G. F. Handel (1685-1759) – Saeviat tellus inter rigores / Laudate Pueri Dominum / Salve Regina / Dixit Dominus

Eu não gostaria de ter a ousadia de criticar meu amado Handel, mas confesso que não gostei muito deste repertório. Fiz apenas duas audições. Devo estar enganado, vocês não acham? A única peça que me tirou da leitura para ir conferir o que estava ouvindo foi o início do Dixit Dominus. Vocês podem me espinafrar livremente nos comentários. Hoje pode! Na segunda audição, deu para notar claramente em quão perfeita forma está a mulher de Simon Rattle — a checa Magdalena Kozená.

Saeviat tellus inter rigores, motet
for soprano, 2 oboes, strings & continuo in D major, HWV 240

1. Saeviat tellus inter rigores HWV 240 Motetto per la Madonna Santissima del Carmine – Saeviat tellus Annick Massis 5:43
2. Saeviat tellus inter rigores HWV 240 Motetto per la Madonna Santissima del Carmine – Carmelitarum ut confirmet Annick Massis 0:38
3. Saeviat tellus inter rigores HWV 240 Motetto per la Madonna Santissima del Carmine – O nox dulcis Annick Massis 6:03
4. Saeviat tellus inter rigores HWV 240 Motetto per la Madonna Santissima del Carmine – Stellae fidae Annick Massis 2:53
5. Saeviat tellus inter rigores HWV 240 Motetto per la Madonna Santissima del Carmine – Sub tantae Virginis tutela Annick Massis 0:21
6. Saeviat tellus inter rigores HWV 240 Motetto per la Madonna Santissima del Carmine – Alleluia Annick Massis 1:50

Laudate Pueri Dominum, psalm
for soprano, chorus & orchestra in D, HWV 237

7. Laudate pueri Dominum HWV 237 – Laudate pueri Magdalena Kozená 3:15
8. Laudate pueri Dominum HWV 237 – Sit nomen Domini Magdalena Kozená 1:56
9. Laudate pueri Dominum HWV 237 – A solis ortu Magdalena Kozená 1:19
10. Laudate pueri Dominum HWV 237 – Excelsus super omnes Magdalena Kozená 1:54
11. Laudate pueri Dominum HWV 237 – Quis sicut Dominus Yann Miriel 1:42
12. Laudate pueri Dominum HWV 237 – Suscitans a terra inopem Magdalena Kozená 2:15
13. Laudate pueri Dominum HWV 237 – Qui habitare facit Magdalena Kozená 1:30
14. Laudate pueri Dominum HWV 237 – Gloria Patri Magdalena Kozená 3:03

Salve Regina, antiphon
for soprano, strings, organ & continuo in G minor, HWV 241

15. Salve Regina HWV 241 – Salve Regina Magdalena Kozená 3:08
16. Salve Regina HWV 241 – Ad te clamamus Magdalena Kozená 3:48
17. Salve Regina HWV 241 – Eia ergo, advocata nostro Magdalena Kozená 3:41
18. Salve Regina HWV 241 – O clemens, o pia Magdalena Kozená 2:04

Dixit Dominus
for soloists, hymn for chorus & orchestra in G Minor, HWV 232

19. Dixit Dominus, HWV 232 – 1. Dixit Dominus Les Musiciens du Louvre 5:20
20. Dixit Dominus, HWV 232 – 2. Virgam virtutis tuae Sara Fulgoni 2:44
21. Dixit Dominus, HWV 232 – 3. Tecum principium in die virtutis Annick Massis 2:28
22. Dixit Dominus, HWV 232 – 4. Juravit Dominus Les Musiciens du Louvre 2:16
23. Dixit Dominus, HWV 232 – 5. Tu es sacerdos in aeternum Les Musiciens du Louvre 1:30
24. Dixit Dominus, HWV 232 – 6. Dominus a dextris tuis Annick Massis 6:13
25. Dixit Dominus, HWV 232 – 7. De torrente in via bibet Annick Massis 4:10
26. Dixit Dominus, HWV 232 – 8. Gloria Patri, et Filio Les Musiciens du Louvre 6:09

Annick Massis, soprano
Magdalena Kozena, mezzo-soprano, soprano
Sara Fulgoni, alto
Patrick Henckens, tenor
Kevin McLean-Mair, tenor
Marcos Pujol, bass

Les Musiciens du Louvre
Choeur des Musiciens du Louvre
dir. Marc Minkovski

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Jean-Philippe Rameau (1683-1764) – Naïs (Opéra pour la Paix)

É raro a gente encontrar uma ópera completa de Rameau. O que se ouve normalmente são as aberturas e danças orquestrais de cada ópera, como no CD maravilhoso de Christophe Rousset que postei aqui há poucos dias. Pois o colorido e a imaginação destes “melhores lances” amplia-se nesta ópera Naïs, muito bem gravada por Nicholas McGegan e o English Bach Festival Baroque Orchestra, coro e solistas (primeira edição em vinil de 1982, tendo sido após relançada em CD duplo pela Erato). Rameau tem uma trajetória absurda. Grande músico e teórico, foi combatido por seu “italianismo” e depois por seu racionalismo e ainda depois pelos enciclopedistas, que preferiam os compositores italianos (?). Suas óperas são pouco montadas. Uma obra prima como “Les Boréades”, foi estreada, com estrondoso sucesso, somente em 1982… Claro que montar uma ópera é um empreendimento caro, claro que os temas de suas óperas são muito antiquados, mas creio que, pela qualidade da música de Rameau, vale a pena avançar além das aberturas. Velho, como na época em que escreveu Naïs (1749), Rameau escreveu:

Dia a dia adquiro mais bom gosto, mas não tenho mais gênio. A imaginação está gasta em minha velha cabeça e não se é sábio quando se quer trabalhar, nesta idade, nas artes que são inteiramente imaginação.

Era, fora de dúvida, exageradamente modesto.

Rameau – Naïs (Opéra pour la Paix)

