W. A. Mozart (1756-1791): Concertos No. 23, K. 488 & No.24, K. 491

W. A. Mozart (1756-1791): Concertos No. 23, K. 488 & No.24, K. 491

Uchida não quis saber de regentes para fazer esta série de Concertos para Piano de Mozart. Não parece, mas são gravações feitas ao vivo, no Cleveland`s Severance Hall. Ela já tem uma integral destes concertos com a English Chamber Orchestra, sob a regência de Jeffrey Tate. 20 anos depois, nesta regravação destas obras-chave de seu repertório, Uchida vem um pouquinho pior… A culpa é mais da orquestra — dirigida por ela — do que da categoria da pianista, sempre excelente. Apesar do espetacular trabalho dos sopros, o tamanho da orquestra é demasiadamente grande para as peças. A abordagem também é excessivamente romântica para Mozart. Tate era mais Mozart na versão anterior de Uchida .

W. A. Mozart (1756-1791): Concertos No. 23, K. 488 & No.24, K. 491

1. Piano Concerto No.24 In C Minor, K.491 – 1. (Allegro) 14:43
2. Piano Concerto No.24 In C Minor, K.491 – 2. Larghetto 8:04
3. Piano Concerto No.24 In C Minor, K.491 – 3. (Allegretto) 9:55

4. Piano Concerto No.23 In A, K.488 – 1. Allegro 11:43
5. Piano Concerto No.23 In A, K.488 – 2. Adagio 6:47
6. Piano Concerto No.23 In A, K.488 – 3. Allegro Assai 8:18

Mitsuko Uchida, piano
Cleveland Orchestra

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Cala a boca, PQP!
Cala a boca, PQP!

PQP

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Complete Sonatas for Keyboard and Violin – Cds 4, 5 e 6 de 8 – Podger, Cooper

71YZiaSCYAL._SL1500_Oba, mais três cds dessa dupla imbatível nesse repertório, Rachel Podger e Gary Cooper. Lembro que ou eu ou PQP trouxemos essas mesmas peças com a dupla Mutter/Orkis há algum tempo atrás, mas ainda dou uma vantagem de um corpo para a Podger/Cooper, mesmo sendo Lambert Orkis um especialista no pianoforte, e a Mutter, bem é a Mutter.
De qualquer forma, é Mozart em sua essência, e a timbragem do violino de Podger é perfeita para essas obras do gênio de Salzburg. Como falei anteriormente, não consigo imaginar essas peças tocadas de outra forma. Adquiriram uma identidade própria. Mas estou me repetindo. Vamos ao que interessa, que é a música.

CD 4

01. Sonata in Eb K.302 (293b) I Allegro
02. Sonata in Eb K.302 (293b) II Rondeau Andante grazioso
03. Sonata in G K.9 I Allegro spiritoso
04. Sonata in G K.9 II Andante
05. Sonata in G K.9 III Menuet I and II
06. Sonata in E minor K.304 (300c) I Allegro
07. Sonata in E minor K.304 (300c) II Tempo di Menuetto
08. Sonata in D K.29 I Allegro molto
09. Sonata in D K.29 II Menuetto and Trio
10. Sonata in A K.526 I Molto Allegro
11. Sonata in A K.526 II Andante
12. Sonata in A K.526 III Presto

CD 5

01. Sonata in A KV 305 I Allegro di molto
02. Sonata in A KV 305 II Thema andante grazioso
03. Sonata in C KV.403 (385c) I Allegro moderato
04. Sonata in C KV.403 (385c) II Andante
05. Sonata in C KV.403 (385c) III Allegretto
06. Sonata in BB KV 31 I Allegro
07. Sonata in BB KV 31 II Tempo di minuetto moderato
08. Sonata in D KV 306 I Allegro con spirito
09. Sonata in D KV 306 II Andantino cantabile
10. Sonata in D KV 306 III Allegretto

CD 6

01. Sonata in F Major, KV376 Allegro
02. Sonata in F Major, KV376 Andante
03. Sonata in F Major, KV376 Rondeau Allegretto grazioso
04. Sonata in C Major, KV296 Allegro vivace
05. Sonata in C Major, KV296 Andante sostenuto
06. Sonata in C Major, KV296 Rondeau Allegro
07. Sonata in G Major, KV27 Andante poco Adagio
08. Sonata in C Major, KV27 Allegro. Minore
09. Sonata in F Major, KV377 Allegro
10. Sonata in C Major, KV377 Thema Andante
11. Sonata in C Major, KV377 Tempo di Menuetto

Rachel Podger – Violin
Gary Cooper – Pianoforte

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CD 5 BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 6 BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Evocações: do Salão Burguês à Sala de Concertos: Portugal / Brasil – Antonio Carlos Gomes (1836-1896), Francisco de Lacerda (1869-1934), Arthur Napoleão (1843-1925), Jayme Ovalle (1894-1955), Luiz de Freitas Branco (1890-1955) e Fernando Lopes-Graça (1906-1994) [link atualizado 2017]

LINDO !!!

Tem na Amazon: aqui.

Até às últimas décadas do século XIX, Portugal e o Brasil, apesar de politicamente separados, mantiveram estreitos laços culturais no domínio musical. A partir de então, o fosso entre as duas nações não cessou de aumentar. A tradição da música de salão burguesa, em Portugal, foi a primeira vítima da generalização do gramofone e da introdução da Rádio; a música mais popular nos círculos urbanos deixou de ser lida, e, na ausência de um investimento sério na educação musical, a pequena burguesia deixou de ler música. As tentativas feitas na década de 1940, no sentido de revitalizar a tradição do canto acompanhado ao piano, elevando-lhe o nível artístico, saldaram-se por um falhanço que a ausência de alternativas profissionais para a circulação do repertório tornou endémico. A canção em Português deixou de ser publicada, e quase deixou de ser escrita, para não acabar na gaveta. A actividade quase isolada de um Fernando Lopes-Graça e o repertório brasileiro, que desde o início do século não parou de crescer, apoiado numa forte ligação à música popular e num grande esforço educativo, não lograram alterar a situação. O recente desenvolvimento profissional do canto em Portugal, a que não é alheia à expansão e elevação artística do movimento coral operadas nas décadas de 1970 e 1980, permitem esperar que, à canção acompanhada em Português, venha a ser conferida a importância que lhe é devida; não no defunto salão burguês, mas na sala de concertos e na sua extensão discográfica. O repertório incluído nesta gravação abrange um século, de 1850 a 1950. Dos sete compositores representados, três são portugueses, três brasileiros (todos ligados ao Rio de Janeiro), e o sétimo, luso-brasileiro. Embora todos eles tenham tido alguma relação com a música popular, a forma como dela se servem ou inspiram varia grande-mente, como varia o tipo de público a que originalmente se dirigiram.
(Manuel Pedro Ferreira, extraído do encarte)

Ouça! Ouça! Deleite-se!

