G. F. Handel (1685-1759): Chandos Anthems (CD 2)

FDP Bach passa por momentos de justificada revolta contra seu provedor, contra a zona rural onde mora, contra o rapidshare, o paypal, o mundo. É tanta revolta que, quando perguntei a ele se ele um dia tinha a pretensão de terminar esta série aqui começada… Não, engana-se quem pensa que ele me mandou tomar no cu. Ele apenas respondeu, agastado: toma esse link, ¡carajo! Bom, eu não vou ter coragem de pedir os outros dois CDs desta bela série. Fica o trabalho para vocês. Mas peçam com delicadeza. Não lembrem a ele a existência daquele provedor que promete uma velocidade de X e lhe dá apenas (X / 20). Nem dos raios que assolam Santa Catarina e que insistem em queimar os valiosos (MUITO VALIOSOS MESMO, DE VERDADE) HDs de seus briosos computadores. Muito cuidado, o homem está puto, mas não desse jeito de dar a bunda, entendem? Ele não é disso, não o irritem, por favor!

Finalizo este belo comentário sobre Handel indicando esse excelente CD que apenas reafirma meu lema de sexo, drogas e música sacra.

George Frederic Handel – Chandos Anthems – CD 2
1. O sing unto the Lord, HWV 249b, “Chandos Anthem No. 4”: Sonata Ian Partridge 2:54
2. O sing unto the Lord, HWV 249b, “Chandos Anthem No. 4”: O sing unto the Lord a new song! ? (Soprano, Chorus) James Bowman 1:54
3. O sing unto the Lord, HWV 249b, “Chandos Anthem No. 4”: Declare his honour unto the heathen ? (Chorus) Ian Partridge 2:39
4. O sing unto the Lord, HWV 249b, “Chandos Anthem No. 4”: The waves of the sea rage horribly ? (Tenor) James Bowman 1:35
5. O sing unto the Lord, HWV 249b, “Chandos Anthem No. 4”: Duet: O worship the Lord in the beauty of holiness ? (Soprano, Tenor) Ian Partridge 3:15
6. O sing unto the Lord, HWV 249b, “Chandos Anthem No. 4”: Let the whole earth stand in awe of him ? (Chorus) James Bowman 0:49
7. O sing unto the Lord, HWV 249b, “Chandos Anthem No. 4”: Let the heav’ns rejoice ? (Chorus) Ian Partridge 1:36
8. I will magnify thee, O God, HWV 250a, “Chandos Anthem No. 5A”: Sonata Ian Partridge 3:38
9. I will magnify thee, O God, HWV 250a, “Chandos Anthem No. 5A”: I will magnify thee, O God my King ? (Chorus) Ian Partridge 1:46
10. I will magnify thee, O God, HWV 250a, “Chandos Anthem No. 5A”: Ev’ry day will I give thanks unto thee ? (Tenor) Ian Partridge 3:31
11. I will magnify thee, O God, HWV 250a, “Chandos Anthem No. 5A”: One generation shall praise thy works ? (Chorus) Ian Partridge 2:06
12. I will magnify thee, O God, HWV 250a, “Chandos Anthem No. 5A”: The Lord preserveth all them that love him ? (Tenor) Ian Partridge 2:31
13. I will magnify thee, O God, HWV 250a, “Chandos Anthem No. 5A”: The Lord is righteous in all his ways ? (Soprano) Ian Partridge 3:07
14. I will magnify thee, O God, HWV 250a, “Chandos Anthem No. 5A”: Happy are the people that are in such a case ? (Tenor) Ian Partridge 3:57
15. I will magnify thee, O God, HWV 250a, “Chandos Anthem No. 5A”: My mouth shall speak the praise of the Lord ? (Tenor, Chorus) Ian Partridge 2:51
16. As pants the hart, HWV 251b, “Chandos Anthem 6A”: Sonata James Bowman 3:26
17. As pants the hart, HWV 251b, “Chandos Anthem 6A”: As pants the hart for cooling streams ? (Chorus) Ian Partridge 3:07
18. As pants the hart, HWV 251b, “Chandos Anthem 6A”: Tears are my daily food ? (Soprano) James Bowman 3:08
19. As pants the hart, HWV 251b, “Chandos Anthem 6A”: Now, when I think thereupon ? (Tenor) Julie Miller 1:32
20. As pants the hart, HWV 251b, “Chandos Anthem 6A”: In the voice of praise and thanksgiving ? (Chorus) James Bowman 1:40
21. As pants the hart, HWV 251b, “Chandos Anthem 6A”: Duet: Why so full of grief, O my soul? (Soprano, Tenor) Ian Partridge 4:22
22. As pants the hart, HWV 251b, “Chandos Anthem 6A”: Put thy trust in God ? (Tenor, Chorus) James Bowman 2:55

The Sixteen Choir & Orchestra
dir. Harry Christophers

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PQP

Heinrich Schütz (1585-1672) – Musicalische Exequien

Este é um CD de arrepiante beleza. Schütz, juntamente com tio Bux, constituiu-se na maior influência para o compositor que foi meu pai e estas Musicalische Exequien são fundamentais para aquilo que seriam as suas Cantatas. (Ouçam a Cantata BWV 4 para conferir, ouçam!) Colocado numa encruzilhada histórica, Schütz ora parece olhar o passado e ora ser presciente em sua ousada e austera polifonia. Foi um grande gênio.

O tratamento que o Knabenchor de Hannover dá a estas peças é quase inacreditável. O som do conjunto e do pequeno grupo que as acompanha é digno de todos os prêmios que este CD recebeu quando de seu lançamento. Comprei este disco na Itália, sem saber nada a respeito. Talvez o som de Schütz tenha me obrigado a visitar mais igrejas do que seria razoável…

CD IM-PER-DÍ-VEL para os amantes do barroco!

