G. P. Telemann (1681-1767): Perpetuum Mobile, Cantatas & Música de Câmara

G. P. Telemann (1681-1767): Perpetuum Mobile, Cantatas & Música de Câmara

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Excelente CD com a música de Telemann. Um disco com uma estrutura que não chega a surpreender na sua alternância entre Cantatas, Quartetos e Aberturas, mas sim pela qualidade musical e pelo grupo de solistas e orquestra. Dorothee Mields é realmente uma espantosa cantora, um soprano que transpira musicalidade. Recomendo incondicionalmente o disco para quem quiser saber do multi-facetado artista que foi Telemann. E, pasmem, essas são obras gravadas que aparecem pela primeira vez em disco. A Cantata TWV 1:795 é uma joia muito especial.

Hier ist mein Herz, geliebter Jesu, sacred cantata for 2-part chorus, strings & continuo, TWV 1:795
1 Hier ist mein Herz, geliebter Jesu 4:26
2 Ich war ein Sklavenkind 0:29
3 Wollten doch die Augen brechen 2:37
4 Indessen leg ich mich vor deine Füße 0:28
5 Du willst ein Opfer haben 1:17
6 So nimm mein Opfer hin 0:48
7 Ach mein Gott 2:47

Quartet for flute, violin, viola & continuo in G minor, TWV 43:g4
8 Allegro 2:09
9 Adagio 1:52
10 Allegro 4:29

Weiche Lust und Fröhlichkeit, sacred cantata for 2 solo voices, unison violins, solo viola & continuo, TWV 1:1536
11 Weiche, Lust und Fröhlichkeit 3:36
12 Bedenk, o Mensch! 0:34
13 Um uns Verfluchte zu erlösen 3:24
14 Bedenk hiernächt sein treues Lieben 1:12
15 Herz und Seele sind erfreut 4:04

Quartet for flute, oboe, violin & continuo in A minor, TWV 43:a3
16 Adagio 2:44
17 Allegro 1:30
18 Adagio 1:28
19 Vivace 4:04

Ach Herr, strafe mich nicht (Psalm 6; II), psalm setting for voice, oboe, bassoon, strings & continuo, TWV 7:2
20 Ach Herr, strafe mich nicht 2:54
21 Herr, sei mir gnädig 1:24
22 Wende dich, Herr 1:23
23 Denn im Tode gedenkt man 0:34
24 Ich bin so müde vom Seufzen 4:17
25 Weichet von mir, ihr Übeltäter 1:07
26 Es müssen alle meine Feinde 1:10

Overture: Perpetuum mobile, suite for strings & continuo in D major, TWV 55:D12
27 Ouverture 6:05
28 Perpetuum mobile 1:33
29 Sarabande 2:05
30 Bourée 1:03
31 Menuet I und II 3:46
32 Tourbilon 1:33
33 Gigue 1:06

Balthasar-Neumann-Ensemble
Dorothee Mields
Benoît Haller
Han Tol

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O detalhe de um Vermeer para animar a festa
O detalhe de um Vermeer para animar a festa

PQP

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Os Concertos para Violino Nº 1 e 2

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Os Concertos para Violino Nº 1 e 2

Bem, há duas gravações dos Concertos para Violino de Shostakovich que parecem ser inalcançáveis por pobres e simples MORTAES. São as de Maxim Vengerov e a lendária de David Oistrakh. O jovem armênio Sergey Khachatryan faz uma boa tentativa de se ombrear aos citados gênios, mas fica ali pela cintura deles. Porém, de qualquer maneira, é uma boa introdução de a este concertos. A famosa e VISCERABILÍSSIMA Passacaglia do Concerto Nº 1 recebeu cuidadoso tratamento de Khachatryan, mas não transcende, entende? Pois é, é foda, mas faltou maturidade ao rapaz que certamente vai tentar novamente no futuro. Bonne chance!

D. Shostakovich (1906-1975): Os Concertos para Violino Nº 1 e 2

1. Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 77 (published as Op. 99): Nocturne. Moderato
2. Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 77 (published as Op. 99): Scherzo. Allegro
3. Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 77 (published as Op. 99): Passacaglia. Andante
4. Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 77 (published as Op. 99): Burlesque. Allegro con Brio

5. Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129: Burlesque. Allegro con Brio
6. Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129: Adagio
7. Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129: Adagio – Allegro

Sergey Khachatryan
Orchestre National de France
Kurt Masur

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Shostakovich assistindo a um jogo do seu time, o Zenit
Shostakovich assistindo a um jogo do seu time, o Zenit

PQP

Samuel Scheidt (1587-1654): Ludi Musici – Hamburg 1621

Samuel Scheidt (1587-1654): Ludi Musici – Hamburg 1621

Samuel Scheidt foi um organista alemão, professor de música e compositor do período da Renascença. Foi um dos mais completos compositores de sua geração. Organista, compôs música sacra e instrumental que faz intersecção entre a tradição polifônica luterana e todas as influências da música italiana e do estilo de Monteverdi. As danças e a canzoni contidas em seu Ludi Musici (1621) demonstram esta mistura de estilos, sendo tanto o legado dos modelos tardio-renascentistas quanto o reflexo do novo virtuosismo iniciado pelos italianos. Estas peças são de fato destinadas à viola da gamba, que ainda gozava de sucesso considerável na Alemanha na época.

Samuel Scheidt (1587-1654): Ludi Musici – Hamburg 1621

1. Ludi Musici: Paduan a 4 voc. Cantus IV
2. Ludi Musici: Galliard a 4 voc. Cantus VIII
3. Ludi Musici: Courant a 4 voc. Cantus XI
4. Ludi Musici: Courant a 4 voc. Cantus XIX
5. Ludi Musici: Canzon a 5 voc. ad imitationem Bergamas, angl. Cantus XXVI
6. Ludi Musici: Courant a 4 voc. Cantus XXIII
7. Ludi Musici: Galliard a 5 voc. Cantus XXV
8. Ludi Musici: Courant a 4 voc. Cantus XVII
9. Ludi Musici: Galliard Battaglia a 5 voc. Cantus XXI
10. Ludi Musici: Paduan a 4 voc. Cantus VI
11. Ludi Musici: Galliard a 4 voc. Cantus VII
12. Ludi Musici: Alamande a 4 voc. Cantus XVI
13. Ludi Musici: Canzon a 5 voc. super Cantionem Gallicam Cantus XXIX
14. Ludi Musici: Paduan a 4 voc. Cantus V
15. Ludi Musici: Courant Dolorosa a 4 voc. Cantus IX
16. Ludi Musici: Courant a 4 voc. Cantus XIII
17. Ludi Musici: Canzon a 5 voc. super o Nachbar Roland. Cantus XXVIII

Hesperion XX
Jordi Savall

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Scheidt, esse não jogou no Grêmio
Scheidt, esse não jogou no Grêmio

PQP

Béla Bartók (1881-1945): Os 3 Concertos para Piano (Donohoe, Rattle)

Béla Bartók (1881-1945): Os 3 Concertos para Piano (Donohoe, Rattle)
Version 1.0.0

Olha, meus amigos, que CD! É

IM-PER-DÍ-VEL !!!

e, como se não bastasse, EM-BAS-BA-CAN-TE, indo direto para a Galeria Especial de Mais Amados e Louvados. É por essas e outras que Sir Simon Rattle acabou em Berlim.

Estou meio sem palavras após ouvir este disco por inteiro três vezes consecutivas, assim de enfiada. (Nada de piadinhas, sou gaúcho mas não pratico). Então, faço a seguir uma meia tradução daquilo que o também embasbacado crítico da Gramophone escreveu.

Este registro dos concertos para piano de Bartók está entre os melhores. O entendimento entre Peter Donohoe, Simon Rattle e a CBSO é fantástico. Como disse na Gramophone, eles fazem o Primeiro Concerto para Piano parecer pura diversão. O Primeiro e o Segundo concertos são obras formidáveis, com o piano sendo tratado como um instrumento de percussão. Certamente, não são trabalhos fáceis de ouvir. Eles são tocados aqui com uma sensibilidade que traz à luz cada detalhe de sombreamento e textura. O Andante do Segundo (uma música norturna) é de meus favoritos e é aqui executado com todas as nuances. O terceiro concerto é absolutamente luminoso. O segundo movimento, com seus sons de natureza, está particularmente perfeito.

Para os fãs da música de Bartók, este disco é uma obrigação.

Obs. típica: nunca digo o nome de Bartók como ele deve ser pronunciado. Lembrete: o acento em húngaro não é tônico. Impossível dizer Bártok… A sonoridade de Bartók em português é muito mais bonita. E o mesmo vale para Ligeti. O correto é Lígeti.

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Béla Bartók (1881-1945): Os 3 Concertos para Piano

Piano Concerto No. 1 in A major, Sz. 83, BB 91
1. I: Allegro Moderato – Allegro – Allegro Moderato
2. II: Andante
3. III: Allegro Molto

Piano Concerto No. 2 in G major, Sz. 95, BB 101
4. I: Allegro
5. II: Adagio – Presto – Adagio
6. III: Allegro Molto

Piano Concerto No. 3 in E major, Sz. 119, BB 127 (completed by Tibor Serly)
7. I: Allegretto
8. II: Adagio Religioso – Poco Piu Mosso – Tempo I
9. III: Allegro Vivace

Peter Donohoe, piano
City of Birmingham Symphony Orchestra
Simon Rattle, conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Béla Bartók (1881-1945) em 1930.
Béla Bartók (1881-1945) em 1930.

