Fiquei tão entusiasmado em repostar os Concertos para Flauta com o I Musici, que resolvi trazer novamente esta outra baita gravação dos italianos com o Heinz Holliger, oboísta que dispensa apresentações.
Andei olhando meus cds e encontrei uma série de CDs gravadas pelo conjunto I Musici só com obras de Vivaldi, e pensei: por que postá-la? Por que não postá-la? Pois bem, postá-la-ei. Nem sei direito quantos cds são, os senhores poderão contar no final das contas.
Só tem feras por aqui. Neste primeiro cd teremos os Concertos para Oboé, com Heinz Holliger, talvez o maior oboísta do século XX, mas isso fica a critério dos senhores julgarem. Além deles, o CD também traz um Concerto duplo para Oboe e Fagote.
Antonio Vivaldi (1678-1741): 5 Concerti Per Oboe; Concerto Per Oboe & Fagotto RV 545, Heinz Holliger, I Musici
01-03 Concierto for Oboe in C, RV 452
04-06 Concierto for Oboe in d, RV 454
07-09 Concierto for Oboe & Fagot in G, RV 445
10-12 Concierto for Oboe in C, RV 446
13-15 Concierto for Oboe in a, RV 463
16-18 Concierto for Oboe in C, RV 447
Heinz Holliger – Oboe
Klaus Thunemann – Fagot
I Musici
Estou postando novamente este belíssimo CD, a pedidos. Com certeza uma das melhores gravações já realizadas destes concertos, um show de competência de Severino Gazzelloni.
Creio que assim como eu, muita gente se acostumou a ouvir estes belos concertos para flauta de Vivaldi com esse excelente flautista italiano, Severino Gazzelloni. Lembro também de ter tido a versão do Auréle Nicolet, também acompanhado pelo I Musici, outra versão também incrível. Mas infelizmente não a tenho mais, portanto, fiquemos com Gazzelloni.
Não sei os senhores, mas destes concertos para flauta de op. 10 o meu favorito é o de nº1 “La tempesta di mare”. É incrível como Vivaldi consegue traduzir para um instrumento tão único quanto a flauta os movimentos das ondas do mar durante uma tempestade. Coisa de gênio. Gazzelloni foi um virtuose da flauta, e conseguiu transpor com incrível competência e técnica as dificuldades da obra.
CD 1
01-03 in F, Op. 10 No. 1, RV 433
03-09 in G, Op. 10 No. 2, RV 439
10-12 in D, Op. 10 No. 3, RV 428
13-15 in G, Op. 10 No. 4, RV 435
16-18 in F, Op. 10 No. 5, RV 434
19-21 in G, Op. 10 No. 6, RV 437
22-24 in G, RV 436
25-27 in D, RV 427
Um excelente CD que traz duas lendas, a mezzo-soprano sueca Anne Anne Sofie von Otter e o Musica Antiqua Köln, dirigido por Reinhard Goebel. E é claro que a coisa teria que ser — e é — do mais alto nível. Apenas uma das peças incluídas nesta gravação era conhecida por mim antes de eu comprar este lançamento — o famoso Lamento d’Arianna de Claudio Monteverdi. Desta forma, esta maravilhosa gravação me apresentou várias novidades. A cantata de Antonio Vivaldi, Cessate, é uma delas. Com cerca de dez minutos de duração, a cantata é composta de várias seções contrastantes. Além de apreciar muito o Cessate, o madrigal Monteverdi que abre o disco, Con che soavita, também é muito atraente, complexo e cheio das harmonias ricas e quase ostentatórias. O disco conclui com duas peças fúnebres de Henry Purcell. O compositor inglês do barroco médio é mais famoso por ter escrito o mais famoso Lamento da época, o Lamento de Dido, de Dido and Aeneas, que não está no disco. Os dois encontrados aqui são Incassum, Lesbia, uma canção funerária escrita para um membro da família real, e O Solitude, uma canção solo menos formal mas talvez mais bem sucedida. Imprensado entre os Purcell, está uma deliciosa chacone para alaúde do início do barroco, da qual também gostei. Von Otter também escolheu dois italianos menores do século 17, Antonio Bertali e Giovanni Legrenzi, nenhum dos quais me pareceu excepcional. A qualidade da música é correspondida pelos executantes. Famosa por seu mezzo elegante e sem falhas, von Otter faz as passagens mais lentas de forma mais bela. Recomendado para os fãs de música clássica mais sérios e menos casuais.
Aqui é assim: se um dos nossos dezessete leitores pede alguma coisa, paramos tudo, desde a pesquisa sobre música folclórica do Azerbaijão até a audição das trinta e sete diferentes gravações dos quartetos de Beethoven, só para atendê-los! E quando o pedido envolve o nome de uma instituição italiana monumentalíssima como o I Musici, a presteza é redobrada.
I Musici foi fundado em 1951 e é ativo até hoje. Doze jovens artistas formados pela Accademia di Santa Cecilia, de Roma, que se reuniram para formar uma orquestra de câmera sem maestro. E que nome escolheram para o grupo: Os Músicos! Rapidamente chamaram a atenção de todos pelas suas interpretações de música barroca, especialmente Vivaldi, mas também Albinoni e outros.
Até o advento do movimento de música com instrumentos de época, que varreu o cenário musical desde os anos oitenta, I Musici era uma das principais referências para música barroca. Mesmo depois, o grupo manteve um público fiel.
Com esse background, pode-se esperar que eles tenham gravado As Quatro Estações, de Vivaldi, diversas vezes. Posso mencionar pelo menos três delas: uma com o Felix Ayo, outra com Roberto Michelucci e uma ainda com a Pina Carmirelli. Aqui temos a gravação com Roberto Michelucci, feita na Suiça, em 1969.
As Estações de Vivaldi dispensam apresentações, mas é bom lembrar duas coisas: apesar de serem vistos como um grupo de quatro concertos, eles fazem parte de uma publicação de 12 concertos. São os quatro primeiros concertos da obra Il cimento dell’armonia e dell’inventione, Op. 8. A união da harmonia com a invenção! Os concertos evocam as estações do ano, sendo assim o que se chama música programática. Há quatro poemas, um sobre cada um dos concertos, que possivelmente foram escritos pelo próprio Vivaldi.
Completam o disco do I Musici dois lindos concertos de Vivaldi: Concerto em si bemol maior, Op. 8, No. 10, La caccia, e Concerto em lá maior, Per ecco in lontano. O concerto em si bemol maior foi gravado em Roma, em 1961, com solo de Felix Ayo, e o concerto em lá maior, em La Chaux-de-Fonds, Neuchâtel, Suiça, no ano de 1965, tendo como solistas Walter Gallozzi e Franco Tamponi.
Vivaldi
As Quatro Estações
Sonatori de la Gioiosa Marca
Giuliano Carmignola
Com o intuito de tornar a postagem atraente a pelo menos mais alguns dos outros dezesseis leitores, resolvi fazer uma postagem dupla e trazer também uma outra gravação das estações vivaldianas. Escolhi, para fazer contraponto ao I Musici, uma gravação feita por um grupo que toca com instrumentos de época, mas também italiano. O nome de Giuliano Carmignola é consenso como um dos melhores violinistas barroco em atividade e isso é muito justo. Nesta gravação feita para a DIVOX Antiqua, em 1994, ele está acompanhado pelo Sonatori de la Gioiosa Marca e eles soam maravilhosos aos meus ouvidos. Este grupo é de Treviso, uma cidade que está na fronteira (marca) da Sereníssima República de Veneza. Portanto, assim fica o nome do grupo: Músicos da Festiva Fronteira. Só para lembrar do I Musici!!
Aqui completam o disco também dois concertos.
Concerto No. 1, em mi maior, RV 269, La primavera
Allegro
Largo
Allegro (Danza Pastorale)
Concerto No. 2 em sol maior, RV 315, L’estate
Allegro non molto – Allegro
Adagio – Presto – Adagio
Presto (Tempo impetuoso d’estate)
Concerto No. 3, em fá maior, RV 293, L’autunno
Allegro (Ballo e canto de villanelli)
Adagio molto (Ubriachi dormienti)
Allegro (La caccia)
Concerto No. 4, em fá maior, RV 297, L’inverno
Allegro non molto
Largo
Allegro
Concerto No. 10, em si bemol maior, RV 362, La caccia
Allegro
Adagio
Allegro
Concerto em lá maior, RV 552, Per ecco in lontano
Allegro
Larghetto
Allegro
Roberto Michelucci, violino (1-12)
Felix Ayo, violino (13-15)
Walter Gallozzi e Franco Tamponi, violinos (16-18)
O Brasil recebeu, no pós-guerra, diversos músicos que vieram da Europa para atuar na Orquestra Sinfônica Brasileira (criada por iniciativa de José Siqueira em 1940) e que se tornaram destaques em seus respectivos instrumentos: o francês Noel Devos no fagote, o tcheco Bohumil Med na trompa, a também francesa Odette Ernest Dias na flauta, para ficar só nesses.
Neste post, rendo tributo ao violista húngaro que adotou o nome de Perez Dworecki (1920-2011, não descobri o nome de batismo dele) postando seu CD mais recente (de uns cinco anos atrás). Ao longo do ano apresentarei discos dos demais músicos.
