The Dale Warland Singers: Lux Aurumque

1p71moLux Aurumque
The Dale Warland Singers

Os Dale Warland Singers, indicados ao Grammy, lançam sua tão esperada gravação “Lux Aurumque”. Este CD de música sacra popular do século 19 e 20 demonstra amplamente os elevados padrões corais alcançados com o seu grupo Dale Warland Singers, agora desfeito. A característica sonora de Warland é capturada de forma brilhante pela premiada equipe Grammy de Steve Barnett e Preston Smith.

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“10 Best Classical CDs of 2007” : National Public Radio / American Public Media
(npr.org/music)

“…simply put, [Lux Aurumque] represents where the bar is set for choirs today. The repertoire is 19th- and 20th-century sacred motets, sung with a deep spirituality. Warm-hearted, touching stuff.

Mixed-voice choral work does not get any better than this!”

This is a 20th-century program and constituted of challenging music. It is also ravishing music in the hands of an ensemble as subtle as this one…The dynamic range of this ensemble was enormous and it is well captured by Gothic…the Dale Warland Singers stopped at the peak of their form. What a way to go!

The Dale Warland Singers perform with extraordinarily pure tone and with an excellent vocal blend. Warland’s interpretations emphasize the meditative and devotional mood of the music and let the rich harmonies and lyrical lines speak for themselves. All the works are unaccompanied except for Dominick Argento’s “To God ‘In Memoriam M.B,'” in which a trumpet enters on the choir’s final, long-sustained note, playing a plaintive valedictory melody, to stunning effect. Another standout is Herbert Howells’ “Take Him Earth, for Cherishing,” written after the death of John F. Kennedy, a harmonically intense and emotionally wrenching memorial. The sound quality is excellent — clean and warm.

If there is a criticism to be made of this program, it is that it really only shows one side of the choir, mid-20th-century religious music, but this is where American choirs often do their best work. On the evidence here, the Dale Warland Singers stopped at the peak of their form. What a way to go!

O culpado por esta postagem é o Bisnaga. Passamos uma agradável tarde conversando sobre música e ele me mostrou esta gravação que contém nada mais, nada menos, que o Ave Maria (Angelus Domini) de Franz Xaver Biebl. Não conhecia essa maravilhosa Ave Maria, cuja palhinha segue abaixo. Ah! Vocês precisam conhecer também !!!!!

The Dale Warland Singers
Alexandr Tikhonovich Grechaninov (Rússia, 1864-New York, 1956)
01. Passion Week, Op. 58: At Thy mystical supper
Howard Hanson (Estados Unidos, 1896-1981) & Anonymous
02. A Prayer for the Middle Ages
Anonymous & Vytautas Miškinis (Lituânia, 1954)
03. O Sacrum Convivium
Herbert Howells (Inglaterra, 1892-1983)
04. Take Him, Earth, For Cherishing
Pavel Chesnokov (Rússia, 1877-1944)
05. Spaseniye sodelal yesi posrede zemli (Salvation is Created), Op. 25, No. 5
John Rutter (Inglaterra, 1945)
06. Hymn to the Creator of Light
Anonymous & Morten Johannes Lauridsen (Estados Unidos, 1943)
07. O Magnum Mysterium
Eric Whitacre (Estados Unidos, 1970)
08. Lux Aurumque: Lux aurumque (Light of Gold)
Franz Xaver Biebl (Alemanha, 1906-2001) & Anonymous
09. Ave Maria (Angelus Domini)
Alfred Schnittke (Rússia, 1934-Alemanha, 1998) & Grigor Narekatsi (Santo Gregório de Narek) (Armênia, 951-1003)
10. Choir Concerto: IV. Sej trud, shto natchinal ja s upavan’jem (Complete this work which I began)
Sergei Vasilievich Rachmaninoff (Rússia, 1873 – Estados Unidos, 1943) & Anonymous
11. Liturgy of St. John Chrysostom, Op. 31: We hymn thee
Dominick Argento (Estados Unidos, 1927)
12. To God, “In Memorian M.B”
Nikolai Semyonovich Golovanov (Rússia, 1891-1953)
13. Otche Nash (Our Father)

Lux Aurumque – 2004
The Dale Warland Singers
Regente: Dale Warland

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Avicenna

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Complete Piano Sonatas – CD 3 de 8 – Maurizio Pollini

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Complete Piano Sonatas – CD 3 de 8 – Maurizio Pollini

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Mais um CD desta bela coleção, para alegrar o coração de PQPBach, que neste momento está curtindo suas merecidas férias, em alguma praia neste imenso litoral brasileiro. Mas ele nos confidenciou que estará conectado o tempo todo, acompanhando o que está acontecendo por aqui.

Então, neste terceiro CD temos as três sonatas de op. 10, e uma de minhas obras favoritas do repertório, não apenas beethovenniano, mas também pianístico, a Sonata “Patética” , uma verdadeira montanha russa de emoções. Com certeza, uma das grandes realizações do ser humano. Estes registros foram realizados em 2002.

AH, podem apreciar sem moderação. Vossos corações agradecem.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Sonatas – CD 3 de 9 – Maurizio Pollini

1 Piano Sonata No.5 in C minor, Op.10 No.1I. Allegro molto e con brio
2 Piano Sonata No.5 in C minor, Op.10 No.1II. Adagio molto
3 Piano Sonata No.5 in C minor, Op.10 No.1III. Finale. Prestissimo
4 Maurizio Pollini – Piano Sonata No.6 in F major, Op.10 No.2I. Allegro
5 Piano Sonata No.6 in F major, Op.10 No.2II. Allegretto
6 Piano Sonata No.6 in F major, Op.10 No.2III. Presto
7 Piano Sonata No.7 in D major, Op.10 No.3I. Presto
8 Piano Sonata No.7 in D major, Op.10 No.3II. Largo e mesto
9 Piano Sonata No.7 in D major, Op.10 No.3III. Menuetto. Allegro
10 Piano Sonata No.7 in D major, Op.10 No.3IV. Rondo. Allegro
11 Piano Sonata No.8 in C minor, Op.13“Pathetique”I. Grave–Allegro di molto e con brio
12 Piano Sonata No.8 in C minor, Op.13“Pathetique”II. Adagio cantabile
13 Piano Sonata No.8 in C minor, Op.13“Pathetique”III. Rondo. Allegro

Maurizio Pollini – Piano

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Pollini começando a ficar calvinho.
Pollini começando a ficar calvinho.

FDP

Cantares do Império: Luiza Sawaya (Voz) & Achille Picchi (Piano) – Acervo PQPBach

1zx0e81Canções portuguesas e brasileiras da época do Império, na voz de Luiza Sawaya acompanhada ao piano por Achille Picchi.

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O século XIX caracteriza-se pela profunda e vasta revolução cultural denominada Romantismo, movimento de mil faces que mergulha suas raízes no século precedente. Prevalece o individual, que se alimenta da volta à Natureza, à Pátria e ao exotismo, estabelecendo uma nova estética centrada no “eu”. Daí a valorização do nacionalismo, onde se incluem as manifestações culturais.

Obedecendo ao pensamento romântico de buscar a autenticidade nacional na música do povo, a exemplo dos russos fortemente impregnados de elemento popular, Cesar das Neves, Gualdino de Campos e Teophilo Braga, em Portugal, realizam um dos mais completos trabalhos na área. Entre 1893 e 1898 publicam mais de 600 canções portuguesas e brasileiras nos 3 volumes do ‘Cancioneiro de Músicas Populares’, documentando não só o texto mas sobretudo a música, de cantos religiosos, de trabalho, canções políticas, de teatro, de dança, modinhas de salão, lundus e, finalmente, diversos hinos. (extraído do excelente encarte que comenta cada música).

Este CD apresenta 22 dessas canções na voz de Luiza Sawaya, acompanhada ao piano por Achille Picchi.

Cancioneiro de Músicas Populares de Cesar das Neves, Porto 1893/1898
01. Hino da Abdicação – Hino Nacional Brasileiro, vol. I, nº 145 (Ovídio Saraiva de Carvalho e Silva (S. João da Parnaíba, Piauí, 1786-Piraí, RJ, 1852 / Francisco Manuel da Silva (Rio de Janeiro, 1795-1865))
02. A Floreira, vol. II, nº 182 (canção)
03. Trovas e danças nºs 1 e 2, vol. III, nº 533 e nº 534
04. Meu anjo, escuta, vol. I, nº 101 (canção, com texto de Gonçalves Dias)
05. Marcia bela, vol. III, nº 509 (modinha)
06. Ai, que riso que me dá, vol. II, nº 286 (lundu)
07. A Dália, vol. III, nº 541 (dança de roda)
08. Despedida de Coimbra, vol. I, nº 122 (barcarola)
09. Moqueca, vol. III, nº 506 (lundu brasileiro)
10. A partida, vol. II, nº 220 (canção, com poesia de Soares de Passos)
11. Melodia popular d’Anadia, vol. I, nº 32 (fado)
12. Ru-Chu-Chu, vol. I, nº 31 (cantiga das ruas)
13. Cancao das morenas, vol. III, nº 519 (fado)
14. Os teus olhos, vol. II, nº 196 (canção)
15. Os pratos na Cantareira, vol. III, nº 512 (dança)
16. Cruel saudade, vol. II, nº 195 (modinha do Vidigal)
17. Oh, querida, eu gosto de ti, vol. III, nº 342 (cantiga)
18. Serenata à morena, vol. III, nº 356 (fado)
19. Yayá, vol. III, nº 589 (canção)
20. Maria Cachucha, vol. I, nº 72 (cantiga)
21. A Indiana, vol. II, nº 189 (romance)
22. A saloia, vol. II, vol. 177 (canção)

Cantares do Império – 1991
Luiza Sawaya (Voz) – Achille Picchi (Piano)

Mais um CD gentilmente cedido pelo musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

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Avicenna

Grupo de Música Histórica Klepsidra: Música Profana no Brasil (Séculos XVIII e XIX) – Acervo PQPBach

Dedicado à restauração sonora de obras antigas, o Grupo Klepsidra utiliza instrumentos históricos como o cravo, a flauta doce e a viola da gamba, e apresenta um panorama da música colonial latino-americana, em peças de caráter religioso e profano.

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Formado por Roberto Sussumo Anzai (flauta, gamba), Tiche Puntoni (cravo), Eduardo Klein (flauta, gamba), Beatriz Chaves (flauta) e Eduardo Areias (voz), o grupo foi fundado em 1992 por Eduardo Klein e Tiche Puntoni. Embora a maior parte de sua atenção seja dedicada a peças anteriores ao século XVIII, seu interesse engloba também a música atual, escrita para instrumentos considerados históricos. (Extraído da internet)

Música Profana no Brasil (Séculos XVIII e XIX)
Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
01. Quatro lições de solfejo do “Músico e Moderno Sistema para Solfejar sem Confusão” (1776) – Parte1
02. Quatro lições de solfejo do “Músico e Moderno Sistema para Solfejar sem Confusão” (1776) – Parte2
03. Quatro lições de solfejo do “Músico e Moderno Sistema para Solfejar sem Confusão” (1776) – Parte3
04. Quatro lições de solfejo do “Músico e Moderno Sistema para Solfejar sem Confusão” (1776) – Parte4
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830) & Domingos Caldas Barbosa (Rio de Janeiro, 1738 – Lisboa, 1800)
05. Você trata o amor em brinco
Daniel Gottlieb Steibelt (Alemanha,1765-Rússia, 1823)
06. Bacanal (C. 1800)
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)/Aria de Thomás Antônio Gonzaga, o Dirceu
07. Marília de Dirceu – Ária
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
08. Fantasia Nº 1 do “Método de Pianoforte” (1821)
Antônio José da Silva (Rio de Janeiro, 1705-Portugal, 1739)
09. Convida, embora convida
10. De mim já se não lembra
João Martins de Souza Barros (início séc. XIX)
11. Dei um ai, dei um suspiro
Antonio Vieira dos Santos (Porto, 1784 – Morretes, PR, 1854)
12. Solo Inglês – Peça do “Cifras de Música para Saltério” (C. 1823)
13. Minuete de Corte – Peça do “Cifras de Música para Saltério” (C. 1823)
14. Zabumba Alegre – Peça do “Cifras de Música para Saltério” (C. 1823)
Anônimo séc. XIX
15. Deixa Dália, flor mimosa
Cândido Ignácio da Silva (1800-1838)
16. Busco a campina serena (C. 1835)
Anônimo séc. XIX
17. Lundu para teclado (C. 1848)Daniel Gottlieb Steibelt (Alemanha,1765-Rússia, 1823)
18. Bacanal II (C. 1800)
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)/Aria de Thomás Antônio Gonzaga
19. Os mares, minha bela
Anônimo séc. XIX
20. Landum
Antonio Vieira dos Santos (Porto, 1784 – Morretes, PR, 1854)
21. O Desterro do “Cifras de Música para Saltério” (1823?)
Antônio da Silva Leite (Porto, 1759 – 1833)
22. Aonde vais, linda negrinha (Xula Carioca)

Música Profana no Brasil (Séculos XVIII e XIX) – 2002
Grupo de Música Histórica Klepsidra

Mais um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
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Avicenna

Bach Reimagines Bach: Música para Alaúde de Johann Sebastian Bach

Bach Reimagines Bach: Música para Alaúde de Johann Sebastian Bach

IM-PER-DÍ-VEL !!!

