.: interlúdio :. Ahmad Jamal: Blue Moon (2012)

.: interlúdio :. Ahmad Jamal: Blue Moon (2012)

Quem ouve este respeitável senhor em seu Steinway, não imagina que ele tenha 82 anos, quase 83. Por cinco décadas, Ahmad Jamal liderou pequenas bandas de jazz a partir de seu piano, sempre com grande elegância e dando importância verdadeiramente africana ao ritmo. Nunca parou tocar ou criar e este Blue Moon não é apenas mais um CD de Ahmad Jamal, mas um dos melhores trabalhos de uma longa carreira. Miles Davis disse por diversas vezes que Jamal era uma de suas maiores inspirações e é possível admitir tal fato desde os primeiros acordes de Autumn Rain, a primeira faixa de Blue Moon.

Neste disco, Jamal reinventa de forma requintada várias canções do pós-guerra, demonstrando um amor insuspeitado por Hollywood. Ele vai desde a música-tema de  Laura, filme de 1944 de Otto Preminger, até o clássico Blue Moon, que aparece desnuda, quase resumida a um minimalista ostinato de 10 minutos. Coisa de gênio.

A impressão que Jamal nos passa é a de ter atingido um grau de perfeição que  simplesmente não é possível melhorar. Mas é o nível habitual, visitado e revisitado por ele. Resta saber o que come e bebe. Em 2010, aos 80 anos, Jamal lançou um dos álbuns mais belos de sua carreira, o esplêndido A Quiet Time. Agora, dois anos depois repete a dose. Esperamos mais e mais, Ahmad.

Ahmad Jamal: Blue Moon (2012)

1. Autumn Rain 7’45
2. Blue Moon 10’11
3. Gypsy 5’26
4. Invitation 13’21
5. I Remember Italy 13’14
6. Laura 6’33
7. Morning Mist 8’44
8. This Is the Life 7’38
9. Woody’n You 5’11

Ahmad Jamal – piano
Reginald Veal – double bass
Herlin Riley – drums
Manolo Badrena – percussion

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Jamal chega a um ponto de extrema juventude, impossível de melhorar.
Jamal chega a um ponto de extrema juventude, impossível de melhorar.

PQP

Igor Stravinsky (1882-1971): A Sagração da Primavera para Jazz Trio (!!!)

Igor Stravinsky (1882-1971): A Sagração da Primavera para Jazz Trio (!!!)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Finalizando minha participação nas homenagens aos 100 anos de A Sagração da Primavera, relanço um dos CDs mais baixados este ano — este post é originalmente de 2013 — em nosso blog: a versão da Sagração para Jazz Trio. Ah, por falar nisso, este grupo está apresentando este mesmo arranjo hoje, em Nova Iorque.

Como é que é? Vão tocar a minha Sagração com um trio de jazz?
Como é que é? Vão tocar a minha Sagração com um trio de jazz? Muito bom!

Grande The Bad Plus!

Acho que nunca mais aquele amigo do meu filho dirá novamente algo parecido para mim. Ele disse que um “power trio” tinha gravado toda a Sagração da Primavera e que era fantástico. Fiquei enchendo o saco dele para ouvir. Ele me mandou sua única fonte, um vídeo do YouTube, desses que mostram uma reles foto parada enquanto ouvimos a música. Putz, era realmente espetacular. Ao que indica esta reportagem, eles estrearam a Sagração no dia 26 de março de 2011, na Duke University, depois de passar 8 meses desvendando e domando o monstro. O resultado é espetacular.

O baixista, o pianista e o baterista.
O baixista, o pianista e o baterista. “É uma peça difícil…”.

Há declarações curiosas, como a do baixista Reid Anderson. Para aliviar as dificuldades da obra, a banda escolheu um plano curioso de ataque. Começaram pelo final e trabalharam dali para trás. “Nós inventamos que o último movimento era o mais difícil”, diz o baixista. “Era bom pensar assim do ponto de vista psicológico. Nós estávamos, cuidadosamente, tentando fazer da Sagração uma peça nossa, algo nosso”. O pianista Iverson diz pouca coisa além de “é uma peça difícil”.

No início, há alguns efeitos que achei estranhos, mas depois que engrena fica uma coisa de louco.

Igor Stravinsky (1882-1971): A Sagração da Primavera para Jazz Trio (!!!)

01 – First Part– Adoration Of The Earth- Introduction
02 – The Augurs Of Spring
03 – Ritual Of Abduction
04 – Springs Rounds
05 – Games Of The Two Rival Tribes–Procession Of The Sage
06 – The Sage–Dance Of The Earth
07 – Second Part– The Sacrifice- Introduction
08 – Mystic Circle Of The Young Girls
09 – Glorification Of The Chosen One
10 – Evocation Of The Ancestors–Ritual Action of The Ancestors
11 – Sacrifical Dance

The Bad Plus:
Ethan Iverson, piano
Reid Anderson, baixo
Dave King, bateria

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Doidos varridos, todos
Doidos varridos, todos (clique para ampliar)

PQP

.: interlúdio :. The Bad Plus — It’s Hard

.: interlúdio :. The Bad Plus — It’s Hard

Uma penca de divertidos covers jazzísticos de música popular pelo extraordinário trio estadunidense The Bad Plus, todos de Mineápolis, cidade de Prince. A seguir roubamos a resenha de Gabriel Sacramento, do grande blog Escuta Essa!

Caos que une o popular ao jazzístico

Por Gabriel Sacramento

The Bad Plus é um trio americano de jazz instrumental. Mas quando digo jazz, não me refiro ao jazz clássico, easy listening que é, em muitos momentos, trilha sonora de momentos românticos. O jazz desses caras é totalmente diferente, confuso (que aqui não é um demérito), intrigante e caótico.

A proposta sonora deles é o avant garde jazz, utilizando métodos inortodoxos e experimentais com o jazz para expressar sentimentos através da música. Além disso, eles costumam fazer covers de diversos artistas da música popular, trazendo o comum para o universo jazzístico meândrico no qual estão inseridos.

O novo disco – It’s Hard – é composto só por covers. Dentre os artistas que foram regravados estão Johnny Cash, Peter Gabriel, Prince e Neil Finn. E mais uma vez o grupo vem reafirmar a autoridade que tem quando se fala em avant garde mesclado com jazz. Isso fica claro, por exemplo, no caos sonoro de alguns momentos de “Maps” e nas notas estranhas de “Game Without Frontiers”. Eles misturam passagens realmente intrincadas com momentos mais calmos, como em “Time After Time”. Em “Alfombra Magica”, percebemos vários direcionamentos diferentes pelos quais a música segue, entrecortados por pausas periódicas.

Fazer covers é uma tarefa um tanto complicada. É preciso saber até onde se deve colocar sua pessoalidade e até onde se deve respeitar a criação original. Os caras do The Bad Plus mostram que são peritos na arte de desconstruir ideias antes gravadas e construí-las novamente, tomando como norte a livre improvisação. Nisso, eles também se mostram preocupados com a essência das criações originais. “I Walk The Line” do Johnny Cash é um exemplo claro. O trio mantém a melodia e o ritmo, enquanto trabalha a música dando-lhe sentimentos novos e seguindo novos rumos com a improvisação.

Se em vários momentos eles soam caóticos e complexos demais para uma primeira audição, em outros eles nos fazem perceber a beleza de poucas notas e melodias simples, enquanto a instrumentação nos envolve e nos eleva. A música do trio segue uma progressão impressionante, que se dá tanto do começo ao fim de cada faixas, quanto da primeira à última música do álbum.

É como se o caos que eles tentam criar fosse o mundo que enfrentamos diariamente com todos os problemas e o estresse do dia-a-dia, e o contraste com momentos mais limpos e calmos seria o chegar em casa, descansar e dormir. Essa analogia com o que vivemos torna mais fácil a compreensão do que os americanos tentam fazer. A completude e profundidade do que o trio tenta passar com sua música, aliado à sofisticação com que tudo é feito, é o que chama a atenção para o que ouvimos no disco.

Uma sonoridade criativa, complexa (e completa) feita por apenas três músicos. Um baixo, teclado e bateria, trabalhando o conceito de música de uma forma inventiva, falando a linguagem jazzística, mas tomando como base a produção pop. Um disco que vale a pena, mesmo que você não o entenda completamente na primeira vez que ouvir.