Schütz – Musicalische Exequien SWV 279-281, Op. 7

1. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Intonatio (TI)
2. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Soli (T,T,B)
3. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Capella
4. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Soli (S,S,TI)
5. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Capella
6. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Soli (A,B)
7. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Capella
8. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Intonatio (TI)
9. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Favoritchor
10. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Capella
11. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Soli (S II,B I)
12. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Capella
13. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Soli (S I, B)
14. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Capella
15. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Soli (T,T)
16. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Capella
17. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Solo (A)
18. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Soli (S,S,B)
19. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Solo (T I)
20. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Soli (A,T,T,B)
21. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Capella
22. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Soli (B,B)
23. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Capella
24. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Solo (TI)
25. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Capella
26. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Favoritchor
27. Concert in Form einer teutschen Begräbnis-Missa: Capella

28. Herr, wenn ich nur dich habe SWV 280

29. Canticum B. Simeonis Herr, nun lässest du deinen Diener in Frieden fahren”, SWV 281

30. Herr, nun lässest du deinen Diener im Friede fahren, SWV 432

31. Herr, nun lässest du deinen Diener im Friede fahren, SWV 433

32. Das ist je gewisslich wahrm SWV 277

33. Nun danket alle Gott, SWV 418

34. Vater unser, SWV 411

Knabenchor Hannover
Ensemble UCS
Heinz Hennig

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PQP Bach

Culpa de P.Q.P. Bach, de Britten e de C.D.F. Bach

Eu, PQP Bach, ouço TODOS os CDs deste blog. Os meus (que posto após as audições) e os dos outros (já postados). Como a gente publica muito, estou ainda no dia 8 de abril de 2009. Pois agora me aconteceu de ouvir este CD há uma semana. Sem parar. E só posto o que ouço. Como estou perdidamente apaixonado, parei de postar.

Paciência, esperem sem pressões que eu me desapaixone.

Philip Glass (1937) – White Raven, ópera de 1991

Sei lá como esta gravação chegou até mim. Parece registro de um concerto gravado por um espectador na terceira fila, meio escondido. Pura pirataria, coisa que detesto. A música é legítimo Glass; ou seja, é um ventilador legalzinho, mas só serve para dias muito quentes. A curiosidade é que é falada em português de Portugal. Os caras falam de navegações, mares, etc. Uma curiosidade. Quem são os executantes? Ah, meu amigo…

Philip Glass – White Raven (ópera)

01 – Knee Play 1 (El Escritor con los dos Cuervos)
02 – Acto I, 1 (Corte Portuguesa)
03 – Knee Play 2 (El Escritor con los dos Cuervos)
04 – Acto I, 2 (El Viaje)
05 – Acto I, 3 (Africa)
06 – Acto I, 4 (India)
07 – Acto II, 1 (Exploracao Submarina)
08 – Acto II, 2 (Exploracao de Agujeros Negros en el Cielo)
09 – Acto III (Prologo)
10 – Acto III, 1 (Corte Portuguesa)
11 – Knee Play 3 (El Escritor Como Cuervo)
12 – Acto III, 2 (Visiones Nocturnas)
13 – Acto IV (Scherzo)
14 – Knee Play 4 (El Escritor con una Mesa de Agua y una Pluma Voladora)
15 – Act V (Brasil)
16 – Epilogo

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PQP

Nicolai Rimsky-Korsakov (1844-1908): Scherazade e A Grande Páscoa Russa

Sem planejamento nenhum, estou promovendo um verdadeiro Festival Russo no blog. Como disse, é casual; deve ser uma fase.

Na casa de meu pai, o toca-discos estava sempre ligado. Como mais ouvidos estavam Chopin, Concertos para Piano de Mozart, o Beethoven da middle age e duas músicas que meu amava loucamente: Quadros de uma Exposição e Scherazade. É absolutamente alto o número de vezes que ouvi esta obra do grande compositor e maior ainda orquestrador Rimsky-Korsakov em várias gravações, pois meu pai comprava discos como garrafas de leite. Por isso, talvez possa garantir que Ozawa trata muito bem uma das histórias da princesa que narrava para não morrer.

Lembrei que ainda não postei um disco espetacular de outro do Grupo dos Cinco: um de quartetos de Borodin. Os membros do nacionalista Grupo dos Cinco eram Rimsky-Korsakov, Mily Balakirev, Borodin, César Cui e Modest Mussorgsky. Acho que tanto Rimsky-Korsakov como Borodin era militares… É um mundo estranho e morto…

Grande CD!

Scheherazade, Op. 35

1. Rimsky-Korsakov – The sea and Sindbad’s ship (9:52)
2. Rimsky-Korsakov – The story of the Calendar Prince (11:34)
3. Rimsky-Korsakov – The young prince and the young priness (9:21)
4. Rimsky-Korsakov – Festival at Bagdad – The sea – The ship goes to pieces against a rock surmounted by a bronze warrior (The shipwreck) (12:33)

Russian Easter Festival Overture, Op. 36
5. Rimsky-Korsakov – Russion Easter, Op. 36 – Overture on sacred Russian themes (14:58)

Rainer Honeck, violin
Wiener Philharmoniker
Seiji Ozawa

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PQP

Alfred Schnittke (1934-1998): Concerto Grosso Nº 1, Quasi una sonata, Moz-Art à la Haydn

No tempo em que comprei este CD, em 1991, Schnittke era “o mais celebrado compositor soviético”. Assim como seu país mudou, Schnittke mudou muito como compositor ao longo da vida. Antes influenciado por Shostakovich, depois adotou o poli-estilismo — uma coisa divertidíssima que pode ser ouvida neste Concerto Grosso de cordas enlouquecidamente vivaldianas e tangos de um Piazzolla que veio do frio — e depois adotou um estilo bem mais tímido e sério.

O carro-chefe do CD é o Concerto Grosso — casualmente, o Avicenna irá dançar um tango barenboiniano amanhã –, mas Quasi una sonata e Moz-Art à la Haydn são de primeira linha. Há um certo parentesco, nada mais do que isso, entre Quasi una sonata e Sonâncias III, de Marlos Nobre, obra que não lembro ter sido postada aqui. Daqui alguns dias, postarei a ópera Life with an Idiot, de Schnittke. Aguardem com a habitual paciência.

