Heitor Villa-Lobos (1887 – 1959) – Quartetos de Cordas I – reload

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Se for mesmo brasileiro, você baixará, ouvirá e comprará este grande CD que atualmente pode ser obtido inclusive em mp3. O Quarteto Bessler-Reis realiza notável trabalho interpretando os quartetos de Villa. Não é um CD rotineiro ou esquecível, é algo que demonstra perfeita intimidade com a obra, algo de que deveríamos nos orgulhar de ter após tantas gravações insatisfatórias – às vezes desafinadas – de nosso maior compositor. Certamente, esta é uma das melhores postagens que realizamos até hoje. Abaixo, copiei para vocês o excelente texto de Michel Bessler que retirei do site da Kuarup. (Link fora do ar atualmente)

Villa-Lobos é, sem dúvida, o mais importante e o mais conhecido compositor brasileiro da chamada música clássica. Soube como pouquíssimos outros refletir o jeito musical de sua gente, criando uma vastíssima obra de dimensão nacional e universal.

Durante muitos anos, Villa-Lobos foi conhecido pelo esplendor tropical e selvagem de suas grandes massas sonoras. Obras como o “Amazonas” e o “Uirapuru” se notabilizaram por esse caráter pujante e grandioso. Sua gravação das Bachianas Brasileiras na França acrescentou a esta imagem sinfônica, contrastada apenas por sua obra para violão solo, popularizada por Segóvia, e para piano, lançada por Rubinstein.

É pois bastante recente o interesse pela produção villa-lobiana de câmara, apesar desta abranger um terço de toda a sua obra, que conta oficialmente com 1.500 partituras já catalogadas (e outras 300 de que se tem notícia porém não se localizou a parte escrita). São 27 duos, sete trios, 20 quartetos, quatro quintetos, dois quintetos duplos, dois sextetos, dois septetos, três octetos, um noneto, e uma infinidade de peças avulsas para canto com acompanhamento, pequenas formações orquestrais e/ou corais, e suas obras para piano solo (229 peças) e violão solo (41 peças). Além da obra pianística e violonística, dos Choros e Bachianas de câmara e das canções mais conhecidas, esta gravação da integral dos seus 17 Quartetos de Cordas tem contribuído para desvendar este “outro lado de Villa-Lobos.”

O interesse do Quarteto Bessler-Reis pelos Quartetos de Villa-Lobos existe desde sua criação em 1978, quando buscava um autor brasileiro que reforçasse a identidade do conjunto. Chegou a gravar o 1º e o 5º pela EMI-Odeon, e o registro da integral sempre foi seu desejo desde esta época.

A associação com a Kuarup, que já editara os Choros de Câmara, a Obra Completa para Violão, e diversas outras peças do Villa, acabou viabilizando o projeto, que está saindo na Europa pela Chant du Monde.

Neste mergulho dentro da obra deste compositor absolutamente original, no início tudo estava por se descobrir. A própria cultura quartetística, primordialmente haydniana, serviu pouco para compreender e transmitir a linguagem musical deste louco genial, apesar dos quartetos de Haydn terem sido o estopim de sua paixão pelo gênero.

A primeira leitura das partituras (acadêmicas na escrita e indicações) surpreende pela forma nada convencional, assim como sua primeira audição certamente surpreende a muitos ouvintes. Mas quanto mais se convive com estas peças, mais se descobre que sua lógica é extremamente complexa mas é lógica, que seu caos aparente é muito mais a recusa da forma que o desconhecimento dela.

É bem verdade que Villa-Lobos não era exatamente um perfecionista. Escrevia caudalosamente, todos os dias, em qualquer situação. Os amigos deixavam suas crianças para Villa tomar conta, e em meio delas, com o rádio ligado, ele escrevia música, com as partituras espalhadas pelo chão.

Um velho companheiro conta que foi visitá-lo em seu apartamento no centro do Rio de Janeiro, no dia em que a construção do prédio vizinho estava em sua fase mais ruidosa. Britadeiras e bate-estacas soavam numa percussão infernal. Ficou surpreso de ver Villa-Lobos absorto e escrevendo música naquelas condições. Ficou mais surpreso ainda quando o barulho cessou de repente (era hora de almoço dos trabalhadores) e Villa subitamente parou, e visivelmente chateado, exclamou: “Pronto, me escapou a inspiração…”

Neste afã de registrar velozmente suas idéias, Villa-Lobos às vezes cometia enganos, principalmente quando se tratava de transpor um trecho para outra tonalidade. Muitos desses enganos, que são comumente atribuídos ao seu “exotismo” harmônico, não passam de simples acidentes de escrita. Nestas gravações procurou-se corrigir estes pequenos deslizes, sempre que claramente identificados.

Existia pouca referência estética anterior sobre a interpretação destes quartetos, pois as gravações realizadas, com honrosas exceções, ou estavam impregnadas pelos maneirismos típicos da época ou foram feitas por conjuntos com pouca ou nenhuma referência cultural brasileira. Nos mêses em que o Quarteto deu início à preparação destas gravações, o espanto inicial foi dando lugar a uma compreensão cada vez mais íntima, na medida em que seus membros, três deles brasileiros com vivência da nossa riquíssima música popular, foram aos poucos se identificando às fontes de inspiração de Villa-Lobos.

Estas estão impregnadas pela música popular urbana, sobretudo pela seresta e pelo choro do Rio de Janeiro. Muitas estruturas rítmicas vêm do samba negro. Outras presenças fortes são os temas folclóricos do Nordeste, com as escalas modais dos seus menestréis. E o lado cênico da música: Villa-Lobos procura criar inúmeros ambientes sonoros diferentes que evocam ora uma floresta tropical ora o que ele achava que devia ser o ambiente dançante numa taba de índios primitivos.

Tocou muito violoncelo, inclusive para sobreviver em certa fase de sua vida, e guardou um carinho muito especial por este instrumento, o que se nota com bastante clareza nestas peças. Como instrumentista de corda e profundo conhecedor de seus recursos, ele não poupa os executantes. A complexa poliritmia utilizada em vários quartetos, o caráter contrapontístico e o virtuosismo técnico tornam essas obras difíceis em sua execução, exigindo um penoso preparo de cada um dos membros do quarteto. Este conjunto de obras foi composto no decorrer de toda sua vida, em 4 períodos: os quatro primeiros quartetos de 1915 a 1917; o quinto em 1931, depois de um intervalo de 14 anos; o sexto em 1938; e a partir de 1942 levou 15 anos para escrever os outros 11. Morreu em 1959, deixando escritos alguns compassos de um 18º quarteto, e diversas declarações públicas de que seus quartetos eram a melhor coisa que ele tinha escrito.

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O primeiro quarteto foi composto em 1915, e teve sua primeira audição em fevereiro do mesmo ano na cidade de Nova Friburgo, perto do Rio de Janeiro. Nesta primeira experiência, Villa-Lobos reuniu um conjunto de 6 pequenas peças, alternadamente lentas e vivas, que formam na realidade mais uma suite do que um quarteto formal.

Apesar da simplicidade da forma já é possível perceber nesta obra algumas idéias embrionárias que seriam desenvolvidas e elaboradas ao longo da série dos quartetos. A Cantilena, em tempo andante, lembra uma canção seresteira em que a melodia, apresentada pelo primeiro violino, se faz acompanhar por intervenções em forma de imitação.

