Zoltán Kodály (1882-1967): Háry János – Dances of Galánta (DUPLO) [link atualizado 2017]

Venho aqui preencher uma lacuna no Blog. Este álbum duplo apresenta algumas das principais obras orquestrais do compositor, etnomusicólogo, educador, linguista e filósofo húngaro, Zoltán Kodály, com a Philharmonia Hungarica sob a batuta do sempre competente Antal Dorati.

Kodály foi um dos mais destacados músicos húngaros de todos os tempos. O seu estilo musical atravessou num estágio inicial uma fase pós-romântica vienense e evoluiu para um período de mistura de folclore e complexas harmonias, num estilo partilhado com Béla Bartók.

Desenvolveu o método Kodály que hoje constitui a base de todo ensino musical na Hungria e nas escolas de música de muitos países. Eu mesmo estudei música na Universidade Estadual do Ceará com o Método Kodály entre outros métodos.

Assim como Bartók, Villa-Lobos e outros compositores nacionalistas, percorreu seu país recolhendo canções folclóricas e aplicando em sua música.

Sua obra mais popular é a Ópera Folclórica Háry János, apresentada aqui como uma suíte instrumental contendo os melhores momentos da peça.

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Kodály: Háry János –  Dances of Galánta

CD 1
01. Hary Janos Suite – Prelude; The Fairy Tale Begins
02. Hary Janos Suite – Viennese Musical Clock
03. Hary Janos Suite – Song
04. Hary Janos Suite – The Battle And Defeat Of Napoleon
05. Hary Janos Suite – Intermezzo
06. Hary Janos Suite – Entrance Of The Emperor And His Court
07. Dances Of Galanta – Lento – Maestoso
08. Dances Of Galanta – Allegretto Moderato
09. Dances Of Galanta – Allegro Con Moto, Grazioso
10. Dances Of Galanta – Allegro
11. Dances Of Galanta – Allegro Vivace
12. Variations on a Hungarian Folk Song The Peacock – Theme Moderato
13. Variations on a Hungarian Folk Song The Peacock – Var.1 Con brio, Var.2, Var.3 Piu mosso, Var.4 Poco calmoto, Var.5, Var.6 Poco calmoto
14. Variations on a Hungarian Folk Song The Peacock – Var.7 Vivo, Var.8 Piu vivo, Var.9, Var.10 Molto vivo
15. Variations on a Hungarian Folk Song The Peacock – Var.11 Andante espressivo, Var.12 Adagio
16. Variations on a Hungarian Folk Song The Peacock – Var.13 Funeral March, Var.14 Andante pocp rubato, Var.15 Allegro giocoso, Var.16 Maestoso
17. Variations on a Hungarian Folk Song The Peacock – Finale Vivace
18. Dances of Marosszék (Marosszéki táncok), for orchestra

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CD 2
01. Theatre Overture
02. Concerto for orchestra
03. Summer Evening
04. Symphony in C – I. Allegro
05. Symphony in C – II. Andante moderato
06. Symphony in C – III. Vivo

Philharmonia Hungarica
Antal Dorati

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Repostado por Bisnaga

.:interlúdio:. Chick Corea Akoustic Band – Live from The Blue Note – Tokio

Eis uma boa oportunidade para serem feitas algumas comparações entre estes dois gênios do piano, Keith Jarrett e Chick Corea. Não quero com isso estabelecer placar, dizendo que ciclano é melhor que beltrano, ou algo do gênero, apenas peço que se comparem estilo, improvisão, etc.

A formação é semelhante a qualquer Piano Jazz Trio, a saber, um piano, um contrabaixo acústico e uma bateria. Chick Corea nesta gravação está ao lado de seu fiel escudeiro, o baixista John Patittucci e do baterista Vinnie Collaiuta. Para quem conhece estes nomes, sabe que só tem gente grande aqui, para os que não conhecem, fica a oportunidade de conhecerem dois dos melhores músicos da atualidade em seus instrumentos, acompanhando o piano de Corea.

A lista das músicas trás um clássico do repertório do próprio Corea, “Humpty Dumpty”, o clássico de Coltrane “Chasin´ the Train”, e dois standards, por sinal também gravados por Jarrett, “With a Song in My Heart” e a sensacional e única “Autumm Leaves”, que dispensa comentários.

Chick Corea Akoustic Band – Live from The Blue Note – Tokio

01 – Humpty Dumpty
02 – New Waltse
03 – With A Song In My Heart
04 – Chasin’ The Train
05 – Summer Night
06 – Tumba
07 – Autumn Leaves

Chick Corea – Piano
John Patitucci – Bass
Vinnie Colaiuta – Drums

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FDP Bach

.:interlúdio:. – Wynton Marsalis Septet – Citi Movement

Esta postagem é em homenagem ao Milton Ribeiro (que fez aniversário semana passada), e que recomendou um cd deste mesmo Wynton Marsalis Septet em seu blog, “In This House, In this Morning”. Na verdade, estou arriscando com esta postagem, sem saber se ele possui esse CD, mas deixo ao critério dos senhores a devida apreciação, que posso definir da seguinte forma, sendo curto e grosso: é do caralho, com o perdão da expressão. Impossível ficar indiferente com esse tour de force, já que a obra é tocada em um fôlego só, sem pausas.