PQP

.: intermezzo :. Angels of Venice: Music For Harp, Flute And Cello

Curioso, talvez esse disco seja bom para o sexo. Ou para elevadores ou aeroportos. Mas dizem que também serve para crianças. Não sei bem, só sei que é new age e que é relaxante no início, mas depois, se prestarmos atenção, irrita. Melhor deixá-lo como música de fundo para as primícias de uma noite de sexo ou para trilha sonora de um longo banho de espuma. (Por algum motivo, pensei em um cara velho tomando banho de espuma com uma jovem mulher, enquanto bebem champanhe e sorriem um para o outro. Não, não eram Michel e Marcela, eram coisa melhor). Serviria também para a ioga, para ler um livro mais ou menos, para meditar doce e equivocadamente ou para a contação de histórias infantis.

Trata-se do disco independente de estreia do trio feminino Angels of Venice. Os tais anjos são a loiríssima harpista texana Carol Tatum, a violoncelista Sarah O’Brein e a flautista e percussionista Suzanne Teng. O grupo foi formado em 1993 e toca tudo o que é açucarado. São arranjos de música medieval, barroca e neoclássica. É um som romântico, bonitinho, macio e bem feitinho. Há uma faixa que tem fontes murmurantes e passarinhos ao fundo. Me senti mal.

 

Angels of Venice: Music For Harp, Flute And Cello

01 – Pachelbell’s Canon
02 – Little Angels
03 – Dragonfly
04 – Crystal Tears
05 – An English Garden
06 – Greensleeves
07 – Sara’s Dream
08 – Night Spirits
09 – Luna Mystica
10 – A time For Dreams
11 – The Enchanted Forest
12 – Lover’s Requiem
13 – The Reflecting Pool
14 – Dreamcatcher

Angels of Venice:
Cello – Sarah O’Brein
Flute – Suzanne Teng
Harp – Carol Tatum

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

iguaria-acucar-branco

PQP

The Dmitri Shostakovich Edition – CDs 22, 23 e 24 de 27

The Dmitri Shostakovich Edition – CDs 22, 23 e 24 de 27

SÉRIE IM-PER-DÍ-VEL!!!

Ah, há um erro perfeitamente suportável no Moderato da Sonata para Piano N° 2 e o Quarteto Nº 9 comento mais quando chegarmos ao 10º e ao 11º.

CD 22

Sonata para Violoncelo e Piano, Op. 40 (1934)

A Sonata em Ré Menor Op. 40 foi composta em 1934, no período em que Shostakovitch apaixonara-se por uma jovem estudante, o que ocasionou um efêmero divórcio de sua esposa Nina. O compositor dedicou esta sonata ao violoncelista Victor Lubatski e ambos a estrearam em Moscou, no dia 25 de dezembro de 1934.

O primeiro movimento (Allegro non troppo) é escrito em forma sonata. O primeiro tema, bastante extenso, é apresentado pelo violoncelo, acompanhado por arpeggios do piano e depois desenvolvido por este até seu clímax; o segundo tema, muito mais delicado, é, contrariamente, apresentado pelo piano e imitado pelo violoncelo. Durante o desenvolvimento o primeiro tema ganha motivos rítmicos, mas logo o afetuoso segundo tema reaparece. Tudo parece em ordem, encaminhando-se para o final do movimento, mas Shostakovitch nos surpreende ao inserir alguns acordes em staccato do piano, acompanhados por notas sustentadas pelo violoncelo, o que faz com que a música torne-se quase estática. É uma estranha preparação para o que se ouvirá no segundo movimento (Allegro) o qual é um scherzo típico de Shostakovitch. Trata-se de um frenético ostinato que é interrompido por um tema apresentado pelo piano que, apesar de mais tranqüilo, é também muito pouco contemplativo. O terceiro movimento (Largo) faz-lhe intenso contraste, pois é uma melodia tranquila e vocal, acompanhada pelo piano de forma introspectiva, dissonante e um tanto fúnebre. O Allegro final é um rondó bastante irônico no qual o tema principal é apresentado três vezes, ligados, a cada intervalo, por estranhas e vertiginosas cadenzas.

Cello Sonata in D minor Op. 40
1. Allegro non troppo  11:18
2. Allegro  3:14
3. Largo  7:00
4. Allegro  3:49

5. Piano Sonata No. 1 Op. 12  12:24

Piano Sonata No. 2 Op. 61
6. Allegretto  7:31
7. Largo  7:22
8. Moderato  11:55

Total:  64:23

Timora Rosler, cello
Klára Würtz, piano (1-4)
Colin Stone, piano (5-8)

CD 23

Quarteto de Cordas Nº 2, Op. 68 (1944)

Este trabalho em quatro movimentos foi escrito em menos de três semanas. A abertura é uma melodia de inspiração folclórica, tipicamente russa. O grande destaque é o originalíssimo segundo movimento, Recitativo e Romance: Adagio. O primeiro violino canta (ou fala) seu recitativo enquanto o trio restante o acompanha como se estivessem numa ópera ou música sacra barroca. O Romance parece música árabe, mas não suficientemente fundamentalista a ponto que a Al Qaeda comemore. Segue-se uma pequena valsa no mesmo estilo. O quarto movimento é um Tema com variações que fecha brilhantemente o quarteto.

É curioso que neste quarteto, talvez por ter sido composto rapidamente, há uma musicalidade simples, leve e nada forçada. Talvez nem seja uma grande obra como os Quartetos Nros. 8 e 12, mas é dos que mais ouço. Afinal, esta é uma lista pessoal e as excentricidades valem, por que não?

Quarteto de Cordas Nº 8, Op. 110 e Sinfonia de Câmara, Op. 110a – Arranjo de Rudolf Barshai (1960)

Na minha opinião, o melhor quarteto de cordas de Shostakovich. Não surpreende que tenha recebido versões orquestrais que até hoje são gravadas, como a que coloco à disposição abaixo. Trata-se de uma obra bastante longa para os padrões shostakovichianos de quarteto; tem cinco movimentos, com a duração total ficando entre os 20 minutos (na versão para quarteto de cordas) e 26 (na versão orquestral). O quarteto abre com um comovente Largo de intenso lirismo, o qual é seguido por um agitado Allegro molto, de inspiração folclórica e que fica muito mais seco na versão para quarteto. O terceiro movimento (Allegretto) é uma surpreendente valsinha sinistra a qual é respondida por outra valsa, muito mais lenta e com um acompanhamento curiosamente desmaiado. O quarteto é finalizado por dois belos ; o primeiro sendo pontuado por agressivamente por um motivo curto de três notas e o segundo formado por mais uma fuga a quatro vozes utilizando temas dos movimentos anteriores.

Quarteto Nº 13, Op. 138 (1970)

Um pouco menos funérea que a Sinfonia Nº 14, este quarteto foi escrito nos intervalos do tratamento ortopédico que conseguiu devolver-lhe do parte do movimento das mãos e antes do segundo ataque cardíaco. O décimo-terceiro quarteto é um longo e triste adagio de cerca de vinte minutos. O quarteto foi dedicado ao violista Vadim Borisovsky, do Quarteto Beethoven, e a viola não somente abre o quarteto como é seu instrumento principal. Trata-se de um belo quarteto em que a tranqüilidade só é quebrada por um pequeno scherzando estranhamente aparentado do bebop (sim, isso mesmo).

String Quartet No. 2 in A major Op. 68 (1944)
1. Overture (moderato con moto)  8:03
2. Recitative & Romance (adagio)  10:53
3. Waltz (allegro)  5:59
4. Theme & variations (adagio)  10:47

String Quartet No. 8 in C minor Op. 110 (1960)
5. Largo  4:40
6. Allegro molto  2:45
7. Allegretto  4:16
8. Largo  4:33
9. Largo  4:04

String Quartet No. 13 in B flat minor Op. 138 (1970)
10. Adagio  20:44

Total:  77:05

Rubio Quartet
Dirk van de Velde, violin I
Dirk van den Hauwe, violin II
Marc Sonnaert, viola
Peter Devos, cello

CD 24

Quarteto de Cordas Nº 7, Op. 108 (1960)

Mais um quarteto de Shostakovich com um lindíssimo movimento lento, desta vez baseado no monólogo de Boris Godunov (ópera de Mussorgski baseada em Puchkin), e mais um finale construído em forma de fuga, utilizando temas do primeiro movimento. Uma pequena e curiosa joia de onze minutos.