A Brincadeira, um allegreto scherzando, é o contraponto de uma melodia e sua inversão (1º e 2º violinos) acompanhados pelo pizzicatto do violoncelo e viola; seu caráter poderia ser definido como uma espécie de polca brasileira. O Canto Lírico, moderato, é um solo de viola bordado por um contracanto do 1º violino que acaba por assumir a melodia para devolvê-la no final à viola.

A Cançoneta, andantino quasi allegretto, apresenta uma cantoria dos violinos acompanhada pelo ritmo obstinado do violoncelo em tercinas. Sua seção central nos lembra “O Trenzinho do Caipira,” da “Bachianas nº2,” escrito 15 anos mais tarde. A Melancolia, em tempo lento, é formada por uma melodia apresentada pelo violoncelo e tomada pelo primeiro violino, interrompida apenas por uma seção central, inquieta e agitada, retornando ao seu caráter melancólico no final.

O último movimento, nitidamente inspirado na forma da fuga, tem no entanto um tratamento oposto à arquitetura grandiosa das fugas do barroco, período pelo qual Villa não escondia sua fascinação. Com um espírito alegre e saltitante, ilustra com propriedade o nome dado ao movimento: Saltando como um Saci.

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O segundo quarteto, composto no mesmo ano, é bem distinto do primeiro. Pode-se afirmar que Villa-Lobos começou tudo de novo, partindo de uma nova posição, ou concepção, em seu projeto nascente. Enquanto o 1º quarteto é composto de peças até certo ponto despretenciosas, o segundo retoma os movimentos tradicionais: allegro non troppo, scherzo, andante e allegro deciso que, com algumas variantes, se manterão até o último quarteto.
Sua elaboração é muito mais complexa. O tratamento dado às vozes é muito mais polifônico, as dissonâncias mais ousadas e a inventiva rítmica mais rica e original. Revelam um Villa-Lobos procurando unir seus anseios de liberdade e inovação às correntes contemporâneas do pensamento, da estética e da vivência musical européia da época.

O primeiro movimento, cuja idéia inicial é apresentada pela viola, possui um caráter extremamente lírico e apaixonado que novamente evoca a seresta brasileira. Este tema, enriquecido por outras idéias e tratado polifônicamente, percorre todo o movimento diluindo-se nos harmônicos dos últimos compassos.

No segundo movimento, Villa-Lobos emprega efeitos tímbricos com larga utilização de arpejos obstinados e harmônicos sempre tocados “con surdina”, criando uma atmosfera fantástica. Sente-se aqui uma forte influência impressionista.

O terceiro movimento, utilizando livremente células do primeiro, se desenvolve num clima de improviso em que as imitações ocorrem constantemente. É lírico e cantante, e transcorre num clima de grande serenidade, somente interrompida pelo “piu mosso” central.
O último movimento, que progride de um allegro a um prestíssimo, apresenta inicialmente um rítmo espanhol típico, trabalhado em grandes alternâncias dinâmicas. O Presto em 10/8, engenhosamente concebido, apresenta a alternância de pequenos desenhos entre pares de instrumentos, ouvindo-se paralelamente um canto obstinado executado pelos outros dois. O movimento se encerra com o prestíssimo em trêmulos sul-ponticello (efeito caracterizado por uma sonoridade metálica) que retoma o tema inicial do primeiro movimento em clima de grande inquietação.

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Ao contrário da reviravolta ocorrida entre o 1º e o 2º quartetos, no 3º se verifica uma clara evolução, principalmente no que se refere ao 1º movimento. Sua escrita revela uma maior preocupação com a transparência e o uso da polifonia de maneira mais equilibrada. A utilização dos intervalos de quartas paralelas passa a ser sistemática tanto nas melodias quanto nos acompanhamentos. É aqui, em 1916, que Villa-Lobos começa a consolidar um estilo de forte marca pessoal que caracterizará toda a sua obra, desfazendo-se cada vez mais das influências européias.

No segundo movimento, num virtuosístico e original emprego de pizzicattos alternados com arco, cria efeitos inesperados e originais. É em razão deste movimento que este quarteto é popularmente conhecido como o “Quarteto das Pipocas”.

O Adagio, com surdina virada, como indica o autor, quase recitativo, é cheio de magia e impregnado de uma serena, porém misteriosa, atmosfera tropical. No último movimento, allegro con fuoco, o espírito selvagem contrasta com expressivas e tranquilas linhas melódicas. Aqui o compositor encontra a linguagem adequada para exprimir na forma quarteto o temperamento fogoso e tropical encontrado em suas obras sinfônicas e corais.

Michel Bessler, janeiro 91

Villa-Lobos – Quartetos de Cordas 1 2 3 – Quarteto Bessler-Reis

01 Quarteto de Cordas nº 1 – Cantilena (Andante) (Heitor Villa-Lobos) 02:52
02 Quarteto de Cordas nº 1 – Brincadeira (Allegretto Scherzando) (Heitor Villa-Lobos) 01:10
03 Quarteto de Cordas nº 1 – Canto Lírico (Moderato) (Heitor Villa-Lobos) 04:24
04 Quarteto de Cordas nº 1 – Cançoneta (Andantino Quasi Allegretto) (Heitor Villa-Lobos) 02:40
05 Quarteto de Cordas nº 1 – Melancolia (Lento) (Heitor Villa-Lobos) 06:35
06 Quarteto de Cordas nº 1 – Saltando Como um Saci (Allegro) (Heitor Villa-Lobos) 03:36

07 Quarteto de Cordas nº 2 – Allegro non Troppo (Heitor Villa-Lobos) 05:17
08 Quarteto de Cordas nº 2 – Scherzo (Allegro) (Heitor Villa-Lobos) 03:00
09 Quarteto de Cordas nº 2 – Andante (Heitor Villa-Lobos) 04:10
10 Quarteto de Cordas nº 2 – Allegro Deciso-Final (Prestissimo) (Heitor Villa-Lobos) 07:10

11 Quarteto de Cordas nº 3 – Allegro non Troppo (Heitor Villa-Lobos) 06:00
12 Quarteto de Cordas nº 3 – Molto Vivo (Heitor Villa-Lobos) 05:30
13 Quarteto de Cordas nº 3 – Molto Adagio (Heitor Villa-Lobos) 07:06
14 Quarteto de Cordas nº 3 – Allegro con Fuoco (Heitor Villa-Lobos) 06:45

Quarteto Bessler-Reis:
Bernardo Bessler (1º violino),
Michel Bessler (2º violino),
Marie-Christine Springuel (viola),
Alceu Reis (violoncelo)

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J.S. Bach (1685-1750) e Pixinguinha (1897-1973): Sax, Flauta & Cravo – REVALIDADO

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Quando eu era jovem, era o maior e mais chato dos puristas. Um CD estimulante, inteligente e divertido como este passaria ao largo e eu talvez eu nem desconfiasse de sua existência. Mas a idade, se nos faz perder a maioria das coisas, dá-nos outras às quais não consideramos importantes, mas que, enfim, torna-nos mais tolerantes e sábios. Temos aqui o saxofonista e flautista Mário Sève, membro dos grupos Nó em Pingo d`Água e Aquarela Brasileira e o grande cravista Marcelo Fagerlande. Eles fazem uma curiosa e genial união do mestre da polifonia, meu pai, e do compositor e improvisador que fundou a segunda voz — improvisada ou não — na música popular brasileira.

