Beethoven (1770-1827): Piano Concerto No.3 / Sibelius (1865-1957): Symphony No.5

Meus amigos raramente acreditam quando eu digo que não conheço pessoalmente FDP Bach. Porém é verdade, nunca o vi. Temos horas e horas de encontros e desencontros no MSN e alguns minutos de telefone. O resto foram e-mails e posts. É um cara de fala tranquila, muito gentil e sua saída é uma considerável perda, mas vamos lá.

Ainda meio zonzo com a notícia, posto o chamado The Legendary Berlin Concert, gravado ao vivo em 26 de maio de 1957. Parece até uma homenagem ao FDP, que gosta tanto de gravações históricas, mas era apenas a próxima da fila. Abaixo, podemos ler Karajan rasgando seda para Gould e recebendo a contrapartida:

This Beethoven Concerto was a masterly achievement that very few artists will duplicate in our own lifetime. When i heard Gould play, I felt as if I was playing myself, for his performance was exactly in line with my own view of the music.
Herbert von Karajan (on the concerto)

I had retreated into the recording cabin, which was separated from the stage by a glass panel. From that vantage point, I could see Karajan’s face and could connect his ecstatic expressions with the music. As you know, Karajan tends to conduct with his eyes closed, especially in Late Romantic works, and he makes remarkably convincing choreographic movements with his baton. The effect of all this was one of the most profound musical and dramtic experiences of my life.
Glenn Gould (on the symphony)

A capa do CD é linda e… Curti o concerto, contudo, a sinfonia… Minha humilde gravação da Naxos dá de dez!

Beethoven: Concerto para Piano Nº 3
1. Piano Concerto No.3 in C minor, Op.37 – 1. Allegro con brio – Cadenza
2. Piano Concerto No.3 in C minor, Op.37 – 2. Largo
3. Piano Concerto No.3 in C minor, Op.37 – 3. Rondo (Allegro)

Sinfonia Nro. 5, Op. 82
1. I. Tempo Molto Moderato – Allegro Moderato – Presto
2. II. Andante Mosso, Quasi Allegretto
3. III. Allegro Molto – Un Pochettino Largamente

Glenn Gould, piano
Berliner Philharmoniker
dir. Herbert von Karajan

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PQP

Jean Sibelius (1865-1957): Sinfonia No. 7 em C, Op. 105 / Johannes Brahms (1833-1897): Sinfonia No. 4 in E menor, Op. 98

Digamos que eu tivesse que escolher as dez maiores gravações que ouvi até hoje. Talvez não precisasse pensar muito nas primeiras três ou quatro e uma delas seria o incrível vinil onde Yevgeny Mravinsky rege a Sinfonia Nº 7 de Sibelius e a Música para Cordas, Percussão e Celesta de Bartók. Gosto tanto daquele disco com gravações de 1965 que nunca procurei os CDs correspondentes. Qual não foi minha surpresa ao ver no blog O Ser da Música a gravação de 1965 da obra de Sibelius, acompanha da Sinfonia Nº 4 de Brahms. Não sei de onde o Carlinus tirou este CD, interessa-me mais sua declaração:

Afirmo ousada e destemidamente que Yevgeny Mravinsky é o grande nome da regência no século XX. (…) Tudo aquilo que Yevgeny punha as mãos para reger, transformava-se em arte imorredoura. Um exemplo são as duas sinfonias deste post, uma de Sibelius e outra de Brahms. Não sou de ouvir a mesma música duas vezes seguidas, mas confesso que fiz isso no dia de hoje ao ouvir este registro. Detalhe: é preciso ouvir estas duas peças com um volume do som um pouco “alto” para perceber a maravilha que era o casamento Mravinsky-LPO.

E eu concordo com ele. Mravinsky foi um grande gênio, mesmo para este ouvinte que costuma fazer questão de gravações modernas em razão da qualidade de som. Há tosses em meio à gravação e o som da orquestra não é o que poderia ser, mesmo para uma gravação de 1965. Mas a interpretação… É indescritível! O destaque dado ao solo de trombone na Sinfonia de Sibelius, o primeiro movimento de Brahms… Dizer o quê? Ah!

Devo dizer que espero que uma boa alma me aponte onde está a gravação da Música de Bartók por Mravinsky. Por favor! (Afinal, este foi o motivo de eu ter repetido o post do Ser da Música aqui no PQP).

