J.S. Bach (1685-1750): Variações Goldberg (Esfahani)

J.S. Bach (1685-1750): Variações Goldberg (Esfahani)

IM-PER-DÍVEL !!!

Aqui está a aguardadíssima versão das Goldberg pelo jovem e muito talentoso cravista Mahan Esfahani. Ele faz uma assinatura bem estranha na Aria, mas depois nos mostra uma versão espetacular — que poderíamos chamar de vertiginosa sem pensar no lugar-comum — de uma das mais importantes obras de todos os tempos.

Abaixo, um texto de Milton Ribeiro sobre as Goldberg:

Eu nunca tive insônia. Talvez, em razão de alguma dor ou febre, não tenha dormido repousadamente apenas uns dez dias em minha vida. Não é exagero. Quando me deprimo, durmo mais ainda e acordar é ruim, péssimo. O sono é meu refúgio natural. Mas há pessoas que reclamam (muito) da insônia. Saul Bellow escreveu que ela o teria deixado culto, mas que preferiria ser inculto e ter dormido todas as noites — discordo do grande Bellow, acho que ele deveria ter ficado sempre acordado, escrevendo, vivendo e escrevendo para nós. Também poucos viram Marlene Dietrich na posição horizontal, adormecida. Kafka era outro, qualquer barulho impedia seu descanso, devia pensar no pai e passava suas noites acordado, amanhecendo daquele jeito… Groucho Marx, imaginem, era insone, assim como Alexandre Dumas e Mark Twain. Marilyn Monroe sofria muito e Van Gogh acabou daquele jeito não por ser daltônico.

O Conde Keyserling sofria de insônia e desejava tornar suas noites mais agradáveis. Ele encomendou a Bach, Johann Sebastian Bach, algumas peças que o divertissem durante a noite. Como sempre, Bach fez seu melhor. Pensando que o Conde se apaziguaria com uma obra tranquila e de base harmônica invariável, escreveu uma longa peça formada de uma ária inicial, seguida de trinta variações e finalizada pela repetição da ária. Quod erat demonstrandum. A recuperação do Conde foi espantosa, tanto que ele chamava a obra de “minhas variações” e, depois de pagar o combinado a Bach, deu-lhe um presente adicional: um cálice de ouro contendo mais cem luíses, também de ouro. Era algo que só receberia um príncipe candidato à mão de uma filha encalhada.

O Conde tinha a seu serviço um menino de quinze anos chamado Johann Gottlieb Goldberg. Goldberg era o melhor aluno de Bach. Foi descrito como “um rapaz esquisito, melancólico e obstinado” que, ao tocar, “escolhia de propósito as peças mais difíceis”. Perfeito! Goldberg era enorme e suas mãos tinham grande abertura. O menino era uma lenda como intérprete e o esperto Conde logo o contratou para acompanhá-lo não somente em sua residência em Dresden como em suas viagens a São Petersburgo, Varsóvia e Postdam. (Esqueci de dizer que o Conde Keyserling era diplomata). Bach, sabendo o intérprete que teria, não facilitou em nada. As Variações Goldberg, apesar de nada agitadas, são, para gáudio do homenageado, dificílimas. Nelas, as dificuldades técnicas e a erudição estão curiosamente associadas ao lúdico, mas podemos inverter de várias formas a frase. Dará no mesmo.

O nome da obra — Variações Goldberg, BWV 988 — é estranho, pois pela primeira vez o homenageado não é quem encomendou a obra, mas seu primeiro intérprete.

O princípio de quase toda obra de variações consiste em apresentar um tema e variá-lo. (Lembram que Elgar fez uma obra de variações sem apresentar o tema, chamando-a de Variações Enigma?). Assim, o ouvinte tem a impressão de estar ouvindo sempre algo que lhe é familiar e, ao mesmo tempo, novo. A escolha de Bach por esta forma mostrou-se adequada às pretensões do Conde. E a realização não poderia ser melhor, é uma das maiores obras disponibilizadas pela e para a humanidade pelo mais equipado dos seres humanos que habitou este planeta, J. S. Bach. O jogo criado pelo compositor irradia livre imaginação e enorme tranquilidade. A Teoria Geral das Belas-Artes, espécie de Bíblia artística goethiana de 1794, diz o seguinte sobre as Goldberg: “em cada variação, o elemento conhecido está associado, quase sem exceção, a um canto belo e fluido”. E está correto. Só esqueceu de dizer que tudo isso tinha propósito terapêutico.

É muito provável que o enfermo Conde concordasse com a Theorie para descrever seu prazer de ouvir aquela música, mas diria mais. Seus efeitos fizeram que Goldberg a tocasse centenas de vezes para ele. O cálice repleto de ouro significava gratidão pela diversão emocional e intelectual. Dormimos por estarmos calmos e felizes, talvez.

J.S. Bach (1685-1750): Variações Goldberg (Esfahani)

1. Aria
2. Variatio 1 a 1 Clav.
3. Variatio 2 a 1 Clav.
4. Variatio 3 a 1 Clav. Canone All’unisono
5. Variatio 4 a 1 Clav.
6. Variatio 5 a 1 Ovvero 2 Clav.
7. Variatio 6 a 1 Clav. Canone Alla Seconda
8. Variatio 7 a 1 Ovvero 2 Clav. Al Tempo Di Giga
9. Variatio 8 a 2 Clav.
10. Variatio 9 a 1 Clav. Canone Alla Terza
11. Variatio 10 a 1 Clav. Fughetta
12. Variatio 11 a 2 Clav.
13. Variatio 12 a 1 Clav. Canone Alla Quarta
14. Variatio 13 a 2 Clav.
15. Variatio 14 a 2 Clav.
16. Variatio 15 a 1 Clav. Canone Alla Quinta. Andante
17. Variatio 16 a 1 Clav. Ouverture
18. Variatio 17 a 2 Clav.
19. Variatio 18 a 1 Clav. Canone Alla Sesta
20. Variatio 19 a 1 Clav.
21. Variatio 20 a 2 Clav.
22. Variatio 21 a 1 Clav. Canone Alla Settima
23. Variatio 22 a 1 Clav. Alla Breve
24. Variatio 23 a 2 Clav.
25. Variatio 24 a 1 Clav. Canone All’ottava
26. Variatio 25 a 2 Clav. Adagio
27. Variatio 26 a 2 Clav.
28. Variatio 27 a 2 Clav. Canone Alla Nona
29. Variatio 28 a 2 Clav.
30. Variatio 29 a 1 Ovvero 2 Clav.
31. Variatio 30 a 1 Clav. Quodlibet
32. Aria Da Capo

Mahan Esfahani, cravo

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Mas não é música para dormir?
Mas não é música para dormir?

PQP

J. S. Bach (1685-1750): Concertos para Flauta

J. S. Bach (1685-1750): Concertos para Flauta

Um bom disco. Um daqueles concertos reconstruídos, o quinto de Brandemburgo e a Abertura Nº 2, com sua Badinerie de todos os celulares. O cravista inventa bastante na cadenza do 5º brandenburguês… É um pouco decepcionante para quem ama aquele solo, mas OK, estamos no fim-de-semana, não vamos nos exaltar. É engraçado como ficou bonito e atlético — à exceção de sublime Andante — o concerto reconstruído a partir de três Cantatas. Vale a pena baixar, sim.

J. S. Bach (1685-1750): Concertos para Flauta

1 Flute Concerto in B Minor (reconstructed by F. Zimei): I. [Allegro] (after Non sa che sia dolore, BWV 209: Sinfonia) 5:52
2 Flute Concerto in B Minor (reconstructed by F. Zimei): II. [Andante] (after Durchlauchtster Leopold, BWV 173a: Aria: Guldner Sonnen frohe Stunden) 9:03
3 Flute Concerto in B Minor (reconstructed by F. Zimei): III. [Allegro] (after Vereinigte Zwietracht der wechselnden Saiten, BWV207: Aria: Augustus’ Namenstages Schimmer) 3:34

4 Concerto in D Major, BWV 1050a, “Brandenburg Concerto No. 5, early version”: I. Allegro 7:33
5 Concerto in D Major, BWV 1050a, “Brandenburg Concerto No. 5, early version”: II. Adagio 1:28
6 Concerto in D Major, BWV 1050a, “Brandenburg Concerto No. 5, early version”: III. Allegro 5:07

7 Overture (Suite) No. 2 in B Minor, BWV 1067: I. Ouverture 10:16
8 Overture (Suite) No. 2 in B Minor, BWV 1067: II. Rondeau 1:46
9 Overture (Suite) No. 2 in B Minor, BWV 1067: III. Sarabande 3:00
10 Overture (Suite) No. 2 in B Minor, BWV 1067: IV. Bourree I-II 2:09
11 Overture (Suite) No. 2 in B Minor, BWV 1067: V. Polonaise – Double 3:53
12 Overture (Suite) No. 2 in B Minor, BWV 1067: VI. Menuet 1:18
13 Overture (Suite) No. 2 in B Minor, BWV 1067: VII. Badinerie 1:27

Ensemble Aurora
Enrico Gatti, maestro di concerto

Marcello Gatti, traverso

Enrico Gatti, violin
Rossella Croce, violin
Joanna Huszcza, viola
Judith-Maria Olofsson, cello
Riccardo Coelati, violone
Michele Barchi, harpsichord

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Ô, Marcello, dá uma chamada neste cravista, aê.
Ô, Marcello, dá uma chamada nesse cravista, aê.

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Ludwig van Beethoven (1770-1827): Abertura Coriolano / Piotr Illich Tchaikovsky (1840-1893): Concerto para Violino, op. 35 / Gustav Mahler (1860-1911): Sinfonia nº1, Titã – Tetzlaff, Gardner CBSO

coverO Concerto para violino de Tchaikovsky tem um efeito meio que hipnótico sobre mim. Paro de fazer o que estou fazendo só para ouvi-lo, mesmo depois de quase quarenta anos que o conheço. É o mais belo de todos os concertos para o instrumento, não tenho dúvidas com relação a isso. Brahms que me perdoe, ou então Beethoven, se for listar os meus três favoritos. A melodia principal sobre a qual se desenvolve o tema é belíssima, e é impossível não ficarmos assobiando ela por um bom tempo depois de ouvir o concerto. Reza a lenda que quando apresentou a obra para alguns violinistas de sua época Tchaikovsky ouviu que sua execução era impossível. Lenda ou não, é inegável a dificuldade de sua execução. Para maiores informações sugiro a Wikipedia.

A interpretação do Concerto neste CD que ora vos trago está a cargo de Christian Tetzlaff, excelente violinista alemão, que nos mostra uma leitura vigorosa, evitando cair nas armadilhas da obra, e talvez por este motivo essa sua leitura perde um pouco da emotividade e sensibilidade tão necessária para sua execução. Claro que esta é uma opinião pessoal e ninguém precisa concordar comigo.

O Orquestra Sinfônica da Cidade de Birmingham foi dirigida durante muitos anos por Sir Simon Rattle, que a moldou e a transformou em uma das melhores orquestras européias do final do século XX. Aqui ela é dirigida por Edward Gardner, que depois do Beethoven e do Tchaikovsky encara ‘apenas’ a Sinfonia Titã de Mahler. Cabra macho esse.
A gravação deste Cd foi realizada ao vivo, por isso ouvimos as tradicionais palmas, e o bis com Bach depois do Concerto de Tchaikovsky.

CD 1

01 Overture Coriolan, Op.62
02 Concerto pour violon en ré majeur, op. 351. Allegro moderato
03 Concerto pour violon en ré majeur, op. 352. Canzonetta (Andante)
04 Concerto pour violon en ré majeur, op. 353. Finale (Allegro vivacissimo)
05 Partita for Violin Solo No.3 in E, BWV 10063. Gavotte en Rondeau

Christian Tetzlaff – Violin
City of Birmingham Symphony Orchestra
Edward Gardner – Conductor

CD 2

01 Symphonie n° 1 en ré majeur Titan1. Langsam. Schleppend
02 Symphonie n° 1 en ré majeur Titan2. Kräftig bewegt
03 Symphonie n° 1 en ré majeur Titan3. Feierlich und gemessen, ohne zu schleppen
04 Symphonie n° 1 en ré majeur Titan4. Stürmisch bewegt

City of Birmingham Symphony Orchestra
Edward Gardner – Conductor

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FDP Bach

.: interlúdio :. Carla Bley / Andy Sheppard / Steve Swallow: Andando El Tiempo

.: interlúdio :. Carla Bley / Andy Sheppard / Steve Swallow: Andando El Tiempo

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Aos 80 anos, Carla Bley não para de produzir obras-primas. Praticamente a cada ano ela reaparece reinventando-se. Vindo de uma artista incomum, originalíssima, este Andando El Tiempo é um caso raro de unanimidade. Todos dão-lhe 5 estrelas para depois elogiá-lo de cabo a rabo. Sim, de cabo a rabo, pois Andando não tem momentos fracos. Como sempre, Bley faz referências a fatos do dia-a-dia e desta vez o homenageado é o saxofonista Andy Sheppard, recém casado, que recebe… Bem, ouçam. A música de Andando el Tiempo é extremamente bem escrita, pensada, elegante e nada agitada. É incrível como Carla Bley, modestamente, abre espaço para seus extraordinários parceiros. E eles se esbaldam com as composições de carla. O baixista e marido Steve Swallow parece só melhorar com a idade. Onde vai parar? E Andy Sheppard é brilhante, além de ter uma qualidade de som inigualável. Os temas são lindíssimos. Como sempre, Bley compõe obras que combinam perfeitamente para formar um CD. Desta vez, faz um disco latino, um jazz com tangos latentes. Olha, só ouvindo. E com atenção.