Este é um trabalho gravado em 1998 e lançado em 2001 que você deveria conhecer. Trata-se de um divertimento na melhor e mais gloriosa acepção do termo.

Imperdível!

Bach e Pixinguinha – Sax, Flauta & Cravo

1 Rosa (Otávio de Souza – Pixinguinha)
2 Ainda me recordo (Benedito Lacerda – Pixinguinha)
3 Invenção a 2 vozes em ré menor (J.S. Bach)
4 Naquele tempo (Benedito Lacerda – Pixinguinha)
5 Ele e eu (Benedito Lacerda – Pixinguinha)
6 Coral da Cantata BWV 140 “Wachet auf” (J.S. Bach)
7 Gargalhada (Pixinguinha)
8 Lamentos (Vinícius de Moraes – Pixinguinha)
9 Allemande do Solo BWV 1013 (J.S. Bach)
10 Ária da Cantata BWV 21 “Ich Hatte Viel Bekümmernis” (J.S. Bach)
11 Urubatã (Benedito Lacerda – Pixinguinha)
12 Sofres porque queres (Benedito Lacerda – Pixinguinha)
13 Invenção a 2 vozes em sib maior (J.S. Bach)
14 Invenção a 3 vozes em fá menor (J.S. Bach)
15 Fantasia em dó menor BWV 906 (J.S. Bach)
16 Um a zero (Benedito Lacerda – Pixinguinha)
17 Carinhoso (Pixinguinha – João de Barro)

Mário Sève, sax e flauta
Marcelo Fagerlande, cravo

[Link revalidado em 17.05.2010, RMA]
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PQP

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Noneto, Quarteto simbólico e peças para violão

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Este CD importado traz – não sei por que motivo, mas agradeço – duas interpretações do Noneto e duas do Quarteto Simbólico, sendo completado – também sem razão aparente – por algumas peças para violão. As interpretações das duas obras principais não fazem frente à de Gil Jardim, postada no início do ano aqui no blog, mas valem como preciosidade; até porque as peças para violão estão nas mãos de Bream, Segovia e Laurindo Almeida.

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Villa-Lobos: Nonetto; Quatuor

1. Noneto, for chorus & orchestra (‘Impressão rápida de todo o Brasil’), A. 191
2. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: First Movement – Allegro con moto
3. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: Second Movement – Andantino
4. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: Third Movement – Allegro deciso
5. Noneto, for chorus & orchestra (‘Impressão rápida de todo o Brasil’), A. 191
6. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: First Movement
7. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: Second Movement
8. Quartet, for female chorus, flute, alto saxophone, harp & celeste (Quarteto simbólico), A. 181: Third Movement
9. Estudio, for guitar No. 8 in C sharp minor, A. 235/8
10. Prelúdio, for guitar No. 3 in A minor, A. 419/3
11. Estudio, for guitar No. 1 in E minor, A. 235/1
12. Prelúdio, for guitar No. 2 in E major, A. 419/2
13. Prelúdio, for guitar No. 4 in E minor, A. 419/4
14. Prelúdio, for guitar No. 5 in D major, A. 419/5
15. Gavotta-Chôro, for guitar (Suite populaire brésilienne No. 4), A. 020/4

# Performer: Concert Arts Ensemble, Andrés Segovia, Julian Bream, Laurindo Almeida, Elsie Houston
# Orchestra: The Brazilian Festival Orchestra, The Brazilian Festival Quartet
# Conductor: Roger Wagner, Hugh Ross

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CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Música para flauta

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O título do CD é autoexplicativo e os comentários hoje são por vossa conta, caso desejem. Bom proveito.

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Villa-Lobos: Music for flute

1. Quinteto em forme de choros, for flute, oboe, clarinet, English horn (or French horn) & bassoon, A. 231
2. Modinha – William Bennet/Simon Wynberg
3. Bachianas Brasileiras No. 6, for flute & bassoon, A. 392: No. 1, ‘Aria’ (choro)
4. Bachianas Brasileiras No. 6, for flute & bassoon, A. 392: No. 2, ‘Fantasia’ (Allegro)
5. Distribution Of Flowers – William Bennet/Simon Wynberg
6. Assobio a jato (The Jet Whistle), for flute & cello, A. 493: Allegro non troppo
7. Assobio a jato (The Jet Whistle), for flute & cello, A. 493: Adagio
8. Assobio a jato (The Jet Whistle), for flute & cello, A. 493: Vivo
9. Chôros No. 2, for flute & clarinet, A. 197
10. Song Of Love – William Bennet/Simon Wynberg
11. Trio, for oboe, clarinet & bassoon, A. 182: Animé
12. Trio, for oboe, clarinet & bassoon, A. 182: Languisamente
13. Trio, for oboe, clarinet & bassoon, A. 182: Vivo

1. Quinteto em forme de choros, for flute, oboe, clarinet, English horn (or French horn) & bassoon, A. 231
Composed by Heitor Villa-Lobos
with Janice Knight, Thea King, William Bennett, Neil Black, Robin O’Neill

2. Modinha, song for voice & piano (Serestas No. 5), A. 216/5
Composed by Heitor Villa-Lobos
with Janice Knight, Simon Wynberg, Thea King, William Bennett, Robin O’Neill

3. Bachianas Brasileiras No. 6, for flute & bassoon, A. 392
Composed by Heitor Villa-Lobos
with Janice Knight, Thea King, William Bennett, Robin O’Neill

4. Distribuiçao de flôres (Distribution of Flowers), for flute & guitar, A. 381
Composed by Heitor Villa-Lobos
with Janice Knight, Simon Wynberg, Thea King, William Bennett, Robin O’Neill

5. Assobio a jato (The Jet Whistle), for flute & cello, A. 493
Composed by Heitor Villa-Lobos
with Janice Knight, Charles Tunnell, Thea King, William Bennett, Robin O’Neill

6. Chôros No. 2, for flute & clarinet, A. 197
Composed by Heitor Villa-Lobos
with Janice Knight, Thea King, William Bennett, Robin O’Neill

7. Cançao do Amor, for voice & orchestra (arranged from Floresta do Amazonas), A. 546
Composed by Heitor Villa-Lobos
with Janice Knight, Simon Wynberg, Thea King, William Bennett, Robin O’Neill

8. Trio, for oboe, clarinet & bassoon, A. 182
Composed by Heitor Villa-Lobos
with Thea King, Neil Black, Robin O’Neill

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CVL

Cello Octet Conjunto Ibérico – Marlos Nobre (1939) e Heitor Villa-Lobos (1887-1959)

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O complicadíssimo português da soprano espanhola Pilar Jurado é terrivelmente problemático nas interpretações em que ela aparece no presente CD, mas a seleção de obras – todas de primeiro nível – faz valer a pena o download. É o caso até de se pensar uma nova reedição desse repertório, com uma boa solista nacional, ou que pelo menos seja fluente em português.