101 – Ouverture.mp3
102 – Prologue – Scène 1 – Choeur ‘Attaquons les cieux’.mp3
103 – Prologue – Scène 2 – Pluton ‘Arrêtez, monstres, arrêtez’.mp3
104 – Prologue – Scène 3 – Jupiter ‘Au fond des gouffres éternels’.mp3
105 – Prologue – Scène 4 – Symphonie.mp3
106 – Prologue – Scène 5 – Sarabande – Flore ‘Ah ! Que la paix nous promet de douceurs’.mp3
107 – Prologue – Scène 5 – Ballet figuré – Gavotte vive – Flore ‘Brillez de mille traites nouveaux..
108 – Prologue – Scène 5 – Rigaudons I & II – Jupiter ‘Dans une heureuse intelligence’.mp3
109 – Acte I – Scène 1 – Neptune ‘Que ces paisibles bords’.mp3
110 – Acte I – Scène 2 – Neptune ‘Palémon, l’Amour est vengé’.mp3
111 – Acte I – Scène 3 – Naïs ‘Accourez à ma voix’.mp3
112 – Acte I – Scène 4 – Neptune ‘Peut-on l’entendre’.mp3
113 – Acte I – Scène 5 – Naïs ‘Tendres oiseaux, éveillez-vous’.mp3
114 – Acte I – Scène 6 – Télénus ‘Avant que le soleil sorte’.mp3
115 – Acte I – Scène 6 – Symphonie.mp3
116 – Acte I – Scène 7 – Astérion ‘Que ce jour consacré’.mp3
117 – Acte I – Scène 7 – Ballet figuré en Chaconne.mp3
118 – Acte I – Scène 8 – Ballet figuré – Choeur ‘Chantons Naïs’.mp3
119 – Acte I – Scène 8 – Menuets I & II.mp3
120 – Acte I – Scène 9 – Tambourin – Choeur ‘Règne, triomphe Dieu des mers’.mp3
201 – Acte II – Scène 1 – Naïs ‘Ah ! Ne me suivez point’.mp3
202 – Acte II – Scène 2 – Naïs ‘Dois-je le croire -‘.mp3
203 – Acte II – Scène 3 – Télénus ‘Ma jalouse tendresse’.mp3
204 – Acte II – Scène 4 – Télénus ‘Elle rit du trait’.mp3
205 – Acte II – Scène 5 – Astérion ‘les ennuis de l’incertitude’.mp3
206 – Acte II – Scène 6 – Tirésie ‘La voix des plaisirs m’appelle’.mp3
207 – Acte II – Scène 6 – Gavottes I & II.mp3
208 – Acte II – Scène 6 – Sarabande.mp3
209 – Acte II – Scène 6 – Ballet figuré – Musette tendre.mp3
210 – Acte II – Scène 6 – Ballet figuré – Gavottes I & II.mp3
211 – Acte II – Scène 7 – Choeur ‘Quel oracle’.mp3
212 – Acte II – Scène 8 – Astérion ‘De coupables concerts’.mp3
213 – Acte III – Scène 1 – Neptune ‘La jeune Nimphe que j’adore’.mp3
214 – Acte III – Scène 2 – Neptune ‘O Ciel’.mp3
215 – Acte III – Scène 3 – Télénus, Astérion, choeur ‘Allumez-vous rapides feux’.mp3
216 – Acte III – Scène 4 – Neptune ‘Les flots les ont punis’.mp3
217 – Acte III – Scène 5 – Choeur ‘Coulez ondes, mêlez votre plus doux murmure’.mp3
218 – Acte III – Scène 5 – Tambourins I & II.mp3
219 – Acte III – Scène 5 – Contredanse générale.mp3

Linda Russell
Ian Caley
Ian Caddy
John Tomlinson
Richard Jacksin
Brian Parsons
Antony Ransome
Ann Mackay
Jennifer Smith

English Bach Festival Chorus
English Bach Festival Baroque Orchestra
dir. Nicholas McGegan

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Jean-Philippe Rameau (1682-1764) e Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Suite em Sol e Sinfonia Nº 3 em transcrição para piano – Harmonia Mundi – 50 years of music exploration – CD 24 de 29

Mais um disco estranho da grande coleção da Harmonia Mundi: Rameau interpretado ao piano junto com a Eroica de Beethoven… também tocada ao piano em transcrição de Franz Liszt. Se separadas podem ser interessantes, juntas no mesmo CD ficam para lá de estranhas. Se o Rameau fica bem no piano, já o Beethoven requer algum preparo do ouvinte. Falta som, a gente estranha, mas o trabalho de Liszt foi bem feito e vale a pena conhecer a versão para piano da Eroica.

Jean-Philippe Rameau
Suite en Sol [“Nouvelles Suites de Pièces de clavecin”, 1728]
26’54
1. Les Tricotets. Rondeau
2. L’Indifferente
3. Menuet – Deuxieme Menuet
4. La Poule
5. Les Triolets
6. Les Sauvages
7. L’Enharmonique
8. L’Egyptienne
Alexandre Tharaud, piano

Ludwig van Beethoven
Symphony No. 3, “Eroica” (transcribed for piano by Liszt)
51’19
9. Allegro Con Brio
10. Marcia Funebre
11. Scherzo
12. Finale
Georges Pludermacher, piano

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

G. F. Handel (1685-1759) – Ode ao Dia de Santa Cecília

Um CD curto, de mais ou menos 40 minutos, com música de absurda beleza. Trevor Pinnock coloca-se à altura de uma das melhores obras vocais de Handel. A interpretação de Felicity Lott para a principal ária de Ode, What passion cannot Music raise and quell, é inesquecível dentro de um trabalho onde não há pontos baixos.

Desde o século XV, Santa Cecília é considerada padroeira da música sacra. Sua festa é celebrada no dia 22 de Novembro, dia da Música e dos Músicos.

Imperdível.

Handel – Ode for Saint Cecilia’s Day

1. Ode for Saint Cecilia’s Day (HWV76) – Overture The English Concert 5:09
2. Ode for Saint Cecilia’s Day (HWV76) – Recitative:”From harmony.. / When nature underneath..” Anthony Rolfe Johnson 3:25
3. Ode for Saint Cecilia’s Day (HWV76) – Chorus: From Harmony, from heav’nly Harmony The English Concert 3:32
4. Ode for Saint Cecilia’s Day (HWV76) – What passion cannot Music raise and quell Felicity Lott 8:18
5. Ode for Saint Cecilia’s Day (HWV76) – The trumpet’s loud clangour Anthony Rolfe Johnson 3:33
6. Ode for Saint Cecilia’s Day (HWV76) – March The English Concert 2:11
7. Ode for Saint Cecilia’s Day (HWV76) – The soft complaining flute Felicity Lott 5:02
8. Ode for Saint Cecilia’s Day (HWV76) – Sharp violins proclaim Anthony Rolfe Johnson 3:56
9. Ode for Saint Cecilia’s Day (HWV76) – But oh! What Art can teach Felicity Lott 4:39
10. Ode for Saint Cecilia’s Day (HWV76) – Orpheus could lead the savage race Felicity Lott 1:42
11. Ode for Saint Cecilia’s Day (HWV76) – But bright Cecilia Felicity Lott 0:44
12. Ode for Saint Cecilia’s Day (HWV76) – As from pow’r of sacred lays

Lisa Beznosiuk
Felicity Lott
Anthony Rolfe Johnson
Crispian Steele-Perkins
Michael Laird

Trevor Pinnock
The English Concert

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

.:interlúdio:. John Surman: The Amazing Adventures Of Simon Simon

Mais um CD com as esquisitices e originalidades de John Surman. Desta vez, o inglês ataca em dupla com Jack DeJohnette ou em trio, se considerarmos os sintetizadores criadores de ostinati simples e sonhadores. Gosto muito de Nestor`s Saga e de The Pilgrim’s Way. É um trabalho de qualidade média se considerarmos o espetacular Upon Reflexion trabalho solo de Surman, acompanhado apenas de sintetizadores. Vale a audição.

