‘Il Guarani” não é apenas a mais conhecida e apreciada ópera brasileira, mas também uma das poucas óperas latino-americana que de quando em vez é representada nos teatros europeus. Antônio Carlos Gomes nasceu a 11 de julho de 1836, em Campinas, então Vila de São Carlos, no Estado de São Paulo. Morreu a 16 de setembro de 1896 em Belém do Pará. Em 1864, com uma bolsa de estudos oferecida pelo Imperador Dom Pedro II, segue para Milão, Itália, onde vai estudar com o maestro Lauro Rossi. Sua obra-prima, “Il Guarani”, foi a primeira produção na Itália. Com libreto de Antonio Scalvini, vem diretamente do famoso romance homónimo de José de Alencar (1829 – 1877). A estreia de “Il Guarany” ocorreu a 19 de março de 1870 no Teatro Scala de Milão, e foi um triunfo. O compositor recebeu a Ordem da Coroa do Rei Vítor Manuel, e a Casa Lucca comprou a partitura, no mesmo dia da estreia, por três mil liras (um dinheirão na época). A estreia nacional da Ópera ocorreu no Teatro Lírico Provisório do Rio de Janeiro a 2 de dezembro de 1870, no dia do 45.° aniversário do Imperador Dom Pedro II, que prestigiou o acontecimento, e concedeu, após o triunfo, a Ordem da Rosa a Carlos Gomes.
Na classificação do autor, “O Guarani” se intitula ópera-baile. O libreto de Antonio Scalvini possui a seguinte advertência inicial: “Este drama foi baseado no estupendo romance de mesmo título do célebre escritor brasileiro José de Alencar. Os nomes guaranis e aimorés são os de duas das tantas tribos indígenas que ocupavam as várias partes do território brasileiro antes que os portugueses introduzissem ali a civilização europeia. Segundo o autor do romance, Peri era o chefe dos guaranis. Esta tribo tinha índole mais dócil do que as outras, ao contrário dos Aimorés, que sempre foram os mais implacáveis inimigos dos brancos. Dom Antônio de Mariz, personagem histórico e não fictício, foi um dos primeiros que governaram o lugar em nome do Rei de Portugal, e que tombou vítima dos conflitos com os nativos”.
Nas duas estreias (europeia e brasileira), a ópera ainda não tinha sua famosa “Protofonia”, só escrita em 1871, e que era substituída por um simples Prelúdio. A belíssima página aproveita temas folclóricos, como “Eu fui no Tororó”, repetido, depois, na ópera, de maneira e tratamento magistrais. Na “Protofonia” há a síntese dos principais motivos.
Nesta gravação reedição (compilada de quatro noites de performance ao vivo em 1994), o dueto “Sento una forza indomita” surge de forma atraente nas mãos de Placido Domingo (1941) e Veronica Villaroel e termina em aplausos explosivos e arrebatadores do público. Mas o verdadeiro prazer da platéia vai para a heroína – C’era una volta un principe; Gentile di cuore. A gravação é boa para uma apresentação ao vivo – e tosses e solavancos foram poucos ou principalmente editados. Todos os cantores parecem fazer bem os papéis, nada de extraordinário e Villaroel é a estrela do show e não Plácido Domingo. Il Guarany é o trabalho mais importante de Carlos Gomes e é bom vê-lo gravado por um elenco de primeira linha em um selo internacional.
Nesta gravação da Sony, o barítono Carlos Alvarez (como Gonzales) dá um excelente desempenho no segundo ato com “Senza tetto, sensa cuna” (Sem abrigo, sem refúgio) (ver Faixa 9 a partir de 1:22 minutos). Além disso, eu gostei do primeiro ato dueto Pery / Cecilia (Plácido Domingo / Verónica Villaroel) que é dramático, bem como encantador: “Sento una forza indomita” (Eu sinto uma força irresistível) (ver Faixa 5 a partir de 1:58 minutos). A soprano Verónica Villaroel é muito boa em: “Gentile di cuore” ( Tender-hearted) (ver Faixa 3 a partir de 6:39 minutos), e “C’era una volta un principe” (Houve uma vez um príncipe) (ver Faixa 10 a partir de 3:50 minutos). A qualidade dramática e voz poderosa de Plácido Domingo é evidente no segundo ato na ária de Pery: “Vanto oi pur superba cuna” (eu sou de alto nascimento).
