.: interlúdio :. Kenny Wheeler — A Long Time Ago

.: interlúdio :. Kenny Wheeler — A Long Time Ago

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Poucos artistas tiveram, como Kenny Wheeler, a felicidade e a infelicidade de serem ao mesmo tempo reverenciados e ignorados. Se a gente conversa com um músico de jazz, notamos que o nome do canadense Wheeler recebe todos os Ohhhs e Ahhhs regulamentares, ou seja, a mais alta estima. Mas esta entidade estranha chamada grande público não tem ideia do quão valioso foi este trompetista falecido em 2014 aos 84 anos. Seus projetos na ECM foram absolutos sucessos de crítica, mas… Bem, vocês já sabem que não venderam.

Nesta gravação, Wheeler aparece com uma espécie de big band de câmara. São oito metais mais o pianista John Taylor e o guitarrista John Parricelli. O disco é uma joia de sonoridade e musicalidade. Para os pequepianos mais radicais em seu amor aos eruditos, há uma fuga chamada Going for Barroco que é uma loucura.

O cerne do disco é The Long Time Ago Suite, uma peça de mais de 30 minutos que é de babar. Partindo de alguns motivos simples, Wheeler desenvolve a música através de trocas múltiplas de naipes e andamentos. O próprio Wheeler dá um banho com seu flugelhorn durante toda a meia hora. Outra faixa maravilhosa é a outra Suíte, Gnu.

Kenny Wheeler — A Long Time Ago

1 The Long Time Ago Suite
2 One Plus Three (Version 1)
3 Ballad for a Dead Child
4 Eight Plus Three / Alice My Dear
5 Going for Baroque
6 Gnu Suite
7 One Plus Three (Version 2)

Kenny Wheeler flugelhorn
John Taylor piano
John Parricelli guitar
Derek Watkins trumpet
John Barclay trumpet
Henry Lowther trumpet
Ian Hamer trumpet
Pete Beachill trombone
Richard Edwards trombone
Mark Nightingale trombone
Sarah Williams bass trombone
David Stewart bass trombone
Tony Faulkner conductor

Recorded September 1997 and January 1998

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Kenny Wheeler em 2013
Kenny Wheeler em 2013

PQP

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Brandenburg Concertos – Tafelmusik

frontIM-PER-DÍ-VEL !!!

Um assombro essa gravação dos Concertos de Brandenburgo com o conjunto Tafelmusik. Os caras dão um show de competência e virtuosismo, trazendo novas sonoridades e possibilidades para estes concertos que a gente pensava conhecer tão bem.

Tenho algumas gravações favoritas destas obras, que claro, passam pelos ingleses da Academy of Ancient Music do Christopher Hogwood, pelo English Concert, do Pinnock e dos English Baroque Soloists do Gardiner. Todas gravações de excelente qualidade, mas esta do canadenses do Tafelmusik tem um que a mais, que não sei explicar. Eles não são óbvios em suas escolhas, tanto que certo comentarista fala em ‘refreshing recordings’ ou seja, um sopro de vitalidade e energia na interpretação de obras tão gravadas e tão conhecidas.

Com certeza, este é um CD que eu escolheria para levar para uma ilha deserta.

Baixem e ouçam, e depois me digam se esta não é uma das melhores gravações que os senhores já ouviram destas obras imortais e eternas.

Johann Sebastian Bach (1685-1750): Bradenburg Concertos – Tafelmusik

Disco 1

1 Concerto No. 1 in F Major, BWV 1046: Concerto No. 1 in F Major, BWV 1046: I. [ ]
2 Concerto No. 1 in F Major, BWV 1046: Concerto No. 1 in F Major, BWV 1046: II. Adagio
3 Concerto No. 1 in F Major, BWV 1046: Concerto No. 1 in F Major, BWV 1046: III. Allegro
4 Concerto No. 1 in F Major, BWV 1046: Concerto No. 1 in F Major, BWV 1046: IV. Menuetto – Trio – Polonaise – Trio
5 Concerto No. 2 in F Major, BWV 1047: Concerto No. 2 in F Major, BWV 1047: I. [ ]
6 Concerto No. 2 in F Major, BWV 1047: Concerto No. 2 in F Major, BWV 1047: II. Andante
7 Concerto No. 2 in F Major, BWV 1047: Concerto No. 2 in F Major, BWV 1047: III. Allegro assai
8 Concerto No. 3 in G Major, BWV 1048: Concerto No. 3 in G Major, BWV 1048: I. [ ]
9 Concerto No. 3 in G Major, BWV 1048: Concerto No. 3 in G Major, BWV 1048: II. Allegro

Jeanne Lemon – Violins & Music Director
Ab Koster – Horn
Derek Conrod – Horn
John Abberger – Oboe
Washington McClain – Oboe
Marie-France Richard – Oboe
Michael McCraw – Basson
Crispian Steele-Perkins – Trumpet
Marion Verbruggen – Recorder
Tafelmusik Baroque Orchestra

Disc 2
1 Concerto No. 4 in G Major, BWV 1049: Concerto No. 4 in G Major, BWV 1049: I. Allegro
2 Concerto No. 4 in G Major, BWV 1049: Concerto No. 4 in G Major, BWV 1049: II. Andante
3 Concerto No. 4 in G Major, BWV 1049: Concerto No. 4 in G Major, BWV 1049: III. Presto
4 Concerto No. 5 in D Major, BWV 1050: Concerto No. 5 in D Major, BWV 1050: I. Allegro
5 Concerto No. 5 in D Major, BWV 1050: Concerto No. 5 in D Major, BWV 1050: II. Affettuoso
6 Concerto No. 5 in D Major, BWV 1050: Concerto No. 5 in D Major, BWV 1050: III. Allegro
7 Concerto No. 6 in B-Flat Major, BWV 1051: Concerto No. 6 in B-Flat Major, BWV 1051: I. [ ]
8 Concerto No. 6 in B-Flat Major, BWV 1051: Concerto No. 6 in B-Flat Major, BWV 1051: II. Adagio ma non tanto
9 Concerto No. 6 in B-Flat Major, BWV 1051: Concerto No. 6 in B-Flat Major, BWV 1051: III. Allegro

Jeanne Lemon – Violins & Music Director
Stephen Marvin – Viola
Marion Verbruggen – Recorder
Alison Melville – Recorder
Marten Root – Transverse Flute
Charlotte Nediger – Harpsichord
Tafelmusik Baroque Orchestra

BAIXE AQUI – D0WNLOAD HERE

Orchestra-shot
De que planeta vem estes músicos do Tafelmusik?

Benjamin Britten (1913-1976), Eric Wolfgang Korngold (1897-1957) – Violin Concertos – Vilde Frang, FRSO, Gaffigan

frontEstamos elegendo uma nova musa no PQPBach: Vilde Frang. Não vamos afirmar que esteja ocupando o lugar de Mullova, ou de Mutter, mas está aos poucos galgando os degraus parar chegar lá, ainda mais depois de lançar este discaço com os concertos de Britten e de Korngold.

Frang está totalmente a vontade tocando estas obras. Expõe uma emotividade latente, que permeia todo o concerto, principalmente o de Korngold, diga-se de passagem, e muitas vezes parece que estamos assistindo a um filme hollywoodiano dos anos 40 ou 50, quando o compositor era um exilado nas terras americanas, e compunha para os filmes produzidos nos estúdios de Hollywood.

Este CD é bem recente, foi lançado no final de fevereiro, e já conquistou cinco estrelas entre os clientes da amazon, e creio que aqui não será diferente.

Benjamin Britten (1913-1976), Eric Wolfgang Korngold (1897-1957) – Violin Concerto

01. Korngold -Violin Concerto in D Major Op. 35 I Moderato nobile
02. Violin Concerto in D Major Op. 35 II Romanze
03. Violin Concerto in D Major Op. 35 III Allegro assai vivace

04. Britten – Violin Concerto in D Minor, Op. 15 I Moderato con moto – Agitato – Tempo primo
05. Violin Concerto in D Minor, Op. 15 II Vivace – Animando – Largamente – Cadenza
06. Violin Concerto in D Minor, Op. 15 III Passacaglia – Andante lento (Un poco meno mosso)

Vilde Frang – Violin
Frankfurt Radio Symphony
James Gaffigan – Conductor

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FDP

W. A. Mozart (1756-1791): Concerto para piano e orquestra Nº 22, K. 482 / L. v. Beethoven (1770-1827): Concerto para piano e orquestra Nº 3, Op. 37

W. A. Mozart (1756-1791): Concerto para piano e orquestra Nº 22, K. 482 / L. v. Beethoven (1770-1827): Concerto para piano e orquestra Nº 3, Op. 37

Um clássico de capa nova. A anterior era branquinha, lembram? Para um CD como este, penso que as apresentações sejam dispensáveis. Por isso iremos com certa urgência à música. Uma excelente apreciação!

