Dois centenários

Por CELSO LOUREIRO CHAVES,
publicado na Zero Hora de 20 de dezembro de 2008

Este mês, centenários de dois compositores incontornáveis da música de concerto: o francês Olivier Messiaen, de 10 de dezembro de 1908, e o norte-americano Elliott Carter, de 11 de dezembro de 1908. Dois centenários com uma distância enorme entre eles – Messiaen morreu em 1992 e portanto sua obra é um livro fechado, o que havia para ouvir foi ouvido, o que havia para descobrir foi descoberto; Carter não só continua produzindo sem cessar como tem participado das comemorações do seu próprio centenário. Há quem diga: que um compositor participe do próprio centenário já é uma façanha, mas que componha uma peça para marcar a data não tem precedentes na história da música. Elliott Carter é o exemplo mais lúcido da atemporalidade na composição musical, a possibilidade de criar sons em qualquer idade, a prova de que um compositor pode ser muitos, mesmo nos limites de uma única vida.

Por um momento Messiaen e Carter cruzaram seus caminhos. Foi no final dos anos 1940, o mundo musical ainda cambaleante depois da guerra. Messiaen tinha acabado de compor uma das suas obras mais monumentais, a sinfonia Turangalîla, e subitamente lhe veio a vontade de criar miniaturas que, no seu rigor composicional, abriram a porta para a vanguarda européia dos anos 1950. Essa foi a importância dos seus Quatro Estudos de Ritmo e também foi ali naqueles anos de mudança que Elliott Carter, já com sinfonias, canções e balés no currículo, decidiu abandonar um “eu” para alcançar um outro “eu”, para se tornar… Elliott Carter. Modernista inflexível e rigoroso, compositor de obras difíceis de tocar e ásperas de ouvir, obras profundas e racionalizadas no mínimo detalhe das decisões musicais.

A partir de caminhos absolutamente pessoais, Carter e Messiaen seguiram escolhas próprias e foram criando um repertório vasto de obras nas quais se tropeça uma e outra vez quando se percorre o panorama da música de concerto a partir de 1940. É que tanto Carter quanto Messiaen construíram idiomas musicais muito característicos que permitem identificar suas obras logo ao primeiro som, com retóricas inconfundíveis e impossíveis de resistir. Em Messiaen é a individualidade da harmonia que surpreende e cativa, os seus acordes – uns diferentes dos outros sem nada que os una – e o seu som granítico, diria o poeta Mallarmé. De repente há espaços que se abrem para melodias amplas que são ou celestiais ou simplesmente bregas, não há meio termo. Tudo envelopado numa orquestração luminosa e exagerada que não raro lança mão das ondas martenot, instrumento eletrônico que Messiaen fundiu à orquestra sinfônica.

Na música de Carter são o pontilhismo dos sons e as intricações de ritmo que agarram o ouvinte e não o deixam tomar distância da obra ouvida. Melodias não há e nem harmonias que se possa identificar como tal. Há jogo de densidades sonoras, alternâncias de cores, superfícies ásperas, rugosas, raramente lisas, que se misturam e se superpõem. Quando então Carter se volta para a voz humana, é nos poetas de sua geração que ele vai buscar guarida. Aí os poemas de Elizabeth Bishop, Robert Frost e William Carlos Williams soam na sua música. Mesmo quando não claramente articulados em som, os poetas norte-americanos são o alicerce da música de Carter – Hart Crane e seu À Ponte do Brooklyn são sombras que se escondem na Sinfonia de Três Orquestras, obra central da música para orquestra de Carter.

Também em Messiaen há textos que se escondem atrás da música e que surgem nos títulos que vão pontuando o catálogo de obras: Vinte Olhares Sobre o Menino Jesus, A Transfiguração de Nosso Senhor Jesus Cristo, Meditações Sobre o Mistério da Santíssima Trindade, Cores da Cidade Celeste. Pois para Messiaen os mistérios da fé católica são a fonte principal de irrigação da música, algo que agrada a muitos e desgosta outros tantos. O fio da navalha entre bom gosto e mau gosto é ultrapassado várias vezes no contexto dessas obras que, se discutíveis, são indiscutivelmente sinceras, ainda mais quando a religiosidade de Messiaen se une ao amor à natureza e, nela, ao amor verdadeiramente franciscano aos pássaros que povoam a sua obra. Foi Messiaen quem compôs um Catálogo dos Pássaros e colocou uma multidão de aves – brasileiras, inclusive – na sua mais gigantesca obra para orquestra, Dos Cânions às Estrelas.

Quando morreu, Messiaen ainda se recuperava da tarefa monumental de compor sua única ópera, São Francisco de Assis que, em quatro horas e oito cenas exaltadamente estáticas, conta a vida do santo que simboliza o catolicismo que o compositor conheceu por dentro. Líder de uma geração de vanguardistas – Boulez, Xenakis, Stockhausen – ao longo da vida Messiaen veio se afastando das vanguardas e, ao morrer, encerrou uma obra imensa marcada pela espiritualidade e que nunca fugiu das banalidade inevitáveis quando as sonoridades são tão exuberantes. Para que fugir? Logo numa de suas primeiras obras, o Quarteto para o Fim do Fempo, Messiaen fez soar as trombetas do juízo final. Depois disso, quem se importaria com críticas?

Críticas também nunca foram problema para Elliott Carter desde que ele se transformou nele mesmo em 1948. As suas obras foram se espalhando em todas as direções, marcando gênero a gênero. O Concerto para Orquestra, as Fantasias Noturnas, peça que ampliou o repertório de gestos do pianista, o monumental Concerto Duplo para Piano, Cravo e Orquestra e a série dos cinco quartetos de cordas. Só esse grupo de peças já seria influente por si só, pelos caminhos que apontam no tratamento das sonoridades e na transformação da vitalidade em som. O que mais surpreende, no entanto, é a nova arrancada de criatividade que Carter deu à sua música a partir dos noventa anos. A primeira ópera foi composta há pouco, a primeira peça para grupo de percussão estreou semana passada e o terceiro concerto para piano e orquestra, Intervenções, foi reservado para o dia do centenário. Todas obras de uma agressividade seríssima, algo inédito para um compositor em atividade há 72 anos.

Até quando irá a música de Elliott Carter? Não se sabe e o melhor seria perguntar até onde irá essa música que começou mansa, se tornou irredutível na obediência ao próprio estilo e que agora, nas obras de hoje, quase assusta pela vitalidade e pelo movimento incessante. Foi assim também com Olivier Messiaen que, das exuberâncias dos anos 1940 se transformou no monumento mais alto da música cristã. São os dois compositores centenários da semana. Um já é estátua e sem ele não se conta a história da música francesa. O outro ainda está aí, prestigiando sempre os concertos que o prestigiam. Vale, para marcar esse duplo centenário e para localizar as buscas incessantes da música de um e de outro, uma frase de William Carlos Williams que Carter transformou em música em Of Rewaking, obra de 2002: “cedo ou tarde devemos chegar ao fim de toda a luta… mas ainda não, tu dizes, estendendo o tempo indefinidamente.”

.:Interlúdio:. Freddie Hubbard (In Memoriam) – The Griffith Park Collection

O PQP Bach, assim como todos os amantes do jazz, se encontra em luto. Faleceu na última segunda feira, dia 29, o grande trompetista Freddie Hubbard. Sensível ao ocorrido, eu, FDP Bach, resolvi prestar uma homenagem a este excepcional músico, postando um trabalho um tanto quanto desconhecido dele. Bem,creio que seja desconhecido: The Griffith Park Collection, gravado em 1981, álbum que reuniu 5 feras em seus respectivos instrumentos:

Freddie Hubbard, no trompetes, Chick Corea nos teclados, Joe Henderson, no sax tenor, e uma das melhores cozinhas já reunidas na história do jazz: Stanley Clarke no contrabaixo e Lenny White na bateria. Tudo bem, é um Return to Forever com o acréscimo do próprio Hubbard e do Henderson. Só que acústico.

Uma pequena biografia deste mestre do trompete pode ser encontrada aqui .

Estou com pouco tempo hoje para preparar postagens. Daqui a pouco viajo para passar o Reveillon com alguns amigos na beira-mar de uma praia próxima de minha cidade.

Deixo aqui um Feliz 2009 para todos os nossos leitores-ouvintes e agradeço sua atenção.

Freddie Hubbard (In Memoriam) – The Griffith Park Collection

1 – L’s Bop
2 – Why Wait
3 – October Ballade
4 – Happy Times
5 – Remember
6 – Guernica

Freddie Hubbard – Trumpets
Chick Corea – Piano
Joe Henderson – Tenor Saxophone
Stanley Clarke – Bass
Lenny White – Drums

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDP

Assista em casa aos concertos da Filarmônica de Berlim

Simon Rattle e a orquestra alemã inauguram no dia 6 de janeiro ao Digital Concert Hall, que retransmitirá pela internet os concertos da temporada

A Filarmônica de Berlim, considerada a orquestra de maior prestígio do mundo, dá um passo gigante na direção da modernidade e se coloca à frente da nova era.