O texto abaixo foi tirado do encarte do CD:

“Citi Movement was written by Wynton Marsalis for Griot New York, a modern ballet choreographed by Garth Fagan. Its premier performance at the Brooklin Academy of Music in 1991 was received by cheering audiences and drew praising rewiews. With this recording the music stands quite tall alone and now does its own dances. The three-part composition uses jazz to render the feeling of a city, the waves and wages of history, and the emotional references connected to styles and rythmic grooves.

In keeping with the leasury, sequestered situations in wich jazz composers do their work, free of intrusians from the external world, this extended piece was written in a month, while the Marsalis band was on the road, performing every night and giving master classes in the daytime. Herb Harris was playing soprano anda tenor saxophones while Citi Movement was composed: ‘It was crazy. Amazing. We were working all these gigs and Wynton was giving this talks and instructions to students musicians during the day, running to get some food before the concert anda going into this room every night to compose. It shocked all of us. With all he had to do, you wouldn´t have expected him to come up with this kind of music. But there it is’. “

Bem, trata-se de música extremamente elaborada, pensada em cada detalhe,  que mostra um compositor ciente de sua capacidade e profundo conhecimento da linguagem jazzistica, e claro, musical, sem esquecer, seu profundo conhecimento da própria história do jazz. Como o Milton comenta em seu blog, o Septeto é simplesmente perfeito.

Não estou exagerando quando afirmo que se trata de um dos melhores cds de jazz que já tive a oportunidade de ouvir. Se fosse para escolher uma faixa com certeza ficaria com a última do primeiro CD, “Spring Yaoundé”, que traz Eric Reed ao piano e o próprio Marsalis num dueto de arrepiar…

Interlúdio – Wynton Marsalis Septet – Citi Movement

CD 1
1. Hustle Bustle
2. City Beat
3. Daylight Dinosaurs
4. Down The Avenue
5. Stop And Go
6. Nightlife-Highlife (Yas, Yas)
7. How Long?
8. I See The Light (Vocal Version)
9. I See The Light (Instrumental Version)
10. Duway Dialogue
11. Dark Heart Beat
12. Cross Court Capers
13. Bayou Baroque
14. Marthaniel
15. Spring Yaoundé

CD 2
1. The End
2. The Legend Of Buddy Bolden
3. Swingdown, Swingtown
4. Highrise Riff
5. Modern Vistas (As Far As The Eye Can See)
6. Curtain Call

Wynton Marsalis – Trumpet
Todd Williams – Tenor & Soprano Saxophones
Wes Anderson – Alto Saxophone
Wycliffe Gordon – Trombone
Reginald Veal – Bass
Herlin Riley – Drums
Eric Reed – Piano
Herb Harris – tenor sax in “I see the Light (Instrumental) and “Curtain Call
Marthaniel Roberts – Piano on “Marthaniel”, “The End”, “Swingdown, Swintown” and “Curtan Call”.

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FDP Bach

Philip Glass (1937) – White Raven, ópera de 1991

Sei lá como esta gravação chegou até mim. Parece registro de um concerto gravado por um espectador na terceira fila, meio escondido. Pura pirataria, coisa que detesto. A música é legítimo Glass; ou seja, é um ventilador legalzinho, mas só serve para dias muito quentes. A curiosidade é que é falada em português de Portugal. Os caras falam de navegações, mares, etc. Uma curiosidade. Quem são os executantes? Ah, meu amigo…

Philip Glass – White Raven (ópera)

01 – Knee Play 1 (El Escritor con los dos Cuervos)
02 – Acto I, 1 (Corte Portuguesa)
03 – Knee Play 2 (El Escritor con los dos Cuervos)
04 – Acto I, 2 (El Viaje)
05 – Acto I, 3 (Africa)
06 – Acto I, 4 (India)
07 – Acto II, 1 (Exploracao Submarina)
08 – Acto II, 2 (Exploracao de Agujeros Negros en el Cielo)
09 – Acto III (Prologo)
10 – Acto III, 1 (Corte Portuguesa)
11 – Knee Play 3 (El Escritor Como Cuervo)
12 – Acto III, 2 (Visiones Nocturnas)
13 – Acto IV (Scherzo)
14 – Knee Play 4 (El Escritor con una Mesa de Agua y una Pluma Voladora)
15 – Act V (Brasil)
16 – Epilogo

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PQP

Gioacchino Antonio Rossini – Seis Aberturas, Giuseppe Verdi – Três Prelúdios – Abbado

Fuçando meus cds, encontrei esta gravação misteriosa, que traz Claudio Abbado regendo aberturas de óperas de Rossini, além de Prelúdios de Óperas de Verdi. Lembro que comprei esse cd em banca de revista, pertence a uma coleção intitulada “Deutsche Grammophon Collection”, e na verdade, creio tratar-se de uma montagem da editora, pois nem no site da DG encontrei tal cd. De qualquer forma, o cd que está indicado aí ao lado no link da amazon traz apenas as aberturas de Rossini.
Sabemos que Claudio Abbado é um grande especialista no repertório operístico italiano, e se encontra em seu elemento quando está regendo Rossini e Verdi.
Esse cd traz algumas das mais famosas aberturas de óperas de Rossini, entre as quais poderíamos destacar, é claro, “Il Barbieri di Siviglia”, “La Cenerentola”, “La Gazza Ladra”.
Trata-se de um cd leve, que traz toda a beleza da música destes dois grandes compositores italianos, amados por uns, odiados por outros, e creio que serviu de porta de entrada para muita gente no tal mundo da música erudita.
Uma postagem para relaxar, sem maiores pretensões. É para divertir e entreter.