Schnittke: Concerto Grosso Nº 1, Quasi una sonata, Moz-Art à la Haydn

Concerto Grosso No.1, for 2 violins, harpsichord, prepared piano & 21 strings (1976-77)
1. Prelude: Andante
2. Toccata: Allegro
3. Recitativo: Lento
4. Cadenza [without tempo marking]
5. Rondo. Agitato
6. Postludio. Andante – Allegro – Andante
Tatjana Grindenko e Gidon Kremer, violinos
Yuri Smirnov, cravo e piano preparado
Heinrich Schiff, regência

7. Quasi una sonata, for violin & chamber orchestra (1987)
Yuri Smirnov, piano
Gidon Kremer, violino e regência

8. Moz-Art à la Haydn, for 2 violins & 11 strings (1987)
Tatjana Grindenko, violino
Gidon Kremer, violino e regência

Chamber Orchestra of Europe (nas 3 obras)

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Antonio Vivaldi (1678-1741) & Johann Sebastian Bach (1685-1750): The Bach-Vivaldi Concertos

Ao menos de minha parte, fecho a temporada de transcrições com uma curiosidade: transcrições escritas por Bach para o cravo sobre Concertos de Vivaldi. Robert Woolley vai muito bem, dando-nos um excelente recital deste Johann Sebastian Vivaldi. Há também transcrições para o órgão, provas da enorme admiração que meu pai tinha pelo Padre Tonho, o Vermelho.

Bach-Vivaldi Concertos

Concerto No 1 in D major, BWV972
1 Movement 1: [Allegro] [2’20]
2 Movement 2: Larghetto [3’48]
3 Movement 3: Allegro [2’19]

Concerto No 2 in G major, BWV973 Antonio Vivaldi (1678-1741) & Johann Sebastian Bach (1685-1750)
4 Movement 1: [Allegro assai] [2’41]
5 Movement 2: Largo [2’28]
6 Movement 3: Allegro [2’23]

Concerto No 5 in C major, BWV976 Antonio Vivaldi (1678-1741) & Johann Sebastian Bach (1685-1750)
7 Movement 1: [Allegro] [3’48]
8 Movement 2: Largo [3’31]
9 Movement 3: Allegro [3’08]

Concerto No 4 in G minor, BWV975 Antonio Vivaldi (1678-1741) & Johann Sebastian Bach (1685-1750)
10 Movement 1: [Allegro] [3’10]
11 Movement 2: Largo [3’47]
12 Movement 3: Giga. Presto [1’46]

Concerto No 9 in G major, BWV980 Antonio Vivaldi (1678-1741) & Johann Sebastian Bach (1685-1750)
13 Movement 1: [Allegro] [3’52]
14 Movement 2: Largo [4’05]
15 Movement 3: Allegro [3’47]

Concerto No 7 in F major, BWV978 Antonio Vivaldi (1678-1741) & Johann Sebastian Bach (1685-1750)
16 Movement 1: Allegro [2’24]
17 Movement 2: Largo [2’47]
18 Movement 3: Allegro [2’28]

Robert Woolley (harpsichord)

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The Dmitri Shostakovich Edition (CDs 1, 2 e 3 de 27)

Esta caixa é tão, mas tão maravilhosa que nem vou perder tempo justificando a postagem de mais uma série. Apenas digo que serão 27 CDs em 320 kbps que trarão todas as 15 sinfonias, todos os 15 quartetos, todas as sonatas para algum instrumento + piano, o quinteto, trios, os concertos para piano, violino e violoncelo, as suítes… Enfim, é um tesouro! Enjoy!

Ah, tinha esquecido: IM-PER-DÍ-VEL!!!

(Os textos abaixo foram “roubados” do amigo Milton Ribeiro.

Sinfonia Nº 1, Op. 10 (1924-1925)

Shostakovich começou a escrever esta sinfonia quando tinha dezessete anos. Antes disso, tinha composto alguns scherzi que só interessaram à musicólogos. Sua estréia foi mesmo com esta Nº 1, terminada antes do autor completar vinte anos. Ela tornou aquele estudante de música, mais conhecido por ser o pianista-improvisador de três cinemas mudos de Petrogrado, internacionalmente célebre. Tal fama pode ser atribuída por Shostakovich ser o primeiro rebento musical do comunismo, mas ouvindo a sinfonia hoje, não nos decepcionamos de modo algum. É música de um futuro mestre.

Ela começa com um toque de trompete ao qual, se acrescentarmos um crescendo, tornar-se-á um tema de Petrouchka, de Igor Stravinski. Alguns regentes russos fazem esta introdução exatamemente igual à Petroushka. É algo curioso que o jovem Dmitri tenha feito esta homenagem, quando dizia que seus modelos – e isto foi comprovadíssimo logo adiante – eram Mahler, Bach, Beethoven e Mussorgski. Mas há mesmo algo de “boneca triste” no primeiro movimento desta sinfonia. O segundo movimento possui um curioso tema árabe, que é a primeira grande paródia encontrada em sua obra. Um achado.

O movimento lento, muito triste, é daqueles que a Veja consideraria uma comprovação do sofrimento do compositor sob o comunismo e de uma postura fatalista do tipo isto-não-vai-dar-nada-certo, porém acreditamos que a morte de seu pai, ocorrida alguns meses antes e a internação de Dmitri num sanatório da Criméia (ele contraíra tuberculose) tenha mais a ver. Há um belíssimo solo funéreo de oboé neste movimento.

CD 1
Symphony No. 1 in F minor Op. 10
1. Allegretto. Allegro ma non troppo
2. Allegro
3. Lento
4. Allegro molto, Lento Allegro molto

5. Symphony No. 2 in B major Op. 14 for Chorus & Orchestra

6. Symphony No. 3 in E flat major in E Flat major for Chorus & Orchestra

Rundfunkchor
WDR Sinfonieorchester
Rudolf Barshai

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Sinfonia Nº 4, Op. 43 (1936)
Uma sinfonia decididamente mahleriana. Shostakovich estudara Mahler por vários anos e aqui estão os monumentais ecos destes estudos. Sim, monumentais. Uma orquestra imensa, uma música com grandes contrastes e um tratamento de câmara em muitos episódios rarefeitos: Mahler. O maior mérito desta sinfonia é seu poderoso primeiro movimento, que é transformação constante de dois temas principais em que o compositor austríaco é trazido para as marchas de outubro, porém, minha preferência vai para o também mahleriano scherzo central. Ali, Shostakovich realiza uma curiosa mistura entre o tema introdutório da quinta sinfonia de Beethoven e o desenvolve como se fosse a sinfonia “Ressurreição”, Nº 2, de Mahler. Uma alegria para quem gosta de apontar estes diálogos. O final é um “sanduíche”. O bizarro tema ritmado central é envolvido por dois scherzi algo agressivos e ainda por uma música de réquiem. As explicações são muitas e aqui o referencial político parece ser mesmo o mais correto para quem, como Shostakovich, considerava que a URSS viera das mortes da revolução de outubro para a alienação e daí iria novamente para as mortes, representadas pela iminente segunda guerra. Trata-se de um Big Mac seríssimo.