A partir de 6 de janeiro inaugura o Digital Concert Hall. E o faz com uma experiência pioneira que permite, a 9,90 euros por concerto, contemplar ao vivo desde os nossos computadores os grandes concertos da temporada.

O primeiro deles sairá por um preço especial. Por cinco euros, no próximo dia 6, com o maestro Simon Rattle à frente, a orquestra interpretará a Sinfonia número 1 de Brahms e obras de Dvorák.

O Digital Concert Hall é um portal situado dentro da página web da Filarmônica.

Nele, a orquestra oferecerá seus concertos ao vivo, gravações de arquivo e as experiências educativas que leva a cabo em subúrbios e colégios da cidade.

Com um correio eletrônico, uma senha, alguns dados pessoais e um cartão de crédito, qualquer pessoa pode, de qualquer parte do mundo, assistir aos concertos da orquestra.

Um som de máxima qualidade e uma transmissão detalhada com cinco câmeras na sala de concerto assegurarão um espetáculo único.

Retirado do Blog do Noblat que achou a notícia aqui no El Pais.

PQP

G. F. Handel (1685-1759) – Judas Maccabaeus, oratório, HWV 63

Antes de responder o e-mail de mano FDP Bach, sigo arrasando durante os semiferiadões. Esta gravação de Nicholas McGegan, solistas, coro e orquestra é, efetivamente, DIGNA DOS MAIORES ELOGIOS. Copio deste endereço maiores detalhes a respeito deste grande oratório de Handel.

Por Miguel Farinha

Judas Maccabaeus HWV 63 – Georg Friedrich Handel

Handel (1685-1758) compôs o oratório Judas Maccabeus no Verão de 1746, após vários sucessos com Messiah, Samson, Belshazzar, e Israel in Egypt. Com libretto do Rev. Thomas Morell, Judas Maccabeus relata a história da revolta dos Macabeus contra a ocupação dos sírios e celebra a vitória do Duque de Cumberland sobre o Príncipe Carlos Eduardo da Escócia. O primeiro livro dos Macabeus relata a resistência do povo judeu à conquista da Judeia pelos sírios em 169 a.C. Händel, um leal partidário da sucessão de Hanover ao trono de Inglaterra, pretendia celebrar a vitória militar do Duque de Cumberland na batalha de Culloden, que teve lugar em Abril de 1746. A rebelião jacobita do Príncipe Carlos Eduardo, sucessor dos Stuart e pretendente ao trono de Inglaterra, terminou em Culloden. Em 1747, Händel escolheu o tema da vitória militar dos Macabeus para coroar a sua habitual série londrina de concertos de oratório.

Estreada em 1 de Abril de 1747 em Londres no Teatro de Covent Garden, o oratório Judas Maccabeus foi um sucesso na sua estreia e tornou-se um dos mais populares de Händel. Durante a vida do compositor, foi executado pelo menos 54 vezes, 33 das quais sob a sua direcção.

O tom desta obra e das duas que se lhe seguiram (Joshua e Alexander Balus) bem como a associação ao libretista Thomas Morell (1703-1784) marcam uma ruptura com os oratórios dramáticos precedentes: a intriga reduzida à sua mais simples expressão (proveniente do Livro dos Macabeus e das Antiguités de Flavius Josèphe) serve de pretexto à exaltação bélica e patriótica, da mesma forma que as personagens, pouco caracterizadas, nada mais são que simples porta-vozes. Händel não procura seguir a evolução psicológica de um herói, como em Samson, ou a sustentar a tensão dramática como em Belshazzar. Ele traça sentimentos colectivos simples e violentos (luto, ardor guerreiro, terror, piedade, exaltação da vitória) em vastos conjuntos, postos em cena por uma orquestração poderosa e eficaz.

O oratório inicia-se com uma abertura francesa em sol menor composta por dois andamentos – o primeiro lento e pontuado, o segundo rápido e fugado, interrompido por uma secção lenta antes de ser retomado.

O primeiro acto abre com um coro fúnebre dos israelitas que lamentam a morte do seu chefe Matatias, sobre um ritmo lento e regular de colcheias (Mourn ye afflicted children). Um dueto em sol menor (From this dread scene) expõe, sobre um acompanhamento pontuado sombrio e enérgico, um motivo impressionante, no espaço de 4 compassos. Um novo coro, acompanhado por notas sustentadas no fagote solo (For Sion lamentation make) desenvolve uma melodia ternária cortada por silêncios.

O filho do defunto, Simão, convida os seus a rezar ao Eterno. O coro responde-lhe (Oh father whose almighty power), animando-se com os judeus que pedem a Simão que lhes nomeie um novo chefe capaz de os libertar da opressão dos sírios. Simão recebe uma inspiração divina e designa Judas, seu irmão, num recitativo acompanhado (I feel the deity within). Apela aos homens para que combatam, numa ária acompanhada por fanfarras a cargo dos oboés (Arm, arm ye brave). Segue-se-lhe um coro guerreiro, muito rápido (We come, we come), que joga com alternância de incisos homorrítmicos e curtas secções imitativas. Judas prepara-se para a batalha numa heróica ária da capo (Call forth pow’rs), em que brilhantes vocalisos se articulam com os trechos descendentes e as notas repetidas nas cordas.

Os israelitas cantam a sua liberdade, pela qual vão combater. A liberdade é louvada num dueto (Come ever smilling liberty), onde os violinos respondem em eco à melodia vocal. O quadro é fechado por um coro rápido e homorrítmico em ré maior (Lead on! Lead on!).

Recordando a vontade de seu pai, Judas chama os judeus às armas num recitativo acompanhado. Um trio contrapontístico animado responde-lhe (Disdainful of danger) – as vozes desenvolvem motivos que sugerem o combate. Numa ária viva e brilhante (No unhallow’d desire), Judas assegura que a guerra tem por fim não a ambição mas a paz. O coro final do primeiro acto (Hear us oh Lord) começa por uma prece recolhida mas anima-se com a ideia da batalha.

Uma viva introdução instrumental, ao estilo italiano, depois as vozes graves em uníssono e finalmente todas as vozes dialogando entre si proclamam a derrota do inimigo num coro em ré menor com que inicia o segundo acto (Fall’n is the foe). Um israelita conta o combate num recitativo e depois numa ária da capo ilustra a rapidez de Judas (So rapid thy course is).

Uma israelita louva a valentia de Judas numa ária da capo em lá maior (From mighty kings) cujo ritmo ternário dá lugar na parte central a exultantes vocalisos em ritmo binário rápido. Um duo alegre em ré maior introduz as aclamações repetidas pelo coro (Hail, hail Judea, happy land).

O vencedor, num recitativo seguido de ária da capo (How vain is man who boasts in fight), afirma que não foi senão instrumento de Deus.

Um mensageiro vem interromper as alegrias: anuncia que Antíoco reuniu novas forças para derrubar Israel. As lamentações dos Judeus são traduzidas num tema em dó menor proposto pelo violoncelo, cantado por uma israelita e finalmente retomado pelo coro (Ah! Wretched Israel). Judas apela de novo às armas num recitativo e ária em ré maior sobre um motivo de fanfarra (Sound an alarm), em cuja parte final intervêm trompetes e timbales. O efeito é impressionante já que esta constitui a primeira intervenção destes instrumentos no oratório. Um coro poderoso (We hear the pleasing dreadfull call) responde sobre o mesmo acompanhamento.

Simão implora ao Céu numa ária (With pious hearts) onde a melodia poderosa se desenvolve sobre um acompanhamento contínuo dos violinos. A nova batalha que se prepara é uma guerra santa, em que os israelitas desprezam os deuses estrangeiros.

Um dueto em dó menor recusa os ídolos (Oh! Never, never bow we down) e introduz um coro homorrítmico, que dá lugar a uma secção coral e finalmente a um contraponto fugado para afirmar a fé em Deus.

O terceiro acto abre com o regresso da paz anunciada por uma israelita numa ária em si bemol maior (So shall the lute and harp), adornada com inspirados vocalisos.

Um mensageiro anuncia o regresso de Judas, depois da vitória decisiva de Cafarsalama. O herói é anunciado por um coro em sol maior (See the conqu’ring hero comes!), composto para Joshua e introduzido em Judas Maccabaeus em 1750. O coro de jovens rapazes é orquestrado com trompas, o dueto de jovens raparigas com flautas, o tutti coral junta os timbales às trompas. Uma marcha sobre um motivo de Muffat vem fechar o conjunto.

Um coro em ré maior, introduzido pelo contralto e depois pelo tenor (Sing unto God) desenvolve longos vocalisos sobre um acompanhamento de trompetes e timbales. Judas presta homenagem aos guerreiros mortos em combate numa ária heróica em estilo concertante (With honour let desert be crowned). Um recitativo do embaixador Eupólemo assegura a Israel a protecção de Roma. Os judeus dão graças a Deus num coro contrapontístico em sol menor (To our great God). Uma ária de Simão (Rejoice, oh Judah) introduz o triunfante coro final, acompanhado por trompetes e timbales.
Apresentando-se como uma vasta cantata de triunfo, Judas Maccabeus ocupa na obra de Händel uma posição intermédia entre o grande fresco bíblico que é Israel no Egipto e os oratórios dramáticos como Saul ou Samson.