Carla Bley / Andy Sheppard / Steve Swallow: Andando El Tiempo

Andando El Tiempo (Suíte em 3 movimentos)
1 Sin Fin 10:23
2 Potación De Guaya 9:50
3 Camino Al Volver 8:29

4 Saints Alive! 8:35
5 Naked Bridges / Diving Brides 10:05

Bass – Steve Swallow
Piano – Carla Bley
Tenor Saxophone, Soprano Saxophone – Andy Sheppard
Composed By [All Compositions By] – Carla Bley

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Carla Bley
Carla Bley
Steve Swallow
Steve Swallow
Andy Shepard
Andy Sheppard

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Testament: Complete Sonatas and Partitas for Solo Violin – Rachel Barton Pine

coverNestas minhas férias ‘sabáticas’ do PQPBach estou aproveitando para colocar em dia a audição de dezenas de CDs. E um dos que tem me chamado a atenção é este em que a violinista norte americana Rachel Barton Pine encara as Sonatas e Partitas de nosso pai musical, o bom e velho João Sebastião.

Já fazia algum tempo que eu não via tamanha unanimidade entre os clientes da amazon. E creio que por aqui não vai ser diferente. A menina é um assombro, um fenômeno. Encara com tal maturidade estas peças que parece que as toca há décadas.

Quem vai ficar muito feliz com este CD duplo é nosso mentor, PQPBach, fá confesso da moça, inclusive já teve a oportunidade de assistir uma apresentação sua ao vivo.

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Testament: Complete Sonatas and Partitas for Solo Violin

1 Sonata No. 1 in G Minor, BWV 1001: I. Adagio
2 Sonata No. 1 in G Minor, BWV 1001: II. Fuga
3 Sonata No. 1 in G Minor, BWV 1001: III. Siciliana
4 Sonata No. 1 in G Minor, BWV 1001: IV. Presto
5 Partita No. 1 in B Minor, BWV 1002: I. Allemanda
6 Partita No. 1 in B Minor, BWV 1002: II. Corrente
7 Partita No. 1 in B Minor, BWV 1002: III. Sarabande
8 Partita No. 1 in B Minor, BWV 1002: IV. Tempo di Borea
9 Sonata No. 2 in A Minor, BWV 1003: I. Grave
10 Sonata No. 2 in A Minor, BWV 1003: II. Fuga
11 Sonata No. 2 in A Minor, BWV 1003: III. Andante
12 Sonata No. 2 in A Minor, BWV 1003: IV. Allegro
13 Partita No. 2 in D Minor, BWV 1004: I. Allemanda
14 Partita No. 2 in D Minor, BWV 1004: II Corrente
15 Partita No. 2 in D Minor, BWV 1004: III. Sarabanda
16 Partita No. 2 in D Minor, BWV 1004: IV. Giga
17 Partita No. 2 in D Minor, BWV 1004: V. Ciaccona
18 Sonata No. 3 in C Major, BWV 1005: I Adagio
19 Sonata No. 3 in C Major, BWV 1005: II. Fuga
20 Sonata No. 3 in C Major, BWV 1005: III. Largo
21 Sonata No. 3 in C Major, BWV 1005: IV. Allegro assai
22 Partita No. 3 in E Major, BWV 1006: I. Preludio
23 Partita No. 3 in E Major, BWV 1006: II. Loure
24 Partita No. 3 in E Major, BWV 1006: III. Gavotte en rondeau
25 Partita No. 3 in E Major, BWV 1006: IV. Menuet I & II
26 Partita No. 3 in E Major, BWV 1006: V. Boureé
27 Partita No. 3 in E Major, BWV 1006: VI. Gigue

Rachel Barton Pine – Violino

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Essa menina vai longe !!!

Benjamin Britten (1913-1976): String Quartets Nos. 1, 3 & Alla marcia

Benjamin Britten (1913-1976): String Quartets Nos. 1, 3 & Alla marcia

Um excelente disco dedicado a um repertório meio raro de se encontrar. Britten dá um banho de talento nestes brilhantes e estranhos quartetos de cordas. O homem de Aldeburgh era profundamente literário e isto fica claro nestes belíssimos trabalhos de uma forma que… não sei explicar. Ouçam o terceiro quarteto, por exemplo: ele parece terminar com uma pergunta. É inquietante e não resolvido. Foi escrito durante a última visita de Britten a Veneza. Ele é assombrado pelo espírito, personagens e algumas citações musicais de sua última ópera, Morte em Veneza. Como apreender a emoção do romance de Thoman Mann? Olha, Britten tinha a chave para fazê-lo.

Benjamin Britten (1913-1976): String Quartets Nos. 1, 3 & Alla marcia

1 String Quartet No. 1 in D Major, Op. 25: I. Andante sostenuto – Allegro vivo 8:36
2 String Quartet No. 1 in D Major, Op. 25: II. Allegretto con slancio 3:01
3 String Quartet No. 1 in D Major, Op. 25: III. Andante calmo 10:17
4 String Quartet No. 1 in D Major, Op. 25: IV. Molto vivace 4:01

5 Alla marcia 3:26

6 String Quartet No. 3, Op. 94: I. Duets: With moderate movement 5:25
7 String Quartet No. 3, Op. 94: II. Ostinato: Very fast 3:08
8 String Quartet No. 3, Op. 94: III. Solo: Very calm – Lively 5:37
9 String Quartet No. 3, Op. 94: IV. Burlesque: Fast 2:17
10 String Quartet No. 3, Op. 94: V. Recitative and passacaglia (La serenissima): Slow 9:48

Emperor Quartet

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Britten: o inglês raro
Britten: o inglês raro

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J. S. Bach (1685-1750): Toccata BWV 911 / Partita BWV 826 / English Suite No. 2 BWV 807

J. S. Bach (1685-1750): Toccata BWV 911 / Partita BWV 826 / English Suite No. 2 BWV 807

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Este ex-vinil é um grande sucesso de vendas da DG. É merecido. Ele nos mostra uma curiosa e nunca mais repetida versão de Martha Argerich, a versão bachiana. Seu Bach é sem sentimentalismos e de absoluta clareza e musicalidade. Ignoramos o motivo pelo qual ela nunca mais gravou Bach, o que torna este registro algo realmente precioso. O que ela faz na Bourée da Suíte Inglesa é algo do outro mundo, o mesmo valendo para a Toccata. A esplêndida pianista argentina nos mostra aqui uma voz distinta e irrepreensível. E a gente fica feliz de ouvir.

J. S. Bach (1685-1750): Toccata BWV 911 / Partita BWV 826 / English Suite No. 2 BWV 807

1 Toccata for keyboard in C minor, BWV 911 (BC L142) 11:02

Partita for keyboard No. 2 in C minor, BWV 826 (BC L2)
Allemande 4:15
3 Courante 4:18
4 Sarabande 2:08
5 Air 3:54
6 Menuet 1:17
7 Gigue 3:10

English Suite, for keyboard No. 2 in A minor, BWV 807 (BC L14)
8 Prélude 4:19
9 Allemande 2:56
10 Courante 1:31
11 Sarabande 4:08
12 Bourée 1/2 3:55
13 Gigue 3:19

Martha Argerich, piano

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Retrato de Martita Quando Jovem, na época da gravação deste disco
Retrato de Martita Quando Jovem, época da gravação deste disco

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Anton Arensky (1861-1906): Os Trios para Piano

Anton Arensky (1861-1906): Os Trios para Piano

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Arensky não é muito conhecido, mas ouça o seu Trio para Piano Nº 1 e depois fale comigo. É música melodiosa, lindíssima, de um romantismo digno, onde o mel foi racionado, deixando espaço para a mais pura paixão. E o Beaux Arts Trio? O que dizer, né? Que musicalidade, sonoridades e apuro técnico! O Trio Nº 2 não é tão bom quanto o primeiro, mas também é uma obra de qualidade raramente encontrável. Se você não conhece Arensky, está mais do que na hora.

Anton Arensky (1861-1906): Os Trios para Piano

1. Piano Trio No.1 in d, Op.32: 1. Allegro Moderato – Adagio
2. Piano Trio No.1 in d, Op.32: 2. Scherzo. Allegro Molto
3. Piano Trio No.1 in d, Op.32: 3. Elegia. Adagio
4. Piano Trio No.1 in d, Op.32: 4. Finale. Allegro Non Troppo – Andante – Adagio – Allegro Molto

5. Piano Trio No.2 in f, Op.73: 1. Allegro Moderato
6. Piano Trio No.2 in f, Op.73: 2. Romanza. Andante
7. Piano Trio No.2 in f, Op.73: 3. Scherzo. Presto
8. Piano Trio No.2 in f, Op.73: 4. Tema: Allegro Non Troppo
9. Piano Trio No.2 in f, Op.73: 4. Var I: Un Poco Piu Mosso
10. Piano Trio No.2 in f, Op.73: 4. Var II: Allegro
11. Piano Trio No.2 in f, Op.73: 4. Var III: Allegro Moderato
12. Piano Trio No.2 in f, Op.73: 4. Var IV: Allegro
13. Piano Trio No.2 in f, Op.73: 4. Var V: Tempo Di Valse
14. Piano Trio No.2 in f, Op.73: 4. Variation VI: Allegro

Beaux Arts Trio

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Anton Arensky por volta de 1904
Anton Arensky por volta de 1904

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Alessandro Scarlatti (1660-1725): Lamentazioni Per La Settimana Santa

Alessandro Scarlatti (1660-1725): Lamentazioni Per La Settimana Santa

Bom disco de música barroca barroca (sic). Bela interpretação do grupo Parlement De Musique para esta obra sacra do pai de Domenico Scarlatti. Alessandro Scarlatti, cujo nome verdadeiro era Pietro Alessandro Gaspari, foi um compositor italiano de grande importância para a música lírica do período barroco. Seu trabalho foi fundamental para o desenvolvimento da ópera séria e da ópera bufa (ópera cômica) do seu tempo. Ele é considerado o pai da escola napolitana de ópera, a qual contou, mais tarde, com membros como Leonardo Leo e Giovanni Pergolesi.

Alessandro Scarlatti (1660-1725): Lamentazioni Per La Settimana Santa

1. I Prima Lettione Del Mercordi Sancto: Incipit Lamentatio
2. I Prima Lettione Del Mercordi Sancto: Aleph – Quomodo Sedet Sola
3. I Prima Lettione Del Mercordi Sancto: Beth – Plorans Ploravit
4. I Prima Lettione Del Mercordi Sancto: Ghimel – Migracit Judas
5. I Prima Lettione Del Mercordi Sancto: Daleth – Viae Sion
6. I Prima Lettione Del Mercordi Sancto: Heth – Facti Sunt Hostes Ejus
7. I Prima Lettione Del Mercordi Sancto: Jerusalem Convertere
8. II Seconda Lettione Del Mercordi Sancto: Jod – Manum Suam Misit Hostis
9. II Seconda Lettione Del Mercordi Sancto: Caph – Omnis Populus Ejus
10. II Seconda Lettione Del Mercordi Sancto: Lamed – O Vos Omnes
11. II Seconda Lettione Del Mercordi Sancto: Mem – De Excelso Misit Ignem
12. II Seconda Lettione Del Mercordi Sancto: Nun – Vigilavit Jugum
13. II Seconda Lettione Del Mercordi Sancto: Jerusalem Convertere
14. III Lectio Prima Feria IVa Majoris Hebdomadae: De Lamentatione
15. III Lectio Prima Feria IVa Majoris Hebdomadae: Heth – Cogitavit Dominus
16. III Lectio Prima Feria IVa Majoris Hebdomadae: Teth – Defixae Sunt In Terra
17. III Lectio Prima Feria IVa Majoris Hebdomadae: Jod – Sederunt In Terra
18. III Lectio Prima Feria IVa Majoris Hebdomadae: Caph – Defecerunt Prae Lacrymis
19. III Lectio Prima Feria IVa Majoris Hebdomadae: Jerusalem Convertere
20. IV Lectio 2 Feria IVa In Parasceve: Lamed – Matribus Suis Dixerunt
21. IV Lectio 2 Feria IVa In Parasceve: Mem – Cui Comparabo Te
22. IV Lectio 2 Feria IVa In Parasceve: Nun – Prophetae Tui
23. IV Lectio 2 Feria IVa In Parasceve: Samech – Plauserunt Super Te
24. IV Lectio 2 Feria IVa In Parasceve: Jerusalem Convertere

Parlement De Musique
Martin Gester

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Alessandro Scarlatti
Alessandro Scarlatti, sacro de respeito

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The Best Vivaldi 100 (segunda parte – vocal)

The Best Vivaldi 100 (segunda parte – vocal)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

(Mesmo texto da primeira parte, menos as faixas e os links, claro.)

A ideia parecia meio idiota: as 100 melhores de Vivaldi… E a contagem não é por obra e sim por faixa! A contagem resultou em 6 CDs, mas… Os caras da EMI colocaram todas as obras completas e pegaram só gente de primeira linha. O resultado é uma tremenda seleção que ouvi com o maior prazer.