Enquanto a história, essa se passa no Brasil do século XVI (sobre o amor da nobre Cecília portuguesa e do nobre nativo Pery) no litoral do Rio de Janeiro, onde os índios aimorés e guaranis estão em guerra. Cecília, filha de Dom Antônio de Mariz, velho fidalgo português e chefe dos caçadores de uma colônia lusitana, está comprometida a casar-se com Dom Álvaro, um aventureiro português, que por sua vez, está prometido a uma índia aimoré. Mas Cecília apaixona-se pelo índio Peri, líder da tribo guarani, que por corresponder ao amor da menina, resolve apoiar os caçadores em sua luta contra os aimorés. Gonzales, outro aventureiro português, hóspede de Dom Antônio, planeja trair os companheiros, sequestrando Cecília, mas Peri descobre o plano e impede a tentativa. Pouco depois, Peri é aprisionado pelos guerreiros.
Ciente do amor entre Peri e Cecília, o cacique resolve sacrificá-los. Com a repentina chegado do velho Dom Antônio e seus companheiros, tudo se acalma, mas uma nova traição de Gonzales faz com que Dom Antônio e Cecília sejam encarcerados em seu próprio castelo. Peri vai em busca da amada, pois sabe que D. Antônio pretende matar-se e levá-la consigo. Peri implora para salvar Cecília e o pai dela, emocionado com o amor entre os dois, batiza Peri, tornando-o cristão. Cecília e Peri fogem e, ao longe, vêem a explosão do castelo com D. Antônio, que sacrificou a vida para salvar a da filha, ao lado dos inimigos.
Sob o ponto de vista romântico, portanto, “O Guarani” narra uma história de amor, os dois quase adolescentes – Cecília tem 16 anos e Peri, 18 -, é a descoberta do amor de forma pura, que começa com a amizade e se desenvolve de forma arrebatadora, transpondo as diferenças étnicas e culturais do casal. A ópera evidencia a vida difícil dos primeiros colonizadores portugueses em terras brasileiras e relata, através da personagem Cecília, o vertiginoso processo de amadurecimento que os jovens estrangeiros eram obrigados a enfrentar. Cecília, que no primeiro ato mostra-se uma adolescente frágil, amadurece durante o espetáculo. Convivendo com perdas, medos, insegurança, transforma-se numa mulher forte, capaz de tomar decisões difíceis e disposta a enfrentar qualquer dificuldade. Seu desenvolvimento é proposto claramente pelo compositor também no amadurecimento musical das peças cantadas pela personagem.
Há pouco no material musical que sugere a nacionalidade do compositor. O estilo é mais ou menos italiano e a obra soa em grande medida como Verdi no período intermediário. Ainda assim, embora não seja uma obra-prima, ela contém alguns números agitados e melodias poderosas (contendo, em particular, uma série de duetos memoráveis), e é bem construída e espetacularmente marcada. Em suma, não há como duvidar do nível de inspiração de Carlos Gomes, e no geral é uma ópera muito satisfatória que pode ser recomendada aos amantes de Verdi até com algum entusiasmo. Aliás tem uma lenda que conta que o grande Verdi já glorioso e consagrado, teria dito de Carlos Gomes: “Questo giovane comincia dove finisco io!” (“Este jovem começa de onde eu termino!”). Mostra o quanto acreditava no seu potencial como compositor.