“Então, aqui estão 3 graus de reimaginação para sua apreciação. Meu próprio esforço minimalista, o remodelamento suave dos BWV 1001 e 1006 de Bach com uma linha de baixo e alguns ornamentos e depois a transmutação do BWV 995. Espero que todos tenham prazer em ouvir!”, escreveu o alaudista William Carter.

Sim, eu tive. As transcrições eram uma prática comum na era barroca e Johann Sebastian Bach frequentemente reciclava sua própria música. Este disco de 2017 oferece performances meticulosas da Sonata Nº 1 BWV 1001 e da Partita Nº 3 BWV 1006, ambas adaptadas das versões originais para violino solo, além da Suite No. 5 em C menor, BWV 1011, para violoncelo não acompanhado.

Bach Reimagines Bach: Música para Alaúde de Johann Sebastian Bach

Sonata in G minor, BWV 1001
1 Adagio 3:43
2 Fuga 5:50
3 Siciliana 3:15
4 Presto 4:58

Suite in E major, BWV 1006a
5 Prélude 5:29
6 Loure 4:00
7 Gavotte en Rondeau 3:46
8 Menuett I & II 4:57
9 Bourrée 2:18
10 Gigue 2:53

Suite in G minor, BWV 995
11 Prélude 6:24
12 Allemande 5:46
13 Courante 2:18
14 Sarabande 2:58
15 Gavotte I & II 4:47
16 Gigue 2:56

William Carter, alaúde

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Karl Hofer -- Menina com Alaúde
Karl Hofer — Menina com Alaúde

PQP

Lobo de Mesquita (Missa a 4 Vozes) & João Rodrigues Esteves (Stabat Mater) & Pe. José Maurício (Moteto para a Semana Santa) – Acervo PQPBach

2je19ixPassiflora Coerulea (ilustração da capa)

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Diz a lenda que no final do século XVI jesuítas encontraram o maracujazeiro, cuja flor foi designada flor da paixão (passiflora). O nome se deve às suas diferentes partes e ao seu formato, que faz lembrar os instrumentos da paixão de Jesus Cristo (sofrimento e morte). As cinco pétalas e as cinco separas simbolizam os dez apóstolos (omitindo Judas e Pedro). A coronha púrpura representa a coroa de espinhos e o ovário de 3 carpelos, o cálice do Senhor. Os cinco estamens seriam as cinco chagas de Cristo e as folhas, as mãos de seus perseguidores. As gavinhas representam as cordas usadas para atá-lo. A flor da paixão costumava ser oferecida somente ao Papa e às personalidades importantes. Sua presença nas casas era considerada como portadora da paz.

(As anotações abaixo, quando não em itálico, são de José Maria Neves, 1998, extraídas do encarte)

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita

Segundo Harry Crowl, a informação de que esse compositor nasceu em 1746, filho natural de José Lobo de Mesquita e sua escrava Joaquina Emerenciana é uma fantasia criada pelo pesquisador Geraldo Dutra de Moraes, nos anos 70. Nenhum documento que comprove esse fato foi localizado até hoje.
A Missa para a benção de quarta-feira de cinzas é o manuscrito datado mais antigo encontrado em Minas até agora, 1778.

Muitos musicólogos citam Lobo de Mesquita como o melhor compositor setecentista brasileiro e como aquele que sintetiza melhor as características da da escola que foi um dia chamada de Barroco mineiro. Tal fato pode ser explicado pela grande quantidade de obras deste compositor conservadas nos mais diversos arquivos de manuscritos musicais, não apenas em Minas Gerais, mas também nos Estados de São Paulo, Goiás e Rio de Janeiro. A própria preservação da documentação, quase sempre em cópias da segunda metade do século XIX e mesmo nos inícios do século XX, atesta a presença da música deste compositor no repertório de corporações musicais atuastes em vilas e cidades do interior do país, até meados do século XX. Entretanto, a afirmação de que Emerico foi o melhor – e que não se leia aqui nenhum indício de afirmação do contrário – resulta do quase total desconhecimento, até bem recentemente, das obras de outros compositores que atuaram nas Minas Gerais da segunda metade do século XVIII, e não de estudos comparativos que analisassem a técnica e o estilo deste compositor e seus contemporâneos.

Esta Missa para Quarta-feira de Cinzas é, ao lado dos ofícios destinados ao Domingo de Ramos (Domica in Palmis), exemplo pouco comum de utilização da totalidade do texto litúrgico na composição musical. Para o Domingo de Ramos e para Quarta-feira de Cinzas, deveriam ser musicados não apenas os chamados Ordinário e Próprio do dia (Kyrie, Sanctus e Agnus Dei, e Intróito, Gradual e Ofertório), mas também os textos para os ritos específicos do dia, a saber: Bênção e Procissão de Ramos e Benção e Distribuição das Cinzas.

O sentido da cerimônia está claramente explicitado pelo ritual religioso e pelos textos das diversas partes da cerimônia: os fiéis colocam cinzas sobre suas cabeças (gesto que já aparece no Antigo Testamento) em sinal de arrependimento e dor, como primeira etapa de percurso em busca de purificação. Deste modo abre-se o tempo da Quaresma, que prepara para a chegada da Páscoa. Os diferentes momentos da cerimônia falam exatamente da necessidade de penitência, no pedido de perdão, na certeza de que a misericórdia de Deus traz a salvação.

Quando se compara as obras de Lobo de Mesquita escritas para vozes e instrumentos com aquelas escritas para coro, observa-se de imediato que há forte distinção estilística entre elas. Enquanto as primeiras mostram-se mais “modernas”, porque mais marcadas pelo classicismo da melodia acompanhada (em algumas obras, com forte influência da linguagem musical italiana), as obras para coro mostram-se mais influenciadas pela estética do barroco, com toque polifônico. Guardadas as devidas distâncias, pode-se dizer que, quando escrevem para coro, aproximam-se de compositores de universos bem diferentes, como os paulistas de Mogi das Cruzes, os mineiros da segunda metade do século XVIII e mesmo seus sucessores da primeira metade do século XIX. É como se, na escrita coral, eles revelassem atitude musicalmente mais conservadora, enquanto buscavam linguagem mais moderna quando escreviam para solistas ou para coro com acompanhamento orquestral. Mas é preciso que se diga que em Emerico, como na maioria dos compositores setecentistas brasileiros, a escrita coral não se revela primordialmente polifonia; o tratamento é mais harmônico, em blocos sonoros, e apenas em momentos específicos aparecem fórmulas de cunho limitativo, às vezes pequenos fugatos, que aproximam esta música de suas origens polifonias do barroco português.

João Rodrigues Esteves

Comentando a respeito, Harry Crowl acrescenta que João Rodrigues Esteves foi um dos compositores portugueses enviados D.João V a Roma para estudar música. Todas as suas obras encontradas até o momento apresentam características do estilo polifônico romano do sec. XVII. É importante lembrar que esse estilo aparece em obras de compositores conhecidos dessa época, como nas obras Dixit Dominus, Salve Regina, Nisi Dominus (1707), de Haendel; no Stabat Mater (1715), de Domenico Scarlatti, em várias obras de Alessandro Scarlatti e também, Antonio Caldara. Essas composições sempre visavam a obtenção de algum posto importante em Roma, ou eram encomendas de patronos locais ligados à Igreja Católica.

É de João Rodrigues Esteves o Stabat Mater que aparece agora neste CD. Ainda que não seja exemplo da monumentalidade policoral da música religiosa da corte de Dom João V, esta obra revela bem a fineza polifonia do barroco português, que consegue, entretanto, ser comedido em virtude de sua abordagem direta do texto poético. A alternância entre solos, polifonias a duas e três partes e massas polifônicas mais densas dá à obra variedade e riqueza de escolas.

O texto do Stabat Mater (de autoria atribuída a Jacopone da Todi, por volta de 1300) tem duas utilizações litúrgicas principais: é o Hino do ofício das Vésperas e é a Seqüência da Missa da comemoração das Sete Dores de Nossa Senhora (por isso, com estrutura literária semelhante ao Dies irae da Missa dos Defuntos e ao Lauda Sion da Missa do Santíssimo Sacramento). O poema tem dez estrofes de três versos de sete sílabas e trata especificamente do sofrimento da Mãe que sofre ao pé da cruz, da qual pende o seu Filho.

Padre José Maurício Nunes Garcia

As cinco peças incluídas neste disco apresentam facetas bem diferentes da produção de José Maurício, embora todas elas destinem-se a um mesmo ciclo litúrgico: a Semana Santa. Enquanto estrutura (e funcionalidade) litúrgico-musical, aqui aparece um Gradual (para ser cantado após a Epístola, funcionando como uma meditação sobre o que ela enunciou), dois Responsórios (que funcionam também como comentários poéticos a cada uma das nove leituras que, em grupos de três, encerram cada um dos Noturnos do ofício das Matinas) e dois Motetos. Destaque-se, no que se refere à forma poético-musical, a estrutura dos Responsórios, que, para uso dos chamados Ofícios de Trevas, sempre são compostos de três partes: um Moderato inicial, que é seguido de um Allegro, completado com um Andante, concluindo-se a obra com a repetição do Allegro (A-B-C-B).

Os responsórios In Monte Oliveti e Judas mercador pessimus são, respectivamente, o primeiro e o quinto das Matinas de Quinta-feira Santa (também chamada de Ofício de Trevas, como as Matinas de Sexta-feira da Paixão e de Sábado Santo). O texto do Domine tu mini lavas pedes foi colocado em música por muitos compositores e está sempre pensado para acompanhar o gesto do celebrante que, na noite de Quinta-feira Santa, lava os pés de doze homens, representando o gesto de Jesus com o grupo dos Apóstolos. O texto relata exatamente esta cena bíblica.

O moteto Sepulto Domino é um dos casos mais interesantes do repertório sacro musical. Ele faz parte de conjunto que, traz como denominação Quarteto (ou Coros) para a Procissão do Enterro do Senhor. Este conjunto maior representa três momentos de uma mesma cerimônia: antes do Sermão do Descendimento da Cruz, que antecede a Procissão do Enterro, o coro canta o moteto Spiritus cordis nostri. Em diversos momentos da Procissão, o cortejo pára e é cantado um conjunto de cantos que atrai enormemente o povo que acompanha a festividade: este ciclo inicia-se com um terceto feminino (as Marias Beús do interior do país) que canta: Heu, Domine Salvator Nostri (Ai, Senhor nosso Salvador), que prepara o primeiro moteto: Pupili facti sumus. A seguir, a cantora que representa a Verônica canta, sem acompanhamento, o O vos omnes, mostrando ao povo o sudário com a reprodução da face de Jesus. Este ciclo é concluído com o moteto Cecidit corona. Tradicionalmente, ao final da Procissão do Enterro, entram na Igreja apenas o esquife contendo a imagem de Cristo morto, os celebrantes e o coro, que canta o último moteto da coleção, que é precisamente o Sepulto Domino, que relata a cena do sepultamento. O que há de absolutamente curioso neste fato é que, no repertório de igreja, todas as obras servem de oração ou de meditação e têm função pública, sendo dirigidas também ao povo que as ouve. No final da Procissão do Enterro, entretanto, isto não ocorre; o coro não canta o Sepulto Domino diante da comunidade dos fiéis, fazendo-se apenas para a imagem de Cristo.