G. F. Handel – Judas Maccabaeus, oratorio, HWV 63

1. Judas Maccabaeus: Overture 6:05
2. Judas Maccabaeus, Act 1. Chorus: Mourn, ye afflicted children 4:09
3. Judas Maccabaeus, Act 1. Recit: Well may your sorrows 1:06
4. Judas Maccabaeus, Act 1. Duet: From this dread scene 2:27
5. Judas Maccabaeus, Act 1. Chorus: For Sion lamentation make 2:24
6. Judas Maccabaeus, Act 1. Recit: Not vain is all this storm of grief 1:02
7. Judas Maccabaeus, Act 1. Aria: Pious orgies, pious airs 3:12
8. Judas Maccabaeus, Act 1. Chorus: O Father, whose almighty pow’r 2:15
9. Judas Maccabaeus, Act 1. Recit: I feel the deity within 0:58
10. Judas Maccabaeus, Act 1. Aria & Chorus: Arm, arm, ye brave! 3:55
11. Judas Maccabaeus, Act 1. Recit: ‘Tis well, my friends 0:39
12. Judas Maccabaeus, Act 1. Aria: Call forth thy pow’rs, my soul 1:38
13. Judas Maccabaeus, Act 1. Recit: To heav’n’s Almighty king 0:26
14. Judas Maccabaeus, Act 1. Aria: O liberty, thou choicest treasure 2:23
15. Judas Maccabaeus, Act 1. Aria: Come, ever-smiling liberty 2:45
16. Judas Maccabaeus, Act 1. Recit: O Judas, may these noble views 0:11
17. Judas Maccabaeus, Act 1. Aria: ‘Tis liberty, dear liberty alone 2:34
18. Judas Maccabaeus, Act 1. Duet: Come, ever-smiling liberty 1:02
19. Judas Maccabaeus, Act 1. Chorus: Lead on, lead on! 0:47
20. Judas Maccabaeus, Act 1. Recit: So will’d my father 1:08
21. Judas Maccabaeus, Act 1. Semi-chorus: Disdainful of danger 1:54
22. Judas Maccabaeus, Act 1. Recit: Ambition! 0:15
23. Judas Maccabaeus, Act 1. Aria: No, no unhallow’d desire 1:52
24. Judas Maccabaeus, Act 1. Chorus: Hear us, O Lord 3:19
25. Judas Maccabaeus, Act 2. Chorus: Fall’n is the foe 2:58
26. Judas Maccabaeus, Act 2. Recit: Victorious hero! 0:33
27. Judas Maccabaeus, Act 2. Aria: So rapid thy course is 3:54
28. Judas Maccabaeus, Act 2. Recit: Oh let eternal honours 0:31
29. Judas Maccabaeus, Act 2. Aria: From mighty kings 6:06
30. Judas Maccabaeus, Act 2. Duet & Chorus: Hail, hail, Judea 1:57
31. Judas Maccabaeus, Act 2. Recit: Thanks to my brethren 0:38
32. Judas Maccabaeus, Act 2. Aria: How vain is man 5:26
33. Judas Maccabaeus, Act 2. Recit: O Judas, O my brethren! 0:37
34. Judas Maccabaeus, Act 2. Aria & Chorus: Ah! wretched Israel! 6:26

1. Judas Maccabaeus, Act 2. Recit: Be comforted 0:44
2. Judas Maccabaeus, Act 2. Aria: The Lord worketh wonders 2:52
3. Judas Maccabaeus, Act 2. Recit: My arms! Against this Gorgias 0:20
4. Judas Maccabaeus, Act 2. Aria & Chorus: Sound an alarm! 3:45
5. Judas Maccabaeus, Act 2. Recit: Enough! To Heav’n we leave the rest 0:39
6. Judas Maccabaeus, Act 2. Aria: With pious hearts 3:10
7. Judas Maccabaeus, Act 2. Recit: Ye worshippers of God 1:00
8. Judas Maccabaeus, Act 2. Duet & Chorus: Oh! never, never bow we down 6:14
9. Judas Maccabaeus, Act 3. Aria: Father of Heav’n! 6:11
10. Judas Maccabaeus, Act 3. Recit: See, see yon flames 0:31
11. Judas Maccabaeus, Act 3. Recit: Oh grant it, Heav’n 0:25
12. Judas Maccabaeus, Act 3. Aria: So shall the lute and harp awake 4:07
13. Judas Maccabaeus, Act 3. Recit: From Capharsalama 1:06
14. Judas Maccabaeus, Act 3. Chorus of Youths, Duet, Chorus: See, the conqu’ring hero comes! 1:45
15. Judas Maccabaeus, Act 3. March 1:09
16. Judas Maccabaeus, Act 3. Duet & Chorus: Sing unto God 2:21
17. Judas Maccabaeus, Act 3. Recit: Sweet flow the strains 0:49
18. Judas Maccabaeus, Act 3. Aria: With honour let desert be crown’d 3:07
19. Judas Maccabaeus, Act 3. Recit: Peace to my countrymen 0:35
20. Judas Maccabaeus, Act 3. Chorus: To our great God be all the honour giv’n 2:03
21. Judas Maccabaeus, Act 3. Recit: Again to earth 0:46
22. Judas Maccabaeus, Act 3. Duet: O lovely peace 6:35
23. Judas Maccabaeus, Act 3. Aria & Chorus: Rejoice, O Judah!; Hallelujah! Amen 3:26
24. Judas Maccabaeus, Appendix. Recit: Well may we hope 0:12
25. Judas Maccabaeus, Appendix. Duet & Chorus: Sion now her head shall raise 5:24
26. Judas Maccabaeus, Appendix. Aria: Wise men, flatt’ring, may deceive us 5:10
27. Judas Maccabaeus, Appendix. Aria: Far brighter than the morning 6:40
28. Judas Maccabaeus, Appendix. Recit: Sweet are thy words 0:13
29. Judas Maccabaeus, Appendix. Aria: Great in wisdom, great in glory 3:33
30. Judas Maccabaeus, Appendix. Recit: Not vain is all this storm of grief 0:50
31. Judas Maccabaeus, Appendix. Aria: Pious orgies, pious airs 2:59

Judas Maccabaeus: Guy de Mey, tenor
Israelite Woman: Lisa Saffer, soprano
Israelite Man: Patricia Spence, mezzo-soprano
Simon: David Thomas, bass
Priest / Messenger: Brian Asawa, countertenor
Eupolemus / Messenger: Leroy Kromm, bass-baritone

U.C.Berkeley Chamber Chorus
dir. John Butt

Philharmonia Baroque Orchestra
dir. Nicholas McGegan

BAIXE AQUI (Parte 1) – DOWNLOAD HERE (Part 1)

BAIXE AQUI (Parte 2) – DOWNLOAD HERE (Part 2)

PQP

Antonio Vivaldi (1678-1741) – Concertos for Violin, Strings & Continuo RV 331, 190, 325, 217 & 303

Como já bem salientou o mano PQPBach, o nosso SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) é uma porcaria, e nem fazemos muita questão de atender às solicitações. Porém, como ainda está prevalecendo o espírito natalino, resolvi atender a solicitação de um caro leitor-ouvinte, que solicita este espetacular cd do Giuliano Carmignola tocando alguns concertos desconhecidos de Vivaldi, alguns inclusive até então inéditos.

O que torna um instrumentista excepcional, além de sua técnica apurada e sua habilidade com o instrumento? Creio que antes de tudo, sua relação com o compositor, quanto mais próxima, quanto mais ele se dedicar, mais possibilidades de compreensão de sua obra. Já postei aqui o mesmo Carmignola interpretando Mozart, praia nova para ele até então, já que sua especialidade é o violino barroco. Mas neste cd vemos o italiano em seu elemento natural, sem temor algum: Vivaldi. Ele se sente tão a vontade que muitas vezes temos a impressão de que ele seria contemporâneo do compositor, e que tivesse recebido dicas do próprio quando estudou estas obras. Eis o que o editor da amazon comentou a respeito deste cd:

This dazzling new CD features five Vivaldi violin concertos that have never before been recorded. (He composed almost 250!) Giuliano Carmignola, backed by the Venice Baroque Orchestra led by Andrea Marcon offer a program of such thrilling energy and virtuosity that it’s impossible not to get caught up in their passion for the music. Carmignola attacks this music with the expressivity of a superb Italian tenor; his control over dynamics, fast runs, and leaps are remarkable–and he does it all without a trace of vibrato (not very Italian-tenor in that respect). The finale of RV 325 features urgent downward scales from the orchestra while the violin carries on insanely above it; the Largo of RV 303 contains some wonderfully odd chromatic writing. RV 190 is a complicated work, featuring a rich first movement cadenza by Olivier Foures, a lovely song-like Largo, and a final Allegro that will make you want to dance. In short, this is a very exciting CD. Vivaldi lovers won’t have to be convinced; others will realize that not all of this composer’s works sound the same. –Robert Levine

Como diz o texto, são peças até então nunca gravadas, o que as torna ainda mais interessantes. Se os senhores se comportarem bem até o final do ano, e também se o Papai Noel não se queixar, postarei os outros cds que possuo deste grande violinista, sempre em seu elemento natural, ou seja, o barroco italiano, E olha que suas “Quatro Estações” são a grande referência da atualidade.