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) –
Concerto para piano e orquestra No. 22 em Mi bemol maior, K. 482
01. Allegro
02. Andante
03. Allegro

Ludwig van Beethoven (1770-1827) –
Concerto para piano e orquestra No. 3 em Dó menor, Op. 37
04. Allegro con brio
05. Largo
06. Rondo (Allegro)

Sviatoslav Richter, piano
Philharmonia Orchestra
Riccardo Muti, regente

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mozaer Beethoven

Carlinus

José Siqueira (1907-1985) – Concerto para Orquestra e Sinfonia nº 5 “Indígena” [Acervo PQPBach] [links mai.2017]

MAGNÍFICO !!!

Ah, que bom! Já eram grandes as saudades deste coração pequepiano em poder colocar uma bandeirinha do Brasil em frente ao nome do compositor…

Faz uns meses que tenho me dedicado com mais afinco à música latina, especialmente a mexicana, mas agora o filho à casa torna.

E torno a dedicar-me à música da terra-mãe postando um dos compositores nacionais que mais aprecio: José de Lima Siqueira, o paraibano arretado criador de orquestras. Só para refrescar vossas memórias, Zé Siqueira fundou, por iniciativa própria ou em conjunto com outros colegas, a Orquestra Sinfônica Brasileira, a Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro, a do Recife, a Orquestra Norte-Nordeste, a Orquestra de Câmara do Brasil, o Clube do Disco, a Ordem dos Músicos do Brasil e a Academia Brasileira de Música! Era um empreendedor nato, além de exímio condutor e elaborado compositor. Gênio!

O chato é que, por ser declaradamente comunista, ele foi aposentado precocemente, proibido de tocar e reger e foram proibidas execuções de música de sua autoria. Quiseram jogá-lo no ostracismo. Por isso é tão difícil encontrar gravações desse cara! Se não tivesse sido alijado pelo regime militar, conheceríamos muito mais obras suas.

A Sinfônica de Barra Mansa pronta para o concerto.

De alguns anos para cá, no entanto, tem havido um esforço de se recuperar as peças de José Siqueira. Em julho do ano passado (2015), quando a Academia Brasileira de Música, da qual ele foi um dos fundadores, completou 70 anos, o concerto comemorativo foi inteiramente de obras dele, executadas com entusiasmo pela Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, sob a batuta da regente taiwanesa Apo Hsu (não me perguntem como se pronuncia o sobrenome dessa mulher…). Hsu vive em Taiwan e nos EUA, rege orquestras de ambos os países. Em Taiwan é regente de nada menos que a Orquestra Nacional… Então pode confiar: ela é boa!

Lembro que o que temos aqui não é um CD, mas um concerto completo que foi gravado (relaxem: a captação está muito boa) e convertido em áudio para os formatos FLAC e MP3. A orquestra de Barra Mansa executa o Concerto pra Orquestra de José Siqueira e sua 5ª Sinfonia, cognominada “Indígena“. Com essas obras, pode-se perceber que Siqueira tinha total domínio da formação e da composição orquestral: são duas peças muito bonitas, de inspiradas melodias, porém, difíceis, elaboradas, cheias das dissonâncias, que um compositor engajado no movimento moderno como ele primava por usar, na busca incessante por sonoridades ricas, que saíssem do “quadrado”.

Vale demais a audição! Ouça!  Ouça! Ouça! Deleite-se!

Ainda colocamos o vídeo da Sinfonia Indígena pra vocês:

José Siqueira (1907-1985)
Concerto para Orquestra e Sinfonia nº 5 “Indígena”

01. Concerto para orquestra, I. Allegro Enérgico
02. Concerto para orquestra, II. Adagio
03. Concerto para orquestra, III. Allegro Moderato
04. Sinfonia n.5 ‘Indígena’, I. Devagar – Allegro Moderato
05. Sinfonia n.5 ‘Indígena’, II. Andante
06. Sinfonia n.5 ‘Indígena’, III. Allegro non troppo
07. Sinfonia n.5 ‘Indígena’, IV. IV. Devagar – Allegro Moderato

Orquestra Sinfônica de Barra Mansa
Apo Hsu, regência
Sala Cecília Meireles, Escola de Música da UFRJ, Rio de Janeiro
08 de julho de 2015

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

MP3  (87Mb)
FLAC  (142Mb)

Partituras e outros que tais? Clique aqui
Quer saber um pouco mais sobre José Siqueira? Veja este blog.


Ouça! Deleite-se! … Mas, antes ou depois disso, deixe um comentário…

A taiwanesa Apo Hsu fazendo tai chi chuan antes do concerto: “uuuuuuhhhhh”.

Bisnaga

J. S. Bach (1685-1750): Obras Completas para Alaúde

J. S. Bach (1685-1750): Obras Completas para Alaúde

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Nada de hipobachemia, pessoal, vamos lá. As melhores pessoas, como todos sabem, nascem no mês D´Agosto. Mesmo que sejam esquisitas e solitárias, como os alaudistas e organistas, somos, ops, são as melhores. O repertório de Bach para o alaúde é pequeno e respeitabilíssimo. São obras de alta qualidade que não deixam morrer o pequeno e cheio de cordas instrumento de caixa em forma de meia pera ou gota, como quiserem. Ou ele é usado na música antiga, ou como baixo contínuo ou em Bach. No último caso, seu uso é mais nobre, como vocês podem ouvir neste belíssimo registro de 2013, por Mario D`Agosto, mês do cachorro louco.

Vocês sabem que as condições climáticas do mês de agosto aumentam a concentração de cadelas no cio? E que quando as cadelas estão no período fértil, os cachorros ficam loucos e brigam para conquistar as fêmeas e perpetuar sua espécie? E que essa luta entre os machos em busca da fêmea faz com que a raiva, doença transmitida pela saliva, se espalhe mais? E que os animais que estão infectados pela raiva babam muito e ficam com aparência de loucos e que daí saiu a expressão “cachorro louco”. Viram como o PQP é cultura?

J. S. Bach (1685-1750): Obras Completas para Alaúde

CD1:
Suite in E minor, BWV996:

01. I. Prelude (03:06)
02. II. Allemande (03:14)
03. III. Courante (02:40)
04. IV. Sarabande (04:02)
05. V. Bourré (01:44)
06. VI. Gigue (03:27)

Prelude, Fugue & Allegro in E flat major, BWV998:

07. I. Prelude (03:04)
08. II. Fugue (06:47)
09. III. Allegro (04:20)

Suite in G minor, BWV995:

10. I. Prelude (05:59)
11. II. Allemande (05:05)
12. III. Courante (02:28)
13. IV. Sarabande (03:31)
14. V. Gavottes I & II ‘en Rondeau’ (04:50)
15. VI. Gigue (02:31)

CD2:
Partita in C minor, BWV997:

01. I. Prelude (03:54)
02. II. Fugue (07:43)
03. III. Sarabande (04:24)
04. IV. Gigue – Double (03:32)

Partita in E major, BWV1006a:

05. I. Prelude (04:50)
06. II. Loure (03:11)
07. III. Gavotte ‘en Rondeau’ (03:43)
08. IV. Menuets I & II (05:24)
09. V. Bourré (02:26)
10. VI. Gigue (02:52)

11. Prelude in C minor, BWV999 (01:40)

12. Fugue in G minor, BWV1000 (05:57)

Mario D’Agosto, alaúde

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Esse troço de alaúde deve ser complicado, mas ele é D`Agosto.
Esse troço de alaúde deve ser complicado, mas ele é D`Agosto.

pqp

Leos Janácek (1854-1928): Pièces pour piano

Leos Janácek (1854-1928): Pièces pour piano

IM-PER-DÍ-VEL  !!!