José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
Missa a 4 Vozes para Quarta-Feira de Cinzas (1778)
01. Para a benção da Cinza: Exadi nos Domine/Gloria Patri/Sicut erat
02. Enquanto se dá a Cinza: Immutemur habito
03. Introito: Misereris omnium/Misereri mei Deus/Quoniam in te confidit/Gloria Patri/Sicut erat
04. Kyrie
05. Gradual (tractus): Domine ne memineris
06. Ofertório: Exaltabo te Domine
07. Sanctus-Benedictus
08. Agnus Dei

João Rodrigues Esteves (c.1700-Lisbon, after 1751)
09. Stabat Mater – 1. Stabat Mater
10. Stabat Mater – 2. Quis est homo
11. Stabat Mater – 3. Quis non posset contristari
12. Stabat Mater – 4. Pro peccatis suae gentis
13. Stabat Mater – 5. Eia Mater
14. Stabat Mater – 6. Fac ut ardeat cor meum
15. Stabat Mater – 7. Sancta Mater
16. Stabat Mater – 8. Fac me vere
17. Stabat Mater – 9. Juxa crucem tecum stare
18. Stabat Mater – 10. Virgo virginum plecara
19. Stabat Mater – 11. Fac ut portem

Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
20. Moteto para a Semana Santa – 1. Gradual para Domingo de Ramos
21. Moteto para a Semana Santa – 2. In Monte Oliveti
22. Moteto para a Semana Santa – 3. Domine tu mihi lavas-pedes (1799?)
23. Moteto para a Semana Santa – 4. Judas Mercator Pessimus (1809)
24. Moteto para a Semana Santa – 5. Sepulto Domino (1789?)

Calíope – 1998
Conjunto Calíope
Director: Júlio Moretzsohn

Este CD é uma colaboração do maestro, compositor e musicólogo Harry Crowl Jr.
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Avicenna

Antigas Cantigas Brasileiras

30bffr6Antigas Cantigas Brasileiras
Renato Motha & Patrícia Lobato

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Antes de abrir o encarte para acompanhar as letras de Prenda Minha, Bodas de Prata, Sabiá lá na gaiola e outras guloseimas com jeito de compota da cristaleira da vovó, o verso de Drummond dá a senha:
“Havia jardins, havia manhãs naquele tempo!!!”
É só liberar a saudade …”
Kiko Ferreira (crítico musical) – Estado de Minas – 13/07/1999

Antigas Cantigas resgata canções, valsas e modinhas antigas do nosso cancioneiro popular, muitas delas de domínio público, e a elas confere um tratamento simples e belo. Primoroso também é o trabalho do encarte, de rara beleza.
Maurício Gouvêa (crítico musical) – International Magazine – RJ – dezembro / 1999

Com uma belíssima releitura de valsas, modinhas e canções de domínio público, a dupla Renato Motha e Patricia Lobato esbanjou talento em Antigas Cantigas Brasileiras, mostrando que obras enraizadas na cultura popular têm caráter perene e nunca perdem o viço do novo.
Osvaldo Afonso (jornalista) – Jornal Minas Gerais –24/02/2000

1gly5hComo tudo começou

Desde criança, Renato Motha ouvia na voz de sua mãe as músicas de seresta, valsas, modinhas, e só mais tarde pôde perceber a riqueza daquelas canções que povoaram sua infância. Em 1998, Renato elaborou um projeto com o objetivo de registrar em disco parte desse repertório numa leitura pessoal, mas preservando-lhe a essência.

O álbum

Em 1999, Renato Motha lança com Patricia Lobato o álbum Antigas Cantigas Brasileiras, e recebe sua mãe, Zaíra Fernandes Mota, para dividir com ele a faixa É a ti flor do céu.

A popularidade

O CD Antigas Cantigas obteve grande sucesso de público e crítica, tendo figurado entre os independentes mais vendidos no ano de 1999, além de ter sido trilha para o espetáculo da Escola do Grupo Corpo naquele mesmo ano. Este trabalho foi também escolhido para representar o Estado de Minas Gerais num show especialmente produzido pela Rede Minas na virada do século, exibido pela TVE – RJ.

Baú de pérolas

O álbum Antigas Cantigas nos transporta para um tempo de delicadeza, expressando com simplicidade e requinte toda riqueza inerente a nossa música. Grande parte do repertório é de temas pertencentes ao domínio público, compostos por autores anônimos, além de clássicos de grandes compositores da música brasileira surgidos na primeira metade do século xx, principalmente nos anos 30, período este conhecido como a nossa “Época de Ouro”.
As cantigas, temas folclóricos, cirandas, serestas, valsas e modinhas são parte do inconsciente coletivo nacional, e têm sido ao longo dos anos fonte de inspiração e matéria-prima para a produção das mais relevantes obras da música popular brasileira. Esse acervo nos revela um autêntico retrato sonoro do Brasil em seus primórdios, em uma de suas maiores vocações, ser cancioneiro.

Resgatando

Este trabalho também visa resgatar e levar ao conhecimento das novas gerações parte do enorme, mas pouco difundido, manancial de jóias existentes na cultura musical do nosso país.

Palhinha: ouça 02. Prenda minha

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01. Morena morena (domínio popular)
02. Prenda minha (domínio popular)
03. Eu sonhei que tu estavas tão linda (Lamartine Babo e Francisco Mattoso)
04. Bodas de prata (Roberto Martins e Mario Rossi)
05. Tim tim (domínio popular)
06. Sabiá lá na gaiola (Hervé Cordovil e Mario Vieira)
07. É a ti flor do céu (Teotônio Alves Pereira e Modesto A. Ferreira)
08. Róseas flores d’alvorada (domínio popular – recolhido e arranjado por Mário de Andrade)
09. Adeus Sarita (domínio popular)
10. Pingo d’água (domínio popular)
11. Casinha pequenina (domínio popular – arranjo para piano de Radamés Gnatalli)
12. Quem sabe? (Carlos Gomes e Bittencourt Sampaio)

Antigas Cantigas Brasileiras – 1999
Renato Motha & Patrícia Lobato
Textos extraídos de http://www.renatomothaepatricialobato.com/products/antigas-cantigas/

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MP3 320 kbps VBR – 85,6 MB – 35,4 min
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Boa audição.

nd0eb9mm

 

 

 

 

 

 

Avicenna

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Complete Piano Sonatas – CD 2 de 8 – Maurizio Pollini

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Complete Piano Sonatas – CD 2 de 8 – Maurizio Pollini

IM-PER-DÍ-VEL !!!

E Pollini continua sua epopeica jornada encarando as sonatas para piano de Beethoven. Neste segundo CD temos aqui as duas sonatas de op. 14, a de op. 7 e a de op. 22. Uma curiosidade a respeito da Sonata nº4 op. 7: Beethoven a considerava seu melhor trabalho de juventude, lembrando que ela foi escrita quando o compositor ainda não completara 30 anos. E aqui ele inova com o pungente e expressivo Segundo Movimento, um ‘Largo, com gran espressione’.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Complete Piano Sonatas – CD 2 de 8 – Maurizio Pollini

1 Piano Sonata No.4 in E flat major, Op.7 – 1. Allegro molto e con brio
2 Piano Sonata No.4 in E flat major, Op.7 – 2. Largo, con gran espressione
3 Piano Sonata No.4 in E flat major, Op.7 – 3. Allegro
4 Piano Sonata No.4 in E flat major, Op.7 – 4. Rondo. Poco allegretto e grazioso

5 Piano Sonata No.9 in E major, Op.14 No.1 – 1. Allegro
6 Piano Sonata No.9 in E major, Op.14 No.1 – 2. Allegretto
7 Piano Sonata No.9 in E major, Op.14 No.1 – 3. Rondo. Allegro comodo

8 Piano Sonata No.10 in G major, Op.14 No.2 – 1. Allegro
9 Piano Sonata No.10 in G major, Op.14 No.2 – 2. Andante
10 Beethoven Piano Sonata No.10 in G major, Op.14 No.2 – 3. Scherzo. Allegro assai

11 Piano Sonata No.11 in B flat major, Op.22 – 1. Allegro con brio
12 Piano Sonata No.11 in B flat major, Op.22 – 2. Adagio con molto espressione
13 Piano Sonata No.11 in B flat major, Op.22 – 3. Menuetto
14 Piano Sonata No.11 in B flat major, Op.22 – 4. Rondo. Allegretto

Maurizio Pollini – Piano

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Já fomos jovens, né, Pollini?
Já fomos jovens, né, Pollini?

FDP

O órgão da Matriz de Santo Antonio de Tiradentes (Die Orgel der Kirche Santo Antonio in Tiradentes)

1216dl0A presente gravação é, antes de mais nada, uma documentação para registro e divulgação dos resultados alcançados até hoje, através de um projeto de cunho cultural que vem se desenvolvendo desde 1977.

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Este projeto, iniciado por brasileiros e alemães, teve seu ponto de partida com a restauração do órgão alemão barroco da Igreja Matriz de Santo Antonio, em Tiradentes, Minas Gerais.

O órgão de tubo de Tiradentes foi comprado em 1779 na cidade de Porto, Portugal, sob o reinado de D. Maria I e transportado no ano de 1788 para o Brasil. É um instrumento de origem alemã – provavelmente construído na Francônia – pois a registração que ele oferece é característica dos órgãos fabricados no Sul da Alemanha, no século XVIII.

O instrumento dispõe de um manual com 4 oitavas e 15 registros, sendo 8 para a região aguda e 7 para a grave, não possuindo pedal. A caixa foi projetada por Salvador de Oliveira e esculpida por Antonio Rodrigues Penteado e Antonio da Costa Santeiro. Em 1798 Manuel Victor de Jesus confeccionou uma armação suntuosa para a caixa. Finalmente, no mesmo ano, Francisco de Paula Oliveira Dias (filho de Manoel Dias de Oliveira), foi o primeiro organista a tocar o órgão da Matriz.

Em 1977, atendendo à sugestão de eminentes personalidades brasileiras, a Kraftwerk Union AG, que participa do Programa Nuclear Brasileiro, enviou a Tiradentes um construtor de órgãos da Francônia, Manfred Thonius, que restaurou o órgão bicentenário, colocando-o novamente em perfeitas condições de funcionamento.

A reinauguração deu-se a 22 de abril de 1978, com um concerto, quando foram executadas obras de Bach, Haendel e Pachelbel, por Manfred Thonius, demonstrando a excelente qualidade sonora do instrumento.

Dando continuidade ao projeto do órgão de Tiradentes, a Kraftwerk Union AG concedeu em 1980, uma bolsa de estudos na Alemanha ao jovem músico André Luis Pires, hoje radicado em Tiradentes. Durante o estágio na Alemanha, André Luis Pires estudou órgão com Walter Greb, organista da Igreja de São Bonifácio em Erlangen, e aprendeu com Manfred Thonius, em Nuremberg, a manutenção básica do instrumento.

Em Tiradentes, André Luis Pires iniciou em 1981 suas apresentações como organista. Fica conhecendo a obra do excelente compositor mineiro e tiradentino, do século XVIII, Manoel Dias de Oliveira, e propõe-se a calcar o esforço maior do seu trabalho na divulgação de sua obra.

2dlkz6uCompletando a idéia original do projeto, que partindo da restauração do órgão se propunha a reativar e enriquecer uma tradição musical bicentenária da região, foi criado um conjunto coral, pois a música do “Barroco Mineiro” envolve sempre, e, necessariamente, “vozes”.

Em fins de 1981 o coral foi formado, sob a regência de André Luis Pires, por habitantes de Tiradentes. Na Semana Santa de 1982 dá-se a primeira apresentação pública, participando das cerimônias litúrgicas.

Em fevereiro de 1982, é criada a Sociedade Manoel Dias de Oliveira, que passa a ser, desde então, a entidade mantenedora do projeto.

Esta gravação é dedicada, com gratidão, a todos aqueles – brasileiros e alemães – que, através de sua colaboração permitiram tornar realidade, ouvir novamente o som do órgão de Tiradentes e possibilitaram o renascimento e enriquecimento de uma tradição de grande valor cultural. Ela é dedicada, também, a todos aqueles que se interessam pela Arte e pela Cultura em geral, e que amam a Musica em particular.

(Flávia Camargo Toni, 1982, extraído da capa interna do LP)

PS: – Nossa ouvinte Nicia Braga informa: “Muito tempo se passou desde o que foi citado no texto. Hoje o órgão voltou a funcionar graças a um projeto viabilizado pela organista Elisa Freixo e pelos patrocinadores do projeto. Todas às sextas feiras, às 20:30, ele pode ser ouvido tocado pela própria Elisa Freixo ou convidados. Vale a pena ouví-lo”

Texto interessante encontrado na internet:

O único documento que informa a data aproximada de nascimento de Manoel Dias de Oliveira é o Rol dos confessados desta Freguezia de S. Antonio da Villa de S. Jozé Comca do Rio das Mortes deste prezente anno de 1795 (IPHAN – Tiradentes-MG). Já que as idades indicadas dos filhos neste censo populacional conferem com as respectivas certidões de nascimento – o que jamais poderia ser exemplo de regra sobre o rigor dos recenseamentos coloniais, a idade do compositor – 60 anos – também pode ter sido anotada corretamente. Ele teria nascido portanto entre setembro de 1734 e agosto de 1735.