String Quartet No.3 in F major Op.73 (1946)
1. Allegretto  6:40
2. Moderato con moto  4:54
3. Allegro non troppo  4:01
4. Adagio  5:41
5. Moderato  10:40

String Quartet No.7 in F sharp monor Op.108 (1960)
6. Allegretto  3:33
7. Lento  3:36
8. Allegro  6:03

String Quartet No.9 in E flat major Op.117 (1964)
9. Moderato con moto  4:20
10. Adagio  4:34
11. Allegretto  3:47
12. Adagio  3:32
13. Allegro  9:54

Total:  71:38

Rubio Quartet
Dirk van de Velde, violin I
Dirk van de Hauwe, violin II
Marc Sonnaert, viola
Peter Devos, cello

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

O compositor com um поросёнок nas mãos
O compositor com um поросёнок nas mãos

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 35, 33 e 164 (Vol. 49 da coleção completa de Rilling)

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 35, 33 e 164 (Vol. 49 da coleção completa de Rilling)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Nos comentários ao post anterior, de FDP Bach, alguém ficou cantando as maravilhas de Helmuth Rilling. E eu respondi que tinha a Coleção Completa de Cantatas Sacras e Seculares de Bach sob a regência do dito cujo. Dá 77 CDs. Então, no entusiasmo e por acaso, peguei o Vol. 49. Agora, ouçam que CD espetacular! A 164 pode ser meia-boca, mas o resto é lindo, de uma felicidade total. É a perfeição! Muita atenção às Sinfonias e principalmente à Ária para contralto da 33.

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 35, 33 e 164 (Vol. 49 da coleção completa de Rilling)

1. Soul With Spirit Is Bewildered, Cantata BWV 35: 1. Sinf – Helmuth Rilling
2. Soul With Spirit Is Bewildered, Cantata BWV 35: 2. Aria – Julia Hamari
3. Soul With Spirit Is Bewildered, Cantata BWV 35: 3. Recitative – Julia Hamari
4. Soul With Spirit Is Bewildered, Cantata BWV 35: 4. Aria – Julia Hamari
5. Soul With Spirit Is Bewildered, Cantata BWV 35: 5. Sinf – Helmuth Rilling
6. Soul With Spirit Is Bewildered, Cantata BWV 35: 6. Recitative – Julia Hamari
7. Soul With Spirit Is Bewildered, Cantata BWV 35: 7. Aria – Julia Hamari

8. Alone To Thee, Lord Jesus Christ, Cantata BWV 33: 1. Chor (Verse 1) – Helen Watts/Frieder Lang/Philippe Huttenlocher
9. Alone To Thee, Lord Jesus Christ, Cantata BWV 33: 2. Recitative – Philippe Huttenlocher
10. Alone To Thee, Lord Jesus Christ, Cantata BWV 33: 3. Aria – Hele Watts
11. Alone To Thee, Lord Jesus Christ, Cantata BWV 33: 4. Recitative – Frieder Lang
12. Alone To Thee, Lord Jesus Christ, Cantata BWV 33: 5. Aria – Freider Lang/Philippe Huttenlocher
13. Alone To Thee, Lord Jesus Christ, Cantata BWV 33: 6. Chor – Helen Watts/Frieder Lang/Philippe Huttenlocher

14. Ye Who The Name Of Christ Have Taken, Cantata BWV 164: 1. Aria – Lutz-Michael Harder
15. Ye Who The Name Of Christ Have Taken, Cantata BWV 164: 2. Recitative – Walter Heldwein
16. Ye Who The Name Of Christ Have Taken, Cantata BWV 164: 3. Aria – Julia Hamari
17. Ye Who The Name Of Christ Have Taken, Cantata BWV 164: 4. Recitative – Lutz-Michael Harder
18. Ye Who The Name Of Christ Have Taken, Cantata BWV 164: 5. Aria – Edith Wiens/Walter Heldwein
19. Ye Who The Name Of Christ Have Taken, Cantata BWV 164: 6. Chor – Edith Wiens/Julia Hamari/Lutz-Michael Harder

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O grande, imenso Helmut Rilling
O grande, imenso Helmut Rilling

PQP

Mademoiselle: Primeira Audição – A Música Desconhecida de Nadia Boulanger

Mademoiselle: Primeira Audição – A Música Desconhecida de Nadia Boulanger

IM-PER-DÍ-VEL !!!!

No século XX, a maior grife que um compositor ou músico erudito podia ostentar era o de poder dizer: “Fui (ou sou) aluno de Nadia Boulanger”. Este é o primeiro álbum dedicado às composições da própria Nadia, verdadeiramente um lançamento de grande importância histórica. Compreendo que alguém que tenha passado a vida moldando autores e intérpretes tenha cuidado em lançar obras — que têm um ar de despretensão e diletantismo. Além disso, ela foi uma mulher num campo QUE ERA decididamente masculino. Mas, mesmo com a despretensão, a qualidade é muito alta.

Dentre todos, Boulanger foi de longe o professor de composição mais influente do século XX. No entanto, “Mademoiselle”, como ela é conhecida no mundo da música, descartou suas próprias obras como “inúteis”. O resultado é que elas são quase completamente desconhecidas do público musical de hoje. Porém, agora podemos agora ouvir seus trabalhos completo, incluindo 13 estreias mundiais, nos gêneros da canção, piano solo, violoncelo e piano e órgão. São 37 joias.

Nadia Juliette Boulanger (1887-1979) foi professora de:

  • Aaron Copland
  • Albert Alan Owen
  • Almeida Prado
  • Astor Piazzolla
  • Burt Bacharach
  • Charles Strouse
  • Cláudio Santoro
  • Clifford Curzon
  • Daniel Barenboim
  • David Conte
  • David Diamond
  • David Ward-Steinman
  • David Wilde
  • Diane Bish
  • Dinu Lipatti
  • Douglas Stuart Moore
  • Easley Blackwood Jr.
  • Egberto Gismonti
  • Elie Siegmeister
  • Elliott Carter
  • Gian Carlo Menotti
  • Ginette Neveu
  • Harold Shapero
  • Henryk Szeryng
  • Howard Swanson
  • Idil Biret
  • Igor Stravinsky
  • Jean Françaix
  • Kazimierz Serocki
  • John Eliot Gardiner
  • Lennox Berkeley
  • Leonard Bernstein
  • Marcelle de Manziarly
  • Marc Blitzstein
  • Mozart Camargo Guarnieri
  • Ned Rorem
  • Quincy Jones
  • Ralph Kirkpatrick
  • Peter Hill
  • Philip Glass
  • Richard Stoker
  • Robert Russell Bennett
  • Roy Harris
  • Stanislaw Skrowaczewski
  • Walter Piston
  • William Sloane Coffin
  • Witold Lutoslawski
  • Wojciech Kilar
  • Virgil Thomson

Tá bom? Entenderam porque ela é tão importante?

Mademoiselle: Primeira Audição – A Música Desconhecida de Nadia Boulanger

CD 1 (54:12)

SONGS

Versailles* (3:05)
J’ai frappé (1:59)
Chanson* (1:26)
Chanson (2:02)
Heures ternes* (2:49)
Le beau navire* (3:04)
Mon coeur* (3:05)
Doute (2:47)
Un grand sommeil noir* (2:02)
L’échange (3:24)
Soir d’hiver (3:40)
Ilda* (3:29)
Prière (3:38)
Cantique (2:03)
Poème d’amour* (3:50)
Extase* (2:36)
La mer* (2:53)
Aubade* (2:00)
Au bord de la route (2:18)
Le couteau (1:57)

CD 2 (54:15)

Soleils couchants (2:24)
Élégie (3:30)
O schwöre nicht* (2:03)
Was will die einsame Thräne? (2:32)
Ach, die Augen sind es wieder* (2:09)
Écoutez la chanson bien douce (6:03)

WORKS FOR PIANO

Vers la vie nouvelle (4:30)
Trois pièces pour piano* (3:22)

Pièce No. 1 in D Minor (1:05)
Pièce No. 2 in D Minor (1:26)
Pièce No. 3 in B Minor (0:51)

WORKS FOR CELLO AND PIANO
Trois pièces (8:33)

Modéré (3:14)
Sans vitesse et à l’aise (2:21)
Vite et nerveusement rythmé (2:58)

WORKS FOR ORGAN
Trois Improvisations (11:11)

Prélude (5:22)
Petit Canon (2:32)
Improvisation (3:57)
Pièce sur des airs populaires flamands (7:18)

* World Premiere Recording

Nicole Cabell
Edwin Crossley-Mercer
François-Henri Houbart
Lucy Mauro
Amit Peled
Alek Shrader

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Nadia Boulanger: a maior das professoras em 1925
Nadia Boulanger: a maior das professoras em 1925

PQP

Béla Bartók (1881-1945): Os Quartetos de Cordas (Végh)

Béla Bartók (1881-1945): Os Quartetos de Cordas (Végh)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Quando o Doutor me manda e-mail dizendo “Para tudo o que estás fazendo para ouvir isso!”, é bom parar mesmo. E ele me mandou estes quartetos com tal recomendação. Como não sou tão bom menino, prezo meu emprego comedor de tempo e houve a Greve Geral do dia 28, ouvi só dois dias depois. E, olha, não lembro de versão que possa superá-la. Acho que o Végh nos passa uma “sensação mais húngara” de que qualquer outra gravação dos quartetos, além de uma imaginação e autenticidade surpreendentes. Ao lado deles, o Emerson soa acadêmico e olha que eu amo o Emerson. As gravações foram feitas em 1972. Na minha humilde (ou nem tanto) opinião, estes quartetos são a maior música do século XX e é ouvi-los por talentosíssimos artistas amigos de Bartók é um privilégio incalculável.