Gioacchino Antonio Rossini – Seis Aberturas, Giuseppe Verdi – Três Prelúdios – Abbado

01 Il Barbieri di Siviglia
02 La Cerenterola
03 La gazza ladra
04 L’italiana in Algeri
05 Signor Bruschino
06 L’assedio di Corinto
07 Macbeth
08 Un ballo in maschera
09 Aida

London Symphony Orchestra
Coro e Orquestra do Teatro alla Scala
Claudio Abbado – Conductor

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.: interlúdio :. Keith Jarrett Trio – At the Blue Note – CD 3

Este terceiro cd da série do Keith Jarrett Trio tocando na Blue Note é um dos mais inspirados da série, apesar de ser complicado afirmar isso, devido à qualidade dos outros cds.

Adoro Autumm Leaves, e não sei quantas versões já ouvi, mas devo confessar que Keith Jarrett se supera nesta sua leitura mais do que pessoal. Vinte e seis minutos e quarenta e três minutos de pura inspiração, de puro improviso, e os  méritos claro que não são só dele. Jack DeJohnette e Gary Peacock para variar estão perfeitos, e o que estes três excepcionais músicos fazem com o tema principal de Autumm Leaves é de arrepiar. Abafa o resto do cd, que tem outro clássico logo em seguida, “Days of Wine and Rose”. Quando ouvi esse cd pela primeira vez, o repeti por umas três ou quatro vezes, e uma centena de audições depois, continuo fascinado e impressionado. Um absurdo.

Chega de repetir o óbvio, e vamos ao que interessa.

Interlúdio – Keith Jarrett Trio – At the Blue Note – CD 3

1 Autumn Leaves
2 Days Of Wine And Roses
3 Bop-Be
4 You Don’t Know What Love IsMuezzin
5 When I Fall In Love

Keith Jarrett – Piano
Gary Peacock – Double Bass
Jack DeJohnette – Drums

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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – Wind Concertos – Wind Concertos Serenades & Divertimenti – CD 3-7

Mais uma postagem feita a toque de caixa. Enquanto mano PQPBach tem postado música russa, sem nenhum motivo aparente, estou postando Mozart, também sem nenhum prévio planejamento.

Mais três obras primas mozartianas nas excepcionais mãos desta excepcional orquestra, Orpheus Chamber Orchestra. São obras que não precisam apresentação, são conhecidíssimas, e além disso, existem diversas gravações delas. Aqui mesmo no blog já devem ter sido postadas umas três ou quatro versões, mas quem se importa? É Mozart. E para este sábado frio, pelo menos aqui pelo Vale do Itajaí, nada como Mozart para aquecer o espírito e alma. Claro que com a ajuda de um bom vinho.

Um bom domingo para todos.

Wolfgang Amadeus Mozart – Wind Concertos Serenades & Divertimenti – CD 3-7

01 – Konzert fur Oboe und Orchester C-dur KV 314 – Allegro aperto
02 – – Adagio no troppo
03 – – Rondo Allegretto
04 – Konzert fur Flote und Orchester Nr
05 – – Adagio ma non troppo
06 – – Rondo Tempo di Menuetto
07 – Konzert fur Flute, Harfe und Orchester C-dur KV 299 – Allegro
08 – – Andantino
09 – – Rondeau Allegro

Randall Wolfgang – Oboe
Susan Palma-Nidel – Flute
Nancy Allen – Harp
Orpheus Chamber Orchestra

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FDPBach

Nicolai Rimsky-Korsakov (1844-1908): Scherazade e A Grande Páscoa Russa

Sem planejamento nenhum, estou promovendo um verdadeiro Festival Russo no blog. Como disse, é casual; deve ser uma fase.

Na casa de meu pai, o toca-discos estava sempre ligado. Como mais ouvidos estavam Chopin, Concertos para Piano de Mozart, o Beethoven da middle age e duas músicas que meu amava loucamente: Quadros de uma Exposição e Scherazade. É absolutamente alto o número de vezes que ouvi esta obra do grande compositor e maior ainda orquestrador Rimsky-Korsakov em várias gravações, pois meu pai comprava discos como garrafas de leite. Por isso, talvez possa garantir que Ozawa trata muito bem uma das histórias da princesa que narrava para não morrer.

Lembrei que ainda não postei um disco espetacular de outro do Grupo dos Cinco: um de quartetos de Borodin. Os membros do nacionalista Grupo dos Cinco eram Rimsky-Korsakov, Mily Balakirev, Borodin, César Cui e Modest Mussorgsky. Acho que tanto Rimsky-Korsakov como Borodin era militares… É um mundo estranho e morto…

Grande CD!