John Surman: The Amazing Adventures Of Simon Simon

1. Nestor’s Saga 10:48
2. The Buccaneers 3:58
3. Kentish Hunting (trad. arr. Surman) 2:56
4. The Pilgrim’s Way (Surman/DeJohnette) 5:45
5. Within The Halls Of Neptune 3:58
6. Phoenix And The Fire (Surman/DeJohnette) 6:14
7. Fide Et Amore (Surman/DeJohnette) 4:43
8. Merry Pranks 2:50
9. A Fitting Epitaph 3:23

composed by Surman except as noted

recorded January 1981, Talent Studio, Oslo

John Surman, baritone and soprano saxophones, bass clarinet, synthesizers;
Jack DeJohnette, drums, congas, electric piano on track 7

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Rossini (1792-1868), Schumann (1818-1856), Brahms (1833-1897), Wolf (1860-1903) – Harmonia Mundi – 50 years of music exploration – CD 23 de 29

Mais um dos 29 álbuns comemorativos dos 50 anos da Harmonia Mundi e nova confusão de alto nível. Claro que numa caixa dessas a intenção é mostrar o melhor do melhor dos 50 anos de uma super-gravadora e os CDs não têm grande unidade, mas como valem a pena conhecer! Destaque para… tudo! Nunca tinha ouvido essas músicas em interpretações tão boas.

A Sonata de Rossini mostra o que o compositor tem de melhor: o melodismo fácil e sedutor. Destaque para o estilo galante do irresistível Allegretto.

O belíssimo ciclo Amor e Vida de uma Mulher, de Schumann, a partir de poemas de Adelbert von Chamisso, o criador do imortal Peter Schlemihl — o homem que vende sua sombra ao diabo (NÃO DEIXEM DE LER) — é um dos ápices do romantismo. A interpretação de Bernarda Fink funciona maravilhosamente, ficando longe das loucuras escabeladas de algumas cantoras de que meu pai gostava e das quais não sei o nome — ainda bem! Fink valoriza as canções na medida certa, longe da apelação.

Ao lado das canções de Schumann, a sonata para clarinete e piano de Brahms é o ponto alto do CD, com destaque para o sonhador Andante um poco adagio magnificamente levado por Michel Portal.

Já os Goethe-Lieder de Wolf contrastam tanto com o restante do CD que não consigo escrever nenhuma frase a respeito. Loucuras desta coleção…

Gioacchino Rossini – Sonate a quattro en Si bémol majeur 14’55
1. Allegro Vivace
2. Andante
3. Allegretto
Ensemble Explorations

Robert Schumann – Frauenliebe und leben op.42 (Amor e Vida de uma Mulher) 20’20
4. Seit Ich Ihn Gesehen
5. Er, Der Herrlichste Von Allen
6. Ich Kann’s Nicht Fassen
7. Du Ring An Meinem Finger
8. Helft Mir, Ihr Schwestern
9. Susser Freund
10. An Meinem Herzen
11. Sun Hast Du Mir Den Ersten Schmerz Getan
Bernarda Fink, mezzo soprano
Roger Vignoles, piano

Johannes Brahms – Sonate pour clarinette et piano op.120 n°1 24’44
12. Allegro Appassionato
13. Andante Un Poco Adagio
14. Allegretto Grazioso
15. Vivace
Michel Portal, clarinet
Georges Pludermacher, piano

Hugo Wolf – Goethe-Lieder avec orchestre 19’19
16. Mignon
17. Der Rattenfanger
18. Harfenspieler I
19. Harfenspieler II
20. Harfenspieler III
21. Anakreons Grab
Juliane Banse, soprano
Dietrich Henschel, baritone
Rundfunkchor Berlin, dir.Simon Halsey
German Symphony Orchestra Berlin
Kent Nagano, conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Domenico Scarlatti (1685 – 1757) – Sonatas para Cravo

Vocês sabem como é, o amante de Maria Bárbara de Bragança era insaciável: não parava de compor sonatas para cravo. Compôs mais de quinhentas e, se a morte não o tivesse interrompido, estaria compondo até agora. Este antigo registro de Gustav Leonhardt, feito ainda para a RCA Victor, é uma jóia que você deveria baixar. Scarlatti foi um grande compositor e, como era muito esperto, vendeu de forma superfaturada a José Saramago os direitos da história de sua aventurosa vida. O resultado foi o romance Memorial do Convento. Saramago só recuperou-se financeiramente ao ganhar o Nobel. Sorte de comunista.

Domenico Scarlatti – Sonatas para Cravo

1. Sonata in A minor, K 3 (Instrumental) 3:03
2. Sonata in F minor, K 185/184 (Instrumental) 7:36
3. Sonata in B minor, K 227 (Instrumental) 3:42
4. Sonata in F minor, K 238/239 (Instrumental) 7:02
5. Sonata in D minor, K 52 (Instrumental) 4:24
6. Sonata in E-flat Major, K 192/193 (Instrumental) 7:27
7. Sonata in A Major, K 208/209 (Instrumental) 6:23
8. Sonata in E-flat Major, K 252/253 (Instrumental) 6:31
9. Sonata in D minor, K 191 (Instrumental) 2:23

Gustav Leonhardt, cravo

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Rubinstein no Recife (Post – texto e som – feito só por amigos)

O escritor Fernando Monteiro (dois links diferentes sobre o nome) nos envia este e-mail:

PQP,

uma informação — meio perdida no tempo — que é interessante, talvez, trazer para essa verdadeira hommage (justíssima) a RUBINSTEIN, na qual está se constituindo a dupla postagem que você fez (com intervenções de todos os “jovens” — com e sem aspas — que amam a grande Música e acessam o PQP Bach), é a seguinte: numa terça-feira chuvosa de junho, Arthur Rubinstein se apresentou aqui no Recife, no Theatro de Santa Isabel — conservando-se a grafia da época e o “de” que nós, recifenses, sabemos que se deve usar (assim como a própria cidade é “o” Recife e não “a” Recife, como às vezes ouvimos, com os ouvidos ofendidos como por uma nota musical errada…).

Então, no dia 9 de junho de 1931, estava o ainda jovem — porém já mundialmente consagrado — Rubinstein aqui na cidade maurícia, “dando um concerto” que foi assim descrito, em fragmento do comentário do jornalista Mário Melo:

Magnífico, sob todos os aspectos, o concerto de Rubinstein, nome que Pernambuco admira como um dos maiores pianistas da atualidade. Não há necessidade de repetir elogios ao maravilhoso musicista. A mesma técnica formidável, o mesmo sentimento encantador. Arrebatador, por sinal, na interpretação de Petronchka, de Stravinsky, e na “Polonesa” de Chopin. O velho theatro vibrou em aplausos ao formidável artista”…

Abraço.

Fernando.

Ao mesmo tempo, peço a FDP Bach — o Bach mais romântico de toda a família — uma grande gravação de Rubinstein. Uma daquelas imbatíveis. Ele é apaixonado por uma que baixou há anos na rede, mas o CD inexiste. Provavelmente foi montado, por alguém que sabe o que é bom, a partir dos CDs das gravações completas do nobre mestre Rubis.