Importante: a Sinfonia de Sibelius é contínua, são cinco movimentos interligados. Aliás, nem se nota quando passamos de um para outro. Desta forma, ela sempre é apresentada em apenas uma faixa, OK?

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Jean Sibelius (1865-1957) – Sinfonia No. 7 em C, Op. 105 (Live 1965)
01. Adagio — Un Pochettino Meno Adagio — Poco Rallentando All’Adagio — Allegro Molto Moderato — Vivace

Johannes Brahms (1833-1897) – Sinfonia No. 4 in E minor, Op. 98 (Live 1973)

02 Allegro Non Troppo
03 Andante Moderato
04 Allegro Giocoso, Poco Meno Presto, Tempo
05 Allegro Energico E Passionato, Più Allegro

Leningrad Philharmonic Orchestra
Yevgeny Mravinsky, regente

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PQP

Arnold Schoenberg (1874 – 1951): Concerto para Violino

O concerto para violino de Schoenberg é uma das obras mais importantes da música e é um absurdo que seja tão desconhecida do público. Esta obra foi escrita logo após a chegada do compositor aos Estados Unidos, no começo dos anos 1930. O mestre deixou seu país devido ao delírio nazista, talvez por isso esta obra seja tão angustiada. Obra dificílima e totalmente dodecafônica. Mas quem seria louco pra dizer que este concerto é frio ou artificial? Se não me falha a memória a obra é retratada por Thomas Mann no seu famoso livro Doutor Fausto como obra de seu personagem principal, Adrian Leverkühn.

Mesmo assim, é raríssimo encontrar um disco com este concerto para violino. Só existem gravações relativamente antigas. Alguns dizem que pelo fato de exigir “seis dedos na mão esquerda”, o músico fica intimidado. Ora, só por isso? Bem, já que a maioria dos marmanjos treme ao desafio, só mesmo uma bela garota como Hilary Hahn para trazer esta obra-prima à tona.

A outra obra do disco é o já manjado concerto de Sibelius que, para ser sincero, ainda não ouvi. Na verdade, depois da gravação de Heifetz, não ouço esta peça com mais ninguém.

1. Violin Concerto, Op.36 – 1. Poco Allegro
2. Violin Concerto, Op.36 – 2. Andante grazioso
3. Violin Concerto, Op.36 – 3. Finale. Allegro
4. Violin Concerto in D minor, Op.47 – 1. Allegro moderato
5. Violin Concerto in D minor, Op.47 – 2. Adagio di molto
6. Violin Concerto in D minor, Op.47 – 3. Allegro, ma non tanto

Violin: Hilary Hahn
Swedish RSO
Conductor Esa-Pekka Salonen

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Jean Sibelius (1865-1957) – Integral das Sinfonias (CD 5 de 5)

E este é o final de mais uma integral que publicamos no blog. A caixinha da EMI termina com uma gravação mais antiga (de 1981, quando Rattle tinha 26 anos) da Sinfonia Nro. 5. É um CD bônus cuja existência me parece justificada, pois há boa diferença entre este e o outro registro, realizado apenas seis anos depois.

Disc: 5

Sinfonia Nro. 5, Op. 82
1. I. Tempo Molto Moderato – Allegro Moderato – Presto
2. II. Andante Mosso, Quasi Allegretto
3. III. Allegro Molto – Un Pochettino Largemente

City of Birmingham Symphony Orchestra
Simon Rattle

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Jean Sibelius (1865-1957) – Integral das Sinfonias (CD 4 de 5)

Depois do comentário escrito por Adolf Hitler na postagem anterior de Sibelius, apresso-me a postar o quarto volume. Antes, li felicíssimo a repercussão da atuação de Rattle em Berlim. Ele prometeu que ia mudar o repertório da orquestra e o está fazendo. Nos 44 concertos deste ano, há poucos Beethoven e Mozart, mas muitas obras modernas e músicas – antigas e novas – pouco ouvidas. Um show de equilíbrio. Ele retirou da Orquestra de Berlim a obrigação de palmilhar sempre a mesma via crucis de compositores.

Mas há críticos pedindo sua cabeça e alguns músicos da orquestra também. De forma equivocada e ignorante, falam que sua interpretação é um lixo… Provavelmente, Sir Simon não durará muito; mas talvez fique mais do que de Boulez antes de ser defenestrado de Nova Iorque pelos conservadores. Qualquer dia desses a Filarmônica de Berlim voltará a focar os alemães clássico-românticos. Porém, antes, teremos alguma diversão.