Scheherazade, Op. 35

1. Rimsky-Korsakov – The sea and Sindbad’s ship (9:52)
2. Rimsky-Korsakov – The story of the Calendar Prince (11:34)
3. Rimsky-Korsakov – The young prince and the young priness (9:21)
4. Rimsky-Korsakov – Festival at Bagdad – The sea – The ship goes to pieces against a rock surmounted by a bronze warrior (The shipwreck) (12:33)

Russian Easter Festival Overture, Op. 36
5. Rimsky-Korsakov – Russion Easter, Op. 36 – Overture on sacred Russian themes (14:58)

Rainer Honeck, violin
Wiener Philharmoniker
Seiji Ozawa

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PQP

Maurice Ravel (1875-1937) – Piano Concerto in G major, Piano Concerto in D major (for the left hand) – Achille-Claude Debussy (1862-1918) – Fantasy for Piano and Orchestra

Faz tempo que não se faz uma postagem de obras de Maurice Ravel, por isso resolvi trazer este belo cd com os concertos para piano do compositor francês, em uma excelente interpretação do sempre inspirado Zoltán Kocsis, acompanhado pela excelente Budapest Festival Orchestra dirigida por Iván Fischer.
Este Concerto em Sol Maior já foi postado aqui no blog, assim como o Concerto para a Mão Esquerda, mas vai aí uma outra gravação.
A curiosidade do cd fica por conta de uma obra de Debussy da qual nem eu nem mano PQPBach tinhamos ouvido falar, uma Fantasia para Piano e Orquestra. Procurei outra gravação para essa obra mas não encontrei. Se alguém tiver, me avise.

Maurice Ravel – Piano Concerto in G major, Piano Concerto in D major (for the left hand) – Achille-Claude Debussy – Fantasy for Piano and Orchestra
01. Ravel Piano Concerto in G major 1. Allegramente
02. Ravel Piano Concerto in G major 2. Adagio assai
03. Ravel Piano Concerto in G major 3. Presto
04. Ravel Piano Concerto in D major (for the left hand) Lento
05. Ravel Piano Concerto in D major (for the left hand) Allegro
06. Ravel Piano Concerto in D major (for the left hand) Tempo I
07. Debussy Fantasy for Piano and Orchestra 1. Andante ma non troppo – Allegro giusto
08. Debussy Fantasy for Piano and Orchestra 2. Lento e molto espressivo
09. Debussy Fantasy for Piano and Orchestra 3. Allegro molto

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FDP Bach

Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1796) – The Wind Concertos – CD 2-7

Depois de toda a polêmica sobre a postagem do colega Marcelo Stravinsky, trago mais um belo cd com obras de Mozart.

O segundo cd da coleção da Orpheus Chambers Orchestra dedicada às obras para sopro de Mozart traz os belíssimos concertos para Trompa e Orquestra.  São peças conhecidas e muito gravadas, e a Orpheus mantém a tradição das grandes interpretações para estas obras.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791)

Bassoon Concerto in B flat, K.191

Cadenza by Frank Morelli
1 1. Allegro – Cadenza: Frank Morelli
2 2. Andante ma adagio – Cadenza: Frank Morelli
3.3  Rondo. Tempo di Menuetto – Cadenza: Frank Morelli

Frank Morelli, Orpheus Chamber Orchestra

Horn Concerto No.2 in E flat, K.417
Cadenza by William Purvis
4 1. Allegro maestoso
5 2. Adagio
6 3. Rondo. Allegro – Cadenza: William Purvis

William Purvis, Orpheus Chamber Orchestra

Allegro in D for Horn and Orchestra, K.412
7 1. Allegro
8 2. Rondo:Allegro

Orpheus Chamber Orchestra, David Jolley

Horn Concerto No.3 in E flat, K.447
Cadenza by William Purvis
9 1. Allegro – Cadenza: William Purvis
10 2. Romanze (Larghetto)
11 3. Allegro

William Purvis, Orpheus Chamber Orchestra

Horn Concerto No.4 in E flat, K.495

Cadenz by David Jolley after Dennis Brain
12 1. Allegro maestoso
13 2. Romanza (Andante)
14 3. Rondo (Allegro vivace)

David Jolley, Orpheus Chamber Orchestr

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FDP Bach

Alfred Schnittke (1934-1998): Concerto Grosso Nº 1, Quasi una sonata, Moz-Art à la Haydn

No tempo em que comprei este CD, em 1991, Schnittke era “o mais celebrado compositor soviético”. Assim como seu país mudou, Schnittke mudou muito como compositor ao longo da vida. Antes influenciado por Shostakovich, depois adotou o poli-estilismo — uma coisa divertidíssima que pode ser ouvida neste Concerto Grosso de cordas enlouquecidamente vivaldianas e tangos de um Piazzolla que veio do frio — e depois adotou um estilo bem mais tímido e sério.

O carro-chefe do CD é o Concerto Grosso — casualmente, o Avicenna irá dançar um tango barenboiniano amanhã –, mas Quasi una sonata e Moz-Art à la Haydn são de primeira linha. Há um certo parentesco, nada mais do que isso, entre Quasi una sonata e Sonâncias III, de Marlos Nobre, obra que não lembro ter sido postada aqui. Daqui alguns dias, postarei a ópera Life with an Idiot, de Schnittke. Aguardem com a habitual paciência.