F D P diz:
não tenho informações sobre o disco. Só sei que é Rubinstein no segundo de Brahms e no 23 de Mozart.
P Q P diz:
OK. eu pergunto no pqp e os caras respondem a orquestra, regente, tudo. Sempre aparece alguém(ns) que conhece
F D P diz:
posso arriscar um palpite?
P Q P diz:
sim
F D P diz:
Barbirolli no concerto de Brahms, e o Krips no de Mozart..
F D P diz:
ou aquela orquestra da RCA que sempre acompanhava ele..
P Q P diz:
Barbirolli é um excelente chute. Krips é de comer?
F D P diz:
nossa, não conhece Joseph Krips?
P Q P diz:
não lembro
P Q P diz:
Mas tem de bacon?
F D P diz:
Um baita dum regente de Mozart…
F D P diz:
acho que tem de bacon sim…
F D P diz:
A versão de rubinstein do 23º e do 21º são as minhas favoritas
F D P diz:
Imbatíveis

Etc.

Brahms – Concerto n° 2
01. Allegro non troppo
02. Allegro Appassionato
03. Andante
04. Allegretto Grazioso

Mozart – Concerto n° 23
05. Allegro
06. Adagio
07. Allegro Assai

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Resultado da promoção da Arte da Fuga!

Olha, eu crio problemas de graça para mim mesmo. Achei que vários mereciam ganhar o CD duplo da Arte da Fuga com o Collegium Aureum, mas só tenho dois exemplares e o outro é (era) meu. Primeiro, selecionei uns dez bons, depois fui mais severo e fiquei só com três. Re-re-relendo, dei-me conta de que havia involuntariamente escolhido “o mais inteligente”, “o mais emocionante” e “o mais engraçado”. Depois do prazo, entraram mais dois sensacionais. Não entraram na seleção. Sorte minha.

Eu não escolhi o vencedor, apenas descartei “o mais inteligente” — pois tive uma convulsão e subitamente irritei-me contra a ditadura da beleza e da inteligência — e fiquei com os outros dois. Vou dar o meu CD também. É com o coração na mão que escolho “o mais engraçado”, escrito pelo Y*, pelo simples fato de que escrevi em maiúsculas no post: …EXPLICAR DE FORMA MAIS INUSITADA (ORIGINAL, SURPREENDENTE)…

Minha namorada gosta mais de Bach do que de mim…
Ok, eu também gosto mais de Bach do que dela.
E Bach gostaria mais de si mesmo do que qualquer um de nós dois.
Estamos num consenso!

E “o mais emocionante”, escrito pelo Paulo Clemente:

Bach me salvou da vergonha, após ter mijado todo o banheiro da casa da grã-fina. Pois é, história real. Quando menino cantava em um coral, e estava em excursão em Curitiba. Nas viagens ficávamos sempre hospedados em casas de família, e daquela vez, eu e outro colega menino-cantor havíamos tirado a sorte grande (ou não): uma família rica (ou podre de rica) havia nos hospedado. Bem, eu era de família muito pobre, e no dia em que chegamos, fui ao banheiro tomar banho, e vi um bidê. Como era pobre, não sabia exatamente para que ele servia, e imaginei que fosse para mijar. Pois bem, mijei, e quando acabei, para meu desespero, o bidê estava quebrado e vi que tudo tinha ido para o chão. Tentei secar o banheiro, mas só tentei. No jantar, mesa posta, formal, me reprimiram pelo meu engano. Morri de vergonha, só escapei de coisa pior porque a dona da casa me levava pra “conversar” quando vi uma miniatura de madeira de um órgão, e a fotografia de seu Papai. Ela perguntou: Vocês sabem quem é? Eu disse, todo orgulhoso: Sim, é Bach! Acho que ela preferiria que o meu colega respondesse, mas como fui eu, pude compensar meu deslize com o amor por Bach, compartilhado entre aquela velha rica e um menino-cantor de família pobre. Com vêem, Bach me salvou da vergonha por ter mijado todo o banheiro.

Além disso, agradeço a Bach por ter me antecipado 10 anos de sensação de prazer. Quando menino, não tinha toca-discos ou toca-fitas, e o único jeito de ouvir Bach era quando cantava músicas dele. Nessa época, Bach me dava as mesmas sensações de orgasmo que os outros meninos só iriam sentir depois dos 18 anos. Não aquele orgasmo solitário, escondido, que começa em geral aos 13, mas aquele orgasmo que é o clímax do amor por outra pessoa, aquele que a gente infelizmente sente só depois de um bom tempo praticando não o sexo, mas o amor. A música de Bach é música de quem goza, de quem ama. Certamente seu Papai era muito bem amado, e a música dele nos passa isso. Não sei se a velha rica de Curitiba gozava com outra coisa, mas com Bach, ah, isso ela gozava, e justamente porque gozava e viu que eu ainda que menino também gozava junto, não me repreendeu mais.

Pessoal, muitos parabéns pelo Blog, que conheci há pouquíssimo tempo. O blog de vocês, além de uma oportunidade rara de democratizar o acesso à música de qualidade, tem textos de qualidade e divertidíssimos. Há um mês sou um visitante assíduo. Parabéns e obrigado!

PQP

.:interlúdio:. John Surman – Coruscating (1999)

Tenho certa desconfiança de que aqueles que acompanham o blog já notaram que sinto grande admiração por John Surman… Pois aqui ele reaparece em 1999 com uma nova formação: seus muito “saxes” e clarone, um baixista e um quarteto de cordas. Só isso. O resultado é ainda melhor do que a experiência de 97, postada aqui durante a semana, com a adição do órgão e coro misto a seu arsenal saxofônico, por assim dizer. Um excelente CD para o dia frio e chuvoso de Porto Alegre. Gosto muito mesmo deste grande CD, o qual é elogiado assim por um ouvinte no site da Amazon:

Coruscating is another unusual venture, with Surman and regular associate bassist Chris Laurence improvising on eight of Surman’s compositions with the string quartet Trans4mation. There’s a seamless beauty here, composition and improvisation becoming one. Beginning with the baroque clarity of melody on “At Dusk,” Coruscating develops often dark, looming textures. While Surman has made his baritone fly, here he emphasizes intense lyricism, whether with a true, full-bodied, baritone sound or a light upper register. “Stone Flower” is dedicated to the great Ellington baritonist Harry Carney, and Surman’s breathy, overtone-rich sound invokes Carney’s own recordings with strings. He uses other horns unexpectedly, picking up traditional tones of oboe, clarinet, and flute on his soprano saxophone and cello on his bass clarinet. A preoccupation with depths extends to the beginning of “An Illusive Shadow,” which contrasts his contrabass clarinet with eerie, high dissonances from the strings, before the piece evolves to other moods that suggest a kind of classical Dixieland and Gershwin. Laurence also develops solos of unusual, brooding power, adding significantly to this unusual, often meditative work. –Stuart Broomer

Se fosse você, conferiria. Vale a pena.