As execuções das duas Bachianas, se não são das mais sublimes quando comparadas a outras gravações, também não fazem feio pois estão a cargo de um dos poucos octetos para violoncelos da atualidade em contínua atividade, senão o único.

E, Marlos Nobre, a pedido do Octeto Ibérico, adaptou algumas obras para a formação celística que Villa-Lobos consagrou, e mostrou porque é o compositor brasileiro vivo de maior projeção no exterior. Particularmente excepcional é a primeira das três canções sobre poema de Ascenço Ferreira (conterrâneo do mesmo estado de Marlos, Pernambuco), intitulada Maracatu.

Aí vai o poema, para compensar a dicção da solista:

Zabumba de bombos,
Estouro de bombas,
Batuques de ingonos,
Cantigas de banzo,
Rangir de ganzás…

– Luanda, Luanda, onde estás?
Luanda, Luanda, onde estás?

As luas crescentes
De espelhos luzentes,
Colares e pentes,
Queijares e dentes
De maracajás…

– Luanda, Luanda, onde estás?
Luanda, Luanda, onde estás?

A balsa do rio
Cai no corrupio
Faz passo macio,
Mas toma desvio
Que nunca sonhou…

– Luanda, Luanda, onde estou?
Luanda, Luanda, onde estou?

***

1. Bachianas Brasileiras nr. 5: Aria
2. Bachianas Brasileiras nr. 5: Dansa
3. Três canções negras (op. 88): Maracatú
4. Três canções negras (op. 88): Cantilena
5. Três canções negras (op. 88): Candomblé
6. Desafio XXXII
7. Canto A García Lorca (op. 87)
8. Três canções de Beiramar (op. 21 bis): Estrêla do mar
9. Três canções de Beiramar (op. 21 bis): lemanjá ôtô
10. Três canções de Beiramar (op. 21 bis): Ogum de lê
11. Bachianas Brasileiras: Introduction
12. Bachianas Brasileiras: Preludio
13. Bachianas Brasileiras: Fugue

Cello Octet Conjunto Ibérico, regido por Elias Arizcuren
Soprano: Pilar Jurado

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Prelúdios e árias das Bachianas Brasileiras

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Esse CD é uma mera compilação de movimentos retirados da integral das Bachianas Brasileiras com Karabtchevsky à frente da OSB. Infelizmente merece o inédito DE-CEP-CIO-NAN-TE, menos pela orquestra do que pelo maestro (exceto na ária da Bachianas n° 6, onde não há dedo dele… Vá lá, a Modinha da primeira Bachianas também saiu razoável).

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Villa-Lobos : Arias & Preludios, Das Bachianas Brasileiras

1. Cantilena – BB 5
2. Modinha ( Prélude) – BB 1
3. O canto da nossa terra ( Aria) – BB 2
4. Modinha ( Aria) – BB 3
5. Cantiga ( Aria) – BB 4
6. Aria – BB 6
7. Ponteio (Prélude) – BB 7
8. Modinha ( Aria) – BB 8
9. Preludio & Fuga – BB 9

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CVL

Brazilian Landscapes

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Este post aqui deve-se por completo à Maria Cristina Câmara, fã de Amaral Vieira e que preparou todo o conteúdo da pasta zipada que vocês agora podem baixar (eu tenho o disco, mas não tenho tempo de dedicar tanto esmero à preparação dos arquivos). Trata-se de uma das melhores gravações de música de câmara brasileira realizada nas últimas décadas no exterior – e por isso uma chance sem igual de ouvir o brilhante Quinteto Fronteiras, de Amaral Vieira, bem como os trios do Villa e de Guarnieri.

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Brazilian Landscapes

Villa-Lobos (1887-1959)

1 – Trio para violino, viola e violoncelo – Allegro
2 – Trio para violino, viola e violoncelo – Andante
3 – Trio para violino, viola e violoncelo – Scherzo: Vivace
4 – Trio para violino, viola e violoncelo – Allegro preciso e agitado

Camargo Guarnieri (1907-1993)

5. Trio para violino, viola e violoncelo – Enérgico e ritmado
6 – Trio para violino, viola e violoncelo – Sorumbático
7 – Trio para violino, viola e violoncelo – Com alegria

Amaral Vieira (1952)

8 – Quinteto para piano e cordas opus 297 “Fronteiras” – Molto lento, espressivo
9 – Quinteto para piano e cordas opus 297 “Fronteiras” – Molto lento
10 – Quinteto para piano e cordas opus 297 “Fronteiras” – Allegro festivo

ENSEMBLE CAPRICCIO:
Chouhei Min, violino – Korei Konkol, viola – Mina Fisher, violoncelo

Artistas convidados:
Max Barros, piano – William Schrickel, contrabaixo

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Obras para violão

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Há o que se dizer? São os prelúdios, os estudos e o concerto do Villa. É só baixar e correr pro abraço.

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Villa-lobos: Guitar Concerto; Etudes; Preludes

Sinfônica de Londres, regida por Garcia Navarro no Concerto
Violão: Narciso Yepes

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CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Obras para violão

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Há o que se dizer? São os prelúdios, os estudos e o concerto do Villa. É só baixar e correr pro abraço.

(Não, não postei dobrado, seus apressados duma figa. É um presente-surpresa, ou uma dose dupla, como queira: os intérpretes são Juliam Bream aqui e Narciso Yepes acima.)

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Villa-Lobos: Guitar Concerto; Preludes; Etudes

1. Guitar Concerto, A. 501: [Part 1] Allegro preciso
2. Guitar Concerto, A. 501: [Part 2] Andantino e Andante; Cadenza
3. Guitar Concerto, A. 501: [Part 3] Allegretto non troppo Listen
4. Prelúdios (5), for guitar, A. 419: No. 1 in E Minor. Andantino espressivo
5. Prelúdios (5), for guitar, A. 419: No. 5 in E. Andantino
6. Prelúdios (5), for guitar, A. 419: No. 3 in A Minor. Andante. Molto adagio. Andante
7. Prelúdios (5), for guitar, A. 419: No. 4 in E Minor. Lento. Animato. Moderato. Lento
8. Prelúdios (5), for guitar, A. 419: No. 2 in D. Poco animato
9. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 1. Allegro non troppo. Lento
10. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 2. Allegro
11. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 3. Allegro moderato
12. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 4. Poco moderato; A tempo; Grandioso
13. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 5. Andantino
14. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 6. Poco Allegro
15. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 7. Très animé. Piú mosso
16. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 8. Moderato
17. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 9. Très peu animé
18. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 10. Très animé. Vif. Un peu animé. Vif
19. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 11. Lent. Animé
20. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235: No. 12. Animé

On this CD:

1. Guitar Concerto, A. 501
Composed by Heitor Villa-Lobos
Performed by London Symphony Orchestra
with Julian Bream
Conducted by Andre Previn

2. Prelúdios (5), for guitar, A. 419
Composed by Heitor Villa-Lobos
with Julian Bream

3. Estudios (12), etudes for guitar, A. 235
Composed by Heitor Villa-Lobos
with Julian Bream

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CVL

Bidu Sayão – Arias and Brazilian folksongs

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Esse CD é memorável por conter os melhores registros de Bidu Sayão, incluindo a primeira gravação mundial da Cantilena da quinta Bachianas, em 1945, com regência do compositor – a famosa linha melódica em vocalise iria ser confiada a um violino solo, mas a soprano convenceu Villa-Lobos do contrário.