Esta coletânea abrange do barroco europeu ao nacional contemporâneo (diferente de outras que Dworecki lançou, focadas totalmente no repertório made in Brazil) e recebeu o nome a partir de uma peça composta especialmente pelo paulista Achille Picchi. Deixo as apreciações adicionais por vossa conta.
Boa audição porque já tô pensando no próximo CD, também de viola (mas viola caipira).
***
Gaiato: Perez Dworecki
Vivaldi
1. Sonata Para Viola E Piano (Original Para Violoncelo): Largo
2. Sonata Para Viola E Piano (Original Para Violoncelo): Allegro
3. Sonata Para Viola E Piano (Original Para Violoncelo): Largo
4. Sonata Para Viola E Piano (Original Para Violoncelo): Allegro
Veracini
5. Largo
Vieuxtemps
6. Elegie
Grieg
7. Sonata (Andante Molto Tranqüilo): Op. 36 (Original Para Violoncelo)
Ravel
8. Berceuse (Sobre O Nome de Gabriel Fauré)
Achron
9. Melodia Hebraica
Kreisler
10. Liebesleid
Breno Blauth
11. Sonata (Para Viola E Piano): Dramático
12. Sonata (Para Viola E Piano): Evocativo
13. Sonata (Para Viola E Piano): Agitado
Um belo disco de música sacra italiana com obras de Vivaldi e Alessandro Scarlatti. Quase todos nós já ouvimos o Gloria de Vivaldi muitas vezes e, embora seja muito boa música, a pessoa tende a se cansar depois de um tempo. A versão de Pinnock é excelente. Meu interesse real sobre este disco é o Dixit Dominus de Scarlatti. Nós ouvimos muito pouco da música sacra de Alessandro, que é de alta qualidade. Embora ele não seja tão ousado ou enérgico como Handel, tem muitas ideias originais e belas melodias. Todos os movimentos são atraentes. Pinnock e turma estão excelentes como sempre. Embora desconhecido, este Dixit é definitivamente o destaque deste disco para mim.
Antonio Vivaldi (1678-1741): Gloria / Alessandro Scarlatti (1660-1725): Dixit Dominus
Gloria, In D Major For Soloists, Chorus And Orchestra, RV 589
Composed By – Antonio Vivaldi
1 Gloria In Excelsis Deo (Allegro)
Oboe – David Reichenberg
Trumpet – Crispian Steele-Perkins
2:24
2 Et In Terra Pax Hominibus (Andante) 4:52
3 Laudamus Te (Allegro)
Soprano Vocals – Ingrid Attrot, Nancy Argenta
2:14
4 Gratias Agimus Tibi (Adagio) 0:28
5 Propter Magnam Gloriam Tuam (Allegro) 0:50
6 Domine Deus, Rex Caelistis (Largo)
Oboe – David Reichenberg
Soprano Vocals – Nancy Argenta
3:43
7 Domine Fili Unigeniti (Allegro) 2:18
8 Domine Deus, Agnus Dei (Adagio)
Alto Vocals – Catherine Denley
5:01
9 Qui Tollis Peccata Mundi (Adagio) 1:45
10 Qui Sedes Ad Dexteram Patris (Allegro)
Alto Vocals – Catherine Denley
2:45
11 Quoniam Tu Solus Sanctus (Allegro)
Oboe – David Reichenberg
Trumpet – Crispian Steele-Perkins
0:47
12 Cum Sancto Spirito (Allegro)
Oboe – David Reichenberg
Trumpet – Crispian Steele-Perkins
2:48
Dixit Dominus, For Soloists, Strings And Continuo (Musica Sacra MS 710)
Composed By – Alessandro Scarlatti
13 Dixit Dominus (Spiritoso) 2:35
14 Virgam Virtutis (Allegro)
Soprano Vocals – Nancy Argenta
2:34
15 Tecum Principium
Alto Vocals – Ashley Stafford
2:53
16 Juravit Dominus 3:14
17 Dominus A Dextris Tuis
Bass Vocals – Stephen Varcoe
2:13
18 Judicabit In Nationibus (Andante – Allegro – Allegro) 1:57
19 De Torrente In Via Bibet (Andante)
Alto Vocals – Ashley Stafford
Soprano Vocals – Nancy Argenta
2:50
20 Gloria Patri (Allegro) 3:58
Alto Vocals – Ashley Stafford
Alto Vocals [Choir] – Ashley Stafford, Caroline Trevor, Graeme Curry, Mary Nichols
Bass Vocals – Stephen Varcoe
Bass Vocals [Choir] – Donald Greig, Richard Savage, Richard Wistreich, Stephen Charlesworth (2)
Cello – Jaap ter Linden, Richard Webb
Concertmaster – Simon Standage
Contralto Vocals – Catherine Denley
Double Bass – Amanda MacNamara*
Oboe [Solo] – David Reichenberg
Organ – Ivor Bolton
Soprano Vocals – Ingrid Attrot, Nancy Argenta
Soprano Vocals [Choir] – Evelyn Tubb, Nicola Jenkin, Sally Dunkley, Tessa Bonner
Tenor Vocals [Choir] – Angus Smith, John Dudley, Neil Lunt, Nicolas Robertson
Theorbo – Nigel North
Trumpet [Solo] – Crispian Steele-Perkins
Viola – Katharine Hart* (tracks: 1 to 12), Trevor Jones (4) (tracks: 1 to 12)
Violin [1st] – Graham Cracknell, Miles Golding, Pauline Nobes (tracks: 1 to 12), Simon Standage
Violin [2nd] – Elizabeth Wilcock (tracks: 1 to 12), Frances Turner (tracks: 13 to 20), Maurice Whitaker (tracks: 1 to 12), Micaela Comberti, Pauline Nobes (tracks: 13 to 20), Susan Carpenter-Jacobs* (tracks: 1 to 12)
Violin [3rd] – Elizabeth Wilcock (tracks: 13 to 20), Maurice Whitaker (tracks: 13 to 20), Susan Carpenter-Jacobs* (tracks: 13 to 20)
Vocals [Solo Quartet] – Ashley Stafford (tracks: 13 to 20), Nicolas Robertson (tracks: 13 to 20), Richard Wistreich (tracks: 13 to 20), Tessa Bonner (tracks: 13 to 20)
Choir – The English Concert Choir
Orchestra – The English Concert
Conductor, Harpsichord – Trevor Pinnock
Este é o segundo disco gravado pelo Palladian Ensemble para o selo Linn Records. O primeiro apresenta um retrato da música barroca inglesa na segunda metade do século XVII – An Excess of Pleasure.
Aqui temos um repertório de música barroca veneziana. O título do disco – The Winged Lion – refere-se ao Leão Alado, que representa o evangelista São Marco e é o símbolo da Sereníssima República de Veneza.
No início do Século XVII o poderio político de Veneza começa a declinar, mas seu esplendor cultural e artístico ainda se estenderá por muito tempo. A cidade é diferente de todas as outras cidades italianas e tem uma cultura bem especial, como o Carnaval de Veneza, por exemplo. Suas relações com o oriente ecoam também em sua música. O liberalismo da cidade recebeu fabricantes de instrumentos musicais e editores de música provenientes da Alemanha. As formas musicais que se perdurariam no período barroco, ainda estavam se formando.
O repertório do disco reflete esta diversidade. Há dois concertos de Vivaldi, uma sonata e algumas árias de Uccellini, peças de Dario Castello, Giovanni Battista Vitali e Francesco Turini. De Giovanni Battista Buonamente reuniu-se algumas danças formando uma suite. O disco tem ainda duas peças espanholas para guitarra, instrumento que era muito popular e largamente fabricado em Veneza. Muito útil para as serenatas…
Deixemos as peças falarem por elas mesmo e aproveite um passeio por uma das mais belas cidades do mundo, pelo menos na imaginação.
Dario Castello (c. 1590 – c. 1658)
Sonata Duodecima (Book II 1629)
Giovanni Battista Vitali (1632 – 1692)
Ciaconna (Op. 7/3 1682)
Marco Uccellini (1603 – 1680)
Sonata Quarto (Op. 5 1649)
Antonio Vivaldi (1676 – 1741)
Concerto in F major RV 100
Allegro
Untitled
Allegro
Giovanni Battista Buonamente (c. 1595 – 1642)
Suite (Book III 1626)
Gagliarda seconda
Corrente terza e quarta
Brando terza
Avanti il Brando
Brando Quarto
Francesco Cavalli (1607 – 1672)
Canzon (Musiche Sacrae 1656)
Santiago de Murcia (1673 – 1739)
El Amor (Poema Harmonico 1691)
La Jota (Saldivar Codex c. 1700)
Francesco Turini (1589 – 1656)
Sonata a tre (1642)
Antonio Vivaldi (1676 – 1741)
Concerto in D major RV 84
Untitled
Largo
Allegro
Marco Uccellini (1603 – 1680)
Aria undecima detta il “Caporal Simon”
Aria decimaquarta sopra “la mia pedrina”
Aria decimaquinta sopra “le scatola da gli agghi”
Palladian Ensemble
Pamela Thorby, flautas doce
Rachel Podger, violino
Joanna Levine, viola da gamba, violoncelo, violone
Antonio Vivaldi, o padre vermelho, nasceu no dia 4 de março de 1678, em Veneza. Ele renasceria em 1950, como nos conta H. C. Robbins Landon no seu livro Vivaldi, Voice of the Baroque. Landon conta que estava em uma loja de discos em Nova Iorque quando ouviu pela primeira vez, assim como os atendentes da loja e os outros clientes, a famosa gravação das Quatro Estações pelo selo Cetra.