John Surman: Coruscating

1. At Dusk 2:17
2. Dark Corners 4:57
3. Stone Flower 5:47
4. Moonless Midnight 7:34
5. Winding Passages 6:44
6. An Illusive Shadow 9:24
7. Crystal Walls 9:49
8. For The Moment 6:56

all composed by Surman

recorded January 1999, CTS Studios, London

John Surman, soprano and baritone saxophones, bass and contrabass clarinets;
Chris Laurence, bass
Rita Manning, Keith Pascoe, violin;
Bill Hawkes, viola;
Nick Cooper, cello;

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Tem até prêmio no dia maluco!

Já postamos cinco CDs nas últimas 24h e temos ainda mais um agendado pelo FDP Bach para as 20h. Mas interrompo a seqüência a fim de lançar o seguinte desafio: quem EXPLICAR DE FORMA MAIS INUSITADA (ORIGINAL, SURPREENDENTE) seu amor a meu pai, leva o CD duplo da Arte da Fuga com o Collegium Aureum. Podem ser usadas analogias ou imagens tais como “Gosto tanto de seu pai que por ele seria capaz de __________________________”. Ou, “Amo Bach tanto quanto gosto de sexo oral”, por exemplo… Não, não é obrigatório apelar para a baixaria. Pode ser algo fino, de alto nível, poético ou fofinho…

Motivo da promoção: enganei-me e comprei dois na Amazon… Hoje chegou o segundo. Vai lacradinho. Valendo até as 23h59 de hoje, OK?

O regulamento do concurso é simples: o CD é meu, eu mando nele, então eu resolvo quem é o vencedor. Reclamações? Ora, vá se f…

Ah, preencham o campo de e-mail nos comentários.

PQP

.:interlúdio:. John Surman – Proverbs and songs (1997)

Proverbs and songs, do compositor e saxofonista inglês John Surman, fica bem longe do comum. Basta dizer que são composições para saxofones ou clarone — sempre de Surman –, mais órgão e coral. Na primeira audição, fiquei um pouco chocado, principalmente com as intervenções trovejantes do coral; na segunda, já achei tudo mais bonitinho; na terceira, estava tão curioso e perto da felicidade musical que tive de afastar meus preconceitos, mormente os timbrísticos. Na verdade, meu choque foi sempre com o coral, pois a combinação sax + órgão resulta maravilhosa. Não é um disco que eu indique a todos, mas apenas àqueles que não fogem das esquisitices criativas. É uma espécie de jazz sacro…

Mas o sax de Surman permanece lá, poderosamente eufônico, acima de Deus.

John Surman: Proverbs And Songs

1. Prelude 3:11
2. The Sons 4:55
3. The Kings 6:41
4. Wisdom 7:39
5. Job 4:50
6. No Twilight 7:42
7. Pride 5:00
8. The Proverbs 4:06
9. Abraham Arise! 5:24

All composed by Surman
Recorded live June 1, 1996, Salisbury Cathedral

John Surman, baritone and soprano saxophones, bass clarinet;
John Taylor, organ;
Salisbury Festival Chorus, conducted by Howard Moody

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

J. S. Bach (1685-1750) – Concerto Italiano, 4 Duetos e Abertura em estilo francês

ATENÇÃO!!! A nome das faixas que consta na capa deste CD — que está na minha frente — está errado! Para completar, todos os sites copiaram a capa e estão da mesma forma errados. E, pior ainda, a Gracenote mandou para meu iTunes o nome das faixas também conforme a capa. A ordem correta é a que publico abaixo no post, OK?

Mireille Lagacé é uma extraordinária cravista, organista e regente canadense, nascida em 1935. O registro que ora posto é de 1980 e mostra a cravista em excelente forma, interpretando o famoso Concerto Italiano para cravo solo, a injustamente pouco divulgada Abertura Francesa e os 4 Duetos, obra que insiste em finalizar muitos CDs, mas que neste está separando as outras duas obras, muito mais belas e importantes. O Concerto Italiano é talvez a música mais presente em meu cérebro desde que este o ouviu pela primeira vez e a Abertura Francesa já foi repetidamemente solicitada através de súplicas em comentários aqui no PQP Bach.

Pela raridade de se ouvir a lindíssima Abertura Francesa e pela qualidade da intérprete (esposa de Bernard Lagacé), este é mais um CD imperdível!

Concerto in the Italian style, ‘Italian Concerto’ in F, BWV 971
1. (Allegro)
2. Andante
3. Presto

4 Duets, BWV 802-5
4. Mi menor
5. Fá maior
6. Sol maior
7. Lá menor

Overture (Partita) in the French style in B minor, BWV 831
8. Overture
9. Courante
10. Gavottes I & II
11. Passpieds I & II
12. Sarabande
13. Bourées I & II
14. Gigue
15. Echo

Mireille Lagacé, cravo

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

.:interlúdio:. Stefano Bollani – Carioca

Stefano Bollani é um brilhante pianista italiano de jazz. Nascido em Milão no ano de 1972, é como muitos italianos, apaixonado pelo Brasil e costuma tocar nossa música em suas apresentações ao lado de composições suas. Conhecido por sua vasta cultura tanto sobre a música erudita moderna quanto jazzística, Bollani — conhecido por ser um workaholic — chega a assustar com a intimidade que demonstra com nossa música, chegando ao ponto de cantar “Trem das onze”, no único equívoco do disco pois ele está longe de ser um cantor. O CD foi gravado no Rio de Janeiro com músicos brasileiros e é muito bom.

É, indiscutivelmente, em disco de jazz, mas ouçam a naturalidade com que Bollani enfrenta um chorinho! Uma curiosidade digna de ser ouvida.

Stefano Bollani – Carioca – 2008

1 Luz negra (Nelson Cavaquinho)
2 Ao romper da aurora (Ismael Silva – Lamartine Babo – Francisco Alves)
3 Choro sim (Ismael Silva)
4 Valsa brasileira (Edu Lobo – Chico Buarque)
5 A voz no morro (Zé Keti)
6 Hora da razão (J. Luna – Batatinha)
7 Segura ele (Pixinguinha)
8 Doce de coco (Jacob do Bandolim)
9 Folhas secas (Nelson Cavaquinho – Guilherme de Brito)
10 Il domatore di pulci (Stefano Bollani)
11 Samba e amor (Chico Buarque)
12 Tico-tico no fubá (Zequinha de Abreu)
13 Caprichos do destino (Pedro Caetano – Claudionor da Cruz)
14 Na Baixa do sapateiro (Ary Barroso)
15 Apanhei-te cavaquinho (Ernesto Nazareth)
16 Trem das onze / Figlio unico (João Rubinato / Riccardo del Turco)

Stefano Bollani piano, arrangements, vocal
Marco Pereira guitar
Jorge Helder bass
Jurim Moreira drums
Armando Marcal percussions
Zé Nogueira soprano sax
Nico Gori clarinet and bass clarinet
Mirko Guerrini tenor sax
Zé Renato vocal
Monica Salmaso vocal

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Jean-Philippe Rameau (1682- 1764) – Aberturas

Aqui acaba a breve chateação couperiana. Para tirar o gosto da postagem anterior, posto um dos melhores CDs já gravados de música barroca francesa, um verdadeiro espanto. Curvo-me ante Christophe Rousset. Quem faz um registro deste nível merece os maiores elogios. Nada menos que genial. Sete compradores analisaram o disco na Amazon e, nem precisaria conferir, todos deram-lhe a nota máxima. Temos aqui 17 aberturas de óperas de Rameau, algumas de óperas cômicas, outras de tragédias, outras de “pastorais heróicas”.