Flávia Toni, em sua dissertação de mestrado pela USP (1985), levantou a hipótese sobre as origens do compositor mulato. Segundo a musicóloga paulistana, Manoel Dias de Oliveira talvez fosse filho de Lourenço Dias de Oliveira (Portugal?, ? – Vila de São José, 1760). Branco, solteiro e possivelmente português, atuou como organista na Vila de São José entre 1756 e 1760, onde pertenceu às Irmandades do Bom Jesus do Descendimento, Caridade de Nossa Senhora da Piedade, Nosso Senhor dos Passos e por fim São Miguel e Almas. Sendo solteiro – o que não era de se estranhar, pois havia menos mulheres que homens brancos na primeira metade do século XVIII em Minas, Lourenço Dias de Oliveira pode ter gerado o filho com uma negra ou escrava, costume, aliás, comum no Brasil colonial. Se foi realmente seu pai, pode ter sido também seu professor. Em todo o caso, a coincidência de sobrenomes e profissão não pode ser subestimada.

Outra possibilidade é que Manoel Dias de Oliveira tenha sido escravo de Lourenço Dias de Oliveira, e por este alforriado, independente de ter sido ou não seu filho. Como músico de destaque desde jovem, o que lhe possibilitaria uma situação financeira acima da média dos escravos, é possível também que Manoel Dias de Oliveira tenha comprado sua liberdade através do processo de coartação, já que os artistas podem ter sido os primeiros a se beneficiar desta singular relação entre escravo e proprietário, desenvolvida principalmente na Capitania de Minas Gerais a partir do final da primeira metade do século XVIII. Não se sabe onde Manoel Dias de Oliveira nasceu. Talvez tenha nascido na própria Vila de São José, o que só não se pode comprovar pelo fato de estarem perdidos os registros de nascimento daqueles anos. É provável que o compositor já estivesse na Vila de São José desde 1752, na ocasião, com aproximadamente 18 anos – e sabe-se isto por sua entrada como irmão na Irmandade de São João Evangelista. Não há notícia que daquela data até sua morte, em 1813, tenha vivido em qualquer outra vila fora São José, apesar de atividades comprovadas em outros arraiais e vilas mineiras, quer seja como compositor (São João d’El Rey e Congonhas), calígrafo (Igreja Nova da Borda do Campo, atual Barbacena) ou militar (Arraial da Laje, atual Resende Costa).

Órgão da Matriz de Santo Antonio de Tiradentes
André Luis Pires, organista
Bach, Johann Sebastian (1685-1750)
01. Lobt Gott, ihr Christen allzugleich em Mi Maior
02. Sinfonia nº 6 a três vozes em Mi Menor
03. Prelúdio e Fuga a três vozes em Lá Menor, BWV 559
04. Prelúdio e Fuga nº 16 a quatro vozes em Sol Menor, BWV 861 (1º vol. do Cravo bem Temperado)
05. Fantasia em Sol Menor
06. Fuga a quatro vozes em Dó Maior
Johann Caspar Ferdinand Fischer (1665-1746)
07. Prelúdio e Fuga a quatro vozes em Dó Sustenido Menor
Domenico Zipoli (1688 – 1726)
08. Versetten (Sonate d’Intavolatura per Organo e Cembalo, Roma, 1716) – Verso I em Ré Menor
09. Versetten (Sonate d’Intavolatura per Organo e Cembalo, Roma, 1716) – Verso II em Mi Menor
10. Versetten (Sonate d’Intavolatura per Organo e Cembalo, Roma, 1716) – Verso III em Sol menor
11. Versetten (Sonate d’Intavolatura per Organo e Cembalo, Roma, 1716) – Verso IV em Sol Menor
12. Versetten (Sonate d’Intavolatura per Organo e Cembalo, Roma, 1716) – Verso V em Dó Maior

Coral da Sociedade Manoel Dias de Oliveira
Maestro André Luis Dias
Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
13. Motetos para Procissão do Enterro do Senhor: 1. Heu
14. Motetos para Procissão do Enterro do Senhor: 2. Canto da Verônica
15. Motetos para Procissão do Enterro do Senhor: 3. Pupili
16. Motetos para Procissão do Enterro do Senhor: 4. Cecidit Corona
17. Motetos para Procissão do Enterro do Senhor: 5. Quomodo
18. Motetos para Procissão do Enterro do Senhor: 6. Spiritus
19. Motetos para Procissão do Enterro do Senhor: 7. Sepulto Domino
20. Surrexit Dominus vere
21. Motetos para Procissão das Dores: 1. Stabat Mater
22. Motetos para Procissão das Dores: 2. Cujus animam
23. Motetos para Adoração: 1.Venite adoremus
24. Motetos para Adoração: 2.Tantum ergo
25. Popule meus
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
26. Domine, tu mihi lavas pedes
Bach, Johann Sebastian (1685-1750)
27. Gloria sei Dir gesungen (da Cantata”Wachet auf, ruft uns die Stimme”)

O órgão da Matriz de Santo Antonio de Tiradentes – 1982
Maestro e organista André Luis Pires
Solo da Verônica: Leila Taier

LP de 1982, do acervo do poeta Oscar Iskin Jr. (não tem preço!) e digitalizado por Avicenna

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MP3 320 kbps – 307,2 MB – 47,6 min
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Boa audição.

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Avicenna

Modinhas e Lunduns dos Séculos XVIII e XIX – Segréis de Lisboa (Acervo PQPBach)

a42244Modinhas e Lunduns dos Séculos XVIII e XIX
Segréis de Lisboa

Com instrumentos de época. On period instruments.
To my friend Duckjammy

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Instrumentos originais usados nesta gravação:
Pianoforte – H. Van Casteel, Lisboa, 1763
Guitarra inglesa – Domingos José de Araujo, Braga, 1812

A presente gravação oferece uma selecção do repertório criado para os salões desta sociedade luso-brasileira da viragem do século XVIII para o XIX. Parte desse repertório destinava-se a pequenos conjuntos instrumentais, e era composto muitas vezes por virtuosi da orquestra da Real Câmara de Lisboa, como o violinista Pedro António Avondano ou o flautista espanhol António Rodil, cujas obras se tornaram tão populares que foram objecto de edições impressas de ampla circulação.

Um dos instrumentos solistas mais populares neste período foi a guitarra inglesa, com forma peróide e dez cordas, a qual permaneceu em uso em Portugal muito depois de ter sido esquecida nos restantes países europeus e acabou por isso por ser conhecida como guitarra portuguesa.

António Pereira da Costa foi o autor de uma das raras colecções impressas de obras para este instrumento. Quanto à “Marcha da Retirada” de João José Baldi, trata-se de um exemplo divertido de como uma melodia que entra no ouvido se pode desligar do seu contexto original, à medida que a sua circulação aumenta: a peça, muito provavelmente destinada a ser tocada de forma despreocupada na salinha de qualquer menina de boa família, não é senão um arranjo para cravo da feroz canção revolucionária francesa “Ça ira“…

Mas o género favorito deste repertório de salão é sem dúvida a Modinha, um tipo de canção solista em que as influências da aria cantabile e da canzonetta da tradição operática napolitana se misturam com as doces e sensuais melodias afro-brasileiras, originalmente cantadas pelos escravos negros e gradualmente adaptadas pelos compositores profissionais, tanto no Brasil como em Portugal. No final do século XVIII as modinhas eram já compostas às centenas e circulavam, não só em colecções manuscritas mas também em séries impressas de publicação periódica, como o popular Jornal de Modinhas, editado em Lisboa pelos franceses Milcent e Maréchal.

Os autores iam do poeta mulato e boémio Domingos Caldas Barbosa a cantores da Capela Real como o Tenor Policarpo José António da Silva, a virtuosi instrumentais de renome como o violinista espanhol José Palomino, a músicos de Igreja como António da Silva Leite e a compositores de Ópera distintos como o próprio Marcos Portugal.

2jfwpwkQuanto aos arranjos, as modinhas eram habitualmente escritas para uma ou duas vozes, com um acompanhamento instrumental que podia ser uma simples linha de baixo contínuo, uma parte integralmente realizada para um instrumento obbligato como o cravo, a guitarra ou a guitarra portuguesa, ou até um pequeno conjunto de câmara que podia ir mesmo a um quarteto de cordas com cravo (como exemplo deste último caso veja-se, designadamente, “Menina que vive à moda”, de Palomino, uma canção especificamente composta como Música de cena para uma peça para o teatro da Rua dos Condes, em Lisboa).

A qualidade das modinhas luso-brasileiras foi unanimemente elogiada pelas descrições de diversos viajantes europeus no Brasil, vários dos quais transcreveram exemplos deste género nos seus livros. Um discípulo de Haydn que esteve temporariamente ao serviço da Corte no Rio de Janeiro, Sigismund Neukomm, publicou ele próprio uma colecção de modinhas com acompanhamento de piano, e a fama destas canções chegou mesmo ao próprio Beethoven, que as incluiu na sua colecção de Volkslieder.

Particularmente interessante pela sua evidente natureza inter-cultural é o Lundum, um sub-género no seio da Modinha caracterizado pelo seu ritmo acentuadamente sincopado e por textos que com frequência tendem a conter sugestões eróticas mal disfarçadas. Para grande espanto de alguns dos visitantes estrangeiros mais puritanos, estas canções de forte influência e abordando temas habitualmente considerados inaceitáveis em boa sociedade não pareciam gerar objecções por parte das classes mais elevadas da realidade luso-brasileira, em geral tão conservadoras em quaisquer outros domínios.

Rui Vieira Nery (extraído do encarte)
Universidade Nova de Lisboa
1993

Modinhas e Lunduns dos Séculos XVIII e XIX
António Cláudio da Silva Pereira (Portugal, 1780-1820)
01. Tenho um bicho cá por dentro (modinha)
Jose Forlivesi
02. Hei-de amar a quem me ama (modinha)
Antônio da Silva Leite (Porto, 1759 – 1833)
03. Vem cá, por que foges (modinha)
Domingos Caldas Barbosa (1740-1800) / Anônimo
04. Triste Lereno (modinha)
Antonio Pereira da Costa (Portugal, 1697?-1770)
05. Serenata IV em dó maior
Antonio Galassi (Italie, c.1750-Portugal, 1790)
06. Marcia prejura as leis de amor (modinha)
Pedro Antonio Avondano (Lisboa, 1714-1782)
07. Minueto em lá maior
Domingos Caldas Barbosa (1740-1800) / Anônimo
08. Eu nasci sem coração
09. Quando eu não amava (modinha)
Gabriel Fernandes da Trindade (Ouro Preto ,1799/1800-Rio de Janeiro, 1854)
10. Graças aos céus de vadios (lundum)
Policarpo José António da Silva. (Portugal, fl.1770 – ca.1790)
11. De amor sobre as aras (modinha)
António Rodil (Portugal, 1710?-1787)
12. Duetto II en sol maior, allegro/vivo
Anónimo
13. Ganinha, minha Ganinha (lundum)
José Palomino (Spain, 1755-1810)
14. Menina que vive à moda (modinha)
João José Baldi (Portugal, 1770 – 1816)
15. Marcha da retirada (cemb.)
José Palomino (Spain, 1755-1810)
16. Sinto amor de dia em dia (modinha)
Pedro Antonio Avondano (Lisboa, 1714-1782)
17. Minueto em ré maior
Marcos Antonio Portugal da Fonseca (Portugal, 1762-Rio, 1830)
18. Vem meu bem que eu te perdoo (modinha)
Anónimo
19. Menina, você que tem? (lundum)
Domingos Schiopetta (Portugal, sécX VIII-XIX)
20. Quando a gente está com gente (lundum)
Anônimo / Ludwig van Beethoven
21. Seus lindos olhos (modinha)
José Francisco Édolo (Porto, 1792 – ?)
22. Tranquiliza, doce amiga (modinha)
António Rodil (Portugal, 1710?-1787)
23. Duetto em si bemol maior (moderato/minuetto)
Manuel Telles (? – ?)
24. Quando a vejo enfadadinha (lundum)
Alexandre José Pires (1ª metade XIX)
25. Sussurrando amigas auras (modinha)
Joaquim Manoel Gago da Camara (fin du XVIII siècle)
26. Quando te peijo
Anónimo
27. Minha Lília, quem disfruta (modinha)

Modinhas e Lunduns dos Séculos XVIII e XIX – 1993
Segréis de Lisboa
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XLD RIP | FLAC 351,8 MB | HQ Scans 1,8 MB |

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MP3 320 kbps – 165,8 + 1,8 MB – 1h 08 min
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Um CD do acervo do musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!

Boa audição.

caminhos

 

 

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Avicenna

Sarau das Musas: A Canção Brasileira nos Salões , 1830-1930: Léa Vinocur Freitag & Eduardo Villaça (Acervo PQPBach)

350sc4zA canção brasileira nos salões, de 1830 a 1930.