Evocação
Do Salão Burguês à Sala de Concertos
Portugal / Brasil (1850-1950)

Francisco de Lacerda (1869-1934)
01. Tenho tantas saudades
02. Os meus olhos nos teus olhos
03. Desde que os cravos e rosa
04. Meu amor, quando morreres
05. É ter arte não falar
Antonio Carlos Gomes (1836-1896)
06. Quem sabe?
07. Suspiro d’alma
Arthur Napoleão (1843-1925)
08. Romance
09. Miragem
10. Se tu me amasses!
Jayme Ovalle (1894-1955)
11. Azulão
12. Modinha
Luiz de Freitas Branco (1890-1955)
13. Aquela moça
14. O minuete
Fernando Lópes-Graça (1906-1994)
15. Márcia bela
16. Eu fui terra do bravo
17. Ó meu bem

Filomena Amaro, soprano
Gabriela Canavilhas, piano
Lisboa, 1995

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Sabe aquela coisa de fazer um comentário? Eu ainda gosto. Pode comentar, pessoal!

Bisnaga

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Complete Sonatas for Keyboard and Violin – CDs 1,2 e 3 de 8 – Podger, Cooper

71YZiaSCYAL._SL1500_Sem querer, e sem combinar nada, eu e PQP de repente vamos postar uma série de CDs de Mozart. Eu me manterei fiel com essa excelente caixa de Rachel Podger, ele será mais, ou tem sido, visto que já há alguns dias vem postando Mozart, eclético.
Mas como falei, é Rachel Podger, e quando trago um CD dela, os senhores podem ter certeza de que é coisa boa. E aqui ela traz o excelente pianista com nome de artista de Hollywood, Gary Cooper (quem não sabe do que estou falando é favor procurar maiores informações na internet). Enfim, são oito cds, para não perder o costume.
Adoro as sonatas para violino de Mozart, ainda mais quando são tão bem tocadas. Podger consegue extrair delas aquele algo a mais. E confesso que depois de ouvir essas gravações, não consigo ouvir outras. Para mim, a dupla Podger / Cooper estabeleceu um padrão de qualidade difícil de ser batido atualmente.
Neste primeiro momento, trarei os três primeiros cds, e logo completo a coleção.

CD 1

01. KV 379 – Adagio
02. KV 379 – Allegro
03. KV 379 – Thema Andantino cantabile
04. KV 6 – Allegro
05. KV 6 – Andante
06. KV 6 – Menuet I & II
07. KV 6 – Allegro molto
08. KV 547 – Andantino cantabile
09. KV 547 – Allegro
10. KV 547 – Thema Andante
11. KV 378 – Allegro moderato
12. KV 378 – Andantino sostenuto e cantabile
13. KV 378 – Rondeau Allegro

CD 2

01. KV 303 – Adagio Molto allegro
02. KV 303 – Tempo di menuetto
03. KV 7 – Allegro molto
04. KV 7 – Adagio
05. KV 7 – Menuet I & II
06. KV 301 – Allegro con spirito
07. KV 301 – Allegro
08. KV 30 – Adagio
09. KV 30 – Rondeau
10. KV 481 – Molto allegro
11. KV 481 – Adagio
12. KV 481 – Allegretto

CD 3

01. Sonata in Bb, KV 454 I Largo
02. Sonata in Bb, KV 454 II Allegro
03. Sonata in Bb, KV 454 III Andante
04. Sonata in Bb, KV 454 IV Allegretto
05. Sonata in C, KV 28 I Allegro maestoso
06. Sonata in C, KV 28 II Allegro grazioso
07. Andante & fugue in A, KV 402 (385E) I Andante, ma un poco adagio
08. Andante & fugue in A, KV 402 (385E) II Allegro moderato
09. Andante & allegretto in C, KV 404 I Andante
10. Andante & allegretto in C, KV 404 II Allegretto
11. Sonata in Bb, KV 8 I Allegro
12. Sonata in Bb, KV 8 II Andante grazioso
13. Sonata in Bb, KV 8 III Menuet I & II
14. Sonata in Eb, KV 380 (374F) I Allegro
15. Sonata in Eb, KV 380 (374F) II Andante con moto
16. Sonata in Eb, KV 380 (374F) III Rondeau. Allegro

Rachel Podger – Violin
Gary Cooper – Fortepiano

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CD 2 BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 3 BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDPBach

Rachel_Podger_and_Gary_Cooper_show_info
Gary Cooper & Rachel Podger – Que dupla do barulho !!!

 

Antonin Dvorák (1841-1904) – Stabat Mater – Sinopoli, Staatskapelle Dresden

515psF+sFILDepois do poderoso Requiem, nas mãos de Herreweghe, trago agora o Stabat Mater, nas também competentes mãos do saudoso maestro italiano Giuseppe Sinopoli.
A composição desta obra foi muito difícil para Dvorák. Ele a iniciou logo após a morte de sua filha, em 1875, e durante o ano de 1876 continuou trabalhando nela. Porém, naquele mesmo ano veio a perder seus dois outros filhos. Trabalhou então na orquestração da obra, que veio a ser estreada em 1880.
Lembro que poema original do “Stabat Mater” tem sua origem ainda na Idade Média, e diversos outros compositores se utilizaram dele, entre eles, Pergolesi, que compôs o mais belo de todos. A letra do poema retrata exatamente o sofrimento de Maria ao pé da cruz.
Esta gravação que ora vos trago, foi realizada ao vivo, e tem um outro detalhe também trágico: o maestro Giuseppe Sinopoli faleceu algum tempo depois de sua execução, e o CD resultante foi lançado ainda em meio à comoção com sua morte.

Mariana Zvetkova – Soprano
Ruxandra Donose – Mezzo Soprano
Johan Botha – Tenor
Roberto Scandiuzzi – Bass
Chor der Sächsischen Staatsoper Dresden
Staatskapelle Dresden
Giuseppe Sinopoli – Conductor

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Giuseppe-Sinopoli
Giuseppe Sinopoli (1946-2001)

 

W.A. Mozart (1756-1791) / S. Prokofiev (1891-1953): Sonatas e outras obras

W.A. Mozart (1756-1791) / S. Prokofiev (1891-1953): Sonatas e outras obras

Vejam aí no Google Images, Gesa Lücker é linda. É uma pena que não tenhamos nenhuma mulher em nosso grupo de postadores. Zempre zuspirei por uma pequepiana de zaias, zabem? Zempre! O que teria passado pela cabeça da bela e excelente pianista Gesa ao fazer um disco com as caixinhas de música de Mozart na primeira parte — tudo limpinho e sem muito drama — e a visceralidade — além de zerta fúria — de Prokofiev na segunda? Não imagino, mas respeito.

