinfonia não me comove. Sempre fico meio frio quando alguém começa a tecer elogios histéricos à Sinfonia dos Mil. Mas tudo bem, vai ver que sou eu o equivocado e trata-se de música de primeira linha dentro do riquíssimo universo de Mahler. Já a sétima é uma obra-prima.

A audição desta integral reforçou uma ideia que já tinha. Haitink é um dos campeões nestas obras. Deixemos o restante do pódio para Bernstein e Tilson Thomas, tá? Ah, discordem à vontade. É apenas minha opinião.

Symphony No. 7 in E minor

1. I. Langsam. Adagio-Allegro 20:46
2. II. Allegro moderato 14:36
3. III. Scherzo 9:45
4. IV. Andante amoroso 12:45
5. V. Rondo-Finale. Allegro ordinario 17:45

Royal Concertgebouw Orchestra
Bernard Haitink

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Symphony No. 8 in E flat “Symphony of a Thousand”

Part 1: Hymnus “Veni, Creator Spiritus”

1. I. Veni, creator spiritus 1:24
2. II. Imple superna gratia 3:01
3. III. Imple superna gratia 3:37
4. IV. Infirma nostri corporis 2:53
5. V. Accende lumen sensibus 5:41
6. VI. Qui Paraclitus diceris 2:29
7. VII. Gloria sit Patri Domino 3:25

Part 2: Final scene from “Faust”

8. VIII. Poco adagio 5:08
9. IX. Più mosso. Allegro moderato 3:00
10. X. Waldung, sie schwankt heran 3:23
11. XI. Ewiger Wonnebrand 1:24
12. XII. Wie Felsenabgrund mir zu Füßen 4:35
13. XIII. Gerettet ist das edle Glied 1:04
14. XIV. Jene Rosen, aus den Händen 2:14
15. XV. Uns bleibt ein Erdenrest 1:52
16. XVI. Ich spür’ soeben 5:44
17. XVII. Dir, der Unberührbaren 3:34
18. XVIII. Bei der Liebe, die den Füßen 6:00
19. XIX. Er überwachst uns schon 4:25
20. XX. Blicket auf zum Retterblick 5:45
21. XXI. Alles Vergängliche 5:07
Ileana Cotrubas (soprano) – Magna Peccatrix, Heather Harper (soprano) – Una Poenitentium,
Hanneke van Bark (soprano) – Mater Gloriosa;
Birgit Finnila (contralto) – Mulier Samaritana, Marianne Dielman (contralto) – Maria Aegyptiaca
William Cochran (tenor) – Doctor Marianus, Hermann Prey (baritone) – Pater Ecstaticus, Hans Sotin (bass) – Pater Profundus
Toonkunstkoor, Amsterdam; De Stem des Volks, Amsterdam; Collegium Musicum Amsterdam
Children’s Choirs of the Churches of St Wilibrord and St Pius X, Amsterdam; General Chorus master: Frans Moonen

Royal Concertgebouw Orchestra
Bernard Haitink

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Dentre os vivos, Haitink é o regente preferido de PQP Bach
Dentre os vivos, Haitink é o regente preferido de PQP Bach

PQP

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonias Nros. 5, 6, 9 e 10, com Bernard Haitink

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonias Nros. 5, 6, 9 e 10, com Bernard Haitink

Oh, yeah, aqui está a continuidade de nossa saga mahleriana levado pelas mãos firmes (ui!) de Bernard Haitink. Espero que gostem. Na minha opinião, os pontos altos são a 5ª e a 10ª, registros verdadeiramente difíceis de superar. Logo logo, posto os último CDs, que trazem a 7ª e a 8ª. Por pura falta de tempo, paro de escrever agora. Beijos na bunda de todos.