Essa música que havia estado adormecida nas prateleiras das bibliotecas por duzentos anos (o dobro da Bela Adormecida) ressurgia para dar início a um dos maiores sucessos da música clássica, a música de Antonio Vivaldi. O renascimento, pelo menos da música, se deve muito a Gian Francesco Malipiero, outro importante veneziano. E como se diz nestas ocasiões, o resto é história…
Eu ouço música de Vivaldi desde antes do movimento dos instrumentos de época. Às vezes nem tanto, mas sempre sofro recaídas. Eram nosso campeões de Vivaldi: I Musici, Raymond Leppard e The English Chamber Orchestra, Neville Marriner e The Academy of St. Martin-in-the-Fields, entre os ingleses. Havia também Jean-Claude Malgoire e La Grande Ecurie & La Chambre du Roy, tantos mais. Depois vieram os HIP (historically informed performance) Christopher Hogwood e The Academy of Ancient Music, Trevor Pinnock e The English Concert. Os italianos Fabio Biondi, Rinaldo Alessandrini e tantos outros.
Hoje, em homenagem a esta tão importante figura da música, alguém que teve suas obras estudadas e adaptadas por Johann Sebastian Bach, apresento um CD que mata um pouco a saudade daqueles dias anteriores ao HIP. Este CD, aos cuidados de musicos venezianos, mostra que a (boa) música tem um brilho que transcende até mesmo modismos interpretativos.
Aproveite a folga do Carnaval para ouvir este brilhante disquinho com lindos e sonoros concertos vivaldianos.
Excelente CD triplo com interpretação luxuosa de Savall e turma. Um trabalho de alta categoria.
Farnace (RV 711) é uma ópera em três atos do compositor veneziano Antonio Vivaldi (1678-1741) com libreto de de Antonio Maria Lucchini (1690-1730). A obra teve sua estreia em 10 de fevereiro de 1727 no Teatro de Sant’Angelo, em Veneza. Uma nova versão foi apresentada no outono do mesmo ano, com modificações feitas pelo autor nos atos I e II. O manuscrito conservado na Biblioteca de Turim corresponde a essa segunda montagem.
Diversas outras óperas do século XVIII foram compostas com o mesmo nome a partir de libretos também diversos. A versão de Vivaldi para Farnace tem importância especial na carreira do compositor, pois marca seu retorno à cena operística de Veneza depois de um longo período de viagens. Durante sua ausência dos teatros venezianos, Vivaldi esteve em diversas cidades do Vêneto e nos Estados Papais acompanhando a performance de algumas de suas óperas como Ercule su’l Termodonte (1723) e Il Giustino (1724). A obra de Vivaldi obteve grande sucesso em seu tempo, inclusive em uma remontagem em Praga, em 1730. Nessa ocasião, a ópera foi reapresentada no teatro do conde Franz Anton von Sporck (1662-1738) incluindo cinco árias não compostas originalmente por Vivaldi. Outras reapresentações ocorreram em Pavia (maio de 1731), Mântua e Milão (1732), com arranjos feitos pelo próprio autor, Florença (1733), em versão original e Treviso (1737). Desde então, a Farnace de Vivaldi caiu no esquecimento até o final do século XX, período da redescoberta da produção lírica do autor, quando foi novamente encenada.
No outono do mesmo ano de 1727, estreou também outra ópera de Vivaldi, Orlando Furioso.
Sinopse
A ópera conta a história de Farnace (Pharnaces II, Rei do Ponto). Segundo era hábito na época, o enredo não se preocupa com a veracidade histórica dos fatos narrados. Assim, o destino de Farnace na ópera de Vivaldi é bastante diferente dos fatos reais narrados pelos historiadores. Os três personagens principais, Farnace, Berenice e Pompeu, são grandes antagonistas e confrontam suas ambições políticas e de conquista militar. Alguns críticos [5] consideram que a profundida da caracterização dos personagens nesta obra é um dos pontos altos da produção de Vivaldi.
Ato I
A ação se passa na cidade grega de Heracleia, durante a conquista romanda da Anatólia. Farnace, Rei do Ponto, é filho e sucessor de Mítridates. Ele foi derrotado em batalha pelos romanos e está sitiado em Heracleia, seu último reduto. Para evitar que caiam nas mãos dos inimigos, ordena a sua esposa, Tamiri, que mate o filho deles e cometa suicídio. A mãe de Tamiri, Berenice, rainha da Capadócia, odeia Farnace e mantém um conluio com o vencedor romano, Pompeu, para matá-lo. Os exércitos de Berenice e Pompeu atacam Heracleia, mas Farnace consegue escapar. Berenice impede que Tamiri mate seu filho e cometa suicídio, como havia ordenado Farnace. Mas a chegada das tropas de Pompeu agrava o clima de ódio. Selinda, irmã de Farnace, é mantida prisioneira pelo romando Aquilio que está apaixonado por ela, assim como Gilade, um dos capitães de Berenice. Selinda joga um contra o outro na tentativa de salvar seu irmão.
Ato II
A rivalidade entre Gilade e Aquilio se agrava, favorecendo os planos de Selinda que, na verdade, pretende rejeitar a ambos favorecendo o irmão Farnace. Berenice ordena a captura de Farnace. Este está prestes a cometer suicídio, acreditando que sua mulher e seu filho já estão mortos. Mas Tamiri aparece e o impede de se matar. Berenice aparece em seguida e ordena a destruição do local onde estava Farnace, mas ele consegue se esconder. Ela, então, encontra a filha, Tamiri, e o neto. Tamiri implora a misericórdia da mãe, mas Berenice repudia sua filha e leva consigo o menino. No palácio real, Selinda pede ajuda a Gilade e, depois de obter os favores dele, oferece essa ajuda a Farnace que havia entrado clandestinamente no local. Mas Farnace não aceita a oferta. Gilade e Aquilio insistem com Berenice, defendendo a sobrevivência de seu neto e herdeiro. Mas a guarda dele é deixada com Aquilio por ordem de Pompeu.
Ato III
Na planície de Heracleia, Berenice e Gilade reúnem-se a Pompeu e Aquilio que lideram as tropas romanas. Berenice exige de Pompeu a morte do filho de Farnace, oferecendo ao romano metade de seu reino. Tamiri faz a mesma oferta em troca da vida do filho. Selinda consegue de Gilade a promessa de matar Berenice ao mesmo tempo que obtém de Aquilio a promessa de matar Pompeu. Aqulio e Farnace, disfarçado de guerreiro, aparecem ao mesmo tempo junto a Pompeu com o objetivo de matá-lo. A ação falha e Pompeu interroga o guerreiro que apareceu junto dele sem suspeitar que se trata de Farnace. Berenice entra em cena e revela a identidade de Farnace que é preso e, depois, libertado por Gilade e Aquilio. Ambos tentam matar Berenice por considerar que ela é excessivamente cruel. Mas a rainha da Capadócia é salva pelo general romano, que se mostra clemente. A clemência de Pompeu convence Berenice a esquecer seu ódio por Farnace e a rainha, dizendo que sua raiva está aplacada, abraça Farnace como se fosse seu próprio filho. É o tradicional final feliz e todos são poupados.
Gravações
Em 2002, Jordi Savall gravou esta ópera pelo selo Alia Vox com o Le Concert des Nations durante uma série de apresentações ao vivo no Teatro de la Zarzuela de Madrid, combinando-a com algum material da ópera homônima de François Courselle (conhecido na Itália como Francesco Corselli). Entre os solistas dessa gravação, incluída na série Vivaldi Collection da Naïve, destacam-se Furio Zanasi, Fulvio Bettini e Sara Mingardo.