OK, suportemos o Moz da primeira parte do CD, mas fiquemos o Prok da segunda, muito mais raivoso e sujo. Blergh, maravilha!

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791)
Sonata No. 5 in G major, KV 283

1) Allegro
2) Andante
3) Presto

4) Adagio in B minor, KV 540

5) Rondo in D major, KV 485

6) Gigue in G major, KV 574

Sergei Prokofiev (1891-1953)
Sonata No. 8 in flat major, op. 84

7) Andante dolce
8. Andante sognando
9) Vivace

Gesa Lücker, piano

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Ah, Gesa...
Ah, Gesa…

PQP

Antonin Dvorák (1841-1904) – Requiem – Herreweghe, Royal Flemish Philharmonic

71RbKTC9BYL._SL1500_LINKS ATUALIZADOS !!!

Como se diz, não se mexe em time que está ganhando, então Phillipe Herreweghe juntou novamente todo o mesmo pessoal que realizou a gravação do “Stabat Mater”, do mesmo Dvorák, para gravar o “Requiem” do compositor tcheco. Mesma orquestra, mesmo coral, mesmos solistas, com exceção da substituição de Michaela Selinger pela divina Bernarda Fink e claro, mesma gravadora.

Recém saído do forno, este CD provavelmente deve e merece ganhar a mesma atenção que o “Stabat Mater”. Herreweghe é um regente excepcional, que detém todo o controle da situação, e sabe como poucos explorar todo o potencial do material humano que tem em mãos.
Trata-se de uma obra longa, mais de uma hora e meia de duração, e de tremendo impacto.

Tem corais gloriosos, e um conjunto de solistas totalmente em sintonia fazem desse CD IM-PER-DÍ-VEL!!

01-01 – Requiem Op. 89 I. Introitus (Requiem æternam – Kyrie eleison)
01-02 – Requiem Op. 89 II. Graduale (Requiem æternam)
01-03 – Requiem Op. 89 III. Sequentia (Dies irae)
01-04 – Requiem Op. 89 IV. Sequentia (Tuba mirum)
01-04 – Requiem Op. 89 IV. Sequentia (Tuba mirum)
01-06 – Requiem Op. 89 VI. Sequentia (Recordare_ Jesu pie)
01-07 – Requiem Op. 89 VII. Sequentia (Confutatis maledictis)
01-08 – Requiem Op. 89 VIII. Sequentia (Lacrimosa)
02-01 – Requiem Op. 89 IX. Offertorium (Domine Jesu Christe)
02-02 – Requiem Op. 89 X. Offertorium (Hostias)
02-03 – Requiem Op. 89 XI. Sanctus – Benedictus
02-04 – Requiem Op. 89 XII. Pie Jesu
02-05 – Requiem Op. 89 XIII. Agnus Dei

Ilse Eerens – Soprano
Bernarda Fink – Mezzo Soprano
Maximilian Schmitt – Tenor
Nathan Berg – Bass
Royal Flemish Philharmonic
Collegium Vocale Gent
Philippe Herreweghe – Conductor

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W.A. Mozart (1756-1791): Obras para piano

W.A. Mozart (1756-1791): Obras para piano

As duas primeiras faixas deste disco pertencem àquele irritante grupo de obras de Mozart que parecem mais adequadas às caixinhas de música. Depois, a coisa ganha profundidade — diria enorme profundidade, até — e o CD de Anne Queffélec fica espetacular. A gente gosta é de drama e sangue, Wolfgang! A gente somos viscerais, sacou? A elegância e a articulação fluida da pianista nascida em Paris torna-a digna de seus professores Alfred Brendel, Jorg Demus e Paul Badura-Skoda. A interpretação que Queffélec dá às duas Fantasias e à Sonata são algo para ficar morando no coração da gente.

W.A. Mozart (1756-1791): Obras para piano

1. Rondo en la mineur, K. 511: Andante 10:09

2. Variations sur un menuet de Duport en ré majeur, K. 573 14:56

3. Fantaisie en ut mineur, K. 475 12:51

4. Sonate en ut mineur, K. 457: Allegro molto 8:09
5. Sonate en ut mineur, K. 457: Adagio 8:58
6. Sonate en ut mineur, K. 457: Allegro assai 4:35

7. Fantaisie en ré mineur, K.397 6:34

Anne Queffélec, piano

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Mozart se toca assim, ó.
Mozart se toca assim, ó.

PQP

João Domingos Bomtempo (1775-1842): Quatro Absolvições, Libera me [link atualizado 2017]

SHOW DE BOLA !!!

Tem na Amazon: aqui.

Há quem chame a João Domingos Bomtempo “o Beethoven Português”. Sem querer tirar o grande valor que Bomtempo teve, esta afirmação parece-me claramente exagerada. Não é que Bomtempo fosse mau; Beethoven é que era genial. Se, em vez de compararem João Domingos Bomtempo com Beethoven, o comparassem com Franz Schubert ou lhe chamassem “o Mendelssohn Português”, eu estaria completamente de acordo. Agora Beethoven… O grande mestre de Bonn não era comparável com ninguém; ele pertencia a outra galáxia!

Dito isto e para não ser mal interpretado, afirmo claramente que João Domingos Bomtempo foi um grande compositor. Posso até afirmar, sem hesitar, que ele foi um dos melhores compositores da Europa do seu tempo. Se Bomtempo tivesse sido alemão, austríaco, italiano ou francês, o seu nome seria conhecido de todos os apreciadores de música e as suas obras far-se-iam ouvir em todos os auditórios e salões do mundo. Mas Bomtempo era de um país musicalmente periférico chamado Portugal. Ainda por cima exerceu parte da sua atividade no Brasil, que nem sequer fica na Europa. O grande valor que Bomtempo teve impõem-nos, por isso, tanto a portugueses como a brasileiros, a obrigação moral de ouvir e de promover a sua música. Já que mais ninguém o faz, sejamos nós a fazê-lo.
(Fernando Ribeiro, do blog A Matéria do Tempo)

