Música da Renascença para Alaúdes, Vielas e Bandurra

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Publicado originalmente em 03.10.2010

Depois de uma temporada em que acontecimentos vários me levaram a postar quase exclusivamente música brasileira do século 20, volto a um resgate mais variado daqueles vinis mais queridos dos anos 70, dos quais posso dizer, sem muito exagero, que ‘fizeram de mim quem eu sou hoje’.

Um deles é este, apesar de que nas primeiras audições nem tenha me agradado tanto: achei um pouco afobado e sem profundidade. Pouco tempo depois, no entanto, já havia se juntado àqueles a que eu recorria quanto sentia muita, mas muita vontade mesmo de “voltar pra casa”: por alguma razão sempre foi no renascimento e barroco inicial que me senti em casa – e ainda mais quando é um puro som de cordas dedilhadas, como o deste disco, tocado inteiro em duo.

Mas o maior presente que este disco de 1974 me deu foi ter me revelado de modo gritante a conexão cultural entre o Mediterrâneo e o Nordeste Brasileiro: eu se fosse vocês não deixava de ouvir com atenção as “três branles de aldeia” (branle ou bransle é uma dança de roda), especialmente a que aparece a 1 min 20 s da faixa!

E pra provocar ainda um pouco mais, na audição de hoje – 35 anos (ai!) depois de comprar o disco – tive a nítida impressão de ouvir prenúncios do som de New Orleans na faixa B10, Les Bouffons. Sinais de demência precoce? Se acharem que sim, por favor me alertem para eu postar todo o resto rápido!…

Música da Renascença para alaúdes, vielas e bandurra
Guy e Elisabeth Robert

Edição original: LP Arion France 1974
Edição brasileira: LP CBS Odissey, 1974
Digitalizado por Ranulfus, ago.2010

ESPANHA
A01 Cinco diferencias sobre Las Vacas (n.n.)
A02 La dama le demanda (Antonio de Cabezón)
A03 Pavana Italiana (Antonio de Cabezón)
A04 Recercada sobre el passamezzo moderno (Diego Ortiz)
A05 Conde Claros (Enrique de Valderrabano)

ITÁLIA
A06 Due Fantasie (Francesco da Milano)
A07 Spagna et Canon (Francesco da Milano)
A08 Contrapuncto (Vicenzo Galilei)
A09 Fantasia (Melchiore de Berberiis)

INGLATERRA
B01 Rogero (John Johnson)
B02 Levecha Pavan and Galliard (John Johnson)
B03 My Lor Chamberlain his Galliard (John Dowland)
B04 La rossignol (n.n.)
B05 Drewies accorders (n.n.)
B06 Fancy (Thomas Robinson)
B07 A toye (Thomas Robinson)
B08 Twenty ways upon The Bells (Thomas Robinson)
B09 Flatt Pavan (John Johnson)

FRANÇA
B10 Les bouffons (n.n.)
B11 Trois bransles de village (Jean-Baptiste Bésard)
B12 Allegez-moy (Pierre Phalèse)
B13 Grace et Vertu (Pierre Phalèse)

Guy e Elisabeth Robert

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Ranulfus

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sinfonia Nº 10 (sério!)

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sinfonia Nº 10 (sério!)

Beeth10— E daí, gata, tenho uma coisa pra te mostrar.

— Eu não curo reumatismo, viu?

— Nada disso, princesa, quero te mostrar aqueles motivos curtos e repetitivos.

— Repetitivos está OK, mas curtos…?

— Sim, e afirmativos.

— Em riste?

— Certamente! Vamos para aquele cantinho ali? Me parece mais adequado.

Os dois foram. A mulher já se preparava para os amassos quando o homem tirou um fone de ouvidos do bolso e um celular. Deixou tudo no ponto e introduziu levemente os fones no ouvido da mulher, que não entendia nada.

— É a 10ª de Beethoven.

A mulher fez uma cara de decepção e respondeu.

— Um, eu não estou aqui para ouvir eruditos, quero testosterona, meu! E, dois, Beethoven jamais chegou à décima, assim como tu jamais chegarias à 2ª, quiçá à 1ª!

— Nada disso. Acabam de remontar o primeiro movimento da décima.

— Quem?

— Um Cooper ou um Wyn qualquer coisa, não lembro.

— Vin? A propósito, podias ser um cavalheiro e pedir um vinho pra aquecer.

— Garçom!

— Então podemos retirar Beethoven da “Maldição da Décima”?

— O que é isso?

— Veio, tu não sabes que Bruckner, Mahler, Dvorargh, Beethoven e Spohr escreveram nove sinfonias e aí veio um raio e fulminou com todos? Isto é, com um de cada vez… Não sabia?

— Mas Mahler fez o Adagio da Décima.

— Sim, mas era um adagio, não tinha muita ação. Aquilo lá devia estar moribundo como o teu Ludwig van.

— Então a décima é perigosa? Pode matar?

— Sim, haja disposição para chegar lá…

— Eu tenho.

Ele bem que tentou, mas acabou por deixar a segunda inacabada. Ainda hoje se encontram.

Beethoven: 10ª Sinfonia (Fragmento- Gravado em 1993)

1. Symphony No. 10 in E flat (19:44)
2. A História da Décima de Beethoven (28:50)

London Symphony Orchestra
Wyn Morris

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La decima

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Béla Bartók (1881-1945): Os 3 Concertos para Piano

Béla Bartók (1881-1945): Os 3 Concertos para Piano

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Aqui, estamos em terreno de obras-primas. Dois concertos absolutamente selvagens e percussivos, acompanhados de um terceiro muito tranquilo. Não tenho preferência, apesar de minha queda pelo Allegretto do terceiro concerto. São daquelas obras que ouço sob permanente tensão, aguardando o momento seguinte, torcendo para que o pianista use o fraseado que gosto com a agressividade adequada. Ou não. O mesmo vale para a orquestra. Esta gravação não é a campeã, mas, olha, é muito boa! Sim, sou totalmente apaixonado pelos Concertos para Piano de Bartók. E pelos outros também… E pelos 6 quartetos… E a música orquestral… E todo o resto.

Béla Bartók (1881-1945): Os 3 Concertos para Piano

Piano Concerto No. 1, Sz 83
1 Allegro Moderato 9:02
2 Andante 8:21
3 Allegro Molto 7:07

Piano Concerto No. 2, Sz 95
4 Allegro 10:05
5 Adagio – Più Adagio – Presto 12:24
6 Allegro Molto 6:22

Piano Concerto No. 3, Sz 119
7 Allegretto 7:28
8 Adagio Religioso 9:28
9 Allegro Vivace 6:26

Piano – Jenő Jandó
Orchestra – Budapest Symphony Orchestra
Conductor – András Ligeti

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Bartók em 1907: adoro!
Bartók em 1907: adoro!

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Dmitri Shostakovich (1906-1975): Cello Concertos Nos. 1 & 2 (Mørk / Vasily Petrenko / Oslo Philharmonic)

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Cello Concertos Nos. 1 & 2 (Mørk / Vasily Petrenko / Oslo Philharmonic)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Os dois extraordinários concertos para violoncelo de Shostakovich foram compostos praticamente em parceria com Mstislav Rostropovich, de quem o compositor era grande amigo. Shosta escrevia um trecho e chamava Rostrô para dar uma experimentada. Não chega a ser surpresa o fato de Rostropovich ter realizado gravações sensacionais de ambos os concertos sob a regência de Seiji Ozawa. Mas outros violoncelistas também tentam e fazem bonito. Das que conheço, as mais belas tentativas foram as da argentina Sol Gabetta e as duas de Truls Mørk — a primeira gravação de 1996 com Jansons e a segunda agora com Petrenko. O resultado é muito bom. Parece que, desta vez, Mørk captou não apenas a música mas a altíssima potência e ELETRICIDADE de ambos, escritos na época mais difícil da vida do compositor.

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Cello Concertos Nos. 1 & 2

Konzert F.Violoncello & Orch.Nr.1 Es-Dur Op.107
1. I. Allegretto
2. II. Moderato
3. III. Cadenza
4. IV. Finale: Allegro Con Moto

Konzert F.Violoncello & Orch.Nr.2 Es-Dur Op.126
5. I. Largo
6. II. Scherzo: Allegretto
7. III. Finale: Allegretto

Truls Mørk
Oslo Philharmonic Orchestra
Vasily Petrenko

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vvv
Truls Mørk

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Johannes Brahms (1833-1897): Integral das Sinfonias / Variações sobre um tema de Haydn / Abertura Trágica / Abertura do Festival Acadêmico

Johannes Brahms (1833-1897): Integral das Sinfonias / Variações sobre um tema de Haydn / Abertura Trágica / Abertura do Festival Acadêmico

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Andrew Manze é um violinista barroco, um tremendo violinista barroco, desses que tocam em instrumentos originais. É natural que uma orquestra sinfônica regida por ele tivesse seu principal destaque nas cordas. E, com efeito, a Orquestra Sinfônica de de Helsingborg (Suécia) demonstra aqui que seu forte é a espantosa qualidade de suas cordas. Os andamentos escolhidos por Manze e sua orquestra de instrumentos modernos é quase sempre mais veloz que o habitual e me agradaram muito. É o tipo de gravação que o ouvinte mais tradicional talvez custe a engolir, mas duvido que ele não sinta o frescor que vem das águas da pequena e belíssima cidade portuária de Helsingborg, de menos de 150 mil habitantes e com uma orquestra portentosa como essa.