“Num salão esmeram-se várias artes: a de receber ou preparar um ambiente de cordialidade e espírito; a de entreter a palestra ou cultivar o humour; dançar uma valsa ou cantar uma ária, declamar ou inspirar versos, criticar com graça e sem maledicência, realçar a beleza feminina nas últimas invenções da moda …”
Wanderley Pinho, in “Salões e Damas do Segundo Reinado”.

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Léa Vinocur Freitag (Canto) – Eduardo Villaça (Piano)
Araújo Porto Alegre/Cândido Ignácio da Silva (1800-1838)
01. Lá no Largo da Sé
Anônimo
02. Róseas flores d’alvorada
Almeida Garret/Antonio Carlos Gomes (Campinas, 1836-Belém, 1896)
03. Suspiro d’alma
Bittencourt Sampaio/Antonio Carlos Gomes (Campinas, 1836-Belém, 1896)
04. Quem sabe
Dr. Velho Experiente (pseudônimo de Carlos Gomes)/Antonio Carlos Gomes (Campinas, 1836-Belém, 1896)
05. Conselhos
Osório Duque-Estrada/Alberto Nepomuceno (1864-1920)
06. Trovas
Rose Méryss/Arthur Napoleão (1843-1926)
07. Adieu, je pars
Anônimo
08. Morena, morena
09. Foi numa noite calmosa
10. A Casinha Pequenina
José Alves Pinto
11. Muqueca Sinhá (Bendegó)
Ernesto de Souza/Chiquinha Gonzaga (1847-1935)
12. A Morena
Leopoldo Fróes (1882-1938)
13. Mimosa
Corrêa Vasques/Rosina Mendonça
14. Teu Olhar
Francisco Patti/Marcelo Tupinambá (1892-1958)
15. Canção Nupcial
Alberto Costa (1886-1934)
16. Serenata
17. Canto da Saudade

Sarau das Musas (A Canção Brasileira nos Salões – 1830-1930) – 1998
Léa Vinocur Freitag (Canto) – Eduardo Villaça (Piano)

CD gentilmente cedido pelo musicólogo Prof. Paulo Castagna. Não tem preço !!!
2jcbrls

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MP3 | 320 kbps | 122,9 MB

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Encarte: Português & English

.Boa audição!

guarda da rainha

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Avicenna

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Piano Sonatas – Vol 4, 5 e 6 de 10 – Ashkenazy

41zpyGh-RIL._SS500PQPBach está postando a integral do seu Deus Maurizio Pollini interpretando Beethoven. Então, eis um bom momento para fazer as devidas comparações com Vladimir Ashkenazy.

Sem mais para o momento, subscrevemo-nos …

 

cd 4

01 – Piano Sonata No.11 in B-flat major, Op.22 (1800)_ I. Allegro con brio
02 – II. Adagio con molto espressione
03 – III. Menuetto
04 – IV. Rondo_ Allegretto
05 – Piano Sonata No.12 in A-flat major, Op.26 (1801)_ I. Andante con variazioni
06 – II. Scherzo & Trio_ Allegro molto
07 – III. Marcia funebre sulla morte d’un eroe
08 – IV. Allegro
09 – Piano Sonata No.13 in E-flat major, Op.27, No.1 (1801)_ I Andante – Allegro
10 – II. Allegro molto e vivace
11 – III. Adagio con espressione
12 – IV. Allegro vivace – Presto

cd 5

01. Piano Sonata No.14 in C-sharp minor, Op.27, No.2 ‘Moonlight’ (1801) I. Adagio sostenuto
02. II. Allegretto & Trio
03. III. Presto agitato
04. Piano Sonata No.15 in D major, Op.28 (1801) I. Allegro
05. II. Andante
06. III. Scherzo & Trio Allegro vivace
07. IV. Rondo Allegro ma non troppo
08. Piano Sonata No.16 in G major, Op.31, No.1 (1802) I. Allegro vivace
09. II. Adagio grazioso
10. III. Rondo Allegretto

cd 6

01. Piano Sonata No.17 in D minor, Op.31, No.2 (1802) I. Largo – Allegro
02. II. Adagio
03. III. Allegretto
04. Piano Sonata No.18 in E-flat major, Op.31, No.3 (1802) I. Allegro
05. II. Scherzo Allegretto vivace
06. III. Menuetto & Trio Moderato e grazioso
07. IV. Presto con fuoco
08. Piano Sonata No.19 in G minor, Op.49, No.1 (1792) I. Andante
09. II. Rondo Allegro
10. Piano Sonata No.20 in G major, Op.49, No.2 (1792) I. Allegro ma non troppo
11. II. Tempo di menuetto

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CD 5 BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
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Ludwig van Beethoven (1770-1827): Complete Piano Sonatas – CD 1 de 8 – Maurizio Pollini

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Complete Piano Sonatas – CD 1 de 8 – Maurizio Pollini

IM-PER-DÍ-VEL !!!

E Deus encarou e gravou as 32 sonatas de Beethoven!!! Creio que assim seria o título que  nosso querido PQP Bach daria para a postagem desta caixa recém saída dos fornos da Deutsche Grammophon. Maurizio Pollini, no alto de seus setenta e poucos anos de idade, encarou o desafio. Calma, o mestre não teria fôlego para tanto nesta altura da vida. Ainda mais quando se trata das últimas sonatas, verdadeiras provas de fogo para qualquer pianista, mesmo que este seja Maurizio Pollini. Então de acordo com as datas que constam no booklet, algumas são gravações bem recentes, outras, bem mais antigas. Em outras palavras, ele apenas concluiu um projeto de vida, digamos assim. O resultado? Bem, ainda estou ouvindo, mas do que ouvi até agora, vale cada centavo do investimento.

Para não perdermos o costume, vamos começar pelo começo, trazendo o primeiro cd com as três sonatas de op. 2.

Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Complete Piano Sonatas – CD 1 de 8 – Maurizio Pollini

1 – Sonata No. 1 in F minor, Op. 2 nº1 – 1. Allegro
2 – Sonata No. 1 in F minor, Op. 2 nº1 – 2. Adagio
3 – Sonata No. 1 in F minor, Op. 2 nº1 – 3. Menuetto Allegretto
4 – Sonata No. 1 in F minor, Op. 2 nº1 – 4. Prestissimo
5 – Sonata No. 2 in A major, Op. 2 nº2 – 1. Allegro vivace
6 – Sonata No. 2 in A major, Op. 2 nº2 – 2. Largo appassionato
7 – Sonata No. 2 in A major, Op. 2 nº2. Scherzo Allegretto
8 – Sonata No. 2 in A major, Op. 2 nº2 – 4. Rondo Grazioso
9 – Sonata No. 3 in C major, Op. 2 nº3 – 1. Allegro con brio
10 – Sonata No. 3 in C major, Op. 2 nº3 – 2. Adagio
11 – Sonata No. 3 in C major, Op. 2 nº3 – 3. Scherzo Allegro
12 – Sonata No. 3 in C major, Op. 2 nº3 – 4. Allegro assai

Recording: Munich, Residenz, Herkulessaai, 9/2006

Maurizio Pollini – Piano

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Pollini mais ou menos jovem
Pollini mais ou menos jovem

FDP

 

Padre José Maria Xavier (1819-1887) – Ofício de Trevas vol. 1 (Acervo PQPBach)

2cx3pz Originalmente postado pelo CVL em abril de 2009. Repostagem pelo Avicenna.

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Outro achado de um de nossos visitantes, chamado Geraldo: o desconhecidíssimo mineiro Padre José Maria Xavier, que eu também não conhecia e que – apesar de ter vivido no séc. XIX – é classicista de primeira linha. Tudo bem que, ao ouvir este CD, parece que se trata mesmo de Mozart, mas esse era o gosto dominante em música sacra nos tempos do império e principalmente nos cafundós do judas, como era a pacata São João Del Rei, terra do padre (isso valia para qualquer cidade longe do Rio).

Comentários de Paulo Cesar Machado dos Santos:
Compositor e instrumentista, foi discípulo de seu tio Francisco de Paula Miranda com quem aprendeu canto, violino e clarineta. Estudou no Seminário de Mariana, ordenando-se padre em 1846. Designado a trabalhar em Rio Preto, retornou à sua terra natal, São João del-Rei, por motivos de saúde. Além do sacerdócio, exerceu múltiplas funções como vigário forâneo e lecionou música em várias escolas da cidade. Filiado a todas as associações religiosas, foi padre comissário da Ordem Terceira do Carmo e, também, capelão da Irmandade de Nosso Senhor dos Passos e da Confraria de Nossa Senhora do Rosário. De sua vasta obra são conhecidas mais de cem composições, executadas, tradicionalmente, em solenidades religiosas são-joanenses, especialmente na Semana Santa, na Novena de Nossa Senhora da Boa Morte e no Natal. As peças Matinas do Natal e Missa nº 5 foram editadas em Munique, na Alemanha, fato raro na música oitocentista brasileira. O compositor nasceu em 1819 e faleceu em 1887.

Comentários de Harry Crowl:
Não há nada de barroco nem no Pe. José Maria Xavier, nem nos compositores coloniais anteriores a ele. Quando estudava no Seminário de Mariana, em meados do sec.XIX, J.Ma. Xavier ficou encantado com a obra do Pe. João de Deus de Castro Lobo, que falecera em 1832. JMXavier procurou escrever numa linguagem parecida, mas já com influência muito forte da ópera italiana introduzida pela corte no Rio, na época de D.João VI e D.Pedro I. Essa influência estava também presente na música de João de Deus. Só que no caso do último, o domínio da orquestração e da instrumentação e a eventual disponibilidade de músicos fez de sua obra algo muito mais elaborado. Tive a oportunidade de tocar viola com a Orquestra Ribeiro Bastos, em São João del Rei, em várias semanas santas, na década de 90. Toquei inclusive esse Ofício algumas vezes. É uma obra de grande força dramática e de escrita muito simples para a orquestra, pois a prática instrumental no Brasil no tempo do Império, especialmente no interior, já era amadora. Porém, São João Del Rei foi a única cidade no Brasil que conseguiu manter viva essa tradição. Vale muito a pena dar uma chegada até lá na época da semana-santa. É uma excelente oportunidade para se entender como a música funcionava dentro da liturgia católica até o final do sec.XIX, antes do estabelecimento do moto próprio, em 1906.

Ofício de Trevas – vol 1
Pe. José Maria Xavier (São João del Rey, 1819-1887)
Ofício de Trevas 1. Ofício de Quinta-feira Santa – Antiphona – Zelus Domus Tuae
Ofício de Trevas 2 :Ofício de Quinta-feira Santa – Responsorium I – In Monte Oliveti
Ofício de Trevas 3. Ofício de Quinta-feira Santa – Responsorium II – Tristis Est
Ofício de Trevas 4. Ofício de Quinta-feira Santa – Responsorium III – Ecce Vidimus
Ofício de Trevas 5. Ofício de Quinta-feira Santa – Responsorium IV – Amicus Meus
Ofício de Trevas 6. Ofício de Quinta-feira Santa – Responsorium V – Judas Mercator Pessimus
Ofício de Trevas 7. Ofício de Quinta-feira Santa – Responsorium VI – Unus Ex Discipulis Meis
Ofício de Trevas 8. Ofício de Quinta-feira Santa – Responsorium VII – Eran Quasi Agnus Ínnocens
Ofício de Trevas 9. Ofício de Quinta-feira Santa – Responsorium VIII – Una Hora
Ofício de Trevas 10. Ofício de Quinta-feira Santa – Responsorium IX – Seniores Populi
Ofício de Trevas 11. Ofício de Sexta-feira Santa – Antiphona – Astiterunt Reges Terrae
Ofício de Trevas 12. Ofício de Sexta-feira Santa – Responsorium I – Omnes Amici Mei
Ofício de Trevas 13. Ofício de Sexta-feira Santa – Responsorium II – Velum Templi
Ofício de Trevas 14. Ofício de Sexta-feira Santa – Responsorium III – Vinea Mea
Ofício de Trevas 15. Ofício de Sexta-feira Santa – Responsorium IV – Tamquan Ad Latronem
Ofício de Trevas 16. Ofício de Sexta-feira Santa – Responsorium V – Tenebrae Factae Sunt
Ofício de Trevas 17. Ofício de Sexta-feira Santa – Responsorium VI – Animam Meam
Ofício de Trevas 18. Ofício de Sexta-feira Santa – Responsorium VII – Tradiderunt Me
Ofício de Trevas 19. Ofício de Sexta-feira Santa – Responsorium VIII – Jesum Tradidit Impius
Ofício de Trevas 20. Ofício de Sexta-feira Santa – Responsorium IX – Caligaverunt Oculi Mei Laudes
Ofício de Trevas 21. Ofício de Sexta-feira Santa – Antiphona – Posuerunt Super Caput Ejus
Ofício de Trevas 22. Ofício de Sexta-feira Santa – Christus Factus Est

Ofício de Trevas – vol 1 – 2004
Orquestra Sinfônica de Minas Gerais & Coral Lírico Palácio das Artes
Maestro Marcelo Ramos
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Boa audição.