Rameau foi um grande gênio não apenas na música, mas também na matemática. Como tal, deu especial atenção à estrutura das coisas que compunha, algo que certamente fugiu ao irritante Couperin — do qual declaro-me inimigo desde a audição do CD postado abaixo… (Por que meu pai gostava de Couperin, meu Deus?) Bem, voltemos ao grande Rameau. Ele escreveu um famoso tratado de harmonia. Era também muito conhecido como professor de cravo e sua técnica só foi modificada por Johann Sebastian Bach — dá-lhe papai! No final de sua vida, tornou-se “compositor do rei”. Ao falecer, teve todas as honras da nobreza e funeral público com grande pompa.

CD absolutamente imperdível!

Jean-Philippe Rameau (1682- 1764) – Aberturas

1. Les fêtes de Polymnie – Overture 2:41
2. Les indes galantes – Overture 4:05
3. Zaïs – Overture 5:16
4. Castor et Pollux – Overture 4:16
5. Naïs – Overture 3:49
6. Platée [ou Junon jalouse] – Overture 3:40
7. Les fêtes d’Hébé – Overture 4:22
8. Zoroastre – Overture 4:04
9. Dardanus – Overture 4:08
10. Les Paladins – Overture – Menuet – Air gai 3:59
11. Hippolyte et Aricie – Overture 2:54
12. Le temple de la gloire – Overture 3:53
13. Pygmalion – Overture 4:36
14. Les surprises de l’Amour – Prologue (le Retour d’Astrée) 2:29
15. Les Fêtes de l’Hymne et de l’Amour (ou Les Dieux d’Egypte) – Overture 4:04
16. Les surprises de l’Amour / Act 1 (Enlèvement d’Adonis) – Ouverture – II Adagio – III – 5:20
17. Acante et Céphise, ou La sympathie – Overture: Voeux de la Nation

Les talens lyriques
Christophe Rousset

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

François Couperin (1688-1733) – Les Nations

Ah, esses franceses. Costumo gostar muito dos discos do Musica Antiqua de Köln, mas algo deu errado aqui. Couperin, sem dúvida! Achei o CD sem graça, fiquei indiferente. É tudo moderadamente bonitinho e bastante homogêneo. Meio chato. Trata-se de um “barroco estático”… Há quem goste. Para tirar o gosto ruim deste CD, daqui a pouco posto um Rameau salvador, OK?

Couperin: Les Nations, 1726

Premier Ordre: La Francoise

01. Sonata [6:18]
02. Allemende. Sans lenteur [3:37]
03. Premiere Courante. Noblement [1:23]
04. Seconde Courante. Un peu plus viste [1:18]
05. Sarabande. Gravement [2:00]
06. Gigue. Gayement [1:15]
07. Chaconne ou Passacaille. Moderement [2:33]
08. Gavotte [0:56]
09. Menuet [1:08]

[20’15”]

Second Ordre: L’Espagnole

10. Sonata [7:45]
11. Allemande. Gracieusement [2:55]
12. Courante. Noblement [1:42]
13. Second Courante. Un peu plus vivement [1:37]
14. Sarabande. Gravement [1:41]
15. Gigue louree. Moderement [2:16]
16. Gavotte. Tendrement, sans lenteur [0:56]
17. Rondeau. Affectueusement [2:28]
18. Bourree. Gayement [0:51]
19. Double de la Bourree precedente [0:53]
20. Passacaille. Noblement et marque [4:30]

[27’30”]

Troisieme Ordre: L’Imperiale

01. Sonata [9:49]
02. Allemande. Sans lenteur [2:21]
03. Courante [1:26]
04. Seconde Courante. Plus marquee [1:31]
05. Sarabonde. Tendrement [2:16]
06. Bourree. Gayment [1:01]
07. Gigue. D’une legerete moderee [1:10]
08. Rondeau. Gayement [2:07]
09. Chaconne [4:31]
10. Menuet [1:07]

[27’10”]

Quatrieme Ordre: La Piemontoise

11. Sonata [8:16]
12. Allemande. Noblement et sans lenteur [2:37]
13. Courante [1:24]
14. Seconde Courante. Un peu plus gayement [1:50]
15. Sarabande. Tendrement [2:31]
16. Rondeau. Gayement [2:02]
17. Gigue. Affectueusement, quoy que legerement [1:56]

[20’36”]

Performers:
Reinhard Goebel, Hajo Bas (violin);
Wilbert Hazelzet, Philippe Suzanne (flute);
Jaap ter Linden (viola da gamba);
Henk Bouman (harpsichord)

Musica Antiqua Koln
Reinhard Goebel, dir.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Henry Purcell (1659-1695) – “Tis nature`s Voice” e outras canções e elegias

Um pouco de radicalismo nesta manhã quente em Porto Alegre: este é o melhor CD de obras de Purcell que possuo e é o ponto alto da carreira de René Jacobs como cantor. Tinha este CD em vinil e agora comprei-o num ultra “budget price” da Amazon. A gravação é de 1978 e, apesar de todas as Nancy Argentas, Emma Kirkbys e outra(o)s terem tentado — algumas mais de uma vez –, ninguém chegou perto do trio Jacobs – W. Kuijken – Junghänel deste registro da Accent. Mais um CD fundamental para quem ama o barroco.

As canções são extraordinárias. Minhas preferidas são Musick for a While — é óbvio –, Retir’d from any mortal’s sight, Ah! cruel nymph!, as grandiosas Incassum, Lesbia, Young Thirsis’ fate e talvez todas as outras. É surpreendente que Purcell tenha sua melhor produção na música para o teatro e que, contrariamente à grande maioria, sua obra sacra seja menor.

Imperdível!

Henry Purcell – “Tis nature`s Voice” e outras canções e elegias

01 Tis Nature’s voice
02 Musick for a While (from “Oedipus”), song, Z. 583/2
03 Retir’d from any mortal’s sight (from “The History of King Richard II”), song, Z. 581/1
04 Since from my dear Astrea’s sight (from “Prophetess”), aria for soprano, Z. 627/App2
05 Pious Celinda goes to prayers, song, Z. 410
06 Incassum, Lesbia, incassum rogas (The Queen Epicedium), song, Z. 383
07 Ah! cruel nymph! you give despair for soprano & continuo, Z. 352
08 The fatal hour comes on apace, song, Z. 421
09 As Amoret and Thirsis lay, song (from “The Old Bachelor”), Z. 607/11
10 Sweeter than roses (from “Pausanius”), song, Z. 585/1
11 I lov’d fair Celia, song, Z. 381
12 Young Thyrsis’ fate, ye hills and groves, deplore (On the death of Thomas Farmer), song for soprano, bass & continuo, Z. 473

René Jacobs, contratenor
Wieland Kuijken, viola da gamba
Konrad Junghanel, tiorba

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Wojciech Kilar (1932-) – Lamento para Coro a Cappella e “September Symphony”

Este CD traz dois trabalhos inspirados no 11 de Setembro. Não, não estou referindo-me ao dia do assassinato de Salvador Allende nem ao dia da morte de Joe Zawinul; Kilar resolveu deixar de lado tais acontecimentos para dedicar sua atenção à implosão das Torres Gêmeas. O Lamento é boa música — apesar de possuir sonoridades “antigas demais”, diria — , mas o que interessa neste CD é a notável “September Symphony”.