A orquestra que o acompanha é a Venice Baroque Orchestra, grande especialista neste repertório, dirigida por Andrea Marcon, que creio que também dispense maiores comentários.

Antonio Vivaldi – Concertos fo Violin, Strings & Continuo RV 331, 190, 325, 217 & 303

01 – Concerto In G Minor, RV 331 – I.Allegro
02 – Concerto In G Minor, RV 331 – II.Largo
03 – Concerto In G Minor, RV 331 – III.Allegro
04 – Concerto In C Major, RV 190 – I.Allegro
05 – Concerto In C Major, RV 190 – II.Largo
06 – Concerto In C Major, RV 190 – II.Allegro
07 – Concerto In G Minor, RV 325 – I.Allegro Molto
08 – Concerto In G Minor, RV 325 – II.Largo a piacimiento
09 – Concerto In G Minor, RV 325 – III.Presto
10 – Concerto In D Major, RV 217 – I.Allegro
11 – Concerto In D Major, RV 217 – II.Largo
12 – Concerto In D Major, RV 217 – III.Allegro
13 – Concerto In G Major, RV 303 – I.Allegro Molto
14 – Concerto In G Major, RV 303 – II.Largo
15 – Concerto In G Major, RV 303 – III.Allegro

Giuliano Carmignola  – Violino Barroco
Venice Baroque Orchestra
Andrea Marcon – Diretor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDP

.: interlúdio :. Pat Metheny – Trio 99->00

Vamos combinar que, nestes dias de semiferiados, vamos POSTAR APENAS OBRAS-PRIMAS para quem ficou trabalhando? Combinado! Então lá vai mais uma.

Depois de alguns trabalhos mais ou menos, Pat Metheny resolveu fechar o século XX com este extraordinário CD publicado no ano 2000, O MELHOR CD DE JAZZ DAQUELE ANO E TALVEZ DOS QUE VIERAM DEPOIS. Este disco faz com que eu não consiga reconhecer outro guitarrista deste nível no jazz de todos os tempos. Um disco cheio de sutilezas, de excelente repertório quase integralmente original e… por favor, que trio! Como disse um comentarista, trata-se de uma perfeita combinação de BOM GOSTO, TALENTO E DIVERSÃO. Metheny desfia uma SÉRIE ARREBATADORA DE GRANDES SOLOS e, se você é baterista, certamente se interessará pelo que Bill Stewart faz aqui.

Imperdível!

Pat Metheny – Trio 99->00

1. (Go) Get It 5:37
2. Giant Steps 7:54
3. Just Like The Day 4:43
4. Soul Cowboy 8:28
5. The Sun In Montreal 4:35
6. Capricorn 6:19
7. We Had A Sister 5:30
8. What Do You Want? 5:24
9. A Lot Of Livin’ To Do 5:29
10. Lone Jack 5:30
11. Travels 5:48

Pat Metheny, guitars
Larry Grenadier, bass
Bill Stewart, drums

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

.: interlúdio:. Sivuca e Quinteto Uirapuru

Severino Dias de Oliveira, vulgo Sivuca (1930-2006), está na história da música brasileira por ter sido um de seus maiores acordeonistas – no Nordeste, diga-se sanfoneiros. Com isso se pensa que ele só compôs forrós e mesmo no Nordeste é difícil para os fãs do apontar outro sucesso de Sivuca que não seja Feira de mangaio (e ainda assim, muitos não sabem o nome da música), porém sua discografia se situa entre as mais ricas dentre os músicos nordestinos e seu catálogo abrange frevos, choros, jazz, canções e outros gêneros.

Pra quem pensa que o sanfoneiro em questão era músico prático (e rústico), Sivuca tem em seu histórico o privilégio de ter sido aluno (junto com Clóvis Pereira, Jarbas Maciel e Capiba) de Guerra-Peixe no Recife, no início da década de 50, quando ambos estavam na Rádio Jornal do Commércio. Nas décadas de 60 e 70, o músico paraibano rodou pelo mundo, tocando, compondo e fazendo arranjos – o arranjo original de Pata Pata, hit da recentemente falecida Miriam Makeba, foi feito por Sivuca.

Nos anos 70, viria a conhecer sua companheira inseparável até a morte: a médica conterrânea Glória Gadelha, também instrumentista e compositora, com quem Sivuca criou seus maiores sucessos. A ela, dedicou Aquariana, um presente e ao mesmo tempo pedido de desculpas por ter se esquecido do aniversário da esposa.

Ela o avisara três dias: comprou o próprio presente e deu pra ele dizendo “Se lembre”, pois sabia que o marido era muito distraído. Ele não se lembrou – e a culpa pela conseqüente crise de choro da mulher o forçou a se trancar no quarto e a só sair de madrugada com a partitura nas mãos.

Todas as peças de Sivuca e Glória Gadelha neste CD foram arranjadas pelo sanfoneiro, que passou a se dedicar a transcrições sinfônicas de suas músicas, nas últimas duas décadas de vida (espere meu post do dia 31).

Muito engenhosa, entre parênteses, é Chibanca no Uirapuru, de Hercílio Antunes, contrabaixista do Quinteto Uirapuru. O quinteto de João Pessoa é liderado por Rucker Bezerra, spalla da Sinfônica da Paraíba, que também assina peças neste disco.

Este é meu presente de Natal para vocês.

***

Sivuca e Quinteto Uirapuru

01. Choro de Cordel (Sivuca/ Glória Gadelha)
02. Em Nome do Amor (Glória Gadelha)
03. Sanhauá (Sivuca/ Glória Gadelha)
04. Luz (Rucker Bezerra)
05. Filhos da Lua (Glória Gadelha)
06. Chibanca no Uirapuru (Hercílio Antunes)
07. Canção Piazzollada (Sivuca/ Glória Gadelha)
08. Minha Luiza (Rucker Bezerra)
09. Aquariana (Sivuca)
10. Um Tom Para Jobim (Sivuca/ Oswaldinho do Acordeon)
11. Espreguiçando (Hercílio Antunes)
12. Feira de Mangaio (Sivuca/ Glória Gadelha)

Sivuca (sanfona)
Quinteto Uirapuru: Rucker Bezerra (1° violino); Renata Simões (2° violino); Luiz Carlos Jr. (viola); Kalim Campos (violoncelo); Hercílio Antunes (contrabaixo)

BAIXE AQUI

CVL

.: interlúdio :.

Pois fechemos, então, a programação de natal jazz com a trinca abaixo.

Tony Bennett & The Count Basie Big Band – A Swingin’ Christmas (320)
Tony Bennett: voice; John Williams: baritone saxophone; Doug Miller, Doug Lawrence: tenor sax; Grant Langford, Marshall McDonald: alto sax; Clarence Banks, Alvin Walker, Dave Keim, Barry Cooper: trombone; Scotty Barnhart, Michael Williams, Kris Johnson, James Zollar: trumpet.

download – 87MB
01 I’ll Be Home for Christmas 2’12
02 Silver Bells 3’17
03 All I Want for Christmas Is You 4’18
04 My Favorite Things 2’55
05 Christmas Time Is Here 3’59
06 Winter Wonderland 2’31
07 Have Yourself a Merry Little Christmas 4’36
08 Santa Claus Is Coming to Town 2’53
09 I’ve Got My Love to Keep Me Warm 3’31
10 The Christmas Waltz 3’22
11 O Christmas Tree 3’27

Oscar Peterson – An Oscar Peterson Christmas (192)
Oscar Peterson: piano; Jack Schantz: flugelhorn; Dave Samuels: vibraphone; Lorne Lofsky: guitar; David Young: bass; Jerry Fuller: drums; Rick Wilkins: conductor.

download aqui – 75MB
01 God Rest Ye Merry Gentlemen 3’28
02 What Child is This? 4’50
03 Let it Snow 3’44
04 White Christmas 3’53
05 Jingle Bells 3’18
06 I’ll be Home for Christmas 2’51
07 Santa Claus is Coming to Town 3’32
08 O Little Town of Bethlehem 3’19
09 The Christmas Waltz 6’56
10 Have Yourself a Merry Christmas 4’00
11 Silent Night 3’11
12 Winter Wonderland 4’11
13 Away in a Manger 3’38
14 O Christmas Tree 2’17

Wynton Marsalis – Crescent City Christmas Card (VBR)
Wynton Marsalis: trumpet; Ben Riley, Herlin Riley: drums; Wessell Anderson: alto sax; Wycliffe Gordon: trombone; Joe Temperley: baritone sax, bass clarinet; Reginald Veal: bass; Alvin Batiste: clarinet; Todd Williams: soprano and tenor sax, clarinet.