Vivaldi guarda parentescos com Mozart e Haydn, mais com o último. Às vezes é feliz demais. Se Mozart por vezes deixa-se tomar pelo mais absoluto drama, Vivaldi nunca o faz. Tanta exposição de felicidade por parte do Padre Vermelho pode ser meio nauseante e é bom interromper a audição para não cansar. Mas que discos, meus amigos, que discos!

É aconselhável consumir aos poucos para dar o resultado esperado: uma grande felicidade.

The Best Vivaldi 100 (segunda parte – vocal)

Disc 4:
1. Cessate,omai cessate, cantata RV 684 Stephen Stubbs/Derek Lee Ragin 11:56
2. Sonata in G minor, RV 42 for Cello and Basso continuo London Baroque/Charles Medlam 10:44
3. Sonata in D minor Op.1 No.12 RV 63 ‘La Follia’ for 2 violins and basso continuo London Baroque/Charles Medlam 9:29
4. Sinfonia in B minor for strings, RV 169 “Al Santo Sepucro” for 2 violins, viola, cello and violone London Baroque/Charles Medlam 2:52
5. Introduzione al Gloria RV637 Gérard Lesne/Il Seminario Musicale/Fabio Biondi 8:48
6. Salve Regina in C minor RV616 Gérard Lesne/Il Seminario Musicale/Fabio Biondi 13:43
7. Introduzione al Miserere RV641 Gérard Lesne/Il Seminario Musicale/Fabio Biondi 17:08

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Disc 5:
1. Gloria RV589: Gloria in excelsis Emily Van Evera/Margaret Cable/Taverner Choir/Taverner Players/Andrew Parrott 2:29
2. Gloria RV589: Et in terra pax Emily Van Evera/Margaret Cable/Taverner Choir/Taverner Players/Andrew Parrott 4:47
3. Gloria RV589: Laudamus te Emily Van Evera/Margaret Cable/Taverner Choir/Taverner Players/Andrew Parrott 2:32
4. Gloria RV589: Gratias agimus tibi Emily Van Evera/Margaret Cable/Taverner Choir/Taverner Players/Andrew Parrott 0:28
5. Gloria RV589: Propter magnam gloriam tuam Emily Van Evera/Margaret Cable/Taverner Choir/Taverner Players/Andrew Parrott 0:54
6. Gloria RV589: Domine Deus Emily Van Evera/Margaret Cable/Taverner Choir/Taverner Players/Andrew Parrott 3:24
7. Gloria RV589: Domine fili unigenite Emily Van Evera/Margaret Cable/Taverner Choir/Taverner Players/Andrew Parrott 2:18
8. Gloria RV589: Domine Deus, agnus Dei Emily Van Evera/Margaret Cable/Taverner Choir/Taverner Players/Andrew Parrott 4:39
9. Gloria RV589: Qui tollis peccata mundi Emily Van Evera/Margaret Cable/Taverner Choir/Taverner Players/Andrew Parrott 1:11
10. Gloria RV589: Qui sedes ad dexteram patris Emily Van Evera/Margaret Cable/Taverner Choir/Taverner Players/Andrew Parrott 2:30
11. Gloria RV589: Quoniam tu solus sanctus Emily Van Evera/Margaret Cable/Taverner Choir/Taverner Players/Andrew Parrott 0:51
12. Gloria RV589: Cum sancto spiritu Emily Van Evera/Margaret Cable/Taverner Choir/Taverner Players/Andrew Parrott 3:03
13. In furore, motet for soprano, 2 violins, viola & bass RV626: I Aria: In furore [Allegro] Fabio Biondi/Europa Galante/Patrizia Ciofi 4:31
14. In furore, motet for soprano, 2 violins, viola & bass RV626: II Recitativo Fabio Biondi/Europa Galante/Patrizia Ciofi 0:37
15. In furore, motet for soprano, 2 violins, viola & bass RV626: III Aria: Tunc mesu fletus [Largo] Fabio Biondi/Europa Galante/Patrizia Ciofi 4:01
16. In furore, motet for soprano, 2 violins, viola & bass RV626: IV Alleluia [Allegro] Fabio Biondi/Europa Galante/Patrizia Ciofi 1:42
17. Stabat Mater: Stabat Mater dolorosa David Daniels/Europa Galante/Fabio Biondi 3:18
18. Stabat Mater: Cujus animam David Daniels/Europa Galante/Fabio Biondi 1:47
19. Stabat Mater: O quam tristis David Daniels/Europa Galante/Fabio Biondi 1:34
20. Stabat Mater: Quis est homo David Daniels/Europa Galante/Fabio Biondi 3:09
21. Stabat Mater: Quis non posset David Daniels/Europa Galante/Fabio Biondi 1:54
22. Stabat Mater: Pro peccatis David Daniels/Europa Galante/Fabio Biondi 1:33
23. Stabat Mater: Eja Mater David Daniels/Europa Galante/Fabio Biondi 2:27
24. Stabat Mater: Fac ut ardeat David Daniels/Europa Galante/Fabio Biondi 1:19
25. Stabat Mater: Amen David Daniels/Europa Galante/Fabio Biondi 1:10

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Disc 6:
1. L’ombre, l’aure, e ancora il rio Suzie LeBlanc/Claron McFadden/Teatro Lirico/Stephen Stubbs 7:20
2. Gelosia, tu gia rendi l’alma mia Suzie LeBlanc/Teatro Lirico/Stephen Stubbs 3:08
3. Bajazet, Act 1, Scene 1: Aria: Del destin non dee lagnarsi (Bajazet) Ildebrando D’Arcangelo /Patrizia Ciofi/David Daniels/Elina Garanca/Vivica Genaux/Marijana Mijanovic/Europa Galante/Fabio Biondi 3:39
4. Bajazet, Act 1, Scene 2: Aria: Nasce rosa lusinghiera (Idaspe) Ildebrando D’Arcangelo /Patrizia Ciofi/David Daniels/Elina Garanca/Vivica Genaux/Marijana Mijanovic/Europa Galante/Fabio Biondi 3:54
5. Bajazet, Act 3, Scene 3: Aria: Barbaro traiditor (TamerlanO) Ildebrando D’Arcangelo /Patrizia Ciofi/David Daniels/Elina Garanca/Vivica Genaux/Marijana Mijanovic/Europa Galante/Fabio Biondi 3:36
6. Bajazet, Act 1, Scene 9: Aria: Qual guerriero in campo armato (Irene) Ildebrando D’Arcangelo /Patrizia Ciofi/David Daniels/Elina Garanca/Vivica Genaux/Marijana Mijanovic/Europa Galante/Fabio Biondi 7:37
7. Laudate, pueri Dominum, psalm 112 for soprano, 2 violins, viola & bass RV 600: Laudate, pueri Dominum [Allegro] Fabio Biondi/Europa Galante/Patrizia Ciofi 2:03
8. Laudate, pueri Dominum, psalm 112 for soprano, 2 violins, viola & bass RV 600: Sit nomen Domini [largo] Fabio Biondi/Europa Galante/Patrizia Ciofi 3:33
9. Laudate, pueri Dominum, psalm 112 for soprano, 2 violins, viola & bass RV 600: A solis ortu usque ad occasum [Allegro] Fabio Biondi/Europa Galante/Patrizia Ciofi 1:50
10. Laudate, pueri Dominum, psalm 112 for soprano, 2 violins, viola & bass RV 600: Excelsus super omnes [Andante] Fabio Biondi/Europa Galante/Patrizia Ciofi 3:35
11. Laudate, pueri Dominum, psalm 112 for soprano, 2 violins, viola & bass RV 600: Qui sicut Dominus Deus [largo] Fabio Biondi/Europa Galante/Patrizia Ciofi 1:30
12. Laudate, pueri Dominum, psalm 112 for soprano, 2 violins, viola & bass RV 600: Suscitans a terra inopem [Presto] Fabio Biondi/Europa Galante/Patrizia Ciofi 1:40
13. Laudate, pueri Dominum, psalm 112 for soprano, 2 violins, viola & bass RV 600: Ut collocet eum [Allegro] Fabio Biondi/Europa Galante/Patrizia Ciofi 1:44
14. Laudate, pueri Dominum, psalm 112 for soprano, 2 violins, viola & bass RV 600: Gloria Patri et Filio [Largo] Fabio Biondi/Europa Galante/Patrizia Ciofi 3:36
15. Laudate, pueri Dominum, psalm 112 for soprano, 2 violins, viola & bass RV 600: Laudate, pueri Dominum [Allegro] Fabio Biondi/Europa Galante/Patrizia Ciofi 1:42
16. Laudate, pueri Dominum, psalm 112 for soprano, 2 violins, viola & bass RV 600: Amen [Allegro] Fabio Biondi/Europa Galante/Patrizia Ciofi 2:08
17. Il Giustino RV717, ACT 1: Aria: All`armi, o guerrieri! Marina Comparato/Dominique Labelle/Francesca Provvisionato/Geraldine McGreevy/Leonardo De Lisi/Laura Cherici/Il Complesso Barocco/Alan Curtis 1:11
18. Il Giustino RV717, ACT 1: Aria: Mio dolce amato sposo Marina Comparato/Dominique Labelle/Francesca Provvisionato/Geraldine McGreevy/Leonardo De Lisi/Laura Cherici/Il Complesso Barocco/Alan Curtis 6:51
19. Il Giustino RV717, ACT 2: Duetto: Mio bel tesoro, mia dolce speme Marina Comparato/Dominique Labelle/Francesca Provvisionato/Geraldine McGreevy/Leonardo De Lisi/Laura Cherici/Il Complesso Barocco/Alan Curtis 1:15

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Regentes:
Christopher Warren-Green
Fabio Biondi
Andrew Parrott
Stephen Stubbs
Charles Medlam
Alan Curtis

Solistas:
Rosemary Furniss
Thomas Bowes
Beverly Davison
Graham Ashton
Gerald Ruddock
Alexander Balanescu
Elizabeth Layton
John Holloway
Roy Goodman
Elina Garanca
Marijana Mijanovic
Dominique Labelle
Francesca Provvisionato
Geraldine McGreevy
Gérard Lesne
Leonardo De Lisi
Janet See
Laura Cherici
Ildebrando D’Arcangelo
Margaret Cable
Patrizia Ciofi
Derek Lee Ragin
David Daniels
Vivica Genaux
Alison Place
Marina Comparato
Emily van Evera
e outros

Orquestras:
Europa Galante
Il Seminario Musicale
Taverner Consort Players
Teatro Lirico
London Baroque
Il Complesso Barocco
London Chamber Orchestra

Apoie os bons artistas, compre suas músicas.
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O cara
O cara

PQP

The Best Vivaldi 100 (primeira parte – instrumental)

The Best Vivaldi 100 (primeira parte – instrumental)

IM-PER-DÍ-VEL !!!

A ideia parecia meio idiota: as 100 melhores de Vivaldi… E a contagem não é por obra e sim por faixa! A contagem resultou em 6 CDs, mas… Os caras da EMI colocaram todas as obras completas e pegaram só gente de primeira linha. O resultado é uma tremenda seleção que ouvi com o maior prazer.

Vivaldi guarda parentescos com Mozart e Haydn, mais com o último. Às vezes é feliz demais. Se Mozart por vezes deixa-se tomar pelo mais absoluto drama, Vivaldi nunca o faz. Tanta exposição de felicidade por parte do Padre Vermelho pode ser meio nauseante e é bom interromper a audição para não cansar. Mas que discos, meus amigos, que discos!

A coleção inicia com a discoteca básica das Quatro Estações, mas depois tudo fica interessante mesmo para os ouvintes mais vivenciados com o barroco. É aconselhável consumir aos poucos para dar o resultado esperado: uma grande felicidade.