João Domingos Bomtempo (Lisboa, 1775 – 1842) é um caso excepcional na história da música portuguesa. Personificando as transfor¬mações musicais ocorridas na passagem do século XVIII para o século XIX, nenhum outro compositor parece ter tido um papel tão marcante, mas também tão isolado na nossa música. Tendo tentado contribuir para pôr termo ao reinado exclusivo da música operática de cunho italiano que havia dominado o nosso panorama musical no século anterior, para a introdução entre nós da música instrumental de raiz germânica, boémia e francesa, e para a reforma do ensino musical segundo o modelo laico representado pelo Conservatório de Paris, os seus esforços não parecem ter tido, contudo, um reflexo profundo e duradouro. (…) Bomtempo nunca chegou a ser devidamente apreciado pela maioria do nosso público, cuja predilecção pela música teatral era invencível. (…) Se enquanto compositor, João Domingos Bomtempo se destaca, sobretudo, como o nosso único autor de relevo no campo da música instrumental durante todo o século XIX, particularmente através das suas duas sinfonias, seis concertos para piano e orquestra e diversas sonatas, fantasias e variações para piano, as suas vocais religiosas representam também uma tendência, de influência germânica e francesa, que vai no sentido de um afastamento em relação ao estilo operático italiano que dominava entre nós (…).
A atmosfera geral que se respira no Libera me é de facto de austera dignidade. Se bem que o motivo instrumental do Libera me que se faz ouvir nos violinos logo após a introdução da orquestra seja claramente decalcado no da Marcha Fúnebre da Sinfonia Heróica de Beethoven. Toda a obra evoca de novo muito mais – como o fizera já o seu próprio Requiem – o Requiem de Mozart. A austeridade da obra é reforçada pelo modo como se move na órbita tonal relativamente restrita de dó menor e maior e de fá menor, sendo as modulações sempre muito breves e ocorrentes, pela ausência de solistas alternando com o coro, assim como pela utilização de certos elementos cíclicos, como a repetição da introdução inicial antes do “dies illae. dies irae”. ou novamente o motivo da Heróica sobre as palavras “requiem aeternam dona eis domine”. A mesma atmosfera de austera digni-dade, não isenta de dramatismo, é comum às quatros Absolvições.
(Manuel Carlos de Brito, do encarte)

Bom pra dedéu! Ouça! Ouça! Deleite-se!

João Domingos Bomtempo (1775-1842)
Quatro Absolvições / Libera me

01. Quatro absolvições, I. Subvenite sancti dei
02. Quatro absolvições, II. Qui lazarum resuscitasti
03. Quatro absolvições, III. Domine quando veneris
04. Quatro absolvições, IV. Ne recordaris peccata mea domine
05. Libera me, em dó menor (1835)

Mária Zádori, soprano
Judith Németh, contralto
Gábor Kállay, tenor
János Tóth, baixo
Coro de Budapeste
Orquestra Filarmónica de Budapeste
Mátyás Antal, regente
Instituto Italiano, Budapeste, 1988

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE 152Mb

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Comenta, pessoal! É tão bom quando vocês fazem isso…

Bomtempo com cara de Mautempo!

Bisnaga

Tchaikovsky / Prokofiev / Shostakovich: Quartetos de Cordas (Russian Soul)

Tchaikovsky / Prokofiev / Shostakovich: Quartetos de Cordas (Russian Soul)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O Apollon Musagete Quartett rapidamente se estabeleceu como uma peça importante dentro da cena musical europeia. É realmente excelente, tocam demais. Visions Fugitives de Sergei Prokofiev, op. 22 é única peça fraca desde CD. Trata-se de uma adaptação para quarteto de cordas de uma partitura original para piano. O resto são obras-primas escritas originalmente para quartetos. Os de Tchai e Shosta são absolutamente empolgantes.

Tchaikovsky / Prokofiev / Shostakovich: Quartetos de Cordas (Russian Soul)

Pyotr Ilyich Tchaikovsky: Streichquartett Nr. 1 in D-Dur, op. 11
1. Moderato e semplice 10:42
2. Andante cantabile 7:08
3. Scherzo. Allegro non tanto e con fuoco – Trio 3:50
4. Finale. Allegro giusto – Allegro vivace 6:54

Sergey Prokofiev: Visions fugitives, op. 22
5. Lentamente 1:28
6. Allegretto 1:00
7. Con eleganza 0:32
8. Dolente 1:57
9. Ridicolosamente 0:58
10. Poetico 1:49
11. Feroce 1:12

Dmitry Shostakovich: Streichquartett Nr. 4 in D-Dur, op. 83
12. Allegretto 3:26
13. Andantino 5:58
14. Allegretto (attacca) 4:54
15. Allegretto 10:30

Apollon Musagete Quartett

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O Apollon Musagete: gente esquisita, mas que soa maravilhosamente
O Apollon Musagete: gente esquisita, mas que soa maravilhosamente

PQP

Jean Pierre Rampal – Le Flûte Enchantée

51oXC-PjV5LJean Pierre Rampal foi um dos maiores flautistas do século XX, quiçá o maior. Creio que a primeira vez que o ouvi foi exatamente com essas obras de Bach aqui presentes. Fiquei muito impressionado, mas como vivemos no Brasil, e ainda estávamos no início da década de 80, era muito difícil encontrar seus discos em minha pequena cidade do interior. Mesmo quando ia para a capital, também era difícil achar alguma coisa.
Mas com o passar do tempo, consegui localizar alguns discos dele, e encantamento foi ainda maior. Essa série de quatro cds que estou trazendo hoje é exatamente para mostrar-lhes a evolução do gênio em seu instrumento. Tem de Bach a Honneger, ou seja, o repertório é bem eclético, abrangendo dos séculos XVIII ao século XX.  Claro que falta muita coisa, mas serve como aperitivo para os senhores melhor conhecerem o talento desse cara.

CD 1

1 – 9 – J.S. Bach (1685-1750) – Sonates pour flûte & clavecin BWV 1030-1032
10-20 – J.S. Bach – Sonates pour flûte & continuo BWV 1033-1035
21-24 – J.S. Bach – Sonate pour flûte seule BWV 1013

Jean Pierre Rampal – Flûte
Robert Veyron-Lacroix – Clavecin

CD 2

1 – G.P.Teleman (1681-1767) – Concerto en sol majeur pour flûte & cordes – 1 Allegro ma non troppo
2 – Adagio
3 – Allegro
4 – Suite en la mineur pour flûte & cordes – 1 Ouverture
5 2 Les Plaisirs
6 3 Air á l’italliane
7 4 Menuets
8 5 Réjouissances
9 6 Passapied
10 7 Polonaise
11-13 Sonates pour flûte & clavecin
14 Concerto pour flûte & clavecin

Jean Pierre Rampal – Flûte
Robert Veyron-Lacroix – Clavecin
Orchestre de chambre de la Sarre
Karl Ristenpart – Conductor