download aqui – 99MB
01 Carol of the Bells 4’56
02 Silent Night 4’47
03 Hark! The Herald Angels Sing 3’09
04 The Little Drummer Boy 5’29
05 We Three Kings 5’22
06 Oh Tannenbaum 1’39
07 Sleigh Ride 4’19
08 Let It Snow! Let It Snow! Let It Snow! 4’20
09 God Rest Ye Merry Gentlemen 5’43
10 Winter Wonderland 2’55
11 Jingle Bells 3’23
12 O Come All Ye Faithful 1’37
13 Twas the Night Before Christmas 8’07

Boa audição, e feliz natal a todos!
Blue Dog

K. Penderecki (1933) – Symphony No. 7 ‘Seven Gates of Jerusalem’

Apesar de não amá-lo como Clara Schumann, costumo gostar das obras de Penderecki. Porém, ouvi este disco com frieza e desatenção. Explico: muitas vezes estou trabalhndo enquanto ouço música e, desta vez, Penderecki apenas logrou captar minha atenção quando de um discurso que há lá pelo final da Sinfonia. Não direi que é ruim, direi somente que não me chamou a atenção, mesmo que tenha ouvido a obra por duas vezes. Também estou meio cheio desses caras modernos que quase só fazem música religiosa. Haja Deus para agüentar as repetidas louvações de Pärt e Penderecki! Devem ser pagos para fazê-las, não? Acho que vou publicar a Missa de Bernstein; servirá como espanador para o ranço católico — argh! — que grassa nesta postagem. (Peço desculpas aos crentes por minha franqueza). Tenho aquela super gravação do Nagano para a Harmonia Mundi. Me aguardem.

Penderecki – Symphony No. 7 ‘Seven Gates of Jerusalem’

1. Sym No.7: Part I: Magnus Dominus Et Laudabilis Nimis
2. Sym No.7: Part II: Si Oblitus Fuero Tui, Lerusalem
3. Sym No.7: Part III: De Profundis
4. Sym No.7: Part IV: Si Oblitus Fuero Tui, Lerusalem
5. Sym No.7: Part V: Lauda, Lerusalem, Dominum
6. Sym No.7: Part VI: ‘Hajeta Alai Jad Adonai’
7. Sym No.7: Part VII: Haec Dicit Dominus: Ecce Ego Do Coram Vobis Viam Vitae Et Viam Mortis

Ewa Podles (Alto)
Izabella Klosinska (Soprano)
Gustaw Holoubek (Spoken Vocals)
Bozena Harasimowicz (Soprano)
Romuald Tesarowicz (Bass)
Wieslaw Ochman (Tenor)

Warsaw National Choir
Warsaw National Philharmonic Orchestra
Kazimierz Kord

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Gilberto Agostinho (1986) – Trio, Sonata para piano e outras peças

Hoje é um dia especialíssimo e escrevo esta introdução com a certeza de que o P.Q.P. Bach chegou a um ponto onde eu nunca imaginaria ser possível chegar. Hoje, temos a honra de divulgar em primeira mão a obra de um jovem compositor brasileiro. Vou dar a palavra para que ele se apresente e depois retorno.

Meu nome é Gilberto dos Santos Agostinho Filho, tenho vinte e dois anos e nasci em São Paulo. Quando pequeno estudei alguns anos de piano e flauta transversal, mas acabei abandonando meus estudos musicais quando tinha doze anos. Minha primeira composição data desta época, uma inocente e pequena peça para piano, mas minha professora de teoria deu pouca importância para ela. Acho que talvez tenha sido isso que atrasou em tantos anos a minha decisão de me tornar compositor. Desde pequeno fui muito sensível às críticas, apesar de estar conseguindo mudar isso radicalmente no momento. Aos dezessete anos fui aprovado no curso Engenharia Aeronáutica na Universidade de São Paulo, o qual freqüentei durante um ano pois, em seguida, percebi que a vida de engenheiro não me satisfazia. Procurei algo mais purista e fui parar na Física, a qual cursei por um pouco mais de um ano. Neste meio tempo retomei minhas aulas de música com uma professora alemã e viajei para Londres por três meses, dois acontecimentos que iriam mudar a minha vida. Em Londres percebi, depois de muitas crises, que eu queria mesmo era ser compositor. Nessa época eu já estava arriscando alguns rabiscos nas pautas, mas nada a ser levado a sério. Voltei a São Paulo e procurei um professor de composição. Topei com Mário Ficarelli, meu grande mestre e amigo, que durante um longo ano me guiou com a maior paciência do mundo. Também tive aulas de regência com Paulo Rydlevski, outra pessoa que me ajudou muito. Eu fui aprovado no curso de composição da ECA, que faz parte da Universidade de São Paulo, mas desde o princípio senti que aquilo também não era para mim. O curso era fraco e eu já tinha uma boa base musical, além de não ter recebido o apoio que procurava. Larguei o curso após apenas quatro ou cinco meses. Me apliquei como nunca após isso e fiquei praticamente um ano sem aulas de composição, vivendo como um monge: comendo, rezando e compondo. Rezando pela minha aprovação em alguma boa instituição européia, o que veio a se concretizar no meio deste ano. “Conservatório de Praga”, dizia a carta. Acho que ainda não acredito, mesmo estando aqui por mais de um mês. Atualmente estudo sob orientação do professor Otomar Kvech.

A respeito das composições aqui publicadas: a primeira é o meu “Trio para piano, flauta e violino”, minha mais recente composição. Acredito que seja uma das melhores peças que já escrevi. São cinco movimentos, nos quais os instrumentos tocam todos juntos apenas no primeiro e no último. Reservei os centrais para duos entre tais instrumentos. Em seguida vem a “Sonata para piano”, música mais pesada e intelectualizada. A sonata não agradou muita gente, mas eu ainda aposto minhas fichas nela. Acho que é uma boa composição. O trio surgiu justamente como uma contraposição a sonata pois queria ver se eu era capaz de compor algo diametralmente oposto. As outras peças, “Prelúdio para piano”, “Prelúdio para violão” e “Pequenas peças para flauta” são mais antigas, mas ainda guardo um grande carinho por elas.

Saibam todos que fiquei extremamente lisonjeado com o convite de postar minhas músicas no PQP. Sou um freqüentador assíduo deste blog, além de outros do OPS!. Espero que vocês gostem do que irão ouvir. Lamento muito o fato de as músicas não serem executadas por instrumentistas reais, e sim por um software, mas saibam que essa vida de compositor não é fácil e às vezes faltam tempo e paciência para procurar, convencer e ensaiar os músicos. Apesar disto, estou em busca de instrumentistas para gravar meu Trio, e se isso acontecer, terei imenso prazer em compartilhá-los com todos.

Quem se interessar em fazer algum comentário diretamente para mim, meu email é gsagostinho e estou no hotmail.com. Será um prazer para mim receber alguma mensagem.

Obrigado novamente, PQP, FDP, CDF, Clara, Blue Dog e CVL.

Eu conheci Gilberto através de e-mails e só depois ele mandou obras de sua autoria para que eu conhecesse. A primeira obra que ouvi é até hoje a minha preferida: a Sonata para Piano. Fiquei entusiasmadíssimo com seu primeiro e último movimentos (Allegro energetico e Fuga com variazione). Vocês sabem o quanto sou franco e penso que o Adagio meditativo seja bom, mas que fique abaixo da companhia. Os dois primeiros movimentos citados são realmente notáveis e, é claro, qualquer fuga logo recebe a simpatia deste filho de Bach, ainda mais esta.

O Trio é expansivo e feliz. O software que o executa deixa a desejar em sonoridade, mas dá para ouvir bem. O Trio também não é música fácil, é polifônico de cabo a rabo e penso que aqui não se repita o provável defeito da sonata. Inicia com um tremendo Allegro, segue um Adagio ainda melhor e nunca cai. Tudo é muito interessante e a ironia que se insinua no Scherzo comparece plenamente no Tempo di valse o qual é seguido por um Finale em que ouço citações de alguma música nordestina — algum baião — que não consigo identificar. É tudo bom humor e inventividade.

As Pequenas peças para flauta são ótimas, mas acho que uma delas – uma rápida – tem um parentesco irritante com o som do videogame de meu ex-vizinho. Pode ser efeito do software-executante. Não há nada a criticar no belo Prelúdio Nº 2 para piano. Gostei muito. O curto Prelúdio para violão é um triste noturno que me deixa com vontade de ouvir mais.

Há um fato importantíssimo que devo salientar: FALO DE UM JOVEM DE 22 ANOS e sou, digamos, um experiente ouvinte de muito boa música, interpretada por grandes artistas. Ou seja, sou um ouvinte exigente e tudo o que ouvi do Gilberto aponta para um baita compositor.

Fico muito feliz por ele ter concordado em expor-se (ou jogar-se) para o público (aos leões) do PQP.