Estão vendo Bartók ali de papo com aquela senhora de costas?
Estão vendo Bartók ali de papo com aquela senhora de costas?

Béla Bartók (1881-1945): Os Quartetos de Cordas (completos)

1 String Quartet No. 1, Op. 7, Sz. 40 29:59

2 String Quartet No. 2, Op. 17, Sz. 67: I. Moderato 10:25
3 String Quartet No. 2, Op. 17, Sz. 67: II. Allegro molto capriccioso 7:56
4 String Quartet No. 2, Op. 17, Sz. 67: III. Lento 8:40

5 String Quartet No. 3, Sz. 85 15:12

6 String Quartet No. 4, Sz. 91: I. Allegro 5:58
7 String Quartet No. 4, Sz. 91: II. Prestissimo, con sordino 2:59
8 String Quartet No. 4, Sz. 91: III. Non troppo lento 5:05
9 String Quartet No. 4, Sz. 91: IV. Allegretto, pizzicato 2:43
10 String Quartet No. 4, Sz. 91: V. Allegro molto 5:14

11 String Quartet No. 5, Sz. 102: I. Allegro 7:16
12 String Quartet No. 5, Sz. 102: II. Adagio molto 6:15
13 String Quartet No. 5, Sz. 102: III. Scherzo: alla bulgarese 5:02
14 String Quartet No. 5, Sz. 102: IV. Andante 5:10
15 String Quartet No. 5, Sz. 102: V. Finale: allegro

16 String Quartet No. 6, Sz. 114: I. Mesto – Più mosso, pesante – Vivace 7:18
17 String Quartet No. 6, Sz. 114: II. Mesto – Marcia 8:06
18 String Quartet No. 6, Sz. 114: III. Mesto – Burletta 7:23
19 String Quartet No. 6, Sz. 114: IV. Moderato, mesto 6:05

Quatuor Végh

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Vocês pensam que pesquisar folclore não dá trabalho. Aí está Bartók (de presto) numa de suas viagens.
Vocês pensam que pesquisar folclore não dá trabalho? Aí está Bartók (de preto) numa de suas viagens.

PQP

G. P. Telemann (1681-1767): Três Suítes Orquestrais

G. P. Telemann (1681-1767): Três Suítes Orquestrais

Carin van Heerden é uma das fundadoras da excelente L’Orfeo Barockorchester (geralmente sob a liderança do violinista Michi Goigg, que aqui ocupa a posição de spalla do grupo) e nesta gravação toma para si múltiplas tarefas: é regente e solista da primeira e terceira Suítes. A única Suíte bem conhecida por mim é a terceira (TWV 55:a2 – 1), que já recebeu várias gravações. Mas a primeira me deixou muito impressionado — principalmente pela irresistível Bouree I & II. É música luminosa e matinal, pura alegria do barroco tardio e verdadeira porta de entrada para as Suítes e Aberturas de Telemann. Gostei muito.

G. P. Telemann (1681-1767): Três Suítes Orquestrais

01. Ouverture in E Flat major for Flute pastorelle, Strings & B. c. – TWV 55:Es2 – 1. Ouverture 08:42
02. Ouverture in E Flat major for Flute pastorelle, Strings & B. c. – TWV 55:Es2 – 2. Menuet I & II 02:34
03. Ouverture in E Flat major for Flute pastorelle, Strings & B. c. – TWV 55:Es2 – 3. Sarabande 01:51
04. Ouverture in E Flat major for Flute pastorelle, Strings & B. c. – TWV 55:Es2 – 4. Bouree I & II 02:53
05. Ouverture in E Flat major for Flute pastorelle, Strings & B. c. – TWV 55:Es2 – 5. Passepied 01:23
06. Ouverture in E Flat major for Flute pastorelle, Strings & B. c. – TWV 55:Es2 – 6. Gavotte 00:45
07. Ouverture in E Flat major for Flute pastorelle, Strings & B. c. – TWV 55:Es2 – 7. Gigue 02:20

08. Ouverture in F major for 2 Oboes, Strings & B. c. – TWV 55:F14 – 1. Ouverture 06:08
09. Ouverture in F major for 2 Oboes, Strings & B. c. – TWV 55:F14 – 2. Passetemps. Vivement 01:16
10. Ouverture in F major for 2 Oboes, Strings & B. c. – TWV 55:F14 – 3. Sarabande 01:09
11. Ouverture in F major for 2 Oboes, Strings & B. c. – TWV 55:F14 – 4. Rigaudon I & II 01:31
12. Ouverture in F major for 2 Oboes, Strings & B. c. – TWV 55:F14 – 5. Rondeau 01:33
13. Ouverture in F major for 2 Oboes, Strings & B. c. – TWV 55:F14 – 6. Polonoise 01:42
14. Ouverture in F major for 2 Oboes, Strings & B. c. – TWV 55:F14 – 7. Chasse 01:40
15. Ouverture in F major for 2 Oboes, Strings & B. c. – TWV 55:F14 – 8. Menuet 01:53

16. Ouverture in A minor for Recorder, Strings & B. c. – TWV 55:a2 – 1. Ouverture 11:21
17. Ouverture in A minor for Recorder, Strings & B. c. – TWV 55:a2 – 2. Les Plaisirs 02:52
18. Ouverture in A minor for Recorder, Strings & B. c. – TWV 55:a2 – 3. Air a l’Italien. Largo-Allegro-Largo 06:37
19. Ouverture in A minor for Recorder, Strings & B. c. – TWV 55:a2 – 4. Menuet I alternativement-Menuet II 03:13
20. Ouverture in A minor for Recorder, Strings & B. c. – TWV 55:a2 – 5. Rejouissance. Viste 02:25
21. Ouverture in A minor for Recorder, Strings & B. c. – TWV 55:a2 – 6. Passepied I & II 02:07
22. Ouverture in A minor for Recorder, Strings & B. c. – TWV 55:a2 – 7. Polonoise 02:54

Carin van Heerden
L’Orfeo Barockorchester

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Estátua de Telemann em Żary (Polônia)
Estátua de Telemann em Żary (Polônia)

PQP

André Previn (1929) / Leonard Bernstein (1918-1990): Concerto para Violino “Anne-Sophie” / Serenata

André Previn (1929) / Leonard Bernstein (1918-1990): Concerto para Violino “Anne-Sophie” / Serenata

51cwtrPhhVLO amor estava no ar e este disco é permeado por ele. A Serenata de Bernstein foi inspirada pelo Simpósio de Platão, uma série de hinos ao amor em suas mais variadas vertentes, por assim dizer. Já o Concerto de André Previn foi inspirado e composto para Anne-Sophie Mutter, com quem se casou pouco depois. (Eles foram casados entre 2002 e 2006. Homem de sorte e certamente sedutor, antes de Mutter, Previn fora casado com Mia Farrow, dentre outras…) Muitos dos grandes compuseram para Anne-Sophie. Penderecki, Lutoslawski, Currier e Rihm escreveram concertos e outras obras destinadas a Mutter, mas esta foi certamente especial, tanto que a obra se chama “Anne-Sophie”. Ela foi projetada para mostrar o virtuosismo impressionante e os puros e belos timbres de Mutter. O Concerto não é magnífico, mas é muito digno. Bernstein se vale de sua enorme versatilidade e estilística eclética na Serenade. Seus quatro movimentos se assemelham vagamente a um concerto. Depois de um sensacional solo de violino, o primeiro movimento deriva para uma valsa; o segundo movimento é lento e sensual; o terceiro é um divertido Scherzo e o último é bem jazzy e tem um final empolgante. Aqui, Mutter está no seu auge. Seu desempenho é uma coisa anormal.

André Previn (1929) / Leonard Bernstein (1918-1990): Concerto para Violino “Anne-Sophie” / Serenata

Previn: Violin Concerto “Anne-Sophie”
1 1. Moderato 9:48
2 2. Cadenza – Slowly 13:26
3 3. Andante 16:20
Anne-Sophie Mutter
Boston Symphony Orchestra
André Previn

Bernstein: Serenade (1954) after Plato’s “Symposium”
4 1. Phaedrus – Pausanias: Lento – Allegro marcato 6:41
5 2. Aristophanes: Allegretto 4:26
6 3. Erixymachus: Presto 1:27
7 4. Agathon: Adagio 7:56
8 5. Socrates – Alcibiades: Molto tenuto – Allegro molto vivace 10:39
Anne-Sophie Mutter
London Symphony Orchestra
André Previn

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Ah, o amor
Ah, o amor

PQP

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonias Nº 7 e 10 (Svetlanov)

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonias Nº 7 e 10 (Svetlanov)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Como de costume, Svetlanov cria uma incrível textura orquestral, com cores e momentos mágicos em cada trecho, permitindo a cada instrumento cantar e expressar-se em toda a extensão. Que contraste com a versão calculada e artificial de Gergiev! A Sinfonia Nº 7 tem uma estrutura simétrica mais ou menos assim: um belíssimo e dançante Scherzo envolvido por duas ma-ra-vi-lho-sas “Músicas da Noite”, as quais são antecedidas e sucedidas por dois movimentos tipicamente mahlerianos, um sombrio e outro luminoso. Fazendo um esquema bem precário, é assim:

Sombras / Música da Noite 1 / Scherzo / Música da Noite 2 / Alegria

Costumo ouvir a sétima sinfonia retirando o primeiro e o último movimento. Fico apenas com as duas Nachtmusiken e com o Scherzo, que me é particularmente sedutor. Ouvindo Svetlanov, este esquema revelou-se em toda sua imbecilidade.

Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonias Nº 7 e 10

Symphonie N °7 En Mi Mineur ” Chant De La Nuit
1-1 1. Adagio. Allegro Con Fuoco 22:53
1-2 2. 1ste Nachtmusik : Allegro Moderato 18:52
1-3 3. Scherzo: Schattenhaft 9:43
1-4 4. 2te Nachtmusik : Andante Amoroso 15:43
2-1 5. Rondo: Allegro Ordinario 17:52

Symphonie N° 10 En Fa Dièse Majeur
2-2 Adagio 31:46

The Russian State Symphony Orchestra
Evgeni Svetlanov
Recording: Moscow, Large Hall of the Conservatory, 1992

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Freud and Mahler, de Edward Sorel
Freud and Mahler, de Edward Sorel

PQP

.: interlúdio :. Jack DeJohnette – Special Edition (1979)

.: interlúdio :. Jack DeJohnette – Special Edition (1979)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este CD de Jack DeJohnette me foi apresentado por um grande amigo integrante da OSPA (não se trata de caxumba, mas da famigerada Orquestra Sinfônica de Porto Alegre) e talvez seja um dos três melhores discos lançado pela ECM em toda sua riquíssima história. É estupendo e jamais me esqueceria dele se fosse para aquela ilha deserta! Abaixo, faço um copy and paste de duas críticas encontradas na rede. As críticas publicadas têm muito menos entusiasmo do que teria uma minha. Sou grande admirador deste CD que é uma sequência irrepetível de cinco obras-primas. O quarteto é notável, com destaque para David Murray. O que vocês ouvirão não é algo rotineiro. Baixem logo e ouçam atentamente.

This is a very cool album from drummer DeJohnette. His sidemen, Arthur Blythe and David Murray are both superb soloists, and each of them get some room to show their talents. Three of the five tunes are DeJohnette’s originals, my favorite of which is the rather catchy “Zoot Suite”. Filling out the album are two Coltrane tunes. For the most part, this has none of the atmospheric and cool aesthetic that most ECM albums have. It is quite lively and at times ferocious. Definitely worth checking out.

By Eric Brinkmann

Jack DeJohnette, man!!,

This Jack DeJohnette date is a studio recording from 1980 that features a quartet with David Murray on tenor sax and bass clarinet, Arthur Blythe on alto, and Peter Warren on bass and cello. It’s true that Jack DeJohnette is something of an impressionist drummer and, as such, he helped define the sound of the ECM label, home of Pat Metheny, Keith Jarrett, and Jan Garbarek. He was also known for the occasional piano excursion and on this album plays both piano and melodica when he’s not on the skins, while showcasing his compositional talents with 3 originals and 2 Coltrane tunes.

In addition to DeJohnette’s adventurous writing, this recording is really defined by the presence of World Saxophone Quartet players David Murray and Arthur Blythe. David Murray is the heir apparent to Eric Dolphy, and here he pays tribute to the bearded one with bass clarinet excursions on the DeJohnette penned “One for Eric” and the Coltrane/Dolphy standard “India.” Murray has really mastered this instrument (though he typically favors tenor sax) and I’m always searching for albums where he gets it out. Like Murray, Blythe is also comfortable stretching things out in the upper register with wails and squawks when the moment calls for it.

On “One for Eric,” after the players state the theme, Murray gets into a sauntering bass clarinet exploration before Blythe picks up the pace in the second half with a wailing alto sax solo, then bass and drum solos before the group returns to repeat the theme in unison to conclude. Fairly straight ahead structure here with fiery solos. “Zoot Suite” on the other hand, alternates between a repeated six-note stanza, with the players dancing around it very much in the spirit of the WSQ, and sections of third-stream cello-infused textures. Murray and Blythe get into a duel at the 2/3rds mark, before a return to third-stream impressionistics to round out the piece. Coltrane’s “Central Park West” is a brief, languid ballad with the horns and cello playing an almost dirge without time for any soloing. “India” has DeJohnette starting things off on piano, with Murray on bass clari and Blythe on alto coming in like Coltrane and Dolphy before Murray goes into his solo and then Blythe following — this tune is similar in form to the first track, with great horn soloing on top of a fairly standard arrangement.

It’s “Journey to the Twin Planet” that is the standout here, and apparently an acquired taste, though I acquired this album because of this particular track. It’s a bit avante garde and starts deceptively slow and exploratively with melodica, tenor, and alto sputtering, squawking, and blowing airily before things gradually build to a spastic, orgiastic release at 2:22 with all four players going at it — DeJohnette crashing the cymbals, Murray blustering away, Blythe caterwalling, and Warren plucking furiously. Then they’re back to the careful explorations that they started with, continuing at a snails pace with melodica, cello, and horns, before segueing into a melodica-led rhythm that sounds like something Steve Reich would have written. It’s adventurous, other-worldly, and out-there — honestly, I wish the whole album was like this, though obviously some will feel the opposite.

At 38 minutes, this is an all-too-short album, but the DeJohnette arrangements, fierce blowing by Murray and Blythe, and curious instrumentation make this an fascinating and enjoyable album.

By Joe Pierre

Jack DeJohnette – Special Edition (1979)

1. One For Eric (DeJohnette)
2. Zoot Suite (DeJohnette)
3. Central Park West (Coltrane)
4. India (Coltrane)
5. Journey To The Twin Planet (DeJohnette)

David Murray – Clarinet (Bass), Sax (Tenor)
Arthur Blythe – Sax (Alto)
Jack DeJohnette – Drums, Synthesizer, Guitar, Piano, Melodica, Main Performer, Producer, Keyboards, Mellophonium
Peter Warren – Bass, Cello

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Jack DeJohnette em 1979. Autor de um dos melhores discos de jazz de todos os tempos.
Jack DeJohnette em 1979. Autor de um dos melhores discos de jazz de todos os tempos.

PQP

Felix Mendelssohn (1809-1847): Symphony No. 5 & Overtures

Felix Mendelssohn (1809-1847): Symphony No. 5 & Overtures

Na minha opinião, a Sinfonia Nº 5, A Reforma, é uma obra-prima. É bachiana, luteraníssima e decididamente antiquada para o jovem romantismo vivido na época de Mendessohn. Ela foi composta em 1830 e estreada em novembro de 1832 em Berlim. A sinfonia foi composta em homenagem ao tricentenário da apresentação da Confissão de Augsburgo. Tal Confissão constitui a primeira exposição oficial dos princípios da luteranismo ou do protestantismo, e sua apresentação ao Imperador Carlos V, em junho de 1530, foi o ponto de início da Reforma Protestante. Na verdade, é a segunda de suas cinco sinfonias, mas foi publicada apenas em 1868, 21 anos após a morte de Mendelssohn. Por isso, ganhou o número 5. Muito interpretada, atualmente goza de maior popularidade do que durante a vida do compositor.

Felix Mendelssohn (1809-1847): Symphony No. 5 & Overtures

1 Overture: Ruy Blas 7:17
2 Overture: Calm Sea And Prosperous Voyage 11:48

Symphony No 5, ‘Reformation’ (28:04)
3 i. Andante – Allegro Con Fuoco 11:00
4 ii. Allegro Vivace 4:46
5 iii. Andante 3:36
6 iv. Choral: Ein’ feste Burg Ist Unser Gott: Andante Con Moto – Allegro Maestoso 8:42

London Symphony Orchestra
Sir John Eliot Gardiner

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Martinho Lutero traduzindo a Bíblia do Latim para o Alemão, de Gustav König (1808-1869).
Martinho Lutero traduzindo a Bíblia do Latim para o Alemão, de Gustav König (1808-1869).

PQP

Béla Bartók (1881-1945): O Castelo do Barba Azul

Béla Bartók (1881-1945): O Castelo do Barba Azul

Alguns de vocês sabem de meu bloqueio com óperas. na verdade, gosto das modernas Wozzeck, Lulu, das surpresas de Stockhausen e desta pequena ópera de Béla Bartók “O Castelo do Barba Azul”. Gosto muito de ouvi-la (*). Eu gostaria de ter tempo e conhecimento para tentar escrever algo no estilo do genial Euterpe a respeito, mas não vai dar, peçam para eles lá.

Esta gravação de 1965 tem uma qualidade de som absolutamente inesperada para a época e, se foi relançada em 2004, foi por sua estupenda qualidade. Não hesitaria em abraçar a histeria de alguns comentaristas da Amazon que a consideram um dos maiores registros realizados em todos os tempos. Christa Ludwig e Walter Berry conseguem ser perfeitos e emocionais, técnicos e comoventes. Algo realmente raro que chamou a atenção deste que costuma torcer o nariz para óperas.

Confiram, confiram.

(*) Na verdade, acho que as óperas são para ser vistas e ouvidas. Apenas ouvi-las é perder grande parte. Óperas são berro, luz, cenografia e atuação. Ficar só com a música é empobrecê-la. Estou muito errado?