CD 2
Symphony No. 4 in C minor Op. 43
1. Allegro poco moderato
2. Moderato con moto
3. Largo. Allegro

WDR Sinfonieorchester
Rudolf Barshai

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Sinfonia Nº 5, Op. 47 (1937)
Esta é a obra mais popular de Dmitri Shostakovich. Recebeu incontáveis gravações e não é para menos. O público costuma torcer o nariz para obras mais modernas e aqui o compositor retorna no tempo para compor uma grande sinfonia ao estilo do século XIX. Sim, é em ré menor e possui quatro movimentos, tendo bem no meio, um scherzo composto por um Haydn mais parrudo. Mesmo para os aficcionados, é uma obra apetitosa, por transformar a linguagem do compositor em algo mais sonhador do que o habitual. Foi a primeira sinfonia de Shostakovich que ouvi. Meu pai a trouxe dizendo que era uma sinfonia muito melhor que as de Prokofiev, exceção feita à Nº 1, Clássica, que ele amava. Alguns consideram esta obra uma grande paródia; eu a vejo como uma homenagem ao glorioso passado sinfônico do século anterior. A abertura e a coda do último movimento (Allegro non troppo) costuma aparecer, com boa freqüência, em programas de rádio que se querem sérios e influentes…

Sinfonia Nº 6, Op. 54 (1939)
Uma perfeição esta sinfonia cujo dramático, concentrado e lírico primeiro movimento (um enorme Largo) é seguido por dois allegros, sendo o último pra lá de burlesco, chegando a ser mesmo circense (Presto). A estrutura estranha e inexplicável tem o efeito, ao menos em mim, de uma compulsão por ouvi-la e reouvi-la. Acho que volto sempre a ela com a finalidade de conferir se o primeiro movimento é mesmo tão perfeito e profundo e para buscar uma explicação para a galinhagem final – isto aqui não é uma tese acadêmica, daí a palavra “galinhagem” ser permitida… Nossa sorte é que existe aquele segundo Allegro central para tornar a passagem menos chocante. Esta belíssima obra talvez faça a alegria de qualquer maníaco-depressivo. É uma trilha sonora perfeita para quem sai das trevas para um humor primaveril em trinta minutos. Começa estática e intelectual para terminar num circo. Simplesmente amo esta música! É um pacote completo e de só uma via com desespero, sorrisos e gargalhadas.

CD 3
Symphony No. 5 in D minor Op. 47
1. Moderato. Allegro non troppo. Moderato
2. Allegretto
3. Largo
4. Allegro non troppo. Allegro

Symphony No. 6 in B minor Op. 54
5. Largo
6. Allegro
7. Presto

WDR Sinfonieorchester
Rudolf Barshai

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PQP

J. S. Bach (1685-1750): Bach / Busoni – Piano Transcriptions

Eu esperei anos por este disco, lançado em 2000. Afinal, Ferruccio Busoni (1866-1924) foi o maior “transcritor” da obra de Bach para o piano. Busoni tem uma obra, foi um bom compositor, etc., mas creio que alcançou a imortalidade ao transcrever, sempre com brilhantismo, peças e mais peças de Bach. Ouçam este CD. As obras não foram recriadas com enorme talento? É espantosa a “recriação” para o piano de uma das mais radicais obras de papai: a Toccata BWV 564. E a Chaconne? Ouvir esse disco me deixa feliz.

De resto, um repertório cheio de charme, longe da obviedade de repalmilhar pela nonagésima vez as peças mais conhecidas. O excelente Kun-Woo Paik fez escolhas muito particulares e sensíveis, coisa de conhecedor. Um feliz sábado para todos nós.

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Bach / Busoni – Piano Transcriptions

– Toccata in C Major for Organ, BWV 564
1. Preludio, quasi improvisando – Tempo moderato
2. Intermezzo – Adagio
3. Fuga – Moderatamente scherzando, un poco umoristice

– Chorale Preludes for Organ
4. Komm, Gott Schopfer, Heiliger Geist, BWv 667
5. Wachet auf, ruft uns die Stimme, BWv 645
6. Nun komm, der Heiden Heiland, BWV 659
7. Nun freut euch, lieben Christen gmein, BWV 734
8. Ich ruf’ zu dir, Herr Jesu Christ, BWV 639
9. Jesus Christus, unser Heiland, BWV 665
10. In dir ist Freude, BWV 615
11. Herr Gott, nun schleuss den Himmel auf, BWV 617
12. Durch Adam’s Fall ist ganz verderbt, BWV 637
13. Durch Adam’s Fall ist ganz verderbt, BWV 705

14. Chaconne from Partita No. 2 for Violin, BWV 1004

Kun-Woo Paik, piano

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J. S. Bach (1685-1750): Capricci, Toccata, Little Preludes

Vou tomar uma atitude profilática. Estou mandando tomar no cu quem reclamar que este CD tem apenas uma faixa. Bom, ele é uma conversão de um antigo LP de 1986 da Melodija soviética que nunca tornou-se CD e que é tão bom, tão bom, mas tão bom que é melhor calar e ouvir. (Explico melhor: mandarei tomar aqueles não leem o que estão baixando. Você, meu dedicado leitor que chegou a esta linha, é amado por mim).