Schnittke: Concerto Grosso Nº 1, Quasi una sonata, Moz-Art à la Haydn

Concerto Grosso No.1, for 2 violins, harpsichord, prepared piano & 21 strings (1976-77)
1. Prelude: Andante
2. Toccata: Allegro
3. Recitativo: Lento
4. Cadenza [without tempo marking]
5. Rondo. Agitato
6. Postludio. Andante – Allegro – Andante
Tatjana Grindenko e Gidon Kremer, violinos
Yuri Smirnov, cravo e piano preparado
Heinrich Schiff, regência

7. Quasi una sonata, for violin & chamber orchestra (1987)
Yuri Smirnov, piano
Gidon Kremer, violino e regência

8. Moz-Art à la Haydn, for 2 violins & 11 strings (1987)
Tatjana Grindenko, violino
Gidon Kremer, violino e regência

Chamber Orchestra of Europe (nas 3 obras)

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PQP

Antonio Vivaldi (1678-1741) & Johann Sebastian Bach (1685-1750): The Bach-Vivaldi Concertos

Ao menos de minha parte, fecho a temporada de transcrições com uma curiosidade: transcrições escritas por Bach para o cravo sobre Concertos de Vivaldi. Robert Woolley vai muito bem, dando-nos um excelente recital deste Johann Sebastian Vivaldi. Há também transcrições para o órgão, provas da enorme admiração que meu pai tinha pelo Padre Tonho, o Vermelho.

Bach-Vivaldi Concertos

Concerto No 1 in D major, BWV972
1 Movement 1: [Allegro] [2’20]
2 Movement 2: Larghetto [3’48]
3 Movement 3: Allegro [2’19]

Concerto No 2 in G major, BWV973 Antonio Vivaldi (1678-1741) & Johann Sebastian Bach (1685-1750)
4 Movement 1: [Allegro assai] [2’41]
5 Movement 2: Largo [2’28]
6 Movement 3: Allegro [2’23]

Concerto No 5 in C major, BWV976 Antonio Vivaldi (1678-1741) & Johann Sebastian Bach (1685-1750)
7 Movement 1: [Allegro] [3’48]
8 Movement 2: Largo [3’31]
9 Movement 3: Allegro [3’08]

Concerto No 4 in G minor, BWV975 Antonio Vivaldi (1678-1741) & Johann Sebastian Bach (1685-1750)
10 Movement 1: [Allegro] [3’10]
11 Movement 2: Largo [3’47]
12 Movement 3: Giga. Presto [1’46]

Concerto No 9 in G major, BWV980 Antonio Vivaldi (1678-1741) & Johann Sebastian Bach (1685-1750)
13 Movement 1: [Allegro] [3’52]
14 Movement 2: Largo [4’05]
15 Movement 3: Allegro [3’47]

Concerto No 7 in F major, BWV978 Antonio Vivaldi (1678-1741) & Johann Sebastian Bach (1685-1750)
16 Movement 1: Allegro [2’24]
17 Movement 2: Largo [2’47]
18 Movement 3: Allegro [2’28]

Robert Woolley (harpsichord)

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PQP

Interlúdio – Keith Jarrett at Blue Note – CD 2

Uma postagem feita a toque de caixa, são quase dez horas da noite, estou acordado desde as 6 da manhã, e amanhã terei de acordar novamente nesta hora. Enfim, coisas dessa nossa vida maluca.

Keith Jarrett, Gary Peacock e Jack De Johnette. Nada mais preciso falar… apenas ouçam, ouçam, ouçam, e não se cansem de ouvir. É um santo remédio para esses dias de tédio. Impossível ficarmos indiferentes para estes três grandes músicos. Divirtam-se. Ah, antes que perguntem, o CD 1 já foi postado, basta procurá-lo…

Keith Jarrett – At Blue Note – CD 2

1. I’m Old Fashioned
2. Everything Happens to Me
3. If I Were a Bell
4. In the Wee Small Hours of the Morning
5. Oleo
6. Alone Together
7. Skylark
8. Things Ain’t What They Used to Be

Keith Jarrett – Piano
Gary Peacock – Bass
Jack DeJohnette – Drums

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Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791) – The Winds Concertos – Serenades – Divertimenti – CD 1-7 – Orpheus Chamber Orchestra

E porque hoje é domingo, dia dos pais, resolvi postar mais um cd, o terceiro neste final de semana, que vai deixá-los satisfeitos, ajudando a tornar a semana mais tolerável.

Pois bem, esta série da Orpheus Chamber Orchestra é de uma beleza sem par. Vou começar trazendo o primeiro CD, que tem a Sinfonia Concertante para Oboe, Clarinete, Trompa e Fagote (ufa). Eu nem lembrava mais que tinha subido este cd para o rapidshare já há alguns meses.

Para quem não conhece, a Orpheus Chamber Orchestra é uma orquestra norte americana, mais especificamente de Nova York. A história deles pode ser encontrada aqui . Se caracteriza por não possuir um regente fixo, existe um revezamento entre os músicos, que ocupam o cargo por um determinado período.Ah, nestas gravações os solistas são músicos da própria orquestra.

Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791) -Sinfonia concertante in E flat for Oboe, Clarinet, Horn, Bassoon, Orch., K.297b, Clarinet Concerto in A, K.622, Andante for Flute and Orchestra in C, K.315

Sinfonia concertante in E flat for Oboe, Clarinet, Horn, Bassoon, Orch., K.297b
1.1   Allegro
2.2 Adagio
3.3 Andantino con variazioni

Stephen Taylor, David Singer, William Purvis, Steven Dibner, Orpheus Chamber Orchestra

Clarinet Concerto in A, K.622
4.1. Allegro
5.2. Adagio
6.3. Rondo (Allegro)

Charles Neidich, Orpheus Chamber Orchestra

7. Andante for Flute and Orchestra in C, K.315

Cadenz by Susan Palma

Orpheus Chamber Orchestra, Susan Palma

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Chick Corea (1941) – Corea.concerto – Spain for Sextet – Piano Concerto nº1