A música para piano de Leos Janáček, quase toda ela composta nos primeiros anos do século XX, parece vir de Debussy, porém o filtro do nacionalismo tcheco e as águas do Danúbio transformaram aquela influência em algo mais direcionado, ou seja, de poesia não tão vaga. Nenhuma das três peças deste CD são esquecíveis. A Sonata 01/10/1905 é maravilhosa. Trata-se de uma homenagem — na verdade um lamento — dedicada a um jovem trabalhador assassinado por uma baioneta do exército durante uma manifestação em Brno, no dia  em 1º de outubro de 1905. Janáček estreou a sonata logo a seguir, em 1906. In the mists (Nas brumas) é belíssima e o ciclo de canções On the Overgrown Path é aquela música que está na trilha sonora de A Insustentável leveza do Ser, lembram? Parece um Schumann melhorado.

A leveza e a sensibilidade da pianista Hélène Couvert está perfeitamente adequada às peças. Sua interpretação tem notável senso de estilo. A poesia contida nas peças esconde grandes emoções e ela facilmente poderia escorregar para o vulgar, mas Couvert fica longe disso. A dignidade e sincera poesia das peças está preservada. Um disco absolutamente bom e que explora um repertório mais ou menos ignorado, ao menos no Ocidente. Gente, tá na hora de (re)ouvir Janáček.

Leos Janácek (1854-1928) – Pièces pour piano

01. On the Overgrown Path (Po zarostlém chodnícku), for piano, JW 8/17: Nos Soirées
02. On the Overgrown Path (Po zarostlém chodnícku), for piano, JW 8/17: Une feuille emportée
03. On the Overgrown Path (Po zarostlém chodnícku), for piano, JW 8/17: Venez avec nous!
04. On the Overgrown Path (Po zarostlém chodnícku), for piano, JW 8/17: La vierge de Frydek
05. On the Overgrown Path (Po zarostlém chodnícku), for piano, JW 8/17: Elles bavardaient en hirondelles
06. On the Overgrown Path (Po zarostlém chodnícku), for piano, JW 8/17: La parole manque!
07. On the Overgrown Path (Po zarostlém chodnícku), for piano, JW 8/17: Bonne nuit!
08. On the Overgrown Path (Po zarostlém chodnícku), for piano, JW 8/17: Anxieté indicible
09. On the Overgrown Path (Po zarostlém chodnícku), for piano, JW 8/17: En Pleurs
10. On the Overgrown Path (Po zarostlém chodnícku), for piano, JW 8/17: La chevêche ne s’est pas envolée!

11. Piano Sonata (‘Zulice, 1.X.05,’ ‘From the Street, 1 October, 1905’), JW 8/19 (final movement lost): Le pressentiment
12. Piano Sonata (‘Zulice, 1.X.05,’ ‘From the Street, 1 October, 1905’), JW 8/19 (final movement lost): La mort

13. In the mists (V Mlhách), pieces (4) for piano, JW 8/22: Andante
14. In the mists (V Mlhách), pieces (4) for piano, JW 8/22: Molto adagio
15. In the mists (V Mlhách), pieces (4) for piano, JW 8/22: Andantino
16. In the mists (V Mlhách), pieces (4) for piano, JW 8/22: Presto

Hélène Couvert, piano

BAIXE  AQUI — DOWNLOAD HERE

Hélène Couvert, estão servidos?
Hélène Couvert, estão servidos?

PQP

Peter Illich Tchaikovsky – Piano Concerto nº1, Franz Liszt – Totentanz – Nelson Freire, Kempe, MPO

41wH4mRidTL._SL500_AA300_Olha só o que estou trazendo para os senhores: uma raridade do nosso Nelson Freire, realizada lá pelo final dos anos 60, quando estava começando a carreira. Ele encara duas pedreiras, o Concerto de Tchaikovsky e a Totentanz de Liszt, e muito bem acompanhado, diga-se de passagem: Rudolf Kempe regendo a Filarmônica de Munique. Isso não é pra qualquer um não. Calma que não é só isso não. O segundo CD traz outras duas obras imortais do romantismo, os Concertos de Grieg e de Schumann.
Estes discos estavam escondidos no acervo da antiga CBS, que foi adquirida pelo grupo Sony, e que recém lançou uma caixa com sete cds com estas gravações de Nelson Freire. Se vocês forem bonzinhos, e baixarem bastante estes dois volumes, prometo que trago os outros assim que possível.
Não quero tecer comentários sobre a qualidade das gravações, o que importa é que elas estão novamente disponíveis, e assim podemos apreciar o talento do maior de nossos pianistas.

CD 1

01. Tchaikovsky – Piano Concerto n° 1 in B-Flat minor, Op. 23 – I. Andante ma non troppo e molto maestoso
02. II. Andante semplice
03. III.Finale. Allegro con fuoco
04. Liszt – Totentanz S 126

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CD 2

01. Grieg – Piano Concerto in A minor, Op. 16 – I. Allegro molto moderato
02. II. Adagio
03. III. Allegro marcato
04. Schumann – Piano Concerto in A minor, Op. 54 – I. Allegro affettuoso – Andante espressivo – Allegro
05. II. Andante grazioso
06. III. Allegro vivace

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Nelson Freire – Piano
Münchner Philharmoniker
Rudolf Kempe – Conductor

Nicola Matteis (c.1670-c.1714): False Consonances of Melancholy – Ayres for the Violin

Nicola Matteis (c.1670-c.1714): False Consonances of Melancholy – Ayres for the Violin

Pois é, o barroco é uma coisa interminável. Depois de quase sete anos de blog (serão sete mesmo?), ainda abro novas categorias e a coisa é de primeira linha. Sim, Nicola Matteis, um aparentemente napolitano que acabou em Londres e do qual pouco se sabe. Teve razoável popularidade em seu tempo, casou-se com uma viúva rica e acabou pobre. Acontece. Mas suas Ayres for the Violin são joias que os pequepianos devem conhecer. Amandine Beyer é uma excelente violinista. (Ela integra a orquestra barroca francesa Café Zimmermann). Confiram!

Nicola Matteis (1670-1698): False Consonances of Melancholy – Ayres for the Violin

1. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Sonata (Adagio) (2:03)
2. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Diverse bizzarrie Sopra la Vecchia Sarabanda o pur Ciaccona (4:13)
3. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Passaggio rotto. Andamento Veloce (2:14)
4. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Fantasia (1:42)
5. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Preludio in fantasia (1:16)
6. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Allegro (2:01)
7. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Aria malinconica (Adagio) (2:25)
8. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Giga (Allegro) (0:40)
9. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Aria Amorosa (3:23)
10. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Aria (1:21)
11. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Preludio (1:25)
12. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Musica (Grave-Presto) (1:42)
13. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Sarabanda (Adagio) (2:37)
14. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Aria (1:10)
15. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Aria burlesca (Presto) (1:57)
16. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Fuga (Prestissimo) (1:07)
17. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Giga. Al Genio Turchesco (0:57)
18. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Preludio (0:51)
19. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Adagio (2:11)
20. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Allemanda ad imitatione d’un tartaglia (1:36)
21. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Movimento incognito (4:05)
22. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Sarabanda Amorosa (Adagio) (1:33)
23. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Gavotta (Presto) (1:49)
24. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Preludio. Presto (1:41)
25. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Pavana Armoniosa (2:00)
26. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Il Russignolo (1:17)
27. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Preludio Allegro (Prestissimo). Malinconico (Adagio) (1:18)
28. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Aria (Adagio-Presto) (1:25)
29. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Vivace. Eco (2:18)
30. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Fuga (Presto) (1:43)
31. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Preludio (Adagio) (1:30)
32. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Prestissimo (0:35)
33. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Un poco di maniera Italiana. Aria Ridicola (Presto) (1:25)
34. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Aria (1:32)
35. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Fantasia (1:37)
36. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Preludio in ostinatione. Passagio rotto (1:09)
37. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Andamento malinconico. Divisone ad libitum (2:42)
38. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Grave. (Adagio) (2:04)
39. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Aria for the Flute (1:15)
40. Amandine Beyer & Gli Incogniti – Giga (1:47)

Amandine Beyer & Gli Incogniti, violin & direction

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

O nome dela, Amandine, parece coisa de comer e ela é boa mesmo. Ao menos tocando.
O nome dela, Amandine, parece coisa de comer. Mas que violinista, senhores!

PQP

.: interlúdio :. moreorlessjazz – Vários

coverNão sou muito afeito a coletâneas mas tive de dar o braço a torcer para esta coleção. Coloquei alguns dos cds (são nove ao todo) em um pen drive e deixei tocando no carro, enquanto estava no trajeto trabalho – serviço e vice versa. E gostei da sensação. São canções bem leves, adequadas a combater o stress, e quem encara o dia a dia no trânsito sabe do que estou falando.