CVL + Avicenna

Padre José Maria Xavier (1819-1887) – Ofício de Trevas – Vol. 2 (Acervo PQPBach)

352i2y1REPOSTAGEM

Avicenna se encantou com o primeiro volume do Ofício de Trevas.

Mas, como bom mineiro-persa, perguntou aos ventos do oriente qual a origem do nome “Ofício de Trevas”. Alguma conotação com o post-mortem? Ou com rituais cabalísticos?

Quem responde é o Maestro Marcelo Ramos:

“A tradição que envolve o ofício é antiqüíssima. Esta denominação de Trevas está envolvida num contexto ritualístico, extremamente rico em simbologia, e merece uma justificativa litúrgica. Desde o séc. VII, celebra-se com orações as exéquias do Senhor. No séc. VIII, a liturgia franco-romana já conhecia o apagar das luzes durante o ofício. Desde o séc. XII, o nome “Ofício de Trevas” indicava a oração noturna (matinas e laudes) do ofício divino nos três dias que antecedem o Domingo da Ressurreição. As matinas e laudes rezadas seguidas contam 14 salmos, nove leituras (incluindo três lamentações do profeta Jeremias) e nove responsórios. É “de trevas” pois, no decorrer dele, apagam-se sucessivamente as 14 velas em memória das trevas que cobriram a Terra na morte do Senhor. Para esse fim, é usado um candelabro triangular com 15 velas.

A vela da ponta, a décima quinta, representa o Cristo. As outras representam os onze apóstolos e as três Marias. Segundo vários autores medievais, apagar uma vela após cada salmo significa o abandono de Jesus por seus seguidores, principalmente no horto. A liturgia antiga colocava a última vela acesa atrás do altar para trazê-la de volta mais tarde, talvez ao amanhecer, simbolizando assim a morte do Senhor; em São João del-Rey (MG) esta tradição permanece intocada. Em Portugal, a décima quinta vela no alto do candelabro é conhecida como galo ou galo das trevas.

No final do ofício, cantado em latim, era costume fechar os livros com força exagerada ou bater os pés no chão com veemência, simbolizando o terremoto que acompanhou a morte de Jesus e a destruição de Jerusalém.”

Avicenna apresenta o Segundo volume do “Ofício de Trevas”, composto pelo Padre José Maria Xavier (1819-1887, S. João del-Rey, MG), com a Orquestra e Coro dos Inconfidentes, regidos pelo Maestro Marcelo Ramos, gravado na Sala Sérgio Magnani, Palácio das Artes, Belo Horizonte, em dezembro de 2005.

Ofício de Trevas – vol II
Pe. José Maria Xavier (São João del Rey, 1819-1887)
Ofício de Trevas 23. Matinas de Sábado Santo – Antiphona: In pace in idipsum
Ofício de Trevas 24. Matinas de Sábado Santo – Responsorium I: Sicut ovis
Ofício de Trevas 25. Matinas de Sábado Santo – Responsorium II: Jerusalem surge
Ofício de Trevas 26. Matinas de Sábado Santo – Responsorium III: Plange quasi virgo
Ofício de Trevas 27. Matinas de Sábado Santo – Responsorium IV: Recessit pastor noster
Ofício de Trevas 28. Matinas de Sábado Santo – Responsorium V: O vos omnes
Ofício de Trevas 29. Matinas de Sábado Santo – Responsorium VI: Ecce quomodo
Ofício de Trevas 30. Matinas de Sábado Santo – Responsorium VII: Astiterunt reges terrae
Ofício de Trevas 31. Matinas de Sábado Santo – Responsorium VIII: Aestimatus sum
Ofício de Trevas 32. Matinas de Sábado Santo – Responsorium IV: Sepulto Domino
Ofício de Trevas 33. Matinas da Ressureição – Invitatório
Ofício de Trevas 34. Matinas da Ressureição – Responsorium I: Angelus Domini
Ofício de Trevas 35. Matinas da Ressureição – Responsorium II: Cum transisset sabbatum
Ofício de Trevas 36. Matinas da Ressureição – Laudes do Tempo Pascal: Haec dies
Ofício de Trevas 37. Matinas da Ressureição – Antiphona Final: Regina Coeli
Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)
Ofício de Trevas 38. 8ª Leitura de Sábado Santo

Ofício de Trevas – Volume 2 – 2005
Orquestra e Coro dos Inconfidentes
Maestro Marcelo Ramos
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Boa audição!

Avicenna

História da Música Brasileira – Episódio 10 de 10: Romantismo e patriotismo: afinal, somos brasileiros?

rvxbwwDécimo e último episódio da série História da Música Brasileira, criada em 1999. Esta série teve a  participação de Vox Brasiliensis Coro e Orquestra, dirigida por Ricardo Kanji, e participação especial, nos episódios 8, 9 e 10, da Sinfonia Cultura, da Fundação Padre Anchieta, dirigida por Lutero Rodrigues.

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EPISÓDIOS DA HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA

Os temas dos 10 programas são os abaixo e estão disponíveis aqui:

1. Introdução e primeiros tempos da música no Brasil
2. A música setecentista no Brasil
3. A música no período áureo de Minas Gerais
4. Ouro, diamantes e música em Minas.
5. Padre José Maurício Nunes Garcia: um brasileiro nos ouvidos da Corte
6. A música da Independência.
7. Saraus, danças e intimidades: A música no Brasil no século XIX
8. Carlos Gomes: o emblema da ópera no Brasil
9. Romantismo: um Brasil para poucos
10. Romantismo e patriotismo: afinal, somos brasileiros?

HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA
Episódio 10 – Romantismo e patriotismo: afinal, somos brasileiros?

Paulo Castagna

O décimo e último episódio de História da Música Brasileira aborda a Belle Èpoque brasileira, um período situado entre as últimas décadas do século XIX e primeiras do século XX e caracterizado pela criação de uma cultura urbana baseada no ideal europeu (principalmente francês) de civilização. Além da adoção do romantismo franco-germânico no repertório dos teatros e escolas de música, proliferaram-se, nas danças de salão dessa fase, a abordagem da música popular a partir do olhar europeu, ou seja, como manifestação exótica de uma população inculta, mas que poderia ser civilizada pela arte do Velho Mundo. Como exemplos de tais tendências, o programa apresenta obras de Alberto Nepomuceno (Fortaleza, 1864 – Rio de Janeiro, 1920), Brasílio Itiberê da Cunha (Paranaguá, 1846 – Curitiba, 1913) e Alexandre Levy (São Paulo, 1864-1892).

Veja abaixo o Episódio 10 – Romantismo e patriotismo: afinal, somos brasileiros?, que também pode ser visto no Youtube em http://www.youtube.com/user/HistoriadaMB

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Vídeo mp4 – 167,2 Mb – 28 min

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Nossos agradecimentos ao musicólogo Prof. Paulo Castagna (http://paulocastagna.com), um dos criadores desta série,  por nos ter incentivado nesta empreitada e cedido os áudio-visuais para postarmos. Não tem preço !!! Valeu !!!
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Avicenna

G.P. Telemann (1681-1767): Trio Sonatas

G.P. Telemann (1681-1767): Trio Sonatas

Uma joia este disco da cpo. O Parnassi musici, sob a direção do fagotista Sergio Azzolini, leva Telemann com perfeição e elegância. Um conjunto impecável, raro. Os músicos estão tão sintonizados uns com os outros que realmente não há necessidade de mencionar um deles — todos merecem elogios. E é Telemann puro. Em qualquer estilo, sua música tem um caráter inconfundível, sendo clara e leve. Telemann foi um precursor do estilo clássico, já estava conectado ao que viria logo após o barroco. Um disco matinal, luminoso, excelente para começar o dia. 

G.P. Telemann (1681-1767): Trio Sonatas

01. Quartett e-moll für zwei Violinen, Fagott und B. c. TWV 43:e3 – 1. Largo 03:45
02. Quartett e-moll für zwei Violinen, Fagott und B. c. TWV 43:e3 – 2. Presto 01:25
03. Quartett e-moll für zwei Violinen, Fagott und B. c. TWV 43:e3 – 3. Cantabile 02:22
04. Quartett e-moll für zwei Violinen, Fagott und B. c. TWV 43:e3 – 4. Allegro 02:04

05. Trio Nr. 1 G-dur TWV 42:G3 – 1. Dolce 02:10
06. Trio Nr. 1 G-dur TWV 42:G3 – 2. Allegro 01:30
07. Trio Nr. 1 G-dur TWV 42:G3 – 3. Affetuoso 01:46
08. Trio Nr. 1 G-dur TWV 42:G3 – 4. Vivace 02:33

09. Trio Nr. 2 c-moll TWV 42:c1 – 1. Largo 01:36
10. Trio Nr. 2 c-moll TWV 42:c1 – 2. Vivace 01:38
11. Trio Nr. 2 c-moll TWV 42:c1 – 3. Grave 01:31
12. Trio Nr. 2 c-moll TWV 42:c1 – 4. Allegro 02:13

13. Trio Nr. 3 A-dur TWV 42:A2 – 1. Cantabile 01:38
14. Trio Nr. 3 A-dur TWV 42:A2 – 2. Alla breve 01:36
15. Trio Nr. 3 A-dur TWV 42:A2 – 3. Lento 02:12
16. Trio Nr. 3 A-dur TWV 42:A2 – 4. Allegro assai 02:14

17. Sonate B-dur für Violine, Fagott und B. c. TWV 42:B5 – 1. Vivace 02:13
18. Sonate B-dur für Violine, Fagott und B. c. TWV 42:B5 – 2. Siciliana 02:22
19. Sonate B-dur für Violine, Fagott und B. c. TWV 42:B5 – 3. Vivace 01:46

20. Trio Nr. 4 d-moll TWV 42:d2 – 1. Vivace 02:01
21. Trio Nr. 4 d-moll TWV 42:d2 – 2. Largo 02:05
22. Trio Nr. 4 d-moll TWV 42:d2 – 3. Presto 02:25

23. Trio Nr. 5 e-moll TWV 42:e1 – 1. Largo 02:05
24. Trio Nr. 5 e-moll TWV 42:e1 – 2. Allegro 01:36
25. Trio Nr. 5 e-moll TWV 42:e1 – 3. Affetuoso 01:44
26. Trio Nr. 5 e-moll TWV 42:e1 – 4. Vivace 02:43

27. Trio Nr. 6 D-dur TWV 42:D4 – 1. Soave 01:49
28. Trio Nr. 6 D-dur TWV 42:D4 – 2. Allegro 01:17
29. Trio Nr. 6 D-dur TWV 42:D4 – 3. Andante 01:48
30. Trio Nr. 6 D-dur TWV 42:D4 – 4. Vivace 03:04

31. Sonate F-dur für Violine, Fagott und B. c. TWV 42:F1 – 1. Allegro 02:33
32. Sonate F-dur für Violine, Fagott und B. c. TWV 42:F1 – 2. Soave 02:48
33. Sonate F-dur für Violine, Fagott und B. c. TWV 42:F1 – 3. Presto 01:48

Parnassi musici
Sergio Azzolini

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Pois é, o líder do grupo,  Sergio Azzolini, é fagotista
Pois é, o líder do grupo, Sergio Azzolini, é fagotista

PQP

.: interlúdio :. The Dave Brubeck Quartet – Time Out

time-outThe Dave Brubeck Quartet
Time Out
1959

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No seu estilo pedante, a crítica de jazz cita 1959 como um annus mirabilis, um ano premiado. Nele foram gravados os álbuns Kind of Blue e Sketches of Spain, de Miles Davis; Mingus Ah Um, de Charles Mingus; e Time Out, de Dave Brubeck. Todos numa antiga igreja armênia da Rua 30, em Nova York, convertida em estúdio pela Columbia. Uma faixa do álbum de Brubeck, “Take Five”, logo fascinou a todos por sua ginga hipnótica e pelo uso arrojado do tempo 5/4. Lançada em single, se tornaria, em 1961, o primeiro disco de jazz a atingir a marca de um milhão de cópias vendidas. Embora Brubeck fosse o cérebro do quarteto e sua autêntica máquina-de-compor, o sucesso veio de onde menos se esperava: de Paul Desmond, o saxofonista improvisador, basicamente um intérprete de material alheio.