Minhas próximas postagens serão dedicadas a dois gênios do piano no jazz, Chick Corea e Keith Jarrett, dois intrumentistas que, no correr das 4 décadas de suas carreiras, quebraram barreiras e rótulos, e mostraram a que vieram em discos memoráveis, verdadeiros clássicos do Jazz. Mas também excursionaram pela música clássica, e são alguns destes discos que pretendo mostrar, para fechar com duas séries únicas, imbatíveis no meu entender.
Mas comecemos com Chick Corea. Este cd tem uma proposta interessantíssima, e muito bonita. Começa com o grande clássico do pianista, “Spain”, em uma versão para Sexteto de Jazz e Orquestra, e conclui com seu Primeiro Concerto para Piano e Orquestra. Eu sou fascinado por “Spain” desde os tempos do Return to Forever, e esta versão está muito interessante, eletrizante na verdade, e mostra toda a versatilidade de Corea e Origin , o super sexteto que o acompanha  desde os anos 90. Aguardem pois trarei mais material dessa turma no correr destes dias.Eis o comentário do editorialista da amazon.com sobre esse cd:

Amazon.com
The resurgence of pianist Chick Corea in the 1990s seemingly knows no bounds, as is demonstrated by his
Corea.Concerto. Blending Corea’s thrilling regular jazz sextet, Origin, with the London Philharmonic Orchestra, this disc is Corea’s second journey into classical music, after The Mozart Sessions with conductor and vocalist Bobby McFerrin. But Corea.Concerto is Corea’s first original symphonic work and it’s a mightily impressive debut. The disc is split into two major pieces: a bombastic, new arrangement of Corea’s classic “Spain,” first recorded in 1972 with Return to Forever and here featuring lengthy showcases for the members of Origin, and Corea’s new “Piano Concerto No. 1,” modeled after Mozart’s piano concertos and featuring the Philharmonic with Origin bassist Avishai Cohen and drummer Jeff Ballard. Of the two, “Spain” is perhaps more satisfying, only because it gives more room for the members of Origin to shine and because the unusual blend of jazz sextet and symphony orchestra is achieved here to a greater effect. There are moments in Spain’s “Opening and Introduction” when Corea attains a wonderful fusion of Latin rhythms, big orchestral blocks of sound that recall composers like Edgar Varese and have a jazz harmonic sensibility. The “Piano Concerto” is a more strictly classical piece that wears its Mozart influence on its sleeve, with melodies spun back and forth between piano and orchestra. –Ezra Gale

Chick Corea (1941) – Corea.concerto – Spain for Sextet – Piano Concerto nº1

(01) Spain- opening and introduction
(02) Spain- theme
(03) Spain- conclusion
(04) Concerto #1 part one
(05) Concerto #1 part two
(06) Concerto #1 part three

Performed by London Philharmonic Orchestra
with Original Dixieland Jazz Band, Armando Anthony (“Chick”) Corea
Conducted by Steven Mercurio

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FDP Bach

Manuel de Falla (1876 — 1946) – Obras Para Piano [link atualizado 2017]

 

Sabemos que Manuel de Falla foi um gênio da música erudita espanhola, mas o que muitos não sabem é que ele foi extremamente severo consigo mesmo, quer dizer, com sua obra. Falla se cansava com facilidade e seu perfeccionismo, além de fazê-lo perder muito tempo, causando-lhe desgaste de energia, foi motivo para a destruição de muitas de suas partituras, por estas não estarem dentro de seu padrão pessoal de estética.

O propósito desta postagem é compartilhar, principalmente o concerto, que na minha opinião, é um dos mais espetaculares já compostos, o Concerto para Cravo, Flauta, Oboé, Clarineta, Violino e Violoncelo. O cd traz também uma versão para piano do mesmo concerto.

.oOo.

Manuel de Falla: Obras Para Piano

01 Nocturno (1896) 4:12

02 Vals-capricho (1900) 3:25

Piezas españolas 16:04
03 Aragonesa 3:09
04 Cubana 4:02
05 Montañesa (Paisaje) 4:55
06 Andaluza 3:58

07 Fantasía Bætica (1909) 13:04

09 Homenage (1920) 2:50
Pieza para guitarra escrita para “Le Tombeau de Debussy”, en arreglo para piano del autor

10 Pour Le Tombeau de Paul Dukas (1935) 3:45

Concerto Per Clavicembalo, Flauto, Oboe, Clarinetto, Violino e Violoncello (1926) 13:17
11 Allegro 3:09
12 Lento 5:59
13 Vivace 4:07

Concerto Per Piano, Flauto, Oboe, Clarinetto, Violino e Violoncello (1926) 14:39
14 Allegro 3:37
15 Lento 6:41
16 Vivace 4:20

Joaquín Achúcarro, piano y clave
Miembros de la Orquesta Sinfónica de Londres
Eduardo Mata, director

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Marcelo Stravinsky
Repostado por Bisnaga

The Dmitri Shostakovich Edition (CDs 1, 2 e 3 de 27)

Esta caixa é tão, mas tão maravilhosa que nem vou perder tempo justificando a postagem de mais uma série. Apenas digo que serão 27 CDs em 320 kbps que trarão todas as 15 sinfonias, todos os 15 quartetos, todas as sonatas para algum instrumento + piano, o quinteto, trios, os concertos para piano, violino e violoncelo, as suítes… Enfim, é um tesouro! Enjoy!