Johannes Brahms (1833-1897): Integral das Sinfonias / Variações sobre um tema de Haydn / Abertura Trágica / Abertura do Festival Acadêmico

DISCO 01
01. Symphony No.1 in C minor, Op.68 – I. Un poco sostenuto – Allegro – Meno Allegro
02. Symphony No.1 in C minor, Op.68 – II. Andante sostenuto
03. Symphony No.1 in C minor, Op.68 – III. Un poco Allegretto e grazioso
04. Symphony No.1 in C minor, Op.68 – IV. Adagio – Piu andante – Allegro non troppo, ma con brio

05. Variations on a theme of Joseph Haydn, Op.56a – Thema. Chorale St. Antoni
06. Variations on a theme of Joseph Haydn, Op.56a – Variation 1 Poco piu animato
07. Variations on a theme of Joseph Haydn, Op.56a – Variation 2 Piu vivace
08. Variations on a theme of Joseph Haydn, Op.56a – Variation 3 Con moto
09. Variations on a theme of Joseph Haydn, Op.56a – Variation 4 Andante con moto
10. Variations on a theme of Joseph Haydn, Op.56a – Variation 5 Vivace
11. Variations on a theme of Joseph Haydn, Op.56a – Variation 6 Vivace
12. Variations on a theme of Joseph Haydn, Op.56a – Variation 7 Grazioso
13. Variations on a theme of Joseph Haydn, Op.56a – Variation 8 Presto non troppo
14. Variations on a theme of Joseph Haydn, Op.56a – Finale Andante

DISCO 02
01. Symphony No.2 in D major, Op.73 – I. Allegro non troppo
02. Symphony No.2 in D major, Op.73 – II. Adagio non troppo
03. Symphony No.2 in D major, Op.73 – III. Allegretto grazioso (Quasi andantino)
04. Symphony No.2 in D major, Op.73 – IV. Allegro con spirito

05. Tragic Overture, Op.81
06. Academic Festival Overture, Op.80

DISCO 03
01. Symphony No.3 in F major, Op.90 – I. Allegro con brio
02. Symphony No.3 in F major, Op.90 – II. Andante
03. Symphony No.3 in F major, Op.90 – III. Poco Allegretto
04. Symphony No.3 in F major, Op.90 – IV. Allegro – Un poco sostenuto

05. Symphony No.4 in E minor, Op.98 – I. Allegro non troppo
06. Symphony No.4 in E minor, Op.98 – II. Andante moderato
07. Symphony No.4 in E minor, Op.98 – III. Allegro giocoso – Poco meno presto
08. Symphony No.4 in E minor, Op.98 – IV. Allegro energico e passionato

Helsingborg Symphony Orchestra
Andrew Manze, regente

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Andrew Manze: eu curti
Andrew Manze: eu curti

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Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sonatas para Piano — Op.2 No.3, Op.13 Pathétique, Op.28 Pastoral

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sonatas para Piano — Op.2 No.3, Op.13 Pathétique, Op.28 Pastoral

Eu não sou tarado por essas sonatas de Beethoven — prefiro as sonatas mais, digamos, novas — , mas a grande estrela da Hyperion Angela Hewitt as toca tão bem que permaneci ouvindo o CD mesmo durante o jogo do Inter no fim-de-semana. Fiquei com o CD Player ligado ouvindo a Hewitt enquanto via o Inter na TV montar sua pilhinha de gols no Grêmio. A A TV sem som, claro, para não ouvir as imbecilidades dos comentaristas. Nos dois casos houve vitória, aqui bem mais fácil do que em campo, pois Angie não foi obrigada — ainda bem — a bater pênaltis.

Mesmo com um olho no jogo, pude notar o senso de estilo de uma pianista tão afeita aos barrocos quanto a Ravel. Sua Patética, olha, saiu boa demais. Ouvi duas vezes as duas primeiras sonatas; na terceira já estava mais preocupado com a partida. Mas confiram porque é biscoito fino!

Ludwig van Beethoven (1770-1827): Sonatas para Piano — Op.2 No.3, Op.13 Pathétique, Op.28 Pastoral

1. No.15 in D, Op.28 ‘Pastoral’: I. Allegro
2. No.15 in D, Op.28 ‘Pastoral’: II. Andante
3. No.15 in D, Op.28 ‘Pastoral’: III. Scherzo: Allegro vivace
4. No.15 in D, Op.28 ‘Pastoral’: IV. Rondo: Allegro ma non troppo

5. No.8 in c, Op.13 ‘Pathétique’: I. Grave – Allegro di molto e con brio
6. No.8 in c, Op.13 ‘Pathétique’: II. Adagio cantabile
7. No.8 in c, Op.13 ‘Pathétique’: III. Rondo: Allegro

8. No.3 in C, Op.2/3: I. Allegro con brio
9. No.3 in C, Op.2/3: II. Adagio
10. No.3 in C, Op.2/3: III. Scherzo: Allegro
11. No.3 in C, Op.2/3: IV. Allegro assai

Angela Hewitt, piano

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Beethoven -- em foto de 1992 -- é o que está com a língua de fora
Beethoven — em foto de 1992 — é o que está com a língua de fora

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J. S. Bach (1685-1750): Cantatas de Natal

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas de Natal

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Mais um excelente disco de música sacra vindo do ateu Herreweghe. O ponto alto é, sem dúvida, o Magnificat que fecha o CD duplo. É uma interpretação emocionante. Uma combinação matadora de solistas de primeira linha, canto coral incomparável e trabalho impecável da orquestra de instrumentos de época. O disco foi Editor`s Choice da revista Gramophone. Não é para menos.

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas de Natal

CD 1
1. Cantata No. 91, ‘Gelobet seist su, Jesu Christ,’ BWV 91 (BC A9): Choral
2. BWV 91 (BC A9): Recitativo: Der Glanz der höchsten Herrlichkeit
3. BWV 91 (BC A9): Aria: Gott, dem der Erden Kreis zu klein
4. BWV 91 (BC A9): Recitativo: O Christenheit!
5. BWV 91 (BC A9): Aria: Die Armut, so Gott auf sich nimmt
6. BWV 91 (BC A9): Choral: Das hat er alles uns getan
7. Cantata No. 121, ‘Christum wir sollen loben schon,’ BWV 121 (BC A13): Choral
8. BWV 121 (BC A13): Aria: O du von Gott erhöhte Kreatur
9. BWV 121 (BC A13): Recitativo: Der Gnade unermeßlichs Wesen
10. BWV 121 (BC A13): Aria: Johannis freudenvolles Springen
11. BWV 121 (BC A13): Recitativo: Doch wie erblickt es dich in deiner Krippen
12. BWV 121 (BC A13): Choral: Lob, Ehr und Dank sei dir gesagt
13. Cantata No. 133, ‘Ich freue mich in dir,’ BWV 133 (BC A16): Choral
14. BWV 133 (BC A16): Aria: Getrost! es faßt ein heileiger Leib
15. BWV 133 (BC A16): Recitativo: Ein Adam mag sich voller Schrecken
16. BWV 133 (BC A16): Aria: Wie lieblich klingt es in den Ohren
17. BWV 133 (BC A16): Recitativo: Wohlan! Des Todes Furcht und Schmerz
18. BWV 133 (BC A16): Choral: Wohlan, so will ich

CD 2
1. Cantata No. 63, ‘Christen, ätzet diesen Tag,’ BWV 63 (BC A8): Choral
2. BWV 63 (BC A8): Recitativo: O selger Tag! O ungermeines Heute
3. BWV 63 (BC A8): Aria: Gott, du hast es wohl gefüget
4. BWV 63 (BC A8): Recitativo: So kehret sich nun heut
5. BWV 63 (BC A8): Aria: Ruft und fleht den Himmel an
6. BWV 63 (BC A8): Recitativo: Verdoppelt euch demnach
7. BWV 63 (BC A8): Choral: Höchster, schau in Gnaden an
8. Magnificat, BWV 243a (BC E14): Magnificat anima mea
9. Magnificat, BWV 243a (BC E14): Et exultavit spiritus meus
10. Magnificat, BWV 243a (BC E14): Vom Himmel
11. Magnificat, BWV 243a (BC E14): Quia respexit humilitatem
12. Magnificat, BWV 243a (BC E14): Omnes generationes
13. Magnificat, BWV 243a (BC E14): Quia fecit mihi magna
14. Magnificat, BWV 243a (BC E14): Freut euch und jubiliert
15. Magnificat, BWV 243a (BC E14): Et misericordia
16. Magnificat, BWV 243a (BC E14): Fecit potentiam
17. Magnificat, BWV 243a (BC E14): Gloria in excelsis Deo
18. Magnificat, BWV 243a (BC E14): Deposuit potentes
19. Magnificat, BWV 243a (BC E14): Esurientes implevit bonis
20. Magnificat, BWV 243a (BC E14): Virga Jesse floruit
21. Magnificat, BWV 243a (BC E14): Suscepit Israel
22. Magnificat, BWV 243a (BC E14): Sicut locutus est
23. Magnificat, BWV 243a (BC E14): Gloria Patri

Dorothee Blotzky-Mields: soprano
Carolyn Sampson: soprano
Ingeborg Danz: alto
Mark Padmore: tenor
Peter Kooy: bass
Sebastian Noack: bass

Philippe Herreweghe (cond.)
Collegium Vocale Gent

Total playing time: 117:09
Recorded 2001-2002 | Released 2003

Recording:
December 2001, Salle Philharmonique de Liège, Belgium (CD1)
December 2002, Arsenal de Metz, France (CD2)

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Não, Philippe, a Cantata do Café a gente posta outro dia, tá?
Não, Philippe, a Cantata do Café a gente posta outro dia, tá?