Béla Bartók (1881-1945): O Castelo do Barba Azul

1. Bluebeard’s Castle, Sz. 48 (Op.11) – Opening Scene. “Megérkeztünk” 14:27
2. Bluebeard’s Castle, Sz. 48 (Op.11) – Door 1. “Jaj!” “Mit látsz? Mit látsz?” “Láncok, kések” 4:18
3. Bluebeard’s Castle, Sz. 48 (Op.11) – Door 2. “Mit látsz?” “Százkegyetlen szörnyü fegyver” 4:12
4. Bluebeard’s Castle, Sz. 48 (Op.11) – Door 3. “Oh, be sok kincs! Oh, be sok kincs!” 2:29
5. Bluebeard’s Castle, Sz. 48 (Op.11) – Door 4. “Oh! virágok! Oh! ilatoskert!” 5:03
6. Bluebeard’s Castle, Sz. 48 (Op.11) – Door 5. “Ah!” “Lásdez az én birodalmam” 6:54
7. Bluebeard’s Castle, Sz. 48 (Op.11) – Door 6. “Csendes fehér tavat látok” 12:39
8. Bluebeard’s Castle, Sz. 48 (Op.11) – Door 7. “Lásd a régi aszszonyokat” 9:31

Bluebeard____________________ Walter Berry
Judith______________________Christa Ludwig

London Symphony Orchestra
István Kértész, conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

E ninguém invocava a Maria da Penha
Uma montagem do Barba Azul de Bartók. E ninguém invocava a Maria da Penha.

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Sonatas & Partitas para Violino Solo (Ibragimova)

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Sonatas & Partitas para Violino Solo (Ibragimova)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Vamos fechar os trabalhos de hoje com a estupenda violinista russa Alina Ibragimova interpretando as Sonatas e Partitas para Violino Solo de meu pai. Música insondável, de profunda sutileza, virtuosismo impressionante e beleza arquitetônica, estas peças tem um grau de abstração inteiramente adequada para que o cérebro possa renascer depois da ressaca de ontem à noite. Inacreditável interpretação da jovem russa e gravação monumental da Hyperion. Tudo do bom e do melhor pra gente desintoxicar.

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Sonatas & Partitas para Violino Solo (Ibragimova)

CD 1:
Sonata No 1 in G minor, BWV1001
1) Adagio [4’32]
2) Fuga. Allegro [5’04]
3) Siciliana [3’29]
4) Presto [3’18]

Partita No 1 in B minor, BWV1002
5) Allemanda [5’11]
6) Double [2’27]
7) Corrente [3’27]
8) Double [3’18]
9)Sarabande [3’36]
10) Double [3’34]
11) Tempo di borea [3’18]
12) Double [3’08]

Sonata No 2 in A minor, BWV1003
13) Grave [4’34]
14) Fuga [7’46]
15) Andante [5’34]
16) Allegro [5’28]

CD2:
Partita No 2 in D minor, BWV1004
1) Allemanda [5’17]
2) Corrente [2’26]
3) Sarabanda [4’19]
4) Giga [3’26]
5) Ciaccona [14’10]

Sonata No 3 in C major, BWV1005
6) Adagio [4’11]
7) Fuga [10’39]
8) Largo [3’20]
9) Allegro assai [4’19]

Partita No 3 in E major, BWV1006
10) Preludio [3’14]
11) Loure [4’10]
12) Gavotte en rondeau [2’59]
13) Menuet 1 – Menuet 2 [4’58]
14) Bourrée [1’16]
15) Gigue [1’40]

Alina Ibragimova, violino

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

PQP

Béla Bartók (1881-1945): O Mandarim Miraculoso e Dois Retratos / Leoš Janáček (1854-1928): Sinfonietta

Béla Bartók (1881-1945): O Mandarim Miraculoso e Dois Retratos / Leoš Janáček (1854-1928): Sinfonietta


IM-PER-DÍ-VEL !!!

Seguindo nesta minha fase compulsiva, vamos a mais um Bartók. O húngaro não é para diletantes, então observem ao lado o nome do regente. Abbado interpreta maravilhosamente tanto o Mandarim quanto a Sinfonietta de Janáček, que tantos admiradores possui aqui no blog. Esta versão do Mandarim é a melhor que já ouvi até hoje. A história é a seguinte:

O ballet-pantomima O Mandarim Miraculoso narra uma curiosa história. Sons precipitados e tumultuados de rua apresentam três vagabundos que coagindo uma jovem mulher a fazer o papel de prostituta a fim de atrair homens a seu quarto para que eles pudessem roubá-los. (O chamado sedutor é soado três vezes pelo clarinete.) Primeiro, a jovem atrai a atenção de um senhor de idade. Mas seu interesse por ela é subitamente interrompido quando os três cúmplices o escorraçam porque ele não tem dinheiro. O chamado sedutor soa de novo, desta vez alcançando um jovem tímido. A jovem se sente atraída por ele e os dois dançam. Mas quando descobrem que ele também tem pouco dinheiro, é igualmente posto para fora.

O terceiro chamado traz à cena o macabro Mandarim. Os olhos traem-lhe os desejos. A jovem começa a dançar para ele- uma valsa que lentamente começa a se delinear – excitando-o ainda mais. No clímax da dança ela se lança a seus joelhos. Apaixonadamente, ele a abraça. A jovem, aterrorizada, foge dele quando um forte toque de trombone anuncia frenética perseguição em ostinado. O Mandarim a persegue e, quando alcança a mulher, os três delinqüentes saltam de seu esconderijo e tentam asfixiá-lo sob uma pilha de almofadas. Mas o mandarim consegue se reerguer e com os olhos fixos ainda mais apaixonadamente sobre a jovem. Os homens o atravessam com uma espada enferrujada, mas o Mandarim não sangra. Enforcam-no num candelabro mas ele não morre. Finalmente, sua cabeça é decepada e a jovem, chorando toma-o nos braços. Só então começam a ferir as feridas do Mandarim e ele consegue morrer.

Béla Bartók (1881-1945): O Mandarim Miraculoso e Dois Retratos /
Leoš Janáček (1854-1928): Sinfonietta

1. The Miraculous Mandarin op.19: Beginning
2. The Miraculous Mandarin op.19: The curtain rises
3. The Miraculous Mandarin op.19: First seduction game: the shabby old rake
4. The Miraculous Mandarin op.19: Second seduction game
5. The Miraculous Mandarin op.19: The shy youth appears at the door
6. The Miraculous Mandarin op.19: Third seduction game
7. The Miraculous Mandarin op.19: The Mandarin enters-Encounter with the girl
8. The Miraculous Mandarin op.19: The girl’s dance
9. The Miraculous Mandarin op.19: She flees from him; he chases her wildly
10. The Miraculous Mandarin op.19: The Mandarin stumbles, but catches the girl; they fight. The…
11. The Miraculous Mandarin op.19: Suddenly the Mandarin’s head Appears. The Tramps drag him out,…
12. The Miraculous Mandarin op.19: They drag the Mandarin to the centre of the room and hang him on a…
13. The Miraculous Mandarin op.19: The tramps take him down. He falls to the floor and at once leaps…
14. The Miraculous Mandarin op.19: His longing stilled, the Manadrin’s wounds begin to bleed; he…

London Symphony Orchestra
Ambrosian Singers
Claudio Abbado

15. Two Portraits op.5: 1. One Ideal: Andante – Shlomo Mintz/LSO/Abbado
16. Two Portraits op.5: 2. One Grotesque: Presto – Shlomo Mintz/LSO/Abbado

London Symphony Orchestra
Shlomo Mintz
Claudio Abbado

17. Sinfonietta: 1. Allegretto-Allegro-Maestoso – Berlin PO/Abbado
18. Sinfonietta: 2. Andante-Allegretto – Berlin PO/Abbado
19. Sinfonietta: 3. Moderato – Berlin PO/Abbado
20. Sinfonietta: 4. Allegretto – Berlin PO/Abbado
21. Sinfonietta: 5. Andante con moto – Berlin PO/Abbado

Berlin Philharmonic Orchestra
Claudio Abbado

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Quem desenhou esta ilustração presente em programas do Mandarim?
Quem desenhou esta ilustração presente em programas do Mandarim?

PQP

Dario Castello (1590–1630) & Giovanni Battista Fontana (1571-1630): Sonate Concertate in Stil Moderno

Dario Castello (1590–1630) & Giovanni Battista Fontana (1571-1630): Sonate Concertate in Stil Moderno

Os italianos e o violino, o violino e os italianos. Castello e Fontana foram compositores do barroco inicial italiano. Sabe-se pouco sobre Castello. Suas datas de nascimento e morte são aproximações. Pensa-se que ele possa ter morrido durante a grande praga de 1630, pois não publicou nenhuma música nova após esta data. Já Fontana morreu certamente em Padova durante a mesma praga. John Holloway é um mestre do barroco e interpreta essas obras com o habitual senso de estilo. As obras são solos de violino bem acompanhados pelo cravo e, às vezes, também pelo fagote. Mas é um disco de violino, violino e mais violino. Vale a pena conferir.