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The Bad Plus — It’s Hard

1. “Maps” — Brian Chase, Karen Lee Orzolek, Nick Zinner 4:21
2. “Games Without Frontiers” — Peter Gabriel 4:19
3. “Time After Time” — Cyndi Lauper, Rob Hyman 6:14
4. “I Walk The Line” — Johnny Cash 3:18
5. “Alfombra Magica” — Bill McHenry 4:07
6. “The Beautiful Ones” — Prince 3:32
7. “Don’t Dream It’s Over” — Neil Finn 5:21
8. “Staring At The Sun” — Tunde Adebimpe, David Andrew Sitek 4:27
9. “Mandy” — Scott English, Richard Kerr 6:13
10. “The Robots” — Florian Schneider, Karl Bartos, Ralf Hütter 3:30
11. “Broken Shadows” — Ornette Coleman 3:32

The Bad Plus:
Reid Anderson – bass
Ethan Iverson – piano
David King – drums

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The Bad Plus
The Bad Plus

PQP

Mendelssohn: 12 String Symphonies – Ross Pople, London Festival Orchestra HYPERION, 2004

Hoje, 3 de fevereiro, é aniversário de Felix Mendelssohn. Pensei muito no que postar, e vi que o PQP já tem praticamente tudo dele, alguns itens várias vezes. Mas este chucruten tem um trunfo, que nunca foi postado, e eis aqui em primeira mão a integral de suas Sinfonias de juventude escritas para orquestra de cordas.

Entre os 12 e os 14 anos, Mendelssohn escreveu 12 Sinfonias para serem executadas em ambiente privado, provavelmente uma orquestra de cordas que se reunia em sua casa, por ser um ambiente abastado cultural e monetariamente (ele era filho de um rico banqueiro judeu). A primeira eventual sinfonia em que acrescenta madeiras, metais e percussão, que ele considerava a sua 13a., ficou sendo a sua Sinfonia no.1 em dó menor op.11, escrita por ele aos 15 anos. Então, se o ouvinte se pergunta: mas como um rapaz de 15 anos poderia ter escrito tal sinfonia, e no pacote, em idades próximas, o fabuloso Octeto op.20 e a mágica abertura do Sonho de uma Noite de Verão? Bem, a resposta mais evidente é: ele treinou muito antes, com estas sinfonias para cordas. Quando resolveu investir numa orquestra completa, já era um compositor maduro. Ademais, é notório que Mendelssohn é frequentemente comparado, em relação à precoce inclinação musical e espontaneidade de ideias, a Mozart. Foi Schumann, por notar estas semelhanças, que o apelidou “Mozart do século XIX”. É ver pra crer.

Felix Mendelssohn-Bartholdy (1809-1847)
CD1
String Symphony No. 1 In C Major
String Symphony No. 2 In D Major
String Symphony No. 3 In E Minor
String Symphony No. 4 In C Minor
String Symphony No. 5 In B Flat Major
String Symphony No. 6 In E Flat Major
CD2
String Symphony No. 7 In D Minor
String Symphony No. 8 In D Major
String Symphony No. 9 In C Minor “Swiss Symphony”
CD3
String Symphony No. 10 In B Minor
String Symphony No. 11 In F Major
String Symphony No. 12 In G Minor

London Festival Orchestra
Ross Pople
Hyperion, 1991

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Arquivo FLAC (sem perda de qualidade), 962Mb

Chucruten

 

Maurice Ravel (1875-1937): Piano Concertos; Menuet Antique; Le Tombeau de Couperin; Fanfare

Maurice Ravel (1875-1937): Piano Concertos; Menuet Antique; Le Tombeau de Couperin; Fanfare

Para mim, o destaque do disco é a excelente performance da dupla Argerich-Abbado no Concerto para Piano de Ravel. O Concerto consiste de dois movimentos externos curtos, “jazzy”, que aninham um muito meditativo Adagio. A dupla e mais a Sonfônica de Londres, tocam a música à perfeição — ela cintila quando necessário e é tomada de calma no citado Adagio. Ouvi muitas performances deste Concerto ao longo dos anos e continuo a preferir esta inspirada interpretação. O pianista francês Michel Beroff é um nome menor do que Argerich, mas ele é conhecido por algumas ótimas interpretações da música impressionista, então Abbado fez uma escolha certa ao selecioná-lo para tocar o Concerto para Piano para Mão Esquerda. Este concerto foi escrito para Paul Wittgenstein, irmão do famoso filósofo, que tinha perdido o braço direito na Primeira Guerra Mundial. O início é bom para testar as frequências mais baixas do seu equipamento de áudio.

Os extras não são de jogar fora.

Maurice Ravel – Piano Concertos in G & D major (Martha Argerich, Michel Beroff, Claudio Abbado) (1993)

Classical

London Symphony Orchestra cond. Claudio Abbado

1. Fanfare for the ballet “L’Eventail de Jeanne”

Martha Argerich, piano
London Symphony Orchestra cond. Claudio Abbado

2. Piano Concerto in G – 1. Allegramente [8:43]
3. Piano Concerto in G – 2. Adagio assai [9:34]
4. Piano Concerto in G – 3. Presto [4:04]

Michel Beroff, piano
London Symphony Orchestra cond. Claudio Abbado

5. Piano Concerto in D for the Left Hand
Lento – Andante – Allegro – Tempo1 [17:22]

Martha Argerich, piano

6. Gaspard de la Nuit – Ondine [6:18]
7. Gaspard de la Nuit – Le gibet [6:40]
8. Gaspard de la Nuit – Scarbo [9:16]

9. Sonatine – Modéré [4:00]
10. Sonatine – Mouvement de menuet [2:59]
11. Sonatine – Animé [3:38]

Martha Argerich, piano
Berlin Philharmonic Orchestra cond. Claudio Abbado

12. Piano Concerto in G – Adagio assai (fragment of 1967 rec.) [5:24]

Recorded in 1976 (tracks 6-12), 1988 (tracks 1-5)”

 

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Martha e Claudio fazendo misérias
Martha e Claudio fazendo misérias

PQP

Karol Szymanowski (1882-1937): Concertos 1 e 2 para violino e orquestra; Sinfonia concertante

Karol Szymanowski (1882-1937): Concertos 1 e 2 para violino e orquestra; Sinfonia concertante

Este é o CD que é vendido em par com o do Stabat Mater e outras obras sinfônico-corais de Szymanowski, que postei aqui não faz muito.

Na ocasião escrevi bastante sobre o compositor e sua música, e também o Carlinus escreveu bastante quando postou o lindo CD das obras para violino e piano. Acho então que agora não precisa ser dito nada… Que fale a música!

Hmmm… mas acho que não vou perder a oportunidade de tocar nisto: será que todos os leitores sabem que SZ em polonês tem o som do nosso CH, e portanto o nome do compositor se pronuncia “chimanóvsqui”?

Acho interessante isso, porque em húngaro é bem ao contrário: todo S tem som de CH, e eles acrescentam o Z para o S parar de chiar (p.ex. Liszt se pronuncia “lisst” porque é escrito assim; se fosse escrito apenas List, se pronunciaria “lisht”).

Engraçado, né?, já que são duas línguas da Europa Oriental… Só que o parentesco entre as duas é perfeitamente comparável ao parentesco entre o português e o japonês!

Enfim, chega de conversa mole, e fiquem com a música do nosso caro “chimanóvsqui”!

Szymanowski: Concerto para violino e orquestra n.º 1, op.35
01 I. Vivace assai
02 II. Vivace scherzando
03 III. Cadeza. Allegro Moderato
Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio Polonesa
Solista: Konstanty Kulka – Regência: Jerzy Maksymiuk

Szymanowski: Concerto para violino e orquestra n.º 2, op.61
04 I. Moderato
05 II. Allegramente
06 III. Andantino
Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio Polonesa
Solista: Konstanty Kulka – Regência: Jerzy Maksymiuk

Szymanowski: Sinfonia concertante op.60
07 I. Moderato, tempo comodo
08 II. Andante molto sostenuto
09 III. Allegro non troppo, ma agitato ed ansioso
Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio Polonesa
Solista: Piotr Paleczny – Regência: Jerzy Semkov

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Szymanowski, como se diz chimarrão
Szymanowski, como se diz chimarrão

Ranulfus

Modest Mussorgsky (1839-1881): Pictures at an Exhibition / Uma noite no Monte Calvo / Valsa do Lago dos Cisnes (Tchaikovsky)

Modest Mussorgsky (1839-1881): Pictures at an Exhibition / Uma noite no Monte Calvo / Valsa do Lago dos Cisnes (Tchaikovsky)

A interessantíssima suíte para piano Quadros de uma Exposição foi composta por Mussorgsky em junho de 1874, inspirada em uma mostra de desenhos do arquiteto e pintor Viktor Hartmann, amigo de Mussorgsky, falecido no ano anterior. A peça coloca cada quadro sob forma musical e há até um tema que descreve a caminhada entre um e outro. É uma visita à exposição. Décadas depois, Ravel realizou sua célebre versão orquestral, presente neste CD.