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonias Nros. 5, 6, 9 e 10, com Bernard Haitink

CD5
Symphony No. 5 in C sharp minor
1. I. Trauermarsch 12:19
2. II. Sturmisch bewegt 14:02
3. III. Scherzo 18:00
4. IV. Adagietto (Sehr langsam) 10:35
5. V. Rondo – Finale (Allegro) 15:49
Royal Concertgebouw Orchestra
Bernard Haitink

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CD6
Symphony No. 10 in F sharp minor
1. I. Andante – Adagio 24:32
Symphony No. 6 in A minor
2. I. Allegro energico, ma non troppo 22:07
3. II. Scherzo. Wuchtig 13:16
4. III. Andante moderato 15:47
Royal Concertgebouw Orchestra
Bernard Haitink

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CD7
Symphony No. 6 in A minor
1. IV. Finale. Allegro moderato-Allegro energico 29:38
Symphony No. 9 in D
2. I. Andante comodo 27:01
3. II. Im Tempo eines gemachlichen Landlers 15:56
Royal Concertgebouw Orchestra
Bernard Haitink

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CD 8
Symphony No. 9 in D
1. III. Rondo-Burleske 12:57
2. IV. Adagio 24:42
Royal Concertgebouw Orchestra
Bernard Haitink

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Bernard Haitink: um de meus regentes preferidos
Bernard Haitink: o maior maestro que caminha sobre a superfície do planeta

PQP

Robert Schumann (1810-1856) – Piano Quintet in E Flat major, op 44, Johannes Brahms (1833-1897) – Piano Quintet in F Minor, op. 34

51-ClBI6z3L._SX258_BO1,204,203,200_E já que estamos passando meio que por um surto camerístico brahmsiano resolvi trazer esse CD com duas obras primas nas mãos mais que competentes de um grupo de jovens músicos que dão um show de sensibilidade, técnica e virtuosismo. Um discaço, sem dúvidas.
Creio que a primeira obra de câmara que ouvi em minha vida tenha sido exatamente esse Quinteto para Piano de Schumann, em um radinho de pilha, há quase quarenta anos atrás. Lembro que fiquei com aquele sobrenome na cabeça, e a melodia do primeiro movimento já ficou registrada na memória. Muitos anos depois, quando finalmente comprei uma gravação da obra, imediatamente me vieram a mente aquele período de vacas magras, quando meu pai, mesmo aposentado, tinha de ralar em outro emprego para sustentar a casa. Sei do sacrifício que foi para ele comprar aquele radinho de pilha para eu poder ouvir música, pois sabia como eu adorava ouvir música.

01. 01 Schumann – Piano Quintet – I. Allegro brillante
02. 02 – II. In modo d’uina marcia, Un poco largamente
03. 03 – III. Scherzo – Molto vivace
04. 04 – IV. Allegro ma no troppo
05. 01 Brahms – Piano Quintet – I. Allegro ma non troppo
06. 02 – II. Andante, un poco adagio
07. 03 – III. Scherzo (Allegro) & Trio
08. 04 – IV. Finale

Leif Ove Andsnes – Piano
Artemis Quartet:
Natalia Prischepenko, Heime Müller – Violins
Volker Jacobsen – Viola
Eckart Runge – Cello

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Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonias de 1 a 4 com Bernard Haitink

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonias de 1 a 4 com Bernard Haitink

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Pessoal, o negócio é seguinte — vou postando o que ouço, tá? E estou embasbacado com essa versão do Bernard Haitink — sim, meu filho se chama Bernardo, mas não creio que tenha sido uma homenagem consciente ao grande holandês, apenas um compreensível ato falho — para a integral de Mahler. Na verdade, estou tão apaixonado que ontem ouvi sem interrupções as mais de quatro horas e meia da música maravilhosa que ora posto. Toda esta série é com o incrível conjunto do Concertgebouw de Amsterdam. Não vou me derramar com mais elogios para a música, a orquestra e seu regente. Encarem a linha em branco abaixo como se fossem linhas e linhas repletas da mais histérica admiração e dos mais inteligentes argumentos para que você conheça tais obras do modo com Haitink as mostra.

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonias de 1 a 4 com Bernard Haitink

CD1
Symphony No. 1 in D “Titan”
1. I. Langsam. Schleppend 13:23
2. II. Kraftig bewegt 7:45
3. III. Feierlich und gemessen 10:51
4. IV. Sturmisch bewegt 20:04

Symphony No. 2 in C minor “Resurrection”
5. I. Allegro maestoso 20:27
Royal Concertgebouw Orchestra
Bernard Haitink

CD2
Symphony No. 2 in C minor “Resurrection”
1. II. Andante moderato 10:56
2. III. In ruhig flie ender Bewegung 11:22
3. IV. Urlicht 5:19
4. V. Im Tempo des Scherzos 9:28
5. VI. Maestoso. Sehr zur ckhaltend 7:39
6. VII. Sehr langsam 2:17
7. VIII. Langsam. Miesterioso 6:22
8. IX. Etwas bewegter 8:22
Elly Ameling, soprano; Aafje Heynis, contralto; Netherlands Radio Chorus, Chorus master: Carel Laout
Royal Concertgebouw Orchestra
Bernard Haitink