The Best Vivaldi 100 (primeira parte – instrumental)

Disc 1:
1. The Four Seasons (from ‘Il cimento dell’armonia e dell’inventione’ Op. 8), Concerto No. 1 in E (La primavera) RV269 (Op. 8 No. 1): I. Allegro London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 3:07
2. The Four Seasons (from ‘Il cimento dell’armonia e dell’inventione’ Op. 8), Concerto No. 1 in E (La primavera) RV269 (Op. 8 No. 1): II. Largo e pianissimo sempre London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 2:41
3. The Four Seasons (from ‘Il cimento dell’armonia e dell’inventione’ Op. 8), Concerto No. 1 in E (La primavera) RV269 (Op. 8 No. 1): III. Danza pastorale: Allegro London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 4:20
4. The Four Seasons (from ‘Il cimento dell’armonia e dell’inventione’ Op. 8), Concerto No. 2 in G minor (L’estate) RV315 (Op. 8 No. 2): I. Allegro non molto London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 5:09
5. The Four Seasons (from ‘Il cimento dell’armonia e dell’inventione’ Op. 8), Concerto No. 2 in G minor (L’estate) RV315 (Op. 8 No. 2): II. Adagio London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 2:05
6. The Four Seasons (from ‘Il cimento dell’armonia e dell’inventione’ Op. 8), Concerto No. 2 in G minor (L’estate) RV315 (Op. 8 No. 2): III. Presto London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 2:33
7. The Four Seasons (from ‘Il cimento dell’armonia e dell’inventione’ Op. 8), Concerto No. 3 in F (L’autunno) RV293 (Op. 8 No. 3): I. Allegro London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 5:25
8. The Four Seasons (from ‘Il cimento dell’armonia e dell’inventione’ Op. 8), Concerto No. 3 in F (L’autunno) RV293 (Op. 8 No. 3): II. Adagio London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 2:55
9. The Four Seasons (from ‘Il cimento dell’armonia e dell’inventione’ Op. 8), Concerto No. 3 in F (L’autunno) RV293 (Op. 8 No. 3): III. Allegro London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 3:42
10. The Four Seasons (from ‘Il cimento dell’armonia e dell’inventione’ Op. 8), Concerto No. 4 in F minor (L’inverno) RV297 (Op. 8 No. 4): I. Allegro non molto London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 3:03
11. The Four Seasons (from ‘Il cimento dell’armonia e dell’inventione’ Op. 8), Concerto No. 4 in F minor (L’inverno) RV297 (Op. 8 No. 4): II. Largo London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 2:26
12. The Four Seasons (from ‘Il cimento dell’armonia e dell’inventione’ Op. 8), Concerto No. 4 in F minor (L’inverno) RV297 (Op. 8 No. 4): III. Allegro London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 3:05
13. Concerto for 3 violins in F major RV551: I. Allegro Elizabeth Layton/London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 4:29
14. Concerto for 3 violins in F major RV551: II. Andante Elizabeth Layton/London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 2:15
15. Concerto for 3 violins in F major RV551: III. Allegro Elizabeth Layton/London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 3:15
16. 12 Concerti grossi Op. 3, ‘L’estro armonico’, No. 10 for 4 violins in B minor RV580: I. Allegro Christopher Warren-Green/Rosemary Furniss/Thomas Bowes/Beverly Davison/London Chamber Orchestra 3:53
17. 12 Concerti grossi Op. 3, ‘L’estro armonico’, No. 10 for 4 violins in B minor RV580: II. Largo e spiccato Christopher Warren-Green/Rosemary Furniss/Thomas Bowes/Beverly Davison/London Chamber Orchestra 2:48
18. 12 Concerti grossi Op. 3, ‘L’estro armonico’, No. 10 for 4 violins in B minor RV580: III. Allegro Christopher Warren-Green/Rosemary Furniss/Thomas Bowes/Beverly Davison/London Chamber Orchestra 3:30

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Disc 2:
1. Concerto for 2 trumpets in C major RV537: I. Allegro Graham Ashton/Gerald Ruddock/London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 2:55
2. Concerto for 2 trumpets in C major RV537: II. Largo Graham Ashton/Gerald Ruddock/London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 1:22
3. Concerto for 2 trumpets in C major RV537: III. Allegro Graham Ashton/Gerald Ruddock/London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 2:47
4. Concerto for Oboe in C major RV447: I. Allegro Gordon Hunt/London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 5:14
5. Concerto for Oboe in C major RV447: II. Larghetto Gordon Hunt/London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 4:08
6. Concerto for Oboe in C major RV447: III. Minuetto Gordon Hunt/London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 5:05
7. Concerto for Cello in C minor RV401: I. Allegro non molto Andrew Shulman/London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 4:26
8. Concerto for Cello in C minor RV401: II. Adagio Andrew Shulman/London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 3:30
9. Concerto for Cello in C minor RV401: III. Allegro ma non molto Andrew Shulman/London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 3:13
10. Concerto for Bassoon in B flat major RV502: I. Allegro Meyrick Alexander/London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 3:16
11. Concerto for Bassoon in B flat major RV502: II. Largo Meyrick Alexander/London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 5:40
12. Concerto for Bassoon in B flat major RV502: III. Allegro Meyrick Alexander/London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 2:54
13. 12 Concerti Grossi Op. 3, ‘L’estro armonico’, No. 8 for 2 violins in A minor RV522: I. Allegro Alexander Balanescu/Elizabeth Layton/London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 3:23
14. 12 Concerti Grossi Op. 3, ‘L’estro armonico’, No. 8 for 2 violins in A minor RV522: II. Larghetto e Spiritoso Alexander Balanescu/Elizabeth Layton/London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 4:12
15. 12 Concerti Grossi Op. 3, ‘L’estro armonico’, No. 8 for 2 violins in A minor RV522: III. Allegro Alexander Balanescu/Elizabeth Layton/London Chamber Orchestra/Christopher Warren-Green 3:07

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Disc 3:
1. Concerto in G major for 2 mandolines and strings RV532: I. Allegro Giovanni Scaramuzzino/Sonia Maurer/Europa Galante/Fabio Biondi 3:58
2. Concerto in G major for 2 mandolines and strings RV532: II. Andante Giovanni Scaramuzzino/Sonia Maurer/Europa Galante/Fabio Biondi 2:46
3. Concerto in G major for 2 mandolines and strings RV532: III. Allegro Giovanni Scaramuzzino/Sonia Maurer/Europa Galante/Fabio Biondi 3:20
4. Concerto in C major per mandolino er archi RV425: I. [Allegro] Giovanni Scaramuzzino/Europa Galante/Fabio Biondi 3:10
5. Concerto in C major per mandolino er archi RV425: II. Largo Giovanni Scaramuzzino/Europa Galante/Fabio Biondi 2:53
6. Concerto in C major per mandolino er archi RV425: III. [Allegro] Giovanni Scaramuzzino/Europa Galante/Fabio Biondi 2:10
7. Concerto in C major for violin & double orchestra RV581, ‘per la Santissima Assenzione di Maria Vergine’: I. Adagio e staccato – Allegro Fabio Biondi/Il Seminario Musicale 5:28
8. Concerto in C major for violin & double orchestra RV581, ‘per la Santissima Assenzione di Maria Vergine’: II. Largo Fabio Biondi/Il Seminario Musicale 2:58
9. Concerto in C major for violin & double orchestra RV581, ‘per la Santissima Assenzione di Maria Vergine’: III. Allegro Fabio Biondi/Il Seminario Musicale 5:00
10. Concerto in G minor for Flute and Strings Op. 10 No.2 RV439, ‘La notte’ Janet See/Taverner Players/Andrew Parrott 8:19
11. Concerto for Multiple Instruments in G minor RV577, ‘per l’orchestra di Dresda’ : I. Allegro Roy Goodman/Taverner Players 3:57
12. Concerto for Multiple Instruments in G minor RV577, ‘per l’orchestra di Dresda’ : II. Largo non molto Roy Goodman/Taverner Players 2:09
13. Concerto for Multiple Instruments in G minor RV577, ‘per l’orchestra di Dresda’ : III. Allegro Roy Goodman/Taverner Players 3:52
14. Concerto in C major for multiple instruments RV556, ‘per la Solennità di S Lorenzo’ : I. Largo – Allegro molto John Holloway/Roy Goodman/Taverner Players/Andrew Parrott 5:43
15. Concerto in C major for multiple instruments RV556, ‘per la Solennità di S Lorenzo’ : II. Largo e cantabile John Holloway/Roy Goodman/Taverner Players/Andrew Parrott 2:30
16. Concerto in C major for multiple instruments RV556, ‘per la Solennità di S Lorenzo’ : III. Allegro John Holloway/Roy Goodman/Taverner Players/Andrew Parrott 4:52

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Regentes:
Christopher Warren-Green
Fabio Biondi
Andrew Parrott
Stephen Stubbs
Charles Medlam
Alan Curtis

Solistas:
Rosemary Furniss
Thomas Bowes
Beverly Davison
Graham Ashton
Gerald Ruddock
Alexander Balanescu
Elizabeth Layton
John Holloway
Roy Goodman
Elina Garanca
Marijana Mijanovic
Dominique Labelle
Francesca Provvisionato
Geraldine McGreevy
Gérard Lesne
Leonardo De Lisi
Janet See
Laura Cherici
Ildebrando D’Arcangelo
Margaret Cable
Patrizia Ciofi
Derek Lee Ragin
David Daniels
Vivica Genaux
Alison Place
Marina Comparato
Emily van Evera
e outros

Orquestras:
Europa Galante
Il Seminario Musicale
Taverner Consort Players
Teatro Lirico
London Baroque
Il Complesso Barocco
London Chamber Orchestra

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Vivaldi em versão pastoral
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.: interlúdio :. O Fino da Bossa : show Teatro Paramount, 1964 : noneto Oscar Castro Neves & outros

o-fino-da-bossa-1964 CAPA-LP-1989Dia desses, garimpeiros que encontraram no blog uma postagem antiga do colega Bluedog reabriram a conversa sobre a extraordinária música instrumental que tomou forma no Brasil na década de 1960 – o que nos motivou a revalidar aqui aquela postagem, do Quarteto Novo.

E a audição do Quarteto Novo me remeteu inevitavelmente a este outro disco, que eu já vinha planejando digitalizar e postar: ele contém um terço do que foi apresentado no histórico show de 25 de maio de 1964 no antigo Teatro Paramount em São Paulo (hoje Teatro Renault), inaugurando o nome “O Fino da Bossa”, que de 1965 a 67 seria aplicado ao programa comandado por Elis Regina e Jair Rodrigues, transmitido ao vivo desse mesmo teatro pela TV Record.

Como (quase) todo mundo sabe, a bossa nova emergiu entre 1957 e 59 (ao mesmo tempo que o rock’n’roll nos EUA, e este que vos escreve naquele faroeste que era então o Paraná) de todo o caldo de cultura dos anos 50, sobretudo por obra de um bruxo chamado João Gilberto, e foi imediatamente amplificada por uma juventude universitária antenada no que rolava “lá fora” mas suficientemente inteligente pra perceber a imensa riqueza e valor da herança cultural brasileira, e ater-se a ela como fundamento da sua criação, por multi-informada que fosse.

O famoso show no Carnegie Hall (NY, 21.11.1962) ficou como marco da explosão internacional da bossa, que se tornou um dos estilos mais ouvidos no mundo pelo resto da década. Complexados que somos, só depois disso a bossa ganhou um grande teatro no Brasil – ainda por meio de uma juventude universitária suficientemente abastada para abrir suas portas de cristal (Faculdade de Direito do Largo São Francisco – quem sabe um pouco sobre São Paulo entende).

O show aconteceu mês e meio depois do golpe de 64. O sucesso estrondoso fez a bossa ganhar espaço privilegiado na tevê pelos anos seguintes, virando trincheira de resistência nacionalista e de esquerda ao mesmo tempo em que tensionava sua base carioca-boa-vida com o influxo nordestino (vide faixa 8) – com surpreendente penetração e ressonância popular até nos interiores distantes (acreditem: eu vi), mesmo com a promoção paralela da Jovem Guarda como estratégia de despolitização da juventude – até que foi varrida da tevê por obra do golpe-dentro-do-golpe (1969), altura em que já tinha se transformado no campo multiforme e complexo que ganhou o rótulo MPB.

Foi no meio disso tudo que ainda floresceu uma espantosa safra de instrumentistas e arranjadores, como os que ouvimos no Quarteto Novo e ouviremos neste disco aqui, dominado por um sujeito chamado Oscar Castro Neves.

Pra mim essa riqueza é descoberta recente: em 1964 eu tinha só 7 anos; passei a adolescência pensando que bossa era música fútil de sala de espera – o que realmente chegou a ser na sua diluição internacional. Até hoje tendo a ver a bossa pura como uma espécie de piso Haydn-Mozart a partir dos qual se ergueria uma ousadia beethoveniana, no caso a da santíssima trindade Caetano-Chico-Mílton e outros deuses em torno… E talvez tenha sido justamente o encontro com os 10 minutos de timbres e texturas que este Oscar Castro Neves arranca com seu noneto de Berimbau, de Baden e Vinícius (faixa 9), o que me fez finalmente entender a declaração solene do próprio Caetano: “o Brasil ainda precisa merecer a Bossa Nova”.

Só que, estranhamente, pouco depois grande parte desses instrumentistas e arranjadores – como o Airto Moreira do Quarteto Novo, Eumir Deodato, Sérgio Mendes, o próprio Oscar Castro Neves – foram parar na Califórnia, onde vieram a fazer parte do clube dos arranjadores mais bem pagos dos EUA – mas aí sua produção musical logo deixou de ser convincente para ouvidos brasileiros. Suas tentativas de referência ao Brasil foram ficando constrangedoramente inautênticas.

O que no meu ver pode colocar em questão a tese do colega Bluedog naquela outra postagem: a de que o “jazz nordestino” poderia ter ganho o mundo: em certa medida ele até ganhou, mas… de repente pareço ouvir uma ressonância irônica e lúgubre da frase dos evangelhos: de que adianta ao homem ganhar o mundo e perder sua alma?

Enfim: o disco que vocês vão ouvir tem meninas que cantavam com charme mas com vozes pequenas e pouco seguras – como muitas que surgiram na última década, me fazendo pensar se isso pode ser característico de momentos de transição estilística… Tem Paulinho Nogueira mostrando impecavelmente que a geração bossa não necessariamente rejeitava a tradição… Tem Jorge Ben(jor) ainda lutando pra cantar com o R de língua, não carioca, que era exigido pelo rádio (!) até começo dos anos 60 (herança do estado Novo?). E tem Rosinha de Valença extraindo tamanha ginga e intensidade de seu violão, que eu tendo a considerar a faixa 5 o ponto alto do disco – mais ainda que os já mencionados dez minutos do Oscar.