Modest Petrovich Mussorgsky foi um compositor e milico russo. Foi membro do nacionalista Grupo dos Cinco, ao lado dos músicos Mily Balakirev, Aleksandr Borodin, César Cui e Nikolai Rimsky-Korsakov. Com a morte de sua mãe, quanfo Modest tinha 26 anos, em 1865, o alcoolismo passou a fazer parte de sua vida. Em 1867 compôs a peça orquestral Uma noite no Monte Calvo, presente neste CD, que Balakirev se recusou a reger em razão de sua modernidade… Aos 29 anos de idade começou a compor Boris Godunov, sua ópera mais conhecida e uma das peças mais importantes da história da música russa, baseada na obra de Pushkin. Utilizando o ritmo da fala dos mujiques ao invés de melodias líricas; com harmonias excêntricas na época, como a harmonia sacra eslava; coros e personagens populares com papéis importantes, Boris Godunov causou grande polêmica, sendo que a versão original de 1870 foi recusada. A estréia ocorreu no Teatro Maryinsky em 1873, após diversas alterações feitas por Mussorgsky e Rimsky-Korsakov. Após uma segunda apresentação de apenas alguns trechos, a ópera deixou de ser encenada. Após 1874 a qualidade de sua música começa a decair. Khovanshchina (1872-1881) é uma ópera em que predominam os motivos líricos. Nos anos que se seguiram, o alcoolismo passa a se intensificar. É dessa época o ciclo Canções e danças da morte (1875-1877), de sabor exótico e oriental. Em 1880 foi demitido de seu posto no serviço governamental por alccolismo. Mussorgsky uma semana após completar 42 anos.

Modest Mussorgsky (1839-1881): Pictures at an Exhibition / Uma noite no Monte Calvo / Valsa do Lago dos Cisnes (Tchaikovsky)

01. Pictures At An Exhibition : Promenade I
02. Pictures At An Exhibition : Gnomus
03. Pictures At An Exhibition : Promenade II
04. Pictures At An Exhibition : The Old Castle
05. Pictures At An Exhibition : Promenade III
06. Pictures At An Exhibition : Tuileries Gardens
07. Pictures At An Exhibition : Bydlo
08. Pictures At An Exhibition : Promenade IV
09. Pictures At An Exhibition : Ballet Of The Unhatched Chicks
10. Pictures At An Exhibition : Samuel Goldenberg und Schmuÿle
11. Pictures At An Exhibition : The Market At Limoges
12. Pictures At An Exhibition : Catacombae (Sepulchrum Romanum)
13. Pictures At An Exhibition : Cum Mortuis In Lingua Mortua
14. Pictures At An Exhibition : The Hut On Chicken’s Legs
15. Pictures At An Exhibition : The Great Gate Of Kiev

16. Mussorgsky: Night On Bald Mountain

17. Tchaikovsky: Swan Lake Suite, Op.20a : 2. Waltz

Vienna Philharmonic Orchestra
Gustavo Dudamel

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Mussorgsky: como nasciam russos bons no século XIX!
Mussorgsky: como nasciam russos bons no século XIX!

PQP

W. A. Mozart (1756-1791): Concerto para Clarinete K.622 / Adágio e Fuga K.546 / Quinteto para Clarinete K.581

W. A. Mozart (1756-1791): Concerto para Clarinete K.622 / Adágio e Fuga K.546 / Quinteto para Clarinete K.581

folder

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um grande repertório e um grande CD! Os clarinetistas são pessoas de sorte. Mozart e Brahms começaram a compor obras para o instrumento quando estavam em seus auges como compositores. O Concerto e o Quinteto para Clarinete de Mozart merecem estar em quaquer panteão de grandes obras. Ambos são esplêndidos e nesta gravação a DG teve o bom gosto de separar os dois monstros com outra bela obra da maturidade de Mozart, o Adágio e Fuga, K. 546. É música para você ouvir quinhentas vezes até decorar cada notinha, tá? E esses italianos são muito bons. O que tá esperando para ouvir?

W. A. Mozart (1756-1791): Concerto para Clarinete K.622 / Adágio e Fuga K.546 / Quinteto para Clarinete K.581

Mozart: Clarinet Concerto In A, K.622
01. Allegro
02. Adagio
03. 3. Rondo (Allegro)
Fabrizio Meloni
Artkronos
Ezio Rojatti

Mozart: Adagio and Fugue in C Minor, K.546 – Orchestral version
04. Adagio
05. Fugue
Artkronos
Ezio Rojatti

Mozart: Clarinet Quintet in A, K.581
06. Allegro
07. Larghetto
08. Menuetto
09. Allegretto con variazioni
Danilo Rossi
Fabrizio Meloni
Giovanni Gnocchi
Laura Bortolotto
Marco Rizzi

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Bonito armário, Meloni!
Bonito armário, Meloni!

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Sonatas para Viola da Gamba e Cravo / Kim Kashkashian e Keith Jarrett

J. S. Bach (1685-1750): Sonatas para Viola da Gamba e Cravo / Kim Kashkashian e Keith Jarrett

Aqui nós temos uma derrapada. A culpa não é de Jarrett, mas da viola de Kashkashian. Kim é impecável, coloca as notas todas em seus lugares, mas não faz mágica e aqui nós estamos em terreno de deuses; ou seja, é requerida a magia. Nós temos muitíssimas gravações melhores do que esta com na duplas de cravo e gamba ou piano e violoncelo. Acho que a escolha da viola foi fatal. Além da sonoridade alienígena, também há um sotaque moderno na viola de Kim que não combina com o cravo de Jarrett. Parece um registro… transdisciplinar (?). O cravo e a viola (por que tal escolha?) e, porra, Shosta, Bartók, Carter, Berio, Schnittke, Kodály, Hindemith… — estes parecem ser compositores bem mais Kashkashian-like, not Bach. A qualidade da música é extraordinária, por isso é que esperávamos um extraordinário CD.

J. S. Bach (1685-1750): Sonatas para Viola Da Gamba e Cravo

1. Sonata in G BWV 1027 – Adagio
2. Allegro ma non tanto
3. Andante
4. Allegro moderator
5. Sonata in D BWV 1028 – Adagio
6. Allegro
7. Andante
8. Allegro
9. Sonata in G minor BWV 1029 – Vivace
10. Adagio
11. Allegro

Kim Kashkashian, viola
Keith Jarrett, cravo

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Kim Kaskashian: um pontinho a menos numa carreira espetacular.
Kim Kaskashian: um pontinho a menos numa carreira espetacular.

PQP

.: interlúdio :. Paul Bley / Gary Peacock / Tony Oxley / John Surman: In The Evenings Out There

.: interlúdio :. Paul Bley / Gary Peacock / Tony Oxley / John Surman: In The Evenings Out There

Paul Bley estava em turnê pela escandinávia com seu velho companheiro Gary Peacock no baixo e dois brilhantes jazzistas ingleses, o baterista Tony Oxley e o sax barítono e o clarone de John Surman, quando Manfred Eicher interrompeu a excursão chamando-os para gravar em Oslo. Era o ano de 1991. O CD é muito bom, consistindo de sete solos de puro improviso, três duetos e duas faixas onde toca o quarteto completo. Os temas são lentos, quase solenes. Olha, só músicos excepcionais como estes podem manter um disco interessante com tão alto grau de improvisação. Nada parece ter sido programado e, no entanto, são mostradas profundidades vertiginosas.

Paul Bley / Gary Peacock / Tony Oxley / John Surman: In The Evenings Out There

Afterthoughts 4:04
Portrait Of A Silence 5:55
Soft Touch 3:38
Speak Easy 2:44
Interface 5:19
Alignment 3:47
Fair Share 6:01
Article Four 8:26
Married Alive 4:14
Spe-cu-lay-ting 1:24
Tomorrow Today 2:15
Note Police 7:54

Baritone Saxophone, Bass Clarinet – John Surman
Bass – Gary Peacock
Drums – Tony Oxley
Piano – Paul Bley

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Il capo Bley.
Il capo Bley.

PQP

Georg Philipp Telemann (1681-1767): 12 Fantasias para Violino Solo

Georg Philipp Telemann (1681-1767): 12 Fantasias para Violino Solo

Telemann gostava deste formato. Suas 12 Fantasias para Violino Solo foram publicadas em Hamburgo, no anos de 1735. É apenas uma das coleções de Telemann de música para instrumentos não acompanhados, sendo os outros as doze fantasias para flauta solo e as trinta e seis para cravo solo que foram publicados em Hamburgo em 1732-33. Há também um conjunto de doze fantasias para solo de viola da gamba que foi publicado em 1735, mas que hoje está perdido.

Telemann era um violinista autodidata. Muita das fantasias revelam a influência de sonatas e concertos italianos, mas o estilo-base é a polifonia alemã, tanto que as fantasias 2, 3, 5, 6, 10 incluem fugas.

Apenas dois anos depois da obra-prima de Jonathan Swift ser publicada, As Viagens de Gulliver foram musicadas na Alemanha. A suíte, escrita para dois violinos , se tornou uma sensação instantânea nos lares alemães. Afinal, quem não gostaria de seguir Gulliver em sua viagem emocionante?

Telemann interessava-se pela dança. A sátira de Swift deu-lhe ideia para uma diminuta suíte de danças programática, com cada um dos dedicados a cenas e personagens de Swift. Mais ousada do que imponente, é uma peça deliciosa.