Conheço poucos dos artistas selecionados, mas satisfez o meu gosto. Não cai na monotonia, nem na obviedade de alguns destes músicos especializados em música para elevador. Não vou citar nomes para não criar polêmica. Curiosamente, a canção que abre este primeiro CD é da Madeleine Peyroux, que apareceu recentemente aqui no PQPBAch, pelas mãos de nosso guru e mentor.

Espero que gostem. Dependendo do número de downloads posso trazer mais alguns volumes da série.

01. Madeleine Peyroux – Don’t wait too long
02. Peter Cincotti – Some kind of wonderful
03. Renee Olstead – A love that will last
04. Nils Landgren – Fragile
05. Terry Callier – Paris Blues
06. Kevyn Lettau – Message in a bottle
07. Fessler – If you never come to me
08. Andy Ezrin – Stompin’ at the savoy
09. Michael Franks – Monk’s new tune
10. Stacey Kent – Under a blanket of blue
11. Slim Man – Sweet little angel
12. David Sanborn – Daydreaming
13. Stephan Oberhoff – Amistad
14. Z Start – Lonely
15. Peter Eldridge – Someone to lighten up my life
16. Freddie Ravel – In a sentimental mood

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Alma Latina: México Barroco / Puebla, vol.8/8 – Manuel Arenzana (1791–1821) [link atualizado 2017]

MUITO BOM (8) !!!

Repostagem com novo e atualizado link.

Ô, tristeza… Chegamos ao fim desta viagem na bela sonoridade gerada na catedral de Puebla. A Coleção México Barroco – Puebla chega a seu encerramento retomando o classicismo, dedicando-se, pela segunda vez, como no volume 6, a Manuel Arenzana, compositor nascido e criado já no ambiente poblano e um dos autores transicionais que mais influência exerceu no México.

A obra de Arenzana é a ao mesmo tempo vibrante (característica por demais exacerbada na música dos países latinos, especialmente Itália, Espanha e Portugal) e elegante: alegre e limpa, precisa. é um prazer imenso de ouvi-la.

 

Ouça! Ouça ! Deleite-se!

Meu Deus! O que é este Te Deum do Arenzana!?

México Barroco / Puebla VIII
Manuel Arenzana (Puebla, México, c.1791-1821)
Maitines para la Virgen de Guadalupe

01. Invitatorio, Sancta Mater Dei genitrix
02. Responsorio primero, Vidi speciosam sicut columbam
03. Responsorio segundo, Quae est ista ascendit
04. Responsorio tercero, Quae est ista processit sicut sol
05. Responsorio cuarto, Signum magnum apparuit
06. Responsorio quinto, Quae est ista progreditur
07. Responsorio sexto, Elegi et sanctificavi locum istum
08. Responsorio séptimo, Felix namque
09. Responsorio octavo, Beatam me dicent omnes generationes
10. Te Deum laudamus
11. Te ergo quaesumus

Coro e Conjunto de Cámara de la Ciudad de México
Benjamín Juárez Echenique, regente
México, 1997

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Perdeu os outros volumes da coleção? Não tem problema, estão aqui, ó:
Volume 1
Volume 2
Volume 3
Volume 4
Volume 5
Volume 6
Volume 7
Volume 8 (este)

Centro Histórico de Puebla

Bisnaga

J. S. Bach e filhos: 5 Concertos para Piano

J. S. Bach e filhos: 5 Concertos para Piano

bach front KatsarisPostagem de 2010.

Hoje, PQP já deve estar em Londres para assistir à Oitava de Mahler… Talvez esta seja sua última postagem de novembro, mas calma, só ele estará em férias. Enquanto isso, ouçam este divertidíssimo CD onde Bach chega junto com sua filharada legal, mas sem mim, o bastardo. Katsaris é assim mesmo, um pianista divertido e bom.

Baita CD!

J. S. Bach e filhos: 5 Concertos para Piano

Johann Sebastian Bach
1. Concerto No. 4 for Harpsichord (Piano) and Strings in A Major, BWV 1055: I. Allegro
2. Concerto No. 4 for Harpsichord (Piano) and Strings in A Major, BWV 1055: II. Larghetto
3. Concerto No. 4 for Harpsichord (Piano) and Strings in A Major, BWV 1055: III. Allegro ma non tanto

Wilhelm Friedemann Bach
4. Concerto for Harpsichord (Piano), Strings and Basso continuo in E Minor, FK 43: I. Allegretto
5. Concerto for Harpsichord (Piano), Strings and Basso continuo in E Minor, FK 43: II. Adagio (Cadenza: Cyprien Katsaris)
6. Concerto for Harpsichord (Piano), Strings and Basso continuo in E Minor, FK 43: III. Allegro assai

Johann Christian Bach
7. Concerto for Harpsichord or Piano and Strings in C major, Op. 7/1: I. Allegretto
8. Concerto for Harpsichord or Piano and Strings in C major, Op. 7/1: II. Minuetto
9. Concerto for Harpsichord (Piano) and Strings in E Major, Wf.II.1: I. Allegro

Johann Christoph Friedrich Bach
10. Concerto for Harpsichord (Piano) and Strings in E Major, Wf.II.1: II. Adagio
11. Concerto for Harpsichord (Piano) and Strings in E Major, Wf.II.1: III. Allegro moderato
12. Concerto for Harpsichord (Piano) and Orchestra in C Minor, Wq 43/4: I. Allegro assai

Carl Philipp Emanuel Bach
13. Concerto for Harpsichord (Piano) and Orchestra in C Minor, Wq 43/4: II. Poco adagio
14. Concerto for Harpsichord (Piano) and Orchestra in C Minor, Wq 43/4: III. Tempo di minuetto
15. Concerto for Harpsichord (Piano) and Orchestra in C Minor, Wq 43/4: IV. Allegro assai

Cyprien Katsaris
Orchestre de Chambre du Festival d’Echternach
Yoon K. Lee

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Cyprien Katsaris: tesão
Cyprien Katsaris: tesão

PQP

.:interlúdio :. John McLaughlin & The 4º Dimension – The Boston Records

FrontIM-PER-DÍ-VEL !!!

Uma prova de que o jazz sempre está se reinventando pode ser encontrado neste absurdo CD do genial McLaughlin. Cercado mais uma vez de um grupo de músicos excepcionais, o guitarrista britânico dá um show de competência técnica, virtuosismo. Como um amigo comentou dia destes, ao sair de um show deles em Curitiba, estes caras não são seres humanos normais. Eles já ultrapassaram este limite. São sobre-humanos.
Ouço este estilo de jazz já há uns quarenta anos, então sou suspeito para falar dele. McLaughlin faz parte daquele seleto time de músicos que ultrapassaram barreiras, quebraram paradigmas, se reinventaram, enfim, nunca temeram se expor.
É difícil dizer qual o melhor momento do CD. Talvez a primeira faixa, Raju, já dê uma amostra do que vem pela frente.
Para ser apreciado sem moderação. É para se ouvir duzentas vezes seguidas, sem medo de ser feliz.

01 – Raju
02 – Little Miss Valley
03 – Abbaji
04 – Echos From Then
05 – Senor C. S.
07 – Maharina
08 – Hijacked
09 – You Know You Know

John McLaughlin – Guitar
Etienne M´Bappe – Bass
Ranjit Barot – Drums
Gary Husband – Keyboards & Drums

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Élisabeth Jacquet de la Guerre (1665-1729): Le Sommeil d’Ulisse / Desrochers

Élisabeth Jacquet de la Guerre (1665-1729): Le Sommeil d’Ulisse / Desrochers

BIG

Este é um belo CD de uma compositora desconhecida. Élisabeth Jacquet — que ganhou o “de la Guerre” pelo casamento — é uma rara compositora, cantora e cravista parisiense. E muito boa! Até o século XIX, a presença feminina na música erudita era quase nula. É óbvio que tal fato não se deve a uma incapacidade feminina e sim às condições sociais. Hoje, ainda temos poucas compositoras, mas o mundo já está maravilhosamente tomado de esplêndidas instrumentistas. Elas chegarão logo à composição, certamente. Mas vejamos o que ocorreu antes do século XX: sem pesquisar, usando apenas a memória, diria que, mesmo com a atmosfera repressiva, apareceram duas curiosidades e dois verdadeiros talentos que se desenvolveram sabe-se lá como.