E por falar no Oscar (Castro Neves), por mais que tenha procurado, não consegui encontrar os nomes dos integrantes do seu noneto. Será que algum dos leitores pode ajudar a matar a charada?

O FINO DA BOSSA
LP de 1964, contendo cerca de 1/3 da gravação ao vivo do show
“O Fino da Bossa”, promovido pelo Centro Acadêmico XI de Agosto (da faculdade de direito da USP) no Teatro Paramount de São Paulo, na noite de 25 de maio de 1964.

  • 01 Onde Está Você? (Luvercy Fiorini / Oscar Castro Neves)
    Alaíde Costa, voz; Oscar Castro Neves Noneto – 03’51
  • 02 Garota De Ipanema (Tom Jobim / Vinicius de Moraes)
    Zimbo Trio = Amilton Godoy, piano;
    Luiz Chaves, contrabaixo; Rubens Barsotti, bateria – 04’18
  • 03 Pot-pourri:
    – Gosto Que Me Enrosco (Sinhô = José Barbosa da Silva)
    – Agora É Cinza (Bide = Alcebíades Maia Barcellos /
    Marçal = Armando Vieira Marçal)
    – Duas Contas (Garoto = Aníbal Augusto Sardinha)
    – Bossa Na Praia (Geraldo Cunha / Pery Ribeiro)
    Paulinho Nogueira, violão – 04’07
  • 04 Tem Dó (Baden Powell / Vinicius de Moraes)
    Ana Lúcia, voz; Oscar Castro Neves Noneto – 02’57
  • 05 Consolação (Baden Powell / Vinicius de Moraes)
    Rosinha de Valença, violão; Oscar Castro Neves Noneto? – 06’26
  • 06 Chove Chuva (Jorge Ben / Benjor)
    Jorge Ben (Benjor) – 03’39
  • 07 Desafinado (Newton Mendonça / Tom Jobim)
    Wanda Sá, voz; Oscar Castro Neves Noneto – 03’38
  • 08 Maria Moita (Carlos Lyra / Vinicius de Moraes)
    Nara Leão – 01’59
  • 09 Berimbau (Baden Powell / Vinicius de Moraes)
    Oscar Castro Neves Noneto – 10’18

Lançamento original em vinil: 1964.
Digitalizado em 2016 por Ranulfus & Daniel the Prophet
a partir do relançamento de 1989 em vinil,
comemorativo de 30 anos de Bossa Nova

.  .  .  .  .  .  .  BAIXE AQUI – dowload here – FLAC (recomendado)

.  .  .  .  .  .  .  BAIXE AQUI – download here – MP3

Ranulfus

.:interlúdio:. Lol Coxhill, Steve Lacy & Evan Parker – Three Blokes

.:interlúdio:. Lol Coxhill, Steve Lacy & Evan Parker – Three Blokes

Sim, jazz de vanguarda. Quem não gosta, que fuja. Este álbum documenta três noites de improviso em duetos ou em trio de três saxofonistas, todos com sax soprano. Não há outros instrumentos e, na verdade, só há um trio: a curtíssima Three Blokes.

O disco é uma fascinante integração entre 3 grandes instrumentistas que se revesam em duplas. Um levando o tema e o outro, digamos, correndo atrás. Gostei muito, mas sei que é para poucos.

Lol Coxhill, Steve Lacy, Evan Parker – Three Blokes

1. The Crawl (Parker-Lacy)
2. Backlash (Parker-Lacy)
3. Glanced (Coxhill-Lacy)
4. Broad Brush (Parker-Coxhill)
5. Three Blokes (Lacy)

All tracks recorded live in Berlin, 25-27/09/1992
Released in 1994 by FMP.

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Os três loucos.
Os três loucos.

PQP

Liduino Pitombeira (1962): Grupo Syntagma – Syntagma (Música Medieval, Renascentista e Nordestina)

Liduino Pitombeira (1962): Grupo Syntagma – Syntagma (Música Medieval, Renascentista e Nordestina)

syntagmaO Syntagma surgiu em 1986 com a proposta de resgatar e recuperar as sonoridades da música antiga (medieval, renascentista e barroca), fazendo um elo de ligação com a música nordestina atual. Desde então, conquistou um público cativo e obteve sucesso no meio artístico cearense. Atualmente composto por nove músicos, o grupo Syntagma sempre serviu como um laboratório para os mais de quarenta instrumentistas que já passaram por ele e para os que o compõem atualmente. O cearense Heriberto Porto responde pela direção de música antiga e nordestina e o grande compositor cearense Liduino Pitombeira pela maior parte dos arranjos de música nordestina. O resultado da união de talentos é uma música da melhor qualidade. Para conseguir este som único, o Syntagma utiliza uma mistura de instrumentos antigos — como o saltério, o alaúde e o cravo — aliados a instrumentos mais comuns, como as flautas doce e transversa, o violão e percussão. Gravado no final de 1997, este é o primeiro CD do grupo, retrato fiel do trabalho aprofundado de pesquisa musical desenvolvido desde o início. O Syntagma está sempre em busca de um grande refinamento musical, trabalhando de forma rica a sonoridade de cada instrumento.

O disco traz uma pluralidade de estilos e autores característicos do repertório do Syntagma. Um ambiente onde convivem com harmonia uma mistura de anônimos medievais e renascentistas com clássicos nordestinos de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. O toque cearense fica a cargo das composições e arranjos de Liduino Pitombeira, único remanescente da formação inicial do Syntagma e que atualmente estuda nos Estados Unidos, de onde compõe novas peças.

Fonte (site do grupo): http://syntagmaceara.vilabol.uol.com.br/

Liduino Pitombeira (Russas-Ceará, 1962) é um compositor brasileiro. Ph.D. em Harmonia e Composição, pela Universidade do Estado da Luisiana, nos EUA, onde estudou com Dinos Constantinides.

No Brasil, estudou com Vanda Ribeiro Costa, Tarcísio José de Lima e José Alberto Kaplan.

Suas obras já foram executadas por orquestras como o Quinteto de Sopros da Filarmônica de Berlim e foram premiadas em primeiro lugar no II Concurso Nacional de Composição Camargo Guarnieri com Suite Guarnieri e no Concurso Nacional de Composição “Sinfonia dos 500 Anos” com Uma Lenda Indígena Brasileira.

Também contam, em sua biografia, apresentações com a OSESP – Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica do Recife, Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho, do Grupo Syntagma (Brasil), e da orquestra Filarmônica de Poznan (Polônia).

Pitombeira atualmente é professor do Departamento de Música da Universidade Federal de Campina Grande. Tem especial interesse na relação subjacente entre música e matemática, tendo escrito artigos a respeito.

Fonte: Wikipedia

BOA AUDIÇÃO!

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Grupo Syntagma – Syntagma

01- Schaffertänz (Anônimo medieval) 1:12
02– Parti de Mal (Anônimo medieval) 3:21
03– Algodão (Luiz Gonzaga e Zé Dantas) 3:45
04- Basse Dance (Anônimo renascentista) 2:30
05– Saltarello (Anônimo medieval) 1:24
06– Variações sobre o Juazeiro (Liduino Pitombeira) 5:19
07– Pase El Agua (Anônimo renascentista) 1:46
08– Allegro do Divertimento (Giuseppe Sammartini) 2:46
09- Baião (Luiz Gonzaga-Humberto Teixeira) 3:20
10– Bransle (Anônimo) 1:30
11– Hoboeckentanz (Anônimo) 2:42
12– Ajubete Jepê Amo Mbaê (Liduino Pitombeira) 5:59
13– Come Again (John Dowland) 3:50
14– Courante (Michael Praetorius) 2:02
15– Cantiga (Clóvis Pereira) 5:05
16– Kalenda Maya (Rambaudt de Vaqueiras) 3:43
17– Qui nem Jiló (Luiz Gonzaga-Humberto Teixeira) 2:09
18– Saltarello (Anônimo medieval) 2:28
19– Variações sobre a Muié Rendêra (Liduino Pitombeira) 4:57

Grupo Syntagma (Formação neste cd)
Luduino Pitombeira
Duda di Cavalcanti
Heriberto Porto
Jorge Santa Rosa
Solange Gomes
Giovanni Pacelli
Roberto Gibbs
Mirella Cavalcante

Obs.: Infelizmente o encarte do cd não informa o(s) instrumento(s) de cada membro.

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Liduíno Pitombeira com o Syntagma em Fortaleza, no ano de 1987
Liduíno Pitombeira com o Syntagma em Fortaleza, no ano de 1987

Marcelo Stravinsky

Yngwie Johann Malmsteen (1963): Concerto Suite for Electric Guitar and Orchestra in Em, Opus 1 "Millennium"

Yngwie Johann Malmsteen (1963): Concerto Suite for Electric Guitar and Orchestra in Em, Opus 1 "Millennium"


Trago-lhes um álbum que, com certeza, fará com que os mais conservadores “tremam suas carnes”.

Concerto Suite for Electric Guitar and Orchestra in Em, Opus 1 “Millennium” é uma obra para orquestra e coro, com solos de guitarra elétrica e violão acústico, composta pelo guitarrista sueco Yngwie Malmsteen, mais conhecido pelo virtuosismo com a guitarra e riffs de heavy metal. Algumas partes do Concerto foram baseadas em temas de seus álbuns de heavy metal. Uma obra de muita inspiração, vigor e sobretudo virtuosismo.

Yngwie Malmsteen, nome artístico de Lars Johan Yngve Lannerbäck, é um virtuoso guitarrista sueco. Nasceu em Estocolmo, Suécia, 30 de junho de 1963. Guitarrista conhecido por sua incrível velocidade,teve aulas de piano e trompete e aos 5 anos ganhou seu primeiro violão, que ficou parado até 18 de setembro de 1970 quando viu um especial na TV sobre a morte de Jimi Hendrix.O que lhe chamou a atenção não foi a técnica de Hendrix mas sim o momento em que ele pôs fogo em sua guitarra após quebrá-la.
Aplicando sua intensa curiosidade e tenacidade primeiro com uma velha guitarra Mosrite e depois uma barata Stratocaster, Yngwie entrou na música de bandas como Deep Purple. Sua admiração pelas influências clássicas de Ritchie Blackmore levaram-no a conhecer Bach, Vivaldi, Beethoven, Mozart e Paganini, entre outros compositores.
O primeiro disco solo de Yngwie, “Rising Force”, entrou nas paradas da Billboad no 60º lugar, uma ótima marca para um disco quase todo instrumental. Esse álbum ganhou uma indicação para o Grammy e várias votações em revistas como Revelação, Melhor Guitarrista, etc. Seus duelos com o grande tecladista Jens Johansson (ex Stratovarius) fizeram nascer um novo estilo musical: o metal neo-clássico, mais tarde chamado de Baroque & Roll.
As composições neo-clássicas de Yngwie alcançaram novas alturas em 1986 no álbum “Trilogy”. Até os dias de hoje esse é um dos seus discos favoritos, tanto nas letras quanto musicalmente.
Fonte: Wikipédia

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Yngwie Malmsteen: Concerto Suite for Electric Guitar and Orchestra in Em, Opus 1 “Millennium”

01 Icarus Dreams Fanfare (5:22)
02 Cavalino Rampante (3:54)
03 Fugue (3:35)
04 Prelude to April (2:42)
05 Toccata (3:54)
06 Andante (4:17)
07 Sarabande (3:19)
08 Allegro (1:29)
09 Adagio (3:07)
10 Vivace (4:47)
11 Presto Vivace (3:39)
12 Finale (1:49)

Yngwie Johann Malmsteen, electric and acoustic guitar
Czech Philharmonic Orchestra
Yoel Levi, conductor
David Rosenthal, orchestrations

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Na humilde opinião de PQP, o pior disco postado por este blog em todos os tempos
Na humilde opinião de PQP, o pior disco postado por este blog em todos os tempos

Marcelo Stravinsky

Bruce Broughton (1945): Cartoon Concerto

Bruce Broughton (1945): Cartoon Concerto

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Na essência de minha ecleticidade, gosto muito da música e efeitos sonoros orquestrais que embalam alguns desenhos animados, pelo menos os mais bem produzidos,e quero apresentar a vocês um disco muito interessante de um compositor já muito experiente no mundo da música, especialmente do cinema.

Bruce Broughton é um compositor norte-americado nascido em 1945 em Los Angeles. Compôs inúmeras trilhas de filmes, entre elas, Young Sherlock Holmes (O Enigma da Pirâmide, aqui no Brasil de 1985), Baby’s Day Out (Ninguém Segura Esse Bebê de 1994), Moonwalker (Filme com Michael Jackson de 1988). Foi nomeado ao Oscar em 1986 pela composição para o filme Silverado de 1985 e recebeu diversas outras premiações (entre outros, nove prêmios Emmy) e nomeações.

Cartoon Concerto é uma obra difícil de definir. Trata-se de um concerto? Uma trilha sonora? É uma amálgama de melodias em ritmos frenéticos, jazzísticos, melodias burlescas e múltiplas referências que dura cerca de uma hora e quando menos se espera já terminou. Extremamente empolgante!

Mais informações sobre cada uma das faixas vocês podem encontrar neste endereço (texto em espanhol).