Georg Philipp Telemann (1681-1767): 12 Fantasias para Violino Solo

01 Fantasia in B-flat major (Largo—Allegro—Grave—Si replica l’allegro)
02 Fantasia in G major (Largo—Allegro—Allegro)
03 Fantasia in F minor (Adagio—Presto—Grave—Vivace)
04 Fantasia in D major (Vivace—Grave—Allegro)
05 Fantasia in A major (Allegro—Presto—Allegro—Andante—Allegro)
06 Fantasia in E minor (Grave—Presto—Siciliana—Allegro)
07 Fantasia in E-flat major (Dolce—Allegro—Largo—Presto)
08 Fantasia in E major (Piacevolumente—Spirituoso—Allegro)
09 Fantasia in B minor (Siciliana—Vivace—Allegro)
10 Fantasia in D major (Presto—Largo—Allegro)
11 Fantasia in F major (Un poco vivace—Soave—Da capo un poco vivace—Allegro)
12 Fantasia in A minor (Moderato—Vivace—Presto)

13 – Gulliver Suite (para dois violinos): Intrada
14 – Chaconne of the Lilliputians
15 – Gigue of the Brobdingngians
16 – Daydreams of the Laputians and their attendant flappers
17 – Loure of the well-mannered Houyhnhnms & Wilddance of the untamed Yahoos

Andrew Manze, violino
Caroline Balding, violino

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Vida complicada
Gulliver: Vida complicada entre os liliputianos para depois privar da educação e inteligência dos Houyhnhnms

PQP

Paul Hindemith (1895–1963): Sonatas for… (Várias Sonatas para alguma coisa e piano)

Paul Hindemith (1895–1963): Sonatas for… (Várias Sonatas para alguma coisa e piano)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Hindemith compôs mais de 30 sonatas para os mais diversos instrumentos e, vejam bem, ele podia tocar todas elas!!! Esta fascinante seleção de obras escritas entre 1935 (quando se tornou persona non grata na Alemanha nazista) e 1948 (a brilhante sonata de violoncelo para Piatigorsky) é interpretada por alguns dos melhores solistas de hoje, com o grande Alexander Melnikov ao piano. Quantas vezes alguém ouve uma Sonata para Althorn (uma trompa diferente, variando em forma, algo não muito agudo, mas não tão grave quanto um cello ou fagote), publicada junto com um poema escrito pelo compositor? Aqui temos também as notáveis Sonatas para Violino e para trompete. Felicidade completa.

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Paul Hindemith (1895–1963): Sonatas for… (Várias Sonatas para alguma coisa e piano)

Sonata for Althorn and Piano
01. I. Ruhig bewegt (02:05)
02. II. Lebhaft (03:30)
03. III. Sehr langsam (02:04)
04. IV. Das Posthorn (04:00)

Sonata for Violoncello and Piano
05. I. Pastorale (06:34)
06. II. Moderately fast – Slow – Tempo I (06:16)
07. III. Passacaglia (08:42)

Sonata for Trombone and Piano
08. I. Allegro moderato maestoso (02:54)
09. II. Allegretto grazioso (03:11)
10. III. Lied des Raufbolds (02:10)
11. IV. Allegro moderato maestoso (02:52)

Sonata for Violin and Piano
12. I. Ruhig bewegt (03:57)
13. II. Langsam – Sehr lebhaft – Langsam – Wieder lebhaft (06:34)

Sonata for Trumpet and Piano
14. I. Mit Kraft (05:22)
15. II. Mässig bewegt – Lebhaft – Wie zuerst (02:19)
16. III. Trauermusik (08:31)

Alexander Melnikov, piano
Teunis van der Zwart, althorn (1-4)
Alexander Rudin, violoncello (5-7)
Gérard Costes, trombone (8-11)
Isabelle Faust, violin (12-13)
Jeroen Berwaerts, trumpet (14-16)

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Hindemith não era nazista, mas apreciava torturar pianistas.
Hindemith não era nazista, mas apreciava torturar pianistas.

PQP

.: interlúdio :. Vienna Art Orchestra: All that Strauss

.: interlúdio :. Vienna Art Orchestra: All that Strauss

Um CD bem humorado de improvisações e brincadeiras sobre a música do ultra vienense Strauss. Pegue uma valsa de Strauss, adicione algumas expressões jazzísticas, técnica, improvisação, e você saberá o que é este All that Strauss. Claro que a projeto representava um desafio. Neste caso, o tratamento dado pelos arranjos foi muito bem concebido a fim de ficar bem longe dos conceitos sinfônicos. A coesão da Vienna Art Orchestra é notável. Acho que Strauss ficaria feliz de ouvir a loucura que esses vienenses fizeram com ele. Se o compositor tivesse vivido mais 25 anos, ouviria o jazz.

A Vienna Art Orchestra
A Vienna Art Orchestra

Vienna Art Orchestra: All that Strauss

01. Wein, Weib und Gesang (09:12)
02. Process-Plolka (02:04)
03. Ein Morgen, ein Mittag, ein Abend in Wien (07:58)
04. Mit Extrapost (03:29)
05. Albion-Polka (03:52)
06. Gruss an Prag (03:16)
07. Lagunen-Walzer (09:00)
08. Persischer Marsch (03:20)
09. Hellenen Polka (04:40)
10. Marienklange walzer (07:09)
11. Eljen a Magyar (04:10)
12. Czardas (04:51)
13. Donauwalzer (10:51)

Vienna Art Orchestra

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Vienna Art Orchestra all that Strauss

PQP

Giacomo Facco (1676–1753): Pensieri Adriarmonici / Antonio Vivaldi (1678-1741): Concerto RV 157

Giacomo Facco (1676–1753): Pensieri Adriarmonici / Antonio Vivaldi (1678-1741): Concerto RV 157

Giacomo Facco foi um violinista, maestro e compositor barroco italiano. Mesmo sendo um dos mais famosos compositores italianos de sua época, foi completamente esquecido até 1962, quando seu trabalho foi redescoberto. O ciclo de concertos Pensieri Adriarmonici — para violino, cordas e órgão — são suas obras mais importantes. Facco também compôs cantatas e outras obras sacras. O curioso é que ele mesmo escrevia os textos. Era respeitado também como poeta. Facco é bom, mas lembra Vivaldi e isto é péssimo para o primeiro. Sem a inspiração de Totonho, Giacomo tem a leveza, o estilo e o som do mestre veneziano. Só que é muito inferior. A L’arte dell’arco e Federico Guglielmo dão mais uma demonstração de sua altíssima qualidade. O disco finaliza com Vivaldi, o que é uma tremenda sacanagem com Facco.

Giacomo Facco (1676–1753): Pensieri adriarmonici / Antonio Vivaldi (1678-1741): Concerto RV 157

1 Concerto in E Minor, Op. 1, No. 1: I. Allegro 3:38
2 Concerto in E Minor, Op. 1, No. 1: II. Adagio 3:20
3 Concerto in E Minor, Op. 1, No. 1: III. Allegro 2:43

4 Concerto in B flat major, Op. 1/2: Allegro assai (I) 3:31
5 Concerto in B flat major, Op. 1/2: Grave staccato (II) 2:39
6 Concerto in B flat major, Op. 1/2: Allegro assai (III) 1:55

7 Concerto in E major, Op. 1/3: Allegro assai (I) 2:05
8 Concerto in E major, Op. 1/3: Adagio (II) 1:49
9 Concerto in E major, Op. 1/3: Allegro assai (III) 2:05

10 Concerto in C minor, Op. 1/4: Allegro (I) 4:46
11 Concerto in C minor, Op. 1/4: Grave (II) 4:27
12 Concerto in C minor, Op. 1/4: Allegro (III) 3:15

13 Concerto in A major, Op. 1/5: Allegro (I) 2:57
14 Concerto in A major, Op. 1/5: Grave (II) 4:03
15 Concerto in A major, Op. 1/5: Allegro (III) 2:21

16 Concerto in F major, Op. 1/6: Allegro (I) 4:23
17 Concerto in F major, Op. 1/6: Adagio cantabile (II) 3:44
18 Concerto in F major, Op. 1/6: Allegro (III) 2:58

19 Concerto in G minor, RV 157: Allegro (I) 2:02
20 Concerto in G minor, RV 157: Largo (II) 1:27
21 Concerto in G minor, RV 157: Allegro (III) 1:56

L’arte dell’arco
Federico Guglielmo

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My name is Facco, Giacomo Facco.
My name is Facco, Giacomo Facco.