Eu não sei quem foi este Lubimov, eu só sei que o cara amava Bach, tocava demais e seu LP/CD/mp3 é de se ouvir de joelhos. Ajoelhei ou tremei, infiéis! (Querem ver como alguém vai reclamar que está tudo numa só faixa? Não me chamo P.Q.P. Bach se alguém não reclamar!)

IM-PER-DÍ-VEL!!!

Ah, som de boa qualidade!

J. S. Bach – Capricci, Toccata, Little Preludes

Capriccio in B flat major “Sopra la lontananza del suo fratello dilettissimo” BWV 992 – 10.15
01. 1. Arioso. Adagio
02. 2. (Andante)
03. 3. Adagissimo
04. 4. (Andante con moto)
05. 5. Aria di Postiglione. Allegro poco
06. 6. Fuga all’ imitazione della cornetta di postiglione

07. Capriccio in E major “In honorem Joh. Christoph. Bachii”, BWV 993 – 5.51

Toccata in E minor, BWV 914 – 7.09
08. 1. –
09. 2. Un poco Allegro
10. 3. Adagio
11. 4. Fuga. Allegro

Twelve Little Preludes, – 11.35
12. 1. in C major, BWV 924
13. 2. in C major, BWV 939
14. 3. in C minor, BWV 999
15. 4. in D major, BWV 925
16. 5. in D minor, BWV 926
17. 6. in D minor, BWV 940
18. 7. in E minor, BWV 941
19. 8. in F major, BWV 927
20. 9. in F major, BWV 928
21. 10. in G minor, BWV 929
22. 11. in G minor, BWV 930
23. 12. in A minor, BWV 942

Six Little Preludes – 10.46
24. 1. in C major, BWV 933
25. 2. in C minor, BWV 934
26. 3. in D minor, BWV 935
27. 4. in D major, BWV 936
28. 5. in E major, BWV 937
29. 6. in E minor, BWV 938

Alexei Lubimov – “Tschudi” harpsichord, London 1766
Conversão feita a partir de um LP

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PQP

E ainda nem respondi ao e-mail…

… apesar de estar louco de orgulho!

Assunto: O Pensador Selvagem: CD de composições do Compomus da UFPB

Boa tarde!

Venho aqui atender ao pedido dos compositores do Laboratório de Composição Musical da UFPB (COMPOMUS) que desejam ter o conteúdo do seu CD mais recente (BRASSIL Interpreta Compositores da Paraíba, patrocinado pela Petrobrás) disponibilizado para download em seu blog, PQP Bach. Todos os compositores envolvidos no projeto concordaram com a disponibilização gratuita do disco.
Aguardo seu retorno para saber como devemos proceder.

Rafael Laurindo

Podem usar e abusar do PQP Bach. Procedam primeiramente chutando a porta. A casa é de vocês! Por favor, enviem o link do mp3 convertido em 320 KB — acompanhado de comentários e notícias biográficas de cada autor — para o e-mail [email protected] .

Nós é que agradecemos a cada um de vocês!

PQP

Carlo Gesualdo da Venosa (1566-1613): Livro I dos Madrigais

Texto de Milton Ribeiro. Retirado daqui.

Quem leu Cortázar direitinho sabe quem é Gesualdo da Venosa. Aquele pessoal da Renascença não era mole. Passei grande parte da segunda e terça-feira com o iPod ligado, ouvindo Gesualdo, um sujeito nascido em 1566 que merecia ser conhecido por sua música e não apenas por ter cometido um espetacular assassinato.

Gesualdo casou-se aos 26 anos com sua prima, Maria d`Avalos. Dois anos de casamento feliz — provavelmente só na opinião do marido — e Maria começou um caso com Fabrizio Carafa, Duque de Andria. Como quase sempre acontece, o corno é o último a saber; ou seja, toda cidade sabia, menos o proprietário das frondosas peças. Talvez fosse esperado que, ao descobrir com quem sua Maria se deitava, o Príncipe da Venosa tivesse uma reação blasé, mais ou menos como um nobre francês… Nada disso! Gesualdo deve ter pensado que “Corno que sabe e consente, bem age quem lhe acrescente…”, e tratou de vingar-se. Vamos ver o que fez Gesualdo.

Num belo dia de outono, ele preparou algo que lhe servisse como aquecimento: uma caçada com amigos. Nada melhor que um pouco de sangue para alguém quem traz um desejo de morte na alma. Então, em meio à caçada, Gesu resolveu ver como andavam as coisas em casa, digo, no Palazzo San Severo. Severo? Severíssimo! Testemunhas disseram que Gesualdo pediu que os empregados segurassem Fabrizio, dando-lhe um lugar confortável onde pudesse ver o primeiro ato da cena. Então, dedicou-se à mulher, enfiando-lhe a espada diversas vezes. Como Maria custasse a morrer, ele berrava “Ainda não?, Ainda não?” e seguia perfurando a pobre adúltera. Na segunda parte, ministrou tratamento semelhante à Fabrizio, com resultado análogo. Contudo, antes, fez o Duque de Andria trajar um vestido de noite de Maria. As roupas de Fabrizio foram encontradas limpas e sem marcas de violência.

Completou a obra deixando os corpos bem na frente de seu castelo, de forma a mostrar como se faz à cidade de Nápoles. Tal atitude foi cantada em versos por Tasso e admirada em toda a Europa. Virou tema de ópera, poemas e peças teatrais.

Mas voltemos ao caso. Vocês estão pensando que ele foi preso, não? Nada disso, os nobres nunca eram presos; havia para eles uma pizza institucionalizada. Porém (ah, porém…), um outro nobre podia vingar-se dele numa boa. Após o crime, Gesualdo arranjou outra mulher e isolou-se, compondo sua maravilhosa (mesmo!) obra musical. Aquele aristocrático napolitano só foi reconhecido nos primeiros anos do século XX. Tinha uma linguagem avançada que incluia dissonâncias, progressões harmônicas, ritmos contrastantes, passagens diatônicas, cromatismo, etc. Stravinski erigiu-lhe um monumento musical — o Monumentum pro Gesualdo (1960) –, Julio Cortázar dedicou-lhe com conto; Anatole France, um romance (Le puits de Sainte-Claire); e Aldous Huxley várias páginas de seu As Portas da Percepção (The Doors of Perception).