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Alaúde e Voz na Veneza do Século XVI

Alaúde e Voz na Veneza do Século XVI

Um bom disco, discreto e delicado, muito especialmente pela presença de Giuseppe Zambon como contratenor. Classificamos o CD como de autoria anônima porque não há certeza de nada. Pode ser de autoria da lista abaixo, pode não ser. Era o Século de Ouro em Veneza. Na época, o alaúde era o parceiro ideal da voz, cumprindo a parte das outras vozes para que um diletante pudesse executar, com o acompanhamento, uma peça polifônica, dando origem a um novo tipo de repertório, para voz solo e alaúde, em que Dowland, na Inglaterra, por exemplo, se torna especialista. Mas tudo começou em Veneza. A parte instrumental passa a ser um personagem musical que concerta com a voz, como fará o piano no lied romântico.

Alaúde e Voz na Veneza do Século XVI

1 –Francesco Spinacino Recercar
2 –Bartolomeo Tromboncino Or Che ´l Ciel E la Terra
3 –Francesco Spinacino Recercar
4 –Vincenzo Capirola Ti(entalora) Baleto Da Balar Bello
5 –Bartolomeo Tromboncino Su,su,leva,alza Le Ciglia
6 –Joan Ambrosia Dalza Tartar de Corde Recercar
7 –Paulo Scotti* O Tempo, O Ciel Volubil
8 –Franciscus Bossinensis Sotto Un Verde Alto Cupresso
9 –Franciscus Bossinensis Io Non Compro Piu Speranza
10 –Peregrinus Cesena Recercar Primo
11 –Peregrinus Cesena Non Posso Abandinarte
12 –Joan Maria Da Crema* Recercar Undecimo
13 –Joan Maria Da Crema* Recercar Tredecimo
14 –P. Verdelot / A. Willaert Madonna Per Voi Ardo
15 –P. Verdelot / A. Willaert Quando Amor I Belli Occhi
16 –Petro Paulo Borrono* Fantasia
17 –Petro Paulo Borrono* Pescatore Che Va Cantando
18 –P. Verdelot / A. Willaert Amor Se D´hor In Hor
19 –P. Verdelot / A. Willaert Quanto Sia Lieto Il Giorna
20 –Francesco Da Milano* Cecercar
21 –Francesco Da Milano* Cecercar
22 –Jacques Arcadelt Il Bianco E Dolce Cigno
23 –Cipriano De Rore Ancor Che Col Partire

Giuseppe Zambon, contra-tenor
Massimo Lonardi, alaúde

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A Woman Playing the Theorbo-Lute and a Cavalier | Gerard ter Borch the Younger
A Woman Playing the Theorbo-Lute and a Cavalier | Gerard ter Borch the Younger

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J. S. Bach (1685-1750): Paixão segundo João (BWV 245), Oratório da Páscoa (BWV 249), Oratório da Ascensão (BWV 11), Missa em Si Menor (BWV 232) (Andrew Parrott)

J. S. Bach (1685-1750): Paixão segundo João (BWV 245), Oratório da Páscoa (BWV 249), Oratório da Ascensão (BWV 11), Missa em Si Menor (BWV 232) (Andrew Parrott)


IM-PER-DÍ-VEL !!!!

Esta caixinha de 5 CDs é uma joia lançada pela Virgin Records em 2002. Comprei-a imediatamente. Aqui, talvez o mais xiíta dos regentes da música com instrumentação original demonstra toda sua austeridade e radicalismo ao enfrentar a Paixão segundo João, que a meu ver não fica nada a dever à Mateus, os oratórios da Páscoa e da Ascensão e, como se não bastasse, a Missa em Si Menor já aqui postada nesta versão.

Mais Bach talvez seja difícil, pois Andrew Parrott realmente tratou de obedecer meu pai. Seus registros são muito emocionantes, prova de que também os xiítas são suscetíveis de nos arrancar lágrimas furtivas. Em minha opinião, Bach aprovaria o uso do menino contralto que ouvimos aqui. Apesar dos instrumentos soarem rarefeitos, o resultado é poderoso. Parrott parece ter encontrado uma fórmula para adequar sua magreza instrumental a tempi sutilmente diferentes dos que ouvimos habitualmente. E arrasa.

J. S. Bach (1685-1750): Paixão segundo João (BWV 245), Oratório da Páscoa (BWV 249), Oratório da Ascensão (BWV 11), Missa em Si Menor (BWV 232) (Andrew Parrott)

John Passion, BWV 245
Part 1. No. 1. Herr, unser Herrscher
Part 1. No. 2a. Jesus ging mit seinen Jüngern
Part 1. No. 3. Choral. O große Lieb
Part 1. No. 4. Auf dass das Wort erfüllet würde
Part 1. No. 5. Choral. Dein Will gescheh, Herr Gott, zugleich
Part 1. No. 6. Die Schar aber und der Oberhauptmann
Part 1. No. 7. Aria. Von den Stricken meiner Sünden
Part 1. No. 8. Simon Petrus aber folgte Jesum nach
Part 1. No. 9. Aria. Ich folge dir gleichfalls
Part 1. No. 10. Derselbige Jünger war dem Hohenpriester bekannt
Part 1. No. 11. Choral. Wer hat dich so geschlagen
Part 1. No. 12a. Und Hannas sandte ihn gebunden
Part 1. No. 13 Aria. Ach, mein Sinn
Part 1. No. 14. Choral. Petrus, der nicht denkt zurück
Part 2. No. 15. Choral. Christus, der uns selig macht
Part 2. No. 16a. Da führeten sie Jesum
Part 2. No. 17. Choral. Ach, großer König
Part 2. No. 18a. Da sprach Pilatus zu ihm
Part 2. No. 19. Arioso. Betrachte, meine Seel
Part 2. No. 20. Aria. Jesu, ach!
Part 2. No. 21a. Und die Kriegsknechte flochten
Part 2. No. 22. Choral. Durch dein Gefängnis, Gottes Sohn
Part 2. No. 23a. Die Juden aber schrien
Part 2. No. 24. Aria – Choral. Eilt, ihr angefocht’nen Seelen
Part 2. No. 25a. Allda kreuzigten sie ihn
Part 2. No. 26. Choral. In meines Herzens Grunde
Part 2. No. 27a. Die Kriegsknechte aber
Part 2. No. 28. Choral. Er nahm alles wohl in acht
Part 2. No. 29. Und von Stund an nahm sie
Part 2. No. 30. Aria. Es ist vollbracht
Part 2. No. 31. Und neigte das Haupt und verschied
Part 2. No. 32. Aria – Choral. Mein teurer Heiland
Part 2. No. 33. Und siehe da, der Vorhang im Tempel zerriss
Part 2. No. 34. Arioso. Mein Herz, in dem die ganze Welt
Part 2. No. 35. Aria. Zerfließe, mein Herze
Part 2. No. 36. Die Juden aber, dieweil es der Rüsttag war
Part 2. No. 37. Choral. O hilf, Christe, Gottes Sohn
Part 2. No. 38. Darnach bat Pilatum Joseph von Arimathia
Part 2. No. 39. Choral. Ruht wohl, ihr heiligen Gebeine
Part 2. No. 40. Choral. Ach Herr, lass dein’ leib’ Engelein

Easter Oratorio, BWV 249
Sinfonia
Adagio
Chorus. Kommt, eilet und laufet
Recitativo. O kalter Männer Sinn!
Aria. Seele, deine Spezereien
Recitativo. Hier ist die Gruft
Aria. Sanfte soll mein Todeskummer
Recitativo. Indessen seufzen wir
Aria. Saget, saget mir geschwinde
Recitativo. Wir sind erfreut
Chorus. Preis und Dank

Ascension Oratorio, BWV 11
Chorus. Lobet Gott in seinen Reichen
Recitativo. Der Herr Jesus hub seine Hände auf
Recitativo. Ach, Jesu, ist dein Abschied schon so nah?
Aria. Ach, bleibe doch, mein liebstes Leben
Recitativo. Und ward aufgehoben zusehens
Choral. Nun lieget alles unter dir
Recitativo. Und da sie ihm nachsahen
Aria. Jesu, deine Gnadenblicke
Choral. Wenn soll es doch geschehen

Mass in B minor, BWV 232
Kyrie. Coro. Kyrie eleison
Kyrie. Duetto. Christe eleison
Kyrie. Coro. Kyrie eleison
Gloria. Coro. Gloria in excelsis Deo
Gloria. Coro. Et in terra pax
Gloria. Aria. Laudamus te
Gloria. Coro. Gratias agimus tibi
Gloria. Duetto. Domine Deus
Gloria. Coro. Qui tollis peccata mundi
Gloria. Aria. Qui sedes ad dextram Patris
Gloria. Aria. Quoniam tu solus Sanctus
Gloria. Coro. Cum Sancto Spirito
Symbolum nicenum. Coro. Credo in unum Deum
Symbolum nicenum. Coro. Patrem omnipotentem
Symbolum nicenum. Duetto. Et in unum Dominum
Symbolum nicenum. Coro. Et incarnatus est
Symbolum nicenum. Coro. Crucifixus
Symbolum nicenum. Coro. Et resurrexit
Symbolum nicenum. Aria. Et in Spiritum Sanctum
Symbolum nicenum. Coro. Confiteor
Symbolum nicenum. Coro. Et expecto
Coro. Sanctus
Coro. Osanna in excelsis
Aria. Benedictus
Coro. Osanna in excelsis
Aria. Agnus Dei
Coro. Dona nobis pacem

Emma Kirkby, Evelyn Tubb, Emily Van Evera (sopranos)
Margaret Cable, Panito Iconomou, Caroline Trevor (altos)
Rogers Covey-Crump, Charles Daniels, Wilfried Jochens (tenors)
Stephen Charlesworth, Peter Kooy, David Thomas (basses)

Andrew Parrott (Regente)
Solisten des Tölzer Knabenchors
Taverner Consort & Players

Total playing time: 278:48
Recorded 1985-1994 | Released 2002

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Andrew Parrott: um quinteto arrasador de CDs
Andrew Parrott: um quinteto arrasador de CDs

PQP

The Dmitri Shostakovich Edition (CDs 10, 11 e 12 de 27)

The Dmitri Shostakovich Edition (CDs 10, 11 e 12 de 27)

SÉRIE IM-PER-DÍ-VEL!!!