Antonio Vivaldi (1678-1741): Farnace
CD1
1. Corselli – Sinfonia: [Vivo]
2. Sinfonia: [Allegro e piano]
3. Sinfonia: [Spiritoso]
4. Marcia
5. Recitativo: Ma d’onde, o mia Regina (Gilade e Berenice)
6. Aria: Da quel ferro che ha svenato (Berenice)
7. Vivaldi – Atto I. Sinfonia: [Allegro]
8. Sinfonia: [Andante]
9. Recitativo: Benché vinto e sconfitto (Farnace e Tamiri)
10. Aria: Ricordati che sei (Farnace)
11. Recitativo: Ch’io me tolga col ferro (Tamiri)
12. Aria: Combattono quest’alma (Tamiri)
13. Coro: Dell’Eusino con aura seconda
14. Recitativo: Del nemico Farnace (Gilade e Berenice)
15. Recitativo: Amazzone real dell’Oriente (Pompeo, Berenice e Gilade)
16. Recitativo: Guerrieri eccovi a fronte (Pompeo)
17. Coro: Su campioni, su guerrieri
18. Recitativo: In si gran punto ancora (Farnace)
19. Recitativo: Signor, s’anche fra l’armi (Selinda, Aquilio, Berenice, Pompeo e Gilade)
20. Recitativo: A’nostri danni armata (Selinda, Gilade e Aquilio)
21. Aria: Nell’intimo del petto (Gilade)
22. Recitativo: A’sorprendermi il cor (Aquilio e Selinda)
23. Aria: Penso che que’ begl’occhi (Aquilio)
24. Recitativo: Qual sembianza improvvisa (Selinda)
25. Aria: Al vezzeggiar (Selinda)
26. Recitativo accompagnato: Figlio, non vi è più scampo (Tamiri col piccolo figlio)
27. Recitativo: Fermati, ingrata! (Berenice e Tamiri)
28. Recitativo: Signor, costei ch’audace empie (Berenice e Pompeo)
29. Aria: Da quel ferro che ha svenato (Berenice)
30. Recitativo: L’Asia non è ancor doma (Pompeo e Tamiri)
31. Aria: Leon feroce (Tamiri)
32. Recitativo: Come ben fa veder (Pompeo)
33. Aria: Sorge l’irato nembo (Pompeo)
CD2
1. Corselli – Aria: S’arma il cielo di tuoni e di lampi (Farnace)
2. Vivaldi – Atto II. Recitativo: Principessa gentil (Gilade, Aquilio e Selinda)
3. Aria: Lascia di sospirar (Selinda)
4. Recitativo: Di Farnace e del figlio (Berenice e Gilade)
5. Aria: Langue misero quel valore (Berenice)
6. Recitativo: Non cham’ar non e fallo (Gilade)
7. Aria: C’è un dolce furore (Gilade)
8. Recitativo: Non che ceder (Farnace)
9. Recitativo: Pupille o voi sognate (Tamiri e Farnace)
10. Aria: Gelido in ogni vena (Farnace)
11. Recitativo: Olà, queste superbe (Berenice e Tamiri)
12. Recitativo accompagnato: Quest’è la fe spergiura (Farnace e Tamiri)
13. Recitativo: Dite che v’ho fatt’io (Tamiri)
14. Aria: Arsa da rai concenti (Tamiri)
15. Recitativo: Ah, segli è ver che m’ami (Selinda e Gilade)
16. Aria: Quel tuo ciglio (Gilade)
17. Recitativo: Dove mai ti trasporta (Selinda e Farnace)
18. Aria: Spogli pur l’ingiusta Roma (Farnace)
19. Recitativo: Dell’iniquo Farnace (Berenice, Selinda, Aquilio e Pompeo)
20. Aria: Roma invitta una clement (Pompeo)
21. Recitativo: Fra le libiche serpi (Selinda, Aquilio e Berenice)
22. Aria: Lascerò d’esser spietata (Berenice)
23. Recitativo: Aquilio, eben pensasti? (Selinda e Aquilio)
24. Duetto: Io sento nel petto (Selinda e Aquilio)
CD3
1.Corselli – Marcia
2. Vivaldi – Atto III. Recitativo: Gilade, Gran Regina (Berenice, Selinda, Aquilio e Pompeo)
3. Aria: Quel candido fiore (Berenice)
4. Recitativo: Signor; se la clemenza (Tamiri, Pompeo e Farnace)
5. Aria: Forse o caro in questi accenti (Tamiri)
6. Recitativo: Si qualche nume (Farnace)
7. Aria: Quel torrente che s’innalza (Farnace)
8. Recitativo: Gilade, il tuo pensiero (Selinda e Gilade)
9. Aria: Scherza l’aura lusinghiera (Gilade)
10. Recitativo: Aquilio, il braccio forte (Selinda e Aquilio)
11. Aria: Ti vantasti mio guerriero (Selinda)
12. Recitativo: Oh, stelle quale impresa (Aquilio,Pompeo e Farnace)
13. Recitativo: Regina, in costui riconosci (Pompeo, Berenice e Farnace)
14. Recitativo: Oh, Dio fermati i colpi (Tamiri e Farnace)
15. Quartetto: Io crudel? (Berenice, Pompeo, Tamiri e Farnace)
16. Recitativo: Fornace i Numi alfine (Berenice)
17. Recitativo: Voglio che mora (Berenice)
18. Recitativo: Berenice morrà (Gilade, Pompeo, Selinda, Berenice, Farnace, Tamiri)
19. Coro Finale: Coronata di gigli e di rose
Farnace – Furio Zanasi
Tamiri – Sara Mingardo
Berenice – Adriana Fernández
Pompeo – Sonia Prina
Selinda – Gloria Banditelli
Gilade – Cinzia Forte
Aquilio – Fulvio Bettini
Coro del Teatro de la Zarzuela
Le Concert des Nations
Conductor – Jordi Savall
Belo disco. Uma boa coleção de concertos de Vivaldi com a linda sonoridade da viola d`amore, tocada pelo também regente Fabio Biondi.
Biondi tem uma carinha de querubim, mas não se enganem, por trás daquelas santas feições esconde-se um sátiro concupiscente, louco para perseguir as meninas do conservatório de Ospedale della Pietà, um dos quatro grandes orfanatos as meninas abandonadas de Veneza às quais era ensinada música. A abordagem da Europa Galante e de seu maestro à música de Vivaldi é, no mínimo, concu… agressiva e bela. Este CD é dedicado é um tipo raro de concertos do mestre: os para Viola d`Amore. Especialmente indicado para os amantes do barroco! Baita disco!
Antonio Vivaldi (1678-1741): Concerti per Viola d’Amore
1. Concerto in D minor, RV 394: I Allegro 4:05
2. Concerto in D minor, RV 394: II Largo 1:43
3. Concerto in D minor, RV 394: III Allegro 3:15
4. Concerto in A major, RV 396: I Allegro 3:07
5. Concerto in A major, RV 396: II Andante 2:57
6. Concerto in A major, RV 396: III Allegro 2:59
7. Concerto in D major, RV 392: I Allegro 4:13
8. Concerto in D major, RV 392: II Largo 2:52
9. Concerto in D major, RV 392: III Allegro 2:56
10. Concerto in D minor, RV 393: I Allegro 3:18
11. Concerto in D minor, RV 393: II Adagio 2:03
12. Concerto in D minor, RV 393: III Presto 3:07
13. Concerto in D minor, RV 395: I Allegro 4:04
14. Concerto in D minor, RV 395: II Largo 3:26
15. Concerto in D minor, RV 395: III Allegro 3:13
16. Concerto in A minor, RV 397: I Allegro 2:51
17. Concerto in A minor, RV 397: II Largo 2:07
18. Concerto in A minor, RV 397: III Allegro 2:53
19. Concerto in F major, RV 97: I Largo & II Allegro 4:31
20. Concerto in F major, RV 97: III Adagio 3:15
21. Concerto in F major, RV 97: IV Allegro 2:37
22. Concerto in D minor, RV 540: I Allegro 4:44
23. Concerto in D minor, RV 540: II Largo 3:44
24. Concerto in D minor, RV 540: III Allegro 3:00
Mais um album que nos foi presenteado pelo nosso ouvinte e amigo Mário Olivero, onde se destaca a excepcional performance ao trompete de Crispian Steele-Perkins, considerado um dos mais completos trompetista da atualidade.
Music for Trumpet and Orchestra Antonio Alessandro Boncompagno Stradella, (Itália, 1643 – 1682) 01. Sonata a 8 Viole con una Tromba in D major Heinrich Ignaz Franz von Biber (Bohemia-Austria, 1644 [baptised]-1704) 02. Sonata IV a 5 in C major 03. Sonata I a 8 in C major 04. Duets for 2 Trumpets No. 1 in C minor 05. Duets for 2 Trumpets No. 11 in G minor 06. Duets for 2 Trumpets No 5 in C Major 07. Duets for 2 Trumpets No. 13 in A minor 08. Sonata X a 5 in G minor Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 1678-Viena, 1741) 09. Concerto in C Major, RV 537 – Allego 10. Concerto in C Major, RV 537 – Largo 11. Concerto in C Major, RV 537 – Allegro Tomaso Albinoni (Itália, 1671 – 1750) 12. Concerto for Trumpet – Allegro moderato 13. Concerto for Trumpet – Affettuoso 14. Concerto for Trumpet – Presto Georg Philipp Telemann (Alemanha, 1681-1767) 15. Concerto for Trumpet – Allegro 16. Concerto for Trumpet – Adagio 17. Concerto for Trumpet – Aria 18. Concerto for Trumpet – Allegro Georg Friedrich Händel (Alemanha, 1685 – Inglaterra, 1759) 19. Airs from Vauxhall Gardens – Caro voi siete all’alma 20. Airs from Vauxhall Gardens – Se l’arco avessi 21. Airs from Vauxhall Gardens – March from Scipione 22. Airs from Vauxhall Gardens – See, the Conquering Hero Comes 23. Airs from Vauxhall Gardens – Overture from Atalanta
Music for Trumpet and Orchestra – 1993 Crispian Steele-Perkins (trumpet) Tafelmusik, dir. Jeanne Lamon
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Entre 2009 e 2010, Cecilia Bartoli foi do Sacrifizio ao Pasticcio, do Olimpo ao Mercado. Após o belíssimo álbum de 2009, Sacrificium, La Bartoli lança agora um CD para angariar mais admiradores e perder outros tantos. O disco é um rolo só. Uma mistura de gêneros, épocas e uma demonstração de um virtuosismo às vezes um tantinho vazio. Gente que conhece ópera ficou incomodada pelos abusos cometidos em Una voce poco fa. A tentativa de Bartoli de se tornar ainda mais popular — e precisa? — esbarrou nas limitações artísticas de um repertório pra lá de estranho e um tratamento pra lá de “modernoso”. A Diva escorregou. Aguardamos para breve sua saída do shopping. Mas as faixas de 5 a 7… Só ela para tanta maravilhosa perfeição.