Só que eu escrevi um “ah, porém” ao estilo de Paulinho da Viola. O motivo é que, vinte anos depois da morte da mãe, o segundo filho do casal Gesualdo e Maria d`Avalos resolveu vingar-se, matando o pai que assassinara sua mãe quando era bebê. A vingança é um prato que se come frio e, com mais esta morte, pegamos um dos pingos do sangue de Gesualdo para pormos um ponto final a este post.

Gesualdo (1566-1613): Livro I dos Madrigais

1 Baci Soavi E Cari
2 Il Parte – Quanto Ha Di Dolce
3 Madonna Io Ben Vorrei
4 Come Esser Può
5 Gelo Ha Madonna Il Seno
6 Mentre Madonna Il Lasso
7 Il Parte – Ahi Troppo Saggia
8 Se Da Sì Nobil Mano
9 II Parte – Amor Pace Non Chero
10 Sì Gioioso Mi Fanno I Dolor Miei
11 O Dolce Mio Martire
12 Tirsi Morir Volea
13 II Parte – Frenò Tirsi Il Desio
14 Mentre Mia Stella Miri
15 Non Mirar Di Questa Bella Imago
16 Questi Leggiadri Adorosetti
17 Felice Primavera
18 II Parte – Danzan Le Ninfe Oneste
19 Son Sì Belle Le Rose
20 Bella Angioletta

Conductor, Harpsichord – Sergio Vartolo
Ensemble – Concerto Delle Dame Di Ferrara

Harp – Loredana Gintoli
Vocals [Alto] – Gabriella Martellacci
Vocals [Bass] – Walter Testolin
Vocals [Soprano I] – Lisa Serafini
Vocals [Soprano Ii] – Angela Bucci
Vocals [Tenor I] – Makoto Sakurada
Vocals [Tenor Ii] – Giampaolo Fagotto

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Arcangelo Corelli (1653-1713) – Concerti Grossi, Op.6 (Completo) – LINK RESTAURADO

Um acepipe de primeira categoria para o numeroso grupo de adoradores do barroco que vem a este blog cuja modéstia ruborizou-se após a premiação referida por mim no antepenúltimo post e que só meu pudor impede de citar novamente… (Sim, sem vírgulas! Espero não ter roubado muito ar dos leitores.)

Adianto que o Op.6 de Corelli é grande música, aqui interpretada pelo sempre escandaloso Fabio Biondi, o qual costuma tomar algumas liberdades que, ao menos a mim, são bem-vindas. Ouvi os dois CDs ontem à noite, enquanto preparava-se o dia gris de hoje e, puxa, fui dormir o sono dos justos. Não vou escrever mais porque o livro que estou lendo é muito bom (Istambul, de Orham Pamuk) e está me chamando. Assim sendo, deixo vocês livres de minha verborragia sem direção.

Antes copio aqui uma nota biográfica de Coreli retirada deste barulhento site. Notem como toda a pequena obra de Corelli está no repertório barroco atual. Prova de sua imensa qualidade.

Arcangelo Corelli nasceu no dia 17 de fevereiro de 1653 em Fusignano, cidade localizada entre Bolonha e Ravena. Descendia de uma das mais ricas e tradicionais famílias da região.
Foi enviado muito cedo para Faenza onde recebeu educação básica e onde teria recebido as primeiras lições de música de um padre. Continuou os estudos em Lugo e, depois mudou-se para Bolonha, em 1666.

Em Bolonha o jovem Corelli se familiarizou com o violino e resolveu dedicar-se inteiramente a ele. Com Giovanni Benvenuti e Leonardo Brugnoli ele adquiriu os elementos essenciais da técnica violinística. Após quatro anos de estudos, Corelli foi admitido na Academia Filarmônica de Bolonha.

Em 1675, ele já estava em Roma. Nesta época, os nobre de Roma rivalizavam-se em pompa ao patrocinar apresentações artísticas. Entre os grandes mecenas, destacava-se Cristina Alexandra, que se fixara em Roma depois de abdicar de seu trono na Suécia, em 1659. Músicos, poetas, filósofos reuniam-se ao redor dela em seu palácio, e era uma honra ser convidado para suas festas. Cristina fundou a Academia da Arcádia – a sociedade musical mais fechada da Itália – onde Corelli seria recebido em 1709.

Aos 36 anos, e após a morte de Cristina da Suécia, Corelli passou a trabalhar para o Cardeal Ottoboni, seu maior protetor e grande amigo. Homem liberal e apaixonado pelas artes, Ottoboni possibilitou livre trânsito a seu protegido, fornecendo-lhe o tempo e as condições necessárias para que ele elaborasse suas obras com absoluta tranqüilidade.

Sua fama se expandia e estudantes de música vinham de longe para aprender com ele. Corelli já se firmara como um dos nomes importantes da música instrumental.

Corelli morreu durante a noite de 8 de janeiro de 1713. Estava só. Desolado, o Cardeal Ottoboni mandou embalsamá-lo e colocá-lo em um triplo ataúde, feito de chumbo, de cipreste e de castanheiro, e enterrou-o no panteão de Roma, reservado apenas aos pintores, arquitetos e escultores, membros da Artística Congregazione dei Virtuosi al Pantheon.

Sua Obra

Contrariamente à maioria dos grandes nomes da música barroca, Corelli produziu pouco, abordando apenas poucas formas de expressão musical existente em seu tempo. Jamais escreveu para voz. Sua glória repousa inteiramente em seis coletâneas de música instrumental, todas elas dedicadas aos instrumentos de arco.

As quatro primeiras delas dedica-se aos trios, a quinta é o famoso livro de sonatas para violino solo e baixo; e a sexta obra, os doze Concertos Grossos.

A Corelli pertence, entre outros, o mérito de ter favorecido a expansão do concerto grosso e contribuído de modo decisivo para o enobrecimento do violino. Derivado da viola, o violino surgiu em meados do século XIV, sempre relegado às festas populares e à idéia de vagabundagem e ao gosto duvidoso. Timidamente introduzido nos salões do início do século XVII, recebeu depois, com Corelli, brilhante tratamento técnico e conquistou definitivamente a corte.