PQP

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893): Concerto para Violino

Piotr Ilitch Tchaikovsky (1840-1893): Concerto para Violino

Mais um do repertório básico. Como concerto sinfônico para violino, esta obra-prima de Tchaikovsky só pode ombrear-se com outros gigantes como o concerto de Brahms, o de Beethoven, o de Sibelius, o de Berg e o segundo de Bartók. O resto fica atrás. A gravação de Mutter e Karajan não é uma referência. A gravação é de 1988, com HvK já com 80 anos e os tempos utilizados podem ser discutidos. Mutter está dramática, tentando dar expressividade à monotonia de Karajan. Os campeões estão, em sua maioria, mais ao oriente, o que é compreensível: procure por Oistrakh, Stern, Heifetz, Mullova e Ferras. Esses são os caras do concerto para violino de Tchai. O FDP Bach deve ter quase todos. O homem tem tudo. Peçam para ele e vocês tomarão um susto com a qualidade que este concerto pode ter.

Violin Concerto in D, Op.35
1) opening applause [0:23]
2) 1. Allegro moderato [19:19]
3) 2. Canzonetta (Andante) [7:18]
4) 3. Finale (Allegro vivacissimo) [10:09]
5) closing applause [1:18]

Anne-Sophie Mutter
Wiener Philharmoniker
Herbert von Karajan

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Tchaikovsky
Tchaikovsky

PQP

G.P. Telemann (1681-1767): Concerto in D Major / La Bouffonne / Grillen-Symphonie / Alster Overture

G.P. Telemann (1681-1767): Concerto in D Major / La Bouffonne / Grillen-Symphonie / Alster Overture

Um grande disco com um belo concerto e três das melhores Aberturas (ou Suítes) de Telemann. Gosto muito de La Bouffonne e da Grillen, mas adoro mesmo é a Alster, com sua radical irreverência. A versão deste disco é mais comportada do que a da Akademie für alte Musik Berlin, mas ainda assim é muito digna. No vídeo abaixo, temos a Akademie dando um banho de conhecimento sobre como abordar o grande Telemann, compositor muito inferior a Bach, mas infinitamente mais popular do que o mestre em suas épocas. Ouçam por exemplo o vídeo abaixo a partir dos 8min30. A Akademie se esparrama, enquanto que O Collegium Musicum 90 apenas se deita.

Babem:

Telemann:
Concerto in D Major / La Bouffonne / Grillen-Symphonie / Alster Overture

1 Concerto for 3 Corni da caccia, 2 Oboes and Violin in D Major, TWV 54:D2: I. Allegro 4:07
2 Concerto for 3 Corni da caccia, 2 Oboes and Violin in D Major, TWV 54:D2: II. Grave 3:27
3 Concerto for 3 Corni da caccia, 2 Oboes and Violin in D Major, TWV 54:D2: III. Presto 2:45

4 Overture (Suite) in C Major, TWV 55:C5, “La bouffonne: I. Overture 7:09
5 Overture (Suite) in C Major, TWV 55:C5, “La bouffonne: II. Loure 2:17
6 Overture (Suite) in C Major, TWV 55:C5, “La bouffonne: III. Rigaudon I and II 3:11
7 Overture (Suite) in C Major, TWV 55:C5, “La bouffonne: IV. Menuett I and II 3:36
8 Overture (Suite) in C Major, TWV 55:C5, “La bouffonne: V. Entree 2:30
9 Overture (Suite) in C Major, TWV 55:C5, “La bouffonne: VI. Pastourelle 3:04

10 Sinfonia in G Major, TWV 50:1, “Grillen-Symphonie”: I. Etwas lebhaft 3:44
11 Sinfonia in G Major, TWV 50:1, “Grillen-Symphonie”: II. Tandelnd 2:38
12 Sinfonia in G Major, TWV 50:1, “Grillen-Symphonie”: III. Presto 3:05

13 Overture (Suite) in F Major, TWV 55:F11, “Alster”: I. Overture 5:15
14 Overture (Suite) in F Major, TWV 55:F11, “Alster”: II. Die canonierende Pallas (Pallas in canon) 3:01
15 Overture (Suite) in F Major, TWV 55:F11, “Alster”: III. Das Alster-Echo (Alster Echo) 1:56
16 Overture (Suite) in F Major, TWV 55:F11, “Alster”: IV. Die Hamburgischen Glockenspiele (Hamburg Carillons) 2:37
17 Overture (Suite) in F Major, TWV 55:F11, “Alster”: V. Der Schwanen Gesang (Swan Song) 2:53
18 Overture (Suite) in F Major, TWV 55:F11, “Alster”: VI. Der Alster Schaffer Dorff Music (Village music of the Alster shepherds) 2:03
19 Overture (Suite) in F Major, TWV 55:F11, “Alster”: VII. Die concertierenden Frosche und Krahen (Concertizing frogs and crows) 3:02
20 Overture (Suite) In F Major, Twv 55:F11, “Alster”: VIII. Der Ruhende Pan (Pan At Rest) 3:51
21 Overture (Suite) in F Major, TWV 55:F11, “Alster”: IX. Der Schaffer und Nymphen eilfertiger Abzug (The hurried departure of nymphs and shepherds) 3:29

Collegium Musicum 90
Simon Standage

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Telemann foi substituído pelos e-mails e pela internet em geral.
Telemann foi substituído pelos e-mails e pela internet em geral.

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Cantatas, Vol. 1 – Koopman

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Cantatas, Vol. 1 – Koopman

Papai faz anos e quem ganha o presente são vocês. Eu, FDP Bach, e meu irmão, PQP, estaremos hoje postando só obras de papai; afinal, não é todo dia que alguém completa 324 anos e continua tão vivo e emocionante.

Já cogitei em certa ocasião postar a integral das cantatas, mas, visto o tamanho da empreitada, acabei desistindo. Digo isso porque estou postando um dos melhores intérpretes de papai, Tom Koopman e sua Amsterdam Baroque Orchestra & Choir. Estou postando o primeiro box, que contém 3 cds. Ah, recomendo o excelente booklet, que traz um histórico das cantatas, além das letras das mesmas, traduzidas para o inglês e para o francês. As traduções para o português sugiro buscarem no site listado ao lado, Cantatas de Bach, feito por especialistas da área.

Quando consegui esta série fiquei me perguntando quando diabos teria tempo de ouvir tudo isso, afinal de contas são 67 cds. Mas passados 5 anos, posso dizer que já ouvi uma boa parte, e tiro o chapéu para a interpretação de Koopman, sempre correta, e sempre contando com excepcionais solistas,  além de uma orquestra montada por músicos especialistas no repertório não apenas bachiano, mas também barroco. Possuo outras duas integrais, a de Helmut Rilling, que não se importou com o aspecto “histórico” da interpretação, mas isso de forma alguma tira o mérito da empreitada, e aquela considerada por muitos a melhor de todas, dirigida por Nikolaus Harnoncourt, num projeto em que esteve envolvido durante mais vinte anos, e auxiliado simplesmente por Gustav Leonhardt. Coisa de gente grande que viveu e respirou a música de papai durante suas vidas inteiras.

Então, vamos ao que interessa:

“Ich hatte viel Bekümmernis” BWV 21
PRIMA PARTE
1 Sinfonia 3’00
Oboe, Violini, Viola, Fagotto, Organo, Violone
2 Coro: “Ich hatte viel Bekümmernis” 3’44
Oboe, Violini, Viola, Fagotto, Vwlone, Organo
3 Aria (Soprano): “Seufzer, Tränen, Kummer, Not” 4’46
Oboe, Violoncello, Organo
4 Recitativo (Soprano): “Wie hast du dich, mein Gott” 1’34
Violini, Viola, Violone, Organo, Fagotto
5 Aria (Soprano): “Bäche von gesalznen Zähren” 6’34
Violini, Viola, Violone, Organo
6 Coro: “Was betrübst du dich, meine Seele” 3’35
Oboe, Violini, Viola, Fagotto, Violone, Organo
SECONDA PARTE
7 Recitativo (Soprano, Basso): “Ach Jesu, meine Ruh” 1’35
Violini, Viola, Violone, Organo, Fagotto
8 Duetto (Soprano, Basso): “Komm, mein Jesu” 4’26
Violoncello, Organo
9 Coro: “Sei nun wieder zufrieden” 5’39
Oboe, Violini, Viola, Fagotto, Violoncello, Organo
10 Aria (Soprano): “Erfreue dich, Seele” 3’18
Violoncello, Organo
11 Coro: “Das Lamm, das erwürget ist” 2’53
Trombe, Timpani, Oboe, Violini, Viola, Fagotto, Violone, Organo

“Aus der Tiefe rufe ich, Herr, zu dir” BWV 131 22’15
Penitential Service? – Bußgottesdienst? – Office de Pénitence?
12 Sinfonia-Choral: “Aus der Tiefe rufe ich, Herr, zu dir” 4’18
Oboe, Fagotto, Violino, Viole, Violone, Organo
13 Aria (Basso, Choral): “So du willst, Herr, Sünde zurechnen” 4’20
Oboe, Violoncello, Organo
14 Coro: “Ich harre des Herrn” 3’35
Oboe, Fagotto, Violino, Viole, Violone, Organo
15 Aria (Tenore, Choral): “Meine Seele wartet auf den Herrn” 6’05
Violoncello, Organo
16 Coro: “Israel, hoffe auf den Herrn” 3’57
Oboe, Fagotto, Violine, Viole, Violone, Organo
“Ich hatte viel Bekümmernis” BWV 21 (Appendix):
17 Coro: “Sei nun wieder zufrieden'” 5’48
Oboe, Tromboni, Cornetto, Violini, Viola, Fagotto, Violoncello, Contrabasso, Organo