Gilberto Agostinho – Trio, Sonata pata piano e outras peças

01 Agostinho – Trio – allegro.mp3
02 Agostinho – Trio – adagio.mp3
03 Agostinho – Trio – scherzo.mp3
04 Agostinho – Trio – tempo di valse.mp3
05 Agostinho – Trio – finale.mp3

06 Agostinho – Sonata – allegro energetico.mp3
07 Agostinho – Sonata – andante meditativo.mp3
08 Agostinho – Sonata – fuga con variazione.mp3

09 Agostinho – Pequenas peças para flauta.mp3

10 Agostinho – Prelúdio No2 para piano.mp3

11 Agostinho – Prelúdio para violão.mp3

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

George Friedrich Handel (1685-1759) – Samson

Começo com minhas postagens barrocas trazendo um dos principais oratórios de Handel, Samson, e também uma dos mais trágicos, em uma interpretação inspiradíssima do “Imperador” Harnoncourt, e com um timaço de solistas, entre eles, Anthony Rolfe Johnson, Roberta Alexander, Maria Angela Blasi, entre outros.

Sabemos que Handel compôs muitos oratórios, e prentendo postar alguns que tenho.

O libretto da obra pode ser encontrado aqui.

Maiores informações sobre a obra, podem ser encontradas aqui .

George Friedrich Handel (1685-1759) – Samson

Disc: 1

1. Symphony – Concentus Musicus Wien/Nikolaus Harnoncourt
2. Menuet – Concentus Musicus Wien/Nikolaus Harnoncourt
3. Act I, Scene 1: Awake the trumpet’s lofty sound! – Arnold Schoenberg Chor/Erwin Ortner
4. Act I, Scene 1: Ye men of Gaza, hither bring – Angela Maria Blasi
5. Act I, Scene 1: Awake the trumpet’s Lofty sound – Arnold Schoenberg Chor/Erwin Ortner
6. Act I, Scene 1: Torments, alas! are not confined – Anthony Rolfe Johnson
7. Act I, Scene 2: O mirror of our fickle state – Jochen Kowalski
8. Act I, Scene 2: Total eclipse! no sun, no moon, all dark – Anthony Rolfe Johnson
9. Act I, Scene 2: Since light so necessary is to life – Jochen Kowalski
10. Act I, Scene 2: O first created beam! – Arnold Schoenberg Chor/Erwin Ortner
11. Act I, Scene 3: Oh miserable change! is this the man – Anton Scharinger
12. Act I, Scene 3: The good we wish for, often prove our banes – Anton Scharinger
13. Act I, Scene 3: Thy glorious deeds inspir’d my tongue – Anton Scharinger
14. Act I, Scene 3: My genial spirits droop, my hopes are flat – Anthony Rolfe Johnson
15. Act I, Scene 3: Then long Eternity shall greet your bliss – Jochen Kowalski
16. Act I, Scene 3: Then round about the starry throne – Arnold Schoenberg Chor/Erwin Ortner
17. Act II, Scene 1: Trust yet in God! Thy father’s timely care – Anton Scharinger
18. Act II, Scene 1: Return, oh God of hosts! – Jochen Kowalski
19. Act II, Scene 1: To dust his glory they would tread – Arnold Schoenberg Chor/Erwin Ortner/Jochen Kowalski
20. Act II, Scene 2: With plaintive notes and am’rous moan – Angela Maria Blasi
21. Act II, Scene 2: Your charms to ruin led the way – Anthony Rolfe Johnson
22. Act II, Scene 2: My (Her) faith and truth, oh Samson, prove – Roberta Alexander/Maria Venuti
23. Act II, Scene 2: Her faith and truth, oh Samson, prove – Arnold Schoenberg Chor/Erwin Ortner
24. Act II, Scene 2: To fleeting pleasures make your court – Roberta Alexander
25. Act II, Scene 2: Her faith and truth, oh Samson, prove – Arnold Schoenberg Chor/Erwin Ortner

Disc: 2

1. Act II, Scene 2: N’er think of that! – Anthony Rolfe Johnson/Roberta Alexander
2. Act II, Scene 2: Traitor to love! I’ll sue no more – Anthony Rolfe Johnson/Roberta Alexander
3. Act II, Scene 3: To man God’s universal law – Arnold Schoenberg Chor/Erwin Ortner
4. Act II, Scene 4: Honour and arms scorn such a foe – Alastair Miles
5. Act II, Scene 4: Go, baffled coward, go/Presume not on thy God – Anthony Rolfe Johnson/Alastair Miles
6. Act II, Scene 4: Hear,Jacob’s God, Jehovah, hear! – Arnold Schoenberg Chor/Erwin Ortner
7. Act II, Scene 4: To song and dance we give the day – Christoph Pregardien
8. Act II, Scene 4: To song and dace we give the day – Arnold Schoenberg Chor/Erwin Ortner
9. Act II, Scene 4: Fix in his everlasting seat – Arnold Schoenberg Chor/Erwin Ortner
10. Act III, Scene 1: More trouble is behind: for Harapha – Jochen Kowalski
11. Act III, Scene 1: Presuming slave, to move thier wrath – Alastair Miles
12. Act III, Scene 1: With thunder arm’d, geat God, arise! – Arnold Schoenberg Chor/Erwin Ortner
13. Act III, Scene 1: Jehova’s Glory known! – Anthony Rolfe Johnson
14. Act III, Scene 1: Thus when the sun from’s wat’ry bed – Anthony Rolfe Johnson
15. Act III, Scene 1: With might endued above the suns of men – Jochen Kowalski
16. Act III, Scene 1: The Holy One of Israel be thy guide – Jochen Kowalski
17. Act III, Scene 1: To fame immortal go – Arnold Schoenberg Chor/Erwin Ortner
18. Act III, Scene 2: Great Dagon has subdued our foe – Christoph Pregardien
19. Act III, Scene 2: Great Dagon has subdued our foe – Arnold Schoenberg Chor/Erwin Ortner
20. Act III, Scene 2: How willing my paternal love – Anton Scharinger
21. Act III, Scene 2: A Sym of horror and confusion – Arnold Schoenberg Chor/Erwin Ortner
22. Act III, Scene 2: Hear us, our God, oh hear our cry – Arnold Schoenberg Chor/Erwin Ortner
23. Act III, Scene 2: Ye sons of Israel, now lament – Jochen Kowalski
24. Act III, Scene 2: Weep, Israel, weep a louder strain – Arnold Schoenberg Chor/Erwin Ortner
25. Act III, Scene 2: A Dead March – Arnold Schoenberg Chor/Erwin Ortner
26. Act III, Scene 2: Glorious hero, may thy grave – Arnold Schoenberg Chor/Erwin Ortner
27. Act III, Scene 2: Let the bright seraphim in burning row – Maria Venuti
28. Act III, Scene 2: Let Their celestial concerts all unite – Arnold Schoenberg Chor/Erwin Ortner

Roberta Alexander – Dalila
Anthony Rolfe Johnson – Sansom
Maria Venuti – Israelitsch Woman
Christoph Prégardien – Philistine Messenger
Angela Maria Blasi – Philistine woman attendant of Dalila
Alaistair Miles – Araphia
Jochen Kowalsky – Micah
Anton Sharinger – Manoa

Arnold Schoenberg Chor
Concentus Musicus Wien
Nikolaus Harnoncourt

CD 1 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

V

Sergei Rachmaninov (1873 – 1943): The Isle of the Dead, Op.29 / Symphonic Dances, Op.45

Eu não gosto de Rachmaninov. Sofri silenciosamente enquanto mano FDP publicava seus Concertos para Piano, Variações sobre Paganini (ESSES DOIS SE MERECEM), Sinfonias e outros horrores. Mas, sabe como é, eu respeito meu irmão. Rach é um romântico tardio, um chato, um mela-cueca, um discursivo, um pentelho. Só que nesta semana ele se de mim vingou com juros.

Um pouco surpreso com os elogios histéricos que este CD de Ashkenazy e do Concertgebouw recebia por todos os cantos, resolvi voltar a enfrentar o ogro pegajoso. Deu tudo errado. Eu simplesmente amei! Como o ouvi tarde da noite, fui dormir com a perturbadora sensação de ter recebido FDP em meu corpo — nada físico, bem entendido; tudo espiritual. Achei que uma noite de sono me curaria da tragédia de ter gostado de obras de Rach. No outro dia, de estômago cheio e em CNTP, ouvi novamente a coisa. Olha, não cheguei a desmilingüir (essa trema some na unificação ortográfica), mas… É muito bom. É tri bom. Bom demais. Que maravilha.

Se vocês quiserem ler elogios mais abalizados, cliquem sobre o selo da Amazon acima. Há nove caras babando ali.

Vá lá, é imperdível.

Rachmaninov: The Isle of the Dead, Op.29 / Symphonic Dances, Op.45

01 – Die Toteninsel
02 – Symphonische Taenze – Non Allegro
03 – Symphonische Taenze – Andante Con Moto [Tempo Di Valse]
04 – Symphonische Taenze – Lento Assai – Allegro Vivace

Vladimir Ashkenazy
Concertgebouw Orchestra Amsterdam

BAIXE AQUI -DOWNLOAD HERE

PQP

.: interlúdio :.