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Bruce Broughton: Cartoon Concerto

01. An American Prologue (03:37)
from the short cartoon “Off His Rockers” (Disney, 1992)

02. Carnival Presto (06:35)
from the Roger Rabbit short cartoon “Rollercoaster Rabbit” (Disney, Amblin, Touchstone, 1990)

03. Scherzo Berzerko in 3 Portions (18:35)
score of the Tiny Toon Adventures episode “Journey to the Center of Acme Acres” (Warner Bros., Amblin, 1990)

04. Outdoor Interlude (08:19)
score of the Roger Rabbit short cartoon “Trail Mix-Up” (Disney, Amblin, 1993)

05. Le Grande Finale in 4 Portions (18:39)
score of the Tiny Toon Adventures episode “Hog-Wild Hamton” (Warner Bros., Amblin, 1991)

06. Teeny Tiny Coda (01:04)
theme song of the end credits of Tiny Toon Adventures (Warner Bros., Amblin, 1990-1992)

Total Duration: 00:56:49

Composto e conduzido por Bruce Broughton

Sem informações sobre a orquestra.

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Roger Rabbit
Roger Rabbit

Marcelo Stravinsky

Louis Moreau Gottschalk (1829-1869): Grande Fantasia Triunfal Sobre o Hino Nacional Brasileiro

Louis Moreau Gottschalk (1829-1869): Grande Fantasia Triunfal Sobre o Hino Nacional Brasileiro

Que tal uma homenagem ao Hino Nacional Brasileiro feita por um compositor norte-americano?!?!

O compositor, pianista e regente norte-americano Louis Moreau Gottschalk (1829-1869) foi um dos primeiros artistas estrangeiros a empolgar o público brasileiro no tempo de D.Pedro II. Compositor dedicado a diversos gêneros e tendo se apresentado em vários países, inspirou-se notavelmente nos ambientes musicais locais, tendo escrito peças alusivas, entre outras, dedicadas a Cuba e ao Uruguai.

Sua “Grande Fantasia Triunfal com Variações sobre o Hino Nacional Brasileiro”, é de grande sucesso no repertório não só de nossos pianistas, como nos de outros países. A música, baseada no original de Francisco Manoel da Silva, foi dedicada à Condessa d”Eu , a Princesa Isabel, filha de D. Pedro II que, como todos sabem, assinou em 1888, a Lei Áurea, acabando com a escravidão no Brasil.

A estréia da “Grande fantasia Triunfal” ocorreu no Rio de Janeiro em 1869, num “concerto-monstro“, executada por 650 músicos! Segundo carta que escreveu para seus amigos nos Estados Unidos, Gottschalk afirmou :“Os meus concertos no Brasil são um verdadeiro furor… o Imperador, a família Imperial e a Corte não perderam um só dos meus concertos e a minha “Fantasia Triunfal” agradou a D. Pedro II. Cada vez que me apresento, tenho que tocar essa obra… “.

A “Grande Fantasia Triunfal com Variações sobre o Hino Nacional Brasileiro” é uma das mais empolgantes exaltações musicais de brasilidade e tem sido usada com prefixo de um determinado partido político atual no horário de propaganda política da televisão. Foi através dessa composição que o espírito polêmico de Louis Moreau Gottschalk se prolongou até os dias atuais.

Entretanto, em 1973, uma consulta de origem desconhecida à Comissão Nacional de Moral e Civismo, ameaçou por algum tempo de proibição a peça de Gottschalk. O processo rolou por alguns anos até que, graças principalmente ao parecer do musicólogo Alfredo Melo, que esclareceu devidamente a diferença entre “arranjo” e “variação”, e condenou “essa interdição como um “crime de lesa-cultura”, a “Grande fantasia Triunfal”, foi liberada. Finalmente, a 7 de setembro de 1981, junto ao Monumento do Ipiranga, ela foi executada em apoteose para 800 mil pessoas, no melhor estilo “gottschalkiano”.

Texto de Roberto Muggiati.

As Obras
Para quem não sabe, a Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro é aquela música majestosa que inicia as propagandas eleitorais do PDT e que foi utilizada como fundo musical na transmissão do funeral de Tancredo Neves.
The Union é uma obra essencialmente marcial baseada em três temas norte-americanos, no Star-Splangled Banner, hino nacional norte-americano; no hino americano não-oficial Hail, Columbia e na canção patriótica Yankee Doodle.
A Marcha Solene Brasileira é uma imponente marcha para grande orquestra com banda militar e canhão, também baseada no Hino Nacional Brasileiro.
A Grande Tarantela, trata-se de uma obra vigorosa, empolgante e muito inventiva baseada nos ritmos da dança tradicional italiana. O primeiro contato, inconsciente, que tive com a obra de Gottschalk foi com essa tarantela. Era a abertura de um programa de música erudita (senão me engano chamava-se “Os Clássicos”) que passava na TV Educativa.

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Gottschalk: Grande Fantasia Triunfal sobre o Hino Nacional Brasileiro

01. Grande Fantasia Nacional sobre o Hino Nacional Brasileiro, op. 69
Arranjo para piano e orquestra: Samuel Adler
Orquestra Sinfônica de Berlim
Eugene List, piano e Samuel Adler, regência

02. “The Union” Concerto-Paráfrase sobre Árias Nacionais Norte-Americanas, op. 48
Arranjo para piano e orquestra: Samuel Adler
Orquestra da Ópera do Estado de Viena
Eugene List, piano e Igor Buketoff, regência

03. Marcha Solene Brasileira, para orquestra e banda militar com canhão
Revista e orquestrada por: Donald Hunsberger
Orquestra Sinfônica de Berlim e Banda
Samuel Adler, regência

04. Grande Tarantela para piano e orquestra
Reconstruída e orquestrada por Hershy Kay
Orquestra da Ópera do Estado de Viena

Eugene List, piano e Igor Buketoff, regência

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Gottschalk; chatinho, na opinião de PQP.
Gottschalk; chatinho, na opinião de PQP.

Marcelo Stravinsky, revalidado por PQP

Grandes Aberturas Francesas

Grandes Aberturas Francesas

Este é um cd importado cujo encarte não possui simplesmente nenhuma informação além da lista de músicas e compositores, a orquestra e o regente, ou seja, não se trata de uma grande produção, mas muito interessante para quem gosta de música clássica ligeira.

Na gravação a seguir temos oitos aberturas francesas com sete compositores românticos, com destaque para Louis Herold, Daniel Auber, Adolphe Adam, Luigi Cherubini e Etienne Mehul, esse último já postado aqui no blog . Talvez a mais popular dessas aberturas seja Zampa de Herold. Lembro-me de ter ouvido trechinhos de Zampa em alguns desenhos animados como Pica-Pau com o Andy Panda e um antigo da Turma do Mickey Mouse.

Bon appétit, mes amis!

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Grandes Aberturas Francesas

1. Louis Herold – Zampa
2. Daniel Auber – La Muette De Portici
3. Adolphe Adam – La Poupee De Nuremberg
4. Adolphe Adam – Si J’Etais Roi
5. Etienne-Nicolas Mehul – La Chasse Du Jeune Henri
6. Francois Boieldieu – Le Calife De Bagdad
7. Luigi Cherubini – Medea
8. Andre Gretry – La Magnifique

Münchener Rundfunkorchester
Kurt Redel

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Segundo o Google Images, Abertura Francesa é isso aí acima.
Segundo o Google Images, Abertura Francesa é isso aí acima.

Marcelo Stravinsky

Cancionero Musical de Palacio – Music of the Spanish Court (1505-1520)

Cancionero Musical de Palacio – Music of the Spanish Court (1505-1520)

Possuo este CD há bastante tempo e costumo ouvi-lo, pelo menos, duas vezes por mês. Ele é a minha referência de música medieval da melhor qualidade. A partir dessa gravação, passei não só a apreciar um pouco mais a música vocal, como também a música produzida antes do século XVII.

É uma bela amostra do que foi produzido na corte espanhola entre os anos de 1505 e 1520. O álbum traz desde composições anônimas a composições de Enzina e Alonso, entre outros. Você, com certeza, irá impressionar-se com canções como: Rodrigo Martinez, Si abrá en este Baldrés, Levanta Pascual, La Tricotea, Tres morillas m’enamoran, além da espetacular versão instrumental de Todos los bienes del mundo e a famosa Danza Alta.

Uma deliciosa e empolgante seleção interpretada pela Ensemble Accentus, um grupo estabelecido em Viena, especializado em música medieval espanhola, formado por mais de 30 integrantes, entre cantores e instrumentistas, com a direção de Thomas Wimmer.

Boa audição!

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Cancionero Musical de Palacio – Music of the Spanish Court (1505-1520)

01. Rodrigo Martinez (Anonimo) 2:11
02. Con amores, mi madre (Juan de Anchieta) 2:34
03. Pues que jamás olvidaros (Juan del Enzina) 5:49
04. Si abrá en este baldrés (Juan del Enzina) 1:27
05. Si d’amor pena sentis (Anonimo) 4:40
06. Tir’alla, que non qui (Alonso) 2:49
07. Todo quanto yo serví (Lope de Baena) 2:21
08. Levanta Padcual (Juan del Enzina) 2:53
09. Malos adalides fueron (Badajos) 5:01
10. Todos los bienes del mundo (Juan del Enzina) 3:01
11. Durandarte (Millán) 3:23
12. Fata la parte (Juan del Enzina) 2:00
13. Pedro, i bien te quiero (Juan del Enzina) 3:01
14. Danza Alta (Francisco de la Torre) 1:44
15. Qu’es de ti, desconsolado? (Juan del Enzina) 3:41
16. La tricotea (Alonso) 3:29
17. Ay triste, que vengo (Anonimo)
18. So ell enzina (Anonimo) 1:49
19. Como está sola me vida (Ponce) 2:20
20. O voy (Anonimo) 1:43
21. Tres morillas m’enamoran (Anonimo) 4:54
22. Hoy comamos y bebamos (Juan del Enzina) 4:10

Ensemble Accentus
Thomas Wimmer

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Velasquez, As Meninas, 1656
Velasquez, As Meninas, 1656

Marcelo Stravinsky

Albert Ketèlbey (1875-1959): Orchestral Works

Albert Ketèlbey (1875-1959): Orchestral Works

O anúncio de um editor no jornal da Sociedade de Direitos de Execução Britânica em outubro de 1929 disse tudo: “É de ARTHUR W. KETÈLBEY (o maior compositor inglês vivo) uma nova e bela inspiração, A Hora Sagrada”.

Pondo de lado o fato não insignificante de que homens da estatura criativa de Elgar, Vaughan Williams, Holst e Bax viviam ainda nessa época, há uma certa elegância freudiana na própria circunstância de que o próprio editor não deu o nome de Sir Ketèlbey direito! Ele era, realmente, Albert W. Ketèlbey, mas, era o sobrenome, e não o prenome, que normalmente causava problema. A bem da verdade, o público tendia a colocar o acento no lugar errado – fazendo-o na segunda sílaba: Ke-tèl-bey. Quando não, pessoas desavisadas a ele se referiam como Kettleboy ou Kettlebay e diversas outras variações de nomenclatura.

É preciso alertar para o fato, porém, de que, embora tudo isso, ele sempre soube absorver essa confusão. Diz-se surpreendentemente, embora ninguém ainda o tenha dado certeza, que ele teria nascido simplesmente William Aston, todavia, como veio ao mundo em Aston, distrito de Birmingham, é possível que tal nome tenha surgido em razão dessa indistinção! Onde, quando e como ele assumiu tal troca de nomes permanece no mistério, exceto que tenha sido em tempos muito distantes. Chegou-se a buscar o novo nome como ligado a origens dinamarquesas, a teoria sendo calcada a seguinte: “o ke tendo o papel de prefixo ligado ao Ke nos nomes “Kenelm”. “Kesteven”, “K’nut”, “Quebec”, ou seja, Ke-bec, o Que vindo a ser o equivalente do francês Ke“, alguém tendo de ser perdoado por esse retrocesso. Presume-se que o “W” signifique William mas, de novo, inexiste evidência incontestável que confirme isto.

De um modo ou de outro, Albert William Ketèlbey que seja, nasceu, como já afirmou, em Birmingham, no dia 4 de agosto de 1875. Parece haver demonstrado talento para música muito cedo, com aparente aptidão para o piano. Certa tendência para a composição terá se manifestado muito rápido nele, pois, com apenas 11 anos de idade, escreveu uma Sonata para piano que foi executada em um recital havido no recinto da Prefeitura de Worcester, a qual, depois, iria ganhar a admiração de alguém do porte de Sir Edward Elgar. Em Birmingham, seus estudos foram feitos sob as orientações de Alfred Gaul e do Dr. Herbert Wareing, ambos havendo-o preparado para a admissão em um dos colégios de música londrinos. Supôs-se, inicialmente, que ele pudesse ter ingressado no Colégio Real de Música, mas, por qualquer razão, perdeu o prazo para uma bolsa de estudos lá e optou por outra, a Bolsa de Estudos da Rainha Vitória, no Colégio Trinity. Tinha apenas 13 anos, mas, com facilidade, ganhou o primeiro lugar, obtendo muitas notas mais altas que o seu colega concorrente, Gustav Holst, quase um ano mais velho do que ele.