“Gottes Zeit ist die allerbeste Zeit” (Actus tragicus) BWV 106 19’40
1 Sonatina 2’26
Flauti dolci, Viole da gamba, Violone, Organo
2 a [Coro]: “Gottes Zeit ist die allerbeste Zeit” 8’24
b [Arioso] (Tenore): “Ach Herr, lehre uns bedenken”
c [Arioso] (Basso): “Bestelle dein Haus; denn du wirst sterben”
Flauto dolce, Viola da gamba, Violone, Organo
3 a [Aria] (Alto): “In deine Hände befehl ich meinen Geist” 5’56
b [Arioso – Choral] (Alto, Basso): “Heute wirst du mit mir im Paradies sein”
Viole da gamba, Flauti dolci, Violone, Organo
4 Coro: “Glorie, Lob, Ehr und Herrlichkeit” 2’54
Flauti dolci, Viole da gamba, Violone, Organo

“Der Herr denket an uns” BWV 196 10’54
Wedding cantata – Trauungskantate – Cantate de mariage
5 Sinfonia . 1’41
Violini, Viola, Violoncello, Violone, Organo
6 Coro: “Der Herr denket an uns” 1’53
Violini, Viola, Violoncello, Violone, Organo
7 Aria (Soprano): “Er segnet, die den Herrn fürchten” 2’35
Violino, Violoncello, Organo
8 Duetto (Tenore, Basso): “Der Herr segne euch” 2’09
Violini, Viola, Violoncello, Violone, Organo
9 Coro: “Ihr seid die Gesegneten des Herrn” 2’36
Violini, Viola, Violoncello, Violone, Organo
Eis Bongers, soprano
Richard Bryan, alto
Joost van der Linden, tenor
Matthijs Mesdag, bass

“Gott ist mein König” BWV 71 18’15
Ratswechsel – For the Town Council Inauguration – Pour le changement du Conseil municipal • Mühlhausen, 4.2.1708
10 Coro: “Gott ist mein König” 1’48
Trombe, Timpani, Flauti, Oboi, Violini, Viola, Fagotto, Violoncello, Violone, Organo
11 Aria – Choral (T, S): “Ich bin nun achtzig Jahr” • “Soll ich auf dieser Welt” 3’29
Organo obbligato
12 Coro [a 4 voci]: “Dein Alter sei wie deine Jugend” 1’31
Organo
13 Arioso (Basso): “Tag und Nacht ist dein” 2’52
Flauti, Oboi, Fagotto, Violoncello, Organo
14 Aria (Alto): “Durch mächtige Kraft” I’ll
Trombe, Timpani, Organo
15 Coro: “Du wollest dem Feinde nicht geben” 3’51
Flauti, Oboi, Fagotto, Violini, Viola, Violoncello piccolo, Violone, Organo
16 Coro [Soli, Coro]: “Das neue Regiment” 3’33
Trombe, Timpani, Flauti, Oboi, Violini, Viola, Fagotto, Violoncello, Violone, Organo

“Nach dir, Herr, verlanget mich” BWV 150 14’34
Occasion unspecified – Ohne Bestimmung – Sans destination
17 Sinfonia 1’24
Fagotto, Violini, Violone, Organo
18 Coro: “Nach dir, Herr, verlanget mich” 3’08
Fagotto, Violini, Violone, Organo
19 Aria (Soprano): “Doch bin und bleibe ich vergnügt” 1’37
Violine, Violoncello, Organo
20 Coro: “Leite mich in deiner Wahrheit” 1’41
Fagotto, Violini, Violone, Organo
21 Aria (Terzetto: Alto, Tenore, Basso): “Zedern müssen von den Winden” 1’2O
22 Coro: “Meine Augen sehen stets zu dem Herrn” 2’03
Fagotto, Violini, Violone, Organo
23 Coro: “Meine Tage in dem Leide” 3’21
Fagotto, Violini, Violone, Organo
Anne Grimm, soprano
Peter de Groot, alto
Joost van der Linden, tenor
Donald Bentvelsen, bass

“Der Himmel lacht! die Erde jubilieret” BWV 31 20’56
On the 1st day of Easter – Am 1. Osterfeiertag – Pour la lère Fête de Pâques
1 Sonata 2’33
Trombae, Timpani, Oboi, Taille, Violini, Viole, Fagotto, Violone, Violoncello, Organo
2 Coro (Coro, Soprano, Alto): “Der Himmel lacht! die Erde jubilieret” 3’36
Trombe, Timpani, Oboi, Fagotto, Violini, Viole, Violone, Violoncello, Organo
3 Recitativo (Basso): “Erwünschter Tag! Sei, Seele, wieder froh” 2’05
Violoncello, Organo
4 Aria (Basso): “Fürst des Lebens, starker Streiter” 3’24
Violoncello, Organo
5 Recitativo (Tenore): “So stehe dann, du gottergebne Seele” l’O7
Violoncello, Organo
6 Aria (Tenore): “Adam muß in uns verwesen” 2’18
Violini, Viole, Violoncello, Violone, Organo
7 Recitativo (Soprano): “Weil dann das Haupt sein Glied” 0’50
Violoncello, Organo
8 Aria (Soprano): “Letzte Stunde, brich herein” 4’04
Oboe, Violini, Viole, Violoncello, Violone, Organo
9 Choral (Coro): “So fahr ich hin zu Jesu Christ” 0’59
Oboi, Taille, Violini, Viole, Fagotto, Tromba, Violone, Organo

“Barmherziges Herze der ewigen Liebe” BWV185 14’30
For the 4th Sunday after Trinity – Am 4. Sonntag nach Trinitatis – Pour le 4ème Dimanche après la Trinité
10 Aria (Duetto: Soprano, Tenore): “Barmherziges Herze der ewigen Liebe” 4’05
Oboe, Violoncello, Soprani di Coro, Organo
11 Recitativo (Alto): “Ihr Herzen, die ihr euch” 1’58
Violini, Viola, Violone, Organo
12 Aria(Alto): “Sei bemüht in dieser Zeit” 3’43
Oboe, Violini, Viola, Violone, Organo
13 Recitativo (Basso): “Die Eigenliebe schmeichelt sich” I’ll
Organo, Fagotto
14 Aria (Basso): “Das ist der Christen Kunst” 2’19
Organo, Fagotto
15 Choral (Coro): “Ich ruf zu dir, Herr Jesu Christ” 1’14
Oboe, Violini, Viola, Violone, Fagotto, Organo

«Christ lag in Todesbanden” BWV 4 18’50
For the 1st day of Easter – Am 1. Osterfeiertag – Pour la lère Fête de Pâques
16 Sinfonia 1’1O
Violini, Viole, Violone, Organo
17 [Coro] Versus I: “Christ lag in Todesbanden” 3’42
Violini, Viole, Violone, Organo
18 [Duetto] (Soprano, Alto) Versus II: “Den Tod niemand zwingen kunnt” 3’45
Cometto, Trombone, Violoncello, Organo
19 [Aria] (Tenore) Versus III: “Jesus Christus, Gottes Sohn” 2’03
Violino, Violone, Organo
20 [Coro] Versus IV: “Es war ein wunderlicher Krieg” 2’08
Violone, Organo
21 [Aria] (Basso) Versus V: “Hier ist das rechte Osterlamm” 2’55
Violini, Viole, Violone, Organo
22 [Duetto] (Soprano, Tenore) Versus VI: “So feiern wir das hohe Fest” 1’57
Violone, Organo
23 Choral (Coro) Versus VII: “Wir essen und leben wohl” l’IO
Violini, Viole, Violone, Organo

“Christ lag in Todesbanden” BWV 4 (Appendix):
24 Sinfonia l’O9
Violini, Viole, Violoncello, Contrabasso, Organo
25 [Coro] Versus I: “Christ lag in Todesbanden” 3’47
Violini, Viole, Cornetto, Tromboni, Violoncello, Contrabasso, Organo
26 [Duetto] (Soprano, Alto) Versus II: “Den Tod niemand zwingen kunnt” 4’10
Cometto, Trombone, Violoncello, Organo
27 Choral (Coro): Versus VII: “Wir essen und leben Wohl” 1’18
Violini, Cornetto, Viole, Trombone, Violoncello, Contrabasso, Organo

The Amsterdam Baroque Orchestra & Choir

Simon Schouten, Choirmaster
Tom Koopman, Conduktor

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Ton Koopman manda um oizinho para todos os pequepianos
Ton Koopman manda um oizinho para todos os pequepianos

FDP

Georg Philipp Telemann (1681-1767): Suites & Concertos para Flauta Doce

Georg Philipp Telemann (1681-1767): Suites & Concertos para Flauta Doce

IM-PER-DÍ-VEL !!!