Pena é constatar que, a despeito de abrir portas ao canto lírico brasileiro nos palcos americanos, sua voz não era tão sublime quanto gostaríamos (no si bemol e no lá agudos da Cantilena, ela se esgoela bonito), mas admiro bastante seu timbre inconfundível e sua interpretação das canções folclóricas arranjadas por Ernani Braga (conforme Harry Crowl me corrigiu, após eu botar Francisco Braga).

Deixo vocês escutarem e tecerem suas considerações, às quais agradeço desde já. Boa audição.

***

Arias and Brazilian folksongs

1. Aria – Cantilena from Bachiana brasileira No. 5
2. Je veux vivre from Roméo et Juliette (Act I)
3. Roi de Thule from Faust (Act III)
4. Jewel Song from Faust (Act III)
5. Je suis encore from Manon (Act I)
6. Restons ici… Voyons, Manon from Manon (Act I)
7. Adieu, notre petite table from Manon (Act II)
8. Obéissons from Manon (Act III)
9. Si mes vers avaient des ailes
10. Chanson triste
11. L’année en vain chasse from L’enfant prodigue
12. De fleurs
13. Toi, le cœur de la rose from L’enfant et les sortiléges
14. Si tu le veux!
15. Le Nelumbo
16. Folk Songs of Brazil: Nigue-nigue-ninhas
17. Folk Songs of Brazil: Capim di Pranta
18. Folk Songs of Brazil: Ó kinimbá
19. Folk Songs of Brazil: São-João da ra-rão
20. Folk Songs of Brazil: Engenho novo
21. Folk Songs of Brazil: A casinha pequenina
22. Folk Songs of Brazil: Meu boi barroso
23. Folk Songs of Brazil: Ogundé uareré

Veja os respectivos intérpretes clicando no link da Amazon

BAIXE AQUI – PARTE 1
BAIXE AQUI – PARTE 2

CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Suíte para voz e violino

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Pro repertório nacional não passar em branco hoje, vai essa obra quase que desconhecida do Villa que estava guardada nos meus backups em DVD. Simples e inusitada, uma breve suíte para soprano e violino, de 1923, mas como soa bem e passa longe de quaisquer excessos, além de prescindir – sem nenhum prejuízo – de acompanhamento harmônico.

***

Suíte para voz e violino

1. A menina e a cancao
2. Quero ser alegre
3. Sertaneja

Jill Gomez, soprano
Peter Manning, violin

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CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Villa-Lobos em Paris

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Esse é um dos CDs mais ousados e bem produzidos nos últimos tempos sobre Villa-Lobos; reproduz o programa do primeiro concerto do nosso Villa em Paris, em 1924.

Eu pulo direto para o Noneto – obra sem parelelo, mesmo dentro do catálogo villalobiano – mas inventei de escutar o CD a partir do começo e acabei ficando perplexo com a beleza do Quarteto Simbólico, o qual não ouvia há tempos. As outras obras, deixo à apreciação de vocês, mas sei que os pianólatras terão ressalvas sobre a primeira série da Prole do Bebê.

Quanto ao Noneto, Villa-Lobos foi de uma audácia sem precedentes no uso técnico do coral. Fiquei particularmente impressionado com a passagem zombeteira e bem ritmada no final, onde eu jurava que entendia “Samba sem sapato tá dançando o orangotango”. Porém, comprei recentemente o livro Heitor Villa-Lobos: Processos composicionais, de Paulo de Tarso Salles, e lá assinalava o texto correto, outra brincadeira onomatopaica típica do nosso genioso compositor: “Zango! Zizanbango! Dangozangorangotango!”, mas dessa vez para gerar sugestões fonéticas africanas, em lugar das indígenas a que estamos acostumados.

Claro que o Noneto não é um apanhado de passagens “exóticas”; ele é muito complexo na estruturação e na harmonia. O melhor mesmo é viajar pelos temas que se apresentam e se retiram ao longo dos doze minutos de duração.

Só agora, após uma passada de vista via Google, descobri que o CD recebeu o Diapason de ouro.

***

Villa-Lobos em Paris (2005)

Revista Diapason
“Prêmio Diapason de Ouro”

1-3. Quatuor
Toninho Carrasqueira, flauta – Dilson Florêncio, sax – Luba Klevsotova, harpa – Maria Elisa Risarto, celesta – Mara Campos, Reg. Preparadora do Coro Feminino – Gil Jardim, Regente.

4-11. A Prole do Bebê nº1
Nahim Marum, piano

12-19. Epigramas Irônicos e Sentimentais
Claudia Ricchitelli, soprano – Nahim Marum, piano

20. Pensées D’Enfant
Claudia Ricchitelli, soprano – Toninho Carrasqueira, flauta – Sérgui Burgani, clarinete – Watson Clis, violoncelo

21. Noneto
Toninho Carrasqueira, flauta – Luis Carlos Justi, oboé – Sérgio Burgani, clarinete – Aloysio Fagerlande, fagote – Dilson Florêncio, sax – Silas Lima, harpa – Maria Elisa Risarto, celesta – Paulo Braga, piano – Elizabeth Del Grande, Ricardo Bologna e Eduardo Gianesella, percussão – Mara Campos, Regente Preparadora do Coro Misto – Gil Jardim, Regente.

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CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Rudepoema, por Roberto Szidon e Amaral Vieira

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Aqui vai uma contribuição do nosso visitante Marcos Oliveira Santos, que – após ouvir o Rudepoema na interpretação de Nelson Freire, postado semana retrasada – disse que a peça soava melhor nas mãos de Roberto Szidon e de Amaral Vieira e nos mandou os dois arquivos. Ainda deu de brinde uma gravação em que o Villa fala da peça.

Segue tudo em arquivo único zipado.

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CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Concerto para Violão com John Williams e “O Trem Caipira”, CD de Egberto Gismonti

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Depois desta enxurrada de postagens de Villa-Lobos, trago minhas duas únicas colaborações, três na verdade, se contar o cd do Duo Assad por mim postado já há algum tempo, enfim, trago dois cds para colaborar: O Concerto para Violão e um cd personalíssimo do grande músico e compositor mineiro Egberto Gismonti totalmente dedicado à Villa-Lobos.

O cd de John Williams traz outros diversos concertos, de Vivaldi, Giuliani e Ponce. É um de meus violonistas favoritos e sua leitura do concerto para viiolão me parece correta, apesar de não a considerá-la tão brilhante quanto suas interpretações de Rodrigo, ou até mesmo de Vivaldi.

Como comentei acima, o cd de Gismonti é uma leitura pessoal da obra de Villa-Lobos, e como sempre o multinstrumentista se utiliza de diversos recursos sonoros, diferentes daqueles indicados pelo compositor, mas jamais se afasta da idéia básica da obra. Para os mais puristas pode parecer blasfêmia, mas aqui a criatividade e inventividade falam mais alto. Meu destaque neste cd sempre vai ser a leitura mais que pessoal da famosa ária das “Bachianas n°5”. Desde que a ouvi pela primeira vez há pelo menos uns vinte anos atrás me apaixonei por esta versão e o som dos teclados ficou fixado em minha cabeça.

