O quinto CD desta série traz uma monte de obras-primas do barroco. Para começar, quem conhece o filme A Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick, logo reconhecerá o Prelúdio, faixa 3. Logo depois, temos a belíssima Music for a while (8) e, como se não bastasse, a faixa 11 é Retir’d from any mortal’s sight, aqui em interpretação linda de morrer de Emma Kirkby. E o que dizer da cômica At the close of the ev’ning?
Imagine os filmes mais estúpidos de Hollywood que você possa imaginar: filmes de ação cafonas, comédias fofinhas e sem graça, grandes épicos xaroposos. Agora imagine que um dos maiores compositores vivos trabalhando para eles, produzindo trilhas musicais surpreendentes, assustadoramente belas e emocionantes para esses filmes descartáveis. É isso que você obtém com este conjunto: música que Henry Purcell compôs para cerca de duas dúzias de peças, muitas vezes totalmente esquecíveis, outras não, pois, ocasionalmente, ele se juntava a um dramaturgo digno de sua estatura como John Dryden, Aphra Behn ou William Congreve. Nestes casos, os resultados são ainda melhores, mas na maioria das vezes você pode — e deve — curtir a música aqui sem saber nada sobre as peças originais…
CD5:
The Libertine, or, the Libertine Destroyed, incidental music, Z. 600
01. Nymphs and shepherds
02. We come
03. Prelude
04. Prepare, prepare, new guests draw near
05. To arms, heroic prince
The Massacre of Paris, incidental music, Z. 604
06. Thy genius, Io (2 settings)
Oedipus, incidental music, Z. 583
07. Hear, ye sullen powers below
08. Music for a while
09. Come away, do not stay … Laius! Hear, hear
10. Overture for 2 violins, viola & continuo in D minor, Z. 771
The History of King Richard II, or, The Sicilian Usurper, incidental music, Z. 581
11. Retir’d from any mortal’s sight
Sir Barnaby Whigg, or, No Wit Like a Woman’s, incidental music, Z. 589
12. Blow, blow, Boreas, blow
Sophonisba, or Hannibal’s Overthrow, incidental music, Z. 590
13. Beneath the poplar’s shadow
The English Lawyer, incidental music, Z. 594
14. My wife has a tongue
A Fool’s Preferment, or, The Three Dukes of Dunstable, incidental music, Z. 571
15. I sigh’d, and I pin’d … There’s nothing so fatal as woman
16. Fled is my love … ‘Tis death alone … I’ll mount to yon blue Coelum
17. I’ll sail upon the Dog-star
18. Jenny, ‘gin you can love
19. If thou wilt give me back my love
The Indian Emperor, or, The Conquest of Mexico, incidental music, Z. 598
20. I look’d, and saw within
The Knight of Malta, incidental music, Z. 599
21. At the close of the ev’ning
Why, my Daphne, why complaining? (A Dialogue between Thirsis and Daphne), song for soprano, bass & continuo, Z. 525
22. Why, my Daphne, shy complaining
The Wives’ Excuse, or, Cuckolds Make Themselves, incidental music, Z. 612
23. Ingrateful love!
24. Hang this whining way of wooing
25. Say, cruel Amoret … Corinna, I excuse thy face
Cleomenes, the Spartan Hero, incidental music, Z. 576
26. No, no, poor suff’ring heart
Regulus, or, the Faction of Carthage, incidental music, Z. 586
27. Ah me! to many deaths
The Marriage-Hater Match’d, incidental music, Z. 602
28. As soon as the chaos … How vile are the sordid intregues
Sopranos: Elizabeth Lane, Emma Kirkby, Joy Roberts, Judith Nelson, Prudence Lloyd
Countertenor: James Bowman
Tenors: Alan Byers, Julian Pike, Martyn Hill, Paul Elliott, Peter Bamber, Rogers Covey-Crump
Basses: Christopher Keyte, David Thomas, Geoffrey Shaw, Michael George
The Taverner Choir
Chorus Director: Andrew Parrott
Academy of Ancient Music
Conductor: Christopher Hogwood
PQP




















Estamos no último minuto do 18 de outubro, e ainda em tempo de celebrar o septuagésimo quinto aniversário do Sr. Nelson José Pinto Freire, nascido no rio Grande, não o Rio Grande donde eu venho, mas o que banha a pacata Boa Esperança das Minas Gerais, um cidadão do mundo, e certamente um dos compatriotas que nunca nos deixará sem respostas se alguém nos perguntar o que de bom tem o Brasil, além de butiás e jabuticabas. Parabenizamos o célebre Sr. Freire e abraçamos o gentil Nelsinho, alcançando-lhe nossa gratidão pela longa e profícua carreira, que não para de nos trazer alegrias nessas já tantas décadas que o veem elencado entre os maiores pianistas em atividade. Além do quilate artístico, o mineirinho Nelson é um amor de criatura, ouro maciço. Discreto, caseiro e reservado, vive para a arte e para os amigos. Agora há pouco cheguei a brincar com os companheiros de blog, imaginando-o a bebemorar seu aniversário, entre um cigarro e outro, com a grande amiga Martha Argerich, 



