1. Handel – “Lascia la spina cogli la rosa” – Cecilia Bartoli, Les Musiciens du Louvre, Marc Minkowski
2. Vivaldi – Gelido in ogni vena – Cecilia Bartoli, Il Giardino Armonico, Giovanni Antonini
3. Giacomelli – Sposa, non mi conosci – Cecilia Bartoli, Il Giardino Armonico, Giovanni Antonini
4. Caldara – Quel buon pastor son io – Cecilia Bartoli, Il Giardino Armonico, Giovanni Antonini
5. Mozart – “Voi che sapete” – Cecilia Bartoli, Wiener Philharmoniker, Claudio Abbado
6. Mozart – “Là ci darem la mano” – Cecilia Bartoli, Bryn Terfel, Orchestra dell’accademia Nazionale di Santa Cecilia, Myung-whun Chung
7. Mozart – Laudate Dominum omnes gentes (Ps. 116/117) – Cecilia Bartoli, Orchestra dell’accademia Nazionale di Santa Cecilia, Myung-whun Chung, Coro dell’accademia Nazionale Di Santa Cecilia, Roberto Gabbiani
8. Bellini – Ah! non credea mirarti si presto estinto, o fiore – Cecilia Bartoli, Juan Diego Flórez, Orchestra La Scintilla, Alessandro de Marchi
9. Persiani – “Cari giorni” (Romanza der Ines) – Cecilia Bartoli, Orchestra La Scintilla, Adam Fischer
10. Rossini – Una voce poco fa – Cecilia Bartoli, International Chamber Soloists, Orchestra La Scintilla, Adam Fischer
11. Bellini – Casta Diva – Cecilia Bartoli, International Chamber Soloists, Orchestra La Scintilla, Adam Fischer
12. Franck – Panis Angelicus – Cecilia Bartoli, Cinzia Maurizio, Luigi Piovano, Daniele Rossi
13. Gabriel Fauré – Pie Jesu – Cecilia Bartoli, Orchestra dell’accademia Nazionale di Santa Cecilia, Myung-whun Chung, Coro dell’accademia Nazionale Di Santa Cecilia, Roberto Gabbiani, Daniele Rossi
The Art Of The Baroque Trumpet Vol. 5/5 – An Italian Concert
Niklas Eklund & Jeffrey Segal (baroque trumpet), Maria Keohane (soprano), Wasa Baroque Ensemble, Gabriel Bania & Edward H. Tarr
1998
Os trabalhos nesta gravação, Volume 5 na série de Naxos “A Arte do Trumpete Barroco”, exemplificam o cenário histórico do trompete na Itália durante o final do século XVII e XVIII. O trompete só começou a ser usado na igreja e no teatro de ópera quando se tornou possível que ele fosse tocado com sutileza dinâmica e tonal.
Os compositores representados neste repertório incluem alguns dos nomes mais importantes do período. Incluem compositores conhecidos como Vivaldi, Corelli, Torelli e Albinoni, e o menos conhecido Stradella, aqui representado por uma sinfonia de uma deliciosa serenata de casamento; Franceschini, o compositor de muita música sacra; Galuppi, que, como Vivaldi, atuou em Veneza e compositor de mais de cem óperas e Ziani, outro importante compositor veneziano de ópera. Todos eram mestres de seu ofício musical.
Palhinha: ouça:Vivaldi : Concerto in C Major R537
The Art Of The Baroque Trumpet, Vol. 5/5
An Italian Concert Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 1678-Viena, 1741) 01. Concerto in C Major R537: I. Allegro 02. Concerto in C Major R537: II. Largo 03. Concerto in C Major R537: III. Allegro 04. Combatta un gentil cor from Tito Manlio Arcangelo Corelli (Italia, 1653-1713) 05. Sonata in D major: I. Grave 06. Sonata in D major: II. Allegro 07. Sonata in D major: III. Grave 08. Sonata in D major: IV. Allegro 09. Sonata in D major: V. Allegro Marc’ Antonio Ziani (Itália, 1653 – 1715) 10. Trombe d’Ausonia from La Flora Giuseppe Torelli (Italia, 1658 – 1709) 11. Concerto in D Major: I. Allegro 12. Concerto in D Major: II. Adagio 13. Concerto in D Major: III. Presto 14. Concerto in D Major: IV. Adagio 15. Concerto in D Major: V. Allegro Tomaso Albinoni (Itália, 1671 – 1750) 16. Vien con nuovo orribil guerra Giuseppe Torelli (Italia, 1658 – 1709) 17. Sonata in D major: I. Grave 18. Sonata in D major: II. Allegro 19. Sonata in D major: III. Grave 20. Sonata in D major: IV. Allegro 21. Sonata in D major: V. Grave 22. Sonata in D major: VI. Allegro Baldassare Galuppi (Italy, 1706 – 1785) 23. Alla tromba della Fama Alessandro Stradella (Itália, 1639 – 1682) 24. Sinfonia avanti il Barcheggio: I. Allegro 25. Sinfonia avanti il Barcheggio: II. Andante 26. Sinfonia avanti il Barcheggio: III. Allegro 27. Sinfonia avanti il Barcheggio: IV. Allegro Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 1678-Viena, 1741) 28. Agitata da Due Venti from Griselda Petronio Franceschini (Italia, 1651 – 1680) 29. Sonata in D Major: I. Grave 30. Sonata in D Major: II. Allegro 31. Sonata in D Major: III. Adagio 32. Sonata in D Major: IV. Allegro
The Art Of The Baroque Trumpet, Vol. 5/5 – 1998 Niklas Eklund & Jeffrey Segal (baroque trumpet)
Maria Keohane (soprano)
Wasa Baroque Ensemble, Gabriel Bania & Edward H. Tarr
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La fida ninfa (RV 714) é uma ópera em três atos composta pelo veneziano Antonio Vivaldi (1678-1741) a partir de libreto de Francesco Scipione Maffei (1675-1755). Sua estreia se deu em 6 de janeiro de 1732 por ocasião da inauguração do Nuovo Teatro Filarmonico di Verona. Uma característica interessante e incomum desta ópera é a variedade de conjuntos vocais (ensembles), quebrando a monotonia da simples alternância entre recitativos e árias da capo. A ópera havia sido encomendada em 1729 e foi concluída com extrema rapidez no ano seguinte. Alguns críticos consideram que essa rapidez comprometeu a qualidade da obra em diversos trechos. Apesar disso, a estreia foi seguidamente adiada, segundo crônicas da época, devido a uma grande concentração de tropas germânicas na região, o que fez com que as autoridades da República de Veneza adiassem a inauguração solene do novo teatro de Verona até que a situação se normalizasse. Uma gravação recente foi feita em 2009 pela Opus 111 – Naïve na série The Vivaldi Collection. O conjunto Ensemble Matheus é regido por Jean-Christophe Spinosi.
A trama do libreto não faz justiça a seu autor, Francesco Scipione Maffei, um aristocrata com vasta erudição. Nesse sentido, La fida Ninfa é uma alegoria sobre o amor matrimonial e a fidelidade dos compromissos sentimentais cheia de clichês, ninfas, piratas mal-humorados e de erros de identidade. Mas é consenso que a música sublime de Vivaldi supera as limitações do texto. A história se passa em Naxos, ilha do Mar Egeu, na antiguidade grega. (Wikipedia)
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Considerada uma das 10 melhores óperas barrocas com respectivas gravações, pela revista Gramophone em 2013. [9º lugar]
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Os três actos de Orlando desenrolam-se na ilha encantada da feiticeira Alcina. Orlando (o Célebre sobrinho de Carlos Magno) ama Angélica, jovem e bela princesa pagã. Por sua vez Angélica, com a protecção de Alcina, enamorou-se do jovem Sarraceno Medoro, pobre e destemido. Ruggiero, o companheiro de Orlando, que viaja em cima de uma cavalo alado, não resiste aos encantamentos da feiticeira, isto para desespero da sua noiva Bradamante.
Sob o pérfido Concelho de Angélica, Orlando parte para matar um monstro que guarda uma pertença fonte da juventude na montanha enfeitiçada. Orlando cai assim numa armadilha: a montanha desaba e fá-lo prisioneiro. Contudo a sua força colossal permite-lhe quebrar a sua prisão de pedra. Ébrio de vingança, Orlando enlouquece e causa estragos. No seu delírio furioso Orlando destrói casualmente a estátua de Merlin, que ele toma por Alcina, e, com isso, põe fim ao encantamento e ao reinado da feiticeira. Após um sono reparador, Orlando recupera a razão e renuncia ao amor para seguir os seus companheiros paladinos.