Ah, tinha esquecido: IM-PER-DÍ-VEL!!!

(Os textos abaixo foram “roubados” do amigo Milton Ribeiro.

Sinfonia Nº 1, Op. 10 (1924-1925)

Shostakovich começou a escrever esta sinfonia quando tinha dezessete anos. Antes disso, tinha composto alguns scherzi que só interessaram à musicólogos. Sua estréia foi mesmo com esta Nº 1, terminada antes do autor completar vinte anos. Ela tornou aquele estudante de música, mais conhecido por ser o pianista-improvisador de três cinemas mudos de Petrogrado, internacionalmente célebre. Tal fama pode ser atribuída por Shostakovich ser o primeiro rebento musical do comunismo, mas ouvindo a sinfonia hoje, não nos decepcionamos de modo algum. É música de um futuro mestre.

Ela começa com um toque de trompete ao qual, se acrescentarmos um crescendo, tornar-se-á um tema de Petrouchka, de Igor Stravinski. Alguns regentes russos fazem esta introdução exatamemente igual à Petroushka. É algo curioso que o jovem Dmitri tenha feito esta homenagem, quando dizia que seus modelos – e isto foi comprovadíssimo logo adiante – eram Mahler, Bach, Beethoven e Mussorgski. Mas há mesmo algo de “boneca triste” no primeiro movimento desta sinfonia. O segundo movimento possui um curioso tema árabe, que é a primeira grande paródia encontrada em sua obra. Um achado.

O movimento lento, muito triste, é daqueles que a Veja consideraria uma comprovação do sofrimento do compositor sob o comunismo e de uma postura fatalista do tipo isto-não-vai-dar-nada-certo, porém acreditamos que a morte de seu pai, ocorrida alguns meses antes e a internação de Dmitri num sanatório da Criméia (ele contraíra tuberculose) tenha mais a ver. Há um belíssimo solo funéreo de oboé neste movimento.

CD 1
Symphony No. 1 in F minor Op. 10
1. Allegretto. Allegro ma non troppo
2. Allegro
3. Lento
4. Allegro molto, Lento Allegro molto

5. Symphony No. 2 in B major Op. 14 for Chorus & Orchestra

6. Symphony No. 3 in E flat major in E Flat major for Chorus & Orchestra

Rundfunkchor
WDR Sinfonieorchester
Rudolf Barshai

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Sinfonia Nº 4, Op. 43 (1936)
Uma sinfonia decididamente mahleriana. Shostakovich estudara Mahler por vários anos e aqui estão os monumentais ecos destes estudos. Sim, monumentais. Uma orquestra imensa, uma música com grandes contrastes e um tratamento de câmara em muitos episódios rarefeitos: Mahler. O maior mérito desta sinfonia é seu poderoso primeiro movimento, que é transformação constante de dois temas principais em que o compositor austríaco é trazido para as marchas de outubro, porém, minha preferência vai para o também mahleriano scherzo central. Ali, Shostakovich realiza uma curiosa mistura entre o tema introdutório da quinta sinfonia de Beethoven e o desenvolve como se fosse a sinfonia “Ressurreição”, Nº 2, de Mahler. Uma alegria para quem gosta de apontar estes diálogos. O final é um “sanduíche”. O bizarro tema ritmado central é envolvido por dois scherzi algo agressivos e ainda por uma música de réquiem. As explicações são muitas e aqui o referencial político parece ser mesmo o mais correto para quem, como Shostakovich, considerava que a URSS viera das mortes da revolução de outubro para a alienação e daí iria novamente para as mortes, representadas pela iminente segunda guerra. Trata-se de um Big Mac seríssimo.

CD 2
Symphony No. 4 in C minor Op. 43
1. Allegro poco moderato
2. Moderato con moto
3. Largo. Allegro

WDR Sinfonieorchester
Rudolf Barshai

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Sinfonia Nº 5, Op. 47 (1937)
Esta é a obra mais popular de Dmitri Shostakovich. Recebeu incontáveis gravações e não é para menos. O público costuma torcer o nariz para obras mais modernas e aqui o compositor retorna no tempo para compor uma grande sinfonia ao estilo do século XIX. Sim, é em ré menor e possui quatro movimentos, tendo bem no meio, um scherzo composto por um Haydn mais parrudo. Mesmo para os aficcionados, é uma obra apetitosa, por transformar a linguagem do compositor em algo mais sonhador do que o habitual. Foi a primeira sinfonia de Shostakovich que ouvi. Meu pai a trouxe dizendo que era uma sinfonia muito melhor que as de Prokofiev, exceção feita à Nº 1, Clássica, que ele amava. Alguns consideram esta obra uma grande paródia; eu a vejo como uma homenagem ao glorioso passado sinfônico do século anterior. A abertura e a coda do último movimento (Allegro non troppo) costuma aparecer, com boa freqüência, em programas de rádio que se querem sérios e influentes…

Sinfonia Nº 6, Op. 54 (1939)
Uma perfeição esta sinfonia cujo dramático, concentrado e lírico primeiro movimento (um enorme Largo) é seguido por dois allegros, sendo o último pra lá de burlesco, chegando a ser mesmo circense (Presto). A estrutura estranha e inexplicável tem o efeito, ao menos em mim, de uma compulsão por ouvi-la e reouvi-la. Acho que volto sempre a ela com a finalidade de conferir se o primeiro movimento é mesmo tão perfeito e profundo e para buscar uma explicação para a galinhagem final – isto aqui não é uma tese acadêmica, daí a palavra “galinhagem” ser permitida… Nossa sorte é que existe aquele segundo Allegro central para tornar a passagem menos chocante. Esta belíssima obra talvez faça a alegria de qualquer maníaco-depressivo. É uma trilha sonora perfeita para quem sai das trevas para um humor primaveril em trinta minutos. Começa estática e intelectual para terminar num circo. Simplesmente amo esta música! É um pacote completo e de só uma via com desespero, sorrisos e gargalhadas.