Toda a série está aqui, ó.

CD 10

A Sinfonia Nº 14 – espécie de ciclo de canções – foi dedicada a Britten, que estreou-a em 1970 na Inglaterra. É a menos casual das dedicatórias. Seu formato e sonoridade é semelhante à Serenata para Tenor, Trompa e Cordas, Op. 31, e à Les Illuminations para tenor e orquestra de cordas, Op. 18, ambas do compositor inglês. Os dois eram amigos pessoais; conheceram-se em Londres em 1960, e Britten, depois disto, fez várias visitas à URSS. Se o formato musical vem de Britten, o espírito da música é inteiramente de Shostakovich, que se utiliza de poemas de Lorca, Brentano, Apollinaire, Küchelbecker e Rilke, sempre sobre o mesmo assunto: a morte.

O ciclo, escrito para soprano, baixo, percussão e cordas, não deixa a margem à consolação, é música de tristeza sem esperança. Cada canção tem personalidade própria, indo do sombrio e elegíaco em A la Santé, An Delvig e A Morte do Poeta, ao macabro na sensacional Malagueña, ao amargo em Les Attentives, ao grotesco em Réponse des Cosaques Zaporogues e à evocação dramática de Loreley. Não há música mais direta e que trabalhe tanto para a poesia, chegando, por vezes, a casar-se com ela sílaba por sílaba para tornar-se mais expressiva. Há uma versão da sinfonia no idioma original de cada poema, mas sempre a ouvi em russo. Então, já que não entendo esta língua, tenho que ouvi-la ao mesmo tempo em que leio uma tradução dos poemas. Posso dizer que a sinfonia torna-se apenas triste se estiver desacompanhada da compreensão dos poemas – pecado que cometi por anos! Ela perde sentido se não temos consciência de seu conteúdo autenticamente fúnebre. Além do mais, os poemas são notáveis.

Possui indiscutíveis seus méritos musicais mas o que importa é sua extrema sinceridade. Me entusiasmam especialmente a Malagueña, feita sobre poema de Lorca e a estranha Conclusão (Schluss-Stück) de Rilke, que é brevíssima, sardônica e – puxa vida – muito, mas muito final.

Symphony No. 14, for Soprano, Bass, Strings & Percussion, Op. 135
1. De profundis (Bass; Carcia Lorca) 4:23
2. Malaguena (Soprano; Carcia Lorca) 2:50
3. Lorelei (Soprano & bass; Apollinaire) 8:00
4. The Suicide (Soprano; Apollinaire) 6:13
5. On Watch (Soprano; Apollinaire) 2:59
6. Madam, look! (Sorprano & bass; Apollinaire) 1:32
7. In Prison, at the Sante Jail (Bass, Apollinaire) 8:20
8. The Zaporozhian Cossack’s answer to the Sultan of Constantinople (Bass; Apollinaire) 2:07
9. O Delvig, Delvig (Bass; Küchelbecker) 3:44
10. The Death of the Poet (Soprano: Rilke) 4:23
11. Conclusion (Soprano & bass; Rilke) 1:04

Alla Simoni, soprano
Vladimir Vaneev, bass
WDR Sinfonieorchester
Rudolf Barshai

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CD 11

A Sinfonia Nº 15 está entre as maiores do mestre russo e possui grande alegria e desespero sob sua aparente tranqüilidade. É uma obra consistente, com movimentos melodiosos apoiando-se harmonicamente um no outro. Não há nada sobrando nem faltando. O primeiro movimento é felicíssimo e aparentado com a Sinfonia Nº 9 e com o primeiro movimento do Concerto Nº 2 para piano e orquestra. Ele evoca os brinquedos infantis e possui em seu cerne um dos temas da Guilherme Tell, de Rossini.

O Adagio é belo e triste com longos solos de violoncelo e também do trombone e da tuba; há a inserção do Tema do Destino (ou da Morte) que Wagner escreveu para seu Nibelungo. O Alegretto, em tom de deboche, é levado pelo clarinete.

O movimento final é o mais longo de todos: há evocações ao compositor — o motivo DSCH reaparece acompanhado pelo Tema do Destino em clara alusão às doenças e à morte próxima de Shostakovich –, mas a sinfonia é finalizada serenamente após várias intervenções de cantabiles violinos. O final, quase todo a cargo da percussão, é delicado. Um verdadeiro achado. Um despedida sem desespero, um aceno algo irônico, de um grande mestre.

Mas o que queria mesmo dizer é que esta sinfonia exerce um efeito magnético (palavras de Lauro Machado Coelho) sobre os ouvintes. É impossível não ceder a ela, ouvindo e reouvindo. Tenho vários amigos que concordam: há algo nela que nos instiga, anima, estimula, incita, algo que espicaça nossa curiosidade. O que será?

Symphony No. 15 in A major Op. 141
1. Allegretto 8:19
2. Adagio-largo-adagio-allegretto 11:43
3. Allegretto 3:53
4. Adagio-allegretto-adagio-allegretto 13:58

WDR Sinfonieorchester
Rudolf Barshai

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CD 12

Achei fantástico que os russos tenham colocado nesta coleção dois CDs completos com as transcrições de 4 quartetos para orquestra sinfônica. Há anos me divirto com eles. São bons pra caraglio. Ouçam aí!

Chamber Symphony Op. 73a (Arrangement of String Quartet No.3)
1. Allegretto 2:20
2. Moderato con moto 5:26
3. Allegro non troppo 4:41
4. Adagio 5:14
5. Moderato 10:48

Chamber Symphony Op.83a (Arrangement of String Quartet Op.4)
6. Allegro 4:16
7. Andantino 7:04
8. Allegretto 5:09
9. Allegretto 9:54

Orchestra Sinfonica di Milano Giuseppe Verdi
Rudolf Barshai, conductor

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Shostakovich assistindo a um jogo de seu time de futebol, o Zenit, onde hoje joga o Hulk...
Shostakovich assistindo a um jogo de seu time de futebol, o Zenit, onde hoje joga o Hulk…

PQP

The fam’d Italian Masters: Música Barroca Italiana para 2 Trompetes

The fam’d Italian Masters: Música Barroca Italiana para 2 Trompetes

Um bom CD sobre a (boa) fama dos mestres italianos do barroco. O grupo The Parley of Instruments — incluindo Alison Balsom e Crispian Steele-Perkins nos trompetes — é um especialista na área e dá um verdadeiro espetáculo na sua caminhada de Lazzari e Cazzati até Alessandro Scarlatti e Vivaldi. Apesar de ser um grupo inglês, o espírito da bota está mantido com toda sua alegria e timbres. Não vai mudar a vida de ninguém, mas é um disco agradabilíssimo para se ouvir bem alto porque os trompetes, sabe-se, costumam ser ensurdecedores. E futebol é bola na rede.

The fam’d Italian Masters: Música Barroca Italiana para 2 Trompetes

Sonata a 6 in D major[5’43] Ferdinando Lazzari (1678-1754)
1 Presto e spicco[1’58]
2 Grave[0’35]
3 Canzona[0’59]
4 Grave[0’31]
5 Presto[1’40]

6 Sonata a 4 in G minor ‘La sampiera'[3’36] Maurizio Cazzati (1620-1677)

Sonata a 5 in D major Op 3 No 10[5’29] Andrea Grossi (fl1680-1690)
7 Vivace[1’11]
8 Adagio[2’06]
9 Grave[0’59]
10 Presto[1’13]

Sonata a 5 in D major[4’08] Giuseppe Maria Jacchini (c1663-1727)
11 Grave – Allegro[1’08]
12 Grave[0’38]
13 Allegro[1’06]
14 Grave – Allegro[1’16]

15 Sonata in A minor ‘La sassatelli’ Op 5 No 10[3’06] Giovanni Vitali (1632-1692)

Sonata a 5 in C major[10’19] Alessandro Melani (1639-1703)
16 Adagio – Allegro[2’01]
17 Allegro[3’14]
18 Canzona – Grave[2’42]
19 Vivace[2’22]

20 Sonata in E minor Op 10 No 17[5’15] Giovanni Legrenzi (1626-1690)

Il barcheggio [6’01] Alessandro Stradella (1639-1682)
21 Sinfonia in D major Movement 1: [Allegro][0’56]
22 Sinfonia in D major Movement 2: Andante[2’13]
23 Sinfonia in D major Movement 3: Allegro ma non troppo[1’16]
24 Sinfonia in D major Movement 4: Allegro[1’36]

Sonata a 5 in D major G7[5’23] Giuseppe Torelli (1658-1709)
25 Grave – Allegro[1’02]
26 Adagio[1’26]
27 Allegro[1’11]
28 Grave – Allegro[1’44]