A duração total de Orlando, tal como a maior parte das óperas de Vivaldi, é de cinco ou de seis horas, contudo hoje em dia as óperas são sempre apresentadas com inúmeros cortes. Não obstante do seu comprimento, muitas dessas óperas eram compostas muito depressa, baseando-se mais ou menos em obras anteriores. Vivaldi compôs 94 óperas (conhecemos aproximadamente cinquenta).
Contudo, Orlando é uma obra de uma notável originalidade e talvez o maior sucesso de Vivaldi no género. A sua génese remonta a um Orlando Finto Pazzo, a segunda ópera conhecida de Vivaldi, representada em 1714, em Veneza. Perante o insucesso desta ópera, o compositor tenta a adaptação de uma obra de Giovanni Alberto Ristori, sobre o tema de “Orlando o Furioso” que tinha conseguido o triunfo em 1713. Dez anos mais tarde, um outro “Orlando Furioso”, cujas árias eram de Vivaldi e os recitativos de António Bioni é representado em Praga. Por fim, o Orlando definitivo de 1727, para o qual Vivaldi adapta (ou faz adaptar) o antigo libreto de Braccioli de 1714, obtém um merecido sucesso. O tema é atraente, o libreto de boa qualidade dramática e a música de uma riqueza e de uma beleza dignas de uma das obras-primas do teatro musical. Particularmente os recitativos são esplêndidos – o que não é tão frequente antes de Mozart – a escrita instrumental e vocal é do melhor Vivaldi. A loucura de Orlando está entre as páginas mais fortes da ópera. O coro também é magnífico, especialmente o do II acto, com duas orquestras correspondendo-se, uma das quais em cena. (http://www.rtp.pt/antena2/argumentos-de-operas/letra-v/antonio-vivaldi-_2061_2026)
Artistas
Antonio Vivaldi Composer Jean-Christophe Spinosi Conductor (Les) Eléments Ensemble Matheus Marie-Nicole Lemieux (sop) Orlando Jennifer Larmore (mez) Alcina Veronica Cangemi (sop) Angelica Ann Hallenberg (mez) Bradamante Blandine Staskiewicz Medoro Philippe Jaroussky (ctnr) Ruggiero Lorenzo Regazzo (bass) Astolfo
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Este disco é uma amostra da série de CDs de Vivaldi lançado pela gravadora Naïve da França, e é altamente recomendado para os ouvintes que ainda não experimentaram essas gravações. O grupo de intérpretes é pan-europeu, com cantores franceses e instrumentistas italianos especial e fortemente representados, para que uma compilação como esta se saia bem na criação de uma visão artística unificada.
O Vivaldi resultante tende realmente a ser “furioso”, como proclama o título; é também extravagante, enérgico, dinamicamente extremo e, de todas as maneiras, dedicado a tornar Vivaldi um rebelde em seu tempo. As sinfonias e outras passagens instrumentais se juntam logicamente às árias de ópera em uma direção; há também boas seleções de alguns concertos grandes, mas obscuros, como o concerto de violino “Grosso Mogul”.
Trabalhos sagrados como os fabulosos e bem-sucedidos triunfos da oratória Juditha também estão representados. O elenco de cantores de todas as estrelas traz muitos histriônicos à música de Vivaldi, mas o que mais impressiona o ouvinte é como na maioria dos casos eles estão seguindo a direção dos instrumentistas e seus maestros, como Rinaldo Alessandrini e Ottavio Dantone. (ex-internet)
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Na verdade, tem razão um avaliador da Amazon: If you’re not the typical connoisseur of Classical music THIS CD IS FOR YOU! Pois é um CD variado e absolutamente encantador, um dos maiores sucessos do selo Archiv. Há excelência na interpretação de cada uma das peças e conheço muita gente boa que começou a ouvir música erudita por este LP de 1985, depois tornado CD. Porque o inexperiente que é esperto não quer saber de porcaria, quer carinho e atenção de primeira qualidade. Ninguém quer nada residual, né? E esta atenção é dada em fartas quantidades por Trevor Pinnock e seu English Concert.
(Nem que seja para mostrar para aquele seu sobrinho inteligente a fim de introduzi-lo neste mundo de leituras contraditórias).
Pachelbel: Canon & Gigue
Johann Pachelbel (1653-1706)
Canon and Gigue
for 3 violins and basso continuo in D major
Simon Standage • Micaela Comberti • Elizabeth Wilcock, violin
Anthony Pleeth, violoncello
Trevor Pinnock, harpsichord
1. Canon and Gigue in D major – 1. Canon The English Concert 4:31
2. Canon and Gigue in D major – 2. Gigue The English Concert 1:20
Antonio Vivaldi (1678-1741)
Sinfonia in G major
violin I (6), violin II (6), viola (3), violoncello (2), double bass (1), harpsichord
3. Sinfonia for Strings and Continuo in G, R.149 – 1. Allegro molto The English Concert 1:50
4. Sinfonia for Strings and Continuo in G, R.149 – 2. Andante The English Concert 1:48
5. Sinfonia for Strings and Continuo in G, R.149 – 3. Allegro The English Concert 2:31
Tomaso Albinoni (1671-1750)
Concerto a cinque, op. 9 no. 2 for solo oboe and strings in D minor
David Reichenberg, oboe
violin I (4), violin II (4), viola (3), violoncello (2), double bass (1), bassoon (I), harpsichord
6. Concerto a 5 in D minor, Op.9, No.2 for Oboe, Strings, and Continuo – 1. Allegro e non presto David Reichenberg 4:28
7. Concerto a 5 in D minor, Op.9, No.2 for Oboe, Strings, and Continuo – 2. Adagio David Reichenberg 3:59
8. Concerto a 5 in D minor, Op.9, No.2 for Oboe, Strings, and Continuo – 3. Allegro David Reichenberg 3:01
Henry Purcell (1659-1695)
Chacony in G minor
violin I (4), violin II (4). viola (3), violoncello (2), double bass (1), harpsichord
9. Ciacona in G minor The English Concert 5:23
George Frideric Handel (1685-1759)
The Arrival of the Queen of Sheba (Sinfonia from “Solomon”, Act III) in B flat major
oboe I/II, violin I (6), violin II (6), viola (3), violoncello (2), double bass (1), bassoon (1), harpsichord
10. Solomon HWV 67 – Arrival of the Queen of Sheba The English Concert 3:10
Charles Avison (1709-1770)
Concerto grosso no.9 in C major/A minor
(after Domenico Scarlatti: “Lessons for the Harpsichord”)
Concertino: Simon Standage • Elizabeth Wilcock, violin
Anthony Pleeth, violoncello
violin I (4), violin II (4), viola (3). violoncello (2). double bus (1), harpsichord
11. Concerto Grosso No.9 in A minor after “Lessons for the Harpsichord” by Domenico Scarlatti – 1. Largo The English Concert 2:13
12. Concerto Grosso No.9 in A minor after “Lessons for the Harpsichord” by Domenico Scarlatti – 2. Con spirito – Andante – Con spirito The English Concert 3:07
13. Concerto Grosso No.9 in A minor after “Lessons for the Harpsichord” by Domenico Scarlatti – 3. Siciliana The English Concert 3:19
14. Concerto Grosso No.9 in A minor after “Lessons for the Harpsichord” by Domenico Scarlatti – 4. Allegro The English Concert 3:44
Joseph Haydn (1732-1809)
Concerto for Harpsichord and Orchestra in D major
Trevor Pinnock, harpsichord
oboe I/II, horn I/II, violin I (4), violin II (4), viola (2), violoncello (2), double bass (1), bassoon (1)
15. Concerto For Harpsichord And Orchestra In D Major, Hob.XVIII:11 – 1. Vivace The English Concert 7:58
16. Concerto For Harpsichord And Orchestra In D Major, Hob.XVIII:11 – 2. Un Poco Adagio The English Concert 7:48
17. Concerto For Harpsichord And Orchestra In D Major, Hob.XVIII:11 – 3. Rondo All’Ungherese The English Concert 4:38
Anthony Pleeth
David Riechenberg
Micaela Comberti
Simon Standage
Elizabeth Wilcock
Vivaldi dizia sofrer terrivelmente de asma. Há controvérsias. Alguns inimigos o acusavam de fingir ser doente para não perder tempo preparando e conduzindo missas e dedicar-se apenas à música. Vivaldi afirmava que muitas vezes tinha que se retirar também de concertos em razão das frequentes crises. Mas, como poucos viam tais fatos acontecerem, ele acabou sendo denunciado pelo compositor Benedetto Marcello, seu inimigo, que chegou ao ponto de escrever um panfleto contra Vivaldi, alegando ser ele um fingido que não apenas não era doente como tinha amantes — o que realmente era um fato público. Toda Veneza sabia que ele não era nada adepto do voto de castidade. Novamente, em 1737, um sacerdote atacou-o pelo fato de não oficiar missas e por seu, digamos, estilo de vida. Mas, porra, deixem o Padre Vermelho compor! Ele era muito bom, como podemos ouvir neste CD de obras quase desconhecidas.