Dario Castello (1621-1658) & Giovanni Battista Fontana (1571-1630): Sonate Concertate in Stil Moderno

1 Castello: Sonate concertate in stil moderno à 2 e 3 voci, Libro primo – Sonata Settima 5:13
2 Castello: Sonate concertate in stil moderno per sonar nel organo overo spineta o clavicembalo con diversi instrumenti à 1, 2, 3 e 4 voci, Libro secondo – Sonata Prima 4:40
3 Castello: Sonate concertate in stil moderno à 2 e 3 voci, Libro primo – Sonata Ottava 4:54

4 Fontana: Sonate à 1. 2. 3. per il violino, o cornetto, fagotto, chitarone, violoncino o simile altro istromento – Sonata Seconda 6:12
5 Fontana: Sonate à 1. 2. 3. per il violino, o cornetto, fagotto, chitarone, violoncino o simile altro istromento – Sonata Nona 5:56
6 Fontana: Sonate à 1. 2. 3. per il violino, o cornetto, fagotto, chitarone, violoncino o simile altro istromento – Sonata Terza 4:35
7 Fontana: Sonate à 1. 2. 3. per il violino, o cornetto, fagotto, chitarone, violoncino o simile altro istromento – Sonata Decima 6:12
8 Fontana: Sonate à 1. 2. 3. per il violino, o cornetto, fagotto, chitarone, violoncino o simile altro istromento – Sonata Quinta 5:09
9 Fontana: Sonate à 1. 2. 3. per il violino, o cornetto, fagotto, chitarone, violoncino o simile altro istromento – Sonata Duodecima 5:30
10 Fontana: Sonate à 1. 2. 3. per il violino, o cornetto, fagotto, chitarone, violoncino o simile altro istromento – Sonata Sesta 6:06

11 Castello: Sonate concertate in stil moderno per sonar nel organo overo spineta o clavicembalo con diversi instrumenti à 1, 2, 3 e 4 voci, Libro secondo – Sonata Settima 6:13
12 Castello: Sonate concertate in stil moderno per sonar nel organo overo spineta o clavicembalo con diversi instrumenti à 1, 2, 3 e 4 voci, Libro secondo – Sonata Seconda 4:49
13 Castello: Sonate concertate in stil moderno per sonar nel organo overo spineta o clavicembalo con diversi instrumenti à 1, 2, 3 e 4 voci, Libro secondo – Sonata Ottava 4:46

John Holloway, violino
Lars Ulrik Mortensen, cravo
Jane Gower, fagote

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Orazio Gentileschi (1563-1639), Jovem mulher tocando violino
Orazio Gentileschi (1563-1639), Jovem mulher tocando violino

PQP

Leoš Janáček (1854-1928): Sinfonietta for Orchestra e Preludes to Operas

Leoš Janáček (1854-1928): Sinfonietta for Orchestra e Preludes to Operas

Nestes dias em que as comportas da música erudita foram abertas e jorra música por todos os lados é preciso se disciplinar. Tenho música para ouvir pelos próximos 20 anos. E acredito que esta não seja apenas a minha condição. Há outros com este mesmo “problema”. Geralmente posto aquilo que ouço. Isso me disciplina a ouvir aquilo que está em minhas mãos. Se assim não proceder, o prejuízo torna-se imenso. Foi assim que eu procedi para postar este CD com o compositor tcheco Leoš Janáček, patrício de Dvorak. A música de Janáček está repleta de um forte tom folclórico. Janáček pertence a uma geração de compositores que procuraram um maior realismo e uma maior conexão com a vida cotidiana, combinada com uma utilização mais abrangente de recursos musicais. Neste magnífico CD temos a Sinfonieta para Orquestra e Prelúdios de suas principais óperas. A Sinfonieta em particular foi feita em homenagem às Forças Armadas da Checoslováquia. Após ouvir uma banda de metais, Janáček encontrou uma tema motivador para compor a peça. Segundo Janáček, a obra enfatizava “o homem livre contemporâneo, a beleza, alegria, determinação e força para lutar pela vitória”. Uma boa apreciação desse importante material!

Leoš Janáček (1854-1928) – Sinfonietta for Orchestra e Preludes to Operas

Sinfonietta for Orchestra
01. I. Allegretto-Allegro-Maestoso
02. II. Andante-Allegretto-Maestoso
03. III. Moderato-con moto-Tempo primo-Prestissimo-Moderato
04. IV. Allegretto
05. V. Andante con moto-Maestoso-Allegretto-Allegro-Maestoso-Adagio

Prelude to The Makropulos Affair
06. Prelude to The Makropulos Affair

Prelude to Katya Kabanova
07. Prelude to Katya Kabanova

Prelude to The House of the Dead
08. Prelude to The House of the Dead

Prelude to Jealousy (Jenufa)
09. Prelude to Jealousy (Jenufa)

The Pro Arte Orchestra
Charles Mackerras, regente

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Leos Janacek
Leoš, poderia pentear o cabelo antes de tomar café?

Carlinus

.: interlúdio :. François Couturier (1950): Nostalghia – Song For Tarkovsky

.: interlúdio :. François Couturier (1950): Nostalghia – Song For Tarkovsky

Música composta por François Couturier tendo por inspiração os filmes de Andrei Tarkovsky, seus atores favoritos e a forma como ele jogava com cor e som. Couturier é louco por Tarkovsky. Bem, eu também sou louco por Tarkovsky. O compositor reuniu um grupo pouco ortodoxo de músicos para o projeto. Anja Lechner, mais conhecida nos círculos clássicos, já demonstrou em Chants, Hymns and Dances (ECM, 2004) do que é capaz. O acordeonista Jean-Louis Matinier trabalha com Couturier no trio de Anouar Brahem. O saxofonista soprano Jean-Louis Marché é o novo nome aqui, embora tenha trabalhado com Couturier e Matinier no passado. A química do grupo inequivocamente funciona.

François Couturier (1950): Nostalghia – Song For Tarkovsky

1 Le Sacrifice 8:59
2 Crépusculaire 13:20
3 Nostalghia 8:27
4 Solaris I
Composed By – Lechner*, Couturier*, Larché*
3:19
5 Miroir 3:21
6 Solaris II
Composed By – Lechner*, Couturier*, Larché*
2:47
7 Andreï 7:05
8 Ivan
Composed By – Couturier*, Larché*
6:14
9 Stalker 7:01
10 Le Temps Scellé 5:02
11 Toliu 8:24
12 L’Éternel Retour 3:46

Accordion – Jean-Louis Matinier
Piano – François Couturier
Soprano Saxophone – Jean-Marc Larché
Violoncello – Anja Lechner

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

QUARTET-CONCERT-COULEUR-2

PQP

Gabriel Fauré (1845-1924): Sonatas para Violoncelo e Trio para Piano

Gabriel Fauré (1845-1924): Sonatas para Violoncelo e Trio para Piano

As obras deste disco foram tardias. Fauré estava na casa dos 70 anos e estava já surdo. Mas não via sentido em viver sem compor, então, mesmo que não pudesse ouvir o resultado, seguia escrevendo. As Sonatas são mais ou menos, o Trio é melhor. Cada uma das peças tem três movimentos, cada por volta de 19 minutos. Nas sonatas para violoncelo, Poltera e Stott, excelentes instrumentistas, parecem concordar que o impulso melódico é levado pelo violoncelo, às vezes perturbado ou acentuado pelo piano. O violoncelo fala de tristeza e consolo, mas o efeito geral é sereno. A primeira sonata, escrita antes do final da Primeira Guerra Mundial, é um pouco mais agitada do que a segunda. O Trio é mais interessante — o terceiro instrumento, o violino, bem tocado por Priya Mitchell, aprofunda a textura e complica a escrita para torná-la mais interessante. O movimento lento é uma beleza e o final tem um verdadeiro “Vivo”. O disco também inclui uma bela performance do último Noturno de Fauré para piano solo.

Gabriel Fauré (1845-1924): Sonatas para Violoncelo e Trio para Piano

1. Cello Sonata No. 1, Op. 109, I. Allegro
2. Cello Sonata No. 1, Op. 109, II. Andante
3. Cello Sonata No. 1, Op. 109, III. Finale. Allegro Commodo

4. Cello Sonata No. 2, Op. 117, I. Allegro
5. Cello Sonata No. 2, Op. 117, II. Andante
6. Cello Sonata No. 2, Op. 117, III. Allegro Vivo

7. Nocturne N° 13 En Si Mineur, Op. 119

8. Piano Trio, Op. 120, I. Allegro Ma Non Troppo
9. Piano Trio, Op. 120, II. Andantino
10. Piano Trio, Op. 120, III. Allegro Vivo

Kathryn Stott: piano
Christian Poltéra: cello
Priya Mitchell: violin

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Ei, tá me ouvindo?
Ei, Gabi, tá me ouvindo?

PQP

Tigran Mansurian (1939): Requiem

Tigran Mansurian (1939): Requiem

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um disco absolutamente notável. Tigran Mansurian criou seu Réquiem dedicado à memória das vítimas do genocídio armênio que ocorreu na Turquia de 1915 a 1917. Concilia o som e a sensibilidade das tradições do seu país com o texto do Réquiem latino numa composição contemporânea profundamente comovedora e iluminada. O trabalho é um marco para Mansurian, amplamente reconhecido como o maior compositor da Armênia. O Los Angeles Times descreveu sua música como aquela “em que a dor cultural profunda é acalmada através de uma beleza estranhamente tranquila, avassaladora.” 