O álbum Time Out quase não foi lançado. Chegou às lojas contra a vontade de todos os executivos da Columbia, menos um: o manda-chuva Goddard Lieberson, presidente da companhia. Dave Brubeck relembra: “Quebrei três leis da Columbia. Todas as sete faixas eram composições originais, quando a gravadora gostava de entremear com standards. Queria também músicas que fizessem as pessoas dançar e eu lhes dei todos aqueles compassos esquisitos. Botaram um pintura na capa do LP, coisa que nunca se fazia com um disco de jazz. Obviamente, a companhia não queria lançar o álbum”. Surpreendentemente, os fãs estavam mais preparados para os compassos extravagantes de Brubeck do que os executivos da indústria fonográfica e não só compraram o álbum, como dançaram ao som dele. Como intérprete, Paul Desmond foi um saxofonista cool por excelência. Avesso aos ruídos fisiológicos subjacentes ao instrumento (arquejos, guinchos e sussurros de palhetas, percussão de teclas), sempre tocou longe do microfone, emitindo um som limpo e cristalino, direto da campanha do seu alto. Definia seu som inconfundível com um gracejo: “Eu sempre quis soar como um martini seco”.

“Take Five” foi tocada muitas vezes pelo quarteto e dezenas de artistas a gravaram, da cantora sueca Monica Zetterlund em 1962 à versão póstuma de King Tubby em 2002. Em 1961, Carmen McRae gravou uma versão com letra composta por Dave e sua mulher, Iola.

Desmond morreu aos 52 anos, em 1977, de câncer do pulmão, sem descendentes. Os royalties de suas composições e interpretações, foram destinados, segundo sua vontade, para a Cruz Vermelha norte-americana, que recebe cerca de cem mil dólares por ano. “Take Five” representa grande parte desta receita, e continua fazendo a rapaziada dançar ao compasso de 5/4. (parte do artigo de Roberto Muggiati, Gazeta do Povo, Curitiba, 16.08.09. O texto completo está em: http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/cadernog/conteudo.phtml?tl=1&id=915077&tit=Paul-Desmond-e-o-jazz-milionario).

1. Blue Rondo A La Turk – Dave Brubeck (echoes Mozart’s “Rondo alla Turca” from his Piano Sonata No. 11)
2. Strange Meadow Lark – Dave Brubeck
3. Take Five – Paul Desmond
4. Three To Get Ready – Dave Brubeck
5. Kathy’s Waltz – Dave Brubeck
6. Everybody’s Jumpin’ – Dave Brubeck
7. Pick Up Sticks – Dave Brubeck

Time Out – 1959
The Dave Brubeck Quartet

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Oooh, yeah!!

beleza feminina

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Avicenna

História da Música Brasileira – Episódio 9 de 10: Romantismo: um Brasil para poucos

2ur7algNono episódio da série História da Música Brasileira que apresentamos com um link para baixar o vídeo do episódio, incentivando a divulgação desse trabalho em universidades, conservatórios e amantes da música. Contamos com o seu apoio!

REPOSTAGEM


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EPISÓDIOS DA HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA

Os temas dos 10 programas são os abaixo e estão disponíveis aqui:

1. Introdução e primeiros tempos da música no Brasil
2. A música setecentista no Brasil
3. A música no período áureo de Minas Gerais
4. Ouro, diamantes e música em Minas.
5. Padre José Maurício Nunes Garcia: um brasileiro nos ouvidos da Corte
6. A música da Independência.
7. Saraus, danças e intimidades: A música no Brasil no século XIX
8. Carlos Gomes: o emblema da ópera no Brasil
9. Romantismo: um Brasil para poucos
10. Romantismo e patriotismo: afinal, somos brasileiros?

HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA
Episódio 9 – Romantismo: um Brasil para poucos

Paulo Castagna

O nono episódio de História da Música Brasileira é dedicado ao movimento musical romântico brasileiro e suas contradições sociais. Embora a sociedade brasileira da segunda metade do século XIX tenha optado pela extinção do sistema escravocrata, a elite urbana exigiu uma cultura de origem branca e européia, o mais isenta possível dos costumes populares. Foram assim criados os primeiros clubes de concertos, destinados a levar a essa mesma elite óperas, sinfonias, concertos para instrumento e orquestra, danças de salão, canções e música de câmara de origem européia ou de autores brasileiros filiados à tradição européia. Nesse ambiente, a partir da década de 1870, a elite brasileira iniciou a assimilação do romantismo europeu, estimulando o surgimento de compositores inteiramente dedicados a essa tendência, como Henrique Oswald (Rio de Janeiro, 1852-1931), Leopoldo Miguez (Niterói, 1850 – Rio de Janeiro, 1902) e Alberto Nepomuceno (Fortaleza, 1864 – Rio de Janeiro, 1920), dos quais são apresentadas neste programa algumas obras pianísticas, camerísticas e sinfônicas.

Veja abaixo o episódio 9 – Romantismo: um Brasil para poucos, que também pode ser visto no Youtube em http://www.youtube.com/user/HistoriadaMB

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Vídeo mp4 – 197,9 Mb – 28 min

Nossos agradecimentos ao Prof. Paulo Castagna, musicólogo, (http://paulocastagna.com) por nos ter incentivado nesta empreitada. Não tem preço!!!
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Avicenna

A. Scarlatti (1660-1725) & A. Lotti (1667-1740): Madrigali

A. Scarlatti (1660-1725) & A. Lotti (1667-1740): Madrigali

Mais um bom disco da Harmonia Mundi. Este traz madrigais de dois compostores do barroco italiano, Alessandro Scarlatti e Antonio Lotti. O disco é de 1986 e o tive em vinil. A música de Alessandro Scarlatti é bem conhecida. Ele foi um grande compositor de óperas e suas cantatas de câmara são notáveis. É surpreendente que o principal compositor dos palcos napolitanos também tenha escrito madrigais, em sua época um gênero já antiquado e em franco declínio. Mas eles certamente merecem uma audição, assim como o companheiro Lotti.

A. Scarlatti (1660-1725) & A. Lotti (1667-1740): Madrigali

Antonio Lotti (c.1666-1740)
1 Moralita d’una perla

Alessandro Scarlatti (1660-1725)
2 Sdegno la fiamma estinse
3 O selce, o tigre, o ninfa
4 Internerite voi, lacrime mie
5 Arsi un tempo

Antonio Lotti
6 Inganni dell’unmanita
7 Lamento di tre amanti

Alessandro Scarlatti
8 O morte
9 Mori, mi dici
10 Cor mio, deh non languire

Antonio Lotti
11 La vita caduca

Consort of Musicke [Emma Kirkby (soprano), Evelyn Tubb (soprano), Tessa Bonner (soprano), Deborah Roberts (soprano), Andrew King (tenor), Rufus Muller (tenor), Alan Ewing (bass), Frances Kelly (harp), Christopher Wilson (Chittarrone), Alan Wilson (harpsichord), Anthony Rooley (lute)]

Anthony Rooley, direção

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David Teniers, Macacos
David Teniers, Macacos

PQP

Modinhas Imperiais: Adélia Issa (voz) & Alexandre Pascoal (piano) – Acervo PQPBach

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REPOSTAGEM

Ramilhete de 15 preciosas modinhas de salão brasileiras, do tempo do Império, para canto e piano, seguidas por um delicado Lundu para piano-forte; cuidadosamente escolhidas, prefaciadas, anotadas e dedicadas ao seu ilustre e genial amigo, o maestro Heitor Villa-Libos, por Mário de Andrade, S. Paulo 1930. (Dedicatória que Mário de Andrade escreveu no prólogo do seu livro “Modinhas Imperiais”)

Transcorridos cinquenta anos da publicação do livro de Mário de Andrade “Modinhas Imperiais” (Casa Chiarato, H. G. Miranda Editora, S. Paulo, 1930) a gravadora Eldorado lança agora, sob o mesmo título, a versão sonora do livro de Mário de Andrade.

Este disco bem poderia ser o primeiro de uma série que tivesse por propósito ilustrar a história da música brasileira, já que foi através da modinha e do lundu, nos fins do século XVIII, que surgiram os primeiros sinais de fusionamento sonoro de que resultou esse produto cultural a que chamamos Música Brasileira. Assim como não seria lícito nomear de brasileira a música dos índios ou o baticum dos escravos africanos importados nos três primeiro séculos de colonização, do mesmo modo seria absurdo pretender que brasileira fosse também a ária sete e oitocentista importada nos nossos salões coloniais, de onde proviria a nossa modinha.

Cumpre ter presente que a música do Brasil não teve, como a música dos países europeus de civilização mais estratificada um back-ground racial que a precedesse. Não houve, por parte dos compositores italianos, franceses ou alemães qualquer preocupação de serem nacionais, pois o caráter nacional de suas escolas musicais já vinha condicionado pela raça e pelo desenvolvimento lógico de suas respectivas civilizações.

A modinha brasileira originou-se do formulário melódico europeu. Nas primeiras modinhas brasileiras é facilmente identificável a presença de Gluck, Mozart, Rossini, Donizetti, Bellini. E mesmo no repertório modinheiro dos fins de oitocentos e começo de novecentos nota-se ainda o acentuado gosto nacional pelo cantábile melodramático italiano. E foi certamente a permanência desse cantábile que levou Mário de Andrade a dizer que a nacionalidade brasileira da modinha se processou ao contato dessa melódica européia e apesar dela … (extraído da capa do LP)

Palhinha: ouça algumas modinhas enquanto contempla algumas das melhores telas em arte Naïff.

Modinhas Imperiais
Anônimo/Thomaz Antonio Gonzaga
01. Acaso são estes
Anônimos
02. Escuta, formosa Márcia
Cândido Ignácio da Silva (1800-1838)
03. Busco a campina serena
04. Quando as glórias que gozei
Anônimos
05. Vem cá, minha companheira
06. Se te adoro
07. Vem a meus braços
08. Róseas flores d’alvorada
Frederico de Varnhagen (Sorocaba, SP 1816 – Viena, Áustria 1878)
09. O coração perdido
Anônimos
10. Deixa dália, flor mimosa
Padre Telles
11. Eu tenho no peito
João Martins de Souza Barros
12. Dei um ai, dei um suspiro
Emílio do Lago/J. A. B. Júnior
13. Último adeus de amor
Antonio José dos Santos Monteiro (Rio de Janeiro, RJ, c.1830 – c.1890)/Vilela Tavares
14. Que noites eu passo
Anônimos
15. Hei de amar-te até morrer
16. Lundum

Modinhas Imperiais – 1980
Adélia Issa (voz) & Alexandre Pascoal (piano)
LP de 1980, digitalizado por Avicenna

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MP3 320 kbps – 89,3 MB – 39,2 min

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FLAC – 187,8 MB – 39,2 min
powered by iTunes 12.1.0

 

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Boa audição.

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.Avicenna

História da Música Brasileira – Episódio 8 de 10: Carlos Gomes, o emblema da ópera no Brasil

15hiyrsOitavo episódio da série História da Música Brasileira que apresentamos com um link para baixar o vídeo do episódio, incentivando a divulgação desse trabalho em universidades, conservatórios e amantes da música. Contamos com o seu apoio!

REPOSTAGEM


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EPISÓDIOS DA HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA

Os temas dos 10 programas são os abaixo e estão disponíveis aqui:

1. Introdução e primeiros tempos da música no Brasil
2. A música setecentista no Brasil
3. A música no período áureo de Minas Gerais
4. Ouro, diamantes e música em Minas.
5. Padre José Maurício Nunes Garcia: um brasileiro nos ouvidos da Corte
6. A música da Independência.
7. Saraus, danças e intimidades: A música no Brasil no século XIX
8. Carlos Gomes: o emblema da ópera no Brasil
9. Romantismo: um Brasil para poucos
10. Romantismo e patriotismo: afinal, somos brasileiros?

HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA
Episódio 8 – Carlos Gomes, o emblema da ópera no Brasil

Paulo Castagna

O oitavo episódio de História da Música Brasileira é dedicado ao compositor Antônio Carlos Gomes (Campinas-SP, 1836 – Belém-PA, 1896), primeiro autor brasileiro de óperas a ter adquirido notoriedade na Europa. O programa discorre sobre sua formação em Campinas, São Paulo e Rio de janeiro, e sobre sua vida profissional no Brasil e na Itália, apresentando obras menos conhecidas de sua produção, entre elas, peças para piano como as polcas Caiumba e Nini, canções como o Hino à Mocidade Acadêmica, a modinha Quem sabe, a ária Conselhos, o prelúdio da ópera A noite do castelo e a Sonata em ré maior para cordas, que recebeu do autor o subtítulo “Burrico de pau”.