As duas curiosidades, que só podemos suportar com muito boa vontade, seriam Clara Wieck Schumann no século XIX e Hildegard von Bingen, pasmem, no século XII. Muito mais talentosa foram Barbara Strozzi, do século XVII, e esta sua quase contemporânea Jacquet de la Guerre. Mas vejam quantos séculos e quão poucas mulheres!

O CD abaixo, da Alpha, vale a audição. A Betinha era foda. Confiram!

Élisabeth Jacquet de la Guerre (1665-1729): Le Sommeil d’Ulisse /Desrochers

— Suite in A minor (from Pieces de Clavecin, 1687): Prelude pour clavecin en la mineur
— Le Sommeil d’Ulisse, cantata for voice & continuo
— Suite in A minor (from Pieces de Clavecin, 1687): Chaconne pour clavecin en la mineur
— Sonata for violin & continuo No. 1 in D minor
— Samson, for soprano, flute, violin & continuo

Christine Payeux, Alice Pierot, Francois Nicolet, Marc Wolf, Freddy Eichelberger
Les Voix Humaines

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Élisabeth Jacquet de la Guerre, uma pioneira

PQP

Alma Latina: México Barroco / Puebla, vol.7/8 – Juan Gutiérrez de Padilla (c.1590 – 1664) [link atualizado 2017]

BELÍSSIMO !!!

Repostagem com novo e atualizado link.

Outra preciosidade que nos foi enviada por Camilo Di Giorgi! Não tem preço

É meio melancólico anunciar que esta linda coleção do México Barroco de Puebla está chegando aos finalmentes… Este é o penúltimo CD da série, que se encerra na sexta-feira.

Hoje, a coleção se volta novamente ao estrelado Juan Gutiérrez de Padilla (c.1590 – 1664), o compositor que abriu a série.

Como já vimos, Padilla era espanhol, malagenho. Em sua terra natal foi cantor da catedral ainda menino, depois organista e depois mestre de capela. Transferiu-se para Cádiz, onde também foi mestre de capela. Ficou pouco por lá, pois mudou-se para o México, quando foi contratado, em 1622, como mestre de capela auxiliar da Catedral de Puebla, por indicação do próprio mestre de então, Gaspar Fernández. Com a morte deste, em 1629, Padilla assumiu o cargo principal e o ocupou até o ano de sua morte, em 1664, deixando grade produção.

Ele compôs, entre credos, missas e villancicos, duas Maitines de Navidad. Uma em 1652 e outra no ano seguinte. A de 1653 é a obra que abre esta série e as primeiras maitines, do ano ano anterior são as peças contempladas hoje, de belo aspecto, delicadas e de fina elaboração.

Ouça! Ouça ! Deleite-se sem dó nem piedade!

Vai dizer que este villancico dos reis magos não é lindo ?

México Barroco / Puebla VII
Juan Gutiérrez de Padilla (Málaga, Espanha, c.1590 – Puebla, México, 1664)
Maitines de Navidad, 1652

01. Villancico I, En la gloria de un portalillo
02. Villancico II, Al portal nos venimos todos
03. Villancico III, Niño hermoso de Belén
04. Villancico IV, Sol hermoso que naces del alba
05. Villancico V, Ensaladilla, Al establo más dichoso
06. Villancico VI, Jácara, Afuera, afuera pastores
07. Villancico VII, Va a ver al rey Perote
08. Villancico VIII, Calenda, a prevenciones del cielo
09. Villancico IX, De los reyes, Los tres reyes
10. Himno, Christus natus est nobis

Coro e Conjunto de Cámara de la Ciudad de México
Benjamín Juárez Echenique, regente
México, 1997

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Noturna da Catedral de Puebla

Bisnaga

.: interlúdio :. Madeleine Peyroux: Bare Bones

.: interlúdio :. Madeleine Peyroux: Bare Bones

Como este CD de Peyroux parece ter tocado profundamente o coração dos pequepianos, postamos outro da cantora norte-americana de voz tão parecida com a de Billie Holiday, interpretando suas canções. Peyroux nasceu no sul dos Estados Unidos. Seu pai era um eterno aspirante a ator que ouvia música a toda a hora, sua mãe era professora de francês. Peyroux diz que eram, na verdade, dois hippies e “educadores excêntricos”. Ela conta que a música era a forma de juntar a família num local “especial e escondido” da casa. Bare Bones é todo composto por originais, nada de entremear clássicos às próprias composições e às de seus músicos.

Madeleine Peyroux: Bare Bones

1 Instead 5:12
Percussion, Organ [Estey] – Larry Klein
Written-By – J. Coryell*, M. Peyroux*
2 Bare Bones 3:26
Written-By – L. Klein*, M. Peyroux*, W. Becker*
3 Damn The Circumstances 4:36
Written-By – D. Batteau*, L. Klein*, M. Peyroux*
4 River Of Tears 5:20
Written-By – L. Klein*, M. Peyroux*
5 You Can’t Do Me 5:03
Backing Vocals – Luciana Souza, Rebecca Pidgeon
Written-By – L. Klein*, M. Peyroux*, W. Becker*
6 Love And Treachery 4:19
Written-By – J. Henry*, L. Klein*, M. Peyroux*
7 Our Lady Of Pigalle 4:19
Trumpet, Fiddle [Nyckelharpa] – Carla Kihlstedt
Written-By – D. Batteau*, L. Klein*, M. Peyroux*
8 Homeless Happiness 3:58
Written-By – J. Coryell*, M. Peyroux*
9 To Love You All Over Again 3:58
Written-By – D. Batteau*, M. Peyroux*
10 I Must Be Saved 4:44
Written-By – M. Peyroux*
11 Somethin’ Grand 3:44
Written-By – L. Klein*, M. Peyroux*, S. Wayland*

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Madeleine Peyroux
Madeleine Peyroux

PQP

Hector Berlioz – The Berlioz Experience – CDs 2 e 3 de 10 – Harold en Italie op.16, Le Carnaval romain op.9, Roméo et Juliet op.17 – Maazel, Christ, Ozawa, BSO, Van Dam. et. all

51Mn1jSCZPL._SS280Mais dois cds do projeto Berlioz da Deutsche Grammophon, desta vez trazendo outra obra bem conhecida do francês, “Haroldo na Italia”, uma belíssima composição, sub-intitulada ‘Sinfonia em Quatro Partes com uma Viola Solo’. A descrição de seus movimentos é semelhante à da Sinfonia Fantástica:

Primeiro Movimento: Haroldo nas Montanhas – Cenas de Melancolia, de Felicidade e de Alegria (Harold aux Montagnes – Scènes de Mélancolie, de Bonheur et de Joie) Adagio; Allegro.
Segundo Movimento: Procissão dos Peregrinos Cantando a Prece Vespertina – (Marche des Pelèrins Chantant la Prière du Soir) Alegretto.
Terceiro Movimento: Serenata de um Montanhês dos Abruzzos a sua Amada – (Sérénade d’un Montagnard des Abruzzes à sa Maîtresse) Allegro Assai.
Quarto Movimento: Orgia de Salteadores. Lembranças das Cenas Precedentes -(Orgie de Brigands. Souvenirs des Scènes Précédentes) Allegro Frenetico; Adagio; Allegro; Tempo I.

A obra foi composta baseada em um poema do inglês Lord Byron, e encomendada por Paganini. porém este não ficou contente com o resultado, e a obra foi estreada por outro solista.
Esta gravação da Deutsche Grammophon ficou a  cargo de Lorin Maazel, frente a Filarmônica de Berlim, e o solista é o próprio primeiro violista da orquestra, Wolfram Christ.
O CD também traz o Carnaval Romano, também com o Maazel e  a Filarmônica de Berlim, e então temos outra sinfonia, descrita como uma Sinfonia Dramática com coro e solistas, baseado na obra imortal de Shakespeare.

Estou disponibilizando dois cds, para o “Romeo & Juliet” não ficar incompleto. Espero que apreciem.