A “September Symphony” foi composta nos quatro movimentos clássicos: dois grandes Largos, com um Allegro no meio e um Moderato final. O primeiro Largo é bastante original, introspectivo e trágico. O Allegro parece trilha sonora de filme de Alfred Hitchcock e deve significar o atentado. O segundo Largo é belíssimo. Kilar fez sua própria mistura das obras mais trágicas de Shostakovich e Barber e o resultado foi excepcional. A calma do final do movimento não pode ser mais shostakovichana. O final tem características de uma composição de Bernstein que não vou lembrar… A Sinfonia é dedicada a Antoni Wit e é muito boa. Nem chega perto do kitsch que poderia ser.

Kilar – Lamento para Coro a Cappella e “September Symphony”

01 Lament For Choir

September Symphony
02 Movement I [Largo]
03 Movement II [Allegro]
04 Movement III [Largo]
05 Movement IV [Moderato]

Warsaw Philharmonic Choir
Henryk Wojnarowski

Warsaw Philharmonic Symphony Orchestra
Antoni Wit

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Mais comprovações de nossa insofismável superioridade…

Citação descoberta no blog de Tiago Casagrande e ampliada por mim aqui.

Seu cérebro é uma metamorfose ambulante. E até coisas banais, como tocar violão ou sair com os amigos, podem ajudá-lo a funcionar melhor. “A massa cinzenta é extremamente plástica”, diz Sidarta Ribeiro, um dos mais influentes neurologistas do país. “E o que mais ajuda nisso é ler muito e conversar”. Mas não fica nisso: se você quiser aprimorar uma área específica, como a matemática ou a capacidade de leitura, tem como fazer isso de um jeito inusitado. Uma pesquisa publicada em 2008 por um consórcio de 7 grandes universidades americanas mostrou algo que parecia pouco provável: música e teatro aumentam a capacidade de concentração e geram ganhos tão significativos para a memória que você tem como extrapolar a melhora para outras áreas. Eles observaram que quem treina para tocar um instrumento parece ficar mais habilidoso em geometria e compreender melhor um texto. Quem faz teatro, por fim, fica com a memória mais apurada, pelo hábito de decorar textos e interpretá-los no palco, e aumenta o nível de atenção – algo fundamental para aprender qualquer coisa. E a coisa não pára por aí. A escola de medicina de Harvard conduziu uma experiência ainda mais surpreendente em 2007. Neurocientistas de lá colocaram voluntários para tocar exercícios fáceis de piano. Eles treinaram duas horas por dia durante uma semana. Depois os pesquisadores escanearam o cérebro do pessoal. E viram que a área da massa cinzenta responsável pelos movimentos dos dedos havia crescido. Calma, essa ainda não é a parte insólita. Outros estudos já tinham mostrado que o cérebro é capaz de fazer isso quando você treina um pouco. A surpresa mesmo veio quando pegaram outro grupo e pediram que eles só imaginassem que estavam tocando piano. Resultado: o cérebro deles reagiu da mesma forma. Isso mostrou que o pensamento puro e simples é capaz de mudar a estrutura da mente. Tem mais. A psicóloga Carol Dwek, da Universidade de Stanford, mostrou que até “pensamento positivo” funciona. Ela dividiu centenas de estudantes em dois grupos: os que achavam que sua inteligência era fixa e os que pensavam que ela podia mudar. Nos dois anos seguintes, o segundo grupo se deu melhor nos estudos.

Excerto da matéria “Como turbinar o seu cérebro” – por Alexandre Versignassi e Eduardo Szklarz, revista SUPERINTERESSANTE ed. 256, setembro de 2008, p. 73.

PQP

Haydn (1732-1809) / Mozart (1756-1792) – Trio e Concerto para Violoncelo / 6 Danças Alemãs e Sinfonia Praga – Harmonia Mundi – 50 years of music exploration – CD 21 de 29

E chegamos ao classicismo. Nada melhor do que Haydn e Mozart para ilustrar o período clássico; foram professor e aluno; o professor nasceu 24 anos antes e sobreviveu ao aluno por 17; o primeiro foi o mais feliz dos homens, o segundo tinha tudo para sê-lo, mas as coisas não dão certo para todos, infelizmente… Se dependesse apenas de talento, né? Penso que o grande mérito deste disco começa na versão para dois pianos que Andreas Staier e Christine Schornsheim escreveram para as 6 Danças Alemãs de Mozart. É um registro colorido de uma obra pouco divulgada. Já o Concerto para Violoncelo de Haydn e a Sinfonia Praga são obras-primas que aqui recebem excelentes interpretações da EXTRAORDINÁRIA Orquestra Barroca de Freiburg.

CD meio confuso pela mistura de peças, mas que acho inevitável baixar… Apesar de díspares, todas as obras são boas.

CD 21

Piano Trio no.39 in G major, Hob.XV:25 Joseph Haydn 15’56
1. Andante
2. Poco Adagio
3. Presto
Patrick Cohen, pianoforte
Erich Hobarth, violin
Christophe Coin, cello

6 Danses allemandes K.509, transcrites pour piano/clavecin (à partir de la version orchestrale de 1787) Wolfgang Amadeus Mozart 7’21
4. 6 Deutsche Tanze KV 509
Andreas Staier e Christine Schornsheim, 2 pianofortes Stein vis-à-vis

Concerto pour violoncelle et orchestre, Hob.VIIb:1 en Ut majeur Joseph Haydn 24’46
5. Moderato
6. Adagio
7. Finale Allegro Molto
Jean-Guihen Queyras, cello
Freiburger Baroque Orchestra
Petra Mullejans, conductor

Symphonie n°38 “Prague” en Ré majeur Wolfgang Amadeus Mozart 32’37
8. I. Adagio – Allegro – Freiburger Barockorchester
9. II. Andante – Freiburger Barockorchester
10. III. Finale. Presto – Freiburger Barockorchester
Freiburger Baroque Orchestra
Rene Jacobs, conductor

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP

Op. 132

De uma forma ou outra, os elogios são quase diários. E a gente faz questão deles, sim. É nosso salário moral e, na semana passada, recebemos um elogio especial. Veio num e-mail com o título acima: “Op. 132”. Nem mais, nem menos. Era de um visitante de nosso blog cujo nome não vou revelar por ainda não ter pedido permissão a ele. Dirige-se aos que fazem o PQP Bach: eu, FDP Bach, Clara Schumann, Blue Dog, CDF Bach e Ciço Villa-Lobos. Mas ele toca numa coisa da qual faço absoluta questão e do qual sou o maior falsário: os textos que acompanham as postagens. Quando inventei o blog, quis que ele fosse uma coisa minimamente pedagógica. Pensava que as pessoas deveriam ao menos saber — se quisessem — onde inserir a obra postada na história da música, sua importância, etc. Não faço isso, prefiro a diversão de expressar meu prazer ou não na audição da obra. Sei lá. O que sei é meus textos são escritos em dez minutos e olhem lá. Daí, o fato de ter utilizado a palavra falsário. De qualquer maneira, gostaria de dividir esta mensagem com os ouvintes-leitores do blog, pedindo que vocês reduzam à razoabilidade o volume dos elogios às vezes exagerados do autor.