CD 3

1-3 Joseph Haydn (1732-1809) – Sonate pour flûte & Piano
4-9 Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sérenade pour flûte, violin & alto
10 Franz Schubert (1797-1828) – Introduction &a variations sur le theme “Ihr Blümlein alle”
11-13 Robert Schumann (1810-1856) – 3 Romances op. 94

Jean Pierre Rampal – Flûte
Robert Veyron-Lacroix – Piano
Gérrard Jarry – Violin
Serge Collot – Alto

CD 4

1-3 Claude Debussy (1862-1918) – Sonate pour flûte, alto & harpe

Jean Pierre Rampal – Flûte
Odette Le Dentu – Harpe
Pierre Pasquier – alto

4 – Maurice Ravel – Introduction & allegro pour harpe, flûte,  clarinet & quatour à cordes

Jean Pierre Rampal – Flûte
Lily Laskine – Harpe
Ulysse Delécluse – Clarinette
Quatour Pascal

5-7 Albert Roussel (1869-1937) – Sérenade pour flûte, harpe & Trio à cordes
Jean Pierre Rampal – Flûte
Lily Laskine – Harpe
Trio Pasquier

8-10 Arthur Honegger (1892-1955) – Concertino da camara pour flûte, cor anglais & orchestre à cordes

Jean Pierre Rampal – Flûte
Pierre Pierlot – Cor anglais
Association des Concerts de Chambre de Paris
Fernand Oubradous – Conductor

11 Arthur Honneger – Romance
12 Amable Massis (1893-1980) – Pastorale
13 Henri Gagnebin (1886-1977) – Marche des gais lurons

Jean Pierre Rampal – Flûte
Françoise Gobet – Piano

 

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FDPBach

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George Frideric Haendel (1685-1759): Music for the Royal Fireworks, Water Music – Collegium Aureum

IMG_0001Duas das principais obras do gênio haendeliano, tanto a Música para os Reais Fogos de Artifício quanto a Música Aquática são peças  obrigatórias no repertório de qualquer orquestra, ainda mais quando se trata de um conjunto fenomenal como o Collegium Aureum.

Mas vamos ao que interessa.  Estou escrevendo essa postagem em uma manhã de domingo, e nada como Haendel para nos deixar de bem com a vida e com o dia que está começando. A vida pulsa em cada nota, em cada intervalo, em cada sopro, e isso é um grande motivador para seguirmos em frente.

George Frideric Haendel – Music for the Royal Fireworks, Water Music – Collegium Aureum

01. Music for the Royal Fireworks I. Ouverture
02. II. Bourree
03. III. La Paix
04. IV. La Rejouissance
05. V. Menuet I
06 VI. Menuet II
07. Water Music – Suite in F I. Ouverture
08. II. Adagio e staccato
09. III. Allegro-Andante-Allegro
10. IV. Allegro
11. V. Air
12. VI. Minuet
13. VII. Bourree
14. VIII. Andante
15. IX. Hornpipe
16. Suite D-Dur I. Ouverture
17. II. Alla Hornpipe
18. III. Minuet
19. IV. Lentement
20. V. Bourree
21. Suite C-Dur I. Andante
22. II. Rigaudon I & II
23. III. Menuet I & II
24 IV. Gigue I & II

Collegium Aureum

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Miserere: Música da Capela Real de Coimbra – José dos Santos Maurício (1752-1815) e Francisco Lopes Lima de Macedo (1820-1875) [link atualizado 2017]

LINDO !!!

Só baixando, pois nem tem na Amazon…

José dos Santos Maurício (1752-1815) (ou apenas Joze Mauricio) foi um dos compositores e músicos mais requisitados do seu tempo, principalmente no âmbito da actividade que desenvolveu ao serviço da Igreja, na Guarda e na sua cidade natal, Coimbra. O trabalho produzido e as qualidades evidenciadas permitir-lhe-iam vir a ser nomeado, em 1802, Lente de Música e Mestre da Real Capela da Universidade de Coimbra e, em 1810, admitido na Irmandade de Santa Cecília. Por vicissitudes próprias da história, só em 1996, com a publicação do seu Miserere, o público de Coimbra volta a ter contacto com o compositor, entretanto silenciado por anos de esquecimento. (…).
Na edição discográfica aqui proposta juntam-se as gravações de duas obras gémeas, dois salmos, dois Miserere. O de Maurício já aludido e o de Macedo.
Composto em 1870, este Miserere de Francisco Lopes Lima de Macedo (1820-1875) surge como uma Homenagem à Memória de Joze Maurício (como se lê numa das folhas de rosto da obra manuscrita) e donde se conclui que esta personalidade era ainda, seis décadas após a morte, muito admirada e venerada.
Francisco de Macedo teve, profissionalmente, percurso semelhante ao de Maurício, embora, talvez com menos brilhantismo, fruto mais do tempo que do homem. Nascido e criado junto à Igreja de Santa Cruz, aí terá encontrado apoio no encontro dos saberes musicais. Virá a ser organista, pianista, compositor, professor de música e ainda proprietário de um estabelecimento comercial de venda de instrumentos. A sua actuação enquanto profissional está suficientemente documentada pelas notícias da imprensa da época. Em 1853, com 33 anos de idade, viria ocupar o lugar de organista e em 1864 seria nomeado Lente de Música da Universidade. Um e outro destes cargos seriam ocupados até à sua morte.
Quanto à música, nas duas obras encontramos fórmulas compositivas de gosto simples e fácil, muitas vezes espectável e de clara influência do estilo próprio da música dramática italiana, o que não constitui excepção para a época. A textura é essencialmente homofónica, mas com a presença de algum contraponto simples. Os autores servem-se de um coro misto a 3 vozes com Sopranos, Tenores e Baixos, com partes de solistas dos mesmos naipes e a presença de órgão obrigado.
(César Nogueira, do encarte do CD)

Ouça! Ouça! Deleite-se!

Miserere
Música da Capela Real de Coimbra

José dos Santos Maurício (1752-1815)
01. Miserere mei Deus
02. Amplius lava me
03. Tibi sou peccavi
04. Ecce enim veritatem
05. Auditui meo
06. Cor mundum
07. Redde mihi
08. Libera me
09. Quoniam si voluisses
10. Benigne fac domine
11. Tunc imponent
Francisco Lopes Lima de Macedo (1820-1875)
12. Miserere mei Deus
13. Amplius lava me
14. Tibi sou peccavi
15. Ecce enim veritatem
16. Auditui meo
17. Cor mundum
18. Redde mihi
19. Libera me
20. Quoniam si voluisses
21. Benigne fac domine
22. Tunc imponent

Tânia Ralha, soprano
João Martins, tenor
Nuno Dias, baixo
Coro Misto da Universidade de Coimbra
César Nogueira, regente
Paulo Bernardino, órgão
Coimbra, 2005

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Partituras e outros que tais? Clique aqui

Sabe aquela coisa de fazer um comentário? Eu ainda gosto. Pode comentar, pessoal!