Corelli – Concerti Grossi, Op.6 (Completo)

CD1:
1. Concerto N 2 In Fa Maggiore : Vivace, Allegro, Adagio, Vivace, Allegro…
2. Concerto N 2 In Fa Maggiore : Allegro
3. Concerto N 2 In Fa Maggiore : Grave, Andante Largo
4. Concerto N 2 In Fa Maggiore : Allegro
5. Concerto N 4 In Re Maggiore : Adagio, Allegro
6. Concerto N 4 In Re Maggiore : Adagio
7. Concerto N 4 In Re Maggiore : Vivace
8. Concerto N 4 In Re Maggiore : Allegro
9. Concerto N 5 In Si Bemolle Maggiore : Adagio, Allegro, Adagio
10. Concerto N 5 In Si Bemolle Maggiore : Adagio
11. Concerto N 5 In Si Bemolle Maggiore : Allegro, Adagio
12. Concerto N 5 In Si Bemolle Maggiore : Largo, Allegro
13. Concerto N 3 In Do Minore : Largo
14. Concerto N 3 In Do Minore : Allegro, Adagio
15. Concerto N 3 In Do Minore : Grave
16. Concerto N 3 In Do Minore : Vivace
17. Concerto N 3 In Do Minore : Allegro
18. Concerto N 1 In Re Maggiore : Largo, Allegro, Largo, Allegro
19. Concerto N 1 In Re Maggiore : Largo
20. Concerto N 1 In Re Maggiore : Allegro
21. Concerto N 1 In Re Maggiore : Allegro
22. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Adagio
23. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Allegro
24. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Largo
25. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Vivace
26. Concerto N 6 In Fa Maggiore : Allegro

CD2:
27. Concerto N 7 In Re Maggiore : Vivace, Allegro, Adagio
28. Concerto N 7 In Re Maggiore : Allegro
29. Concerto N 7 In Re Maggiore : Andante Largo
30. Concerto N 7 In Re Maggiore : Allegro
31. Concerto N 7 In Re Maggiore : Vivace
32. Concerto N 8 In Sol Minore : Vivace, Grave
33. Concerto N 8 In Sol Minore : Allegro
34. Concerto N 8 In Sol Minore : Adagio, Allegro, Adagio
35. Concerto N 8 In Sol Minore : Vivace
36. Concerto N 8 In Sol Minore : Allegro
37. Concerto N 8 In Sol Minore : Pastorale Largo
38. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Preludio : Largo
39. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Allemanda : Allegro
40. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Corrente : Vivace
41. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Gavotta : Allegro
42. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Adagio
43. Concerto N 9 In Fa Maggiore : Minuetto : Vivace
44. Concerto N 10 In Do Maggiore : Preludio : Andante Largo
45. Concerto N 10 In Do Maggiore : Allemanda : Allegro
46. Concerto N 10 In Do Maggiore : Adagio
47. Concerto N 10 In Do Maggiore : Corrente : Vivace
48. Concerto N 10 In Do Maggiore : Allegro
49. Concerto N 10 In Do Maggiore : Minuetto : Vivace
50. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Preludio : Andante Largo
51. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Allemanda : Allegro
52. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Adagio, Andante Largo
53. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Sarabanda : Largo
54. Concerto N 11 In Si Bemolle Maggiore : Giga : Vivace
55. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Preludio : Adagio
56. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Allegro
57. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Adagio
58. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Sarabanda : Vivace
59. Concerto N 12 In Fa Maggiore : Giga : Allegro

Europa Galante (Ensemble),
Fabio Biondi (Violino e Regência),
Antonio Fantinuoli (Violoncelle),
Silvia Cantatore (Violon), et al.

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Quinteto Villa-Lobos de graça em Porto Alegre

O Quinteto Villa-Lobos traz de volta seu amor, desata macumbaria, doenças mandadas e da carne. Traz seu emprego de volta — assim como o desejo –, cura doenças e faz com que ela chame seu nome mesmo que esteja junto de outro homem. Faz tudo ao contrário e vice-versa se você for mulher.

Não perca, imbecil!

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Pérotin (c. 1160-c. 1236) com o Hilliard Ensemble

É impossível descrever a maravilhosa interpretação que o Hilliard Ensemble dá ao genial Pérotin neste CD da ECM. Que vozes! Pouco se sabe a respeito do compositor, mas… Bem, ouçam.

Perotin

1 Viderunt Omnes
2 Veni Creator Spiritus
3 Alleluia Posui Adiutorium
4 O Maria Virginei
5 Dum Sigillum
6 Isaias Cecinit
7 Alleluia Nativitas
8 Beata Viscera
9 Sederunt Principes

The Hilliard Ensemble:
David James (Countertenor)
John Potter (Tenor)
Rogers Covey-Crump (Tenor)
Mark Padmore (Tenor)
Charles Daniels (Tenor)
Gordon Jones (Baritone)
Paul Hillier (Baritone)

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Cecilia Bartoli – Arie Antiche – 18th-Century Italian Songs

Mais um esplêndido CD de Cecilia Bartoli. Aqui, ela canta sem orquestra, apenas acompanhada do piano de György Fischer. O que poderia ser um problema não é. O piano, discreto e perfeito, serve para dar ainda maior realce à perfeição das interpretações de nossa querida Bartoli. Trata-se de uma verdadeira aula sobre árias antigas italianas. Bartoli nos dá técnica e paixão em quantidades cavalares. Como seus CDs sempre fazem o maior sucesso por aqui, nem vou escrever “imperdível” em maiúsculas e negrito.