01 – Harold en Italie op.16_ 1. Harold aux montagnes, Scènes de mélancolie, de bonheur et de joie
02 – Harold en Italie op.16_ 2. Marche de pélerins chantant la prière du soir
03 – Harold en Italie op.16_ 3. Sérénade d’un montagnard des Abruzzes à sa maîtresse
04 – Harold en Italie op.16_ 4. Orgie de brigands. Souvenirs des scènes précédentes

Wolfram Christ – Viola
Berliner Philharmoniker
Lorin Maazel – Conductor

05 – Le Carnaval romain op.9, Ouverture charactéristique

Berliner Philharmoniker
Lorin Maazel – Conductor

06 – Roméo et Juliet op.17_ I 1. Introduction_ Combats – Tumultes – Intervention du Prince, 2. Prologue
07 – Roméo et Juliet op.17_ I Récitatif choral ‘D’anciennes haines endormies’
08 – Roméo et Juliet op.17_ I Premiers transports que nul n’oublie!’
09 – Roméo et Juliet op.17_ I Récitatif et Scherzetto ‘Bientôt de Roméo la pâle rêverie’

Julia Hamari – Mezzo Soprano
Jean Dupoy – Tenor
Jose van Dam – Bass, Baritone
Boston Symphony Orchestra
Seiji Ozawa – Conductor

CD 2 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE
CD 3 – BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE

Thomas Larcher (1963): Ixxu

Thomas Larcher (1963): Ixxu

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Eu adorei este CD, mas deixo um aviso aos desatentos: se você não gosta de música moderna, fuja! Larcher é um excelente compositor austríaco e este disco da ECM é uma joia encontrada numa de nossas navegações. O programa do CD é formado por três obras inéditas. Abrindo e fechando o disco, há dois substanciais quartetos de cordas: Ixxu e Cold Farmer. O Rosamunde dá um banho. My Illness Is the Medicine I Need marca a estreia fonográfica do espetacular soprano americano Andrea Lauren Brown, assim como do violinista Christoph Poppen. Podem baixar porque a coisa é do caralho, a não ser que você seja um passadista empedernido.

Thomas Larcher (1963): Ixxu

Ixxu
1. Flüchtig, nervös
2. Sehr schnell, präzise
3. Ruhig

My Illness Is the Medicine I Need
4. My illness is the medicine I need
5. I think I’ll stay here until I die, I’m tired of life. …
6. Eat and sleep. Eat and sleep. The monotony here kills you.
7. I like it when people ask me the time. It’s almost a conversation. …
8. I don’t know why I’m here. I’ve no idea. …
9. Once they give you an injection you instantly stop hearing voices.
Mumien
10. Tempo giusto
11. Schneller
12. Langsam

Cold Farmer
13. : Mit Groove
14. : Ruhige Halbe
15. : Sehr schnell
16. : Ganz langsam

Rosamunde Quartett

Andrea Lauren Brown: soprano
Christoph Poppen: violin
Thomas Demenga: violoncello
Thomas Larcher: piano

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Thomas Larcher
Thomas Larcher

PQP

R. Calace, H. Gal, W. A. Mozart, N. Sprongl: Le Livre D`or De La Mandoline

R. Calace, H. Gal, W. A. Mozart, N. Sprongl: Le Livre D`or De La Mandoline

Mandoline 1Eu gosto muito do blog holandês 33 toeren klassiek. Ele se dedica a divulgar apenas discos de música erudita em vinil. E, para completar, não divulga aquilo que foi passado para CD, mas sim as raridades mesmo, todas digitalizadas. Fala sério, é muito gáudio. O nível do blog é altíssimo e eles são finos como o PQP Bach, pois possuem também uma espécie de pqpshare. Isto é, para baixar seus discos, não se precisa sofrer com a superfetação de abas, telas e propagandas, propagandas, propagandas!

Este O Livro de Ouro do Bandolim é uma ultra raridade. Tem obras para bandolim solo, bandolim e piano, dois lieder de Mozart para o instrumento, alaúde e voz e ainda música moderna para bandolim de Norbert Sprongl. Por isso, fizemos questão de copiar o arquivo para vocês. Fala sério, é muito júbilo.

R. Calace, H. Gal, W. A. Mozart, N. Sprongl: Le Livre D`or De La Mandoline

1  Raffaele Calace: Prelude no.2 op 49    6:23
Edith Bauer-Sleis, mandoline

2  Hans Gal: Aria andante con moto    4:34
Edith Bauer-Sleis, mandoline; Erika Dichler-Sedlacek, piano

3  Hans Gal: Divertimento for mandoline and piano op.80    16:26
prélude, moderato – burla vivace presto – inzermezzo, andante – rondo, allegro
Edith Bauer-Sleis, mandoline; Erika Dichler-Sedlacek, pianoWolfgang Amadeus Mozart: 2 Lieder:
4  Komm liebe Zither KV 351    2:02
5  Die Zufriedenheit KV 349    4:41
Kurt Equiluz, tenor; Ruth Gigax, mandoline; Vinzenz Hladky, luitNorbert Sprongl:
6  Duo para mandoline and guitar op.85 no.2    13:16
allegro – allegro vivace – adagio – allegro vivace
Ruth Gigax, mandoline; Walter Wurdinger, guitarCredits
Mandolin – Edith Bauer-Slais, Ruth Gygaz
Piano – Erika Dichler-Sedlacek
The Vienna Chamber Ensemble*
Tenor Vocals – Kurt Equiluz (tracks: Side 2)

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Mandoline 2

PQP

Alma Latina: México Barroco / Puebla, vol.6/8 – Manuel Arenzana (c.1762–1821) [link atualizado 2017]

MUITO BOM (6) !!!

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Mais uma inestimável contribuição do internauta Camilo Di Giorgi!

O antepenúltimo volume desta coleção primorosa do México Barroco – Puebla chega ao classicismo, na verdade, a um dos primeiros compositores classicistas da Nova Espanha, Manuel Arenzana, que viria a influenciar gerações depois de si. Foi mestre de capela da Catedral de Puebla a partir de 1792 e, por isso, sua produção chega-nos neste álbum: na catedral se conservaram mais de cem composições suas, tanto sacras como profanas.

Arenzana ficou conhecido por sua música humorosa e elegante, aspectos que poderão ser ouvidos nos arquivos que lhes disponibilizamos.

E nossa equipe, sempre muito atenta aos anseios de nossos internautas/ouvintes, separou um petisco para que vocês morram de vontade de baixar. A obra é muito vibrante: já começa assim, com o Kyrie, ó:

Ouça! Ouça ! Deleite-se!

 

México Barroco / Puebla VI
Manuel Arenzana (Puebla, México, c.1762 – 1821)
Missa en Re ‘La Grande’ , Dixit Dominus, Salve Regina

01. Missa en Re “La Grande”, I. Kyrie
02. Missa en Re “La Grande”, II. Gloria
03. Missa en Re “La Grande”, III. Laudamus te
04. Missa en Re “La Grande”, IV. Domine Deus
05. Missa en Re “La Grande”, V. Qui tollis peccata mundi
06. Missa en Re “La Grande”, VI. Quoniam tu solus sanctus
07. Missa en Re “La Grande”, VII. Cum Sancto Spiritu. Missa en Re “La Grande”, I. Amen
08. Missa en Re “La Grande”, VIII. Credo
09. Missa en Re “La Grande”, IX. Et incarnatus est
10. Missa en Re “La Grande”, X. Et resurrexit
11. Missa en Re “La Grande”, XI. Sanctus
12. Missa en Re “La Grande”, XII. Agnus Dei
13. Salve Regina a 4 para grande orquesta
14. Responsorio a Dúo para Nuestra Sra. de las Nieves
15. Dixit Dominus a 4

Coro e Conjunto de Cámara de la Ciudad de México
Benjamín Juárez Echenique, regente
México, 1997

BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (FLAC) – PQPShare (230Mb)
BAIXE AQUI – DOWNLOAD HERE (MP3) – (124Mb)

Perdeu os outros volumes da coleção? Não tem problema, estão aqui, ó:
Volume 1
Volume 2
Volume 3
Volume 4
Volume 5
Volume 6
Volume 7
Volume 8

cúpulas poblanas

Bisnaga

Sergei Prokofiev (1891-1953): Sinfonia Nº 5, Op.100, e Sinfonia Nº 6, Op.111

Sergei Prokofiev (1891-1953): Sinfonia Nº 5, Op.100, e Sinfonia Nº 6, Op.111

IM-PER-DÍ-VEL !!!