Antonio Vivaldi (1678-1741): As Sonatas para Flauta Transversa
Sonate en Fa majeur RV 52
01. I. Prelude
02. II. Allemande
03. III. Siciliano
04. IV. Allegro (Aria di Giga)
Sonate en Re mineur RV 49
05. I. Prelude
06. II. Preludio (Largo)
07. III. Siciliana (Adagio)
08. IV. Allegro (Sarabanda)
09. V. Allegro
Sonate en Mi mineur RV 50
10. I. Andante
11. II. Siciliano
12. III. Allegro
13. IV. Arioso
Sonate en Sol mineur RV 58
14. I. Prelude
15. II. Vivace
16. III. Alla breve (Fuga a capella)
17. IV. Largo
18. V. Allegro ma non presto
Sonate en Ut mineur RV 53
19. I. Adagio
20. II. Allegro
21. III. Andante
22. IV. Allegro
Sonate en Re majeur RV 48
23. I. Affettuoso
24. II. Allegro assai
25. III. Larghetto
26. IV. Allegro
Sonate en Sol mineur RV 51
27. I. Prelude
28. II. Largo
29. III. Allegro
30. IV. Andante
31. V. Allegro
XVIII-21 Musique des Lumieres
Jean-Christophe Frisch, flute traversiere baroque
Christine Plubeau, viole de gambe
Pascal Bouquet, archiluth
Claude Wassmer, basson baroque
Alessandro de Marchi, clavecin
In furore é a partitura ideal para qualquer soprano que está desejando um bom desafio. Além do triunfante virtuosismo desse moteto, acho que deve ser a energia comunicativa e radiante que ele inspira, o que faz com que seja um prazer realizá-lo. O Laudate pueri é uma daquelas raras obras em que me apaixonei loucamente e irremediavelmente à primeira vista. É a Jean-Claude Malgoire que devo essa emoção, e a descoberta de uma rica paleta vocal surpreendente em um compositor mais conhecido por sua música instrumental. Por anos eu senti uma profunda necessidade de gravar essas peças. Fiquei encantada por ter as condições ideais para realizar esse sonho pessoal, como um eco do sonho louco da Naïve: a Edição Vivaldi. (Sandrine Piau)
Vivaldi – In furore, Laudate pueri e concerti sacri Antonio Lucio Vivaldi (1678 – 1741) 01. Motetto RV 626 ‘In furore iustissimae’ – I. Aria ‘In furore iustissimae’ – Allegro 02. Motetto RV 626 ‘In furore iustissimae’ – II. Recitativo 03. Motetto RV 626 ‘In furore iustissimae’ – III. Aria ‘Tunc meus fletus’ – Largo 04. Motetto RV 626 ‘In furore iustissimae’ – IV. Alleluia – Allegro 05. Sinfonia in si minore RV 169 – I. Adagio molto 06. Sinfonia in si minore RV 169 – II. Allegro ma poco 07. Laudate pueri RV 601 – I. Laudate pueri – Allegro non molto 08. Laudate pueri RV 601 – II. Sit nomen Domini – Allegro 09. Laudate pueri RV 601 – III. A solis ortu – Andante 10. Laudate pueri RV 601 – IV. Excelsus super omnes – Larghetto 11. Laudate pueri RV 601 – V. Suscitans a terra – Allegro molto 12. Laudate pueri RV 601 – VI. Ut collocet eum – Allegro 13. Laudate pueri RV 601 – VII. Gloria Patri et Filio – Larghetto 14. Laudate pueri RV 601 – VIII. Sicut erat – Allegro 15. Laudate pueri RV 601 – VIIII. Amen – Allegro 16. Concerto RV 541 per violino e organo in re minore – I. Allegro 17. Concerto RV 541 per violino e organo in re minore – II. Grave 18. Concerto RV 541 per violino e organo in re minore – III. Allegro molto 19. Concerto RV 286 ‘per la Solennita di San Lorenzo’ – I. Largo molto e spiccato – Andante molto 20. Concerto RV 286 ‘per la Solennita di San Lorenzo’ – II. Largo 21. Concerto RV 286 ‘per la Solennita di San Lorenzo’ – III. Allegro non molto
Vivaldi – In furore, Laudate pueri e concerti sacri – 2005
Sandrine Piau & Accademia Bizantina
dir. Ottavio Dantone
Por gentileza, quando tiver problemas para descompactar arquivos com mais de 256 caracteres, para Windows, tente o 7-ZIP, em https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ e para Mac, tente o Keka, em http://www.kekaosx.com/pt/, para descompactar, ambos gratuitos.
. When you have trouble unzipping files longer than 256 characters, for Windows, please try 7-ZIP, at https://sourceforge.net/projects/sevenzip/ and for Mac, try Keka, at http://www.kekaosx.com/, to unzip, both at no cost.
Boa audição.
Avicenna
PS. – Acabei de descobrir que o companheiro FDP já postou esta obra, mas fiquei com dó de cancelá-la, tão bonita ela é!!!
Um bom CD da canadense Tafelmusik. É a típica coletânea barroca que a quase todos agrada. Apenas me parece que aqui temos uma obra bem superior às outras: o concerto grosso de Handel. Tal fato não condena os outros autores e obras, é apenas uma constatação curiosa. Quando entra o Handel, a sala se ilumina mais. Boa música para um domingo de tempo horroroso em Porto Alegre.
Vivaldi, Leo, J. S. Bach, Locatelli, Fasch e Handel: Concerti Virtuosi
Vivaldi – Concerto for 2 oboes in la minore RV.536
1. Concerto in A Minor for 2 oboes & strings, RV 536 : I. Allegro
2. Concerto in A Minor for 2 oboes & strings, RV 536 : II. Largo
3. Concerto in A Minor for 2 oboes & strings, RV 536 : III. Allegro
Leo – Concerto for violoncello in re minore 4. Concerto in D Minor for violoncello : I. Andante grazioso
5. Concerto in D Minor for violoncello : II. Col spirito
6. Concerto in D Minor for violoncello : III. Amoroso
7. Concerto in D Minor for violoncello : IV. Allegro
J.S.Bach – Concerto for oboe d’amore in G Major, after BWV100,170,30 8. Concerto for oboe d’amore in G Major, after BWV 100, 170 & 30 : I. Allegro
9. Concerto for oboe d’amore in G Major, after BWV 100, 170 & 30 : II. Adagio
10. Concerto for oboe d’amore in G Major, after BWV 100, 170 & 30 : III. Allegro
Locatelli – Concerto grosso in D Major, op.1, no.5 11. Concerto grosso in D Major Op.1 No.5 : I. Largo
12. Concerto grosso in D Major Op.1 No.5 : II. Allegro
13. Concerto grosso in D Major Op.1 No.5 : III. Largo
14. Concerto grosso in D Major Op.1 No.5 : IV. Allegro
Fasch – Concerto in C Minor for bassoon, 2 oboes & strings 15. Concerto in C Minor for bassoon, 2 oboes & strings : I. Allegro
16. Concerto in C Minor for bassoon, 2 oboes & strings : II. Largo
17. Concerto in C Minor for bassoon, 2 oboes & strings : III. Allegro
Handel – Concerto grosso in A Minor, Op.6. no.4 18. Concerto grosso in A Minor, Op.6 No.4 : I. Larghetto affettuoso
19. Concerto grosso in A Minor, Op.6 No.4 : II. Allegro
20. Concerto grosso in A Minor, Op.6 No.4 : III. Largo e piano
21. Concerto grosso in A Minor, Op.6 No.4 : IV. Allegro
Vivaldi – Concerto in E Minor for 4 violins, op.3, no.4 22. Concerto in E Minor for 4 violins, Op.3 No.4 : I. Andante
23. Concerto in E Minor for 4 violins, Op.3 No.4 : II. Allegro assai
24. Concerto in E Minor for 4 violins, Op.3 No.4 : III. Adagio
25. Concerto in E Minor for 4 violins, Op.3 No.4 : IV. Allegro
Andrés Segovia, Narciso Yepes, etc. Os espanhóis e o violão. Há que igualmente colocar no Olimpo Los Romeros, também chamada de A Família Real do Violão. O quarteto foi fundado em 1960 por Celedonio Romero. Três de seus filhos, Angel, Celin e Pepe tocavam com o pai desde os sete anos, formando o Quarteto. Então, eles desenvolveram certa experiência… Em 1957, já tinham ido para os EUA. Não gostavam muito de Franco. Moram lá até hoje. Em 1990, Angel deixou o quarteto, sendo substituído pelo filho de Celin, Celino. Celedonio Romero morreu em 1996. Entrou em seu lugar o filho de Angel, Lito.
Vamos à música. O Quarteto é requintado. São donos de uma habilidade e de uma competência extraordinária. Neste post temos a formação original, ainda com Celedonio. O fato é que é um CD muito bom. O repertório é maravilhoso — Vivaldi, Torroba, Scarlatti, Rodrigo (Concerto de Aranjuez e etc), Bizet (Carmen) entre outros, com obras originais para violão (ou violões) e transcrições. Boa apreciação!