A Amazon resolveu mostrar este baita disco de costas, vá entender! E é um tremendo CD. Vim trabalhar hoje com ele nos ouvidos. Impossível não chegar feliz ao local da tortura diária. O desigual Telemann é maravilhoso e cheio de bom humor aqui. (Basta ouvir o final da Abertura Hamburger Ebb und Flut para comprovar!). Mesmo quando Steger se entusiasma, não deixa de ser musical (e barroco). E o som da Akademie Fur Alte Musik Berlin é, como sempre, impecável. Um disco que recomendo sem medo para os pequepianos de todas as latitudes e longitudes.

Georg Philipp Telemann (1681-1767): Suites & Concertos para Flauta Doce

1 Suite in A- Minor: Ouverture
2 Les Plaisirs
3 Air a l’Itailien
4 Menuett 1/ Meneutt 2
5 Rejouissance
6 Passepied 1/ Passepied 2
7 Polonoise

8 Concerto In C Major: Allegretto
9 Allegro
10 Andante
11 Tempo di Minuet

12 Overture in C Major ( “Hamburger Ebb und Flut”): Grave
13 Sarabande Thetis Asleep
14 Bourree Thetis Awakening
15 Loure Neptune in Love
16 Grave Naiads at play
17 Harlekinade Triton making merry
18 Der sturmende Aeolus (Blustery Aeolus
19 Minuet Pleasant Zephyrus
20 Gigue Ebb and Flow
21 Canaire Jolly Sailors

Maurice Steger, flauta doce
Akademie Fur Alte Musik Berlin

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A capa do CD
A capa do CD

PQP

Saint-Saens, Massenet, Wieniawski, Sarasate, Ravel, Chausson: Bohemian Rhapsodies

Saint-Saens, Massenet, Wieniawski, Sarasate, Ravel, Chausson: Bohemian Rhapsodies

Raramente postamos esses discos de clássicos populares e este é um deles. Não sei se a boa violinista Leila Josefowicz quis ou foi a gravadora que exigiu, mas garantimos que a moça divertiu-se bastante com toda a função. Estava animada. O programa não exigiu nada de seu intelecto, foi só trabalho para os dedos e braços. Como ocorre nestes trabalhos, o som do violino soa muito alto em relação à orquestra. Parece que estamos a um metro de Leila. A coisa vai indo mais ou menos até que… Bem, lembro de uma aluna de minha mulher que foi tocar a Meditação de Thais num recital da escola. A professora tinha-lhe dito — delicadamente, com outras palavras — para não cometer vulgares excessos melodramáticos. Mas a menina resolveu expressar-se… Calma, Leila não comete os mesmos erros. Curti mesmo foi a Tzigane de Ravel. O Poema de Chausson quase me matou.

Saint-Saens, Massenet, Wieniawski, Sarasate, Chausson, Ravel: Bohemian Rhapsodies

1. Carmen Fantasy, Op. 25 – Sarasate
2. Introduction And Rondo Capriccioso, Op. 28 – Saint-Saens
3. Zigeunerweisen, Op. 20 – Sarasate
4. Polonaise No. 1 In D, Op. 4 – Wieniawski
5. Meditation de Thais – Massenet
6. Tzigane – Ravel
7. Poeme, Op. 25 – Chausson

Leila Josefowicz
Academy of the St Martin-in-the-Fields
Sir Neville Marriner

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Desta vez, foi "sem penso" mesmo.
Desta vez, foi “sem penso” mesmo.

PQP

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Concerto para Piano Nº 5 ‘Imperador’ / Sonata para Piano Nº 28

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Concerto para Piano Nº 5 ‘Imperador’ / Sonata para Piano Nº 28

Para surpresa de todos, inclusive minha, não sou exatamente um admirador do Concerto Imperador — parei na discussão entre Isak Dinesen (Karen Blixen) e Denys Finch-Hatton no meio da Africa, se me entendem –, mas Grimaud nos convence nesta gravação de sua grandiosidade. Sua abordagem é poética e poderosa. Gostei muito de ouvir. A Staatskapelle Dresden também é maravilhosa. Já a Sonata Op. 101 de Grimaud faz com que eu sinta saudades de Maurizio Pollini. Contrariamemte ao Concerto, na Sonata parece que ouvimos mais Grimaud do que Beethoven e sua interpretação pessoal não me agradoiu muito.

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Concerto para Piano Nº 5 ‘Imperador’ / Sonata para Piano Nº 28

Concerto For Piano And Orchestra No. 5 In E Flat Major, Op. 73 “Emperor” (38:18)
1 1. Allegro 20:09
2 2. Adagio Un Poco Mosso – Attacca: 8:05
3 3. Rondo. Allegro 10:04

Piano Sonata No. 28 In A Major, Op. 101 (20:58)
4 1. Allegretto, Ma Non Troppo 4:11
5 2. Vivace Alla Marcia 5:59
6 3. Adagio, Ma Non Troppo, Con Affetto 3:21
7 4. Allegro 7:27

Hélène Grimaud
Staatskapelle Dresden
Vladimir Jurowski

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Grimaud, musa de PQP
Grimaud, musa de PQP

PQP

Georg Philipp Telemann (1681-1767): Les plaisirs de la table (Vol.1)

Georg Philipp Telemann (1681-1767): Les plaisirs de la table (Vol.1)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este é o começo de uma caixa de sete CDs. Não tenho certeza se tenho os outros, mas o primeiro é tão, mas tão bom, que vale a postagem. A Tafelmusik (Música de mesa), de Telemann, é composta por uma série de obras-primas do prolífico compositor barroco alemão. E, neste primeiro volume, há várias delas. O Concerto para Flauta Doce e Flauta Transversa é extraordinário — ouçam o que é aquele Presto final! — e a famosa Abertura (Suíte) para Flauta e Orquestra merece ser a obra mais divulgada de Telemann. Um baita CD barroco.

Georg Philipp Telemann (1681-1767): Les plaisirs de la table (Vol. 1)

1 Concerto for Recorder and Viola da Gamba in A Minor, TWV 52:a1: I. Grave 3:36
2 Concerto for Recorder and Viola da Gamba in A Minor, TWV 52:a1: II. Allegro 4:02
3 Concerto for Recorder and Viola da Gamba in A Minor, TWV 52:a1: III. Dolce 3:08
4 Concerto for Recorder and Viola da Gamba in A Minor, TWV 52:a1: IV. Allegro 3:43

5 Concerto for Recorder and Bassoon in F Major, TWV 52:F1: I. Largo 4:20
6 Concerto for Recorder and Bassoon in F Major, TWV 52:F1: II. Allegro 5:11
7 Concerto for Recorder and Bassoon in F Major, TWV 52:F1: III. Grave 4:28
8 Concerto for Recorder and Bassoon in F Major, TWV 52:F1: IV. Allegro 3:53

9 Concerto for Recorder and Flute in E Minor, TWV 52:e1: I. Largo 3:38
10 Concerto for Recorder and Flute in E Minor, TWV 52:e1: II. Allegro 4:10
11 Concerto for Recorder and Flute in E Minor, TWV 52:e1: III. Largo 3:16
12 Concerto for Recorder and Flute in E Minor, TWV 52:e1: IV. Presto 2:38

13 Overture (Suite) in A Minor for Recorder and Strings, TWV 55:a2: I. Overture 6:58
14 Overture (Suite) in A Minor for Recorder and Strings, TWV 55:a2: II. Les plaisirs 2:48
15 Overture (Suite) in A Minor for Recorder and Strings, TWV 55:a2: III. Air a l’Italienne 7:02
16 Overture (Suite) in A Minor for Recorder and Strings, TWV 55:a2: IV. Menuet I-II 3:12
17 Overture (Suite) in A Minor for Recorder and Strings, TWV 55:a2: V. Rejouissance 2:13
18 Overture (Suite) in A Minor for Recorder and Strings, TWV 55:a2: VI. Passepied I-II 1:56
19 Overture (Suite) in A Minor for Recorder and Strings, TWV 55:a2: VII. Polonaise 3:27

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É bom comer.
É bom comer.