Sonata a 4 No 1 in F minor[5’46] Alessandro Scarlatti (1660-1725)
29 Grave[0’51]
30 Allegro[1’38]
31 Larghetto[2’09]
32 Allemanda[1’08]

Concerto in C major RV537[6’41] Antonio Vivaldi (1678-1741)
33 Vivace[2’52]
34 Largo[0’33]
35 Allegro[3’16]

The Parley of Instruments
Crispian Steele-Perkins: trumpet
Alison Balsom: trumpet
Judy Tarling: violin
Theresa Caudle: violin
Tassilo Erhardt: viola
Mark Caudle: cello
Peter Holman: organ

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PQP

Béla Bartók (1881-1945): Os 6 Quartetos de Cordas (Tokyo)

Béla Bartók (1881-1945): Os 6 Quartetos de Cordas (Tokyo)

Digamos que eu seja conhecido aqui no blog por algumas declarações bombásticas. Pois, desta vez, não creio que vá ser muito discutida a afirmativa de que os Quartetos de Béla Bártok sejam a mais importante obra do século XX, até porque esta frase é meio consenso, meio convenção. Ora próximo ao Stravinsky da “fase russa”, ora próximo ao Beethoven dos últimos quartetos de Beethoven, Bartók casualmente distribuiu a composição dos mesmos de forma a traduzir as etapas de sua evolução artística — 1908, 1917, 1927, 1928, 1934 e 1939. O calhamaço História da Música Ocidental, de Jean e Brigitte Massin (1255 páginas), propõe que se ouça os último quartetos de Beethoven, emendando-os imediatamente com os de Bartók. A mesma força, a mesma nobreza, o mesmo espírito no tratamento das massas sonoras. Não que Bartók tenha imitado o mestre — ao contrário, Bartók não apenas tinha voz própria como bebeu nas mais diversas fontes: música folclórica, Debussy, Brahms, russos, Bach, etc.

Curiosa mistura de profunda erudição e absoluto “visceralismo”, os quartetos me chamaram a atenção durante a adolescência, por serem citados por todos os grandes escritores que gostavam de música: Erico Verissimo fala no Nº 3 e vários romancistas do pós-guerra citam o Nº 5 como uma obra inigualável, produzida pelo ódio ao nazismo que o fez exilar-se em 1940 nos EUA, já minado pela leucemia.

A interpretação desta integral pelo Tokyo String Quartet é muito boa, mas inferior a esta aqui.

Não há como falar dos quartetos de Bartók de forma não apaixonada. É a maior música de nossa época e este é talvez o segundo ou terceiro CD que posto e que estão naquela categoria dos “dez mais” de minha discoteca/cedeteca.

Béla Bartók (1881-1945): Os 6 Quartetos de Cordas

CD1

1. String Quartet No.1, Sz. 40 (Op.7) – 1. Lento
2. String Quartet No.1, Sz. 40 (Op.7) – 2. Allegretto
3. String Quartet No.1, Sz. 40 (Op.7) – 3. Introduzione. Allegro – Allegro vivace

4. String Quartet No.3, Sz. 85 – 1. Prima parte (Moderato)
5. String Quartet No.3, Sz. 85 – 2. Seconda parte (Allegro)
6. String Quartet No.3, Sz. 85 – 3. Ricapitolazione della prima parte (Moderato)

BAIXE O CD1 AQUI – DOWNLOAD CD1 HERE

CD2

1. String Quartet No.4, Sz. 91 – 1. Allegro
2. String Quartet No.4, Sz. 91 – 2. Prestissimo, con sordino
3. String Quartet No.4, Sz. 91 – 3. Non troppo lento
4. String Quartet No.4, Sz. 91 – 4. Allegretto pizzicato
5. String Quartet No.4, Sz. 91 – 5. Allegro molto

6. String Quartet No.5, Sz. 102 – 1. Allegro
7. String Quartet No.5, Sz. 102 – 2. Adagio molto
8. String Quartet No.5, Sz. 102 – 3. Scherzo
9. String Quartet No.5, Sz. 102 – 4. Andante
10. String Quartet No.5, Sz. 102 – 5. Finale

BAIXE O CD2 AQUI – DOWNLOAD CD2 HERE

CD3

1. String Quartet No.2, Sz. 67 (Op.17) – 1. Moderato
2. String Quartet No.2, Sz. 67 (Op.17) – 2. Allegro molto capriccioso
3. String Quartet No.2, Sz. 67 (Op.17) – 3. Lento

4. String Quartet No.6, Sz. 114 – 1. Mesto – Vivace
5. String Quartet No.6, Sz. 114 – 2. Mesto – Marcia
6. String Quartet No.6, Sz. 114 – 3. Mesto – Burletta (Moderato)
7. String Quartet No.6, Sz. 114 – 4. Mesto

BAIXE O CD3 AQUI – DOWNLOAD CD3 HERE

Tokyo String Quartet:
Kikuei Ikeda (Violin)
Koichiro Harada (Violin)
Kazuhide Isomura (Viola)
Sadao Harada (Cello)

Bartók brinca com um hurdy gurdy.
Bartók brinca com um hurdy gurdy.

PQP

Haydn, Mozart, Boccherini, Tartini: Obras para Violoncelo e Orquestra

Haydn, Mozart, Boccherini, Tartini: Obras para Violoncelo e Orquestra

Um CD imensamente agradável. Enquanto realizo algumas atividades aqui em casa, estou a ouvir essa música alegre, bela, simples, cheia de uma poesia comovente. Destaco o Concerto para cello de Mozart. Revela aquele aspecto mais essencial de Mozart: dizer de forma singela aquilo que nos comove, envolvendo-nos por completo. Mozart sempre me faz sentir bem. Tenho uma relação de prazer com a beleza e com a alegria todas as vezes que o escuto. Consigo identificar a música e as peculiaridades tão características do compositor à distância. No CD ainda temos Haydn, Boccherini e Tartini. Boa apreciação!

Joseph Haydn (1732-1809) – Divertimento for Cello and String Orchestra in D major
01. Adagio
02. Minueto & Trio
03. Allegro di molto

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Concerto for Cello and Orchestra in D major K.447
04. Allegro
05. Romanze
06. Rondo

Luiggi Boccherini (1743-1805) – Adagio and Allegro for Cellor and String Orchestra in A major
07. Adagio
08. Allegro

Giuseppe Tartini (1692-1770) – Concerto for Cello and String Orchestra in D major
09. Poco Largo. Pomposo
10. Allegro Moderato
11. Grave espressivo
12. Allegro

Yuli Turovsky, cello
I Musici de Montréal Chamber Orchestra

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Joshua Reynolds (1723-1792): Autorretrato aos 24 anos
Joshua Reynolds (1723-1792): Autorretrato aos 24 anos

Carlinus

Johannes Brahms (1833-1897): Quinteto para Piano Op.34

Johannes Brahms (1833-1897): Quinteto para Piano Op.34

Não chego a ser um apaixonado pelo Quinteto para Piano em fá maior, Op. 34, dedicado a Sua Alteza Real, a princesa Anne de Hesse-Darmstadt. Como quinteto para piano, está escrito para piano e quarteto de cordas (dois violinos, viola e violoncelo). Desde minha juventude, acho que há algo problemático em seu desbragado romantismo, não obstante o convincente melodismo do mesmo. A mim, parece Schumann. Este Quinteto conheceu várias formas e feitios até chegar à versão definitiva em 1865. Começou, entre 1861 e 1862, por ser um quinteto de cordas (que teve uma recepção fria), passou depois para uma obra para dois pianos (com uma estreia desastrosa), e só a partir do verão de 1864 é que o compositor pegou de novo na partitura e a transformou numa obra para piano e quarteto de cordas. Houve uma primeira audição privada com a presença da a princesa Anna de Hesse (1843-1865) e a estreia pública, com sucesso, teve lugar no dia 22 de Julho de 1866.

Johannes Brahms (1833-1897): Quinteto para Piano Op.34

1. Allegro Non Troppo
2. Andante, Un Poco Adagio
3. Scherzo (Allegro)
4. Finale (Poco Sostenuto – Allegro Non Troppo)

Maurizio Pollini
Quartetto Italiano

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Brahms, apenas se equilibrando no Op. 34
Brahms, apenas se equilibrando no Op. 34

PQP

Robert Schumann (1810-1856): Cello & Piano Concertos

Robert Schumann (1810-1856): Cello & Piano Concertos

41Pa8UDAylLEsta gravação que ora vos trago é uma delícia. Três especialistas em interpretações de época, se utilizando de instrumentos de época, acompanhados por uma orquestra que também é especialista neste tipo de interpretação. Staier usa um pianoforte fabricado de acordo com um modelo de 1850, ou seja, contemporâneo de Robert, mas não consegui maiores informações sobre o instrumento que Coin utiliza. Eis o release que encontramos no site da Harmonia Mundi sobre este CD:

“Intimate Concertos
This two concertos by Schumann constitute the true quintessence of German Romanticism: this is music charaterised from start to finish by a sense going beyond formal limits and by a spirit of fantasy, with the solo instrumental both the partner and the confidant of the orchestra. With the cumplicity of two exceptional soloists, Christopher Coin and Andreas Staier, Phillipe Herreweghe here give us the oportunity to rediscover two masterpieces played on period instruments.
Andreas Staier plays a piano by J.B. Streicher, 1850”

Para quem estava acostumado com as gravações tradicionais (postei pelo menos umas duas versões de cada um destes concertos aqui no PQP) é muito interessante ouvir as diferentes sonoridades do piano de Staier frente a um Stenway, e do próprio violoncelo de Coin, a própria forma de tocar dos solistas e da postura da própria orquestra. Uma experiência fascinante, sem dúvida. Espero que apreciem.