Volto a repetir: dois grandes cds, com dois grandes músicos.

John Williams – The Great Guitar Concertos – CD 2
01-Antonio Vivaldi-Concerto for Guitar and String Orchestra in A Major- Allegro non Molto
02-Antonio Vivaldi-Concerto for Guitar and String Orchestra in A Major- Largetto
03-Antonio Vivaldi-Concerto for Guitar and String Orchestra in A Major- Allegro

04-Mauro Giuliani-Concerto for Guitar and String Orchestra- Allegro Maestoso
05-Mauro Giuliani-Concerto for Guitar and String Orchestra- Andantino siciliano
06-Mauro Giuliani-Concerto for Guitar and String Orchestra- Alla polacca

English Chamber Orchestra
John Williams – Guitar & Conductor

07-Heitor Villa-Lobos-Concerto for Guitar and Small Orchestra- Allegro preciso
08-Heitor Villa-Lobos-Concerto for Guitar and Small Orchestra- Andantino e andante_ Cadenza
09-Heitor Villa-Lobos-Concerto for Guitar and Small Orchestra- Allegretto non troppo

English Chamber Orchestra
Daniel Baremboim – Conductor
John Williams – Guitar

10-Manuel Maria Ponce-Concerto del Sur- Allegretto
11-Manuel Maria Ponce-Concerto del Sur- Andante
12-Manuel Maria Ponce-Concerto del Sur-III – Allegro moderato e festivo

London Symphony Orchestra
Andre Previn – Conductor
John Williams – Guitar

Um dedicado leitor/ouvinte se antecipou e botou nos comentários um link para esta gravação do John Williams. Agradeço a atenção, mas estou utilizando um link próprio para o controle de minhas postagens.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Egberto Gismonti – O Trem Caipira

1 – O Trenzinho do Caipira
2 – Dansa
3 – Bachiana n°5
4 – Desejo
5 – Cantiga
6 – Canção do Carreiro
7 – Prelúdio
8 – Pobre Cega

Músicos Convidados :

Nivaldo Ornelas – Sax Soprano
Bernard Wistrarte – Flautas
Jacques Morelembaum – Cello
Kalimba – Percussão
Assoviador – Pita Filomena
Flautinha do Chaplin – Alexandre do Bico

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FDP

Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 6/6

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Sei que muita gente aguardava ansiosamente por esta postagem e é com muito orgulho que encerro esse ciclo de gravações históricas, intitulado Par Lui-Même, com a Orchestre de la Radiodiffusion Française na regência do próprio Villa-Lobos.
Para fechar com chave de ouro, três grandes obras do nosso Villa, que fará, em 17 de novembro, aniversário de 50 anos de morte.
O álbum começa com a famosa fantasia para piano e orquestra, Momoprecoce, composta em 1929 e estreiada na Holanda no mesmo ano com a regência de Pierre Monteaux e Magdalena Tagliaferro, que também, está ao piano nessa histórica gravação. Baseada em pequenos movimentos evocativos de jogos de crianças fantasiadas no carnaval, esta fantasia é uma clara alusão à figura do rei Momo.
A série se encerra com o Concerto para Piano e Orquestra Nº 5 e a épica e triunfante Sinfonia Nº 4 “A Vitória”, que faz uma rápida alusão a Marselhesa em seu segundo andamento.
Aproveito a oportunidade para agradecer mais uma vez a colaboração do nosso amigo Emerson Rodrigues, que nos cedeu gentilmente os arquivos para tornar possível esta série de postagens.

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Villa-Lobos: Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 6/6

01 Momoprecoce, Fantasia pour piano et orchestre (22:13)
sur le carnaval des enfants brésiliens

Concerto Nº 5, pour piano et orchestre
02 I. Allegro Non Troppo (5:35)
03 II. Poco Adagio (6:03)
04 III. Allegretto Scherzando (5:06)
05 IV. Allegro (2:04)

Symphonie Nº 4 “A Vitória”
06 I. Allegro Impetuoso (6:25)
07 II. Andante (5:35)
08 III. Lento (5:53)
09 IV. Allegro (avec fanfare)

01 Magdalena Tagliaferro, piano
02-05 Felicia Blumental, piano
Orchestre de la Radiodiffusion Française
Heitor Villa-Lobos, direction

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Strava

Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 5/6

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O penúltimo cd da histórica série Par Lui-Même nos traz o monumental Chôros Nº 11, para piano e orquestra.

Escrito em 1928 e dedicado a Rubinstein, o Chôros Nº 11 foi apresentado pela primeira vez no Rio de Janeiro, em 1942, sob a direção de Villa-Lobos. Uma obra monstruosa, tanto em duração, mais de uma hora de música, o mais longo da série, como em concepção de massa orquestral, o que talvez explique as poucas apresentações e o tempo entre a composição e estréia, que foi de 15 anos.

Na faixa 4 poderemos apreciar o próprio Villa falando, em francês, sobre os Chôros. Simplesmente maravilhoso!

 

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Villa-Lobos: Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 5/6

Chôros
Chôros Nº 11, pour piano et orchestre
01 I. Première partie (21:30)
02 II. Deuxième partie (23:25)
03 III. Troisième partie (17:50)

04. Qu’est-ce qu’un Chôros? (Villa-Lobos parle) (9:38)

Orchestre de la Radiodiffusion Française
Heitor Villa-Lobos, direction
Aline Van Barentzen, piano

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Strava

Soirées internationales – Antonio Meneses & Celina Szrvinsk

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Este CD reúne peças para violoncelo e piano de quatro compositores que passaram pela Paris dos anos 20 e 30, ponto irradiador do neoclassicismo na música: Martinu, que se refugiara na França, fugido da então Tchecoslováquia e que viria a se estabelecer nos EUA; Boulanger, mestra de significativa parte dos grandes nomes da composição do séc. XX; Villa-Lobos, que havia absorvido o que a Europa tinha a lhe oferecer (quase nada); e Guarnieri, que deu um pulo na França e teve umas aulas com Koechlin (e parece que com a própria Boulanger).

***

Soirées Internationales

Heitor Villa-Lobos
1. Ária (cantilena)
2. O Canto do capadócio (The Song of the capadócio)
3. O Canto da Nossa Terra (The Song of Our Land)
4. O Trenzinho do Caipira (The Little Train of the Caipira)
Camargo Guarnieri – Sonata n° 1
5. 1. Tristonho
6. 2. Apaixonadamente
7. 3. Selvagem
Nadia Boulanger – Três peças
8. 1. Modéré
9. 2. Sans vitesse et à l’aise
10. 3. Vite et nerveusement rythmé
Bohuslav Martinu – Sonata n° 3
11. 1. Poco andante
12. 2. Andante
13. 3. Allegro (ma non presto)

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CVL

Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 4/6

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Chegamos ao 4º volume da série. Esse álbum encerra o ciclo de Bachianas, com as de numéros 8 e 9 e traz alguns dos principais Chôros, obras que se equivalem em importância com as Bachianas Brasileiras. Destaque para o Chôros nº 10 para coro e orquestra que traz o tema do xote “Iara” de Anacleto de Medeiros, que mais tarde receberia uma letra de Catulo da Paixão Cearense, com o título “Rasga o Coração”.
Esta série não traz o ciclo completo de Chôros. Infelizmente o meu amado Chôros nº 7 (Settimino) não está presente nessas gravações históricas.