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Michael Haydn (1737-1806): Sinfonias

Michael Haydn (1737-1806): Sinfonias

Rapaz, este é um bom disco. Interpretação segura, belíssimo som e, ah, se Michael fosse como seu brother Franz Josef ou como o contemporâneo Mozart… Mas o disco não decepciona de forma alguma. A propósito, Michael Haydn foi vítima de um caso de póstuma identidade confundida. Durante muitos anos, a obra que hoje conhecemos como a sua Sinfonia Nº 26 foi considerada como a Sinfonia Nº 37 K.444 de Mozart. A confusão ocorreu porque descobriu-se um autógrafo de Mozart no movimento inicial da sinfonia. O resto não se parecia com a caligrafia de Mozart. Hoje considera-se que Mozart tinha composto um novo movimento lento para o início da sinfonia por razões ainda desconhecidas, mas sabe-se que o resto da obra é de Michael Haydn. A obra, que foi amplamente executada como sinfonia de Mozart, foi tocada consideravelmente menos desde esta descoberta em 1907. Por isso, Mozart não tem uma Sinfonia Nº 37. Pula da 36ª para a 38ª. Essa é uma boa pegadinha. “Admiro muito a 37ª de Mozart!’.

Michael Haydn (1737-1806): Sinfonias

Symphony P6 In A Major 14:24
1 I. Allegro Molto 3:54
2 II. Menuetto – Trio 3:42
3 III. Andante – 3:44
4 IV. Finale: Allegro Molto 3:01

Symphony P9 In B Flat Major 14:06
5 I. Allegro Assai 3:57
6 II. Andantino 2:40
7 III. Menuet – Trio 3:27
8 IV. Finale: Allegro Molto 3:55

Symphony P16 In G Major 16:03
9 I. Allegro Con Spirito 5:10
10 II. Andante Sostenuto 5:54
11 III. Finale: Allegro Molto 4:55

Symphony P26 In E Flat Major 9:00 <—
12 I. Allegro Con Brio 3:07
13 II. Adagietto – 2:44
14 III. Finale – Fugato: Allegro 3:07

Symphony P32 In F Major 15:22
15 I. Allegro Molto 5:56
16 II. Adagio Ma Non Troppo 4:57
17 III. Rondeau. Vivace

London Mozart Players
Matthias Bamert

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Já sei, PQP, vais dizer que meu irmão mais velho era mais bonito, né?
Já sei, PQP, vais dizer que meu irmão mais velho era mais bonito, né? Sim, ia dizer.

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Giuseppe Tartini (1692-1770): Concertos

Giuseppe Tartini (1692-1770): Concertos

Tartini não tem a alegria de Vivaldi nem a categoria de Corelli. Está no segundo escalão do barroco italiano, mas de modo algum deve ser desconsiderado pelos melômanos, principalmente por aqueles que sofrem, como eu, de hipobarroquemia, isto é, de baixo teor de música barroca nos ouvidos, o que causa tremores, suores frios e profunda irritação. A interpretação dos solistas e do Ensemble 415 é uma coisa de louco. Mesmo! Vale a pena ouvir este disquinho!

Giuseppe Tartini (1692-1770): Concertos

1. Concerto grosso No.3 en – C Major: Grave
2. Concerto grosso No.3 en – C Major: Allegro – Adagio
3. Concerto grosso No.3 en – C Major: Allegro assai

4. Concerto pour violon et orchestra en – A Minor ‘Lunardo Venier’: Andante cantabile – Allegro assai
5. Concerto pour violon et orchestra en – A Minor ‘Lunardo Venier’: Andante cantabile
6. Concerto pour violon et orchestra en – A Minor ‘Lunardo Venier’: Presto

7. Concerto pour violoncelle et orchestre en – D Major: Largo
8. Concerto pour violoncelle et orchestre en – D Major: Allegro (assai)
9. Concerto pour violoncelle et orchestre en – D Major: Grave
10. Concerto pour violoncelle et orchestre en – D Major: Allegro

11. Concerto pour violon et orchestre en – G Major: Allegro
12. Concerto pour violon et orchestre en – G Major: Largo – Andante
13. Concerto pour violon et orchestre en – G Major: Presto

14. Concerto grosso No.5 en – E Minor: Largo
15. Concerto grosso No.5 en – E Minor: Allegro – Adagio
16. Concerto grosso No.5 en – E Minor: Allegro assai

Chiara Banchini e Enrico Gatti, violinos
Roel Dieltiens, violoncelo
Ensemble 415

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O homem tem até ESTÁUTA!
O homem tem até ESTÁUTA!

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Béla Bartók (1881-1945): Concerto para Orquestra & Leoš Janáček (1854-1928): Sinfonietta (ambas com Seji Ozawa)

Béla Bartók (1881-1945): Concerto para Orquestra & Leoš Janáček (1854-1928): Sinfonietta (ambas com Seji Ozawa)

ozawaIM-PER-DÍ-VEL !!!

Mais um CD que não se encontra na Amazon. Um absurdo, pois é uma gravação que jamais deveria se tornar indisponível. Para meu gosto, Ozawa é um dos grandes mestres da regência e aqui nos dá um show de categoria em ambas as obras. Talvez esta seja a melhor gravação do Concerto para Orquestra que eu tenha ouvido.

Bem, vocês vão me permitir transcrever apenas no próximo post aqui a parte final daquela pequena biografia que estou postando, OK? Por quê? Ora, porque ao lado de uma das maiores obra-primas do século passado está a sensacional Sinfonietta de Janáček.

A Sinfonietta (com o subtítulo “Sinfonietta Militar” ou “Sokol Festival ‘) é um ultra expressivo e festivo trabalho escrito para grande orquestra (com 25 metais). Começou por Janáček ouvindo uma banda militar; daí, veio-lhe a vontade de escrever algumas fanfarras e… putz, saíram boas. Quando os organizadores do Festival de Ginástica de Sokol encomendaram-lhe uma obra bem escandalosa para o evento, ele desenvolveu o restante do material para a Sinfonietta. Mais tarde, ele tascou um “militar” no título, mas não pegou. Os militares perderam muito prestígio no decorrer do século… A primeira apresentação foi em Praga, em 26 de junho de 1926 sob a regência de Václav Talich.

Os fantásticos negrões dos metais da Orquestra Sinfônica de Chicago (devem ter tocado jazz desde crianças; aliás, vale a pena ouvir Bernstein falando sobre o naipe de metais de Chicago) dão mais uma demonstração absurda de sua competência — e isso nas duas obras. Vale a pena enfiar som na caixa.

Bèla Bartók (1881-1945): Concerto para Orquestra & Leoš Janáček (1854-1928): Sinfonietta (ambas com Seji Ozawa)

1. Concerto for Orchestra, Sz. 116 – 1. Introduzione (Andante non troppo – Allegro vivace
2. Concerto for Orchestra, Sz. 116 – 2. Giuoco della coppie (Allegretto scherzando)
3. Concerto for Orchestra, Sz. 116 – 3. Elegia (Andante, non troppo)
4. Concerto for Orchestra, Sz. 116 – 4. Intermezzo interrotto (Allegretto)
5. Concerto for Orchestra, Sz. 116 – 5. Finale (Pesante – Presto)

6 I. Allegretto (Fanfare)
7.II. Andante (The Castle, Brno)
8.III. Moderato (The Queen’s Monastery, Brno)
9. IV. Allegretto (The Street Leading to the Castle)
10. V. Andante con moto (The Town Hall, Brno)

Chicago Symphony Orchestra
Seiji Ozawa

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George Philipp Telemann (1681-1767): Concertos for Recorder & Harpsichord

George Philipp Telemann (1681-1767): Concertos for Recorder & Harpsichord

coverTelemann foi um compositor absolutamente prolífico. Compôs muita coisa boa, mas também entregava encomendas vazias de qualidade. Este disco de 2002 da combativa Hungaroton é da parte boa do compositor, trazendo quatro “concertos” — são sonatas — retirados de uma coleção de 1734. A dupla Boeke e Spányi está totalmente à vontade entre peças onde é fundamental a vivência com a coisa Barroca. Sem o charme dos executantes, o CD não iria nem até a esquina.

George Philipp Telemann (1681-1767): Concertos for Recorder & Harpsichord

Concerto for flute, violin (or harpsichord) & continuo in D major (Concerts & Suites No. 1), TWV 42:D6
1 1. Piacevole 2:22
2 2. Allegro 2:54
3 3. Largo 3:55
4 4. Vivace 6:08

Concerto for flute, violin (or harpsichord) & continuo in E minor (Concerts & Suites No. 4), TWV 42:e3
5 1. Largo 3:08
6 2. Vivace 6:11
7 3. Dolce 3:30
8 4. Vivace 3:19

Concerto for flute, violin (or harpsichord) & continuo in G minor (Concerts & Suites No. 2), TWV 42:g2
9 1. Largo 3:58
10 2. Vivace 3:14
11 3. Soave 3:06
12 4. Vivace 3:38

Concerto for flute, violin (or harpsichord) & continuo in A major (Concerts & Suites No. 3), TWV 42:A3
13 1. Tempo giusto 2:43
14 2. Vivace 3:15
15 3. Adagio 3:28
16 4. Presto 2:56

Anneke Boeke, flauta
Miklós Spányi, cravo

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Anneke Boeke dando uma aulinha
Anneke Boeke dando uma aulinha

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