Texto de FDP Bach em 2010.

Robert Schumann (1810-1856): Cello & Piano Concertos

Concerto pour violoncelle et orchestre, Op. 129 en la mineur:
1 I. Allegro. Nicht zu schnell 12:08
2 II. Adagio. Langsam 4:59
3 III. Finale. Vivace. Sehr lebhaft 8:17

Christophe Coin
Orchestre des Champs-Elysées and
Philippe Herreweghe

Concerto pour piano et orchestre, Op. 54 en la mineur:
4 I. Allegro affetuoso 15:02
5 II. Intermezzo 4:36
6 III. Finale. Allegro Vivace 11:16

Andreas Staier
Orchestre des Champs-Elysées
Philippe Herreweghe

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Herreweghe e Coin: péra aí que eu vou te mostrar. Não, eu te mostro.
Herreweghe e Coin: péra aí que eu vou te mostrar. Não, eu te mostro.

FDP Bach

J. S. Bach (1685-1750): A Arte da Fuga (Loeki Stardust Quartet)

J. S. Bach (1685-1750): A Arte da Fuga (Loeki Stardust Quartet)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Bach não especificou a instrumentação de sua última obra; desta forma, não chega a ser um abuso tocá-la com o quarteto de cordas que seria inventado anos depois por Haydn, nem interpretá-la ao cravo, ao órgão, com metais ou orquestra. É uma obra de estudo, complexa, pouco sedutora e para muitos inacessível. Aqui temos o Loeki Stardust Quartet interpretando A Arte da Fuga com uma variedade de flautas doces que vão desde a sopranino até as mais graves. É curioso e bonito. A gravação é excelente. Os microfones estão tão próximos que podemos ouvir o som da saliva e do ar no bocal de alguns instrumentos, principalmente os graves.

J. S. Bach (1685-1750): A Arte da Fuga (Loeki Stardust Quartet)

01. Contrapunctus 1 3:14
02. Contrapunctus 3 3:04
03. Contrapunctus 2 3:01
04. Contrapunctus 4 5:07
05. Canon Alla Duodecima in Contrapunto Alla Quinta 4:16
06. Contrapunctus 5 3:36
07. Contrapunctus 6 A 4 in Stylo Francese 3:22
08. Contrapunctus 7 a 4 Per Augment Et Diminut 4:50
09. Contrapunctus 8 A 3 6:33
10. Contrapunctus 9 A 4 Alla Duodecima 2:26
11. Contrapunctus A 3 c 2:18
12. Contrapunctus Inversus A 3 c 2:20
13. Contrapunctus 10 a 4 Alla Decima 4:22
14. Contrapunctus Inversus 12 A 4 2:30
15. Contrapunctus Inversus 12 a 4 2:10
16. Contrapunctus 11 a 4 6:53
17. Canon Alla Ottava 4:11
18. Fuga A 3 Soggetti 8:46

Amsterdam Loeki Stardust Quartet

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Não precisa de legenda.
Não precisa de legenda.

PQP

Frederic Chopin – Ballades, Berceuse, Mazurkas – Yundi Li

51YrmfyYbWL._SS500Ah, as Baladas de Chopin …!!! São minhas obras favoritas do polonês, principalmente a de nº 1. Já suspirei muito ouvindo ela. A conheço desde meus 10 anos de idade, e já ouvi algumas dezenas de intérpretes. Dentre os antigos, minha preferência sempre será Arthur Rubinstein. Entre os atuais, o jovem pianista chinês Yundi dá um show. Esta obra chopiniana expõe a alma do compositor e o pianista tem que estar apaixonado para encará-la. É um estado de espírito, eu diria, e não permite apenas uma execução mecânica, sem emoção, sem alma e sem personalidade.

01 – Four Ballades – No. 1 in G minor, op.23 – Largo – Moderato – Presto con fuoco
02 – Four Ballades – No. 2 in F major, op.38 – Andantino – Presto con fuoco
03 – Four Ballades – No. 3 in A flat major, op.47 – Allegretto
04 – Four Ballades – No. 4 in F minor, op.52 – Andante con moto
05 – Berceuse in D flat major, op.57 – Andante
06 – Four Mazurkas – No. 1 in B flat major, op.17 – Vivo risoluto
07 – Four Mazurkas – No. 2 in E minor, op.17 – Lento ma non troppo
08 – Four Mazurkas – No. 3 in A flat major, op.17 – Legato assai
09 – Four Mazurkas – No. 4 in A minor, op.17 – Lento ma non troppo

Yundi Li – Piano

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Serguei Prokofiev (1891-1953): Piano Concerto No.3 / Symphony No.5

Serguei Prokofiev (1891-1953): Piano Concerto No.3 / Symphony No.5

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Um ESPLÊNDIDO CD da dupla Gergiev-Matsuev. O regente e o pianista têm grande intimidade musical e demonstram isso no extraordinário Concerto Nº 3 de Prokofiev. Já a Sinfonia Nº 5 é levada com categoria por Gergiev e a Mariinsky Orchestra, da bela São Petersburgo. Se você não conhece essas obras, está mais do que na hora de preencher esta lacuna em sua vida. É curioso notar a evolução do compositor entre o concerto de 1917 e a sinfonia de 1944. O mundo girou e, mesmo que as duas obras sejam absolutamente brilhantes, Prokofiev mudou muito entre uma obra e outra. Ouçam e confiram!

Serguei Prokofiev (1891-1953): Piano Concerto No.3 / Symphony No.5

Piano Concerto No. 3 in C major, Op. 26
1 1. Andante – Allegro 9:04
2 2. Tema con variazioni 8:48
3 3. Allegro, ma non troppo 8:57

Symphony No. 5 in B flat major, Op. 100
4 1. Andante 12:55
5 2. Allegro marcato 8:32
6 3. Adagio 13:06
7 4. Allegro giocoso 9:11

Denis Matsuev, piano
Mariinsky (Kirov) Theater Orchestra
Valery Gergiev

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O Castelo de São Petersburgo: essa incrível cidade merece a grande orquestra que tem.
O Castelo de São Petersburgo: essa incrível cidade merece a grande orquestra que tem.

PQP

G. P. Telemann (1681-1767): Perpetuum Mobile, Cantatas & Música de Câmara

G. P. Telemann (1681-1767): Perpetuum Mobile, Cantatas & Música de Câmara

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Excelente CD com a música de Telemann. Um disco com uma estrutura que não chega a surpreender na sua alternância entre Cantatas, Quartetos e Aberturas, mas sim pela qualidade musical e pelo grupo de solistas e orquestra. Dorothee Mields é realmente uma espantosa cantora, um soprano que transpira musicalidade. Recomendo incondicionalmente o disco para quem quiser saber do multi-facetado artista que foi Telemann. E, pasmem, essas são obras gravadas que aparecem pela primeira vez em disco. A Cantata TWV 1:795 é uma joia muito especial.

Hier ist mein Herz, geliebter Jesu, sacred cantata for 2-part chorus, strings & continuo, TWV 1:795
1 Hier ist mein Herz, geliebter Jesu 4:26
2 Ich war ein Sklavenkind 0:29
3 Wollten doch die Augen brechen 2:37
4 Indessen leg ich mich vor deine Füße 0:28
5 Du willst ein Opfer haben 1:17
6 So nimm mein Opfer hin 0:48
7 Ach mein Gott 2:47

Quartet for flute, violin, viola & continuo in G minor, TWV 43:g4
8 Allegro 2:09
9 Adagio 1:52
10 Allegro 4:29

Weiche Lust und Fröhlichkeit, sacred cantata for 2 solo voices, unison violins, solo viola & continuo, TWV 1:1536
11 Weiche, Lust und Fröhlichkeit 3:36
12 Bedenk, o Mensch! 0:34
13 Um uns Verfluchte zu erlösen 3:24
14 Bedenk hiernächt sein treues Lieben 1:12
15 Herz und Seele sind erfreut 4:04

Quartet for flute, oboe, violin & continuo in A minor, TWV 43:a3
16 Adagio 2:44
17 Allegro 1:30
18 Adagio 1:28
19 Vivace 4:04

Ach Herr, strafe mich nicht (Psalm 6; II), psalm setting for voice, oboe, bassoon, strings & continuo, TWV 7:2
20 Ach Herr, strafe mich nicht 2:54
21 Herr, sei mir gnädig 1:24
22 Wende dich, Herr 1:23
23 Denn im Tode gedenkt man 0:34
24 Ich bin so müde vom Seufzen 4:17
25 Weichet von mir, ihr Übeltäter 1:07
26 Es müssen alle meine Feinde 1:10

Overture: Perpetuum mobile, suite for strings & continuo in D major, TWV 55:D12
27 Ouverture 6:05
28 Perpetuum mobile 1:33
29 Sarabande 2:05
30 Bourée 1:03
31 Menuet I und II 3:46
32 Tourbilon 1:33
33 Gigue 1:06

Balthasar-Neumann-Ensemble
Dorothee Mields
Benoît Haller
Han Tol

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O detalhe de um Vermeer para animar a festa
O detalhe de um Vermeer para animar a festa

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Dmitri Shostakovich (1906-1975): Os Concertos para Violino Nº 1 e 2

Dmitri Shostakovich (1906-1975): Os Concertos para Violino Nº 1 e 2

Bem, há duas gravações dos Concertos para Violino de Shostakovich que parecem ser inalcançáveis por pobres e simples MORTAES. São as de Maxim Vengerov e a lendária de David Oistrakh. O jovem armênio Sergey Khachatryan faz uma boa tentativa de se ombrear aos citados gênios, mas fica ali pela cintura deles. Porém, de qualquer maneira, é uma boa introdução de a este concertos. A famosa e VISCERABILÍSSIMA Passacaglia do Concerto Nº 1 recebeu cuidadoso tratamento de Khachatryan, mas não transcende, entende? Pois é, é foda, mas faltou maturidade ao rapaz que certamente vai tentar novamente no futuro. Bonne chance!