Los Romeros – Celebração do Jubileu de Ouro
DISCO 01
Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741)
Concerto para 4 violões in B menor, RV 580*
01. Allegro
02. Largho Larghetto
03. Allegro
Celedonio Romero (1913-1996)
Noche en Málaga
04. Noche en Málaga Romantic Prelude
05. Romantic Prelude
Antonio Lucio Vivaldi (1678-1741)
Concerto para 2 violões em G maior, RV 532* 01. Allegro
02. Andante
03. Allegro
Manuel de Falla (1876-1946)El Sombrero de tres picos
04. Danza del corregidor
05. Danza del molinero
Joaquín Rodrigo (1901-1999) Concerto de Aranjuez*
06. Allegro con spirito
07. Adagio
08. Allegro gentile
Georges Bizet (1838-1875)
Suíte da Ópera Carmen
09. Prélude
12. Séguedille
13. Chanson bohème
14. Entr’acte
15. Chanson du toreador
Joaquín Rodrigo (1901-1999) Concerto Andaluz**
16. Tiempo de Bolero
17. Adagio
18. Allegretto
* San Antonio Symphony Orchestra
Victor Alessandro, regente
** Academy of St Martin in the Fields
Sir Neville Marriner, regente
Angel Romero, violão
Caledonio Romero, violão
Celin Romero, violão
Pepe Romero, vilão
Angelita Romero castanhetas in Sonatine trianera, El sombrero de tres picos and Carmen Suite
Stravinsky criou uma frase muito famosa: “Vivaldi não escreveu 477 concertos, ele escreveu o mesmo concerto 477 vezes”. Mas é somente uma frase de efeito, não podemos concordar com o russo. A frase de Stravinsky é genial porque contém ofensa e explicação. Isso porque Vivaldi é inconfundível e original apesar de seus concertos terem sempre a mesma estrutura. Então, de um ponto de vista moderno, talvez seja razoável dizer que ele fez sempre o mesmo concerto de forma diferente. 477 vezes. Por exemplo, este discos é sensacional. L’Arte dell’Arco é um conjunto brilhante e seu diretor, Frederico Guglielmo, infunde vigor e amor por Vivaldi nesses concertos. Antonio Vivaldi, sendo um padre falsamente celibatário, tinha um grande amor pela jovem virtuosa Anna Maria, possivelmente sua melhor aluna. A música virtuosística que ele escreveu para ela está entre as melhores que ele produziu, e esta gravação apresenta esses concertos com toda a devoção e refinamento que eles merecem. Anna Maria e Chiara foram duas das melhores alunas de Antonio Vivaldi. Elas eram órfãs no Ospedale della Pietà em Veneza — um orfanato estabelecido pela rica classe dominante com o objetivo de criar garotas que seriam úteis à sociedade do ponto de vista prático ou artístico. Vivaldi atuou como diretor musical de 1703 a 1715 e novamente de 1723 a 1740. Mais aqui.
Antonio Vivaldi (1678-1741): Seis Concertos para Anna Maria
Antonio Vivaldi: Violin Concerto in B minor, RV 387
1 I. Allegro
2 II. Largo
3 III. Allegro
Antonio Vivaldi: Violin Concerto in A major, RV 343
4 I. Allegro
5 II. [Largo]
6 III. Allegro
Antonio Vivaldi: Violin Concerto in D major, RV 229
7 I. Allegro
8 II. Largo
9 III. Allegro
Antonio Vivaldi: Violin Concerto in A major, RV 349
10 I. Allegro – Adagio – [Allegro]
11 II. Largo
12 III. Allegro ma poco
Antonio Vivaldi: Violin Concerto in D minor, RV 248
13 I. Allegro
14 II. Largo – Presto – Adagio – [Presto] – Largo
15 III. Allegro ma non molto
Antonio Vivaldi: Violin Concerto in B flat major, RV 366, “Il Carbonelli”
16 I. Allegro
17 II. Adagio
18 III. Allegro
Um disco leve e divertido. Aqui, a super virtuose Petri dá um banho de competência ao lado de seu parceiro habitual Lars Hannibal — que não é Lecter. O que Petri faz é impressionante. Jamais imaginei que fossem possíveis tantos efeitos quanto os obtidos na obra de Kupkovič, por exemplo. Mas Petri não é só hábil. Ela sabe fazer música para lá de sua demoníaca forma de tocar. Um belo CD para você esquecer seu (sua) chefe e se alegrar após um dia de trabalho daqueles.
Telemann (1681-1767). J.S. Bach (1685-1750), Koppel (1944), Krähmer (1795-1837), Vivaldi (1678-1741), Ibert (1890-1962), Kupkovič (1928), Jacob (1895-1984): Souvenir – Musica para Flauta Doce e Alaúde / Violão
Georg Philipp Telemann (1681 – 1767): Sonata in D Minor / d-moll / ré mineur for Alto Recorder and Continuo
1 Affetuoso 1:52
2 Presto 3:34
3 Grave 0:54
4 Allegro 3:09
Johann Sebastian Bach (1685 – 1750): Partita in C Minor / c-moll / ut mineur, BWV 1013, or Alto Recorder (Flute)
5 Allemande 2:31
6 Corrente 2:25
7 Sarabande 4:13
8 Bourrée anglaise 2:34
Thomas Koppel (b.1944): Nele’s Dances for Recorder and Lute
9 I Know You Are Crossing the Borders Somewhere 2:09
10 And I Know You Are Remembering, You Distant Boy 2:51
11 And I’m Still Feeling You in My Arms 1:47
12 In Front of the Castle With No Doors 1:45
13 Where the Living Dead Are Dancing 1:54
14 There I Dance My Dance on Black Feet 3:38
15 And Later On, In the Place That No One Knows 2:09
16 I Give Birth to the Warm Fruit of Our Love 0:58
17 And the Wild Foals Leave the Folds 0:35
18 In a Symphony of Galloping Hooves 0:54
19 Ernest Krähmer (1795 – 1837): Introduction, Theme, and Variations, Op, 32, for Soprano Recorder and Guitar 10:46
Antonio Vivaldi (1678 – 1741): Sonata in G Major / G-dur / sol majeur, RV 59, for Soprano Recorder and Continuo
20 Preludio – Largo 1:44
21 Allegro ma non presto 2:53
22 Pastorale 3:22
23 Allegro 1:45
24 Jacques Ibert (1890 – 1962): Entr’acte for Sopranino Recorder (Flute) and Guitar 3:00
25 Ladislav Kupkovič (b.1928) / arr. Petri: Souvenir for Sopranino Recorder (Violin) and Guitar (Piano) 4:06
26 Gordon Jacob (1895 – 1984): An Encore for Michala for Alto Recorder and Guitar 2:19
Michala Petri, flauta doce
Lars Hannibal, alaúde / violão
Falemos sério, por favor. O acervo de Vivaldi de nosso blog é arrasador. Eu e FDP nos alternamos divulgando CDs uns melhores que os outros. Hoje, agrego mais um campeão. A Academy for Ancient Music Berlin ou Akademie Für Alte Musik Berlin realiza um trabalho impecável nestes Concertos Duplos de Vivaldi. É uma manhã dominical numa Veneza cheia de luz e amizade. Esqueça todas as iniquidades, todos as buzinas, a falta de grana e o resto, pois todos têm seus dramas, mesmo que seja um iate com vazamento ou um amigo drogado que vendeu o Mercedez que ganhou de você e agora anda de Chevette. Ouça o CD, depois pegue seu filho, cachorro, dê um beijo em sua mulher e leve todos para passear pensando que o mundo é perfeito.
Antonio Vivaldi (1678-1741): Double Concertos
Concerto grosso RV 156 en sol mineur / G minor / g-moll
1 Allegro 2’47
2 Adagio 1’52
3 Allegro 1’37
Double Concerto RV 535 en ré mineur / D minor / d-moll
4 Largo – Allegro 3’16
5 Largo 2’36
6 Allegro molto 2’29
Concerto pour violon RV 265 en Mi majeur / E major / E-dur
(“L’Estro armonico” op.3 n°12)
7 Allegro 3’10
8 Largo 4’02
9 Allegro 2’18
Double Concerto RV 531 en sol mineur / G minor / g-moll
10 Allegro 3’30
11 Largo 4’11
12 Allegro 3’08
Double Concerto RV 522 en la mineur / A minor / a-moll
13 Allegro 3’09
14 Larghetto e spiritoso 3’39
15 Allegro 2’48
Concerto grosso RV 574B en Fa majeur / F major / F-dur
16 Allegro 4’20
17 Grave 3’41
18 Allegro 3’39
Carolyn Sampson – Soprano
Susan Gritton – Soprano
Joanne Lunn – Soprano
Joyce DiDonato – Mezzo Soprano
Nathalie Stutzmann – Contralto
Choir of The King´s Consort
The King´s Consort
Robert King – Conductor
Carolyn Sampson – Soprano
Joanne Lunn – Soprano
Joyce DiDonato – Mezzo Soprano
Tuva Semmingsen – Mezzo Soprano
Robin Blaze – Countertenor
Hilary Summers – Contralto
Choir of The King´s Consort
The King´s Consort
Robert King – Conductor