Ketèlbey viveu 84 anos e, compreensivelmente, seu ritmo de vida foi diminuindo bastante nos últimos tempos de existência. Com uma criação musical comovente atrás de si, satisfez-se no gozo do tranqüilo ambiente da Ilha de Wight ao lado de sua segunda mulher, Maud. Não tinha família, mas isto parecia não aborrecê-lo. Morreu no dia 26 de novembro de 1959, época em que já se tornara uma espécie de fora-de-moda. Uma nota de obituário absolutamente prosaica no Times de Londres anunciou a sua morte, tendo sido isto o mais favorável que encontraram: “desenvolveu talento para a escrita descritiva… na qual mostrou habilidade para captar sonoridade ambiental”.

As Obras

No Jardim de um Mosteiro (In a Monastery Garden)

Este foi o “intermezzo característico”, publicado em 1915, primeiro responsável pelo deslanchar de Ketèlbey na vanguarda dos compositores de música ligeira. O próprio compositor providenciou descrição para a peça: “O primeiro tema representa o devaneio de um poeta na quietude do jardim de um mosteiro, em meio a um belo arredor – s serena tranquilidade do ambiente -, árvores frondosas e pássaros cantando. O segundo tema, em tom menor, expressa uma nota mais “pessoal” de tristeza, de apelo e de penitência. Nesse momento os monges são ouvidos cantando o “Kyrie Eleison” com fundo de órgão e o sino da capela soando. O primeiro tema é ouvido novamente de modo tranquilo, como se houvesse se tornado mais etéreo e distante; o canto dos monges se faz ouvir outra vez – fica mais forte e insistente, levando a peça a uma conclusão exultante”.

Chal Romano (Jovem Egípcio)

Esta “Abertura Descritiva”, datada de 1924, dá uma boa demonstração da atuação de Ketèlbey naquilo que se pode perceber como estruturas mais “formais”, fora daquelas adotadas em suas miniaturas pictóricas. A invenção melódica é, na verdade, indistinta, embora conduzida com inegável maestria, e revela inteiramente as qualidades de um artista que sabe como tirar o máximo de uma orquestra.

Suíte Romântica (Suite Romantique)

Esta comovente suíte orquestral surgiu, igual a peça antecedente, em 1924, trazendo uma dedicatória a Sir Dan Godfrey (1868-1939), esse incansável campeão dos compositores ingleses, cujo brilhante trabalho com a Orquestra Municipal de Bournemouth muito fez para erguer o padrão de concertos na Inglaterra, e não só ao nível local, mas também, nacional. Cada um dos três movimentos traz um título romântico caracterizante (em francês, naturalmente!).

Capricho Pianístico (Caprice Pianistique)

Uma dentre outras peças compostas para uso próprio, este agradável destaque serve para lembrar-nos a destreza de Ketèlbey como pianista virtuose. Definida como “Piano Novelty” (Novidade para Piano), é uma obra relativamente recente, tendo surgido após a Segunda Grande Guerra, em 1947. Tem acentuação bem definida de “capricho”, oferecendo uma despreocupação onde, ao se buscar aproximação com elementos mais sérios, cede-se lugar a um ânimo galhofeiro.

O Relógio e as Figuras de Porcelana (The Clock and the Dresden Figures)

Publicada em 1930, esta encantadora fantasia foi dedicada a um amigo do compositor, Tenente W. J. Dunn, e, consequentemente, por um toque possível de incongruência, há dela uma versão para piano e banda militar, além desta mais convencional, para piano e orquestra, aqui registrada.

Suíte Cockney (Cockney Suite)

Os cinco movimentos da Suíte Cockney (um Cockney, ao acaso, pode ser definido como alguém nascido ao som do Bow Bells no leste londrino, se não todos da própria área leste da cidade) constituiu outro produto do industrial ano de 1924 e, sob muitos aspectos, serviu de tributo à cidade onde Ketèlbey residiu por inúmeros anos e que contribuiu para a sua fama e fortuna (de uma maneira bem semelhante à retribuição feita por Eric Coates na suíte “Londres”. Os locais por ele escolhidos para inspiração cobrem o spectrum total da sociedade londrina. Aqui podemos apreciar os movimentos de números 5 e 3.

Ao Luar (In the Moonlight)

Esta miniatura é descrita como um “Intermezzo Poético” e foi subtitulada em francês como Sous la Lune, no intuito de se acrescentar apropriada aura romântica. Acima de tudo uma peça de época, tem o mérito de encantar por seu valor melódico. Foi modelada no esquema A B A C A e mais a coda, com C servindo de apaixonado fecho relativo de B. Teve sua estreia relativamente cedo na carreira do compositor no âmbito da música ligeira, em 1919.

Wedgwood Melancólico (Wedgwood Blue)

De modo algum Josiah Wedgwood iria imaginar, quando fundou sua hoje famosa fábrica de cerâmicas em 1759 que, 161 anos depois, seu empreendimento seria homenageado numa dança por Albert W. Ketèlbey. A dança em foco é uma gavota, encerrando uma seção contrastante intermediária da qual se encarregam solos de violoncelo e de violino. Inteiramente despretenciosa, esta peça fascina por sua evocação, há muito desaparecida.

Sinos Através das Campinas (Bells Across the Meadows)

Uma das mais conhecidas composições de Ketèlbey, este fragmento declaradamente sentimental surgiu em 1921. Para as modernas audiências, este trabalho oferece emanação equivalente às pinturas de Myles Birket Foster sobre as cenas do passado – casinhas de teto vegetal com flores entrelaçadas, em meio a jardins repletos de malva – rosas com gracioso regato borbulhando adiante e vacas pastando sossegadamente além.

A Melodia Fantasma (The Phantom Melody)

Este é um trabalho que proporcionou a Ketèlbey um prêmio de 50 libras no concurso organizado por August Van Biene e que atraiu o interesse do compositor para a música ligeira. Nesta versão orquetral, os violinos tomam o lugar originalmente entregue ao violoncelo solista. O próprio Biene havia ganho fama em 1893 com uma peça intitulada The Broker Melody (A Melodia Partida) e é bem possível que Ketèlbey haja escolhido este tipo e título em homenagem ao criador do concurso. Mais tarde, uma canção foi adaptada desta obra, com o título de I Loved You More Than I Knew.

Em um Mercado Persa (In a Persian Market)

Sem dúvida a mais, mundialmente, popular de todas as suas composições. Esta é uma das peças que, ouvindo-a, as pessoas já dizem “é assim que ela se chama!?”. É um tema que muita gente conhece há anos. Designada como “Intermezzo-Scene” pelo próprio compositor e publicada em 1920, ela descreve o seguinte cenário: “Cameleiros se aproximam gradualmente do mercado; gritos de mendigos por ‘Back-shees’, são ouvidos entre o alvoroço. (O lamento todo é “Back-sheesh, Allah, empshi, ‘empsi’, sabemos, significa ‘vá embora!’). Sua fama mundial se deve, principalmente, ao fato de ter sido gravada uma versão pop do seu intermezzo, pela cantora Della Reese, intitulada “Take My Heart”.

Fonte: Encarte do CD, Tim McDonald

Boa audição!

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Ketèlbey: Orchestral Works

01. In a Monastery Garden (5:15)

02. Overture: The Adventures (4:31)

03. Chal Romano (10:06)

Suite Romantique
04. Nº 1 Romance “Réveil d’Armour” (6:49)
05. Nº 2 Scherzo “Pensés Troublées” (3:02)
06. Nº 3 Valse Dramatique “Querelle et Réconciliation” (4:57)

07. Caprice Pianistique (3:33)

08. The Clock and the Dresden Figures (4:06)

Cockney Suite
09. Nº 5 “Bank Holliday” (2:36)
10. Nº 3 “At the Palais de danse” (2:53)

11. In the Moonlight (5:09)

12. Wedgwood Blue (4:11)

13. Bells across the Meadows (5:09)

14. The Phantom Melody (3:54)

15. In a Persian Market (5:34)

Slovak Philharmonic Male Chorus in 01, 15
Czecho-Slovak Radio Symphony Orchestra (Bratislava)
Adrian Leaper

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Albert Ketèlbey: esquecido, talvez merecidamente
Albert Ketèlbey: esquecido

Marcelo Stravinsky

.: interlúdio :. Jaromir Hnilička (*1932): Missa Jazz (1969) – Orchester Gustav Brom

MissaJazz_capaTem coisa mais improvável que uma peça jazzística composta por um sujeito chamado Jaromir Hnilička?

Tem: que a peça consista basicamente de uma execução instrumental bastante simples dos cantos litúrgicos da missa católica, seja executada por uma banda de jazz tcheca… e o disco tenha feito sucesso em todo o mundo.

Pois aconteceu, senhores: o disco foi lançado na Europa em 1969, e depois teve edições em todo mundo, inclusive aqui no Brasil, onde o Monge Ranulfus o adquiriu em 1975.

Apesar de ainda possuir o vinil, a ripagem postada foi garimpada na internet por Daniel the Prophet, e Ranulfus apenas tratou de reduzir os estalos com emprego das artes mágica do mestre Avicenna.

Não tenho ideia de se vocês vão gostar ou não dessa música bem feita porém não muito complexa. A mim sempre agradou bastante – especialmente a faixa mais longa, inspirada no Kyrie e sequências, com 11 minutos. E mais não digo.

Ah, digo sim: já que é domingo de manhã… boa missa, né?

MISSA JAZZ 
Composta e arranjada por Jaromir Hnilička
Executada pela Gustav Brom Orchestra (1969)

1 – Praeludium (2’43)
2 – Introitus (5’45)
3 – Kyrie (11’00)
4 – Graduale (6’00)
5 – Gloria (4’40)
6 – Credo (3’00)
7 – Sanctus et Postludium

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Ranulfus

Joseph Haydn (1732-1809): The "Sturm und Drang" Symphonies – CDs 5 e 6 de 6 – The English Concert – Pinnock

Joseph Haydn (1732-1809): The "Sturm und Drang" Symphonies – CDs 5 e 6 de 6 – The English Concert – Pinnock

Para esta última postagem das sinfonias haydnianas do período chamado “Sturm & Drang” eu havia preparado um texto já na semana passada, portanto bastava subir o arquivo compactado e postar. Me engana que eu gosto… exatamente às seis horas da tarde deste sábado o servidor do Pensador Selvagem entrou em crise, e nem com reza braba eu conseguia concluir a postagem. Quando voltei, uma hora depois, surpresa, o texto tinha sido apagado por algum fantasma cibernético, e portanto tive de improvisar.

Pois bem, temos aqui os cds 5 e 6 que trazem algumas pérolas, entre elas a genial sinfonia nº 45, conhecida como Sinfonia do Adeus. Por falta de tempo, não entrarei em detalhes sobre ela, sugiro a leitura detalhada do libreto anexado ao arquivo, libreto este que dá um histórico e detalhes de cada uma das sinfonias gravadas nestes seis cds.

Espero que tenham gostado da série. Os números dos downloads são impressionantes, me deixaram bastante contente.

Joseph Haydn (1732-1809) – The “Sturm und Drang” Symphonies – CDs 5 e 6 de 6

CD 5

01 – Symphony No.42 in D major – 1. Moderato e maestoso
02 – Symphony No.42 in D major – 2. Andantino e cantabile
03 – Symphony No.42 in D major – 3. Minuet_ Allegretto
04 – Symphony No.42 in D major – 4. Finale_ Scherzando e presto
05 – Symphony No.44 in E minor ‘Mourning’ – 1. Allegro con brio
06 – Symphony No.44 in E minor ‘Mourning’ – 2. Minuetto_ Allegretto (Canone in Dia
07 – Symphony No.44 in E minor ‘Mourning’ – 3. Adagio
08 – Symphony No.44 in E minor ‘Mourning’ – 4. Finale_ Presto
09 – Symphony No.46 in B major – 1. Vivace
10 – Symphony No.46 in B major – 2. Poco adagio
11 – Symphony No.46 in B major – 3. Minuet_ Allegretto
12 – Symphony No.46 in B major – 4. Finale_ Presto e scherzando

CD 6

01 – Symphony in F sharp minor, H.I No.45 ‘Farewell’ – 1. Allegro assai
02 – Symphony in F sharp minor, H.I No.45 ‘Farewell’ – 2. Adagio
03 – Symphony in F sharp minor, H.I No.45 ‘Farewell’ – 3. Menuet (Allegretto)
04 – Symphony in F sharp minor, H.I No.45 ‘Farewell’ – 4. Finale (Presto – Adagio)
05 – Symphony in F sharp minor, H.I No.45 ‘Farewell’ – 5. Adagio
06 – Symphony in G, H.I No.47 – 1. (Allegro)
07 – Symphony in G, H.I No.47 – 2. Un poco adagio
08 – Symphony in G, H.I No.47 – 3. Menuet al Roverso
09 – Symphony in G, H.I No.47 – 4. Finale (Presto assai)
10 – Symphony in C, H.I No.50 – 1. Adagio e maestoso
11 – Symphony in C, H.I No.50 – 2. Andante moderato
12 – Symphony in C, H.I No.50 – 3. Menuet
13 – Symphony in C, H.I No.50 – 4. Finale. Presto

The English Concert
Trevor Pinnock – Harpsichord & Conductor

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E agora, Pinnock mais velhão
E agora, Pinnock mais velhão

FDPBach

.: interlúdio :. Quarteto Novo

Publicado originalmente em 07.09.2012

De vez em quando acontecem esses momentos musicais que são como eclipses. E este é daqueles raros, seculares; talvez o melhor disco de música instrumental feito no Brasil em todos os tempos.