Dezembro segue veloz e estamos atrasados para nossa programação jazzística natalina!

Não, não pensem que este cão está de touca vermelha e guizos na cauda a esperar o Papai Noel; não sou um grande fã do natal, e inclusive compartilho a orientação religiosa de nosso célebre PQP. Mas a verdade é que este é o único período do ano em que se pode escutar tais discos sem uma sensação estrondosa de deslocamento invadindo cada frase.

E, claro, há muito o que ouvir. No ano passado, postei os hors-concours Chet Baker & Christopher Mason Quartet – Silent Night e Vince Guaraldi Trio – A Charlie Brown Christmas; retomo a série no mesmo tom, com uma trinca de ases. Logo abaixo vocês verão, e talvez ouvirão, Dave Brubeck sozinho ao piano, como um velho Scrooge às avessas, solitário mas benevolente; Louis Armstrong dividindo o estúdio com músicos diversos, numa viagem por sua discografia; e Ella Fitzgerald, bem, fazendo o que sempre fez com maestria, em uma sessão monotemática de 1960, no auge de sua voz.

Tem mais; meia dúzia de outros bons discos devem pintar por aqui até o dia 25. E mesmo que você não goste muito da ocasião, aconselho a baixar e gravar um (uns) preferidos em CD. É sempre uma ótima saída se a festa for na casa do seu cunhado e ele surgir com o disco natalino da Simone ou do Chitãoró e Xorozinho.


Dave Brubeck – A Dave Brubeck Christmas (224)
Dave Brubeck: piano
Produzido por John Synder e Russell Gloyd para a Telarc (1996)
download – 93MB
01 “Homecoming” Jingle Bells 3’22
02 Santa Claus Is Coming to Town 3’42
03 Joy to the World 2’55
04 Away in a Manger 5’06
05 Winter Wonderland 4’22
06 O Little Town of Bethlehem 5’37
07 What Child Is This? (Greensleeves) 3’30
08 To Us Is Given 3’36
09 O Tannenbaum 3’38
10 Silent Night 4’56
11 Cantos Para Pedir las Posadas 4’01
12 Run, Run, Run to Bethlehem 3’51
13 “Farewell” Jingle Bells 3’02
14 The Christmas Song 4’29


Ella Fitzgerald – Wishes you a Swingin’ Christmas (256)
Produzido por Norman Granz para a Verve (1960)
Ella Fitzgerald: vocals
Frank DeVol: arranger, conductor

download – 64MB
01 Jingle Bells 2’21
02 Santa Claus Is Coming to Town 2’56
03 Have Yourself a Merry Little Christmas 2’56
04 What Are You Doing New Year’s Eve? 3’32
05 Sleigh Ride 2’56
06 The Christmas Song 3’00
07 Good Morning Blues 3’15
08 Let It Snow! Let It Snow! Let It Snow! 2’43
09 Winter Wonderland 2’16
10 Rudolph the Red-Nosed Reindeer 2’51
11 Frosty the Snowman 2’12
12 White Christmas 3’02


Louis Armstrong & Friends – The Christmas Collection (224)
Compilado em 1997 por Andy McKaye para a Hip-O

download – 63MB
01 White Christmas (with Gordon Jenkins & His Orchestra) 2’39
02 ‘Zat you Santa Claus? (with The Commanders) 2’40
03 Christmas in New Orleans (with Benny Carter & His Orchestra) 2’54
04 Christmas Night in Harlem (with Benny Carter & His Orchestra) 2’39
05 Cool Yule (with The Commanders) 2’56
06 Winter Wonderland (with Gordon Jenkins & His Orchestra) 2’59
07 It’s Christmas Time Again (with Peggy Lee/Jud Conlon Rhythmaires) 3’00
08 Jingle Bells (with Duke Ellington & His Orchestra) 3’00
09 Santa Baby (with Eartha Kitt/Henri Rene & His Orchestra) 3’26
10 The Christmas Song (with Mel Tormé) 3’03
11 Silent Night (Dinah Washington) 2’22
12 Merry Christmas, Baby (with Lionel Hampton) 3’22
13 May Every Day be Christmas (with Louis Jordan & His Orchestra) 3’11
14 Santa Claus is Coming to Town (with Lena Horne) 2’43

Boa audição!
Blue Dog

A Música Erudita de Compositores Populares Pernambucanos

Semana que vem vai começar a décima primeira edição do maior festival de música clássica do Nordeste do Brasil e do mês de dezembro em todo o país, chamado Virtuosi. Como estou novamente de passagem no Recife e tinha essa pérola semi-preciosa da fonografia nacional guardada aqui, aproveito para postá-la, já que fora gravada no Virtuosi 2005.

Três compositores são apresentados neste álbum duplo. Maestro Duda, um compositor de frevos muito melhor como arranjador. Capiba, senão o maior compositor de frevos, pelo menos o autor do mais famoso frevo de bloco, Madeira que cupim não rói. E Clóvis Pereira, também compositor de frevos e arranjador.

Capiba e Duda tinham o sonho de compor obras eruditas e ouvirem-nas executadas na capital onde ficaram famosos pelas suas composições populares, mas não podiam ter mais ambições na música sinfônica e camerística porque não nasceram nela e viviam da música popular pernambucana.

Parcial exceção, Clóvis Pereira – um dos compositores pioneiros do Movimento Armorial, ex-diretor do Conservatório Pernambucano de Música e Mestre em Composição pela Universidade de Boston – possui um catálogo pequeno, mas digno, e recentemente tem sido reconhecido pelo Mourão como o conhecemos hoje, o qual foi reestruturado por Clóvis com autorização de Guerra-Peixe, pedida por Ariano Suassuna.

O Mourão em sua estrutura original é o do primeiro disco do Quinteto Armorial e da trilha do filme Orquestra dos Meninos e é, na verdade, uma peça para violão e violino que serviu de jingle para um documentário sobre Lampião na TV Jornal do Commércio na década de 50, segundo conta Clóvis Pereira.

Capiba – ex-aluno de Guerra-Peixe, junto com Clóvis, Sivuca e Jarbas Maciel – compôs valsas, polcas, maracatus, canções, frevos das três vertentes (de rua, de bloco, ou de “pau-e-corda”, e canção) etc. Depois das primeiras [e desconhecidas] peças eruditas, do início da década de 50, só voltou à seara por conta do Movimento Armorial, porém criou não mais do que outras duas ou três peças.

Nos CDs estão justamente as desconhecidas: as Duas peças para flautas dedicadas a Esteban Eitler e o Dueto para flauta e clarineta são curtos, atonais e sem a menor emoção – meros estudos. A Suíte nordestina só empolga no quarto movimento e acima de tudo é um exemplar de música naïf, não tanto como a peça de Maestro Duda, um reles arrumado de ritmos populares nordestinos em roupagem sinfônica.

O Bolero, no entanto, se situa no lado oposto. Numa ousada tentativa de sacudir o fantasma de Ravel, que parecia impedir os demais compositores de criar outras peças baseadas no bolero espanhol (de ritmo ternário), Capiba acertou em não ser extenso (seu Bolero tem metade da duração do de Ravel), até porque ele só criou um único tema – em vez de dois, como o compositor francês.

As melhores peças eruditas de Capiba são as duas inspiradas pelo Movimento Armorial, a suíte Sem lei nem rei, de 1970, e a Grande Missa Armorial, de 1982 (aguardem). Coincide de as melhores peças deste álbum serem desse período, mas compostas por Clóvis Pereira, que era quem cuidava da orquestração e da harmonização das peças orquestrais de Capiba.

Os recentes Concertino para violino e Quarteto de cordas, apesar de bem escritos, não foram concebidos com inspiração – diferente do belíssimo Concertino para violoncelo, ainda não disponível em CD. São as Três peças nordestinas, numa interpretação insuperável e inédita para quarteto de cordas, e a Grande Missa Nordestina, ambas dos anos 70, que valem a pena o download. O Kyrie, que deveria durar não mais que dois minutos, e o impecável Gloria, merecem destaque na Missa; as Três peças, de cabo a rabo.

Aproveitem porque este CD duplo não foi vendido e é difícil de se conseguir.