Bem, mas este é o melhor CD da coleção de Sibelius e um dos grandes discos que possuo. Sim, claro, a música ajuda. São as duas melhores sinfonias do muuuuito misterioso – como escreveu-me um amigo – Sibelius. Há algo na Sinfonia Nro. 5 que deixa meu duro coração sem lágrimas à flor da pele, quase se desmanchando de emoção. São três movimentos com temas bastante rarefeitos, mas belos, belos, belos e orquestrados estupendamente. A CBSO e Rattle não interpretam, mas parecem autenticamente criar a Sinfonia. O final da Quinta sempre me deixou obcecado e já sonhei várias vezes que – músico de uma orquestra qualquer – o errava lamentavelmente.

A execução da Sétima fica a alguns centímetros de Mravinski, que parece ter resolvido melhor o fato de ser uma música de cinco movimentos sem interrupções e, se Rattle ganha em colorido sonoro e no controle da orquestra, perde na qualidade do trombonista e nas passagens de um movimento a outro.

Um disco obrigatóriio, mesmo para quem não admira Sibelius.

Disc: 4

Sinfonia Nro. 5, Op. 82
1. I. Tempo Molto Moderato – Allegro Moderato – Presto
2. II. Adante Mosso. Quasi Allegretto
3. III. Allegro Molto – Un Pochettino Largemente

4. Kualema – Scene With Cranes, Op. 44

Sinfonia Nro.7, Op. 105
5. I. Adagio –
6. II. Un Pochettino Meno Adagio – Vivacissimo – Adagio –
7. III. Allegro Molto Moderato –
8. IV. Vivace – Presto – Adagio

9. Night Ride and Sunrise, Op. 55

City of Birmingham Symphony Orchestra
Simon Rattle

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Jean Sibelius (1865-1957) – Integral das Sinfonias (CD 3 de 5)

Tenho poucas gravações destas duas sinfonias de Sibelius. Uma versão é a Karajan e outra é a de Leaper para a Naxos. Rattle parece ser bastante mais compreensivo para com as brumas e o estranho mundo de Sibelius. Orienta-se melhor dentro dele. Como o finlandês faz muitas vezes uma música sem movimento, é fundamental aquela atenção debussiana para o som produzido. E aqui Rattle e sua ex orquestra, a CBSO, dão um show. Gosto especialmente dos últimos movimentos das sinfonias presentes neste CD, assim como do desconhecido poema sinfônico The Oceanides. Altamente recomendável para depressões leves e desaconselhável para quem está à beira do abismo.

Disc: 3

Sinfonia Nro. 4, Op. 63
1. I. Tempo Molto Moderato, Quasi Adagio
2. II. Allegro Molto Vivace
3. III.II Tempo Largo
4. IV. Allegro

Sinfonia Nro.6, Op. 104
5. I. Allegro Molto Moderato
6. II. Allegretto Moderato
7. III. Poco Vivace
8. IV. Allegro Molto

9. The Oceanides (Aallottaret), Op.73

City of Birmingham Symphony Orchestra
Simon Rattle

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Jean Sibelius (1865-1957) – Integral das Sinfonias (CD 2 de 5)

As justas críticas recebidas pelo volume 1 desta coleção deverão diminuir muito na segunda parte de nossa empreitada sibeliana. Rattle faz uma contemplativa e tranqüila abordagem da Sinfonia Nº 2, uma das mais adequadas que ouvi. Talvez a opção de não ser tão especular assuste alguns desacostumados. Já a terceira é uma sinfonia que não me satisfaz. Tem lá seus momentos, mas parece-me uma longa – e boa – preparação para algo que não acontece. Ainda mais depois de ouvir, ontem à noite, duas que são absolutamente o máximo, da autoria de seu agitado vizinho Nielsen. É decididamente um período sinfônico de minha vida e pretendo postar a integral de Shosta, Sibelius, Nielsen e Mahler. Só gente parruda.

Porém, repito: o registro que Rattle faz da segunda sinfonia é tão acertado quando casar com a belíssima mezzo-soprano Magdalena Kožená, atual Sra. Sir Simon. Por uma perversão inteiramente normal em pessoas de meu sexo, sempre que vejo uma bela cantora lírica, imagino se seus gemidos seriam ou não impostados. O que vocês acham?

Simon Madge

Os tablóides ingleses não cansam de escrever que ela tem 18 anos a menos que Rattle. Então, outra pergunta: um cara de 53 anos que casa com uma de 35 deve ser classificado como pedófilo? Não, por favor, esqueçam!