O Regente John Neschling nasceu no Rio de Janeiro, em 1947. Sobrinho-neto do compositor Arnold Schoenberg e do maestro Arthur Bodanzky, muito cedo começou a estudar piano e seguiu a vocação para regência com Hans Swarowsky, em Viena, e com Leonard Bernstein, em Tanglewood. Na minha modesta opinião um grande maestro (apesar da política sempre estragar tudo, mas isso não vem ao caso agora).
Escrever sobre o Sr. José Plácido Domingo Embil é fácil, ele é o tenor que mais representou papéis na história, são mais de 135 personagens operísticos, o cara é fodástico. Imagina decorar 135 óperas em italiano, alemão, inglês, francês, espanhol…. etc. Participou com protagonista em filmes como do diretor Franco Zefirelli (Otello, Cavalleria Rusticana e Pagliacci). Carismático, um artista verdadeiro.
O libreto em “pdf” e a história “passo a passo” com fotos do encarte original da Sony está junto no arquivo de dawnload com as faixas, extraído do livro “As mais Famosas Óperas”, Milton Cross (Mestre de Cerimônias do Metropolitan Opera). Editora Tecnoprint Ltda., 1983.
Pessoal, abrem-se as cortinas e deliciem-se com a bonita música de Carlos Gomes !
Disc: 1
1. Il Guarany: Sinfonia
2. Il Guarany: Act One: Scorre Il Cacciator (Coro, Gonazles, Alvaro, Ruy, Alonso)
3. Il Guarany: Act One: L’iadalalgo Vien -‘Gentile di cuore’ (Ruy, Alonso, Coro, Alvaro ,Gonzales, Antonio, Pery,Cecilia)
4. Il Guarany: Act One: ‘Cecilia, esulta. Reso ai nostri lari’ – ‘Salve, possente Vergine’ (Antonio, Cecilia, Alvaro, Gonzales, Ruy, Alonso, Coro, Pery)
5. Il Guarany: Scena E Duetta ‘Perry!’ – ‘Che brami?’ – ‘Sneto una forza indomita’ (Cecilia, Pery)
6. Il Guarany: Act Two: ‘Son Giunto In Tempo!’ – ‘Vanto Io Pur Superba Cuna’ – (Pery)
7. Il Guarany: Act Two: ‘Ecco la grotta del convegno’ – ‘Serpe vil’ (Gonzales, Alfonso, Ruy, Pery)
8. Il Guarany: Act Two: ‘Udiste?’ – ‘L’oro e un ente si giocondo’ (Alonso, Ruy, Coro)
9. Il Guarany: Act Two: ‘Ebben, miei fidi’ – ‘Senza tetto, senza cuna’ (Gonzales, Ruy, Alonso, Coro)
10. Il Guarany: Act Two: ‘Oh, come e bello il ciel!’ – ‘C’era una volta un principe’ (Cecilia)
Disc: 2
1. Il Guarny: Act Two: ‘Tutto e silenzio’ – ‘Donna, tu foresel’unica’ (Gonzales, Cecilia, Coro, Alvaro)
2. Il Guarny: Act Two: ‘Miei fedeli’ – ‘Vedi quel volto livido’ (Gonzales, Alvaro, Antonio, Pery, Cecilia, Coro, Ruy, Alonso, Pedro)
3. Il Guarny: Act Three: ‘Aspra, crudel, terribil’ (Coro)
4. Il Guarny: Act Three: ‘Canto di guerra’ – ‘Giovinetta, nello sguardo’ (Cacico, Coro, Cecilia)
5. Il Guarny: Act Three: ‘Qual rumore’ – ‘Or bene, insano’ (Cacico, Coro, Cecilia, Pery)
6. Il Guarny: Act Three: ‘Tu, gentil regina’ – ‘Il passo estremo omai s’appresta’ (Cacico, Coro)
7. Il Guarny: Act Three: ‘Ebben, che fu’ – ‘Perche di meste largrime’ (Cecilia, Pery)