Coisa simples: o retábulo-mor da Sé Velha de Coimbra, local onde esses Misereres podem ter sido executados.

Bisnaga

W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano N° 19 & 27

W. A. Mozart (1756-1791): Concertos para Piano N° 19 & 27

Clara Haskil morreu em 1960, mas continua por aí. Esse CD saiu em 1991 na coleção Dokumente da DG e voltou a ser editada de forma ampliada em 2003 na grande coleção The Originals. A versão que aqui apresentamos é a de 1991. Haskil é mozartiana até o último fio de seus cabelos brancos e aqui dá um belo recital acompanhada pelo genial Ferenc Fricsay. Não dá nada, mas nada mesmo errado. O som é de lata, mas as interpretações são de se ouvir de joelhos. Eu fico com vontade de falar mal de Haskil só para provocar reações de quem gosta de dizer “Tremei, infiel!”, mas não dá, ela não concede espaço à crítica, a veínha era boa demais.

Outro baita CD.

Mozart: Concertos para Piano N° 19 & 27

1. Piano Concerto No.19 in F, K.459 – 1. Allegro – Cadenza: Wolfgang Amadeus Mozart 12:46
2. Piano Concerto No.19 in F, K.459 – 2. Allegretto 8:08
3. Piano Concerto No.19 in F, K.459 – 3. Allegro assai – Cadenza: Wolfgang Amadeus Mozart 7:06

Clara Haskil, piano
Berlin Philharmonic Orchestra
Ferenc Fricsay

4. Piano Concerto No.27 in B flat, K.595 – 1. Allegro 13:15
5. Piano Concerto No.27 in B flat, K.595 – 2. Larghetto 7:39
6. Piano Concerto No.27 in B flat, K.595 – 3. Allegro 8:41

Clara Haskil, piano
Munich Bavarian State Orchestra
Ferenc Fricsay

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Clara Haskil e um amigo meio tolo
Clara Haskil e um amigo meio tolo

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Antonio Vivaldi (1678-1741) – Late Violin Concertos 2- Carmignola, Venice Baroque Orchestra, Marcon

51FgAoEG+zLNão estou repetindo a postagem de ontem, não. Trata-se de outro CD, com outras obras, apenas o solista, a orquestra e o maestro são os mesmos. E o compositor, é claro.

Carmignola e Marcon continuam aqui seu trabalho de arqueologia musical, trazendo estes tesouros desconhecidos do tão conhecido Antonio Vivaldi. Curiosa a apresentação que nos faz o booklet:

This is the third of a provocative series in wich the brilliant violinist Giuliano Carmignola and the Venice Baroque Orchestra directed by Andrea Marcon are challenging many of our basic ideas abour Antonio Vivaldi and his concertos.

Provocativas e desafiadoras, assim devemos encarar estas gravações.

1-3 Concerto in B Minor RV 386
4-6 Concerto in D Minor RV 235
7-9 Concerto in F Major RV 296
10-12 Concerto in E-flat Major RV 258
13-15 Concerto in B Minor RV 389
16-18 Concerto in E-flat Major RV 251

Giuliano Carmignola – Violin
Venice Baroque Orchestra
Andrea Marcon – Conductor

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W.A. Mozart (1756-1791): Réquiem, K. 626

W.A. Mozart (1756-1791): Réquiem, K. 626

IM-PER-DÍ-VEL!!!

Excelentes solistas, coro e orquestra. Brilhante regência de Christoph Spering.

Em março de 1791, Mozart regeu em Viena um de seus últimos concertos públicos; tocando o Concerto para piano n.º 27 (KV 595). Poucos dias antes, batera a sua porta um desconhecido, que se recusou a identificar-se e deixou Mozart encarregado da composição de um Réquiem em Ré menor. Deu-lhe um adiantamento e avisou que retornaria em um mês. Mas pouco tempo depois, o compositor é chamado de Praga para escrever a ópera A clemência de Tito, para festejar a coroação de Leopoldo II. Quando subia com sua esposa Constanze na carruagem que os levaria a esta cidade, o desconhecido ter-se-ia apresentado outra vez, perguntando por sua encomenda. Posteriormente supôs-se que aquele sombrio personagem era um enviado do conde Walsegg-Stuppach, cuja esposa havia falecido. O viúvo desejava que Mozart compusesse a missa de réquiem para os ritos fúnebres no enterro de sua esposa, mas faria crer — como parece que já fizera antes — aos presentes que fora ele quem compusera a obra.

Diz-se que Mozart, obsedado pelas ideias de morte desde o falecimento de seu pai, Leopold, debilitado pela fadiga e pela doença que lhe atingia, muito sensível ao sobrenatural devido às suas vinculações com a franco-maçonaria e impressionado pelo aspecto misterioso do homem que encomendou a missa, terminou por acreditar que este era um mensageiro do Destino e que o réquiem que iria compor seria para seu próprio funeral.

Mozart, ao morrer, conseguiu terminar apenas três secções com o coro e composição completa: Introito, Kyrie e Dies Irae. Do resto da sequência deixou os trechos instrumentais, o coro, vozes solistas e o cifrado do contrabaixo e órgão incompletos, deixando anotações para seu discípulo Franz Xaver Süssmayer. Também havia indicações para o Domine Jesu e Agnus Dei. Não havia deixado nada escrito para o Sanctus nem para o Communio. Seu discípulo Süssmayer completou as partes, escreveu música onde faltava, compondo, por exemplo, completamente o Sanctus. Para o Communio, simplesmente utilizou dos temas do Introito e do Kyrie, à maneira de uma reexposição, para dar sentido integral à obra.

A obra teve a sua estreia em Viena, 2 de Janeiro de 1793, num concerto em benefício da viúva de Mozart, Konstanze Weber.