CD 3
Symphony No. 5 in D minor Op. 47
1. Moderato. Allegro non troppo. Moderato
2. Allegretto
3. Largo
4. Allegro non troppo. Allegro

Symphony No. 6 in B minor Op. 54
5. Largo
6. Allegro
7. Presto

WDR Sinfonieorchester
Rudolf Barshai

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PQP

J. S. Bach (1685-1750): Greatest Hits, Vol. I [link atualizado 2017]

Continuando com as transcrições e arranjos de obras de Bach, apresento-lhes este é cd, que aparentemente, não se dá muita coisa por ele, porém olhando-o com mais calma, podemos verificar que, apesar de um repertório óbvio, o álbum só traz duas obras tocadas da forma tradicional/original. As outras são arranjos/transcrições que ficaram muito interessantes, como as transcrições para orquestra, da Tocata e Fuga em Ré Menor feita por Eugene Ormandy e das mais populares peças do Pequeno Livro dedicado a Anna Magdalena, orquestradas por Thomas Frost. O cd traz ainda o inusitado Movimento Final do Concerto Brandenburguês, tocado em um Sintetizador Moog por Wendy Carlos.
Singelo, mas vale a pena baixar e deliciar-se com estas pequenas jóias!                                    .oOo.

J. S. Bach: Greatest Hits, Vol. I

01 Preludium In E Major (3:35)
(Arr.: Fritz Kreisler – William Smith)
Philadelphia Orchestra – Eugene Ormandy

02 Air On The G String (4:51)
Marlboro Festival Orchestra – Pablo Casals

03 Sleepers Awake (3:58)
(Arr.: Eugene Ormandy)
Philadelphia Orchestra – Eugene Ormandy

04 Little Suite (from The Anna Magdalena Notebook) (7:27)
(Arr.: Thomas Frost)
Philadelphia Orchestra – Eugene Ormandy

05 Toccata And Fugue In D Minor (9:10)
(Transcribed by Eugene Ormandy)
Philadelphia Orchestra – Eugene Ormandy

06 Jesu, Joy of Man’s Desiring (3:10)
E. Power Biggs, Organ
Columbia Chamber Symphony – Zoltan Rozsnyai

07 A Mighty Fortress Is Our God (2:22)
(Arr.: Arthur Harris)
Philadelphia Orchestra – Eugene Ormandy

08 Final Movement from Brandenburg Concerto Nº 3 In G Major (5:05)
Realized and Performed by Wendy Carlos on the Moog Synthesizer, with the assistance of Benjamim Folkman

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Marcelo Stravinsky
Repostado por Bisnaga

J. S. Bach (1685-1750): Bach / Busoni – Piano Transcriptions

Eu esperei anos por este disco, lançado em 2000. Afinal, Ferruccio Busoni (1866-1924) foi o maior “transcritor” da obra de Bach para o piano. Busoni tem uma obra, foi um bom compositor, etc., mas creio que alcançou a imortalidade ao transcrever, sempre com brilhantismo, peças e mais peças de Bach. Ouçam este CD. As obras não foram recriadas com enorme talento? É espantosa a “recriação” para o piano de uma das mais radicais obras de papai: a Toccata BWV 564. E a Chaconne? Ouvir esse disco me deixa feliz.

De resto, um repertório cheio de charme, longe da obviedade de repalmilhar pela nonagésima vez as peças mais conhecidas. O excelente Kun-Woo Paik fez escolhas muito particulares e sensíveis, coisa de conhecedor. Um feliz sábado para todos nós.

IM-PER-DÍ-VEL !!!

Bach / Busoni – Piano Transcriptions

– Toccata in C Major for Organ, BWV 564
1. Preludio, quasi improvisando – Tempo moderato
2. Intermezzo – Adagio
3. Fuga – Moderatamente scherzando, un poco umoristice

– Chorale Preludes for Organ
4. Komm, Gott Schopfer, Heiliger Geist, BWv 667
5. Wachet auf, ruft uns die Stimme, BWv 645
6. Nun komm, der Heiden Heiland, BWV 659
7. Nun freut euch, lieben Christen gmein, BWV 734
8. Ich ruf’ zu dir, Herr Jesu Christ, BWV 639
9. Jesus Christus, unser Heiland, BWV 665
10. In dir ist Freude, BWV 615
11. Herr Gott, nun schleuss den Himmel auf, BWV 617
12. Durch Adam’s Fall ist ganz verderbt, BWV 637
13. Durch Adam’s Fall ist ganz verderbt, BWV 705

14. Chaconne from Partita No. 2 for Violin, BWV 1004

Kun-Woo Paik, piano

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PQP