Cecilia Bartoli – Arie Antiche – 18th-Century Italian Songs

1 (L’) Honestà negli amore
(Pietro) Alessandro (Gaspare) Scarlatti (1660 – 1725)

2 (La) Donna ancora è fedele – Son tutto duolo
(Pietro) Alessandro (Gaspare) Scarlatti (1660 – 1725)

3 (La) Donna ancora è fedele – Se Florindo è fedele
(Pietro) Alessandro (Gaspare) Scarlatti (1660 – 1725)

3 Pompeo
(Pietro) Alessandro (Gaspare) Scarlatti (1660 – 1725)

4 Spesso vibra per suo gioco
(Pietro) Alessandro (Gaspare) Scarlatti (1660 – 1725)

5 Caro mio ben
Tommaso Giordani (c1733 – 1806)

6 Arminio
Antonio Lotti (c1667-1740)

7 (I) casti amori d’Orontea
Antonio Cesti (1623 – 1669)

8 (L’)Amor contrastato, ‘La Molinara’
Giovanni Paisiello (1740 – 1816)

9 Nina, o sia La pazza per amore
Giovanni Paisiello (1740 – 1816)

10 O leggiadri occhi belli
Anonymous

11 Qual fiamma che m’accende
Alessandro Marcello (1684 – 1750)

12 Selve amiche
Antonio Caldara (c1670 – 1736)

13 Sebben crudele me fai languir
Antonio Caldara (c1670 – 1736)

14 (Le) nuove musiche
Giulio Caccini (c1545 – 1618)

15 Nuove musiche e nuova maniera de scriverle
Giulio Caccini (c1545 – 1618)

16 Se tu m’ami
Alessandro Parisotti (1835 – 1913)

17 (Il) Zingari in fiera
Giovanni Paisiello (1740 – 1816)

18 Giasone
(Pietro) Francesco Cavalli (1602 – 1676)

19 Sposa son disprezzata
Antonio (Lucio) Vivaldi (1678 – 1741)

20 Vittoria, mio core!
Giacomo Carissimi (1605 – 1674)

Cecilia Bartoli (Mezzo soprano)
György Fischer (Piano)
Recording: Mozart Saal,Konzerthaus, Vienna

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Johann Jakob Walther (1650-1704): Hortulus Chelicus Mainz, 1688

A sucessão de grandes discos que postei esta semana — fiz todas as postagens no último domingo e programei para que os CDs entrassem a cada meio-dia (à exceção de sexta-feira, dia para o qual já havia um CD de CVL programado) –, é fechada com uma tremenda surpresa. Sim, claro, sei que todos vocês conhecem Walther, mas talvez não conheçam este trabalho de absurda beleza do Les Plaisirs du Parnasse sob a direção de David Plantier. A Passagagli, além da Serenata a un Coro di violini, Organo tremolante, Chitarrino, Piva, Due Trombe e Timpani, Lira todesca e Harpa smorzata per un violino Solo são obras que mereceriam estar no repertório de todos conjuntos que se dedicam ao barroco alemão. Confiram.

Há poucas informações sobre Johann Jacob Walther. Entre 1670 e 1674, ele foi violinista na capela dos Medici, em Florença. Em 1674, tornou-se mestre de concerto do Tribunal de Dresden (?). Em 1680, com a morte de seu benfeitor, ele foi secretário do tribunal eleitoral de Mainz (?) e sacerdote (?!). Walther tinha especial orgulho deste Hortulus chelicus 1688 que ora posto (segunda edição em 1694 com o título Wohlgepflanzter violino Lustgarten). Sem a menor modéstia, Walther, no prefácio da obra, menciona seu orgulho pelo excelente e diversificado trabalho que fizera. Tinha razão.

IMPERDÍVEL!!!!

Johann Jakob Walther: Hortulus Chelicus Mainz, 1688

1-5 – Suite No.9 in C minor

6-9 – Suite No.8 in E major

10 – Aria No.14 in G minor

11-16 – Suite No.6 in B minor

17-21 – Suite No.20 in E minor

22-28 – Serenata a un Coro di violini, Organo tremolante, Chitarrino, Piva, Due Trombe e Timpani, Lira todesca e Harpa smorzata per un violino Solo No.28 in D major

29 – Passagagli No.7 in D minor

Les Plaisirs du Parnasse
David Plantier, violon & direction

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.: interlúdio :. The Cracow Klezmer Band – De Profundis [2000]

Dizem que isso é música Radical da Cultura Judaica. Duvido muito. O radicalismo deles é muito bem comportado. A Cracow Klezmer Band é um quarteto de jovens poloneses de formação clássica que tocam música, digamos, étnica. Seus trabalhos são sobre a música judaica, mas também sobre a dos Bálcãs, a dos ciganos, a do Nuevo Tango, etc. Sim, são esquisitos pacas. Alguma energia — bem menos do que o esperado para quem conhece Bregovic e assemelhados –, longas melodias, ritmo e intrincadas linhas de instrumentos acústicos (2 acordeões, baixo, violino, clarinete e percussão) fazem a música do Klezmer. Vale a pena aventurar-se. Nem que seja para ouvir novos timbres…

:: auf, auf! link revalidado por Blue Dog em nov/2011. o disco é lindo! mais do que klezmer, é uma exploração (até bastante sombria) da música judaica, e cabe perfeitamente na série onde saiu, a Radical Jewish da Tzadik. apesar do que o nome indica, é música exploratória, ô PQP! : D

The Cracow Klezmer Band – De Profundis [2000]
Jaroslaw Tyrala – violin
Jaroslaw Bester – accordion
Oleg Dyyak – accordion, clarinet, percussion
Wojciech Front – double bass

1. Balkan Dance
2. Sher
3. De Profundis
4. Devil Circle
5. Awaiting
6. Aide Jano
7. Secrets of Life

download – 113MB /mediafire [320]

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Resposta ao Luiz Alberto Amorim

Recebemos este comentário de um deficiente visual.

Cóé PQP!!! Tô com a CPSM q vc botou aí, e acabei de pegar as 4 suites aí… Pô: queria muito compor a comunidade aí, mas o código obrigatório me exclui… Meu leitor de telas não entende isso como um texto, sacó é? Assim q tiver um olho perto de mim faço isso, e boto umas paradas maneiras q tenho aí. Brigadão por sua moral pra nóis aí, PQP.

Ele lê o blog através de um leitor de telas, o qual deve reconhecer os caracteres, formar as palavras e ler para ele em voz alta. Quando aparece algum desenho, o Luiz Alberto fica sem entender nada. Mas ONDE ESTÁ AQUILO ATRAPALHA SUA LEITURA OU COMENTÁRIOS? Não sei. Alguém tem alguma ideia do que seja?