CD3
Symphony No. 3 in D minor
Part I
1. I. Kräftig. Entschieden 32:09
Part II
2. II. Tempo di minuetto 10:19
3. III. Comodo. Scherzando 16:50
4. IV. Sehr langsam. Misterioso (“O Mensch! Gib acht!”) 8:45
5. V. Lustig im Tempo 4:05
Maureen Forester, contralto; Women’s Chorus of the Netherlands Radio;
Boy’s Chorus of the St Wilibrord Church, Amsterdam
Royal Concertgebouw Orchestra
Bernard Haitink

CD4
Symphony No. 3 in D minor
1. VI. Langsam. Rhuevoll. Empfunden 22:05

Symphony No. 4 in G
2. I. Bedachtig. Nicht eilen 16:27
3. II. In gemachlicher Bewegung 8:37
4. III. Ruhevoll. Poco adagio 19:34
5. IV. Sehr behaglich 8:48
Elly Ameling, soprano (Symphony No. 4)
Maureen Forester, contralto (Symphony No. 3); Women’s Chorus of the Netherlands Radio (Symphony No. 3);
Boy’s Chorus of the St Wilibrord Church, Amsterdam (Symphony No. 3)
Royal Concertgebouw Orchestra
Bernard Haitink

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PQP, é bom esse Haitink!
PQP, é bom esse Haitink!

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750) – Italienisches Konzert BWV 971, Orchestersuite Nr. 2 h-Moll BWV 1067, etc. – Magali Mosnier, SKO

frontEis um baita de um CD para quem adora Bach e flauta, como é o meu caso.
A flautista francesa Magali Mosnier dá um show tocando em sua flauta um repertório dedicado a Bach, em transcrições e adaptações, ou obras efetivamente compostas para o instrumento pelo gênio de Leipzig. A excelente Stuttgarter Kammerorchester também é uma jóia. Infelizmente não consegui maiores informações sobre os autores de algumas transcrições, mas tudo bem.
Definitivamente, um excelente CD, até como introdução à obra de Bach.

1. Italian Concerto, for solo keyboard in F major (Clavier-Übung II/1), BWV 971 (BC L7): 1. Allegro
2. Italian Concerto, for solo keyboard in F major (Clavier-Übung II/1), BWV 971 (BC L7): 2. Andante
3. Italian Concerto, for solo keyboard in F major (Clavier-Übung II/1), BWV 971 (BC L7): 3. Presto
4. Sonata for flute & keyboard in E flat major, BWV 1031: Siciliano g-Moll
5. Orchestral Suite No. 2 in B minor, BWV 1067: Polonaise: Lentement – Double
6. Orchestral Suite No. 2 in B minor, BWV 1067: Badinerie
7. Concerto for harpsichord, strings & continuo No. 5 in F minor, BWV 1056: 1. Moderato
8. Concerto for harpsichord, strings & continuo No. 5 in F minor, BWV 1056: 2, Largo
9. Concerto for harpsichord, strings & continuo No. 5 in F minor, BWV 1056: 3. Presto
10. Cantata No. 209, ‘Non sa che sia dolore,’ BWV 209 (BC G50): Sinfonia h-Moll
11. Sonata for flute & keyboard in A major, BWV 1032: 1. Vivace
12. Sonata for flute & keyboard in A major, BWV 1032: 2. Largo e dolce
13. Sonata for flute & keyboard in A major, BWV 1032: 3. Allegro
14. Bist du bei mir, aria arranged for voice & continuo (after Gottfried Stölzel), BWV 508
15. Willst du dein Herz mir schenken (Aria di Giovannini), aria for voice & continuo (AMN II/37), BWV 518
16. Weihnachtsoratorium (Christmas Oratorio), in six parts, BWV 248 (BC D7): Nur ein Wink von seinen Händen
17. St. Matthew Passion (Matthäuspassion), for soloists, double chorus & double orchestra, BWV 244 (BC D3b): Erbarme dich

Magali Mosnier – Flute
Stuttgarter Kammerorchester
Michael Hoffstetter – Conductor

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