8. Il Guarny: Act Three: ‘Morte!’ – ‘O Dio deglil Aimore’ (Cacico, Coro)
9. Il Guarny: Act Three: ‘Che fia?’ – ‘Sorpresi siamo’ (Cacico, Coro, Cecilia, Antonio)
10. Il Guarny: Act Four: ‘Ne torna ancora?’ – ‘In quest’ora suprema’ (Coro, Alonso, Ruy, Gonzales)
11. Il Guarny: Act Four: ‘No, traditori’ – ‘Gran Dio, che tutto vedi’ (Antonio, Pery)
12. Il Guarny: Act Four: ‘ Padre!’ – ‘Con te giurai di vivere’
– Don Antonio de Mariz, velho fidalgo português, baixo – Hao Jiang Tian
– Cecília (Ceci), sua filha, soprano – Verónica Villarroel
– Pery, cacique dos guaranis, tenor – Plácido Domingo
– Dom Alvaro, aventureiro português, tenor – Marcus Haddock
– Gonzales, aventureiro espanhol, barítono – Carlos Álvares
– Ruy Bento, aventureiro espanhol, tenor – Graham Sanders
– Alonso, aventureiro espanhol, baixo – John-Paul Bogart
– O Cacique dos Aimorés, baixo ou barítono – Boris Martinovic
– Pedro, homem de armas de Don Antonio, tenor – Pieris Zarmas
– Aventureiros de diversas nacionalidades, homens e mulheres da colónia portuguesa, selvagens Aimorés
Chor und Extrachor der Oper der Stadt Bonn
Orchester der Beethovenhalle Bonn
Conductor :John Neschling
Gravado ao vivo entre os dias 5 e 14 de junho de 1994 na “Oper der Stadt Bonn” Alemanha

AMMIRATORE
IM-PER-DÍ-VEL !!!
SEN-SA-CIO-NAL!!!
Mas voltemos, que estou dispersando muito… Bom, hoje temos a versão comandada pelo competentíssimo Ernani Aguiar, que além de importante regente e compositor contemporâneo, é grande pesquisador e incentivador da música erudita brasileira, especialmente a colonial/imperial.
Um baita CD!

Carlos Gomes alterou o nome original da ópera de Condor para Odaléa, tendo em vista possíveis apresentações na França, onde o nome do protagonista criaria um terrível cacófato com “con d’or” (ou cone de ouro, o apelido que se dava à região pubiana feminina, eufemizando aqui o termo)…

Ao mesmo tempo, as preferências, em dez anos, mudavam na Itália: os compositores da geração de Carlos Gomes eram preteridos pelos da Giovane Scuola (os veristas). Autores como Gomes, que estavam na transição entre o Romantismo tradicional e o Verismo encontravam dificuldades para encenar suas óperas. Pese nisso o tempo no qual Gomes não produziu nenhuma peça, o que contribuiu para a perda de visibilidade na cena artística de então.


Já peço desculpas aos ouvintes ávidos das óperas de Antonio Carlos Gomes que estamos postando todas as quintas. Sei que há gente esperando de madrugada para logo obter os arquivos, mas alguns problemas técnicos impediram de colocar no ar esta bela Maria Tudor nas primeiras horas deste 1º de março. Mas a ópera chegou, com algumas horas de atraso e lá se foi metade deste dia… Paciência, agora ela aí está para o deleite de vocês.