W.A. Mozart (1756-1791): Requiem K.626

Requiem (Completed By Franz Xaver Süssmayr)
1) I – Introitus – Requiem
2) II – Kyrie – Kyrie
3) III – Sequentia – Dies Irae
4) III – Sequentia – Tuba Mirum
5) III – Sequentia – Rex Tremendae
6) III – Sequentia – Recordare
7) III – Sequentia – Confutatis
8) III – Sequentia – Lacrimosa
9) IV – Offertorium – Domine Jesu
10) IV – Offertorium – Hostias
11) V – Sanctus – Sanctus
12) VI – Benedictus – Benedictus
13) VII – Agnus Dei – Agnus Dei
14) VIII – Communio – Lux Aeterna

Requiem Autograph Fragments
15) III – Sequentia – Dies Irae
16) III – Sequentia – Tuba Mirum
17) III – Sequentia – Rex Tremendae
18) III – Sequentia – Recordare
19) III – Sequentia – Confutatis
20) III – Sequentia – Lacrimosa
21) IV – Offertorium – Domine Jesu
22) IV – Offertorium – Hostias
23) VIII – Communio – Amen

Chorus Musicus Köln
Das Neue Orchester
Christoph Spering

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Antonio Vivaldi (1678-1741) – Late Violin Concertos – Carmignola, Venice Baroque Orchestra, Marcon

51RH83YSMVLEntão vamos novamente de Vivaldi interpretado por um dos grandes especialistas em baroco da atualidade, Giuliano Carmignola. Aqui, em um verdadeiro trabalho de arqueologia musical, o bom Giuliano nos traz alguns concertos até então desconhecidos por nós, meros mortais, sendo inéditas suas gravações. O booklet do cd traz importantes informações a respeito desta obra. Sugiro sua leitura.

 

1-3 Concerto in C major for Violin, RV 177
4-6 Concerto in C major for Violin, RV 177
7-9 Concerto in E minor for Violin, RV 273
10-12 Concerto in F major for Violin, RV 295
13-15  Concerto in B-flat for Violin, RV 375
16-18  Concerto in B-flat for Violin, RV 375

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Quam Pulchri: Música sacra portuguesa do século XVII – Estêvão de Brito (1570-1641), Manuel Cardoso (1566-1650), João Rodrigues Esteves (c.1702-1751), Manuel Rodrigues Coelho (1563-1638), D. João IV (1604-1656), Frei Jacinto do Sacramento (séc. XVIII), Diogo Dias Melgaz (1638-1700) e Pedro de Araújo (1633-664) [link atualizado 2017]

IM-PER-DÍ-VEL !!!

(Só baixando, pois não tem nem na Amazon…)

Nunca fui muito dado a presentear em aniversários e natais. O regalo, pela ocasião, para mim não se justifica. Sempre fui mais de dar presentes para meus amigos pelo que o presente em si representa, por saber que o amigo em questão adoraria aquilo. Eis que numa dessas viagens por esta imensa e formosíssima esfera azul eu me encontrava no Porto, uma das cidades mais fascinantes do planeta. Na Sé estava à venda um CD de música polifônica portuguesa. Olhei para o elenco de faixas e pensei, radiante: “isso é a cara do Avicenna“! Comprei para presenteá-lo. Quando cheguei à sua casa com o pacote em mãos, ele logo abriu o embrulho, sacou o CD da caixa e o pôs para que escutássemos (sinal que gostou mesmo!). O álbum era (é, está aí para vocês baixarem) simplesmente MARAVILHOSO! Sabe quando você dá o presente e ele é tão bom que um capetinha no seu ombro te assopra “viu? Você não deveria ter dado isso: devia ter deixado pra si mesmo!“? Foi isso que senti – não me julguem – por um instante.
O Avicenna, depois, com o trabalho acumulado pelo grande volume de material que o Paulo Castagna lhe passou, acabou deixando a obra digitalizada em minhas mãos pra que a postasse. E ei-la aqui! Que composições escolhidas a dedo! Que coro! Que repertório impecável!

Para entender um pouquinho, copiei o texto do encarte abaixo:

Os finais do séc. XVI e o séc. XVII deverão ser considerados o período áureo da polifonia portuguesa. Contudo, no séc. XVII, uma nova corrente estética, de influência italiana, a que se chamou maneirismo ou pré-barroco, mistura-se com o academismo polifónico, tentando os compositores portugueses a desenvolver uma estética expressiva. Isto é bem notório nesta antologia que agora se apresenta e que já aponta a estética teatral do barroco. Sem dúvida que este período, a que chamamos o séc. XVII musical em Portugal, é verdadeiramente a confluência das correntes europeias do séc. XVI a XVIII.
(texto extraído do encarte)

Muito muito muito muito bom!!! Ouça! Ouça! Deleite-se!

O CD já começa assim:

…E tem esta bela Batalha em meio às peças para coro:

Quam Pulchri
Música sacra portuguesa do século XVII

Estêvão de Brito (1570-1641)
01. O Rex gloriae – para dois Coros a cappella
Manuel Cardoso (1566-1650)
02. Magnificat Octavi Tossi – para Coro a cappella a 4
João Rodrigues Esteves (c.1702-1751)
03. Regina caeli – para Coro a 4 e Contínuo
Manuel Rodrigues Coelho (1563-1638)
04. Versos sobre Ave Maris Stella – para Órgão e Coro masculino
D. João IV ? (1604-1656)
05. Crux Fidelis – para Coro a cappella a 4
Estêvão de Brito (1570-1641)
06. Gaudent in caelis – para Coro a cappella a 6
Fr. Jacinto do Sacramento (séc. XVIII)
07. Tocata em Ré menor – para Órgão solo
Diogo Dias Melgaz (1638-1700)
08. Salve Regina – para Coro a cappella 2 4
João Rodrigues Esteves (c.1702-1751)
09. Cum turba plurima – para Coro a 8 e Contínuo
Pedro de Araújo (1633-664)
10. Batalha do 6° tom – para Órgão solo
João Rodrigues Esteves (c.1702-1751)
11. Quam pulchri sunt – para Coro a cappella
Diogo Dias Melgaz (1638-1700)
12. Veni Sancte Spiritus – para dois Coros a 4 e Contínuo

Coro da Sé Catedral do Porto
Eugénio Amorim, regente
António Esteireiro, órgão
Porto, 2010

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Ahhhh, Comenta, vai…

Desenho do Porto enviado pelo internauta Mateus Rosada.

Bisnaga & Avicenna

Para adicionar às piadas com violistas

Mais neste post.