Tigran Mansurian (1939): Requiem

1.REQUIEM AETERNAM 8:22
2.KYRIE 6:06
3.DIES IRAE 2:46
4.TUBA MIRUM 5:07
5.LACRIMOSA 5:51
6.DOMINE JESU CHRISTE 8:04
7.SANCTUS 5:22
8.AGNUS DEI 3:41

Anja Petersen Soprano
Andrew Redmond Baritone
RIAS Kammerchor
Münchener Kammerorchester
Alexander Liebreich

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Genocídio Armênio: sim, aconteceu, apesar dos turcos jamais terem admitido. Pior, serviu de "inspiração" para Hitler.
Genocídio Armênio: sim, aconteceu, apesar dos turcos jamais terem admitido. Pior, serviu de “inspiração” para Hitler.

PQP

Gustav Mahler (1860-1911): A Canção da Terra (Nott)

Gustav Mahler (1860-1911): A Canção da Terra (Nott)

Só de ver o título A Canção da Terra ou Das Lied von der Erde eu já fico feliz, mas alguma coisa não deu certo neste CD. A primeira surpresa é que o notável tenor Jonas Kaufmann canta todas as seis partes. Ora, esta obra é considerada uma espécie Sinfonia para tenor e contralto (ou mezzo ou barítono) e tradicionalmente duas vozes cantam os seis movimentos. As performances com um barítono ao invés de um mezzo ou contralto como segundo solista parecem ter se tornado mais comuns na última década, seguindo o exemplo criado há meio século por Dietrich Fischer-Dieskau (com James King, tenor), Thomas Hampson (com Peter Seiffert, tenor) e Christian Gerhaher (com Klaus Florian Vogt, tenor). As gravações citadas demonstraram quão eficaz uma segunda voz masculina pode ser nesta peça. Mas, embora a voz de Kaufmann seja regularmente descrita como tendo qualidades de barítono, ele não é um barítono, e há momentos em que parece estar lutando para reunir o suficiente peso para suportar a linha vocal. Foi uma experiência… que talvez não devesse ser registrada em disco, considerando-se que Kaufmann costuma ser espetacular.

Gustav Mahler (1860-1911): A Canção da Terra

1 Mahler: Das Lied von der Erde: Mahler: Das Lied von der Erde: I. Das Trinklied vom Jammer der Erde 8:06
2 Mahler: Das Lied von der Erde: Mahler: Das Lied von der Erde: II. Der Einsame im Herbst 9:57
3 Mahler: Das Lied von der Erde: Mahler: Das Lied von der Erde: III. Von der Jugend 3:08
4 Mahler: Das Lied von der Erde: Mahler: Das Lied von der Erde: IV. Von der Schönheit 6:56
5 Mahler: Das Lied von der Erde: Mahler: Das Lied von der Erde: V. Der Trunkene im Frühling 4:25
6 Mahler: Das Lied von der Erde: Mahler: Das Lied von der Erde: VI. Der Abschied 28:33

Jonas Kaufmann, tenor
Wiener Philharmoniker
Jonathan Nott

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Jonas, veja bem...
Jonas, veja bem…

PQP

Johann David Heinichen (1683-1729): Concertos & Sonatas

Johann David Heinichen (1683-1729): Concertos & Sonatas

Belíssimo disco deste compositor recém retirado do limbo. Heinichen merece estar na segunda linha dos grandes compositores barrocos. Sua música está desfrutando de um rápido ressurgimento, com muitos de seus concertos e missas recebendo recitais e gravações. Seus Dresden Concerti, gravado pela Musica Antiqua Köln, já são um clássico da discografia erudita. Heinichen estudou Direito na Universidade de Leipzig, mas acabou mesmo dedicando-se à música, tanto que depois passou sete anos estudando em Veneza. Seu estilo, aliás, é muito italiano. Após Veneza, trabalhou em Dresden como Kapellmeister do Eleitor da Saxônia. Grande Heinichen!

Johann David Heinichen (1683-1729): Concertos & Sonatas

1. Concerto a 4 in G major, for oboe, bassoon, cello & harpsichord: Andante
2. Concerto a 4 in G major, for oboe, bassoon, cello & harpsichord: Vivace
3. Concerto a 4 in G major, for oboe, bassoon, cello & harpsichord: Adagio
4. Concerto a 4 in G major, for oboe, bassoon, cello & harpsichord: Allegro

5. Sonata for oboe, viola da gamba & continuo in C minor: Affetuoso
6. Sonata for oboe, viola da gamba & continuo in C minor: Allegro
7. Sonata for oboe, viola da gamba & continuo in C minor: Adagio
8. Sonata for oboe, viola da gamba & continuo in C minor: Vivace

9. Sonata a 2, for oboe & bassoon in C minor: Grave
10. Sonata a 2, for oboe & bassoon in C minor: Allegro
11. Sonata a 2, for oboe & bassoon in C minor: Larghetto e cantabile
12. Sonata a 2, for oboe & bassoon in C minor: Allegro

13. Concerto a 4 in D major, for violin, viola da gamba & basso continuo: Andante
14. Concerto a 4 in D major, for violin, viola da gamba & basso continuo: Vivace
15. Concerto a 4 in D major, for violin, viola da gamba & basso continuo: Adagio
16. Concerto a 4 in D major, for violin, viola da gamba & basso continuo: Allegro

17. Sonata a 3, for oboe, violin & basso continuo in C minor: Vivace
18. Sonata a 3, for oboe, violin & basso continuo in C minor: Largo
19. Sonata a 3, for oboe, violin & basso continuo in C minor: Presto

20. Sonata a 2, for oboe & basso continuo in G minor: Largo
21. Sonata a 2, for oboe & basso continuo in G minor: Allegro
22. Sonata a 2, for oboe & basso continuo in G minor: Lamentabile et appogiato
23. Sonata a 2, for oboe & basso continuo in G minor: Allegro

24. Sonata a 3, for violin, oboe & bassoon in B major: Andante
25. Sonata a 3, for violin, oboe & bassoon in B major: Allegro
26. Sonata a 3, for violin, oboe & bassoon in B major: Larghetto
27. Sonata a 3, for violin, oboe & bassoon in B major: Vivace

Epoca Baroca

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Loose Company -- Dirck van Baburen
Loose Company — Dirck van Baburen

PQP

Antonio Vivaldi (1678-1741): Concertos para Violoncelo

Antonio Vivaldi (1678-1741): Concertos para Violoncelo

Bom CD, nada de excepcional. Culpa mais de Vivaldi do que de Wispelwey e turma. Tento explicar: o repertório de Concertos para Violoncelo do Padre Rosso não é lá essas coisas. Tal opinião não inclui as notáveis 6 Sonatas para Violoncelo, claro. Já o Florilegium — chefiado pela grande Rachel Podger — e o violoncelista são sensacionais. Então, fica aquela coisa dos executantes tentarem melhorar desesperadamente uma música apenas razoável. Virou um disco de gatinhos, concertos completos entremeados de melhores lances. Porém, quem gosta demais do barroco ouvirá este CD com deleite. Recomendo com reservas.

Antonio Vivaldi (1678-1741): Concertos para Violoncelo

01 Larghetto in d minor, from F Major violin concerto RV 295

02 Concerto in a minor, Allegro, from RV 421
03 Concerto in a minor, Siciliano, from RV 415 (orig. G Major)
04 Concerto in a minor, Allegro, from RV 421

05 Largo in F Major, from violin concerto RV 190 (orig. C Major)

06 Concerto in F Major, Allegro, from RV 410
07 Concerto in F Major, Largo, from RV 407 (orig g minor)
08 Concerto in F Major, Allegro molto, from RV 411

09 Adagio in C Major, from concerto for strings RV 109

10 Allegro Vivace in D Major, from RV 404 (3rd movement)

11 Largo in D Major, from violin concerto RV 226

12 Concerto in b minor RV 424; I. Allegro non molto
13 Concerto in b minor RV 424; II. Largo
14 Concerto in b minor RV 424; III. Allegro

15 Largo in C Major, from violin concerto RV 383 (orig. B flat Major)

16 Concerto for Cello in G major, RV 413; I. Allegro
17 Concerto for Cello in G major, RV 413; II. Largo
18 Concerto for Cello in G major, RV 413; III. Allegro

19 Largo in G Major, from violin concerto RV 341 (orig, A Major) (violoncello picollo)

20 Concerto in a minor RV 422 (single strings); I. Allegro non troppo
21 Concerto in a minor RV 422 (single strings); II. Largo
22 Concerto in a minor RV 422 (single strings); III. Allegro

23 Alla Breve in G Major, from violoncello concerto RV 415 ( 3rd Movement) (violoncello picollo)

Pieter Wispelwey, violoncello
Florilegium

BAIXE AQUI– DOWNLOAD HERE

Pieter Wispelwey dando uma jam em sua biblioteca
Pieter Wispelwey dando uma jam em sua biblioteca

PQP