Veja abaixo o episódio 8 – Carlos Gomes, o emblema da ópera no Brasil, que também pode ser visto no Youtube em http://www.youtube.com/user/HistoriadaMB

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Vídeo mp4 – 179,3 Mb – 28 min 27 seg

Nossos agradecimentos ao Prof. Paulo Castagna, musicólogo, (http://paulocastagna.com) por nos ter incentivado nesta empreitada. Não tem preço!!!
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Avicenna

Franz Schubert (1797-1828): Quarteto No 14 “A Morte e a Donzela” D 810 , Quinteto D 956

Franz Schubert (1797-1828): Quarteto No 14 “A Morte e a Donzela” D 810 , Quinteto D 956

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Clica antes aqui, malandro! Depois clica ali embaixo no melhor disco de 2014 na categoria Chamber da revista Gramophone. Ah, pois é, né?

Bom, isso aqui é discoteca básica, né? Quem não conhece essas obras é mulher do padre. Para melhorar, esta gravação foi uma das vencedoras do Prêmio Gramophone de 2014. O Pavel Haas Quartet trouxe suas habilidades a duas obras-primas da música de câmara. A Morte e a Donzela parte de um lied de Schubert que está no segundo movimento do Quarteto. Se a Morte é uma obra-prima, o que dizer do Quintetão? Ele tem uma formação incomum, com dois violoncelos. Foi escrito dois meses antes da morte do compositor. A instrumentação dá-lhe uma sonoridade quase orquestral. O cello excedente foi confiado ao excepcional violoncelista alemão-japonês Danjulo Ishizaka, cujas qualidades foram descritas por Mstislav Rostropovich: “Um fenômeno de capacidade técnica, perfeito em seu poder criativo musical”.

Franz Schubert (1797-1828): Quarteto No 14 “A Morte e a Donzela” D 810 , Quinteto D 956

1. String Quartet No. 14 in D Minor, D. 810, “Death and the Maiden”: I. Allegro 11:32
2. String Quartet No. 14 in D Minor, D. 810, “Death and the Maiden”: II. Andante con motto 13:34
3. String Quartet No. 14 in D Minor, D. 810, “Death and the Maiden”: III. Scherzo – Allegro molto 3:50
4. String Quartet No. 14 in D Minor, D. 810, “Death and the Maiden”: IV. Presto 8:53

1. String Quintet in C Major, Op. 163, D. 956: I. Allegro, ma non troppo 19:56
2. String Quintet in C Major, Op. 163, D. 956: II. Adagio 14:43
3. String Quintet in C Major, Op. 163, D. 956: III. Scherzo. Presto – Trio. Andante sostenuto 9:39
4. String Quintet in C Major, Op. 163, D. 956: IV. Allegretto 9:31

Danjulo Ishizaka, violoncelo no Quintetão
Pavel Haas Quartet

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Esse pessoal do Pavel Haas é bom pacas.
Esse pessoal do Pavel Haas é bom pacas.

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Cantatas – Gardiner – Vol. 5 de 27

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Cantatas – Gardiner – Vol. 5 de 27

FDP Bach está tristíssimo. Seu notebook estragou, o desktop também e o computador do trabalho está bloqueado para diversões, mesmo as mais cultas como as nossas. Mas ele via as reclamações sobre a ausência do Vol. 5 do Gardiner e ficava deprimido. Então, me mandou estes links para que eu postasse com urgência. E eu sou louco de não fazê-lo?

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Cantatas – Gardiner – Vol. 5 de 27

Disc: 1
1. Cantata No. 178, ‘Wo Gott der Herr nicht bei uns hält,’ BWV 178 (BC A112): No. 6. Aria. Schweig, schweig nur, taumelnde Vernunft!
2. Cantata No. 178, ‘Wo Gott der Herr nicht bei uns hält,’ BWV 178 (BC A112): No. 7. Choral. Die Feind sind all in deiner Hand
3. Cantata No. 136, ‘Erforsche mich, Gott, und erfahre mein Herz,’ BWV 136 (BC A111): No. 1. Coro. Erforsche mich, Gott, und erfahre mei
4. Cantata No. 136, ‘Erforsche mich, Gott, und erfahre mein Herz,’ BWV 136 (BC A111): No. 2. Recitativo. Ach, dass der Fluch, so dort di
5. Cantata No. 136, ‘Erforsche mich, Gott, und erfahre mein Herz,’ BWV 136 (BC A111): No. 4. Recitativo. Die Himmel selber sind nicht re
6. Cantata No. 136, ‘Erforsche mich, Gott, und erfahre mein Herz,’ BWV 136 (BC A111): No. 6. Choral. Dein Blut, der edle Saft
7. Cantata No. 45, ‘Es ist dir gesagt, Mensch, was gut ist,’ BWV 45 (BC A113): Part 1. No. 1. Coro. Es ist dir gesagt, Mensch, was gut i
8. Cantata No. 45, ‘Es ist dir gesagt, Mensch, was gut ist,’ BWV 45 (BC A113): Part 2. No. 4. Arioso. Es werden viele zu mir sagen an je
9. Cantata No. 45, ‘Es ist dir gesagt, Mensch, was gut ist,’ BWV 45 (BC A113): Part 2. No. 5. Aria. Wer Gott bekennt aus wahrem Herzensg
10. Cantata No. 45, ‘Es ist dir gesagt, Mensch, was gut ist,’ BWV 45 (BC A113): Part 2. No. 6. Recitativo. So wird denn Herz und Mund sel
11. Cantata No. 45, ‘Es ist dir gesagt, Mensch, was gut ist,’ BWV 45 (BC A113): Part 2. No. 7. Choral. Gib, dass ich tu mit Fleiß

Disc: 2
1. Cantata No. 46, ‘Schauet doch und sehet,’ BWV 46 (BC A117): No. 1. Coro. Schauet doch und sehet, ob irgendein Schmerz
2. Cantata No. 46, ‘Schauet doch und sehet,’ BWV 46 (BC A117): No. 3. Aria. Dein Wetter zog sich auf von weiten
3. Cantata No. 46, ‘Schauet doch und sehet,’ BWV 46 (BC A117): No. 5. Aria. Doch Jesus will auch bei der Strafe
4. Cantata No. 46, ‘Schauet doch und sehet,’ BWV 46 (BC A117): No. 6. Choral. O großer Gott von Treu
5. Cantata No. 101, ‘Nimm von uns, Herr, du treuer Gott,’ BWV 101 (BC A118): No. 1. Coro. Nimm von uns, Herr, du treuer Gott
6. Cantata No. 101, ‘Nimm von uns, Herr, du treuer Gott,’ BWV 101 (BC A118): No. 2. Aria. Handle nicht nach deinen Rechten
7. Cantata No. 101, ‘Nimm von uns, Herr, du treuer Gott,’ BWV 101 (BC A118): No. 3. Recitativo e Choral. Ach! Herr Gott, durch die Treue
8. Cantata No. 101, ‘Nimm von uns, Herr, du treuer Gott,’ BWV 101 (BC A118): No. 4. Aria. Warum willst du so zornig sein?
9. Cantata No. 101, ‘Nimm von uns, Herr, du treuer Gott,’ BWV 101 (BC A118): No. 6. Aria (Duetto). Gedenk an Jesu bittern Tod!
10. Cantata No. 101, ‘Nimm von uns, Herr, du treuer Gott,’ BWV 101 (BC A118): No. 7. Choral. Leit uns mit deiner rechten Hand
11. Cantata No. 102, ‘Herr, deine Augen sehen nach dem Glauben,’ BWV 102 (BC A119): Part 1. No. 1. Coro. Herr, deine Augen sehen nach dem
12. Cantata No. 102, ‘Herr, deine Augen sehen nach dem Glauben,’ BWV 102 (BC A119): Part 1. No. 2. Recitativo. Wo ist das Ebenbild, das G
13. Cantata No. 102, ‘Herr, deine Augen sehen nach dem Glauben,’ BWV 102 (BC A119): Part 1. No. 3. Aria. Weh der Seele, die den Schaden
14. Cantata No. 102, ‘Herr, deine Augen sehen nach dem Glauben,’ BWV 102 (BC A119): Part 1. No. 4. Arioso. Verachtest du den Reichtum sei
15. Cantata No. 102, ‘Herr, deine Augen sehen nach dem Glauben,’ BWV 102 (BC A119): Part 2. No. 5. Aria. Erschrecke doch, du allzu sichre
16. Cantata No. 102, ‘Herr, deine Augen sehen nach dem Glauben,’ BWV 102 (BC A119): Part 2. No. 6. Recitativo. Beim Warten ist Gefahr
17. Cantata No. 102, ‘Herr, deine Augen sehen nach dem Glauben,’ BWV 102 (BC A119): Part 2. No. 7. Choral. Heut lebst du, heut bekehre di

VOLUME 5 A – BAIXE AQUI – DOWNLOAD VOL 5A HERE
VOLUME 5 B – BAIXE AQUI – DOWNLOAD VOL 5B HERE

Vocês notaram a beleza das capas das Cantatas do Gardiner?
Vocês notaram a beleza das capas das Cantatas do Gardiner?

PQP, with a little help from FDP

Brazilian Adventures – Ex Cathedra (Acervo PQPBach)

Brazilian AdventuresBrazilian Adventures
Missa Pastoril para a noite de Natal
(Pe. José Maurício Nunes Garcia)

Missa a 8 Vozes & Instrumentos
(André da Silva Gomes)

REPOSTAGEM

Será útil aqui dizer algo sobre o termo barroco. A palavra é de origem portuguesa, significando uma pérola mal formada. Foi usado pela primeira vez, pejorativamente, no século XVIII para descrever a música de Rameau!

Somente no século XIX é que os historiadores usaram o termo barroco para descrever um período estilístico, mais ou menos entre 1600 a 1750.

No Brasil houve uma floração tardia da música e da arquitetura barroca, especialmente em Minas Gerais (FC Lange cunhou o termo barroco mineiro), onde as técnicas-continuo musicais barrocas, baixo cifrado, estrutura, abordagem a textos combinados com uma realização arquitetônica e artística, e misturou-os com uma nova linguagem clássica que estava sendo ansiosamente importado da Europa. Por algum tempo, a frase barroco brasileiro foi confusamente intercambiada com o termo música colonial brasileira.

(Jeffrey Skidmore, extraído e traduzido do encarte)

Brazilian Adventures
Anonymous
01. Matais De Incêndios – 1. Matais De Incêndios
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
02. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 01. Kyrie
03. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 02. Gloria
04. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 03. Laudamus Te
05. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 04. Gratias Agimus
06. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 05. Qui Tollis
07. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 06. Qui Sedes
08. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 07. Cum Sancto Spiritu
José Joaquim Emerico Lobo de Mesquita (Vila do Príncipe, hoje Serro, MG, 1746- Rio de Janeiro, 1805)
09. Tercio – 2. Padre Nosso
10. Tercio – 3. Ave Maria
11. Tercio – 4. Gloria
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
12. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 08. Credo
13. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 09. Et Incarnatus
14. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 10. Crucifixus
15. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 11. Et Resurrexit
Pe. Theodoro Cyro de Souza (Caldas da Rainha, Portugal, 1761 – Salvador, Brasil, ?)
16. Ascendit Deus
Pe. José Maurício Nunes Garcia (1767-1830, Rio de Janeiro, RJ)
17. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 12. Sanctus
18. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 13. Hosanna I
19. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 14. Benedictu
20. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 15. Hosanna II
21. Missa Pastoril Para A Noite De Natal – 16. Agnus Dei
Anonymous
22. Matais De Incêndios – 2. Para Abrasar Corações
André da Silva Gomes (Lisboa, 1752 – São Paulo, SP, 1844)
23. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 01. Kyrie I
24. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 02. Christe
25. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 03. Kyrie II
Luis Álvares Pinto (Recife, 1719 – 1789)
26. 5 Divertimentos Harmônicos – #1 Beata Virgo
27. Lição de Solfejo #25
28. 5 Divertimentos Harmônicos – #5 Oh! Pulchra Es
André da Silva Gomes (Lisboa, 1752 – São Paulo, SP, 1844)
29. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 04. Gloria I
30. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 05. Et In Terra Pax
31. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 06. Gloria II
32. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 07. Laudamus Te
33. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 08. Gratias Agimus
34. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 09. Domine Deus
35. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 10. Qui Tollis
36. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 11. Quoniam Tu Solus Sanctus
37. Missa A 8 Vozes & Instrumentos – 12. Cum Sancto Spiritu

(Curiosamente, o 1º movimento do Tercio de Lobo de Mesquita – Diffusa est gratia – não foi incluído)

Brazilian Adventures – 2014
Ex Cathedra Choir & Ensemble
Maestro Jeffrey Skidmore

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• Site oficial do Pe. José Maurício Nunes Garcia – AQUI

• Partituras de autores brasileiros: AQUI

Boa audição.

PeladaoWEB

 

 

 

 

 

 

 

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Avicenna