O som não é lá essas coisas mas a qualidade das obras e a interpretação com sotacão russo vale a audição. Como é bom ouvir um grande regente do mesmo país e da mesma cultura do autor da obra! E como eu gosto da Sinfonia Nº 5! Ela me deixa feliz desde o Andante, passando pelo Marcato até chegar ao Jocoso. Me dá vontade de sorrir a eté esqueço que o pré-sal vai me aquecer, sufocar e que ninguém vai nem quer sequer pensar em fontes renováveis. Também gosto da Sexta, mas esta não tem a alegria e a inventividade da que a precede.

Sergei Prokofiev (1891-1953): Sinfonia Nº 5, Op.100, e Sinfonia Nº 6, Op.111

Symphony No.5,Op.100
1. I. Andante
2. II. Allegro marcato
3. III. Adagio
4. IV. Allegro giocoso

Symphony No.6,Op.111
5. I. Allegro moderato
6. II. Largo
7. III. Vivace

Leningrad Philharmonic Orchestra
Yevgeny Mravinsky

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Prokofiev pensando em ritmo de relógio
Prokofiev estrangulando um peão

PQP

Jean-Marie Leclair (1697-1764): Triosonatas, Op. 4

Jean-Marie Leclair (1697-1764): Triosonatas, Op. 4

JeanUMarieFLeclairkarl orgasmusical

Este francês é mesmo da pesada, uma de minhas preferências e não poderia ficar de fora deste pequeno Festival do Barroco Francês que ora promovo sem… bem, sem tê-lo planejado. Leclair estudou dança e violino em Turim. Em 1716 casou com Marie-Rose Casthanie, uma dançarina, que morreu em 1728. Em 1730, Leclair casou-se pela segunda vez. Sua nova esposa era a gravadora Louise Roussel, que preparou a impressão de todas as suas obras a partir do Opus 2.

Leclair foi ESFAQUEADO E MORTO em 1764. Apesar do homicídio permanecer um mistério, existe a possibilidade de que sua ex-mulher possa ter sido a instigadora, ainda que a mais forte suspeita recaia sobre o seu sobrinho, Guillaume-François Vial.

Jean-Marie Leclair (1697–1764): Triosonatas, Op. 4

Sonate I en ré mineur
Sonate II en si bémol majeur
Sonate III en ré mineur
Sonate IV en fa majeur
Sonate V en sol mineur
Sonate VI en la majeur

Musica Alta Ripa

BAIXE AQUI — DOWNLOAD HERE

Eduardo Cunha. Digo, Jean-Marie Leclair.
Eduardo Cunha. Digo, Jean-Marie Leclair.

PQP

Alma Latina: México Barroco / Puebla, vol.5/8 – Fabián Ximeno Pérez (c.1595-1654) [link atualizado 2017]

MUITO BOM (5) !!!

Repostagem com novo e atualizado link.

O quinto volume da série México Barroco de Puebla volta para o século XVII e trata da influência de Flandres na música religiosa da Espanha e suas colônias.

Como assim? Sim, a cultura flamenca influenciou sobremaneira as artes no século XVI e essa influência se arrastou pela centúria seguinte. No caso da Espanha e, por conseguinte, do território que hoje configura o México, tudo começa com Carlos I, o rei d’Espanha nascido em Gantes, atual Bélgica, filho de pai flamenco e mãe castelhana, que viria a governar a união dos reinos de Aragão, Leão e Castela, formando a Espanha. A transferência de membros da corte e de artistas que seguiram junto à família de Carlos quando estes deixaram Flandres para assumirem o trono de Castela transformou a vida cultural ibérica, com ecos nas terras conquistadas nas Américas.

A música hispânica, ainda que de uma polifonia muito bem elaborada, era até então ainda bastante sisuda, católica e até medievalesca, mas ganhou novos contornos com a chegada de artistas criados nas liberais terras flamencas, que já estavam em pleno renascimento. Daí que surgem e se popularizam as batalhas, espécie de padrão musical marcado pelo embate de dois coros ou grupos instrumentais que se alternam, como em pergunta e resposta.

Esses e novos elementos compositivos chegam rapidamente nos domínios hispânicos de além-mar. Não por acaso, a peça central deste álbum de hoje é a Missa da Batalha do compositor já nascido em terras mexicanas Fabiano Ximeno Pérez (ou Pérez Ximeno, sei lá: aparece das duas formas). Ximeno nasceu e morreu na capital da Nova Espanha e foi mestre de capela da Catedral da Cidade do México. Seu contato com Puebla se deu quando lhe foi solicitado vistoriar a construção do órgão da sede episcopal poblana. Naquela cidade, compôs duas missas e mais algumas peças sacras, material que se conservou nos arquivos da diocese e que são-lhes hoje apresentados aqui.

Entremeadas à missa de Ximeno, estão obras para orquestra e para órgão de outros autores contemporâneos a ele, como Tielman Susato, Antonio de Cabezón,Clèment Janequin, Mateu Fletxa, e Joan Cabanilles, como ocorre nos CDs anteriores, autores cujas peças estão arquivadas na Catedral de Puebla e devem ter sido executadas no mesmo período, compondo o ambiente musical da época. O todo é muito bom!

Ouça! Ouça! Deleite-se

O Sactus de Ximeno e sua polifonia crescente, belíssima:

México Barroco / Puebla V
Fabián Ximeno Pérez
Missa de la Batalla

Tielman Susato (Soest, Alemanha, c. 1510 – Suécia, depois de 1570)
01. Pavana La Bataille
Antonio de Cabezón (Burgos, Espanha, 1510 – Madri, Espanha, 1566)
02. Tiento de 4º tono, sobre “Malheur me bat” de Ockeheim
Fabián Ximeno Pérez (Cidade do México, México, c.1595 – 1654)
03. Missa de la Batalla, I. Kyrie
04. Missa de la Batalla, II. Gloria
Mateu Fletxa “el Vell” (Pardes, França, 1481 – Poblet, Espanha, 1553)
05. Ensalada “La Justa”
Anonimo
06. Al revuelo de una garza
Fabián Ximeno Pérez (Cidade do México, México, c.1595 – 1654)
07. Missa de la Batalla, III. Credo
Antonio de Cabezón (Burgos, Espanha, 1510 – Madri, Espanha, 1566)
08. Tiento de 5º tono
Clèment Janequin (Châtellerault, França, 1485- Paris,França, 1558)
09. Batalla
Anonimo
10. Entrada
Fabián Ximeno Pérez (Cidade do México, México, c.1595 – 1654)
11. Missa de la Batalla, IV. Sanctus
Antonio de Cabezón (Burgos, Espanha, 1510 – Madri, Espanha, 1566)
12. Tiento del 1º tono
Fabián Ximeno Pérez (Cidade do México, México, c.1595 – 1654)
13. Missa de la Batalla, V. Agnus Dei
Francisco Guerrero (Sevilha, Espanha, 1528 – 1599)
14. Ave virgo sanctissima
Juan Bautista José Cabanilles (b. Algemesí, Espanha, 1644 – Valencia, Espanha, 1712)
15. Battalla Imperial

Coro e Conjunto de Cámara de la Ciudad de México
Benjamín Juárez Echenique, regente
México, 1997

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Volume 4
Volume 5
Volume 6
Volume 7
Volume 8

A Catedral de Puebla

Bisnaga

Hilary Hahn Spetacular – Beethoven, Brahms, Mendelssohn, Barber, Stravinsky, Shostakovich

CoverEu chamaria essa coleção de “Retrato do Artista Enquanto Jovem”, no lugar de ‘Spetacular’, título este um tanto quanto exagerado no meu entender, já que são gravações do início da carreira da artista, antes de assinar contrato com  a Deutsche Grammophon, mas tudo bem.
Mas enfim, a coleção serve para mostrar a evolução de Hilary Hahn enquanto artista. A carreira da violinista norte americana já está mais do que consolidada, e sua agenda sempre está cheia, se apresentando ao redor do mundo. São três cds, trazendo alguns dos principais concertos para violino, desde Beethoven até Barber, passando por Brahms, Mendelssohn, Stravinsky e Shostakovich.
Espero que apreciem. Conheço bem estas gravações, pois acompanho sua carreira já desde o início dos anos 2000, quando ela começou a se destacar nas salas de concerto.
Então vamos ao que viemos.