Contribuição do leitor-ouvinte Paulo Jr.:

Um violista corre atrás do cellista dizendo: “Vou te matar, vou te matar”. Nisso, os outros músicos chegam e perguntam:
– Mas por que tanta agressividade?
– É porque ele desafinou de propósito uma corda da minha viola.
– E você vai matar ele só por isso?
– Não. O problema é que ele não quer me dizer qual corda foi…

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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Os Concertos para violino e Orquestra e Sinfonia Concertante

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791): Os Concertos para violino e Orquestra e Sinfonia Concertante

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Fico feliz todas as vezes que escuto a música de Mozart. E fato mais digno de nota é existência dos 5 concertos para violino e orquestra, obras de beleza intraduzível. São simplesmente divinos. Há pouco mais de um ano assistir a um extraordinário filme chamado Balzac e a costureirinha chinesa do qual faço minhas recomendações. Trata-se de uma belíssima película. O filme traz 3 desses concertos. Não lembro qual deles. A obra do diretor Dai Sejie é uma grande poesia. Trabalha os poderes imateriais da música e da literatura. O filme se passa na China maoísta. Todas as vezes que escuto estes concertos, lembro do filme. Um outro fato importante com relação a essa gravação é a presença de Anne-Sophie Mutter, violinista para qual os adjetivos são dispensáveis. Esta gravação apresenta outro trunfo a favor de Mutter: a bela conduzindo a Ensemble London Philharmonic Orchestra. Resta-nos ouvir – já estou a fazer isso enquanto digito estas palavras. Não deixe de fazê-lo também. Boa apreciação!

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Concerto for Violin no 2 in D major, K 211, Concerto for Violin no 1 in B flat major, K 207, Concerto for Violin no 5 in A major, K 219 “Turkish”, Concerto for Violin no 4 in D major, K 218, Concerto for Violin no 3 in G major, K 216 e Sinfonia concertante for Violin and Viola in E flat major, K 364 (320d)

DISCO 1

Concerto for Violin no 2 in D major, K 211
01. I. Allegro moderato
02. II. Andante
03. III. Rondeau Allegro

Concerto for Violin no 1 in B flat major, K 207
04. I. Allegro moderato
05. II. Adagio
06. III. Presto

Concerto for Violin no 5 in A major, K 219 “Turkish”
07 I. Allegro aperto
08 II. Adagio
09 III. Rondeau Tempo di Menuetto

DISCO 2

Concerto for Violin no 4 in D major, K 218
01. I. Allegro
02. II. Andante cantabile
03. III. Rondeau Andante grazioso

Concerto for Violin no 3 in G major, K 216
04. I. Allegro
05. II. Adagio
06. III. Rondeau Allegro

Sinfonia concertante for Violin and Viola in E flat major, K 364 (320d)*
07. I. Allegro maestoso
08. II. Andante
09. III. Presto

Ensemble London Philharmonic Orchestra
Anne-Sophie Mutter, violino e condução
*London Philharmonic Orchestra
*Yuri Bashmet, viola (K. 364)

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Anne-Sophie Mutter: (suspiro)
Anne-Sophie Mutter: (suspiro)

Carlinus

Antonio Vivaldi (1678-1741) – Double Concertos – Mullova, Carmignola, VBO

FrontEntão vamos continuar com a dupla Carmignola / Vivaldi.
Junte dois dos melhores violinistas da atualidade, um dos melhores conjuntos barrocos da atualidade, e o resultado só pode ser um: UM CD IM-PER-DÍ-VEL !!! E não estou falando isso apenas por ser fã confesso de Mullova e de Carmignola, mas porque realmente é belíssimo, com um show de virtuosismo dos dois solistas, um prazer para os ouvidos.
A parceria entre os dois funciona tão bem que ás vezes temos a impressão de que trata-se de apenas um violinista fazendo as duas partes. Sensacional.
Lembrei-me a pouco que me pediram esse cd há alguns anos atrás, mas o tempo passou e esqueci da solicitação. Com atraso, estou atentendo esse pedido.

01. Double Concerto in G, RV 516 I. Allegro molto
02. Double Concerto in G, RV 516 II. Andante
03. Double Concerto in G, RV 516 III. Allegro
04. Double Concerto in D, RV 511 I. Allegro molto
05. Double Concerto in D, RV 511 II. Largo
06. Double Concerto in D, RV 511 III. Allegro
07. Double Concerto in d, RV 514 I. Allegro non molto
08. Double Concerto in d, RV 514 II. Adagio
09. Double Concerto in d, RV 514 III. Allegro molto
10. Double Concerto in Bb, RV 524 I. Allegro
11. Double Concerto in Bb, RV 524 II. Andante
12. Double Concerto in Bb, RV 524 III. Allegro
13. Double Concerto in c, RV 509 I. Allegro ma poco e cantabile
14. Double Concerto in c, RV 509 II. Andante molto
15. Double Concerto in c, RV 509 III. Allegro
16. Double Concerto in a, RV 523 I. Allegro molto
17. Double Concerto in a, RV 523 II. Largo
18. Double Concerto in a, RV 523 III. Allegro

Viktoria Mullova, Giuliano Carmignola – Violins
Venice Baroque Orchestra
Andrea Marcon – Conductor

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Jan Sibelius (1865-1957) – The Sibelius Edition – CD 4 de 5 – Symphony No.5 in E Flat Op.82, Pelleas and Melisande, Symphony No.7 in C Op.105 – Barbirolli, Hallé Orchestra

frontDei um tempo nas postagens dessa caixa de Sibelius para poder disponibilizar outro material para os senhores, mas agora vou me encaminhar para sua conclusão, pois faltam apenas dois cds.
Temos então neste quarto cd as sinfonias de nº 5 e 7, além da belíssima “Pelleas and Melisande”. A música de Sibelius não é para qualquer ouvido, digamos que temos de nos acostumar com a sonoridade de sua orquestra, muitas vezes parece que o regente está tirando leite de pedra, tamanha a complexidade de suas harmonias. Felizmente, Sir John Barbirolli cumpre com maestria a função de nos apresentar essa obra.

1 Symphony No.5 in E Flat Op.82 – 1. Tempo molto moderato – Alegro moderato – Presto
2 Symphony No.5 in E Flat Op.82 – 2. Andante mosso, quasi allegretto
3 Symphony No.5 in E Flat Op.82 – 3. Allegro molto – un pochettino largamente
4 Pelleas and Melisande Suite Op.46 – 1. At the Castle Gate
5 Pelleas and Melisande Suite Op.46 – 2. Mélisande
6 Pelleas and Melisande Suite Op.46 – 3. Mélisande at the Spinning Whell
7 Pelleas and Melisande Suite Op.46 – 4. The Death of Mélisande
8 Symphony No.7 in C Op.105 – 1. Adagio
9 Symphony No.7 in C Op.105 – 2. Un pochettino meno adagio – Vivacissimo – Adagio
10 Symphony No.7 in C Op.105 – 3. Allegro molto moderato
11 Symphony No.7 in C Op.105 – 4. Vivace – Presto – Adagio

Hallé Orchestra
Sir John Barbirolli – Conductor

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