D. Shostakovich (1906-1975): Os Concertos para Violino Nº 1 e 2

1. Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 77 (published as Op. 99): Nocturne. Moderato
2. Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 77 (published as Op. 99): Scherzo. Allegro
3. Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 77 (published as Op. 99): Passacaglia. Andante
4. Violin Concerto No. 1 in A minor, Op. 77 (published as Op. 99): Burlesque. Allegro con Brio

5. Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129: Burlesque. Allegro con Brio
6. Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129: Adagio
7. Violin Concerto No. 2 in C sharp minor, Op. 129: Adagio – Allegro

Sergey Khachatryan
Orchestre National de France
Kurt Masur

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Shostakovich assistindo a um jogo do seu time, o Zenit
Shostakovich assistindo a um jogo do seu time, o Zenit

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Samuel Scheidt (1587-1654): Ludi Musici – Hamburg 1621

Samuel Scheidt (1587-1654): Ludi Musici – Hamburg 1621

Samuel Scheidt foi um organista alemão, professor de música e compositor do período da Renascença. Foi um dos mais completos compositores de sua geração. Organista, compôs música sacra e instrumental que faz intersecção entre a tradição polifônica luterana e todas as influências da música italiana e do estilo de Monteverdi. As danças e a canzoni contidas em seu Ludi Musici (1621) demonstram esta mistura de estilos, sendo tanto o legado dos modelos tardio-renascentistas quanto o reflexo do novo virtuosismo iniciado pelos italianos. Estas peças são de fato destinadas à viola da gamba, que ainda gozava de sucesso considerável na Alemanha na época.

Samuel Scheidt (1587-1654): Ludi Musici – Hamburg 1621

1. Ludi Musici: Paduan a 4 voc. Cantus IV
2. Ludi Musici: Galliard a 4 voc. Cantus VIII
3. Ludi Musici: Courant a 4 voc. Cantus XI
4. Ludi Musici: Courant a 4 voc. Cantus XIX
5. Ludi Musici: Canzon a 5 voc. ad imitationem Bergamas, angl. Cantus XXVI
6. Ludi Musici: Courant a 4 voc. Cantus XXIII
7. Ludi Musici: Galliard a 5 voc. Cantus XXV
8. Ludi Musici: Courant a 4 voc. Cantus XVII
9. Ludi Musici: Galliard Battaglia a 5 voc. Cantus XXI
10. Ludi Musici: Paduan a 4 voc. Cantus VI
11. Ludi Musici: Galliard a 4 voc. Cantus VII
12. Ludi Musici: Alamande a 4 voc. Cantus XVI
13. Ludi Musici: Canzon a 5 voc. super Cantionem Gallicam Cantus XXIX
14. Ludi Musici: Paduan a 4 voc. Cantus V
15. Ludi Musici: Courant Dolorosa a 4 voc. Cantus IX
16. Ludi Musici: Courant a 4 voc. Cantus XIII
17. Ludi Musici: Canzon a 5 voc. super o Nachbar Roland. Cantus XXVIII

Hesperion XX
Jordi Savall

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Scheidt, esse não jogou no Grêmio
Scheidt, esse não jogou no Grêmio

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Béla Bartók (1881-1945): Os 3 Concertos para Piano (Donohoe, Rattle)

Béla Bartók (1881-1945): Os 3 Concertos para Piano (Donohoe, Rattle)
Version 1.0.0

Olha, meus amigos, que CD! É

IM-PER-DÍ-VEL !!!

e, como se não bastasse, EM-BAS-BA-CAN-TE, indo direto para a Galeria Especial de Mais Amados e Louvados. É por essas e outras que Sir Simon Rattle acabou em Berlim.

Estou meio sem palavras após ouvir este disco por inteiro três vezes consecutivas, assim de enfiada. (Nada de piadinhas, sou gaúcho mas não pratico). Então, faço a seguir uma meia tradução daquilo que o também embasbacado crítico da Gramophone escreveu.

Este registro dos concertos para piano de Bartók está entre os melhores. O entendimento entre Peter Donohoe, Simon Rattle e a CBSO é fantástico. Como disse na Gramophone, eles fazem o Primeiro Concerto para Piano parecer pura diversão. O Primeiro e o Segundo concertos são obras formidáveis, com o piano sendo tratado como um instrumento de percussão. Certamente, não são trabalhos fáceis de ouvir. Eles são tocados aqui com uma sensibilidade que traz à luz cada detalhe de sombreamento e textura. O Andante do Segundo (uma música norturna) é de meus favoritos e é aqui executado com todas as nuances. O terceiro concerto é absolutamente luminoso. O segundo movimento, com seus sons de natureza, está particularmente perfeito.

Para os fãs da música de Bartók, este disco é uma obrigação.

Obs. típica: nunca digo o nome de Bartók como ele deve ser pronunciado. Lembrete: o acento em húngaro não é tônico. Impossível dizer Bártok… A sonoridade de Bartók em português é muito mais bonita. E o mesmo vale para Ligeti. O correto é Lígeti.

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Béla Bartók (1881-1945): Os 3 Concertos para Piano

Piano Concerto No. 1 in A major, Sz. 83, BB 91
1. I: Allegro Moderato – Allegro – Allegro Moderato
2. II: Andante
3. III: Allegro Molto

Piano Concerto No. 2 in G major, Sz. 95, BB 101
4. I: Allegro
5. II: Adagio – Presto – Adagio
6. III: Allegro Molto

Piano Concerto No. 3 in E major, Sz. 119, BB 127 (completed by Tibor Serly)
7. I: Allegretto
8. II: Adagio Religioso – Poco Piu Mosso – Tempo I
9. III: Allegro Vivace

Peter Donohoe, piano
City of Birmingham Symphony Orchestra
Simon Rattle, conductor

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Béla Bartók (1881-1945) em 1930.
Béla Bartók (1881-1945) em 1930.

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.: intermezzo :. Angels of Venice: Music For Harp, Flute And Cello

Curioso, talvez esse disco seja bom para o sexo. Ou para elevadores ou aeroportos. Mas dizem que também serve para crianças. Não sei bem, só sei que é new age e que é relaxante no início, mas depois, se prestarmos atenção, irrita. Melhor deixá-lo como música de fundo para as primícias de uma noite de sexo ou para trilha sonora de um longo banho de espuma. (Por algum motivo, pensei em um cara velho tomando banho de espuma com uma jovem mulher, enquanto bebem champanhe e sorriem um para o outro. Não, não eram Michel e Marcela, eram coisa melhor). Serviria também para a ioga, para ler um livro mais ou menos, para meditar doce e equivocadamente ou para a contação de histórias infantis.

Trata-se do disco independente de estreia do trio feminino Angels of Venice. Os tais anjos são a loiríssima harpista texana Carol Tatum, a violoncelista Sarah O’Brein e a flautista e percussionista Suzanne Teng. O grupo foi formado em 1993 e toca tudo o que é açucarado. São arranjos de música medieval, barroca e neoclássica. É um som romântico, bonitinho, macio e bem feitinho. Há uma faixa que tem fontes murmurantes e passarinhos ao fundo. Me senti mal.

 

Angels of Venice: Music For Harp, Flute And Cello

01 – Pachelbell’s Canon
02 – Little Angels
03 – Dragonfly
04 – Crystal Tears
05 – An English Garden
06 – Greensleeves
07 – Sara’s Dream
08 – Night Spirits
09 – Luna Mystica
10 – A time For Dreams
11 – The Enchanted Forest
12 – Lover’s Requiem
13 – The Reflecting Pool
14 – Dreamcatcher

Angels of Venice:
Cello – Sarah O’Brein
Flute – Suzanne Teng
Harp – Carol Tatum

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iguaria-acucar-branco

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The Dmitri Shostakovich Edition – CDs 22, 23 e 24 de 27

The Dmitri Shostakovich Edition – CDs 22, 23 e 24 de 27

SÉRIE IM-PER-DÍ-VEL!!!

Ah, há um erro perfeitamente suportável no Moderato da Sonata para Piano N° 2 e o Quarteto Nº 9 comento mais quando chegarmos ao 10º e ao 11º.

CD 22

Sonata para Violoncelo e Piano, Op. 40 (1934)

A Sonata em Ré Menor Op. 40 foi composta em 1934, no período em que Shostakovitch apaixonara-se por uma jovem estudante, o que ocasionou um efêmero divórcio de sua esposa Nina. O compositor dedicou esta sonata ao violoncelista Victor Lubatski e ambos a estrearam em Moscou, no dia 25 de dezembro de 1934.