Viveu pouco, porém forte, o Quarteto Novo. Que nasceu Trio Novo em 1966, meio punhado de músicos para acompanhar Geraldo Vandré num programa de tevê patrocinado pela farmacêutica Rhodia. Que no ano seguinte não renovaria seus contratos publicitários, deixando o grupo à sorte. Sorte mesmo: pois que quando um flautista chamado Hermeto Paschoal juntou-se, em 1967, à Theo de Barros, Heraldo do Monte e Airto Moreira, Vandré resolveu bancar do próprio bolso ensaios e turnês do grupo. Que durou apenas mais dois anos, e deixou apenas um disco, que saiu pela Odeon; e que disco é, caros amigos. Tivesse feito mais um ou dois desses e hoje o mundo seria diferente. O brazilian northeastern jazz seria nosso principal produto de exportação e influência musical. Não que tenha passado despercebido, longe disso. Diga “Quarteto Novo” a qualquer expert internacional do jazz e presencie uma cascata de elogios maior do que sou capaz de reproduzir. (Última reedição é da Blue Note, inclusive.)

Patriotismo (que não me pertence) à parte, puxa vida: se fosse sempre possível elevar dessa forma nossas mais brazucas expressões musicais. Como toda junção de estilos bem feita, não se trata de uma soma simples; é um caldo cozido a fogo lento e onde os sabores se entranham uns nos outros. A linguagem do jazz se adapta tanto à marcação de samba quanto ao 2/4 do baião; as linhas de flauta substituem os trompetes tradicionais (e a voz — lembrem que era 1967 e a bossa nova mandava e desmandava); a guitarra vai dar norte a Pat Metheny e, quando sai de lado para a viola ou violão de 12 cordas, se ouve tudo que Duofel vai fazer nos próximos 40 anos. O álbum flutua no mapa e vai do sertão (Algodão) à Nova York (mas) (Vim de Sant’ana) voando numa nuvem. Às vezes é Lampião de terno, batendo triângulo com Dolphy num bar de Chicago; noutras é Wes Montgomery comendo torresmo e tocando com o dedão engraxado. Imaginário à parte, a sofisticação dos arranjos; coisa fina como pouco se vê fazerem aqui, e já há tanto. Também o fato de uma banda que parece saber telepatia musical; Barros usando com a mesma sabedoria tanto contrabaixo elétrico como double bass, Airto Moreira simplesmente assinando um contrato com o futuro, na primeira linha do jazz internacional pro resto da vida. E a flauta-abraço de Hermeto, com sua performance singular e seu toque de Midas na alma: impossível ouvir Hermeto sem brotar um sorriso na cara.

Quarteto Nôvo – 1967: Quarteto Nôvo (320 kbps)
Theo de Barros: violão, contrabaixo
Heraldo do Monte: guitarra, viola caipira
Airto Moreira: bateria, percussão
Hermeto Pascoal: flauta, piano, arranjos.

01 O Ôvo (Vandré/Pascoal)
02 Fica Mal com Deus (Vandré)
03 Canto Geral (Vandré/Pascoal)
04 Algodão (Gonzaga/Dantas)
05 Canta Maria (Vandré)
06 Síntese (Monte)
07 Misturada (Moreira/Vandré)
08 Vim de Sant’Ana (Barros)
Faixas-bônus da reedição de 1993
09 Ponteio (Lobo)
10 O Cantador (Caymmi/Motta)

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Boa audição, e bom feriado!
Blue Dog
(post renovado por Ranulfus, em consequência
do comentário entusiasmado do leitor Sal)

Joseph Haydn (1732-1809): The "Sturm und Drang" Symphonies – CDs 3 e 4 de 6 – The English Concert – Pinnock

Joseph Haydn (1732-1809): The "Sturm und Drang" Symphonies – CDs 3 e 4 de 6 – The English Concert – Pinnock

Sucesso, sucesso, sucesso. Assim posso chamar a postagem dos dois primeiros cds desta baita coleção do grande Pinnock regendo o imortal Haydn. Isso mostra como existe um grande interesse por este compositor, estigmatizado e desprezado às vezes, mas que se impõe pela qualidade de suas composições.

Creio que a sinfonia mais conhecida deste grupo que ora trago seja a de nº 48, intitulada “Maria Thereza”, uma das principais obras sinfônicas compostas no século XVIII. É de se ouvir de joelhos, ainda mais com a brilhante interpretação do The English Concert nas mãos de Pinnock. Uma gravação destas não pode dar errado.

Divirtam-se.

Joseph Haydn (1732-1809) – The “Sturm und Drang” Symphonies – CDs 3 e 4 de 6

CD 3
01 – Symphony No.41 in C major – 1. Allegro con spirito
02 – Symphony No.41 in C major – 2. Un poco Andante
03 – Symphony No.41 in C major – 3. Menuet
04 – Symphony No.41 in C major -4. Finale_ Presto
05 – Symphony No.48 in C major ‘Maria Theresia’ – 1. Allegro
06 – Symphony No.48 in C major ‘Maria Theresia’ – 2. Adagio
07 – Symphony No.48 in C major ‘Maria Theresia’ – 3. Menuet_ Allegretto
08 – Symphony No.48 in C major ‘Maria Theresia’ – 4. Finale_ Allegro
09  – Symphony No.65 in A major – 1. Vivace e con spirito
10 – Symphony No.65 in A major – 2. Andante
11 – Symphony No.65 in A major – 3. Menuetto
12 – Symphony No.65 in A major – 4. Finale_ Presto

CD 4

01 – Symphony No.43 in E flat major ‘Mercury’ – 1. Allegro
02 – Symphony No.43 in E flat major ‘Mercury’ – 2. Adagio
03 – Symphony No.43 in E flat major ‘Mercury’ – 3. Menuetto
04 – Symphony No.43 in E flat major ‘Mercury’ – 4. Finale_ Allegro
05 – Symphony No.51 in B flat major – 1. Vivace
06 – Symphony No.51 in B flat major – 2. Adagio
07 – Symphony No.51 in B flat major – 3. Menuetto – Trio I & II
08 – Symphony No.51 in B flat major – 4. Finale_ Allegro
09 – Symphony No.52 in C minor – 1. Allegro assai con brio
10 – Symphony No.52 in C minor – 2. Andante
11 – Symphony No.52 in C minor – 3. Menuetto_ Allegretto
12 – Symphony No.52 in C minor – 4. Finale_ Presto

The English Concert
Trevor Pinnock – Harpsichord & Conductor

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Pinnock na meia idade
Pinnock na meia idade

FDPBach

.: interlúdio :. Chet Baker & Paul Bley: Diane

.: interlúdio :. Chet Baker & Paul Bley: Diane

Tudo o que se poderia dizer de Chet Baker já foi dito. De bom e de ruim. De ruim o seu ‘biófago’ James Gavin no livro “No Fundo de um Sonho – a Longa Noite de Chet Baker”, tratou de consumar. Um livro instigante, contudo, especialmente para os fãs do genialíssimo cantor trompetista – ou vice-versa. Gavin, um desprezível réptil, apesar de ter passado com vontade o pente fino na vida do artista – expondo tudo por baixo dos tapetes –  não logrou primar no melhor: nas considerações musicais, o que o aponta como um escritor oportunista, montado na fama do biografado e nos seus revezes para lucrar o máximo possível. Deixemo-lo aos abutres e falemos de música. Não é invencionice que Charlie Parker escolheu a Baker para acompanha-lo nas suas apresentações quando de sua passagem pelo Oklahoma – terra natal de Chet. A primeira gravação de Chesney Henry (nome real de Baker, nascido em 1929) foi ao lado do grande Bird, ao vivo. Bird devasta, Chet faz o que pode, verde, porém promissor. Ao chegar a NY Bird diria a Gillespie e Miles que um carinha branco do Oklahoma iria devora-los. Bem, não era da natureza de Chet, aparentemente, devorar ninguém neste sentido, embora Bird tivesse uma visão clara das coisas no tocante à música. Baker sempre guardou a mais profunda admiração e reverência pelos reais donos daquele idioma musical, o Jazz. As vezes nas quais procurou dialogar com Miles foi rechaçado com insultos. Davis guardava muita mágoa, pois quando despontou na carreira, também acolhido por Bird, sofreu muitas críticas. Já Baker, como é usual especialmente na música Norte Americana, foi exaltado como a grande ‘estrela branca’; nesse caso, do Jazz. Os empresários da música Norte Americana e também muitos artistas brancos sempre tentaram usurpar as coroas dos artistas negros; foi essa uma das origens dos Beatles, importados da Inglaterra porque em território americano não havia quem peitasse o sucesso do Rythm and Blues negro. Inventaram Elvis – que aprendeu a dançar com Forrest Gump, se bem lembram. Mas falando de Baker, recentemente foi filmada uma película biográfica, “Born to the blues”, com Ethan Hawk no papel de Baker. Claro, não convence, como poderia? O filme beira uma pegada Rock Balboa; concentra-se no episódio no qual Baker perde mais alguns dentes numa briga. Baker sempre fora banguela mas tocava como o diabo, só que dessa vez a coisa ficou crítica. Ainda tentando falar de sua música, Baker é um dos mais originais artistas da história, especialmente dentro do Jazz, com uma concepção sonora e melódica que são pessoalíssimas e… irresistíveis.

chet baker

Dizia o saudoso Paulo Francis, que ouvia Baker por horas a fio. Acredito. Baker é hipnótico, nos captura com uma só nota e nos ‘injeta’ (acho o termo apropriado) algo que nos rouba a alma. Chet Baker é altamente ‘viciante’, seus discos deveriam vir com uma tarja informativa sobre isso. Sua abordagem ao trompete vai totalmente de encontro à natureza tradicional do instrumento: heráldica, brio, marcialidade. Também contrariando a maior influência trompetística do Jazz, Louis Armstrong, divindade suprema do gênero, cuja influência marcou e continua a marcar todos os trompetistas. O trompete de Baker em seu intimismo poderia ser remetido ao estilo do ancestral Bix Beiderbecke. Este, poderíamos dizer, um profeta do Cool Jazz, com seus melódicos e delicados solos entre as massas dançantes da orquestra de Paul Whitman. Também poderíamos tecer um paralelo entre o estilo de Baker e a abordagem suave e melódica do grande Lester Young, embora saxofonista. Que Baker era apaixonado declaradamente por Miles Davis é sabido e inquestionável, mesmo sendo por ele cumulado de diatribes. Miles é outro cujo estilo é altamente contagioso. Baker é um supremo criador de melodias. Sendo eu trompetista e tendo transcrito inúmeros solos seus, posso asseverar sua supremacia nesta área. Seus últimos anos, mesmo limitado tecnicamente pela prótese que colava às vezes com um chiclete ou porque estava ‘descompensado quimicamente’ – se me entendem – não lhe tirou os efeitos do gênio. Ainda assim, em certas gravações, ele prima em virtuosismo, a exemplo de sua grande apresentação em Tokyo, um ano antes de morrer em Amsterdam (um dos episódios mais misteriosos e comentados da história do Jazz). Mesmo em 1988, meses antes de ter caído pela janela do hotel na citada localidade, ele brilha em seu último concerto com a Radio Orchestra Hannover; NDR Big Band, dois CDs magníficos. O disco Diane é de 1985, gravado na Dinamarca. A faixa que intitula o presente disco se remete à namorada de Chet na época, Diane Vavra. Alguns consideram este o melhor disco de Baker, talvez seja, é muito difícil dizer isso de um artista que produziu tanto e com tal qualidade. A formação em dueto neste disco, com o pianista Paul Bley, acentua mais ainda o intimismo. Chet que em seus últimos anos gravou muito em trio, sem bateria. Lembrando seus brilhantes registros junto a Gerry Mulligan, no quarteto sem piano, apenas com o contrabaixo e uma percussão suave. Segundo o pianista Bley, Diane seria um álbum perfeito para se ouvir no carro, à noite, percorrendo as ruas de alguma cidade desconhecida. Chet nos captura em seu elemento, uma intraduzível atmosfera de melancolia e beleza; uma hipnótica aura sonora que nos inebria e emociona e que nos aponta – sabendo o que sabemos sobre Chet – para o grande enigma da arte. Sempre haverá algo a se dizer sobre Chet Baker, enfim.

Chet Baker & Paul Bley – Diane

  1. “If I Should Lose You” (Ralph Rainger, Leo Robin) – 7:16
  2. “You Go to My Head” ( Fred Coots, Haven Gillespie) – 7:03
  3. “How Deep Is the Ocean?” (Irving Berlin) – 5:17
  4. “Pent-Up House” (Sonny Rollins) – 3:55
  5. “Ev’ry Time We Say Goodbye” (Cole Porter) – 7:52
  6. “Diane” (Lew Pollack, Ernö Rapée) – 5:31
  7. “Skidadidlin'” (Chet Baker) – 4:16
  8. “Little Girl Blue” (Lorenz Hart, Richard Rodgers) – 5:27

Chet Baker – Trompete e vocal na faixa 2
Paul Bley – Piano

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O hipnótico Chet Baker.
O hipnótico Chet Baker.

Wellbach