Respondam apenas à primeira pergunta, muito mais interessante e antropológica.

Disc: 2

Sinfonia Nro. 2
1. I. Allegretto
2. II. Temp Andante, Ma Rubato
3. III. Vivacissimo
4. IV. Finale: Allegro Moderato

Sinfonia Nro. 3
5. I. Allegro Moderato
6. II. Andantino Con Moto, Quasi Allegretto
7. III. Moderato – Allegro, Ma Non Tanto

City of Birmingham Symphony Orchestra
Simon Rattle

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Jean Sibelius (1865-1957) – Integral das Sinfonias (CD 1 de 5)

Uma grande orquestra, um grande regente e um concerto impossível de ouvir após acostumar-se a Jascha Heifetz. Não gosto muito da Primeira de Sibelius e sua compensação, o Concerto, não satisfaz por causa da citada gravação de Heifetz. Comparado a Heifetz, Nigel Kennedy parece hesitante, por pouco não comendo notas… Tsc, tsc, tsc.

Disc: 1

Sinfonia No. 1 in E minor, Op. 39 (1898)
1. I. Allegro, Ma Non Troppo – Allegro Energico – City Of Birmingham Symphony Orchestra
2. II. Andante, Ma Non Troppo Lento – City Of Birmingham Symphony Orchestra
3. III. Scherzo: Allegro – City Of Birmingham Symphony Orchestra
4. IV. Finale: Quasi Una Fantasia (Adente-Allegro Molto) – City Of Birmingham Symphony Orchestra

Concerto para Violino e Orquestra, Op. 47 (1903)
5. I. Allegro Moderato – City Of Birmingham Symphony Orchestra
6. II. Adagio Di Molto – City Of Birmingham Symphony Orchestra
7. III. Allegro, Ma Non Tanto – City Of Birmingham Symphony Orchestra

Nigel Kennedy, violino
CBSO
Simon Rattle

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Grieg (1843-1907), Nielsen (1865-1931), Sibelius (1865-1957) – Intimate Voices (Voces Intimae)

Dentro as novidades que ouvi em 2007, esta foi o melhor CD de todas. Quando ganhei de presente o excelente calhamaço “1001 Classical Recordings You Must Hear Before You Die”, fiquei impressionado com a beleza do livro e, de forma um tanto sacana, resolvi procurar um grande CD que não estivesse ali. Fui direto atrás do Intimate Voices do Emerson String Quartet e ele estava lá, na página 575… (o livro é de 2008). Passei e respeitar o livro que, depois vi, tinha textos extraordinários e é muito informativo. Aliás, virou meu livro de cabeceira.

Pois bem, o assunto principal do CD é o quarteto de Sibelius, mas quem rouba a cena é Grieg.

Seu quarteto é o melhor do disco e o Emerson resolveu colocá-lo em primeiro lugar para tivéssemos logo o choque. Mas a história da composição de Sibelius é mais interessante. Situado cronologicamemente entre a terceira e quarta sinfonias, marca um período em que o compositor lutava contra um câncer na garganta (1909). Sibelius venceu o câncer através de várias operações. Durante aquele difícil período, produziu obras bem fechadas. Os quartetos preferem ignorar a existência deste estranho e íntimo quarteto, mas o Emerson abraça a causa e demonstra não ser ela perdida. A interpretação, grave e respeitosa, está como deve ser.

Já o único quarteto de Grieg nos deixa encantado com seu início raivoso, interrompido com episódios melodiosos. Aliás, estes os únicos quartetos de cordas de ambos. Sibelius tinha mais dois, mas destruiu-os. A peça de Grieg é fácil de assimilar e é estranho que seja em tom menor, tal sua alegria. A dança do segundo movimento e o vivaz final valem várias audições, mas nada como o belíssimo primeiro movimento. O Nielsen deste disco não compromete o trabalho, mas é apenas simpático.