CD 1

01 Mendelssohn: Violin Concerto In E Minor, Op. 64 – 1. Allegro Molto Appassionato
02 Violin Concerto In E Minor, Op. 64 – 2. Andante
03 Violin Concerto In E Minor, Op. 64 – 3. Allegretto Non Troppo

Oslo Symphony Orchestra
Hugh Wolff – Conductor

04 Beethoven: Violin Concerto In D, Op. 61 – 1. Allegro Ma Non Troppo
05 Violin Concerto In D, Op. 61 – 2. Larghetto
06 Violin Concerto In D, Op. 61 – 3. Rondo: Allegro

Baltimore Symphony Orchestra
David Zinman – Conductor

CD 2

01 Brahms – Concerto in D Major for Violin and Orchestra, Op. 77: I. Allegro non troppo
02 Concerto in D Major for Violin and Orchestra, Op. 77: II. Adagio
03 Concerto in D Major for Violin and Orchestra, Op. 77: III. Allegro giocoso, ma non troppo vivace
04 Stravinsky – Concerto in D for Violin and Orchestra (1931): I. Toccata
05 Concerto in D for Violin and Orchestra (1931): II. Aria I
06 Concerto in D for Violin and Orchestra (1931): III. Aria II
07 Concerto in D for Violin and Orchestra (1931): IV. Capriccio

Academy of Saint-Martin in the Fields
Neville Marrimer – Conductor

CD 3

01 Shostakovich: Violin Concerto #1 In A Minor, Op. 77 – 1. Nocturne
02 Shostakovich: Violin Concerto #1 In A Minor, Op. 77 – 2. Scherzo
03 Shostakovich: Violin Concerto #1 In A Minor, Op. 77 – 3. Passacaglia
04 Shostakovich: Violin Concerto #1 In A Minor, Op. 77 – Cadenza
05 Shostakovich: Violin Concerto #1 In A Minor, Op. 77 – 4. Burlesque

Oslo Symphony Orchestra
Hugh Wolff – Conductor

06 Barber: Violin Concerto, Op. 14 – 1. Allegro
07 Barber: Violin Concerto, Op. 14 – 2. Andante
08 Barber: Violin Concerto, Op. 14 – 3. Presto In Moto

Saint Paul Chamber Orchestra
Hugh Wolff – Conductor

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Ludwig van Beethoven (1770-1827) – Sonatas para violino e piano – André Rieu – Richard Clayderman

12932975_1040374046028069_8988128838351721722_nSumido ando e sumido manter-me-ei se o reproche que vier para esta publicação conseguir lamber os garrões daquele, monstruoso, que para ela prevejo.

Fazer o quê? O PQP Bach dispõe-se a polinizar beleza na blogosfera e, por conseguinte, tem também o dever de espalhar polens que, se certamente causarão anafilaxia nos puristas, poderão trazer flor e fruto a ouvidos mais embrutecidos.

Peço que deponham os tomates podres e as adagas envenenadas que pretendiam endereçar a André, Richard e Vassily e sigam meu arrazoado:

O miliardário homenzarrão Rieu, natural de Maastricht, estudou nos conservatórios de sua cidade natal e de Liège antes de formar-se com o “Premier Prix” no Conservatório Real de Bruxelas, onde Henri Vieuxtemps e Eugène Ysaÿe ensinaram violino. Não, não é fraco o bicho.

O loiríssimo Clayderman, nascido Phillipe Pagès, teve que abortar seus estudos no Conservatório de Paris (território que já foi de Franck, Fauré e Messiaen) para ganhar fama e fortuna a encher os elevadores e consultórios de dentista com clássicos como “Dolannes Melody” que, para muitos (eu e meus sisos inclusos), evocam o barulhinho tétrico da famigerada broca e o cheiro do esmalte e da dentina por ela queimados.

Isso sem nem entrar no mérito de seu magnífico visual, digno de uma camisa 9 da Argentina na sangrenta Copa de 78
Isso sem nem entrar no mérito, claro, de seu magnífico visual.

Quanto a Vassily, bem, ele pegou a barca de Caronte e voltou para o Hades, onde, espera, os tomates, a chuva de adagas e o ranger de dentes não o alcançarão.

Antes de mandarem Cérbero, as Górgonas e todos o Titãs (ah, e Beethoven também!) em meu encalço, rogo-lhes que se dispam de seus preconceitos e deem às frondosas cabeleiras uma chance de fazê-los felizes.

LUDWIG VAN BEETHOVEN (1770-1827)

AS SONATAS PARA VIOLINO E PIANO – ANDRÉ RIEU E RICHARD CLAYDERMAN

CD 1

1. Sonatas (3) for violin & piano, Op. 12: No. 1 in D major. 1. Allegro con brio
2. Sonatas (3) for violin & piano, Op. 12: No. 1 in D major. 2. Tema con variazioni: Andante con moto
3. Sonatas (3) for violin & piano, Op. 12: No. 1 in D major. 3. Rondo: Allegro
4. Sonatas (3) for violin & piano, Op. 12: No. 2 in A major. 1. Allegro vivace
5. Sonatas (3) for violin & piano, Op. 12: No. 2 in A major. 3. Allegro piacevole
6. Sonatas (3) for violin & piano, Op. 12: No. 3 in E flat major. 1. Allegro con spirito
7. Sonatas (3) for violin & piano, Op. 12: No. 3 in E flat major. 2. Adagio con molt’espressione
8. Sonatas (3) for violin & piano, Op. 12: No. 3 in E flat major. 3. Rondo: Allegro molto
9. Sonata for violin & piano No. 4 in A minor, Op. 23: 1. Presto
10. Sonata for violin & piano No. 4 in A minor, Op. 23: 3. Allegro molto

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CD 2

1. Sonata for violin & piano No. 5 in F major (‘Spring’), Op. 24: 1. Allegro
2. Sonata for violin & piano No. 5 in F major (‘Spring’), Op. 24: 2. Adagio molto espressivo
3. Sonata for violin & piano No. 5 in F major (‘Spring’), Op. 24: 3. Scherzo: Allegro molto
4. Sonata for violin & piano No. 5 in F major (‘Spring’), Op. 24: 4. Rondo: Allegro ma non troppo
5. Sonatas (3) for violin & piano, Op. 30: No. 6 in A major: 1. Allegro
6. Sonatas (3) for violin & piano, Op. 30: No. 6 in A major: 2. Adagio
7. Sonatas (3) for violin & piano, Op. 30: No. 6 in A major: 3. Allegretto con variazioni
8. Sonatas (3) for violin & piano, Op. 30: No. 7 in C minor: 1. Allegro con brio
9. Sonatas (3) for violin & piano, Op. 30: No. 7 in C minor: 2. Adagio cantabile
10. Sonatas (3) for violin & piano, Op. 30: No. 7 in C minor: 3. Scherzo: Allegro
11. Sonatas (3) for violin & piano, Op. 30: No. 7 in C minor: 4. Finale: Allegro

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CD 3

1. Sonatas (3) for violin & piano, Op. 30: No. 8 in G major: 1. Allegro assai
2. Sonatas (3) for violin & piano, Op. 30: No. 8 in G major: 2. Tempo di minuetto, ma molto moderato e grazioso
3. Sonatas (3) for violin & piano, Op. 30: No. 8 in G major: 3. Allegro vivace
4. Sonata for violin & piano No. 9 in A major (‘Kreutzer’), Op. 47: 1. Adagio sostenuto – Presto
5. Sonata for violin & piano No. 9 in A major (‘Kreutzer’), Op. 47: 2. Andante con variazioni
6. Sonata for violin & piano No. 9 in A major (‘Kreutzer’), Op. 47: Variation 1
7. Sonata for violin & piano No. 9 in A major (‘Kreutzer’), Op. 47: Variation 2
8. Sonata for violin & piano No. 9 in A major (‘Kreutzer’), Op. 47: Variation 3
9. Sonata for violin & piano No. 9 in A major (‘Kreutzer’), Op. 47: Variation 4
10. Sonata for violin & piano No. 9 in A major (‘Kreutzer’), Op. 47: Coda: Molto adagio
11. Sonata for violin & piano No. 9 in A major (‘Kreutzer’), Op. 47: 3. Finale: Presto
12. Sonata for violin & piano No. 10 in G major, Op. 96: 1. Allegro moderato
13. Sonata for violin & piano No. 10 in G major, Op. 96: 2. Adagio espressivo –
14. Sonata for violin & piano No. 10 in G major, Op. 96: 3. Scherzo: Allegro
15. Sonata for violin & piano No. 10 in G major, Op. 96: 4. Poco allegretto

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André Rieu, violino
Richard Clayderman, piano

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Vassily Genrikhovich