Caro PQP,

Estou saindo de casa agora para tomar meu vôo para Praga, mas antes decidi responder o seu email. Eu fiquei muito contente com a sua mensagem, eu te acho um cara fascinante e ultimamente tenho frequentado mais o PQP para ler as resenhas do que para baixar música. Isto sim é revigorante!

Ah, caro PQP, eu te agradeço por muita coisa! Talvez como criador do blog você diminua a importância que ele tem para seus leitores. Isso seria normal. Mas acredite no que eu e todos os outros te falamos! Não é pelos downloads, não mesmo!

Eu, como já te disse, estudo composição e regência. Pretendo, assim que me estabelecer no Velho Mundo, criar um website com algumas partituras e mp3 de músicas minhas e, se isso realmente sair do papel, eu gostaria muitíssimo que você pudesse ouvir algo. Ando um tanto sem motivação para mostrar minhas músicas por aí, o último concerto com obras minhas foi um fiasco por parte dos executantes nervosos e da platéia desinteressada… mas a vida continua. Acredito que por lá encontrarei instrumentistas mais interessados, pelo menos assim espero.

E muito obrigado também pela doce imagem da pequena garota dançando uma valsinha que sempre me aparece quando ouço o último movimento do Op.132 do grande Ludwig. Sempre penso nisso sorrindo muito.

Um grande abraço! Mantenha contato.
X.

PQP

J. S. Bach (1685-1750) – Cantatas BWV 10, 130 e 17

Eu nunca sonho com PQP Bach, porém hoje sonhei que tinha postado todas as Cantatas de Bach… Como minha integral é de 69 CDs mais 6 das Cantatas Profanas, vocês podem imaginar o porte da empreitada. Não vou entrar nisso. Bem, vocês sabem que tenho minhas manias e a menor delas certamente não é a de adorar Helmuth Rilling. Ah, as gravações são antigas; ah, Gardiner regravou todas entre 25 de dezembro de 1999 e o final de 2000; ah, há outras integrais mais “corretas”; ah, e a dupla Leonhardt e Harnoncourt?; ah, e Koopman?; ah, foda-se: se eu acordo feliz, meto Rilling no CD Player. O bom é o que nos satisfaz e a integral dele é mesmo excelente. Como acordei hoje muito feliz, fui direto a este volume 17 das Cantatas.

Tenho certeza que os bachianos que nos visitam irão sorrir quando ouvirem a abertura da Cantata BWV 10. É algo feliz que me deixa feliz, mesmo que hoje eu tenha que trabalhar como um cão em coisas bem burocráticas e chatas. Afinal, sonhei com Bach e minhas dores nas costas me abandonaram, ao menos temporariamente.

Estas Cantatas são espetaculares. Se você veio até aqui, aproveite para fazer o download.

Um bom dia para todos nós.

J. S. Bach – Cantatas BWV 10, 130 e 17

1. This My Soul Exalts The Lord Now, BWV 10: 1. Chor (Verses 1 And 2) – Gachinger Kantorei Stuttgart/Helmuth Rilling
2. This My Soul Exalts The Lord Now, BWV 10: 2. Aria – Arleen Auger
3. This My Soul Exalts The Lord Now, BWV 10: 3. Recitative – Aldo Baldin
4. This My Soul Exalts The Lord Now, BWV 10: 4. Aria – Wolfgang Schone
5. This My Soul Exalts The Lord Now, BWV 10: 5. Duet – Verse 8 – With Chorale – Margit Neubauer/Aldo Baldin
6. This My Soul Exalts The Lord Now, BWV 10: 6. Recitative – Aldo Baldin
7. This My Soul Exalts The Lord Now, BWV 10: 7. Chorale (Verses 10 And 11) – Gachinger Kantorei Stuttgart/Helmuth Rilling

8. Lord God, We Praise Thee Eve’ry One, BWV 130: 1. Chor – Verse 1 – Figuralchor Der Gedachtniskirche Stuttgart/Helmuth Rilling
9. Lord God, We Praise Thee Eve’ry One, BWV 130: 2. Recitative – Gabriele Schnaut
10. Lord God, We Praise Thee Eve’ry One, BWV 130: 3. Aria – Wolfgang Schone
11. Lord God, We Praise Thee Eve’ry One, BWV 130: 4. Recitative – Kathrin Graf/Adalbert Kraus
12. Lord God, We Praise Thee Eve’ry One, BWV 130: 5. Aria – Adalbert Kraus
13. Lord God, We Praise Thee Eve’ry One, BWV 130: 6. Chorale – Figuralchor Der Gedachtniskirche Stuttgart/Helmuth Rilling

14. Who Thanks Giveth, He Praiseth Me, First Part, BWV 17: 1. Chor (Dictum) – Gachinger Kantorei Stuttgart/Helmuth Rilling
15. Who Thanks Giveth, He Praiseth Me, First Part, BWV 17: 2. Recitative – Gabriele Schreckenbach
16. Who Thanks Giveth, He Praiseth Me, First Part, BWV 17: 3. Aria – Arleen Auger
17. Who Thanks Giveth, He Praiseth Me, Second Part, BWV 17: 4. Recitative – Adalbert Kraus
18. Who Thanks Giveth, He Praiseth Me, Second Part, BWV 17: 5. Aria – Adalbert Kraus
19. Who Thanks Giveth, He Praiseth Me, Second Part, BWV 17: 6. Recitative – Walter Heldwein
20. Who Thanks Giveth, He Praiseth Me, Second Part, BWV 17: 7. Chorale – Gachinger Kantorei Stuttgart/Helmuth Rilling

Walter Heldwein
Wolfgang Schone
Hermann Herder
Kurt Etzold
Paul Gerhard Leihenseder
Helmut Veihelmann
Jurgen Wolf
Klaus-Peter Hahn
Harro Bertz
Manfred Graser
Thomas Lon
Peter-Lukas Graf
Hans-Joachim Erhard
Martha Schuster

Gächinger Kantorei Stuttgart
Stuttgart Bach Collegium
Helmuth Rilling

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

PQP