Para além disso, Carlos Gomes escolheu uma peça difícil para musicar: o drama de Victor Hugo sobre a rainha inglesa Maria Tudor lhe tomou muito mais tempo do que ele previa. Gomes apostou, acertadamente, no prestígio que o famoso escritor francês detinha na Itália, mas a necessidade de reescrever o libreto já existente do romance impossibilitou que seu parceiro Ghislanzoni o fizesse (por questões de ética, um libretista não sobrescrevia a obra de outro). Parecia que tudo conspirava contra naquele momento: Gomes contratou o poeta Emilio Praga, mas este estava envolvido também em uma separação litigiosa, teve depressão, problemas com álcool e drogas e acabou falecendo antes mesmo de concluir o texto, que teve de ser completado por Angelo Zanardini e Ferdinando Fontana, tornando o libreto entregue a Gomes um tanto “remendado”. a História, ainda assim, era ótima e renderia uma grande ópera:
Se você entrou no P.Q.P.Bach algumas vezes hoje, vai ver que o post foi mudando, foi crescendo. Ele já havia ido ao ar quando pude acrescentar o texto. Coisas que acontecem depois do carnaval, quando colocamos a vida em ordem…
Uma coisa que me dá uma ponta de ânimo é ver que, mesmo havendo poucas execuções e gravações da obra de Nhô Tonico, elas vêm ocorrendo com uma frequência maior de uns 15 anos pra cá, muito por conta das comemorações do centenário de falecimento do compositor, em 1996, que ajudaram a tirar um pouco a poeira que há tempos vinha cobrindo e obscurecendo sua belíssima obra: tivemos aí as gravações búlgaro-brasileiras d’O Guarani, Maria Tudor, Fosca e duas desta Salvator Rosa, ambas italanas, além da restauração das partituras e montagem da nunca gravada Joanna de Flandres (e, pouco antes, a montagem de Neshling com Plácido Domingo para O Guarani). Ainda é pouco, se compararmos com nomes grandes, como Verdi, Wagner ou Puccini, mas há pequenos avanços e ver que as montagens foram feitas no exterior dá-me o conforto de perceber que o nome de Antonio Carlos Gomes tem recebido um pouco mais do merecido reconhecimento que lhe é devido, afinal, em seu tempo era o segundo operista mais executado e assistido na Itália, atrás somente de Verdi, que reinava absoluto no cenário operístico de então.
Depois de conhecer somente sucessos estrondosos com A Noite do Castelo, Joanna de Flandres e Il Guarany, Antônio Carlos Gomes ficou apreensivo com a recepção mediana do público e dura da crítica em Fosca. Já casado e com uma vida de ostentação (morava em um palacete num subúrbio de elite de Milão) que lhe exigia elevados custos para sua manutenção, Gomes se viu necessitado de compor rapidamente uma nova peça para obter renda e manter seu alto padrão de vida. Mais que isso, para “recuperar” sua imagem, que ele via como que manchada ante o público pela recepção não tão boa de Fosca.
Assim, apenas um ano após sua estreia da quarta ópera, Carlos Gomes fazia subir ao palco sua quinta obra do gênero: Salvator Rosa, que traz a história do personagem-título (que existiu realmente: Rosa era pintor, músico, ator e poeta e criou um importante círculo artístico em sua cidade), envolvido numa revolta popular em Nápoles contra os dominadores espanhóis e, cruel coincidência, apaixonado por Isabella, filha do governante hispânico, Duque d’Arcos.
175 anos do nascimento de Antonio Carlos Gomes
Mais uma que é IM-PER-DÍ-VEL: a gravação histórica comemorando o centenário da ópera Fosca, com grandes nomes nacionais do canto lírico.
Carlos Gomes estava feliz e se sentia seguro para escrever uma peça já com um enredo italiano. Seu contato com o libretista de renome Antonio Ghislanzoni (que escrevia para nada menos que Verdi) lhe rendeu uma história que ainda tinha uma ponta de exotismo: tendo como pano de fundo um ataque de corsários a Veneza, mostra o dilema da protagonista, Fosca (uau! uma mulher pirata) que, ao perceber que seu amor pelo capitão veneziano Paolo, seu refém na Ístria, não é correspondido, comete suicídio, envenenando-se (ih, contei o final!).



A Noite do Castelo foi composta quando Carlos Gomes ainda era aluno do Conservatório da Academia de Belas Artes, no Rio de Janeiro. Como já mostrava talento, a pequena Campinas não conseguiu segurá-lo e o rapaz já alçava voos mais altos, já estava na capital do país. Pelo que historiadores afirmam, Tonico era um aluno brilhante e se destacava dos demais.