O primeiro movimento (Allegro non troppo) é escrito em forma sonata. O primeiro tema, bastante extenso, é apresentado pelo violoncelo, acompanhado por arpeggios do piano e depois desenvolvido por este até seu clímax; o segundo tema, muito mais delicado, é, contrariamente, apresentado pelo piano e imitado pelo violoncelo. Durante o desenvolvimento o primeiro tema ganha motivos rítmicos, mas logo o afetuoso segundo tema reaparece. Tudo parece em ordem, encaminhando-se para o final do movimento, mas Shostakovitch nos surpreende ao inserir alguns acordes em staccato do piano, acompanhados por notas sustentadas pelo violoncelo, o que faz com que a música torne-se quase estática. É uma estranha preparação para o que se ouvirá no segundo movimento (Allegro) o qual é um scherzo típico de Shostakovitch. Trata-se de um frenético ostinato que é interrompido por um tema apresentado pelo piano que, apesar de mais tranqüilo, é também muito pouco contemplativo. O terceiro movimento (Largo) faz-lhe intenso contraste, pois é uma melodia tranquila e vocal, acompanhada pelo piano de forma introspectiva, dissonante e um tanto fúnebre. O Allegro final é um rondó bastante irônico no qual o tema principal é apresentado três vezes, ligados, a cada intervalo, por estranhas e vertiginosas cadenzas.

Cello Sonata in D minor Op. 40
1. Allegro non troppo  11:18
2. Allegro  3:14
3. Largo  7:00
4. Allegro  3:49

5. Piano Sonata No. 1 Op. 12  12:24

Piano Sonata No. 2 Op. 61
6. Allegretto  7:31
7. Largo  7:22
8. Moderato  11:55

Total:  64:23

Timora Rosler, cello
Klára Würtz, piano (1-4)
Colin Stone, piano (5-8)

CD 23

Quarteto de Cordas Nº 2, Op. 68 (1944)

Este trabalho em quatro movimentos foi escrito em menos de três semanas. A abertura é uma melodia de inspiração folclórica, tipicamente russa. O grande destaque é o originalíssimo segundo movimento, Recitativo e Romance: Adagio. O primeiro violino canta (ou fala) seu recitativo enquanto o trio restante o acompanha como se estivessem numa ópera ou música sacra barroca. O Romance parece música árabe, mas não suficientemente fundamentalista a ponto que a Al Qaeda comemore. Segue-se uma pequena valsa no mesmo estilo. O quarto movimento é um Tema com variações que fecha brilhantemente o quarteto.

É curioso que neste quarteto, talvez por ter sido composto rapidamente, há uma musicalidade simples, leve e nada forçada. Talvez nem seja uma grande obra como os Quartetos Nros. 8 e 12, mas é dos que mais ouço. Afinal, esta é uma lista pessoal e as excentricidades valem, por que não?

Quarteto de Cordas Nº 8, Op. 110 e Sinfonia de Câmara, Op. 110a – Arranjo de Rudolf Barshai (1960)

Na minha opinião, o melhor quarteto de cordas de Shostakovich. Não surpreende que tenha recebido versões orquestrais que até hoje são gravadas, como a que coloco à disposição abaixo. Trata-se de uma obra bastante longa para os padrões shostakovichianos de quarteto; tem cinco movimentos, com a duração total ficando entre os 20 minutos (na versão para quarteto de cordas) e 26 (na versão orquestral). O quarteto abre com um comovente Largo de intenso lirismo, o qual é seguido por um agitado Allegro molto, de inspiração folclórica e que fica muito mais seco na versão para quarteto. O terceiro movimento (Allegretto) é uma surpreendente valsinha sinistra a qual é respondida por outra valsa, muito mais lenta e com um acompanhamento curiosamente desmaiado. O quarteto é finalizado por dois belos ; o primeiro sendo pontuado por agressivamente por um motivo curto de três notas e o segundo formado por mais uma fuga a quatro vozes utilizando temas dos movimentos anteriores.

Quarteto Nº 13, Op. 138 (1970)

Um pouco menos funérea que a Sinfonia Nº 14, este quarteto foi escrito nos intervalos do tratamento ortopédico que conseguiu devolver-lhe do parte do movimento das mãos e antes do segundo ataque cardíaco. O décimo-terceiro quarteto é um longo e triste adagio de cerca de vinte minutos. O quarteto foi dedicado ao violista Vadim Borisovsky, do Quarteto Beethoven, e a viola não somente abre o quarteto como é seu instrumento principal. Trata-se de um belo quarteto em que a tranqüilidade só é quebrada por um pequeno scherzando estranhamente aparentado do bebop (sim, isso mesmo).

String Quartet No. 2 in A major Op. 68 (1944)
1. Overture (moderato con moto)  8:03
2. Recitative & Romance (adagio)  10:53
3. Waltz (allegro)  5:59
4. Theme & variations (adagio)  10:47

String Quartet No. 8 in C minor Op. 110 (1960)
5. Largo  4:40
6. Allegro molto  2:45
7. Allegretto  4:16
8. Largo  4:33
9. Largo  4:04

String Quartet No. 13 in B flat minor Op. 138 (1970)
10. Adagio  20:44

Total:  77:05

Rubio Quartet
Dirk van de Velde, violin I
Dirk van den Hauwe, violin II
Marc Sonnaert, viola
Peter Devos, cello

CD 24

Quarteto de Cordas Nº 7, Op. 108 (1960)

Mais um quarteto de Shostakovich com um lindíssimo movimento lento, desta vez baseado no monólogo de Boris Godunov (ópera de Mussorgski baseada em Puchkin), e mais um finale construído em forma de fuga, utilizando temas do primeiro movimento. Uma pequena e curiosa joia de onze minutos.

String Quartet No.3 in F major Op.73 (1946)
1. Allegretto  6:40
2. Moderato con moto  4:54
3. Allegro non troppo  4:01
4. Adagio  5:41
5. Moderato  10:40

String Quartet No.7 in F sharp monor Op.108 (1960)
6. Allegretto  3:33
7. Lento  3:36
8. Allegro  6:03

String Quartet No.9 in E flat major Op.117 (1964)
9. Moderato con moto  4:20
10. Adagio  4:34
11. Allegretto  3:47
12. Adagio  3:32
13. Allegro  9:54

Total:  71:38

Rubio Quartet
Dirk van de Velde, violin I
Dirk van de Hauwe, violin II
Marc Sonnaert, viola
Peter Devos, cello

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O compositor com um поросёнок nas mãos
O compositor com um поросёнок nas mãos

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J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 35, 33 e 164 (Vol. 49 da coleção completa de Rilling)

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 35, 33 e 164 (Vol. 49 da coleção completa de Rilling)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Nos comentários ao post anterior, de FDP Bach, alguém ficou cantando as maravilhas de Helmuth Rilling. E eu respondi que tinha a Coleção Completa de Cantatas Sacras e Seculares de Bach sob a regência do dito cujo. Dá 77 CDs. Então, no entusiasmo e por acaso, peguei o Vol. 49. Agora, ouçam que CD espetacular! A 164 pode ser meia-boca, mas o resto é lindo, de uma felicidade total. É a perfeição! Muita atenção às Sinfonias e principalmente à Ária para contralto da 33.

J. S. Bach (1685-1750): Cantatas BWV 35, 33 e 164 (Vol. 49 da coleção completa de Rilling)

1. Soul With Spirit Is Bewildered, Cantata BWV 35: 1. Sinf – Helmuth Rilling
2. Soul With Spirit Is Bewildered, Cantata BWV 35: 2. Aria – Julia Hamari
3. Soul With Spirit Is Bewildered, Cantata BWV 35: 3. Recitative – Julia Hamari
4. Soul With Spirit Is Bewildered, Cantata BWV 35: 4. Aria – Julia Hamari
5. Soul With Spirit Is Bewildered, Cantata BWV 35: 5. Sinf – Helmuth Rilling
6. Soul With Spirit Is Bewildered, Cantata BWV 35: 6. Recitative – Julia Hamari
7. Soul With Spirit Is Bewildered, Cantata BWV 35: 7. Aria – Julia Hamari

8. Alone To Thee, Lord Jesus Christ, Cantata BWV 33: 1. Chor (Verse 1) – Helen Watts/Frieder Lang/Philippe Huttenlocher
9. Alone To Thee, Lord Jesus Christ, Cantata BWV 33: 2. Recitative – Philippe Huttenlocher
10. Alone To Thee, Lord Jesus Christ, Cantata BWV 33: 3. Aria – Hele Watts
11. Alone To Thee, Lord Jesus Christ, Cantata BWV 33: 4. Recitative – Frieder Lang
12. Alone To Thee, Lord Jesus Christ, Cantata BWV 33: 5. Aria – Freider Lang/Philippe Huttenlocher
13. Alone To Thee, Lord Jesus Christ, Cantata BWV 33: 6. Chor – Helen Watts/Frieder Lang/Philippe Huttenlocher

14. Ye Who The Name Of Christ Have Taken, Cantata BWV 164: 1. Aria – Lutz-Michael Harder
15. Ye Who The Name Of Christ Have Taken, Cantata BWV 164: 2. Recitative – Walter Heldwein
16. Ye Who The Name Of Christ Have Taken, Cantata BWV 164: 3. Aria – Julia Hamari
17. Ye Who The Name Of Christ Have Taken, Cantata BWV 164: 4. Recitative – Lutz-Michael Harder
18. Ye Who The Name Of Christ Have Taken, Cantata BWV 164: 5. Aria – Edith Wiens/Walter Heldwein
19. Ye Who The Name Of Christ Have Taken, Cantata BWV 164: 6. Chor – Edith Wiens/Julia Hamari/Lutz-Michael Harder

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O grande, imenso Helmut Rilling
O grande, imenso Helmut Rilling

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