Edvard Grieg – Quarteto de Cordas, Op. 27
1. I. Un Poco Andante-Allegro Molto Ed Agitato
2. II. Romanze: Andantino
3. III. Intermezzo: Allegro Molto Marcato-Piu Vivo Scherzando
4. IV. Finale: Lento-Presto Al Saltarello

Carl Nielsen – Ved en ung kunstners baare, Op. 58
5. Ved En Ung Kunstners Baare, Op.58

Jean Sibelius – Quarteto de Cordas, Op. 56 “Voces Intimae”
6. I. Andante-Allegro Molto Moderato
7. II. Vivace
8. III. Adagio Di Molto
9. IV. Allegretto (Ma Pesante)
10. V. Allegro

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Jean Sibelius (1865–1957) – Sinfonias Nos. 2 & 7

Atendendo a pedidos, postamos a Sinfonia Nº 2 de Sibelius. Dentre as sinfonias do finlandês, a segunda sinfonia não é uma das preferências de P.Q.P. Bach, que prefere as de Nº 4, 5 e 7. Para sua alegria, há um CD da Naxos onde a segunda vem acompanhada da maravilhosa sétima, apesar de que a gravação que mora nos ouvidos de PQP é uma antiga, a cargo do grande Evgueni Alexandrovitch Mravinski (1903-1988), junto à Filamônica de Leningrado, na qual o trombonista dá um show de competência. Aliás, acho que nesta gravação o engenheiro de som achatou o trombonista, que executa o principal tema desta vertiginosa sinfonia em um movimento.

O registro de Leaper não é nada ruim – longe disso! – e, como só tenho a gravação de Mravinski em glorioso vinil (que cuido com todo o carinho), fiquemos com ela.

Symphony No. 2 in D major, Op. 43
Performed by:Slovak Philharmonic Orchestra
Conducted by:Adrian Leaper

I. Allegretto – Poco allegro – Tranquillo, ma poco a poco revvivando il tempo al allegro 10:05
II. Tempo andante, ma rubato – Andante sostenuto 13:50
III. Vivacissimo – Lento e suave – Largamente 6:00
IV. Finale: (Allegro moderato) 13:21

Symphony No. 7 in C major, Op. 105
Performed by:Slovak Philharmonic Orchestra
Conducted by:Adrian Leaper

V. Symphony No. 7 in C major, Op. 105 20:25

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Jean Sibelius (1865–1957) – Concerto para Violino e Orquestra, Op.47

Existem violinistas e violinistas, ou generalizando, músicos e músicos. Alguns com certo talento até conseguem sucesso, de público e crítica. Mas assim como eles vêm, vão. São vários os casos de pequenos mozarts se transformarem em zé-ninguéns, a indústria fonográfica investe em jovens talentos, para no final eles caírem no ostracismo. Por culpar de quem? Não sei… talvez da voragem da mesma, da exigência do público e da crítica, ou incompressão de todos… sei lá. Digo isso pois a postagem que coloco a seguir é a de um grande violinista – que também foi um pequeno Mozart virtuose, e para muitos o maior de todos os tempos – tocando uma música maravilhosa, porém, inexplicavelmente pouco executada. O resultado dessa soma de talentos é algo excepcional. Já se discutiu aqui à exaustão a questão do gosto nas execuções, mas existem as unanimidades. E Jascha Heifetz é uma unanimidade. Pode-se criticar sua forma de tocar quase cerebral, insensível (?????), se preocupando apenas com a exatidão, com a precisão, muito meticuloso, e se esquecendo de expor a alma da música (particularmente considero isso tudo bobagem, mas quem sou eu para criticar?). Mas não se pode negar sua paixão por aquilo que fazia… e como fazia.

Dentro da idéia de duelo que propus em postagem anterior, Heifetz/Oistrack estou postando abaixo o concerto para violino de Sibelius, peça de um encanto único, um retrato da longínqüa Finlândia, e executado aqui com maestria e exuberância por Jascha Heifetz, esse gigante do violino do século XX. Deixo a critério de vocês a análise da obra e da execução. Nessa gravação ele é acompanhado pela Orquestra Sinfônica de Chicago, regida por Walter Hendl. Fico devendo a informação sobre o ano dessa gravação.

Concerto para Violino e Orquestra, Op. 47, de Jean Sibelius

1. Conc in d, Op. 47: Allegro Moderato – Chicago SO/Walter Hendl
2. Conc in d, Op. 47: Adagio Di Molto – Chicago SO/Walter Hendl
3. Conc in d, Op. 47: Allegro/Ma Non Tanto – Chicago SO/Walter Hendl

Performer: Jascha Heifetz (Violin)
Conductor: Walter Hendl
Orchestra: Chicago Symphony Orchestra
Period: Romantic
Written: 1903-1905; Finland
Date of Recording: 01/1959
Venue: Orchestra Hall, Chicago
Length: 26min43s

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