Mais um vez quero agradecer a colaboração do amigo Emerson Rodrigues, que disponibilizou a série para postagem.

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Villa-Lobos: Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 4/6

Bachianas Brasileiras
Bachianas Brasileiras Nº 8, pour orchestre
01 I. Prélude (5:32)
02 II. Aria (Modinha) (7:53)
03 III. Toccata (Catira Batida) (5:30)
04 IV. Fugue (5:04)

Bachianas Brasileiras Nº 9, pour orchestre à cordes
05 Prélude (vagaroso e mistico) et fugue (poco apressado) (10:54)

Chôros
06 Chôros Nº 2, pour flûte et clarinette (2:26)

07 Chôros Nº 5 “Alma Brasileira”, pour piano  (4:31)

08 Chôros Nº 10 “Rasga o Coração”, pour chœur et orchestre (12:43)

2 Chôros (Bis), pour violon et violoncelle
09 I. Modéré (4:37)
10 II. Lent (4:03)

Orchestre de la Radiodiffusion Française
Heitor Villa-Lobos, direction

6 Fernand Dufrene, flûte et Maurice Cliquennois, clarinette
7 Aline Van Barentzen, piano
9, 10 Henri Bronschwak, violon
8 Chorale des Jeunesses Musicales de France

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 3/6

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Dando continuidade a coleção Par Lui-Même, Villa por Villa, trago-lhes o terceiro cd da caixa, que contém as Bachianas Brasileiras de 4 a 7.
De todas as Bachianas, a que mais me agrada, como um todo, é a de número 4, com destaque para o maravilhoso Prelúdio, uma das mais belas melodias já compostas; a Cantiga, uma adaptação da canção folclórica nordestina Caicó e a espetacular Dança (Muidinho). Porém, a mais famosa de todas é sem dúvida a Bachiana de número 5, principalmente pela sua Cantilena com a célebre melodia vocal para soprano. As, não menos importantes, Bachianas Brasileiras de números 6 e 7 completam o cd.
É só fechar os olhos e imaginar o nosso mais importante compositor regendo.

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Villa-Lobos: Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 3/6

Bachianas Brasileiras

Bachianas Brasileiras Nº 4, pour orchestre
01 I. Prélude (Introdução) (8:36)
02 II. Choral (Canto do Sertão) (4:08)
03 III. Aria (Cantiga) (6:05)
04 IV. Danse (Muidinho) (3:40)

Bachianas Brasileiras Nº 5, pour soprano et 8 violoncelles
05 I. Aria (Cantilena) (6:16)
06 II. Danse (Martelo) (4:23)

Bachianas Brasileiras Nº 6, pour flûte et basson
07 I. Aria (Chôro) (3:58)
08 II. Fantaisie (5:06)

Bachianas Brasileiras Nº 7
09 I. Prélude (Ponteio) (7:11)
10 II. Gigue (Quadrilha Caipira) (4:26)
11 III. Toccata (Desafio) (8:18)
12 IV. Fugue (Conversa) (7:24)

Orchestre de la Radiodiffusion Française
Heitor Villa-Lobos, direction
05, 06 Victoria de Los Angeles, soprano
05 Fernand Benedetti, violoncelle
07, 08 Fernand Dufrene, flûte
07, 08 René Plessier, basson

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 2/6

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Vamos ao segundo cd de uma série de seis em que temos Villa regendo Villa. Neste começamos a série das Bachianas Brasileiras, já postadas aqui no Blog pelo nosso ilustre PQP, mas em gravações distintas. Há quem diga: “Nada como a regência do próprio compositor”. Não concordo com a colocação, mas isso é assunto para os comentários.
Aqui podemos perceber a real influência de Bach na música de Villa-Lobos, e é sem dúvidas que podemos afirmar que as Bachianas Brasileiras estão entre as duas grandes obras-primas do compositor carioca.
Não vou me estender muito no texto sobre a obras, pois estas já foram bastante comentadas na postagem já citada.
A Bachiana Brasileira nº 1 é uma peça maravilhosa para um conjunto de violocelos que ao meu ver, tem fundamental importância na literatura moderna do instrumento. Aqui sim, encontramos uma verdadeira Fuga.
A Bachiana nº 2 se destaca sobretudo pela Tocata do Trenzinho do Caipira, obra que extrapolou os limites das Bachianas e hoje é executada como peça independente. Ainda sobre a de nº 2, acho espetacular o saxofone do primeiro andamento, talvez por influência de Milhaud e sua Criação do Mundo, pois os dois compositores nutriram estreita amizade.
O cd se completa com a Bachina nº 3, uma verdadeira sinfonia para piano e orquestra.

Agradecimentos ao amigo Emerson Rodrigues que colaborou com essa jóia.

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Villa-Lobos: Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 2/6

Bachianas Brasileiras

Bachianas Brasileiras Nº 1, pour ensemble de violoncelles
01 I. Introduction (Embolada) (6:44)
02 II. Prélude (Modinha) (9:00)
03 III. Fugue (Conversa) (4:24)

Bachianas Brasileiras Nº 2, pour orchestre
04 I. Prélude (Canto do capadócio) (7:02)
05 II. Aria (Canto da nossa terra) (5:37)
06 III. Danse (Lembrança do sertão) (4:55)
07 IV. Toccata (O Trezinho do Caipira) (4:04)

Bachianas Brasileiras Nº 3, pour piano et orchestre
08 I. Prélude (Ponteio) (7:10)
09 II. Fantaisie (Devaneio) (5:57)
10 III. Aria (Modinha) (7:49)
11 IV. Toccata (Picapau) (6:37)

Orchestre de la Radiodiffusion Française
Heitor Villa-Lobos, direction
08 – 11 Manuel Braune, piano

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959): Par Lui-Même (BOX 6 CDs) 1/6

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Para apaziguar os ânimos, quero compartilhar com vocês essa colaboração do nosso leitor Emerson Rodrigues.
Essa fantástica box contém 6 cds com obras orquestrais do nosso Tuhu com a Orchestre National de la Radiodiffusion Française na regência do próprio Villa e que será disponibilizada com um cd por postagem.
Uma das coisas mais interessantes que vejo no homem Villa-Lobos, era a sua simplicidade beirando a rudeza e a maneira descontraída com que chegou a realizar algumas de suas composições. Em meio a algazarra de uma sala de estar, com crianças brincando, pessoas conversando, barulho vindo da rua, ouvindo radionovela, ele fazia tranquilamente suas composições e ainda “se metia” nas conversas vez por outra. Esse era Villa-Lobos, o nosso gênio musical. O Bach do Brasil.