***

A música erudita de compositores populares pernambucanos

CD 1

Clóvis Pereira (1932)
1-3. Concertino em lá maior para violino e orquestra de cordas
Allegro ma non molto – Andante lamentoso – Allegro
Violino: Clóvis Pereira Filho
Orquestra Sinfônica Virtuosi, regida por Clóvis Pereira

Capiba [Lourenço da Fonsêca Barbosa] (1904-1997)
4-5. Duas peças para flauta dedicadas a Esteban Eitler (1951)
Moderato – Allegro
Flauta: Rogério Wolf

6-7. Dueto para flauta e clarinete (1952)

Clóvis Pereira
8-13. Grande Missa Nordestina (1978)
Kyrie – Gloria – Credo – Sanctus – Benedictus – Agnus Dei
Meio-soprano: Denise de Freitas
Barítono: Homero Velho
Orquestra Sinfônica Virtuosi, regida por Clóvis Pereira

BAIXE AQUI

CD 2

Clóvis Pereira
1-3. Quarteto de cordas (2005)
Allegro – Moderato – Allegro molto
Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo

4-6. Três peças nordestinas
No Reino da Pedra Verde – Aboio – Galope
Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo

Capiba
7-11. Suíte nordestina (1949)
Regressando do eito – Fugindo – Enterro – Casa Grande e Senzala – Carregando bangüês
Orquestração: Guerra Peixe (1949)
Revisão: Clóvis Pereira (2005)
Orquestra Sinfônica Virtuosi, regida por Rafael Garcia

12. Bolero (1992)
Orquestra Sinfônica Virtuosi, regida por Rafael Garcia

Maestro Duda [José Ursicino da Silva] (1935)
13. Uma visão nordestina: projeto 500 anos do Descobrimento do Brasil (2000)
Orquestra Sinfônica Virtuosi, regida por Rafael Garcia

BAIXE AQUI

***

De brinde segue um CD promocional que foi distribuído aos espectadores do Virtuosi em 2006, com gravações de anos anteriores. Raridade, mas atente que só consta um movimento dos concertos de Paganini, Bach e Dvorak.

TIM apresenta IX Virtuosi

1. Paganini
Conc. para violino e orquestra n° 1 em ré maior, op. 6
Allegro maestoso
Violino: Judith Ingolfsson
Orquestra Sinfônica Virtuosi, regida por Rafael Garcia

2. Bach
Concerto para dois violinos e cordas em ré menor, BWV 1043
Vivace
Violinos: Sandy Yamamoto e Soh-Hyun Park
Orquestra Sinfônica Virtuosi, regida por Rafael Garcia

3. Dvorák
Concerto para violoncelo e orquestra em si menor, op. 104
Finale. Allegro moderato
Violoncelo: Leonardo Altino
Orquestra Sinfônica Virtuosi, regida por Rafael Garcia

Piazzolla
4. Adiós Nonino
5. Concierto para un quinteto
Copenhagen Ensemble e cordas da Orquestra Virtuosi

6. e 7. Gilles Apap & The Colors of Invention
Violino: Gilles Apap
Acordeom: Myriam Lafar
Baixo: Phillipe Noharet

BAIXE AQUI

CVL

J. S. Bach (1685-1750) / A. Vivaldi (1678-1741): recriação livre de Marco Antônio Guimarães

Vocês nunca irão ouvir nenhuma palavra de desabono de minha parte a qualquer trabalho deste gênio da música brasileira, Marco Antônio Guimarães. Marco Antônio Guimarães é, simplesmente, o diretor musical e principal compositor do grupo mineiro de música instrumental Uakti. Penso que disse tudo. Quase tudo. Ao menos aos iniciados.

Discípulo de Walter Smetak, Marco Antônio tocou violoncelo por mais de uma década em sinfônicas enquanto construía em sua casa novos instrumentos musicais com materiais não tradicionais. Um dia juntou-se a outros músicos de mente aberta como a dele — os percussionistas Paulo Sérgio Santos e Décio Ramos, o flautista Artur Andrés Ribeiro e o violoncelista Cláudio Luz do Val — e fez-se a luz, ou o Uakti.

Este é um trabalho solo de Marco Antônio. E, convenhamos, tinha tudo para dar errado. Apenas gostar e compreender Bach não é suficiente para sair por aí fazendo arranjos, mas a absurda sensibilidade de Marco Antônio torna este CD mais do que divertido, mais do que bom, muito, mas muito mais do que um mero abuso sobre a obra de meu pai. Ele aborda temas bastante conhecidos do mainstream do repertório bachiano de uma forma delicada e inteligente, respeitosa e criativa, é um trabalho de um compositor sobre a obra de outro.

Se não gostarem não me digam; mas, se disserem, eu prometo quebrar a cabeça do infiel com um tubo de PVC. Ou serei fino e inteligente como o Bluedog, que contrapôs a seguinte argumentação a certos detratores de vanguardistas:

Os comentários deste post são, em sua maioria, monstruosos.

Lamento pela ignorância, arrogância e esnobismo. Quem é intolerante com música não faz juz ao seu aparelho auditivo. E quem não tem capacidade de reflexão e descoberta não deveria usar a palavra “arte”.

Reflexão e descoberta, reflexão e descoberta, reflexão e descoberta: creio que isso define o criador do Uakti. Nunca, mas nunca serei intolerante para com o genial Marco Antônio Guimarães. Ao contrário. Mestre Marco Antônio, eu te saúdo!

Bach – Vivaldi: recriação livre de Marco Antônio Guimarães

01 – Jesus Alegria Dos Homens & Preludio Em Do [Bach]
02 – Prelúdio Em Re Menor [Bach]
03 – Fuga II [Cravo Bem Temperado] [Bach]
04 – Aria da Suite III Para Orquestra [Bach]
05 – Da Paixão Segundo Matheus [Bach]
06 – Suite para Cello Solo & Prelúdio V [Cravo Bem Temperado] [Bach]
07 – Prelúdio em Dó Menor & Minueto [Anna Magdalena] [Bach]
08 – Coral da Cantata 147 & Partida Para Flauta [Bach]
09 – Prelúdio I [Cravo Bem Temperado] [Bach]
10 – Prelúdio II [Cravo Bem Temperado] [Bach]
11 – Coral da Cantata 140 [Bach]
12 – Courante da Suíte III para Cello Solo [Bach]

13 – A Primavera Retorna [Vivaldi]
14 – O Pastor Repousa Em Campo Florido [Vivaldi]
15 – Dança Pastoral Das Ninfas [Vivaldi]
16 – O Cuco [Vivaldi]
17 – Vento Norte [Vivaldi]
18 – A Temerosa Ovelha Lamenta O Seu Destino [Vivaldi]
19 – A Mosca Azul
20 – Canto E Dança Dos Camponeses
21 – Embriagados Caem Em Sono Profundo [Vivaldi]
22 – O Clima E Ameno [Vivaldi]
23 – A Caça
24 – Ao Lado Do Fogo. L Fora O Frio Intenso [Vivaldi]
25 – Caminhando No Gelo [Vivaldi]
26 – O Morno Vento Sirocco Anuncia O Final Do Inverno [Vivaldi]

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonia nº 9, in D, op. 125

Estarei trazendo para os senhores nas próximas postagens minhas gravações favoritas da Sinfonia nº 9. Duas delas já foram aqui postadas, a saber, a versão do Toscanini, e a versão do Fricsay, recém postada.

Vou primeiramente de Karajan, com sua mítica versão gravada em 1962 e lançada em 1963.

O editorialista da amazon fez o seguinte comentário sobre esta versão: “Herbert von Karajan always did a good job with this symphony, and his performances are quite consistent, even down to the very backward-balance of the chorus. By general consensus, though, this is the best of them. –David Hurwitz'”

Concordo com o editorialista, e ainda a considero esta a minha versão favorita. Ah, de brinde os senhores ainda levarão a Abertura Coriolano.

Portanto, vamos a ela.

Ludwig van Beethoven –  Symphony No. 9 in D minor (“Choral”), Op. 125

Gundula Janowitz – Soprano

Hilde Rossel-Majdan – Contralto

Waldemar Kmenntt – Tenor

Walter Berry – Barítono

 

Vienna Singverein

Berliner Philharmoniker

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

FDP Bach

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sinfonia nº 9, em D Menor, op.125

51dczkaUYZLEm minha busca do Santo Graal das versões disponíveis e indisponíveis no mercado da Sinfonia nº 9 de Beethoven, trago uma séria concorrente para ocupar tal posto: eis então a já tão comentada em minha postagem anterior, versão da 9ª SInfonia de Beethoven na elogiada versão de Ferenc Fricsay à frente da FIlarmônica de Berlim. Repetindo as palavras do mano PQP, é música para se ouvir de joelhos, ainda mais  com um timaço de solistas como esses, se destacando o então jovem Dietrich Fischer-Dieskau, um dos maiores barítonos do século XX, além de um Ferenc Fricsay inspiradíssimo.
Ah, já ia esquecendo de agradecer à gentileza da nossa colega Laís Vogel, que disponibilizou o link,

Ludwig van Beethoven – Sinfonia nº 9, em D Menor, op. 125

1 – Alegro ma non troppo, un poco maestoso
2 – Molto vivace
3 – Adagio molto e cantabile
4 – Presto – Presto Assai – “O Freunde, nicht diese Töne”

Irmgard Seefried – Soprano
Maureen Forrester – Contralto
Ernst Haefigler – Tenor
Dietrich Fischer-Dieskau – Barítono
Chor der St. Hedwigs-Katedrale
Berliner Philharmoniker
Ferenc Fricsay – Direktor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

(LINK CORRIGIDO)

FDP Bach