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Villa-Lobos: Par Lui-Même (CD 1/6)

Descobrimento do Brasil (La découverte du Brésil)
PREMIÈRE SUITE
01 Introdução – Alegria (16:24)
DEUXIÈME SUITE
02 Impressão Moura (Canção) (3:50)
03 Adágio Sentimental (6:41)
04 Cascavel (2:09)
TROISIÈME SUITE
05 Impressão Ibérica (10:05)
06 Festas nas selvas (3:44)
07 Ualalocê (2:39)
QUATRIÈME SUITE
08 Procissão da Cruz (Visão dos Navegantes) (14:49)
09 Primeira Missa no Brasil (11:57)
10 Invocação em defesa da Pátria (Invocation pour la défense de la Patrie) – Pour soprano , chœurs et orchestre

10 Maria Kareska, soprano / Chorale des Jeunesses Musicales de France
8, 9 Chœurs de la Radiodiffusion Française / René Alix, Louis Martini, chef des chœurs
Orchestre de la Radiodiffusion Française / Heitor Villa-Lobos, Direction

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Concertos para piano

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Não sei quem mandou ao mano PQP (o qual me repassou) os concertos pra piano de meu pai, mas agradeço pra valer porque, incrivelmente, eu não os conhecia ainda, embora já tivesse ouvido todos os demais concertos dele (os dois pra cello, o pra harpa, o pra violão e o pra gaita). Não são obras tão inspiradas mas, para quem gosta das obras do Villa, são garantia de uma aprazível audição.

***

01-04. Piano Concerto No 1
I Allegro
II Allegro- Poco Scherzando
III Andante & Cadenza
IV Allegro Non Troppo
05-08. Piano Concerto No 2
I Vivo
II Lento
III Quasi Allegro – Cadenza
IV Allegro

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9-12. Piano Concerto No 3
I Allegro
II Andante Con Moto
III Scherzo- Vivace-Cadenza
IV Allegro Vivace (Decisivo)
13-16. Piano Concerto No 4
I Allegro Non Troppo
II Andante Con Moto
III Scherzo- Allegro Vivace – Cadenza
IV Allegro Moderato
17-20. Piano Concerto No 5
I Allegro Non Troppo
II Poco Adagio
III Allegretto Scherzando – Cadenza
IV Allegro

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Royal Philharmonic Orchestra, regida por Miguel Gómez-Martínez
Piano: Cristina Ortiz

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Fantasia para orquestra de cellos

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A Fantasia para orquestra de cellos é uma das melhores obras de Villa-Lobos. Difícil aceitar que seja tão ignorada. Acredito que essa gravação, realizada pelo próprio mestre, é a única existente (não existe nenhuma outra informação sobre a gravação). Mas apesar do som variar entre ruim e regular, a interpretação é absolutamente vigorosa e emocionante. O segundo movimento está entre as mais lindas páginas da música. O terceiro movimento tem uma força absurda e cheiro de Brasil. Música de primeira categoria.

Além disso, as transcrições de alguns movimentos do cravo bem-temperado de Bach para orquestra de cellos são de arrancar lágrimas.

Um disco imperdível.

CDF

Faixas:
1. Fantasia: 1º Movimento: Alegretto
2. 2º Movimento: Lento
3. 3º Movimento: Allegretto Scherzando – Molto Alegre
4. From Well-Tempered Clavier: Prelúdio Nº 22
5. Fuga Nº 8
6. Prelúdio Nº 14
7. Fuga Nº 1
8. Prelúdio Nº 8
9. Fuga Nº 21

Performed by The Violoncello Society
Villa-Lobos (conductor)

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Carlos Chávez (1899-1978) – Sinfonia Índia (mais Villa-Lobos, Ginastera e Halffter)

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Atendendo a pedidos, a Sinfonia Índia de Carlos Chávez.

Mesmo que ela só tenha um movimento e cerca de doze minutos (mais curta do que, inclusive, muitas sinfonietas), é assim que seu a compositor a nomeou e concebeu, causando dor de cabeça e contrariedade aos estruturalistas mais ortodoxos (quando a escutei pela primeira vez, pensei que se tratava só do primeiro movimento). Na época em que a sinfonia (a segunda das seis de Chávez) foi escrita, 1936, o compositor já havia despontado com outro grande sucesso, também permeado de ritmos nativos: o balé Horse Power (quem tiver uma gravação decente de HP, pode me mandar).

Escrevi certa vez que as duas únicas sinfonias de que gosto de ouvir por completo quando estou de bobeira eram a nona de Dvorák e a segunda de Camargo Guarnieri, mas tenho de acrescentar a Índia de Chávez e a Sinfonia em Cinco Movimentos de Jorge Antunes. Mesmo nos momentos mais calmos, a Índia é belamente melodiosa, sem falar que os instrumentos Yaqui (da tribo homônima, que vivem perto da fronteira com o Arizona) dão um toque único à obra.

Completam o presente CD a famosa suíte de Estância, de Ginastera, o Choros n° 10 (muito bisonho nesta versão) e o concerto para violino do espanhol naturalizado mexicano Rodolfo Halffter (1900-1987) (irmão de outros dois compositores também pouco conhecidos para nós, Ernesto e Cristóbal). Apesar de Rodolfo ter sido o Koellreuter mexicano, introdutor do dodecafonismo em terras astecas, ele só passou a utilizar a técnica dos doze tons na década de 1950 – isso explica porque este concerto, de 1940, é neoclássico.

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1. Sinfonia Índia – Chávez
2-4. Concerto para violino, op. 11 – Halffter
5-8. Suíte Estância – Ginastera
9. Choros n° 10 – Villa-Lobos

Orquestra Sinfônica e coro da RTVE, de Madrid, regida por Enrique García Asensio
Violino: Ángel Jesús García
Diretor do coro: Mariano Alfonso

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Heitor Villa-Lobos (1887-1959) – Serestas

Nota: esta postagem, assim como todas as demais com obras de Heitor Villa-Lobos, não contém links para arquivos de áudio, pelos motivos expostos AQUI

 

Penso que as Serestas do Villa (as doze primeiras de 1925 e as duas últimas de 1943) só têm alguma graça para quem gosta da canção de câmara nacional – pessoalmente só aprecio a quinta. Mesmo assim, para compensar a carência de canções em português aqui no blog, posto esta gravação antiga, da Philips, com Maria Lúcia Godoy e, ao piano, Miguel Proença. Não acho que a voz de MLG seja a perfeita para as Serestas – prefiro-as com um soprano mais jovem ou com um tenor – mas tá valendo. E como vocês podem ver abaixo, os autores dos poemas são de primeira linha.

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Seresta nº 1: Pobre Cega (Álvaro Moreyra)
Seresta nº 2: O Anjo da Guarda (Manuel Bandeira)
Seresta nº 3: Canção da Folha Morta (Olegário Mariano)
Seresta nº 4: Saudades da Minha Vida (Dante Milano)
Seresta nº 5: Modinha (Manuel Bandeira)
Seresta nº 6: Na Paz do Outono (Ronald de Carvalho)
Seresta nº 7: Cantiga do Viúvo (Carlos Drummond de Andrade)
Seresta nº 8: Canção do Carreiro (Ribeiro Couto)
Seresta nº 9: Abril (Ribeiro Couto)
Seresta nº 10: Desejo (Guilherme de Almeida)
Seresta nº 11: Redondilha (Dante Milano)
Seresta nº 12: Realejo (Álvaro Moreyra)
Seresta nº 13: Serenata (David Nasser)
Seresta nº 14: Vôo (Abgar Renault)

Maria Lúcia Godoy, soprano
Miguel Proença, piano

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